valoração econômica e conservação da...

67
Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre Toshiro Igari 1 Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Conservação da Biodiversidade (BIE-317) Alexandre Toshiro Igari [email protected]

Upload: vulien

Post on 12-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 1

Valoração Econômicae Conservação da Biodiversidade

Conservação da Biodiversidade (BIE-317)

Alexandre Toshiro [email protected]

Page 2: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 2

Apresentação

– Formação:

• Bacharelado em Administração (FEA/USP) – 1995

• Bacharelado em Ciências Biológicas (IB/USP) – 2005

• Doutorado em Ecologia da Conservação (IB/USP) – 2013

– Ensino (graduação e pós-graduação):

• EACH – USP (graduação em Gestão Ambiental)

• IB-USP (graduação)

• FEA-USP (graduação)

• POLI-USP (pós lato sensu)

• FIA – PROGESA (pós lato sensu)

• SENAC (pós lato sensu)

Page 3: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 3

Apresentação

– Formação:

• Bacharelado em Administração (FEA/USP) – 1995

• Bacharelado em Ciências Biológicas (IB/USP) – 2005

• Doutorado em Ecologia da Conservação (IB/USP) – 2013

– Ensino (graduação e pós-graduação):

• EACH – USP (graduação em Gestão Ambiental)

• IB-USP (graduação)

• FEA-USP (graduação)

• POLI-USP (pós lato sensu)

• FIA – PROGESA (pós lato sensu)

• SENAC (pós lato sensu)

Page 4: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 4

Sumário

• Valoração Ambiental– Por que valorar?

– Valor econômico

– Serviços ecossistêmicos

– Valoração de serviços ecossistêmicos

– Limitações da abordagem

• Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável

• Discussão: PSA x Código Florestal

Page 5: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 5

Sumário

• Valoração Ambiental– Por que valorar?

– Valor econômico

– Serviços ecossistêmicos

– Valoração de serviços ecossistêmicos

– Limitações da abordagem

• Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável

• Discussão: PSA x Código Florestal

Page 6: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 6

Por que valorar?

• Planejamento / Tomadores de decisão– Análises de custo x benefício

• Políticas

• Programas

• Projetos

• Leis

• PSA

• Desenvolvimento sustentável:• Econômico x Social x Ambiental

Page 7: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 7

Por que valorar?

• Planejamento / Tomadores de decisão– Análises de custo x benefício

• Políticas

• Programas

• Projetos

• Leis

• PSA

• Desenvolvimento sustentável:• Econômico x Social x Ambiental

Page 8: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 8

Por que valorar?

• Planejamento / Tomadores de decisão– Análises de custo x benefício

• Políticas

• Programas

• Projetos

• Leis

• PSA

• Desenvolvimento sustentável:• Econômico x Social x Ambiental

Valoração ambiental é executada sempre sob a perspectiva humana de valor!

Page 9: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 9

Valor econômico

• Produção (valor - trabalho): o valor de um produto depende da quantidade de trabalho investido na produção (Karl Marx).

Ex: diamante x água

• Consumo (valor - utilidade): valor depende da contribuição para o bem-estar (John Stuart Mill).

Ex: diamante x água no deserto

• Mercado: Oferta x Demanda

Oferta (produção)

Demanda (consumidores)

$

Quantidade

Page 10: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 10

Valor econômico

• Produção (valor - trabalho): o valor de um produto depende da quantidade de trabalho investido na produção (Karl Marx).

Ex: diamante x água

• Consumo (valor - utilidade): valor depende da contribuição para o bem-estar (John Stuart Mill).

Ex: diamante x água no deserto

• Mercado: Oferta x Demanda

Oferta (produção)

Demanda (consumidores)

$

Quantidade

Page 11: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 11

Valor econômico

• Produção (valor - trabalho): o valor de um produto depende da quantidade de trabalho investido na produção (Karl Marx).

Ex: diamante x água

• Consumo (valor - utilidade): valor depende da contribuição para o bem-estar (John Stuart Mill).

