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Verso atualizada em 26-07-2017


MANUAL DO CUIDADO NO PR-

NATAL E PUERPRIO NA ATENO PRIMRIA EM SADE

PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA

ALEXANDRE KIREFF

SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE

GILBERTO BERGUIO MARTIN

DIRETORIA DA ATENO PRIMRIA EM SADE SIMONE RODRIGUES GONALVES

GERNCIA DE PROGRAMAS DE SADE

LILIAN DE FTIMA MACEDO NELESSEN

LONDRINA 2016

PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE


Produo, distribuio e informaes: SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE DE LONDRINA Superintendncia - Gilberto Berguio Martin Diretoria Simone Rodrigues Gonalves Programa de Sade da Mulher Endereo: Av. Theodoro Victorelli, 103 CEP: 86027-750 Telefone (43) 3372-9825 E-mail: [email protected] Site: http://www1.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/sec_saude/protocolos_clinicos_saude/ manual_cuidado_pr-natal_puerprio_ateno_primria_sade. 1. Edio 2006. 2.Edio 2016 CAPA/CONTRACAPA: Marcelo Ribeiro Mximo - Artes Grficas/Nucleo de Comunicao/PML

Dados internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Bibliotecria Zoraide Gasparini CRB/9 1529

L838m LONDRINA. Prefeitura do Municpio. Secretaria Municipal de Sade Manual do cuidado no pr-natal e puerprio na ateno primria em Sade/ Eni do Carmo de Souza, Marcos Andr da Silva (col.)...[ et all] 2. ed. Londrina : SMS. 2016. 434 p. il. color.

1. Sade Pblica. 2. Gestao. 3. Purpera. I. Secretaria Municipal de Sade. II. Ttulo. CDD 618

CDD: 248


EQUIPE RESPONSVEL - 2. Edio

AUTORA Eni do Carmo de Souza

ORGANIZADORA Eni do Carmo de Souza

COLABORADORES Clariana Muniz- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Daniela Souza Silva Almeida- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Eduardo Cristofoli- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Fernanda Teodoro Secretaria Municipal de Sade de Londrina Incio Teruo Inoue Universidade Estadual de Londrina Juliana Marques - Secretaria Municipal de Sade de Londrina Larissa Lopes Sanit- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Llian de Ftima Macedo Nellessen - Secretaria Municipal de Sade de Londrina Llian Poli de Castro- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Luiz Carlos Baldo - Secretaria Municipal de Sade de Londrina Mrcia A. Gobbi do Amaral - Secretaria Municipal de Sade de Londrina Marcos Andr da Silva - Secretaria Municipal de Sade de Londrina Maria de Ftima Valentini de Azevedo- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Priscila Alexandra Colmiran - Secretaria Municipal de Sade de Londrina Srgio Vitrio Canavese - Secretaria Municipal de Sade de Londrina

INSTITUIES E DIRETORIAS PARCEIRAS 17. Regional de Sade- Evanira J. Chiquetti; Luiz Carlos Baldo Consrcio Municipal do Mdio Paranapanema- CISMEPAR: Geraldo Sujeta, Neusa Q. Aquilar Ambulatrio do Hospital das Clnicas de Londrina Incio T. Inoue Ambulatrio do Hospital Evanglico de Londrina- Flvia R.M. Z. Albernaz Diretoria de Vigilncia Sanitria-AMS- Christiane L.B. Liberatti; Michele Patricia Amadeu Diretoria de Regulao e Auditoria em Sade- Mrcia Cristina Moreira; Miriani Ribeiretti Hospital Universitrio Regional do Norte do Paran- Jaqueline Dario Copobianco

APOIO ADMINISTRATIVOS Anderson Rodrigo Nicoladelli Nobre Anna Luiza Ferreira de Oliveira Keyla Moreira de Araujo Maronezzi Mariana Galvo Jacobs Carvalho Haila Luiza Amorim Rodrigues

VALIDADORES Evanira Chiquetti- 17. Regional de Sade Luiz Carlos Baldo- 17. Regional de Sade Incio T. Inoue - Ambulatrio do Hospital das Clnicas de Londrina (HC-UEL) Christiane L.B. Liberatti- Coordenadora do Comit de Mortalidade Infantil da Sec.Mun.de Sade de Londrina Jaqueline Dario Copobianco- Coordenadora da Residncia em Infectologia Peditrica- HURNPr. Maria Elisa W. Cestari- Chefe departamento Sade da Mulher- Curso Enfermagem- UEL

Mrcia Cristina Moreira- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Miriani Ribeiretti- Secretaria Municipal de Sade de Londrina Maria Elisa W. Cestari- Departamento Sade da Mulher-Curso Enfermagem-UEL Ktia M. Krelling Vezozo- Departamento Sade da Mulher-Curso Enfermagem- UNIFIL Cludia Favero Monteiro - UBS Aquiles/AMS Cynthia Taira- UBS CSU/AMS Edna Marli T. Athayde- UBS Ideal/AMS


Elaine Campreguer- UBS Alvorada/AMS Roxane Bandeira- UBS So Luiz/AMS EQUIPE RESPONSVEL 1 Edio ORGANIZADORAS

Eni do Carmo de Souza

Marilda Kohatsu

AUTORES

Ahmed Ali Geha Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Cyntia Harumi Taira Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Daniela Souza Silva Alemida Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Eni do Carmo de Souza- Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Marilda Kohatsu Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Marlene Nonaka - Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Norma R. Holtz - Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Rosngela Aurlia Libanori - Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Tatiana Antonio e Silva - Secretaria Municipal de Sade de Londrina

Thelma M.Sodr Universidade Estadual de Londrina

Vera Lcia Pereira Mendes dos Santos - Secretaria Municipal de Sade de Londrina


NDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Imagem de Gestante .......................................................................................................................... 21 Figura 2 - Imagem de acolhimento ..................................................................................................................... 38 Figura 3 - Risco de natimortalidade em relao a fatores de risco maternos .................................................... 72 Figura 4 - Semana de gestao ......................................................................................................................... 82 Figura 5 - Avaliao do estado nutricional da gestante segundo o ndice de massa corporal por .................... 83 Figura 6 - Atitude fetal ........................................................................................................................................ 93 Figura 7 - Formas de apresentao fetal: ceflica, plvica, Crmica ................................................................ 93 Figura 8 - Altura da apresentao fetal .............................................................................................................. 94 Figura 9 - Situao fetal: longitudinal, transversa, obliqua ................................................................................ 95 Figura 10 - Manobras de Leopold -Zweifel ........................................................................................................ 95 Figura 11 - Verificao da Altura uterina ............................................................................................................ 97 Figura 12 - Ausculta dos Batimentos Cardiofetais (BCFs ................................................................................ 101 Figura 13 - Pesquisa de Edema MMII .............................................................................................................. 105 Figura 14 - Pesquisa de Edema regio sacral ................................................................................................. 105 Figura 15- Tabela de Referncia para Valores de Pesos Fetais Estimados pela USG ................................... 197 Figura 16 - Valores de referncia para determinao da idade gestacional por meio da medida do comprimento cabea-ndegas (ccn) na ultrassonografia de primeiro trimestre .............................................. 198 Figura 17 - Circunferncia Craniana fetal Intervalos de Referncia das Medidas do Dimetro Biparietal (DBP), da Circunferncia Craniana (CC) e do trio do Ventrculo Lateral (VL ................................................ 199 Figura 18 - O crnio fetal .................................................................................................................................. 244 Figura 19 - Tipos de bacia ................................................................................................................................ 246 Figura 20 - A bacia obsttrica ou pequena bacia ............................................................................................. 246 Figura 21 - Assoalho plvico Feminino ............................................................................................................ 247 Figura 22 - Registro cardiotocogrfico de gestante em trabalho de parto ....................................................... 249 Figura 23 - Apagamento e dilatao do colo do tero ..................................................................................... 253 Figura 24 - Dilatao cervical avaliada pelo toque vaginal .............................................................................. 258 Figura 25 - Plano De Lee para avaliao da progresso da apresentao fetal no trabalho de parto .......... 259 Figura 26 - Exerccios para o puerprio ........................................................................................................... 295 Figura 27 - O Arco de Maguerez ...................................................................................................................... 312 Figura 28 - medo, tenso dor no trabalho de parto .......................................................................................... 315


