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VI Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Prova em
LÍNGUA PORTUGUESA
VI Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Agrupamento de Escola Júlio Dantas - Lagos
Escolha um dos seguintes tópicos e, após identificá-lo inequivocamente, no documento de
resposta, escreva um ensaio.
1. "Se a cabeça de uma pessoa se move, ela pode ter, ou não, movido a sua cabeça e, se a
moveu, pode ter realizado ativamente o movimento, ou então, ao fazer outra coisa, ter
causado um movimento passivo da cabeça. E se a pessoa realizou o movimento, pode
tê-lo feito intencionalmente, ou não. Por sua vez, para lá da questão do movimento,
quando uma pessoa move a cabeça, pode estar a indicar que concorda com algo ou
então a afastar um inseto da orelha."
Wilson/Shpall
Tendo em atenção o texto, mostre quais são as principais distinções que devemos fazer
para entender o conceito de ação humana.
2. Será que um ato moralmente correto é aquele que, de uma perspetiva imparcial,
resultará nas melhores consequências?
3. Quando Protágoras disse que o homem é a medida de todas as coisas, poderia ele
pretender que isso fosse entendido como uma verdade absoluta?
4. Considere-se o seguinte argumento:
(1) Para saber que tenho duas mãos, eu teria de saber que a hipótese do génio maligno
é falsa.
(2) Mas não sei se a hipótese do génio maligno é falsa.
(3) Logo, não sei que tenho duas mãos.
Será este um bom argumento? Porquê?
Boa Sorte!
PROSOFOS | Lagos, 21 de abril de 2017
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V Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Prova em
LÍNGUA PORTUGUESA
V Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Didáxis – Cooperativa de Ensino C.R.L.
Escolha um dos seguintes tópicos e, após identificá-lo inequivocamente, no documento de
resposta, escreva um ensaio:
1. “A pedra, enquanto está em movimento, sabe e pensa que é ela que faz todo o esforço
possível para continuar em movimento […]. Acreditará ser livre e perseverar no seu
movimento pela única razão de o desejar. Assim é esta liberdade humana que todos os
homens se vangloriam de ter e que consiste somente nisto, que os homens são
conscientes dos seus desejos e ignorantes das causas que os determinam.”
(Spinoza in Lettre à Schuller)
Será a crença no livre-arbítrio uma ilusão?
2. Não podemos falar de progresso cultural na sociedade. Dizer que a Sociedade atual fez
progressos em relação à Sociedade do século XII é um erro! Estamos a julgar uma época
a partir de padrões de uma época diferente.
Concorda? Porquê?
3. “Não é surpreendente que a eutanásia deixe tanta gente apreensiva. Matar uma pessoa,
afinal, normalmente é das piores coisas que se lhe pode fazer. Só que as circunstâncias
que respeitam à eutanásia não são normais. Por isso, há que (...) perceber que razões
tornam errado o ato de matar, para depois determinar se essas razões justificam uma
reprovação da eutanásia.”
(Pedro Galvão in Ética com Razões)
A eutanásia é um ato moralmente correto ou incorreto?
CONTINUA NO VERSO
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V Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Prova em
LÍNGUA PORTUGUESA
4. “Porque é que as pessoas escrevem? Já me fiz tantas vezes esta pergunta que hoje posso
responder com a maior facilidade. Elas escrevem para criar um mundo no qual possam
viver. Nunca consegui viver nos mundos que me foram oferecidos (…). Tive de criar o
meu, como se cria um determinado clima, um país, uma atmosfera onde eu pudesse
respirar, dominar e me recriar a cada vez que a vida me destruísse. Esta é a razão de ser
de toda a obra de arte.”
(Anais Nin)
Concorda com a posição apresentada? Porquê?
Boa Sorte!
PROSOFOS | Riba de Ave, 08 Abril de 2016
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IV Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Prova em
LÍNGUA PORTUGUESA
IV Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Escola Secundária de Montemor-o-Novo
Escolha um dos seguintes tópicos e, após identifica-lo inequivocamente, no documento de
resposta, escreva um ensaio:
1. Suponha um homem que decide permanecer numa sala com a finalidade de debater um
problema filosófico com um amigo seu. Porém, sem que saiba a porta da sala encontra-
se fechada à chave. O homem permanece na sala durante todo o dia, mas mesmo que
quisesse não poderia sair.
