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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO
UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO EM
EMPRESA DE TOPOGRAFIA E CONSULTORIA
AGROPECUÁRIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Adenilson Giovanini
Santa Maria, RS, Brasil
2014
2
UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO EM EMPRESA
DE TOPOGRAFIA E CONSULTORIA AGROPECUÁRIA
Adenilson Giovanini
Relatório apresentado ao Curso de Superior de Tecnologia em
Geoprocessamento, da Disciplina de Estagio Curricular Supervisionado, do
Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como
requisito parcial para obtenção do grau de
Tecnólogo em Geoprocessamento
Orientador: Prof. Dr. Alessandro Carvalho Miola
Santa Maria, RS, Brasil
2014
3
Universidade Federal de Santa Maria
Colégio Politécnico da UFSM
Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova o Relatório de Estágio
UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO EM EMPRESA DE
TOPOGRAFIA E CONSULTORIA AGROPECUÁRIA.
elaborado por
Adenilson Giovanini
como requisito parcial para obtenção do grau de
Tecnólogo em Geoprocessamento
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Alessandro Carvalho Miola, Dr
(Presidente/Orientador)
Prof. Elódio Sebem, Dr. (Colégio Politécnico - UFSM)
Prof. Luiz Felipe Diaz de Carvalho, M. Sc.
(Colégio Politécnico - UFSM)
Santa Maria, 04 de julho de 2014.
4
AGRADECIMENTOS
Na minha caminhada encontrei pessoas que muito colaboraram para o meu conhecimento, tive a sorte de ter os melhores irmãos do mundo,
digo isso, pois nunca briguei com nenhum dos meus irmãos e ainda não encontrei irmãos tão unidos quanto nós, Adilson, Sidneia e Sidnei, vocês
são tudo de bom. Também tenho muito a agradecer aos meus pais Alceniro e Isa Rosane Streck Giovanini, sem falar é claro dos amigos, em especial 3 (Bruno,
Jonatas e Elizieli), os quais tornaram o dia a dia do curso muito mais divertido.
5
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes
coisas do homem foram conquistadas do que
parecia impossível.”
(Charles Chaplin)
6
RESUMO
Relatório de Estágio
Colegio Politecnico da UFSM
Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento
UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO EM EMPRESA DE
TOPOGRAFIA E CONSULTORIA AGROPECUÁRIA
AUTOR: Adenilson Giovanini
ORIENTADOR: Alessandro Carvalho Miola
Santa Maria, 04 de julho de 2014.
O estágio supervisionado elaborado como requisito parcial para obter o grau de Tecnólogo em
Geoprocessamento pelo Colégio Politécnico da UFSM foi realizado na empresa
PLANATECGEO Consultoria Agropecuária LTDA, na cidade de Manoel Viana-RS. O
mesmo teve um total de 324 horas de atividades de campo e escritório, e possibilitou colocar
em prática os conhecimentos adquiridos durante o curso. A área de atuação principal, na qual
se concentraram as atividades do estágio foi a de Topografia e Geodésia, sendo que as
atividades mais executadas foram de levantamentos planialtimétricos, georreferenciamento
rural e processamento de dados de campo. Durante o estágio foi possível manipular diversos
equipamentos e softwares, como o receptor GNSS Leica VIVA® e os aplicativos Leica Geo
Ofice®, GPS Trakmaker Pro
®, Posição, AutoCAD e ArcGIS.
Palavras chaves: Topografia. Georreferenciamento. GNSS.
7
INDICE DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Organização da empresa ..................................................................................... 12
Figura 2 – Escala gráfica ................................................................................................... 16
Figura 3 - Fator de escala ao longo do fuso UTM. .............................................................. 19
Figura 5 - Área antes da divisão ............................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 4 - Planta com área total.......................................................................................... 26
Figura 6 – Planta com áreas divididas ................................................................................ 27
Figura 8 - Marco locado. ................................................................................................... 28
Figura 7 - Planta base para locação de pontos. .................................................................... 28 Figura 9 - Planta Georreferenciada. .................................................................................... 29
Figura 10 - Planta da área total........................................................................................... 31
Figura 11 - Planta da área dividida. .................................................................................... 31
Figura 12 – Levantamento de pontos utilizando barco. ....................................................... 32
Figura 13 - Planta para retificação e remembramento de área. ............................................. 33
Figura 14- Planta 95 ha. ..................................................................................................... 34
Figura 15 - Planta 201 ha. .................................................................................................. 35
Figura 16 - Planta 98 ha. .................................................................................................... 36
Figura 17 - Memorial descritivo. ............................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 18 – Levantamento de um dos vértices da propriedade. ............................................ 41 Figura 19 - Planta com áreas úteis. ..................................................................................... 42
Figura 20- Planta com áreas divididas. ............................................................................... 43
Figura 21 - Planta com curvas de níveis. ............................................................................ 45
Figura 22 - Fontes dos dados. ............................................................................................ 47
Figura 23 – Mapa 1 utilizado como referência. ................................................................... 48
Figura 24 - Mapa 2 utilizado como referência..................................................................... 48
Figura 25 - Mapa de Manoel Viana com várias camadas de informação. ............................. 50
Figura 26 - Mapa de Manoel Viana mais limpo. ................................................................. 50
Figura 27 - Camadas convertidas em KML. ....................................................................... 51
Figura 28 - Rios principais. ................................................................................................ 51
Figura 29 - Curvas de nível. ............................................................................................... 52 Figura 30 - Estradas do município. ..................................................................................... 52
Figura 31 -Estradas principais. ........................................................................................... 53
Figura 32 - Estradas estaduais. ........................................................................................... 53
Figura 33 - Distritos. ......................................................................................................... 54
Figura 34 - Localidades ..................................................................................................... 54
Figura 35 – Organização dos dados. ................................................................................... 55
Figura 36 - Dado deslocado da posição real. ....................................................................... 56
Figura 37 - Vários dados de uma mesma área com apenas um na posição correta. ............... 58
Figura 38 - Dados desorganizados geram duvidas............................................................... 58
Figura 39 - Existência de dados defasados. ......................................................................... 59 Figura 40 - Levantamentos realizados com PGS denavegação............................................. 60
Figura 41 - Projetos Garmim no município de Manoel Viana. ............................................. 60
Figura 42 - Topografias elaboradas pela empresa. .............................................................. 61
Figura 43- Topografias no município de Manoel Viana. ..................................................... 61
Figura 44 - Dados sem finalidade especifica. ...................................................................... 62
Figura 45 - Planta com estrutura e capacidade dos silos. ..................................................... 63
Figura 46 - Planta com estruturas nomeadas e nomes na legenda. ....................................... 64
Figura 47 – Estruturas de interesse em raio de 1000 metros. ............................................... 65
Figura 48 – Usos do solo na propriedade. ........................................................................... 66
Figura 49 - Ponto de captação de água Georreferenciado sobre planta Topográfica. ............. 67
8
Figura 50 – Lavouras de soja e arroz. ................................................................................. 68
Figura 51 - Lavoura de soja. .............................................................................................. 69
Figura 52 - Lavoura de soja, propriedade 2. ........................................................................ 70
Figura 53 - Lavoura de soja, propriedade 3. ........................................................................ 71 Figura 54 - Croqui e localização de área financiada para plantio de soja e arroz................... 72
Figura 55 - Área financiada para plantio de soja. ................................................................ 73
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CAD Desenho Auxiliado por Computador CGJ/RS Corregedoria Geral de Justiça do estado do Rio Grande do Sul
CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
CTM Cadastro Técnico Multifinalitário
DGPS Differential GPS
DXF Drawing Exchange Format
FEPAN Fundação Estadual de Proteção Ambiental
GLONASS Globalnaya Navigatsionnaya Sputnikovaya Sistem
GNSS Global Navigation Satellite System
GPS Global Positioning System
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCRA Instituto nacional de colonização e reforma agrária IUGG International Union of Geodesy and Geophysics
KML Keyhole Markup Language
LGO Leica Geo Ofice
NAVISTAR-GPS Navigation Satellite With Time and Ranging
PDF Portable Document Format
RINEX Receiver Independent Exchange format
RTK Real Time Kinematic
SIG Sistema de Informação Geográfica
TIFF Tagged Image File Format
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do sul UFSM Universidade Federal de Santa Maria
UNESCO Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura
UTM Universal Transverso de Mercator
ZEIS Zonas Especificas de Interesse Social
SUMÁRIO
1 Introdução ...................................................................................................................... 11 1.1 Justificativa ................................................................................................................ 11
1.2 Apresentação da empresa ............................................................................................. 11
1.3 Objetivos ..................................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivo geral ........................................................................................................... 12
1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................ 12
2 Revisão de literatura ....................................................................................................... 14
2.1 Topografia................................................................................................................... 14
2.1 Cartografia .................................................................................................................. 14
2.2.2 Diferença entre carta, mapa e planta .......................................................................... 16
2.3 Geodésia ..................................................................................................................... 17
2.4 Posicionamento pelo GNSS ......................................................................................... 19 2.4.1 Observáveis GNSS ................................................................................................... 19
2.4.2 Métodos de posicionamento ...................................................................................... 20
2.4.3 Arquivo RINEX ....................................................................................................... 21
2.5 Desenho auxiliado por computador e sistemas de informações Geográficas ................... 21
2.6 Legislação e cadastro ................................................................................................... 22
2.6.1 Cadastro rural ........................................................................................................... 22
2.7 Cadastro urbano .......................................................................................................... 23
3 Metodologia ................................................................................................................... 25
3.1 Materiais utilizados ..................................................................................................... 25
3.2 Atividades desenvolvidas ............................................................................................. 25 3.2.1 Levantamentos planimétricos .................................................................................... 25
3.2.3 Elaboração de mapas municipais ............................................................................... 45
3.2.3.1 Mapas de referência ............................................................................................... 47
3.2.3.2 Imagem de satélite utilizada e tratamento da mesma ................................................ 49
3.2.3.3 Processamento dos dados ....................................................................................... 49
3.2.3.4 Mapas confeccionados ........................................................................................... 49
3.2.5 Elaboração de plantas para o setor de licenciamento ambiental ................................... 62
3.2.6 Elaboração de plantas para o setor de assistência técnica ............................................ 67
3.2.7 Elaboração de croquis de localização para o setor de crédito rural .............................. 71
4 Resultados...................................................................................................................... 74
5 Posicionamento critico.................................................................................................... 78 5.1 Dificuldades encontradas no estágio ............................................................................. 78
5.2 Sugestões e criticas ...................................................................................................... 78
5.2.1 Criticas ao curso ....................................................................................................... 79
5.2.1.1 Topografia ............................................................................................................. 79
5.2.1.2 Cadastro técnico multifinalitário ............................................................................. 79
5.2.1.3 Geoestatística......................................................................................................... 79
5.2.1.4 Desenho auxiliado por computador ......................................................................... 79
5.2.1.5 Posicionamento pelo GNSS .................................................................................... 80
5.2.1.6 Ao sistema utilizado para o ensino de Geoprocessamento ........................................ 80
5.2.2 Pontos positivos no curso de Geoprocessamento da UFSM ........................................ 80 6 Conclusões ..................................................................................................................... 82
INTRODUÇÃO
Este Relatório tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas durante a
realização do Estágio Curricular Supervisionado obrigatório. O referido estágio foi realizado
na Empresa Planatecgeo Consultoria Agropecuária LTDA, localizada no Município de
Manoel Viana-RS no período de 03/03/2014 a 26/03/2014, totalizando 324 horas.
O estágio foi desenvolvido na área de Topografia e supervisado pelo Técnico em
Agropecuária Luciano Brum Silveira (CREA1 RS094034). Nesse período pode-se obter um
bom desempenho ao realizar varias atividades, como: levantamento topográfico planimétrico,
levantamento topográfico planialtimétrico, locação de pontos, processamento de dados no
software LGO 8.0®2, elaboração de plantas e memoriais, elaboração de croquis para o Setor
de Crédito Rural, obtenção de dados e elaboração de plantas para o setor de licenciamento
ambiental, elaboração de mapas municipais e elaboração de base de dados Geoespacial.
1.1 Justificativa
A realização do estágio é o momento no qual os conhecimentos adquiridos durante o
curso são colocados em prática. O grande diferencial do estágio é que nele se confrontam o
conhecimento adquirido em sala de aula com a realidade de mercado, momento em que houve
o ganho de conhecimento prático e amplo da área de topografia e posicionamento.
