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04 - Editorial: Paulo Rocha06 - Foto da semana07 - Citações08 - Nacional14 - Internacional20 - Opinião D. José Cordeiro24 - Opinião LOC/MTC26 - Semana de.. Octávio Carmo28 - Dossier Novo ano pastoral

72 - Multimédia74 - Estante76 - Concílio Vaticano II78- Agenda80 - Por estes dias82 - Programação Religiosa83 - Minuto Positivo84 - Liturgia86 - Jubileu da Misericórdia88 - Fundação AIS90 - LusoFonias

Foto da capa: DRFoto da contracapa: DR

AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio CarmoRedação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,Luís Filipe Santos, Sónia NevesGrafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana GomesPropriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Padre Américo AguiarPessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82.Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D1885-076 MOSCAVIDE.Tel.: 218855472; Fax: [email protected]; www.agencia.ecclesia.pt;

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Opinião

A Igreja e acremação[ver+]

Rezar Fátima comnovas tecnologias[ver+]

Planos pastoraisdas diocesesportuguesas[ver+]

D. José Cordeiro | LOC/MTC |Octávio Carmo| Paulo Rocha

|Fernando Cassola Marques |Manuel Barbosa

Paulo Aido | Tony Neves

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Planificar, agir, avaliar

Paulo Rocha Agência ECCLESIA

As dioceses de Portugal iniciam um novo AnoPastoral, a maioria através de reuniõesalargadas entre finais de setembro e inícios deoutubro e, nalguns casos, coincidindo com o AnoLitúrgico, o primeiro domingo do Advento, queeste ano é último domingo de novembro. Emmuitos casos, o tema aproxima planos decomunidades crentes. O horizonte é o mesmo, aproximidade geográfica também e os contextoseconómicos e políticos ainda mais seassemelham. Socialmente, encontram-sediferenças no modo de pertença a umacomunidade e de fidelização a compromissos,sejam litúrgicos ou de outro âmbito, propostospelas lideranças da Igreja Católica.Neste, como noutros âmbitos, compararmetodologias de trabalho de organizações,sociais ou empresariais, com as que sãodeterminadas por categorias religiosas,nomeadamente católicas, pode resultar embenefício destas. Mesmo sem abandonar aconvicção crente de que tudo acontece mais porobra de Deus dos que daqueles que O seguem!Nas organizações, planificar, agir e avaliar sãorotinas do quotidiano, com implicações diretasnum novo plano, nos que o concretizam, nadefinição de objetivos e das metas a atingir. E origor, cada uma das fases desse processodetermina não só o sucesso pessoal e de toda aorganização, mas o bem-comum e o bem-estarde todos. Porque o cumprimento dos deveres éobrigação moral e, também por isso, umacondição de felicidade.Nas organizações religiosas (e não só) comfacilidade se “queimam” aquelas etapas.

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Acontecem ações semplanificações, planos sem teremseguimento e sobretudo projetosque depois de lançados eexecutados, poucas vezes merecema necessária avaliação. E, afinal,avaliar faz também parte do plano!Planificar, agir e avaliar são trêsverbos a conjugar em cada AnoPastoral, nas dioceses ou noutrasestruturas eclesiais, por todas aspartes envolvidas. Sobretudoavaliar!De facto, diante do valor e darelevância dos planos em todas as

dioceses, desde logo por existirem,perante ações programadas everificando muitos esforços paraconcretizar um sem número deiniciativas, abandonar de formarecorrente a avaliação comargumentos de que o julgamentoacontece noutras “instâncias”, édeitar muito a perder… Mesmo quesó Outro juiz o julgue, de facto!Com o plano em mãos e diante demuitos momentos que oconcretizam, há que encontrar umou mais dias do calendário paraavaliar. Caso não conste, ainda vaia tempo…

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Novos sismos sacodem região central da Itália

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“É imperdoável ficar calado e fingir que o que seestá a passar não existe. E o que existe é umaeconomia mais frágil, o investimento público eprivado, as exportações e o consumo privado acair". Pedro Passos Coelho, líder do PSD, noConselho Nacional social-democrata, Lisboa,26.10.2016 "Os senhores cativaram mais para além dos cortesem salários, pensões, direitos, e o aumento deimpostos, e falharam as metas orçamentais". PedroNuno Santos, secretário de Estado dos AssuntosParlamentares, dirigindo-se à deputada do PSDMaria Luís Albuquerque, Assembleia da República,26.10.2016 “Nos casos da Bélgica e de Portugal, diria queestamos dentro das regras, mas esperamosinformações precisas para poder confirmar essesentimento”. Pierre Moscovici, comissário dosAssuntos Económicos, Bruxelas, 26.10.2016 "Portugal estava a ser muito bem sucedido até aonovo Governo". Wolfgang Schäuble, ministro dasFinanças alemão, numa conferência em Bucareste,26.10.2016 "Logo à chegada [a Havana], o vice-ministro dosNegócios Estrangeiros trocou impressões comigo eeu com ele acerca de dossiês económicos queestão pendentes. E nós sabemos o interesse comque o Estado cubano está a acompanhar projetosde portugueses".Marcelo Rebelo de Sousa, presidente daRepública Portuguesa, Havana, 26.10.2016

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Fátima: Novidades rumo aoCentenáriodas Aparições

O Santuário de Fátima apresentousete orações sobre a Mensagem deFátima para o ‘Passo-a-rezar’, umprojeto de internet dinamizado peloApostolado da Oração (AO),destinado aos peregrinos que rezam“com as novas tecnologias”. Para opadre Carlos Cabecinhas, reitor dainstituição, as orações sobre Fátimado ‘Passo-a-rezar’, que resultam daparceria entre o Apostolado daOração e o Santuário de Fátima,ajudam a “corrigirprogressivamente” uma

“imagem estereotipada” dosperegrinos de Fátima.“Quando pensamos nos peregrinosde Fátima raramente pensamos emnovas tecnologias”, disse,acrescentando que a proposta deoração do ‘Passo-a-rezar’,distribuídos num registo áudio com10 a 12 minutos, está no “centro daMensagem de Fátima”.Os textos das orações sobre Fátimasão da autoria da postuladora daCausa de Canonização dos beatosFrancisco e Jacinta e vice-postuladora

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da causa de beatificação da IrmãLúcia, irmã Ângela Coelho.Os sete temas escolhidos podemser uma “síntese essencial” nãoapenas do encontro entre NossaSenhora e os videntes, mas sãotambém “eixos essenciais damensagem de Fátima”, disse a IrmãÂngela Coelho.A adoração, a eucaristia, o rosário,o coração, a Igreja, a misericórdia ea santidade, são os sete temas paracada uma das orações, formuladasa partir dos textos das memórias daIrmã Lúcia, com “palavras ditas docéu” e as transformações queprovocaram nos pastorinhos deFátima. Os atores João Ricardo eMaria Helena Falé dão voz seteorações marianas.O reitor do Santuário de Fátimaapresentou também o ‘Terço Oficialdo Santuário de Fátima’ afirmandoque este meio para a oração é o“mais expressivo atributo” de quemperegrina à Cova da Iria. “O terço éo

mais expressivo atributo doperegrino de Nossa Senhora deFátima”, disse o padre CarlosCabecinhas na apresentação do‘Terço Oficial do Santuário deFátima’.Criado em 2010 a partir de umconcurso do Santuário de Fátima, o‘Terço Oficial’ é da autoria da CasaLeitão & Irmão, Antigos Joalheirosda Coroa. A versão deste terço emmetais preciosos foi oferecida aoPapa Bento XVI, no dia 12 de maiode 2010, ao Papa Francisco no dia12 de outubro de 2013 e é tambémeste terço, na versão cristal rocha,que está na imagem da Capelinhadas Aparições e na ImagemPeregrina, desde a visita que fez àsdioceses de Portugal.O reitor do Santuário de Fátimadisse que a partir de agora o ‘TerçoOficial do Santuário de Fátima’ estáacessível à generalidade dosperegrinos numa versão que, nãosendo de metais preciosos,“apresenta grande qualidade”.

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Semana dos Seminários em PortugalA Semana dos Seminários 2016,que vai decorrer entre 6 e 13 denovembro, tem como base o Jubileuda Misericórdia e destaca aimportância desta componente nodesenvolvimento das vocações. “Avocação sacerdotal não nascesomente de um chamamento, de umdesejo ou de um impulso interior;ela é fruto do encontro do Deusmisericordioso com o homemperdido e que é encontrado, com ohomem morto e que revive”, realçaD. Virgílio Antunes, presidente daComissão Episcopal das Vocaçõese Ministérios, na mensagem para ainiciativa deste ano.Intitulada “Movidos pela Misericórdiade Deus”, esta semana quersublinhar os seminários comolugares onde os jovens aprendem“a misericórdia” do Pai para depoisse poderem entregar “ao serviçodos outros”. Pretende recordartambém a importância do papel daeducação, quer na família quer nasvárias etapas dentro da IgrejaCatólica, para o surgimento de maiscrianças e jovens dispostos aconsagrarem a sua vida a Cristo.“Uma família que não vive relaçõesde comunhão a partir da fé e onde

cada um não está disposto aacolher, compreender e perdoar noseguimento de Jesus, não fomentaos gérmenes da vocação”, escreveD. Virgílio Antunes. E “umaeducação cristã que não favoreceexperiências fortes de encontro comDeus nos momentos deespiritualidade, de oração, dereconciliação, de perdão, de partilhadas misérias humanas, não pode terconsequências vocacionais”,acrescenta o bispo de Coimbra.Estar aberto a uma missão na IgrejaCatólica, ao sacerdócio, ao celibato,a fazer das comunidades a própriafamília, implica uma conversãoradical que só é possível em quemfaz na sua vida a experiência da“misericórdia de Deus”, aponta opresidente da Comissão Episcopaldas Vocações e Ministérios.

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Impostos e Justiça SocialD. Jorge Ortiga encerrou estesábado a conferência anual daComissão Nacional Justiça e Paz(CNJP) que a Igreja Católica “pagaos impostos” e que o Orçamento deEstado tem de garantir a “dignidadea quem está privado dela”. Opresidente da Comissão Episcopalda Pastoral Social e MobilidadeHumana disse a respeito dadiscussão do próximo Orçamento deEstado que “são necessárias verbasem número significativo e capaz derestituir a dignidade a quem estáprivado dela”.Na intervenção de encerramento daconferência sobre “Sistema fiscal ejustiça social”, D. Jorge Ortigaafirmou que “negligenciar ospobres, a quem muitas vezes acomunicação social remete para osilêncio, é uma injustiça socialgrave”. “A justiça social exige quepessoas ou grupos comrendimentos menores sejam tidasem consideração, que a distribuiçãode recursos sociais seja igualitária”,sublinhou o arcebispo de Braga.O responsável denunciou as“fraudes e as evasões fiscais demuitas pessoas e instituições”, orecurso aos “paraísos fiscais” que“permitem, muitas vezes, queempresas com lucros astronómicospaguem menos do que empresas depequenas dimensões”.

Manuela Silva, ex-presidente daCNJP, afirmou por sua vez que énecessário “reabilitar” os impostosjunto da opinião pública e esclarecera sua finalidade, equidade etransparência. Num debate sobre otema “o que é uma tributação justa?”, com outro ex-presidente da CNJPAntónio Bagão Félix, Manuela Silvareferiu que os impostos têm decomeçar a ser discutidos pelos“objetivos que querem ser visados”para analisar depois se estão ounão adequados a atingir essafinalidade.António Bagão Félix considerou quenos setores da habitação, educaçãoe saúde a tributação fiscal deve seraplicada com “estabilidade” e tendopor horizonte a constituição da“sociedade do futuro”. Para o ex-ministro das Finanças, os impostossobre a habitação, a educação e asaúde não podem ser consideradosapenas como tributação para “pagaras despesas do Estado”.

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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram aatualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizadosemwww.agencia.ecclesia.pt

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Apresentação da obra «O Rosário para crentes e não crentes»

Educação: Bispo critica «discriminação» das escolas católicas face aoensino estatal

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Sepultura e cremação

Congregação para a Doutrina da Fé(Santa Sé) publicou uma instruçãosobre a sepultura, recordando aproibição de espalhar as cinzas dacremação e a necessidade deconservá-las nos cemitérios oulocais sagrados. “Para evitarqualquer tipo de equívocopanteísta, naturalista ou niilista, nãoseja permitida a dispersão dascinzas no ar, na terra ou na águaou, ainda, em qualquer outro lugar”,refere a instrução ‘Ad resurgendum

cum Christo’ (Para ressuscitar comCristo).A Igreja Católica deixa aos fiéis,desde 1963, a liberdade de escolhera cremação do seu próprio corpo,embora prefira “a antiga tradiçãocristã” da sepultação. “Mediante asepultura dos corpos nos cemitérios,nas igrejas ou em lugaresespecíficos para tal, a tradição cristãconservou a comunhão entre osvivos e os mortos e opõe-se àtendência a esconder

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ou privatizar o acontecimento damorte e o significado que ela tempara os cristãos”, explica a nota.Àqueles que tiverem optado pelacremação, concede-se apossibilidade de celebrarem asexéquias cristãs, evitando práticascomo as de espalhar as cinzas ouconservá-las fora do cemitério ou deuma igreja.O texto apresenta uma série deindicações sobre a conservação dosrestos mortais, em caso decremação, sublinhando que estaprática “não implica uma razãoobjetiva que negue a doutrina cristãsobre a imortalidade da alma e daressurreição dos corpos”.No documento sublinha-se que aIgreja Católica exclui ainda aconservação das cinzas cremadas“sob a forma de recordaçãocomemorativa em peças de joalhariaou noutros objetos”. “No caso de odefunto ter claramente manifestadoo desejo da cremação e a dispersãodas mesmas na natureza por razõescontrárias à fé cristã, devem sernegadas as exéquias”, acrescenta.Salvo em “circunstâncias gravosas eexcecionais”, também não éconsentida a conservação dascinzas em casa; mesmo nos casosem que isso aconteça, refere-seque as

mesmas não devem ser divididas“entre os vários núcleos familiares”.“Quaisquer que sejam asmotivações legítimas que levaram àescolha da cremação do cadáver, ascinzas do defunto devem serconservadas, por norma, num lugarsagrado”, insiste a Santa Sé.A nova instrução sustenta que asorientações agora divulgadaspretendem evitar o “risco de afastaros defuntos da oração e darecordação dos parentes e dacomunidade cristã”, ou “práticasinconvenientes ou supersticiosas”. ASanta Sé rejeita que a cremaçãopossa servir para promover noscatólicos conceções “erróneas”sobre a morte, como a do“aniquilamento definitivo”, a “fusãocom a Mãe natureza”, uma “etapano processo da reincarnação” ou a“libertação definitiva da ‘prisão’ docorpo”.“Enterrando os corpos dos fiéisdefuntos, a Igreja confirma a fé naressurreição da carne”, pode ler-se.

