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O Que é Protagonismo Infanto-Juvenil?

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O Que é Protagonismo Infanto-Juvenil?

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Esta publicação é fruto de uma parceria entre Asas de Socorro e a Rede Mãos Dadas.

Responsável pelo conteúdo da Asas de Socorro: Rita Mucci Santos Responsável pelo conteúdo da Rede Mãos Dadas: Elsie B. C. GilbertDesign Gráfico: James Andrew C. Gilbert

A prática do amor de Cristo

O amor é tema principal de muitos textos da Bíblia. Jesus nos diz para amarmos nosso próximo com a nós mesmos. Disse também que todos saberiam que somos seus discípulos se tivéssemos amor uns pelos outros. Em sua primeira carta, João fala que devemos amar de fato e de verdade, e não apenas com pala-vras. Mas também com ações.

Para comunidades de difícil acesso na região Amazôni-ca Asas de Socorro leva: (1) atendimento médico e odontológico, (2) palestras e oficinas encorajando o desenvolvimento social e a prevenção de abusos sex-uais contra crianças e adolescentes, (3) capacitação para os ribeirinhos em re-lação à qualidade da água com filtros biológicos entre outras ações.

Para as crianças das comunidades ribeirinhas, são dias especiais aqueles em que nossos voluntários chegam de longe para ensinar e brincar com elas. Por outro lado, ouvimos muitos testemunhos de nossos voluntários sobre o quan-to receberam quando pensavam que iriam dar, e como foram abençoados em compartilhar o amor de Cristo de uma forma prática.

Certamente, o testemunho da nossa fé é profundamente percebido através da prática do amor de Deus. Este livreto aponta para mais uma forma de demon-strar o amor de Deus: deixar, permitir e facilitar a participação das crianças e adolescentes como agentes do amor cristão. A carta de João é também para eles, as palavras de Jesus os incluem, eles também amam e podem agir em favor do próximo. Na medida que o fizerem serão abençoados. Boa leitura!

Jeferson CostaDiretor Executivo

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O que é protagonismo infanto juvenil para mim e

por que ele não pode faltar?

Protagonismo infanto-juvenil é o exercício de influência por parte

da criança e do adolescente sobre o meio em que vivem. Protagonismo infanto-juvenil cristão é a criança e o adolescente trabalharem em prol do reino de Deus com seus recursos, seja dispondo de seu tempo, de seu din-heiro ou de seu amor. É ajudar um co-lega que tem dificuldades na escola. É dar uma casquinha para um amigo que não pode comprar. É refletir so-bre sua vida e seu mundo. É olhar pelos necessitados, pelos oprimidos, pelos fracos, pelos que não têm seus direitos cumpridos — seja criança, adolescente, adulto ou idoso. Protag-onismo infanto-juvenil cristão acon-tece quando crianças e adolescentes cristãos realmente estão seguindo a Cristo e dedicando a ele todos os seus dons e talentos, todos os seus recur-sos, sendo sal e luz neste mundo e fa-zendo a diferença em sua sociedade, seja na sua escola, na sua igreja, ou na sua família.

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Ribamar, 12 anos, participa do projeto Pé de Pincha, para ajudar tacarajés a procriarem

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Por que o protagonismo é importante?

A criança e o adolescente têm capa-cidade de serem atores e também de serem cristãos. Negar isso é tratá-los como pura e simplesmente pré-pessoas. É dizer a eles que um dia poderão pensar em ser como Cristo, mas que por enquanto devem tratar de estudar pra um dia crescer. Só então se tornarão pessoas. Negar essa capacidade deles é incentivá-los a serem apáticos e inúteis, a sempre buscarem pelo futuro e não viverem o presente. Isso pode levar a se re-voltarem e procurarem por prazeres para se satisfazerem, ou pode fazê-los se conformar e labutar para um dia poderem buscar “livremente” seus prazeres. Isso cria pessoas acostuma-das a serem sempre servidas e nunca a servir. Quantos pais não trancam seus filhos numa vida escola-casa, estudos-entretenimento? Pois isso é basicamente dizer “estude pra virar gente” e “gaste seu tempo livre com futilidades”.

