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Número 2141 - Agosto 2017 - Ano 89 Versão digital: www.idefran.com.br Neste mês, assembleia e encontro de pesquisadores do Espiritismo Chegou o mês de agosto e com ele dois grandes encontros para o movimento espírita intermuni- cipal e nacional. No dia 20, do- mingo, às 15h, será realizada, em Franca, uma assembleia para a criação de uma associação de pes- quisadores da cidade, inspirada na LIHPE (Liga de Pesquisadores do Espiritismo), uma rede virtual de pesquisadores da temática espírita que fazem um intercâmbio de in- formações e preservação da me- mória. Uma das propostas que, na oca- sião, serão apresentadas, é a reali- Informação e comunicação: mudanças na Fundação Espírita Allan Kardec Lançamento do livro “Colônia Harmonia”, de Felipe Salomão zação de um encontro mensal, com a apresentação de artigos científi- cos de pesquisadores de Franca e de outras cidades. Outra proposta é a realização de um encontro anu- al, também inspirado no encontro da LIHPE, o ENLIHPE (Encontro Nacional da Liga de Pesquisado- res do Espiritismo), onde os pes- quisadores terão a oportunidade de apresentar as suas pesquisas, que posteriormente poderão ser publicadas. Veja na página 8 as obras que serão distribuídas no próximo mês. Obras que circulam neste mês Clube do Livro Espírita do Idefran Tendo em vista a necessidade de adequar-se o mais possível à modernidade tecnológica da in- formação e da interação com o mundo e com as áreas que lhe di- zem respeito, a Fundação Espíri- ta Allan Kardec, mantenedora do Hospital Psiquiátrico Allan Kar- dec, do Hospital-Dia, da Clínica Geriátrica Nova Era, do DAE – No dia 21 de julho último, na sede do buffet Stillus, Rua Carlos de Vilhena, n° 3365, em Franca, foi feito o lançamento da primeira Suplemento, pág. 4 Pág. 5 Suplemento, pág. 1 Departamento de Assistência Es- piritual, a par de ser proprietário deste jornal, A Nova Era - de res- ponsabilidade editorial do Idefran - Instituto de Divulgação Espírita de Franca -, promove expressiva melhoria nos seus recursos de co- municação eletrônico-virtual. edição do livro Colônia Harmo- nia, de autoria de Felipe Salomão, diretor do Idefran. Marco Milani coordenador do 13 Enlihpe

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Número 2141 - Agosto 2017 - Ano 89Versão digital: www.idefran.com.br

Neste mês, assembleia e encontro de pesquisadores do Espiritismo

Chegou o mês de agosto e com ele dois grandes encontros para o movimento espírita intermuni-cipal e nacional. No dia 20, do-mingo, às 15h, será realizada, em Franca, uma assembleia para a criação de uma associação de pes-quisadores da cidade, inspirada na LIHPE (Liga de Pesquisadores do Espiritismo), uma rede virtual de pesquisadores da temática espírita que fazem um intercâmbio de in-formações e preservação da me-mória.

Uma das propostas que, na oca-sião, serão apresentadas, é a reali-

Informação e comunicação: mudanças na Fundação Espírita Allan Kardec

Lançamento do livro “Colônia Harmonia”, de Felipe Salomão

zação de um encontro mensal, com a apresentação de artigos científi-cos de pesquisadores de Franca e de outras cidades. Outra proposta é a realização de um encontro anu-al, também inspirado no encontro da LIHPE, o ENLIHPE (Encontro Nacional da Liga de Pesquisado-res do Espiritismo), onde os pes-quisadores terão a oportunidade de apresentar as suas pesquisas, que posteriormente poderão ser publicadas.

Veja na página 8 as obras que serão distribuídas no próximo mês.