1.2 Apresentação da empresa
A Planatecgeo localiza-se na rua Walter Jobim, no município de Manoel Viana, a
mesma foi fundada em 01 de Janeiro de 2004 com o objetivo de realizar prestação de
serviços em Planejamento Agropecuário e Assistência Técnica. Em 2009 a Empresa passou
por uma reestruturação, diversificando os serviços prestados e passando a chamar-se
Planatecgeo Consultoria Agropecuária Ltda.
A Planatecgeo é uma empresa prestadora de serviços técnicos, especializada em:
Planejamento Técnico para Crédito Rural, Georreferenciamento para Certificação de Imóveis
1 Conselho regional de Engenharia e Agronomia.
2 Leica Geo Ofice, um dos softwares existentes no mercado que possibilita o processamento e o ajustamento dos
dados através do método dos mínimos quadrados.
12
Rurais, Levantamento Topográfico Planialtimétrico, Licenciamento Ambiental Rural, e
Assistência Técnica.
A empresa pertence a dois sócios (Luciano Brum Silveira que é técnico em
agropecuária e César Genro Vielmo que é administrador de empresas com mestrado em
Gestão de recursos naturais), a organização da mesma pode ser melhor entendida pelo
organograma da Figura 1.
Figura 1- Organização da empresa Fonte: O autor.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
O objetivo geral do estagio foi proporcionar ao aluno uma oportunidade de conhecer a
realidade do mercado de trabalho, colocando em prática os conhecimentos adquiridos durante
o curso de Geoprocessamento com ênfase a Topografia e a Geodésia, para que assim
possibilite obter o conhecimento necessário, aliando os conhecimentos teóricos á prática de
mercado.
1.3.2 Objetivos específicos
Os objetivos específicos do estagio foram:
• Realizar trabalhos planimétricos;
• Realizar trabalhos planialtimétricos;
• Realizar trabalhos de locação de pontos;
•Realizar Georreferenciamento de imóveis rurais;
13
• Produzir plantas para o setor de Topografia;
•Produzir plantas para o setor de licenciamento ambiental;
•Produzir croquis de localização para o setor de crédito rural;
• Realizar pós-processamento do sinal de receptores GNSS3;
3 GNSS é uma sigla derivado do inglês que significa Global Navigation Satellite System
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Topografia
A palavra "Topografia" conforme salienta Domingues (1979) deriva das palavras
gregas "topos" (lugar) e "graphen" (descrever), logo a grande preocupação da Topografia está
em descrever minuciosamente um lugar.
Entre as aplicações nas quais se aplica a Topografia temos a determinação do
contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, do fundo
dos mares ou do interior de minas, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da
Terra (DOMINGUES, 1979).
Spartel (1982) ressalta que a Topografia é dividida em 4 partes, sendo elas a
topometria que abrange a altimetria e a planimetria, a topologia, a taqueometria e a
fotogrametria.
Entre os principais equipamentos topográficos temos os teodolitos, os níveis e as
estações totais, sendo que os primeiros para a leitura de distâncias utilizam miras falantes e as
ultimas utilizam ondas eletromagnéticas aonde Kavanagh (2003) ressalta que já existem
estações totais que obtém distancias sem a utilização de prismas.
2.1 Cartografia
Conforme salienta a Diretoria de Geociências do IBGE4 (1998) o conceito de
Cartografia tem suas origens intimamente ligadas na preocupação do homem de conhecer o
mundo em que habita.
O conceito da Cartografia hoje aceito sem maiores contestações foi estabelecido
em1966 pela Associação Cartográfica Internacional (ACI) e posteriormente ratificado pela
UNESCO5 no mesmo ano. Segundo o mesmo a Cartografia apresenta-se como o conjunto de
estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que se voltam para a elaboração de
mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos,
fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização tendo por base
os resultados de observações diretas ou da análise de documentação. (Diretoria de
Geociências do IBGE, 1998).
4 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
5 Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura.
15
Maio (2008) afirma que o problema fundamental da cartografia está relacionado a
representação gráfica da superfície terrestre, para isso torna-se necessário o conhecimento da
forma do planeta , para o qual, inicialmente, adotou-se uma forma plana, posteriormente com
a evolução da ciência adotou-se a forma esférica. Hoje sabemos que a forma do planeta não é
uma esfera e sim um elipsoide de revolução.
A cartografia acompanha a evolução humana, aonde desde que o homem preocupou-se
em localizar-se sobre a superfície terrestre, preocupa-se em representar a mesma.
Com o passar dos tempos a Cartografia foi incrementada pelas guerras, pelas
descobertas científicas, pelo desenvolvimento das artes, demais ciências e pelos movimentos
históricos que possibilitaram e exigiram cada vez maior precisão na representação gráfica da
superfície terrestre.
O apogeu evolucionário cartográfico foi alcançado no século XX, principalmente pelo
emprego da fotogrametria e de tecnologias como o sensoriamento remoto, o posicionamento
pelo GNSS e os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), sendo que a cada dia mais e
mais atividades humanas necessitam da Cartografia (MAIO, 2008).
2.2.1 Escala Cartográfica
Na busca de representar o espaço a Cartografia se deparou com um problema – a
impossibilidade de representação em tamanho real, sendo que a solução encontrada foi a
representação em escala. Sobre isso, Nazareno (2009) define escala como sendo a relação
entre o tamanho real e o representado de um objeto quando esta passa da superfície física da
Terra para a superfície de projeção (mapa).
Os tipos de escalas mais utilizados são a gráfica e a numérica sendo que o IBGE
(2014) define a escala gráfica como um segmento de reta dividido de modo a permitir a
medida de distâncias sobre a carta.
16
Figura 2 – Escala gráfica
Fonte: IBGE.
A escala numérica indica a relação entre determinado comprimento carta e o
correspondente comprimento no terreno, em forma de fração com a unidade para numerador.
A escala gráfica pode ser determinada através da formula:
Equação 1 Onde:
E= Escala;
d= Distância gráfica;
D= distância real.
Precisão gráfica é a menor grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em
desenho na mencionada escala. A experiência demonstrou que o menor comprimento gráfico
que se pode representar em um desenho é de 1/5 de milímetro ou 0,2 mm, sendo este o erro
admissível. A partir deste conhecimento é possível determinar o erro tolerável nas medições
que será de 0,0002M (Diretoria de Geociências do IBGE, 1998).
2.2.2 Diferença entre carta, mapa e planta
Segue abaixo as diferenças informadas pelo laboratório de Topografia e Cartografia da
Universidade Federal do Espírito Santo (2014):
Mapa: Representação de aspectos geográficos, naturais ou artificiais da terra destinada
a fins científicos, ilustrativos ou culturais. O mesmo pode ou não ter caráter cientifico
sendo elaborado em escala pequena.
17
Carta: Representação precisa da terra permitindo a medição de distâncias, direções e a
localização de pontos ou seja a carta é um mapa que leva em consideração critérios de
precisão.
Planta: Representação cartográfica em escala grande, destinada a oferecer informações
detalhadas visando, por exemplo, ao cadastro urbano.
2.3 Geodésia
Ciência que estuda o conjunto de métodos e procedimentos adotados para definir a
forma e dimensão da Terra. Tais procedimentos envolvem a mensuração das forças que atuam
na Terra (Geodésia Física), das coordenadas geodésicas dos pontos da Terra (Geodésia
Geométrica) e da geometria das órbitas dos satélites artificiais e pontos (SILVA e JUNIOR,
2014).
Na busca de determinar a forma da Terra, sobre a mesma já foi por muito tempo
considerada plana passando para a forma esférica e apenas mais tarde para um elipsóide de
revolução. A forma que mais se aproxima do real formato é a geoidal sendo que Silva e Junior
(2014) definem Geóide como uma superfície equipotencial do campo gravimétrico da Terra,
coincidindo com o nível médio do mar e que se estende por todos os continentes.
Embora o Geóide seja a forma que mais se aproxima da real não é a forma oficial pelo
fato de ser complicado utilizar o mesmo para execução de cálculos geodésicos, devido a este
fato foi necessário à criação de outra forma que utilizasse formulas mais simples, sendo que
ficou definido que o elipsóide de revolução seria a forma oficial adotada, sendo que Silva e
Junior (2014) o definem como uma figura aproximada do geóide, definida pelo comprimento
de seu eixo maior, pelo achatamento e pela excentricidade de suas elipses meridianas.
Após a determinação da forma matemática a ser utilizada foi necessário definir como
se posicionar sobre esta forma. Foram adotadas as coordenadas geográficas, definidas pela
latitude e pela longitude e os sistemas de referência que possuem origem topocêntrica, como
forma de amarração dos dados sendo que com o tempo estes foram substituídos pelos data6
que possuem origem geocêntrica (MÔNICO, 2007).
Embora os data possibilitem a obtenção de medidas o homem não está acostumado a
se posicionar utilizando graus decimais e sim o sistema métrico desta forma surgiu a
necessidade de projetar a forma elipsoidal para o plano, neste sentido várias foram as formas
6 Como a palavra Datum é originaria do Latim o plural da mesma não possui S ficando data.
18
de projetar encontradas sendo que nenhuma forma reproduz fielmente a forma da terra sempre
havendo alguma distorção. Dos métodos de projeção existentes o UTM7 é o mais utilizado
pelo fato de preservar ângulos e distorcer menos de 0,5% as áreas desde que se respeite os
limites dos fusos (RAMOS, 2013).
O sistema UTM conforme salientam Oliveira e Silva (2012) foi recomendado pela
IUGG8 para a cartografia em pequenas e médias escalas e foi adotado em 1955 para o
mapeamento sistemático do Brasil.
Dentre as principais características desse sistema de projeção Oliveira e Silva (2012) citam:
A superfície de projeção é um cilindro transverso e a projeção é conforme (o que
significa que os ângulos são mantidos);
A Terra é dividida em 60 fusos ou zonas de 6º de longitude. O cilindro transverso
adotado como superfície de projeção mantém seu eixo sempre perpendicular ao
meridiano central de cada fuso ou zona, assumindo 30 posições diferentes;
A numeração dos fusos varia de 1 a 60, começando no antimeridiano de Greenwich
crescendo no sentido Leste;
Aplica-se ao meridiano central de cada fuso ou zona um fator de redução de escala
igual a 0,9996, com intuito de minimizas as variações de escala dentro do fuso ou
zona. Como consequência existem duas linhas secantes aproximadamente retas,
uma a leste e outra a oeste, distantes cerca de 1º 37' do meridiano central, cujo fator
é igual a 1,0000;
A origem de cada um dos fusos UTM está na interseção do seu meridiano central
com a linha do Equador. As coordenadas UTM destes pontos são E
(Este)=500.000,00 m e N (Norte)=10.000.000,00m, para o Hemisfério Sul, e
N=0,0m, para o Hemisfério Norte.
Latitudes limites: 84 º Norte e 80 º Sul;
A distorção linear é dada por:
K = K0 / (1-(cosφmsen(λm-λ0))2)^1/2 Equação 2
Onde:
K0 = 0,9996 (fator de escala no meridiano central);
K = fator de escala no ponto de interesse;
φm, λm = latitude e longitudes médias do segmento.
7 Universal Transverso de Mercator.
8 International Union of Geodesy and Geophysics
19
O fator de escala ao longo do fuso UTM pode ser mais bem entendido pelo desenho da
Figura 3 presente em oliveira e silva (2012):
Figura 3 - Fator de escala ao longo do fuso UTM.
Fonte: Oliveira e Silva.
2.4 Posicionamento pelo GNSS
Com o avanço da eletrônica, várias foram as tentativas de desenvolvimento de
sistemas que possibilitassem a navegação celeste, porém estes sempre apresentavam algum
tipo de problema não podendo ser utilizados para o posicionamento global e com limitações
em termos de acurácia9. Somente na década de 1970 surgiu nos Estados Unidos a solução
definitiva para o problema com a proposta do NAVISTAR-GPS10
(MÔNICO, 2007).
Além do GPS existem vários outros sistemas de posicionamento por satélite como o
GLONASS11
, O Galileo e o Beidou/Compass (MÔNICO, 2007).
2.4.1 Observáveis GNSS
As observações GNSS fundamentais são denominadas de pseudodistância e fase da
onda portadora.
Na fase da onda portadora quando um receptor é ligado, numa época t0, a parte
fracionária da fase é observada ( ) e um contador inteiro (n) é inicializado. Durante o
9 Grau de concordância entre o valor medido de uma grandeza e o considerado verdadeiro ou de melhor
qualidade. 10
Sistema de radionavegação por satélites desenvolvido e controlado pelo departamento de defesa dos Estados
Unidos da América com o objetivo de ser o principal sistema de navegação das forças armadas americanas.