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Resgate das famílias com maiorproximidade da IgrejaO Papa defendeu no Vaticano anecessidade de um “resgate” dasfamílias, por parte da Igreja,promovido através da “proximidade”,em particular junto de quem maissofre. “Aprendamos a não nosresignarmos ao falhanço humano,mas apoiemos o resgate dodesenho criador a todo o custo”,declarou, perante os membros doInstituto Pontifício “João Paulo II”para os estudos sobre o matrimónioe a família.O pontífice argentino recordou arealização de duas assembleias doSínodo dos Bispos sobre a família(2014 e 2015), dos quais saiu aconvicção de que o “tema pastoralatual” não é tanto a “distância” quemuitos têm em relação ao idealproposto pela Igreja Católica. “Maisdecisivo ainda se torna o tema da‘proximidade’ da Igreja: proximidadeàs novas gerações de esposos,para que a bênção da sua ligaçãoos convença cada vez mais e osacompanhe, e proximidade àssituações de fraqueza humana, paraque a graça os possa resgatar,reanimar e curar”, declarou.Francisco manifestou-se contra

as ideologias que “agridemdiretamente o projeto familiar”baseado na união homem-mulher,bem como contra “o crescimento dapobreza que ameaça o futuro detantas famílias”. “A incerteza e adesorientação que atingem osafetos fundamentais da pessoa e davida destabilizam todas as ligações,familiares e sociais”, advertiu.O Papa criticou as tendênciasindividualistas e as tentativas de“eliminar a diferença”. “Quando ascoisas estão bem entre um homem euma mulher, também o mundo e ahistória estão bem. Caso contrário,o mundo torna-se inóspito”,declarou.Francisco pediu que os teólogostenham uma “forte dedicação” nestamatéria, com “compaixão".

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Papa denuncia chaga socialdo tráfico de pessoasO Papa denunciou no Vaticano a“chaga social” do tráfico depessoas, ao receber os membros doGrupo Santa Marta, que reúneresponsáveis católicos e de forçaspoliciais de vários países. Franciscoassinalou que o tráfico de sereshumanos está na origem de “novasformas de escravidão”, cujas vítimassão “homens e mulheres, muitasvezes menores, explorados porcausa da sua pobreza emarginalização”.O encontro começou com umaintervenção do cardeal VincentNichols, presidente da ConferênciaEpiscopal de Inglaterra e Gales, ede Bernard Hogan-Howe, chefe daPolícia Metropolitana de Londres,que estiveram na origem do projeto,apoiado pelo Papa desde a suacriação, em abril de 2014. “Épreciso um compromisso concreto,eficaz e coerente tanto para eliminaras causas deste fenómenocomplexo, para encontrar, assistir eacompanhar as pessoas que caemnas malhas tráfico”, sustentouFrancisco.O Papa falou num número devítimas que aumenta todos osanos,

sobretudo junto dos “maisindefesos”, aos quais é “roubada adignidade, a integridade física epsíquica, mesmo a vida”.Esta quarta-feira, o Papa Franciscotinha afirmado no Vaticano que os“muros” que impedem o acolhimentode migrantes e refugiadospromovem o tráfico de pessoas."Fechar-se não é uma solução, pelocontrário, acaba por favorecer ostráficos criminosos. A única soluçãoé a da solidariedade, solidariedadecom o migrante, solidariedade com oforasteiro", disse, na Praça de SãoPedro.

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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram aatualidade eclesial internacional nos últimos dias, sempre atualizadosem www.agencia.ecclesia.pt

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Lembrar a violência na Ucrânia e Médio Oriente

Vídeo: Encontro de bispos católicos de rito oriental

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O estilo da Pastoral Vocacional

D. José Cordeiro Bispo de Bragança Miranda

No dia 21 de outubro, o Papa Francisco recebeu osparticipantes do Colóquio Internacional de PastoralVocacional, organizado pela Pontifícia Obra dasVocações sacerdotais, um departamento daCongregação para o Clero, afirmando que: «PastoralVocacional é um encontro como Senhor! Quandoacolhemos Cristo vivemos um encontro decisivo, quegera luz sobre a nossa existência, retira-nos daangústia do nosso pequeno mundo e nos tornadiscípulos enamorados do Mestre».Este encontro sobre o cuidado pastoral das vocações,que consistiu num importante lugar de reflexão,oração, partilha e de renovação na alegria do serviço,reuniu em Roma, de 19 a 21 de outubro de 2016, umaassembleia proveniente de muitas partes do mundonum total de 250 entre bispos, presbíteros, pessoasconsagradas, leigos, sob o mote episcopal do PapaFrancisco: «Miserando atque Eligendo».O estilo da pastoral vocacional, com abundantementedisse o o Santo Padre: «é aprender o estilo de Jesus,que passa nos lugares da vida quotidiana, para sempressa e, olhando os irmãos com misericórdia,conduzi-los ao encontro com Deus Pai». A partir danarrativa da vocação de Mateus, o Papa indicou odinamismo da pastoral vocacional em três verbos: sair,ver e chamar .A pastoral vocacional requer uma Igreja emmovimento, uma Igreja “em saída”. «Devemosaprender a sair dos nossos rigorismos que nos tornamincapazes de comunicar a alegria do Evangelho, dasformas estandardizadas que muitas vezes sãoanacrónicas, das análises preconceituadas quefecham a vida das pessoas em esquemas frios. Sairde tudo isto».O estilo de Jesus tem de ser o estilo de toda apastoral,

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especialmente a dimensão pastoralvocacional, ou seja, ver, parar sempressa e olhar cada pessoa, olhosnos olhos. Às vezes os pastores eos agentes pastorais «tomados pelapresa, excessivamente preocupadospelas coisas a fazer, que riscam emcair no vazio ativismo organizativo,sem conseguirem parar paraencontrar as pessoas.Ao contrário,

o Evangelho, faz-nos ver que avocação começa por um olhar demisericórdia que repousa sobremim. É aquele termo: “miserando”,que exprime ao mesmo tempo oabraço dos olhos e do coração. Éassim que Jesus olhou Mateus». Oolhar do discernimento tem de serfeito sem ligeireza nemsuperficialidade. Por isso, o Papapede a todos, especialmente aoBispos:

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vigilância e prudência.O verbo típico da pastoralvocacional é o verbo chamar. «Odesejo de Jesus é pôr as pessoasem caminho, retirá-las de umsedentarismo fatal, quebrar a ilusãoque se possa viver felizmentecontinuando comodamentesentados nas próprias seguranças».O Papa confirma a todos: «apastoral é um dever fundamental naIgreja e responsabiliza o ministériodos Pastores e dos Leigos. É umamissão urgente que o Senhor nospede de realizar comgenerosidade».

A Igreja, que põe a mão no ouvidopara escutar, sabe que cada cristãoé uma pessoa escolhida por Deuspara uma missão na Igreja e nomundo. A vocação é sempre para amissão. Todavia, a arte doacompanhamento é um desafioconstante na vida cristã.A crise vocacional que a Igreja,sobretudo na Velha Europa, vive éuma consequência de uma pastoralrepetitiva e medíocre, que reclama apassagem da gramática da vida àdramática da salvação (A. Cencini).O Kerygma vocacional, ou seja, a

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vocação faz parte do primeiroanúncio e tem de ser anunciadocomo um bem recebido que tendepor sua própria natureza a doar-se.Mas pode acontecer a alguns de«gastar-se sem se doar» (G.Sigismondi). A escassez não é negativa, porqueos carismas não estão em crise.Que devemos, então, fazer? Notestemunho alegre mantermo-nospróximos e perseverante no sair, nosemear a Palavra, no ver cada um,sobretudo os jovens, no rezar, e nochamar. Há necessidade depromover uma cultura da vocação e‘vocacionar’ os próprios agentespastorais para tal cultura integral naIgreja.

Deus faz Graça (B. Costacurta) parasermos testemunhas do Absoluto deDeus, sem seguranças humanas.Deus chama e ama. Na fé da Igrejasabemos que é Deus quem chamapela mediação da Igreja. Quandoalguém chama tem de haver quemresponda. Deus é tudo e só amorque chama, ama, transforma,capacita, envia e acompanha até aofim do fim.Por isso uma vocação é uma vidahumana na qual se pode ler oabsoluto do Evangelho do amor. Osque, na Igreja, são chamados aexercer um ministério hão-de deixar-se mover, não por interesse, maspor amor. Chamados para chamar.

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Família e Instabilidade Social

LOC/MTC Movimento de trabalhadores Cristãos

“Família e Instabilidade Social – Comoconciliar as dificuldades familiares com faltade condições económicas, elevadodesemprego, falta de emprego jovem emigrações” foi a problemática desenvolvida noSeminário Internacional que a LOC/MTC – LigaOperária Católica/Movimento de TrabalhadoresCristãos, promoveu, de 6 a 9 de outubro, emPombal, com o apoio financeiro da UniãoEuropeia e do EZA, no qual participaram váriasorganizações de alguns países da Europa. Cadaum dos países participantes partilhou também asrealidades mais marcantes vividas em cada umdeles.Após a sessão de abertura, a primeira temáticafoi sobre os modelos de famílias que hoje existeme o que estas representam para a organizaçãoda sociedade e o diálogo social. Também foiabordada a realidade do desemprego jovem esuas consequências na vida dos mesmos, o queaumenta a instabilidade na vida das famílias. Asociedade em que vivemos exclui, criaprecariedade, obriga os jovens a emigrar econvive com indiferença perante o fenómeno:“Nem, Nem ou «Neet», jovens que nem trabalhamnem estudam e vivem socialmente excluídos.Quando a economia mata socialmente aspessoas também mata as famílias e nelas osjovens. Os jovens passaram a ter consciência deque o futuro não lhes é promissor. Com a falta deestabilidade económica, desemprego e aprecariedade vêem-se obrigados a aproveitartudo o que aparece, seja o que for e onde for,vêem- se privados da

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possibilidade de programar o futuroe construir a sua vida.É de notar que mesmo osparticipantes de paísesconsiderados mais ricos, falaram derealidades novas de pobreza,sobretudo da pobreza infantil, quese tem vindo a manifestar naredução da frequência deprogramas culturais, alimentaçãosaudável, vestuário, materiais deapoio escolar, habitação semaquecimento, fruto doempobrecimento das famílias. Assimcomo famílias que perderam assuas casas e se viram obrigadas aregressarem à casa dos pais,coabitando assim, pais, filhos e porvezes netos, no mesmo espaço,com tudo o que isto significa dehumilhação. Penaliza-se a maternidade. Muitasmulheres são confrontadas com aescolha entre a maternidade ou otrabalho. Vive-se para trabalhar econsumir e não se trabalha paraviver. A crise instalou-se na vida demuitas famílias. Aumentou oempobrecimento e asdesigualdades. Faltam perspetivasde futuro. Também se vive umacultura do deitar fora, e não doreparar. E o “usar e deitar fora”acontece também nas relaçõesentre as pessoas, nas relaçõesafetivas, pouco duradoiras. Mas a família está chamada a SER.A família é o primeiro lugar dosafetos,

onde se tecem as relações, aconfiança e os alicerces para a vidade cada pessoa.Numa das conclusões do Seminárioé referido que “Sem trabalho digno,não é possível a vida familiar”. Estarealidade fez-nos pensar no papeldas organizações cristãs detrabalhadores e dos cristãosindividualmente com vista àimplementação de uma novavivência social e familiar e, recordaro que disse o Papa Francisco, noseu Discurso no ParlamentoEuropeu, em 25/11/2014: “É tempode favorecer as políticas deemprego, mas é necessáriosobretudo voltar a dar dignidade aotrabalho, garantindo as condiçõesadequadas para o seudesenvolvimento. Isto implica por umlado buscar novas maneiras decompaginar a flexibilidade domercado com a necessáriaestabilidade e segurança dasperspetivas laborais, indispensáveispara o desenvolvimento humano dostrabalhadores; por outro ladosignifica favorecer um adequadocontexto social que não se dirija àexploração das pessoas, mas agarantir, através do trabalho, apossibilidade de construir umafamília e de educar osfilhos. Chegou a hora de construir,juntos, uma Europa que nãofuncione para a economia, mas nadireção da “sacralidade da pessoahumana”.

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Privatização da morte e pluralismoreligioso

Octávio Carmo Agência ECCLESIA

A recente instrução do Vaticano a propósito dasepultura dos defuntos e da conservação dascinzas da cremação gerou, como se esperava,uma série de reações mais ou menos iradas naopinião pública e nas redes sociais. A matérianão é nova e, em boa verdade, o documentoprocura apenas atualizar à realidade atual asindicações que já vêm de, há pelo menos, 30anos. Que as pessoas não as conheçam estálonge de ser surpreendente, mas asresponsabilidades disso devem ser repartidas.Ainda assim, não resisto a partilhar uma fraseque li há pouco: “Católicos que não conhecem aBíblia nem o Catecismo iam lá agora ler umanotícia para precisarem de formar a sua opinião?”. Bastam os títulos, não é?A discussão passou ao lado de um ponto que meparece absolutamente central: a “privatização” damorte. O corpo de um defunto não é um objetonem é propriedade de alguém. O mesmo com assuas cinzas. Até do ponto de vista legal, há umenquadramento jurídico para asepultura/cremação, não deixando ao livrearbítrio de cada um o que fazer com um cadáver.Para um católico, é claro que a celebração dasexéquias tem exigências concretas que derivamda sua visão de fé. Quem não a partilha, tem dequestionar-se antes de contestar “o Vaticano”,esse papão.A morte, na Igreja Católica, é vivida emcomunidade. Não é privatizável. Do ponto devista teológico, essa é uma comunidade que seestende a outra dimensão da existência, convémlembrar. Conceitos como a “comunhão dossantos” e a “ressurreição da carne” estãoassustadoramente

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ausentes da profissão de fé demilhões de batizados, que‘costuram’ um catolicismo à suamedida, que ignora o Credo comum.Outra questão é o “sincretismo”religioso que se esconde por trás daaparente unidade enraizada nocatolicismo português. Aglobalização alargou a outraspráticas a pluralidade da sociedadeportuguesa na vivência do sagrado,que historicamente foi visível nareligiosidade popular. A decisão deespalhar cinzas pela natureza, porexemplo, não é católica ecorresponde a outras visões do

mundo. Uma opção destas afirma-seem oposição à doutrina oficial daIgreja, como aconteceu duranteséculos com crenças populares queincluem, ainda hoje, um conjunto desuperstições e gestos mágicosoriundos do paganismo.Desconheço que desenvolvimentosterá esta questão, mas há um bomponto de partida: concordando-seou não com ela, a posição da IgrejaCatólica é clara. E merece umaleitura atenta, porque “privatizar” amorte pode ser um muito bomnegócio, mas é mau para ahumanidade.

