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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS USO DE VACINAS E DE MICRONUTRIENTES NA RESPOSTA IMUNE DA GLÂNDULA MAMÁRIA Eliane Resende Costa Cavalcanti Orientador: Prof.Dr. Albenones José de Mesquita GOIÂNIA 2013

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

USO DE VACINAS E DE MICRONUTRIENTES NA RESPOSTA IMUNE DA GLÂNDULA MAMÁRIA

Eliane Resende Costa Cavalcanti

Orientador: Prof.Dr. Albenones José de Mesquita

GOIÂNIA

2013

2

ELIANE RESENDE COSTA CAVALCANTI

USO DE VACINAS E DE MICRONUTRIENTES NA RESPOSTA IMUNE DA GLÂNDULA MAMÁRIA

Seminário apresentado junto à disciplina Seminários Aplicados do Programa de

Pós - Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da

Universidade Federal de Goiás. Nível: Doutorado

Área de Concentração: Sanidade Animal,

Higiene e Tecnologia de Alimentos.

Linha de Pesquisa: Higiene, Ciência, Tecnologia

e Inspeção de Alimentos

Orientador: Prof. Dr. Albenones José de Mesquita

Comitê de orientação: Prof. Dr. Antônio Nonato de Oliveira

Dr. Eurione A da Veiga e Jardim

GOIÂNIA

2013

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SUMÁRIO

1. Introdução ...................................................................................................... 6

2. Revisão de literatura ....................................................................................... 8

2.1. Tipos de imunidade ......................................................................................... 8

2.2. Uso de vacina contra mastite ......................................................................... 11

2.2.1. Vacina contra mastite causada por coliformes .............................................. 11

2.2.2. Vacina contra Mastite causada por Staphylococcus aureus ........................... 11

2.3. Micronutrientes e a resposta imune na glândula mamária ............................. 13

2.3.1. Funções dos micronutrientes na glândula mamária ...................................... 14

3. Considerações finais ...................................................................................... 18

4. Referências .................................................................................................... 19

4

LISTA DE TABELAS

Quadro 1 - ........................................................................................................ 9

5

LISTA DE ABREVIATURA

LPS- Lipopolissacarídeo PMN - Polimorfonucleares CCS - Contagem de Células Sómaticas Fc – Porção Fc dos anticorpos Ig – Imunoglobulinas Se – Selênio Zn- Zinco Cu- Cobre

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1. Introdução

A mastite bovina inflamação da glândula mamária, causada por vários

agentes, entre eles as bactérias ambientais e contagiosas, possui alta

prevalência na pecuária de leiteira e, por isso, é responsável pela diminuição

da produção e qualidade do leite.

Conforme Souza (2009), a defesa da glândula mamária contra agentes

invasores é mediada por fatores anatômicos, solúveis e celulares. Este autor

ainda afirma que a principal via de penetração dos agentes causadores da

mastite é o canal do teto, primeira barreira do úbere e principal defesa

anatômica.

De acordo com Sordilho e Streich (2002), as bactérias ao ultrapassarem

o canal do teto entram em contato com substâncias solúveis e células do

sistema imune em resposta à inflamação.

Os anticorpos ou imunoglobulinas constituem outro mecanismo de

resistência, sendo específicos contra algum agente causador da doença. Sua

produção é estimulada pela vacinação que aumenta a resistência contra

agentes específicos por provocar migração rápida e eficiente das células

fagocíticas para o local da infecção (RAINARD e RIOLLET, 2006).

A dieta e a condição nutricional de uma vaca em lactação têm influência

direta na ocorrência, gravidade e duração de quadros que afetam direta ou

indiretamente mecanismos de defesa, incluindo função leucocitária, o

transporte de anticorpos e a integridade do tecido mamário (SANTOS e

TOMAZI, 2012).

Ainda segundo Santos e Tomazi (2012), o uso de micronutrientes e a

vacinação estão sendo pesquisados para estimular o aumento da capacidade

da resposta imune frente ao patógeno. Os autores supracitados ainda afirmam

que medidas de prevenção atuando de forma conjunta melhoram a resistência

da vaca às infecções intramamárias, reduzindo a incidência de mastite e

eliminam casos existentes.

Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi revisar a resposta imune na

glândula mamária frente às vacinas e os micronutrientes.

7

2. Revisão de literatura

2.1. Tipos de imunidade

Conforme Tizard (2008), a imunidade da glândula mamária pode ser

classificada, assim como em outros sistemas, em inespecífica e específica.