NAVSTAR significa Navigation satellite with time and ranging e GPS significa Global Positioning System
(INCRA, 2013). 11
Globalnaya navigatsionnaya sputnikovaya sistem
20
rastreio, o contador é incrementado por um ciclo inteiro sempre que a fase muda de 2π para 0
(SEJAS, 2005 APUD HOFMANN-WELLENHOF et al.,1994).
Nos receptores são geradas réplicas idênticas aos códigos transmitidos pelos satélites.
Um detector de correlação identifica quando acontece um alinhamento (máxima correlação)
entre o código gerado pelo receptor e o código que chega transmitido pelo satélite. O intervalo
de tempo necessário para a máxima correlação é então registrado na escala de tempo do
receptor. O código transmitido pelo satélite é gerado com base no relógio do satélite, o código
gerado pelo receptor é produzido com base no relógio do receptor, e ambos os relógios, em
geral, não são sincronizados. Se o sincronismo entre os relógios do satélite e receptor
acontecesse, o tempo de deslocamento do código para obtenção da máxima correlação
corresponderia ao tempo em que a onda levou para percorrer a distância entre as antenas do
satélite e do receptor o que não acontece apenas quando acontece atrasos de hardware
(SEJAS, 2005 APUD GARNÉS, 2001).
2.4.2 Métodos de posicionamento
No posicionamento relativo, as coordenadas do vértice de interesse são determinadas a
partir de um ou mais vértices de coordenadas conhecidas. Neste caso é necessário que dois ou
mais receptores GNSS coletem simultaneamente, onde ao menos um dos receptores ocupe um
vértice de referência (INCRA, 2013). Esse método é muito aplicado em geodésica, para
determinação de pontos com alto grau de acurácia e precisão, visto que nesse processo ha uma
forma de estimar o erro do relógio pelo satélite, através das pseudodistancias, melhorando os
resultados de forma significativa. Este método e aplicado no pre-processamento (MONICO,
2007).
O posicionamento relativo estático-rápido é similar ao relativo estático, porém, a
diferença básica é a duração da sessão de rastreio, que neste caso, em geral é inferior a 20
minutos (INCRA, 2013). Usa-se este tipo de posicionamento para trabalhos que se deseja
obter uma alta produtividade, sendo que se utilizam receptores de simples (L1) ou de dupla
(L1 e L2) frequência (MONICO, 2007).
O posicionamento relativo semicinemático também conhecido como pseudoestático
pode ser entendido como um estágio de desenvolvimento intermediário entre o
posicionamento relativo estático e o posicionamento relativo cinemático (MONICO, 2007).
Com precisão na ordem de 1 a 10 ppm o posicionamento relativo cinemático consiste
em se determinar um conjunto de coordenadas para cada época de observação, onde um
21
receptor ocupa a estação de referência, enquanto o outro permanece estacionado ou se
deslocando sobre as feições de interesse. Portanto, no posicionamento cinemático, embora a
antena esteja em movimento, a trajetória é descrita por uma série de pontos. Isso tem como
consequência a necessidade do usuário dispor de no mínimo cinco satélites para realizar o
posicionamento (IBGE, 2008).
Outro método de posicionamento extremamente preciso e ágil, o qual foi desenvolvido
nos últimos anos, e o Real Time Kinematic (RTK), ou posicionamento cinemático em tempo
real, o qual se baseia no posicionamento relativo cinemático, com solução em tempo real,
sendo processada em receptores moveis, com os dados transmitidos por telemetria com o
receptor estacionado sobre a estação base, cujas coordenadas são conhecidas (MONICO,
2007).
O conceito DGPS12 baseia-se na transmissão instantânea de dados de correções dos
sinais de satélites, do(s) receptor(es) instalado(s) no(s) vértice(s) de referência ao(s)
receptor(es) que percorre(m) os vértices de interesse. Desta forma, proporciona o
conhecimento instantâneo (tempo real) de coordenadas precisas dos vértices levantados
(INCRA, 2013).
2.4.3 Arquivo RINEX
O formato RINEX13
é o mais utilizado para integrar dados de receptores de diferentes
fabricantes. A versão mais recente deste formato é a 3.00, que contempla cinco tipos de
arquivos, sendo eles: observação, navegação GPS, meteorológico, navegação GLONASS e
navegação SBAS (IBGE, 2008).
Na realidade cada fabricante de receptores GPS ou GNSS possui um formato próprio
para os arquivos de obtenção de dados, sendo que o formato RINEX foi adotado pela
necessidade de existência de um formato oficial aonde os dados fossem facilmente
identificados.
2.5 Desenho auxiliado por computador e Sistemas de informações Geográficas
12
Differential GPS 13
Receiver Independent Exchange format
22
Os softwares quanto ao objetivo são classificados em 2 grupos, os que se objetivam
apenas a vetorização de dados pertencentes a família CAD14
(Desenho Auxiliado por
Computador) e os que tem por função a realização de análise espacial, também chamados de
softwares de Geoprocessamento, pertencentes a família dos sistemas de informações
espaciais.
Os softwares de CAD quando comparados aos SIGs15
são mais apropriados à
vetorização de dados, sendo que conforme ressalta Pina (2004) o AutoCAD é talvez a mais
popular ferramenta de desenho existente no mercado. Inicialmente foi concebido como uma
ferramenta 2D, mas, no ano 2000 surgiu a versão MAP com ferramentas de análise espacial,
porém de uso complicado quando comparado a softwares voltados para a análise espacial.
Após a versão 10, passou a incluir imensas funcionalidades de desenho a três dimensões que o
tornam uma ferramenta bastante potente e completa.
Os SIGs são um tipo especial de sistemas de informações que utilizam informações
espaciais sobre o que está ou ocorre na superfície da terra (Ferreira, 2006). Os mesmos são
baseados em informações que possibilitam análise espacial existindo duas famílias de
softwares, as de código livre cujo software mais conhecido é o quantum GIS e as de código
fechado cujo software mais conhecido é o ArcGIS.
2.6 Legislação e cadastro
A principal característica de um CTM16
é o suporte para o conhecimento do território,
através da informatização de um banco de dados públicos sobre as propriedades municipais,
permitindo visualização de forma gráfica e organizando-os em um sistema cartográfico
preciso e de qualidade, possibilitando o desenvolvimento dos diversos processos econômicos,
jurídicos e técnicos envolvidos na dinâmica das cidades (BONILLA, 2012).
2.6.1 Cadastro rural
O objetivo do cadastro é basicamente o mesmo tanto em áreas urbanas como em áreas
rurais. O Estatuto da Terra, Lei 4.504 de 30 de novembro de 1965 regula os direitos e
obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma
14
Desenho auxiliado por computador 15
Sistema de Informações Geográficas 16
Cadastro Técnico Multifinalitário –
23
Agrária e promoção da Política Agrícola. Na mesma lei ficou definido como órgão
responsável pelo cadastro rural o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA)17
e criou-se o cadastro de imóvel rural, sendo o CCIR18
o documento emitido que
constitui prova do cadastro, o mesmo é indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar,
vender ou prometer em venda o imóvel rural e para homologação de partilha amigável ou
judicial (sucessão causa mortis) de acordo com os parágrafos 1º e 2º, do artigo 22 da Lei n.º
4.947, de 6 de abril de 1966, modificado pelo artigo 1º da Lei n.º 10.267, de 28 de agosto de
2001 (INCRA, 2014).
O marco considerado como ponto inicial para a implantação do cadastro rural no
Brasil conforme salienta Multirio (2014) é a viajem de Martin Afonso de Souza ao Brasil em
1530 com a implantação do sistema de sesmarias, desde então temos algumas datas chaves
com a implantação de leis sobre o referido tema como 31 de dezembro de 1973 com a Lei
6015, Lei dos Registros Públicos a partir da qual o sistema de matriculas substituiu as
transcrições.
O problema do sistema de matricula é que o mesmo permitia a grilagem de terras
sendo que em 28 de agosto de 2001 foi homologada a lei 10.267 com principal objetivo de
evitar tal fraude.
O sistema de matriculas e o Georreferenciamento possuem como empecilho o fato de
todos os projetos necessitarem de processo judicial sendo que o projeto gleba legal, instituído
pelo provimento nº 07/2005 pela CGJ/RS19
foi uma proposta implantada com sucesso na
busca de desafogar os fóruns aonde se considera que em um condomínio pró-diviso20
se os
confrontantes respeitam os limites de uma gleba para o desmembramento da mesma não
existe a necessidade de processo judicial, bastando a assinatura com firma reconhecida dos
mesmos.
2.7 Cadastro urbano
No que concerne o cadastro urbano o estatuto da cidade, lei n. 10.257 de 10 de julho de
2001 estabelece diretrizes gerais, entre elas cria o plano diretor e a lei de diretrizes urbanas
para cidades com menos de 25 mil habitantes. O grande diferencial do estatuto da cidade é
17
Instituto nacional de colonização e reforma agrária 18
Certificado de Cadastro de Imóvel Rural 19
Corregedoria geral de justiça do estado do Rio Grande do Sul 20
Condomínio no qual embora na documentação a gleba apareça dentro de uma área maior, a mesma possui seus
limites devidamente definidos sendo os mesmos respeitados pelos confrontantes.
24
que passou a considerar a cidade como um local que deve oferecer condições que possibilitem
a vida na mesma, como a remoção de quem mora em áreas de riscos e a presença de uma
infraestrutura básica.
A lei 11977 de 2009 veio somar-se ao estatuto da cidade sendo que a principal
contribuição da mesma é a implantação do Usucapião extrajudicial, aonde com a criação das
chamadas ZEIS21
cria-se a regularização fundiária de interesse social.
21
Zonas Especificas de Interesse Social
3 Atividades desenvolvidas
3.1 Materiais utilizados
Durante a realização dos trabalhos foi utilizada uma série de materiais, dados e softwares.
Para uma maior facilidade os mesmos podem ser divididos em:
∙ Equipamentos: Receptor GNSS Leica viva, receptor gps Garmim®;
∙ Softwares e aplicativos: Google earth®, GPS trackmaker pro®, AutoCAD®, Excel®, bloco
de notas, photoshop® e ArcGIS®.
3.2 Atividades
Durante a realização do estágio foi realizada uma série de atividades tanto a campo como no
escritório. Quanto as atividades será exposto as metodologias utilizadas na execução dos
trabalhos de: levantamentos planimétricos, levantamentos planialtimétricos, confecção de
plantas para o setor de Topografia, confecção de plantas para o setor de licenciamento
ambiental, confecção de croquis para o setor de crédito rural, confecção de memoriais
descritivos, elaboração de mapas municipais e elaboração de base de dados Geoespaciais.
3.2.1 Levantamentos planimétricos
Foram realizados 7 trabalhos, sendo que a seguir os mesmos estão caracterizados com a
explicação do objetivo da realização dos mesmos, dos procedimentos a campo e no escritório
e dos resultados obtidos.
Trabalho 1 - O referido trabalho foi realizado no município de Maçambara, na localidade de
Puitã no terceiro distrito do referido município. O Trabalho foi realizado no intuito de efetuar
desmembramento de área, sendo que encontrou-se uma área total de 137,15 ha, das quais
foram desmembradas 30,64 ha.
Objetivo
Desmembramento de área levando-se em consideração a área útil.
Foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos pelo estagiário:
A campo
26
Quando cheguei à empresa o levantamento dos dados a campo já tinha sido realizado,
porém após a elaboração da planta com as áreas divididas foi necessário voltar a
campo com objetivo de locar os marcos nos pontos divisores, sendo que para o mesmo
foi utilizado o modulo de locação do receptor GNSS Leica viva no modo RTK.
No escritório
Foram elaboradas duas plantas utilizando-se o aplicativo Autocad 2012®, uma da área
total e outra das áreas divididas, sendo que para a divisão das áreas utilizou-se o
aplicativo posição com o método de divisão por linha paralela.
Resultados obtidos
Planta com área total (figura 4).
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Planta com áreas divididas (figura 5).
Figura 4 - Planta com área total.
27
Figura 5 – Planta com áreas divididas
Fonte: O autor.
Trabalho 2 - O referido trabalho foi realizado no município de Manoel Viana na localidade
de Capão Alto, 3º Distrito, o mesmo foi realizado no intuito de efetuar o desmembramento de
área, sendo que se encontrou a área de 66,33ha.
Objetivo
Levantamento efetuado com intuito de fazer o desmembramento de área levando-se
em consideração a área útil.
Foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos pelo estagiário:
A campo
Quando o estagiário chegou à empresa o levantamento com intuito de divisão de área
já tinha sido realizado, tendo o mesmo participado da locação dos pontos.
Resultado obtido
Planta que serviu de base para o locamento de pontos (Figura 7).
28
Fonte: O autor.
Na Figura 8 pode-se visualizar um dos marcos locados com a utilização do modulo de locação
do receptor GNSS leica viva no modo RTK.
Figura 7 - Marco locado.
Fonte: O autor.
Trabalho 3 - O referido trabalho foi realizado no município de Manoel Viana, no bairro
Restinga, o mesmo foi realizado no intuito de determinar a área de lote urbano, no mesmo
encontrou-se uma área de 1015,62m².
Figura 6 - Planta base para locação de pontos.
29
Objetivo do trabalho
Determinação da área do terreno urbano uma vês que o mesmo estava em
processo de venda e o proprietário necessitava do levantamento para uma
melhor determinação do preço do mesmo.
Foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos pelo estagiário:
No campo
Levantamento dos dados com a utilização de receptor GNSS de dupla frequência
Leica viva com o método RTK (configuração da base, criação da obra,
configuração do móvel e levantamento).
No escritório:
Descarregamento dos dados do cartão de memória;
Importação dos dados para o AutoCAD;
Elaboração de planta topográfica planimétrica.
Resultado obtido
Confecção de planta Georreferenciada no formato A4 (Figura 9).
Figura 8 - Planta Georreferenciada.
Fonte: O autor.
30
Trabalho 4 - O trabalho foi realizado no município de São Francisco de Assis, na localidade
conhecida como Tabuleiro no quinto distrito municipal, o mesmo foi realizado no intuito de
efetuar a divisão de área levando-se em consideração a área útil da propriedade.
Objetivo
Divisão de área levando-se em consideração a área útil da propriedade.
Foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos pelo estagiário:
A campo
Para realização dos trabalhos utilizou-se Receptor GNSS leica viva no modo
RTK para levantamento do perímetro e modo cinemático para levantamento
da área útil. Foram realizadas duas idas a campo, uma para obtenção dos
dados e outra para locação dos pontos.
Para obtenção dos dados primeiramente percorreu-se o perímetro da área
utilizando-se moto para chegar nos vértices que não pertenciam a córregos. A
área apresenta 490,79 metros de córregos pertencentes a arroio sem
denominação, os mesmos foram percorridos a pé, sendo que o levantamento
desta porção do perímetro foi o que tomou o maior tempo, aproximadamente 3
horas, enquanto que o levantamento dos demais vértices levou cerca de duas
horas e o levantamento da área útil levou uma hora e meia.
Para o levantamento da área útil configurou-se o equipamento para gravar um
ponto a cada metro e utilizando-se moto percorreu-se o perímetro das
lavouras, obtendo-se um total de 5638 pontos.
Para a locação dos pontos definidores das áreas desmembradas foi utilizado o
modo de locação de pontos do receptor GNSS leica viva no modo RTK.
No escritório
Foram elaboradas duas plantas utilizando-se o aplicativo Autocad 2012®, uma
da área total e outra das áreas divididas, sendo que para a divisão das áreas
utilizou-se o aplicativo posição com o método de divisão por ponto. Ressalta-
se que as plantas contém alguns problemas perceptíveis por uma análise feita
por especialistas, o que é normal pois foi uma da primeiras plantas
confeccionadas pelo estagiário.
Resultados obtidos
31
Planta da área total (Figura 10).
Figura 9 - Planta da área total. Fonte: O autor.
Planta das áreas divididas (Figura 11).
Fonte: O autor.
Figura 10 - Planta da área dividida.
32
Trabalho 5 - O referido trabalho foi realizado no município de Maçambara, na localidade de
Puitã no 3ºdistrito do referido município.
Objetivo
Foi o trabalho topográfico mais complexo realizado pelo fato de no mesmo ter-
se efetuado desmembramento, remembramento e retificação de área.
Procedimentos metodológicos elaborados pelo estagiário:
A campo
A propriedade possui como limite dois rios, o Itú e o Puitã, além da RS 176 e
terras de particular. Com o objetivo de tornar os trabalhos mais rápidos após
implantação do marco que serviu de base configurou-se o receptor GNSS no
modo RTK e percorreu-se o arroio Puitã de barco como pode-se ver na Figura
12. O rio Itu por ser bem caudaloso e possuir trechos de cachoeira teve que ser
percorrido a pé, assim como os vértices artificiais da propriedade (divisas com
a faixa de domínio da RS 176 e com particular).
Figura 11 – Levantamento de pontos utilizando barco.
Fonte: O autor.
Procedimento no escritório
No momento de entrega dos trabalhos o cartório ainda aceitava 10% de
diferença entre métodos antigos e atuais, sendo que para a retificação da área
confeccionou-se as plantas das áreas de maneira a não ultrapassar este valor.
Como o total foi maior do que 10% em relação a área existente nas matriculas
33
após conversa com os donos decidiu-se deixar a área remanescente como área
de posse de ambos uma vês que a mesma era pequena, não sendo interessante
efetuar processo de usucapião.
Teve-se que elaborar uma planta de cada uma das 3 áreas desmembradas, as
quais consequentemente ganharam matriculas individuais e tornaram-se
escrituras após averbação pelo tabelião.
Também confeccionou-se os memoriais descritivos das áreas utilizando-se o
software posição.
Resultado obtido
Planta para retificação e remembramento de área (Figura 13).
Fonte: O autor.
Plantas com áreas desmembradas
Planta da área de 95,78 há (Figura 14).
Figura 12 - Planta para retificação e remembramento de área.
36
Figura 15 - Planta 98 ha.
Fonte: O autor.
Abaixo aparece um dos três memoriais descritivos elaborados.
MEMORIAL DESCRITIVO
Proprietário:
Município: Itaqui
Comarca: Itaqui UF: RS
Matrícula: Código do Incra:
Área: 95,7800ha. Perímetro: 4.677,81 m
DESCRIÇÃO Inicia-se a descrição deste perímetro no vértice P089, de coordenadas N
6.771.105,699 m e E 646.324,777 m; deste, segue confrontando com ...; com os seguintes azimutes e distâncias:212°10'30" e 57,10 m até o vértice P090, de
coordenadas N 6.771.057,372 m e E 646.294,373 m; 221°49'02" e 23,93 m até o
37
vértice P091, de coordenadas N 6.771.039,537 m e E 646.278,417 m; 213°22'12" e 18,29 m até o vértice P092, de coordenadas N 6.771.024,262 m e E 646.268,356 m;
178°06'32" e 10,38 m até o vértice P093, de coordenadas N 6.771.013,888 m e E 646.268,699 m; 136°32'20" e 12,62 m até o vértice P094, de coordenadas N 6.771.004,725 m e E 646.277,382 m; 90°35'02" e 19,70 m até o vértice P095, de
coordenadas N 6.771.004,524 m e E 646.297,077 m; 113°12'34" e 22,31 m até o vértice P096, de coordenadas N 6.770.995,734 m e E 646.317,577 m; 165°45'45" e
21,25 m até o vértice P097, de coordenadas N 6.770.975,141 m e E 646.322,803 m; 207°47'36" e 20,95 m até o vértice P098, de coordenadas N 6.770.956,608 m e E
646.313,034 m; 263°12'42" e 25,11 m até o vértice P099, de coordenadas N 6.770.953,640 m e E 646.288,101 m; 275°34'30" e 34,10 m até o vértice P100, de coordenadas N 6.770.956,953 m e E 646.254,167 m; 230°30'45" e 7,96 m até o vértice
P101, de coordenadas N 6.770.951,890 m e E 646.248,022 m; 166°57'31" e 4,44 m até o vértice P102, de coordenadas N 6.770.947,566 m e E 646.249,024 m;
128°06'56" e 17,94 m até o vértice P103, de coordenadas N 6.770.936,494 m e E 646.263,137 m; 125°43'17" e 29,84 m até o vértice P104, de coordenadas N
6.770.919,074 m e E 646.287,360 m; 149°15'02" e 30,19 m até o vértice P105, de coordenadas N 6.770.893,128 m e E 646.302,796 m; 205°48'13" e 33,11 m até o vértice P106, de coordenadas N 6.770.863,316 m e E 646.288,382 m; 223°27'32" e
20,98 m até o vértice P107, de coordenadas N 6.770.848,089 m e E 646.273,953 m; 193°36'43" e 9,46 m até o vértice P108, de coordenadas N 6.770.838,896 m e E
646.271,727 m; 154°17'25" e 16,85 m até o vértice P109, de coordenadas N 6.770.823,715 m e E 646.279,037 m; 169°22'29" e 16,38 m até o vértice P110, de coordenadas N 6.770.807,612 m e E 646.282,058 m; 188°54'01" e 17,08 m até o
vértice P111, de coordenadas N 6.770.790,741 m e E 646.279,415 m; 201°21'25" e 9,60 m até o vértice P112, de coordenadas N 6.770.781,799 m e E 646.275,919 m;
132°41'56" e 3,36 m até o vértice P113, de coordenadas N 6.770.779,519 m e E 646.278,390 m; 113°57'55" e 18,19 m até o vértice P114, de coordenadas N
6.770.772,130 m e E 646.295,013 m; 144°54'49" e 18,35 m até o vértice P115, de coordenadas N 6.770.757,118 m e E 646.305,559 m; 180°40'34" e 31,56 m até o vértice P116, de coordenadas N 6.770.725,565 m e E 646.305,186 m; 181°48'41" e
21,76 m até o vértice P117, de coordenadas N 6.770.703,813 m e E 646.304,498 m; 221°55'35" e 21,88 m até o vértice P118, de coordenadas N 6.770.687,532 m e E
646.289,876 m; 286°53'04" e 22,71 m até o vértice P119, de coordenadas N 6.770.694,128 m e E 646.268,144 m; 288°07'00" e 15,87 m até o vértice P120, de
coordenadas N 6.770.699,062 m e E 646.253,063 m; 288°10'26" e 19,83 m até o vértice P121, de coordenadas N 6.770.705,248 m e E 646.234,220 m; 271°50'16" e 14,71 m até o vértice P122, de coordenadas N 6.770.697,641 m e E 646.215,439 m;
189°57'14" e 15,94 m até o vértice P123, de coordenadas N 6.770.681,938 m e E 646.212,683 m; 190°47'13" e 17,21 m até o vértice P124, de coordenadas N
6.770.650,772 m e E 646.205,107 m; 183°50'08" e 9,87 m até o vértice P125, de coordenadas N 6.770.640,921 m e E 646.204,446 m; 152°08'20" e 5,50 m até o vértice P126, de coordenadas N 6.770.636,058 m e E 646.207,017 m; 107°49'06" e 8,97 m
até o vértice P127, de coordenadas N 6.770.633,312 m e E 646.215,561 m; 83°53'55" e 18,70 m até o vértice P128, de coordenadas N 6.770.635,300 m e E 646.234,158 m;
109°34'15" e 24,16 m até o vértice P129, de coordenadas N 6.770.627,207 m e E 646.256,920 m; 147°51'13" e 2,25 m até o vértice P130, de coordenadas N
6.770.625,302 m e E 646.258,118 m; deste, segue confrontando com ...; com os seguintes azimutes e distâncias: 108°34'40" e 1.543,48 m até o vértice P339, de coordenadas N 6.770.133,559 m e E 647.721,172 m; deste, segue confrontando com
RS 176; com os seguintes azimutes e distâncias: 10°07'19" e 134,13 m até o vértice P340, de coordenadas N 6.770.265,600 m e E 647.744,744 m; 9°57'55" e 125,82 m
até o vértice P341, de coordenadas N 6.770.389,522 m e E 647.766,517 m; 10°03'30" e 260,42 m até o vértice P342, de coordenadas N 6.770.645,942 m e E 647.812,000
m; 9°50'31" e 160,06 m até o vértice P343, de coordenadas N 6.770.803,650 m e E 647.839,360 m; deste, segue confrontando com ...; com os seguintes azimutes e distâncias: 285°44'24" e 1.270,38 m até o vértice P344, de coordenadas N
6.771.148,273 m e E 646.616,612 m; deste, segue confrontando com Área de posse
de ... e ...; com os seguintes azimutes e distâncias: 201°26'29" e 132,74 m até o vértice P345, de coordenadas N 6.771.024,723 m e E 646.568,091 m; 288°24'28" e
38
256,43 m até o vértice inicial da descrição deste perímetro. Todas as coordenadas aqui descritas estão georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, a partir das estações ativas da RBMC de Santa Maria, código internacional 92013, coordenadas N6.709.269,527 m E 237.205,247 m e Alegrete, código internacional 94048, coordenadas N6.703.910,190 m e E 618.997,096m, estações estas que estão
referenciadas ao Meridiano Central 57° WGr. As demais coordenadas encontram-se referenciadas ao Meridiano Central 57° WGr. Todas as coordenadas, azimutes,
distâncias, área e perímetro foram calculados no plano de projeção UTM tendo como datum SIRGAS 2000.
