vamos deixar de comer bacon, salsichas e carne … · 2016-05-31 · de definição” (beck, ......
TRANSCRIPT
VAMOS DEIXAR DE COMER BACON, SALSICHAS E CARNE VERMELHA? Uma análise da percepção de risco relacionada com o alerta emitido pela OMS
Mário Freitas Laboratório de Estudos de Riscos e Desastres(LABRED)/ Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e Rede de Pesquisadores em Redução do Risco de Desastres no Brasil (RP-RRD-BR)
INTRODUÇÃO
Bacon e linguiça entram na “lista negra” do câncer
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/10/1698541-carnes-processadas-podem-causar-cancer-diz-oms.shtml
27 de Outubro de 2015, 12:13 — Ascom UNA-
SUS
Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o consumo de carne processada - como bacon, salsichas e presunto - causa câncer.
Segundo o documento, 50 gramas de carne processada por dia, o equivalente a duas fatias de bacon, aumentam a chance de desenvolver câncer colorretal em 18%.
De forma mais branda, pela falta de provas mais contundentes, a organização também reforçou o alerta em relação à carne vermelha, dizendo que ela seria "provavelmente cancerígena”.
http://www.unasus.gov.br/noticia/linguica-bacon-e-presunto-sao-cancerigenos-diz-om
A meta-analysis of colorectal cancer in ten cohort
studies reported a statistically significant dose–
response relationship, with a 17% increased risk
(95% CI 1·05–1·31) per 100 g per
Lancet Oncol 2015 Published Online
October 26, 2015 http://dx.doi.org/10.1016/
S1470-2045(15)00444-1
“O Grupo de Trabalho concluiu que há suficientes evidências acerca do caráter carcinogênico da carne processada” (Group 1).
“O Grupo de Trabalho concluiu que há evidências limitadas acerca do caráter carcinogênico da carne vermelha” e, por isso, classificar esse consumo como “provavelmente cancerígeno em humanos (Group 2A).
Há evidência inadequada em animais experimentais sobre o caráter cancerígeno da carne processada e da carne vermelha.
O consumo de carne vermelha e carne processada pelo Homem induz a formação de NOC no cólon. Consumos elevados de carne vermelha (300 a 420 gr/dia) aumenta os níveis de alterações de DNA supostamente derivadas do NOC...”
Lancet Oncol 2015 Published Online October 26, 2015 http://dx.doi.org/10.1016/ S1470-
2045(15)00444-1
Rigeno
Alerta sobre caráter cancerígeno
Explicações
Em termos das explicações avançadas para o caráter cancerígeno da carne processada, é apontada a formação de substâncias químicas carcinogêneas, como compostos nitrosos (NCO) e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PHA), durante processos de cura e fumagem, associados a práticas culinários de fritar ou grelhar a altas temperaturas na brasa ou em chapa (embora sobre isto não haja dados conclusivos).
Sobre outros processos de processamento (salga, por exemplo), as explicações disponíveis são inexistentes ou mais escassas e inconclusivas.
Enquadramento teórico
PERCEPÇÃO E MANCHAS
PERCEPTIVAS
DISCURSOS COMO PRÁTICAS
SOCIAIS
NATUREZA SOCIALIZADA E SEUS CENÁRIOS DE RISCO
Analisar, projetando olhares de transormação
Comunicação de risco
ABORDAGEM SISTÉMICA COMPLEXA DE RISCOS E DESASTRES
Incerteza
Emergência Causalidade múltipla
Presença de opostos
Causalidade inversa
Recorrência
Certos riscos Certos riscos permanecem, em geral, invisíveis, “baseiam-se em interpretações causais” e só podem ser abordados e alterados “no conhecimento (científico e anticientífico) que se tenha deles”, estando assim “abertos a processos sociais de definição” (BECK, 2011, p.27)
“... oposição entre ‘estipulação científica (racional) do risco e percepção (irracional) do risco’...” (BECK, 2011, p. 70).
Os estudos de Slovic (1981) e Slovic et al (2002) evidenciam baixa percepção de risco para coisas como corantes e conservantes alimentares.