Imunidade inespecífica é predominante no início da infecção, estando

pronta para responder imediatamente após a penetração do patógeno, pois

esta é pré-existente e age da mesma maneira em qualquer agente.

Já a imunidade específica é aquela que ocorre quando a glândula mamária

foi exposta a um agente infeccioso não debelado pelo sistema imune

inespecífico. Dessa forma, são reconhecidos fatores antigênicos do patógeno

e, quando em contato mais de uma vez com o antígeno, ocorre reação em

função da memória imunológica, tornando esta resposta mediada por

anticorpos, macrófagos e linfócitos (SORDILLO e STREICHER, 2002),

Neste tipo de imunidade há reconhecimento e eliminação do patógeno

(TIZARD, 2008).

De acordo com Biggs (2009), a primeira defesa da glândula mamária é o

canal do teto, que está relacionada com a manutenção da integridade da pele

do canal e do esfíncter do teto.

A pele do teto é constituída por epitélio estratificado e a contínua

descamação da superfície das células leva à formação de queratina que

bloqueia fisicamente a entrada do orifício do canal do teto, sendo capaz de

ligar, imobilizar e remover a maioria das cepas de bactérias não capsuladas

(PRESTES et al, 2002; BIGGS, 2009).

A queratina é composta por proteínas catiônicas e ácidas graxos,

esterificados e não esterificados como mirístico, palmitoléico e linoléico. Os

ácidos graxos não esterificados possuem efeito bacteriostático, as proteínas

catiônicas têm a capacidade de ligar eletrostaticamente aos agentes

patogênicos, alterando a parede celular, tornando-a mais susceptível à pressão

osmótica (SORDILLO e STREICHER, 2002).

Segundo Prestes et al. (2002), fatores que interferem na integridade da

camada de queratina podem aumentar a susceptibilidade do canal do teto e do

quarto mamário à entrada de bactérias, levando às infecções intramamárias.

8

A musculatura que circunda esse canal é denominada esfíncter, que se

mantém fechado entre as ordenhas (PHILPOT e NICKERSON, 2002), servindo

como barreira física e evitando a penetração de bactérias (RAINARD e

RIOLLET, 2006).

Durante a ordenha o fluxo de leite e a abertura do canal do teto

promovem a lavagem do tampão de queratina, assim como o relaxamento do

esfíncter mamário por até duas horas, deixando o teto vulnerável à entrada de

microrganismos. Tal fato torna a ordenha um período determinante para a

manutenção da integridade do úbere (PHILPOT e NICKERSON, 2002).

Os fatores solúveis presentes na glândula mamária que incluem,

sistema de lactoperoxidase, sistema de complemento, lizosima e lactoferrina

passam atuar contribuindo como mecanismos de defesa da glândula mamária

bovina.

A lactoperoxidase é uma enzima do grupo oxidase ,sintetizada principalmente

por leucócitos polimorfonucleares. Esta enzima em associação com o peróxido

de hidrogênio que é derivado do metabolismo celular e pelo íons de tiocianato

proveniente do metabolismo hepático, reagem quimicamente e têm como

produto, o ácido de hipotiociânico e os íons de hipotiocianato, elementos com

características antimicrobianas e capazes de atuar contra as bactérias

Escherichia coli e Staphylococcus aureus (ARAUJO e GUELLER, 2005).

Conforme Zeconni e Smith (2000), o sistema de complemento atua

quando há um processo inflamatório, sendo mobilizado da corrente circulatória

juntamente com a exsudação plasmática. Após a ativação, há a produção dos

mediadores pró-inflamatórios C3a, C4a e C5a. No leite mastítico o C5a induz a

migração dos neutrófilos e das células fagocíticas para o local da resposta

inflamatória.

Rainard e Riollet (2006) afirmaram que as lisozimas são enzimas

responsáveis por clivar as pontes entre o ácido N-acetilglicosamina e N-

acetilmurâmico presentes no peptídoglicano da parede celular das bactérias

resultando em lise celular. Segundo estes autores, as bactérias Gram-positivas

são mais susceptíveis, devido à parede celular possuir 90% de pepdidoglicano.

Na inflamação da glândula mamária os leucócitos são a maior fonte de

lisozimas (BIGGS, 2009)

De acordo com Cheneton et al. (2008), a principal característica da

9

lactoferrina na glândula mamária é tornar os íons de ferro indisponíveis para o

crescimento das bactérias. O ferro é um componente fundamental das enzimas

da cadeia respiratória bacteriana; a Escherichia coli e o Staphylococuus aureus

são sensíveis a ação da lactoferrina.