Existem realidades ainda mais tristes, mas que conheço pouco, em que os pais trancam seus filhos numa vida de trabalho, às vezes sem escola, às vezes sem entretenimento, em que a criança se vê forçada a ser adulta — coisa que na verdade ela não é. Aliás, forçar uma criança ou adolescente a ser adulto está longe de ser o protag-onismo infanto-juvenil cristão. Como

o próprio nome diz, a criança não é adulta. No entanto, é uma pessoa e ela pode e deve agir e fazer a dife-rença.

Por fim, se negarmos que a criança e o adolescente têm capacidade de serem protagonistas cristãos, elas fo-carão em si mesmas, não em Cristo. E isso não é nada cristão. Agora, uma vez que respeitamos o princípio do protagonismo infanto-juvenil cristão e incentivamos as crianças e os ado-lescentes em tal exercício, grandes coisas podem acontecer. Se confiar-mos certas tarefas às nossas crianças e aos nossos adolescentes, muitos deles nos surpreenderão cumprindo tais tarefas com um empenho que às vezes nunca suspeitamos que es-condessem. Confiando serviços e responsabilidades às crianças e aos adolescentes, eles crescerão e apre-nderão muito, e farão a diferença nesse mundo.

Quantos pais não trancam seus filhos

numa vida de estudos e entretenimento? Pois

isso é dizer “estude para virar gente” e “gaste seu tempo livre com

futilidades”

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Como incentivar o protagonismo infanto-juvenil?

Incentivar o protagonismo de crian-ças e adolescentes não é dar-lhes uma marreta e dizer-lhes: “Vê esta pedra? Use a marreta para bater nela assim! Não! Assim ó, isso! Muito bem. Quando tiver quebrado a pedra me chame.” Mas, sim: “Tome essa mar-reta, ache uma pedra e quebre-a. Se não conseguir, me chame.” Há uma grande diferença. O adulto está ali, mas ao mesmo tempo não está. A re-sponsabilidade passa para a criança e para o adolescente.

Não se deve desvalorizar a experiência e a perícia dos adultos, abandonando a criança e o adolescente mesmo quando pedem ajuda. Seria como ati-rar a marreta na direção deles e es-perar que façam tudo, sem instrução,

experiência nem ajuda. O adulto deve compartilhar com eles sua perícia e experiência. Não só a criança e o ado-lescente aprenderão protagonizando, os adultos também têm muito que aprender dos mais jovens . E atenção: não se deve usar as crianças e os ado-lescentes para se fazer o trabalho dos adultos! O que é responsabilidade do adulto é responsabilidade do adulto! Colocar toda a responsabilidade so-bre a criança ou adolescente seria um extremo absurdo.

Da mesma forma, é um absurdo não atribuir nenhuma responsabilidade às crianças e aos adolescentes. To-dos têm direitos e responsabilidades. Para que haja protagonismo é im-portante buscar o equilíbrio. Não se deve dar todo o poder à criança e ao adolescente; deve-se compartilhá-lo em doses contadas de modo que pos-sam administrá-lo. É necessário pri-meiro serem fiéis no pouco e depois

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Adolescentes participam das atividades com crianças na

Comunidade da Sabina, Juriti, PA como parte da equipe de

Asas de Socorrro

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Davi Bastos escreveu este artigo em 2012 então com 16 anos. É estudante do ensino médio e mora em Viçosa, MG. É membro

da Igreja Presbiteriana de Viçosa onde participa ativamente da UPA (União Presbiteriana de Adolescentes), lidera encontros da ABS (Aliança Bíblica Secundarista) na sua escola, é especialista em J.R.R.Tolkien e ama descobrir novas formas de economizar dinheiro

receberão o muito para administrar (Mt 25:21). O adulto deve encontrar maneiras de auxiliar crianças e ado-lescentes a tomarem decisões e im-plementá-las.

Em suma, incentivar o protagonismo infanto-juvenil é trabalhar para que o cidadão mais jovem tenha seus di-reitos respeitados e ao mesmo tempo oferecer para ele oportunidades para que exerça sua influência, interagindo e modificando o mundo ao seu redor. É trabalhar para que haja respeito aos direitos dos mais jovens, a para que eles, ao mesmo tempo, não se con-formem com as coisas como estão!

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Responda em uma folha separada as perguntas abaixo e depois preencha a tabela segundo as instruções dadas.

