vantagens e desvantagens do investimento em … · riscos e colhem as recompensas da empresa. eles...

13
VIII Convibra Administração Congresso Virtual Brasileiro de Administração www.convibra.com.br VANTAGENS E DESVANTAGENS DO INVESTIMENTO EM FRANQUIAS EM SANTA MARIA/RS Tarcizo Augusto Kuhn Minuzzi Centro Universitário Franciscano Greice de Bem Noro Centro Universitário Franciscano David Lopes Gonçalves Júnior Centro Universitário Franciscano Verônica Dalmolin Cattelan Centro Universitário Franciscano Resumo: Este trabalho tem por objetivo entender melhor o sistema de franquias no Brasil e mais precisamente na cidade de Santa Maria, no setor alimentício, e as vantagens e desvantagens de se aderir esse sistema que vem crescendo em investimentos no país. Foi feita uma pesquisa teórica e após a aplicação de um formulário aos franqueados de uma amostra pré estabelecida e levantado os motivos e identificadas algumas vantagens e desvantagens que tangem esse sistema. Percebe-se que o sistema de franchising é um negócio como qualquer outro, tem seus pontos fortes e seus problemas. Na maior parte das vezes o franqueador não proporciona o suporte necessário ao seu franqueado ou ele não dá a liberdade para o franqueado que atua em outra cidade com suas características sazonais. Mas o que se torna um problema para alguns é justamente o que mais atrai a idéia de se ter uma franquia: o investimento previsto, suporte adminitrativo e retorno a curto prazo. Palavras-chave: Franquia; Sistema; Empreendedorismo; Know-how. ADVANTAGES AND DISADVANTAGES OF FRANCHISES INVESTMENT IN SANTA MARIA/RS Abstract: Much is said these days about globalization, investment and unemployment, and the franchise is tied to these pillars to be the result of globalization and by being a profitable investment for certain security provided and know-how provided by the franchisor. This work aims to better understand the franchise system in Brazil and specifically in the city of Santa Maria in the food sector, and the advantages and disadvantages of joining this system with a growing investment in the country. Theoretical research has been done and after application of a form to franchisees of a sample pre-established and raised the motives and identified some advantages and disadvantages that concern this system. It is noticed that the franchising system is a business like any other, has its strengths and its problems. In most cases the franchisor does not provide the necessary support to its franchisee or it does not give freedom to the franchisee who works in another city with their seasonal characteristics. But what becomes a problem for some is precisely what attracts the idea of having a franchise, the planned investment, administrative support and short-term return. Keywords: Franchise; System; Entrepreneurship; know-how.

Upload: dangduong

Post on 09-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO INVESTIMENTO EM FRANQUIAS EM

SANTA MARIA/RS

Tarcizo Augusto Kuhn Minuzzi

Centro Universitário Franciscano

Greice de Bem Noro

Centro Universitário Franciscano

David Lopes Gonçalves Júnior

Centro Universitário Franciscano

Verônica Dalmolin Cattelan

Centro Universitário Franciscano

Resumo:

Este trabalho tem por objetivo entender melhor o sistema de franquias no Brasil e mais

precisamente na cidade de Santa Maria, no setor alimentício, e as vantagens e desvantagens

de se aderir esse sistema que vem crescendo em investimentos no país. Foi feita uma pesquisa

teórica e após a aplicação de um formulário aos franqueados de uma amostra pré estabelecida

e levantado os motivos e identificadas algumas vantagens e desvantagens que tangem esse

sistema. Percebe-se que o sistema de franchising é um negócio como qualquer outro, tem seus

pontos fortes e seus problemas. Na maior parte das vezes o franqueador não proporciona o

suporte necessário ao seu franqueado ou ele não dá a liberdade para o franqueado que atua em

outra cidade com suas características sazonais. Mas o que se torna um problema para alguns é

justamente o que mais atrai a idéia de se ter uma franquia: o investimento previsto, suporte

adminitrativo e retorno a curto prazo.

Palavras-chave: Franquia; Sistema; Empreendedorismo; Know-how.

ADVANTAGES AND DISADVANTAGES OF FRANCHISES INVESTMENT IN

SANTA MARIA/RS

Abstract:

Much is said these days about globalization, investment and unemployment, and the franchise

is tied to these pillars to be the result of globalization and by being a profitable investment for

certain security provided and know-how provided by the franchisor. This work aims to better

understand the franchise system in Brazil and specifically in the city of Santa Maria in the

food sector, and the advantages and disadvantages of joining this system with a growing

investment in the country. Theoretical research has been done and after application of a form

to franchisees of a sample pre-established and raised the motives and identified some

advantages and disadvantages that concern this system. It is noticed that the franchising

system is a business like any other, has its strengths and its problems. In most cases the

franchisor does not provide the necessary support to its franchisee or it does not give freedom

to the franchisee who works in another city with their seasonal characteristics. But what

becomes a problem for some is precisely what attracts the idea of having a franchise, the

planned investment, administrative support and short-term return.

