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O trabalho na agricultura é fonte de muitas possibilidades: culturas diversas, agronegócios, agroindústrias, investimentos em longo prazo e trabalho com mais autonomia. Em um cenário há não muitos anos, o agricultor já foi visto como quem não teve opor-tunidades de estudar ou trabalhar em grandes centros, mas hoje, essa perspectiva se inverteu, e o agricultor é respeitado pelo seu trabalho e também por ser dono de um negócio promissor. Neste mês em que o colono e o motorista são homenageados, o Jornal O Florense mostra neste Caderno Especial Colono & Motorista a geração jovem atual que já per-cebe essa transformação e, com incentivos, formação e informa-ção, enxerga na propriedade uma carreira reconhecida.

A permanência do jovem no interior e a sucessão rural é um assunto bastante discutido entre

as entidades do setor, e há al-guns anos as escolas passaram a abordar a questão por meio de projetos curriculares. É o caso do projeto Jovem na Zona Rural, que desde 2013, é realizado nas escolas do interior de Flores da Cunha, disseminando a ideia de projetar a carreira profissional na agricultura. O projeto é uma par-ceria das secretarias de Agricultura e Educação, e envolve os alunos do 9º ano das escolas Benjamin Constant, Rio Branco, São João, Tiradentes, Francisco Zilli e An-tônio de Souza Neto.

Durante o ano, são realizadas vistas técnicas, palestras e traba-lhos práticos, a fim de estimular os jovens para que conheçam o seu perfil profissional e como se enquadram na área agrícola. “Nestes anos de projeto, já vimos resultados muito positivos de jovens agricultores que hoje assu-mem os negócios da família. Tem

sido bastante gratificante”, destaca a secretária da Agricultura, Stella Pradella.

Neste ano, o projeto é referen-te ao tema Agroindústria, e são abordados aspectos da agricultura em geral, as profissões ligadas ao ramo, os problemas encontrados no setor e as vantagens de perma-necer no interior. “É um projeto que enriquece o currículo e mostra as oportunidades que se pode ter na zona rural. Outro fator impor-tante é a participação da família, que acompanha de perto as ideias propostas”, enfatiza a secretária de Educação, Ana Paula Zamboni Webber.

Durante o processo, os alunos também são apresentados para escolas técnicas, como é o caso da escola Família Agrícola, de Caxias do Sul, a fim de ampliar os conhe-cimentos e desafiar os estudantes a aprofundar seus conhecimentos na agricultura como um todo.

Jovens no meio rural e nas estradas

LARISSA VERDI

Veja como a sucessão familiar vem ocorrendo nessas duas profissões tão importantes e que, um dia, já foram ignoradas,

mas hoje mostram possibilidades satisfatórias e rentáveis

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A família Bordin é uma daquelas famílias que se tem vontade de ficar mais tempo conversando. Eles sentaram em volta da mesa para apoiar as ideias que um dos filhos, Cleomir, falaria nesta entrevista. A tarde chuvosa facilitou que todos estivessem em casa, caso contrário o cenário seria sob os parreirais. Claudionir e Marinês têm três filhos: Marcele, Cleomir e Mariele. É o filho do meio, que já é braço direito nas decisões da propriedade, que fala, cheio de orgulho, que ama o que escolheu como profissão. “Eu cresci sempre envolvido no trabalho da colônia, mas meus pais me deixaram livre pra fazer as minhas escolhas profissionais, porém eu nunca tive dúvidas que aqui era meu lugar”, define o jovem de 19 anos.

Ainda quando concluía o ensino fundamental, na Escola Benjamin Constant, Cleomir se envolveu no projeto Jovem na Zona Rural, e só teve mais certeza de que este era o caminho a seguir. Hoje, alguns anos depois, ele já consegue aplicar em casa aprendizados e ideias vistas em sala de aula e todos os seus planos estão voltados para a propriedade. Atualmente, eles trabalham com seis hectares de parreirais, além de outras áreas arrendadas. “O Cleomir sempre gostou de estar na terra, de trabalhar em qualquer atividade aqui, e ficamos muito felizes que ele continue nosso trabalho, mas com amor ao que faz”, destaca a mãe Marinês.

