Vacinao

VacinaoEquipe: Ana Ceclia Malagueta e Silva Sbardelotto;Ana Giselle Ferreira Moraes;Ana Paula de Campelo Maciel Ribeiro;Francisca Damirys Borges Santiago;Francisca Larissa Guimares Rodrigues;Isabelle de Ftima Pinheiro de Castro Lima;Karen Virgnia Lopes Gomes;Luana Monte Marques;Xayenne Sousa de Oliveira.

Ensino Clnico III Professora: Andra Lopes Enfermagem

ObjetivoO trabalho vem com o intuito de orientar e obter respostas rpidas s dvidas que possam acontecer durante a execuo do trabalho de imunizao.Subsidiando os profissionais de sade que atuam nas salas de vacinas, contribuindo para a melhoria da assistncia realizada nas unidades de sade e resultando no aprimoramento dos conhecimentos dos acadmicos de enfermagem.

O que so vacinas?Vacina deriva do latim vaccinae = de vaca

So substncias produzidas a partir de bactrias e vrus, mortos ou atenuados, que so introduzidas no organismo vivo (humanos e animais) a fim de gerar imunidade contra vrias doenas. Uma vez no organismo, o sistema imune produz anticorpos para aquele determinado vrus ou bactria, criando-se uma proteo.Primeira vacina foi descoberta em 1978, pelo mdico ingls Edward Jenner, em suas observaes sobre influncia da varola bovina nas pessoas que os ordenhavam. Em sentido de importncia no se pode esquecer a vacina contra raiva, descoberta por Louis Pasteur em 1885.

As vacinas so o meio mais eficaz e seguro de proteo contra vrias doenas imunoprevinveis.

Importncia das vacinasJ foi comprovada a eficcia das vacinas, tendo em vista que elas so um meio importante para prevenir e combater doenas que possuem um nvel de gravidade de moderada a severa.

Elas so capazes de erradicar muitos dessas doenas, como o caso da poliomielite, que vem sendo prevenida e no se tem casos desde o incio dos anos 90 no Brasil, de acordo com Sistema nico de Sade (SUS).

Vantagens:- Diminuem o sofrimento do sintomas estabelecidos pela doena;- Diminuem a velocidade de disseminao;- Previne quanto a futuras doenas.

Programa Nacional de Imunizao (PNI) um programa do Ministrio da Sade criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto n 78.231 (12/08/1976).

A criao do programa tornou a vacina como rotina.

Divulga o Calendrio Bsico de Vacinao que contempla imunobiolgicos fornecidos, gratuitamente, populao. Alm de servir de base para a elaborao de calendrios vacinais de outras instituies como a Sociedade Brasileira de Imunizao (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

(PNI)Janeiro de 2012, mudou o calendrio vacinal, fazendo com que as primeiras doses da vacina contra poliomielite, deixasse de ser oral e passasse a ser injetvel (de VOP para VIP), e incluindo a vacina pentavalente (difteria + ttano + coqueluche + influenza b + hepatite B).

Objetivos:- Contribuir para permanncia da erradicao da poliomielite;- Controle/Erradicao do sarampo, difteria, ttano neonatal, coqueluche, formas graves de tuberculose, rubola e caxumba;- Evitar agravos, distribuindo imunobiolgicos;- Oferecer vacinas com qualidade a todas as crianas, tentando alcanar cobertura vacinal 100% de forma homognea (principalmente).

(PNI)Atualmente, o PNI disponibiliza 13 vacinas que constam do calendrio bsico da criana.Atua de forma descentralizada quanto sua execuo, mas com verticalizao das normas tcnicas (municpio > distrito federal > ministrio de sade).

Custeado com recursos pblicos, uma prioridade para a sociedade brasileira, a qual se encontra disponvel independente da condio econmica.