Keywords: Franchise; System; Entrepreneurship; know-how.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

1. INTRODUÇÃO

Na atual situação mercadológica observa-se que os novos empreendedores possuem

uma gama de oportunidades para investir seu dinheiro. O empreendedorismo é um dos temas

que mais chamam a atenção do sistema financeiro brasileiro, por causa da geração de

empregos e giro de capital existente com a criação de novas empresas de diversas atividades.

Pesquisas de marketing e mercado confirmam que os novos empreendedores buscam

investimentos de pequenos riscos e retorno em longo prazo. Com isso é inevitável repensar as

estratégias de investimento e pesquisas antes de investir na criação de um empreendimento.

Nestas pesquisas e estudos sobre novos empreendimentos nos deparamos com o

sistema franchising que é uma forma de distribuição possuidora de Know-how de produção,

sendo também possuidora de uma marca conceituada. Estudiosos como Longo (1996) apud

Zuben (1996) que afirmam que no século XXI, a maior parte dos trabalhadores profissionais

terá trabalho não emprego. Isso nos mostra que as pessoas buscam meios alternativos de

investimentos e conseqüentemente acham isso no sistema de franquias.

Essa expansão do sistema de franquias é explicada pelo baixo risco do negócio que se

deve principalmente ao suporte do franqueador ao franqueado, que já possui métodos e

processos testados e comprovados, aliando tudo isso a força da marca já estabelecida no

mercado.

Tendo em vista o tema relacionado à franquia, a presente pesquisa tem como

problemática responder a seguinte questão: Qual o posicionamento dos franqueados do setor

alimentício da cidade de santa Maria no que tange as vantagens e desvantagens da opção

estratégica pelo sistema de franchising?

O objetivo geral o do presente estudo trata-se de analisar o posicionamento dos

franqueados do setor alimentício da cidade de Santa Maria no que tange as vantagens e

desvantagens da opção estratégica pelo sistema de franchising. Já enquanto objetivos

específicos encontram-se: Realizar um levantamento teórico que dê subsídios a presente

pesquisa, relacionados ao tema franchising; definir as franquias que irão compor a amostra

desse estudo; levantar os motivos que levam a escolha do sistema de franquias e identificar as

vantagens e desvantagens percebidas pelo franqueado.

O presente estudo tem por objetivo aprimorar conhecimentos relacionados ao sistema de

franchising por ser uma estratégia competitiva muito debatida e em crescente expansão nos

últimos anos, além de existir pouca bibliografia acerca do tema, que se deve ao fato do tema

ser relativamente novo e assim a pesquisa contribuirá também à comunidade acadêmica e

principalmente para novos e futuros empreendedores.

Essa expansão do sistema de franquias é explicada pelo baixo risco do negócio que se

deve principalmente ao suporte do franqueador ao franqueado, que já possui métodos e

processos testados e comprovados, aliando tudo isso a força da marca já estabelecida no

mercado.

Em segundo plano contribuindo para a população santa-mariense como estudo de

referência para analises de índices através de pesquisas realizadas junto a algumas franquias

de acordo com a disponibilidade das mesmas existentes na cidade.

2. EMPREENDEDORISMO

De acordo com Dornelas (2003) o conceito de empreendedorismo no Brasil surgiu de

uma necessidade nas grandes cidades devido ao alto índice de desemprego que aflorava os

anos 90 por causa da instabilidade da economia e da imposição da globalização. A

conseqüência disso foi que muitas empresas brasileiras tiveram que buscar alternativas para

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

aumentar sua competitividade, reduzir custos e estabilizar-se no mercado, isso fez com o

desemprego nas grandes organizações fosse inevitável. As alternativas buscadas pelos ex-

funcionários dessas empresas era criar novos negócios, estes por sua vez com pouca

experiência e orçamentos apertados, utilizando-se também de economias pessoais.

Tal fato talvez explique o alto índice de mortalidade das pequenas empresas nos

primeiros anos de existência. Os empreendedores baseiam-se de forma empírica e isso pode

elevar demasiadamente os riscos do negócio. Segundo Tachizawa e Faria (2003), o índice de

mortalidade das pequenas empresas chega a até 73% no terceiro ano de existência.