Slovic et al (2002) salientam a complexa interação entre emoção e razão, mormente na percepção de riscos
Nosso estudo
Estamos falando de riscos que:
a) em larga medida, são invisíveis;
b) são produzidos (pelo menos em parte) na lógica da
modernidade;
c) estão abertos a processos individuais e sociais de
definição;
d) somente podem ser conhecidos e enfrentados (e, em
especial, reduzidos) no conhecimento que deles se tenha.
Categorização perceptiva
Memória
Aprendizagem
Razão e
Emoções
FREITAS (2016)
Vivências pessoais empíricas
Normas culturais
Grau e tipo de educação
Convicções religiosas/espirituais
Emoções e sentimentos
Diversos discursos de diversas racionalidades
Momento de vida .......
CRENÇAS E CONVICÇÕES
Mancha perceptiva Mancha
perceptivas
RACIONALIDADES CIENTÍFICAS
Manchas perceptivas de risco e desastres
Grupo etário A
Racionalidade científica B (outras
abordagens científicas)
Racionalidade espirituais de diversos tipos
Comunidade cultural B
Racionalidade científica A
(abordagens médicas)
Racionalidades científicas,
técnicas e políticas
Grupo etário B
Comunidade cultural A
Crenças e convicções
CONFLITUALIDADE
NEGOCIAÇÃO
FREITAS (2016)
O constante acoplamento estrutural do Homem com o meio físico e social é feito em comunicação e em linguagem (inclui os discursos constantemente produzidos e/ou negociados).
As manchas perceptivas individuais refletem as complexas dinâmicas do acoplamento estrutural e contribuem para a emergência manchas perceptivas sociais de densidades múltiplas.
Sistematicamente reformuladas de modo idiossincrático, mas refletindo uma dinâmica onto-epistemológica de vida social em linguagem, as manchas perceptivas são diferentes e variam de forma diferente em diferentes cenários de risco.
Em qualquer caso, as manchas perceptivas individuais e sociais são constantemente negociadas entre si, no confronto com as versões científicas e com a realidade.
MANCHAS PERCEPTIVAS
Metodologia
± 100gr ± 200gr ± 300gr ≤350gr NC
13 5 1 12 6
>50gr 50 gr ±100gr ±150gr NC
22 4 2 1 8
Carne processada (consumo estimado/dia)
Carne vermelha (consumo estimado/dia)
Amostra respondente de 37 sujeitos, com formação de nível superior (concluída ou em fase de conclusão), do Brasil e de Portugal (a amostra convidada foi de 100), cujo objetivo é validar o questionário que integra a componente quantitativa da pesquisa
Alguns resultados
Conhecimento sobre o alerta da OMS
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Internet TV Jornais Rádio Conversa Nãoconhecia
A maioria dos sujeitos (29) tomou conhecimento do alerta da OMS, aquando de sua divulgação
Gráfico 1 – Conhecimento do alerta
Aprofundamento do conhecimento sobre o alerta da OMS
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Não aprofundou/ar
Sim, internet
Sim, conversa
Sim, Tx OMS e outros
Não responderam
Gráfico 2 – Aprofundamento do tema (n=29).
Tinham tomado conhecimento antes
(n=29)
Só com o questionário tomaram conhecimento
(n=16)
Opinião sobre o alerta
Deve dar-se mt atenção poisa OMS deve ter mts provas
Estou hesitante necessitomais informação
Não dou mt atenção este tipode alertas
O alerta é mais porprecaução... ainda há muitasdúvidas
Gráfico 4 – Avaliação do alerta (n=36).
18
06
07
05
AFIRMAÇÕES T/MA MA P/NA Ind.
Estamos rodeados de riscos e não há como os evitar a todos, pelo que não vale a pena ficar muito angustiado com este ou aquele risco, em particular
12 14 8 111
No que respeita à alimentação, o principal é ter uma alimentação variada, já que qualquer coisa que seja, em excesso, faz mal
26 8 1 149
Ouvi dizer que muita vitamina C (laranjas, limões ou mesmo pastilhas) ajuda a prevenir o câncer intestinal e acredito que sim
2 15 16 77
Feitos esta forma, estes alertas não contribuem para a prevenção mas antes causam dúvida ou perturbação
7 10 16 87
Prefiro correr risco do que deixar de comer carne vermelha e/ou processada
6 8 20 78
Mesmo que comêssemos só vegetais tinha que ser tudo orgânico, pois os agrotóxicos são muito mais cancerígenos que a carne vermelha ou processada
8 13 5 111
Afirmações T/MA MA P/NA Ind.