Obras que circulam neste mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Tendo em vista a necessidade de adequar-se o mais possível à modernidade tecnológica da in-formação e da interação com o mundo e com as áreas que lhe di-zem respeito, a Fundação Espíri-ta Allan Kardec, mantenedora do Hospital Psiquiátrico Allan Kar-dec, do Hospital-Dia, da Clínica Geriátrica Nova Era, do DAE –

No dia 21 de julho último, na sede do buffet Stillus, Rua Carlos de Vilhena, n° 3365, em Franca, foi feito o lançamento da primeira

Suplemento, pág. 4

Pág. 5

Suplemento, pág. 1

Departamento de Assistência Es-piritual, a par de ser proprietário deste jornal, A Nova Era - de res-ponsabilidade editorial do Idefran - Instituto de Divulgação Espírita de Franca -, promove expressiva melhoria nos seus recursos de co-municação eletrônico-virtual.

edição do livro Colônia Harmo-nia, de autoria de Felipe Salomão, diretor do Idefran.

Marco Milani coordenador do 13 Enlihpe

Pág. 02 A Nova Era - Agosto 2017

Editorial

AÓrgão mensal de divulgação espírita

Intermunicipalde Franca- Adolfo Mendonça Jr.Responsabilidade editorial:USE

Conselho Editorial: Mario Arias Martinez, Felipe Salomão, Euripedes B. Carvalho, Fernando A. P.Falleiros, Ademir G. Pinheiro, Marcos A. Faleiros, Maria Consuelo Aylon, Jaime B. Silva e João B. Vaz

Propriedade: Fundação Espírita Allan Kardec

Realização e responsabilidade editorial: Idefran - Instituto de Divulgação Espírita de Franca

Rua Major Claudiano, 2185, Centro, CEP: 14.400-690 - Franca ( ) - Tel.: 16 3721.8282SPwww.idefran.com.br - [email protected]

Fundado por José Marques Garcia e Martiniano Francisco de Andrade, em 15 de novembro de 1927

Doutrina e divulgação

Um apelo aos companheiros que se empenham na divulgação do Espiritismo

A nossa experiência é bastante para concluirmos que manter um jornal mensal, um programa ra-diofônico semanal e outros meios de divulgação doutrinária espírita constitui uma luta de difícil susten-tação. Não é tarefa inglória, porque, embora à custa de muito sacrifício, realiza-se o objetivo, ainda que dis-tante do ideal.

Não obstante as facilidades que a internet representa no âmbito da divulgação, aliás, já contamos com esta tecnologia, vale considerar que conteúdo informativo e instrutivo há que chegar também àquela par-cela de leitores e ouvintes que ain-da prefere os meios tradicionais. Temos notícias de que algumas pu-blicações, como o Jornal do Brasil, retomaram o meio impresso, assim como outros órgãos de grande cir-culação da imprensa mundial o se-guem mantendo, conquanto se utili-zem também do meio virtual.

O Idefran – Instituto de Divul-gação Espírita, administrado por voluntários e outros colaboradores também voluntários e com um pe-queno grupo de contratados, todos igualmente de boa vontade, e que tem por finalidade difundir o co-nhecimento doutrinário espírita de

Estimados leitores de A Nova Era e ouvintes do Sementeira Cristã. Vocês, por certo, leram o nosso editorial desta edição que, com triste-za, expõe a situação que enfrentamos como efeito da crise geral que assola nosso País. É por isso que rogamos aos estimados companhei-ros nos contemplem com alguma contribuição voluntária e espontânea, somando, com certeza, algum valor capaz de garantir a continuação de tais canais que se empenham na divulgação da Doutrina que ilumina consciências, revivescendo o Evangelho de Jesus.

Se você pode nos ajudar, efetue seu depósito de qualquer va-lor no banco 756 (Sicoob), agência 4321, conta 2002511-4, CNPJ 51.796.035/0001-10, ou ligue 16, 3721-8282, solicitando envio de bo-leto.

De nossa parte, cumpre-nos antecipar os mais sinceros agradeci-mentos pelo quanto representará sua contribuição para garantir que um jornal e um programa radiofônico espíritas continuem cumprindo tam-bém sua sublimada tarefa de consolarem porque esclarecem.

maneira a mais econômica possí-vel, conquanto comercialize livros e mantenha o Clube do Livro Espírita, é uma entidade sem fins lucrativos, mantendo também biblioteca, vide-oteca e audioteca de acesso inteira-mente gratuito.