Conceitos Fundamentais

Agentes imunizantesQuanto a natureza: Vacinas atenuadas (composta por bactrias ou vrus que perderam a virulncia aps cultivos sobre reaes adversas mas mantiveram a capacidade de se replicar e produzir imunidade sem produzir a doena);Rotavrus e poliomieliteVacinas combinadas (composta por antgenos de vrios agentes infecciosos diferentes na mesma apresentao, sendo aplicadas na mesma administrao);DTP e SCRVacinas inativadas (composta por bactrias e vrus mortos que so inativados por procedimentos qumicos e fsicos; estimula principalmente a imunidade humoral);Hepatite B e contra clera

Tipos de imunidade ATIVA:- Natural : quando se contrai uma doena e o organismo acaba por gerar imunidade devido a memria imunolgica.- Artificial : adquirida mediante a utilizao das vacinas.

PASSIVA:- Natural : recebida, pela criana, imunoglobulinas via placentria ou aleitamento materno.- Artificial : imunoglobulinas adquiridas por soro.

Contraindicaes geraisImunobiolgicos no devem ser administrados em pessoas:

- com imunodeficincia congnita ou adquirida;- acometidos por neoplasias malignas;- em tratamento com doses elevadas de corticosteroides;- submetidos a tratamentos quimioterpicos, antineoplsicos, radioterapias, etc.- grvidas

Falsas contraindicaesDoenas infecciosas ou alrgicas do trato respiratrio superior (tosse ou coriza);Doenas diarreicas leves ou moderadas;Doenas de pele (impetigo ou escabiose);Desnutriao;Uso de microbianos;Doena neurolgica estvel ou antecedente familiar de convulso;Tratamento de corticosteroides de curta durao e doses baixas;Alergias;Prematuridade ou baixo peso (exceto BCG);Internao hospitalar;Gripe ou resfriado Situao especial*Pessoas com HIV, todas as vacinas do PNI so aplicveis;

Pessoas com AIDS contraindicado a vacina BCG, VOP e se possvel, evitas as vacinas de agentes vivos (substituir pelas inativadas).

Vacinas de rotinaBCG :Contra formas graves da tuberculose; ID; ao nascer; dose nica.VOP/VIP :Contra poliomielite ou paralisia infantil; oral e IM; 3 doses + 1 reforo.TETRAVALENTE : Contra difteria, ttano, coqueluche e Haemophilus influenzae do tipo b; IM; 3 doses + 2 reforos.TRPLICE VIRAL (SCR) :Contra sarampo, caxumba e rubola; SC; 1 dose + 1 reforo.HEPATITE B :Contra hepatite B; IM; 4 doses para crianas.ROTAVRUS (VORH) :Gastrenterite por rotavrus; VO; 2 doses.FEBRE AMARELA :Contra febre amarela; SC; 1 dose + 1 reforo.

Vacinas especiaisMeningoccicaHepatite AHaemophilus influenzae do tipo bPentavalente ( tetra + hepatite B )Pneumoccica Pneumococo VaricelaInfluenzaDTP

Papel do EnfermeiroQuanto as orientaes bsicas:

- Explicar aos responsveis as vantagens da vacinao, quanto as doenas que sero prevenidas;- Saber o percentual de eficcia e os possveis efeitos adversos;- Facilitar o acesso da populao s vacinas, aumentando o percentual de cobertura vacinal;- Tomar cuidado com o acondicionamento e reposio dos materiais imunobiolgicos, prestar assistncia clientela com segurana, responsabilidade e respeito, fiscalizar e conscientizar quais as vacinas esto faltando ou devem ser tomadas pelos pacientes;

Quanto as precaues:

- Verificar a carteira de vacinao da criana (conferir nome, vacinas em dia ou atrasadas);- Verificar caractersticas da vacina a ser administrada (data de vencimento, aspecto fsico);- Verificar se foi respeitado o modo de conservao;

Quanto a rotina:

- Lavar as mos, antes e aps procedimentos;- Verificar e registrar temperatura da geladeira;- Prover materiais necessrios para a jornada de trabalho;- Verificar lote, prazo de validade do material;- Organizar caixa trmica - Atender fornecendo todas as orientaes necessrias; - Questionar sobre as condies de sade da criana e ocorrncia de reaes na vacinao anterior;- Orientar sobre reaes esperadas;- Administrar o imunobiolgico seguindo tcnicas de aplicao;- Realizar os registros necessrios na caderneta de vacinao, arquivo e contra-arquivo;- Reforar orientao quanto ao retorno;- Realizar busca ativa dos faltosos;- Atender aos prazos estabelecidos pelo SVS quanto a entrega de relatrios mensais de vacinas.