Mesmo que comêssemos só vegetais tinha que ser tudo orgânico, pois os agrotóxicos são muito mais cancerígenos que a carne vermelha ou processada
8 13 5 111
O problema é de tudo o que ingerimos deixou de ser natural, são os agrotóxicos na agricultura e as rações na pecuária
22 7 6 131
Acho que a informação que chega às pessoas sobre este tipo de riscos é insuficiente
25 9 2 136
Acho que o melhor é ser vegetariano 7 5 22 81
Ouvi dizer que a aspirina ajuda a prevenir o câncer intestinal e acredito que sim
1 4 27 50
Acho que desde que se consuma carne vermelha com moderação e se evite cozinhar com elevadas temperaturas não se correm grandes riscos
8 16 10 98
Não podemos levar à letra tudo o é dito, porque se o fizermos, não comemos nada
14 14 6 116
Considerações finais
1. Conhecimento de rsico
1. A maioria dos inquiridos tomou conhecimento do alerta aquando da sua divulgação (pessoas com nível de formação académica elevado e contato com a problemática da GR).
A internet parece ser, pelo menos neste tipo de publico, dominante (cerca de 50% tomaram conhecimento pela internet e tentaram aprofundar ou pensam aprofundar o assunto, por essa via).
Apesar de tudo (mesmo neste tipo de público), cerca de 1/3 não procurou aprofundar o assunto e cerca de metade não pensa fazê-lo no futuro, o que levanta questões relativas a como a comunicação de riscos deve ser promovida, nomeadamente, entre públicos com menor nível educativo.
2. Alteração de comportamento
A decisão de comportamento tomada pela grande maioria dos sujeitos manifesta não ter alterado ou pensar alterar o comportamento porque seus consumos já são reduzidos.
Tal pode ser equívoco e, até, enganador: trata-se de mancha perceptiva sobre manchas perceptivas, podendo incluir, no mínimo, dois tipos de viés: a) o que cada uma calcula que seja seu consumo; b) e o que cada uma considera que ser consumo moderado.
O consumo auto estimado de carne vermelha coloca os sujeitos da amostra dentro da média avançada pela OMS de 50 a100gr diárias (embora apareçam 6 casos em 37, com consumos mais elevados).
Somente 7 pessoas tomaram decisão de reduzir ambos os consumos ou reduzir o consumo de carne vermelha e eliminar o consumo de carne processada.
3. Razões da alteração ou não de comportamento
Tudo pode estar, em boa parte, relacionada com a questão da interação entre as manchas perceptivas individuais (e, em certa medida, manchas perceptivas sociais) e a visão científica.
Devem analisar-se as consequências da maior ou menor adequação da comunicação das causas (ou mesmo sua ausência) do caráter cancerígeno destes produtos e das percepções individuais e de grupos relativas a tais causas.
Em casos como este, que mexem com centros de valor biológico, relacionados com prazer, a interação é mais complexa (mobiliza centros nervosos de natureza inconsciente, com racionalidades conscientes e emoções (com dimensões conscientes e inconscientes), o que vai de encontro às considerações de SLOVIC et al (2002), acerca das complexas inter-relações entre razão e emoções que guia as percepções de risco.
4. Avaliação do alerta Metade dos inquiridos está hesitante e necessita de mais informação, ou acha que o alerta tem um caráter algo alarmista ou se constitui como mera precaução (porque não há ainda certezas) ou, ainda, em geral não liga muito a este tipo de alertas.
A outra metade considera que se deve dar muita atenção ao alerta, pois a OMS não iria fazê-lo se não tivesse muitas provas.