Levando em conta sua ativida-de fim, a divulgação da Doutrina, como anuncia o próprio nome, não seria admissível que não editasse um jornal mensal e não mantivesse um programa radiofônico semanal, além de utilizar-se de vias virtuais, no esforço de cumprir sua finalidade precípua: contribuir para melhorar o homem, buscando melhorar o mun-do.

Considerando a singularidade do movimento espírita, constituído por quantos se movimentam em torno de tão sublimado objetivo comum, contamos com a compreensão dos leitores, com vistas a nos possibili-tarem a execução dos nossos com-promissos, esclarecendo que os valores auferidos com a veiculação de anúncios são insuficientes para a sustentação dos nossos já paupérri-mos meios de divulgação.

Àqueles que já nos acodem no quanto podem os nossos sinceros agradecimentos.

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Pai Nosso – IIIO Evangelho segundo o Espiritismo

Eurípedes B. Carvalho

Continuamos com a transcrição li-teral da oração dominical no seu for-mato ampliado e desenvolvido pelo codificador, com assistência e inspi-ração de seus mentores espirituais. É o que veremos a seguir:

IV – Dá-nos o pão de cada dia.“Dá-nos o alimento indispensável

à sustentação das forças do corpo; mas dá-nos também o alimento espi-ritual para o desenvolvimento do nos-so Espírito. O bruto encontra a sua pastagem; o homem, porém, deve o sustento à sua própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque o criaste livre. Tu lhe hás dito: ‘Ti-rarás da terra o alimento com o suor da tua fronte,’ Desse modo, fizeste do trabalho, para ele, uma obrigação, a fim de que exercitasse a inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades e ao seu bem-estar, uns mediante o labor manual, outros pelo labor intelectual. Sem o traba-lho, ele se conservaria estacionário e não poderia aspirar à felicidade dos Espíritos superiores. Ajudas o ho-mem de boa vontade que em ti con-fia, pelo que concerne ao necessário; não, porém, àquele que se compraz na ociosidade e desejara tudo obter sem esforço, nem àquele que busca o supérfluo. Quantos e quantos sucum-bem por culpa própria, pela sua incú-ria, pela sua imprevidência, ou pela sua ambição e por não terem querido contentar-se com o que lhes havias concedido! Esses são os artífices do seu infortúnio e carecem do direito de queixar-se, pois que são punidos naquilo em que pecaram. No entanto,

nem a esses mesmos abandonas, por-que és infinitamente misericordioso. As mãos lhes estendes para socorrê--los, desde que, como o filho pródi-go, se voltem since-ramente para ti. Antes de nos queixarmos da sorte, inquiramos de nós mesmos se ela não é obra nossa. A cada desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se não teria es-tado em nossas mãos evitá-la. Consideremos também que Deus nos outorgou a inteligência para nos tirar do lameiro, e que de nós de-pende o modo de a utilizarmos. Pois que à lei do trabalho se acha subme-tido o homem na Terra, dá-nos co-ragem e forças para obedecer a essa lei. Dá-nos também a prudência, a previdência e a moderação, a fim de

não perdemos o respectivo fruto. Dá--nos, pois, Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida,

porquanto ninguém tem o direito de re-clamar o supérfluo. Se trabalhar nos é impossível, à tua di-vina Providência nos confiamos. Se está nos teus desígnios ex-perimentar-nos pelas mais duras provações,

malgrado os nossos esforços, aceita-mo-las como justa expiação das faltas que tenhamos cometido nesta exis-tência, ou noutra anterior, porquanto és justo. Sabemos que não há penas imerecidas e que jamais castigas sem causa. Preserva-nos, ó meu Deus, de invejar os que possuem o que não temos, nem mesmo os que dispõem

do supérfluo, ao passo que a nós nos falta o necessário. Perdoa-lhes, se es-quecem a lei de caridade e de amor do próximo, que lhes ensinaste. Afasta, igualmente, do nosso espírito a ideia de negar a tua justiça, ao notarmos a prosperidade do mau e a desgraça que cai por vezes sobre o homem de bem. Já sabemos, graças às novas lu-zes que te aprouve conceder-nos, que a tua justiça se cumpre sempre e a ninguém excetua; que a prosperidade material do mau é efêmera, como a sua existência corpórea, e que expe-rimentará terríveis reveses, ao passo que eterno será o júbilo daquele que sofre resignado.”