• Que fatores você acha essenciais para o desenvolvimento do protagonis-mo em crianças e adolescentes?

• Você acredita que estes fatores estão presentes em sua igreja, escola ou projeto social? Eles são lugares que facilitam a participação das crianças?

• Davi escreveu: “E atenção: não se deve usar as crianças e os adolescentes pra fazer o trabalho dos adultos! O que é responsabilidade do adulto é responsabilidade do adulto!”

Pensando nisso enumere as resposabilidades que devem ser realizadas por:

Adultos Adolescentes e crianças Em conjunto1. 1. 1.2. 2. 2.3. 3. 3.

• Elaborem, como equipe, um lista com algumas medidas práticas que vocês poderiam adotar para encorajar a participação real das crianças nas ativi-dades, dividindo com elas tanto algumas responsabilidades como alguns privilégios.

Atividade em Grupo

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Será que consegue desvendar a mensagem secreta? Abaixo

você deve substituir os números pelas letras correspondentes, se-guindo a legenda e descobrir a mensagem!

A 22B 26C 9

H 14I 7J 25

O 18P 4Q 21

V 20W 11X 23

D 1E 17F 13

K 2L 3

M 15

R 16

S 19T 5

Y 10Z 12

G 6N 8

U 24

Desafio

Legenda:

5 18 1 18 19 5

Ê

15 1 5 18 197177 16

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de estudos na Instituição Real para Jovens Cegos, a primeira escola para cegos de Paris. Nessa escola, o ensino era quase todo feito oralmente, e ha-via alguns poucos livros que usavam o sistema Valentin Hauy, o método oficial de leitura para cegos na época. Lá Louis dedicou-se profundamente aos estudos e fazia outras atividades

que a escola proporcionava, como au-las de piano. Algum tempo depois se tornou o talentoso organista de Notre Dame dês Champs.

As dificuldades enfrentadas por Lou-is Braille em seus estudos o levaram, desde cedo, a preocupar-se com a possibilidade de criação de um siste-ma de escrita para cegos. Contou

Louis Braille, o menino cego que ajudou os cegos

do mundo a ler!

Louis Braille foi um grande exemplo de como as crianças podem fazer

a diferença no mundo. O homem nas-cido em 1809 em Coupvray na França ficou cego aos 3 anos, ao sofrer um acidente que causou uma infecção no olho. A infecção se espalhou para am-bos os olhos, e como não havia acesso a tratamento médico adequado, após alguns meses a doença destruiu am-bas as córneas de Louis.

A cegueira não o impediu de ser um estudante exemplar, ele decorava e recitava lições que escutava na escola, e aos 10 anos conseguiu uma bolsa

Criança usando o sistema de leitura Braille

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com a ajuda de outras pessoas, como Charles Barbier de la Serre, capitão de artilharia do exército de Louis XIII, cria-dor de um sistema de sinais em relevo que, quando combinados, transmiti-am suas ordens militares, permitindo que fossem lidas no escuro. Barbier já pensava nas aplicações de seu sistema para comunicação entre ce-gos. Louis Braille rapidamente apre-ndeu a usar o sistema, e adquirindo maior habilidade, acabou descobrin-

do seus problemas e começou a pen-sar em possíveis modificações.

Com apenas 15 anos, Braille final-izou a criação de seu sistema onde 64 combinações representavam todas as letras do alfabeto, além de acentua-ção, pontuação e sinais matemáticos. O jovem continuou aperfeiçoando o método, que demorou alguns anos para ser aceito. Apesar de os alunos gostarem do sistema, os professores mais convencionais da instituição se recusaram a abandonar os velhos mé-todos.

Braille teve pouco tempo para ver a expansão de seu sistema por toda a Europa, pois morreu cedo, aos 43 anos, de tuberculose, em 1852. Hoje o Código Braile é um sistema de es-crita para pessoas com baixa visão mundialmente aceito. Tudo porque um menino ousou ser diferente e co-locar os seus talentos à serviços seus semelhantes.

Com apenas 15 anos, Braille finalizou a criação de seu sistema onde 64 combinações represen-tavam todas as letras do alfabeto, além de

acentuação, pontuação e sinais matemáticos.