A lactoferrina é considerada um fator relevante dos mecanismos de

defesa inatos da glândula mamária contra mastite e se apresenta em

concentrações elevadas durante o período de involução da glândula e durante

as infecções (KOMINE et al, 2005).

As defesas celulares são os neutrófilos, macrófagos e os linfócitos que

aumentam sua concentração na glândula mamária em resposta à infecção. O

aumento destas células no início da mastite tem a função de fagocitar e

eliminar o invasor, mas esta atividade é prejudicada pela fagocitose dos

componentes do leite, como, as micelas de caseína e glóbulos de gordura, o

que diminui a sua eficiência (KERLI e HARP, 2001).

Se o sistema imune inespecífico não conseguir eliminar a infecção, o

sistema imune específico passa a atuar com a produção de imunoglobulinas

(Ig) que são específicos contra determinado antígeno. A função das Ig é marcar

as bactérias, facilitando assim o reconhecimento para a fagocitose (PARK et al,

2007).

As Ig são os fatores da imunidade humoral específica da glândula

mamária. São quatro os isotipos de anticorpos envolvidos na defesa da

glândula mamária: IgG1, IgG2, IgA e IgM, com diferentes funções e a sua

concentração no leite varia com o estado de saúde do úbere e a fase de

lactação (BIGGS,2009).

A IgG1, IgG2 e IgM são opsonizantes e têm a capacidade de estimular

macrófagos e neutrófilos, porém é a IgG2 que tem maior capacidade

opsonizante, facilitando, assim, o reconhecimento para a fagocitose e a

conseqüente morte intracelular por células do sistema imune (BURTON e

ERSKINE,2003). Já a IgGA não tem atividade opsonizante, mas neutraliza

toxinas e impede a adesão e colonização na glândula mamária pelos

microrganismos (SANTOS e FONSECA, 2007).

Quando o animal é vacinado ocorre o mecanismo de ativação da

resposta imune específica. A vacina efetiva deve estimular células

apresentadoras de antígenos e induzir o recrutamento de linfócitos B e T para

10

gerar células de memória e provocar uma resposta efetiva (FLORES, 2007).

2.2. Uso de vacinas contra mastite

Programas de vacinação contra mastite bovina visam potencializar a

capacidade de resposta imune do animal contra um antígeno específico. As

vacinas pesquisadas apresentam sucesso na redução da severidade dos

novos casos da doença e no aumento da taxa de cura espontânea, todavia

estas vacinas não apresentam efeitos na prevenção de novas infecções

(SANTOS e TOMAZI, 2012).

A proteção induzida por vacinas é individual e é influenciada por fatores

como: idade, estado nutricional e tipo de vacina administrada no animal

(QUINN et al.,2005).

Abbas e Lichtman (2005) afirmaram que para induzir uma resposta

imune celular e se tornar eficiente, devem ser adicionadas substâncias

adjuvantes nas vacinas a fim de melhorar a resposta imunológica do animal

contra microrganismos ou seus produtos.

Adjuvantes são substâncias que aumentam a resposta imune específica

e auxiliam o antígeno a desencadear resposta imune rápida, elevada e de

longa duração. Os adjuvantes são utilizados para modular a resposta imune e

diminuir o custo de produção da vacina. Nas vacinas contra mastite bovina, os

adjuvantes mais utilizados são o hidróxido de alumínio, saponina, óleo mineral,

microesferas de poli (DL-lactideco-glycolide), adjuvante incompleto de Freund

(RESENDE et al.,2004).

Conforme Burton et al. (2002), as vacinas desenvolvidas para prevenção

de mastite em vacas de leite devem promover a produção de altas

concentrações de imunoglobulinas encontradas tanto no soro quanto no leite.

Com isso, inibem o crescimento bacteriano e a produção de toxinas,

possibilitando assim, melhor resposta imune.

A maioria das vacinas desenvolvidas contra mastite visa prevenir

Escherichia coli e Staphylococcus aureus. As imunoglobulinas formadas

localmente pela ação das vacinas têm mostrado boa eficácia, mas vacinas

estão sendo desenvolvidas por técnicas, como a biologia molecular, que estuda

os fatores de virulência das bactérias e desenvolve tecnologia com vacinas

antígeno-específicas, com antígenos geneticamente modificados ou com

11

vacinas de subunidades que são constituídas de antígenos purificados e

antígenos recombinantes (GAUDREAU et al., 2007).