NDICE DE FLUXOGRAMAS

FLUXOGRAMA 1 - ABORDAGEM DA PESSOA COM SUSPEITA DE INFERTILIDADE ................................ 50 FLUXOGRAMA 2 - DIAGNSTICO DA GRAVIDEZ ......................................................................................... 53 FUXOGRAMA 3 - ABORDAGEM SINDRMICA EM INFECES SEXUALMENTE TRANSMISSVEIS (ISTS) NA GESTAO ................................................................................................................................................ 114 FLUXOGRAMA 4 - ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA- RASTREAMENTO E CONDUTAS NA ANEMIA FALCIFORME ................................................................................................................................................... 131 FLUXOGRAMA 5 - GLICEMIA DE JEJUM RASTREAMENTO E CONDUTAS DA DIABETES GESTACIONAL 1. TRIMESTRE ..................................................................................................................... 137 FLUXOGRAMA 6 - TESTE ORAL DE TOLERNCIA A GLICOSE (TOTG) RASTREAMENTO E CONDUTAS- DIABETES GESTACIONAL- 2 e 3. TRIMESTRE .................................................................. 138 FLUXOGRAMA 7 - PERFIL GLICMICO AMBULATORIAL ACOMPANHAMENTO DE GESTANTE COM DIAGNSTICO DE DIABETES GESTACIONAL NO 1 TRIMESTRE E COM BOA RESPOSTA A MEV* .... 139 FLUXOGRAMA 8 - GESTANTE COM DIAGNSTICO PRVIO DE DM TIPO 1 EM USO DE INSULINA .... 140 FLUXOGRAMA 9 - GESTANTE COM DIAGNSTICO PRVIO DE DM TIPO 2 ........................................... 141 FLUXOGRAMA 10 - PERFIL GLICMICO AMBULATORIAL ACOMPANHAMENTO DE GESTANTE COM DIAGNSTICO DE DIABETES GESTACIONAL ............................................................................................. 144 FLUXOGRAMA 11 - HEMOGRAMA- RASTREAMENTO E CONDUTAS DA ANEMIA FERROPRIVA GESTACIONAL ................................................................................................................................................ 149 FLUXOGRAMA 12 - HBSAG- INVESTIGAO DA HEPATITE B .................................................................. 151 FLUXOGRAMA 13 - TESTE DO HIV- RASTREAMENTO E CONDUTAS NO HIV ........................................ 154 FLUXOGRAMA 14 - TIPAGEM SANGUINEA E FATOR RH-RASTREAMENTO DA INCOMPATIBILIDADE RH .......................................................................................................................................................................... 157 FLUXOGRAMA 15 - ESTREPTOCOCO DO GRUPO B- RASTREAMENTO DE RISCO PARA INFECES NO NEONATO .................................................................................................................................................. 159 FLUXOGRAMA 16 - TOXOPLASMOSE RASTREAMENTO E CONDUTAS QUANDO EXAME REALIZADO ANTES DA 16. SEMANA DE IDADE GESTACIONAL ................................................................................... 165 FLUXOGRAMA 17 - TOXOPLASMOSE- RASTREAMENTO E CONDUTAS QUANDO EXAME REALIZADO APS A 16. SEMANA DE IDADE GESTACIONAL ........................................................................................ 166 FLUXOGRAMA 18 - TESTES RPIDO PARA SFILIS- RASTREAMENTO E CONDUTAS DA SFILIS NA GESTAO ...................................................................................................................................................... 171 FLUXOGRAMA 19 - VDRL- RASTREAMENTO E CONDUTAS DA SFILIS NA GESTAO ....................... 172 FLUXOGRAMA 20 - TESTES PARA SFILIS- RASTREAMENTO E CONDUTAS DE PARCERIA (S) SEXUAL(IS) ...................................................................................................................................................... 173 FLUXOGRAMA 21 - ATENDIMENTO A GESTANTE E/OU PARCERIAS SEXUAIS COM RELATO DE ALERGIAS A PENICILINA ............................................................................................................................... 179 FLUXOGRAMA 22 - TSH: RASTREAMENTO E CONDUTAS NAS TIREOIDOPATIAS ............................... 184 FLUXOGRAMA 23 - URINA I E UROCULTURA- RASTREAMENTO E CONDUTAS DA INFECO URINRIA NA GESTAO ............................................................................................................................. 188 FLUXOGRAMA 24 - TESTE RPIDO HEPATITE C- RASTREAMENTO DA HEPATITE C NA GESTAO 204 FLUXOGRAMA 25 - ATENO NAS SNDROMES HEMORRGICAS DA GESTAO ............................. 230 FLUXOGRAMA 26 - ATENO NAS ALTERAES DO LQUIDO AMNITICO ......................................... 234 FLUXOGRAMA 27 - ATENO NAS PERDAS DE LIQUIDO VIA VAGINAL- SUSPEITA DE ROTURA PREMATURA ................................................................................................................................................... 237 FLUXOGRAMA 28 - ATENO NAS SNDROMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ: PRE-ECLAMPSIA/ECLAMPSIA ............................................................................................................................... 241 FLUXOGRAMA 29 -ESTERILIZAO VOLUNTRIA FEMININA E MASCULINA (MTODOS DEFINITIVOS E CIRRGICOS) .................................................................................................................................................. 298


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Nvel de evidncia de produo cientfica........................................................................................ 35 Quadro 2 - Graus de Recomendao nos enfoques de terapia, preveno e etiologia .................................... 36 Quadro 3 - Exames de Rotina Pr - Concepcionais para Mulheres que desejam engravidar .......................... 44 Quadro 4 - Exames Excepcionais Pr-Concepcionais para Mulheres que Desejam Engravidar ..................... 45 Quadro 5 - Cronograma Mnimo das Consultas de Pr-Natal para Risco Habitual e Intermedirio ................. 55 Quadro 6 - Roteiro do exame fsico geral e obsttrico na primeira consulta de pr-natal ................................. 58 Quadro 7 - Plano de cuidados no pr-natal ....................................................................................................... 60 Quadro 8 - Roteiro do exame fsico geral e obsttrico nas consultas subsequentes de pr-natal .................... 62 Quadro 9 - Fatores de Risco Reprodutivo .......................................................................................................... 63 Quadro 10 - Estratificao Risco Gestacional .................................................................................................... 65 Quadro 11 - Padronizao de procedimentos e condutas de rotina no pr-natal de risco habitual e intermedirio no municpio de Londrina ............................................................................................................. 73 Quadro 12 - A Determinao em meses do Tempo da Gravidez ..................................................................... 79 Quadro 13 - Diagnstico nutricional conforme o IMC para pessoas no gestantes ......................................... 81 Quadro 14 - Ganho de peso recomendado (em kg) na gestao segundo o estado nutricional inicial ............ 86 Quadro 15 - Achados e condutas frequentes para presso arterial .................................................................. 91 Quadro 16 - Registro dos Movimentos Fetais- MFs ......................................................................................... 103 Quadro 17 - avaliao da dinmica uterina ...................................................................................................... 107 Quadro 18 - Tratamento em Abordagem Sindrmica para Infeces Sexualmente Transmissveis (ISTs)- Doena Inflamatria Plvica (DIP) ................................................................................................................... 115 Quadro 19 - Tratamento Em Abordagem Sindrmica Para Infeces do Trato Reprodutivo (ITR)* e Sexualmente Transmissveis (ISTs)- Corrimento Vaginal............................................................................... 116 Quadro 20 - Tratamento Em Abordagem Sindrmica para Infeces Sexualmente Transmissveis (ISTs)- Ulcera Genital ................................................................................................................................................... 119 Quadro 21 - Abordagem para leso anogenital ............................................................................................... 122 Quadro 22 - Vacinas com indicao universal (rotina) para gestantes............................................................ 124 Quadro 23 - Vacinas Com Uso Restrito na Gestao:..................................................................................... 125 Quadro 24 - Exames De Rotina Para Pr-Natal na Ateno Primria em Sade no Municpio de Londrina-Pr. .......................................................................................................................................................................... 126 Quadro 25 - citologia onctica- rastreamento e condutas no cncer do colo do tero .................................... 128 Quadro 26 - Recomendaes de Manejo para Diabetes na Gravidez ............................................................ 134 Quadro 27 - Medicaes para Controle da Diabetes Mellitus Gestacional...................................................... 143 Quadro 28 - Tipos de Anemia de acordo com Volume Corposcular Mdio (VCM): ........................................ 145 Quadro 29 - Esquema Teraputico Tratamento da Toxoplasmose Gestacional .......................................... 163 Quadro 30 - Esquema teraputico tratamento da toxoplasmose congnita- ............................................... 164 Quadro 31 - Manifestaes clnicas, de acordo com a evoluo e estgios da sfilis adquirida ..................... 170 Quadro 32 - Tratamento da Sfilis em Gestantes e No Gestantes ................................................................ 176 Quadro 33 - Reao De Jarisch-Herxheimer X Reao Penicilina ............................................................... 178 Tratar com droga alternativa (ver Quadro 34 -Tratamento da Sfilis em Gestantes e No Gestantes. ......... 179 Quadro 35 - Principais Indicaes da Ultrassonografia Obsttrica (USG) de Rotina Conforme Trimestre Gestacional ....................................................................................................................................................... 191 Quadro 36 - Principais Indicaes da Ultrassonografia Obsttrica (USG) Morfolgica................................... 192 Quadro 37 - Parasitoses Intestinais na Gestao e Puerprio ........................................................................ 201 Quadro 38 - Parmetros de Avaliao dos Sinais Vitais em Gestantes e Purperas ..................................... 221 Quadro 39 - Parmetros de Avaliao da Glicemia em Gestantes e Purperas ............................................. 221 Quadro 40 - Avaliao da Dor: Escala Visual Analgica (EVA) ....................................................................... 221 Quadro 41 - Classificao e Condutas nas Sndromes Hemorrgicas at 20. Semana de Gestao (1. Metade da Gestao) ....................................................................................................................................... 225 Quadro 42 - Diagnstico Diferencial entre as Formas Clnicas de Abortamentos ........................................... 226 Quadro 43 - Classificao Da Perda Sangunea Vaginal Segundo Quantidade e Tempo .............................. 227 Quadro 44 - Classificao Da Perda Sangunea Vaginal Segundo Quantidade e Tempo .............................. 231 Quadro 45 - Pr Eclmpsia .............................................................................................................................. 240 Quadro 46 - Caractersticas das contraes .................................................................................................... 249 Quadro 47 - Diagnstico e Condutas Diferenciais das Fases do Trabalho de Parto, Parto e Puerprio ........ 255 Quadro 48 - Boletim De APGAR ...................................................................................................................... 261 Quadro 49 - Alteraes/Doenas da Cavidade Bucal na Gestao ................................................................ 264
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Quadro 50 - Principais Agravos Relacionados ao Sofrimento Mental no Puerprio ....................................... 274 Quadro 51 - Principais drogas utilizadas no tratamento de depresso no perodo gravdico puerperal ......... 276 Quadro 52 - Sinais e sintomas, condio de alerta e manejo inicial ................................................................ 291 Quadro 53 - Critrios de Elegibilidade para uso de Mtodos Anticoncepcionais ............................................ 296 Quadro 54 - Resumo Dos Mtodos Anticoncepcionais Reversveis Elegveis para uso no Puerprio .......... 297 Quadro 55 - Resumo das Informaes Clnicas para as Mulheres Aps Abortamento .................................. 309 Quadro 56 - Correspondncia entre as semanas de desenvolvimento embrionrio e semanas de gestao pela DUM .......................................................................................................................................................... 319


LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Distribuio do ganho de peso materno durante a gestao ........................................................... 89 Tabela 2 - Dimenses da bolsa de borracha para diferentes circunferncias de brao em crianas e adultos 90 Tabela 3 - Recomendao quanto ao tempo de interrupo do aleitamento materno aps consumo de drogas de abuso ........................................................................................................................................................... 290


LISTA DE APNDICES

APNDICE A - MEDICAMENTOS PRESCRITOS PELO ENFERMEIRO NA ................................................. 329 APNDICE B - ACONSELHAMENTO PR-CONCEPCIONAL E AS HEMOGLOBINOPATIAS .................... 330 APNDICE C - ATIVIDADE FSICA PARA GESTANTES ............................................................................... 339 APNDICE D - ORIENTAO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA A GESTANTE ................................... 343 APNDICE E - ASPECTOS EMOCIONAIS DA GESTAO E PUERPRIO ............................................... 367 APNDICE F - DIREITOS SOCIAIS DA GESTANTE ...................................................................................... 375 APNDICE G - A SEXUALIDADE NO PERODO GRAVDICO PUERPERAL ............................................... 380 APNDICE H - ORIENTAES GERAIS PARA GESTANTES ...................................................................... 386 APNDICE I - A DETERMINAO DE PESO FETAL PELA REGRA DE JOHNSON ................................... 390 APNDICE J - SISTEMATIZAO DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NO PR-NATAL ...................... 391 APNDICE K - O TABAGISMO NA GESTAO ............................................................................................ 399 APNDICE L - CONTROLE DE HEMOGLUCOTESTE (HGT) ....................................................................... 413 APNDICE M - CONTROLE DE PRESSO ARTERIAL E PESO .................................................................. 414 APNDICE N - PADRONIZAO DE RELATRIO NA 1. CONSULTA PR-NATAL .................................. 415 APNDICE O - FICHA CLNICA DE EVOLUO PR-NATAL ...................................................................... 416


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACS- Agente comunitrio em sade

Anti HCV- Anticorpos produzidos contra antgenos do vrus da Hepatite C

Anti-HBC- Anticorpos produzidos contra antgenos do vrus da Hepatite B

ANVISA- Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

APS- Ateno primria em sade

AVE- Acidente Vascular Enceflico

ARV- Anti- retroviral

ARV- Anti-retroviral

AU- Altura uterina

AZT- zidovudina

BCF- Batimento cardio fetal

BO-Boletim de ocorrncia

CAPS- Centros de Ateno Psicossocial

CAT- Comunicao de Acidente de Trabalho

CE: Contracepo de emergncia

CID - Classificao Internacional de Doenas

CIDI- Centro Integrado de Doenas Infecciosas

CIVD- Coagulao Intravascular Disseminada

CIE- Conselho Internacional de Enfermagem

CIPE- Classificao Internacional das Prticas de Enfermagem

CIPESC- Classificao Internacional das Prticas de Enfermagem em Sade Coletiva

CISMEPAR- Consrcio Intermuinicipal do mdio Paranapanema

CLAP- Centro Latino-Americano de Perinatologia

CM- Consulta mdica

CO- colpocitologia onctica

COFEN- Conselho Federal de Enfermagem

cp- Comprimido

CREAS- Centro de referencia especializada de assistncia social

CT,- Colesterol total

CTG- Cardiotocografia

DAPS- Diretoria da Ateno Primria em Sade

DIP-Doena inflamatria plvica

DIU- Dispositivo intrauterino

Dl/dL- Decilitro

DM- Diabetes mellitus

DM2- Diabetes mellitus tipo 2

DMG- Diabetes mellitus gestacional

DNA- cido desoxirribonucleico

DPOC: Distrbio pulmonar obstrutivo crnico

DPP- Data Provvel do Parto

DPP- Descolamento prematuro da placenta

DPT- Vacina contra difteria, coqueluche e ttano

DSCS- Diretoria de Servios Complementares de Sade

DST- Doena sexualmente transmissvel

DST- Doena Sexualmente transmissvel


dT- Vacina contra difteria e ttano tipo adulto

DT- Vacina contra difteria e ttano tipo infantil

dT- Vacina dupla bacteriana

dTPa- Vacina contra difteria, ttano, Pertussis (coqueluche) acelular

DU- Dinmica uterina

DUES-Diretoria de Urgncia e Emergncia em Sade

DUM- Data da ltima menstruao

ECM- Exame clnico das mama

ESF- Estratgia sade da famlia

Ex.- Exemplo

FDA- Food and Drug Administration

FEBRASGO- Federaao Brasileira das Associaes de Ginecologia e Obstetricia

FSH- Hormnio folculo-estimulante

g- gramas

GI- Gestao Indesejada

GNP- Gestao no planejada

HAC- Hipertenso arterial crnica

HAC- Hipertenso Arterial Sistmica

Hb- Hemoglobina

HB1AC- Hemoglobina glicada

HBsAg- Antgeno de superfcie do vrus da hepatite B

HCM- Hemoglobina corpuscular mdia

HCV- Vrus da Hepatite C

HEL- Hospital Evanglico de Londrina

HGT- Hemoglucoteste

h-hora

HIV- Vrus da Imunodeficincia Humana

HPV- Human Papiloma Virus.

Hs- Horas

HSV-1/2- Vrus da herpes simples tipo 1 e tipo 2

Ht- Hematcrito

HU/ HURNPr- Hospital universitrio Regional do Norte do Paran

ICC: Insuficincia cardaca congestiva

ICL- Instituto do Cncer de Londrina (ICL)

IG- Idade gestacional

IGHAHB - Imunoglobulina Humana Anti-Hepatite B

IGHVAZ- imunoglobulina humana anti-varicela-zoster

IgM- Primeira Imunoglobulina produzida em resposta a infeces bacterianas e virais.