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O início do outono coincide em Portugal como lançamento do novo ano pastoral nas várias dioceses,envolvidas em programas de curto, médio e longoprazo para a sua ação enquanto comunidade inseridanum território específico e aberta à direção imprimidapelo atual pontificado. O Semanário ECCLESIA convidouas dioceses a partilhar planos e projetos pastorais para2016/2017, apresentando assim a todos as suas principaisdeterminações, desejos e preocupações. Um olhar deconjunto que permite compreender melhor quaissão as prioridades para as comunidades católicasem Portugal

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Igreja Católica algarvia vive anopastoral inspirado em Maria

A Igreja Católica algarvia iniciou oquinto e último ano do ProgramaPastoral projetado de 2012 a 2017,que em 2016/2017 se inspira noexemplo de Maria.Depois de “chamados à fé”(2012/2013), de “chamados aoamor” (2013/2014), de “chamados àsantidade” (2014/2015) e de“chamados à vida” (2015/2016), oscatólicos algarvios são agora“Chamados, com Maria, a serdiscípulos e testemunhas doEvangelho da Alegria e do Amor”,apelo do ano pastoral 2016/2017que terá como lema “«ide e anunciaio Evangelho» (cf Mc 10, 15) – nacomunhão eclesial, testemunharCristo vivo”.O novo ano pastoral é marcado peloCentenário das Aparições de Fátimae

é apoiado pelas propostas dosantuário mariano em ordem a essacelebração, embora “sem descuraras propostas gerais operativas” quevêm desde 2012/2013, bem como“as resultantes do estudo alargadoe participado sobre aexortação apostólica do papaFrancisco ‘Evangelii Gaudium’ (AAlegria do Evangelho), dos “apelosque a visita da Imagem Peregrina deNossa Senhora de Fátima” deixouem 2015 e da “envolvência do Anoda Misericórdia em curso”.Em termos práticos, a dioceseprivilegiará a Pastoral Familiar, paraalém da Pastoral Juvenil e daPastoral Vocacional.De entre as diversas sugestões deação pastoral, destaque para ainstituição do Centro Diocesano doCatecumenado de Adultos.

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Diocese de Angra projeta novo anopastoral à luz do Centenário dasAparições em FátimaQuestões sociais dominam atençõesdos presbíteros e leigosA Diocese de Angra iniciou nopassado dia 2 de outubro o novoano pastoral que leva emconsideração a celebração doCentenário das Aparições emFátima, a aposta na “pastoral social”e a evangelização da religiosidadepopular.“Exige-o o facto de celebrarmos noano de 2017 o Centenário dasAparições de Nossa Senhora deFátima, no qual a diocese terá de seassociar e participar”, refere o bispoda diocese açoriana, na notaintrodutória ao programa, quedefine as orientações diocesanaspara 2016/2017.O programa pastoral é inspiradonuma frase atribuída à VirgemMaria, nos Evangelhos: “Fazei o queEle vos disser”.D. João Lavrador sublinha que estaopção resulta de “uma forteinterpelação pastoral vinda dacomunidade diocesana quemanifesta uma devoção invulgarpela Santíssima Virgem Mariapresente em toda a sua piedadepopular”.

O bispo de Angra sustenta, poroutro lado, que as questões sociaisdevem merecer uma atençãopastoral especial validando as“recomendações” quer do ConselhoPresbiteral quer do ConselhoPastoral Diocesano.“Também neste mandato de NossaSenhora vemos o compromissoevangélico, por exigência de JesusCristo, em nos colocarmos aoserviço das periferias existenciais,sejam elas económicas, culturais,sociais ou religiosas”, realça.Por isso há, em toda a orientaçãodiocesana, um forte apelo àpresença da igreja na sociedade,através de uma vivência comunitáriaintensa que

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tenha em atenção particularmenteos mais vulneráveis.Os organismos da ação sócio-caritativa da igreja são chamados adizerem presente de uma formaainda mais visível, prosseguindoaquela que tem sido a ação aolongo dos anos.É, igualmente, requerido um esforçode toda a igreja para a evangelização

da religiosidade popular.A abertura do ano pastoral foiassinalada em todas as 165paróquias da diocese. Os católicosaçorianos celebram o dia da igrejadiocesana a 6 de novembro, numaocasião em que D. João Lavradorvai estar em visita pastoral à ilhaTerceira.

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Igreja de Aveiro quer estar«em estado de missão»

Quatro campos. Linhas de açãopara 2016/17 incidem na IgrejaDiocesana, nos agentes depastoral, na família e naparóquia. “Queremos ser a Igreja daesperança, que acolhe, mas nãofica à espera, está para sair”,realçou P.e Licínio Cardoso naapresentação do programa pastoral,na manhã de 8 de outubro, noSeminário de Santa JoanaPrincesa,

perante cerca de duzentos agentespastorais. O coordenador dapastoral diocesana sublinhou que,no ano pastoral que se inicia, aIgreja diocesana quer estar “emestado de missão”, na linha do queo Papa Francisco afirma naexortação “A Alegria do Evangelho”.Neste contexto, elencou quatro

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grandes desafios, que resumimosdo seguinte modo:1. Igreja Diocesana com rosto demisericórdia, de estilo samaritano,que procure a “ovelha tresmalhada”e acolha quem bate à porta.2. Valorizar os agentes de pastoral(o que inclui os padres, comorealçou) para que passem da“pastoral de conservação a umapastoral decididamente missionária”,da “pastoral dos atos à pastoral deprocesso”.3. Promover a família como igrejadoméstica onde se acolhe, vive,transmite e celebra a fé, o queimplicará, por exemplo, impulsionara catequese familiar, prestaratenção às novas realidadesfamiliares e ler criticamente aspolíticas públicas sobre a família.4. Revitalizar as paróquias, o queimplica, por exemplo, estudar asparóquias do ponto de vistademográfico e económico,implementar um estilo deacolhimento pastoral para além docartório ou mesmo valorizar osfunerais como oportunidade deanúncio da esperança cristã.Cada um destes desafios vemacompanhado de diversas linhas deação no documento que, ao longo Dia da Igreja Diocesana de 2016/17,deverá fazer parte do dia a dia depárocos, coordenadores de

movimentos, conselhos pastorais,etc.O coordenador pastoral afirmouvárias vezes que as linhas de açãonão estão fechadas, são propostas,sujeitas a melhoramentos e diversosmodos de concretização.Como objetivo geral, a Diocese deAveiro aponta: “Promover uma IgrejaDiocesana, animada pelo EspíritoSanto e em processo de conversãopastoral, acolhedora e com um rostode misericórdia, comprometida coma promoção e valorização da família,para anunciar Jesus Cristo, rostomisericordioso do Pai e fundamentoda nossa esperança, de quem Mariaé Mãe solícita e Santa Joanadiscípula missionária”.

Jorge Pires FerreiraCorreio do Vouga

Grandes datas da Diocese deAveiro em 2016/1708 de outubro | Início do anopastoral20 de novembro | Encerramento doAno da Misericórdia04 de março| PeregrinaçãoDiocesana a Fátima24/25 de março | 24 horas para oSenhor25 de junho | Dia da IgrejaDiocesana

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Um olhar novo inspirado em FátimaIrmãos presbíteros e diáconos,consagrados e consagradas, todosvós fiéis leigos, irmãos e irmãs noSenhor:A Graça e a Paz estejam convosco!É de prever que este ano pastoralfique marcado pela mudança. Defacto, atingindo em breve a idade de75 anos e passando D. AntónioVitalino a bispo-emérito de Bejaquando o Papa Francisco assim oentender, ficará como bispodiocesano o atual bispo coadjutor.Mudam os pastores, maspermanece o único Pastor.Parafraseando S. Paulo, nós nãoolhamos para os pastores visíveismas para o Invisível: os visíveis sãopassageiros, ao passo que oInvisível é eterno: Jesus CristoNosso Senhor é o Pastor Eterno, oBom e o Belo Pastor que vosapascenta, cheio de amor e desabedoria, por meio dos pastoresda Igreja. Muitas vezes, apesardeles, apesar de nós! Estacircunstância sugere queintensifiquemos a nossa oração porquem sai e por quem entra e,obviamente, também por quem estáe continua!O nosso Programa Pastoral paraeste ano não é um ramalhete deideias e propósitos mas umapessoa, a Virgem Maria, Mãe deJesus e nossa Mãe. Neste anocentenário das suas

aparições em Fátima queremoscolocar-nos, de um modo todoespecial, sob o seu olhar materno. Étempo de a vermos e conhecermoscom um olhar novo. Convidamos-vos para isso a entrar na sua escolade vida para reaprendermos aescutar as suas poucas e densaspalavras e os seus muitos efecundos silêncios e percorrermoscom ela o caminho do discipuladona obediência a Cristo e no serviçohumilde aos irmãos. Para isso vosapresentaremos em breve umconjunto de sete catequeses queserão porta aberta e mesa postapara todos os que desejem entrarna intimidade da nossa Mãe do Céue receber das suas mãos o alimentoda sabedoria.Até ao dia 13 de novembrocontinuamos a celebrar o AnoJubilar da Misericórdia. São muitas egrandes as graças que a Igrejanossa mãe nos oferece da parte doSenhor neste Ano Jubilar paracrescermos como filhos de Deus enos tornarmos, como Igreja,Sacramento de Salvação para omundo. Aproveitemos este tempofavorável para continuarmos apraticar as Obras de Misericórdiacorporais e espirituais e pararecebermos a Indulgência Plenáriaentrando pela Porta da Misericórdiana nossa

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Catedral, observando as condiçõesdevidas para a obter!Receberão neste ano a visitapastoral do bispo as paróquias doarciprestado de Santiago do Cacém.Esperamos vivamente que essasvisitas sejam momentos deevangelização, de celebração e decrescimento para cada uma dascomunidades paroquiais.Em contraste com o ano passado,este será um ano mais calmo, maisparoquial, vivido em casa com aMãe, tal como se diz do patriarcaJacob. Foi com a ajuda da sua mãeque ele

conseguiu a bênção do pai ese tornou herdeiro das promessasfeitas por Deus a Abraão e a Isaac.É na convivência com Maria quecresceremos, durante este ano,como comunidades vivas na fé, naesperança e na caridade, a fim depodermos testemunhar a alegria doevangelho a tantos homens emulheres que foram batizados masdesconhecem a graça e amisericórdia do Senhor. Com Maria seremos Igreja viva!

D. António VitalinoD. João Marcos

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Maria, a Mãe de Jesus,tocava guitarra?

A imagem do novo programapastoral é reveladora: a Senhora daAlegria. Dedicamos cinco anosa "redescoberta da nossaidentidade cristã". O dom da fécomo ponto de partida e como meta.E agora pretendemos concluir esteitinerário cantando, com a “guitarrade Maria”, as maravilhas da nossafé. A celebração do centenário dasAparições em Fátima será ummotivo acrescido de júbilo e deesperança. Então, o que nos trazeste novo programa pastoral? 1. Um caminho. Quando estamos naparagem de autocarro e o vemosaproximar, o que fazemos para ter acerteza de que é nesse autocarroque queremos entrar? Temos de leras informações: o numero ou odestino. Ter um programa pastoral éter um destino, um caminho apercorrer. Sabemos onde estamos,sabemos para onde queremos ir etraçamos um percurso para lachegar. Até podemos optar por nãoembarcar, mas essa não seráseguramente a decisão maisconsentânea com a nossaidentidade

crista?. Entrar neste caminhopastoral é reconhecer que todosparticipamos ativamente na missãoda Igreja; é ser instrumento deunidade e de comunhão. Embarca,tu e a tua comunidade. Todossomos necessários! 2. Um desafio. Ter um programapastoral é como receber nas mãosum mapa com um desafio. Esboçam-se trilhos que nos orientam e metasque desejamos alcançar. Abrindo omapa para este ano, somosconvidados a olhar a Mãe de Jesuse com ela contemplar as maravilhasde Deus. Somos desafiados aencontrar nas suas palavras e nassuas atitudes a vereda que nosconduz à configuração com o Cristo.Por isso, o percurso para o anopastoral 2016-2017 desenha-nosum mapa com a figura de Maria nasua relação com Cristo e com aIgreja. Como podemos aprender dee com Maria a centrar a nossa vidaem Deus e a dizer com a mesmaconfiança e fidelidade: “Faça-sesegundo a tua palavra”? Grandedesafio!