2.2.1 Vacinas contra Mastites causadas por Coliformes

As bactérias gram - negativos são os agentes etiológicos mais isolados

de casos clínicos de mastite ambiental. O termo coliforme é utilizado para

referir às mastites causadas por bactérias Gram-negativas da família

Enterobacteriaceae, sendo estas: Escherichia coli, Klebsiella sp e Enterobacter

sp. Outras bactérias Gram - negativas isoladas de infecções intramamária

incluem as espécies, Serratia sp, Pseudomonas e Proteus (HOGAN et al,

2003).

A parede celular de bactérias Gram-negativas é composta por uma

camada de lipopolissacarídeos (LPS), formada por três camadas: uma camada

interna hidrofóbica composta de lipídeo A, também chamada de núcleo

lipopolissacarídeo, uma camada média de oligossacarídeos e a camada

externa de polissacarídeos hidrofílicos. As regiões centrais da parede celular e

o lipídeo A do LPS, são comuns a todos os sorotipos de Escherichia coli

(BURVENICH et al, 2003).

Esta bactéria produz fatores de virulência necessários à colonização,

infecção e proteção do agente contra os mecanismos de defesa do animal.

Estes fatores incluem toxinas, adesinas e cápsula de polissacarídeo. Dentre os

fatores de virulência envolvidos na patogenia da mastite, o mais importante é

LPS, capaz de proteger o organismo invasor contra as defesas celulares e

humorais, do sistema imune animal. Durante o crescimento e destruição da

bactéria, há uma liberação de LPS que atua aumentando a quimiotaxia de

neutrófilos, contribuindo para os sinais de inflamação locais e sistêmicos. Após

a migração, os neutrófilos iniciam a fagocitose de células bacterianas,

aumentada pela opsonização, em especial, pela IgG e IgM (WELLNITZ e

BRUCKMAIER 2012).

Os coliformes são encontrados no ambiente onde as vacas leiteiras se

encontram como: no barro, na cama, no esterco, solo e na água. Além disso,

existe a grande disseminação destas bactérias ambientais e todas as

categorias de animais estão sob riscos: vacas em lactação, vacas secas e

novilhas (BURTON et al.,2002).

12

A Escherichia coli tem como habitat o trato gastrointestinal dos animais.

A Klebisiella spp e Enterobacter spp tanto no trato gastrointestinal como no solo

e na água. Já a Serratia sp, a Pseudomonas e a Proteus podem ser

encontradas na água, contaminando, assim, os utensílios utilizados na ordenha

(HOGAN et al, 2005).

Tomita et al. (2000) afirmaram que as medidas de prevenção utilizadas

como a desinfecção dos tetos após a ordenha e a terapia de vacas secas não

são eficientes no controle de mastite por coliformes, devido à exposição ao

patógeno que se encontra no ambiente das vacas.

O sistema imune da glândula mamária é capaz de eliminar infecções

causadas por E.coli, resultando na eliminação do patógeno sem apresentação

sistêmica da doença. Neste caso, a bactéria não coloniza o parênquima

mamário, porém certas cepas de E.coli são capazes de invadir e aderirem ao

epitélio mamário, permanecendo em latência durante o período seco, causando

infecções de mastite no início da lactação (BRADLEY e GREEN, 2004).

A mastite por coliformes caracteriza-se na incidência de casos clínicos,

aguda e em alguns casos com manifestação sistêmica. A transmissão é

principalmente entre as ordenhas, mas também podem ocorrer nos momentos

pré e pós-parto imediato, coincidindo com o período de imunossupressão

(BURVENICH et al., 2007).

Neste período há aumento da concentração sérica de ácidos graxos

não esterificados e esta elevação ocorre devido ao balanço energético negativo

decorrente da alta demanda de energia no período pré e pós-parto associado à

alta produção de leite e deficiências nutricionais, levando à imunossupressão

(LEBLANC et al, 2005; SORDILLO,2005).

A terapia de vacas secas não é uma solução eficiente para o controle

das mastites, mas em associação a mecanismos de aumento da resposta

imune do animal, como a vacinação em especial com a vacina E.coli J5 tem se

obtido aumento da resposta imune (TOMITA et al., 2000.; WILSON et al.,

2007).