ILA- ndice de lquido amnitico

IM- Intra muscular

IM- Intra muscular

IMC- ndice de Massa Corporea

IML- Instituto Mdico Legal

IRA- Insuficincia Renal Aguda

ISTs- Infeces sexualmente transmissveis (ISTs)

ITR- Infeco do Trato Reprodutivo

ITU- Infeco do trato urinrio

Kcal- Kilocaloria

Kg- Kilograma

KOH- Hidrxido de potassio


LACEN- Laboratrio central do estado

LDL-C- Colesterol ou lipoprotena de baixa densidade

LES: Lpus Eritematoso Sistmico

LIEAG- Leso intraepitelial de alto grau ((LIEAG

m- Metro

mcg- Micrograma

MEV- Mudana de estilo de vida

MFs- Movimentos fetais

mg- Miligramas

mL: mililimetro

MMG- Mamografia

MMII- Membros inferiores

MMLB- Maternidade Municipal Lucila Balalai

MS- Minsitrio da Sade

NANDA I- Nanda Internacional

NASF- Ncleo de apoio a sade da famlia

NPH- Neutral Protamine Hagedorn

OMS- Organizao Mundial da Sade

PA- Presso arterial

Pct- Paciente

PGAC- Perfil glicmico Ambulatorial Completo

PGAS- Perfil glicmico Ambulatorial Simplificado

pH: Potencial hidrogeninico

PN- Pr-natal

PS- Pronto socorro

PSF- Programa Sade da famlia

RCIU- Retardo do crescimento intrauterino

RDMF- REGISTRO DIRIO DOS MOVIMENTOS FETAIS

RDW- Red Cell Distribution Width

RPR- Rapid Plasma Reagin

SAE- Sistematizao da Assistncia de Enfermagem

SAMU- Servio atendimento mvel de urgncia

SBD- Sociedade Brasileira de Diabetes

SINAN- Sistema de Informao de Agravos de Notificao

SISPRENATAL- Sistema nacional de acompanhamento pr-natal

TC- Terapia comunitria

T-CD4- Contagem de linfcitos

TCG- Tratamento completo gestante

TEP- Tromboembolismo pulmonar

TG-triglicerdeo

TR- Teste rpido

TSH- thyroid-stimulating Hormone (Hormonio estimulante da tireide)

TT- Toxide tetnico

TTG- Teste de tolerncia a glicose

TVP- Trombose venosa profunda

UBS - Unidade Bsica de Sade

UBS- Unidade Bsica de Sade

UEL- Universidade Estadual de Londrina

UI- Unidade

UI- Urina I


UI/dl- Unidade por decilitro

UPA-Unidade de Pronto Atendimento

URO- Urocultura

USG- Ultrassonografia

VAT- vacina anti tetnica

VCM- Volume Corpuscular Mdio

VD- Visita domiciliar

VDRL- Venereal Disease Research Laboratory

VHS- Velocidade de hemossedimentao

VO- Via oral

VS: Violncia Sexual

VV- Via vaginal

X- Vezes

ZDV- Zidovudina

-hCG - Beta gonadotrofina corinica

g - Micrograma por litro


SUMRIO

INTRODUO ........................................................................................................................................... 20

1 AS DIRETRIZES ............................................................................................................................... 21 1.1 O Objetivo Geral ............................................................................................................................ 21 1.2 Os Objetivos Especficos ............................................................................................................... 21 1.3 As Metas Para O Trinio 2017 2019 .......................................................................................... 22 1.4 A Organizao da Ateno Obsttrica .......................................................................................... 22

1.4.1 Atribuies dos profissionais da equipe de sade da ateno primria ................................. 23 1.4.2 Atribuies das instituies que compe a rede de servios de atendimento materno infantil no municpio de Londrina........................................................................................................................... 33 1.4.3 Competncia das maternidades vinculadas............................................................................. 34 1.4.4 A Prtica Da Sade Baseada Em Evidncias Na Ateno Obsttrica .................................... 35 1.4.5 Nvel de evidncia cientfica ..................................................................................................... 35 1.4.6 Graus de recomendao .......................................................................................................... 36

2 O CUIDADO PR-CONCEPCIONAL ............................................................................................... 37 2.1 O aconselhamento pr-concepcional ............................................................................................ 38

2.1.1 Anamnese, o olhar sobre o risco .............................................................................................. 38 2.2 O exame fsico na consulta pr-concepcional ............................................................................... 43 2.3 Solicitaes de exames pr- concepcionais.................................................................................. 44

2.3.1 Os exames de rotina e excepcionais para mulheres que desejam engravidar ....................... 44 2.3.2 Exames de Rotina Para Parceiros ........................................................................................... 46

2.4 Avaliao do estado vacinal pr-concepcional ............................................................................. 46 2.5 Uso de suplementos vitamnicos no perodo pr-concepcional .................................................... 46 2.6 Orientaes especficas quanto aos hbitos e ao estilo de vida .................................................. 46 2.7 Abordagem da pessoa ou do casal com suspeita de infertilidade ................................................ 47

Fatores que predispe a infertilidade do casal .......................................................................................... 47

3 O CUIDADO NO PR-NATAL ......................................................................................................... 51 3.1 O Acolhimento ............................................................................................................................... 51 3.2 O diagnstico de gravidez ............................................................................................................. 52 3.3 O calendrio de consultas ............................................................................................................. 54 3.4 A consulta no pr-natal .................................................................................................................. 55

3.4.1 Roteiro da primeira consulta..................................................................................................... 56 3.4.2 A Coleta de Dados- A anamnese e o exame fsico obsttrico ................................................ 56 3.4.3 O Diagnstico no pr-natal ....................................................................................................... 59 3.4.4 Planejamento/Prescrio .......................................................................................................... 60 3.4.5 Implementao ......................................................................................................................... 61 3.4.6 Avaliao .................................................................................................................................. 61

3.5 O roteiro de consultas subsequentes ............................................................................................ 61 3.6 O risco gestacional - investigao e classificao ........................................................................ 62

3.6.1 3.6.1 Definio dos fatores de risco reprodutivo ...................................................................... 63 3.6.2 3.6.2 Estratificao risco gestacional ....................................................................................... 64 3.6.3 3.6.3 Determinao do servio que realizar o pr-natal no municpio de Londrina-Pr. ......... 65

3.7 Os procedimentos, achados e condutas na consulta obsttrica ................................................... 72 3.7.1 O clculo da idade gestacional (IG) ......................................................................................... 74 3.7.2 O clculo da data provvel do parto (DPP) .............................................................................. 77 3.7.3 Determinao do trimestre gestacional .................................................................................... 78 3.7.4 Determinao do tempo da gravidez em meses ...................................................................... 78 3.7.5 Avaliao do estado nutricional e do ganho de peso gestacional ........................................... 79 3.7.6 A medida da presso arterial (PA) ........................................................................................... 89 3.7.7 Palpao obsttrica .................................................................................................................. 92 3.7.8 Medida da altura uterina ........................................................................................................... 96 3.7.9 A ausculta dos batimentos crdio fetais ................................................................................. 100


3.7.10 Objetivo................................................................................................................................... 100 3.7.11 Registro dirio dos movimentos fetais (RDMF) mobilograma............................................. 102 3.7.12 Pesquisa de edema ................................................................................................................ 104 3.7.13 Verificao da dinmica uterina ............................................................................................. 107 3.7.14 O Exame clnico das mamas .................................................................................................. 108 3.7.15 Exame ginecolgico ............................................................................................................... 111 3.7.16 Coleta da colpocitologia onctica(CO) ................................................................................... 111 3.7.17 Abordagem Sindrmica em ISTS ........................................................................................... 112 3.7.18 O estado vacinal ..................................................................................................................... 124

3.8 Os exames de rotina no pr-natal ............................................................................................... 126 3.8.1 Colpocitologia onctica- Rastreamento e Condutas no Cncer do Colo do tero ................ 127 3.8.2 Eletroforese de hemoglobina- Rastreamento e Condutas nas Sndromes Falciformes ........ 130 3.8.3 Glicemia e teste de tolerncia a glicose Rastreamento e Condutas na Diabetes Gestacional 132 3.8.4 Hemograma- Rastreamento e Condutas na Anemia Gestacional ......................................... 145 3.8.5 HBsAg- Rastreamento e Condutas na Hepatite B ................................................................ 150 3.8.6 Teste de HIV- rastreamento e condutas do HIV .................................................................... 152 3.8.7 Tipagem sanguinea e fator rh - rastreamento e condutas na incompatibilidade rh ............... 155 3.8.8 Estreptococo do grupo B (EGB) - Rastreamento de Risco para Infeces no Neonato ....... 158 3.8.9 Toxoplasmose - Rastreamento e Condutas na Toxoplasmose Gestacional ........................ 159 3.8.10 Testes Imunolgicos- Rastreamento e Condutas na Sfilis Adquirida ................................... 167 3.8.11 TSH - Rastreamento e Condutas nas Tireoidopatias na Gestao ....................................... 182 3.8.12 Urina I e Urocultura- Rastreamento e Condutas na Infeco Urinria da Gestao ............ 185 3.8.13 3.8.13 A Escolha do Tratamento da Infecco urinria ......................................................... 187 3.8.14 3.8.14 A ultrassonografia (USG) obsttrica ............................................................................ 190

3.9 Os exames excepcionais no pr-natal ........................................................................................ 200 3.9.1 Parasitolgico de fezes- Pesquisa das parasitoses intestinais .............................................. 200 3.9.2 Teste Rpido para Hepatite C- Rastreamento e Condutas na Hepatite C ............................ 202

