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1 V COLÓQUIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS 15 A 17 de setembro de 2015 CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO GERAL

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V COLÓQUIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

LETRAS

15 A 17 de setembro de 2015

CADERNO DE RESUMOS

E

PROGRAMAÇÃO GERAL

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Unesp

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Reitor: Dr. Julio Cezar Durigan

Vice-reitor: Profa. Dr

a. Marilza Vieira Cunha Rudge

Gestão 2013-2017

Faculdade de Ciências e Letras

Campus de Assis

Diretor: Prof. Dr. Ivan Esperança Rocha

Vice-diretora: Drª. Ana Maria Rodrigues de Carvalho

Departamento de Literatura

Chefe: Dr. Márcio Roberto Pereira

Vice-chefe: Drª. Rosane Gazolla Alves Feitosa

Departamento de Letras Modernas

Chefe: Drª. Cátia Inês Negrão Berlini de Andrade

Vice-chefe: Dr. José Luís Félix

Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Letras

Coordenador: Dr. Alvaro Santos Simões Junior

Vice-coordenadora: Drª. Maira Angélica Pandolfi

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......................................................................................... 4

PROGRAMAÇÃO GERAL ............................................................................ 5

HORÁRIOS DAS SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ..................................... 9

DISCUSSÃO DE PROJETOS DE PESQUISA ............................................. 29

RESUMOS .................................................................................................... 32

ÍNDICE ONOMÁSTICO .............................................................................. 87

ÍNDICE DOS TRABALHOS ........................................................................ 91

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APRESENTAÇÃO

O V Colóquio da Pós-Graduação em Letras da Unesp de Assis procura

proporcionar aos alunos de Mestrado e Doutorado a oportunidade de ouvir

especialistas de cada uma das três linhas de pesquisa do Programa, a saber: 1) Fontes

Primárias e História Literária, 2) Leitura,Crítica e Teoria Literária e 3) Literatura

Comparada e Estudos Culturais. Dessa forma, pretende-se contribuir com a formação

de todos os discentes para colocá-los a par das mais recentes tendências dos estudos

literários.

O objetivo é o de favorecer a divulgação e a discussão das pesquisas em

desenvolvimento na Faculdade de Ciências e Letras de Assis, em todos os níveis,

mediante a apresentação de comunicações e, pela primeira vez, exposição e avaliação

de projetos de doutoramento. Com essa nova modalidade de participação, os alunos

recém aprovados no processo seletivo do curso de Doutorado poderão refinar os seus

projetos de tal forma que possam submetê-los à Fapesp com maiores possibilidades de

aprovação.

Trata-se de um evento bianual do Programa de Pós-Graduação em Letras,

que oportuniza aos alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado a divulgação de suas

pesquisas e o contato com pesquisadores de outras universidades brasileiras. Como o

Seminário de Estudos Literários (SEL), principal evento bianual do Programa,

contempla, alternativamente, as três linhas de pesquisa, o Colóquio da Pós-Graduação

em Letras franqueia a todos os alunos participação livre nos anos intermediários (anos

ímpares). Vale acrescentar, ainda, que o Colóquio recebe importante contribuição dos

pós-graduandos, que colaboram de modo ativo na organização e realização do evento.

Assis, agosto de 2015

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PROGRAMAÇÃO GERAL

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15 de setembro de 2015

8h - Credenciamento dos participantes e entrega de material

8h30min - Cerimônia de abertura

Prof. Dr. Ivan Esperança Rocha

Diretor da Faculdade de Ciências e Letras de Assis

Dr. Alvaro Santos Simões Junior

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras

Dra. Maira Angélica Pandolfi

Vice-Coord. do Programa de Pós-Graduação em Letras

Dr. Márcio Roberto Pereira

Chefe do Departamento de Literatura

Dr. Cátia Inês N. B. de Andrade

Chefe do Departamento de Letras Modernas

9h - Mesa-redonda I: Fontes Primárias e História Literária

Coordenação: Dr. Benedito Antunes

“Fontes primárias e a redefinição da História da Literatura”

Dr. Artur Emílio Alarcon Vaz (Universidade Federal do Rio Grande –

FURG)

“Mistérios rondam o romance-folhetim na América Latina: Mistérios del

Plata (1852), de Juana Paulo Manso de Noronha, e Mistério da Tijuca

(1882-1883), de Aluísio Azevedo”

Profa. Dra. Sílvia Maria Azevedo (Universidade Estadual Paulista –

Unesp/Assis)

“A carta como espaço para a construção literária e para a

memória cultural”

Dra. Telma Maciel da Silva (Universidade Estadual de Londrina – UEL)

14h-16h - Sessões de comunicação

16h-16h30min - Coffee-break e lançamento e divulgação de livros

16h30-18h30min - Sessões de comunicação

19h30min - Discussão de projetos de pesquisa

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16 de setembro de 2015

8h30min - Mesa-redonda II: Leitura, Crítica e Teoria Literária

Coordenação: Dra. Maira Angélica Pandolfi

“O conto brasileiro contemporâneo sob a perspectiva do fantástico”

Dr. Mauro Nicola Póvoas (Universidade Federal do Rio Grande – FURG)

“O que significa ensinar literatura no mundo contemporâneo?”

Dr. Benedito Antunes (Universidade Estadual Paulista – Unesp/Assis)

“Para colher o silêncio há que suspender a palavra... Ou aludir”

Dra. Vânia Lúcia Menezes Torga (Universidade Estadual de Santa Cruz –

UESC)

14h-16h - Sessões de comunicação

16h-16h30min - Coffee-break

16h30-18h30min - Sessões de comunicação

19h30min - Discussão de projetos de pesquisa

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17 de setembro de 2015

8h30min - Mesa-redonda III: Literatura Comparada e Estudos Culturais

Coordenação: Profa. Dra. Sílvia Maria Azevedo

“Masculinidades e literatura”

Dr. Luiz Carlos Santos Simon (Universidade Estadual de Londrina –

UEL)

“Metamorfoses de mitos literários na literatura de Língua Espanhola e de

Língua Portuguesa”

Dra. Maira Angélica Pandolfi (Universidade Estadual Paulista –

UnespUnesp/Assis)

“Do romance noir como sinédoque: Se eu fechar meus olhos agora, de

Edney Silvestre, e Dália negra, de James Ellroy”

Dr. Arnaldo Franco Jr. (Universidade Estadual Paulista – Unesp/São José

do Rio Preto)

14h-16h - Sessões de comunicação

16h-16h30min - Coffee-break

16h30min-18h30min - Sessões de comunicação

19h30min - Discussão de projetos de pesquisa

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HORÁRIOS DAS SESSÕES DE COMUNICAÇÃO

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Literatura, periódicos e fontes primárias

15 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 1 Coordenação: Dra. Rosane Gazolla Alves Feitosa

MACHADO DE ASSIS EDITOR

GONÇALVES, Fabiana (Pós-Doutoranda - Unesp/Assis – Fapesp)

Supervisora: AZEVEDO, Profa. Dra. Sílvia Maria

O VAUDEVILLE NA CRÔNICA DE MACHADO DE ASSIS

CALLIPO, Drª. Daniela Mantarro (Docente Unesp/Assis)

IMAGENS CAMONIANAS PRÉ-REPUBLICANAS EM FINS DO SÉCULO XIX

AMARO, Luiz Eduardo Rodrigues (UNESP/Assis - CAPES)

Orientadora: FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves - Docente – Unesp /Assis

POR QUE INOCÊNCIA PRECISA DE UMA EDIÇÃO CRÍTICA? PRADO, Elisa dos Santos (Doutoranda – Unesp/Assis) Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes

15 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 1

Coordenação: Dra. Daniela Matarro Callipo

EÇA DE QUEIRÓS, NOS SEUS TEXTOS DE IMPRENSA, ILUMINAM SUA FICÇÃO FEITOSA, Drª. Rosane Gazolla Alves (Docente - Unesp/Assis)

LÍNGUA E ESTILO NO JORNALISMO DA BELLE ÉPOQUE FRANCESA: DOS

MANUAIS DE REDAÇÃO A MARCEL PROUST ANJOS, Yuri Cerqueira (Doutorando - USP/Fapesp)

Orientadores: WILLEMART, Dr. Philippe (USP) & PINSON, Dr. Guillaume

(ULAVAL)

BREVÍSSIMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O PERIÓDICO RELIGIOSO O

APÓSTOLO SILVA, Esequiel Gomes da (Doutor em Letras/Professor da UFPA – Campus do Marajó)

BASTIDORES DA LITERATURA NA TIPOGRAFIA DO JORNAL DO COMMERCIO

SANTANA JÚNIOR, Odair Dutra (Mestrando em Letras – Unesp/Ibilce - Bolsista

Capes)

Orientadora: GRANJA,Dra. Lúcia

SIMBOLISMO, CRÍTICA LITERÁRIA E SOCIABILIDADES NO MERCURE DE

FRANCE (1890-1898)

LÓPEZ, Camila Soares (Doutoranda – Unesp/Assis – Fapesp)

Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

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16 de setembro de 2015 14h-16h – Prédio I, sala 1

Coordenação: Dr. Esequiel Gomes da Silva

AS TEMÁTICAS MAIS DIVULGADAS NA COLÓQUIO/LETRAS (1971-2013) MENDES, Amanda (Mestranda/Unesp/Fapesp)

Orientadora: FEITOSA, Drª. Rosane Gazolla Alves

LITERATURA E PERIODISMO DE FELIPE ALAIZ CORRÊA, Henrique Sergio Silva (Doutorando/Unesp-Assis, Capes) Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

O “FUTURISMO” NA CIGARRA SOUZA, Viviane Chaves de (Mestranda em Letras – Unesp/Assis – Bolsista Capes)

Orientadora: FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves

A RECEPÇÃO CRÍTICA DE À REBOURS, DE J.-K. HUYSMANS VIEIRA, Gláucia Benedita (Mestranda - Unesp – Campus de Assis – Capes) Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

17 de setembro de 2015 14h-16h30 – Prédio I, sala 1

Coordenação: Camila Soares López

GUILHERME DE ALMEIDA EM REVISTAS: A POESIA PUBLICADA NOS

PERIÓDICOS MODERNISTAS SANTOS, André Felipe Barbosa da Silva (Mestrando em Letras Universidade Federal de São Paulo – Campus Guarulhos/ Agência de fomento: Capes)

Orientadora: ABREU, Prof.a Dr.a Mirhiane Mendes de

A CRÔNICA FEMININA NO JORNAL SILVA, Thaís Fernanda (Doutoranda em Letras pela Unesp, bolsista CNPq)

Orientadora: OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas

IMPRENSA, FICÇÃO E TRADUÇÃO: A LITERATURA TRADIZIDA NO BAS DE

PAGE BRASILEIRO GIMENEZ, Priscila (Doutora/Unesp-SJRP)

A COLEÇÃO DE AUTORES AFRICANOS E A EDITORA ÁTICA: “POR DETRÁS

DOS LIVROS” CRUZ, Clauber Ribeiro (Doutorando - Unesp/FCL-Assis – Fapesp)

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos (Unesp/FCL-Assis)

RIO DE JANEIRO – PRAÇA DE DIVERSAS LEITURAS: CÂNONE LITERÁRIO NO

JORNAL O PAIZ (1884/1889)

SILVA, Giovanni Codeça da (Doutorando em Letras Neolatinas, Estudos Literários –

Línguas e Culturas/UFRJ; Contato - Bolsista do Programa Capes)

Orientadora: MELLO, Drª. Celina Maria Moreira de

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Literatura, cinema e outras linguagens

15 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 2 Coordenação: Claudio Roberto Perassoli Júnior

MACHADO DE ASSIS NO CINEMA: CAPITU, A MINISSÉRIE (2008) RAMOS, Luan Cardoso (4º. ano/Letras, PIBIC/CNPq/ Unesp - FCL- Assis)

Orientadora: AZEVEDO, Profa. Dra. Sílvia Maria

O ROTEIRISTA COMO ESCRITOR, O ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO COMO

LITERATURA CAÚ, Maria Castanho Santos (Doutoranda - Ciência da Literatura/UFRJ - Bolsista

Faperj Nota 10) Orientador: LINS, Prof. Dr. Ronaldo Lima

IMAGENS E ESPAÇOS DA MEMÓRIA EM UMBERTO ECO E CHICO BUARQUE DE

HOLANDA ROSA, Paulo Fernando Zaganin (Doutor em Letras, Unesp/FCL de Assis)

RELAÇÕES ENTRE ARTE LITERÁRIA E HISTÓRIA: O CASO DAS MEMÓRIAS DA

RESISTÊNCIA ITALIANA MALDONADO, Rafaela Souza (Mestrado-Unesp/Assis - Bolsista CNPq) BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

15 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 2

Coordenação: Dr.a Talita Annunciato Rodrigues

A OFICINA D’OS SERTÕES – A PAIXÃO DE CANUDOS SEGUNDO O TEATRO DE

ZÉ CELSO, JOAQUIM CARDOZO E CÉSAR VIEIRA MARTINS, Prof. Dr. Gilberto Figueiredo (Doutor em Literatura Brasileira pela USP/

Professor do Departamento de Literatura da FCL da Unesp/Assis)

DA PSEUDOPOLIFONIA FEMININA NEGRA À REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

RESPONSÁVEL: EM DIÁLOGO, O DOCUMENTÁRIO A NEGAÇÃO DO BRASIL E O

ROMANCE UM DEFEITO DE COR ANDRADE, Fernanda de (Doutoranda - Unesp/Assis – Capes)

Orientadora: OSORIO, Drª. Ester Myriam Rojas

HIPOTIPOSE E LEITURA DRAMATIZADA NA CRÍTICA DE ARTE DE ÉMILE

ZOLA SANTOS, Aline Magalhães dos (Mestranda – USP)

Orientadora: PINO, Cláudia Consuelo Amigo

METAFICÇÃO E HISTÓRIA NA TRADUÇÃO DE O TEMPO E O VENTO EM

MINISSÉRIE MAZIERO, Aline Cristina (Doutoranda - Unesp- FCL ASSIS) Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Álvaro Santos

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O LÁPIS E O PINCEL: O DIÁLOGO COM A PINTURA EM ENSAIO SOBRE A

CEGUEIRA SOTTA, Cleomar Pinheiro (Doutorando – Unesp/Assis)

Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

16 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 2

Coordenação: Dr.a Ester Myriam Rojas Osorio

VERDADES E MENTIRAS: O FILME-ENSAIO DE ORSON WELLES BRANCO, Neyde Figueira (Doutoranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas / Universidade de São

Paulo, bolsista Capes)

Orientador: SOARES, Prof. Dr. Marcos César de Paula

O MITO DA MÁFIA ITALIANA EM LITTLE CAESAR, DE MERVYN LEROY TANAKA, Elder Kôei Itikawa (Doutorando em Literatura e Cinema Norte-americano

- USP/ Bolsista Capes)

Orientador: SOARES, Prof. Dr. Marcos César de Paula

O MITO SERIGRAFADO NA PANAMERICA POP DE JOSÉ AGRIPPINO DE PAULA OLIVEIRA, Sarah de (Graduada Letras - Universidade Estadual Paulista Unesp/ Assis)

Orientador: ANDRADE, Prof. Dr. Paulo

Universidade Estadual Paulista Unesp/Araraquara

A REPRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA DO INDIVÍDUO NA PEÇA SUPPRESSED

DESIRES, DO GRUPO THE PROVINCETOWN PLAYERS FERRO, Paola Piovezan (Mestranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês –

USP)

Orientadora: BETTI, Dr.a Maria Sílvia

A VANGUARDA ANTROPOFÁGICA E O OLHAR POLÍTICO BENJAMINIANO:

POSSIBILIDADES DE LEITURA DE “SUCRILHOS”, DE CRIOLO

ANDRADE, Lucas Toledo de (Mestrando/UEL/Capes)

Orientadora: DOCE, Cláudia Camardella Rio (UEL)

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Literatura infanto-juvenil e ensino: diálogos e representações

17 de setembro de 2015 14h-16h – Prédio I, sala 3

Coordenação: Moisés Gonçalves dos Santos Júnior

DOM QUIXOTE, CERVANTES DIALOGANDO COM A LITERATURA

INFANTOJUVENIL BRASILEIRA

RIBEIRO, Alessandra Silva (Mestranda em Letras Unesp/FCL de Assis)

PANDOLFI, Drª. Maira Angélica

REMINISCÊNCIAS QUIXOTESCAS N’AS CRÔNICAS DE NÁRNIA

CERQUEIRA, Ma. Aliana Georgia Carvalho (Doutoranda em Letras Unesp/Assis)

PANDOLFI, Drª. Maira Angélica (Professora - Unesp/Assis)

OSORIO, Drª. Ester Myriam Rojas (Orientadora, Professora - Unesp/Assis)

A RUPTURA DE ESTEREÓTIPOS NA OBRA BUMBA O BONECO QUE QUIS VIRAR

GENTE, DE JERONYMO MONTEIRO

OLIVEIRA, Marina João Bernardes de (Doutoranda – Unesp/Assis)

Orientador: CECCANTINI, João Luís Cardoso Tápias

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NOS MATERIAIS DIDÁTICOS DE LÍNGUA

ESPANHOLA (L.E)

VIANA, Vanessa Pansani (Unesp - Campus de Assis Mestranda – Bolsista Capes) Orientadora: OSORIO, Drª. Ester Myriam Rojas

17 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 3

Coordenação: Luís Fernando Campos D'Arcadia

O ENSINO DE LITERATURA POR MEIO DA CRÔNICA

ARRUDA, Renata Beloni de (Doutoranda – UEL – Capes) Orientador: SIMON, Prof. Dr. Luiz Carlos Santos

REPRESENTAÇÕES DA AMÉRICA HISPÂNICA (LITERATURA E CULTURA) EM

MANUAIS DE ENSINO DE ESPANHOL / LÍNGUA ESTRANGEIRA

BARROS, Augusto Moretti de (Mestrando em Letras Unesp-FCL Assis)

Orientação: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

LEITURA LITERÁRIA DE POESIA – UMA PRÁTICA PARA A VIDA

SMANIOTTO, Adriano (Doutorando UFPR – Capes) Orientador: MACHADO, Prof. Dr. Rodrigo V.

A HIBRIDEZ DE GÊNEROS LITERÁRIOS EM TONI BRANDÃO: UMA LEITURA DA

TEATRALIDADE NA NARRATIVA JUVENIL GROGUE SANTOS, Luiz Fernando Marques dos (Mestrando-UFMS/CPTL/Capes)

ENEDINO, Wagner Corsino (UFMS/CPTL)

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Encontros machadianos em prosa e poesia

16 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 6 Coordenação: Profa. Dra. Sílvia Maria Azevedo

IMPASSES MORAIS CLÁSSICOS EM PROSA MODERNA: CONHECER O OUTRO;

CONHECER-SE; E DEIXAR-SE CONHECER.

PEDROSO, Raquel Cristina Ribeiro (Mestranda em Letras/Fapesp) BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

A CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM EM QUINCAS BORBA, DE MACHADO DE

ASSIS

SEMINATTI, Tiago (Mestrando/USP – Fapesp)

Orientador: GUIMARÃES, Hélio de Seixas

MACHADO DE ASSIS E AS CONTRADIÇÕES HUMANAS: LEITURA DE HISTÓRIAS

SEM DATA (1884)

CAMARGO, Eduarda Rita Nicoletti (Mestranda – PPGLit/UFSCar/bolsista Capes)

Orientador: MARQUES, Prof. Dr. Wilton José (UFSCar)

A FORMAÇÃO DE UM VAZIO OU A (DE)FORMAÇÃO DE UM JOVEM EM

“TEORIA DO MEDALHÃO” DE MACHADO DE ASSIS

MENOCCI, Ana Carolina (Graduanda, Unesp – Assis, bolsista Fapesp)

BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

UMA FONTE DE LEITURA PARA A EPÍGRAFE DA IV PARTE DOS “VERSOS A

CORINA”

MIASSO, Audrey Ludmilla do Nascimento (Mestranda/UFSCar - Bolsista Fapesp)

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Poéticas clássicas: a palavra e a imagem

16 de setembro de 2015

14h – 16h30min – Prédio I, sala 3 Coordenação: Dayane Mussulini

A METÁFORA ARGUMENTATIVA NAS CARTAS ESPIRITUAIS, DE FREI

ANTÓNIO DAS CHAGAS

NOGUEIRA, Andréa Scavassa Vecchia

Doutoranda – Unesp/Assis Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes

ARISTÓTELES E O TEXTO DRAMÁTICO; LIMITES E RESISTÊNCIA DE UMA

TEORIA ARISTOTÉLICA DO POÉTICO

ZILIOTI, Ariana

Mestranda em Letras UNIFESP

Orientadora: COSTA, Dr.a. Leila de Aguiar

“COMO A PINTURA A POESIA”: RELAÇÕES ENTRE ARTÍFICE/OBRA E

VERBAL/IMAGÉTICO NAS OBRAS MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA, DE

JOSÉ SARAMAGO, E A POÉTICA, DE HORÁCIO

MARCON, Me. Adriana

Unesp/Assis

Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida (Unesp/Assis)

O PAPEL DA DIDASCÁLIA NA POESIA DE CIRCUNSTÂNCIA DOS SÉCULOS XVII

E XVIII

D’ARCADIA, Luís Fernando Campos (Doutorando - Unesp – FCL de Assis/ bolsista

Capes)

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes

AS ARMAS E FACES DO MARAVILHOSO EM ORLANDO FURIOSO

SIMIÃO, Sara Gabriela (Mestranda - Unesp - bolsista Capes) Orientadora: ANDRADE, Drª. Cátia Inês Negrão Berlini

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Teoria e Crítica literárias

15 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 3 Coordenação: Mariana Casoni

VINCENT B. LEITCH E O TRABALHO DE CRÍTICA DA CRÍTICA

LIMA, Luiz Fernando Martins de

(Doutor em Letras - Unesp/Assis - IEDA/UNIESP e FAPEPE/UNIESP)

MEMÓRIA ENTRE GÊNEROS LITERÁRIOS - ANGÚSTIA E INFÂNCIA, DE

GRACILIANO RAMOS

FURTADO, Pedro Barbosa Rudge (Mestrando - FCLAr/Unesp - bolsista Capes)

Orientadora: LEONEL, Profa. Dra. Maria Célia de Moraes

ÁLVARO LINS E SEU OLHAR PIONEIRO SOBRE A FICÇÃO DE GRACILIANO

RAMOS RODRIGUES, Marcos Antonio (Mestre em Letras – Unesp/Assis)

ENTENDENDO O “MALENTENDIDO”: UM ESTUDO SOBRE A CRÔNICA DE

ORIGENES LESSA

BORBA, Andre Vitor Brandão Kfuri (Mestrando - Unesp/Assis)

Orientador: MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

15 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 3 Coordenação: Dr. Luiz Fernando Martins de Lima

OS BICHOS SUBTERRÂNEOS EM A MAÇÃ NO ESCURO, DE CLARICE

LISPECTOR

FERRETI, Caroline (Mestranda - -Unesp/Assis)

Orientadora: BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

MAS ENTÃO O QUE SERIA A CRÍTICA? MACHADO DE ASSIS E O DESAFIO DE

RENOVAR A CRÍTICA LITERÁRIA NO FINAL DO SÉCULO XIX CARDOSO, Fabiano (Doutorando, PPG- Unesp)

Orientadora: AZEVEDO, Profa. Dra. Sílvia Maria

ESPAÇO (DO) TRÁGICO E METÁFORAS ESPACIAIS EM A CASA DO POETA

TRÁGICO, DE CARLOS HEITOR CONY.

NASCIMENTO, Danilo de Oliveira (Doutor em Teoria e História Literária -

Unicamp / Universidade Federal de Mato Grosso)

O DISCURSO POLIFÔNICO E A CARNAVALIZAÇÃO DE BAKHTIN NA

NARRATIVA ORAL AFRO-BRASILEIRA

ALVES-GARBIM, Juliana Franco (Doutoranda, Unesp/ASSIS, Capes) Orientadora: OSORIO, Drª. Ester Myriam Rojas (Unesp/ASSIS)

OS MORTOS DE SOBRECASACA: REFLEXÕES SOBRE O MÉTODO CRÍTICO DE

ÁLVARO LINS

CARVALHO, Lais Iaci Mirallas (Graduanda – Unesp/Assis - Bolsista Fapesp)

Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

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Entre África e Portugal: ecos da lusofonia

16 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 2 Coordenação: Dr. Rubens Pereira dos Santos

ENTRE HISTÓRIA, LITERATURA E MEMÓRIA: A GUERRA CIVIL ANGOLANA

NA ÓTICA DO ROMANCE BOM DIA CAMARADAS

SAMPAIO, Thiago Henrique

A IMAGEM DO NEGRO EM BRASIL, UM PAÍS DO FUTURO FUMIS, Larissa Ibilce, São José do Rio Preto (Mestranda, bolsista Capes)

Orientador: WIMMER, Profa. Dra. Norma

“UM ANTIGAMENTE QUE SEMPRE VOLTA”: IDENTIDADE CULTURAL PELOS

MAIS-VELHOS NA OBRA AVÓDEZANOVE E O SEGREDO DO SOVIÉTICO, DE

ONDJAKI.

ANGELI, Rogério Aparecido Lopes da Silva (Mestrando em Letras - FCL – Unesp/ASSIS)

Docente: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

EM MEIO A CORONÉIS E MORGADOS: PODER SIMBÓLICO E PERSONAGENS

FEMININAS EM NARRATIVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA PINTO, Bruna Carolina de Almeida (Doutoranda – Unesp/Assis – Fapesp) SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos (Unesp/Assis)

17 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 2

Coordenação: Bruna Carolina de Almeida Pinto

UMA TEODICEIA PESSOANA

BATISTA, Sérgio Henrique Rocha (Doutorando – FCL/Unesp/Assis) Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

ASPECTOS CULTURAIS E LITERARIOS EM A VIAGEM DO ELEFANTE (2008) , DE

JOSÉ SARAMAGO

ZOLLNER, Cintia de Vito (Mestranda - Unesp/Assis)

AS LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA EM DOIS CONTOS ANGOLANOS

LIMA, Daniela de Oliveira (Doutoranda – Unesp/Assis)

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

O ROMANCE NEORREALISTA DE SARAMAGO: CLARABOIA

SILVA, Thais Maria Gonçalves da (Doutoranda, Unesp)

Orientadora: FEITOSA, Drª. Rosane Gazolla Alves

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17 de setembro de 2015 16h30min-18h30min – Prédio I, sala 2

Coordenação: Dr. Carlos Eduardo Mendes de Moraes

EVOCAÇÕES DO REI NGUNGUNHANE NAS PERCEPÇÕES LITERÁRIAS DE

UNGULANI BA KA KHOSA (1987) E EDUARDO QUIVE (2011).

ROCHA, Denise. Universidade Federal de Fortaleza, PPGL- Capes

IDENTIDADES E PROJETOS DE CONSTRUÇÃO DE NAÇÕES NAS OBRAS DE

CHIMAMANDA NGOZIE ADICHIE E PAULINA CHIZIANE

CAMPOS, Juliana Sant’Ana (Doutoranda em Letras, do Programa de Estudos

Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, pela Universidade de São Paulo – USP)

Orientadora: SILVA, Rejane Vecchia da Rocha e

O “OPIÁRIO”, DE ÁLVARO DE CAMPOS EM “ALÉM-TÉDIO”, DE MÁRIO DE SÁ-

CARNEIRO.

AMURIN, Luane Gonçalves (Mestrado em andamento – Unesp/Assis)

SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

DIÁSPORA E CABO-VERDIANIDADE EM CHUVA BRABA, DE MANUEL LOPES

MARQUES, Simone Donegá

Mestranda – Unesp/Assis Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

CHINUA ACHEBE E CASTRO SOROMENHO: COMPROMISSO POLÍTICO E

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA EM PERSPECTIVAS LITERÁRIAS

SAES, Stela (Mestrado)

Universidade de São Paulo Orientadora: SILVA, Rejane Vecchia da Rocha e

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Literatura comparada: confluências e representações

15 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 6 Coordenação: Dr.a Norma Domingos

UMA LEITURA COMPARATIVA ENTRE OS CONTOS “NÓS MATAMOS O CÃO-

TINHOSO” DE LUÍS BERNARDO HONWANA E “SAÍDE, O LATA DE ÁGUA” DE

MIA COUTO.

VANALLI, Marilani S. (Doutoranda - Unesp-Assis, 2015)

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

A ITÁLIA NOS “COMENTÁRIOS” DE MACHADO DE ASSIS

SATIN, Ionara (Doutoranda em Letras - Unesp/ASSIS – Bolsista Capes) Orientadora: CALLIPO, Drª. Daniela Mantarro

JOSÉ SARAMAGO E GEORGE ORWELL: POLÍTICA, MILITÂNCIA E

LITERATURA SGARBI, Elielson Antonio (Doutorando em Letras - FCL Unesp – Assis) Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

MACHADO DE ASSIS E LOUIS ETIENNE: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS NO

FAZER CRÍTICO

MUSSULINI, Dayane (Doutoranda – FCL/Assis – Unesp)

Orientadora: CALLIPO, Drª. Daniela Mantarro

15 de setembro de 2015 16h30min-18h30min – Prédio I, sala 6

Coordenação: Henrique Sérgio Silva Corrêa

BAUDELAIRE E A IRONIA: A COMPOSIÇÃO DE UM DAEMON DE COMBATE

BASTOS, João Tavares (Doutorando em Literatura Comparada pela UFRJ - Bolsista

CNPq) Orientador: LINS, Prof. Dr. Ronaldo Lima

ARMANDO FREITAS FILHO E CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE: “CARA A

CARA”

CARVALHO, Karolliny da Cunha (Mestranda do Programa de pós-graduação em Letras e Linguística da Faculdade de Letras-UFG - bolsista do Cnpq)

Orientador: CAMARGO, Prof. Dr. Flávio

Professor do Programa de pós-graduação em Letras e Linguística da faculdade de Letras-UFG.

MANEIRAS E MORAL: UMA COMPARAÇÃO DO IDEAL DE COMPORTAMENTO SOCIAL NOS ROMANCES JANE EYRE E ORGULHO E PRECONCEITO

CALDAS, Marina Oliveira (Mestranda –USP – Capes)

DIAS, Nara Luiza do Amaral (Mestranda –USP – Capes) Orientador: PUGLIA, Prof. Dr. Daniel

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AUSÊNCIA E PRESENÇA EM VIDAS SECAS E CONVERSAZIONE IN SICILIA

FARIA, Patricia Aparecida Gonçalves de (Doutoranda - Unesp/São José do Rio

Preto) Orientadora: RAMOS, Maria Celeste Tommasello (Unesp/São José do Rio Preto)

NARRATIVAS DA ACEITAÇÃO SOCIAL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O

LEOPARDO, DE LAMPEDUSA, E “A INFÂNCIA DE UM CHEFE”, DE JEAN-PAUL

SARTRE

CAPISTRANO, Renato Pardal (Doutorando em Teoria Literária, PPG em Ciência da Literatura FL/UFRJ – bolsista Capes)

Orientador: LINS, Prof. Dr. Ronaldo Lima

16 de setembro de 2015 14h-16h – Prédio I, sala 6

Coordenação: Ionara Satin

VIAGEM, DESLOCAMENTO E IMPRESSÃO DE UMA AMÉRICA EM JOURNAUX

DE VOYAGE, DE ALBERT CAMUS E TODA A AMÉRICA, DE RONALD DE

CARVALHO

PERISSINOTO, Aline Pasquoto (Mestranda em Letras UNIFESP)

Orientadora: ABREU, Profa. Dra. Mirhiane Mendes de

O CÃO-TINHOSO: RELAÇÕES INTERTEXTUAIS NOS CONTOS DE LUIS

BERNARDO HONWANA E ONDJAKI

ALVES, Rafael de Souza (Mestrando – Unesp/Assis – Capes) Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

POR UMA POÉTICA ROMÂNTICA: UTOPIA E RESISTÊNCIA EM HOWL (1956), DE

ALLEN GINSBERG E PARANÓIA (1963), DE ROBERTO PIVA

LOCHINI, Patrícia Vieira (Graduação - Unesp FCL/Assis)

SILVA, Paulo César Andrade (Unesp FCL/Araraquara)

O MUNDANO E OS SALÕES NAS CRÔNICAS DE MARCEL PROUST E JOÃO DO

RIO

MORIZONO, Vivian Yoshie Martins (Mestranda - Bolsista Fapesp)

Área de Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em francês - FFLCH-USP

Orientador: ALMEIDA, Alexandre Bebiano de

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Diferentes olhares sobre a Literatura Contemporânea

15 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 5 Coordenação: Rebeca Alves

CASA, CORPO E VIDA NAS CRÔNICAS DE AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA

OLIVEIRA, Fernando Lisbôa de (Mestrado – UEL; Capes)

A “LADINICE DO FULANO”: UM ESTUDO SOBRE A MOBILIDADE

CONTEMPORÂNEA EM LUIZ RUFFATO

SOUZA, Gislei Martins de (Doutoranda em Letras - Unesp/Assis)

Orientador: ANTUNES, Prof. Dr. Benedito

O JOGO DO REVERSO, DE ANTONIO TABUCCHI, NO MEIO-FIO ENTRE A

MODERNIDADE E A PÓS-MODERNIDADE.