O apoio dos pais foi determinante para o jovem, pois o trabalho em família é sinônimo de autonomia e tam-

bém de poder sugerir novas formas de desenvolver as atividades. “Temos muitas responsabilidades e o nosso desafio é sempre ter um produto melhor, para atingir os resultados que queremos”, conta Cleomir, que hoje, ao lado dos pais, conduz os vinhedos que foram plan-tados pelo pai, avô e até o bisavô, que também viveu nessas terras. O pai Claudionir, muito orgulhoso do filho, é de uma geração que teve que sofrer muito mais para conseguir liberdade e lucros na propriedade, mas aposta nos jovens para o futuro do setor como um todo, começando pelo próprio filho. “Se não trabalharmos ensinando e dando condições, eles vão trabalhar fora e a nossa cultura vai acabar”, acredita o produtor.

Cleomir já fez alguns cursos da área e pretende par-ticipar sempre que possível de formações coletivas. “Assim como qualquer outra área, é preciso se atualizar, acompanhar as novidades em maquinários e transformar o nosso jeito de trabalhar”, acredita. O jovem agricultor carrega os mesmos desafios das gerações que o sucede-ram: o clima, que interfere diretamente na produção; as preocupações com a safra; o trabalho diário; e os planos futuros. Mas entre a sequência de fatos que acontecem na vida, os mais marcantes para Cleomir são os vividos em família, e debaixo dos parreirais. “Se o jovem não gosta de lidar com a terra, não adianta, ele não vai ficar na propriedade. Assim como qualquer outra profissão, não tenho dúvida que já se nasce com o dom de trabalhar com isso”, finaliza.

O 'dom' de ser agricultor Aos 19 anos, Cleomir Bordin acredita que fez a escolha certa em permanecer na propriedade rural

Cleomir não se imagina em outra profissão, é agricultor e segue os passos das gerações que o sucederam.

LARISSA VERDI

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Aos 15 anos, Maísa Molon já se prepara para um futuro promissor na área agrícola. Ela é uma entre os estudantes florenses que estão cursando o ensino médio na Escola Fa-mília Agrícola (EFA) da Serra Gaúcha, e sairá com diploma de técnica em Agropecuária. A proposta é de um ensino integral, com aulas nos três turnos, e além das matérias tradicionais, os estudos tam-bém são direcionados às áreas da zootecnia, agroecologia e ecossistemas e produção vegetal.

A escola fica em Caxias do Sul, e atende sob a pedagogia da alternância, ou seja, a jovem fica a semana toda na escola, e alguns dias na casa da família para aplicar os conhecimentos e fazer trabalhos práticos. “Eu sempre ajudei em casa, mas

talvez não percebia o potencial que temos na propriedade”, conta Maísa, que está aprovan-do a experiência. Ela é uma das filhas de André e Maria de Fá-tima Molon, e compartilha as ideias com as irmãs Andriele, 18 anos, e Roberta, 10 anos. A família reside em Otávio Ro-cha, e há alguns anos trabalha com produção de uva orgânica.

Para a jovem, a mudança de rotina também resultou em mudanças internas, pois o aprendizado integral tem efeito na disciplina e na responsabi-lidade. “No começo eu fiquei com dúvidas e medo, por que não conheceria os colegas nem os professores, além de morar fora de casa. Mas é uma transformação intensa e estou adorando o método e os apren-dizados”, destaca a estudante.

O apoio da família foi fun-

Ao futuro, com muita dedicaçãoEstudante florense Maísa Molon integra uma das turmas da Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha

Maísa alterna os estudos da escola com a prática em casa. Os trabalhos envolvem muita pesquisa e experimentação.