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32 milhões: este é o número de adolescentes e jovens no Brasil. Segun-do a consultoria Kanitz & Associados, somente 7% deles realizam algum tipo de trabalho voluntário. Não é por falta de vontade. O Centro de Pesquisa Mo-tivacional aponta que 67% dos jovens abririam mão de duas horas nos fins de semana para ajudar outras pessoas.

41,22% dos jovens de 16 e 17 anos se registraram para votar em 2012 formando um total de 2,9 mil-hões de jovens de 16 e 17 anos aptos a votar. Para estes o voto é opcional. Nos EUA, onde o voto é opcional para todas as idades, o percentual de jovens na faixa etária de 18 a 24 que votaram em 2012, foi de 48,5%.

Onde estão os 32 milhões adolescentes e

jovens do Brasil?

794 mil jovens entre 10 e 19 anos são chefes de suas família, se-gundo dados preliminares do Censo 2010.

30,7% da notícias sobre adoles-cente entre 12 e 17 anos tem como tema a violência. Enquanto notícias ligadas à educação perfazem apenas 12,2% do total.

23.973 jovens foram entrev-istados em 75 cidades brasileiras. Destes, 59,1% moram com a famí-lia e 65% exercem alguma atividade remunerada nas ruas. 4,1% atuam como engraxates; 16,6% separam material reciclável; 19,7% se definem

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Adolescentes participam em campanha contra a violência em

Viçosa, MG

como “flanelinhas” e 39,4% vendem produtos de pequeno valor.

Mais da metade das crian-ças e adolescentes entrevistados na pesquisa “A Voz das Crianças”, real-izada pelo Unicef na América Latina e Caribe, dizem que não são ouvidos nem em suas casas nem suas escolas. A pesquisa representa a voz de mais de 50 milhões de crianças e adoles-centes de nove a 18 anos.

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Adolescentes de sete comunidades ao longo do Rio Tracajá, no interior da Amazônia, atenderam a um convite feito pelo professor Valter Mene-

zes e passaram a fazer parte de uma solução que promete melhorar a saúde de suas comunidades. São hoje 10 os “agentes da água”, função que inclui a educação dos comunitários com relação aos perigos da água imprópria para o consumo e a fiscalização para a boa utilização dos filtros biológicos ali instala-dos. Os Agentes da Água são alunos da Escola Municipal Luis Gonzaga, e agem em parceria com a organização Asas de Socorro que atua na região desde ___.

O filtro biológico transfor-ma água suja e imprópria em água boa para o con-sumo.

Asas de Socorro em parce-ria com ___ se esforça por levar o filtro até a família e cuidar de sua instalação adequada. Mas somente o uso contínuo da água limpa trará os benefícios à saúde dos curumins (como são chamadas as crianças na região amazônica). E é nes-ta etapa de conscientização e aprendizado que os ado-lescentes estão se mostran-do verdadeiros campeões.

Água Limpa para os Curumins

Menina pega água no rio Mamuru, Juriti, PA.

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Convencem as crianças menores, falam nas reuniões de comunitários e visitam famílias, constatando a situação de cada filtro e buscando soluções quando necessário.

Em abril deste ano, 55 famílias receberam um filtro em casa.Em julho, a equipe de Asas de Socorro voltou para ver como estava a utilização dos filtros e o dia a dia das famílias. Um resultado animador foi encontrado: 42 famílias foram visitadas e, com exceção de 05 casas, todas as outras estavam muito satisfeitas com o uso do filtro.

Em agosto, mais 62 filtros foram instalados em novas casas e desta vez o tra-balho de convencimento realizado pelos adolescentes foi notável. Os comuni-tários já estavam na beira do rio esperando a chegada da equipe de Asas de Socorro com os filtros biológicos.

Ainda em 2013 mais 72 filtros serão instalados e uma nova oficina sobre hi-giene e práticas comunitárias será realizada na Escola Municipal Luiz Gonzada para um novo grupo maior de adolescentes.

Temos hoje:

- 117 famílias usando água filtrada, mais de 500 pessoas fazendo uso de água potável

- 10 Agentes da Água

- 42 famílias visitadas após 02 meses de uso

- 07 comunidades envolvidas com o projeto

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Informações sobre a sua instituição e como a pessoa pode ajudá-la