MACHADO, Lohanna (Mestranda em Estudos Literários - Universidade Federal do

Paraná - Bolsista da Capes) Orientadora: CARDOSO, Drª. Patrícia da Silva

INTERTEXTUALIDADE NO CASTELO DOS DESTINOS CRUZADOS DE ITALO

CALVINO

TOLEDO, Luana Rennó Martins (Mestrado em andamento – USP)

KLEIN, Adriana Iozzi - USP

16 de setembro de 2015 14h-16h– Prédio I, sala 5

Coordenação: Dr. Francisco Cláudio Alves Marques

A PRESENÇA DOS LIVROS NOS MACROS E MICROS ESPAÇOS DE O FAZEDOR

DE VELHOS, DE RODRIGO LACERDA

DONADONI, Marcilene Moreira (Mestranda/UFMS/CPTL/Capes) SALES, José Batista (UFMS/CPTL)

DOIS LADOS DE UM MESMO ORIENTE: CONSIDERAÇÕES SOBRE RELATO DE

UM CERTO ORIENTE, DE MILTON HATOUM

SILVA, Jessica Gabriela Trindade da (Mestranda – Unesp/Assis – CNPq)

BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek (Docente – Unesp/Assis)

RODOLFO COELHO CAVALCANTE E A LITERATURA DE CORDEL

CONTEMPORÂNEA

CAÇÃO, Bárbara Laís Falcão da Silva (Mestranda –Unesp/Assis – Capes)

Orientador: MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

REPRESENTAÇÕES DA MEMÓRIA EM A MÁQUINA DE FAZER ESPANHÓIS, DE

VALTER HUGO MÃE

RIBEIRO, Beatriz Sodré (Mestrado – FCL-UUnesp-Assis – CNPq)

Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

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17 de setembro de 2015 14h-16h – Prédio I, sala 5

Coordenação: Gislei Martins de Souza

O SUBLIME NA AMBIVALÊNCIA HARMÔNICA DE MURILO MENDES

VITOR, Luiz Fernando Araujo

Graduando – UNESP/Assis

Orientador: SANTOS, Dr. Fabiano R. da Silva

O ROMANCE BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO DE IVAN JAF

BARROS, Tiago de Souza (Mestrando - Unesp/Assis)

Orientador: PANDOLFI, Drª. Maira Angélica

A CONSTRUÇÃO DE PERSONAS NA CORRESPONDÊNCIA DE JOÃO ANTÔNIO

ALMEIDA, Talita Gonçalves (Mestranda – UEL/PPGL) bolsista Capes Orientadora: SILVA, Dra. Telma Maciel

A TESSITURA NARRATIVA DE O FILHO DE MIL HOMENS, DE VALTER HUGO

MÃE

LEITE, Igor Augusto (Graduando em Letras – Unesp/FCL Assis)

Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida (Unesp/FCL Assis)

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A literatura estrangeira em questão: múltiplas fronteiras

15 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 5 Coordenação: Nádia Nelziza Lovera de Florentino

HUIS-CLOS: A LIBERDADE E SUAS IMPLICAÇÕES

GOMES, Ester da Silva (Graduanda - Unesp/Assis – Fapesp)

Orientadora: SILVA, Carla Cavalcanti

PRÊMIO E CASTIGO. A RETRIBUIÇÃO CÁRMICA NA LITERATURA JAPONESA

SETSUWA (NARRATIVA BREVE) BUDISTA

PORTO, Teresa Augusta Marques (Doutoranda) Orientador: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto (Unesp/Assis)

O LABIRINTO DAS MEMÓRIAS EM TRISTRAM SHANDY E OS PROCEDIMENTOS

SURREALISTAS

TRIGO, Aline Candido (Mestranda PPGL/ UEL – Capes) BRITO, Luciana

“IL MÉNAGE À TROIS”: UMA RELAÇÃO INTRIGANTE, EM LA CASA NEL

VICOLO, DE MARIA MESSINA.

SILVA, Jéssica Cristina da (Mestranda - Unesp/ASSIS/Capes)

Orientador: MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

OS SERTÕES DE FAUSEL

FÉLIX, José Luís

Docente - FCL/ASSIS/Unesp

16 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 5 Coordenação: Kátia Aparecida da Silva Oliveira

MEMÓRIA E ESQUECIMENTO NA TRANSIÇÃO ESPANHOLA: MONTSERRAT

ROIG E A ESCRITA COMO TRANSGRESSÃO

OLIVEIRA, Katia Aparecida da Silva PG (Doutoranda --Unesp-Assis/UNIFAL-MG)

ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto (Unesp-Assis)

ALBERTO MORAVIA E O ROMANCE DE FORMAÇÃO

BEZERRA, Viviane Santos

Mestranda - Unesp/Assis

Orientadora: BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

VESTÍGIOS DA PÓS-MODERNIDADE NOS POEMAS DE “DÁ GUSTO ANDAR

DESNUDO POR ESTAS SELVAS” DE DOUGLAS DIEGUES

CATONIO, Angela Cristina Dias do Rego (Doutoranda Unesp-Assis)

Orientadora: OSORIO, Drª. Ester Myriam Rojas

A REBELDIA DE CHINASKI COMO NEGAÇÃO AO SONHO AMERICANO:

IDENTIFICANDO A CONTRACULTURA ATRAVÉS DO PROTAGONISTA DE

CARTAS NA RUA DE CHARLES BUKOWSKI.

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BALDIN, Filipe (Mestrando em Estudos Literários – PPGLit –UFSCar) FERREIRA, Dr.ª Carla Alexandra

17 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 5

Coordenação: Prof. Dr. Antonio Roberto Esteves

GÊNERO, HISTÓRIA E MEMÓRIA CULTURAL EM LAS NOCHES DE CARMEN

MIRANDA DE LUCÍA GUERRA.

BATISTA, Nayara Cristina Barbosa (Graduanda-Unesp/Assis – CNPq)

Orientador: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

PRIMO LEVI E A MEMÓRIA ALIMENTAR

NEVES, Josiane Rodrigues (Mestranda, Universidade Federal do Rio de Janeiro,

Capes)

BONA, Fabiano Dalla

O PORTUNHOL SELVAGEM E O LEGADO LITERÁRIO DE WILSON BUENO

FLORENTINO, Nádia Nelziza Lovera de (PG/Doutorado – Unesp/Assis – Capes)

ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

TEMPO NOTURNO: CONSIDERAÇÕES SOBRE ASPECTOS TEMPORAIS EM APÓS

O ANOITECER, DE HARUKI MURAKAMI

SILVA JÚNIOR, Antonio Marcos Bueno da (Graduando Unesp/Assis – ISB/Prope-

Unesp)

Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

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Vozes femininas: representações e linguagens

16 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 1 Coordenação: Kátia Isidoro de Oliveira

A REPRESENTAÇÃO DAS MULHERES NAS ÁGUAS-FORTES CARIOCAS, DE

ROBERTO ARLT

VALE, Thaís Nascimento (Doutoranda – Unesp/Assis)

ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto (Livre Docente – Unesp/Assis)

O FEMININO SITIADO: A RECEPÇÃO CRÍTICA DA OBRA A CIDADE SITIADA, DE

CLARICE LISPECTOR

OLIVEIRA, Kátia Isidoro de, doutoranda (Unesp/Assis – CNPq)

Orientadora: RAPUCCI, Dra Cleide Antonia

EVAS E LILITHS: O IMAGINÁRIO FEMININO NA OBRA DE ANGELA CARTER

RODRIGUES, Talita Annunciato (Doutoranda, FCL - Unesp/Assis – Capes) Orientadora: RAPUCCI, Dra Cleide Antonia

O RETRATO DA MULHER PÚBLICA NA POESIA POPULAR

OLIVEIRA, Letícia Fernanda da Silva (Mestranda, Unesp/Assis, Capes)

MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

17 de setembro de 2015

17h-18h30min – Prédio I, sala 1 Coordenação: Dr.a Cleide Antonia Rapucci

A CONSTRUÇÃO DA VOZ FEMININA NO ROMANCE HISTÓRICO A CASA DAS

SETE MULHERES, DE LETICIA WIERZCHOWSKI.

SILVA, John David Peliceri da (Mestrando – Unesp/Assis)

Orientador: ANTUNES, Prof. Dr. Benedito

OS SONHOS DE VIRGÍNIA: UMA ANÁLISE DO ROMANCE O LUSTRE DE

CLARICE LISPECTOR SOB A INTERFACE TEORIA LITERÁRIA E PSICANÁLISE.

SANTOS, Bruno Miranda (Mestrando pela USP/Bolsista Capes)

Orientadora: PASSOS, Drª. Cleusa Rios P.

A LINGUAGEM COMO RESISTÊNCIA EM RÚTILO NADA, DE HILDA HILST

ZAGO, Carlos Eduardo dos Santos (Doutorando - Unesp – Assis – Capes)

Orientador: MARTINS, Prof. Dr. Gilberto Figueiredo

A CULINÁRIA PERVERSA DE CLARICE LISPECTOR

ALONSO, Mariângela (Doutorado em Estudos Literários/Unesp)

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Literatura e política

17 de setembro de 2015

16h30min-18h30min – Prédio I, sala 6 Coordenação: Sérgio Henrique Rocha Batista

A(S) CENSURA(S) NA ACADEMIA BRASÍLICA DOS ESQUECIDOS

BELINE, Heloísa Viccari Jugeick (Mestranda – Unesp/ Assis – Capes)

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes

GRACILIANO RAMOS: FORMAÇÃO HUMANA E TRAJETÓRIA LITERÁRIA MARQUES, Helton (Doutorando em Letras - Unesp/Assis – CNPq)

MARTINS, Prof. Dr. Gilberto Figueiredo

OS ESPAÇOS E O EXÍLIO NO ROMANCE HISTÓRICO “LEALDADE”, DE MÁRCIO

SOUZA MESQUITA, Maria Cláudia de (Doutoranda em Letras – Unesp/Assis – Bolsista Capes)

Orientador: ANTUNES, Prof. Dr. Benedito

Unesp/Assis

INTRODUÇÃO AO PAPEL DA CULTURA SOB O PRISMA SEMIÓTICO: INTENTIO

LECTORIS, IMPLICAÇÕES SÓCIO-ACADÊMICAS E FRONTEIRAS ENTRE

LITERATURA E COMUNICAÇÃO DE MASSA

PERASSOLI JÚNIOR, Claudio Roberto (Doutorando – Unesp/Assis)

SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

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Literatura, viagens e exílio

17 de setembro de 2015

14h-16h – Prédio I, sala 1 Coordenação: Elisa Prado dos Santos

DESENRAIZAMENTO E ERRÂNCIA: A EXPERIÊNCIA DA TRAVESSIA

MARQUES, Gracielle (Mestra, Unesp/Assis)

Orientador: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

“VERISSIMA ET IUCUNDISSIMA DESCRIPTIO...”, DE ULRICO SCHMIDL:

LITERATURA OU RELATO DE VIAGEM? FIORETO, Thissiane (Doutoranda - Unesp/Assis)

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes de Coorientador: MARONEZE, Dr. Bruno Oliveira

VIAGENS, EXÍLIOS E FICCIONALIZAÇÕES EM MARÍA ROSA LOJO SILVA, Alessandro (Mestrando – UEL – Capes)

OLIVEIRA, Dra. Vanderleia da Silva

O ESPAÇO NARRATIVO E A TRAJETÓRIA DO HERÓI: O EXÍLIO EM ÓRFÃOS DO

ELDORADO, DE MILTON HATOUM GONÇALVES, Amanda Andozia (Mestranda – Unesp/Assis) Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

TRÊS FORMAS DE EXÍLIO EM ANA EM VENEZA, DE JOÃO SILVÉRIO TREVISAN

ALVES, Rebeca (Doutoranda em Letras – Unesp/Assis, Fapesp)

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DISCUSSÃO DE PROJETOS DE PESQUISA

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15 de setembro de 2015

19h30min

Coordenação: Dr. Mauro Nicola Póvoas e Dr. Artur Emílio Alarcon Vaz

O PAPEL DO INTELECTUAL NAS OBRAS O AMANUENSE BELMIRO, DE CYRO DOS ANJOS E CAMINHOS CRUZADOS, DE ÉRICO VERÍSSIMO

CASONI, Mariana Mansano (Doutoranda – Unesp/Assis)

Orientadora: CALLIPO, Drª. Daniela Mantarro

ENTRE NUANCES MULTIFORMES E SENSAÇÕES EVANESCENTES: A ESTÉTICA IMPRESSIONISTA NOS ROMANCES CLARISSA (1933), DE ÉRICO VERISSIMO E O

LUSTRE (1946), DE CLARISSE LISPECTOR

SANTOS JÚNIOR, Moisés Gonçalves dos (Doutorando – Unesp/Assis)

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

O TEMPO E O VENTO E SUAS TRADUÇÕES AUDIOVISUAIS: A NARRAÇÃO DA

MEMÓRIA

MAZIERO, Aline Cristina (Doutoranda – Unesp/Assis) Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

16 de setembro de 2015

19h30min

Coordenação: Dr. Arnaldo Franco Júnior e Drª. Telma Maciel da Silva

A CONSCIÊNCIA ESTRATÉGICA DAS VOZES NARRATIVAS EM ENSAIO SOBRE A

CEGUEIRA DE JOSÉ SARAMAGO E A MORTE DE QUINCAS BERRO D’ÁGUA DE JORGE

AMADO VANALLI, Marilani S. (Doutoranda – Unesp/Assis)

Orientador : SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

HOMENS DE PALAVRA: OS DIÁLOGOS DE JOSÉ SARAMAGO (1922-2010) E ERNESTO

SABATO (1911-2011)

MARCON, Adriana (Doutoranda – Unesp/Assis) Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

JOSÉ SARAMAGO E GEORGE ORWELL: FOLHAS POLÍTICAS SGARBI, Elielson Antonio (Doutorando – Unesp/Assis)

Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

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17 de setembro de 2015

19h30min

Coordenação: Dr. Luiz Carlos Santos Simon e Drª. Vânia Lúcia Menezes Torga

MACHADO DE ASSIS CRÍTICO LITERÁRIO: A PRESENÇA FRANCESA NA ELABORAÇÃO DE SUA ESCRITURA

MUSSULINI, Dayane (Doutoranda – Unesp/Assis)

Orientadora: CALLIPO, Drª. Daniela Mantarro

A REPRESENTAÇÃO DOS MORTOS-VIVOS E AS IDENTIDADES CULTURAIS: UMA

LEITURA COMPARADA

PERASSOLI JÚNIOR, Claudio Roberto (Doutorando – Unesp/Assis) Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

A ESTÉTICA DA REVOLTA NA LITERATURA DE ALBERT CAMUS FONSECA, Ludmilla Carvalho (Doutorando – Unesp/Assis)

CALLIPO, Drª. Daniela Mantarro

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RESUMOS

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A CONSTRUÇÃO DE PERSONAS NA CORRESPONDÊNCIA DE JOÃO ANTÔNIO

ALMEIDA, Talita Gonçalves Mestranda – UEL/PPGL - bolsista Capes

Orientadora: SILVA, Telma Maciel

RESUMO: A um único João Antônio – ser empírico – pode ser conferido um imaginário de epistológrafos. Há o jovem João Antônio, escritor a procura de mentores; o sensível e sedutor; o

escritor frustrado com a venda dos livros; o escritor condecorado; o pobre João Antônio, o

macho alfa, o prostituído publicitário, o malandro, o solitário. Todas essas imagens sociais podem ser notadas em suas cartas e a construção delas é composta pelo espaço, pelo momento

histórico e ideológico, por questões tradicionais e enraizadas de gênero, pela idade, e abarcando

tudo isso, pela leitura que o próprio autor fez de seus correspondentes enquanto indivíduos. A

partir disso, objetiva-se neste trabalho abordar a construção de personas na correspondência do

escritor João Antônio com seus amigos Ilka Brunhilde Laurito e Jácomo Mandatto. Para tanto

serão analisados os procedimentos estilísticos e discursivos de sua escrita epistolar, de maneira a perceber como uma imagem do João Antônio é construída nas cartas a partir de cada

destinatário.

PALAVRAS-CHAVE: João Antônio, escrita íntima, personas.

A CULINÁRIA PERVERSA DE CLARICE LISPECTOR

ALONSO, Mariângela

Doutorado em Estudos Literários/Unesp

RESUMO: Percorrendo o manancial da produção de Clarice Lispector, resgatamos a crônica

“Muita raiva, falta de amor”, do volume Visão do esplendor (1975). Segundo expressão da

própria autora, essa obra reúne “impressões leves”, já anteriormente publicadas na coluna Children’s Corner, da revista Senhor e no Jornal do Brasil. No entanto, ao trazer a receita de

preparação de um peru, o narrador nos surpreende pelos aspectos sórdidos e abjetos dos

ingredientes, bem como pelo tom de escárnio presente em seu discurso. Na referida crônica o jogo entre comiseração social e sadismo se difunde no texto como força motriz dos

encadeamentos das ações narradas. Em linhas gerais, interessa-nos discutir a escrita sádica da

qual provém a categoria do grotesco e a dinâmica perversa da colunista, que, a todo momento, se cruza com a da ficcionista. Para tanto, buscamos um caminho possível de análise do texto

mencionado, guiando-nos pelos estudos de Vignoles (1991); Kayser (1986); Rosenbaum (1999);

Candido (1992), entre outros. PALAVRAS-CHAVE: Clarice Lispector; sadismo; grotesco; Muita raiva, falta de amor.

O CÃO-TINHOSO: RELAÇÕES INTERTEXTUAIS NOS CONTOS DE LUIS

BERNARDO HONWANA E ONDJAKI

ALVES, Rafael de Souza

Mestrando – Unesp/Assis – Capes

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

RESUMO: Escrito por Luís Bernardo Honwana e publicado em 1964, em Moçambique, Nós

matamos o Cão-Tinhoso apresenta a história do garoto Ginho e seu grupo de amigos que foram

incumbidos pelo Dr. Veterinário de dar fim ao cão que vagava pelas ruas da cidade. Metáfora da

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situação do país, a história é retomada pelo escritor angolano Ondjaki em seu conto Nós choramos pelo Cão-Tinhoso (2007), no qual alunos se emocionam durante sua leitura na aula de

literatura. O objetivo deste trabalho é discutir as relações intertextuais entre as obras, não

deixando de se considerar o período na qual cada uma delas foi escrita. PALAVRAS-CHAVE: cão-tinhoso; Luis Bernardo Honwana; Ondjaki; Literaturas africanas;

intertextualidade.

TRÊS FORMAS DE EXÍLIO EM ANA EM VENEZA, DE JOÃO SILVÉRIO TREVISAN

ALVES, Rebeca Doutoranda em Letras – Unesp/Assis, Fapesp

RESUMO: Em Ana em Veneza (1994), o escritor João Silvério Trevisan (1944), por meio de uma narrativa inovadora, resgata a vida de três personagens históricos – Júlia, a mãe do escritor

alemão Thomas Mann; Ana, sua ex-mucama e Alberto Nepomuceno, compositor e maestro

brasileiro da virada do século XIX para o XX. Todos os três vivem o dilema de terem que se

adaptar em um espaço estrangeiro, levando-os a inúmeras reflexões sobre a condição do

imigrante, a saudade da terra natal, o papel de um artista nacional no âmbito internacional, entre outras questões. Desse modo, para esta comunicação, proponho-me fazer uma análise desse

romance histórico com o objetivo de buscar o tema do exílio que se faz presente nas falas dessas

personagens e, assim, refletir sobre o tema da identidade nacional. PALAVRAS-CHAVE: João Silvério Trevisan; Ana em Veneza; deslocamentos; exílio;

identidade nacional.

O DISCURSO POLIFÔNICO E A CARNAVALIZAÇÃO DE BAKHTIN NA

NARRATIVA ORAL AFRO-BRASILEIRA

ALVES-GARBIM, Juliana Franco

Doutoranda, Unesp/ASSIS, Capes

Orientadora: OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas ( Unesp/ASSIS)

RESUMO: As narrativas orais e populares carregam consigo a força pungente da voz de seus narradores. Discursos essencialmente dialógicos reiteram a presença de múltiplos sujeitos da

enunciação no momento da contação de histórias, a exemplo das narrativas de Mãe Beata de

Yemonjá, contadora de histórias e escritora. De acordo a polifonia bakhtiniana, os discursos são sempre (re)construídos, ou seja, são contados com base no discurso do outro, e, no caso do

discurso oral, com base na ancestralidade ou na vivência em determinada comunidade. Tal fato

preconiza a ideia de que as histórias orais são recheadas por vozes diversas e atemporais, eminentemente polifônicas e dialógicas. A oralidade primária, por sua vez, quando passa para o

meio escrito, congrega múltiplas vozes acumuladas ao longo do tempo. No texto escrito a voz narrativa se encontra como uma mistura de vozes memorialistas e fictícias. Outro ponto de vista

bakhtiniano presente nas narrativas orais afro-brasileiras é o da carnavalização. Nos contos de

Mãe Beata, o arquétipo do demônio, prefigurado por Exú, surge de forma carnavalizada em

oposição ao tom religioso e feudal imposto à época dos carnavais medievais das praças públicas

e, tradicionalmente, empregado na cultura popular.

PALAVRAS-CHAVE: Polifonia; Dialogismo; Narrativas; Oralidade; Carnavalização

IMAGENS CAMONIANAS PRÉ-REPUBLICANAS EM FINS DO SÉCULO XIX

AMARO, Luiz Eduardo Rodrigues

UNESP/Assis (CAPES)

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Orientadora: FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves - Docente – Unesp /Assis

RESUMO: Personagens históricas são usadas frequentemente na criação da identidade de um

povo, sendo ora grandes líderes, como Augusto e Cesar, ora grandes filósofos ou escritores,

como Platão ou Shakespeare. Todos estão intrinsecamente ligados à nação a qual pertencem,

como ensinou Bakhtin em Marxismo e Filosofia da Linguagem, quando analisa a natureza do

signo, como se fizessem parte da expressão ideológica daquele povo. No caso de Portugal, a

figura história foi Camões. A presente comunicação tem por objetivo analisar esta imagem

camoniana, suas representações e seu uso político pelos republicanos no fim da Monarquia

Constitucional, utilizando as críticas de Guilherme de Azevedo, José Miguel Sardica e outros,

presentes nos periódicos da época (particularmente em Occidente – Revista Illustrada de

Portugal e do Estrangeiro), assim como a perspectiva irônica desta mesma imagem na literatura

de Eça de Queirós, como um contraponto realístico à ufania da perspectiva política, revelando

aspectos ideológicos que ajudaram na reelaboração do ethos português em fim do século XIX.

Assim, contribuímos para o estudo da reformulação da identidade portuguesa, construída por

meio de um de seus grandes ícones histórico-literários.

PALAVRAS-CHAVE: Camões; Portugal; ethos; República Portuguesa; revistas literárias.

O “OPIÁRIO”, DE ÁLVARO DE CAMPOS EM “ALÉM-TÉDIO”, DE MÁRIO DE SÁ-

CARNEIRO.

AMURIN, Luane Gonçalves

Mestrado em andamento – Unesp/Assis SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

RESUMO: Mário de Sá-Carneiro foi um importante poeta que contribuiu muito para a evolução da poesia moderna portuguesa, com a publicação da Revista Orpheu (1915). Ao lado de

Fernando Pessoa, apresentou ao mundo novos recursos estilísticos, os famosos ismo,

(intersecionismo, paúismo e o sensacionismo) trazendo a influência das vanguardas europeias ( em destaque o Futurismo e Cubismo) para dentro de sua poesia. Partindo de Theodor Adorno

(2003), em “Palestra sobre Lírica e Sociedade”, veremos como o crítico literário se atêm ao fato

de que o teor poético de um poema não se dá somente pelas emoções e experiências individuais do poeta, mas também está essencialmente focado em um teor social. Propõe-se aqui uma

reflexão entre os poemas “Opiário” de Álvaro de Campos e “Além Tédio” de Sá-Carneiro em

que veremos que a melancolia e a predileção pelo negativismo são estados de espírito comuns a Sá-Carneiro e Álvaro de Campos, que partilham o mesmo contexto histórico. Sá-Carneiro não

deve ser visto somente pelo prisma de suas crises existenciais internas, mas também pelo que o externo desperta e desencadeia em si, pois a lírica não deve ser vista como algo oposto à

realidade, mas sim uma extensão desta.

PALAVRAS-CHAVE: Sá-Carneiro; Revista Orpheu; Sensacionismo; Intersecionismo; Opiário.

DA PSEUDOPOLIFONIA FEMININA NEGRA À REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

RESPONSÁVEL: EM DIÁLOGO, O DOCUMENTÁRIO A NEGAÇÃO DO BRASIL E O

ROMANCE UM DEFEITO DE COR

ANDRADE, Fernanda de Doutoranda Unesp/Assis - Capes

Orientadora: OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas

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RESUMO: Por suas afinidades em desestabilizar as hierarquias opressivas de poder com uma filosofia ao mesmo tempo estética, política e ética, este trabalho convoca as categorias

conceituais de Mikhail Bakhtin para o debate dos estudos que interrogam a hegemonia cultural,

especificamente, quanto ao apagamento da matriz feminina negra, a sua subvalorização por meio do estereótipo e da subalternidade, muitas vezes, travestida de representatividade ou de “voz”.

Para tanto, propõe-se a problematização do documentário A negação do Brasil (2000), escrito e

dirigido por Joel Zito Araújo, em diálogo com o romance Um defeito de cor, publicado em 2006 pela escritora Ana Maria Gonçalves. Tal estudo parte de um cotejo que visa a problematizar,

com o contributo bakhtiniano, a maneira como se instaura a alteridade da mulher negra,

demonstrando a responsabilidade ideológica da representação, ao se considerar que a polifonia não é a mera aparição do representante de um grupo, mas a constituição de uma voz que seja

capaz de se posicionar e de ser ouvida com ressonância, onde a arte não se encontre como

simples serva. PALAVRAS-CHAVE: Mikhail Bakhtin; mulher negra; representação; polifonia.

A VANGUARDA ANTROPOFÁGICA E O OLHAR POLÍTICO BENJAMINIANO:

POSSIBILIDADES DE LEITURA DE “SUCRILHOS”, DE CRIOLO

ANDRADE, Lucas Toledo de

Mestrando/UEL/Capes Orientadora: DOCE, Cláudia Camardella Rio (UEL)

RESUMO: O pensamento de Oswald de Andrade marca-se pela originalidade e irreverência que estão presentes nos manifestos bases de sua criação, como o “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”

(1924), o “Manifesto Antropófago” (1928) e também na coletânea de poemas Pau Brasil. É certo

dizer que a contribuição do intelectual ao modernismo brasileiro faz-se atual e ainda fomenta discussões, é o que nos revela, por exemplo, a obra Antropofagia hoje? Oswald em cena (2011)

organizada por João C. de Castro e Jorge Rufinelli, que traz diversos textos que buscam dar uma

leitura atual à vanguarda antropofágica, mostrando a sua força e capacidade de permanecer

relevante para tratar das tensões dos tempos contemporâneos. Sabe-se que a produção

oswaldiana buscou reler e reescrever a história brasileira, por meio da deglutição do que

pertencia ao dominante e a valoração dos elementos formadores da cultura nacional, reprimidos pela visão do colonizador, como a cultura negra e indígena. É o que nos permite encontrar

relações com a ideia de Benjamin (1929), a respeito do olhar político, oriundo da experiência da

iluminação profana. Nesse sentido, essa apresentação, que é um recorte da pesquisa de mestrado, buscará por meio de conceitos como antropofagia, iluminação profana e olhar político, analisar a

letra de “Sucrilhos”, do rapper e compositor Criolo.

PALAVRAS-CHAVE: Vanguarda antropofágica; Olhar político; “Sucrilhos”; Criolo.

“UM ANTIGAMENTE QUE SEMPRE VOLTA”: IDENTIDADE CULTURAL PELOS

MAIS-VELHOS NA OBRA AVÓDEZANOVE E O SEGREDO DO SOVIÉTICO, DE

ONDJAKI. Mestrando em Letras - FCL – Unesp/ASSIS

Docente: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

RESUMO: Ondjaki valoriza a oralidade em suas “estórias ficcionadas” e os “mais-velhos” têm

um papel de destaque em seus contos e romances, como fontes propagadoras da cultura e da tradição. Como base, tem-se o livro AvóDezanove e o segredo do soviético (2008), corpus da

pesquisa, que revisita as histórias do passado em pós-guerra, através da perspectiva de uma

criança. Rodeado por personagens “mais-velhos”, o narrador deixa permear seu discurso, de forma evidente e poética, pela velhice que simboliza a história de um povo, além de ser forma

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alegórica que evidencia a influência criadora da identidade narrativa, através das memórias do autor (personificado em seu narrador). A pesquisa irá, então, buscar a caracterização e a análise

desses “momentos de aqui”, que promovem na alteridade entre infância e velhice o auge da obra

de Ondjaki, observando a forma com que pluralizam a voz da narrativa, de maneira reflexiva, como meio de reprodução do discurso coletivo de um povo através da narrativa individual,

baseada no caráter memorialista, na busca de resgatar a identidade cultural do povo angolano.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Africana, Literatura Contemporânea, Alteridade, Velhice, Infância, Ondjaki.

LÍNGUA E ESTILO NO JORNALISMO DA BELLE ÉPOQUE FRANCESA: DOS

MANUAIS DE REDAÇÃO A MARCEL PROUST

ANJOS, Yuri Cerqueira

Doutorando USP/Fapesp

Orientadores: WILLEMART, Philippe (USP) & PINSON, Guillaume (ULAVAL)

RESUMO: No momento em que o jornalismo francês inicia sua fase de profissionalização, um

dos pontos centrais da discussão sobre a especificidade do trabalho jornalístico diz respeito a seu “estilo”, sua “língua”, seu “vocabulário”. Essa especificidade, que começa a se delimitar de

forma mais clara na imprensa francesa a partir do final do século XIX, tem desdobramentos

importantes na obra de escritores-jornalistas como Marcel Proust e se torna assim um tema de primeira importância para a compreensão das interações entre literatura e jornalismo na Belle

Époque. Nosso objetivo nessa comunicação será o de comparar a visão e o diagnóstico sobre o

estilo jornalístico presentes nos manuais de jornalismo com aqueles presentes na obra não-romanesca de Marcel Proust. Da comparação desses dois objetos bastante distintos poderemos

encontrar pontos de contato e tensões capazes de trazer à tona características importantes do

debate em torno de temas como a escrita, o estilo, o leitor, a função do escritor e do jornalista, temas centrais no contexto da cultura impressa da época.

PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo; estilo; imprensa; Marcel Proust; Belle Époque.

O ENSINO DE LITERATURA POR MEIO DA CRÔNICA

ARRUDA, Renata Beloni de Doutoranda – UEL – Capes

Orientador: SIMON, Prof. Dr. Luiz Carlos Santos

RESUMO: A presente comunicação tem o objetivo de verificar de que forma os textos de

crônica vêm sendo apresentados no ensino regular de Literatura na educação básica. Além disto, tem o intuito de propor alternativas para o ensino que privilegiem o gênero crônica como

pertencentes ao contexto literário da contemporaneidade, tomando como exemplo o trabalho de escrita de Fabrício Carpinejar e os modos virtuais de divulgação dos textos do escritor. Desta

forma, pretendemos analisar as relações estabelecidas entre o ensino de Literatura na escola, a

crônica produzida pelo artista contemporâneo e publicada em blogs e redes sociais e como este

ambiente tecnológico pode ser benéfico para a formação dos novos leitores. Partimos da

premissa, constatada por meio da prática docente, que o jovem leitor em formação possuí certo

afastamento dos textos literários devido a práticas de ensino defasadas e baseadas em biografismo e historiografia. Para tanto, utilizaremos como referenciais teóricos estudos que

abordam a crônica e sua consolidação na literatura nacional, como Simon, Moisés e Cândido,

além de pesquisadores que vêm se debruçando sobre questões inerentes ao ensino de literatura como Cosson, Perrone-Moisés e Moriconi, entre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Crônica; Ensino de Literatura; Carpinejar; Mídia.

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A REBELDIA DE CHINASKI COMO NEGAÇÃO AO SONHO AMERICANO:

IDENTIFICANDO A CONTRACULTURA ATRAVÉS DO PROTAGONISTA DE

CARTAS NA RUA DE CHARLES BUKOWSKI.

BALDIN, Filipe Mestrando em Estudos Literários – PPGLit (UFSCar)

FERREIRA, Dr.ª Carla Alexandra

RESUMO: Publicado em 1971, Cartas na Rua, o primeiro romance de Charles Bukowski,

apresenta ao leitor o trabalho de um carteiro durante mais de 12 anos no serviço postal dos Estados Unidos. Henry Chinaski, protagonista deste romance, filiado aos correios na década de

1950, demonstra através da narrativa as condições de trabalho de um funcionário daquele

período da história americana. Através do resgate da história das décadas de 1950 e 1960, é possível identificar nos atos de Henry Chinaski uma negação aos valores do Sonho Ameriano

(American Dream) e ao Modo de Vida Americano (American Way of Life), amplamente difundidos através dos principais veículos de comunicação daquele período, amparados pelo

governo. Paralelo aos valores, que vinham sendo difundidos desde o começo do século, temos o

movimento de contracultura, que começou a ganhar força após o final da segunda grande guerra, principalmente entre os jovens da época os quais negavam-se a aderir a estes valores e

difundindo um estilo de vida diferente, baseado na negação da autoridade, dos valores

tradicionais e do acúmulo de bens materiais. É através deste movimento de historicização, junto a relação literatura e sociedade, que analisaremos a obra e seu protagonista como sendo, apesar

de não em primeiro nível, difundidores destes mesmos conjuntos de valores pregados pelo

movimento de contracultura, a negação ao Sonho, demonstrando que este não era uma realidade alcançável a toda a população norte-americana.