Surpreende-nos as convincentes ilações, lições e preciosos aprendiza-dos que o nosso sábio pedagogo con-segue extrair dessas poucas palavras: “Dá-nos o pão de cada dia.” Kardec inicia seu brilhante raciocínio falan-do-nos da necessidade do alimento indispensável às forças do corpo; re-mete-nos, na sequência, à capacidade de trabalho, seja ele manual ou inte-lectual; refere-se àquele que pela sua incúria acaba por sucumbir sua pró-pria culpa; lembra-nos que nos basta o necessário e que não nos assiste o direito de reclamar o supérfluo; previ-ne-nos dos efeitos nocivos da inveja, quando almejamos ,doentiamente, a mesma situação financeira dos con-siderados ricos; por fim, nos afirma que, “a prosperidade material do mau é efêmera, como a sua existência cor-pórea...” Pela sua extensão ficamos apenas com o estudo do IV item. Continuaremos no próximo artigo.

Kardec inicia seu brilhante raciocínio

falando-nos da necessidade do

alimento indispensável às forças do corpo

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Vingança privada: é preciso resistir à barbárie

Aprendamos quanto antesAprendendo com Emmanuel

Entre os que se referem a Jesus--Cristo podemos identificar duas grandes correntes diversas entre si: a dos que o conhecem por informa-ções e a dos que lhe receberam os benefícios. Os primeiros recolheram

“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus-Cristo, assim

também andai nele.” – Paulo. (Colossenses, 2:6.)

na espontânea renovação da estrada comum para que nova luz se faça no raciocínio.

Há muita gente informada com respeito a Jesus e inúmeras pessoas que já lhe absorveram a salvadora ca-ridade.

É indispensável, contudo, que os beneficiários do Cristo, tanto quanto experimentam alegria na dádiva, sin-tam igual prazer no trabalho e no tes-temunho de fé.

Não bastará fartarmo-nos de bên-çãos. É necessário colaborarmos, por nossa vez, no serviço do Evangelho, atendendo-lhe o programa santifica-dor.

Muitas recapitulações fastidiosas e muita atividade inútil podem ser peculiares aos espíritos meramente informados; todavia, nós, que já re-cebemos infinitamente da Misericór-dia do Senhor, aprendamos, quanto antes, a adaptação pessoal aos seus sublimes desígnios.

Livro: Pão Nosso – Psicografia de Fran-cisco Cândido Xavier.

notícias do Mestre nos livros ou nas alheias exortações, entretanto, cami-nham para a situação dos segundos, que já lhe receberam as bênçãos. A estes últimos, com mais propriedade, dever-se-á falar do Evangelho.

Como encontramos o Senhor, na passagem pelo mundo? Às vezes, sua divina presença se manifesta numa solução difícil de problema huma-no, no restabelecimento da saúde do corpo, no retorno de um ente amado,

aliviar vossos irmãos; depois, vosso Espírito se elevará mais depressa se já progrediu em inteligência. No in-tervalo das encarnações, aprendeis em uma hora o que vos exigiria anos sobre a vossa Terra. Nenhum conhe-cimento é inútil, todos contribuem, mais ou menos, para o progresso, porque o Espírito perfeito deve tudo saber, e porque o progresso deven-do se realizar em todos os sentidos, todas as ideias adquiridas ajudam o desenvolvimento espiritual.”

É preciso que se considere tam-bém que a ciência, ainda que voltada

Sabedoria no Plano MenorJoão B. Vaz

Consideremos, para início de ra-ciocínio, o que dissera Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, que a perfeição espiritual só se alcan-ça equilibradas as duas asas, a do in-telecto e a do sentimento. Em outras palavras, disse que o progresso evo-lucional há de se realizar em todos os sentidos.