Ex: diamante x água no deserto

• Mercado: Oferta x Demanda

Oferta (produção)

Demanda (consumidores)

$

Quantidade

Page 12: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 12

Valor econômico de bens e serviços ambientais

Valorados como bens e serviços privados:– Minérios

– Combustíveis fósseis

– Pesca

– Madeira

– Ecoturismo

Page 13: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 13

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Page 14: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 14

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Page 15: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 15

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Page 16: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 16

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Água de Chuva

Page 17: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 17

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

• Conservação do solo

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Ricklefs (2003): A Economia da Natureza

Água de Chuva

Page 18: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 18

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

• Conservação do solo

• Ciclagem de nutrientes

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Ricklefs (2003): A Economia da Natureza

Page 19: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 19

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

• Conservação do solo

• Ciclagem de nutrientes

• Controle biológico de pragas

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Ricklefs (2003): A Economia da Natureza

Page 20: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 20

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

• Conservação do solo

• Ciclagem de nutrientes

• Controle biológico de pragas

• Espécies ameaçadas de extinção

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Page 21: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 21

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

• Conservação do solo

• Ciclagem de nutrientes

• Controle biológico de pragas

• Espécies ameaçadas de extinção

• Polinização

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Page 22: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 22

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

• Conservação do solo

• Ciclagem de nutrientes

• Controle biológico de pragas

• Espécies ameaçadas de extinção

• Polinização

• Banco genético

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Page 23: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 23

• Água - irrigação, consumo, navegação,

energia, dispersão de resíduos

• Madeira, resinas, alimentos, fármacos

• Regulação do clima / chuvas

• Recarga de aquíferos

• Conservação do solo

• Ciclagem de nutrientes

• Controle biológico de pragas

• Espécies ameaçadas de extinção

• Polinização

• Banco genético

• Ecoturismo

Serviços Ecossistêmicos: Floresta

Page 24: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 24

$

Derrubada da floresta

Page 25: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 25

• Chuva

• Enxurrada, erosão e perda de nutrientes

• Maior necessidade de adubação

Derrubada da floresta

Page 26: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 26

• Chuva

• Enxurrada, erosão e perda de nutrientes

• Maior necessidade de adubação

• Menor percolação e recarga do aquífero

• Enchente

Derrubada da floresta

Page 27: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 27

• Chuva

• Enxurrada, erosão e perda de nutrientes

• Maior necessidade de adubação

• Menor percolação e recarga do aquífero

• Enchente

• Aumento de turbidez e assoreamento

• Menor disponibilidade de água

• Maiores custos com a plantação

Derrubada da floresta

Page 28: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 28

• Chuva

• Enxurrada, erosão e perda de nutrientes

• Maior necessidade de adubação

• Menor percolação e recarga do aquífero

• Enchente

• Aumento de turbidez e assoreamento

• Menor disponibilidade de água

• Maiores custos com a plantação

Externalidades negativas:

Benefício privado ���� prejuízo social (difuso)

Derrubada da floresta

Page 29: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 29

Externalidades

– Ocorrem independentemente da vontade de quem está sujeito à externalidade

– Negativas (ex.: assoreamento, turbidez dos rios)

– Positivas (ex.: serviços ecossistêmicos – polinização, controle de pragas)

Page 30: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 30

Externalidades

– Ocorrem independentemente da vontade de quem está sujeito à externalidade

– Negativas (ex.: assoreamento, turbidez dos rios)

– Positivas (ex.: serviços ecossistêmicos – polinização, controle de pragas)

Page 31: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 31

Serviços Ecossistêmicos

• Bens públicos (difícil precificação):– Não excludabilidade – não se pode privar alguém de consumi-lo– Não rivalidade – o consumo de um indivíduo não impede o

consumo do outro indivíduo– Ex: Regulação climática, beleza cênica

• Tragédia dos comuns (distorção de mercado):– Consumo de água em prédios

• “Free-rider”

Page 32: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 32

Serviços Ecossistêmicos

• Bens públicos (difícil precificação):– Não excludabilidade – não se pode privar alguém de consumi-lo– Não rivalidade – o consumo de um indivíduo não impede o

consumo do outro indivíduo– Ex: Regulação climática, beleza cênica

• Tragédia dos comuns (distorção de mercado):– Consumo de água em prédios

• “Free-rider”

Page 33: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 33

Serviços Ecossistêmicos

• Bens públicos (difícil precificação):– Não excludabilidade – não se pode privar alguém de consumi-lo– Não rivalidade – o consumo de um indivíduo não impede o

consumo do outro indivíduo– Ex: Regulação climática, beleza cênica

• Tragédia dos comuns (distorção de mercado):– Consumo de água em prédios

• “Free-rider”

Page 34: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 34

Valoração Ambiental• Os mercados só são capazes fazer alocação de

recursos e serviços naturais precificados – Muitos recursos e serviços ambientais não são precificados