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3. Muitas casas. Onde mora Maria?Talvez a resposta mais imediataseja: no Sameiro, ou em Fátima, ounos Santuários... O programapastoral propõe-nos locais muitodiferentes, pois Maria habita emvárias moradas. Poderemoscomeçar por fazer da nossa própriafamília um espaço onde Maria temsempre lugar cativo. Mas tambémiremos aprender com a Senhora daVisitação a sair do nosso território ea caminhar apressadamente paraas periferias. Como Maria, juntoà cruz de seu filho, há tantoscrucificados à nossa espera.4. Uma paixão. Afixa, na tuaparóquia, esta frase: “A únicamaneira de fazer um grandetrabalho é amar o que fazemos”[Steve Jobs, Apple]. É exatamentedisto que se trata. Uma paixão quenasce do encontro com Cristo. Nãopercebemos, às vezes, nas nossascomunidades (e na nossa vidapessoal) sinais que indicam falta deentusiasmo e de encanto? Só épossível abraçar esta causa doReino e do Evangelho se, primeiro,estivermos com Cristo e tivermosuma relação pessoal com Ele. Ecomo se alcança isto? Na oração ena contemplação. A oração éfundamental. E é daí que nasce apaixão!Não consta que Maria tocasseguitarra, mas nenhum de nós temdúvidas que com ela aprendemos aarte de contemplar e cantar asmaravilhas de Deus!

Pe. Sérgio Torres

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Diocese de Bragança-Miranda iniciaano litúrgico-pastoral a 26 denovembroA diocese transmontana será aprimeira do país a fazer coincidiro arranque de um ano pastoralcom o início do ano litúrgico.A diocese de Bragança-Mirandainicia o ano litúrgico-pastoral nopróximo dia 26 de novembro,véspera do I Domingo do Advento,em Bragança, com uma conferênciaintitulada «A espiritualidade mariana– “Fazei o que Ele vos disser”», porD. Manuel Linda, Bispo das ForçasArmadas e das Forças deSegurança e Presidente daComissão Episcopal da Missão eNova Evangelização.O novo ano será dedicado a Maria eencerra um projeto pastoral decinco anos onde todos os agentespastorais se propuseram a repartirde Cristo nos caminhos da missão.Unidos em torno do mesmo objetivo,o de comunicar através daproximidade dando voz a todos,«Mensageiro de Bragança» eSecretariado diocesano dasComunicações Sociais têmdesempenhado um importante papelnos quatro arciprestados e 22unidades pastorais.

Mensageiro de BragançaFundado em 1940 por D. Abílio Vazdas Neves, o jornal “Mensageiro deBragança” mantém a «preocupaçãode informar sobre a atualidaderegional e ao mesmo tempo passaruma mensagem de valores cristãos,servindo muitas vezes de elo deligação da região ao paíse aos queestavam (e estão) no estrangeiro».É a voz oficial da Diocese. Naprática, isso traduz-se, por exemplo,na publicação em primeira-mão dosdecretos episcopais, nocomplemento à formação litúrgicaque se procura fazer através dapublicação semanal de umaproposta de cânticos e reflexãolitúrgica dominical.Numa época em que nem toda agente se converteu às novastecnologias, o jornal divulga aagenda diocesana, o obituário e dáconta das iniciativas pastorais emtoda a diocese, a quarta maisextensa do país, dando assim voz atodos os agentes pastorais.Dadas as exigências da atualidade,houve uma aposta na informaçãodigital, com novas funcionalidadespara assinantes, e no uso pioneiro

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de realidade aumentada, em 2012,que se veio somar à digitalizaçãointegral do arquivo que tinha sidofeita já em 2006 e que mantém ojornal disponível para consultadesde o número 1. Mantém-se, emmuitos casos, como a última ligaçãodo assinante à sua terra natal, umavez que é disseminadoprimordialmente por assinatura,estando, também, em banca emtodos os quiosques da diocese. Secretariado diocesanoTendo como meta «irradiar, naIgreja diocesana, o Evangelho, quedá Esperança e que transpareça noquotidiano como expressãode santidade» renasce, em 2011, oSecretariado diocesano dasComunicações Sociais que agrega,atualmente, o Gabinete deComunicação e Informação.

Neste âmbito temos seguido umcaminho marcado pela identidadeda nossa Igreja local,acompanhando o crescimento dosgrãos das amendoeiras e revelandoas doces amêndoas transmontanas;colhendo as castanhas dos ouriçose varejando as azeitonas dosnossos olivais.Potenciaram-se várias formas dedifundir a informação. Na Internetnasceu apágina www.diocesebm.pt eaproveitaram-se as redes eaplicações sociais existentes (lukar,facebook, instagram, youtube,foursquare, twitter, runkeeper,qrcode, etc.) ao mesmo tempo quese lançaram parcerias ad intra.Bruno Luís Rodrigues (Diretor doSecretariado das ComunicaçõesSociais da Diocese de Bragança-Miranda)António GonçalvesRodrigues (Diretor do semanário“Mensageiro de Bragança”)

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Reagir perante debandada da fé

A abertura solene do ano pastoral2016-2017 na Diocese de Coimbrafoi marcada pela ‘Festa doCompromisso’, a que o bispoconvidou os vários responsáveisdiocesanos. Na Missa que encerrouesta celebração, D. Virgílio Antunesalertou para uma “debandada" da féque exige resposta dascomunidades católicas, rejeitandoqualquer comodismo.“Hoje, de acordo com a mensagemevangélica, podíamos falar da ruínaa que estamos a conduzir a Igreja,da debandada em relação à fé aque estamos a assistir nacomodidade da nossa tradição e natranquilidade dos

nossos hábitos religiosos”, declarouD. Virgílio Antunes, na homilia daMissa a que presidiu na Sé Nova.“A Igreja em saída a que nosconvidou o Papa Francisco na‘Evangelii Gaudium’, como modo deser da Igreja no tempo presente, éoutra forma, igualmente profética deprovocar as nossas comunidadescristãs para que saiam dacomodidade e da tranquilidade emque se instalaram”, precisou.O bispo de Coimbra sublinhou queas respostam têm de superar arepetição de “modelos de vidaeclesial do passado”, como se a féainda “fosse

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generalizada”. “No início deste novoano pastoral convido-vos a sair dacomodidade e tranquilidade em quefacilmente nos instalamos enquantocristãos e a acolher com fé ecaridade o dinamismo sinodal quevos proponho”, declarou.A Igreja Católica em Coimbra está apreparar essa dinâmica sinodal parao triénio 2017-2020. “De acordocom as indicações elaboradas, soisconvidados a constituir grupos emque se faça uma avaliação séria dopercurso dos últimos três anos e aindicar linhas de ação para o planopastoral que nos orientará nopróximo triénio”, adiantou o bispo deCoimbra.D. Virgílio Antunes falou de uma“nova etapa de acolhimento da fé ede

entusiasmo” na ação dacomunidade diocesana,agradecendo o trabalhodesenvolvido por todos osparticipantes. “O que seria a IgrejaDiocesana sem vós, sem a vossaalegria de acreditar no Senhor, sema vossa presença feliz nos lugaresde evangelização, sem o vossotestemunho fiel no meio do mundofamiliar, laboral, eclesial e social?”,realçou.

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No Ano Pastoral 2016/2017

Arquidiocese de Évora vai “Viver a Féno Coração da Família”

O Dia da Igreja Diocesana reuniu,como é habitual, no pavilhão daEscola Salesiana, em Évora, nopassado dia 5 de Outubro, cerca deum milhar de pessoas, entre asquais várias dezenas de jovens, queficaram a conhecer o Plano Pastoralpara 2016-2017 da Arquidiocese deÉvora, que se intitula “Viver a Fé noCoração da Família”.

A manhã daquele dia foi marcadapor momentos de oração, formação,partilha e de animação, tendo sidopresidida pelo arcebispo de Évora,D. José Alves. Na parte da tarde,realizou-se o Festival da Canção daArquidiocese, dedicado a Maria, queteve como vencedor o Grupo doSeminário Maior de Évora.

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Em declarações exclusivasà reportagem do semanáriodiocesano “a defesa”, D. José Alvesfez um balanço muito positivo do Diada Igreja Diocesana: “Como éhabitual tivemos uma boaparticipação. E esta participação étambém um prenúncio de que aolongo do ano as actividades irãodesenvolver-se num ritmo regular e,eventualmente, até melhor do quenos anos anteriores. E todas elasestão orientadas, em última análisepara

a vivência da Fé na Família. Porque,no fundo, tudo tem a ver com aFamília. É da Família que tudo partee é para a Família que tudoconverge. É na Família que avivência da Fé germina, amadurecee cresce e é aí que se aprende apartilhá-la e a comunicá-la aosoutros. Eu tenho muita esperançaque neste Ano as Famílias Cristãstomem consciência dos dons quereceberam de Deus e que ospartilhem com as outras Famílias”.

Em declarações exclusivas à reportagem do semanário diocesano “a defesa”, D. JoséAlves fez um balanço muito positivo do Dia da Igreja Diocesana: “Como é habitual

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Alves fez um balanço muito positivo do Dia da Igreja Diocesana: “Como é habitualtivemos uma boa participação. E esta participação é também um prenúncio de que aolongo do ano as actividades irão desenvolver-se num ritmo regular e, eventualmente,até melhor do que nos anos anteriores. E todas elas estão orientadas, em última análisepara a vivência da Fé na Família. Porque, no fundo, tudo tem a ver com a Família. É daFamília que tudo parte e é para a Família que tudo converge. É na Família que avivência da Fé germina, amadurece e cresce e é aí que se aprende a partilhá-la e acomunicá-la aos outros. Eu tenho muita esperança que neste Ano as Famílias Cristãstomem consciência dos dons que receberam de Deus e que os partilhem com as outrasFamílias”.

Viver em Igreja a alegria de sercristãoO programa da Diocese do Funchalpara Ano Pastoral 2016-2017,inspirado na celebração dos 500anos da dedicação da catedralmadeirense, no centenário dasAparições em Fátima e na esperadavisita do Papa Francisco.“Viver em Igreja a alegria de sercristão” é o tema escolhido.“Abraçamos um novo tempo e novosdesafios, inspirados por trêsacontecimentos de relevanteimportância: os 500 anos daDedicação da Sé do Funchal, oCentenário das Aparições de NossaSenhora em Fátima e comoesperamos, a visita do PapaFrancisco”, escreve D. AntónioCarrilho na mensagem deapresentação do Programa Pastoralda Diocese do Funchal.Para o bispo do Funchal, assinalarcinco séculos da dedicação da Sédo Funchal, cujas celebraçõesiniciam no dia 18 de outubro comabertura do Ano Jubilar, é umaoportunidade de “reflexão erenovação” do ser cristão e da“ação pastoral diocesana”.D. António Carrilho refere ainda queao longo do Ano Pastoral 2016-2017, os 100 anos das Apariçõesem

Fátima convidam a repensar os“apelos à conversão e à oração”feitos por Nossa Senhora,acolhendo também o “testemunhoda presença do Papa Francisco”.O bispo do Funchal indica que a“proposta de Programa Pastoralpretende inspirar, apoiar epotenciar, respeitar e integrar, amissão específica dos secretariadose departamentos diocesanos,arciprestados e paróquias, institutosde vida consagrada, grupos,movimentos e obras laicais, numprojeto de ação conjunta”.“A unidade e a comunhão no agirgeram dinamismo e eficáciapastoral”, sublinha D. AntónioCarrilho. “Queremos ser uma Igrejadiocesana viva, corresponsável namissão, em dinamismo de novaevangelização,

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criadora de projetos e novas formasde compromisso com as pessoas ea sociedade do nosso tempo”,refere o bispo do Funchal naapresentação do programa para onovo ano pastoral.“Saibamos nós responder, com aajuda de Deus, a esses novosdesafios com que deparamos nocampo da fé e da cultura, da açãoeducativa, participação social, comum ânimo crescente de alegria e deempenho”, sublinha.O programa para o Ano Pastoral2016-2017 propõe um melhor

“conhecimento” da catedral, apela àparticipação nas celebrações quenela decorrem, deseja “assegurar omelhor acolhimento e caminhos devida cristã” a quer ser batizado,dinamizar a pastoral familiar e“aprofundar a história das Apariçõese o sentido da Mensagem deFátima”.A página da internet da Diocese doFunchal disponibiliza a mensagemde D. António Carrilho e o programado Ano Pastoral 2016-2017.

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Renovação da fée da vida das comunidades»

O bispo da Guarda presidiu àsessão de início do programapastoral para 2016-17 onde foiapresentado o documento detrabalho que prepara a próxima daassembleia diocesana que se vairealizar em três sessões em 2017.“A Assembleia diocesana deve seruma grande oportunidade para arenovação da fé e da vida dascomunidades”, assinalou D. ManuelFelício, no Centro

Apostólico D. João de OliveiraMatos, na Guarda.Numa nota enviada à AgênciaECCLESIA, a Diocese da Guardainforma que a AssembleiaDiocesana vai analisar o trabalhodesenvolvido pelos fiéis nascomunidades pastorais, desde2013. Neste contexto, a assembleiavai pronunciar-se sobre: “Que igrejasomos e que Igreja queremos ser; a

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evangelização e a catequese; comocelebrar a Fé e reorganizaçãopastoral da diocese”.Na abertura dos trabalhos, oprelado da Guarda pediu “empenhoe dedicação” a todos osintervenientes na assembleia -sacerdotes, diáconos, religiosos ereligiosas e fiéis leigos - que se vairealizar em três sessões: 29 deabril, 20 de maio e 17 de junho de2017.

Apresentar o documento de trabalho(Instrumentum laboris) daAssembleia Diocesana foi o principalitem da reunião de apresentação doprograma pastoral diocesano 2016-17 que teve a adesão de “quaseduas centenas de participantes”, noCentro Apostólico D. João deOliveira Matos.A diocese informa ainda que ocónego Manuel Matos vai ser ocoordenador da mesa daAssembleia Diocesana e conta coma colaboração mais direta dos padres Joaquim Pinheiro e José Dionísio.

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Ano Pastoral 2016 – 2017Lema: Ide por todo o mundo eanunciai o Evangelho a toda acriaturaMeta geral: Envolver a todos noanúncio de Jesus Cristo, ajudandoas pessoas a encontrarem-se comEle, a reconhece-LO, vive-LO etestemunhá-LO como Boa Nova deDeus, que ilumina e dá um sentidopleno e feliz à nossa vida. 1. Na senda dos anos anteriores, adiocese continuará a quererenvolver todos na edificação deuma Igreja que se quer em saída,através do esforço evangelizador edo testemunho, sob a protecção deNossa Senhora, cujo Centenáriodas Aparições em Fátima se celebraem 2017. 2. A passagem bíblica de Mc 16, 14-20 é a matriz do percurso anualproposto, de onde se retirou oconvite/mandamento do Senhor queorienta a Carta Pastoral de D.António Couto, “Ide por todo omundo e anunciai o Evangelho atoda a criatura” (Mc 16, 15), parteintegrante do

Plano Pastoral 2016-2017, cujaapresentação aconteceu no dia 1 deoutubro. Ali se apresentam esugerem metas e enquadramentospara os diferentes períodostemporais e litúrgicos, propondoacções que contribuam para oconcretizar de oportunidades quecada etapa oferece.