Na década de 80, com o isolamento e identificação de uma cepa rugosa

mutante de Escherichia coli, O111: B4 (denominada J5), que expressa um

antígeno interno comum as demais bactérias Gram-negativas, foi possível o

desenvolvimento de vacina com comprovada eficácia contra coliformes

13

(BRADLEY e GREEN, 2004).

Conforme Wilson et al. (2008), quando este antígeno é exposto, há a

estimulação da produção de imunoglobulinas que possuem reação cruzada

contra os antígenos de núcleo de outras bactérias, resultando em proteção

contra diversos gêneros e cepas de bactérias.

A vacinação com E. coli J5 tem demonstrado que a imunização,

efetivamente, reduz a incidência e intensidade de casos clínicos de mastite por

coliformes (GENTILINI, 2012; SANTOS e TOMAZI, 2012).

Segundo Tomita et al. (2000), a redução de casos clínicos é atribuída

não só a eliminação bacteriana, mas também à neutralização do LPS, devido

ao elevado título de anticorpos contra os antígenos internos do LPS de E. coli

J5. O aumento significativo nos títulos séricos de IgM, IgG1 e IgG2 que se

aderem à parede celular bacteriana favorece o aumento da capacidade

fagocítica e de opsonização de leucócitos e macrófagos. Este aumento está

envolvido na prevenção da colonização da glândula mamária pelos organismos

invasores e no aumento da taxa de eliminação destes agentes quando a

infecção já se encontra estabelecida.

Geralmente, as vacinações coincidem com o período de maior risco de

aquisição de infecções intra-mamárias por coliformes, ou seja, no início e no

fim do período seco e após o parto, sendo as imunizações realizadas na

secagem, 30 dias antes do parto e na primeira semana após o parto (TOMITA

et al., 2000; BURTON et al., 2002).

A duração e a intensidade dos casos clínicos de mastite ocasionada por

E. coli estão relacionados com a contagem bacteriana no leite. A vacinação

com E.coli J5 parece induzir maior produção de IgG2, em especial no início da

infecção intramamária por E. coli, a qual é benéfica na fagocitose por PMN e

na eliminação da bactéria do interior da glândula mamária. A vacinação se

mostrou eficaz por reduzir a contagem de bactérias no leite (WILSON et al

2007).

De acordo com os autores supracitados, o efeito protetor da vacina em

vacas existe já que há redução da Contagem de Células Somáticas (CCS).

Após a vacinação, ocorrem migração mais rápida de neutrófilos para o local da

infecção e a estimulação da produção de anticorpos específicos, inibindo o

crescimento bacteriano e a produção de toxinas. Há menor reação inflamatória

14

na glândula mamária e diminuição na intensidade dos sinais clínicos

associados aos efeitos da imunização com E. coli J5.

A imunização com E. coli J5 está associada à maior produção de leite

nos três primeiros meses de lactação. Isto indica que a imunização está

relacionada ao retorno mais rápido da produção de leite pós caso clínico,

devido à redução na intensidade dos sinais (WILSON et al, 2008.;

GENTILINI,2012).

O uso de programas de vacinação contra coliformes com a vacina J5 é

economicamente justificado quando a incidência de mastite clínica causada por

coliformes ultrapassa 1% no rebanho ou quando há elevada ocorrência de

casos agudos de mastite, nos quais há risco de morte do animal (SANTOS e

TOMAZI, 2012).

2.2.2 Vacinas contra mastites causadas por Staphylococcus aureus

Dentre vários patógenos, o Staphylococcus aureus é o agente etiológico

mais associado à doença, sendo relacionado tanto a infecções subclínicas

como as crônicas. Em muitos rebanhos entre 30 a 50% dos casos de mastite

têm como causa S. aureus (OLIVEIRA et al, 2011).

Martins et al. (2010) afirmaram que o S. aureus é um microrganismo

Gram–positivo capaz de provocar a infecção, geralmente na forma subclínica,

que estimula o aumento na CCS e ainda, faz com que o quarto infectado se

torne reservatório; casos clínicos ocorrem em menor freqüência.

O S.aureus apresenta como característica a infecção de longa duração e

baixa taxa de cura e por isso, a doença não tem sido eliminada em muitos

rebanhos. Isso pode ser atribuído à habilidade de algumas cepas de S. aureus

formarem biofilme e aderirem aos tecidos e, com isso, resistir aos tratamentos

com antibióticos (ALMEIDA et al.,2006; LE MARÉCHAL et al., 2011).