PALAVRAS-CHAVE: Sonho Americano, Contracultura, Charles Bukowski

REPRESENTAÇÕES DA AMÉRICA HISPÂNICA (LITERATURA E CULTURA) EM

MANUAIS DE ENSINO DE ESPANHOL / LÍNGUA ESTRANGEIRA

BARROS, Augusto Moretti de

Mestrando em Letras Unesp-FCL Assis

Orientação: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

RESUMO: Com o aumento do estudo de língua espanhola por brasileiros, cresce também o

número de materiais didáticos produzidos com a finalidade de ser apoio a esse estudo. Nesta pesquisa, buscaremos identificar como a América Hispânica é representada em algumas

coleções, eleitas pelo Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), no que tange à sua

heterogeneidade cultural e literária. Para o início das análises, escolhemos as coleções Síntesis (2012) de Ivan Martin, e Enlaces (2010) de Soraia Osman et al, que são voltadas para o Ensino

Médio. Buscaremos considerar as tendências mais recentes de estudos da cultura hispano-

americana, que privilegiam a diversidade e a convivência entre as mais distintas manifestações culturais. Acreditamos que seja no contato com o outro que se possa delimitar a identidade

cultural de um povo ou de um conjunto de povos. Dessa maneira, conscientes da multiplicidade

cultural que concebe os países hispano-americanos, e à luz de teóricos nativos destes países, poderemos investigar com mais propriedade as representações dessas culturas e literaturas

estabelecidas pelos autores dos livros didáticos de espanhol como língua estrangeira.

PALAVRAS-CHAVE: América Hispânica. Literatura hispano-americana. Cultura. Materiais didáticos.

O ROMANCE BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO DE IVAN JAF

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BARROS, Tiago de Souza

Mestrando - Unesp/Assis

Orientador: PANDOLFI, Drª Maira Angélica

RESUMO: O vampiro que descobriu o Brasil (1999), é um dos romances históricos do autor carioca Ivan Jaf que apresenta, pela ótica de um vampiro, uma releitura paródica dos principais

acontecimentos e personagens históricos do país. Antônio Brás é um vampiro português que foge

para o Brasil junto à esquadra de Cabral em busca de seu agressor, um poderoso imortal sempre envolvido em grandes acontecimentos políticos. Durante 500 anos o protagonista presencia os

feitos e artimanhas de figuras importantes do cenário político brasileiro, numa relação de

vampirismo e poder. Ambientado nos trópicos e resistente ao calor abrasador de nossas terras, esse vampiro reconta de forma paródica e irreverente a história de um país habitado por

contumazes sanguessugas. Interessa-nos tratar nesta comunicação como o autor se vale da

paródia e da ironia enquanto recursos na construção do discurso de seu romance contemporâneo,

os quais lhe permitem realizar uma releitura particular da história do Brasil, e do próprio mito do

vampiro aclimatado ao solo da trama. PALAVRAS-CHAVE: Romance histórico; narrativa brasileira contemporânea; mito do

vampiro; Ivan Jaf; O vampiro que descobriu o Brasil.

BAUDELAIRE E A IRONIA: A COMPOSIÇÃO DE UM DAEMON DE COMBATE

BASTOS, João Tavares

Doutorando em Literatura Comparada pela UFRJ - Bolsista CNPq

Orientador: LINS, Prof. Dr. Ronaldo Lima

RESUMO: A ironia, reconhecido instrumento de oposição e de criação artística, frequentemente

é utilizada em prol da preservação da liberdade individual, sobretudo em períodos de fratura e grandes revoluções. Consagrado por Sócrates, o conceito atravessou gerações estimulando a

criação de novas facetas do belo a partir de uma posição marginal ou oposta aos direcionamentos

defendidos pela organização social. Através da análise de “Assomons les pauvres”, poema em prosa de Charles Baudelaire, tentaremos demonstrar que a ironia expressa uma ampliação da

subjetividade e as múltiplas transformações na existência ao final do Romantismo francês. A

referência e comparação ao daemon de Sócrates, feita logo ao início do texto, propicia que apresentemos alguns dos artifícios utilizados por Baudelaire em sua tentativa de esclarecer seus

contemporâneos e sintetizar o que denominou como a modernidade. As obras O conceito de

ironia, de Soren A. Kierkegaard, e Quadros parisienses, de Dolf Oehler, configuram a base teórica da investigação.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada; Teoria Literária; Poema em prosa; Baudelaire;

Kierkegaard.

GÊNERO, HISTÓRIA E MEMÓRIA CULTURAL EM LAS NOCHES DE CARMEN

MIRANDA DE LUCÍA GUERRA.

BATISTA, Nayara Cristina Barbosa

Graduanda-Unesp/Assis - CNPQ Orientador: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

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RESUMO: A partir da leitura do romance Las noches de Carmen Miranda (2002), de Lucía Guerra, escritora chilena radicada nos Estados Unidos, o trabalho pretende discutir algumas

importantes questões da crítica literária atual. A primeira delas é mostrar como o romance

histórico contemporâneo apresenta uma releitura crítica da história. O romance de Lucía Guerra explicita como se forjaram as relações culturais interamericanas, com o contraponto entre as

visões norte-americana e latino-americana, nesta incluída a brasileira. O segundo aspecto a ser

discutido é como uma narrativa de autoria feminina aborda de modo crítico o papel da mulher nas sociedades latino-americana e norte-americana da primeira metade do século XX, tomando

como modelo a atuação de Carmen Miranda. Um terceiro aspecto, não menos importante, é a

discussão que o romance permite do processo de construção e propagação de imagens que tratam de criar e fixar modelos nacionais. Ao recriar a vida de uma artista que circulou em diferentes

âmbitos geográficos e culturais, o romance constrói uma fina rede intertextual, que articula

elementos de várias origens. O resultado é um tecido narrativo que parece evidenciar que não há verdades consagradas mas versões particulares do fato histórico, partindo do ponto de vista

feminino, cuja leitura depende do olhar crítico do leitor, quem definitivamente é portador da

última palavra.

PALAVRAS-CHAVE: Las noches de Carmen Miranda; Lucía Guerra; narrativas de autoria

feminina; romance histórico latino-americano contemporâneo; relações literárias interamericanas.

UMA TEODICEIA PESSOANA

BATISTA, Sérgio Henrique Rocha

Doutorando FCL Assis – Unesp

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

RESUMO: Dado o longo e arraigado histórico do cristianismo dentro da cultura europeia, não

causará estranheza perceber que os temas e preocupações próprios da teologia cristã reverberam

com força na política, nas artes e na literatura, enformando temas e criando discursos que

enriquecem possibilidades interpretativas. Nossa pesquisa, por exemplo, examina justamente tais

reverberações, estudando os usos que a literatura faz da teodiceia, conceito advindo da teologia e

que descreve as tentativas de se defender racionalmente a justiça da divindade contra a observação da existência do mal naquilo que seria a ordem criada por um Deus supostamente

bom; pretende-se, para esta comunicação, apresentar um recorte dela, mostrando como o poeta

português Fernando Pessoa, em sua obra Mensagem (1934), desenvolveu na verdade uma antiteodiceia, ao culpar Deus pelo nascimento e ocaso do império marítimo português, e quais

são os efeitos gerados pela invocação do divino na meditação poética sobre a história.

PALAVRAS-CHAVE: Fernando Pessoa; Mensagem; Literatura e religião; Teodiceia.

A(S) CENSURA(S) NA ACADEMIA BRASÍLICA DOS ESQUECIDOS

BELINE, Heloísa Viccari Jugeick

Mestranda – Unesp/ Assis - Capes

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes

RESUMO: A Academia Brasílica dos Esquecidos, primeira agremiação brasileira, criada em

1724 na Bahia, tinha como finalidade elaborar uma História da América Portuguesa para complementar a Academia Real da História Portuguesa. No período de aproximadamente um

ano, a ABE apresentou cerca de 1400 poemas, a grande maioria de caráter histórico e laudatório,

além de 17 orações acadêmicas e quatro conjuntos de dissertações históricas, enquanto documentos produzidos nas suas sessões, além da obra História da América Portuguesa, do

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acadêmico fundador Sebastião da Rocha Pita, que figurou como documento importante de realização da tarefa de escrita da história do Brasil, como parte da história de Portugal. As

produções dos acadêmicos eram influenciadas e controladas por várias modalidades de censura:

a formal, realizada pelo secretário José da Cunha Cardoso, a político-ideológica, já que naquele momento a Coroa Portuguesa tinha como forte aliada a Igreja; e a censura por parte dos próprios

membros, os quais deveriam obedecer a preceitos retóricos e adequarem o assunto tratado à

tipologia textual. PALAVRAS-CHAVE: Censura, Academia Brasílica dos Esquecidos, Movimento

Academicista.

ALBERTO MORAVIA E O ROMANCE DE FORMAÇÃO

BEZERRA, Viviane Santos

Mestranda - Unesp/Assis Orientadora: BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

RESUMO: O século XVIII pode ser considerado, no âmbito europeu, período de prosperidade e

amadurecimento político, e é nesse século que desponta o denominado romance de formação ou, do alemão, Bildungsroman, do qual a obra Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister, de

Goethe é considerado precursor e modelo inequívoco dos romances de formação que surgem no

decorrer da primeira metade do século XIX. No centro dos romances está a questão da formação do indivíduo e desenvolvimento de suas potencialidades sob determinadas condições sociais e

históricas. O herói passa por um processo dialético, chegando a um estado consciente e

amadurecido, realizando um primeiro passo nesse sentido, com a recusa dos ideais e caminhos burgueses preestabelecidos, há uma tensão dialética entre o real e o potencial e uma interação

entre o indivíduo particular e a sociedade. São inúmeros os escritores que, desde a publicação do

Wilhelm buscaram estabelecer um diálogo, ainda que tardio, com este romance, dentre eles, Alberto Moravia (1907-1990), cuja obra aproveitou as temáticas da adolescência, sexualidade,

existencialismo e alienação do indivíduo. Este trabalho analisa as características de romance de

formação de La disubbidienza (1948). PALAVRAS-CHAVE: Romance de formação; romance moderno; Bildungsroman; Alberto

Moravia; La disubbidienza.

ENTENDENDO O “MALENTENDIDO”: UM ESTUDO SOBRE A CRÔNICA DE

ORIGENES LESSA

BORBA, Andre Vitor Brandão Kfuri

(mestrando em Literatura e Vida Social na Unesp/Assis)

Orientador: MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

RESUMO: Alguns escritores utilizam a linguagem com uma função claramente social:

narrando, argumentando, criticando e recriando a realidade. Nestes, para os quais o contexto a

história e a temática são prioridade, enquadra-se Origenes Lessa. Sabemos também que a crônica

está ao rés-do-chão, que o texto trata do cotidiano, da vida da metrópole, tudo sob o olhar atento

do cronista. Essa escrita torna-se uma forma de comprometimento social e testemunho de um

tempo, serve como registro histórico, mas vai além disso. Realidade e ficção fundem-se num só (con)texto. “Faz-se Literatura” (DIMAS, 1974, p.51). Assim, este trabalho pretende

contextualizar a crônica “Malentendido’, mostrando a realidade do Rio de Janeiro, em seus

tempos gloriosos, a questão do negro e seu papel nessa sociedade. Em seguida, será traçado um breve panorama da utilização desta crônica no filme “Crônica da Cidade Amada” (1965), de

Carlos Hugo Christensen.

PALAVRAS-CHAVE: Crônica, Identidade, Rio de Janeiro, História

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VERDADES E MENTIRAS: O FILME-ENSAIO DE ORSON WELLES

BRANCO, Neyde Figueira

Doutoranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês - Faculdade de Filosofia, Letras e

Ciências Humanas / Universidade de São Paulo, bolsista Capes

Orientador: SOARES, Prof. Dr. Marcos César de Paula

RESUMO: Verdades e mentiras (1973) é o último filme finalizado por Orson Welles. Na época

de seu lançamento, se criou uma polêmica em relação ao gênero deste longa-metragem. Welles

realiza “um novo tipo de filme”, como ele mesmo define, no qual propõe diversos temas, sobre os quais discorre e reflete, ao mesmo tempo em que o faz também o espectador. Assim como o

ensaio literário, constitui um método dialético, que revela o processo de construção de conceitos,

em permanente mudança. A forma de abordagem e exposição dos objetos parte deles e não de

regras e conceitos pré-determinados. Nesta comunicação buscaremos mapear as características

desse gênero que posteriormente passou a ser chamado de filme-ensaio, refletindo sobre sua

relação com o ensaio literário, forma típica da Teoria Crítica. Partiremos da análise de aspectos da forma de Verdades e mentiras, para analisar como tal forma surge a partir do conteúdo do

filme. Um aspecto significativo da carreira de Welles é que ele consegue apontar em diversos

momentos os caminhos que o cinema vai tomar. Acreditamos ser este mais um exemplo da experimentação do diretor, que resulta numa transformação do meio artístico em que atua.

PALAVRAS-CHAVE: cinema norte-americano; Orson Welles; ensaio; cinema-ensaio.

RODOLFO COELHO CAVALCANTE E A LITERATURA DE CORDEL

CONTEMPORÂNEA

CAÇÃO, Bárbara Laís Falcão da Silva

Mestranda –Unesp/Assis – Capes

Orientador: MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo entender de que forma a literatura de cordel,

ao longo de 100 anos, transformou-se para atender aos anseios de um novo público, mais

diversificado e diferente dos leitores e ouvintes do cordel produzido no pioneirismo. Para isso, é preciso levar em consideração que a produção cordelista sofreu um declínio considerável por

volta dos anos 60 e 70, e com isso, alguns poetas populares observaram que havia uma

necessidade de modificação nesta produção e com isso, conseguiram abrir um processo de revitalização da literatura de cordel brasileira. Assim, ainda que na contemporaneidade possamos

contar com muitos nomes expressivos deste “novo cordel”, é preciso ter em mente que todo esse

processo só foi possível devido a figuras como a de Rodolfo Coelho Cavalcante e a sua produção, que conta com diversos moralismos retomados dos poetas pioneiros, mas que,

também, trouxe modificações significativas que são observadas em cena e também nos

bastidores do cordel brasileiro. PALAVRAS-CHAVE: Rodolfo Coelho Cavalcante; Literatura de Cordel; Declínio;

Revitalização.

MANEIRAS E MORAL: UMA COMPARAÇÃO DO IDEAL DE COMPORTAMENTO

SOCIAL NOS ROMANCES JANE EYRE E ORGULHO E PRECONCEITO

CALDAS, Marina Oliveira

Mestranda –USP - Capes

DIAS, Nara Luiza do Amaral

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Mestranda –USP – Capes

Orientador: PUGLIA, Prof. Dr. Daniel

A presente comunicação visa a comparar a representação do ideal de comportamento feminino

em dois romances ingleses oitocentistas: Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë, e Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen. É possível notar tanto nas obras quanto em sua recepção

que as maneiras (ou conduta) das personagens eram frequentemente utilizadas como parâmetro

para tecer julgamentos morais não apenas sobre elas, como também sobre as próprias romancistas, de modo que se observa um debate na época entre a separação e a aproximação das

esferas “maneiras” e “moral”. Ao explorar um romance do início e outro de meados do século,

espera-se observar como a ideologia do “anjo do lar”, imposta pela separação burguesa dos espaços público e privado, se consolidou ao longo do século XIX na Inglaterra e como cada

romance respondeu à construção desse ideal em seus respectivos momentos históricos.

Palavras-chave: Jane Eyre, Orgulho e Preconceito, forma literária, processo social

O VAUDEVILLE NA CRÔNICA DE MACHADO DE ASSIS

CALLIPO, Drª Daniela Mantarro Docente Unesp/Assis

RESUMO: Os estudos acerca dos diálogos intertextuais estabelecidos por Machado de Assis em sua obra costumam destacar a presença de autores consagrados como Pascal, Shakespeare e

Dante. No entanto, como homem de seu tempo, o autor de Quincas Borba também teve acesso a

obras populares: modinhas, operetas, polcas, vaudevilles, canções infantis percorrem seus romances, contos e, sobretudo, suas crônicas, textos mais leves e (aparentemente)

descompromissados, que favorecem o entrelaçamento de reflexões acerca da vida e trechos de

uma ópera-bufa; comentários a respeito de decisões governamentais e cantigas de roda. Esse aspecto merece estudo, porque revela uma faceta pouco conhecida do escritor fluminense e

mostra que em sua Biblioteca conviviam Cervantes e Offenbach, Homero e Clairville. Neste

artigo, pretende-se analisar duas crônicas machadianas em que o popular e o erudito convivem de forma harmoniosa; mais especificamente, busca-se compreender de que forma Machado

estabeleceu um diálogo com a cultura francesa, não exatamente aquela dos grandes clássicos,

mas das cantigas de roda ou dos couplets entoados no Alcazar. PALAVRAS-CHAVE: crônica machadiana, vaudeville, literatura comparada, periódicos

MACHADO DE ASSIS E AS CONTRADIÇÕES HUMANAS: LEITURA DE HISTÓRIAS

SEM DATA (1884)

CAMARGO, Eduarda Rita Nicoletti

Mestranda – PPGLit(UFSCar); bolsista Capes. Orientador: MARQUES, Prof. Dr. Wilton José(UFSCar)

RESUMO: Mais conhecido como romancista, Machado de Assis (1839 – 1908) tem grande

parte da atenção crítica voltada para a sua produção romanesca, o que, de certa forma, deixa de

lado a imensa produção de contos ao longo de sua vida. Nesse sentido, e focando, sobretudo, no

estudo do conto como gênero, no qual o escritor carioca se destacou ao longo de sua carreira literária, bem como na análise dos mesmos, a proposta desta pesquisa é a de ler a coletânea

Histórias sem data (1884), procurando discutir a existência de uma recorrente característica

temática na fatura dos mesmos, isto é, a preocupação com as contradições humanas. Sabe-se que o divisor de águas que marca sua fase de maturidade enquanto contista se dará com a publicação

de Papéis Avulsos, de 1882. A partir daí suas histórias começam a apresentar mais ambiguidade

e indefinição, ao passo que o escritor as confere um caráter mais universal. Na coletânea alvo de

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nossa pesquisa, o autor reafirma sua genialidade como contista e se utiliza da temática da “eterna contradição humana” como eixo estruturante da narrativa.

PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis, conto, contradição humana.

IDENTIDADES E PROJETOS DE CONSTRUÇÃO DE NAÇÕES NAS OBRAS DE

CHIMAMANDA NGOZIE ADICHIE E PAULINA CHIZIANE

CAMPOS, Juliana Sant’Ana

Doutoranda em Letras, do Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua

Portuguesa, pela Universidade de São Paulo - USP

Orientadora: SILVA, Rejane Vecchia da Rocha e

RESUMO: Os fatores econômicos, como a fome, a concentração de renda abusiva e exploração

de mão-de-obra escrava dentre outros, sempre precedem as mudanças sociais e culturais de uma

nação. Contudo nesse processo de mudança estão inerentes embates, tensões, trocas ou

imposições culturais, econômicas, políticas e sociais, entre colonizador e colonizado ou até

mesmo entre os diversos grupos étnicos na Nigéria e m Moçambique que alteraram significativamente o modo de o sujeito se ver e se posicionar no mundo e em seu território. Este

trabalho tem por objetivo fazer uma reflexão sobre como se dá a manipulação das etnicidades

dos personagens centrais das obras Hibisco roxo de Chimamanda Ngozie Adichie e O Sétimo Juramento de Paulina Chiziane frente às tensões culturais, sociais e econômicas entre os

explorados e os exploradores. Em que medida as tensões dessas manipulações alteram e

expandem os processos de construções identitárias dos protagonistas presentes nesses romances? Como o abalo dessas identidades altera o projeto de nação inserido nas obras em análise?

PALAVRAS-CHAVE: nação, identidade, processo e literatura.

NARRATIVAS DA ACEITAÇÃO SOCIAL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O

LEOPARDO, DE LAMPEDUSA, E “A INFÂNCIA DE UM CHEFE”, DE JEAN-PAUL

SARTRE

CAPISTRANO, Renato Pardal

Doutorando em Teoria Literária, PPG em Ciência da Literatura FL/UFRJ – bolsista Capes

Orientador: LINS, Prof. Dr. Ronaldo Lima

RESUMO: Esta comunicação pretende, em um breve estudo, destacar as formas de representação da aceitação social no cenário burguês liberal europeu do fim de século XIX e

início do século XX, reportando-se, respectivamente, à comparação entre o romance O leopardo,

de Lampedusa, e o conto “A infância de um chefe”, de Jean-Paul Sartre. Pretende-se analisar o discurso ficcional de ambas as obras salientando o recurso da ironia narrativa e apontando o

quadro de decadência delineado pelos autores para a configuração da aceitação social de personagens. Como aporte teórico se fará referência à estética antiburguesa, apontada por

teóricos como Dolph Ohler e Walter Benjamin e Sartre, bem como Karl Marx, procurando-se

entender sequências e interrupções entre a ética aristocrática e a ética burguesa liberal, o diálogo

entre decadência e consolidação de classes e estéticas.

PALAVRAS-CHAVE: estética antiburguesa; decadência; ironia.

MAS ENTÃO O QUE SERIA A CRÍTICA? MACHADO DE ASSIS E O DESAFIO DE

RENOVAR A CRÍTICA LITERÁRIA NO FINAL DO SÉCULO XIX

CARDOSO, Fabiano

Doutorando, PPG- Unesp

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Orientadora: AZEVEDO, Profa. Dra. Sílvia Maria

RESUMO: A crítica no século XIX foi marcada por uma série de mudanças que acompanharam

a ascensão da burguesia ao poder no século anterior. Os debates em torno da nova sociedade influenciaram a literatura em três âmbitos principais: autor, obra e público. Na época não havia

crítica especializada, pois os críticos do século XIX não possuíam um método sistematizado para

avaliar as obras publicadas pelos autores. Diante desse quadro histórico havia uma necessidade urgente de renovação na crítica literária brasileira. Machado de Assis percebe toda essa dinâmica

e elabora algumas diretrizes que mudariam o conceito de crítica praticada no Brasil. Os artigos

de crítica literária realizados em diversos jornais e revistas por Machado enfocam sua clara concepção da utilidade da literatura e como os críticos literários deveriam se portar ante a uma

análise do texto literário. Nesta pesquisa analisaremos os dois artigos críticos machadianos à

obra de Eça de Queirós O primo Basílio, publicado em 1878. E através o texto Ideal do Crítico (1864) Machado propõe um avanço na proposta de fazer crítica literária no Brasil a partir da

segunda metade do século XIX.

PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis; Século XIX; Crítica Literária; Eça de Queirós.

ARMANDO FREITAS FILHO E CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE: “CARA A

CARA”

CARVALHO, Karolliny da Cunha, mestranda do Programa de pós-graduação em Letras e Linguística da Faculdade de Letras-UFG, bolsista do Cnpq.

Orientador: CAMARGO, Prof. Dr. Flávio

Professor do Programa de pós-graduação em Letras e Linguística da faculdade de Letras-UFG.

RESUMO: Armando Freitas Filho, uma das vozes mais expressivas da poesia brasileira

contemporânea, tem uma relação consequente com a tradição. Reiteradamente, em entrevistas, diz ele serem Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto a

sua base de formação. A essas três referências acrescenta Ferreira Gullar, que representa a

possibilidade de que é possível ter uma voz original e ser um grande poeta depois da santíssima trindade. Mas é Drummond que comparece como a principal referência convocada e qualificada

na poesia de Freitas Filho. Proponho, partindo de Lar, livro que representa, segundo o próprio

autor, o seu Boitempo, analisar as relações entre Drummond e Freitas Filho. Mais do que realizar uma mera comparação entre Boitempo e Lar, proponho pensar a relação de amor e ódio que o

poeta jovem estabelece com o seu pai poético por excelência e assim analisar o quanto essa

influência reflete na subjetividade do eu lírico freitiano. Refletir ainda sobre o modo como a ironia, estratégia poética central na obra drummondiana, é incorporada à poesia de Armando

Freitas Filho.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia brasileira; Amando Freitas Filho; Drummond; Lar,; ironia.

OS MORTOS DE SOBRECASACA: REFLEXÕES SOBRE O MÉTODO CRÍTICO DE

ÁLVARO LINS

CARVALHO, Lais Iaci Mirallas

Graduanda, Universidade Estadual Paulista – Câmpus de Assis, Bolsista Fapesp

Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

RESUMO: Crítico literário dos mais importantes para a compreensão e recepção do movimento

Modernista brasileiro, Álvaro Lins (1912-1970) marcou a crítica do século XX pela grande

influência de seus artigos e ensaios publicados nas páginas de diversos jornais. Em 1963 publicou um conjunto de ensaios sobre crítica literária intitulado Os Mortos de Sobrecasaca:

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obras, autores e problemas de literatura brasileira. Ensaios e estudos 1940-1960 em que reuniu diversos artigos oriundos dos seus Jornais de Crítica para construir um balanço sobre o legado

modernista para a literatura e a cultura no Brasil, principalmente depois do primeiro tempo do

Modernismo. Em virtude disso, é de suma importância pensar a obra Os Mortos de Sobrecasaca a partir do ponto de vista de uma proposta de sistematização da literatura brasileira, considerando

que a maioria dos textos reunidos no livro teve sua primeira impressão em páginas de jornais.

Refletir, portanto, sobre a proposta de um crítico que compôs um "quadro de valores", é estabelecer os parâmetros de julgamentos críticos sobre aqueles escritores que representam o

cânone modernista da literatura brasileira. PALAVRAS-CHAVE: Álvaro Lins, Crítica Literária, Modernismo.

VESTÍGIOS DA PÓS-MODERNIDADE NOS POEMAS DE “DÁ GUSTO ANDAR

DESNUDO POR ESTAS SELVAS” DE DOUGLAS DIEGUES

CATONIO, Angela Cristina Dias do Rego

Doutoranda Unesp-Assis Orientadora: OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas

RESUMO: A poética de Douglas Diegues se insere na contemporaneidade entre as mais

inovadoras e inusitadas formas de se construir poesia. A partir do livro “Dá gusto andar desnudo

por estas selvas – sonetos salvajes” (2002), este artigo se propõe a investigar a construção lírica sui generis do poeta Douglas Diegues ao mesclar as línguas portuguesa, espanhola e guarani: o

portunhol selvagem. A linguagem inusitada da obra emerge em sua forma híbrida e mestiça

como uma língua anárquica, irônica e engajada, situando-se acima dos espaços geográficos e culturais, e circula além das fronteiras entre Brasil e Paraguai. Entretanto, caminhando em

sentido contrário ao que a proposta inovadora de criação poética parece apregoar, Diegues

resgata na tradição da poesia a forma do soneto shakespeariana – uma das mais clássicas formas de produção poética – para compor sua obra aqui estudada. Assim, procura-se desvendar as

características dessa linguagem transfronteiriça no livro analisado e discutir seus aspectos

simbólicos e culturais, uma vez que a obra de Diegues propõe uma forma diferente de encarar o local e o global e de estabelecer contornos bem próprios a uma tendência literária pós-moderna

de caráter híbrido. PALAVRAS-CHAVE: Portunhol selvagem. Poética pós-moderna. Douglas Diegues.

O ROTEIRISTA COMO ESCRITOR, O ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO COMO

LITERATURA

CAÚ, Maria Castanho Santos

Doutoranda (Ciência da Literatura/UFRJ)

Bolsista Faperj Nota 10

Orientador: LINS, Prof. Dr. Ronaldo Lima

RESUMO: O mercado editoral da contemporaneidade parece cada vez mais tentar alavancar

vendas apoiando-se na (ainda sólida) popularidade do cinema, essa arte cuja essência, segundo Bazin, funda-se justamente sobre seu caráter radicalmente popular. O apelo comercial da sétima

arte há anos impulsiona vendas, em geral dos títulos adaptados para as telas com sucesso. Nos

últimos anos, a quantidade de volumes ligados ao universo do cinema vem se ampliando constantemente, ao mesmo tempo em que os roteiros cinematográficos parecem ter finalmente

encontrado seu espaço enquanto “gênero literário” em crescente expansão (cf. Figueiredo 2010).

Nota-se que este panomara de construção e popularização de uma “nova” demanda de leitura, com seus códigos e público específicos, parece ecoar o cenário da popularização das publicações

de teatro (cf. Chartier 2002). Problematiza-se assim o conceito de literatura, pensando de que

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forma o renovado interesse pela publicação de roteiros representa um reflexo do novo status cultural dessas obras. Partindo do estudo de caso proporcionado por Four Screenplays of Ingmar

Bergman (um dos pioneiros nesse sentido), tentaremos entender as implicações desse novo

fenômeno editorial e (re)posicionar o roteirista como autor no âmbito da literatura contemporânea.

PALAVRAS-CHAVE: roteiro; cinema e literatura; Ingmar Bergman.

REMINISCÊNCIAS QUIXOTESCAS N’AS CRÔNICAS DE NÁRNIA

CERQUEIRA, Ma. Aliana Georgia Carvalho

Doutoranda em Letras pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas

Professora Assistente Doutora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e

Professora credenciada na Pós-graduação em Letras da Unesp/ASSIS.

PANDOLFI, Drª Maira Angélica

Professora Assistente Doutora no Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Ciências e

Letras (Unesp).

RESUMO: O mito espanhol do cavaleiro andante, revigorado pela fantasia (criada por

Cervantes), marca sua permanência em diferentes países. Na Inglaterra, berço do ciclo arturiano,

é possível encontrar reminiscências desse mito em diversas obras literárias, dentre elas, as obras ficcionais de C. S. Lewis. Assim, o presente trabalho investiga o romance infanto-juvenil de

Lewis O cavalo e seu menino, da série “As crônicas de Nárnia, objetivando analisar como se

configuram as ressonâncias do mito do Dom Quixote, em especial, a zoomorfização e o mito do duplo no romance de Lewis. A pesquisa, de caráter eminentemente bibliográfico, fundamenta-se

nos estudos de Álvares Arocha (2009), Brunel (2005), Eliade (1972), MacGrath (2013), Maetzu

(1939), Meletínski (2002), Sousa (2002), Trouche e Reis, (2005) e Watt (1997). Presente na literatura de ontem e de hoje, o mito do cavaleiro andante continua vivo, evidenciando as

contradições do ser humano, quando estas são vividas pelas personagens da ficção. Ao seguir um

ideal e lutar pelo que acredita, o ser mostra a sua individualidade. A contemporaneidade não apagou o mito que havia sido construído desde a Idade Média nos livros de cavalaria. Cervantes

revigorou o gênero, culminando em um mito que segue aludido em diversas obras.

PALAVRAS-CHAVE: Mito do Dom Quixote. Zoomorfização. Duplo.

LITERATURA E PERIODISMO DE FELIPE ALAIZ

CORRÊA, Henrique Sergio Silva

Doutorando Unesp-Assis, Capes

Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

RESUMO: Felipe Alaiz de Pablo (1887-1959) escreveu por muitos anos na imprensa anarquista

espanhola. Descoberto na segunda década do século XX por Ortega y Gasset nos periódicos aragoneses em que colaborava e dirigia, Felipe chega a um dos jornais da grande imprensa

anterior à Guerra Civil (1936-1939), El Sol. Por volta dos anos 20, Alaiz decide dedicar todo seu

esforço às folhas libertárias. Colabora na Solidaridad Obrera, no Tierra y Libertad, no El luchador e em La Revista Blanca, dentre outros inúmeros periódicos. É precisamente na Revista

Blanca que o escritor de Huesca publica a série de textos denominada “Literatura y periodismo”.

Nestes textos, veiculados entre 15 de agosto de 1932 e 23 de novembro de 1933, Alaiz aborda a imprensa espanhola, sua linguagem e seu discurso, mas também traz a público suas concepções

de jornalismo.

PALAVRAS-CHAVES: Felipe Alaiz; literatura e imprensa; periodismo espanhol.

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A COLEÇÃO DE AUTORES AFRICANOS E A EDITORA ÁTICA: “POR DETRÁS

DOS LIVROS”

CRUZ, Clauber Ribeiro Doutorando, Unesp/FCL-Assis, Fapesp

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos (Unesp/FCL-Assis)

RESUMO: Entre os anos de 1979 e 1991, a editora Ática lançou no Brasil o projeto literário

Coleção de Autores Africanos, que foi composto por vinte e sete obras-primas de diversos

escritores africanos. Com a finalidade de aproximar a produção pré-colonial, colonial e pós-colonial ao público brasileiro, o professor Fernando Augusto Albuquerque Mourão aceita o

convite para dirigir o projeto, que, ao longo daqueles anos, lançou dezessete romances, nove

livros de contos e somente um de poesia. Autores como Pepetela, Chems Nadir, Agostinho Neto, Bernard B. Dadié, Orlando Mendes, entre outros, compõem a seleção de escritores. Portanto,

seguindo na esteira das séries literárias já lançadas pela Ática, tais como: Para Gostar de Ler e a

Vagalume, a antologia de autores africanos inicia com a publicação de duas obras fundamentais,

A Vida Verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira e Os Flagelados do Vento Leste, de

Manuel Lopes. Assim sendo, nesta comunicação, faremos uma breve apresentação da história da editora Ática, embasada em estudos de Fernando Paixão (1998) e Silvia Borelli (2004), que nos

conduzirão às relações criadas para a formação da série Autores Africanos.

PALAVRAS-CHAVE: Coleção de Autores Africanos; Editora Ática; História Literária.