É raciocinando nestes termos que nos posicionamos no contexto das experiências terrenas, filosofando mais alto, mesmo que sob o trato do imediatismo existencial, obviamente obscurecidos pela intrometida parce-

ria da nossa própria ignorância.A cobrança que, todavia, se nos

impõe, enérgica e constante, não pode ser ignorada. São os ensina-mentos cristãos a nos conscientiza-rem de que vale a pena todo e qual-quer esforço para substituirmos as turbulências da vida pela paz de espí-rito, cujo ruidoso recado regenerador recusamos entender.

A nossa decisão efetiva para con-cebermos o estado de alma capaz de absorver e pôr em prática a reco-mendação de Jesus do “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” não nos requereria mais do que mi-nutos ou horas, se livres das paixões mundanas. Mas, no que respeita às ciências só voltadas para a efemeri-dade da vida física, satisfazendo-nos demandas prazerosas ou maldosas, somos rápidos e diligentes, com em-penhados expedientes inteligentes.

Consideremos que, apesar da brevidade da vida no corpo físico, o Espírito, enquanto materialmente implicado, frequentemente, esforça--se por soluções da mais alta indaga-ção, para uso somente enquanto vive na carne.

Contudo, é doutrinariamente ad-missível a concepção imediatista da busca de grandes ou pequenos pro-jetos de concepção e realização pro-fundamente científicas que de nada valem para o Espírito, porque não avançam para além do túmulo, senão no que diz respeito ao desenvolvi-mento do intelecto, o que não deixa de beneficiar a própria evolução e a

da sociedade em que se acha inseri-do.

Por isso, convém que nos lem-bremos do que ensina a questão 898 de O Livro dos Espíritos: Visto que a vida corporal não é senão uma es-tada temporária neste mundo, e que nosso futuro deve ser nossa principal preocupação, é útil esforçar-se por adquirir conhecimentos científicos que não tocam senão às coisas e às necessidades materiais? Os Instru-tores da Codificação respondem, es-clarecedores: “Sem dúvida. Primei-ro, isso vos coloca em condições de

para as coisas boas apenas da face terrena, só faz sentido quando atende o lado espiritual do homem, ou esta-ria vazia de propósitos.

Seria equívoco desconsiderar que um expediente científico, conquanto, primariamente, se volte para o âmbi-to da matéria, é manifestação do in-telecto, portanto de inevitável intera-ção com o psiquismo universal.

Necessário, porquanto, que o ho-mem tenha especial cuidado com o manejo dos propósitos intelectuais, porque, mais do que as ações físicas, eles podem consistir em poderosos influxos cuja força, segundo as inten-ções que a presidam, tanto pode ser colocada a serviço do bem quanto do mal.

No uso de nossa inteligência, ma-nifestada sob sérias implicações do psiquismo, é, com efeito, indispensá-vel considerar a observação do Espí-rito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier: “o pensamento é força viva, em toda parte. É atmosfera cria-dora que envolve o Pai e os filhos, a Causa e os Efeitos, no Lar Universal. Nele, transformam-se homens em anjos, a caminho do céu ou se fazem gênios diabólicos, a caminho do in-ferno.” (Nosso Lar, 43. ed., FEB, p. 203-204).

O Espírito, enquanto materialmente

implicado, frequentemente,

esforça-se por soluções da mais alta indagação,

para uso somente enquanto vive na carne

O Livro dos Espíritos

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para pedir a interferência dele junto à esposa que ficara, buscando obter o seu perdão a fim de apaziguar a sua vida espiritual.

Lançamento da 1ª edição do romance “Colônia Harmonia”, de Felipe Salomão

Da Redação

No dia 21 de julho último, na sede do buffet Stillus, Rua Carlos de Vi-lhena, n° 3365, em Franca, foi feito o lançamento da primeira edição do livro Colônia Harmonia, de autoria de Felipe Salomão, diretor do Idefran.

Trata-se de um li-geiro romance/narra-ção, baseado em fato real, contado por um amigo médico. Apro-veitando-se do fato, o autor desdobrou outros aspectos em narrativa romance-ada, acrescentando informações que tornaram o assun-to ainda mais inte-ressante.