Essa bactéria é encontrada colonizando a pele e o canal do teto. A

transmissão ocorre durante a ordenha, por meio das teteiras e/ou pelas mãos

do ordenhador, a partir dos quartos infectados para os outros quartos ou para

outros animais (BIGGS, 2009).

Quando o S. aureus penetra os ductos da glândula mamária, as toxinas

causam injúrias ao epitélio, há liberação de substâncias quimiotáxicas

atraentes para os leucócitos. As toxinas também liberam lisossomos

15

leucocitários, que lesam o epitélio mamário. A inflamação persistente provoca a

destruição dos ductos com formação de microabcessos (SANTOS e

FONSECA, 2007).

A proteína A, que é um componente da parede celular do S. aureus pode

bloquear o processo de opsonização quando se liga à porção Fc da

imunoglobulina, o que dificulta a fagocitose. (QUIRONGA, 1993).

A mastite causada por S. aureus é de difícil controle, pois existem falhas

na detecção de animais contaminados pela diversidade de reservatórios e

resistência do agente ao tratamento. Há vários fatores de risco que influenciam

a prevalência da infecção, tais como: introdução de vacas infectadas,

inadequada desinfecção pós-ordenha, má preparação dos tetos, contaminação

pelas teteiras, sala de ordenha inadequada, tratamento ineficiente, sala de

ordenha suja ou deficiência na limpeza e dificuldade de descarte das vacas

contaminadas (BIGGS, 2009).

A vacinação junto com outros métodos de controle é a medida mais

eficiente e menos dispendiosa para se evitar a mastite. O mecanismo de ação

da vacina para S. aureus foi parcialmente elucidado e acredita-se que seja pela

produção de anticorpos antígeno-específicos, especialmente do tipo IgG2, que

estimula o aumento na fagocitose por neutrófilos, pois estes apresentam

receptores de membrana para IgG2 (LEE et al., 2005).

Nenhuma vacina contra Staphylococcus aureus, foi eficiente na

prevenção de novas infecções, mas dependendo do tipo de vacina utilizada e

da tecnologia empregada, podem ser obtidos os seguintes benefícios,

moderada redução da prevalência de mastite clínica e subclínica, maior taxa de

cura espontânea de infecções causadas por S.aureus e redução da gravidade

e duração dos caso de mastite (SANTOS e TOMAZI, 2012).

As vacinas contra S.aureus tem sido desenvolvidas em relação ao tipo

de antígeno utilizado. Existem vacinas produzidas com o uso de bactérias vivas

atenuadas e inativadas, ou extratos bacterianos totais e por fragmentos ou

subunidades bacterianas, como proteínas, DNA e polissacarídeos (SANTOS e

TOMAZI, 2011).

Alberton et al (2001) usando vacina com bacterina de Staphylococcus

aureus isolado do próprio rebanho observaram que houve diminuição da

prevalência e gravidade da mastite subclínica em animais vacinados

16

semanalmente.

Em vacas vacinadas com bacterina comercial, os resultados indicaram

que a incidência de infecção intramámaria causada por S. aureus foi similar no

grupo vacinado e no grupo controle. No entanto, a cura espontânea durante a

lactação foi maior (62%) no grupo vacinado e apenas 21% no grupo não

vacinado (PANKEE et al., 1985).

Com o uso de vacinas atenuadas, que são produzidas a partir de

bactérias inteiras, observou-se um aumento significativo na resposta imune

humoral em comparação ao grupo não vacinado (SANTOS e TOMAZI, 2012).

As vacinas desenvolvidas a partir de subunidades ou fragmentos

bacterianos são obtidas por meio de purificação direta das sub unidades de

bactérias, pela produção de antígenos recombinantes. Os componentes

antigênicos de vacina de subunidades bacteriana podem ser de natureza

protéica (proteína de membrana ou toxina), polissacarídeo, ou mista, também

chamada de vacina conjugada, têm mostrado bons resultados, com a produção

de anticorpos contra aderência, contra polissacarídeo e aumento da fagocitose

(O’BRIEN et al,2001).

2.3. Micronutrientes e a resposta imune da glândula mamária

O adequado balanceamento da dieta das vacas leiteiras é uma das

estratégias de comprovada eficácia para o aumento da sua resistência às

doenças. Devido ao impacto econômico da mastite, estudos têm sido

direcionados aos mecanismos de defesa da glândula mamária principalmente

através do efeito da nutrição sobre essa resposta (MASSEI et al.,2008).