– Muitos dos impactos negativos das operações das empresas e do consumo dos produtos não são precificados também

– Com isso, os recursos e serviços ambientais são utilizados de uma maneira subótima, provocando redução do Capital Natural:

• Exploração excessiva

• Degradação por impactos negativos da produção ao consumo e destinação final

• Precificação de bens e serviços ambientais:– Esforço pioneiro - acidente com o Exxon Valdez no Alasca

(1989)

Page 35: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 35

• Os mercados só são capazes fazer alocação de recursos e serviços naturais precificados – Muitos recursos e serviços ambientais não são precificados

– Muitos dos impactos negativos das operações das empresas e do consumo dos produtos não são precificados também

– Com isso, os recursos e serviços ambientais são utilizados de uma maneira subótima, provocando redução do Capital Natural:

• Exploração excessiva

• Degradação por impactos negativos da produção ao consumo e destinação final

• Precificação de bens e serviços ambientais:– Esforço pioneiro - acidente com o Exxon Valdez no Alasca

(1989)

Valoração Ambiental

Page 36: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 36

Valoração Ambiental• Os mercados só são capazes fazer alocação de

recursos e serviços naturais precificados – Muitos recursos e serviços ambientais não são precificados

– Muitos dos impactos negativos das operações das empresas e do consumo dos produtos não são precificados também

– Com isso, os recursos e serviços ambientais são utilizados de uma maneira subótima, provocando redução do Capital Natural:

• Exploração excessiva

• Degradação por impactos negativos da produção ao consumo e destinação final

• Precificação de bens e serviços ambientais:– Esforço pioneiro - acidente com o Exxon Valdez no Alasca

(1989)

Page 37: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 37

Valor econômico total (VET)

• VET = Valor de Uso + Valor de Existência

– VU = Direto + Indireto + Opção• VU Direto: Exploração de madeira, fármacos, essências, pesca, água, minerais, ecoturismo, etc.

• VU Indireto: Fixação de carbono, conservação do solo, diluição de poluentes, reciclagem de nutrientes, etc.

• Valor de Opção (uso futuro): Banco genético de espécies nativas, princípios ativos, etc.

– Valor de Existência• Não Uso (independentemente do uso): Espécies bandeira (mico-leão, panda gigante), floresta amazônica, etc.

Page 38: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 38

Valor econômico total (VET)

• VET = Valor de Uso + Valor de Existência

– VU = Direto + Indireto + Opção• VU Direto: Exploração de madeira, fármacos, essências, pesca, água, minerais, ecoturismo, etc.

• VU Indireto: Fixação de carbono, conservação do solo, diluição de poluentes, reciclagem de nutrientes, etc.

• Valor de Opção (uso futuro): Banco genético de espécies nativas, princípios ativos, etc.

– Valor de Existência• Não Uso (independentemente do uso): Espécies bandeira (mico-leão, panda gigante), floresta amazônica, etc.

Page 39: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 39

Valor econômico total (VET)

• VET = Valor de Uso + Valor de Existência

– VU = Direto + Indireto + Opção• VU Direto: Exploração de madeira, fármacos, essências, pesca, água, minerais, ecoturismo, etc.

• VU Indireto: Fixação de carbono, conservação do solo, diluição de poluentes, reciclagem de nutrientes, etc.

• Valor de Opção (uso futuro): Banco genético de espécies nativas, princípios ativos, etc.

– Valor de Existência• Não Uso (independentemente do uso): Espécies bandeira (mico-leão, panda gigante), floresta amazônica, etc.

Page 40: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 40

Valor econômico total (VET)

• VET = Valor de Uso + Valor de Existência

– VU = Direto + Indireto + Opção• VU Direto: Exploração de madeira, fármacos, essências, pesca, água, minerais, ecoturismo, etc.

• VU Indireto: Fixação de carbono, conservação do solo, diluição de poluentes, reciclagem de nutrientes, etc.

• Valor de Opção (uso futuro): Banco genético de espécies nativas, princípios ativos, etc.

– Valor de Existência• Não Uso (independentemente do uso): Espécies bandeira (mico-leão, panda gigante), floresta amazônica, etc.

Page 41: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 41

Valor econômico total (VET)

• VET = Valor de Uso + Valor de Existência

– VU = Direto + Indireto + Opção• VU Direto: Exploração de madeira, fármacos, essências, pesca, água, minerais, ecoturismo, etc.

• VU Indireto: Fixação de carbono, conservação do solo, diluição de poluentes, reciclagem de nutrientes, etc.