O PAPEL DA DIDASCÁLIA NA POESIA DE CIRCUNSTÂNCIA DOS SÉCULOS XVII

E XVIII

D’ARCADIA, Luís Fernando Campos

Unesp – FCL de Assis; bolsista Capes

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes de

RESUMO: Os séculos XVII e XVIII são caracterizados por uma prática diferente de produção e

distribuição de textos. Atualmente, o público da literatura está familiarizado com uma produção

que emana da individualidade do autor e sua obra financiada pelas circunstâncias do “mercado editorial”. No período analisado aqui, entretanto, práticas como a composição coletiva e o

mecenato prevalecem. A primeira manifesta-se tanto de maneira voluntária, com as Instituições

Literárias como as Academias, quanto involuntária, que é o caso das compilações, sejam manuscritas ou impressas. No caso do mecenato, trata-se de uma instituição por vezes mal

compreendida, principalmente levando a acusações de “bajulação”, sendo tal poesia rejeitada

pela crítica e história literárias. Aqui, temos a intenção de, a partir de uma pequeníssima seleção de textos do período, demonstrar a função da didascália como o paratexto que guia a recepção da

poesia de circunstância. PALAVRAS-CHAVE: paratexto; didascália; barroco; neoclassicismo.

A PRESENÇA DOS LIVROS NOS MACROS E MICROS ESPAÇOS DE O FAZEDOR

DE VELHOS, DE RODRIGO LACERDA

DONADONI, Marcilene Moreira Mestranda/UFMS/CPTL/Capes

SALES, José Batista (UFMS/CPTL)

RESUMO: A literatura juvenil brasileira contemporânea, assim como seus autores, têm utilizado

com maestria as instâncias narrativas ao compor o texto literário. Diante do desenvolvimento

dessa habilidade criadora, a crítica sente a necessidade de novas leituras, mas que não

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desmereçam a teoria e a crítica consolidada. Nessa perspectiva, propomos realizar uma leitura da narrativa juvenil O fazedor de velhos (2008), de Rodrigo Lacerda com intuito de explorar sua

configuração espacial, visto que os micros e macros espaços da narrativa além de influenciar a

configuração das personagens que os ocupam, atuam como um possível Bildungsroman por meio da presença do livro enquanto um representante literário. Assim, embasado nos pressupostos de

Benjamin Abdala Junior (1995) e Osman Lins (1976), acreditamos que os livros recortados por

Lacerda na diegese, deixariam de compor meramente uma relação intertextual e referencial, ao constituir o que chamamos “espaço da leitura”, na medida em que passariam a atuar como um

todo significativo ao carregarem novas dimensões espaciais, nas quais as unidades polissêmicas

da narrativa revelariam novos caminhos de leitura. PALAVRAS-CHAVE: Literatura juvenil; Espaço; Livros; Rodrigo Lacerda.

AUSÊNCIA E PRESENÇA EM VIDAS SECAS E CONVERSAZIONE IN SICILIA

FARIA, Patricia Aparecida Gonçalves de

Doutoranda- Unesp/São José do Rio Preto

Orientadora: RAMOS, Maria Celeste Tommasello(Unesp/São José do Rio Preto)

RESUMO: O objetivo desta comunicação é promover um estudo comparativo dos romances:

Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos (1892-1953) e Conversazione in Sicilia (1941), de ElioVittorini (1908-1966), com o intuito de identificar elementos que possam caracterizar as

afinidades e as diferenças existentes entre a tessitura narrativa de ambos autores, uma vez que as

duas obras possuem como pano de fundo as regiões de origem de seus escritores, o nordeste brasileiro e o sul da Itália e apresentam como abordagem essencial particularidades culturais,

econômicas, sociais e políticas com destaque para as mazelas sofridas pelos esquecidos e

massacrados pelas autoridades dominantes. Como estratégia de análise das aproximações e distanciamentos existentes entre as duas obras se faz necessário uma observação a respeito de

como os dois literatos ilustraram, em continentes diferentes, a relação do sujeito com o mundo,

dentro de seu respectivo contexto marcado pelo modo de vida simples em um espaço árido e

subdesenvolvido que contava com uma população que acreditava ser incapaz de questionar e

mudar as práticas adotadas pelo opressor que se satisfaz em dominar o oprimido.

PALAVRAS-CHAVE: Vidas Secas, Conversazione in Sicilia, Literatura Comparada

EÇA DE QUEIRÓS, NOS SEUS TEXTOS DE IMPRENSA, ILUMINAM SUA FICÇÃO

FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves Docente – Unesp /Assis

RESUMO: O objetivo desta comunicação é comentar alguns textos de imprensa de Eça de Queirós publicados no jornal Gazeta de Notícias, particularmente, _ “A Decadência do Riso”

(08/02/1892) e “Positivismo e Idealismo” (16-17-19/julho/1893), “O Espiritismo” (04,05

/02/1893), “Sem título/ O inverno em Paris”(21 a 25 /04/1895) _ e mostrar que estes textos trazem uma contribuição elucitativa para a interpretação dos textos de não ficção _ “Civilização”

(conto), publicado nesse jornal em outubro/1892,dias 16, 17, 18, 21 e 23); e As cidades e as

serras (romance), publicado, depois da morte de Eça (16/08/1900) em abril de 1901. Mostrar também que o tema dessa fase produtiva queirosiana, 1890-95, inserida em sua última fase,

1888-1900, gira em torno do momento cultural francês/europeu _ o decadentismo, haja vista a

quase paródia do romance de J.-K. Huysmans, Às avessas (A Rebours), publicado em maio de 1884.

PALAVRAS-CHAVE: Eça de Queirós; textos de imprensa; Gazeta de Notícias.

OS SERTÕES DE FAUSEL

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FÉLIX, José Luís

FCL/ASSIS/Unesp

RESUMO: Erich Fausel (1904-1959) foi um intelectual alemão radicado em São Leopoldo, no

Rio Grande do Sul, por meio da Imigração Alemã para o Brasil. Sua vasta obra tem como

temática a cultura teuto-brasileira advinda de alemães imigrantes e de seus descendentes, produzindo biografias, artigos, poemas, teatros e outros gêneros. Tornou-se conhecido pela sua

obra Die deutschbrasilianische Sprachmischung (A mistura da língua alemã e brasileira).

Dedicou-se, também, a inúmeras traduções de importantes obras da literatura brasileira. Uma delas, inédita, foi a dOs Sertões, de Euclides da Cunha. Cardozo (2001), ao pesquisar traduções

dOs Sertões, depara-se com Fausel e, embora tente percorrer este trajeto, conclui por

compreendê-la como desventura de uma tradução para o alemão, limitando-se a alguns dados a mais sobre o trabalho de Fausel. Este projeto visa estudar Os Sertões de Fausel e o percurso de

sua tradução, agregando maior conhecimento sobre suas técnicas de tradutor, sobre o imigrante e sobre sua contribuição para o conhecimento da cultura brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: literatura; tradução; cultura alemã.

OS BICHOS SUBTERRÂNEOS EM A MAÇÃ NO ESCURO, DE CLARICE LISPECTOR

FERRETI, Caroline

Mestranda -Unesp/Assis

Orientadora: BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

RESUMO: O estilo literário de Clarice Lispector é capaz de penetrar nos labirintos retorcidos da

mente, procurando explorar o mundo das ideias. Por meio de seus personagens vê-se uma busca pela identidade, pela interioridade, ou seja, busca do subterrâneo, um mistério ainda não

desvendado, mas que durante a narrativa apresenta-se por meio de atitudes e devaneios capazes

de trazer o leitor para mais perto do personagem e da história. O romance A maçã no escuro possui particularidades relevantes, além dessa busca, constituintes da estrutura da obra e do foco

narrativo. O objetivo é investigar, por meio da análise do ponto de vista sob o qual se mostra o

comportamento ou trajetória do protagonista rumo ao autoconhecimento, os modos de composição ou estrutura de certos elementos do romance, em especial o foco narrativo que

propicia um andamento não linear, profundamente reflexivo, inclusive sobre a própria maneira

de narrar. A parte reprimida de Martim, o protagonista, é mostrada aos poucos pelo narrador em terceira pessoa, onisciente, que com objetividade comporta uma visão destacada da realidade e

condições de existência.

PALAVRAS-CHAVE: Clarice Lispector; A maçã no escuro; foco narrativo.

A REPRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA DO INDIVÍDUO NA PEÇA SUPPRESSED

DESIRES, DO GRUPO THE PROVINCETOWN PLAYERS

FERRO, Paola Piovezan

Mestranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês - Universidade de São Paulo

Orientadora: BETTI, Dr.a Maria Sílvia

RESUMO: The Provincetown Players foi um grupo de teatro norte-americano que esteve em

atividade nas primeiras décadas do século XX, período fortemente marcado pela expansão da vontade do indivíduo e pelo consumismo dentro dos Estados Unidos. O estudo das peças

produzidas pelo grupo nos mostra que o teatro praticado pelos Provincetown Players

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questionava o teatro comercial existente no país naquela época e proporcionava a reflexão sobre assuntos até então não trazidos aos palcos. Em Suppressed Desires (1915), de Susan Glaspell e

George Cram Cook, por exemplo, encontramos questões que se fortaleciam no início do século

XX, como a importância da psicanálise em um país que se tornava uma grande potência econômica. O texto da peça nos permite perceber, entre outras coisas, conflitos de ideias sobre os

padrões de masculinidade e feminilidade, que começaram a ser forjados nesse contexto histórico.

PALAVRAS-CHAVE: Provincetown Players; Susan Glaspell, George Cook; Suppressed Desires; teatro norte-americano

“VERISSIMA ET IUCUNDISSIMA DESCRIPTIO...”, DE ULRICO SCHMIDL:

LITERATURA OU RELATO DE VIAGEM? FIORETO, Thissiane

Doutoranda - Unesp/Assis

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes de

Coorientador: MARONEZE, Dr. Bruno Oliveira

RESUMO: Este artigo se propõe a apresentar parte dos resultados da pesquisa de doutoramento,

desenvolvida na Unesp/Assis, nos últimos 48 meses, que teve por objetivo investigar a versão em latim do relato de viagem de Ulrico Schmidl. Trata-se de um relato de viagem escrito por um

soldado bávaro que pode ser considerado um dos primeiros historiadores da região do Prata.

Schmidl escreveu seu relato de viagem descrevendo as terras do Novo Mundo e narrando alguns dos fatos vivenciados por ele, ao regressar à Europa, após quase 20 anos no sul do continente

americano. Com base na edição de 1599 do documento, publicada em latim pela casa impressora

da família De Bry e traduzida do alemão pelo professor Gottard Arthus, o objetivo deste artigo é, segundo a proposta teórico-metodológica de Carrizo Rueda, que baseia-se no formalismo russo e

na proposta de gênero literário defendida por Todorov, demonstrar e comentar que se trata de um

Relato de Viagem, por acreditar que o texto de Schmidl possui uma estética literária definida, e não é apenas um documento histórico ou uma literatura de viagem genericamente nomeada.

PALAVRAS-CHAVE: Relato de Viagem, Literatura de Viagem.

O PORTUNHOL SELVAGEM E O LEGADO LITERÁRIO DE WILSON BUENO

FLORENTINO, Nádia Nelziza Lovera de

PG/Doutorado – Unesp/Assis – Capes

ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

RESUMO: O Portunhol Selvagem pode ser considerado como uma espécie de linguagem

artística que se constitui como uma mescla entre português, espanhol e guarani. Trata-se de um

“entrelugar” em que obras transfronteiriças refletem as possibilidades de ruptura da linguagem. Apesar de ter como documento fundador a Karta-Manifesto-del-Amor-Amor-em-Portunhol-

Selvagem escrito por Douglas Diegues e assinado por poetas e personalidades do meio literário e

cultural em 2008, podemos constatar a utilização dessa linguagem nas obras de Wilson Bueno desde a década de 1990. Nessa perspectiva, este trabalho tem como proposta a análise de

fragmentos dos romances Mar paraguayo (1992) e Meu tio Roseno, a cavalo (2000), bem como

algumas entrevistas concedidas por Wilson Bueno, a fim de demonstrar como o Portunhol Selvagem pode ser considerado como um legado na obra literária do autor paranaense. PALAVRAS-CHAVE: Mar paraguayo; Meu tio Roseno, a cavalo; Portunhol Selvagem;

Wilson Bueno.

A IMAGEM DO NEGRO EM BRASIL, UM PAÍS DO FUTURO

FUMIS, Larissa

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Ibilce, São José do Rio Preto, mestranda, bolsista Capes

Orientador: WIMMER, Profa. Dra. Norma

RESUMO: Em 1936 Stefan Zweig fez sua primeira viagem ao Brasil. Em 1940, refugiou-se no

país e passou cinco meses colhendo material para o livro Brasil, um país do futuro em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Pará. Originalmente escrita em alemão, a obra foi

traduzida para o português, em agosto de 1941, e publicada pela editora Guanabara. Depois de

uma incursão pela história e economia, o narrador volta-se para seu interesse principal: a cultura brasileira. Não se preocupa em descobrir como os diversos elementos europeus e africanos se

recombinaram aqui, seu principal interesse é tornar conhecida a suposta ausência de

preconceitos, a harmonia racial e a tolerância inata do povo, o que já revela o olhar peculiar e idealista do narrador sobre o Brasil e os brasileiros. Nosso objetivo nessa apresentação é apontar

como Stefan Zweig elabora uma imagem do negro em sua obra, como ele faz isso e também de

que modo ele posiciona elemento negro dentro da sociedade brasileira, que para ele é marcada pela harmonia, docilidade e boa convivência. Podemos dizer que Zweig retrata o negro mais

como fazendo parte da paisagem e natureza do que como agente da história.

PALAVRAS-CHAVE: negro; identidade; brasileiro; Stefan Zweig; literatura.

MEMÓRIA ENTRE GÊNEROS LITERÁRIOS - ANGÚSTIA E INFÂNCIA, DE

GRACILIANO RAMOS

FURTADO, Pedro Barbosa Rudge

Mestrando (FCLAr/Unesp), bolsista Capes

Orientadora: LEONEL, Prof.a Dr.a Maria Célia de Moraes

RESUMO: Angústia, publicado em 1936, é considerado o romance mais controverso de Graciliano Ramos. De fato, a obra com maior penetração psicanalítica do escritor alagoano, ela,

no entanto, retrata incisivamente, no movimento temporal oscilatório de sua narrativa, as vozes

históricas e sociais absorvidas pelo narrador-protagonista, assim, incompatível com seu meio. Se Angústia ganha força fazendo uso de analepses que remontam à meninice de Luís da Silva,

Infância, publicado em 1945, são as memórias do próprio Graciliano Ramos. A reconstituição do

passado dá-se através da composição literária, que, sendo revista, acaba por ser ressignificada. Se ambas as obras reclamam por teorias da memória pertinentes, a segunda necessita, igualmente,

de estudos sobre a natureza da autobiografia, a sua relação com a composição ficcional e a linha

tênue, se ela há, que separa veracidade e fantasia do rememorado. Intenciona-se, portanto, averiguar como funciona o processo rememorativo em dois diferentes gêneros: o romance, em

Angústia, e a autobiografia, em Infância, procurando assinalar o modus operandi de cada uma e

os possíveis intertextos que as obras oferecem. PALAVRAS-CHAVE: Graciliano Ramos, memória, gêneros literários, intertextos.

IMPRENSA, FICÇÃO E TRADUÇÃO: A LITERATURA TRADIZIDA NO BAS DE

PAGE BRASILEIRO

GIMENEZ, Priscila

Doutora/Unesp-SJRP

RESUMO: O Capitão Paulo foi o primeiro romance-folhetim publicado na imprensa brasileira,

lançado em português em 1838, no Jornal do Commercio, apenas cinco meses depois de sua

publicação no jornal parisiense Le Siècle.Com efeito, o romance de Dumas havia sido publicado em versão original dois meses antes da versão traduzida, no Écho Français, jornal francês

produzido no Rio de Janeiro por Julius Villeneuve. Com base nos estudos sobre o folhetim de

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Meyer (2005) e sobre a tradução do romance-folhetim de Esteves (2003) e Batalha (2006), nesta intervenção, propomos analisar a publicação do Capitão Paulo no Brasil, considerando o quadro

de sua publicação, primeiramente, no Écho Français, e depois no Jornal do Commercio, com o

objetivo de demonstrar as relações entre a cultura da França, do Brasil e uma nova e internacional cultura midiática, estabelecidas no momento da transferência e da aclimatação, na

imprensa brasileira, da narrativa ficcional do rodapé da primeira página do jornal. Nossa hipótese

é de que a aclimatação dos romances-folhetins traduzidos no rodapé dos jornais deixou marcas na cultura e no romantismo brasileiros, dando origem a novas práticas culturais híbridas no

cotidiano dos nossos leitores da imprensa diária.

PALAVRAS-CHAVE: imprensa, tradução, romance-folhetim.

HUIS-CLOS: A LIBERDADE E SUAS IMPLICAÇÕES

GOMES, Ester da Silva Graduanda - Unesp/Assis – Bolsa: Fapesp

Orientadora: SILVA, Carla Cavalcanti

RESUMO: A peça teatral, Huis-Clos, publicada em 1944, do escritor J.-P. Sartre, tem como ponto de partida a transposição da filosofia existencialista que vem se expressar no plano

literário. De acordo com Sartre, não há uma essência humana anterior a existência, pois como o

ser humano é lançado no mundo sem ter a priori algo por defini-lo, ele primeiro existe e por meio de suas escolhas ele se constrói. Assim, suas ações colaboram para a mudança constante do

ser humano, pois o existencialismo não enxerga o homem como fim, não há uma imagem

estagnada do sujeito já que ele muda na medida de suas ações e desse modo, ele está sempre por se fazer. Segundo o filósofo, o homem está condenado a ser livre, uma vez que não é responsável

por sua existência (o nascer), no entanto, é livre, porque uma vez lançado no mundo é

responsável pelo que faz. A liberdade é manifestada por meio das escolhas do indivíduo, cujas, as ações e suas consequências são responsabilidade exclusiva do sujeito. Nessa peça teatral será

observada a liberdade do indivíduo e como ela pode ser inibida pela presença do outro. O olhar

de um terceiro pode gerar conflitos já que o indivíduo não tem domínio da consciência do outro (para-si). Para isso, destacamos o personagem Garcin para mostrar como a liberdade é exposta e

qual o propósito de Sartre ao construí-la na peça. Serão expostos também outros aspectos

filosóficos para a compreensão do existencialismo sartriano. PALAVRAS-CHAVE: Huis-Clos, liberdade, teatro, filosofia existencialista.

O ESPAÇO NARRATIVO E A TRAJETÓRIA DO HERÓI: O EXÍLIO EM ÓRFÃOS DO

ELDORADO, DE MILTON HATOUM

GONÇALVES, Amanda Andozia Mestranda - Unesp/ Assis

Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

RESUMO: O romance Órfãos do Eldorado (2008), do escritor Milton Hatoum, apresenta como

tema principal a trajetória de um protagonista que vive em busca de um lugar melhor para viver,

o qual pode, até mesmo, ser imaginário, como o mito do Eldorado, sugerido pelo título da

narrativa. Essa busca é resultado dos fragmentos de memória que chegam ao leitor encobertos, omitindo lembranças e fazendo com que o personagem se torne exilado dentro de seu próprio

espaço. Este trabalho tem como objetivo evidenciar de que modo a construção do narrador-

personagem e sua relação com o espaço são elementos primordiais para fazer do herói um exilado dentro de sua própria trajetória narrativa. Os procedimentos metodológicos adotados

estão centrados na pesquisa bibliográfica de trabalhos que discutam a construção do narrador

pós-moderno e suas relações com a condição do herói, as questões relativas ao espaço narrativo e

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ao exílio; portanto, serão utilizados, como materiais principais, livros disponíveis para consulta e diversos artigos de jornais e revistas especializados no assunto.

PALAVRAS-CHAVE: espaço; memória; exílio; Milton Hatoum.

MACHADO DE ASSIS EDITOR

GONÇALVES, Fabiana

Pós-Doutoranda - Unesp/Assis - Fapesp

Supervisora: AZEVEDO, Profa. Dra. Sílvia Maria

RESUMO: Refletida em diversas reformulações aplicadas às produções quando da transição de

um veículo para outro, a tarefa de Machado de Assis editor solidificou-se com o preparo das

Poesias completas em 1901. Após décadas de lapidação poética, o poeta revisitou a trajetória literária formada pela produção em verso e selecionou dentre as composições autorais, traduções

e recriações, as peças julgadas dignas de nova publicação. E, embora oficialmente fosse Garnier

o livreiro-editor da coletânea, as intervenções realizadas evidenciam a efetiva participação de

Machado de Assis na concretização do projeto. Paralelamente às inúmeras composições legadas

à transitoriedade de jornais e revistas, muitos dos poemas coletados nas primeiras edições das Crisálidas, Falenas e Americanas foram renunciados. Além das eliminações integrais e

reformulações a várias produções incluídas nas três coletâneas, muitos elementos extratextuais

foram suprimidos e/ou modificados pelo poeta-editor. Através destas informações e considerando o contexto histórico-cultural da publicação de 1901, buscaremos nesta

comunicação rastrear algumas possíveis motivações que poderiam ter levado Machado de Assis

a negligenciar ou reafirmar determinada composição em suas Poesias completas. PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis; Poesias completas; poeta-editor.

A TESSITURA NARRATIVA DE O FILHO DE MIL HOMENS, DE VALTER HUGO

MÃE

LEITE, Igor Augusto Graduando em Letras – Unesp/FCL Assis

Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

(Unesp/FCL Assis)

RESUMO: Ars est celare artem, a arte está em esconder a arte. Quando nos propomos a

desvendar uma obra de arte, dispomo-nos a conhecê-la atentamente. Esta comunicação propõe um passeio pela arte narrativa de O Filho de Mil Homens (2012), o quinto romance do escritor

português Valter Hugo Mãe. Nele há “um homem que chegou aos quarenta anos e assumiu a

tristeza de não ter um filho”. É Crisóstomo, a personagem que nos conduz pelos redutos ficcionais da obra. Nossa pesquisa baseia-se na consideração dos extratos literários, com o

objetivo de analisar como se dá a construção narrativa, no que diz respeito às categorias de

tempo, espaço, enredo, foco narrativo. Interessa-nos o modo de articulação entre personagens e narrador (quem são e de que lugar falam) e, principalmente, como tal articulação resulta na

constituição de um estilo literário em que, por exemplo, ocorre a ruptura com a anterior estética

das minúsculas. Ainda que nossa pesquisa encontre-se em fase inicial, o que ela se propõe é, sobretudo, conhecer a obra, sondar suas estratégias para a configuração de um estilo e o seu

valor literário. Em razão disso, apresentaremos algumas análises concernentes à teoria literária e

aos estudos estilísticos, a fim de caracterizar o exercício narrativo de Valter Hugo Mãe como expoente da arte literária no cenário contemporâneo.

PALAVRAS-CHAVE: narrativa portuguesa; Valter Hugo Mãe; Estilo; Literatura

Contemporânea.

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AS LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA EM DOIS CONTOS ANGOLANOS

LIMA, Daniela de Oliveira

Doutoranda – Unesp / Assis

Orientador: SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

RESUMO: José Luandino Vieira (1935 -) um dos grandes nomes da literatura angolana recria a paisagem urbana da cidade de Luanda e rememora aspectos marcantes da infância do narrador

personagem em seu livro de contos A cidade e a infância (1957). Escritor com fortes traços

sociais em suas produções literárias traz aos leitores nesse livro as descobertas de um tempo marcante na vida dos garotos e que passam a ser recontadas. Ondjaki (1977 -) jovem escritor

angolano que busca as lembranças de seu tempo de criança e presenteia-nos com a leveza dos

contos do livro Os da minha rua (2007). Ambientados em momentos distintos de Luanda, ambos carregam o olhar da criança ao recontar as histórias junto aos familiares, amigos e professores.

Ao pensarmos nesses aspectos desenvolvidos pelos escritores, pretendemos, nessa comunicação,

levantar aspectos que os aproximam ou distanciam, assim para esse trabalho selecionamos um

conto de cada obra, “O nascer do sol”, do primeiro livro mencionado e “As primas do bruno

viola”, do segundo, para comparar como neles são narradas as lembranças das primeiras paixões e como são descritas de modo diferentes por cada protagonista.

PALAVRAS-CHAVE: José Luandino Vieira; Ondjaki; Infância; Contos angolanos.

VINCENT B. LEITCH E O TRABALHO DE CRÍTICA DA CRÍTICA

LIMA, Luiz Fernando Martins de

Doutor em Letras – Unesp/Assis; IEDA/UNIESP; FAPEPE/UNIESP

RESUMO: No século XX, houve uma profusão de “teorias” e “métodos” até então nunca vista,

o que se acirrou com a grande Era da Teoria, consensualmente iniciada na década de 60, fruto da

agregação aos Estudos Literários das mais diversas correntes filosóficas continentais – um

universo de possibilidades que tornou o que era para ser, no início, uma disciplina homogênea

num todo amorfo conhecido hoje simplesmente como “Teoria”. Diante disso, um novo tipo de intelectual ganha destaque, o “crítico da crítica”, cuja função é explicitar e contextualizar

conceitos, vislumbrar o projeto intelectual de determinado teórico, entender a influência de tal e

qual corrente crítica, entre outras tantas, em suma um historiador das ideias orientado para os Estudos Literários. Exercendo essa tarefa, o professor norte-americano Vincent B. Leitch (1944),

da Universidade de Oklahoma, se apresenta como figura de maior impacto, tendo sido o editor

geral e organizador da maior antologia de Crítica Literária já publicada, The Norton Anthology of Theory and Criticism (2001, 2010). Esta comunicação tem o intuito de apresentar o trabalho de

compilador e historiador da crítica realizado por Leitch, além de fazer uma apreciação de títulos de sua bibliografia.

PALAVRAS-CHAVE: Vincent B. Leitch. Crítica Literária. Teoria da Literatura.

POR UMA POÉTICA ROMÂNTICA: UTOPIA E RESISTÊNCIA EM HOWL (1956), DE

ALLEN GINSBERG E PARANÓIA (1963), DE ROBERTO PIVA

LOCHINI, Patrícia Vieira

Graduação - Unesp FCL/Assis

SILVA, Paulo César Andrade (Unesp FCL/Araraquara)

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RESUMO: Segundo os críticos Michael Löwy e Robert Sayre (1995), o Romantismo não consiste como momento histórico, mas como uma “estrutura mental coletiva”, um modo de

pensar o mundo que se manifesta não somente na Literatura, mas em diversos campos do

conhecimento. As obras dos poetas Allen Ginsberg e Roberto Piva pertencem a uma linhagem de tradição romântica que, em permanente contestação à ordem burguesa, trilham os caminhos da

resistência rebelando-se contra os valores de sua época. O presente projeto tem como objetivo

investigar a permanência do espírito romântico nos dois contextos poéticos específicos, o contexto brasileiro em Paranóia (1963) e o estadunidense em Howl (1956), e, a partir da

reflexão sobre a permanência do pensamento romântico nos diferentes contextos no século XX,

identificar traços característicos da poesia que vem de uma tradição de rebeldia do século XIX. Procura, ainda, analisar os motivos desencadeadores dos ideais propagados pelos poetas e como

estes se interrelacionam, estabelecendo, assim um entrecruzamento literário entre períodos

históricos, mas que se relacionam na busca da identidade pessoal e coletiva. PALAVRAS-CHAVE: não enviadas.

SIMBOLISMO, CRÍTICA LITERÁRIA E SOCIABILIDADES NO MERCURE DE

FRANCE (1890-1898)

LÓPEZ, Camila Soares

Doutoranda – Unesp/Assis – Fapesp (Processo: 2013/13489-8)

Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

RESUMO: Na França do século XIX, surgiram diversos periódicos, em um momento caracterizado por intensa efervescência da imprensa. Na época, jornais e revistas foram via de

difusão de informação e, também, de literatura. A partir dos anos de 1880, surgiram as petites

revues, que abrigavam a produção daqueles que buscavam uma reação contra os órgãos da grande presse, como a Revue des Deux-Mondes, e propunham novas incursões literárias,

afinadas às propostas da estética simbolista. De tais revistas, destaca-se o Mercure de France.

Fundado em 1890 e dirigido por Alfred Vallette, o Mercure continha em suas páginas poemas,

contos e, entre outros textos, crítica literária. Este trabalho, resultado de pesquisa de Doutorado

financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), visa à

apresentação das especificidades dessa crítica, refletindo, igualmente, sobre as práticas de sociabilidade estabelecidas entre seus autores e os escritores da época, e as demais revistas e

editoras.

PALAVRAS-CHAVE: Simbolismo; Crítica Literária; Periódicos; Mercure de France.

O JOGO DO REVERSO, DE ANTONIO TABUCCHI, NO MEIO-FIO ENTRE A

MODERNIDADE E A PÓS-MODERNIDADE.

MACHADO, Lohanna Mestranda em Estudos Literários - Universidade Federal do Paraná - Bolsista da Capes

Orientadora: CARDOSO, Drª. Patrícia da Silva

RESUMO: A obra de Antonio Tabucchi foi assinalada como pós-moderna por considerável

parte da crítica literária. Nisto há boa dose de acerto considerando as particularidades de formas

e temas reclamadas ao “período” e perceptíveis no autor, apesar do caráter problemático do prefixo neste contexto. Nesta comunicação analisarei seu primeiro livro de contos, O jogo do

reverso (1981), com a intenção de defender que esta obra encontra-se numa espécie de não lugar

literário que não é mais a modernidade como aprendemos a reconhecê-la, nem algo que se possa considerar tê-la “deixada para trás”. A análise se justifica por bom número destes contos

parecerem poder ter sido escritos tanto em 1981 quanto um século antes, pois se encontram

numa espécie de suspensão no tempo e na distância. Por outro lado, a crise de identidade é um

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dos traços mais reclamados como característica pós-moderna e tem especial apelo na análise da obra de Tabucchi. Hall entende que esta crise é composta da “descentração” do sujeito em

relação ao seu modo social e cultural e a si mesmo. Analisando estes contos esta definição não

poderia ser mais acertada. Seus protagonistas parecem estar fora do seu lugar, descentrados em relação ao lugar geográfico de sua formação, ao seu lugar econômico, após uma grande perda,

começando a tatear num espaço novo, onde se está só.

PALAVRAS-CHAVE: Antonio Tabucchi; O jogo do reverso; modernidade; pós-modernidade; identidade.

RELAÇÕES ENTRE ARTE LITERÁRIA E HISTÓRIA: O CASO DAS MEMÓRIAS DA

RESISTÊNCIA ITALIANA

MALDONADO, Rafaela Souza Mestrado - Unesp/Assis - Bolsista CNPq

BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

RESUMO: Depois da segunda metade do século XX começou a ser difundida uma nova forma

de se estudar a História. Com o propósito de envolver e aproximar os diferentes ramos do conhecimento artístico, a Nova História amplia suas fontes e objetos de estudo fazendo com que

o estudo da disciplina se torne mais dinâmico e alternativo, motivando relações com as artes,

como a literatura e o cinema. Nesse sentido, propomos neste trabalho mostrar formas de intersecção e as relações que as artes mantêm com a história nos dias de hoje a partir de Le Goff,

que afirma: “o documento é um monumento” (apud KORNIS, 1992). Podemos entender como

documento qualquer manifestação de arte e monumento como algo construído para perpetuação da memória. Revisitamos outros pensadores como Marc Ferro, Giovanni Levi, Walter Benjamin,

para admitir que arte, de maneira geral, reconstrói realidades sociais a partir de uma linguagem

própria. Neste trabalho, esta visão será privilegiada ao se analisar diários de combatentes da Resistência italiana como auxílio para as fontes no procedimento do historiador de hoje, assim

como as fontes cinematográficas podem repensar o fluxo de acontecimentos de fatos históricos

específicos e tão complexos quando o final da Segunda Guerra. PALAVRAS-CHAVE: arte; história; literatura; cinema.

“COMO A PINTURA A POESIA”: RELAÇÕES ENTRE ARTÍFICE/OBRA E

VERBAL/IMAGÉTICO NAS OBRAS MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA, DE

JOSÉ SARAMAGO, E A POÉTICA, DE HORÁCIO

MARCON, Me. Adriana (Unesp/Assis) FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

(Unesp/Assis)

RESUMO: Este trabalho reflete sobre a obra Manual de Pintura e Caligrafia (1977) de José Saramago, relacionando-a com pontos manifestos (categorização dos gêneros textuais, mimese

poética e utilitarismo da arte) na Arte Poética, de Horácio. Esta última desempenha papel

importante na discussão de recursos estéticos e políticos aplicados à literatura, expondo as relações que se podem estabelecer entre literatura e artes visuais. Neste contexto, levar-se-á em

conta, principalmente, o símile horaciano “como a pintura a poesia”, que apresenta poesia e

pintura como artes equivalentes, dotadas de uma espécie de identidade. Manual de Pintura e Caligrafia trata da história de vida e das tensões estético-ideológicas que rondam o imaginário

de um pintor acadêmico. Desencantado com o seu ofício, esse pintor busca a arte escrita, para

preencher o caráter lacunar da pintura. Pretende-se mostrar como o jogo entre verbal e imagético, entre outros aspectos da Poética horaciana, convergem para um ambiente moderno

em diálogo constante com o clássico, uma vez que se postulam mutuamente num eterno ciclo,

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retomando vários aspectos que há séculos vêm sendo motivo de controvérsias, como a relação entre artífice/obra e as qualidades morais de uma obra de arte.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada; Manual de Pintura e Caligrafia; Arte Poética.