Na visão de Daft (2006) o empreendedorismo é o processo de iniciar um

empreendimento, organizar os recursos necessários e assumir as recompensas e os riscos

associados. Para o mesmo autor, um empreendedor é alguém que se engaja em um

empreendimento, reconhece a viabilidade de uma idéia para um produto ou serviço e leva essa

idéia à frente. Isso significa encontrar e montar os recursos necessários - dinheiro, pessoal,

maquinaria, local - para assumir o empreendimento. Os empreendedores também assumem os

riscos e colhem as recompensas da empresa. Eles assumem os riscos financeiros e legais da

propriedade e recebem os lucros do negócio.

Para Gimenez, Junior e Sunsin (2001, p.22) o empreendedorismo, nas diversas

abordagens, é visto como a busca por “resultado tangível ou intangível de uma pessoa com

habilidades criativas, sendo uma complexa função de experiências de vida, oportunidades,

habilidades e capacidades individuais e que no seu exercício esta, inerente e variável risco,

tanto em sua vida como em sua carreira”.

Na concepção de Churchill e Muzyka (1996), há uma idéia geral de que os

empreendedores desempenham a função social de identificar oportunidades e converte-las em

valores econômicos; o empreendedorismo é concebido como processo presente a diferentes

cenários, causado mudanças nos sistemas econômicos mediante inovações trazidas pelos

indivíduos que geram ou respondem a oportunidades econômicas criadoras de valor.

Estudos sobre empreendedorismo concentram-se nas atividades iniciais e de

crescimento, reconhecendo a importância de recursos básicos como dinheiro, pessoas e

informações, que devem ser conseguidos para começar um empreendimento (SHANE E

VENKATARAMAN, 2000; BRUNO e TYEBJEE, 1982; VESPER, 1990).

Segundo Dornelas (2001, p.320), o empreendedor

[...] não arrisca apenas o seu futuro, mas também o de todos aqueles

que estão à sua volta, que trabalham para o seu sucesso e dependem se

suas atitudes e decisões. Empreendedores são responsáveis pelo

desenvolvimento de uma empresa, de uma cidade, de uma região,

enfim, pela construção de uma nação. O papel social talvez seja o

mais importante papel que o empreendedor assume em toda sua vida.

O que caracteriza o empreendedor e o diferencia dos outros atores organizacionais e

sociais? O empreendedor deve estar apto a definir os parâmetros do que pretende realizar e os

meios utilizados para alcançar o resultado desejado. Uma das grandes diferenças entre o

empreendedor e as outras pessoas que trabalham em organizações é que o empreendedor

define o objeto que vai determinar seu próprio futuro (FILION, 1999).

E é por isso que o estudo do empreendedorismo é tão estudado e abordado, pois não se

restringe apenas a ganhar dinheiro. É uma fonte de geração de empregos, de pesquisa e

desenvolvimento tanto na área econômica quanto na tecnológica, de fatores sociais e

culturais, e também uma fonte tributária importante para o governo.

Entretanto, na concepção de Daft (2006). Para algumas pessoas, a idéia para um novo

negócio é a parte mais fácil. Elas nem sequer consideram o empreendimento até que sejam

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

inspiradas por uma idéia estimulante. Outras pessoas decidem que querem administrar seu

próprio negócio e começam a procurar uma idéia ou oportunidade. A figura 01 mostra os

motivos mais importantes de as pessoas começarem um novo empreendimento e a fonte de

novas idéias de negócios. Observe que 37% dos fundadores de empresas pegaram suas idéias

de um entendimento a fundo da indústria, primariamente por causa de uma experiência de

trabalho passada. E é interessante que quase o mesmo número - 36% achou um nicho de

mercado que não estava sendo preenchido.

41%

36%

27%

25%

5%

37%

36%

7%

4%

4%

11%

Motivos para começar um negócio

Fonte de idéias de novos negócios

Entrou para um

Negócio de família

Para controlar meu futuro

Para ser meu próprio chefe

Para realizar um sonho

Downsized/demissão

Entendimento profundo da

Indústria/profissão

Encontrou um nicho

De mercadoBrainstorming

Copiando alguém

Hobby

Outros

Figura 01: Motivação empreendedora e de novas idéias de negócios

Fonte: DAFT (2006, p.133).

Na visão de Daft (2006) a franquia talvez seja o caminho com crescimento mais rápido

para o empreendedor. A Associação Internacional de Franquias relata que aproximadamente

1.500 franquias fazem negócios por meio de 320.000 lojas franqueadas nos Estados Unidos,

país onde as franquias são responsáveis em média por um terço das vendas anuais dos

varejistas. De acordo com algumas estimativas, as franquias respondem por um de cada 12

negócios nos Estados Unidos, e uma franquia é aberta a cada oito minutos de um dia útil

qualquer.