LARISSA VERDI

damental para Maísa, que volta para casa sempre com muitas novidades para contar e aplicar na propriedade. Ela já desenvolveu uma composteira para fazer adubo orgânico e também um relógio do corpo humano, com mudas de plan-tas com fins medicinais. “Eu adoro a parte dos trabalhos práticos, um método diferente das aulas tradicionais e onde a gente aprende muito mais”, conta.

O objetivo da escola é des-pertar nos jovens a vontade de permanecer no meio rural, como forma de resolver a falta de sucessão no campo. A troca de experiências entre os estudantes é outro pon-to forte da instituição, que cria uma rotina de integração para conhecer mais sobre as diversas culturas dos alunos que chegam de 18 municípios região. “Os resultados também são positivos para as famílias,

que se mantém motivadas com aplicação de técnicas novas e mais informações sobre a agri-cultura”, enfatiza a estudante.

A profissionalização dura três anos – mesmo período do ensino médio, além de seis meses de estágio em uma cultura diferente das que os alunos cultivam em casa. Os estudantes também saem aptos para dar consultoria agrícola e são incentivados a serem empreendedores.

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Os desafios e as delícias que seguem qual-quer profissão são evidenciadas na função do caminhoneiro: uma vida na estrada, conhecendo novos lugares, mas também longe de casa e da família. A rotina talvez não assuste tanto quem sempre conviveu com a lida de viagens, como é o caso de Éverton Panizzon, 26 anos, que desde criança soube que queria seguir a carreira do pai, Moacir, de ser caminhoneiro.

Hoje, pai e filho viajam juntos, cada um em seu caminhão, transportando carros para uma li-nha internacional de Gravataí para a Argentina. “Já estamos acostumados a largar o conforto de casa e passar semanas viajando, mas não tenho dúvidas que quero fazer isso da minha vida até que eu tiver saúde”, projeta o jovem. Ele trabalhou alguns anos em outras funções, mas desde os 19 anos, quando tirou a habilitação para dirigir caminhões de grande porte, Éverton descobriu que, muito mais do que admirar o trabalho do pai, ele era apaixonado pela estrada.

Ao longo dos anos, o máximo de tempo que já ficou longe de casa foi o período de dois meses, e também já aconteceu de estar viajan-do no Natal e no Ano Novo. “São coisas que

fazem parte da nossa profissão. Seguimos uma fila de cargas e nos programamos para cumprir os prazos, nem sempre tudo acontece como o previsto”, lembra. As orações da mãe Rosane a cada viagem são fundamentais, assim como o apoio da namorada Érica, que é uma grande incentivadora de Éverton nas suas escolhas. “Eu amo a lida da estrada e dos caminhões, não tenho dúvidas disso, nosso único medo são os perigos, como acidentes e assaltos”, comple-menta. Ele conta que já passou por algumas situações complicadas, mas com fé e prudência, o trabalho se torna mais seguro. O caminhão é como se fosse uma casa para Éverton, e é visí-vel o orgulho e brilho no olhar ao falar sobre a sua profissão. Ele ainda conta que a família terá mais um ‘seguidor’ das estradas. O irmão Rafael está contando os dias para finalizar os processos da habilitação para seguir o rumo do pai e do irmão. “Acredito que está no sangue, e é aquela história de fazer o que se ama”, frisa.

A saudade da convivência com a família e amigos florenses é suprida pelos companheiros de estrada e pelos lugares novos que conhecem a cada trecho percorrido.

A paixão pelas estradasCriado acompanhando o trabalho do pai, o jovem

Éverton Panizzon é motorista profissional há seis anos

Éverton Panizzon na oficina, junto ao caminhão que já considera como se fosse sua casa.