Isso também vai de encontro às considerações de que cada um reage às ameaças/perigos, de acordo com a forma como os percepciona e do baixo grau de percepção de risco associado aso conservantes químicos e corantes de alimentos, quando em comparação com outros riscos (SLOVIC et al, 1981; SLOVIC et al, 1987)
5. Certas convicções identificadas O grande apoio a afirmações, como “Não podemos levar à letra tudo o é dito, porque se o fizermos, não comemos nada” ou “Estamos rodeados de riscos e não há como os evitar a todos, pelo que não vale a pena ficar muito angustiado com este ou aquele risco, em particular”, reforça a perspectiva de que os alertas (pelo menos deste tipo) se integram numa complexa malha de avaliação perceptiva onde razão e emoções,, se interligam de forma não linear.
Também acontece que há afirmações que, embora recebam algum apoio científico, são pouco apoiadas pelos inquiridos, talvez porque num primeiro olhar lhe parecem “charlatanices”: “Ouvi dizer que a aspirina ajuda a prevenir o câncer intestinal e acredito que sim” ou “Ouvi dizer que muita vitamina C (laranjas, limões ou mesmo pastilhas) ajuda a prevenir o câncer intestinal e acredito que sim”.
6. Generalização
Em síntese, uma hipótese que sai reforçada é que a redução de riscos (pelo menos, no domínio dos riscos invisíveis nomeadamente, saúde) é a necessidade de apoiar mais o alerta, desenhar programas de educação sobre o que o alerta significa e proceder a continuados monitoramentos e avaliações.
7. Haverá que analisar até que ponto algumas destas tendência podem ou não ser transferidas para outros contextos, nomeadamente, de certos riscos e desastres ambientais (englobando os chamados desastres “naturais”), as epidemias, os desastres tecnológicos, etc. e que dinâmicas perceptivas lhe são mais específicas.
ANEXOS
PRESS RELEASE
N° 240
26 October 2015
IARC Monographs evaluate consumption of red meat and processed meat Lyon, France, 26 October 2015 – The International Agency for Research on Cancer (IARC), the cancer agency of the World Health Organization, has evaluated the carcinogenicity of the consumption of red meat and processed meat. Red meat
After thoroughly reviewing the accumulated scientific literature, a Working Group of 22 experts from 10 countries convened by the IARC Monographs Programme classified the consumption of red meat as probably carcinogenic to humans (Group 2A), based on limited evidence that the consumption of red meat causes cancer in humans and strong mechanistic evidence supporting a carcinogenic effect. This association was observed mainly for colorectal cancer, but associations were also seen for pancreatic cancer and prostate cancer. Processed meat
Processed meat was classified as carcinogenic to humans (Group 1), based on sufficient evidence in humans that the consumption of processed meat causes colorectal cancer. Meat consumption and its effects The consumption of meat varies greatly between countries, with from a few percent up to 100% of people eating red meat, depending on the country, and somewhat lower proportions eating processed meat. The experts concluded that each 50 gram portion of processed meat eaten daily increases the risk of colorectal cancer by 18%. “For an individual, the risk of developing colorectal cancer because of their consumption of processed meat remains small, but this risk increases with the amount of meat consumed,” says Dr Kurt Straif, Head of the IARC Monographs Programme. “In view of the large number of people who consume processed meat, the global impact on cancer incidence is of public health importance.” The IARC Working Group considered more than 800 studies that investigated associations of more than a dozen types of cancer with the consumption of red meat or processed meat in many countries and populations with diverse diets. The most influential evidence came from large prospective cohort studies conducted over the past 20 years. Public health
”These findings further support current public health recommendations to limit intake of meat,” says Dr Christopher Wild, Director of IARC. “At the same time, red meat has nutritional value. Therefore, these results are important in enabling governments and international regulatory agencies to conduct risk assessments, in order to balance the risks and benefits of eating red meat and processed meat and to provide the best possible dietary recommendations.”