Segundo Martins (2007), o povo brasileiro é muito empreendedor, está entre os países

que mais abrem micro e pequenas empresas por ano. Muitos brasileiros têm espírito

desbravador, vontade de crescer e ter sucesso na vida. Já estão acostumados com as

dificuldades do dia-a-dia, e não se abatem por qualquer coisa.

2.1 Franchising

Segundo Plá (2001, p. 17) “franchising é um sistema de distribuição de produtos,

tecnologia e/ou serviços. Estabelece que o franqueador conceda ao franqueado o direito de

explorar o seu conceito, know-how e marca, mediante uma contraprestação financeira.”

De acordo com Rocha (2003, p.140) para entendermos o conceito de franquia

[...] basta imaginarmos a seguinte situação: de um lado, uma empresa

possuidora do know-how e de uma marca conceituada, querendo se

expandir e conquistar um maior espaço no mercado; de outro, alguém

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

(pessoa física ou jurídica) com capital disponível, interessado em

investi-lo estabelecendo um negócio, cujo retorno seja razoavelmente

garantido. Nesse sentido, a franquia pode ser vista como uma

alternativa de crescimento para o primeiro (o franqueador), uma vez

que lhe serve de canal de distribuição de seus produtos, viabilizada

pela iniciativa do segundo (o franqueado) de implantar o seu negócio.

Para Mauro (2007) o sistema de franquias tem sempre duas figuras participantes do

sistema. De um lado, está a empresa que se propõe a implantar uma rede para distribuição de

produtos ou serviços, que é denominada franqueador. De outro, está a pessoa física ou jurídica

que se propõe a implantar a unidade de distribuição, de acordo com os padrões definidos pelo

franqueador, este é o franqueado. A primeira característica do sistema é que ele tem

definições diferentes, do ponto de vista do franqueador ou do fraqueado, como pode ser

observado nas figuras 2 e3.

Figura 2 – Franchising do ponto de vista do Franqueador

Fonte: MAURO (2007, p.17).

Observa-se que, do ponto de vista do franqueador, o sistema define-se com um meio

de distribuição em que existe uma aproximação maior entre os participantes do sistema,

visando aumento de eficiência em relação à concorrência e buscando equilíbrio de resultados

entre os seus membros, numa relação de longo prazo (MAURO, 2007).

Na concepção de Cherto e Hayes (1996, p.32), um bom franqueador

[...] se preocupa com a pesquisa e desenvolvimento de novos serviços,

produtos, métodos e sistemas para sua rede de franquias. Sua equipe

está permanentemente estudando a concorrência, procurando por

novas idéias, fazendo projeções para o futuro, acompanhando as

variações demográficas do mercado e criando novos produtos e

serviços para que os franqueados possam manter suas vendas tão

elevadas quanto for possível.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Figura 3 – Franchising do ponto de visto do franqueado

Fonte: MAURO (2007, p.19).

Já do ponto de vista do franqueado, o sistema de franquias é uma maneira de

estabelecer um negócio, tendo a análise de risco e o retorno sobre o investimento como algo

extremamente importante, esse risco fica menor sendo um negócio conhecido e de sucesso,

com uma gestão menos complexa (padrões de trabalho pré-estabelecidos) e vantagens de uma

grande empresa já consolidada no mercado (MAURO, 2007).

Cruz (1993) argumenta que franqueador é a pessoa física ou jurídica que concede e

vende a franquia. Neste sentido, é o dono da marca e do Know-how de comercialização de um

bem ou serviço, cedendo através de um contrato os direitos de revenda e uso, e ao mesmo

tempo dando assistência na organização e gerenciamento do negócio para os franqueados. Em

relação ao franqueado, diz que é a pessoa física ou jurídica que adquire a franquia, cuja

finalidade está na distribuição do objeto da franquia.

Barroso (2009) argumenta que, na franquia o negócio já nasce praticamente completo,

a divulgação da marca é feita, pelo franqueador, com recursos próprios. O produto já nasce

conhecido, a aceitação do público quase sempre é imediata, ocorrendo à identificação do

consumidor com a marca, cujo direito ao uso o franqueado adquiriu. Com base nesse

contexto, o sistema de franchising é hoje em dia, um dos caminhos mais seguros para quem

quer abrir seu próprio negócio, devido à estrutura e experiência que se tem, diminuindo seus

riscos. O que não significa que o negocio independente não possa dar certo, mas o trabalho,

preocupação e riscos de não dar certo serão muito maiores.

