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VERGALHÃO (AÇO PARA CONCRETO ARMADO) 21,07% 4,37% 74,31% 18,01% 3,29% 78,54% 19,63% 3,86% 76,45% Gerdau Belgo Votoraço Gerdau Belgo Votoraço GERDAU Belgo Votoraço 2006 2005 2007 VENCEDORES Fornecedores Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Gerdau 74,31% 70% 87% 89% 67% 84% Belgo 21,07% 26% 11% 8% 27% 13% Votoraço/Barra Mansa 4,37% 3% 2% 2% 6% 3% Respondentes 1.623 125 223 61 866 348 Razões Técnicas Brasil Gerdau Belgo Votoraço/Barra Mansa Conformidade com as normas técnicas 70,79% 72,31% 68,71% 54,93% Resistência à corrosão e durabilidade 44,67% 47,26% 40,35% 22,54% Disponibilidade de produtos adequados 53,67% 54,23% 53,22% 46,48% aos usos (bitolas) Serviços agregados: corte e dobra/ 41,71% 41,79% 43,86% 30,99% identificação de lotes Respondentes 1.623 1.206 342 71 Razões Comerciais Brasil Gerdau Belgo Votoraço/Barra Mansa Melhor relação custo–benefício 70,61% 69,73% 73,98% 67,61% Atendimento comercial/assistência técnica 53,48% 54,39% 54,39% 36,62% Ações de comunicação com o mercado 30,13% 32,59% 21,35% 32,39% Respondentes 1.623 1.206 342 71

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Page 1: VERGALHÃO (AÇO PARA CONCRETO ARMADO) - PINIweb – … · gumas preocupações do setor side-rúrgico quanto ao uso de áreas de aço menor que o necessário ou não aten-dimento

13o PRÊMIO PINI | 2007 115

V E R G A L H Ã O ( A Ç O P A R A C O N C R E T O A R M A D O )

21,07%

4,37%

74,31%18,01%

3,29%

78,54%

19,63%3,86%

76,45%

GerdauBelgo

Votoraço

GerdauBelgo

Votoraço

GERDAU

Belgo

Votoraço

2006

2005

2007VENCEDORES

Fornecedores Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste SulGerdau 74,31% 70% 87% 89% 67% 84%Belgo 21,07% 26% 11% 8% 27% 13%Votoraço/Barra Mansa 4,37% 3% 2% 2% 6% 3%Respondentes 1.623 125 223 61 866 348

Razões Técnicas Brasil Gerdau Belgo Votoraço/Barra MansaConformidade com as normas técnicas 70,79% 72,31% 68,71% 54,93%Resistência à corrosão e durabilidade 44,67% 47,26% 40,35% 22,54%Disponibilidade de produtos adequados 53,67% 54,23% 53,22% 46,48%aos usos (bitolas)Serviços agregados: corte e dobra/ 41,71% 41,79% 43,86% 30,99%identificação de lotesRespondentes 1.623 1.206 342 71

Razões Comerciais Brasil Gerdau Belgo Votoraço/Barra MansaMelhor relação custo–benefício 70,61% 69,73% 73,98% 67,61%Atendimento comercial/assistência técnica 53,48% 54,39% 54,39% 36,62%Ações de comunicação com o mercado 30,13% 32,59% 21,35% 32,39%Respondentes 1.623 1.206 342 71

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13o PRÊMIO PINI | 2007116

V E R G A L H Ã O ( A Ç O P A R A C O N C R E T O A R M A D O )

Aço preparadoIndústria brasileira tem o desafio de intensificar investimento em produtos devalor agregado para reduzir perdas e aumentar produtividade no canteiro

Omercado de vergalhões tem semostrado dinâmico numa série

de aspectos. Primeiro em relação aoconsumo, já que das três milhões detoneladas produzidas no Brasil, em2006, 2,25 milhões foram para con-sumo interno. Segundo, em relação àevolução das tecnologias e da presta-ção de serviços que agregam valor aoproduto. O advento do aço cortado edobrado foi o principal avanço nessesentido, pois permitiu ao construtorreceber na obra o produto já prepara-do de acordo com as especificações doprojeto e do cronograma da obra, eli-minando estoque de produto assimcomo o corte artesanal no canteiro deobras. Ademais, a produtividade dosequipamentos de corte e dobra au-mentou com inovações como o desen-volvimento de vergalhões soldáveis eas barras com núcleos poligonais.

Mas tais tecnologias,embora usuaisnas obras de grandes construtoras, ain-da não são comuns em todos os can-teiros. "Enquanto no Brasil o uso dasarmaduras industrializadas na execu-ção de estrutura de edifícios não émuito significativo quando compara-do às armaduras manufaturadas nopróprio canteiro de obras, em paísescomo os Estados Unidos as operaçõesmanuais de corte e dobra de aço nãosão recomendadas", explica Luís Otá-vio Cocito de Araújo, professor doutordo Departamento de Construção Civilda Escola Politécnica da UFRJ (Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro).

Nos países onde o processo estáconsolidado, discutem-se temas relati-vos ao desempenho do material, taiscomo o aumento da resistência ao es-coamento. "Nos Estados Unidos estão

se desenvolvendo aplicações iniciaisde vergalhões de 700 MPa de resistên-cia, resistência à fadiga, ductilidade es-pecial para sismos, proteções das maisdiversas, como galvanização por pin-tura epóxi ou mista, bem como uso devergalhões em aço inox, temas queterão espaço no Brasil nos próximosanos", diz Catia Mac Cord, superin-tendente do IBS (Instituto Brasileirode Siderurgia).