Inspirado pelo espírito Euzébio, dirigente de uma colônia situada so-bre a região sul-mineira, o autor rela-ta um romance ocorrido na Espanha

e que veio provocar desdobramentos no Brasil, passados alguns anos. Con-ta as lutas de um espírito, Mizael, vi-sando a harmonizar o casal Genaro/

Margarida, seus genitores, no esforço de fa-zer justiça, pois fora ele responsá-vel pela separação ocorrida na Espa-nha, quando o casal era Dom Esteban/Rosária.

Genaro, proprie-tário da fazenda Água Limpa, tem um deslize na sua conduta de es-poso e não é perdoado pela esposa. Com a sua desencarnação, vê-se impedido de alçar novas paragens espirituais, por-

q u e está preso ao drama de consciência. Vai a um Centro Espírita e pede aos dirigentes que se dirijam à residência do filho, que é médico,

Toda a história se desenrola em ri-cas e cativantes 122 páginas.

Colônia Harmonia já está à venda, especialmente na livraria do Idefran.

Em Matão, 7º Encontro Anual Cairbar Schutel - EAC

Local: SOREMA.Data: 2 e 3 de setembro – sábado e domingo. Um encontro para a família toda, com atividades inclusive para crianças.Inscrições e informações gerais no site www.institutocairbarschutel.org Presenças: Marcus de Mário (RJ), Sandra Borba, (RN) e Alzira Bes-sa (MG).Tema: Educação com Jesus.Valor mínimo de inscrição até 31 de julho.

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“Ninguém, pois, acende uma luzerna e a cobre com alguma va-silha, ou a põe debaixo da cama; põe-na, sim, sobre um candeeiro, para que vejam a luz os que en-tram. Porque não há coisa enco-berta, que não haja de saber-se e fazer-se pública.”¹

Parece estranho ouvir Jesus di-zer para não se colocar a candeia debaixo do alqueire ou da cama, segundo Lucas, e ao mesmo tem-po falar por parábolas. Incoerên-cia de Jesus? Contradição nos ensinamentos? Jamais! É neces-sário entender que essa afirmação é uma orientação para as nossas atitudes, em relação aos conheci-mentos que possuímos, sejam eles quais forem.

O Mestre convida-nos a não es-condermos a luz da verdade, mas, sim, deixá-la visível para que ou-tras pessoas possam se orientar por ela.O ensinamento evangélico é mais uma parábola, como mui-tas que Jesus usava para tornar compreensíveis as verdades que desejava transmitir.

Mas, o que é uma parábola? Na acepção geral do termo, parábola é uma narrativa. Nesse caso, não temos uma narrativa propriamen-te, mas uma comparação. As ver-dades nela contidas são de cunho moral. As comparações com a vida cotidiana e os interesses ma-teriais foram utilizadas com maes-tria por Ele, para que seus ensinos pudessem ser compreendidos. As que fazem parte dos Evangelhos, portanto, contêm preceitos mo-rais. Podemos dizer, então, (...) “que Parábola Evangélica é uma instrução alegórica, exposta sem-pre com um fim moral, como um meio fácil de fazer compreender uma lição espiritual”.²

Entretanto, aqueles que não buscam a ideia espiritual – a es-sência moral – desses preceitos, mas tão somente sua forma, des-prezando o fundo, não encontram a doutrina do Cristo e, por essa razão, ela se conserva oculta até hoje.

Assim, quando os discípulos perguntaram a Jesus por que fa-lava por parábolas, Ele lhes dis-se: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Rei-no dos Céus, mas a eles não, pois não estão em condições de compreenderem certas coisas; veem, olham, escutam e não entendem. Di-zer-lhes tudo, agora, seria inútil.” ³

Jesus tratava o povo como se trata uma criança, cujas ideias ainda não estão desenvolvidas. Aguardava que a inteligência crescesse para compreender tudo que seria revelado, gradualmente. Isto é, “todo ensinamento deve ser proporcional à inteligência de quem o recebe, e porque há pes-soas que uma luz muito viva pode ofuscar sem esclarecer.4