Já em negócios independentes, o mesmo tende a nascer pequeno e requer tempo para

amadurecer, sem suporte externo, o empreendedor tem que patrocinar toda a divulgação da

marca, integralmente, da criação e produção do material a seleção da mídia para firmar seu

produto e nome. O que não significa que o negocio independente não possa dar certo, mas o

trabalho, preocupação e riscos de não dar certo serão muito maiores (BARROSO, 2009).

2.1.1 Vantagens e Desvantagem do sistema para o Franqueado

Segundo Plá (2001) o sistema de franchising se apresenta como uma grande arma para

lidar com um mercado tão competitivo como este, utilizando uma marca conhecida e

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

consolidada, com tecnologia e metodologia já testadas, o empreendedor diminui o seu riscos

na abertura do seu negocio.

De acordo com Tachizawa e Faria (2003) uma franquia consolidada tem cinco vezes

mais chances de sucesso do que um negócio independente. O franqueado não só recebe

orientação e assistência na administração do negocio, como também se beneficia com a

expansão da rede, que valoriza sua loja. Na maioria dos casos, é um empreendimento que não

necessita experiência prévia o ramo.

Para Daft (2006) a principal vantagem de uma franquia é que a ajuda administrativa é

proporcionada pelo proprietário. Por exemplo, o Burger King não quer que um franqueado

fracasse e proporcionará os estudos necessários para encontrar uma boa localização. O

franqueador também proporciona uma marca conhecida e publicidade nacional para estimular

a demanda pelo produto ou serviço. As desvantagens potenciais são a falta de controle que

ocorre quando os franqueadores querem que todo o negócio seja administrado exatamente da

mesma maneira. Em alguns casos, os franqueadores exigem que os donos de franquias usem

certos empreiteiros ou fornecedores, os quais podem custar mais do que outros custariam.

Além disso, as franquias podem ser muito caras, e os altos custos iniciais de uma

empresa nova são adicionados a pagamentos mensais para o franqueador que podem variar de

2% a 15% das vendas (DAFT, 2006).

Segundo Leite (1991), o franqueado tem maior chance de sucesso porque o

franqueador já possui uma rede própria de distribuição, cujo sucesso já está estabelecido no

mercado, diferentemente de um empreendedor começando um negocio do zero. Segundo o

mesmo autor as vantagens competitivas serão muito maiores também, ele terá maior garantia

de mercado, pois o franqueador já conhece o perfil dos clientes de seus produtos, a

lucratividade será maior, uma vez que o franqueado se beneficiara das economias de escala

com maiores créditos, prazos de pagamento mais elásticos.

No que tange as desvantagens de se escolher trabalhar com o sistema de franquias, a

mais forte das desvantagens, refere-se a pouca oportunidade de iniciativas individuais, uma

vez que o franqueado tem de seguir um padrão, o que limita suas iniciativas. Também há a

questão de o franqueado ter de pagar, pela marca e pela metodologia, custo que o

empreendedor não franqueado não tem (PLÁ, 2001).

Para tanto, de acordo com Daft (2006), os empreendedores que estiverem

considerando a compra de uma franquia devem investigar detalhadamente a empresa. O

franqueado prospectivo tem o direito legal de uma cópia das declarações divulgadas pelo

franqueador, que incluem informações sobre 20 tópicos, entre os quais os litígios e o histórico

de falência, identidades dos diretores e diretores executivos, informações financeiras,

identificação sobre quaisquer produtos que o franqueado tenha que comprar, e de quem essas

compras terão que ser feitas.

O empreendedor também deveria conversar com alguns donos de franquias, uma vez

que eles estão entre as melhores fontes de informações sobre como a empresa realmente

opera. (DAFT, 2006).

3. METODOLOGIA

O presente trabalho possui natureza quantitativa, que na concepção de Andrade

(2009), as pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes

explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos estruturados

(questionários), é apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como

comportamento.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

O estudo teve como objetivo realizar uma pesquisa exploratória e descritiva que são

estudos que descrevem completamente determinado fenômeno, dando-se procedência ao

caráter representativo sistemático e, em conseqüência, os procedimentos de amostragem são

flexíveis (LAKATOS e MARCONI, 2003).

A pesquisa foi baseada sob a perspectiva do franqueado, para identificar, avaliar,

compreender e definir os motivos e as vantagens e desvantagens deste tipo de

empreendimento que tem conquistado espaço santa-mariense. No que tange aos

procedimentos técnicos a pesquisa caracteriza-se como um estudo de campo, que é um estudo

de investigação em uma situação real, em que uma ou mais variáveis independentes são

manipulados pelo pesquisador. Os experimentos de campo têm qualidades diversas, pois se

adaptam bem ao estudo de problemas sociais, organizacionais, psicológicos e educacionais de

grande interesse (MOREIRA, 2004).