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3. Na caminhada proposta a estaporção do Povo de Deus é contínuoo convite para que o testemunho decada baptizado, das paróquias, dosgrupos e dos movimentos sejamarcado pela ternura e pelaproximidade que atraem e agregam.Uma transformação que podeconcretizar-se mediante o esforçopara não ficar parado, a vontade deser bênção para os outros, adisponibilidade para contemplar,escutar e seguir Cristo e o desejode ter um coração que vê.

4. Nesta missão total, todos sãoconvidados para ir, sem cessar esem medo, a toda a criatura e emtoda a parte. Só assim osbaptizados podem ver-secomo discípulos missionários, e nãocomo simples animadores oumonitores, que encaram e vivem oanúncio do Evangelho como umanecessidade, fazendo dotestemunho fiel e contínuouma transparência do Senhor.

Pe. Joaquim Dionísio

O missionário da Boa Nova entrou para o seminário aos 37 anos e quando acongregação decidiu rumar ao oriente mostrou-se disponível para o novo desafio.

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congregação decidiu rumar ao oriente mostrou-se disponível para o novo desafio.Segundo o superior geral da Sociedade Missionária, eleito em 2014 para um quadriénio(2018), a característica cerimónia do chá dos japoneses encontra paralelismo na liturgiacatólica a partir de “quatro ideogramas”.“Há quatro ideogramas japoneses diretamente relacionados com a cerimónia do chá –harmonia, respeito, pureza interior e limpeza interior e exterior - tem muito a ver com anossa Eucaristia”, exemplifica.A Sociedade Missionária da Boa Nova tem atualmente 106 membros que trabalham emPortugal, Moçambique (desde 1937), Angola (desde 1970), Brasil (desde 1970), Zâmbia(desde 1980) e Japão (desde 1998).Inicialmente denominada Sociedade Portuguesa das Missões Católicas, foi fundada peloPapa Pio XI, em 1930, respondendo ao apelo dos bispos portugueses.

Pastoral centradano Centenário das Aparições

O Centenário das Aparições deNossa Senhora de Fátima será ogrande acontecimento eclesial dopróximo ano, até a nívelinternacional. Assim, acaba por serinevitável que seja também esse ocentro da programação pastoral dadiocese onde esses acontecimentosse desenrolaram e fizeram surgir umdos maiores santuários marianos domundo.Na verdade, a programaçãocomeçou

já ano passado, o primeiro de umbiénio dedicado ao aprofundamentoda relação dos cristãos com aVirgem Maria, à luz das Apariçõesde Fátima. Em 2015-2016, com olema “Feliz de ti que acreditaste” (Lc1, 45), o principal objetivo foi “pôrem relevo a figura da Virgem Mariana história da salvação e na vida doPovo de Deus”. Em 2016-2017, como lema “O meu Coração Imaculadoconduzir-vos-á até Deus”,

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o objetivo é “mostrar o relevo dasaparições de Fátima para a vidacristã e eclesial”. Para contextualizare concretizar esta dinâmica, o Bispodiocesano, D. António Marto,escreveu no início do biénio a cartapastoral “Maria, Mãe de Ternura ede Misericórdia”.Em resumo, o Bispo de Leiria-Fátima deseja que a sua diocesedescubra a “beleza e atualidade” daMensagem de Fátima comomanifestação, por Maria, darevelação de Deus, sempre pronto avir ao encontro do homem e aacolhê-lo no seu amor

misericordioso. De entre as váriaspropostas pastorais paraessa descoberta, destacamos asperegrinações vicariais a Fátima, umretiro popular na Quaresma, e aconsolidação do Movimento daMensagem de Fátima em todas asparóquias.

Luís Miguel Ferraz Fotos: ©LMFerraz

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Patriarcado de Lisboa:300 anos de uma missão

que continua

A comemoração dos 300 anos daqualificação patriarcal da Diocesede Lisboa vão marcar este primeirosemestre do ano pastoral2016/2017. Os eventosprogramados, e em especial, aúltima etapa do Sínodo Diocesano,com a assembleia sinodal entre osdias 30 de novembro e 4 dedezembro, procuram responder ao“que significa continuar hoje amissão”, tornando presente ajustificação do “empenho napropagação da fé” a que o PapaClemente XI fez referência na

bula de proclamação da qualificaçãoPatriarcal.A caminhada sinodal, iniciada em2014, com o tema “O sonhomissionário de chegar a todos”,registou uma importante esignificativa adesão das diferentesrealidades diocesanas quetrabalharam e ensaiaram propostas,com base na leitura e reflexão daExortação Apostólica EvangeliiGaudium, do Papa Francisco.Agora, a partir das contribuiçõesenviadas, é tempo de responder

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ao desafio do Papa contando, “maisdo que nunca, com o papel dasfamílias na sociedade e na Igreja”,recordou o Cardeal-Patriarca deLisboa, D. Manuel Clemente, naapresentação do Programa eCalendário Pastoral deste ano.Assim, são vários osacontecimentos que marcam estaefeméride: Encontro dos Núcleos deEstudantes Católicos (já realizado a15 de outubro); Congresso dasAssociações

Profissionais Católicas ( 5novembro); Musical “Vamos.Partimos. Somos ” (18 a 21 denovembro); Concerto (25 denovembro); para além de umcolóquio sobre “Os Bispos deLisboa”, uma exposição sobre ostrês séculos de Patriarcado, e apublicação das cartas pastorais dosPatriarcas de Lisboa.

Filipe TeixeiraDepartamento da Comunicação do

Patriarcado de Lisboa

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Percurso de renovaçãoapós realização de SínodoAs comunidades católicas dePortalegre-Castelo Brancoreuniram-se em assembleia para oinício do ano pastoral, com oobjetivo de “renovar a vida daIgreja” após a realização do Sínododiocesano, que decorreu nosúltimos sete anos.A apresentação do Plano Pastoraldecorreu em Proença-a-Nova, numainiciativa “orientada para os maisenvolvidos e responsabilizados navida da diocese, dos arciprestados,das paróquias ou dos movimentos”,assinala o comunicado final daassembleia, enviado hoje à AgênciaECCLESIA.A Diocese de Portalegre-CasteloBranco pretende renovar a vidaeclesial no triénio 2016-2019 quevai ser vivido no tema ‘A fé dásentido(s) à vida’ a partir do seusínodo e publicou subsídios paratrabalho nos pequenos grupos.O plano pastoral da Diocese dePortalegre-Castelo Branco temcomo grande objetivo “atuar aspropostas do sínodo” e querenvolver toda a Igreja nessedinamismo. Nesse sentido,pretende-se que pequenos gruposde matriz paroquial ou ligados amovimentos, “que existem

abundantemente na diocese”,estudem os temas e propostas dosdocumentos sinodais.Ao todo, o subsídio apresenta seistemas com umareflexão/desenvolvimento, recorda oque a “Assembleia Sinodal propõeformar”, incentiva a “comprometer ecomprometer-se” bem como suscitaà reflexão sobre a atuação de cadafiel e depois a sua ação naparóquia, no movimento e noarciprestado.Os temas em análise são “IgrejaDiocesana, que dizes de ti mesma;O mesmo Jesus e a novaevangelização; Fé em Cristo eEvangelização; Batismo, fonte davida e da vocação Cristã; Noprincípio era assim...” e “crescei emultiplicai-vos”.Na sua página na internet, aDiocese de Portalegre-CasteloBranco para além dos subsídiospara o trabalho dos pequenosgrupos pública também o calendáriopastoral para o ano 2016-17.

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Ano pastoral com Maria

Os bispos do Porto assinalam quese deve “insistir” na condução dosfiéis “às fontes da alegria, à frescurada Palavra e à seiva dosSacramentos”, no ano pastoral2016-2017 intitulado ‘Com Maria,renovai-vos nas fontes da alegria!’.“Precisamos de comunidadessamaritanas, no meio de umasociedade, que muitas vezes parecesem coração, comunidades capazesde se aproximarem e de se abriremdiante dos olhos que sofrem, sempreocupação pela sua identidadegeográfica, religiosa ou legal”,refere o texto assinado por D.António Francisco dos Santos, bispodo Porto, e os seus auxiliares, D.António Bessa Taipa, D. Pio Alvesde Sousa e D. António AugustoAzevedo.

Os prelados destacam a importânciada formação permanente e que“apele à compreensão das razõesda fé” e possa ser experienciada,vivida, celebrada, interiorizada,integrada na comunidade, “não sereduzindo aos aspetos académicosou doutrinais”.“A iniciação à vida espiritual é defundamental importância sequisermos formar pessoas, comsentido cristão e eclesial no seucompromisso pastoral”, observam.Sem “descurar” a formação deelites, “tão importante para aevangelização do tecido social,económico e cultural”, indicam que épreciso assumir uma pastoral que“deixe falar as pessoas simples, quelhes dê voz, espaço e expressão, navida das comunidades, para quenão haja

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cristãos sem palavra, leigos semvoz”.Os bispos da Diocese do Portoexplicam que o novo ano com otema ‘Com Maria, renovai-vos nasfontes da alegria!’ vai ter “cunhomariano e perspetiva da«misericórdia»”, dando continuidadeà vivência da visita da ImagemPeregrina de Nossa Senhora deFátima e do Ano Santo.No âmbito da celebração doCentenário das Aparições de Fátima(2017) referem que a mensagemmariana na Cova da Iria contém“elementos muito inspiradores edesafiadores”, como “a práticaassídua da oração e adoração” e o“regresso à fonte dos sacramentos”.É pedido que as peregrinações aFátima sejam “devidamentepreparadas, acompanhadasespiritualmente e celebradas”,recordando o espírito deperegrinação jubilar, vivido“intensamente” durante o Ano SantoExtraordinário, que

termina a 20 de novembro.Para 2016/2017 é apresentado umquadro sinóptico com os objetivos,tempos, modos, agentes edestinatários da ação em diferentesáreas da pastoral, nomeadamente:Do anúncio e da celebração da Fé;da caridade e na pastoralcomunitária.No sítio online da Diocese do Portoestá também disponível o calendáriopastoral diocesano onde destaca-sea Jornada Diocesana da Família, a 4de fevereiro 2017; a Bênção dosFinalistas, 07 de maio, na Avenidados Aliados, Porto.Dois meses depois, 07 de julho, estáagendada a apresentação do PlanoDiocesano de Pastoral 2017-2018 eno dia 9 são as ordenações naCatedral.De recordar que a Igreja Católica noPorto está a viver desde o anopassado um Plano Diocesano dePastoral até 2020, com o lema geral‘A alegria do Evangelho é a nossamissão!’.

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Caminhar paraa plenitude de Cristo

Para o ano pastoral 2016 2017escolhemos, como lema para a açãoda Igreja na diocese de Santarém“Caminhar para a plenitude deCristo”. É uma opção de fundo,definida com a ajuda do ConselhoPastoral Diocesano, com quedesejamos iluminar o programapastoral dos vários organismosdiocesanos e inspirar o caminho dafé dos fiéis. É uma dimensão docristianismo que vem das origens,tão antiga mas sempre nova e,neste momento, muito atual,oportuna e necessária.Enquadra-se nas preocupações eacontecimentos atualmente emrealce na Igreja. Antes de mais, aoano jubilar da misericórdia. O anoencerra a 20 de Novembro mas avirtude da misericórdia é parapermanecer como lâmpada ailuminar e identificar o agir da igrejae o estilo de vida cristã. Comoescreve o Papa Francisco na Bulada misericórdia, esta virtude é “umameta a alcançar com empenho esacrifício” (MV 14). Por isso, precisade ser estimulada pelaperegrinação, ícone do caminhoque cada pessoa realiza

na sua existência (Cf MV 14). Paraalcançar e testemunhar amisericórdia precisamos, portanto,de sair de nós mesmos e fazercaminho ao encontro dos queprecisam de atenção e de ajuda.A imagem do cristianismo comocaminho e o perfil do cristão comoperegrino tem sido muito realçadosem todos os tempos,designadamente após o concílioVaticano II. O verdadeiro cristão nãopode instalar-se num estatuto oupatamar adquirido de uma vez parasempre. Tornamo-nos cristãosprogressivamente através de umprocesso de conversão que dura avida inteira. Nos tempos maisrecentes, os Papas Bento XVI eFrancisco têm insistido no perfil decristão como um “discípulomissionário” que, no caminho davida, segue Jesus e dele dátestemunho. Realmente é este oretrato do crente apresentado peloevangelho e que vai de encontroaos anseios das pessoas em geral.No coração humano habita o desejode crescer em todas as dimensõesda existência e progredir tambémna

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sabedoria, na perfeição e na graça.Avançar no caminho do bem é umaperspetiva dinâmica e estimulantepara apresentar a fé cristã e ocrente nos tempos atuais.Sendo tão relevante na Bíblia, natradição da Igreja e no magistérioatual e tão significativa para asensibilidade das pessoas, aimagem da vida cristã como umcaminho não está, porém, adquiridana mentalidade corrente e na vidapastoral. É mais comum uma visãoestática e instalada do cristão, comose ficasse pronto com ossacramentos da iniciação cristã(batismo, confirmação e eucaristia).Na mesma perspetiva, a ação dospastores é entendida comoassistencial ou manutenção dastradições religiosas, dedicando-se,sobretudo, a celebrar missas,sacramentos e sacramentais. Porisso, para avançarmos narenovação missionária, achamosoportuno aprofundar a dimensão decrescimento da fé e as fontes quealimentam o caminho.Outro acontecimento quecelebramos no pastoral de 2017 é ocentenário das aparições de NossaSenhora em Fátima. Também aquiencontramos uma inspiração para ocaminho do crente. Na verdade, oSantuário de Fátima tornou-se umdos lugares de

peregrinação mais visitados domundo e oferece-nos, portanto, umaboa pedagogia para concretizar aimagem da vida cristã como caminhopara a santidade.Temos ainda outra prioridadepastoral em que é tambémimportante realçar e integrar aimagem do caminho: o amor nomatrimónio e na família. As duasassembleias sinodais recentessobre a família e a ExortaçãoApostólica do Papa Francisco “AAlegria do amor” vieram alertar-nospara o cuidado especial quedevemos dedicar à família, base dasociedade e berço da Igreja. Aalegria do amor nas famílias étambém o júbilo da Igreja e aesperança de renovação do mundo.O amor, porém, é um caminho decrescimento, não atinge a perfeiçãocom a celebração do matrimóniomas, com a graça do sacramento eo empenho dos esposos, precisa deprogredir continuamente. (...) Tendo presentes estaspreocupações atuais da Igreja,achámos por bem escrever apresente Carta no sentido de ajudaros cristãos a crescer e a dar frutosao longo de toda a sua existência(Cf Sl 91,(92), 13-16) (..).