PRESS RELEASE
N° 240
26 October 2015
IARC Monographs evaluate consumption of red meat and processed meat Lyon, France, 26 October 2015 – The International Agency for Research on Cancer (IARC), the cancer agency of the World Health Organization, has evaluated the carcinogenicity of the consumption of red meat and processed meat. Red meat
After thoroughly reviewing the accumulated scientific literature, a Working Group of 22 experts from 10 countries convened by the IARC Monographs Programme classified the consumption of red meat as probably carcinogenic to humans (Group 2A), based on limited evidence that the consumption of red meat causes cancer in humans and strong mechanistic evidence supporting a carcinogenic effect. This association was observed mainly for colorectal cancer, but associations were also seen for pancreatic cancer and prostate cancer. Processed meat
Processed meat was classified as carcinogenic to humans (Group 1), based on sufficient evidence in humans that the consumption of processed meat causes colorectal cancer. Meat consumption and its effects The consumption of meat varies greatly between countries, with from a few percent up to 100% of people eating red meat, depending on the country, and somewhat lower proportions eating processed meat. The experts concluded that each 50 gram portion of processed meat eaten daily increases the risk of colorectal cancer by 18%. “For an individual, the risk of developing colorectal cancer because of their consumption of processed meat remains small, but this risk increases with the amount of meat consumed,” says Dr Kurt Straif, Head of the IARC Monographs Programme. “In view of the large number of people who consume processed meat, the global impact on cancer incidence is of public health importance.” The IARC Working Group considered more than 800 studies that investigated associations of more than a dozen types of cancer with the consumption of red meat or processed meat in many countries and populations with diverse diets. The most influential evidence came from large prospective cohort studies conducted over the past 20 years. Public health
”These findings further support current public health recommendations to limit intake of meat,” says Dr Christopher Wild, Director of IARC. “At the same time, red meat has nutritional value. Therefore, these results are important in enabling governments and international regulatory agencies to conduct risk assessments, in order to balance the risks and benefits of eating red meat and processed meat and to provide the best possible dietary recommendations.”
Page 2
IARC Monographs evaluate consumption of red meat and processed meat
IARC, 150 Cours Albert Thomas, 69372 Lyon CEDEX 08, France - Tel: +33 (0)4 72 73 84 85 - Fax: +33 (0)4 72 73 85 75 © IARC 2015 - All Rights Reserved.
Note to the Editor: Red meat refers to all types of mammalian muscle meat, such as beef, veal, pork, lamb, mutton, horse, and goat. Processed meat refers to meat that has been transformed through salting, curing, fermentation, smoking, or other processes to enhance flavour or improve preservation. Most processed meats contain pork or beef, but processed meats may also contain other red meats, poultry, offal, or meat by-products such as blood. Examples of processed meat include hot dogs (frankfurters), ham, sausages, corned beef, and biltong or beef jerky as well as canned meat and meat-based preparations and sauces. A summary of the final evaluations is available online in The Lancet Oncology, and the detailed assessments will be published as Volume 114 of the IARC Monographs. Read the IARC Monographs Q&A http://www.iarc.fr/en/media-centre/iarcnews/pdf/Monographs-Q&A.pdf Read the IARC Monographs Q&A on the carcinogenicity of the consumption of red meat and processed meat. http://www.iarc.fr/en/media-centre/iarcnews/pdf/Monographs-Q&A_Vol114.pdf For more information, please contact Véronique Terrasse, Communications Group, at +33 (0)4 72 73 83 66 or [email protected] or Dr Nicolas Gaudin, IARC Communications, at [email protected] The International Agency for Research on Cancer (IARC) is part of the World Health Organization. Its mission is to coordinate and conduct research on the causes of human cancer, the mechanisms of carcinogenesis, and to develop scientific strategies for cancer control. The Agency is involved in both epidemiological and laboratory research and disseminates scientific information through publications, meetings, courses, and fellowships. If you wish your name to be removed from our press release e-mailing list, please write to [email protected].
Meat processing, such as curing and smoking, can result in formation of carcinogenic
chemicals, including N-nitroso-compounds (NOC) and polycyclic aromatic hydrocarbons
(PAH). Cooking improves the digestibility and palatability of meat, but can also produce
known or suspected carcinogens, including heterocyclic aromatic amines (HAA) and PAH.
High-temperature cooking by pan-frying, grilling, or barbecuing generally produces the
highest amounts of these chemicals.
De como a vitamina C mata as células
do cancro colorrectal
ANA GERSCHENFELD 06/11/2015 - 07:50
A possível ação
anticancro da vitamina
C tem sido muito
controversa. Mas agora
foi desvendado, em
experiências in vitro e
em ratinhos, o
mecanismo que lhe
permite ter esse efeito
contra muitos cancros
do intestino.