Quanto ao plano de coleta dos dados, primeiramente utilizou-se de pesquisa

bibliográfica para ter o embasamento necessário para a execução da pesquisa. Após foi

elaborado um formulário com nove perguntas que foi aplicado junto às empresas que possuem

sistema franchising no setor alimentício na cidade de Santa Maria. Os dados, com base nas

respostas dos franqueados foram processados e tabulados pelo software SPSS 14.0 e

analisados com a ajuda da estatística descritiva.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Partindo do objetivo de analise e posicionamento das franquias no que tange os

motivos e as vantagens e desvantagens sobre o sistema franchising aplicou-se um formulário

estruturado a cinco franquias da cidade de Santa Maria, das quais somente foi realizado em

três, sendo que uma delas não se constitui mais como franquia e outra optou em não responder

o questionário. Das tabelas 01 a 04 apresenta-se o perfil dos pesquisados. Na tabela 01

observar-se o sexo dos respondentes.

Tabela 01: Sexo

Sexo Freqüência Percentual Percentual válido Percentual acumulado

Feminino 1 33,3 33,3 33,3

Masculino 2 66,7 66,7 100,0

Total 3 100,0 100,0 -

Observa-se que 66,7% dos respondentes são do sexo masculino e 33,3% do sexo

feminino.

Na tabela 02 é apresentada a idade dos pesquisados.

Tabela 02: Idade

Faixa etária Freqüência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

De 26 a 35 2 66,7 66,7 66,7

Maior de 45 1 33,3 33,3 100,0

Total 3 100,0 100,0 -

Observa-se que 66,7% dos respondentes são de 26 a 35 anos de idade e 33,3% tem

idade superior a 45 anos.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Na tabela 03 é apresentado o cargo dos pesquisados.

Tabela 03: Quanto ao Cargo

Cargo Freqüência Percentual Percentual valido Percentual Acumulado

Gerente 1 33,3 33,3 33,3

Proprietário 2 66,7 66,7 100,0

Total 3 100,0 100,0 -

Observa-se que 66,7% dos respondentes são proprietários das franquias e 33,3 são

gerentes.

Na tabela 04 é apresentado o tempo de serviço.

Tabela 04: Tempo de Serviço

Tempo Freqüência Percentual Percentual Valido Percentual Acumulado

Menos de um ano 1 33,3 33,3 33,3

de 1 a 5 anos 1 33,3 33,3 66,7

acima de 5 anos 1 33,3 33,3 100,0

Total 3 100,0 100,0 -

Observa-se que 33,3% dos respondentes tem menos 1 ano de franquia, 33,3% tem

entre 1 a 5 anos e 33,3% tem mais de 5 anos de franquia instalada.

Partindo do objetivo de analisar o posicionamento dos franqueados do setor

alimentício da cidade de Santa Maria no que tange aos motivos da opção estratégica pelo

sistema de franchising na tabela 05 são apresentados os quesitos avaliados.

Tabela 05: Quanto aos motivos

Motivos da opção

N

Soma

total1

Soma

real2

% Mín Máx Média

Desvio

padrão

O suporte dado pelo franqueador

foi o principal motivo para a

adoção do sistema de franquia? 3 15 10 67 2,00 4,00 3, 33 1,15

O peso da marca foi um motivo

para a escolha da sua franquia? 3 15 15 100 5,00 5,00 5, 00 0, 00

O investimento inicial foi um fator

motivador para a escolha desse

sistema?

3 15 11 73 3,00 5,00 3,67 1,15

O investimento inicial foi relevante

na escolha da marca? 3 15 15 100 5,00 5,00 5,00 0,00

1Soma total de pontos caso os três pesquisados concordassem plenamente com o quesito.

2Soma real de pontos relativa as opiniões dos três entrevistados.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

No que se refere ao suporte dado pelo franqueador ser o principal motivo para a

adoção do sistema de franquia, tem-se um percentual de concordância entre os entrevistados

de 67%. A média de pontos, 3,33 e um desvio padrão de 1,15 permite calcular uma

variabilidade relativa dos dados em torno da média de 29%, pela expressão 100...____

X

SVC

conhecida como Coeficiente de Pearson. Assim, com estes resultados, pode-se dizer que os

entrevistados são um pouco indiferentes ao quesito pesquisado o que deixa muito a desejar em

alguns aspectos, mas que não representam um grave erro no sistema franchising.