• Valor de Opção (uso futuro): Banco genético de espécies nativas, princípios ativos, etc.

– Valor de Existência• Não Uso (independentemente do uso): Espécies bandeira (mico-leão, panda gigante), floresta amazônica, etc.

Page 42: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 42

Metodologias para valoração ambiental

• Mudança na produtividade: Derrubada da floresta: menor produção agrícola, perda de oportunidade de explorar ecoturismo e produtos florestais

• Custo de reposição (bens e serviços substitutos): adubo, dragagem do rio para navegação

• Prejuízos evitados: perda de safra por enchente, diminuição de vida útil de hidrelétricas e açudes

• Custo de viagem: ecoturismo + transporte + alimentação

• Preços hedônicos: maior valorização de imóveis em função da proximidade de recursos naturais

• Valoração contingente: questionários que objetivam a disposição a pagar (DAP) hipotética pelo recurso natural. Geralmente utilizada para identificar o Valor de Existência (não uso)

Page 43: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 43

Metodologias para valoração ambiental

• Mudança na produtividade: Derrubada da floresta: menor produção agrícola, perda de oportunidade de explorar ecoturismo e produtos florestais

• Custo de reposição (bens e serviços substitutos): adubo, dragagem do rio para navegação

• Prejuízos evitados: perda de safra por enchente, diminuição de vida útil de hidrelétricas e açudes

• Custo de viagem: ecoturismo + transporte + alimentação

• Preços hedônicos: maior valorização de imóveis em função da proximidade de recursos naturais

• Valoração contingente: questionários que objetivam a disposição a pagar (DAP) hipotética pelo recurso natural. Geralmente utilizada para identificar o Valor de Existência (não uso)

Page 44: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 44

Metodologias para valoração ambiental

• Mudança na produtividade: Derrubada da floresta: menor produção agrícola, perda de oportunidade de explorar ecoturismo e produtos florestais

• Custo de reposição (bens e serviços substitutos): adubo, dragagem do rio para navegação

• Prejuízos evitados: perda de safra por enchente, diminuição de vida útil de hidrelétricas e açudes

• Custo de viagem: ecoturismo + transporte + alimentação

• Preços hedônicos: maior valorização de imóveis em função da proximidade de recursos naturais

• Valoração contingente: questionários que objetivam a disposição a pagar (DAP) hipotética pelo recurso natural. Geralmente utilizada para identificar o Valor de Existência (não uso)

Page 45: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 45

Metodologias para valoração ambiental

• Mudança na produtividade: Derrubada da floresta: menor produção agrícola, perda de oportunidade de explorar ecoturismo e produtos florestais

• Custo de reposição (bens e serviços substitutos): adubo, dragagem do rio para navegação

• Prejuízos evitados: perda de safra por enchente, diminuição de vida útil de hidrelétricas e açudes

• Custo de viagem: ecoturismo + transporte + alimentação

• Preços hedônicos: maior valorização de imóveis em função da proximidade de recursos naturais

• Valoração contingente: questionários que objetivam a disposição a pagar (DAP) hipotética pelo recurso natural. Geralmente utilizada para identificar o Valor de Existência (não uso)

Page 46: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 46

Artigo “The value of the world´s ecosystem services and natural capital” (Costanza et al, 1997)

Nature v.19 (15)

• Valoração de 17 serviços ecossistêmicos

• Trabalhos em 16 biomas

• VET = US$ 33 trilhões / ano

• PIB = US$ 18 trilhões / ano

Page 47: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 47

Serviços Ecossistêmicos (Costanza et al, 1997)Foram considerados somente serviços ecossistêmicos renováveis, sendo excluídos os combustíveis fósseis, minerais e a atmosfera

Page 48: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 48

Serviços Ecossistêmicos (Costanza et al, 1997)

Page 49: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 49

Serviços Ecossistêmicos (Costanza et al, 1997)

Page 50: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 50

Serviços Ecossistêmicos (Costanza et al, 1997)

Page 51: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 51

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– Incorpora o aspecto ambiental como um dos fatores de produção e como bem transacionável em mercado, passível de maximização de utilidade para a humanidade

– Valor econômico é atribuído a partir da utilidade percebida -considerando apenas a perspectiva humana, tomando como base os valores e o nível de conhecimento atual sobre os bens e serviços ecossistêmicos (ex.: o que se sabia sobre o efeito estufa na época da revolução industrial?)