Conservao dos imunobiolgicos Geladeira Caixa trmica

Rede de frioProcesso de recebimento, armazenamento, conservao, manipulao, distribuio e transporte dos imunobiolgicos do PNI, com objetivo de manter a temperatura adequada desses produtos, desde o laboratrio at a sua utilizao.

Sua importncia se da devido esses imunobiolgicos serem termolbeis (deterioram-se quando muito expostos a temperaturas inadequadas).

Quanto ao armazenamento: Instncia Nacional (Ministrio da Sade), Instncia Regional (municipal), Instncia Local.Cmara fria > CENADI > nvel estadual > nvel regional > nvel municipal > nvel local.

Geladeira- Deve estar em ambiente climatizado, sem incidncia de luz solar direta;- Porta nica;- Possuir termmetro externo, a temperatura interna deve estar entre +2 e +8 Celsius;- Possuir uma tomada exclusiva distante 1,30m do cho;- Estar distante 15 cm da parede;- No estar em contato direto com o cho.

Organizao:

- CONGELADOR: Armazenamento de bobinas de gelo reutilizveis;- PRIMEIRA PRATELEIRA (virais): Armazenamento das vacinas que podem ser submetidas temperatura negativa, conforme recomendao do laboratrio produtor (ex. VOP, FA e SRC);- SEGUNDA PRATELEIRA (bacterianas): Armazenamento das vacinas que NO podem ser submetidas temperatura negativa, conforme recomendao do laboratrio produtor (ex. Penta, dT, DTP, Hepatite B, BCG, Hib, Influenza, VIP, DTPa, contra a raiva humana);- TERCEIRA PRATELEIRA: Armazenamento de diluentes e/ou soros;- GAVETA INFERIOR: Armazenamento de garrafas de gua com corante.

OBS: O termmetro deve ficar entre a primeira e a segunda prateleira.

Caixa trmicaIdentificar as caixas trmicas com cada tipo de vacina (virais e bacterianas);Ambientar as bobinas de gelo reutilizvel e coloc-las nas laterais da caixa;Arrumar os imunobiolgicos no centro da caixa;Manter a temperatura interna da caixa entre +2 e +8 Celsius, monitorando-a com termmetro de cabo extensor, trocando as bobinas de gelo reutilizvel sempre que necessrio;Manter a caixa trmica fora do alcance da luz solar direta e distante de fontes de calor.

OBS: Evitar ao mximo ficar abrindo a caixa sem necessidade!

Qual armazenamento est correto?

Cuidados de Enfermagem- Sempre verificar a temperatura interna da geladeira e das caixas trmicas anotando os resultados no incio e no final do dia;- Manter o CORRETO acondicionamento dos imunobiolgicos:No armazenar nada nas portas da geladeira;No armazenar nada alm dos imunobiolgicos ;Manter a geladeira organizada de forma que a refrigerao possa fluir uniformemente;Assegurar que a geladeira esteja sempre em condies asspticas.

Enfermagem e a rotina na sala de vacinasQuanto ao armazenamento:

Laboratrio produtor;N do lote;Prazo de validade;Enfrascagem (uma dose - 10 doses - 20 doses, etc.);Ordem alfabtica (instncias estadual/regional).Deve-se observar tambm a validade dos lotes. Aqueles com menor prazo de validade devero ter prioridade na distribuio, para possibilitar menor perda de imunobiolgicos por vencimento do prazo.Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no incio da jornada de trabalho e no final do dia e anotar no formulrio de controle dirio de temperatura;

Manter afixado na porta aviso para que esta no seja aberta fora do horrio de retirada e/ou guarda das vacinas;Verificar uso da tomada exclusiva para cada geladeira; No permitir armazenar outros materiais (laboratrio odontolgico, alimentos, bebidas, etc. Certificar-se de que a porta est vedando adequadamente; No colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulao de ar.

