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USAR A ENGENHARIA PARA CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR I&D Indolor, não invasivo, de baixo custo e sem radiação ionizante. Conheça as potencialidades de um inovador meio de diagnóstico auxiliar utilizado pela primeira vez por investigadores das FEUP e da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto no diagnóstico de lesões músculo-esqueléticas em músicos de orquestra. EM FOCO O papel da Engenharia é decisivo na construção da sociedade do futuro e de um mundo melhor. Nesta edição damos a conhecer alguns dos projetos e iniciativas da FEUP que têm impacto cívico na nossa sociedade e que refletem a preocupação com a dignidade, participação e autonomia de todos os cidadãos. À CONVERSA COM… Formado em Engenharia Civil pela FEUP, Carlos Matias Ramos está hoje à frente dos destinos da Ordem dos Engenheiros zelando pelos interesses desta “profissão de confiança pública”. E lembra: “a engenharia tem que ser encarada não apenas como um emprego - é uma missão”. SEGUNDO QUADRIMESTRE 2011 FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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USAR A ENGENHARIA PARA CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR

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I&DIndolor, não invasivo, de baixo custo e sem radiação ionizante. Conheça as potencialidades de um inovador meio de diagnóstico auxiliar utilizado pela primeira vez por investigadores das FEUP e da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto no diagnóstico de lesões músculo-esqueléticas em músicos de orquestra.

EM FOCOO papel da Engenharia é decisivo na construção da sociedade do futuro e de um mundo melhor. Nesta edição damos a conhecer alguns dos projetos e iniciativas da FEUP que têm impacto cívico na nossa sociedade e que refletem a preocupação com a dignidade, participação e autonomia de todos os cidadãos.

À CONVERSA COM…Formado em Engenharia Civil pela FEUP, Carlos Matias Ramos está hoje à frente dos destinos da Ordem dos Engenheiros zelando pelos interesses desta “profissão de confiança pública”. E lembra: “a engenharia tem que ser encarada não apenas como um emprego - é uma missão”.

SEGUNDO QUADRIMESTRE 2011 FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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EDUCAÇÃO CONTÍNUA NA FEUP

FORMAÇÃO PARA PERITOS QUALIFICADOS-RSECE (ENERGIA E QAI)Data de realização: 26 a 30 de setembro, 18 de outubro (discussão exercício) e 21 de outubro (exame: manhã QAI; tarde Energia) de 2011Candidaturas: até 5 de setembro

ENGENHARIA E GESTÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIOData de realização: Unidade de Formação 1: inicia em 4 de outubro de 2011 e termina a 13 de dezembro de 2011Unidade de Formação 2: inicia a 10 de janeiro de 2012 e termina a 13 de março de 2012Candidaturas: até 12 de setembro

GEOMETRIA DO TRAÇADO DE ESTRADASData de realização: 7, 8, 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de outubro de 2011 e 4, 5 e 11 de novembro de 2011Candidaturas: até 15 de setembro

FORMAÇÃO PARA PERITOS QUALIFICADOS-NOVO RCCTEData de realização: 18 a 21 de outubro, 02 de novembro (discussão exercício) e 04 de novembro (exame) de 2011Candidaturas: até 22 de setembro

FORMAÇÃO PARA PROJETISTAS - APLICAÇÃO DO RCCTE Data de realização: 18 a 20 de outubro 2011Candidaturas: até 22 de setembro

FORMAÇÃO ITED (INSTALAÇÕES DE TELECOMUNICAÇÕES EM EDIFÍCIOS) HABILITANTE Data de realização: 2 de novembro a 16 de dezembro de 2011Candidaturas: até 10 de outubro

HIDRÁULICA E REABILITAÇÃO FLUVIAL Data de realização: 8 a 10 de novembro de 2011Candidaturas: até 17 de outubro

PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS Data de realização: 18, 19, 25 e 26 de novembro de 2011; 16 e 17 de dezembro de 2011; 6, 7, 13, 14 e 20 de janeiro de 2012Candidaturas: até 1 de novembro

SISTEMAS DE PROTEÇÕES E AUTOMAÇÃO Data de realização: 15 e 16 de dezembro de 2011Candidaturas: até 18 de novembro

SETEMBRO A DEZEMBRO DE 2011

INFORMAÇÕESTel: (+351) 22 508 1400

[email protected]