Assim como acontece a cada indivíduo, a Humanidade também passa por períodos da infância, da juventude e da madureza. Cada coisa deve vir a seu tempo, pois tudo que é plantado fora da esta-ção não produz. Mas, aquilo que é guardado por prudência, cedo ou tarde, será revelado, quando o homem, com a inteligência desen-volvida, procurar, por si só, des-cobrir. Pela inteligência, o homem compreende, se guia e racionaliza sua fé. É por isso que Jesus fala-va para não pôr a luz debaixo da

O Caráter atual da simbologia da Candeia

cama, pois sem a luz da razão, a fé enfraquece.

Todavia, existem aqueles que colocam a luz da verdade escondi-da. São aqueles que querem dominar es-ses conhecimentos, essas descobertas. São as religiões que sempre tiveram seus mistérios e cujo exa-me ainda proíbem;

são as pesquisas na área da saúde que por razões comerciais não são trazidas à luz.

Jesus estava certo. Não existe mistério absoluto, pois tudo aqui-lo que estiver oculto será desco-berto. Ele só deixou oculto o en-tendimento das questões abstratas da sua doutrina. Tendo feito da humildade da caridade a condição expressa da salvação, tudo que disse e fez, a respeito, é claro, ex-plícito e não deixa dúvida.

Ele veio nos trazer regras de conduta que precisavam estar

claras para que pudessem ser se-guidas, e isto era o essencial para aquelas pessoas, ainda ignoran-tes das coisas do Espírito e tão essencial para nós que, mesmo após vinte séculos, ainda não as compreendemos, porque vêm de encontro aos nossos caprichos, desejos e interesses pessoais.

Aos discípulos que já estavam mais adiantados moral e intelec-tualmente, podia iniciá-los nos princípios mais abstratos. Por isso disse: “ao que já tem ainda mais se dará e terá em abundân-cia”. Mas, mesmo para eles, algu-mas coisas não foram reveladas. Somente mais tarde, a ciência e o Espiritismo vieram desvendar al-guns pontos obscuros da doutrina do Cristo.

E, ainda hoje, muita coisa está sendo revelada, com prudência, pelos Espíritos encarregados des-sa tarefa. Pretensão fantasiosa, ousadia ou ignorância de alguns imaginarem que a Doutrina dos Espíritos será superada e que nada mais tem para nos desven-dar?

Bibliografia1 – Mateus, 13: 10-15.2 – SCHUTEL, Cairbar.Pará-

bolas e Ensinos de Jesus – 14. Ed. – Casa Editora O Clarim, Matão/ SP – 1ª parte, As parábolas e sua interpretação.

3 – Lucas, 18: 16-17.4 – KARDEC, Allan. O Evan-

gelho segundo o Espiritismo – cap. 23, item 1 a 7 e cap. 18, item 15.

Leda Maria Flaborea

(Jesus) aguardava que a inteligência (do povo) crescesse para compreender tudo que seria revelado,

gradualmente

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Querida criança, você sabe o que um grito de cólera¹ é capaz de causar? Neio Lúcio, no livro “Alvorada Cristã”, oferece vários ensinamentos

sobre esse tema. O benfeitor espiritual compara o grito de raiva a um vento forte. Do mesmo modo que a ventania destrói um ninho num segundo, um grito também pode destruir a paz do lar, provocar doenças e muitos sofri-

mentos. Vamos juntos vencer esse mal?

Cantinho Infantil “Scheilla”Vera Márcia Silva

Que raiva!!!

O grito de cólera

Scheilla

o médico. Os remédios ficaram muito caros e essa despesa inesperada acabou comprometendo o orçamento da família. No final do mês, o pai não conseguiu pagar todas as contas: mercado, aluguel de casa e farmácia.

Durante seis meses, todos daquele lar se esforçaram para recompor a paz quebrada desastrosamente5 por causa de um grito de raiva de criança. Cento e oitenta dias de sacrifícios, lágrimas e preocupações.

Tudo isso aconteceu porque o filho ainda não venceu a irritação, ou seja, a raiva.