3.10 O cuidado nas queixas mais comuns na gestao ..................................................................... 205 3.10.1 Alteraes na Movimentao fetal ......................................................................................... 205 3.10.2 Cimbras ................................................................................................................................ 205 3.10.3 Cefaleia................................................................................................................................... 206 3.10.4 Corrimento Vaginal ................................................................................................................. 206 3.10.5 Dor Abdominal/Clica ............................................................................................................. 208 3.10.6 Dor Lombar ............................................................................................................................. 208 3.10.7 Dor nas Mamas (Mastalgia) ................................................................................................... 209 3.10.8 Dor e formigamento na lateral da coxa ................................................................................. 210 3.10.9 Dormncia ou Formigamento das Mos- Acroestesia ........................................................... 210 3.10.10 Dor na regio Plantar ............................................................................................................. 211 3.10.11 Edema .................................................................................................................................... 211 3.10.12 Entorse ................................................................................................................................... 212 3.10.13 Epistaxe e congesto nasal.................................................................................................... 213 3.10.14 Estrias ..................................................................................................................................... 213 3.10.15 Nuseas, vmitos ................................................................................................................... 213 3.10.16 Pirose/azia .............................................................................................................................. 214 3.10.17 Falta de ar/dificuldade para respirar ....................................................................................... 215 3.10.18 Fraqueza/tontura .................................................................................................................... 215 3.10.19 Hemorrida ............................................................................................................................. 216 3.10.20 Obstipao intestinal/flatulncias ........................................................................................... 217 3.10.21 Pigmentao/cloasma gravdicos ........................................................................................... 217 3.10.22 Hiperacidez Bucal, Placa bacteriana e Crie ......................................................................... 218 3.10.23 Queixas urinrias .................................................................................................................... 218 3.10.24 Sialorreia................................................................................................................................. 219 3.10.25 Sangramento na gengiva ....................................................................................................... 219 3.10.26 Varizes e Varicoses ................................................................................................................ 219

4 O CUIDADO NAS INTERCORRNCIAS OBSTTRICAS .............................................................. 221 4.1 Parmetros de avaliao em gestantes e purperas .................................................................. 221


4.2 Hipermese gravdica .................................................................................................................. 222 4.2.1 Diagnstico diferencial ........................................................................................................... 222 4.2.2 Condutas ................................................................................................................................ 222

4.3 Sndromes hemorrgicas............................................................................................................. 223 4.3.1 Sinais e Sintomas ................................................................................................................... 223 4.3.2 Classificao das sndromes hemorrgicas ........................................................................... 223 4.3.3 Outras causas de sangramento por via vaginal durante toda a gestao ............................. 223 4.3.4 Hemorragias na Segunda Metade da gestao ..................................................................... 223

4.4 Ateno nas alteraes do lquido amnitico .............................................................................. 231 4.4.1 Oligoidrmnio ......................................................................................................................... 231 4.4.2 Polidrmnio ............................................................................................................................. 232 4.4.3 Rotura Prematura das Membranas Ovulares (RPMO) .......................................................... 235

4.5 Ateno nas sndromes hipertensivas da gravidez ..................................................................... 238 4.5.1 Conceitos e Parmetros para suspeio de Hipertenso arterial na gestao ..................... 238 4.5.2 Classificao das sndromes hipertensivas da gravidez ........................................................ 238 4.5.3 Sinais e Sintomas ................................................................................................................... 239 4.5.4 Os objetivos do manejo da hipertenso arterial ..................................................................... 239 4.5.5 Diagnstico laboratorial .......................................................................................................... 239 4.5.6 Seguimento da Hipertenso arterial no ps-parto ................................................................. 239 4.5.7 Formas Clnicas da Pr-eclmpsia/Eclampsia ....................................................................... 240

4.6 Ateno na gestao prolongada ................................................................................................ 242 4.6.1 Diagnstico ............................................................................................................................. 242 4.6.2 Conduta .................................................................................................................................. 242

4.7 O trabalho de parto prematuro .................................................................................................... 242 4.7.1 Fatores de Risco Para o Trabalho de Parto Prematuro ......................................................... 242 4.7.2 Como Identificar/avaliar o trabalho de parto prematuro ......................................................... 243

5 O CUIDADO NO TRABALHO DE PARTO, PARTO E NASCIMENTO NA APS ............................ 244 5.1 O trabalho de parto (TP) .............................................................................................................. 244 5.2 O Objeto: O Feto ........................................................................................................................ 244

5.2.2 O Trajeto Duro e Mole: Bacia, crvice, vagina ....................................................................... 245 5.2.3 O Motor- a Contrao Uterina ................................................................................................ 248

5.3 O trabalho de parto, parto e puerprio - mecanismo e fase clnica ........................................... 250 5.3.1 O Perodo Premonitrio .......................................................................................................... 250 5.3.2 2 PERODO- Expulso .......................................................................................................... 251 5.3.3 3. PERODO- dequitao ou secundamento ........................................................................ 252

5.4 Diagnstico do trabalho de parto ................................................................................................. 252 5.4.1 Diagnstico Diferencial: Falso Trabalho de Parto .................................................................. 253 5.4.2 Como Identificar e avaliar um Trabalho de parto ................................................................... 254

5.5 Avaliao da evoluo do trabalho de parto ............................................................................... 256 5.5.1 O toque vaginal no trabalho de parto ..................................................................................... 256 5.5.2 Determinao do encaixamento do polo ceflico- Plano de De Lee ..................................... 258

5.6 Ateno ao parto iminente e ao recm nascido .......................................................................... 260 5.6.1 Diagnstico ............................................................................................................................. 260 5.6.2 Assistncia no perodo expulsivo ........................................................................................... 260 5.6.3 Assistncia ao terceiro perodo: dequitao da placenta ....................................................... 261

5.7 Ateno ao recm-nascido .......................................................................................................... 261

6 O CUIDADO DA SADE BUCAL NA GESTAO ........................................................................ 263

Pr Natal Odontolgico ........................................................................................................................... 263 6.1 Efeitos da sade bucal na gestao e no beb .......................................................................... 263 6.2 Doencas cavidade bucal.............................................................................................................. 263 6.3 A utilizao de drogas em gestantes na odontologia .................................................................. 265

6.3.1 Drogas de uso geral ............................................................................................................... 265 6.3.2 Anestsicos ............................................................................................................................ 265 6.3.3 Antimicrobianos Indicados na gestao e lactao ............................................................... 265 6.3.4 Antimicrobianos Contraindicados na gestao e lactao ..................................................... 265 6.3.5 Uso de Exames Radiolgicos ................................................................................................ 266


7 O CUIDADO NO PUERPRIO ......................................................................................................... 267 7.1 Definies .................................................................................................................................... 267 7.2 Aspectos fisiolgicos no puerprio .............................................................................................. 267 7.3 A reviso puerperal ...................................................................................................................... 271

7.3.1 Os Objetivos da Reviso Puerperal ....................................................................................... 271 7.3.2 Componentes da Avaliao Clnica e Ginecolgica .............................................................. 271

7.4 Queixas comuns no puerprio ..................................................................................................... 272 7.5 Condies patolgicas no perodo puerperal .............................................................................. 273

7.5.1 Agravos Mais Comuns No Perodo Puerperal ....................................................................... 273 7.5.2 O Sofrimento Mental no Puerprio ......................................................................................... 274 7.5.3 Preveno e manejo dos principais problemas relacionados amamentao ..................... 277 7.5.4 Situaes em que h restries ao aleitamento materno ...................................................... 289

7.6 Intercorrncias clinicas que se caracterizam como urgencia/emergencia no puerprio ............ 291 7.7 Sntese do plano de cuidado puerpera..................................................................................... 292

7.7.1 Acolhimento com escuta qualificada ...................................................................................... 292 7.7.2 Avaliao global ..................................................................................................................... 292 7.7.3 Exame fsico ........................................................................................................................... 292 7.7.4 Orientaes e condutas gerais ............................................................................................... 292

7.8 A anticoncepo ps-parto e ps abortamento ........................................................................... 295 7.8.1 Critrios de Elegibilidade para uso de Mtodos Anticoncepcionais....................................... 295 7.8.2 A Anticoncepo Ps-Abortamento ....................................................................................... 296

8 O CUIDADO MULHER APS ABORTAMENTO ......................................................................... 299 8.1 Abortamento como problema de saude publica .......................................................................... 299 8.2 O abortamento provocado ........................................................................................................... 299

8.2.1 Causas do abortamento provocado ....................................................................................... 299 8.2.2 Formas de Abortamento provocado ....................................................................................... 300

8.3 O ABORTAMENTO ESPONTNEO ........................................................................................... 300 8.3.1 Incidncia................................................................................................................................ 300 8.3.2 Fatores de risco do abortamento espontneo........................................................................ 300 8.3.3 Causas de Abortamento Espontneo .................................................................................... 301

8.4 Aspectos emocionais da mulher em situao de abortamento espontneo ou outras perdas* 303 8.4.1 Aspectos Relacionados ao Abortamento na Viso Psicossomtica ..................................... 303 8.4.2 As causas do abortamento espontneo nas sociedades primitivas e hoje ........................... 303 8.4.3 O puerprio no abortamento .................................................................................................. 306

8.5 O profissional de sade diante do abortamento espontneo ...................................................... 307 8.6 Aspectos tico-profissionais e jurdicos do abortamento ............................................................ 307

8.6.1 tica Profissional .................................................................................................................... 307 8.6.2 Diretrizes do atendimento mulher em situao de abortamento......................................... 308