Manoel Viana, 25 de Março de 2014.
Luciano Brum Silveira
Técnico em Agropecuária
CREA:094034CÓD.INCRA:D05
39
MINISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO DE POLÍTICA FUNDIÁRIA
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
INCRA
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO PARANÁ – SR(09)
Cálculo Analítico de Área - Azimutes, lados e Coordenadas
Geográficas
IMÓVEL: Sem Denominação
MUNICÍPIO: Itaqui / RS
Datum: SIRGAS 2000 Meridiano Central: 57° WGr ============================================================================================================== Estação Vante Coord. Norte Coord.Este Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude ============================================================================================================== P089 P090 6.771.105,699 646.324,777 212°10'30" 57,10 0,99986286 29°10'48,9406" S 55°29'42,5909" W P090 P091 6.771.057,372 646.294,373 221°49'02" 23,93 0,99986275 29°10'50,5230" S 55°29'43,6933" W P091 P092 6.771.039,537 646.278,417 213°22'12" 18,29 0,99986269 29°10'51,1089" S 55°29'44,2754" W P092 P093 6.771.024,262 646.268,356 178°06'32" 10,38 0,99986265 29°10'51,6092" S 55°29'44,6406" W P093 P094 6.771.013,888 646.268,699 136°32'20" 12,62 0,99986266 29°10'51,9461" S 55°29'44,6230" W P094 P095 6.771.004,725 646.277,382 90°35'02" 19,70 0,99986269 29°10'52,2401" S 55°29'44,2973" W P095 P096 6.771.004,524 646.297,077 113°12'34" 22,31 0,99986276 29°10'52,2384" S 55°29'43,5682" W P096 P097 6.770.995,734 646.317,577 165°45'45" 21,25 0,99986283 29°10'52,5154" S 55°29'42,8053" W P097 P098 6.770.975,141 646.322,803 207°47'36" 20,95 0,99986285 29°10'53,1821" S 55°29'42,6021" W P098 P099 6.770.956,608 646.313,034 263°12'42" 25,11 0,9998628 29°10'53,7882" S 55°29'42,9549" W P099 P100 6.770.953,640 646.288,101 275°34'30" 34,10 0,99986272 29°10'53,8949" S 55°29'43,8763" W P100 P101 6.770.956,953 646.254,167 230°30'45" 7,96 0,99986260 29°10'53,8014" S 55°29'45,1339" W P101 P102 6.770.951,890 646.248,022 166°57'31" 4,44 0,99986258 29°10'53,9684" S 55°29'45,3589" W P102 P103 6.770.947,566 646.249,024 128°06'56" 17,94 0,99986258 29°10'54,1085" S 55°29'45,3198" W P103 P104 6.770.936,494 646.263,137 125°43'17" 29,84 0,99986264 29°10'54,4622" S 55°29'44,7922" W P104 P105 6.770.919,074 646.287,360 149°15'02" 30,19 0,99986272 29°10'55,0180" S 55°29'43,8873" W P105 P106 6.770.893,128 646.302,796 205°48'13" 33,11 0,99986278 29°10'55,8543" S 55°29'43,3037" W P106 P107 6.770.863,316 646.288,382 223°27'32" 20,98 0,99986273 29°10'56,8287" S 55°29'43,8231" W P107 P108 6.770.848,089 646.273,953 193°36'43" 9,46 0,99986267 29°10'57,3293" S 55°29'44,3499" W P108 P109 6.770.838,896 646.271,727 154°17'25" 16,85 0,99986267 29°10'57,6288" S 55°29'44,4280" W P109 P110 6.770.823,715 646.279,037 169°22'29" 16,38 0,99986269 29°10'58,1188" S 55°29'44,1502" W P110 P111 6.770.807,612 646.282,058 188°54'01" 17,08 0,99986270 29°10'58,6406" S 55°29'44,0308" W P111 P112 6.770.790,741 646.279,415 201°21'25" 9,60 0,99986269 29°10'59,1897" S 55°29'44,1206" W P112 P113 6.770.781,799 646.275,919 132°41'56" 3,36 0,99986268 29°10'59,4816" S 55°29'44,2457" W
40
P113 P114 6.770.779,519 646.278,390 113°57'55" 18,19 0,99986269 29°10'59,5547" S 55°29'44,1532" W P114 P115 6.770.772,130 646.295,013 144°54'49" 18,35 0,99986275 29°10'59,7878" S 55°29'43,5344" W P115 P116 6.770.757,118 646.305,559 180°40'34" 31,56 0,99986279 29°11'00,2710" S 55°29'43,1370" W P116 P117 6.770.725,565 646.305,186 181°48'41" 21,76 0,99986279 29°11'01,2960" S 55°29'43,1358" W P117 P118 6.770.703,813 646.304,498 221°55'35" 21,88 0,99986278 29°11'02,0028" S 55°29'43,1510" W P118 P119 6.770.687,532 646.289,876 286°53'04" 22,71 0,99986273 29°11'02,5377" S 55°29'43,6845" W P119 P120 6.770.694,128 646.268,144 288°07'00" 15,87 0,99986265 29°11'02,3325" S 55°29'44,4920" W P120 P121 6.770.699,062 646.253,063 288°10'26" 19,83 0,99986260 29°11'02,1785" S 55°29'45,0525" W P121 P122 6.770.705,248 646.234,220 271°50'16" 14,71 0,99986253 29°11'01,9855" S 55°29'45,7529" W P122 P123 6.770.697,641 646.215,439 189°57'14" 15,94 0,99986246 29°11'02,2403" S 55°29'46,4445" W P123 P124 6.770.681,938 646.212,683 190°47'13" 17,21 0,99986245 29°11'02,7515" S 55°29'46,5390" W P124 P125 6.770.665,028 646.209,461 196°59'03" 14,91 0,99986244 29°11'03,3021" S 55°29'46,6503" W P125 P126 6.770.650,772 646.205,107 183°50'08" 9,87 0,99986243 29°11'03,7670" S 55°29'46,8047" W P126 P127 6.770.640,921 646.204,446 152°08'20" 5,50 0,99986242 29°11'04,0873" S 55°29'46,8245" W P127 P128 6.770.636,058 646.207,017 107°49'06" 8,97 0,99986243 29°11'04,2441" S 55°29'46,7270" W P128 P129 6.770.633,312 646.215,561 83°53'55" 18,70 0,99986246 29°11'04,3298" S 55°29'46,4095" W P129 P130 6.770.635,300 646.234,158 109°34'15" 24,16 0,99986253 29°11'04,2575" S 55°29'45,7221" W P130 P339 6.770.627,207 646.256,920 147°51'13" 2,25 0,99986261 29°11'04,5109" S 55°29'44,8757" W P339 P340 6.770.625,302 646.258,118 108°34'40" 1.543,48 0,99986262 29°11'04,5723" S 55°29'44,8305" W P340 P341 6.770.133,559 647.721,172 10°07'19" 134,13 0,99986790 29°11'19,9331" S 55°28'50,4415" W P341 P342 6.770.265,600 647.744,744 9°57'55" 125,82 0,99986798 29°11'15,6343" S 55°28'49,6322" W P342 P343 6.770.389,522 647.766,517 10°03'30" 260,42 0,99986806 29°11'11,6001" S 55°28'48,8856" W P343 P344 6.770.645,942 647.812,000 9°50'31" 160,06 0,99986823 29°11'03,2521" S 55°28'47,3249" W P344 P345 6.770.803,650 647.839,360 285°44'24" 1.270,38 0,99986833 29°10'58,1181" S 55°28'46,3878" W P345 P346 6.771.148,273 646.616,612 201°26'29" 132,74 0,99986391 29°10'47,4362" S 55°29'31,8096" W P346 P089 6.771.024,723 646.568,091 288°24'28" 256,43 0,99986373 29°10'51,4695" S 55°29'33,5468" W ==============================================================================================================
Perímetro : 4.677,81 m
Área Total: 957.800,00 m² 95,7800 ha Área Deduzida: 0,00 m² 0,0000 ha {Dedução: $descdedu}
Área Remanescente: 957.800,00 m² 95,7800 ha ==============================================================================================================
Trabalho 6 - O trabalho foi realizado no município de São Francisco de Assis, na localidade
conhecida como Lajeado no quinto distrito municipal, o mesmo foi realizado no intuito de
efetuar a retificação de área, sendo que encontrou-se a área de 128,186ha.
Objetivo
Retificação e desmembramento de área com determinação da área útil.
41
Procedimento a campo
Para a realização dos trabalhos utilizou-se Receptor GNSS Leica viva no modo
RTK para o levantamento do perímetro e no modo cinemático para
levantamento da área útil. Foi necessário duas idas a campo, uma para
obtenção dos dados e outra para locação dos pontos.
Para obtenção dos dados primeiramente percorreu-se o perímetro da área
utilizando-se moto para chegar nos vértices em que era possível, na Figura 17
pode-se visualizar o levantamento de um dos vértices da propriedade. Os
demais vértices foram percorridos a pé. A área apresenta 1318 metros de
córregos, sendo destes 388 pertencentes ao Arroio Caraguataí e os outros 919
pertencentes a arroio sem denominação, os mesmos foram percorridos a pé,
sendo que o levantamento desta área foi o que tomou o maior tempo,
aproximadamente 4 horas, enquanto que o levantamento dos demais vértices
levou cerca de duas horas e o levantamento da área útil levou menos de duas
horas.
Figura 17 – Levantamento de um dos vértices da propriedade. Fonte: O autor.
42
Para o levantamento da área útil configurou-se o equipamento para gravar um
ponto a cada metro e utilizando-se moto percorreu-se o perímetro das
lavouras.
Procedimento no escritório
Foi elaborada a planta utilizando-se o aplicativo Autocad 2012®.
Resultados obtidos
Planta da área total com áreas uteis e demais áreas (Figura 18).
Fonte: O autor.
Planta das áreas divididas (Figura 19).
Figura 8 - Planta com áreas úteis.
43
Fonte: O autor.
Trabalho 7 - O trabalho foi realizado na localidade conhecida como bela vista, no 5º distrito
de São Francisco de Assis, com uma área total de 319 ha.
Objetivo
Georreferenciamento de imóvel rural.
Procedimentos metodológicos seguidos pelo estagiário:
A campo
Foram necessários dois dias para a realização dos trabalhos a campo. No primeiro dia
efetuou-se a fixação do marco da base com colocação do receptor GNSS obtendo
dados no método estático por 6:30 horas. No primeiro dia também efetuou-se a
implantação dos marcos nos vértices da propriedade.
No segundo dia com os dados da base já ajustados efetuou-se o levantamento
utilizando-se o método RTK dos pontos tipo M (limites artificiais-cercas) e do tipo P
(limite natural - córrego).
Procedimento no escritório
O estágio terminou antes da elaboração de peças técnicas, sendo realizado apenas o
ajustamento da base com a utilização do programa LGO22
.
22
Leica Geo Ofice
Figura 19- Planta com áreas divididas.
44
3.2.2 Levantamento Planialtimétrico
O trabalho foi realizado no município de Manoel Viana, no bairro centro. O mesmo foi
realizado no intuito obter uma planta do terreno com área construída e curvas de nível.
Objetivo Elaboração de planta a pedido de arquiteta, sendo que foi solicitado pela
mesma que a planta deveria ter a área construída e as curvas de níveis de meio
em meio metro.
Procedimentos metodológicos seguidos pelo estagiário:
A campo
Para o levantamento dos dados foi utilizado o receptor GNSS leica viva no
modo RTK, aonde obteve-se os pontos determinadores dos limites do lote, os
pontos determinadores das construções e uma malha de pontos do terreno.
Procedimento no escritório
A elaboração da planta não ficou a cargo do estagiário.
Resultados
Planta com curvas de níveis (Figura 20).
45
Figura 20 - Planta com curvas de níveis. Fonte: O autor.