Até a próxima edição,

amiguinhos!

Você é uma criança que se descontrola² por qualquer motivo? Hum... Se você respondeu “SIM!”, está na hora de reavaliar

esse mau comportamento.O Espírito Neio Lúcio, através do médium Francisco Cândido

Xavier, conta a história de um menino que gritou fortemente com a mãe e ainda falou várias palavras feias, antes do almoço.

O garoto não imaginava que seu grito de raiva ia causar muitos problemas no lar. E sabe por que ele gritou? Só por causa de uma roupa.

Triste e muito aborrecida, a mãe teve dor de cabeça e passou mal. As duas irmãs, que cuidavam do almoço, correram para o quarto para socorrê-la.

O pai teve de ficar em casa por mais tempo até a esposa se recu-perar e, com isso, chegou bastante atrasado ao trabalho. Seu chefe não aceitou as explicações e o repreendeu³ asperamente4.

Os problemas decorrentes desse grito de cólera foram ainda mais graves: a mãe, de tanta tristeza, piorou e foi preciso consultar

Hora de refletir...Pat e Téo estavam brincando e, de repente, a menina se descontrolou, jogou o urso no chão e deu um grito de cólera. O irmão se assustou, mas em vez de brigar, disse-lhe uma frase que a ajudou a pensar. Escolha sua cor preferida e pinte a frase que salvou Pat de muitas complicações.

Que ensinamento! Devemos exercitá-lo no lar, na casa dos avós, na escola e na convivência com os amigos. Podemos também oferecer “frases calmantes”, como fez o Téo, para os raivosos que se aproximarem de nós.

Pat se acalmou e, felizes, os dois voltaram a brincar.

Vocabulário¹cólera = raiva, ira, ódio, descontrole, fúria²descontrola = perde o controle de si mesmo, desequilibra-se³repreendeu = ficou bravo4asperamente = grosseiramente, maldosamente5desastrosamente= de modo infeliz

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1 - ESPELHO D’AGUA – O espí-rito Alice, pela psicografia de Mônica A. Cortat, nos oferece este excelente romance, que aborda o período em que a Igreja Ca-tólica implantou os tribunais da Inquisição, a partir do séc. 14. A mediunidade de cura, manifestada em lgumas mulheres, é objeto de perseguição violenta e implacável.

3 - A REENCARNAÇÃO NA BÍ-BLIA E NA CIÊNCIA – José Reis Chaves, teósofo cristão e estudioso das religiões, dá um profundo mergulho na Bíblia e na histó-ria do Cristianismo, buscando e encontran-do referências da doutrina do renascimento do espírito em todos esses textos sagrados. Livro que esclarece inúmeras questões rela-cionadas ao tema reencarnação.

SAULO E PAULO e COLO-RINDO O EVANGELHO II – Dois livros infantis para alegrar e instruir as crianças com os valores do Evangelho. Em Saulo e Paulo, o autor trata da vida do apóstolo dos gentios e seu trabalho valoroso; em Colorindo o Evangelho II, continua o estudo do Evangelho de forma lúdica, oferecendo excelente material para evangelizadores e pais preocupados com a boa formação dos filhos.

2 - DEUS CONFIA NOS PAIS – Ana-lisa a afirmativa doutrinária segundo a qual o homem é considerado cocriador no plano Divino. A autora, Lucia Moysés, compara maternidade e paternidade com o cam-po de trabalho outorgado aos pais, para a semeadura do amor na vida de seus filhos. O objetivo da educadora é chamar a atenção para o sublime compromisso da família.

Opções para o próximo mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Caso prefira, no lugar das opções aqui indicadas, ou cumulativamente, o associado poderá optar por dois exemplares das obras básicas do Espiritismo, editadas pelo IDE.

Atendemos solicitações para sobras de meses anteriores

As ótimas espitirinhas aqui publicadas estão em www.espitirinhas.blogspot.com.br e são de autoria de Wilton Pontes a quem apresentamos nosso reconhe-cimento tanto por seu trabalho como pelo desprendimento em liberar sua publicação gratuita.

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