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Programa Pastoral para 2016-2017 (prolongando-se pelo ano seguinte)

Famílias em Igreja, Fermento deEvangelhoMotivação:- Oportuna acentuação no nossopanorama pastoral e social.- Comunhão com o caminho pós-sinodal da Igreja Universal.- Inspiração e orientação daexortação do Papa Francisco"Amoris laetitia".- Enquadramento mariano nocentenário de Fátima, com amemória da Virgem Peregrina nanossa Diocese. Grandes linhas:1. Uma Espiritualidade Familiar,com especial atenção a:- Descobrir o rosto de Deus emFamília: Conjugalidade /Paternidade / Maternidade quegeram Filhos e Filhas, Irmãos eIrmãs,- Unidos pelo Espírito do Carinho edo Amor.- Primeiro Lugar da Residência doVerbo no nosso mundo.- Família à Escuta de Deus, naPalavra e na Oração.- Família de Educação e Formaçãodo Coração e da Fé.

2. Comunhão de Famílias emIgreja. Algumas iniciativas:- Valorização da família (da mulher)na paróquia/Diocese: liturgia,catequese, responsabilidades,organização.- Atenção à Pastoral da família:secretariados e movimentosespecíficos.- Atenção aos casais em situaçãoproblemática ou crise.Acompanhamento paroquial ediocesano (novas normas)- Iniciativas diocesanas para esteano (peregrinação especial aFátima?) 3. Famílias em Saída Missionária.Algumas iniciativas- Papel evangelizador da Família: O"Evangelho da Família", comorealidade vivida e comunicada. SeCristo "reside" na Família, há defazer-se notar.- Participação na missão dacomunidade, ad intra e ad extra.- Apoio e desenvolvimento demovimentos de forte caráter familiar

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- Proposta de evangelização dasfamílias a partir das instituiçõessociais da Igreja.- Envolvimento familiar a partir docontato com as crianças- Proposta catecumenal dasparóquias, com orientação familiar. Calendário já estabelecido (2016-2017)1. Formação de casais sobre aExortação “Amoris laetitia”:- 4 de novembro, em Vale Figueira- 3 de fevereiro, em Almada- 2 de junho, em Setúbal

2. Catequeses quaresmais, peloBispo diocesano: 12, 19 e 26 demarço 3. Dia Diocesano da Família: 2 deAbril- Semana da Vida: 14 a 21 de maio- 28 de outubro: peregrinaçãodiocesana a Fátima(Outras ações estão a serprogramadas pelo grupocoordenador)

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Reforçar atenção às famíliasO bispo de Viana do Castelopublicou a carta pastoral ‘Eu vimpara servir ’, para o ano 2016/2017,aprofundando o “cerne da família”no encerramento do triénio que lhefoi dedicado. “Concluímos o referidoprojeto pastoral, debruçando-nosagora sobre aquilo que é o cerne dafamília: A íntima comunhão de amore de vida entre marido e esposa eextensiva aos restantes familiares,uma união consagrada por Deus noMatrimónio”, escreve D. AnacletoOliveira.A carta pastoral ‘Eu vim para servir ’,para vivência do ano 2016/2017,disponível no site da diocese do AltoMinho, apresenta três partes: ‘Servircom e como Jesus Cristo; servir navida sacerdotal; servir na vidamatrimonial’.O bispo de Viana do Castelocomeça por destacar o que significa“servir” em Cristo e como cristãos,“como é que, pelo serviço, nasce ese consolida a comunhão,identificativa da Igreja” e essencialpara a sociedade e, em que medida,servindo, todos são “fecundos efelizes, até como simples sereshumanos”.Nas partes seguintes, o preladoaplica essas considerações “maisgenéricas”

às que o Senhor “chama esacramentalmente consagra” paraestarem ao seu serviço emcomunidades cristãs, na ordenaçãosacerdotal, e na família, pela uniãomatrimonial. O poder, “sobretudo seexercido como autoridade”, é umanecessidade também para asociedade, desde a organizaçãomundial, nacional, local e familiar.Depois, em ‘Servir na vidasacerdotal’, o bispo de Viana alertapara o “tão nocivo perigo dofuncionalismo”, que faz do sacerdoteum mero “agente social oudispensador de ritos sagrados,“reduzindo a vida do sacerdote a ummero cumprimento do dever”. Agovernar como pai, o padre étambém “educador e guia dacomunidade a que se entrega”.“Examinemos, diante de Deus eserenamente, o modo comoestamos a entregar-nos àsatividades próprias do nossoministério sacerdotal: se é realmenteo amor do Coração de Jesus, todovoltado para Deus e para oshomens, que nos move”, pediu D.Anacleto Oliveira.Em ‘servir na vida matrimonial’, naterceira parte, o prelado refletesobre

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três palavras-chave que segundo oPapa Francisco “protegem ealimentam o amor dia após dia”:“com licença, obrigado, desculpa”.D. Anacleto Oliveira, na introdução,recorda que a 4 de novembro sevão completar 15 anos dabeatificação do Beato D. Bartolomeudos Mártires,

apresentando-o como exemplo paraa diocese. ‘A alegria de servir ’ é o tema daconclusão da carta pastoral2016/2017 divulgada no sítio onlinede Viana do Castelo e foi assinadano sexto aniversário da entrada deD. Anacleto Oliveira na diocese doAlto Minho.

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Família, Santuário de FéA imagem da autoria de AlexandreAraújo, foi desenvolvida sob atemática «Família, santuário de fé».O logo promove a identidade deuma família estilizada (pai, mãe edois filhos) em união; a suaarquitetura gráfica expressa a uniãomatrimonial do casal pelas mãosdadas e desenha a cúpula de umsantuário que abriga e protege osseus filhos; as cores manifestam aidentidade e diversidade de cadaum e o amarelo das cabeçassimboliza a comunhão familiar.

«Família, santuário da fé» foi o lemaescolhido para o ano de 2016/17.De modo sintético, respondemos aodesafio do nosso bispo paramobilizarmos «as famílias cristãspara a missão e anúncio do Reinode Deus, fazendo delas berço,escola e púlpito da fé».Santuário significa «lugar sagradoonde Deus se manifesta», e nalinguagem corrente, «o que há demais sublime». Esta imagem éfrequentemente relacionada com afamília nos documentos da Igreja,sobretudo desde o Concílio:santuário da vida, do amor, da fé,da misericórdia…

Destacamos a dimensão da fé.Em primeiro lugar, porque vemos asfamílias com o olhar da fé que nosremete para o olhar de DeusCriador - «E viu que tudo era bom»(Gn 1,31) - e que nos dá essesolhos novos para descobrir o bom everdadeiramente humano.Em segundo lugar, porque a famíliaé o lugar onde cada um se confia aooutro numa entrega verdadeira eaprende a entregar-se a Deus na fé.A fé cresce pela comunicação ecomunhão familiar, pela escuta eacolhimento da Palavra Deus, peloencontro com Cristo na celebraçãodos sacramentos, mormente na

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Eucaristia, pela oração, testemunho,compromisso e missão.O Papa Francisco escreve naExortação Apostólica AmorisLaetitia:Com o testemunho e também com apalavra, as famílias falam de Jesusaos outros, transmitem a fé,despertam o desejo de Deus emostram a beleza do Evangelho edo estilo de vida que nos propõe.Assim os esposos cristãos pintam ocinzento do espaço público,colorindo-o de fraternidade,sensibilidade social, defesa daspessoas frágeis, fé luminosa,esperança ativa. A sua fecundidadealarga-se, traduzindo-se em mil euma maneiras de tornar o amor deDeus presente na sociedade (AL,184).Com este horizonte em vista,ouvidas as principais estruturasdiocesanas, foi traçado um objetivoprincipal que deve animar toda apastoral: A Igreja Diocesana, movidapela alegria do Evangelho, quenasce do encontro com Cristo nabeleza da fé, renova-se pelacomunhão e testemunho damisericórdia.Concretizando, apontam-se algumasmetas a valorizar:1. Descobrir a condição alegre efeliz da identidade cristã, o valorda vocação e o sentido de pertençaà igreja de Cristo2. Assumir a vocação de discípulosmissionários para uma Igreja que,no seguimento de Cristo, procuraos

afastados e excluídos, oferece amisericórdia, integra e acompanhapara a plenitude da vida cristã.3. Motivar e acompanhar asfamílias para se tornarem, cada vezmais, «santuários» de vida, de amore de fé4. Renovar as estruturas eclesiais,promovendo a comunhão e acorresponsabilidade, no respeitopela variedade de carismas e dons.Torna-se muito importante melhorara articulação das estruturasparoquiais, arciprestais ediocesanas; renovar o concelhopastoral diocesano e respetivoSecretariado Permanente;incrementar a criação dos concelhospastorais paroquiais (paróquia /unidade pastoral).5. Valorizar a religiosidadepopular, imprimindo umaverdadeira dimensão espiritualcristã: renovar as tradiçõesexistentes na diocese, tais como adevoção mariana, à SagradaFamília e ao Sagrado coração deJesus, peregrinações e celebraçãodos padroeiros, entre outras.

A Coordenação pastoral

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D. Ilídio Leandro convidaà construção de uma

«Igreja nova»

A Diocese de Viseu vai viver o AnoPastoral 2016-2017 dedicado aotema ‘No ano favorável discípulosresponsáveis’ que segundo o bispocontém o “anúncio” que “JesusCristo está vivo” e deve sermarcado pela “fidelidade,criatividade e comunhão”.“Jesus Cristo está vivo, viveconnosco, dá-nos a partilhar a Suavida e quer que anunciemos estaBoa Nova a todas as pessoas”, ésegundo D. Ilídio Leandro o que os“discípulos responsáveis de JesusCristo” são convidados a anunciaronde estão e onde são chamados air.Na introdução ao Projeto dePastoral 2016-2017, o bispo deViseu explica que para que oanúncio seja eficaz “na construçãode uma Igreja ‘nova’, a gerar e afazer um mundo novo” deve sermarcado por algumas notas ecaraterísticas e as principais são

“fidelidade, criatividade e comunhão.”Segundo o prelado, a fidelidade não“tira a novidade nem a alegria ou abeleza das surpresas de Deus” emotiva os fiéis a serem“responsáveis e a caminhar”,construindo novas propostas,capazes de apresentar um rostosempre novo de Jesus Cristo e daSua Igreja, a caminhar com oshomens de hoje.Já a criatividade “não exige que tudoseja novo” mas que se estejaabertoa iniciar sempre cadainiciativa e a viver cada experiênciade vida “com coração novo”.“Criatividade e fidelidade não seopõem, mas complementam-se”,observa o bispo de Viseu,desenvolvendo ainda que a“comunhão” supõe caraterísticas,como: “Abertura; acolhimento;partilha e solidariedade.”

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D. Ilídio Leandro sublinha que oPlano Pastoral para o primeiro de10 anos após o Sínodo Diocesanoconvida a sermos “Todos Discípulose Todos Responsáveis”, discípulosmissionários numa Igreja em saídaque assumem “o mandato de Jesus,de ir até às periferias”.Como objetivo geral para o novoano, a Igreja diocesana de Viseupretende “concretizar” a dinâmicasinodal nas estruturas paroquiais,arciprestais e diocesanas com opropósito de uma “pastoralrenovada e de comunhão” assentena responsabilidade laical e naabertura missionária à colaboraçãoentre paróquias vizinhas.Já nos objetivos específicosassinala-se a criação ou revitalizarnas paróquias do Conselho Pastorale o Conselho para os AssuntosEconómicos, cujas propostas deconstituição devem ser enviadaspara a Cúria Diocesana, até 31 dedezembro, para “serem oficializadaspelo Bispo”.Para que 2016-2017 seja um “‘anofavorável’ do discipulado,comprometido e corresponsável”,todos os setores da pastoral devem“enraizar a sua ação e proposta de

atividades” em três questões: “Quemetas, para quê e o que fazer?” Naárea da formação é proposto queem cada arciprestado se realize umasessão de apresentação dasConstituições Sinodais para toda acomunidade e que responda aperguntas como: “O que são? Paraque servem? Principais mudanças?Prosseguir ou iniciar a Escola deFormação Arciprestal (EFA).”No documento disponível no sítioonline da Diocese de Viseu sãopartilhadas “orientações” paraconcretizar o plano nos diversostempos litúrgicos ou nos setores dapastoral, como a Catequese,“quanto possível, ‘descolar-se’ dociclo escolar” e para além decomeçar “algumas semanas apóscomeço das atividades letivas” deveprolongar-se durante o Natal eaconselha a “realização de algumasatividades interparoquiais” devido à“diminuição de crianças”.Do calendário para o novo anopastoral destaca-se a ‘PeregrinaçãoDiocesana a Fátima’, no dia 05 deoutubro, e o ‘Dia da Diocese’ deViseu, a 25 de junho de 2017.G.I./Ecclesia:CB

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Caminhar na vida de rosto voltadopara Deus e para os irmãos

O bispo das Forças Armadas e deSegurança publicou a Nota Pastoral‘Caminhar na vida de rosto voltadopara Deus e para os irmãos’ ondeapresenta cinco vertentes paraserem vividas pelo OrdinariatoCastrense no novo ano 2016/17.D. Manuel Linda, na sua nota,convida os cristãos das ForçasArmadas e de Segurança a serem“pessoas de paz

ou gente simpática que sabedialogar com os outros”,principalmente na família ou com oscamaradas. No novo ano pastoral, oprelado incentiva também àfrequência da Eucaristia,“especialmente a dominical”, eassinala que vão continuar com acelebração da Missa em cadacapela/Unidade, “pelo menos numdia por semana”.Num ano em que a Igreja Católicaem