Para o motivo, peso da marca ter sido algo motivador, percebe-se claramente uma

concordância de 100%. A média 5,0, e o desvio padrão zero comprovam a afirmação. De

acordo com os pesquisados a marca é algo que realmente os motivou a iniciar o projeto, pois

tem um peso enorme para o público alvo. Nota-se grande impulso por parte dos

empreendedores neste ponto, a hora de decidir, em que investir ou que marca escolher.

Acreditamos realmente que a marca é uma imagem ou um nome que transmite ao cliente

confiança, credibilidade e acima de tudo qualidade.

Quanto ao motivo de se o investimento inicial foi um fator motivador na escolha,

obteve-se um percentual favorável de 73%. Tal quesito apresentou média de 3,67, desvio

padrão de 1,15 e uma variabilidade relativa dos dados em torno da média de 31%, ou seja,

estão concordando em partes ao quesito. Traduzindo o resultado, os pesquisados sabiam que o

investimento era uma estratégia de mercado para a cidade de Santa Maria.

De acordo com os pesquisados o investimento em relação a outras franquias é

relativamente barato. Mas a pesquisa de mercado pelo franqueador deve ser mais ampla e

objetiva na hora de decidir onde implantar e que tamanho deverá ser. Neste ponto notou-se

um problema com a realidade cultural de Santa Maria o qual a franqueador não possui

nenhum planejamento para isto, seguindo normalmente seus planejamentos.

Na tabela 06, indicam-se as vantagens e desvantagens da opção estratégica pelo

sistema de franchising o qual é apresentado os quesitos avaliados. Em relação à desvantagem

do padrão pré-estabelecido pelo franqueador e se este constitui uma desvantagem, tal quesito

apresentou uma concordância de 93% junto aos pesquisados. A média 4,67 e o desvio padrão

permitiram uma variabilidade relativa dos dados em torno da média de 12% ou seja, há quase

uma unanimidade em relação ao quesito. De acordo com os pesquisados o sistema franchising

segue um rigoroso manual, o qual dificulta a iniciativa de melhoras e torna-se muito

burocrático a implementação de novos padrões conforme necessidade do franqueado.

Quanto à vantagem de se ter um negócio já testado em relação à concorrência, tal

quesito obteve uma média 5,0, ou seja, concordam totalmente ao quesito. De acordo com os

pesquisados é como abrir algo com a certeza de estar fazendo a coisa com uma dosagem de

segurança, ou seja, você tem recursos, experiência e conceito da marca.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Tabela 06: Vantagens e Desvantagens

Vantagens e Desvantagens

N

Soma

total1

Soma

real2

% Mín Máx Média

Desvio

Padrão

Ter que seguir um padrão pré

estabelecido não podendo ter

suas próprias idéias, constitui-se

em uma desvantagem na

franquia?

3 15 14 93 4,00 5,00 4,67 0, 58

Ter um negócio já testado no

inicio do negócio é uma

vantagem sobre os concorrentes?

3 15 15 100 5,00 5,00 5,00 0, 000

O retorno da franquia está de

acordo com a análise de mercado

de Santa Maria?

3 15 11 73 2,00 5,00 3,67 1,53

1Soma total de pontos caso os três pesquisados concordassem plenamente com o quesito.

2Soma real de pontos relativa as opiniões dos três entrevistados.

No que se refere ao retorno da franquia com análise de mercado de Santa Maria, tal

quesito obteve uma média 3,67, um desvio padrão de 1,53 e uma variabilidade relativa dos

dados em torno da média de 42%, ou seja, concordam em parte ao quesito, confirmado pelo

percentual de 73%. De acordo com os pesquisados Santa Maria é uma cidade transitória, o

qual em sua maioria não tem dinheiro para gastar conforme seus desejos. Mas que a iniciativa

de serem os pioneiros no setor alimentício na cidade garanta o retorno esperado e com certeza

superior em longo prazo.

5. CONCLUSÃO

Diante do contexto empresarial brasileiro, em sua instabilidade econômica, pode-se

ver que ainda assim têm-se profissionais que decidem mudar e abrir seu próprio negócio. A

busca de ser um empreendedor, na atual situação mercadológica, reflete que não somente o

conhecimento teórico traz resultado. A análise contínua do mercado é uma ferramenta que

viabiliza resultados e monitora suas tendências, ou seja, o novo empreendedor tem

alternativas de investimento com retorno favorável ao qual procura. Desta forma o sistema

franchising torna-se uma escolha de investimento atrativa, sendo uma estratégia de mercado e

uma nova forma de ser um empreendedor independente.

A partir do objetivo observaram-se os principais motivos no que tange as vantagens e

desvantagens de uma franquia, acreditam os franqueados que realizaram a melhor opção pelo

sistema franchising, que, ainda por possuir desvantagens no sistema, a franquia hoje

representa umas das melhores formas de investimento e conseqüentemente tem uma vantagem

sobre os concorrentes.