CANDIDATURAS E INSCRIÇÃOFaculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Serviços AcadémicosRua Dr. Roberto Frias, 4200-465 Porto

Tel: (+351) 22 508 1977 Fax: (+351) 22 508 1440

[email protected]

Consulte toda a oferta de Educação Contínua em www.fe.up.pt/candidato/atualizacoes

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SUMÁRIO

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SUMÁRIO

EDITORIAL

AGENDAsetembro a dezembro de 2011

EM FOCOO papel da Engenharia é decisivo na construção da sociedade do futuro e de um mundo melhor. Nesta edição damos a conhecer alguns dos projetos e iniciativas da FEUP que têm impacto cívico na nossa sociedade e que refletem a preocupação com a dignidade, participação e autonomia de todos os cidadãos.

À CONVERSA COM… CARLOS MATIAS RAMOSFormado em Engenharia Civil pela FEUP, Carlos Matias Ramos está hoje à frente dos destinos da Ordem dos Engenheiros. E lembra: “a engenharia tem que ser encarada não apenas como um emprego - é uma missão”.

INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTOIndolor, não invasivo, de baixo custo e sem radiação ionizante. Conheça as potencialidades da câmara termográfica, um meio de diagnóstico auxiliar utilizado pela primeira vez por investigadores das Faculdades de Engenharia (FEUP) e de Medicina Dentária (FMDUP) da Universidade do Porto no diagnóstico de lesões músculo-esqueléticas em músicos de orquestra.

OPINIÃOAntónio Adão da Fonseca, professor catedrático reformado da FEUP e membro do Conselho de Ética da U. Porto é da opinião que a sustentabilidade da sociedade humana depende de Profissionais de Engenharia de grande qualidade que sustentam as suas opções numa ética profissional muito elevada. Saiba porquê.

FEUP POR DENTROConheça algumas atividades e momentos marcantes da FEUP realizados entre janeiro e junho de 2011.

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FACULDAD

E DE EN

GEN

HAR

IA UNIVER

SIDADE D

O PO

RTO

1. Escrevo este Editorial no dia em que faz um ano que tomei posse como Diretor da FEUP. Foi no dia 2 de julho de 2010, uma sexta-feira. Três dias depois, no dia 5 de julho, dei posse aos Colegas que aceitaram partilhar comigo na linha da frente os desafios da gestão da nossa grande Escola.Antes de outras palavras, quero deixar os meus agradecimentos especiais aos muitos que nos deram pequenos e grandes contributos e apoios neste ano de atividade. Enfatizo que, para minha grande satisfação, foram muitos.Interessa-me o futuro, mas ainda assim dedicarei algumas palavras ao passado.

Para a Direção foi um ano duro de muita ação, desde logo pela necessidade de estudo dos muitos, variados e complexos dossiers que fazem parte da vida da FEUP, mas principalmente por razão da violenta crise sócio-económica que vivemos e do quadro jurídico muitas das vezes indecifrável em que trabalhamos, tipificado na Lei do Orçamento do Estado para 2011, que torna a gestão do quotidiano excecionalmente difícil. Pois, apesar dessa crise foi um ano positivo em que a FEUP aumentou todos os indicadores de qualidade da sua atividade. Esta presente edição do BIFEUP é aliás testemunho imediato da nossa dinâmica positiva, tantas são as notícias de sucessos, de iniciativas bem sucedidas e de atividades de cooperação nacional e internacional dos membros da FEUP.

2. Passemos então para o futuro. Num peque-no exercício, que metaforicamente designo de SWOT, deixo uma breve análise desse futuro, que, como verão, e apesar de todos os problemas, é de confiança.Para o S (das nossas forças) enuncio a nossa capacidade instalada, intelectual, cultural, de empreendedorismo, de inovação, científica e téc-nica, percebida pela Sociedade. Aliás, é por razão dessa perceção que nós continuamos a atrair os melhores candidatos e estudantes de engenharia de Portugal. E continuaremos.Para o W (das nossas fraquezas), assinalo o

Compromisso FEUP 2020Um ano depois, na linha da frente, preparados para o Futuro

EDITORIAL

Edição* Divisão de Comunicação e Imagem da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto [email protected]