Dentre os nutrientes necessários na dieta das vacas leiteiras, os

micronutrientes são os mais estudados, pois são necessárias pequenas

quantidades requeridas na alimentação, em miligramas, estratégia que

apresenta relação custo benefício favorável, quando aplicada de maneira

conjunta com as demais medidas de controle da mastite (PRESTES, 2002).

Uma resposta imune ativa envolve a produção de novas células e de

proteínas, exigindo energia, através da produção de oxidante. As células

fagocitárias produzem radicais livres, nas reações para destruir patógeno e,

ocasionalmente induzem injurias tissulares. Na mastite aguda causada por

coliformes a quantidade liberada de polimorfonucleares, em adição ao

17

processo inflamatório, pode ocasionar danos no tecido da glândula mamária,

com perdas na produção de leite e, em casos mais graves, perda permanente

do quarto mamário (LANSON et al;2006).

Devido ao efeito dos radicais livres, existe um sistema antioxidante dos

quais alguns micronutrientes e vitaminas são componentes, entre eles estão: O

cobre (Cu), o zinco (Zn) e o selênio (Se), vitamina E e a vitamina A, capazes de

melhorar a resposta imune e auxiliar o aumento da resistência à mastite

(WEISS e SOCHA, 2005).

No quadro 1 é apresentada a função dos micronutrientes no sistema

imune ( SANTOS e FONSECA , 2007).

Componente (localização

na célula)

Nutrientes envolvidos Função

Superóxido dismutase (citosol) Cobre e Zinco Converte superóxido em

Peróxido

Glutationa peroxidase (citosol) Selênio Converte peróxido de

hidrogênio em água

Ceruloplasmina Cobre Proteína antioxidante que

impede o Fe e o Cu

de participar das

reações oxidativas

Alfa Tocoferol (membranas) Vitamina E Previne o inicio da oxidação

dos ácidos graxos

Fonte: Adaptado de Weiss, 2005.

2.3.1 Funções dos micronutrientes na glândula mamária

De acordo com Santos e Fonseca (2007), os principais micronutrientes

estudados, capazes de melhorar a resposta imune da glândula mamária são as

vitaminas E e A e os micronutrientes: se, cu e zn.

As infecções mamárias mais severas ocorreram em animais com baixa

concentração plasmática de vitamina A e o seu precursor β caroteno, que está

relacionada com a manutenção da integridade do epitélio funcional mamário e

o envolvimento com a resposta imune celular. Já a vitamina A modula a

resposta de células fagocitárias, estimulando a fagocitose (PASCHOAL e

ZANETTI, 2004).

Segundo os mesmos autores, a deficiência de vitamina A está associada

18

à redução da atividade de células Natural Killer, e na redução da produção de

anticorpos contra polissacarídeos bacterianos. A vitamina A tem influência

também na secreção de queratina da epiderme, que forma uma barreira física

que protege a entrada de microrganismo pelo teto.

O β-caroteno é encontrado em alimentos como pastagens, silagem de

milho e feno, contudo o processo de armazenamento de forragens aumenta

suas perdas em até 70%. Esse precursor é um importante antioxidante

lipossolúvel que complementa as atividades da vitamina E nas membranas

celulares (SOUZA, 2009).

Cortinhas (2009) afirmou que o Cu, Zn e Se, são microminerais que

atuam no sistema celular antioxidante, contribuindo para o aumento da

resistência à infecção ao impedirem a ação deletéria de radicais livres e, por

isso, são classificados como antioxidantes de prevenção.

O Se em associação com a vitamina E protege as membranas biológicas

da degeneração oxidativa e atua também como antiinflamatório

(RICCIARDINO, 1993).

A vitamina E e a glutationa peroxidase (enzima que contém selênio)

fazem parte do sistema antioxidante presente nas células. Esta enzima

encontra-se no citoplasma das células tendo como função degradar substratos

que possam ser utilizados para produção de radicais livres (DcDOWELL,

2003).

Essa enzima atua na proteção das células e tecidos contra a ação dos

radicais livres elaborados pelo metabolismo oxidativo das células,

principalmente nos leucócitos, durante a fagocitose e mecanismos de morte

intracelular, ou seja, eliminam os radicais livres formados durante processos de

inflamação, os quais podem diminuir a permeabilidade e a elasticidade das

membranas citoplasmáticas (PRESTES et al, 2002).

A deficiência de Se leva a uma diminuição da função dos neutrófilos,

que são as primeiras células de defesa da glândula mamária. Assim, a

deficiência desse elemento pode ocasionar quadros de mastite, com maior

duração e sinais mais severos SOUZA,et al., 2009).