LARISSA VERDI

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Incentivar o jovem a permanecer no interior por meio de atividades para discutir as demandas rurais e criar uma reflexão sobre o futuro da agricultura. Este foi o objetivo do 1º Fórum Municipal da Agri-cultura, realizado pela Prefeitura de Nova Pádua neste mês especial do Colono. A atividade reuniu 87 agricultores, e abriu a programação da Festa do Colono e Motorista da

cidade. A atividade integra o Pro-grama de Incentivo ao Desenvolvi-mento Econômico de Nova Pádua (Prodenp), e envolveu palestras, almoço e tarde de dinâmicas em grupo, conforme as diferentes cul-turas existentes nas propriedades paduenses. “Essa é uma primeira atividade, a fim de identificar de-mandas para resolvê-las por meio das políticas públicas. É impor-

tante essa discussão para escutar os anseios do agricultor, de quem usufrui dos incentivos agrícolas”, afirma o prefeito Ronaldo Boniatti.

A atividade teve parceria com entidades voltadas ao setor, como a Emater, o Centro Empresarial, a Câmara de Vereadores e o Sindi-cato dos Trabalhadores Rurais. O secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Samoel Smiderle, de-

fende que a área rural deve ser es-truturada e, para isso, é fundamen-tal projetar ideias de crescimento. “No mínimo a cada mandato, se faz necessário reunir os setores, discutir demandas e fazer planos para a área. É uma forma de in-formar e dar voz aos agricultores, e saber os rumos da agricultura na nossa cidade”, enfatiza.

A programação do encontro

iniciou com a palestra Tributação na zona Rural, ministrada por Silvino Huppes, seguida pelo tema Sucessão Familiar na Agricultura, trazido por Arnaldo José Basso.

Durante a tarde, os agriculto-res foram divididos em grupos, conforme suas áreas de trabalho (viticultura, leite e avicultura, fruticultura, hortaliças, cultivo protegido, alho e cebola).

Novas ideias para a agricultura de Nova PáduaPrimeira edição do Fórum Municipal da Agricultura debateu as demandas com a participação dos jovens

Outra participante do Fórum foi Giseli Boldrin, 35 anos. É agricultora, mas já trabalhou fora de casa por 10 anos. A professora de Geografia com pós-gradu-ação na área, resolveu largar a carreira e trabalhar com o marido Vanderlei nos 17 hectares de produção, por uma questão de compensação financeira. “Eu precisei optar entre investir na carreira, ou voltar a trabalhar na colônia, e fazendo uma conta simples percebi que meu trabalho renderia muito mais na propriedade”, conta. Giseli reside com a família no Travessão Mützel e trabalha com produção de uva e pêsse-

go. “Comecei a lecionar muito jovem, e parei aos 24 anos, ainda jovem para poder escolher o que seguir. Eu amo trabalhar na agricultura, e vejo o futuro da minha família ali”, destaca Giseli.

A participação dos jovens em eventos como o Fórum da Agricultura, para ela, significa que existe esperança no futuro dos agricultores. “Vejo que é importante os mais velhos darem condições aos jovens para continuarem, de uma forma que eles tenham sua independência financeira e possam fazer planos e mudanças para prosperar”, enfatiza.

A escolha por ficarDiana Rossi tem hoje 26 anos, mas há

mais de 10 precisou assumir a frente da propriedade rural no Travessão Mützel, em Nova Pádua. Com os problemas de saúde do pai Oldacir, ela e a mãe Clarice tomaram frente aos trabalhos, com muita garra e determinação. “Eu nunca tive medo do trabalho, por que desde criança ajudava e gosto de lidar com a terra. Comecei cedo, mas também já vejo bons resultados”, conta a jovem. Ao mesmo tempo que cultiva uva, pêssego e cebola, Diana estuda Agronomia para melhor poder trabalhar e entender o seu negócio. “A propriedade rural é como uma empresa, é preciso pensar nos custos e também nos investimentos para poder crescer”, enfatiza.

A responsabilidade que veio de forma

prematura também fez amadurecer a menina que gostava de dirigir trator e estar ao ar livre. Hoje, junto com os pais, ela toma de-cisões importantes e gerencia a propriedade sempre com muito amor. “Os pais precisam dar oportunidade aos filhos também, se não o jovem acaba saindo da colônia e não continua o trabalho já iniciado”, pensa a jovem. Quanto ao Fórum, ela acredita que são iniciativas como esta que farão os jovens enxergarem além e apostarem na agricultura como futuro. “Poder contar com incentivos públicos facilita ainda mais os projetos de crescimento das propriedades”, adianta. Os planos dela são voltados ao negócio que é da família, vislumbrando um futuro trabalhan-do no que se ama e acreditando na geração que também a sucederá.