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Portugal vai viver “sob o signo docentenário das aparições deFátima”, o bispo das ForçasArmadas e de Segurança pretendeque sejam “devotos de NossaSenhora, verdadeiro modelo doscrentes”.D. Manuel Linda refere que vão ter“sempre presente” a celebração docentenário das aparições de NossaSenhora de Fátima aos pastorinhos,“especialmente”, no contexto daPeregrinação Militar Nacional aosantuário mariano da Cova da Iria,nos dias 8 e 9 de junho.“Tentaremos realizar um qualquerevento que leve a uma tomada deconsciência de que o tema da paz,estruturante nos acontecimentos daCova da Iria, nos diz muito respeito”,desenvolve, sobre a iniciativanacional que “se deseja maisparticipada numérica eintensamente”.Por último, nas cinco vertentesapresentadas para o ano2016/2017, D. Manuel Linda pedeque “sem vergonha” a fé sejatestemunha “publicamente” e com oexemplo da Rainha Santa Isabel oscristãos sejam “muito sensíveis àpobreza, a todas as formas depobreza”.Ao Ordinariato Castrense o seubispo chama a atenção para“algumas facetas da espiritualidade”da Patrona da Administração Militar,que foi beatificada em 1516: “Umamulher de paz e uma pacificadoranata; nutria uma especial devoção àEucaristia e a Nossa Senhora;

alimentava a fé a partir do que hojechamaríamos «religiosidadepopular».”D. Manuel Linda explica que vãotentar realizar “ações deevangelização” no interior dasUnidades mas se isso “não forviável” pede que alguns militaresparticipem em propostas que asdioceses locais organizam, comoCursilhos de Cristandade, CursosAlpha, ações da pastoral juvenil efamiliar.Na Nota Pastoral ‘Caminhar na vidade rosto voltado para Deus e paraos irmãos’ em “todas as Unidades”,o prelado refere também que vãorealizar uma ação sócio caritativa esugere, por exemplo, “recolha dealimentos ou brinquedos, lojasolidária, tômbola de caridade,dádiva de sangue”.No documento publicado na páginaonline dedicada às Forças Armadase de Segurança, o responsávelcatólico explica que “conversão éolhar de frente para Deus” econverter-se significa “reorientar avida, olhar de frente o Mistério aoqual se voltou costas”. Nestecontexto, D. Manuel Linda refereque “em Deus” superam-se “muitosdramas”, como “a falta deesperança, tristeza existencial,suicídios, recurso a drogas e álcool,violência estrutural, corrupção,cultura do «salve-se quem puder»”,que são “a causa e a consequência”do “individualismo extremo” quefecha as pessoas “a uma relaçãoharmoniosa com Deus e com osoutros”.

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Exposição missionária onlinehttp://www.exposicaomissionaria.org/ No mês em que tradicionalmente aIgreja dedica às missões, estasemana, a minha sugestão passapor um espaço que nos apresentauma mostra missionária. Entre maioe outubro do ano de 2012 decorreuuma exposição missionária queesteve aberta ao público em Fátimae que atualmente se encontradisponível na internet. Essaexposição intitulada “Alarga oespaço da tua tenda” extraído dolivro bíblico atribuído ao profetaIsaías, pretende suscitar nosvisitantes uma atitude deacolhimento “ao outro”.

Conforme refere o padre AlbertoSilva, presidente dos InstitutosMissionários Ad Gentes: “Forammuitas as pessoas que, durante seismeses, passaram por Fátima,Portugal, e se deixaram encontrarpela exposição missionária. Foramexperiências e missão a acontecer”,acrescentando que “há porém muitaoutra gente que não passou porFátima”. Conclui dizendo que “é porisso que fazemos esta proposta:caminhar pelo virtual. Está aí para ti,para si, a possibilidade de entrarnesta exposição missionária ealargar a tua/sua tenda”.O resultado da parceria entre

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os Institutos Missionários Ad Gentes,a Obra Pontifícia Missionária e oSantuário de Fátima está disponívelem www.exposicaomissionaria.org.Que melhor sugestão para este mêsde Outubro que é por natureza ummês dedicado, pela Igreja Católica,ao mundo missionário? Porque aideia presente nestes trinta e umdias é a de que se desenvolvam nascomunidades locais, uma série deatividades destinadas a promover aMissão como «urgência eprioridade». Uma forma concreta deaprofundarmos o nosso gostomissionário passa então pelarealização da visita virtual a estamagnífica exposição.Através de uma ferramenta quesimula o nosso campo de visão, “opercurso convida o visitante aapreender, segundo ritmosdiversificados, a realidade daMissão, partindo de umaconsciência

teológica que reflete acerca decomo Deus se mostra missionário”.Para finalizar, referimos que esteespaço se encontra dividido emquatro ambientes muito bemidentificados (1. Deus missionário: amissão é comunicação; 2. Discípulosde Jesus Cristo: missionários ontem,hojee sempre; 3. Missão: em todo otempo e lugar; 4. Alarga o espaçoda tua tenda: da fonte batismal paraa missão).Fica aqui a sugestão para quevisitem esta exposição e sintam que"o mandato missionário continua aser uma prioridade absoluta paratodos os batizados, chamados a ser«servos e apóstolos de Cristo»neste início de milénio” e assimpodermos viver a missão,transmitindo a fé.

Fernando Cassola [email protected]

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Festival Europeu da Alegria e daMisericórdia

Entre os dias 11 e 13 de novembrode 2016, decorre, em Roma, oFestival Europeu da Alegria e daMisericórdia. Este é um convite doSanto Padre, que pretende encerraro Ano Santo da Misericórdia,reunindo em Roma cerca de 4000pessoas em situação deprecariedade, vindas de toda aEuropa.De Portugal, vão estar presentesmais de 170 pessoas, de 13instituições diferentes: CáritasPortuguesa, Cáritas Diocesana deLeiria-Fátima, Cáritas Diocesana deLisboa, Cáritas Diocesana deSantarém, Cáritas Diocesana deSetúbal, Centro Social

Paroquial de São Maximiliano Kolbe,Comunidade Vida e Paz, oCompanheiro, Lar Teresa deSaldanha, o Ninho, Obra Social dasIrmãs Oblatas do SantíssimoRedentor e Santa Casa daMisericórdia de Lisboa.O Papa Francisco convida assimtodos aqueles que se queiram juntara esta iniciativa, a participar numretiro de 3 dias, que terá a seguinteinspiração: “Deus consola, Deusperdoa, Deus dá esperança”, umaoportunidade que se traduz navontade de transmitir a todos osparticipantes que o amor de Deusserá sempre sinónimo de esperançanuma vida melhor.

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Cáritas Portuguesa apoia o HaitiNa sequência do furacão Matthew que este mês deixou mais de 350 milpessoas desalojadas e mais de um milhão e meio sem acesso a alimentos eágua potável, a Cáritas Portuguesa apoiou, com um donativo de 25 mileuros, a população mais afetada da região. Ler mais

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II Concílio do Vaticano: A geraçãoque seguiu D. António FerreiraGomes foi alimentada pelo padreManuel Madureira

O II Concílio do Vaticano (1962-65) foi umacontecimento que marcou o clero no Porto e o padreManuel Álvaro Madureira teve um papel central.Nascido a 16 de setembro de 1916, no Brasil, veiopara Portugal em tenra idade (7 anos). Residia emAriz (Marco de Canaveses), quando, em 1932, sematriculou em Filosofia, no Seminário do Porto. Cincoanos depois, terminou o terceiro de Teologia com 18valores. Em 1938, começou a frequentar Teologia, emRoma, onde foi ordenado diácono e presbítero, umano depois.Chegado ao Porto (1940) foi nomeado professor eprefeito do Seminário de Nossa Senhora daConceição. Foi nesse cargo pastoral que marcou umageração (1940 a 1975) de padres daquela diocese.No jornal «Voz Portucalense» de 15 de junho de 2011,João Alves Dias – foi também seu aluno – tem umaafirmação emblemática: “Penso que esta nossageração do Porto que seguiu o D. António foi, nofundo, preparada e alimentada pelo ensino do Dr.Madureira”.Falecido em novembro de 2009, o cónego Rui Osóriorecorda o seu professor de Teologia Sacramental, noúltimo ano do curso no Seminário maior do Porto. “Ia-me fazendo a vida cara e com razão”, desabafou ocolunista Rui Osório na «Voz Portucalense» (VP) de18 de novembro de 2009. Era tido “como um dos maiscompetentes professores de Teologia”, no entanto, ocolunista da VP realça que ele era rigoroso “napedagogia, servida em Latim clássico e fluente”,

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mas “incapaz de comentar na suacátedra o que nos interessava – asnovidades teológicas e pastorais”do II Concílio do Vaticano.Na obra «Manuel Álvaro deMadureira – In Memoriam» - divididaem três blocos: Antologia de textos;Ensaios e Depoimentos – existeunanimidade em considerar estepadre da Diocese do Porto como ummestre. Apetece respigar algumas frasesdesta obra sobre esta figura notáveldo clero do Porto. “Um mestre quenão morreu”; “O Dr. Madureira foi naescola de Teologia do Seminário doPorto, quer pelo saber, quer pelo

carácter emblemático da suaexemplaridade, um dos professoresmais luminosos e mais marcantes desempre”; “Era um homeminteligente, justo e tolerante, nodiscurso e na vida”; “Um mestre quejuntava a ciência teológica, asabedoria, a justa avaliação doshomens e dos acontecimentos,sempre norteado pelo valor daverdade” e “A autenticidade emtempo de imitações, a verticalidadeem tempos em que todos severgavam”.No próximo artigo continuarei a falarda obra deste homem vertical.

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outubro 201629 de outubro. Évora – ÉvoraHotel -Jornadas diocesanas da Pastoral daSaúde dedicadas ao tema «Doençacrónica e fim de vida» . Madeira - A Cáritas Diocesana doFunchal promove a habitualcampanha de recolha de alimentosem diversos estabelecimentoscomerciais da região, de forma apoder satisfazer os pedidos deajuda das famílias e cidadãos maiscarenciados. (termina a 30 deoutubro) . Fátima - Centro Pastoral Paulo VI -Peregrinação do Movimento«Legião de Maria» com o tema«Com Maria, Mãe de Misericórdia»presidida por D. José AugustoTraquina, bispo auxiliar de Lisboa.(termina a 30 de outubro) . Aveiro - Assembleia da Cáritas daDiocese de Aveiro . Fátima - Peregrinação dos jovensda Diocese de Santarém aoSantuário de Fátima com o tema«Passo a Passo chegamos àsantidade». (termina a 30 deoutubro)

. Braga, 09h30 - Centro Apostólicodo Sameiro - Encontro denamorados promovido peloDepartamento da Pastoral Familiarda Diocese de Braga . Guarda – Tortosendo, 10h00 - Encontro dos antigos alunos SVD(Missionários do Verbo Divino) 30 de outubro. Roma - Jovens de todo o mundovão ter oportunidade de debater emRoma o tema do desenvolvimentosustentável numa iniciativapromovida pela Academia Pontifíciade Ciências Sociais (termina a 31 deoutubro) . Algarve - Duas semanas de oração por novas vocações sacerdotais –até 13 de novembro . Santarém - Torres Novas - Conselho diocesano da ACR(Acção Católica Rural) . Lisboa - Ribamar (Casa do Oeste),09h30 - Festa das Colheitas comcolóquio sobre «Plataformainformática ao serviço dodesenvolvimento rural e crescimentoeconómico», animado pela OIKOS.

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. Braga - Basílica dos Congregados,12h00 - Missa «traduzida» emLíngua Gestual na Basílica dosCongregados . Portalegre - Ponte de Sor (TeatroCinema Municipal), 15h30 - Apresentação do musical «Aalegria da Misericórdia» pelosjovens vicentinos de Felgueiras. 31 de outubro. Suécia – Lund - O PapaFrancisco visita a Suécia paracomemorar o 500.º aniversário dareforma protestante. (termina a 01de novembro) . Fátima - Encerramento doconcurso de fotografia «Ver Fátimano silêncio do coração» . Porto - Marco de Canaveses - Congresso de arquitetura com apresença do cardeal Ravasi e SizaVieira (termina a 01 de novembro) 01 de novembro. Ourém - Paróquia de NossaSenhora da Piedade - A Paróquiade Nossa Senhora da Piedade -Ourém abre ao público, dia 1 denovembro, pelas 16h00, no SalãoNobre da Igreja Paroquial, aexposição coletiva «Santos da Terra- Santa Teresa e Beato Simão».Estará patente até ao dia 08 janeirode 2017

. Porto - Marco de Canaveses(Igreja de Santa Maria), 15h30 - Ocardeal Gianfranco Ravasi e oarquiteto Álvaro Siza Vieira vãodebater, dia 01 de novembro, naIgreja de Santa Maria, Marco deCanaveses (Porto) sobre osdesafios para um novo conceito doespaço sagrado. . Porto - Teatro Rivoli, 17h00 - Oprefeito do Conselho Pontifício paraa Cultura no Vaticano, cardealGianfranco Ravasi, vai refletir, noPorto, sobre “Quem é o grandearquiteto?». . Lisboa - Capela do Rato, 21h00 - O violoncelo e a palavra sagradaem diálogo na Capela do Rato, emLisboa. 02 de novembro. Itália – Roma - O PapaFrancisco celebra no cemitérioromano de «Prima Porta». 03 de novembro. Porto, 17h30 - O setor da pastoraluniversitária da Diocese do Porto vaiinaugurar o «Centro in ManusTuas», uma casa de cultura eespiritualidade cristã parauniversitários. . Leiria - Auditório da Santa Casa daMisericórdia de Leiria, 21h00 - Conferência sobre «Os refugiadosbatem à nossa porta: problemadeles ou nosso?»