DESENRAIZAMENTO E ERRÂNCIA: A EXPERIÊNCIA DA TRAVESSIA

MARQUES, Gracielle (Mestre, Unesp/Assis)

Orientador: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto

RESUMO: A experiência da viagem é o eixo central das obras Desmundo (1996), de Ana

Miranda e Finisterre (2005), de María Rosa Lojo e se vincula a (re)elaboração da identidade feminina, centrada principalmente na indagadora perspectiva da mulher que incursiona no

mundo masculino, e a problematização de sua participação na história por meio de um olhar

duplo, paradigmático do romance histórico metaficcional (HUTCHEON, 1991). Este se dá pelo processo simultâneo de afirmação da história e de seu afastamento, instaurando a contestação e a

correção da ausência e esquecimento que pautam a representação da mulher no imaginário social

e no discurso historiográfico nacional, pelo fio condutor da memória. Para tanto, as narrativas elaboram a tradução intercultural, através da negociação e da criação de um espaço no qual os

conceitos binários não se colocam como excludentes, nem essencialistas, porém vislumbra a

perspectiva plural. PALAVRAS-CHAVE: narrativa de autoria feminina, romance histórico, metaficção

historiográfica, Ana Miranda, María Rosa Lojo.

GRACILIANO RAMOS: FORMAÇÃO HUMANA E TRAJETÓRIA LITERÁRIA

MARQUES, Helton

Doutorando em Letras - Unesp/Assis - CNPq

MARTINS, Prof. Dr. Gilberto Figueiredo

RESUMO: Considerado por muitos estudiosos como um autor modernista objetivo e preciso

com as palavras, Graciliano Ramos possui uma biografia marcada por dificuldades financeiras,

perdas de familiares, perseguições políticas e sérios problemas de saúde. Em meio a estes e outros episódios biográficos e históricos, seus textos literários ganharam forma e conteúdo,

corpo e alma, tendo como base as principais características da chamada segunda geração

modernista, como o desenvolvimento do romance urbano e psicológico (Caetés e Angústia) e o regionalismo nordestino, com os graves problemas da seca e da migração, ignorância e

exploração do trabalhador rural (Vidas Secas). Todas essas situações, portanto, não devem ser

descartadas quando analisamos os textos de Graciliano, pois o próprio autor chegou a revelar, em algumas cartas enviadas à esposa e a amigos, as influências contextuais na elaboração de seus

escritos. Tendo isso em vista, o principal objetivo desta comunicação é destacar algumas passagens da vida do autor relacionadas com sua produção literária, a fim de refletir sobre os

fortes vínculos entre História e Literatura presentes não apenas nos textos já estabelecidos como

de fundo autobiográfico, mas também nos demais textos literários de Graciliano Ramos. PALAVRAS-CHAVE: Graciliano Ramos; Biografia; Literatura e História.

DIÁSPORA E CABO-VERDIANIDADE EM CHUVA BRABA, DE MANUEL LOPES

MARQUES, Simone Donegá Mestranda – Unesp/Assis

Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

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RESUMO: Manuel Lopes (1907-2005), um dos fundadores do Movimento Claridade, movimento intelectual que objetivou evidenciar a predominância da cultura cabo-verdiana,

escreveu Chuva Braba, romance publicado em 1956 e que traduz o sentimento bipartido do

homem cabo-verdiano, qual seja, o apego telúrico a Cabo Verde e o desejo de buscar melhores condições de vida fora do arquipélago. Ao mesmo tempo em que há a demonstração desse querer

bipartido, o autor revela, através das personagens presentes na obra, a valorização da terra natal,

deixando transparecer o ideal do próprio Movimento Claridade – “fincar os pés na terra” – de modo a reforçar a importância da manutenção da identidade cabo-verdiana. A forte ligação com

a terra-mãe, apesar de todas as intempéries causadas pela estiagem, bem como o modo de ser

cabo-verdiano, a cabo-verdianidade, reflexo do ideal dos intelectuais claridosos, dos quais Manuel Lopes fez parte, permeia toda a obra Chuva Braba.

PALAVRAS-CHAVE: Diáspora; Cabo-verdianidade; Movimento Claridade; Chuva Braba;

Manuel Lopes.

A OFICINA D’OS SERTÕES – A PAIXÃO DE CANUDOS SEGUNDO O TEATRO DE

ZÉ CELSO, JOAQUIM CARDOZO E CÉSAR VIEIRA

MARTINS, Prof. Dr. Gilberto Figueiredo Doutor em Literatura Brasileira pela USP

Professor do Departamento de Literatura da FCL da Unesp de Assis

RESUMO: Em 2002, o histórico grupo teatral paulista Oficina/Uzina Uzona, dirigido por José

Celso Martinez Corrêa, comemorou o centenário de publicação do clássico Os Sertões, de

Euclides da Cunha, com uma longa pentalogia, cuja encenação se estendeu até 2006. Antes disso, o episódio da Guerra de Canudos, ocorrido no interior da Bahia no final do século XIX,

fora matéria de outras duas importantes peças brasileiras: O Evangelho segundo Zebedeu (1970),

de César Vieira (Grupo TUOV-SP), e Antônio Conselheiro (1975), do pernambucano Joaquim Cardozo. Em ambas, recursos do teatro dialético são mobilizados a fim de se redimensionar

criticamente um evento central para a compreensão do processo de modernização brasileiro. Por

meio de um gênero de comunicação mais direta do que o enciclopédico romance, os dramaturgos reinterpretam a perspectiva tão ideologicamente marcada de Euclides acerca do movimento dos

sertanejos, cujo líder é representado como um fanático religioso de inclinação monarquista,

movido por práticas messiânicas e valores milenaristas. Escritas durante a ditadura civil-militar instalada no país, as peças revisitam polarizações conceituais como civilização X barbárie, e

religião tradicional X religiosidade popular.

PALAVRAS-CHAVE: Guerra de Canudos; Os Sertões; Zé Celso; César Vieira; Joaquim Cardozo.

METAFICÇÃO E HISTÓRIA NA TRADUÇÃO DE O TEMPO E O VENTO EM

MINISSÉRIE

MAZIERO, Aline Cristina (Doutoranda - Unesp- FCL ASSIS)

Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

RESUMO: Essa comunicação discute a tradução/adaptação de textos literários para meios de comunicação audiovisual, tendo em vista que um novo texto se constitui a partir de outro

preexistente, porém produzido em diferente gênero, suporte, linguagem e formato. Nosso foco de

estudo é a representação historiográfica presente na obra O tempo e o vento, de Erico Verissimo e em sua tradução na minissérie homônima, produzida e apresentada pela Rede Globo de

Televisão no ano de 1985, Busca-se identificar indícios de uma possível metaficção

historiográfica (HUTCHEON, 1991) nas duas obras, considerando o contexto sócio-histórico-

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cultural de produção e recepção. No caso em análise, pode-se pressupor que o narrador do texto literário busca a compreensão do momento presente a partir de fatos históricos anteriores. Isso

também ocorre com a tradução audiovisual, que, reproposta em uma nova poética, integra-se a

um “projeto” de revisitação da história do país por meio das produções dramatúrgicas que tiveram como ponto de partida textos literários, visando a conformação de uma “identidade

nacional”, com a construção/representação do “brasileiro típico”.

PALAVRAS-CHAVE: literatura brasileira; tradução audiovisual; metaficção historiográfica.

AS TEMÁTICAS MAIS DIVULGADAS NA COLÓQUIO/LETRAS (1971-2013)

MENDES, Amanda

Mestranda/Unesp/Fapesp

FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves

RESUMO: Este trabalho compreende a identificação das temáticas de ficção mais divulgadas na

seção “Recensão Crítica”, publicada entre os anos 1971 e 2013, na revista Colóquio/Letras. Os

temas variam muito, indo desde a representação da palavra-fala até o salazarismo, regime político instaurado em Portugal por Antônio de Oliveira Salazar. A década de 1970 foi palco da

grande Revolução dos Cravos (1974) e fez com que muitos escritores se apropriassem deste fato

histórico e caracterizante do povo português para escreverem suas narrativas, no entanto, isto ocorreu a partir de 1974, antes, porém, os livros de ficção portuguesa tendiam a utilizar temáticas

como a solidão, o exílio, a vingança, o universo das palavras, bem como o ato da escrita, o amor,

a morte, a infância, o insólito, a prostituição, o abuso contra mulheres, a Segunda Guerra Mundial (SGM), a realidade dos povos africanos, os conflitos existenciais, e etc. Percebemos que

nestes 42 anos de publicação (1971-2013), ocorreram muitas mudanças, as quais estão exibidas

nos livros de ficção portuguesa divulgados na revista. Assim, acompanharemos nesta comunicação, as obras publicadas na revista neste período, pertencentes a esses e outros

assuntos.

PALAVRAS-CHAVE: Colóquio/Letras; Seção “Recensão Crítica”; Temáticas.

A FORMAÇÃO DE UM VAZIO OU A (DE)FORMAÇÃO DE UM JOVEM EM

“TEORIA DO MEDALHÃO” DE MACHADO DE ASSIS

MENOCCI, Ana Carolina

Graduanda, Unesp – Assis, bolsista Fapesp

Orientadora: BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

RESUMO: No conto “Teoria do medalhão” Machado de Assis mostra uma conversa entre um

pai e seu filho. Destaca-se o subtítulo “Diálogo”, mas o que vemos no decorrer da narrativa é um

monólogo autoritário do pai de Janjão. Pelo fato de o filho entrar na maioridade, o pai vê o momento exato de moldá-lo para exercer a profissão sonhada na mocidade: o medalhão. Ao

perceber no filho uma perfeita inópia mental, essencial para o sucesso na profissão, o pai capta o

indício importante para a formação do rapaz até a noite que mudou sua vida, noite que pode valer O príncipe de Machiavelli. A fortuna critica machadiana examina o procedimento textual

desse conto à luz da paródia entendida como repetição com diferença crítica, discurso com

estrutura dialógica mesclando fonte parodiada e resultado e, ainda, como sátira menipéia. Contudo, a leitura pode iluminar defeitos do nosso passado imperial e justificativas com base nos

modelos consagrados universalmente. Com base em trabalhos de estudiosos de Machado de

Assis e do romance de formação, como Villaça (2008), Moretti (1999), Mazzari (1999) e Schwarz (2012), analisamos a formação perante valores da sociedade do século XIX que resulta

um ser vazio ou um jovem com valores morais e sociais totalmente deformados.

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PALAVRAS-CHAVE: Conto de formação; Machado de Assis; Teoria do medalhão; sociedade.

OS ESPAÇOS E O EXÍLIO NO ROMANCE HISTÓRICO “LEALDADE”, DE MÁRCIO

SOUZA

MESQUITA, Maria Cláudia de

Doutoranda em Letras – Unesp/Assis – Bolsista Capes

Orientador: ANTUNES, Prof. Dr. Benedito (Unesp/Assis)

RESUMO: O espaço no romance histórico Lealdade, de Márcio Souza, tem um papel

importante na medida em que a trajetória da narrativa do herói modifica-se em relação ao ambiente em que este se encontra e determina suas reflexões em relação a identificação com qual

seria sua terra natal. O protagonista narra suas memórias desde a infância na região norte da

colônia portuguesa no século XIX, conhecida como Grão-Pará e Rio Negro, quanto sua

formação acadêmica em Lisboa e a participação na Guerra em Caiena (território francês) e sua

vida madura em Belém. Cada lugar influencia o personagem e suscita sua dúvida: ser leal a

quem portugueses, brasileiros ou paraenses? O objetivo deste trabalho é demostrar como o espaço caracteriza-se como exílio, de acordo com Edward Said (2003), na medida em que o

herói não se identifica com o local em que se encontra e isto determina suas reflexões na

construção de suas memórias. PALAVRAS-CHAVE: Romance histórico; Espaço; Exílio; Márcio Souza.

UMA FONTE DE LEITURA PARA A EPÍGRAFE DA IV PARTE DOS “VERSOS A

CORINA”

MIASSO, Audrey Ludmilla do Nascimento

Mestranda, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - Bolsita Fapesp

RESUMO: Machado de Assis estabelece um forte diálogo com diferentes autores no início de

sua carreira. Isso se dará especialmente na forma das epígrafes que acompanham seus poemas, as quais eram assinadas por autores diversos, como Homero, Dante, Mickiewicz, Victor Hugo,

Mme. de Staël, Filinto Elísio, Almeida Garrett, Álvares de Azevedo, Gonçalves Dias e tantos

outros. São trinta e uma epígrafes distribuídas nas Crisálidas (1864), Falenas (1870) e Americanas (1875). Olhar para a epígrafe do poema não nos permite encontrar apenas uma fonte

de leitura machadiana, mas, sobretudo, entender como Machado articulou em sua obra aquilo

que lera, como se deu a costura, como permitiu que sua obra fosse iluminada por outra. Os nomes e obras que assinam as epígrafes dos poemas machadianos certamente fazem parte das

referências literárias que formaram o escritor jovem e algumas delas o acompanharam até a

maturidade, como Shakespeare, por exemplo. Contudo, lendo a IV parte dos “Versos a Corina”, encontramo-nos num “beco sem saída” diante da assinatura “A.M.” para uma frase corriqueira

nas obras literárias francesas: “Ne vois-tu pas?”. Esse estudo objetiva traçar algumas

possibilidades para a identificação dessa fonte de leitura machadiana e, assim, consequentemente para o entendimento do diálogo entre a epígrafe e os versos a que serve.

PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis; Crisálidas; “Versos a Corina”; Epígrafe.

O MUNDANO E OS SALÕES NAS CRÔNICAS DE MARCEL PROUST E JOÃO DO

RIO

MORIZONO, Vivian Yoshie Martins

Mestranda; Bolsista Fapesp

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Área de Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em francês - FFLCH-USP

Orientador: ALMEIDA, Alexandre Bebiano de

RESUMO: A crônica social foi um gênero de grande importância para a “Belle Époque”

brasileira e francesa, e tinha como propósito trazer as descrições das modas e salões. Esses textos possuem características específicas, que evocam do evento a natureza, o anfitrião e sua

repercussão; neles coexistem a elegância de um ambiente fabuloso e um espaço social marcado

de maneira expressiva pela hierarquia. Diversos autores da época contribuíram com estes textos jornalísticos, dentre eles, João do Rio e Marcel Proust. Por meio de uma análise comparativa das

crônicas sociais redigidas por esses dois jornalistas-escritores, essa apresentação tem como

objetivo chamar a atenção para o importante papel que essas crônicas desempenham nas obras literárias dos autores destacados. Assim, introduziremos algumas questões importantes para a

pesquisa de mestrado: as características formais desses textos, sua função junto aos jornais, e o

caráter literário das crônicas de salões. PALAVRAS-CHAVE: crônica social; salões; Marcel Proust; João do Rio; belle époque.

MACHADO DE ASSIS E LOUIS ETIENNE: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS NO

FAZER CRÍTICO

MUSSULINI, Dayane

Doutoranda – FCL/Assis - Unesp

Orientadora: CALLIPO, Drª Daniela Mantarro

RESUMO: Machado de Assis, como sabemos, teve muitas funções na sua carreira de escritor.

Uma delas foi a de crítico literário, trabalho que destinou, sobretudo, às revistas e aos jornais de

sua época. Pesquisas recentes, como a compilação Machado de Assis: crítica literária e textos diversos (2013), organizada por Sílvia Azevedo, Adriana Dusilek e Daniela Callipo, dão conta

de mostrar que, durante os mais de quarenta anos de publicação na imprensa periódica, o autor

fluminense não abandonou o seu posto de crítico, como se acreditava. Outro fator comum na

escrita machadiana é o seu vívido interesse pela língua e cultura francesas, deixando transparecer

em suas obras inúmeros casos de intertextualidade. Em seu famoso ensaio “Instinto de

nacionalidade”, por exemplo, alude a Louis Etienne como modelo de crítico literário. Pensando nisso, o presente trabalho pretende o cotejo de alguns textos de Louis Etienne ao lado daqueles

de Machado de Assis, com o intuito de apresentar semelhanças e diferenças que colaboram com

a elaboração da escritura crítica do autor brasileiro. PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis; Crítica Literária; Literatura Comparada – Brasileira

e Francesa; Louis Etienne.

ESPAÇO (DO) TRÁGICO E METÁFORAS ESPACIAIS EM A CASA DO POETA

TRÁGICO, DE CARLOS HEITOR CONY.

NASCIMENTO, Danilo de Oliveira

Doutor em Teoria e História Literária/Unicamp - Universidade Federal de Mato Grosso

RESUMO: Em A casa do poeta trágico podemos notar a ênfase sobre lugares como “casa”, “mundo”, “ruína”, “labirinto”, “corredor”, entre outros. Esses lugares ora funcionam como

espaços da ação fabular ora funcionam como metáforas espaciais. Em ambos os casos, eles

objetivam, segundo percepção do narrador e propósito do protagonista, atribuir natureza trágica a existência das personagens principais, Augusto e Mona, assim como conotar de trágico o

fracasso das relações afetivas das personagens principais, a repetição desses fracassos na relação

de ambos e, sobretudo, o sentimento de impotência diante da repetição do fracasso amoroso. De

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maneira geral, as considerações sobre o espaço em A Casa do Poeta Trágico ratificam a observação de que desde o Romantismo poetas e escritores brasileiros salientam relação estreita

entre espaço e trágico, contrariando, por exemplo, a afirmação de Albin Lesky (2006) de que o

ambiente é fator desconsiderado quando se trata de manifestação ou representação do fenômeno trágico. A presente comunicação visa destacar a relação estreita entre espaço, afetividade e

tragédia no que se refere à representação do fenômeno trágico na literatura brasileira, tendo

como corpus de análise o romance citado de Carlos Heitor Cony. PALAVRAS-CHAVES: Romance; Tragédia; Carlos Heitor Cony; Espaço.

PRIMO LEVI E A MEMÓRIA ALIMENTAR

NEVES, Josiane Rodrigues

Mestranda, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Capes

BONA, Fabiano Dalla

RESUMO: Dentre os escritores do período pós-guerra, Primo Levi (1919-1987) é considerado

pela crítica como um dos principais representantes das narrativas de testemunho na Itália, ou

seja, produções associadas ao “dever da memória”. As mesmas retratam, sobretudo, o evento da Shoah e buscam apresentar um passado com a finalidade de o mesmo não se repetir. Em Se

questo è un uomo (1947), o narrador expõe a terrível realidade dentro dos campos de

concentração - marcada pelas inúmeras seções maus-tratos, pelo trabalho forçado e pela falta de alimento. Aqui, a fome é um elemento constante, aparecendo inúmeras vezes em sentido literal e

figurado. Dessa forma, o intuito desta pesquisa é analisar a questão da alimentação nas narrativas

de Levi. Utilizam-se como base metodológica os escritos de Jacques Le Goff (2003) - que trazem uma perspectiva histórica da questão da memória -, Maurice Halbwachs (1990) e Paul

Ricoeur (2007) – os quais discutem a questão da memória coletiva e do esquecimento. O tema da

memória tratado aqui não diz respeito ao trauma, mas sim à questão alimentar. PALAVRAS-CHAVE: alimentação; memória; testemunho; Shoah.

A METÁFORA ARGUMENTATIVA NAS CARTAS ESPIRITUAIS, DE FREI ANTÓNIO

DAS CHAGAS

NOGUEIRA, Andréa Scavassa Vecchia (Doutoranda – Unesp/Assis)

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes

RESUMO: Em razão de poucos estudos sobre o autor Frei António das Chagas, esta pesquisa

vem trazer comentários de uma de suas principais obras: as Cartas Espirituais. Chagas, nome religioso de António Fonseca Soares (1631 a 1682), ao se tornar franciscano em 1662, foi

representante vivo da dualidade encontrada no Barroco português, uma vez que dividiu sua vida

entre o laicismo e a religiosidade. Nessa fase, o frei produz, entre outros escritos, cartas com um forte apelo místico de uma autêntica poesia religiosa, revelando, entretanto, uma mesma

estratégia argumentativa encontrada em suas poesias mundanas, quando as assinava como

António Fonseca. A obra Carta Espirituais é apresentada em dois volumes e perfaz o total de 380 cartas. Mostra discursos articulados pelos recursos retóricos, produzindo efeitos e sentidos

na busca de comover os leitores. Dentre os recursos argumentativos, propomos, como objetivo

da pesquisa, debater as metáforas como elemento de argumentação, na busca de que o discurso do Frei António das Chagas efetive, reitere e consolide a sua ação de “missionário”, tendo como

principal modelo argumentativo de refutação a sua própria experiência mundana, enquanto

poeta/militar António Fonseca Soares.

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PALAVRAS-CHAVE: Frei António das Chagas; metáfora argumentativa; Poética e Retórica do século XVII.

CASA, CORPO E VIDA NAS CRÔNICAS DE AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA

OLIVEIRA, Fernando Lisbôa de

Mestrado – UEL (Capes)

RESUMO: As crônicas de Affonso Romano de Sant’Anna apresentam o cotidiano brasileiro de

maneira ímpar, tendo em vista que elas se inserem na realidade e, mesmo assim, fazem com que o fato relatado apresente características sobrenaturais. Contudo, diferente do que possa parecer,

esses textos não trabalham tanto com o fator insólito, mas sim com aspectos relativos ao

Sagrado. Dessa forma, no presente trabalho, objetivamos apresentar como a ideologia cristã e,

também, o texto bíblico aparecem nos escritos do autor, fazendo com que esse elemento sacro

apareça e ganhe destaque. Mais do que isso, pretendemos apresentar possíveis efeitos de sentidos

gerados pela intertextualidade e interdiscursividade na crônica de Sant’Anna. Para tanto, analisamos como as figuras da “casa”, do “corpo” e da “vida íntima” se repetem e se misturam

nessa escrita, criando assim uma metáfora sobre o relacionamento amoroso de um casal, além de

se relacionar com a religiosidade já citada. Por fim, esse trabalho é também a apresentação de uma dissertação ainda em andamento, na qual esses conceitos são analisados.

PALAVRAS-CHAVE: Crônica; Intimidade; Religiosidade.

MEMÓRIA E ESQUECIMENTO NA TRANSIÇÃO ESPANHOLA: MONTSERRAT

ROIG E A ESCRITA COMO TRANSGRESSÃO

OLIVEIRA, Katia Aparecida da Silva

PG (Dout.) – Unesp - Assis/UNIFAL-MG ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto (Unesp-Assis)

RESUMO: O período que segue o fim da ditadura na Espanha entre 1975 e meados dos anos 80, conhecido como transição, propunha um processo de reorganização política do país em direção à

democracia. Nesse momento, era predominante um discurso centrado no futuro: o passado

deveria ficar para trás e a preocupação de todos deveria ser a reconstrução do país. Esse foco no futuro e o desestímulo à recuperação do passado – que na ditadura havia sido silenciado e

omitido – é conhecido como “pacto del olvido” e foi acatado não só na política como também

por grande parcela dos intelectuais. Em meio a esse contexto, a escritora catalã Montserrat Roig, atuando contra o pensamento corrente, trata de discutir e propor a recuperação e preservação da

memória tanto em seus romances e contos, como em sua obra jornalística. Assim, esse trabalho propõe analisar os textos jornalísticos de Roig que tratam da memória e da recuperação do

passado publicados nesse período, uma vez que esses textos estavam muito comprometidos com

o momento que se vivia na Espanha da transição e tinham o importante papel de questionar o

discurso oficial do esquecimento, propondo a valorização, conservação e denuncia em relação a

um passado traumático.

PALAVRAS-CHAVE: transição espanhola; Memória; Montserrat Roig.

O FEMININO SITIADO: A RECEPÇÃO CRÍTICA DA OBRA A CIDADE SITIADA, DE

CLARICE LISPECTOR

OLIVEIRA, Kátia Isidoro de

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Doutoranda, Unesp/Assis, CNPQ

Orientadora: RAPUCCI, Dra Cleide Antonia

RESUMO: A autora Clarice Lispector foi umas das escritoras mais representativas na literatura

de língua portuguesa. Publicado em 1949, A Cidade Sitiada é o terceiro romance de Clarice Lispector. A obra narra o processo de modernização do subúrbio chamado São Geraldo e é uma

metáfora da transformação da protagonista. No romance, Lucrécia Neves vive num subúrbio em

crescimento na década de 20. No enfoque pós-modernista, Hutcheon (1991) afirma que o centro já não é totalmente válido. Ocorre a perspectiva descentralizada. Lucrécia é uma mulher

“sitiada”, ela é apresentada ao leitor como sujeito da sua histórias, mas, em vez disso, um objeto

narrado: “[...] se precisasse urgentemente chamar, não poderia; perdera enfim o dom da fala.” (CLARICE, 1998, p. 68) É uma estrangeira no mundo onde habita e com o qual não interage,

cercada, exilada por muros da cidade: “Seu medo era o de ultrapassar o que via.” (CLARICE,

1998, p. 89). Lucrécia é o símbolo do silêncio, do exilado, do marginalizado, desconectado com a realidade externa, uma mulher sem asas. Diante do exposto, pretende-se nesse trabalho,

analisar o modo que Clarice Lispector consegue discutir o feminino no romance sob o viés da

recepção crítica. PALAVRAS-CHAVE: Clarice Lispector; A Cidade Sitiada; Crítica Feminista; Recepção

Crítica.

O RETRATO DA MULHER PÚBLICA NA POESIA POPULAR

OLIVEIRA, Letícia Fernanda da Silva

Mestranda, Unesp/Assis, Capes

MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

RESUMO: Desde a Colônia, a sociedade patriarcal cria um discurso hegemônico sobre a mulher

e como deveria ser o seu comportamento. Este discurso é pautado em duas figuras femininas

polarizadas, em que as mulheres são divididas entre “mulheres honestas” e “mulheres públicas”,

sendo estas as que recorrem à prostituição como meio de vida. Com as mudanças sociais

ocorridas após o Brasil tornar-se uma República, a prostituição começa a se tornar um fantasma

no imaginário coletivo. Em total consonância com o pensamento da época, poetas populares como Leandro Gomes de Barros e João Martins de Athayde vão em seus folhetos, então,

repudiar as mulheres que apresentam sua sexualidade insubmissa. Tais mulheres contrariam as

regras patriarcais que ditam a permanência de filhas e esposas na clausura doméstica, e passam então a ter uma vida pública, algo antes apenas permitido para os homens.

PALAVRAS-CHAVE: mulher; poesia popular; Primeira República; prostituição.

A RUPTURA DE ESTEREÓTIPOS NA OBRA BUMBA O BONECO QUE QUIS VIRAR

GENTE, DE JERONYMO MONTEIRO

OLIVEIRA, Marina João Bernardes de

Doutoranda – Unesp/Assis

Orientador: CECCANTINI, João Luís Cardoso Tápias

RESUMO: Jeronymo Barbosa Monteiro foi jornalista e escritor considerado o pai da ficção científica, também foi apontado como o melhor seguidor de Monteiro Lobato. No entanto,

atualmente, suas obras são raras e pouco se tem de trabalhos acadêmicos acerca de sua produção

tanto para o público infantil, quanto juvenil. Diante disso, o presente trabalho visa propor algumas reflexões sobre a importância desse escritor na literatura infantojuvenil brasileira e, para

tanto, tomar-se-á aqui como referência a obra infantil Bumba o boneco que quis virar gente, obra

que se destaca pela ruptura de estereótipos, até então vigentes na literatura infantil brasileira da

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década de 50, o que é uma característica marcante de Monteiro. Dessa forma, o estudo da obra em questão levará em consideração a composição apontada por Vladimir Propp que consiste na

presença dos seguintes elementos: uma parte introdutória, o nó da intriga, a intervenção dos

doadores e o retorno do herói. PALAVRAS-CHAVE: Jeronymo Monteiro; literatura infantil; estereótipos.

O MITO SERIGRAFADO NA PANAMERICA POP DE JOSÉ AGRIPPINO DE PAULA

OLIVEIRA, Sarah de

Graduada Letras - Universidade Estadual Paulista (Unesp)/ Assis

Orientador: ANDRADE, Prof. Dr. Paulo (Universidade Estadual Paulista Unesp/ Araraquara )

RESUMO: De Eva à Virgem Maria são muitas as definições e comparações feitas com uma das mais emblemáticas figuras cinematográficas de todos os tempos: Marilyn Monroe. As cores nas

quais foram pintadas sua ladainha nos imprimiram carimbos de sua imagem. No romance

Panamérica (1967), José Agrippino de Paula evidencia essa silhueta feminina serigrafada nas

páginas de sua epopéia ambientada no espaço contemporâneo. Do mesmo modo como Andy

Warhol reproduziu a musa em tela, Agrippino colore e descolore a atriz que flutua entre acontecimentos sociais, econômicos e políticos no continente americano durante a mais mítica

das décadas do século XX, a de 1960. Tendo do instrumental teórico baseado, sobretudo, em

Evelina Hoisel, Maria Lúcia Outeiro Fernandes e Roland Barthes, esta comunicação pretende expor de que forma essa efígie prateada foi trabalhada na obra em foco, além de propor uma

discussão sobre as novas configurações do mito, sua adoração e fixação, mas destituídos de uma

essência e historicidades profundas. PALAVRAS-CHAVE: Mito; Literatura Pop; Pop Arte.

IMPASSES MORAIS CLÁSSICOS EM PROSA MODERNA: CONHECER O OUTRO;

CONHECER-SE; E DEIXAR-SE CONHECER.

PEDROSO, Raquel Cristina Ribeiro Mestranda em Letras (Literatura e Vida Social) – Fapesp

Orientadora: BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek

RESUMO: O corpo diz tudo sobre o homem profundo. Portanto, seria possível formar ou

reformar suas disposições íntimas regulamentando corretamente suas manifestações. O que seria

considerado denúncia das sensações interiores e pelo olhar do outro sofresse sanção negativa, facilmente poderia ser trocado por um comportamento menos revelador e, portanto, menos

excludente. O sujeito que se volta sobre si mesmo e indaga a razão de suas escolhas e o valor da

sua vida é geralmente motivado pela suspeita de desigualdade consigo. Narrativas do eu buscam com esforço a unidade da pessoa humana, ao mesmo tempo em que ensaiam mudanças,

remetendo-nos à intensa possibilidade de falseamento. A vida humana traz consigo a perene

responsabilidade para com uma espécie cujos membros são capazes de conceber e forjar o que são. Falsificar-se, nesse sentido, é fazer escolhas que, pela fraude do autoengano, desviam a

pessoa de si mesma, e isto, frequentemente, com a aparência de vantagem. O texto base para esta

análise é o terceiro romance de Machado de Assis, Helena, de 1876, cuja leitura e releitura nos aponta à intensa manifestação da moralidade enquanto objeto do sujeito social e suas

manifestações individuais em uma prosa de cunho moderno e inovador.

PALAVRAS-CHAVE: moralidade; Helena; Machado de Assis; ethos do enunciador.

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INTRODUÇÃO AO PAPEL DA CULTURA SOB O PRISMA SEMIÓTICO: INTENTIO

LECTORIS, IMPLICAÇÕES SÓCIO-ACADÊMICAS E FRONTEIRAS ENTRE

LITERATURA E COMUNICAÇÃO DE MASSA

PERASSOLI JÚNIOR, Claudio Roberto Doutorando – Unesp/Assis

Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

RESUMO: Esta comunicação visa expor, de maneira introdutória, o embate suscitado na

atualidade acerca do conceito de cultura, utilizando-se para isso os estudos semióticos. Mais especificamente, expor-se-á sobre os denominados níveis culturais e suas possíveis

convergências, estas, por sua vez, intensificadas na prática cultural e crítica, tendendo a um

alargamento das relações comunicativas proporcionado pelo advento e maciço desenvolvimento das tecnologias digitais. Diante do embate consolidado entre “apocalípticos” e “integrados”,

indaga-se acerca do papel da cultura e do sujeito fruidor – em termos semióticos de Umberto Eco, da Intentio Lectoris. Para este trabalho, o estudo pautado na reflexão sobre a construção de

signos e de representações de mundo, paralelos linearmente ou dispostos horizontalmente nos

diversos meios de comunicação, pode auxiliar a extrair inferências que desarticulam paradigmas culturais, atribuindo, por fim, uma leitura mais refinada e atenta a um produto da mass media.

Realizando-se, assim, tal labor analítico, questiona-se igualmente o papel do crítico acadêmico e

a existência, nestes estudos, de fronteiras peremptórias entre a Literatura e a Comunicação de Massa.

PALAVRAS-CHAVE: Estudos Culturais; Semiótica; Leitor; Comunicação de Massa.

VIAGEM, DESLOCAMENTO E IMPRESSÃO DE UMA AMÉRICA EM JOURNAUX

DE VOYAGE, DE ALBERT CAMUS E TODA A AMÉRICA, DE RONALD DE

CARVALHO

PERISSINOTO, Aline Pasquoto Mestranda em Letras UNIFESP

Orientadora: ABREU, Profa. Dra. Mirhiane Mendes de

RESUMO: O presente trabalho pretende comparar as obras Journaux de Voyage, Albert Camus,

1978, referente à viagem do autor à América do norte, em 1946 e América do Sul, em 1949; e Toda a América, Ronald de Carvalho, obra de poemas, 1926, referente à viagem do autor pela

América entre 1923 e 1924. Pressupõe-se que há neles semelhanças, pois, apresentam-se nas

obras os relatos de suas viagens pela América. Apesar de Camus apresentar um diário de bordo e Ronald, um livro de poemas, as impressões - consequências do deslocamento físico - trazem a

necessidade de apontar as particularidades dos momentos. Assim, para se compreendê-los, será tomada a teoria do Absurdo e Revolta para orientar a análise sobre os escritos de Camus, já que

era a maneira prioritária de este autor ver o mundo. Já em Toda a América o eu-lírico explicita

uma exaltação do continente, especialmente o Brasil, em concordância com as propostas

modernistas da época, mas em um tom cosmopolita. Diante desses aspectos em comum, mas

com alcances distintos, tenciona-se neste estudo apresentar alguns elementos de análise

comparativa, porque se encontram em estado de construção de uma identidade, resultado das impressões sociais para a construção subjetiva de cada autor.