Nestas circunstâncias, será que podemos afirmar que este homem é livre?
2. “O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão de conhecimento.”
(Stephen Hawking)
3. Em termos morais, haverá culturas melhores do que outras?
4. “O princípio fundamental da igualdade no qual a igualdade de todos os seres humanos
assenta é o princípio da igualdade na consideração de interesses. Embora este princípio
proporcione uma base adequada para a igualdade humana, essa base não se pode
limitar aos seres humanos.”
(Peter Singer)
Onde devem ser traçados os limites da consideração ética?
Boa Sorte!
PROSOFOS | Montemor-o-Novo, 17 Abril de 2015
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III Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Prova em
LÍNGUA PORTUGUESA
III Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Escola Secundária de Paços de Ferreira
Escolha um dos seguintes tópicos e, após identifica-lo inequivocamente, no documento de
resposta, escreva um ensaio:
1. Há valores absolutos?
2. A existência de Deus é compatível com a existência do mal?
3. “Os filósofos tentaram sempre mostrar que não éramos como os outros animais, farejando incertamente o caminho a tomar no mundo. Contudo, depois de todos os esforços de Platão e Espinosa, de Descartes e de Bertrand Russell, não temos mais razão do que os outros animais para crermos que o sol nascerá amanhã.”
(John Gray)
4. “Creio que [o valor da filosofia] é muito importante no mundo atual. Primeiro, porque (...) nos lembra constantemente que há problemas de uma magnitude e importância enormes que a ciência, pelo menos para já, não pode resolver, e faz-nos compreender também que o ponto de vista científico, por si só, não é suficiente.”
(Bertrand Russell)
Boa Sorte!
PROSOFOS | Paços de Ferreira, 07 Março de 2014
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II Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Prova em
LÍNGUA PORTUGUESA
II Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Escola Secundária Dr. Ginestal Machado
Escolha um dos seguintes tópicos e, após identifica-lo inequivocamente, no documento de
resposta, escreva um ensaio:
1. Poderia um cérebro exatamente igual ao meu ter pensamentos diferentes dos meus?
2. Temos de supor necessariamente a liberdade dos agentes para, acerca deles, podermos
fazer juízos e imputações morais?
3. "Que verdade encontramos no belo que se torna comunicável? Seguramente, nenhuma
verdade e nenhuma universalidade como a que podemos empregar na universalidade
do entendimento. Mas, apesar disso, a classe de verdade que encontramos na
experiência do belo reivindica de modo inequívoco que a sua validade não é meramente
subjetiva.”
(H. G. Gadamer, in A actualidade do belo)
Afinal, gostos discutem-se. A verdade também está do lado da arte?
4. "A calculabilidade faz do mundo algo que, em qualquer lado e em qualquer momento, é
dominável pelo homem. O método é um desafio triunfante ao mundo, para que se ponha
absolutamente à disposição do homem. O triunfo do método sobre a ciência iniciou o
seu caminho no século XVII, na Europa - e em nenhum outro lugar da Terra - com Galileu
e com Newton. [...] A sociedade industrial só pode ser o que é na medida em que se
submete à normatividade da ciência e da técnica científica, dominadas pela Cibernética.
A autoridade da ciência apoia-se, porém, no triunfo do método que, por seu lado,
propaga a sua justificação nos resultados da investigação que controla. Esta prova é tida
por suficiente. A autoridade anónima da ciência considera-se intocável."
(M. Heidegger, in A proveniência da Arte e a determinação do pensar)
A partir do texto desenvolva o tema: A tecnociência como cunho da sociedade industrial
ocidental.
Boa Sorte!
PROSOFOS | Santarém, 05 Abril de 2013
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I Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Prova em
LÍNGUA PORTUGUESA
I Olimpíadas Nacionais de Filosofia
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho
Escolha um dos seguintes tópicos e, após identifica-lo inequivocamente, no documento de
resposta, escreva um ensaio:
1. O livre arbítrio é compatível com a omnisciência divina?
2. “Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo
como princípio de uma legislação universal.”
(I. Kant)
3. “Não são os que procuram a verdade que são perigosos, mas os que acham que a
encontraram.”
(W. Ritschard)
4. Que podemos conhecer?
Boa Sorte!
PROSOFOS | Lisboa, 13 Abril de 2012