No Reino Unido, o órgão certifica-dor UK Cares e outras entidades têm

Div

ulga

ção:

Ger

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PRODUÇÃO BRASILEIRA DE VERGALHÃO (EM 103t)Vergalhão 2001 2002 2003 2004 2005 2006

2.602 2.658 2.615 2.718 2.594 2.982Fonte: IBS

defendido a necessidade de se melho-rar o fluxo de informações entre aspartes envolvidas ao longo do proces-so de produção de armaduras, comoprojetistas, detalhadores, fornecedo-res e construtores. Dentre os objetivosvislumbrados, está a redução de per-das das máquinas de corte e dobra uti-lizando, por exemplo, códigos de bar-ras para identificação automática dastrocas de listas de quantitativos enotas de entrega, além da transferên-cia eletrônica da informação para as

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A avaliação compulsória do Inmetrotrouxe de fato benefícios para osegmento de vergalhões?Sim. A certificação do Inmetro é muitoimportante para garantir a conformidadedos produtos de um setor que sempre foicaracterizado pelo surgimento deempresas que ofereciam produtos desegunda linha, como recartilhados erelaminados, que não cumpriam ascaracterísticas necessárias para umfuncionamento adequado nas estruturasde concreto armado.

A alternativa do corte e dobra já estáconsolidada? Em parte. Pode-se dizer que nos grandescentros, onde se têm pequenos espaços de

Marcos Monteirovice-presidente da Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural)

Corte e dobra em evoluçãocanteiro, falta de mão-de-obra qualificada e um ritmo de obra intenso, o corte e dobrase apresentam como solução consolidada.Por outro lado, o processo ainda tem quese expandir pelo interior do Brasil e nasobras de pequeno e médio porte.

Há espaço para esse sistemaevoluir? Dá para oferecer produtos e linhas ainda mais diferenciados?O sistema de corte e dobra deve, nofuturo, evoluir oferecendo outros serviços.Hoje, os feixes de aço são entregues porposição. A evolução natural é a entrega dekits – feixe com todas as posições de umdeterminado elemento estrutural –, oselementos armados e, por fim, quem sabeo aço já posicionado nas fôrmas.

O potencial de racionalização oferecidopela utilização do aço cortado e dobradonão foi completamente explorado pelasconstrutoras que adotaram tal prática.A afirmação é do professor Luís OtávioCocito de Araújo, do Departamento deConstrução Civil da Escola Politécnica daUFRJ. Segundo ele, um dos motivos é odespreparo dos agentes fornecedores,contratantes e subcontratados em gerir o processo. "O manejo do aço pronto, queinclui o recebimento, transporte eorganização de estoques nos canteirosrequer um esforço de mão-de-obra quenão é desprezível, podendo ser superiorem alguns casos ao esforço destinado àsoperações de corte e dobra de aço", diz.Para o professor, o projeto dedetalhamento das armaduras tem papel

fundamental porque trata do único canalde informação responsável por subsidiartodas as etapas do processo de produção e da quantificação, que subsidia desde ospedidos de material à inspeção damontagem. Quando mal estruturado, nãoatende a várias dessas etapas de maneiradevida. "As formas de representação dosprojetos de detalhamento não apresentamuniformidade, dificultando a compreensão.Os projetos estruturais, em que pese odetalhamento das armaduras, aindacarecem de ser realizados pensando-se deforma profunda na sua construtibilidade,tanto no que se refere às operaçõesocorridas no canteiro quanto naquelasdesenvolvidas nas empresas que irãocortar e dobrar o aço que será enviado àobra", alerta Araújo.

máquinas. "Máquinas novas, que sãomais automatizadas do que as de ge-rações precedentes, estão agora dis-poníveis, sendo capazes de conexãocom os dados de projeto gerados nosescritórios", afirma Araújo, da UFRJ.

No Brasil, as atenções estão maisvoltadas para o emprego correto dastecnologias disponíveis e à qualidadedo produto. A respeito do primeiro, asuperintendente da IBS expressa al-gumas preocupações do setor side-rúrgico quanto ao uso de áreas de açomenor que o necessário ou não aten-dimento às recomendações da NBR6118 que podem ocasionar gravesproblemas na obra. O IBS alerta parao cuidado especial quanto aos diâme-tros de pinos de dobra e ancoragensdas armaduras, e também para a ne-cessidade de se evitar congestiona-mentos que podem prejudicar o pro-cesso de concretagem.

Quanto se trata de qualidade, ofator mais relevante fica por conta dacertificação compulsória de confor-midade do Inmetro (Instituto Nacio-nal de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial), instituída

desde 1999. Os vergalhões para con-creto armado estão sujeitos a avalia-ção e a certificação é obtida por umaexigente verificação de resultados deensaios, de garantia de manutençãodesses resultados e do próprio siste-

ma de qualidade do produtor. "Paraverificar se o material recebido naobra é certificado basta verificar se suaetiqueta ostenta o logotipo do Inme-tro e do órgão certificador", finalizaCatia.

Mau detalhamento prejudica processoAc

ervo

pes

soal

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