Conselho editorial Ana Martins, Carlos Oliveira, Paulo Jesus e Raquel Pires

Redação Ana Martins, Marina Feijó e Raquel [email protected]

Design e Produção César [email protected]

Colaboram nesta Edição:Susana Neves, Ana Pereira, Manuel Fontes e Pedro Vieira

PublicidadeSara Cristovã[email protected]

PropriedadeFaculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Sede FEUP, Rua Dr. Roberto Frias, 4200-465 - Porto Tel: 225 081 400Fax: 225 081 440e-mail: [email protected]: www.fe.up.pt

Impressão www.marca-ag.com Porto 08 - 2011

PeriocidadeSemestral

Tiragem 4000 exemplares

Depósito legal

* Esta edição foi escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico.

“ Os interesses da FEUP são mais do que a soma dos interesses individuais.”

egoísmo individualista e a dispersão de atuação, muito latinos, que emergem ou se intensificam normalmente em situações de crise. Temos que contrariar essa cultura. A afirmação individual ou de grupos restritos é totalmente respeitável, mas a lógica individual não se pode sobrepor ou ocorrer à custa da Comunidade. Os interesses da FEUP são mais do que a soma dos interesses individuais.Entra aqui, de forma marcante, a importância extrema da ética profissional que os entrevistados desta edição do BIFEUP, o Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Engenheiro Carlos Matias Ramos, e o Professor António Adão da Fonseca, brilhante projetista, nosso professor catedrático recentemente aposentado, tão fortemente e tão bem assinalam nas suas contribuições.

Para o O (das oportunidades que se nos abrem), realmente as dificuldades da Sociedade e do País fomentam exigência de cooperação e abrem mercados de oportunidades de intervenção dos mais preparados. Nós fazemos parte do grupo restrito dos mais preparados. Temos obrigação de contribuir. Teremos oportunidades para nos desenvolvermos mais.Finalmente para o T (das ameaças externas), essas estão, não nos cortes orçamentais a que já estivemos e a que vamos seguramente estar ainda sujeitos, antes na indefinição do quadro jurídico e na burocracia que nos exigem um gasto brutal de energia e uma continuada necessidade de gestão de perfil restritivo, em desfavor do trabalho de estratégia, conceção e inovação que verdadeira-mente importa para ganharmos o futuro.

Nos próximos 365 dias espero que seja possível trilhar um caminho reformista, de progresso, em que as palavras chave serão certamente: (1) racio-nalização orgânica; (2) racionalização da oferta formativa; (3) estabilização da organização da oferta formativa, incluindo métodos de ensino e aprendizagem associados a avaliação; (4) aumen-to de cursos conjuntos; (5) investimento em I&D em áreas estratégicas; (6) fomento da competição por projetos internacionais; (7) aumento claro da produtividade científica; (8) aumento claro

Sebastião Feyo de Azevedo*

Foto

grafi

a de

Ana

Per

eira

da cooperação com as atividades económicas, em formação e serviços; (9) rigorosa consolidação de contas e controlo orçamental.Como sempre o tenho dito, façamos o caminho em conjunto.

* Diretor da FEUP

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de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), este grupo de trabalho leciona e investiga nos domínios da Gestão da Construção, de forma muito articulada com a engenharia, com o Quadro Legal relevante da atividade construção e com as práticas construtivas. Nos dias 27 e 28 de outubro, terá lugar na Faculdade de Engenharia a Conferência GESCON 2011, subordinada ao tema dos Sistemas de Informação na Constru-ção. Pretende-se promover a sensibilização dos agentes para a importância deste tema, fomentar a discussão nacional sobre a temática dos Siste-mas de Informação, apresentar algumas práticas inovadoras e sensibilizar os decisores para os aspetos mais relevantes.

www.fe.up.pt/gescon2011

A Comemoração Novos Mestres - anterior-mente designada Dia da Graduação - é uma cerimónia marcante na vida da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Com o objetivo de agraciar os estudantes que terminaram os seus Mestrados no ano civil anterior, a FEUP organiza no próximo dia 17 de setembro de 2011 um evento ímpar que pretende ser uma celebração familiar e festiva, atribuindo Prémios de Mérito, concedidos por empresas e outras entidades parceiras da Facul-dade de Engenharia.