PALAVRAS-CHAVE: viagem; estranhamento; deslocamento; Ronald de Carvalho; Albert

Camus.

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EM MEIO A CORONÉIS E MORGADOS: PODER SIMBÓLICO E PERSONAGENS

FEMININAS EM NARRATIVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

PINTO, Bruna Carolina de Almeida Doutoranda – Unesp/Assis – Fapesp

SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos (Unesp/Assis)

RESUMO: Este trabalho pretende analisar a relação entre gênero e estrutura de poder, a partir

de figuras femininas cujas construções se mostram em conformidade com o sistema patriarcal

nos romances Fogo morto, de José Lins do Rego (Brasil), e Ilhéu de contenda, de Henrique Teixeira de Sousa (Cabo Verde). Tanto na dramaticidade da casa grande, que caracteriza a

construção da obra do escritor paraibano; quanto na evolução dos quadros sociais dos "sobrados,

lojas e funcos", que ilustra a configuração da obra do escritor cabo-verdiano, a figura feminina desempenha um importante papel de intermediação em relação às figuras masculinas. Importa-

nos identificar nessas intermediações aquelas que contribuem para a manutenção da ordem

patriarcal – e a consequente preservação de sua submissão – e, em contrapartida, aquelas que

promovem a sua emancipação em relação a esta.

PALAVRAS-CHAVE: Personagens femininas; Patriarcalismo; Fogo morto; Ilhéu de contenda.

PRÊMIO E CASTIGO. A RETRIBUIÇÃO CÁRMICA NA LITERATURA JAPONESA

SETSUWA (NARRATIVA BREVE) BUDISTA

PORTO, Teresa Augusta Marques Doutoranda

Orientador: ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto (Unesp/Assis)

RESUMO: Os poderes sobrenaturais, ou maravilhas extraordinárias do bodhisattva (do sânscrito

“essência de sabedoria”), herói budista iluminado assistente dos budas, podem, de acordo com

postulações doutrinárias, ser compartilhados com os seres merecedores e igualmente em saga

heroica na jornada terrestre (PAUL, 2000). A literatura japonesa setsuwa (“breves narrativas”)

budista registra eventos de árduos e sucessivos testes de merecimento de personagens, ao mesmo

tempo em que há registro de resposta ou retribuição cármica imediata a outros. Exemplos guardados pela tradição oral e compilados a partir do século IX no Nihon Ryôiki, ou “Registro de

Milagres no Japão”, pelo monge Kyôkai, e fins do século XII no Konjaku Monogatarishû, ou

“Narrativas de Hoje e Antigamente”, atribuído a monges ou a leigos, suscitam questões teóricas sobre a tensão entre o prêmio e o castigo na ótica catequética dessas narrativas (NAKAMURA,

1997) e também sobre o acaso, quando não há menção narrativa de merecimento ou não

merecimento de ajuda espiritual, mas nota-se o olhar sobre a fé e a persistência vencedora dos personagens, o que não se observa na literatura laica, na qual o acaso pode coincidir com a

destruição dos personagens pelos inimigos (YOSHIDA, 1991). PALAVRAS-CHAVE: Literatura japonesa; literatura setsuwa budista; literatura setsuwa laica;

período histórico Heian (794-1192); retribuição cármica aos personagens literários.

POR QUE INOCÊNCIA PRECISA DE UMA EDIÇÃO CRÍTICA?

PRADO, Elisa dos Santos

Doutoranda - Unesp – Assis

Orientador: MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes

RESUMO: Alfredo d’Escragnolle Taunay (1843-1899) teve intensa vida cultural e produziu

textos em diversas esferas; no entanto, ficou mais conhecido devido apenas a duas de suas obras:

A retirada da Laguna (1871) e Inocência (1872). Apesar de a segunda ser um dos romances mais

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famosos da transição romântico-realista da literatura brasileira e também ser a mais representativa do autor, até o momento não possui um texto confiável que sirva de base para a

publicação de novas edições, que continuam a surgir devido à importância do texto para as letras

nacionais. Por isso, neste trabalho, pretendemos, com as contribuições da crítica textual, cotejar duas edições de Inocência, a saber, uma contemporânea, publicada em 2011, e a quarta edição do

romance (1899), a última em vida do autor e só recentemente descoberta, de modo a mostrar a

necessidade e a urgência de um estudo sistemático do romance, considerando diversos testemunhos, visando o estabelecimento de um texto confiável e cientificamente correto, mais de

acordo com a vontade de seu criador.

PALAVRAS-CHAVE: Inocência; visconde de Taunay; cotejo; edições; crítica textual.

MACHADO DE ASSIS NO CINEMA: CAPITU, A MINISSÉRIE (2008)

RAMOS, Luan Cardoso 4º. ano/Letras, PIBIC/CNPq/ Unesp - FCL- Assis

Orientadora: AZEVEDO, Profa. Dra. Sílvia Maria

RESUMO: O objetivo da pesquisa é analisar, a partir do diálogo intertextual, a configuração

discursiva do romance e da minissérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho, a partir da obra

Dom Casmurro de Machado de Assis, exibida em 2008 pela Rede Globo. Examinar a perspectiva em que a história foi contada e como as personagens foram retratadas na minissérie,

constitui o foco da pesquisa que incide sobre a análise do discurso cinematográfico. Valendo-se

do questionamento das personagens, o diretor Luiz Fernando recriou o clássico machadiano, realçando as metáforas relativas ao universo casmurriano, os ciúmes de Bentinho e os olhos de

ressaca de Capitu. A abordagem moderna se destaca, as câmeras acompanham os labirintos

cariocas e os elementos cinematográficos refazem uma nova abordagem do clássico de Machado de Assis. Como diz Ítalo Calvino, a releitura de um clássico compreende novas descobertas. Ao

retirar o véu, revela-se uma riqueza de elementos, pois os clássicos são livros que, quanto mais

pensamos admirá-los por ouvir dizer, tanto mais se revelam novos e inesperados quando são

lidos de fato e interpretados em diferentes abordagens.

PALAVRAS-CHAVE: Capitu; Machado de Assis; discurso cinematográfico.

DOM QUIXOTE, CERVANTES DIALOGANDO COM A LITERATURA

INFANTOJUVENIL BRASILEIRA

RIBEIRO, Alessandra Silva

Mestranda pela Faculdade de Ciências e Letras - Assis

PANDOLFI, Drª Maira Angélica

RESUMO: A obra de Miguel de Cervantes “Dom Quixote de La Mancha”, publicada no início

do século XVII, entre os anos de 1605 (1ª parte) e 1615 (2ª parte), é obra consagrada pela crítica literária mundial, sendo lida, editada e traduzida em diversos países. No Brasil há várias

traduções da obra, assim como adaptações do mito quixotesco para o público infantojuvenil,

destacando que há muito que se falar sobre o assunto, especialmente se levarmos em conta autores conceituados como Monteiro Lobato, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, entre outros,

que realizaram adaptações da obra para o público infantojuvenil. Portanto, certamente há muita

riqueza escondida em tais recontos, mas para acessá-la não basta olhar unicamente para o texto. É necessário recorrer a dados como: ilustrações, vazios textuais e técnicas gráficas; os

paratextos, como pontua Gemma Lluch Crespo, que poderão servir para fomentar novas

discussões sobre a obra de Cervantes, que continua atual mesmo após quatro séculos de existência. Desse modo, o presente trabalho escolheu a obra “Dom Quixote das Crianças”, de

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Monteiro Lobato (1952), com a proposta de analisar na obra brasileira críticas sociais em comum ao trabalho de Cervantes.

PALAVRAS-CHAVE: Mito Quixotesco; Literatura Infantojuvenil; Recontos.

REPRESENTAÇÕES DA MEMÓRIA EM A MÁQUINA DE FAZER ESPANHÓIS, DE

VALTER HUGO MÃE

RIBEIRO, Beatriz Sodré

Mestrado – FCL-Unesp-Assis – CNPq

Orientador: PEREIRA, Dr. Marcio Roberto

RESUMO: No contexto da pós-modernidade, a fragmentação da identidade dá ao indivíduo uma

sensação de liberdade dentro de um sistema do qual ele só participa na condição de engrenagem.

Quando excluído deste sistema, tudo que lhe resta é a memória do que passou. Com base nesse

princípio, esse trabalho analisa as várias engrenagens narrativas, que compõem o romance A

máquina de fazer espanhóis (2010), de Valter Hugo Mãe, e mostra heróis em conflito entre a

memória e o esquecimento, buscando entender os mecanismos de uma sociedade que, se por um lado almeja inserir-se no contexto da unificação europeia, por outro descarta aqueles que já não

acompanham o sistema produtivo. Pensando no presente como sendo o status da memória e no

romance memorialístico como um modo de revisar a história, o objetivo deste trabalho é analisar as representações da memória presentes no romance de Hugo Mãe, sob a perspectiva de Andreas

Huyssen.

PALAVRAS-CHAVE: memória; identidade; romance; pós-modernidade.

EVOCAÇÕES DO REI NGUNGUNHANE NAS PERCEPÇÕES LITERÁRIAS DE

UNGULANI BA KA KHOSA (1987) E EDUARDO QUIVE (2011).

ROCHA, Denise

Dra. Universidade Federal de Fortaleza, PPGL- Capes

RESUMO: A partir da imagem histórica do último rei de Gaza, Ngungunhane (c. 1850-1906),

que foi vencido em batalha, exibido como troféu de guerra em Lisboa, desterrado para a Ilha Terceira dos Açores onde foi alfabetizado e batizado, como Reinaldo Frederico Gungunhana,

serão analisadas duas narrativas: Ualalapi, (1987), de Ungulani Ba Ka Khosa, e Ngungunhana:

Uma lenda na história de Moçambique (2011), de Eduardo Quive . Segundo a perspectiva da imagem de Peter Burke, serão estudadas nas obras, que mesclam fatos históricos, ficcionais e

míticos, as distintas visões do povo sobre a ascensão e queda do altivo soberano da etnia nguni,

que dominava uma extensa área no sul de Moçambique. Ele ousou desafiar o rei do decadente império português, ao firmar contrato geopolítico-estratégico e militar com o rei da Grã-

Bretanha.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura comparada; história; Ngungunhane; Ungulani Ba Ka Khosa; Eduardo Quive.

ÁLVARO LINS E SEU OLHAR PIONEIRO SOBRE A FICÇÃO DE GRACILIANO

RAMOS

RODRIGUES, Marcos Antonio

Mestre em Letras – Unesp/Assis

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RESUMO: Álvaro Lins (1912-1970) foi um dos grandes críticos brasileiros que se destacou na primeira metade do século passado. Manifestando-se nos principais jornais da época, ele não

deixou de se expor sobre um dos grandes prosadores da literatura nacional – Graciliano Ramos

(1892-1953) –, de modo que recepcionou e acompanhou sua produção nas letras brasileiras. Desse modo, o objetivo da comunicação é acentuar algumas considerações da pesquisa de

Mestrado que resultou na dissertação Álvaro Lins: leitor de Graciliano Ramos. Financiado pela

Fapesp, o trabalho buscou analisar os três ensaios do intelectual brasileiro sobre o escritor alagoano com o intento de ponderar sobre sua influencia na consagração do escritor. É

imprescindível destacar ainda que Lins foi um dos primeiros a se expressar sobre a produção de

Graciliano; e mesmo escrevendo no calor da hora, ele realizou análises relevantes e bem sucedidas, em suma, deixou um legado para os futuros estudiosos do autor.

PALAVRAS-CHAVE: Álvaro Lins; crítica literária; Graciliano Ramos.

EVAS E LILITHS: O IMAGINÁRIO FEMININO NA OBRA DE ANGELA CARTER

RODRIGUES, Talita Annunciato

Doutoranda, FCL - Unesp/Assis, Capes

Orientadora: RAPUCCI, Dra Cleide Antonia

RESUMO: Na literatura ocidental, representações atravessaram os tempos e estabeleceram o pensamento simbólico sobre as imagens do feminino: figuras mitológicas como Eva e Lilith,

consideradas como responsáveis pela queda do homem e seu infortúnio, permeiam ainda hoje o

imaginário social, reforçando estereótipos negativos a respeito da mulher. De acordo com a narrativa judaica-cristã, Eva não só cedeu à curiosidade, como também convenceu Adão a pecar,

desobedecendo às regras do criador, ação que resultou na expulsão de ambos do paraíso. Por

outro lado, Lilith, descrita como a primeira mulher de Adão, é associada muitas vezes a um ser demoníaco, caracterizada pela busca ao prazer e pela transgressão das leis. Ao retomar essas

figuras representativas em seus textos, a autora inglesa Angela Carter explicita, por meio da

ficção, o questionamento dos papéis sociais relacionados ao feminino em sua obra. Nesse

sentido, procura-se refletir nesta comunicação como a representação feminina é trabalhada em

dois de seus romances, Heroes and Villains (1969) e The Passion of New Eve (1977), e propõe-

se discutir como a alusão às figuras de Eva e Lilith contribui para expressar a postura crítica de Carter aos ideais patriarcais nos quais são baseados discursos sobre a mulher.

PALAVRAS-CHAVE: Angela Carter; crítica feminista; representação da mulher;

intertextualidade.

IMAGENS E ESPAÇOS DA MEMÓRIA EM UMBERTO ECO E CHICO BUARQUE DE

HOLANDA

ROSA, Paulo Fernando Zaganin Doutor em Letras, Unesp/FCL de Assis

RESUMO: Este trabalho é um recorte de uma das partes de nossa Tese de Doutorado, intitulada

De leite, névoas e chamas: a Poética da Memória em Umberto Eco e Chico Buarque de Holanda

(2015), cuja principal tarefa foi debater sobre a questão da memória, por meio da comparação

dos romances A misteriosa chama da rainha Loana (2005), do semiólogo e escritor italiano Umberto Eco e Leite derramado (2009), do cantor, compositor e escritor brasileiro Chico

Buarque. Partindo do princípio de que estes dois romances, no decorrer de suas narrativas,

demonstram a capacidade da memória para registrar a própria história e para a constituição das identidades individual e nacional, procuramos demonstrar que, ao recontar a história, ambos

fazem uma homenagem à própria literatura, utilizando para o registro memorialístico, além de

outros elementos, alguns símbolos, figuras, imagens e espaços da memória em comum. Neste

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trabalho, procuraremos apresentar uma breve análise das principais imagens e espaços da memória que foram identificados nas duas obras, tais como aqueles da névoa, da chama, do leite,

das casas da infância, dos hospitais, dos leitos de morte e das mulheres amadas.

PALAVRAS-CHAVE: Umberto Eco; A misteriosa chama da rainha Loana; Chico Buarque de Holanda; Leite derramado; Literatura comparada.

CHINUA ACHEBE E CASTRO SOROMENHO: COMPROMISSO POLÍTICO E

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA EM PERSPECTIVAS LITERÁRIAS

SAES, Stela Mestrado - Universidade de São Paulo

Orientadora: SILVA, Rejane Vecchia da Rocha e

RESUMO: As obras Things fall apart, do escritor nigeriano Chinua Achebe (1958), e Terra

morta, do angolano Castro Soromenho (1949), compõem o início de duas trilogias conhecidas

como fundadoras das literaturas de seus países. Enquanto a primeira oferece uma visão inédita a

respeito do funcionamento da sociedade Ibo na Nigéria sobre as questões coloniais, a segunda transparece as frágeis relações coloniais dos portugueses nas instituições políticos, econômicas e

sociais do império na região de Lunda em Angola. O que aproxima os dois romances é o fato de

seus narradores - assim como seus autores - não idealizarem as sociedades retratadas, sejam elas oprimidas ou opressoras. A consciência histórica e o compromisso político diante dos fatos

narrados estão presentes na representação literária como uma tentativa de entender o

funcionamento e, aí sim, apresentar a crítica aos diferentes processos coloniais. A narrativa, portanto, carrega, em certa medida, a vivência e a consciência política de seus autores que,

compromissados com a realidade de seus países, buscaram entender a história e desmitificar as

relações sociais. PALAVRAS-CHAVE: literatura nigeriana, literatura angolana, Chinua Achebe, Castro

Soromenho, literatura comparada.

ENTRE HISTÓRIA, LITERATURA E MEMÓRIA: A GUERRA CIVIL ANGOLANA

NA ÓTICA DO ROMANCE BOM DIA CAMARADAS

SAMPAIO, Thiago Henrique

RESUMO: A Angola pós-independência sofreu uma longa guerra civil (1975-2002), parte desse

período é narrada no livro Bom dia camaradas, do escritor angolano Ondjaki. O livro tem um panorama íntimo devido seu caráter interno e memorialístico que acompanha a narrativa. A

personagem principal, uma criança da classe média na década de 1980, anos intensos da guerra-

civil, que começa a construir sua consciência política e social sobre sua densa realidade. A narração nos provoca reações variadas e reflexões sobre a construção da mentalidade de crianças

crescendo em conflitos e buscando entender o mundo em sua volta. O presente trabalho tem

como objetivo fazer uma análise tanto historiográfica quanto literária da obra e buscar pontos de convergência entre memória, história e literatura.

PALAVRAS-CHAVE: não enviadas.

BASTIDORES DA LITERATURA NA TIPOGRAFIA DO JORNAL DO COMMERCIO

SANTANA JÚNIOR, Odair Dutra

Mestrando em Letras – Unesp/Ibilce - Bolsista Capes

Orientadora: GRANJA, Dra. Lúcia

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RESUMO: É um fato conhecido da História Literária que os jornais no século XIX foram lugares privilegiados para a circulação da literatura. A partir desse fato e devido a indícios que

apontam o Jornal do Commercio como pioneiro do mercado editorial brasileiro, focamos nossos

estudos em uma rubrica bastante presente nesse periódico: o anúncio de obras literárias e outras publicações realizadas e comercializadas pela própria tipografia do jornal. Buscamos, com isso,

estender nossa visão à circulação não apenas da literatura no jornal, mas, concretamente, da

literatura na tipografia que imprimia o periódico. A partir do levantamento desses anúncios, buscamos analisar os dados encontrados a fim de compreender como a tipografia do Jornal do

Commercio teria se estabelecido como lugar privilegiado para a produção e circulação da

literatura e dos livros no século XIX, tendo contribuído para a formação de um público e gosto literários (Bourdieu e Darbel, 2007) naquele período, e esmiuçando esse movimento de modo a

dialogar com a ideia do sistema literário proposta por Antonio Candido em sua Formação da

literatura brasileira (1959). PALAVRAS-CHAVE: história literária; história da leitura no Brasil; público literário; literatura

e jornalismo; Jornal do Commercio.

HIPOTIPOSE E LEITURA DRAMATIZADA NA CRÍTICA DE ARTE DE ÉMILE

ZOLA

SANTOS, Aline Magalhães dos

Mestranda – USP

PINO, Cláudia Consuelo Amigo

RESUMO: Emile Zola é conhecido por sua carreira como romancista, mas sua iniciação como escritor deu-se como crítico de arte entre as décadas de 1860 a 1896, anos nos quais o escritor

frequentou os ateliês de célebres pintores, os cafés e também os Salões de arte. O crítico inicia

suas crônicas literárias em 1866 no jornal L’Événement, onde será publicada boa parte de sua crítica, até sua fusão em novembro do mesmo ano com o Le Figaro. A outra parte dos escritos, a

partir de 1868, aparecem no L’Événement illustré em que publicava quase todos os anos

julgamentos sobre as telas expostas nos Salões, julgamentos estes que o próprio Zola faz uma compilação postumamente chamada “Escritos sobre a arte”. Parte desses artigos foi publicada

no Brasil no livro “A batalha do impressionismo”, no entanto, pouco interessou sua crítica

literária visto que há um número limitado de pesquisas no âmbito da literatura de arte. O objetivo desta comunicação é levantar algumas pistas por meio de uma análise preliminar de

alguns fragmentos da crítica de arte feita por Zola do uso da hipotipose, figura retórica que

permite, a partir dos quadros vistos nos salões, que o escritor faça as imagens tomarem vida por meio da descrição, como criadora de um efeito estético no leitor. Na presente análise,

buscaremos, não apenas mostrar a relevância desse gênero “novo” dos escritos sobre a arte que

perpassam o século XIX, como também demonstrar a importância da descrição pictórica “dramatizada”.

PALAVRAS-CHAVE: Hipotipose; Crítica de arte; Émile Zola.

GUILHERME DE ALMEIDA EM REVISTAS: A POESIA PUBLICADA NOS

PERIÓDICOS MODERNISTAS

SANTOS, André Felipe Barbosa da Silva

Mestrando em Letras - Universidade Federal de São Paulo – Campus Guarulhos - Capes

Orientadora: ABREU, Profa. Dra. Mirhiane Mendes de

RESUMO: O debate acerca do papel das revistas literárias como parte essencial do movimento

modernista tem recebido atenção mais cuidadosa da crítica literária contemporânea. Com base

nisso, o estudo da literatura produzida e veiculada por meio de periódicos abre espaço para que

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possamos entender como os artistas compreenderam os valores da modernidade no início do século XX e os colocaram em circulação mais ampla através desses veículos. Nesse sentido, o

objetivo dessa comunicação é introduzir o projeto de mestrado que visa reunir e analisar quinze

poemas escritos por Guilherme de Almeida (1890-1960) e publicados em sete revistas literárias do sudeste do Brasil entre os anos de 1922 e 1929. A fim de expor a relação dos poemas com os

periódicos, foram selecionados para esta apresentação dois poemas publicados em 1922 e 1924.

São eles: o primeiro, “Sobre a saudade”, veio a público no primeiro número de Klaxon; o segundo chama-se “Velocidade (96 kilômetros por hora)” e foi publicado na primeira edição de

Estética. Espera-se, no decorrer da pesquisa que ora se inicia, contribuir para o estudo da poesia

de Guilherme de Almeida e das revistas no modernismo, fomentando o debate intelectual sobre esse período da história literária brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: Guilherme de Almeida; poesia; modernismo; revistas literárias.

OS SONHOS DE VIRGÍNIA: UMA ANÁLISE DO ROMANCE O LUSTRE DE

CLARICE LISPECTOR SOB A INTERFACE TEORIA LITERÁRIA E PSICANÁLISE.

SANTOS, Bruno Miranda

Mestrando pela USP - Bolsista Capes

Orientadora: PASSOS, Drª. Cleusa Rios P.

RESUMO: O segundo romance de Clarice Lispector, O lustre, publicado em 1946, apresenta

elementos que permitem um diálogo entre a teoria literária e a psicanálise. O enredo acompanha,

de forma não linear, a trajetória da protagonista Virgínia entre a infância no campo e a vida adulta na cidade. São vários os momentos em que os devaneios, as lembranças e os sonhos da

personagem ocupam um lugar de destaque e importância na narrativa. O saber psicanalítico, por

sua vez, descreve e analisa tais eventos que, em maior ou menor grau, são elaborados pelo inconsciente. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é interpretar o primeiro sonho de Virgínia,

que precede um momento de tensão e transição no enredo, respectivamente, uma discussão

familiar e mudança da protagonista para a cidade grande. É possível perceber que a narrativa

onírica em análise reorganiza, distorce e sobrepõe imagens e acontecimentos que remetem a

passagens anteriores do enredo, durante o estado de vigília da personagem. Além disso,

procedimentos estilísticos utilizados pela autora na descrição do sonho literário, como a metáfora e a metonímia, se aproximam dos principais elementos que constituem a elaboração onírica

segundo Freud, a condensação e o deslocamento.

PALAVRAS-CHAVE: O lustre; Literatura e Psicanálise; Clarice Lispector; sonhos.

A HIBRIDEZ DE GÊNEROS LITERÁRIOS EM TONI BRANDÃO: UMA LEITURA DA

TEATRALIDADE NA NARRATIVA JUVENIL GROGUE

SANTOS, Luiz Fernando Marques dos Mestrando - UFMS/CPTL/Capes

ENEDINO, Wagner Corsino (UFMS/CPTL)

RESUMO: No cenário da literatura brasileira contemporânea classificar um texto literário como

pertencente a um único e específico gênero se tornou uma tarefa difícil para os estudiosos. A

ampliação da liberdade criadora que compõe a pós-modernidade permite que as novas produções culturais se desenvolvam por meio da junção de diferentes gêneros literários, ora evidentes, ora

mascarados pela habilidade técnica do artista diante do processo de hibridização. Nessa verve,

nos deparamos com a apropriação de elementos específicos do texto dramático na composição das narrativas de Toni Brandão. Assim, embasado nos pressupostos teóricos de Ryngaert (1995);

Pavis (1999); Stalloni (2007); Pascolati (2009), os quais contribuem a leitura do texto dramático,

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o objetivo desse trabalho é realizar uma leitura da presença dramática que perpassa tanto a constituição da narrativa juvenil, quanto das personas de Grogue (1997), de Toni Brandão.

PALAVRAS-CHAVE: Texto narrativo; Texto dramático; Hibridez de gêneros; Toni Brandão.

A ITÁLIA NOS “COMENTÁRIOS” DE MACHADO DE ASSIS

SATIN, Ionara

Doutoranda em Letras -Unesp/ASSIS – Bolsista Capes

Orientadora: CALLIPO, Drª Daniela Mantarro

RESUMO: Entre outubro de 1861 e maio de 1862, Machado de Assis escrevia para o jornal Diário do Rio de Janeiro crônicas na coluna “Comentários da Semana” sob o pseudônimo de Gil

e de M. A.. Esses textos falavam de literatura e teatro, mas, sobretudo, de política de forma

arrojada e ferina. No Rio de Janeiro do século XIX o cronista machadiano, em meio a seus

“Comentários” semanais, discorre sua pena também sobre a arte e a política italiana. Amante da

pátria de Dante, o escritor fluminense dialoga em muitos de seus escritos com poetas,

pensadores, escritores e compositores italianos. Essa comunicação pretende mostrar de forma a Itália aparece em suas crônicas para os “Comentários da Semana” e relação desses intertextos

com a época em questão.

PALAVRAS-CHAVE: Cultura Italiana; Crônicas; Machado de Assis; Intertextualidade.

A CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM EM QUINCAS BORBA, DE MACHADO DE

ASSIS

SEMINATTI, Tiago

Mestrando, USP, Fapesp

Orientador: GUIMARÃES, Hélio de Seixas

RESUMO: A pesquisa consiste num estudo crítico sobre Quincas Borba, de Machado de Assis,

que tem como hipótese principal a de que a crise psíquica do personagem tem correspondente com a problematização da forma do romance. A complexidade inerente ao protagonista Rubião,

cuja trajetória culmina na loucura e morte, possibilita o diálogo com um processo de

preocupação com a forma que atingiu o romance moderno, conforme Antonio Candido explica em “A personagem do romance”, levando escritores a aumentar o sentimento de dificuldade do

ser fictício. Inserido no contexto literário brasileiro, o escritor teria produzido uma obra inquieta

diante de esquematismos propostos pelo Romantismo e Naturalismo, em uma possível busca de modalidades de ficção que estivessem mais de acordo com o seu perfil artístico. Além disso,

ligar-se-ia à crise do personagem e aos questionamentos envolvendo a forma do romance a crise

de composição que Machado de Assis teve de enfrentar durante a escrita de Quincas Borba, interrompida por duas vezes. Assim, ao considerar como a loucura de Rubião é operada no plano

narrativo de Quincas Borba, pode-se compreender o modo como Machado de Assis lidou com a

forma do romance para expressar um personagem em processo de desintegração psíquica em uma obra problemática do ponto de vista de seu próprio processo de escrita.

PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis; Romance; Personagem; Crise; Quincas Borba.

JOSÉ SARAMAGO E GEORGE ORWELL: POLÍTICA, MILITÂNCIA E

LITERATURA

SGARBI, Elielson Antonio

Doutorando em Letras - FCL Unesp-Assis

FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

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RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo traçar um paralelo entre a O Ano de 1993

(1975) de José Saramago e 1984 (1948) do escritor inglês George Orwell. Diferentemente da

distopia orwelliana, em que a tessitura narrativa organiza-se de forma tradicional, com tempo e espaço definidos, O Ano de 1993 é organizado em trinta fragmentos, assentado em uma escrita

versicular e sintética, com elipses e sugestões entre a fronteira da prosa narrativa e poesia.

Embora escritas em épocas distintas e estruturalmente dissonantes, estas duas obras evidenciam vários pontos em comum, como por exemplo, a opressão, exercida através da tortura física e

psicológica, a perda da linguagem, potencializada pela redução do léxico, a perda da memória

coletiva e a erradicação da história. O Ano de 1993, escrito um ano depois da Revolução dos Cravos (25/04/1974), pode ser interpretado como uma crítica ao Salazarismo, regime que

perdurou em Portugal por quase meio século. Sob esta mesma ótica, 1984 pode ser lido como

uma crítica aos belicosos regimes totalitários nazifascistas que assolaram a Europa no século 20. Ambas as obras, portanto, impõem-se como uma intensa reflexão ficcional sobre os excessos

insanos, mas perfeitamente possíveis, de qualquer forma de poder incontestado,

independentemente de época ou local.

PALAVRAS-CHAVE: Distopia; opressão; memória coletiva; erradicação da história.

TEMPO NOTURNO: CONSIDERAÇÕES SOBRE ASPECTOS TEMPORAIS EM APÓS

O ANOITECER, DE HARUKI MURAKAMI

SILVA JÚNIOR, Antonio Marcos Bueno da

Graduando Unesp/Assis – ISB/Prope-Unesp

Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

RESUMO: Em Após o anoitecer (2009, traduzido por Lica Hashimoto), obra de Haruki Murakami, encontramos uma narrativa sobre duas irmãs: Eri, a mais velha, abre mão da vida de

modelo e decide cair em sono profundo e Mari que passa a noite fugindo do sono e envolve-se

em uma série de desconcertantes eventos noturnos. Uma das características marcantes das obras

de Murakami é a busca de suas personagens pelo próprio eu, mesclando mundos de modo a

diluir os limites entre real e imaginário. A diluição entre o real e o imaginário é marcado na

presente obra pelo tempo. Mari enfrenta os eventos noturnos ao longo da madrugada enquanto Eri, em seu quarto, passa por estranhos acontecimentos que nos levam a questionar se o tempo é

o mesmo em ambas as ambientações. Tomando como base as teorias propostas por Mendilow

(1972) acerca do tempo no romance e aspectos do tempo na cultura japonesa, propostos por Kato (2011), o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a meticulosa configuração do tempo

em Após o anoitecer.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura contemporânea japonesa; Haruki Murakami; Após o anoitecer; Teoria da literatura; tempo.

VIAGENS, EXÍLIOS E FICCIONALIZAÇÕES EM MARÍA ROSA LOJO

SILVA, Alessandro

Mestrando, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Capes

OLIVEIRA, Dra. Vanderleia da Silva

RESUMO: Na escritura do texto literário, o real é bordado em meio a devaneios e fantasias,

borrando e alucinando os limites entre a realidade e a ficção. Desse modo, o tecido literário é

tramado, enredando as experiências humanas de vários mundos criados pelo autor, a partir da ficcionalização de distintas realidades e temporalidades. Por meio da literatura, todo escritor

propõe ao leitor uma viagem na qual são compartilhadas experiências e vivenciados tempos

distantes. Ao regressar dessa viagem, aceita pelo leitor numa espécie de jogo ficcional, muitas

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reflexões podem surgir e dilemas podem ser explicados e/ou revisados. Viajar ou conhecer essa outra forma possível de viver, a partir da construção ficcional, é também uma chance de se exilar

da realidade em que se encontra o leitor, ou até mesmo deslocar-se por um instante para esse

“outro lugar” e ter oportunidade de olhar de outra perspectiva. Com base nisso, pretende-se, neste artigo, apresentar uma discussão em torno do conceito de literatura empregado por María

Rosa Lojo, escritora argentina, em La Pasión de los Nómades (1994), ao construir um romance

que proporciona inúmeras viagens ao leitor a partir da representação do exílio e da ficcionalização da história e da literatura argentinas a fim de construir um entre-lugar social e

literário latino-americano.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Viagens; Exílios; Ficcionalização.

BREVÍSSIMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O PERIÓDICO RELIGIOSO O

APÓSTOLO

SILVA, Esequiel Gomes da

Doutor em Letras/Professor da UFPA – Campus do Marajó

RESUMO: Esta comunicação é fruto de um projeto cujo objeto de investigação é O Apóstolo,

periódico religioso, moral e doutrinário, consagrado aos interesses da religião e da sociedade,

que circulou no Rio de Janeiro a partir de 07 de janeiro de 1866, estendendo-se até 1901. Em uma época fortemente marcada pelas ideias de moralização e disciplinamento da sociedade,

ideias tão caras à medicina higienista, o referido periódico surge com a “missão sublime e

indeclinável de guiar os povos pela senda do dever”. Embora seu objetivo não consistisse em apenas “entreter” os leitores, mas também em guiar seus destinos, O Apóstolo valia-se da mesma

estratégia da imprensa comercial, publicando romances-folhetim, em sua maioria traduções e

adaptações, que traziam títulos bastante curiosos, como As luvas da mendiga, Pobre e rico, A chave dos corações, A tenda de mestre Lucas, Lídia ou a ressurreição, Os desgraçados, A

hospedaria do anjo da guarda, As margens do lago Ontário ou duas famílias de selvagens, A

florzinha das neves ou a menina sem batismo, etc. Nesta comunicação, faremos uma breve

apresentação do semanário em questão, dando ênfase para seus colaboradores, seções e

publicações.