– Considera que recursos e serviços ambientais seriam intercambiáveis com os outros fatores de produção (Capital e Trabalho). Alguns têm maior possibilidade de substituição por tecnologia (tratamento de água, conservação de solos), mas para outros a subsituição é muito mais limitada ou impossível (formação de solos, bloqueio de raios UV, diversidade biológica)

– Os modelos econômicos são lineares e incrementais, enquanto os modelos ecológicos são complexos e com limiares de ruptura

Page 52: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 52

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– Incorpora o aspecto ambiental como um dos fatores de produção e como bem transacionável em mercado, passível de maximização de utilidade para a humanidade

– Valor econômico é atribuído a partir da utilidade percebida -considerando apenas a perspectiva humana, tomando como base os valores e o nível de conhecimento atual sobre os bens e serviços ecossistêmicos (ex.: o que se sabia sobre o efeito estufa na época da revolução industrial?)

– Considera que recursos e serviços ambientais seriam intercambiáveis com os outros fatores de produção (Capital e Trabalho). Alguns têm maior possibilidade de substituição por tecnologia (tratamento de água, conservação de solos), mas para outros a subsituição é muito mais limitada ou impossível (formação de solos, bloqueio de raios UV, diversidade biológica)

– Os modelos econômicos são lineares e incrementais, enquanto os modelos ecológicos são complexos e com limiares de ruptura

Page 53: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 53

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– Incorpora o aspecto ambiental como um dos fatores de produção e como bem transacionável em mercado, passível de maximização de utilidade para a humanidade

– Valor econômico é atribuído a partir da utilidade percebida -considerando apenas a perspectiva humana, tomando como base os valores e o nível de conhecimento atual sobre os bens e serviços ecossistêmicos (ex.: o que se sabia sobre o efeito estufa na época da revolução industrial?)

– Considera que recursos e serviços ambientais seriam intercambiáveis com os outros fatores de produção (Capital e Trabalho). Alguns têm maior possibilidade de substituição por tecnologia (tratamento de água, conservação de solos), mas para outros a substituição é muito mais limitada ou impossível (formação de solos, bloqueio de raios UV, diversidade biológica)

– Os modelos econômicos são lineares e incrementais, enquanto os modelos ecológicos são complexos e com limiares de ruptura

Page 54: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 54

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– Incorpora o aspecto ambiental como um dos fatores de produção e como bem transacionável em mercado, passível de maximização de utilidade para a humanidade

– Valor econômico é atribuído a partir da utilidade percebida -considerando apenas a perspectiva humana, tomando como base os valores e o nível de conhecimento atual sobre os bens e serviços ecossistêmicos (ex.: o que se sabia sobre o efeito estufa na época da revolução industrial?)

– Considera que recursos e serviços ambientais seriam intercambiáveis com os outros fatores de produção (Capital e Trabalho). Alguns têm maior possibilidade de substituição por tecnologia (tratamento de água, conservação de solos), mas para outros a substituição é muito mais limitada ou impossível (formação de solos, bloqueio de raios UV, diversidade biológica)

– Os modelos econômicos são lineares e incrementais, enquanto os modelos ecológicos são complexos e com limiares de ruptura

Page 55: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 55

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– A abordagem não leva em consideração que o nível ótimo de utilidade dos bens e serviços ambientais pode ultrapassar a capacidade de recomposição do capital natural (ex.: estoques pesqueiros)

– A escassez do bem ou serviço faz subir o seu preço, o que viabiliza a aplicação de novas tecnologias de exploração (ex.: petróleo do pré-sal)

– É preciso uma abordagem mais abrangente, compreendendo os limites de resiliência do Capital Natural, restringindo os impactos a esses limites, fazendo com os mercados só operem dentro dessa faixa de tolerância (ex.: mercados de carbono ou de emissão de SO2)

– A Economia Ecológica é uma abordagem mais abrangente, que parte da capacidade de suporte dos ecossistemas e só então define os limites de operação dos mercados e empresas.

Page 56: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 56

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– A abordagem não leva em consideração que o nível ótimo de utilidade dos bens e serviços ambientais pode ultrapassar a capacidade de recomposição do capital natural (ex.: estoques pesqueiros)

– A escassez do bem ou serviço faz subir o seu preço, o que viabiliza a aplicação de novas tecnologias de exploração (ex.: petróleo do pré-sal)

– É preciso uma abordagem mais abrangente, compreendendo os limites de resiliência do Capital Natural, restringindo os impactos a esses limites, fazendo com os mercados só operem dentro dessa faixa de tolerância (ex.: mercados de carbono ou de emissão de SO2)

– A Economia Ecológica é uma abordagem mais abrangente, que parte da capacidade de suporte dos ecossistemas e só então define os limites de operação dos mercados e empresas.