3.2.3 Elaboração de mapas municipais
Uma demanda existente principalmente por órgãos como Emater, sindicato dos
trabalhadores rurais, inspetoria veterinária e bancos é a existência de mapas que sirvam para
orientação como, por exemplo, de um profissional que veio de outro município prestar
acessoria. Nestes casos buscam-se mapas que diferentemente dos tradicionais não estejam
cheios de propaganda e que tenham representado certas camadas de informações do
respectivo município.
Neste sentido surgiu a proposta de elaboração de mapa do município de Manoel Viana
sendo que no mesmo deveria constar o limite municipal, as estradas segmentadas em
estaduais, principais e secundárias, os principais córregos e rios, o perímetro urbano, os
46
distritos e localidades, além de demais informações que o estagiário considera-se pertinente,
levando-se em consideração a semiologia gráfica.
Após muita pesquisa em busca de dados preferencialmente no formato shapefile uma série
de problemas foram encontrados, problemas que fizeram perder horas de trabalho. Os
mesmos estão especificados abaixo:
Problema quanto aos dados disponibilizados pela vetorização realizada pelo
centro de ecologia da UFRGS23
, uma vês que os dados foram obtidos na
década de 60 existe grande discrepância nas estradas secundárias,
discrepâncias que levaram o estagiário a optar por não utilizar Tais dados e
efetuar a vetorização manual sobre a plataforma Google earth.
Limite municipal obtido do site do IBGE não condizente com a realidade, o
que ocorre devido ao fato que os dados produzidos pelo IBGE são oriundos de
vetorização realizada a partir de voos fotogramétricos em escala de 1:60.000
de tal maneira que torna-se impossível a utilização de tais dados para
elaboração de mapa municipal de grande escala.
O problema do limite municipal percebido somente após a confecção do mapa estar pronta
aonde em uma ultima análise juntamente com o supervisor conhecedor dos limites do
município o mesmo achou os erros, fato que obrigou o estagiário a vetorizar o limite
municipal e realizar novamente todas as operações espaciais.
Para a obtenção de um produto final satisfatório foi utilizado três fontes de informações:
dados pertencentes à empresa, dados disponibilizados por órgãos públicos e dados obtidos por
vetorização.
Quanto as fontes e respectivos dados, os mesmos podem ser melhor percebidos pela
legenda e pela Figura 21.
Fontes dos dados
Cartas do exército 1:50000 (UFRGS)
Fepan - http://www.fepam.rs.gov.br/biblioteca/geo/bases_geo.asp
open street map
A partir de mapa no formato pdf disponibilizado pela prefeitura que foi transformado em
imagem Tif, georreferenciado e serviu de base para vetorização
Vetorização sobre o google earth
23
Os dados podem ser obtidos no site:
http://www.ecologia.ufrgs.br/labgeo/index.php?option=com_content&view=article&id=123:base50krs&catid=1
4:download-non-visible
47
Imagem landsat 8, obtida a partir da nasa, disponível em: http://glovis.usgs.gov/
Figura 21 - Fontes dos dados. Fonte: O autor.
3.2.3.1 Mapas de referência
Como o estagiário não conhecia o município a obtenção de 2 mapas mais simples
existentes junto ao site da prefeitura e na empresa facilitou a elaboração dos mapas. O
problema encontrado foi que os mapas estavam no formato pdf24
, sendo que o estagiário
precisou transformar para o formato tiff25
, o que foi possível com a utilização do photoshop®
e posteriormente fazer o Georreferenciamento dos mesmos a partir de pontos notáveis
existentes no terreno. Os mapas utilizados como referência para obtenção de informações
referentes aos distritos municipais e localidades podem ser visualizados nas Figuras 22 e 23.
24
PDF está relacionado a sigla do inglês que significa Portable Document Format, tal formato foi desenvolvido
pela Adobe Systems sendo um padrão aberto para troca de documentos eletrônicos. 25
TIFF é a sigla inglesa de Tagged Image File Format e designa um formato matricial utilizado para representar
imagens digitais.
48
Figura 22 – Mapa 1 utilizado como referência. Fonte: Acervo PlanatecGEO.
Figura 163 - Mapa 2 utilizado como referência. Fonte: Acervo PlanatecGEO.
49
3.2.3.2 Imagem de satélite utilizada e tratamento da mesma
Para confecção dos mapas o estagiário optou pela utilização de imagem de satélite obtido a partir
do satélite Landsat8. Devido a utilização para a qual a imagem foi obtida não foi necessário a correção
geométrica da mesma, somente a correção radiométrica, a qual foi realizada no software arcGIS
10.1®.
3.2.3.3 Processamento dos dados
A elaboração dos mapas foi realizada no aplicativo ArcGIS 10.1 aonde após a transformação de
todas as informações para o formato shapefile com a utilização do toolbox conversion tools
primeiramente preocupou-se em passar as informações para um único sistema de referência e
posteriormente realizar a extração dos dados necessários utilizando –se a ferramenta Clip, sendo que
para estas etapas foi utilizado o ModelBuilder.
Quanto ao tratamento das imagens de satélite foi utilizado a guia image analysis e a guia
simbology, além da ferramenta extract by mask.
3.2.3.4 Mapas confeccionados
O resultado obtido foi a confecção de 2 mapas, um com maior numero de informações, para o
qual foi elaborado um layout A0, sendo recomendado a impressão do mesmo em tal formato ou maior,
o mesmo pode ser visualizado na Figura 24 e outro mais limpo, com apenas algumas camadas de
informações, referentes ao sistema viário, hidrografia, distritos, localidades e sedes de propriedades,o
mesmo pode ser visto na Figura 25 e foi produzido para ser impresso em tamanho A3.
50
Figura 24 - Mapa de Manoel Viana com várias camadas de informação.
Fonte: O autor.
Figura 25 - Mapa de Manoel Viana com quantidade menor de camadas de informações.
Fonte: O autor.
Conversão dos dados para o formato kml26
26
Do acrônimo em inglês Keyhole Markup Language, a mesma é uma linguagem baseada na XML utilizada
para representação de dados geográficos tridimensionalmente.
51
Uma vês que vários dias foram utilizados para confecção da base de dados necessária para
geração dos mapas tais informações não poderiam ser simplesmente esquecidas, desta maneira
transformou-se os shapefiles para KMLs o que permite uma rápida análise e tomada de decisão até
mesmo por usuários leigos. Nas Figuras de 26 a 33 pode-se visualizar os arquivos convertidos para
kml.
Figura 26 - Camadas convertidas em KML.
Fonte: O autor.
Rios principais
Figura 17 - Rios principais.
Fonte: O autor.
Curvas de nível
52
Figura 28 - Curvas de nível. Fonte: O autor.
Estradas totais
Figura 18 - Estradas do município. Fonte: O autor.
Estradas principais
53
Figura 30 -Estradas principais.
Fonte: O autor.
Estradas estaduais
Figura 19 - Estradas estaduais. Fonte: O autor.
Distritos
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3.2.4 Confecção de base de dados Geoespaciais.
A empresa possui um sistema de funcionamento baseado no arquivamento dos dados em
um servidor central aonde os mesmos encontram-se organizados de maneira lógica, sendo que
tal organização facilita muito os trabalhos, pois não utiliza-se mídias móveis de
armazenamento de dados (pendrives) ficando os dados diretamente no servidor central desta
forma utiliza-se raramente o disco local do computador como local de trabalho.
Com a confecção do mapa municipal e disponibilização dos dados em formato kml o
estagiário percebeu que embora a organização dos dados da empresa fosse muito boa, a
maneira como os mesmos estavam organizados não possibilitavam uma rápida tomada de
decisão uma vês que os dados encontravam-se em três pastas. Na pasta Topografia estavam
todos os levantamentos elaborados para o setor de Topografia, sendo que a empresa possui
uma organização dos dados do referido setor conforme pode ser visto na Figura 34.
Figura 34 – Organização dos dados. Fonte: O autor.
Outra pasta existente com dados Geoespaciais é a projetos Garmim, na mesma encontram-
se os dados de levantamentos efetuados utilizando receptores de código C/A, sendo tais
levantamentos efetuados principalmente no intuito de mapear as áreas de plantio para o setor
de assistência técnica.
Uma ultima pasta com dados espaciais é a clientes, pasta aonde encontra-se o cadastro dos
clientes, com a documentação dos mesmos e demais arquivos organizados em pastas, entre
eles dados topográficos.
A montagem da base de dados foi um verdadeiro desafio, durante tal processo foram
muitas as perguntas e erros notados, desde alguns dados que quando visualizados no Google
56
Earth paravam na Europa, até dados que apareciam em posição distorcida ou múltiplos dados
de uma mesma área que não apareciam sobrepostos. Os problemas relatados muitas vezes se
devem ao fato de que durante a realização dos mapas tal trabalho ter sido realizado com o
único intuito de representação das áreas, sendo que em muitos projetos realiza-se a confecção
de várias plantas, sendo necessário mover os dados para posições que não são a real no intuito
de facilitar os trabalhos, um exemplo de dado deslocado de sua posição real pode ser visto na
Figura 35.
Figura 22 - Dado deslocado da posição real.
Fonte: O autor.
Quanto aos dados do setor de topografia não teve-se maiores problemas na união dos
mesmos em uma única base, foi necessário apenas limpar os projetos existentes em arquivo
do AutoCAD (draw) e unir primeiro os de mesmo proprietário e finalmente os dados em uma
base geral. Como os dados topográficos possuem acurácia superior aos demais não seria justo
desconsiderar tal fato sendo que elaborou-se uma base separada com tais dados, base que
pode ser utilizada para trabalhos que exijam acurácia milimétrica.
Na busca de unir os dados da pasta projetos Garmim foram várias tentativas até chegar a
uma metodologia que desse certa, primeiro uniu-se os dados usando o programa GPS
trackmaker pro® e exportou-se para o formato shapefile, porém deparou-se com o problema
que o GPS trackmaker pro® ao exportar divide os dados apenas em trilhas simples e rotas,
juntando todas as feições nestes formatos de dados. Até que não haveria tanto problema se for
levado em consideração o fato que o objetivo da base de dados é de fornecer uma orientação
rápida principalmente para o setor de assistência técnica, setor que precisa seguidamente
57
atualizar os dados das propriedades assistidas precisando saber que dados existem na base
sobre determinada propriedade.
O principal problema encontrado está no fato que como existe vários trabalhos da mesma
propriedade estes no processo de união foram unidos porem existe muitas lavouras que
mudam com o transcorrer dos tempos, além do fato dos dados muitas vezes os dados estão
deslocados de suas posições reais.
Buscou-se também exportar os dados para o formato dxf e unir no autocad, porem como a
quantidade de dados era grande surgiu o problema do autocad pesar e se fechar, além do mais
na transformação de formato os dados ficavam todos nos mesmos layers, criados por padrão
ao exportar do GPS trackmaker pro® para o formato dxf27
.
Em uma terceira tentativa buscou-se limpar os draws no programa GPS trackmaker pro®
e exportar para o formato kml28
, porem logo notou-se que não adiantava, o melhor a fazer era
ir associando os dados individualmente, arquivo por arquivo, processo oneroso pela grande
quantidade de arquivos existentes, mas que resulta no melhor resultado.
Como exemplo de dado que após análise individualizada pode ser utilizando no Google
Earth foi os da Figura 36 aonde na pasta do cliente existia 3 arquivos sendo que apenas o que
aparece na cor vermelha estava nas coordenadas corretas.
27 Drawing Exchange Format
28 Keyhole Markup Language
58
Figura 36 - Vários dados de uma mesma área com apenas um na posição correta. Fonte: O autor.
Com a análise dos erros existentes pode-se chegar a conclusão passada pela Figura 37,
aonde dados desorganizados são uma grande incógnita de tal forma que devem ser analisados
minuciosamente.
Figura 37 - Dados desorganizados geram duvidas.
Fonte: O autor.
Outro exemplo de dado que pode ser ajeitado é o da Figura 38, aonde a existência
inicialmente de vários mapas das lavouras elaborados em diferentes anos, sendo que apenas
um corresponde à realidade atual.
59
Figura 38 - Existência de dados defasados.
Fonte: O autor.
A base de dados Geoespacial da empresa pode ser construída, é obvio que ainda existe
muita coisa que pode ser melhorada e informações que não condizem com a realidade, porém
com a união dos dados em uma única base e disponibilização no formato kml que com pouco
treinamento pode ser utilizada até mesmo por leigos sobre a plataforma Google earth
avançou-se muito sendo que tal base já foi muito útil para o próprio estagiário principalmente
para elaboração de croquis de localização para o setor de crédito rural.