8.7 Orientaes gerais para as mulheres aps abortamento ........................................................... 309

9 MATERIAL DE APOIO PARA ATIVIDADES COLETIVAS DE EDUCAO EM SADE ............. 310 9.1 Objetivos ...................................................................................................................................... 310 9.2 Metodologia para atividades coletivas ......................................................................................... 310

9.2.1 Referencial pedaggico (mtodo) .......................................................................................... 311 9.3 Fases da metodologia da problematizao ................................................................................. 313

9.3.1 Observao da Realidade ...................................................................................................... 313 9.3.2 Identificao dos Problemas -Pontos Chaves........................................................................ 313 9.3.3 Teorizao .............................................................................................................................. 313 9.3.4 Hipteses de Soluo Planejamento .................................................................................. 314 9.3.5 Aplicao Execuo da ao (prtica) ................................................................................ 314

9.4 Registro das aes ...................................................................................................................... 315 9.5 A psicoprofilaxia da gravidez ....................................................................................................... 315

9.5.1 O mtodo ................................................................................................................................ 315 9.5.2 Objetivos do mtodo psicoprofiltico da gestao ................................................................. 316 9.5.3 Pontos importantes do mtodo .............................................................................................. 316

9.6 Desenvolvimento fetal e alteraes fisiolgicas na gestao ..................................................... 318

10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................................................ 321

19


APRESENTAO

Estamos lanando os Protocolos da Secretaria Municipal de Sade de

Londrina, atualizados e com informaes sistematizadas que vo auxiliar e

agilizar o processo de atendimento na nossa rede de ateno.

Acreditamos que este instrumento contribuir na organizao da

Assistncia, promovendo o alinhamento tcnico, aquisio de novas

habilidades e a busca permanente da qualidade da ateno sade.

Fortalecer a Ateno Primria Sade uma das metas que temos

procurado com muita firmeza. Neste sentido, o esforo tcnico de toda equipe

da Secretaria Municipal de Sade de produzir este protocolo, faz parte das

diversas iniciativas desenvolvidas nesta direo, promovendo a melhoria do

acesso, garantindo a equidade, continuidade e integralidade das aes e a

coordenao do cuidado focado nas necessidades do cidado. Portanto,

desejamos que todos faam um excelente uso deste material.

Dr. Gilberto Berguio Martin Secretrio Municipal de Sade-

Londrina-Pr

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INTRODUO FAZENDO A DIFERENA

Este trabalho que comeou como uma atualizao do Protocolo de Ateno Integral Gestante de

Baixo Risco e Purpera do municpio de Londrina de 2006, vagarosamente ao longo de 4 anos foi ganhando

mais temas e pginas, chegando ao status de manual. No entanto, tanto o trabalho anterior como o atual tem

como Modelo de Ateno Obsttrica, o pressuposto de que gravidez e nascimento so eventos normais de

vida, porm requer vigilncia e cuidado pr-natal de qualidade.

A palavra Cuidado advm do latim, coera e cogitare, palavras relacionadas afetuosidade, solicitude,

ateno, preocupao e inquietao para com o outro (BOFF, 1999).

Por pr-natal entende-se o acompanhamento da gestante com vistas a prevenir agravos, promover a

sade, estabelecer o cuidado e instalar medidas de vigilncia e proteo ao binmio materno-fetal.

Segundo as evidncias internacionais, um pr-natal pode ser realizado tanto por mdicos quanto por

enfermeiros obstetras ou generalistas capacitados.

Entretanto, importante alertarmos que uma assistncia integral no se faz apenas com consultas,

nem apenas por mdicos e enfermeiras, por mais competentes, habilidosos ou envolvidos que sejam,pois

integralidade da assistncia se faz por meio de mltiplos olhares. Em outras palavras significa o envolvimento

de uma equipe multi e transdisciplinar exemplificada pela equipe mnima da Estratgia Sade da Famlia

incluindo agentes comunitrios de sade, auxiliares ou tcnicos de enfermagem, mas tambm pela equipe de

apoio formada por assistentes administrativos, servios gerais, mdicos pediatras, ginecologistas e obstetras,

psiclogos, fisioterapeutas, assistente social, educadores fsicos, nutricionistas e tantos outros que compor o

trabalho na ateno primria em sade (APS).

Isto significa que um servio resolutivo no atendimento ao pr-natal dever ultrapassar os aspectos

biologicista centralizado na figura do mdico e por vezes burocratizado. Para isso, muitas vezes podem ser

necessrio que o servio reorganize seu processo de trabalho de forma a incluir o acolhimento como estratgia

de vinculao da gestante e seus significantes, alm de implementar aes de avaliao e monitoramento e

assim prevenir efetivamente os abortamentos, mortalidade materno-infantil e/ ou sequelas de intercorrncias

ocorridas no ciclo grvidopuerperal.

Assim, este protocolo destina-se principalmente aos profissionais mdicos clnicos gerais,

enfermeiros, ginecologistas/obstetras. Mas tambm pretende ser fonte de consulta a todos os profissionais das

Unidades Bsicas de Sade (UBS) ou outros servios da Rede de Ateno Sade que em algum momento

necessitam do contedo aqui disposto.

Eni do Carmo de Souza ORGANIZADORA

21


1 AS DIRETRIZES

1.1 O Objetivo Geral

Reduzir a morbimortalidade maternoinfantil e conduzir a gravidez at o seu termo com me e filho

saudveis, garantindo a assistncia pr-natal e no puerprio a todas as gestantes usurias do Sistema nico

de Sade (SUS).

Figura 1 - Imagem de Gestante

Imagem: Luiz Jacobs/PML

1.2 Os Objetivos Especficos

Promover a melhoria da assistncia gestao e puerprio, mediante o atendimento precoce,

peridico e contnuo;

Detectar o mais precocemente possvel os fatores de risco gestacional que possam interferir na

adequada evoluo da gestao e puerprio;

Oferecer proteo antitetnica gestante e ao recm-nascido;

Promover o estmulo ao aleitamento materno;

Oferecer apoio s alteraes emocionais da mulher, que ocorrem durante a gestao e puerprio;

Oferecer coleta de citologia onctica a todas as gestantes inscritas em acompanhamento pr-natal;

Implementar o diagnstico de infeces na gestao, cuja transmisso vertical pode ser evitada (sfilis,

HIV, hepatite B, toxoplasmose);

Desencadear em tempo oportuno as medidas de proteo especficas para as infeces detectadas;

Prevenir casos de sndrome da rubola congnita, atravs da vacinao das purperas;

Prevenir infeces intercorrentes na gestao;

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Oferecer apoio s alteraes emocionais da mulher, que ocorrem durante a gestao e puerprio;

Prevenir as situaes de desconforto na gravidez;

1.3 As Metas Para O Trinio 2017 2019

Inscrever no pr-natal 100% das gestantes atendidas no SUS da rea de abrangncia da USF, no pr-

natal odontolgico;

Garantir o acesso precoce ao pr-natal a 100% das gestantes usurias do SUS da rea de abrangncia

da USF, sendo a primeira consulta realizada at 10 dias aps o diagnstico da gravidez;

Garantir no mnimo 06 (seis) consultas de pr-natal e 01 (uma) de puerprio, realizado por profissionais

mdicos ou enfermeiros 100% das gestantes inscritas no pr-natal;

Prover proteo antitetnica para 100% das gestantes inscritas no pr-natal;

Garantir a vigilncia a 100% das gestantes e purperas de risco inscritas no pr-natal da UBS;

Detectar 100% das gestantes portadoras de agentes infecciosos cuja transmisso vertical evitvel

(HIV, Treponema Pallidum, vrus da hepatite B, Toxoplasma Gondii);

Oferecer medidas de proteo especfica transmisso vertical dos agentes citados a 100% das

gestantes do municpio infectadas;

Inscrever e garantir a orientao e fornecimento de mtodos contraceptivos de barreira, ou hormonal,

para 100% das purperas inscritas no programa na UBS;

Aumentar em 30% o nmero de atendimentos odontolgicos relacionados ao tratamento completo da

gestante (TCG);

Realizar coleta de citologia onctica em 100% das gestantes que tenham indicao.

Vacinar 100% das purperas inscritas contra a rubola;

Inscrever 100% das gestantes atendidas no SUS no pr-natal odontolgico;

Inscrever 100% das gestantes atendidas no SISPRENATAL.

1.4 A Organizao da Ateno Obsttrica

As redes de ateno so formadas por um complexo de servios articulados, desde a

ateno primria sade at os servios mais especializados, com o objetivo de garantir a integralidade do

cuidado (BRASIL, 2009, MENDES, 2009). Desta forma, para acontecer a assistncia obsttrica em uma linha

de cuidado de qualidade, so necessrios uma variedade de atores com suas diferentes especificidades

profissionais e servios de sade e da assistncia bem orientados em pr do objetivo nico, a sade

maternoinfantil.