Diana Rossi é agricultora e desde os 15 anos assumiu a propriedade familiar.

Retorno ao campo

A ex-profes-sora Giseli Boldrin optou por voltar para a agri-cultura pelas oportunidades de crescimen-to que a área proporciona.

FOTOS LARISSA VERDI

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Na próxima quinta-feira, dia 26, a Câmara de Vereadores de Flores da Cunha prestará homenagens aos Agricultores Destaque

2018, com solenidade e entrega de certifica-dos às 19h. Nesta 11ª edição do projeto, três trabalhadores serão homenageados: Ermes

Gasparetto, José Schiavenin e Gustavo Scremin. A escolha é feita por uma comis-são, que avalia os nomes indicados pelas

comunidades. Podem ser eleitos até três homenageados ao ano. Conheça um pouco mais dos agricultores destaques de 2018.

Eles são agricultores destaqueProjeto da Câmara de Vereadores de Flores homenageia produtores com trabalhos reconhecidos

Agricultor destaque indicado pela comunidade de São Vitor, José Schiavenin nasceu na comunidade e ali cons-truiu sua família. Aos 58 anos, ele e a esposa Rita Moré Schiavenin administram a propriedade com a ajuda dos filhos Lucas, 30 anos, e Leandro, 24 anos. Por ser o filho mais novo, José assumiu a propriedade muito jovem e foi adquirindo terras ao longo dos anos e, com visão de futuro, hoje trabalha com cerca de 38 hectares de área. A viticultura é a principal atividade da propriedade. A família produz as variedades Bordô, Niágara e Isabel e uma nova área de vinhedos está sendo construída. A produção de uvas é vendida para vinícolas de São Marcos, Antônio Prado e Flores da Cunha.

Nascido na comunidade de São Vitor e Corona, distrito de Mato Perso, Ermes Gasparetto, 51 anos, sempre viveu na localidade. Atualmente administra a propriedade de pouco mais de 14 hectares herdada de seu bisavô. A agri-cultura sempre foi um trabalho realizado com paixão, mas também fonte de sobrevivência. Todas as dificuldades e conquistas foram divididas com a esposa, Maria Izabel Gaio Gasparetto, conhecida por Márcia, e posteriormente com as filhas, Carla, de 16 anos, e Renata, de 13 anos. A produção das uvas nas variedades Bordô, Isabel e Niága-ra são as principais frutas produzidas pela família, e são destinadas a vinícolas para produção de vinhos e sucos.

O jovem agricul-tor Gustavo Leon-cio Scarmin também será homenageado. F i l h o d e A c é l i o Scarmin e Sônia Leoncio Scarmin, ele reside na pro-priedade junto aos pais, a irmã Morga-na, e a esposa Dé-bora Lazzarotto, no Travessão Alfredo Chaves. A viticultu-ra também é a prin-cipal atividade da família, que produz uvas Bordô, Isabel e Lorena. Gustavo fez curso de Gestão Rural, o que ajuda na administração da

José schiavenin Gustavo leoncio scarmin

propriedade. Para consumo consciente, a família inves-te na construção de açudes para irrigação e também na adubação verde.

ermes GasparettoFOTOS JAQUELINE GAMBIN/CÂMARA DE

VEREADORES DE FC/DIVULGAÇÃO

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Flores da Cunha e Nova Pádua realizam neste e no próximo final de semana suas festas em homena-gem ao colono e o motorista. No distrito de Otávio Rocha, ocorre a 45ª edição da Festa da Colônia e no município de Nova Pádua

é realizada a Festa do Colono e Motorista. A Festa da Colônia inicia sábado, dia 21, e se estende até dia 25, data comemorativa ao colono e motorista. Durante esses dias, haverá torneio de quatrilho, missa celebrada em talian, desfile

e bênção dos tratores, além de gastronomia típica e distribuição graciosa de vinho no largo da Matriz. Os ingressos para os al-moços podem ser realizados pelos telefones 3279.1298 ou 3279.1138 (salão comunitário). O evento é

uma realização da Associação de Amigos de Otávio Rocha e da Prefeitura de Flores da Cunha.