Como a quantidade de informações utilizadas é muito grande deparou-se com a
impossibilidade de união de todas em uma mesma base uma vês que tal união quando
sobreposta sobre o Google earth resultava em mensagem de erro, até tentou-se tirar alguns
dados, porém percebeu-se que a única solução seria dividir os dados em vários arquivos
KML, de tal forma que os mesmos foram divididos nas seguintes pastas: Projetos garmim,
topografias, mapas e bases obtidas junto a setores públicos.
Ressalta-se que a união dos dados em arquivos KML foi escolhida pelo simplicidade de
trabalho com o mesmo, pois embora bases de dados mais robustas como a criação de um
Geodatabase ou utilização de um banco de dados livre como o Postgre e o PostGIS fosse a
melhor escolha não pode ser utilizada pelo grau de conhecimento exigido para trabalhar com
tais bases.
60
Na Figura 39 pode ser visualizado os levantamentos realizados com GPS de navegação,
para a visualização desmarcou-se os atributos referentes aos pontos pelos mesmos conterem
informações confidenciais como o nome dos clientes da empresa e outros dados pessoais.
Figura 3923 - Levantamentos realizados com GPS de navegação.
Fonte: O autor.
Zoom no município de Manoel Viana da base geoespacial, mais precisamente os dados da
pasta projetos Garmim (Figura 40).
Figura 24 - Projetos Garmim no município de Manoel Viana.
Fonte: O autor.
Base com topografias elaboradas pela empresa (Figura 41).
61
Figura 41 - Topografias elaboradas pela empresa.
Fonte: O autor.
Zoom no município de Manoel Viana (Figura 42).
Figura 42 - Topografias no município de Manoel Viana.
Fonte: O autor.
62
Além dos dados existentes na empresa dados disponibilizados por órgãos públicos
também foram transformados para o formato kml e disponibilizados para uso. Dados como
rede viária, limites municipais e hidrografia.
Os dados obtidos para elaboração dos mapas do município de Manoel Viana
anteriormente transformados em arquivos KML conforme mostrado nas Figuras de 26 a 33
também foram utilizados na base de dados geoespaciais.
Muitos dados dos existentes embora não tivessem errados ou redundantes foram
excluídos da base simplesmente pelo fato de não cumprirem nenhuma finalidade especifica
como os mostrados na Figura 44.
Figura 43 - Dados sem finalidade especifica.
Fonte: O autor.
3.2.5 Elaboração de plantas para o setor de licenciamento ambiental
Como o software ArcGIS®(software com o qual o estagiario estava acostumado a
realizar operações espaciais) não estava instalado em nenhum computador da empresa
inicialmente as plantas foram realizadas no aplicativo AutoCAD® sendo que somente os
ultimos trabalhos foram realizados em software que permitia a realização de análise espacial.
Foram confeccionadas ao todo 5 plantas para 2 clientes tendo sido apenas uma no ArcGIS®.
Cliente 1 – Trata-se de empresa beneficiadora de alimentos localizada no entorno do
perímetro urbano da cidade de Manoel Viana para a mesma foram confeccionadas 3 plantas.
Planta 1
63
Objetivo
Confecção de planta com a localização e denominação das estruturas da empresa
aonde enfatizou-se a capacidade dos silos.
Resultado
Planta no formato A3 com as estruturas e capacidade dos silos em legenda conforme
pode ser observado na Figura 44.
Figura 44 - Planta com estrutura e capacidade dos silos.
Fonte: O autor.
Planta 2
Objetivo
Confecção de planta com a localização e denominação das estruturas da empresa
aonde nomeou-se todas as estruturas existentes com a capacidade nos casos em que
esta informação era pertinente.
Resultado
Planta no formato A0 com as estruturas nomeadas e caracterizadas em legenda
conforme pode ser observado na Figura 45.
64
Figura 45 - Planta com estruturas nomeadas e nomes na legenda.
Fonte: O autor.
Planta 3
Objetivo
Confecção de planta com a localização de estruturas naturais e artificiais de interesse
presentes em raio de mil metros aonde plotou-se a hidrografia de terceira ordem ou
superior, o sistema viário, áreas residenciais, escolas, áreas de lazer, cemitérios e
hospitais.
Resultado
Planta no formato A3 com as estruturas nomeadas e caracterizadas em legenda
conforme pode ser visualizado na Figura 46.
65
Figura 25 – Estruturas de interesse em raio de 1000 metros.
Fonte: O autor.
Cliente 2 – Trata-se de uma propriedade rural de grandes dimensões que necessitou fazer o
licenciamento ambiental para projeto de irrigação do tipo pivô central e outorga da água a ser
utilizada.
Planta 1
Objetivo
Confecção de planta com estruturas de interesse existente dentro da propriedade como
áreas em que os pivôs seriam instalados, pontos de captação de água e rede
hidrelétrica, no referido trabalho aproveitou-se para mapear outras estruturas
existentes na propriedade como demais corpos de água, lavouras, áreas de
preservação permanente, florestas nativas e exóticas, campos e a sede da propriedade.
Resultado
Planta no formato A0 com as estruturas, pontos de interesse e áreas plotadas em
legenda conforme pode ser observado na Figura 47.
66
Figura 26 – Usos do solo na propriedade.
Fonte: O autor.
Planta 2
Objetivo
Elaboração de planta com ponto de captação de água georreferenciado sobre carta do
exército, aonde a planta deve obrigatoriamente possuir malha de coordenadas UTM e
norte, além de outras informações como as coordenadas do ponto de captação de água
e cartas do exercito utilizadas.
Resultado
Planta no formato A3 seguindo as exigências estabelecidas pela FEPAN29. A mesma
pode ser visualizada na Figura 48.
29
Fundação estadual de proteção ambiental
67
Figura 48 - Ponto de captação de água Georreferenciado sobre planta Topográfica.
Fonte: O autor.
3.2.6 Elaboração de plantas para o setor de assistência técnica
Quando cheguei a empresa as plantas eram elaboradas no software GPS Trackmaker
pro®, sendo que as mesmas eram bem simples, apenas com norte, áreas e legenda, de tal
maneira que decidiu-se juntamente com a direção melhorar a qualidade das plantas
produzidas, adotando-se método semelhante ao utilizado para as plantas confeccionadas para
o setor de Topografia.
Foi produzida grande quantidade de plantas sendo que a representação de todas
deixaria o relatório demasiadamente extenso. Optou-se pela representação de quatro plantas
presentes nas Figuras de 49 a 52 aonde que é possível perceber que com o tempo houve
grande melhora no resultado obtido.
71
Figura 29 - Lavoura de soja, propriedade 3. Fonte: O autor.
3.2.7 Elaboração de croquis de localização para o setor de crédito rural
Assim como os demais setores os de crédito rural também necessita de trabalhos
envolvendo a utilização de dados georreferenciados assim o setor de topografia na realidade
participa de todos os demais setores com a elaboração de peças técnicas necessárias, tal fato
ressalta a importância que a utilização de informações georreferenciadas e as geotecnologias
alcançaram.
A elaboração de croqui representando as lavouras financiadas representa uma
segurança para as instituições financeiras, pois com a utilização de tal peça diminui-se
significativamente o numero de agricultores que retiram financiamentos para a produção de
cereais e utilizam o dinheiro para outras finalidades, evita-se também a aplicação de golpes
pois anteriormente a adoção de tal metodologia era normal ao final de ano safra com baixa
72
produtividade o contratante de financiamento que utilizou o dinheiro para outras finalidades
pedir seguro agrícola e mostrar a propriedade do vizinho para o fiscal.
O croqui de localização é constituído de 3 partes: um cabeçalho com dados do
financiamento e a descrição para chegar a área financiada, a rota de acesso a área financiada
partindo-se da instituição financeira que aprovou o crédito e o mapa das lavouras com as
coordenadas geográficas dos cantos da mesma e legenda.
Na Figura 53 é possível visualizar o croqui com as informações referentes a áreas de
soja e arroz financiadas por produtor rural.
Figura 30 - Croqui de acesso e localização de área financiada para plantio de soja e arroz.
Fonte: O autor.
Na Figura 54 é possível visualizar croqui produzido para área financiada para o plantio
de soja.
4 Resultados
No presente relatório decidiu-se adicionar um capitulo extra para a análise dos resultados
alcançados pelo estagiário quanto a conhecimentos adquiridos durante o estágio e
principalmente devido a necessidade de transmissão dos desafios encarados e conhecimentos
adquiridos com a utilização dos diferentes softwares, informações que não apareceram na
revisão bibliográfica nem na metodologia.
O estagiário chegou a empresa com boa bagagem de conhecimentos do software
AutoCAD® e um conhecimento medíocre do software ArcGIS, quanto ao GPS trackmaker
pro® o estagiário não estava muito familiarizado com o mesmo.
O estagiário aprendeu rapidamente o software GPS Trackmaker pro® até mesmo porque
este é um software de fácil aprendizado, é obvio que todo programa possui alguns macetes e
comandos que levam algum tempo para serem compreendidos, com o trachmaker não foi
diferente, isso aconteceu com o formato dos dados exportados para arquivo dxf, compatível
com o software AutoCAD, uma vês que é possível exportar as coordenadas na projeção UTM,
geográficas ou convertidas para o plano local. O problema é que as coordenadas geográficas
não permitem o calculo de área, ou melhor, obtêm-se um numero, mas que não pode ser
utilizado, quanto as coordenadas locais o problema esta no fato de não ser possível uma
rápida visualização no google earth, sendo necessário a elaboração de transformações.
A utilização do software GPS trackmaker pro® facilita muito os trabalhos do setor de
topografia, pois utilizando-se o mesmo é muito fácil migrar os dados entre softwares de
vetorização, de análise espacial e consulta utilizando o google earth, além do mais com tal
migração não se atando a um único software permite utiliza-se o melhor de cada, fato que
torna os trabalhos muito mais rápidos. É óbvio que para chegar neste nível e usufruir dos
benefícios o profissional deve ter conhecimento de como as rotinas são realizadas nos
diferentes softwares.
A utilização de mais de um software foi o grande diferencial do estágio, pois possibilitou
o ganho de tempo na elaboração de vários procedimentos do escritório além de possibilitar a
resolução de alguns problemas encontrados pelos profissionais do setor de Topografia.
Entre os problemas que foram solucionados e vantagens obtidas com a utilização de
diferentes softwares podem ser citados os seguintes:
Plotagem em ambiente SIG de dados que se encontravam em arquivo pdf aonde que o
único fator necessário é ter pontos notáveis, dos quais seja possível obter as
coordenadas.
75
Inserção de descrição de pontos para a geração de memorial descritivo uma vês que
em casos como o offset de pontos do centro de um córrego para as margens os pontos
criados pelo aplicativo posição® estão sem descrição sendo necessário inserir
manualmente neste software sem que o mesmo permita inserção de pontos de outros
aplicativos, a solução encontrada foi a inserção dos pontos em outro software que
permitia a inserção de descrição com comandos de copiar e colar a partir do MS
excel®30
e transformação para o formato dxf, o que tornou a geração de memorial
descritivo mais ágil.
A elaboração de uma metodologia apenas com tabulação e migração dos dados entre
diferentes formatos, o que automatizou o processo de vetorização de dados, assim
processos que poderiam levar horas são efetuados em menos de cinco minutos.
Algo interessante foi que o estagiário desenvolveu esta metodologia após pegar um
projeto com mais de 5000 pontos onde passou mais de 3 horas vetorizando dados e
após o termino dos trabalhos exausto e com dor nos pulsos e dedos resolveu analisar
se não tinha como eliminar a necessidade de um trabalho tão desgastante, o que logo
foi alcançado.
Na confecção de mapas muitas vezes existem processos repetitivos aonde o
profissional passa vários minutos conFigurando um projeto e pouco tempo depois
precisa conFigurar outro projeto processo no qual é feito novamente as mesmas coisas,
sendo que em muitos projetos passa-se até meia hora para conFigurar o mesmo e
menos que isto para o tratamento dos dados em si, logo se já existe um projeto criado
com a utilização do comando paste to original coordinates é possível ganhar tempo, o
estagiário utilizou várias vezes este comando principalmente para a confecção de
plantas para o setor de assistência técnica.
No software AutoCAD existe vários métodos de utilizar uma ferramenta, sendo que
alguns são mais demorados, o jeito para acessar as ferramentas que dá maior agilidade
aos trabalhos é pela linha de comandos, logo o estudo dos comandos de tal software é
algo que deve ser feito por todo profissional que lida frequentemente com o mesmo e
busca agilidade em seus trabalhos. O tempo gasto estudando os comandos é mais que
compensado pela agilidade ganha nos trabalho.