PALAVRAS-CHAVE: Imprensa religiosa; Rio de Janeiro; Século XIX.

RIO DE JANEIRO – PRAÇA DE DIVERSAS LEITURAS CÂNONE LITERÁRIO NO

JORNAL O PAIZ (1884/1889)

SILVA, Giovanni Codeça da

Doutorando em Letras Neolatinas, Estudos Literários – Línguas e Culturas/UFRJ

Bolsista do Programa Capes

Orientadora: MELLO, Drª. Celina Maria Moreira de

RESUMO: A modernidade propiciou uma maior circularidade das produções literárias no século

XIX. O Rio de Janeiro, capital do Império Português e Brasileiro, se constituiu enquanto praça

de diversas leituras concatenando leituras portuguesas, inglesas, francesas, alemãs e italianas.

Embora a capital do Império fosse massivamente constituída por analfabetos, ao analisarmos as

páginas do jornal O Paiz no período de 1884/1889, percebemos a circularidade de idéias e as

possíveis apropriações de seus leitores. Assim as trocas culturais e as escolhas dos editores e proprietários do jornal permitiram constituir um cânone literário. O corpus analisado se encontra

disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Através da metodologia de análise de

discursos, tributária de Mainguenau, compreendemos a formação de uma representação coletiva que se desdobra num ideal de civilização e nação dando origem a tradição brasileira de

modernidade. As análises levaram as seguintes conclusões parciais: a circularidade de

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publicações das diversas literaturas permitiram a ampliação do conhecimento sobre essas tradições ressaltando as discussões sobre questões comuns como a existência de uma língua

única, do uso da razão, a nação e a república.

PALAVRAS-CHAVE: modernidade; cânone; literatura.

“IL MÉNAGE À TROIS”: UMA RELAÇÃO INTRIGANTE, EM LA CASA NEL VICOLO,

DE MARIA MESSINA.

SILVA, Jéssica Cristina da

Mestranda - Unesp/ASSIS/Capes

Orientador: MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves

RESUMO: O romance La casa nel vicolo (1920) de Maria Messina pertencente à primeira fase

do Novecentos literário italiano, baseia-se no cotidiano do século XIX, para descrever o perfil

feminino de suas protagonistas, Antonietta e Nicolina, submissas a um mundo opressor e a Don

Lucio o patriarca. Dentro desta perspectiva acontecerá “il ménage à trois”, fato que desestrutura

as relações familiares e repercute na intriga amorosa. O interesse sexual, os desejos carnais rompem com a pureza e a castidade de Nicolina a cunhada que se entregará a Don Lucio,

transfigurando o adultério, num golpe fatal para Antonietta a esposa traída. É com base neste

episódio que destacarei as consequências do triângulo amoroso e focalizarei esta leitura nos sentimentos de decepção, de angústias e de vulnerabilidade de ambas protagonistas.

PALAVRAS-CHAVE: La casa nel vicolo; triângulo amoroso; a traição; o feminino; Maria

Messina.

DOIS LADOS DE UM MESMO ORIENTE: CONSIDERAÇÕES SOBRE RELATO DE

UM CERTO ORIENTE, DE MILTON HATOUM

SILVA, Jessica Gabriela Trindade da

Mestranda – Unesp/Assis – CNPq

BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek (Docente – Unesp/Assis)

RESUMO: Nosso trabalho se insere nos estudos que enfocam a questão da identidade nacional

potencialmente imaginada por meio da representação literária. O objetivo desta comunicação é tecer algumas considerações sobre a ambiguidade que um mesmo Oriente apresenta, levando em

conta duas obras principais: a primeira dispõe da relação entre o Oriente e o Ocidente na forma

de romance, Relato de um certo Oriente (1989), que nos leva a questionar de que Oriente se trata, já que a trama se passa em Manaus. E a segunda obra, de natureza teórica, Orientalismo: O

Oriente como invenção do Ocidente, de Edward W. Said, publicada em 1978, disposta a revelar

a visão distorcida do Oriente como o "Outro", como tentativa de diferenciação combinada aos interesses do colonialismo. A esse ponto, refletir-se-á sobre o que separa o Oriente de Milton

Hatoum do Oriente de Edward W. Said, juntamente com a questão da construção imaginária do

discurso sobre o Oriente, que se mostra longínquo e misterioso nas representações que transitam entre a narração autenticamente ligada à tradição oral e a narrativa de tempos modernos, da qual

o romance é o maior representante.

PALAVRAS-CHAVE: Orientalismo; Oriente; literatura brasileira; literatura contemporânea.

A CONSTRUÇÃO DA VOZ FEMININA NO ROMANCE HISTÓRICO A CASA DAS

SETE MULHERES, DE LETICIA WIERZCHOWSKI.

SILVA, John David Peliceri da

Mestrando – Unesp/Assis

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Orientador: ANTUNES, Prof. Dr. Benedito

RESUMO: Este projeto pretende investigar a construção da voz dissonante de Manuela, à luz

dos discursos autoritários na sociedade patriarcal do século XIX, pelo romance histórico A Casa

das Sete Mulheres, de Leticia Wierzchowski (2002). A autora constrói a voz de Manuela, em meio aos espaços público (aberto) e privado (fechado), dentro do contexto da Guerra dos

Farrapos (1835-1845) no Brasil. Partindo dessa construção discursiva, descreve-se a voz

excluída da mulher, procurando relacionar o lado público e a privacidade, visto que o meio social é percebido com lentes tomadas de empréstimos: os discursos que penetram Manuela são por

meio de cartas trocadas entre as personagens e responsáveis pela elaboração de uma voz,

porquanto a guerra é apenas uma possibilidade de manifestação da voz feminina, enquanto ser que se rebela. Pretende-se expor leituras possíveis com ênfase na construção da voz feminina e,

por conseguinte, a formação de suas identidades, por meio das relações de gênero,

comportamentos, gestos, circunstâncias e decisões que configuraram os discursos e fizeram Manuela ser consagrada como a eterna “Noiva de Garibaldi”, visto que tentou constituir uma

alteridade frente às culturas que criaram espaços de exclusão.

PALAVRAS-CHAVE: Voz; Construção; Guerra; Espaço.

A CRÔNICA FEMININA NO JORNAL

SILVA, Thaís Fernanda

Doutoranda em Letras pela Unesp, bolsista CNPq

Orientadora: OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas

RESUMO: A participação feminina na produção cultural não se deu concomitantemente à

entrada do homem em muitas sociedades. Tal fato abriu caminhos para se pensar a necessidade das mulheres de colocar seus pensamentos no papel, ainda que envoltas a uma série de

dificuldades como a falta de dinheiro e de tradição literária para apoiá-las, como lembra Virgínia

Woolf (2014). Assim, no século XIX, as brasileiras ingressaram na imprensa desenvolvendo um jornalismo feminino, para demonstrar seu desejo de melhoria de vida, de inserção no mercado de

trabalho, de ampliação de seus direitos sociais, etc, segundo June Hahner (1981), e foi no século

XX que os seus textos ganharam amplitude social no Brasil, sobretudo as crônicas jornalísticas, influenciando atividades literárias e a consciência de suas aptidões intelectuais. Partindo desse

pressuposto, este trabalho visa analisar a inserção da voz feminina no jornal, através da crônica,

tomando como exemplo o caso da escritora Rachel de Queiroz. A análise se baseará no diálogo entre o gênero e a perspectiva de críticos como Antonio Candido, Jorge de Sá e Alceu Amoroso

Lima, além das reflexões sobre a manifestação da mulher no meio, como Norma Telles, Marina

Colasanti e Lúcia Osana Zolin. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo; crônica; voz feminina; Rachel de Queiroz.

O ROMANCE NEORREALISTA DE SARAMAGO: CLARABOIA

SILVA, Thais Maria Gonçalves da

Doutoranda, Unesp

Orientadora: FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves

RESUMO: Em 1953, Saramago terminava de escrever Claraboia, seu segundo livro. Porém,

esta obra só viria a ser publicado em 2011, um ano após a morte do autor. Isso aconteceu porque,

na década de 50, quando Saramago enviou o manuscrito a uma editora, não recebeu resposta alguma durante décadas. Foi somente nos anos 80, depois que Saramago havia ganhado renome

com a publicação de Levantado do Chão (1980), que a casa editorial entrou em contado com o

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autor pedindo autorização para publicá-lo. Mas, nesta época, Saramago já considerava seu segundo romance, escrito durante sua juventude, ingênuo e o proibiu de ser publicado antes de

sua morte. Escrito na década de 50, Claraboia é um romance neorrealista, pertencente à estética

narrativa cultuada predominantemente no segundo quarto do século XX. De caráter fortemente político, os artistas e escritores neorrealistas assumiam o papel de denunciadores das

disparidades econômicas e de forças políticas opressoras. Nesta apresentação, iremos apresentar

a obra Claraboia, ao mesmo tempo em que analisamos sua tessitura e a filiamos à corrente literária de sua época.

PALAVRAS-CHAVES: Saramago; Literatura Portuguesa; Neorrealismo.

AS ARMAS E FACES DO MARAVILHOSO EM ORLANDO FURIOSO

SIMIÃO, Sara Gabriela

Aluna da pós-graduação, Unesp - bolsista Capes

Orientadora: ANDRADE, Dr.ª Cátia Inês Negrão Berlini

RESUMO: Em sua obra máxima, Orlando furioso (1532), Ludovico Ariosto continuou a

renovação da novela de cavalaria, gênero este que nas mãos de alguns escritores vinha passando por algumas alterações. Visto que esta matéria não era nova, e muito sobre o tema tinha sido

escrito, sem grandes novidades, principalmente sobre o argumento carolíngio, ciclo que em sua

origem era apresentava uma estrutura rígida, autores se propuseram a renovar este gênero, entre eles, cita-se Matteo Maria Boiardo, que em seu Orlando innamorato (1495) fez uma série de

mudanças, que seriam expandidas, posteriormente, por Ariosto. Algumas das principais

modificações apresentadas por Boiardo e Ariosto estão relacionadas ao papel da mulher na história, à questão amorosa, e principalmente, ao tratamento dado à magia. Este trabalho tem por

objetivo explorar o maravilhoso na obra Orlando furioso, de Ludovico Ariosto. Para tanto, serão

citados e trabalhados alguns aspectos que se relacionam com o mágico, como objetos e criaturas, e mostrar-se-á o papel que eles desempenham nessa obra renascentista, bem como a importância

que assumem para o desenvolvimento desse poema.

PALAVRAS-CHAVE: maravilhoso; criaturas e objetos mágicos; Orlando furioso.

LEITURA LITERÁRIA DE POESIA – UMA PRÁTICA PARA A VIDA

SMANIOTTO, Adriano

Doutorando UFPR - Capes

Orientador: MACHADO, Prof. Dr. Rodrigo V.

RESUMO: Este trabalho propõe um questionamento sobre o lugar da literatura nas disciplinas

de Português e/ou Literatura no Ensino Médio, em especial, o cuidado dado à leitura de poesia. Em suma, o quadro recente é marcado por certa negligência com o poema, tanto da parte

discente, quanto docente. Isso decorre de algumas situações, como a formação docente; o

material didático utilizado; a metodologia empregada, os pressupostos teóricos; além da falta de tempo e a grade com poucas aulas. Em contrapartida, a leitura de poesia pode ter um caráter

formativo, uma vez que a interpretação é atividade fundamental nesta etapa escolar, não só para

a literatura. Ao ler poemas, o potencial interpretativo é exigido de forma aprofundada, uma vez que no poema muito há, em termos de sentido, para se completar. Além disso, o ganho pode se

dar no aspecto linguístico, histórico, cultural e simbólico. Daí a necessidade do leitor empírico e,

mais ainda, da formação deste, só possível com o hábito, a fim de incutir no aluno o convívio necessário pra desenvolver esta prática, a fim de torná-lo um leitor que lê melhor, porque lê

mais, inclusive, porque lê poemas. Nesse sentido, para muitos adolescentes o letramento é tarefa

a se iniciar. PALAVRAS-CHAVE: Leitura literária; Poesia; Ensino Médio.

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O LÁPIS E O PINCEL: O DIÁLOGO COM A PINTURA EM ENSAIO SOBRE A

CEGUEIRA

SOTTA, Cleomar Pinheiro

Doutorando – Unesp/Assis Orientadora: FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida

RESUMO: Entre os recursos utilizados na construção de Ensaio sobre a cegueira (1995), do escritor português José Saramago, está o diálogo com a pintura. Ao relatar o momento em que os

habitantes de uma cidade não nomeada são acometidos por uma epidemia incomum de cegueira,

branca e contagiosa, a narrativa faz alusão às artes plásticas em alguns trechos por meio de dois

procedimentos: de forma explícita, quando o nome dos quadros aparece incorporado ao texto; ou

de forma indireta, quando as telas e imagens são referenciadas por meio da descrição de seus

elementos (écfrase). Considerando-se esse diálogo interartes, esta comunicação pretende discutir a presença da pintura no romance de Saramago, destacando as duas maneiras pelas quais ela se

apresenta na narrativa e analisando o papel que esse tipo de relação assume na configuração

temática e estética da obra. PALAVRAS-CHAVE: Ensaio sobre a cegueira; literatura; pintura; relações interartes.

A “LADINICE DO FULANO”: UM ESTUDO SOBRE A MOBILIDADE

CONTEMPORÂNEA EM LUIZ RUFFATO

SOUZA, Gislei Martins de

Doutoranda em Letras (Unesp/Assis)

Orientador: ANTUNES, Prof. Dr. Benedito

RESUMO: Focaliza-se a obra de Luiz Ruffato intitulada Estive em Lisboa e me lembrei de você (2009) na tentativa de compreender as estratégias literárias empregadas na projeção do

personagem Serginho como um sujeito que não apenas busca a mobilidade, mas que passa a

vivenciá-la quando vai para Portugal com vistas a regressar rico ao Brasil. A imagem referente ao trânsito para um país desconhecido à procura de uma oportunidade de emprego com o qual

possa ganhar a vida suscita a reflexão sobre o movimento das massas no mundo contemporâneo.

De acordo com Cury (2012), a mobilidade e a provisoriedade que atinge o mundo do trabalho constitui a marca do sujeito contemporâneo, o qual perde suas referências e ancoragens estáveis

para dar lugar ao nomadismo urbano. Nas palavras de Anico (2005), a pós-modernidade se caracteriza pela transição e transformação social que, associada ao fim da sociedade industrial,

conduz à fragmentação e à emergência de novas identidades políticas e sociais. Sendo assim,

trata-se de entender a trajetória efetuada por Serginho no conhecimento de sua condição

existencial de homem migrante, já que nesse processo ele vive os efeitos do virtual ao alçar a

sensação de estar liberto das amarras do mundo físico e da territorialidade.

PALAVRAS-CHAVE: Estive em Lisboa e me lembrei de você; mobilidade; pós-modernidade.

O “FUTURISMO” NA CIGARRA

SOUZA, Viviane Chaves de

Mestranda em Letras – Unesp/Assis – Bolsista Capes

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Orientadora: FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves

RESUMO: A Cigarra foi uma importante revista ilustrada e literária do século XX (1914-1975).

Em suas páginas voltadas, principalmente, ao público feminino encontra-se um conteúdo

diversificado e ameno com o objetivo de agradar e distrair o leitor, sem a intenção de se engajar explicitamente em questões políticas ou artísticas. No entanto, com o advento do movimento

cultural “Futurismo” em São Paulo, em meados de 1920-22, A Cigarra começou a publicar uma

série de artigos críticos sobre este movimento. Desse modo, este trabalho tem o propósito de comentar os textos da revista sobre o movimento modernista/futurista, destacando o seu

posicionamento acerca do panorama cultural e literário da época nos anos de 1921- 22. Portanto,

ao pesquisar esse periódico, pode-se contribuir para a história da literatura brasileira e verificar a recepção desses movimentos culturais na cidade de São Paulo.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura; periódicos; A Cigarra; Modernismo.

O MITO DA MÁFIA ITALIANA EM LITTLE CAESAR, DE MERVYN LEROY

TANAKA, Elder Kôei Itikawa

Doutorando em Literatura e Cinema Norte-americano

Universidade de São Paulo - Bolsista Capes

Orientador: SOARES, Prof. Dr. Marcos César de Paula

RESUMO: Considerado o precursor dos filmes de gângster do chamado período “clássico” do

gênero, Little Caesar (Mervyn LeRoy, 1931) narra o percurso de ascensão e queda do

protagonista Rico Bandello (Edward G. Robinson). Entre as diversas contribuições de Little Caesar para a historiografia de Hollywood, podemos identificar a associação que os filmes de

gângster registraram entre imigrantes italianos e o crime organizado a partir dos anos 1930. Tal

associação dentro da indústria cultural reforçou o mito da “máfia italiana”, presente no imaginário norte-americano desde o início do século XX. Nosso objetivo com esse trabalho é,

por meio da análise de algumas cenas de Little Caesar, verificar as origens históricas do mito da

máfia e descrever como se configura a representação dos imigrantes italianos dentro desse tipo de narrativa, além das consequências ideológicas envolvidas nessa discussão.

PALAVRAS-CHAVE: máfia; gângster; crime organizado; cinema norte-americano; crítica

materialista.

INTERTEXTUALIDADE NO CASTELO DOS DESTINOS CRUZADOS DE ITALO

CALVINO

TOLEDO, Luana Rennó Martins

Mestrado em andamento – USP KLEIN, Adriana Iozzi (USP)

RESUMO: Esta comunicação pretende apresentar os resultados de um estudo que serviu como premissa para minha atual pesquisa de Mestrado, na qual investigo questões de reescritura e

intertextualidade em O Castelo dos Destinos Cruzados (1973), de Italo Calvino. Nessa primeira

fase da pesquisa realizei uma leitura comentada de três capítulos do referido livro, analisando sua relação de intertexto com alguns cantos do poema Orlando Furioso (1516), de Ludovico Ariosto.

Na pesquisa precedente verifiquei que a reescritura é um processo que consiste em criar um texto

que assimile outro ou que esteja justaposto em relação ao primeiro. Essa técnica na obra de Calvino é importante pelo aspecto de releitura e interpretação de livros considerados pelo autor

como portadores de significados relevantes. Assim sendo, ao aumentar o corpus de pesquisa,

espera-se, a partir desse estudo, chegar à analise mais profunda das questões de intertexto tentando entender porque Calvino escolheu Ariosto dentre todos os autores clássicos para ter

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essa relação de reescritura e diálogo. E dessa forma, compreender a relação de Calvino com sua própria produção e com a produção artística de outros autores.

PALAVRAS-CHAVE: Intertextualidade; Calvino; Castelo

O LABIRINTO DAS MEMÓRIAS EM TRISTRAM SHANDY E OS PROCEDIMENTOS

SURREALISTAS

TRIGO, Aline Candido

Mestranda PPGL/ UEL - Capes

BRITO, Luciana

RESUMO: A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy, de Laurence Sterne, é um

romance de ruptura do gênero, que lançara artifícios narrativos a se firmarem como modernos

em diferentes artes. Diante disso, o presente artigo propõe uma relação entre a escrita shandiana

e os ideais do surrealismo, no sentido do que demonstra André Breton acerca de serem artistas de

períodos anteriores tão surrealistas quanto os fundadores do movimento. Seus ideais de

totalidade do pensamento de modo a alcançar a escrita livre, a escrita automática, bem como o alcance de uma realidade absoluta foram difundidos por muitos países e ultrapassaram as

barreiras da temporalidade, impondo-se até a contemporaneidade. Nesse sentido, analisa-se aqui,

a partir de conceitos de Walter Benjamin, a resistência dessa forma de utilizar-se da memória que caracteriza autores como Aragon e outros surrealistas, mas que teve forma inicial com o

romance digressivo de Laurence Sterne.

PALAVRAS-CHAVE: não fornecidas.

A REPRESENTAÇÃO DAS MULHERES NAS ÁGUAS-FORTES CARIOCAS, DE

ROBERTO ARLT

VALE, Thaís Nascimento

(Doutoranda – Unesp/Assis)

ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto (Livre Docente – Unesp/Assis)

RESUMO: O presente trabalho propõe uma leitura das notas de viagem do escritor argentino Roberto Arlt (1900-1942) produzidas durante sua viagem ao Brasil, em 1930, no que diz respeito

à forma como o argentino representa as mulheres brasileiras em seus escritos durante a sua

estadia no país. A figura feminina aparece como protagonista em algumas das Aguafuertes porteñas, publicadas pelo autor desde 1928, no El Mundo. No entanto, a forma como Arlt

descreve a mulher brasileira se distancia em alguns aspectos da forma como eram retratadas as

portenhas. Acerca da viagem ao Brasil foram publicadas quarenta crônicas no jornal argentino El Mundo, entre 1º de abril e 31 de maio de 1930. Esses textos, inicialmente publicados como Notas

de a bordo, Notas de viaje e De Roberto Arlt, foram recentemente compilados em livro sob o título Aguafuertes cariocas (Adriana Hidalgo, 2013). Tais textos se inserem no âmbito das

narrativas de extração histórica e constituem o corpus deste trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Roberto Arlt; Narrativa de extração histórica; Gênero e Representação

feminina.

UMA LEITURA COMPARATIVA ENTRE OS CONTOS “NÓS MATAMOS O CÃO-

TINHOSO” DE LUÍS BERNARDO HONWANA E “SAÍDE, O LATA DE ÁGUA” DE

MIA COUTO.

VANALLI, Marilani S.

Doutoranda/Unesp-Assis, 2015

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SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos

RESUMO: Pretende-se com esta comunicação oral apresentar uma análise teórica e comparativa

entre os contos “Nós matamos o cão-tinhoso” de Luís Bernardo Honwana e “Saíde, o lata de

água” de Mia Couto. Revelar através desta leitura, as semelhanças e divergências existentes entre estas instâncias ficcionalizantes. Descortinar aos olhos dos leitores a multiplicidade de conexões

teóricas e intencionalidades que podem ser exploradas e estar contidas dentro destes pequenos

espaços narrativos. Luís Bernardo Honwana e Mia Couto - autores africanos consagrados e reconhecidos nacional como internacionalmente - desnudam na ficção a realidade de um povo

que sofreu e sofre até na atualidade, o domínio; a influência do Colonizador que impõe as regras

e culturas da qual pertence, nas terras e povos por eles colonizados. É através do olhar crítico dos escritores, que se estruturam e nascem as narrativas que são alvo desta análise. São diegeses

marcadas pela denúncia das realidades sociais como a diáspora, por exemplo; pelas lutas

constantes; pela vida que é deitada no papel pela habilidade da escrita destes dois autores acima mencionados. Não se tem a pretensão de esgotar possibilidades de leituras, mas sim de

apresentar algumas delas. O estudo abre-se à reflexão.

PALAVRAS-CHAVE: leitura comparativa; “Nós matamos o cão-tinhoso”; “Saíde, o Lata de Água”; realidade africana; considerações.

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NOS MATERIAIS DIDÁTICOS DE LÍNGUA

ESPANHOLA (L.E)

VIANA, Vanessa Pansani

Unesp - Campus de Assis - Mestranda – Bolsista Capes Orientadora: OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas

RESUMO: O estudo centra-se na necessidade de avaliar como a literatura está sendo explorada nos livros didáticos de Língua Espanhola. O critério da análise parte do pressuposto de que os

textos literários estão cada vez menos presentes nos materiais utilizados em sala de aula e,

quando estão, muitos não recebem um tratamento adequado, tanto na editoração como na explanação para exercícios didáticos. Um dos materiais fornecidos e utilizados na rede pública

do Estado de São Paulo é o livro “Entérate!”, este foi amplamente distribuído e continua em uso,

principalmente nos CEL´s (Centro de Estudos de Línguas), portanto foi o corpus de estudo selecionado para a pesquisa. Além do objetivo principal já descrito, outra vertente do estudo é o

de aferir se, tal seleção de textos literários e a forma de sua exploração didática revela-se

consoante com a ideologia política educacional proposta no Currículo do Estado de São Paulo, no que tange a aprendizagem de Língua Espanhola.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura, Língua Espanhola, Materiais Didáticos.

A RECEPÇÃO CRÍTICA DE À REBOURS, DE J.-K. HUYSMANS

VIEIRA, Gláucia Benedita

Mestranda - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Assis

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

Orientador: SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos

RESUMO: Durante o início de sua carreira J.-K. Huysmans fez grandes esforços para ter seu

nome reconhecido na literatura, objetivo que começou a ser realmente alcançado quando, em 1884, lançou um novo e polêmico romance, À rebours. Foi naquele momento que o autor deixou

de seguir a cartilha naturalista e escreveu sem preocupar-se com as restrições impostas pelo

Naturalismo, deixando sua imaginação vagar livremente por terrenos que até então só haviam sido explorados pela poesia. Esta ousadia de Huysmans fez com que ele e seu livro se

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transformassem em tema para outros escritores e críticos, que dividiram-se entre os que aprovaram e os que censuraram a sua escrita. Esta obra tem um enredo que proporciona diversas

possibilidades de abordagem, pois concentra em si uma grande variedade de assuntos

envolvendo arte, literatura, religião, perfumaria, flores, pedras preciosas, etc. Esses temas saíam do estreito círculo a que o Naturalismo estava reduzido, tornando, portanto, À rebours um

modelo para a proposta decadentista e transformando-o em um marco da carreira huysmansiana.

Isto será afirmado pela crítica existente nos periódicos encontrados desde o final do século XIX até a atualidade.

PALAVRAS-CHAVE: J.-K. Huysmans; À rebours; Periódicos; Recepção crítica

O SUBLIME NA AMBIVALÊNCIA HARMÔNICA DE MURILO MENDES

VITOR, Luiz Fernando Araujo

Graduando – UNESP/Assis

Orientador: SANTOS, Dr. Fabiano R. da Silva

RESUMO: Nascido em 1901, em Juiz de Fora, Murilo Mendes foi escritor modernista e é

considerado grande expoente do surrealismo na produção literária brasileira. Fez parte da segunda geração modernista, tendo contribuído para o movimento com a produção de mais de 15

livros de poesia, tendo escrito também em prosa. Foi, segundo Manuel Bandeira: “o mais

complexo, o mais estranho e seguramente o mais fecundo poeta” da geração a que pertenceu. Chamado de “poeta da diversidade”, Murilo Mendes adotou, em sua produção, um estilo

marcado pela ambivalência harmônica (segundo ele mesmo, “ser e não ser”, ao invés de “ser ou

não ser”), sendo o surrealismo a forma artística mais apta a compreender naturalmente os fenômenos expressados em sua obra. Por influência de Ismael Nery, pintor e também seu amigo

e mentor, Murilo pôde, à luz do essencialismo de Nery (que traduz as noções básicas do

catolicismo para uma visão laica), incorporar temas religiosos à sua poesia e explorá-los, inclusive, pela blasfêmia. O presente trabalho pretende explorar as características da poética

muriliana e investigar a presença do sublime em sua obra por meio da análise de “Jandira”, de O

Visionário (1941), que aqui será tomada como síntese de sua produção. PALAVRAS-CHAVE: Murilo Mendes; sublime; ambivalência harmônica; surrealismo;

modernismo brasileiro.

A LINGUAGEM COMO RESISTÊNCIA EM RÚTILO NADA, DE HILDA HILST

ZAGO, Carlos Eduardo dos Santos

Doutorando: Unesp – Assis. Capes

Orientador: MARTINS, Prof. Dr. Gilberto Figueiredo

RESUMO: Campinas, 1993, Hilda Hilst publica Rútilo Nada: texto em prosa, com grande força

poética, que narra os percalços de um relacionamento que se dá entre Lucius Kod - jornalista de 35 anos, a fim de temas políticos e literários - com o jovem e namorado de sua filha, Lucas -

estudante de História e poeta. Tal relacionamento é interrompido brutalmente pelo pai de Lucius,

um velho e endinheirado banqueiro que vê na relação do filho o antagonismo de suas verdades embrutecidas, asseguradas por julgamentos alheios e por leis pessoalíssimas e que, assim, impõe

a barbárie a Lucas, fazendo-o enfrentar surra e curra ditadas pelo seu capital. Não encontrando

mais lugar no mundo, o jovem poeta suicida-se ao final. A partir de tal enredo, a comunicação pretende rastrear os elementos poéticos exercitados pela autora na construção de sua prosa,

entendo a linguagem literária como lugar privilegiado para a organização de um caos de

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sentimentos interiores – seguindo a linha de interpretação do crítico Antonio Candido - e como possibilidade de formalização estética de estruturas sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Hilda Hilst; Rútilo nada; Literatura e sociedade.

ARISTÓTELES E O TEXTO DRAMÁTICO; LIMITES E RESISTÊNCIA DE UMA

TEORIA ARISTOTÉLICA DO POÉTICO

ZILIOTI, Ariana

Mestranda em Letras UNIFESP

Orientadora: COSTA, Dr.a. Leila de Aguiar

RESUMO: O presente projeto consiste em elaborar uma teoria aristotélica do poético a partir de um estudo detalhado da Poética, teoria essa a ser examinada através da análise de algumas peças

de teatro ditas clássicas na nossa sociedade ocidental. Primeiramente, trata-se de analisar e entender a composição do tratado e extrair do mesmo uma teoria baseada, sobretudo, na unidade

de ação, apontada pelo filósofo como fundamental para possibilidade do evento mimético na

arte. Seguiremos, então, com a análise de algumas peças de diversas épocas para entender de que forma esse conceito de unidade opera em cada uma. Nosso intento é, assim, discernir as

recepções desse tratado a partir de fontes primárias, isto é, textos dramáticos, e verificar as

possibilidades de leitura do mesmo para a compreensão e a emancipação do teatro e das artes nos dias de hoje. Esse estudo dá-se como objetivo verificar certa resistência, bem como os limites, de

alguns conceitos aristotélicos apresentados na obra em questão.

PALAVRAS-CHAVE: teatro; Aristóteles; unidade.

ASPECTOS CULTURAIS E LITERARIOS EM A VIAGEM DO ELEFANTE (2008) , DE

JOSÉ SARAMAGO

ZOLLNER, Cintia de Vito

Mestranda - Unesp/Assis

RESUMO: Na obra de José Saramago, o elefante Salomão que representa, culturalmente, um

“bem do Estado” no contexto histórico de Portugal do século XVI (1469-1521). Em 1551, uma grande escolta para a viagem é organizada e segue o percurso de Lisboa, pela Espanha,

desembarcando em Gênova, passando pelos Alpes do Tirol até a gloriosa entrada em Viena, na

Áustria. Tal fato, de representatividade social e histórica da corte portuguesa refletiu-se em práticas culturais diversas. O trabalho pretende apresentar e analisar personagens e de fatos deste

resgate histórico, reconstituídos ficcionalmente, pelo ‘ator narrador’, com requintes literários de

ironia, paródias e metáforas com caráter de ‘verossimilhança’ por meio da luz crítica do discurso do oprimido, e que refletiram literária e criticamente, diversas contestações, diante de

manipulações de poder.

PALAVRAS-CHAVE: Representações literárias; O local da cultura; Hutcheon, Saramago.