Já a Festa do Colono e Motorista de Nova Pádua, que teve início na semana passada com a realização do Fórum Municipal da Agricul-

tura, segue até o dia 29, quando ocorre o ponto alto dos festejos com missa de ação de graças pelos colonos e motoristas e bênção de tratores e caminhões. A Festa do Colono e Motorista é uma realiza-ção da Prefeitura de Nova Pádua.

Festejos para colonos e motoristasAcompanhe a programação da Festa da Colônia de Otávio Rocha e da Festa do Colono e Motorista de Nova Pádua

Festa da Colônia de Otávio RochaSábado, dia 2114h – Torneio de Quatrilho em

homenagem a Achiles Molon.18h – Missa com a participação

do Coro Municipal da Melhor Idade.19h – Janta com bucho e bife na

chapa, no salão comunitário.

Domingo, dia 229h – Concentração de tratores no

largo da Matriz.10h30min – Missa em Ação de

Graças cantada em talian pelo Grupo Ricordi

– Bênção dos tratores.– Abertura festiva da safra 2018

com distribuição graciosa de vinho.

12h – Almoço típico (sopa de ag-noline, macarrão, menarosto, polenta frita, saladas, pão colonial, vinho e café com grostoli – Ingressos: R$ 50).

– Animação com Grupo Partegiani, mesa de doces, venda de produtos colônias e jogos de colônia.

Terça-feira, dia 2419h – Palestra com o professor

Arnaldo Poletto sobre Sucessão Familiar – Motivação e Situação Econômica, promovida em parceria com o Sicredi. Após, coquetel de confraternização.

Quarta-feira, dia 258h – Torneio de Bochas.10h – Missa em homenagem a

Santo Isidoro e São Cristóvão com a participação do Coral La Marcolina.

11h – Hasteamento das bandeiras e início símbolo dos trabalhos da poda das parreiras que representam os mu-nicípios maiores produtores.

11h30min – Inauguração do Posto de Saúde Antônio Tassis Gonzales.

12h30min – Almoço de integração (sopa de macarrão, churrasco, galeto, ovelha, saladas, pão colonial, vinho, suco de uva e café com biscoito – Ingressos: R$ 40).

– Sorteio de brindes.

Festa do Colono e Motorista de Nova PáduaSábado, dia 2113h30min – Final do 26º Campeo-

nato Municipal de Bochas Cancha de Arreia – Taça Elói Alessi.

19h30min – 22º Show de Calouros com apresentações musicais e show de intervalo com Guri de Uruguaiana, no salão paroquial. Entrada gratuita.

Quarta-feira, dia 2514h – Palestra Saúde do Intestino

com o médico Ivo Class, no salão paroquial. Entrada gratuita.

Sexta-feira, dia 27Encontro da Bela Idade, no salão

paroquial13h30min – Encontro com o padre

Delvino Marin.15h – Palestra sobre Farmácia So-

lidária com Francis Somensi.

16h – Café da tarde

Domingo, dia 298h30min – Missa na Igreja Matriz

em homenagem ao Colono e Moto-rista animada pelo Coral Santa Cecília

10h – Desfile e bênção de tratores e caminhões, na Avenida dos Imi-grantes.

12h – Almoço tradicional, no salão paroquial.

13h30min – Tarde de recreação com brinquedos infláveis e Show da Rádio Amizade, com as bandas Alegria e Corpo e Alma. Haverá ma-teada, presença dos comunicadores e distribuição de brindes.

– Dia de negócios com as empre-sas parceiras do evento.

Programação