Page 57: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 57

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– A abordagem não leva em consideração que o nível ótimo de utilidade dos bens e serviços ambientais pode ultrapassar a capacidade de recomposição do capital natural (ex.: estoques pesqueiros)

– A escassez do bem ou serviço faz subir o seu preço, o que viabiliza a aplicação de novas tecnologias de exploração (ex.: petróleo do pré-sal)

– É preciso uma abordagem mais abrangente, compreendendo os limites de resiliência do Capital Natural, restringindo os impactos a esses limites, fazendo com os mercados só operem dentro dessa faixa de tolerância (ex.: mercados de carbono ou de emissão de SO2)

– A Economia Ecológica é uma abordagem mais abrangente, que parte da capacidade de suporte dos ecossistemas e só então define os limites de operação dos mercados e empresas.

Page 58: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 58

Valoração Ambiental• Restrições da abordagem:

– A abordagem não leva em consideração que o nível ótimo de utilidade dos bens e serviços ambientais pode ultrapassar a capacidade de recomposição do capital natural (ex.: estoques pesqueiros)

– A escassez do bem ou serviço faz subir o seu preço, o que viabiliza a aplicação de novas tecnologias de exploração (ex.: petróleo do pré-sal)

– É preciso uma abordagem mais abrangente, compreendendo os limites de resiliência do Capital Natural, restringindo os impactos a esses limites, fazendo com os mercados só operem dentro dessa faixa de tolerância (ex.: mercados de carbono ou de emissão de SO2)

– A Economia Ecológica é uma abordagem mais abrangente, que parte da capacidade de suporte dos ecossistemas e só então define os limites de operação dos mercados e empresas.

Page 59: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 59

Sumário

• Valoração Ambiental– Por que valorar?

– Valor econômico

– Serviços ecossistêmicos

– Valoração de serviços ecossistêmicos

– Limitações da abordagem

• Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável

• Discussão: PSA x Código Florestal

Page 60: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 60

• Triple Bottom Line:

– Economicamente viável

– Ambientalmente suportável

– Socialmente justo

Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável

Econômica Ambiental

Social

Page 61: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 61

• Triple Bottom Line:

– Economicamente viável

– Ambientalmente suportável

– Socialmente justo

Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável

Econômica Ambiental

Social

Ecoeficiência

Desenvolvimento RSA

Page 62: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 62

• Triple Bottom Line:

– Economicamente viável

– Ambientalmente suportável

– Socialmente justo

Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável

Econômica Ambiental

Social

Ecoeficiência

Desenvolvimento RSA

Meio ambienteSociedadeEconomiaOrganização

• Economia Ecológica (limites biofísicos):

Page 63: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 63

Desenvolvimento Sustentável x Taxa de Juros

• Desenvolvimento Sustentável – Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum (1987): “Assegura a satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades”

• Taxa de juros – valor pago por antecipar recebimentosPV = PMT_

i

PV – Valor presentePMT – Recebimentos periódicosi – Taxa de juros do período

Page 64: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 64

Desenvolvimento Sustentável x Taxa de Juros

• Desenvolvimento Sustentável – Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum (1987): “Assegura a satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades”

• Taxa de juros – valor pago por antecipar recebimentosPV = PMT_

i

PV – Valor presentePMT – Recebimentos periódicosi – Taxa de juros do período

Page 65: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 65

Sumário

• Valoração Ambiental– Por que valorar?

– Valor econômico

– Serviços ecossistêmicos

– Valoração de serviços ecossistêmicos

– Limitações da abordagem

• Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável

• Discussão: PSA x Código Florestal

Page 66: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari 66

Questões para debate

• Quais as vantagens e desvantagens das seguintes estratégias para a Conservação de Ecossistemas:• medidas de Comando e Controle, como o Código

Florestal

• medidas de Incentivo Econômico, como os PSA (Pagamentos por Serviços Ambientais)

Page 67: Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidadeweb01.ib.usp.br/bie314/2013/aula10_Valoracao_2013.pdf · Valoração Econômica e Conservação da Biodiversidade Alexandre

Valoração Econômica e Conservação da BiodiversidadeAlexandre Toshiro Igari

Obrigado!

Alexandre Toshiro [email protected]