Quanto a utilizao das caixas trmicas:

Observar a temperatura (+2 a +8 C);Verificar condies das caixas;Manter a caixa fechada, abrir apenas quando necessrio;Manter vacinas em sua respectiva caixa, mediante a identificao das mesmas;Observar validade das vacinas em utilizao;Manter apenas um frasco de vacina para cada tipo.

Quanto ao geral:

Manter sala organizada e limpa;Quando em atendimento, manter tcnica assptica;Observar vacinas necessrias (mediante ao carto de vacina);Realizar descartes adequados;Observar quanto a disponibilidade dos materiais necessrios;Sempre explicar quais vacinas sero aplicadas, os locais, suas reaes e retornos;Indicar posio correta para a administrao do imunobiolgicos;Anotar no formulrio toda vacina administrada.

Papel do EnfermeiroOs aspectos operacionais em sala de vacinas merecem uma ateno especial pois tratam de medidas essenciais para a aplicao de um imunobiolgicos dentro de todos os padres corretos de conservao, armazenagem e indicaes clnicas.

a equipe de enfermagem que:- Pede a quantidade necessria para suprir seu posto de vacinao levando em considerao o nmero de clientes cadastrados;- Recebe e distribui entre geladeira de estoque e de uso dirio;- Controla a temperatura destas geladeiras ou cmaras de conservao;- Aplica e avalia os efeitos adversos;

Os aspectos operacionais da sala de vacina so:

- Manter a qualidade do servio;- Pedir as vacinas em quantidade necessria;- Receber e distribuir vacinas na geladeira de estoque;- Controlar a temperatura da geladeira;- Aplicar os imunobiolgicos corretamente;- Avaliar os efeitos adversos;- Recomendar clientes faltosos e verificar esquemas incompletos de vacinas;- Verificar possveis faltas de energia eltrica;- Manter treinamento contnuo da equipe de enfermagem.

Estratgias de vacinaoVACINAO DE ROTINA

So vacinas oferecidas diariamente populao nas unidades de sade, que possuem todas as vacinas oferecidas pelo Calendrio Bsico de Vacinao. A inteno manter a maior cobertura vacinal possvel, para isso necessrio um atendimento adequado de toda a equipe.

CAMPANHAS

Tem como objetivo principal a rpida vacinao de grande contingente da populao. Normalmente so realizadas quando a cobertura vacinal de encontra baixa ou quando se tem ameaas de epidemia.VACINAO DE BLOQUEIO

Realizada quando se tem suspeita ou confirmao da existncia de doenas imunoprevenveis, objetivando interromper a cadeia de transmisso da doena.

Diagnsticos de enfermagemRisco de infeco relacionado a defesas primrias inadequadas.Diarreia relacionado ao efeito adverso do imunobiolgico caracterizado por clicas e urgncia em defecar.Hipertemia relacionado a reao do imunobiolgico administrado caracterizado por elevao da temperatura acima da variao norma e rubor cutneo.Nuseas relacionado ao imunobiolgico caracterizado por enjoo.Integridade da pele prejudicada relacionada a fatores mecnicos devido a aplicao do imunobiolgico caracterizado por dor, dormncia na rea afetada ou adjacente.RefernciasDOENGES, M. E.; MOORHOUSE, M. F.; MURR, A. C. Diagnsticos de Enfermagem, 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Programa Nacional de Imunizaes 30 anos, Braslia DF: Ministrio da Sade, 2003.BRASIL. Ministrio da Sade. Manual de rede de frio. 4 ed. Braslia DF: 2007. p. 129.ALMEIDA, M. M. Conservao e Manipulao de imunobiolgicos. In: FARHAT, C. K. et al. Imunizaes fundamentos e prticas. 4 ed. So Paulo: Atheneu, 2000.BRASIL. Ministrio da Sade. Manual de Procedimentos para Vacinao. 4 ed. Braslia DF: Ministrio da Sade Fundao Nacional de Sade, 2001.ALEXANDRE, L. B. S. P.; DAVID, R. Vacinas: Orientaes prticas. 3 ed. So Paulo: Martinari, 2011.http://www.significados.com.br/vacina/http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/vacinacao/vacinacao.htm

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