Fonseca e Santos (2002) afirmaram que a suplementação com vitamina

E reduz a incidência de casos clínicos de mastites, diminui o número de

infecções intramamária após o parto e reduz a severidade e a duração das

19

infecções. Há um efeito sinérgico na suplementação de vitamina E e Se, uma

vez que os resultados da suplementação associada apresenta-se superior em

comparação à suplementação isolada desses micronutrientes (FONSECA e

SANTOS,2002).

HOGAN et al. (1999) ao estudarem a suplementação de vitamina E e de

Se em vacas leiteiras cujos neutrófilos foram desafiados in vitro, observaram

que a vitamina E aumentou a lise intracelular de S. aureus e E.coli pela ação

dos neutrófilos.

Paschoal et al., (2004) suplementando vacas holandesas no pré-parto,

obtiveram redução da contagem de células somáticas nas primeiras oito

semanas de lactação. Quando suplementadas em conjunto com Se e vitamina

E reduziram em 72% a incidência de mastite clínica, quando comparada ao

grupo controle.

Conforme Weiss et al. (1995), a vitamina E é um oxidante lipossolúvel

que atua contra a peroxidação de ácidos graxos insaturados presentes nas

membranas celulares.

Na prevenção das mastites a deficiência do Zn afeta as células

envolvidas na resposta imune, a ação dos macrófagos, com redução fagócitos,

provoca a diminuição da população de linfócitos e a atrofia do timo. O efeito

protetor de vacinações também é comprometido com a deficiência do mineral

Zn, pois, para que haja a efetiva proteção vacinal é necessária uma memória

imunológica por parte dos linfócitos T (CARVALHO et al.,2003).

O Zn ainda está relacionado com a integridade da pele da glândula

mamária que é a primeira linha de defesa e também está ligado ao mecanismo

de reconstrução da queratina presente no canal do teto entre as ordenhas

(KINAL et al, 2007).

Segundo Prasad (2007), o Zn é indispensável para a integridade do

sistema imune assim como para a resposta imune mediada por células. Além

disso, funciona como agente antioxidante e antiinflamatório.

O Cu é um componente do sistema antioxidante superóxido dismutase

tendo a função de proteger as membranas celulares contra a ação oxidativa

dos radicais livres (SOUZA, et al., 2009).

Domingues et al. (2001) afirmaram que na falta de Cu, os radicais livres

produzidos passam a destruir não só os microrganismos invasores, mas

20

também o próprio tecido mamário.

De acordo de McDowell (1999), a deficiência de cobre afeta as células T

e B, os neutrófilos e macrófagos, resultando em decréscimo das células

produtoras de anticorpos. Além disso, estudos indicam que deficiência deste

micromineral em vacas resulta na redução da capacidade de fagocitose dos

leucócitos, principalmente no periparto. A suplementação com cobre reduz o

número de quartos infectados no parto, e a contagem de células somáticas,

quando comparadas com vacas não suplementadas.

A nutrição de vacas leiteiras com quantidades adequadas de nutrientes é

uma das medidas de controle de mastite, sendo essencial na capacidade de

resposta imune e na produção de leite (CARVALHO, 2003).

21

3. Considerações finais

A melhor maneira de evitar mastite em vacas produtoras de leite é a

prevenção, através do manejo nutricional, higiênico-sanitário, regulagem

adequada nos equipamentos de ordenha e vacinação, diminuindo os custos

com tratamento e com descarte de animais.

A vacinação representa mais uma opção de profilaxia, dentre todas as

práticas de controle sanitário dos animais, tanto as vacinas nas quais se

empregam novas tecnologias quanto naquelas há tempo consolidadas.

É importante a escolha de uma dieta que supra as exigências

nutricionais dos animais, considerando o seu estágio de produção, pois o

desequilíbrio pode ocasionar maior predisposição à mastite. O uso da

suplementação com micronutrientes na dieta deve ser aplicado de maneira

conjunta com as demais medidas de controle sanitário.

Mais estudos devem ser realizados sobre as quantidades exigidas

destes microminerais, principalmente em animais criados em regime de pasto.

É necessário maior conhecimento sobre a resposta imune inespecífica e

específica da glândula mamária de bovinos, para torná-las mais eficazes,

viabilizando procedimentos terapêuticos e de manejo alternativo para o controle

desta doença.

22

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