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O Seminário Maior de Coimbra celebra, dia 28 deste

mês, o encerramento das comemorações dos 250anos da construção. O programa das celebraçõesinclui uma conferência sobre o bispo «D. Miguel daAnunciação» por Fernando Taveira Fonseca, acelebração da Eucaristia presidida por D. VirgílioAntunes e a visita à biblioteca e ao Museu monsenhorNunes Pereira. Isabel Capeloa Gil, professora catedrática daFaculdade de Ciências Humanas, toma posse comoreitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) nodia 28 de novembro, sucedendo a Maria da GlóriaGarcia, primeira mulher no cargo, que estava à frenteda instituição académica desde 2012. A Diocese do Algarve vai iniciar a 30 de outubro duassemanas de oração por novas vocações sacerdotais,no âmbito da Semana dos Seminários que se realiza anível nacional de 6 a 13 de novembro. A comunidade franciscana da Igreja de Santo Antónioà Sé, em Lisboa, vai assinalar este domingo os 30anos do “grande encontro inter-religioso pela paz”,que o Papa João Paulo II promoveu em 1986 nacidade italiana de Assis. O Papa Francisco visita a Suécia entre os dias 31 deoutubro a 1 de novembro, um evento “inédito” porjuntar católicos e luteranos nos 500 anos da reformade Lutero. O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, disseem conferência de imprensa que o objetivo da visitade Francisco a Malmo e Lund é sublinhar o percursode católicos e luteranos no diálogo ecuménico, emparticular nos últimos 50 anos.

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Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00RTP1, 10h00Transmissão damissa dominical

11h00 -Transmissão missa

Domingo: 10h00 - ODia do Senhor; 11h00- Eucaristia; 23h30 -Ventos e Marés;segunda a sexta-feira:6h57 - Sementes dereflexão; 7h55 -Oração daManhã; 12h00 -Angelus; 18h30 -Terço; 23h57-Meditando; sábado:23h30 - TerraPrometida.

RTP2, 13h00Domingo, 30 de outubro -Entrevista à nova reitorada Universidade CatólicaPortuguesa, IsabelCapeloa Gil Segunda-feira, dia 31, 15h00 - Entrevista ao padre JoaquimCarreira das Neves e aTimóteo Cavaco sobre os 500anos do protestantismo. Terça-feira, dia 01 denovembro, 15h00 - Informação e entrevista aAntónio Estanqueiro sobre o livro "99 Histórias desabedoria" Quarta-feira, dia 02, 15h00 - Informação e entrevistaao padre Alberto Mendes sobre a assistênciaespiritual em fases terminais da vida. Quinta-feira, dia 03, 15h00 -Informação e entrevistaa Jorge Libano Monteiro sobre o Congesso deProfissionais Católicos. Sexta-feira, dia 04, 15h00 - Análise à liturgia dedomingo com o padre João Lourenço e Juan Ambrosio Antena 1Domingo, dia 30 de outubro - 06h00 - O fim da vida Segunda a sexta-feira, dias 31 de outubro a 04 denovembro - 22h45 - Pão po Deus (dia 31 ); Asantidade (dia 01); Luto incolor (dia 02); Pastoral doEnsino Superior - Braga e Aveiro (dias 03 e 04)

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Ano C – 31.º Domingo do TempoComum Como andamos nossosolhares?

O Evangelho deste trigésimo primeiro domingo dotempo comum apresenta-nos o encontro de Jesus comZaqueu. A história de Zaqueu é uma história deolhares… Há o olhar de Zaqueu, que procurava verquem era Jesus; correu e subiu a um sicómoro paraver Jesus que devia passar por aí. Há o olhar de Jesusque, ao chegar a esse lugar, ergueu os olhos… Há,enfim, o olhar da multidão, que, ao ver tudo isso,recrimina Jesus por ir a casa de um pecador.Três olhares, tão diferentes uns dos outros! Todossabemos muito bem que o olhar é uma linguagem queestá para além das palavras. Os nossos olhares falammuito mais do que tantos discursos. As palavraspodem mentir, os olhares não.Em primeiro lugar, reparemos no olhar da multidão.Jesus tinha curado um mendigo cego; ao ver isso, amultidão celebrou os louvores de Deus. Ao ver omaravilhoso, a multidão maravilhou-se. Mas após aatitude de Jesus para com Zaqueu, a multidão mudade repente, olha Jesus com hostilidade. Inconstânciadas multidões, sem dúvida. Mas também dos nossospróprios olhares, tantas vezes inconstantes. Bastauma coisita de nada para que o meu olhar sobreaquele que estimava mude, quando percebo que elenão era «bem aquilo que eu pensava»!Em segundo lugar, reparemos no olhar de Zaqueu.Mais do que um olhar de simples curiosidade, é umolhar de desejo. Ele tinha ouvido dizer que este Jesusnão falava como os escribas e os fariseus. Além disso,Ele fazia milagres. Não viria Ele da parte de Deus?Zaqueu quer ver este rabino que não é como osoutros. Mas a sua procura continua tímida. Não ousaavançar demasiado. E eu? Qual é o meu desejo dever Jesus, de O conhecer? Não sou

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demasiado tímido quando se tratada minha ligação com Jesus e daminha fé?Finalmente, há o olhar de Jesus,que ergueu os olhos para Zaqueu.Que viu Ele? Um pecador à margemda Lei, banido por todos? Não,Jesus viu um homem rejeitado portodos, um homem habitado por umdesejo, talvez não muito explícito, deser acolhido pelo próprio Jesus. Viuum homem que não tinha aindacompreendido que Deus o amava,apesar dos seus pecados, queDeus o olhava unicamente à luz doseu

amor primeiro e gratuito. Jesuscolocou no seu olhar sobre Zaqueutodo este amor que transformou opublicano e o salvou.A nossa conversão só pode beberdo exemplo de Zaqueu. Que osnossos olhares, às vezes tãodíspares e desfocados, sejamfocados no mesmo olhar de Jesus,um olhar de amor e ternura, deperdão e compaixão, de bondade emisericórdia, um olhar que atinge onosso coração.

Manuel Barbosa, scjwww.dehonianos.org

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Diálogo para humanizar as relações

Francisco realizou este sábado apenúltima audiência jubilar, nocontexto do Ano da Misericórdia, edestacou o diálogo como caminhopara humanizar as relações.Citando a passagem bíblica deJesus com a Samaritana, o Papadestacou um "aspeto muitoimportante da misericórdia, que é odiálogo" e centrou a sua mensagementre a misericórdia e o diálogo.“O diálogo é uma expressão decaridade, porque, embora semignorar as diferenças, pode ajudar aencontrar e partilhar o bem comume, além

disso, o diálogo convida-nos acolocar-nos perante o outro vendo-ocomo um dom de Deus, que nosinterpela e nos pede para serreconhecido”, disse Franciscoperante mais de 100 mil pessoas naPraça de São Pedro.O Papa salientou ainda aimportância do diálogo parahumanizar as relações entre aspessoas e ajudá-las a superarincompreensões. “Nas famílias entremarido e mulher e entre pais efilhos, mas também entreprofessores e alunos ou entregestores e os trabalhadores, paradescobrir as melhores exigências dotrabalho”.

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Também do diálogo na IgrejaFrancisco apontou que o "diálogopode abater os muros das divisõese incompreensões". “De diálogotambém vive a Igreja com oshomens e mulheres de todos ostempos, para compreender asnecessidades que estão no coraçãode cada pessoa e

para contribuir na realização do bemcomum.Pensemos no diálogo entre asreligiões, para descobrir a verdadeprofunda da sua missão entre oshomens, e para contribuir naconstrução da paz e de uma rede derespeito e fraternidade”.

O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária disse que vão levarum recluso e quatro ex-reclusos ao encontro do Papa Francisco peloJubileu da Misericórdia deste setor, a celebrar nos dias 5 e 6 denovembro, no Vaticano. O padre João Gonçalves explicou à AgênciaECCLESIA que o recluso da Diocese do Porto, que vai participar naPeregrinação Nacional da Pastoral Penitenciária ao Vaticano,manifesta “a alegria de ir, de encontrar-se com o Papa” porqueFrancisco “é uma personalidade muito admirada, especialmente, pelosreclusos”.

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Alepo. Gritos de desespero numa cidade cercada pelaguerra

“Não aguentamos mais”A guerra na Síria parece não terfim. Da cidade de Alepo, outroraa segunda mais importantemetrópole do país, continuam achegar-nos alarmantes pedidosde ajuda. Perante a violência doconflito, resta apenas a força dafé que se traduz em orações. Há cerca de 15 dias, milhares decrianças em todo o mundo – entreas quais mais de 16 mil em Portugal– estiveram juntas numa grandejornada de oração pela paz. Nopensamento de todos esteve asituação trágica que se vive naSíria. Mas as bombas continuam acair. De Alepo chegam-nosconstantes mensagens que sãoapelos de quem se sente incapazperante a força dosbombardeamentos, o grito sufocadode dor de quem tomba, de quemfica ferido, de quem olha à volta evê apenas destruição. As monjascarmelitas de Alepo – em cujomosteiro caiu um “rocket” nasemana passada – afirmam tambémque esta batalha está para lá doque é aceitável. “Não aguentamosmais.” A cidade, completamentecercada pelos bombardeamentos,está arruinada

tanto na zona controlada peloexército sírio, como nos bairros dosrebeldes. “Os bombardeamentos naparte oriental de Alepo sãonumerosos, mas a situação na parteocidental da cidade não é melhor,apesar de a imprensa não onoticiar.” Todos os dias, estas irmãssão testemunhas impotentes dosofrimento de centenas de pessoas.Elas estão lá, não espreitam aguerra através da televisão. Não. Aguerra em Alepo está ali, à porta, àfrente dos seus olhos. Os gritos queescutam são de pessoasensanguentadas, de crianças emlágrimas. O que elas vêem sãoprédios em ruína que já sepultarammilhares de vidas. Situação insustentávelAté onde pode ir a demênciahumana? Na Síria, em Alepo, já nãohá palavras para descrever todo ohorror. “Um sacerdote chegou aténós em lágrimas: vive em Midan, umbairro popular que desde há trêsanos tem estado continuamente aser alvo de atentados. Há umasemana que não faz outra coisa quenão seja sepultar vítimas civis”,afirmam as irmãs

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carmelitas. A situação é cada vezmais insustentável. Desde há cincoanos, o número de cristãos de Alepopassou dos 160 mil para cerca deapenas 35 mil pessoas. As irmãsafirmam que a situação atingiu olimite do que é humanamentesuportável. Contra a demência dasarmas, sobra apenas a força dasorações. Há cerca de 15 dias, ascrianças em todo o mundoestiveram unidas em oração pelapaz. De Alepo, através de outrareligiosa, a irmã Annie Demerjian,chega-nos um longo agradecimentopor tudo o que os portugueses têmfeito pelo sofrido povo sírio. É um“obrigado” embrulhado em lágrimasmas cheio de esperança. “Havendopaz – diz a irmã Annie -, as nossascrianças vão voltar à escola e vãopoder brincar outra vez, sem medoe sem sofrimento. Por favor, peço-vos isto e agradeço-vos pelo apoioque têm dado, de diversas formasàs nossas crianças. Que Deus vosabençoe a todos.” Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt

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Vidas com sentido

Tony Neves Espiritano

Não sei porquê (ou até sei!), mas esta época dosSantos (e dos fiéis defuntos) faz-me lembrarsempre o meu pai. E agora, a minha mãe. O meupai, agricultor simples do norte, era um homemde uma fé à prova de tudo. Trabalhou muito,garantiu educação superior aos quatro filhos e,sobretudo, nunca deixou de pôr a sua Fé emCristo antes e acima de tudo. Quando a morte seaproximava, sempre muito lúcido, repetia umafrase que guardarei para sempre: ‘de morrer,nem tenho medo nem tenho pressa!’. Quesabedoria! De facto, ele não tinha medo damorte porque a sua fé era mais forte que ela!Não tinha pressa de morrer porque se sentia felize bem entre os seus! A mãe, falecida no anopassado, viveu à sombra dos mesmos princípiose valores e também não entrava em pânico comaproximação da hora da chamada de Deus. Tudomuito sereno…A morte para os cristãos é passo de vida. Dói apartida dos queridos, questionam-nos osacontecimentos de injustiça que matam. Sim,fomos criados para a vida e a morte não temquadro de explicação humana. Mas faz sentidonuma caminhada da eternidade, esse ‘mundo’em que entramos no dia em que somos geradospara a vida.Costumo brincar acerca do meu aniversáriodizendo que é no cemitério que recebo a maiordose de parabéns! Isto é tanto mais verdadequando passo o 2 de Novembro na minha aldeianatal. Todos me conhecem, todos (ou quase) vãoao cemitério neste dia e é lá que as pessoas me

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encontram e me saúdam. Nãoestranho nada tal saudação em talespaço. A vida faz-nos passar pormuitos espaços e este (o cemitério)é apenas mais um. Ali estãosepultadas as pessoas que partiramantes de nós e que merecem serrecordadas e sufragadas (como dizo nosso povo).O problema que mais nos dói,enquanto humanos, é o do sentido.O que é que andamos a fazer poraqui, nesta terra, enquantovivemos? Diz a teologia maissimples que é urgente saber darrespostas sérias ás grandesperguntas que se colocam áspessoas: ‘donde vim? Para ondevou? O que ando aqui a fazer?’.Como cristãos, as respostas nãosão difíceis de dar. Difícil e duro éser coerente com o teor de taisrespostas. Assim, acreditamos quevimos de Deus, do seu coração,amados por Ele.

Somos frutos do Amor de Deus,uma ternura sem limites nemfronteiras. Depois, tambémacreditamos que caminhamos emdirecção a Ele. Um dia (esse dia aque chamamos ‘morte’) vamos vê-Loface a face, abraça-lo, confiar naSua imensa Misericórdia. Tãosimples, afinal… Finalmente ( e é omais difícil),há que responder ápergunta sobre a nossa Missão aquina terra, neste espaço deperegrinação. Sim, a nossa Missãoé a de construir o Reino de Deusque Cristo explica através devalores: justiça, paz, amor e alegria!É difícil construir este projecto defelicidade, mas é tão bem viver comestas características!Assim, cruzar o dia 1 com o dia 2 deNovembro, ajuda-nos a focar nasantidade como razão e expressãoda felicidade, da bem-aventurança.

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