23


1.4.1 Atribuies dos profissionais da equipe

de sade da ateno primria

AGENTE COMUNITRIO DE SADE

Aes clnicas do ACS

Acompanhar mensalmente as gestantes inscritas atravs de visita domiciliar peridica;

Acompanhar, orientar o processo de aleitamento materno;

Realizar visita domiciliar precoce at o 7. dia de vida para os recm-nascidos e purperas que tiveram altas hospitalares;

Identificar as gestantes tabagistas e encaminhar para grupo de tabagismo ou atendimento individual ao fumante;

Encaminhar a gestante ao servio de sade ou comunicar o (a) enfermeiro (a) ou o (a) mdico (a) de sua equipe, caso apresente: febre, calafrio, corrimento com mau cheiro, perda de sangue por via vaginal, palidez, contraes uterinas frequentes, ausncia de movimentos fetais, dor ao urinar ou outras intercorrncias durante a gravidez ou no ps-parto;

Identificar e encaminhar as purperas com necessidade de continuidade no tratamento odontolgico;

Articulaes no territrio/Processo de trabalho na UBS

Identificar precocemente as gestantes e crianas que ainda no esto cadastradas no programa de pr-natal e puericultura;

Convocar as gestantes para aes educativas;

Certificar que as gestantes e crianas da rea esto cadastradas na Unidade sade da Famlia e no Programa Rede Me Paranaense/ Rede Cegonha;

Auxiliar a equipe de sade no monitoramento da gestante atravs da visita domiciliar;

Manter atualizada a ficha de cadastro individual com a condio: gestante no sistema e-SUS;

Fazer o cadastro e acompanhamento no Sisprenatal Web conforme definio coordenador ou enfermeira da UBS;

Realizar busca ativa das gestantes faltosas nas consultas de pr-natal, identificando os motivos da falta para elaborao de estratgias junto a equipe de sade;

Realizar busca ativa para as consultas odontolgicas;

Captar as purperas para consultas ps-parto no domiclio e/ou na UBS, com ateno especial as purperas com risco reprodutivo, preferencialmente at o quinto dia aps o parto.

Aes Educativas

Informar s pessoas de sua rea de atuao sobre a Rede Me Paranaense/Rede Cegonha;

Orientar a mulher e seu companheiro sobre a necessidade de planejamento reprodutivo;

Realizar as visitas domiciliares, identificando gestantes e orientando sobre os cuidados bsicos de sade como nutrio, higiene e aleitamento materno;

Participar das aes educativas individual ou em grupo as mulheres e suas famlias sobre a importncia do pr-natal, amamentao, vacinao, sinais de trabalho de parto e de alerta, preparo para o parto, f a t o r e s d e risco gestacional, planejamento reprodutivo e outros;

Incentivar o aleitamento materno exclusivo ACS amigo do peito;

Participar de aes de matriciamento referente sade materno-infantil junto equipe da UBS.

2. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Articulaes no territrio/Processo de trabalho na UBS

Acolher na recepo a gestante e famlia; Participar das discusses da equipe quanto aos assuntos pertinentes ateno materno-infantil;

Informar a gestante e/ou famlia sobre a rotina do Programa de pr-natal;

Realizar o agendamento de exames e consultas;

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Auxiliar os profissionais responsveis, na realizao de aes referente ao ambulatrio junto a usurios, comunidade e/ou

outros servios de sade;

Realizar e/ou emitir relatrios pertinentes ao Programa de Pr-natal.

Controlar, organizar e atualizar arquivos administrativos,bibliogrficos e de estoque, em ordem preestabelecida, sob orientao da coordenao do servio.

3. ATRIBUIES DO ASSISTENTE SOCIAL

Aes clnicas

Acompanhar e organizar, junto com as equipes de SF, as famlias contempladas com os programas sociais

federais e estaduais, tais como o Programa Bolsa-

Famlia, avaliando melhorias das condies de vida das

famlias;

Realizar atendimentos especficos de famlias e grupos em situao de vulnerabilidade social, desagregao familiar, violncia, quando a situao exigir e sempre como parte de projetos teraputicos compartilhados com a equipe SF;

Identificar as gestantes tabagistas e encaminhar para grupo de tabagismo ou atendimento individual ao

fumante;

Intervir nas manifestaes da questo social que incidem no processo sade doena, atuando junto s famlias e indivduos;

Mobilizar com a equipe de SF a participao dos usurios e de profissionais de outros setores e polticas

sociais nos fruns de discusso e deliberao, tais como:

Conselhos Locais de Sade, Conselho Distrital de Sade

Conselhos de Assistncia Social,Conselho de Direitos da

Criana e do Adolescente, Comits de Investigao do

bito Materno-Infantil, Comisses Perinatais Municipais,

entre outros;

Auxiliar as equipes de SF a identificar famlias em situao de vulnerabilidade social e trabalhar de forma intersetorial a fim de contribuir para a garantia dos direitos dos cidados (direito alimentao, ao acesso aos servios de sade necessrios conforme a complexidade do caso, licena-sade, licena maternidade, entre outros);

Desenvolver estratgias que propiciem a incluso social, intervindo nos problemas que dificultam essa

incluso;

Identificar e se articular, conjuntamente com as equipes de SF, com os servios do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) que realizem proteo a famlias e indivduos que se encontram em situao de risco pessoal e social, por ocorrncia de abandono, maus-tratos fsicos e/ou psquicos, abuso sexual, uso de substncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situao de rua, situao de trabalho infantil, entre outras situaes de violao dos direitos e se necessrio realizar encaminhamentos.

Articulaes no territrio/Processo de trabalho na USF

Identificar e mobilizar, junto s equipes de SF, as redes sociais\recursos da comunidade de determinado territrio

que possam auxiliar na realizao das aes para

reduo da MI;

Atuar em parceria com grupos, entidades e movimentos sociais existentes na comunidade, contribuindo com o processo de mobilizao, organizao e controle social.

Aes educativas

Discutir e refletir permanentemente com as equipes de SF a realidade social e as formas de organizao social

que possam contribuir para a construo de aes que

promovam a reduo da mortalidade materna e infantil;

Apoiar as equipes SF na abordagem s famlias para o enfrentamento da violncia;

Proporcionar espaos educativos com as equipes de Sade da Famlia para discutir os direitos da gestante, da

purpera e da criana, informaes acerca dos benefcios

Auxiliar as equipes SF na preveno, identificao e abordagem de famlias que possuam crianas ou mulheres em situao de violncia para programas e projetos sociais de auxilio renda, convivncia e ao fortalecimento de

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legais a que a me tem direito, orientaes quanto ao

registro da criana etc.;

vnculos entre as famlias.

4. AUXILIAR DE ENFERMAGEM

Aes clnicas

Acolher a demanda espontnea com avaliao das vulnerabilidades para todas as mulheres com suspeita ou confirmao de gravidez;


Encaminhar a gestante para a Equipe de Sade Bucal; Avaliar a situao vacinal e administr-la conforme protocolo especfico;

Agendar consulta ecom enfermeira (o), para o resultado do teste rpido de gravidez o mais precoce possvel;

Realizar visita domiciliar a gestante, com ateno especial aquelas de alto risco;

Verificar o peso, estatura, pulso e a presso arterial e anotar os dados no pronturio e Carto da gestante;

Realizar acolhimento das purperas, avaliando as condies biopsicossociais.

Fornecer a medicao, mediante receita mdica /enfermeira;

Identificar e encaminhar as purperas com necessidade de continuidade no tratamento odontolgico;


Encaminhar a paciente para avaliao com enfermeira (o) ou mdico se apresentar situaes de risco ou agravos;

Solicitar o teste imunolgico da gravidez laboratorial (TIG), ou agendar a mulher com suspeita de gravidez para realizao do teste rpido com a enfermeira, se o atraso menstrual for superior a 15 dias conforme fluxo.

Rea l i za r a avaliao inicial, com o objetivo de detectar situaes de risco ou agravos, tal como perdas via vaginal, sangramentos, trabalho de parto prematuros, sinais de infeco urinria e outros.


Realizar a busca ativa e o monitoramento das gestantes e purperas, principalmente as risco intermedirio e alto risco;

Convocar as gestantes para aes educativas;

Captar as purperas para a consulta no ps-parto, priorizando as purperas com risco reprodutivo;


Identificar precocemente as gestantes e crianas que ainda no esto cadastradas programa de pr-natal e puericultura

Captar as purperas para consultas ps-parto no domiclio e/ou na UBS, com ateno especial as purperas com risco reprodutivo, preferencialmente at o quinto dia aps o parto;


Organizar o retorno das crianas para vacinaes e controle de puericultura.

Monitorar a realizao dos exames solicitados gestante, bem como, a disponibilidade dos resultados, com registro dos mesmos em pronturio (Ex: resultado de HIV em anexo, VDRL em falta). Em caso de no coleta de exames solicitar/ realizar busca ativa da gestante, ou se indisponibilidade de resultado, contatar laboratrio e avaliar a necessidade de nova coleta.