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/de-como-a-vitamina-c-mata-as-celulas-do-cancro-colorectal-1713466
Público, Portugal
Disinfected water (usually chlorinated) was evaluated by IARC in 1991 (…) the Working Group concluded that there was inadequate evidence for carcinogenicity in humans or in animals. At the time of the evaluation, most available studies were ecological or death certificate-based. Since that time, many epidemiological studies with improved exposure assessment at the individual level have been published, and have shown a consistently increased risk of cancer of the bladder. The epidemiology of chlorinated drinking-water was reviewed, but not evaluated, by IARC in 2002 (…). There was sufficient evidence that several of these contaminants are animal carcinogens, and there was extensive new mechanistic evidence on specific disinfection by-products, including studies on molecular epidemiology evaluating specific mechanisms. A large body of literature on the mutagenicity of organic extracts of drinking-water shows consistently positive results, as do studies of about 80 disinfection by-products tested individually. Most epidemiological studies have evaluated exposure to chlorinated water as a mixture, using concentrations of trihalomethanes in the water and/or urine as a measure of exposure. Water disinfection (mostly chlorination) is a major public health intervention for prevention of microbial disease, and the Advisory Group advised that IARC should take extreme care in the communication of an evaluation of disinfected (largely chlorinated) water or of other water-disinfection practices, and should also incorporate where possible in this evaluation a quantitative assessment of risk and estimates of global burden. Key to the priority set by the Advisory Group is the ubiquitous exposure to this generally mutagenic and potentially carcinogenic agent by all routes.
Recommendation: High priority 4. 27 Disinfected water used for drinking, showering, bathing,
or swimming
45
Agent to be evaluated with high priority
2-Mercaptobenzothiazole
Methyl tertiary butyl ether (MTBE), see Ethyl tertiary butyl ether (ETBE)
Nicotine, see Electronic cigarettes
Obesity and overweight
Opium
Overweight, see Obesity
Pesticides:
Carbaryl (carbamate insecticide)
Diazinon (organophosphate insecticide)
Lindane (organochlorine insecticide)
Malathion (organophosphate insecticide)
Pendimethalin (dinitroaniline herbicide)
Permethrin (pyrethroid insecticide)
Pesticides (occupational exposure)
ortho-Phenylenediamine dihydrochloride
Phenyl and octyl tin compounds
Physical inactivity and sedentary work
Red and processed meats
Sedentary work, see Physical inactivity
Shiftwork
Styrene
Sucralose, see Aspartame
Tetrabromobisphenol A (TBBPA)
Tungsten
Welding and welding fumes
46
Table 2. Summary of agents to be evaluated with medium priority
Agent to be evaluated with medium priority
Anthracene
Salmonella typhi, see Biological agents
Breast cancer, suspected causal agents
Breast implants
Calcium-channel blockers
Coal dust
N,N-Dimethylacetamide
Hydrazine
Job stress
Lead
Metal-working fluids
Methanol
Metronidazole
Beta-Myrcene
Pesticides:
Atrazine (triazine herbicide)
Biphenyl
Chorpyriphos (organophosphate insecticide)
DDT, Dichlorodiphenyltrichloroethane (organochlorine insecticide)
EPTC, S-ethyl-N,N,-dipropylthiocarbamate (thiocarbarmate herbicide)
Fonofos and Terbufos (organophosphate insecticides)
Glyphosate
Pentachlorophenol and 2,4,6-Trichlorophenol (organochlorine insecticides)
…Terbufos, see Fonofos and Terbufos
…2,4,6-Trichlorophenol, see Pentachlorophenol
Pesticides (occupational exposure to)
Beta-Picoline
Riddelliine
Recommendation: Medium priority
Recommendation: High priority
A segurança alimentar é um estado ideal de
prevenção/mitigação de riscos… de muitos
riscos… que interagem de forma complexa, ora se
potenciando, ora se compensando, em sua ação
sobre entidades autopoiéticas que, como tal, têm
especificidades várias de reação a esses riscos,
em cum contexto ambiental que engloba muitos
outros riscos