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ÍNDICE ONOMÁSTICO

ABREU, Prof.a Dr.a Mirhiane Mendes de ................................................................. 11, 21, 67, 73

ALMEIDA, Alexandre Bebiano de....................................................................................... 21, 62 ALMEIDA, Talita Gonçalves ............................................................................................... 23, 33

ALONSO, Mariângela .......................................................................................................... 26, 33

ALVES, Rafael de Souza ...................................................................................................... 21, 33 ALVES, Rebeca.................................................................................................................... 28, 34

ALVES-GARBIM, Juliana Franco ....................................................................................... 17, 34

AMARO, Luiz Eduardo Rodrigues....................................................................................... 10, 34 AMURIN, Luane Gonçalves ................................................................................................ 19, 35

ANDRADE, Dr.ª Cátia Inês Negrão Berlini ......................................................................... 16, 80

ANDRADE, Fernanda de ..................................................................................................... 12, 35 ANDRADE, Lucas Toledo de .............................................................................................. 13, 36

ANDRADE, Prof. Dr. Paulo ................................................................................................. 13, 66

ANGELI, Rogério Aparecido Lopes da Silva ............................................................................. 18 ANJOS, Yuri Cerqueira ........................................................................................................ 10, 37

ANTUNES, Prof. Dr. Benedito ..................................................................... 22, 26, 27, 61, 79, 81

ARRUDA, Renata Beloni de ................................................................................................ 14, 37 AZEVEDO, Profa. Dra. Sílvia Maria .............................................................. 10, 12, 17, 45, 54, 69

BALDIN, Filipe .................................................................................................................... 25, 38

BARROS, Augusto Moretti de ............................................................................................. 14, 38 BARROS, Tiago de Souza .................................................................................................... 23, 39

BASTOS, João Tavares ........................................................................................................ 20, 39

BATISTA, Nayara Cristina Barbosa ..................................................................................... 25, 39 BATISTA, Sérgio Henrique Rocha ...................................................................................... 18, 40

BELINE, Heloísa Viccari Jugeick ........................................................................................ 27, 40

BETELLA, Dr.a Gabriela Kvacek .................................... 12, 15, 17, 22, 24, 41, 50, 57, 60, 66, 78 BETTI, Dr.a Maria Sílvia ...................................................................................................... 13, 50

BEZERRA, Viviane Santos .................................................................................................. 24, 41 BONA, Fabiano Dalla .......................................................................................................... 25, 63

BORBA, Andre Vitor Brandão Kfuri ................................................................................... 17, 41

BRANCO, Neyde Figueira ................................................................................................... 13, 42 BRITO, Luciana ................................................................................................................... 24, 83

CAÇÃO, Bárbara Laís Falcão da Silva ................................................................................. 22, 42

CALDAS, Marina Oliveira ................................................................................................... 20, 42 CALLIPO, Drª Daniela Mantarro ............................................................ 10, 20, 30, 31, 43, 62, 75

CAMARGO, Eduarda Rita Nicoletti .................................................................................... 15, 43

CAMARGO, Prof. Dr. Flávio ............................................................................................... 20, 45 CAMPOS, Juliana Sant’Ana ................................................................................................. 19, 44

CAPISTRANO, Renato Pardal ............................................................................................. 21, 44

CARDOSO, Dr.ª Patrícia da Silva ........................................................................................ 22, 56 CARDOSO, Fabiano ............................................................................................................ 17, 44

CARVALHO, Karolliny da Cunha ....................................................................................... 20, 45

CARVALHO, Lais Iaci Mirallas .......................................................................................... 17, 45 CASONI, Mariana Mansano ....................................................................................................... 30

CATONIO, Angela Cristina Dias do Rego ........................................................................... 24, 46

CAÚ, Maria Castanho Santos ............................................................................................... 12, 46 CECCANTINI, João Luís Cardoso Tápias ........................................................................... 14, 65

CERQUEIRA, Ma. Aliana Georgia Carvalho ....................................................................... 14, 47

CORRÊA, Henrique Sergio Silva ......................................................................................... 11, 47 COSTA, Dr.a Leila de Aguiar ............................................................................................... 16, 86

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CRUZ, Clauber Ribeiro ........................................................................................................ 11, 48 D’ARCADIA, Luís Fernando Campos ................................................................................. 16, 48

DIAS, Nara Luiza do Amaral ............................................................................................... 20, 42

DOCE, Cláudia Camardella Rio ........................................................................................... 13, 36 DONADONI, Marcilene Moreira ......................................................................................... 22, 48

ENEDINO, Wagner Corsino ................................................................................................ 14, 74

ESTEVES, Prof. Dr. Antonio Roberto ....................... 14, 24, 25, 26, 28, 38, 39, 51, 58, 64, 68, 83 FARIA, Patricia Aparecida Gonçalves de ............................................................................. 21, 49

FEITOSA, Drª Rosane Gazolla Alves................................................ 10, 11, 18, 35, 49, 60, 79, 82

FÉLIX, José Luís .................................................................................................................. 24, 50 FERREIRA, Dr.ª Carla Alexandra ........................................................................................ 25, 38

FERREIRA, Dra. Sandra Aparecida................................. 13, 16, 20, 23, 25, 30, 54, 57, 75, 76, 81

FERRETI, Caroline .............................................................................................................. 17, 50 FERRO, Paola Piovezan ....................................................................................................... 13, 50

FIORETO, Thissiane ............................................................................................................ 28, 51

FLORENTINO, Nádia Nelziza Lovera de ............................................................................ 25, 51

FUMIS, Larissa .................................................................................................................... 18, 51

FURTADO, Pedro Barbosa Rudge ....................................................................................... 17, 52 GIMENEZ, Priscila .............................................................................................................. 11, 52

GOMES, Ester da Silva ........................................................................................................ 24, 53

GONÇALVES, Amanda Andozia ........................................................................................ 28, 53 GONÇALVES, Fabiana........................................................................................................ 10, 54

GRANJA, Dra. Lúcia ............................................................................................................ 10, 72

GUIMARÃES, Hélio de Seixas ............................................................................................ 15, 75 KLEIN, Adriana Iozzi .......................................................................................................... 22, 82

LEITE, Igor Augusto ............................................................................................................ 23, 54

LEONEL, Prof.a Dr.a Maria Célia de Moraes ....................................................................... 17, 52 LIMA, Daniela de Oliveira ................................................................................................... 18, 55

LIMA, Luiz Fernando Martins de ......................................................................................... 17, 55

LINS, Prof. Dr. Ronaldo Lima ....................................................................... 12, 20, 21, 39, 44, 46 LOCHINI, Patrícia Vieira ..................................................................................................... 21, 55

LÓPEZ, Camila Soares ......................................................................................................... 11, 56

MACHADO, Lohanna .......................................................................................................... 22, 56 MACHADO, Prof. Dr. Rodrigo V. ....................................................................................... 14, 80

MALDONADO, Rafaela Souza ........................................................................................... 12, 57

MARCON, Me. Adriana ....................................................................................................... 16, 57 MARONEZE, Dr. Bruno Oliveira ........................................................................................ 28, 51

MARQUES, Dr. Francisco Cláudio Alves ......................................... 17, 22, 24, 26, 41, 42, 65, 78

MARQUES, Gracielle .......................................................................................................... 28, 58 MARQUES, Helton .............................................................................................................. 27, 58

MARQUES, Prof. Dr. Wilton José ....................................................................................... 15, 43

MARQUES, Simone Donegá ............................................................................................... 19, 58 MARTINS, Prof. Dr. Gilberto Figueiredo ..................................................... 12, 26, 27, 58, 59, 85

MAZIERO, Aline Cristina .............................................................................................. 12, 30, 59

MELLO, Drª. Celina Maria Moreira de ................................................................................ 10, 77 MENDES, Amanda .............................................................................................................. 11, 60

MENOCCI, Ana Carolina ..................................................................................................... 15, 60

MESQUITA, Maria Cláudia de ............................................................................................ 27, 61 MIASSO, Audrey Ludmilla do Nascimento ......................................................................... 15, 61

MORAES, Dr. Carlos Eduardo Mendes de .................................. 10, 16, 27, 28, 40, 48, 51, 63, 68

MORIZONO, Vivian Yoshie Martins ................................................................................... 21, 61 MUSSULINI, Dayane .................................................................................................... 20, 31, 62

NASCIMENTO, Danilo de Oliveira ..................................................................................... 17, 62

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NEVES, Josiane Rodrigues .................................................................................................. 25, 63 NOGUEIRA, Andréa Scavassa Vecchia ............................................................................... 16, 63

OLIVEIRA, Dra. Vanderleia da Silva .................................................................................. 28, 76

OLIVEIRA, Fernando Lisbôa de .......................................................................................... 22, 64 OLIVEIRA, Katia Aparecida da Silva .................................................................................. 24, 64

OLIVEIRA, Kátia Isidoro de ................................................................................................ 26, 64

OLIVEIRA, Letícia Fernanda da Silva ................................................................................. 26, 65 OLIVEIRA, Marina João Bernardes de ................................................................................ 14, 65

OLIVEIRA, Sarah de............................................................................................................ 13, 66

OSORIO, Drª Ester Myriam Rojas .................................. 11, 12, 14, 17, 24, 34, 35, 46, 47, 79, 84 PANDOLFI, Drª Maira Angélica .........................................................................14, 23, 39, 47, 69

PASSOS, Drª. Cleusa Rios P. ............................................................................................... 26, 74

PEDROSO, Raquel Cristina Ribeiro ..................................................................................... 15, 66 PERASSOLI JÚNIOR, Claudio Roberto ........................................................................ 27, 31, 67

PEREIRA, Dr. Marcio Roberto ............................................. 17, 18, 19, 22, 28, 36, 45, 53, 58, 70

PERISSINOTO, Aline Pasquoto........................................................................................... 21, 67

PINO, Cláudia Consuelo Amigo ........................................................................................... 12, 73

PINSON, Guillaume ............................................................................................................. 10, 37 PINTO, Bruna Carolina de Almeida ..................................................................................... 18, 68

PORTO, Teresa Augusta Marques ........................................................................................ 24, 68

PRADO, Elisa dos Santos ..................................................................................................... 10, 68 PUGLIA, Prof. Dr. Daniel .................................................................................................... 20, 43

RAMOS, Luan Cardoso ........................................................................................................ 12, 69

RAMOS, Maria Celeste Tommasello ................................................................................... 21, 49 RAPUCCI, Dra Cleide Antonia ....................................................................................... 26, 65, 71

RIBEIRO, Alessandra Silva.................................................................................................. 14, 69

RIBEIRO, Beatriz Sodré....................................................................................................... 22, 70 ROCHA, Denise ................................................................................................................... 19, 70

RODRIGUES, Marcos Antonio ............................................................................................ 17, 70

RODRIGUES, Talita Annunciato ......................................................................................... 26, 71 ROSA, Paulo Fernando Zaganin ........................................................................................... 12, 71

SAES, Stela .......................................................................................................................... 19, 72

SALES, José Batista ............................................................................................................. 22, 48 SAMPAIO, Thiago Henrique ............................................................................................... 18, 72

SANTANA JÚNIOR, Odair Dutra ....................................................................................... 10, 72

SANTOS JÚNIOR, Moisés Gonçalves dos ................................................................................ 30 SANTOS, Aline Magalhães dos ........................................................................................... 12, 73

SANTOS, André Felipe Barbosa da Silva ............................................................................ 11, 73

SANTOS, Bruno Miranda .................................................................................................... 26, 74 SANTOS, Dr. Fabiano R. da Silva ....................................................................................... 23, 85

SANTOS, Dr. Rubens Pereira dos ....................... 11, 18, 19, 20, 21, 30, 33, 35, 40, 48, 55, 68, 84

SANTOS, Luiz Fernando Marques dos ................................................................................ 14, 74 SATIN, Ionara ...................................................................................................................... 20, 75

SEMINATTI, Tiago ............................................................................................................. 15, 75

SGARBI, Elielson Antonio ............................................................................................. 20, 30, 75 SILVA JÚNIOR, Antonio Marcos Bueno da ........................................................................ 25, 76

SILVA, Alessandro .............................................................................................................. 28, 76

SILVA, Carla Cavalcanti ...................................................................................................... 24, 53 SILVA, Esequiel Gomes da .................................................................................................. 10, 77

SILVA, Giovanni Codeça da ................................................................................................ 10, 77

SILVA, Jéssica Cristina da ................................................................................................... 24, 78 SILVA, Jessica Gabriela Trindade da ................................................................................... 22, 78

SILVA, John David Peliceri da............................................................................................. 26, 78

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SILVA, Paulo César Andrade ............................................................................................... 21, 55 SILVA, Rejane Vecchia da Rocha e ............................................................................... 19, 44, 72

SILVA, Telma Maciel .......................................................................................................... 23, 33

SILVA, Thaís Fernanda ........................................................................................................ 11, 79 SILVA, Thais Maria Gonçalves da ............................................................................................. 79

SIMIÃO, Sara Gabriela ........................................................................................................ 16, 80

SIMÕES JÚNIOR, Dr. Alvaro Santos ......................................... 11, 12, 30, 31, 47, 56, 59, 67, 84 SIMON, Prof. Dr. Luiz Carlos Santos .................................................................................. 14, 37

SMANIOTTO, Adriano ........................................................................................................ 14, 80

SOARES, Prof. Dr. Marcos César de Paula .................................................................... 13, 42, 82 SOTTA, Cleomar Pinheiro ................................................................................................... 13, 81

SOUZA, Gislei Martins de ................................................................................................... 22, 81

SOUZA, Viviane Chaves de ................................................................................................. 11, 81 TANAKA, Elder Kôei Itikawa ............................................................................................. 13, 82

TOLEDO, Luana Rennó Martins .......................................................................................... 22, 82

TRIGO, Aline Candido ......................................................................................................... 24, 83

VALE, Thaís Nascimento ..................................................................................................... 26, 83

VANALLI, Marilani S. ................................................................................................... 20, 30, 83 VIANA, Vanessa Pansani ..................................................................................................... 14, 84

VIEIRA, Gláucia Benedita ................................................................................................... 11, 84

VITOR, Luiz Fernando Araujo ............................................................................................. 23, 85 WILLEMART, Philippe ....................................................................................................... 10, 37

WIMMER, Profa. Dra. Norma.............................................................................................. 18, 52

ZAGO, Carlos Eduardo dos Santos ...................................................................................... 26, 85 ZILIOTI, Ariana ................................................................................................................... 16, 86

ZOLLNER, Cintia de Vito .................................................................................................... 18, 86

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ÍNDICE DOS TRABALHOS

A “LADINICE DO FULANO”: UM ESTUDO SOBRE A MOBILIDADE

CONTEMPORÂNEA EM LUIZ RUFFATO ....................................................................... 22, 81 A COLEÇÃO DE AUTORES AFRICANOS E A EDITORA ÁTICA: “POR DETRÁS DOS

LIVROS” .............................................................................................................................. 11, 48

A CONSTRUÇÃO DA VOZ FEMININA NO ROMANCE HISTÓRICO A CASA DAS SETE MULHERES, DE LETICIA WIERZCHOWSKI. ................................................................. 26, 78

A CONSTRUÇÃO DE PERSONAS NA CORRESPONDÊNCIA DE JOÃO ANTÔNIO .. 23, 33

A CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM EM QUINCAS BORBA, DE MACHADO DE ASSIS .............................................................................................................................................. 15, 75

A CRÔNICA FEMININA NO JORNAL ............................................................................. 11, 79

A CULINÁRIA PERVERSA DE CLARICE LISPECTOR ................................................. 26, 33 A FORMAÇÃO DE UM VAZIO OU A (DE)FORMAÇÃO DE UM JOVEM EM “TEORIA DO

MEDALHÃO” DE MACHADO DE ASSIS ........................................................................ 15, 60

A HIBRIDEZ DE GÊNEROS LITERÁRIOS EM TONI BRANDÃO: UMA LEITURA DA TEATRALIDADE NA NARRATIVA JUVENIL GROGUE .............................................. 14, 74

A IMAGEM DO NEGRO EM BRASIL, UM PAÍS DO FUTURO ........................................ 18, 51

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NOS MATERIAIS DIDÁTICOS DE LÍNGUA ESPANHOLA (L.E) ............................................................................................................. 14, 84

A ITÁLIA NOS “COMENTÁRIOS” DE MACHADO DE ASSIS ...................................... 20, 75 A LINGUAGEM COMO RESISTÊNCIA EM RÚTILO NADA, DE HILDA HILST .......... 26, 85

A METÁFORA ARGUMENTATIVA NAS CARTAS ESPIRITUAIS, DE FREI ANTÓNIO

DAS CHAGAS ..................................................................................................................... 16, 63 A OFICINA D’OS SERTÕES – A PAIXÃO DE CANUDOS SEGUNDO O TEATRO DE ZÉ

CELSO, JOAQUIM CARDOZO E CÉSAR VIEIRA .......................................................... 12, 59

A PRESENÇA DOS LIVROS NOS MACROS E MICROS ESPAÇOS DE O FAZEDOR DE VELHOS, DE RODRIGO LACERDA ................................................................................. 22, 48

A REBELDIA DE CHINASKI COMO NEGAÇÃO AO SONHO AMERICANO:

IDENTIFICANDO A CONTRACULTURA ATRAVÉS DO PROTAGONISTA DE CARTAS NA RUA DE CHARLES BUKOWSKI. ............................................................................... 24, 38

A RECEPÇÃO CRÍTICA DE À REBOURS, DE J.-K. HUYSMANS .................................. 11, 84

A REPRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA DO INDIVÍDUO NA PEÇA SUPPRESSED DESIRES, DO GRUPO THE PROVINCETOWN PLAYERS ............................................. 13, 50

A REPRESENTAÇÃO DAS MULHERES NAS ÁGUAS-FORTES CARIOCAS, DE

ROBERTO ARLT ................................................................................................................ 26, 83 A RUPTURA DE ESTEREÓTIPOS NA OBRA BUMBA O BONECO QUE QUIS VIRAR

GENTE, DE JERONYMO MONTEIRO .............................................................................. 14, 65

A TESSITURA NARRATIVA DE O FILHO DE MIL HOMENS, DE VALTER HUGO MÃE .............................................................................................................................................. 23, 54

A VANGUARDA ANTROPOFÁGICA E O OLHAR POLÍTICO BENJAMINIANO:

POSSIBILIDADES DE LEITURA DE “SUCRILHOS”, DE CRIOLO ............................... 13, 36 A(S) CENSURA(S) NA ACADEMIA BRASÍLICA DOS ESQUECIDOS ............................... 27

ALBERTO MORAVIA E O ROMANCE DE FORMAÇÃO ............................................... 24, 41

ÁLVARO LINS E SEU OLHAR PIONEIRO SOBRE A FICÇÃO DE GRACILIANO RAMOS .............................................................................................................................................. 17, 70

ARISTÓTELES E O TEXTO DRAMÁTICO; LIMITES E RESISTÊNCIA DE UMA TEORIA

ARISTOTÉLICA DO POÉTICO ......................................................................................... 16, 86 ARMANDO FREITAS FILHO E CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE: “CARA A

CARA” ................................................................................................................................. 20, 45

AS ARMAS E FACES DO MARAVILHOSO EM ORLANDO FURIOSO ........................ 16, 80 AS LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA EM DOIS CONTOS ANGOLANOS ....................... 18, 55

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AS TEMÁTICAS MAIS DIVULGADAS NA COLÓQUIO/LETRAS (1971-2013) ............. 11, 60 ASPECTOS CULTURAIS E LITERARIOS EM A VIAGEM DO ELEFANTE (2008) , DE

JOSÉ SARAMAGO ............................................................................................................ 18, 86

AUSÊNCIA E PRESENÇA EM VIDAS SECAS E CONVERSAZIONE IN SICILIA ....... 21, 49 BASTIDORES DA LITERATURA NA TIPOGRAFIA DO JORNAL DO COMMERCIO . 10, 72

BAUDELAIRE E A IRONIA: A COMPOSIÇÃO DE UM DAEMON DE COMBATE ..... 20, 39

BREVÍSSIMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O PERIÓDICO RELIGIOSO O APÓSTOLO . 10, 77

CASA, CORPO E VIDA NAS CRÔNICAS DE AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA22, 64

CHINUA ACHEBE E CASTRO SOROMENHO: COMPROMISSO POLÍTICO E CONSCIÊNCIA HISTÓRICA EM PERSPECTIVAS LITERÁRIAS .................................. 19, 72

COMO A PINTURA A POESIA : RELAÇÕES ENTRE ARTÍFICE/OBRA E

VERBAL/IMAGÉTICO NAS OBRAS MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA, DE JOSÉ SARAMAGO, E A POÉTICA, DE HORÁCIO .................................................................... 16, 57

DA PSEUDOPOLIFONIA FEMININA NEGRA À REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

RESPONSÁVEL: EM DIÁLOGO, O DOCUMENTÁRIO A NEGAÇÃO DO BRASIL E O

ROMANCE UM DEFEITO DE COR ................................................................................... 12, 35

DESENRAIZAMENTO E ERRÂNCIA: A EXPERIÊNCIA DA TRAVESSIA .................. 28, 58 DIÁSPORA E CABO-VERDIANIDADE EM CHUVA BRABA, DE MANUEL LOPES . 19, 58

DOIS LADOS DE UM MESMO ORIENTE: CONSIDERAÇÕES SOBRE RELATO DE UM

CERTO ORIENTE, DE MILTON HATOUM ..................................................................... 22, 78 DOM QUIXOTE, CERVANTES DIALOGANDO COM A LITERATURA

INFANTOJUVENIL BRASILEIRA .................................................................................... 14, 69

EÇA DE QUEIRÓS, NOS SEUS TEXTOS DE IMPRENSA, ILUMINAM SUA FICÇÃO 10, 49 EM MEIO A CORONÉIS E MORGADOS: PODER SIMBÓLICO E PERSONAGENS

FEMININAS EM NARRATIVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA ...................................... 18, 68

ENTENDENDO O “MALENTENDIDO”: UM ESTUDO SOBRE A CRÔNICA DE ORIGENES LESSA ............................................................................................................. 17, 41

ENTRE HISTÓRIA, LITERATURA E MEMÓRIA: A GUERRA CIVIL ANGOLANA NA

ÓTICA DO ROMANCE BOM DIA CAMARADAS .............................................................. 18, 72 ESPAÇO (DO) TRÁGICO E METÁFORAS ESPACIAIS EM A CASA DO POETA TRÁGICO,

DE CARLOS HEITOR CONY............................................................................................. 17, 62

EVAS E LILITHS: O IMAGINÁRIO FEMININO NA OBRA DE ANGELA CARTER .... 26, 71 EVOCAÇÕES DO REI NGUNGUNHANE NAS PERCEPÇÕES LITERÁRIAS DE

UNGULANI BA KA KHOSA (1987) E EDUARDO QUIVE (2011). ................................. 19, 70

GÊNERO, HISTÓRIA E MEMÓRIA CULTURAL EM LAS NOCHES DE CARMEN MIRANDA DE LUCÍA GUERRA. ..................................................................................... 25, 39

GRACILIANO RAMOS: FORMAÇÃO HUMANA E TRAJETÓRIA LITERÁRIA .......... 27, 58

GUILHERME DE ALMEIDA EM REVISTAS: A POESIA PUBLICADA NOS PERIÓDICOS MODERNISTAS .................................................................................................................. 11, 73

HIPOTIPOSE E LEITURA DRAMATIZADA NA CRÍTICA DE ARTE DE ÉMILE ZOLA.. 12,

73 HUIS-CLOS: A LIBERDADE E SUAS IMPLICAÇÕES .................................................... 24, 53

IDENTIDADES E PROJETOS DE CONSTRUÇÃO DE NAÇÕES NAS OBRAS DE

CHIMAMANDA NGOZIE ADICHIE E PAULINA CHIZIANE ........................................ 19, 44 IL MÉNAGE À TROIS: UMA RELAÇÃO INTRIGANTE, EM LA CASA NEL VICOLO, DE

MARIA MESSINA. ............................................................................................................. 24, 78

IMAGENS CAMONIANAS PRÉ-REPUBLICANAS EM FINS DO SÉCULO XIX .......... 10, 34 IMAGENS E ESPAÇOS DA MEMÓRIA EM UMBERTO ECO E CHICO BUARQUE DE

HOLANDA .......................................................................................................................... 12, 71

IMPASSES MORAIS CLÁSSICOS EM PROSA MODERNA: CONHECER O OUTRO; CONHECER-SE; E DEIXAR-SE CONHECER. ................................................................. 15, 66

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IMPRENSA, FICÇÃO E TRADUÇÃO: A LITERATURA TRADIZIDA NO BAS DE PAGE BRASILEIRO....................................................................................................................... 11, 52

INTERTEXTUALIDADE NO CASTELO DOS DESTINOS CRUZADOS DE ITALO CALVINO

.............................................................................................................................................. 22, 82 INTRODUÇÃO AO PAPEL DA CULTURA SOB O PRISMA SEMIÓTICO: INTENTIO

LECTORIS, IMPLICAÇÕES SÓCIO-ACADÊMICAS E FRONTEIRAS ENTRE

LITERATURA E COMUNICAÇÃO DE MASSA .............................................................. 27, 67 JOSÉ SARAMAGO E GEORGE ORWELL: POLÍTICA, MILITÂNCIA E LITERATURA... 20,

75

LEITURA LITERÁRIA DE POESIA – UMA PRÁTICA PARA A VIDA ......................... 14, 80 LÍNGUA E ESTILO NO JORNALISMO DA BELLE ÉPOQUE FRANCESA: DOS MANUAIS

DE REDAÇÃO A MARCEL PROUST ............................................................................... 10, 37

LITERATURA E PERIODISMO DE FELIPE ALAIZ ........................................................ 11, 47 MACHADO DE ASSIS E AS CONTRADIÇÕES HUMANAS: LEITURA DE HISTÓRIAS

SEM DATA (1884) ................................................................................................................ 15, 43

MACHADO DE ASSIS E LOUIS ETIENNE: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS NO FAZER

CRÍTICO .............................................................................................................................. 20, 62

MACHADO DE ASSIS EDITOR ........................................................................................ 10, 54 MACHADO DE ASSIS NO CINEMA: CAPITU, A MINISSÉRIE (2008) ......................... 12, 69

MANEIRAS E MORAL: UMA COMPARAÇÃO DO IDEAL DE COMPORTAMENTO

SOCIAL NOS ROMANCES JANE EYRE E ORGULHO E PRECONCEITO ..................... 20, 42 MAS ENTÃO O QUE SERIA A CRÍTICA? MACHADO DE ASSIS E O DESAFIO DE

RENOVAR A CRÍTICA LITERÁRIA NO FINAL DO SÉCULO XIX............................... 17, 44

MEMÓRIA E ESQUECIMENTO NA TRANSIÇÃO ESPANHOLA: MONTSERRAT ROIG E A ESCRITA COMO TRANSGRESSÃO ............................................................................. 24, 64

MEMÓRIA ENTRE GÊNEROS LITERÁRIOS - ANGÚSTIA E INFÂNCIA, DE

GRACILIANO RAMOS ...................................................................................................... 17, 52 METAFICÇÃO E HISTÓRIA NA TRADUÇÃO DE O TEMPO E O VENTO EM

MINISSÉRIE ........................................................................................................................ 12, 59

NARRATIVAS DA ACEITAÇÃO SOCIAL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O LEOPARDO, DE LAMPEDUSA, E “A INFÂNCIA DE UM CHEFE”, DE JEAN-PAUL

SARTRE ............................................................................................................................... 21, 44

O “FUTURISMO” NA CIGARRA ........................................................................................ 11, 81 O “OPIÁRIO”, DE ÁLVARO DE CAMPOS EM “ALÉM-TÉDIO”, DE MÁRIO DE SÁ-

CARNEIRO. ......................................................................................................................... 19, 35

O CÃO-TINHOSO: RELAÇÕES INTERTEXTUAIS NOS CONTOS DE LUIS BERNARDO HONWANA E ONDJAKI .................................................................................................... 21, 33

O DISCURSO POLIFÔNICO E A CARNAVALIZAÇÃO DE BAKHTIN NA NARRATIVA

ORAL AFRO-BRASILEIRA ............................................................................................... 17, 34 O ENSINO DE LITERATURA POR MEIO DA CRÔNICA ............................................... 14, 37

O ESPAÇO NARRATIVO E A TRAJETÓRIA DO HERÓI: O EXÍLIO EM ÓRFÃOS DO

ELDORADO, DE MILTON HATOUM ............................................................................... 28, 53 O FEMININO SITIADO: A RECEPÇÃO CRÍTICA DA OBRA A CIDADE SITIADA, DE

CLARICE LISPECTOR ....................................................................................................... 26, 64

O JOGO DO REVERSO, DE ANTONIO TABUCCHI, NO MEIO-FIO ENTRE A MODERNIDADE E A PÓS-MODERNIDADE. .................................................................. 22, 56

O LABIRINTO DAS MEMÓRIAS EM TRISTRAM SHANDY E OS PROCEDIMENTOS

SURREALISTAS ................................................................................................................. 24, 83 O LÁPIS E O PINCEL: O DIÁLOGO COM A PINTURA EM ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

.............................................................................................................................................. 13, 81

O MITO DA MÁFIA ITALIANA EM LITTLE CAESAR, DE MERVYN LEROY ............. 13, 82 O MITO SERIGRAFADO NA PANAMERICA POP DE JOSÉ AGRIPPINO DE PAULA 13, 66

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O MUNDANO E OS SALÕES NAS CRÔNICAS DE MARCEL PROUST E JOÃO DO RIO 21, 61

O PAPEL DA DIDASCÁLIA NA POESIA DE CIRCUNSTÂNCIA DOS SÉCULOS XVII E

XVIII .................................................................................................................................... 16, 48 O PORTUNHOL SELVAGEM E O LEGADO LITERÁRIO DE WILSON BUENO ......... 25, 51

O RETRATO DA MULHER PÚBLICA NA POESIA POPULAR ...................................... 26, 65

O ROMANCE BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO DE IVAN JAF.................................. 23, 39 O ROMANCE NEORREALISTA DE SARAMAGO: CLARABOIA ................................... 18, 79

O ROTEIRISTA COMO ESCRITOR, O ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO COMO

LITERATURA ..................................................................................................................... 12, 46 O SUBLIME NA AMBIVALÊNCIA HARMÔNICA DE MURILO MENDES .................. 23, 85

O VAUDEVILLE NA CRÔNICA DE MACHADO DE ASSIS .......................................... 10, 43

OS BICHOS SUBTERRÂNEOS EM A MAÇÃ NO ESCURO, DE CLARICE LISPECTOR . 17, 50

OS ESPAÇOS E O EXÍLIO NO ROMANCE HISTÓRICO “LEALDADE”, DE MÁRCIO

SOUZA ................................................................................................................................. 27, 61

OS MORTOS DE SOBRECASACA: REFLEXÕES SOBRE O MÉTODO CRÍTICO DE

ÁLVARO LINS .................................................................................................................... 17, 45 OS SERTÕES DE FAUSEL ................................................................................................. 24, 49

OS SONHOS DE VIRGÍNIA: UMA ANÁLISE DO ROMANCE O LUSTRE DE CLARICE

LISPECTOR SOB A INTERFACE TEORIA LITERÁRIA E PSICANÁLISE. .................. 26, 74 POR QUE INOCÊNCIA PRECISA DE UMA EDIÇÃO CRÍTICA? ................................... 10, 68

POR UMA POÉTICA ROMÂNTICA: UTOPIA E RESISTÊNCIA EM HOWL (1956), DE

ALLEN GINSBERG E PARANÓIA (1963), DE ROBERTO PIVA.................................... 21, 55 PRÊMIO E CASTIGO. A RETRIBUIÇÃO CÁRMICA NA LITERATURA JAPONESA

SETSUWA (NARRATIVA BREVE) BUDISTA ................................................................. 24, 68

PRIMO LEVI E A MEMÓRIA ALIMENTAR .................................................................... 25, 63 RELAÇÕES ENTRE ARTE LITERÁRIA E HISTÓRIA: O CASO DAS MEMÓRIAS DA

RESISTÊNCIA ITALIANA ................................................................................................. 12, 57

REMINISCÊNCIAS QUIXOTESCAS N’AS CRÔNICAS DE NÁRNIA .............................. 14, 47 REPRESENTAÇÕES DA AMÉRICA HISPÂNICA (LITERATURA E CULTURA) EM

MANUAIS DE ENSINO DE ESPANHOL / LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................ 14, 38

REPRESENTAÇÕES DA MEMÓRIA EM A MÁQUINA DE FAZER ESPANHÓIS, DE VALTER HUGO MÃE ........................................................................................................ 22, 70

RIO DE JANEIRO – PRAÇA DE DIVERSAS LEITURAS CÂNONE LITERÁRIO NO

JORNAL O PAIZ (1884/1889) ............................................................................................. 10, 77 RODOLFO COELHO CAVALCANTE E A LITERATURA DE CORDEL

CONTEMPORÂNEA ........................................................................................................... 22, 42

SIMBOLISMO, CRÍTICA LITERÁRIA E SOCIABILIDADES NO MERCURE DE FRANCE (1890-1898) .......................................................................................................................... 11, 56

TEMPO NOTURNO: CONSIDERAÇÕES SOBRE ASPECTOS TEMPORAIS EM APÓS O

ANOITECER, DE HARUKI MURAKAMI .......................................................................... 25, 76 TRÊS FORMAS DE EXÍLIO EM ANA EM VENEZA, DE JOÃO SILVÉRIO TREVISAN 28, 34

UM ANTIGAMENTE QUE SEMPRE VOLTA : IDENTIDADE CULTURAL PELOS MAIS-

VELHOS NA OBRA AVÓDEZANOVE E O SEGREDO DO SOVIÉTICO, DE ONDJAKI. 18, 36 UMA FONTE DE LEITURA PARA A EPÍGRAFE DA IV PARTE DOS “VERSOS A

CORINA” ............................................................................................................................. 15, 61

UMA LEITURA COMPARATIVA ENTRE OS CONTOS “NÓS MATAMOS O CÃO-TINHOSO” DE LUÍS BERNARDO HONWANA E “SAÍDE, O LATA DE ÁGUA” DE MIA

COUTO. ............................................................................................................................... 20, 83

UMA TEODICEIA PESSOANA ......................................................................................... 18, 40 VERDADES E MENTIRAS: O FILME-ENSAIO DE ORSON WELLES ............................. 13, 42

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VERISSIMA ET IUCUNDISSIMA DESCRIPTIO..., DE ULRICO SCHMIDL: LITERATURA OU RELATO DE VIAGEM? ............................................................................................... 28, 51

VESTÍGIOS DA PÓS-MODERNIDADE NOS POEMAS DE “DÁ GUSTO ANDAR

DESNUDO POR ESTAS SELVAS” DE DOUGLAS DIEGUES ........................................ 24, 46 VIAGEM, DESLOCAMENTO E IMPRESSÃO DE UMA AMÉRICA EM JOURNAUX DE

VOYAGE, DE ALBERT CAMUS E TODA A AMÉRICA, DE RONALD DE CARVALHO 21,

67 VIAGENS, EXÍLIOS E FICCIONALIZAÇÕES EM MARÍA ROSA LOJO ...................... 28, 76

VINCENT B. LEITCH E O TRABALHO DE CRÍTICA DA CRÍTICA ............................. 17, 55