Entre os comandos utilizados pelo estagiário que lhe renderam maior produtividade
estão:
30
MS significa Microsoft Software. O Excel é um dos softwares pertencentes ao pacote ofice.
76
MV- comando que insere uma nova janela (wilport) no layout;
Control+r - Altera entre Wilports;
MA - Copiar propriedades de uma feição e atribuir a outras feições;
New Layer State - Cria um status de configuração de layer, muito útil
quando se trabalha com mais de uma planta no mesmo desenho;
BR - Apaga parte de um objeto ou divide um objeto em dois;
PR – permite visualização e edição das propriedades das feições;
TRIM - Corta objetos nas arestas de outros objetos;
PE - Editar polilinhas e malhas poligonais 3d.
Durante a realização do estagio o estagiário obteve a percepção de que na realização dos
trabalhos em um setor de topografia deve-se constantemente trabalhar com um espírito de
analista, buscando-se achar métodos que tornem os trabalhos mais rápidos, outra percepção
obtida foi que um profissional que entende a teoria relativa às matérias da área e domina no
mínimo um software de análise espacial, um de vetorização, o MS excel® ou outro programa
similar e sabe tabular dados é um grande diferencial sendo que a empresa aonde estiver fará
de tudo para que o mesmo fique nesta e o mesmo também economizará muito dinheiro com a
compra de softwares, pois a partir do momento que se possui tais conhecimentos consegue-se
grande produtividade.
O Google earth embora seja um software relativamente simples é outra ferramenta que
corretamente utilizada torna-se muito poderosa, pois no mesmo é possível fazer a vetorização
de dados para projetos que permitam acurácia posicional na casa dos metros, possibilitando
também o salvamento individual de marcadores, polígonos e/ou caminhos ou quando
colocados em uma pasta tais tipos de dados podem ser salvos como um arquivo único o que
possibilita que o mesmo seja utilizado para vetorização desde que seja feito um
processamento final em software do tipo CAD.
Com o dia a dia do estagio foi possível se deparar com uma série de problemas que
exigiram que o estagiário utilizasse seu conhecimento e buscasse soluções sendo que o
mesmo encontrou um ambiente favorável para a obtenção de conhecimento aonde não se via
sobrecarregado de serviço ou trabalhando sobre pressão e sim com tempo para a busca de
soluções e com o apoio do orientador na empresa para que as encontrasse sendo que o mesmo
repassou o conhecimento que possuía aceitando sem barreiras sugestões quanto a mudanças
de procedimentos e instalação de softwares que a empresa não possuía.
Os resultados alcançados pelo estagiário como mostrado no decorrer deste relatório foram
mais do que satisfatórios, o mesmo conseguiu aplicar os conhecimentos que possuía de forma
77
inigualável, não só fazendo o que lhe era proposto e sim buscando constantemente fazê-lo da
forma mais rápida possível utilizando o conhecimento que possuía para a resolução dos
problemas com os quais se deparava.
5 Posicionamento critico
5.1 Dificuldades encontradas no estágio
Após enviar currículo para dez empresas da área de Topografia e posicionamento pelo
GNSS, área que escolhi para seguir pelo fato de ser a da qual possuía maior conhecimento e
vinha me especializando cinco me responderam o E-mail, duas para dizer que havia interesse
no momento e outras 3 interessadas. Após muitas trocas de E-mail fui estagiar na
Planatecgeo, empresa na qual fui bem acolhido e contei com um companheirismo
excepcional, aonde tive a oportunidade de obter o conhecimento necessário para cobrir as
lacunas existentes.
Porem não poderia ser fácil assim, foram muitos os problemas enccontrados,
primeiramente o choque do mercado de trabalho, aonde do nada você se vê em uma rotina
bem diferente da imaginada durante o curso, confesso que principalmente na segunda semana
chegou a bater um desanimo.
O fato de estar em uma cidade pequena, sem muitas opções de lazer e inicialmente sem
amigos fez com que me focasse nos estudos, assim ampliei meus conhecimentos de AutoCAD
e principalmente ArcGIS, software do qual possuía menor domínio.
As dificuldades encontradas foram muitas, afinal de contas não é fácil acordar as 5 da
manhã por que as cinco e meia tem que estar na empresa para ir a campo, além disso como
passei bem mais tempo em escritório acabou acontecendo de ficar muitos dias seguidos só no
computador e de quando ia a campo ter que ficar um, dois ou três dias inteiro caminhando e
chegar ao final dos levantamentos exausto, além disso como não estava direto a campo não
teve como conseguir resistência física e sempre que ia a campo acabava ficando exausto no
final do dia.
Como estava em uma cidade da qual não conhecia precisei mobiliar uma casa, e que
dificuldade para conseguir encontrar uma, o mercado imobiliário de Manoel Viana esta
aquecido, principalmente pelo fato do Instituto Federal Farroupilha estar mais perto deste do
que de Alegrete.
Um dos fatores mais interessantes da empresa é a estrutura tanto física como
organizacional, com uma sequência de pastas logicamente organizadas.
5.2 Sugestões e criticas
79
5.2.1 Criticas ao curso
Segue abaixo algumas criticas quanto ao sistema de ensino e as matérias do curso,
buscou-se focar nas matérias cujos conteúdos foram necessários para a realização do estágio.
5.2.1.1 Topografia
Na disciplina de Topografia foca-se muito na utilização de equipamentos que não são
mais a realidade do mercado, até mesmo as estações totais estão correndo o risco de ficar
defasadas sendo que com o advento das novas constelações GNSS já é possível até mesmo
alcançar acurácia aceita pela legislação em locais como matos fechados, assim as estações
totais possuem relação custo-benefício aceitável apenas em locais aonde não é possível
realizar medições com receptores GNSS tais como dentro de construções, minas e regiões
urbanas com predominância de prédios com vários andares.
5.2.1.2 Cadastro técnico multifinalitário
A referida matéria deixou a desejar quando se fala em estudo de documentos oficiais,
não tivemos a possibilidade de estudar matriculas e memoriais descritivos, a matéria deveria
mostrar melhor a parte de cadastro rural, acabamos focando na estrutura do cadastro urbano e
na teoria, passamos muito tempo envolvidos em conhecer o que é um BIC, na parte de cálculo
de valor venal e na elaboração de um sistema para cadastro que na metade do tempo estaria
pronto, tempo que poderia ser utilizado para mostrar melhor o cadastro rural.
5.2.1.3 Geoestatística
De todas as matérias foi a com a qual menos aprendi, era perceptível a falta de
conhecimento do professor que nem disfarçava e muito menos ficava sem jeito por ler
descaradamente o conteúdo presente em slides poluídos, que chegou ao feito de querer
mensurar a variação da pressão atmosférica em uma malha de pontos de 30*30 metros.
5.2.1.4 Desenho auxiliado por computador
Embora a referida disciplina seja uma disciplina básica acredito na mesma dever-se-ia
utilizar dados reais obtidos a campo e não dados imaginados, ensinando-se como inserir tais
dados no ambiente CAD, e como fazer o básico necessário o que incrivelmente não foi
ensinado. Até o fim da matéria seria interessante aprender a fazer pelo menos uma planta
80
seguindo os critérios existentes na legislação e alguns comandos como o Join, comando que o
professor não conhecia. Acredito que o grande problema da disciplina foi a falta de
conhecimento da realidade de trabalho pelo professor.
5.2.1.5 Posicionamento pelo GNSS
Embora a parte teórica repassada durante a disciplina seja complicada de entender
acredito que na mesma poder-se-ia dar uma ou duas aulas práticas a mais no decorrer da
disciplina.
5.2.1.6 Ao sistema utilizado para o ensino de Geoprocessamento
Infelizmente a estrutura de ensino utilizada deixa muito a desejar, uma vês que temos
professores ensinando separadamente matérias que não se distinguem, acredito que dever-se-
ia exigir um pouco mais de interação entre os professores para que os mesmos buscassem
aproximar mais suas aulas da realidade.
Um exemplo de caso de falha no sistema de ensino está no fato que durante o curso
estudamos separadamente a Topografia, o posicionamento pelo GNSS, o desenho auxiliado
por computador, a Geodésia, o cadastro e os sistemas de informações espaciais faltando
conteúdos que mostrassem como as áreas se interagem possibilitando a obtenção de melhores
resultados. Uma possibilidade seria a implantação de trabalhos de forma sequencial aonde que
em disciplinas como Topografia e Posicionamento pelo GNSS obtêm-se dados que
posteriormente são utilizados em disciplinas como SIG e Desenho auxiliado por computador.
As únicas disciplinas nas quais algo similar aconteceu foi em Modelagem Numérica do
Terreno e Cadastro Técnico Multifinalitário.
A falta de abordagem dos conteúdos pelos professores mostrando como a matéria que
está ensinando interage com as outras faz com que os profissionais saiam formados com
capacidades de técnico e não de analista que é o que se espera de um profissional de nível
superior.
5.2.2 Pontos positivos no curso de Geoprocessamento da UFSM
O colégio politécnico da UFSM possui uma estrutura de deixar não só as outras
universidades como aos outros centros de ensino da UFSM com inveja, o investimento feito é
algo sem precedentes.
81
Como em qualquer lugar possui todo tipo de profissional. Porem encontrei alguns
professores focados, sempre dispostos a ajudar. Hoje posso afirmar que não só sou um
profissional de Geoprocessamento e sim um analista, a diferença é que o profissional apenas
faz, já o analista consegue encontrar erros e propor melhorias nos processos e isso devo em
parte aos professores e a estrutura de ensino do curso.
A área é muito promissora e o colégio politécnico desponta como um dos centros melhor
preparados do pais, tendo condições de formar profissionais qualificados.
6 Conclusões
Após o termino do estágio foi possível concluir que com a realização do mesmo o
estagiário obteve conhecimentos essenciais. No estágio foi possível aplicar o conhecimento
adquirido em sala de aula a realidade de mercado o que gerou conhecimento prático essencial
para uma completa formação.
Em relação as peças técnicas confeccionadas o estagiário obteve grande conhecimento,
aprendendo a elaborar diversas peças como plantas e memoriais descritivos para o setor de
Topografia, plantas para os setores de assistência técnica e licenciamento ambiental e croquis
para o setor de crédito rural.
Com a realização de estágio foi possível aplicar o conhecimento obtido No em apenas
uma ou duas mas praticamente todas as áreas do curso. Basicamente a única área na qual
nãofoi trabalhado foi a de Geoestatistíca.
A empresa não só fez com que o estagiário elaborasse as peças técnicas que necessitava
como aceitou as propostas do estagiário de instalação de software de análise espacial utilizado
na confecção de mapas e da base de dados Geoespaciais com isso oferecendo ao estagiário um
ambiente único de incentivo a obtenção de conhecimento.
Durante o estágio foi possível preencher diversas lacunas existentes possibilitando assim
um conhecimento prático amplo principalmente das áreas de Topografia, posicionamento,
análise espacial, Geodésia e SIG. Também foi possível obter elevado conhecimento dos
softwares ArCGIS, AutoCAD, GPS trackmker pro e perceber o quanto o Google Earth em
sua “simplicidade” é útil no dia a dia de um escritório de Topografia.
Referências
Bonilla, R. J. Cadastro técnico multifinalitario como base para a requalificação urbana:
ESTUDO de caso RPA1 – recife/PE. Disponível em<http://www.ufpe.br/cgtg/SIMGEOIV/CD/artigos/Todos_Artigos/184_1.pdf>. Acesso em Abril de
2014.
BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de Julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição
Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm>. Acesso em Maio de 2014.
BRASIL. lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-
Lei no 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nos 4.380, de 21 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória no 2.197-43, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11977.htm>. Acesso em Maio de
2014. BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras
providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015.htm>. Acesso em Maio
de 2014. BRASIL. Lei nº lei 4.504, de 30 de Novembro de 1964. Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras
providências.Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm>. Acesso em Maio
de 2014. BRASIL. Lei no 10.267, de 28 de agosto de 2001. Altera dispositivos das Leis nos 4.947, de 6 de
abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.739, de 5 de
dezembro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10267.htm>. Acesso em Maio de 2014.
BRASIL. Lei no 4.947, de 6 de abril de 1966. Fixa Normas de Direito Agrário, Dispõe sobre o
Sistema de Organização e Funcionamento do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, e dá outras Providências. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4947.htm>. Acesso em
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