Observou que os principais motivos para a adoção da estratégia de franquia foram pela

escolha da marca e o investimento como algo motivador e relevante na opção deste sistema. A

dependência que o sistema oferece entre franqueador e franqueado constitui-se uma

desvantagem neste negócio, pois se observa que na maioria das vezes o franqueador não

presta todo o suporte que deveria realizar. Mas as vantagens superam as dificuldades

encontradas no início do empreendimento, a qual no decorrer do tempo torna-se que nulas.

Nas entrevistas realizadas, conclui-se que as desvantagens oferecidas ao franqueado

são grandes, mas revela que a forma de distribuição Know-how foi a melhor escolha de

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

investimento e que o sistema ainda esta em processo de adaptação mercadológica. Notou-se

que a mulher busca também seu espaço no mercado e mostra-se atenta as tendências dos

negócios. A mulher vem ganhando espaço e reconhecimento por também ter criatividade e

visão sistemática de como administrar uma empresa.

A conclusão foi algo muito específico para as empresas do setor alimentação dentro da

realidade de Santa Maria, pois nota-se que o sistema carece de pesquisas mais específicas que

poderão gerar temas para futuros estudos, tais como: localização da empresa, planejamento de

custos, realidade mercadológica e de como o franqueador viabiliza o suporte que promete.

Estes estudos servirão tanto para a academia, como instrumento teórico, e também

fundamentalmente para os futuros profissionais independentes que venham a adotar este tipo

de negócio.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a Metodologia do Trabalho Cientifico:

Elaboração de Trabalho na Graduação. São Paulo: Atlas, 2009.

BARROSO, Luiz Felizardo. Franchising x Negócio Próprio. 13/03/2009. Disponível em:

http://www.suafranquia.com/content.php?franchising-x-

negocioproprio&ParentID=MzA=&ParentName=dmk=&intID=MTc4Ng Acesso em: 07 de

Abril, 2010, 18:30:00.

CHERTO, Marcelo R.; HAYES, John P. Quem tem medo do Franchising? São Paulo:

Instituto Franchising Comércio e Eventos - Editora Cherto, 1996.

CHURCHIL, N. MUZYKA, D. Defining and conceptualizing entrepreneurship: a process

approach. In. Marketing/Entrepreneurship Interface. Chicago, 1996.

CRUZ, Glória Cardoso de Almeida. Franchising. Rio de Janeiro: Forense, 1993.

DAFT. R.L. Administração. Ed. Thopson. Learning. São Paulo, 2006.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios.

Rio de Janeiro:Elsevier, 2001.

FILION, L.J. Empreendedorismo e Gerenciamento: Processos Distintos porém

Complementares. Revista de Administração de Empresas - RAE (Light). Escola de

Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, 1999.

GIMENEZ, Fernando A. P.: JUNIOR, Edmundo Inácio; SUNSIN, Luzia A. de S. B. Uma

investigação sobre a tendência do comportamento empreendedor. In: SOUZA. Eda Castro

Lucas de. Empreendedorismo: competência essencial para pequenas e medias empresas.

Brasília. ANPROTEC, 2001.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI,Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia

científica. São Paulo: Atlas, 2003.

LEITE, Roberto Cintra. Franchising – Na criação de Novos Negocios 2º Ed. São Paulo:

Editora Atlas S.A., 1991

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

MAURO, Paulo Cesar. Guia do franqueado – Leitura obrigatória para quem quer comprar

uma franquia. São Paulo: Nobel, 2007.

MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Thomson

Learning, 2004.

MARTINS, Leandro. Monte seu próprio negócio. São Paulo: Digeratti Books, 2007.

PLÁ, Daniel. Tudo sobre franchising. Rio de Janeiro: Ed. SENAC, 2001.

ROCHA, Angela da. As novas fronteiras: a multinacionalização das empresas brasileiras.

Rio de janeiro: Mauad, 2003.

SCHWARTZ, José Castro. Franchising: o que é, como funciona. Brasília: SEBRAE, 1994.

TACHIZAWA, Takeshy; FARIA, Marília de Sant’Anna. Gestão de novos negócios – Micro

e Pequenas empresas. 04/12/2003. Disponivel em:

http://www.sebraerj.com.br/data/Pages/SEBRAE96E056A5PTBRIE.htm Acesso em: 18 de

Junho, 2010, 22:00:00.

ZUBEN, Beth Van. Trabalho ou emprego? Cadernos do Terceiro Mundo. São Paulo, 1996.