Aes Educativas

Participar de aes de matriciamento referente sade materno-infantil junto equipe da UBS;

Informar s pessoas de sua rea de atuao sobre a Rede Me Paranaense/Rede Cegonha;

Participar das aes educativas individual ou em grupo as mulheres e suas famlias sobre a importncia do pr-natal, amamentao, vacinao, sinais de trabalho de parto e de alerta, preparo para o parto, f a t o r e s d e risco gestacional, planejamento reprodutivo e outros.

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5. Enfermeiro

Aes Clnicas

Solicitar o TIG laboratorial ou realizar teste rpido de gravidez s mulheres com atraso menstrual maior que 15 dias;


Real izar a consulta de pr-natal e providenciar o cadastramento no sisprenatal web, registrando em pronturio e carto da gestante;

Fazer o cadastro e acompanhamento no Sisprenatal Web;

Realizar a consulta de pr-natal de gestantes de risco habitual e intermedirio, preferencialmente intercalando os atendimentos com o mdico (a), dependendo da classificao de grau de risco ou necessidade;

Identificar e encaminhar as gestantes e purperas com necessidade de iniciar ou dar continuidade no tratamento odontolgico;

Realizar a consulta de pr-natal ensalmente (UBS ou domicilio) a gestante de alto risco, paralelo s consultas do ambulatrio especializado;

Atender as intercorrncias clnicas e se necessrio encaminhar para avaliao mdica ou servio de referncia;

Realizar a avaliao de risco durante cada consulta de enfermagem gestante ou purpera;

Fornecer a declarao de consulta profissional;

Identificar as gestantes com situaes de risco e encaminh-las para o mdico e/ou servio de referncia conforme orientaes contidas neste protocolo; -

Registrar detalhadamente todo o atendimento no pronturio e no Carto da gestante;

Realizar a coleta de exame cito patolgico conforme orientaes deste protocolo;

Realizar consulta na UBS ou visita domiciliar precoce para o binmio (recm-nascidos e purperas) que tiveram alta hospitalar preferencialmente at o 7 dia de vida, conforme rotina da UBS;

Realizar o teste rpido para as doenas infectocontagiosas: VDRL, HIV, Hepatites B e C.

Realizar consulta de planejamento reprodutivo a purperas e/ou casal;

Solicitar exames de rotina ou excepcionais conforme este protocolo;

Prescrever mtodos contracept ivos que se jam seguros (Categor ia 1 e 2) de acordo com aval iao e classi f icao de r isco para cada usur ia e o mtodo escolh ido;

Pr e s c r e v e r tratamento padronizado como: suplementao de ferro; abordagem sindrmica em ISTs

(corrimento vaginal), sfilis, Infeco do Trato urinrio

(ITU), sinais e sintomas mais comuns na gestao

conforme descrito neste material;

Identificar e encaminhar gestantes e purperas para aes de planejamento reprodutivo (reunies, avaliao multiprofissional em ambulatrio especfico Maternidade Municipal e CISMEPAR).

Fomentar as aes educativas individual ou em grupo as mulheres e suas famlias sobre a importncia do pr-natal, amamentao, vacinao, sinais de trabalho de parto e de alerta, preparo para o parto, f a t o r e s d e risco gestacional, planejamento reprodutivo e outros;

Avaliar a situao vacinal e orientar atualizao do calendrio vacinal se necessrio, conforme protocolo

especfico.



Monitorar as gestantes de sua responsabilidade quanto frequncia nas consultas agendadas (UBS e servios de referncia), resultado dos exames e quanto ao tratamento institudo;

Favorecer o vnculo das gestantes e purperas de risco com a UBS;

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Organizar as atividades educativas com grupos de gestantes;

Identificar precocemente as gestantes e crianas que ainda no esto cadastradas programa de pr-natal e puericultura;


Orientar e coordenar a equipe de sade no monitoramento das gestantes com especial ateno s de risco;

Captar as purperas para consultas ps-parto no domiclio e/ou na UBS, com ateno especial as purperas com risco reprodutivo, preferencialmente at o quinto dia aps o parto;

Monitorar a realizao dos exames solicitados gestante, bem como, a disponibilidade dos resultados, com registro dos mesmos em pronturio e carto da gestante (Ex: resultado de HIV em anexo, VDRL em falta). Em caso de no coleta de exames solicitar busca ativa da gestante, ou se indisponibilidade de resultado, contatar laboratrio e avaliar a necessidade de nova coleta;

Organizar o retorno das crianas para vacinaes e controle de puericultura.

Aes Educativas

Realizar e ou participar de aes de matriciamento referente sade materno-infantil junto equipe da UBS;

Realizar aes educativas individual ou em grupo as mulheres e suas famlias sobre a importncia do pr-natal, amamentao, vacinao, sinais de trabalho de parto e de alerta, preparo para o parto, f a t o r e s d e risco gestacional, planejamento reprodutivo e outros.

6. EQUIPE DE SADE BUCAL: DENTISTA, ASSISTENTE DE SADE BUCAL (ASB), TCNICA DE SADE BUCAL (TSB)

Aes clnicas

Realizar o tratamento profiltico odontolgico (profilaxia mecnica, raspagem); at a alta da paciente (tratamento completo);

Acompanhar o processo de aleitamento materno e os cuidados com o futuro beb enfatizando a importncia do papel da amamentao na dentio e no desenvolvimento do aparelho fonador, respiratrio e digestivo da criana;

Identificar as gestantes tabagistas e encaminhar para grupo de tabagismo ou atendimento individual ao fumante.


Inscrever todas as gestantes da UBS no atendimento da clnica odontolgica;

Informar a equipe de referncia (PSF) as pacientes faltosas que necessitam de busca ativa;

Participar dos trabalhos externos e internos da UBS realizando as aes de promoo de sade bucal na gestao, conforme protocolo de Sade Bucal;

Sincronizar o agendamento odontolgico s gestantes nos dias de consulta pr-natal.

Aes Educativas

Realizar as orientaes especficas s gestantes, valorizando o autocuidado e o cuidado com o recm-nascido;

Orientar a mulher e seu companheiro sobre hbitos alimentares saudveis e de higiene bucal.

7. EDUCADOR FSICO

Aes clnicas

Realizar, junto com as equipes SF, avaliao de mulheres gestantes para a prtica de atividade fsica regular;

Fornecer informaes junto com a equipes SF, sobre a importncia da atividade fsica no pr-natal;

Realizar e orientar, junto com as equipes SF, prticas de atividades fsicas agradveis e seguras para gestantes e purperas, respeitando a individualidade de cada uma;

Realizar e orientar, junto com as equipes SF, exerccios de postura para a gestante, prevenindo dores na coluna, edemas, cimbras, entre outras;

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Realizar, junto com as equipes SF, orientaes sobre exerccios preparatrios para o parto;

Realizar alongamentos dos Membros Inferiores e Superiores para estimulao da circulao e preveno de cimbras;

Orientar em conjunto com as equipes SF a realizao de exerccios fsicos para fortalecimento da musculatura do perneo e relaxamento pr e ps-parto.


Desenvolver aes educativas para discutir com os profissionais a importncia da atividade fsica na gestao;

Proporcionar espaos educativos para discutir com os profissionais da Sade da Famlia a importncia da atividade fsica no desenvolvimento infantil saudvel;

Auxiliar os profissionais das equipes quanto compreenso do processo que acontece durante a gestao e que provoca profundas alteraes metablicas e hormonais, modificando respostas s atividades fsicas;

Orientar as mes sobre auto-massagens e massagem para o beb, por exemplo, para clicas;

Desenvolver aes educativas que proporcionem o conhecimento das gestantes com relao a necessidade da atividade fsica no desenvolvimento infantil.

Aes Educativas

Realizar, junto com as equipes de PSF, grupos de atividade fsica voltados para a gestante e para crianas, contribuindo com o controle do peso, reeducao postural, aumento de resistncia, manuteno do tnus musculares, fortalecimento e flexibilidade dos msculos.

8. Farmacutico

Aes Clnicas

Em casos de dificuldade na adeso ou uso incorreto, o farmacutico poder intervir, em conjunto com a equipe, junto ao usurio, a partir da especificidade de cada caso (criana ou gestante), orientando quanto ao uso correto e propondo estratgias para facilitar a adeso, atentando para o caso de analfabetos e deficientes visuais, entre outros;

Realizar visita domiciliar, junto com a equipe SF e a famlia, refletindo sobre os medicamentos prescritos, se esto sendo corretamente utilizados, armazenados e, se necessrio, separar medicamentos sem condies de uso ou vencidos, quando houver, procurando recolh-los para descarte adequado;

Apoiar a organizao e a distribuio de medicamentos, e trabalhar com foco na melhoria de acesso aos medicamentos de crianas menores de cinco anos e da mulher grvida;

Trabalhar, junto equipe SF, com as mes, os aspectos culturais, as crenas, os valores e o uso de medicamentos prescritos pel

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