www.fe.up.pt/novosmestres

“Novos Paradigmas” regressam em Outubro

É já em Outubro que o ciclo de debates “Novos Paradigmas”regressa à Faculdade de Enge-nharia da Universidade do Porto (FEUP). O tema “Democracia e democracias, sempre imperfeitas e em mudança: Novos paradigmas de organização política a nível local, nacional e mundial” contará com a participação de Mário Soares e Adriano Moreira, na qualidade de oradores principais. A sessão, de entrada livre, tem como principais destinatários os estudan-tes, docentes e técnicos da U. Porto e todos os interessados por esta temática. Recorde-se que o Ciclo de Debates “Novos Paradigmas” decorre semestralmente, estando previstos temas não só relacionados com a economia e a política, mas também com a educação, o envelhecimen-to, a sustentabilidade económica, ambiental e social, a ciência, a cultura e muitos outros.

promovem, de 2 a 4 de dezembro, a VideoJogos 2011. Esta iniciativa, que vai já na 4ª edição, é um evento multidisciplinar que procura contribui-ções de diferentes áreas do conhecimento, desde a arte, desenho e narrativa de jogo, a aspetos da sua computação, bem como o estudo, a teorização e a reflexão crítica sobre as práticas e aplicações no mercado e na indústria. A conferência procura submissões originais de qualidade, encorajando a participação quer da indústria de videojogos, quer da comunidade académica. Para além de palestras e workshops, torneios dedicados a “ga-mers”, concursos e eventos sociais, está prevista a realização de uma LAN Party.

www.dcc.fc.up.pt/~videojogos2011

Reforçar a rede de colaboração da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) com universidades de todo o mundo é o prin-cipal objetivo do FEUP Mobility Network, um evento focado na Educação em Engenharia que vai decorrer de 21 a 25 de novembro. Organi-zado pela área de Cooperação Universitária e Intercâmbio da Divisão de Cooperação da FEUP, esta é uma excelente ocasião para promover as oportunidades de mobilidade internacional junto dos estudantes, através da feira de educação que vai decorrer durante a semana do evento, e na qual todas as universidades participantes vão estar representadas, numa oportunidade única de networking. A partilha de boas práticas quer em processos de intercâmbio (cooperação entre Universidades e assuntos relacionados com a internacionalização das instituições de ensino superior), quer em processos relacionados com os serviços de biblioteca, nomeadamente na disponibilização de recursos de informação em processos académicos, na utilização de diferen-tes sistemas de contabilidade, nas estratégias de marketing e de comunicação, em processos de apoio à investigação e inovação será também um dos pontos altos desta 2ª edição do FEUP Mobility Network.

www.fe.up.pt/mobility-fair

O desempenho da construção de edifícios em Portugal enfrenta nos nossos dias um desafio incontornável. A temática da “Gestão da Constru-ção” deu lugar ao acrónimo “GESCON” e remete para o trabalho de fundo que tem vindo a ser realizado no GEQUALTEC. Sediado na Faculdade

De 4 a 7 de setembro, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) vai acolher a 10ª edição do Congresso Ibero-Americano de Enge-nharia Mecânica (CIBEM). Trata-se de um fórum de discussão na área da engenharia mecânica que abrange os temas mais clássicos desta área até aos mais recentes: biomecânica, imagem , novos mate-riais, micro e nanotecnologias, microfluídos, novas fontes energéticas, novos conceitos no desenvol-vimento de produto, mecânica computacional, mecânica experimental, modelações avançadas, etc. À semelhança das edições anteriores, o CIBEM conta com a participação de professores, investi-gadores, profissionais e estudantes de Engenharia Mecânica. Trata-se de um evento bianual promovi-do pela Federação Ibero-americana de Engenharia Mecânica cujas edições anteriores tiveram lugar em Madrid, Espanha (1993), Belo Horizonte, Brasil (1995), Havana, Cuba (1997), Santiago do Chile, Chile (1999), Mérida, Venezuela (2001), Coim-bra, Portugal (2003), Cidade do México, México (2005), Cusco, Peru (2007) e em Las Palmas, Espanha (2009).

www.fe.up.pt/cibem

É uma iniciativa inédita, proposta pela Direção da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP): nos dias 3 e 4 de outubro, toda a comunidade deve participar no Congresso FEUP. Trata-se de uma iniciativa que pretende criar um espaço alargado de discussão em que toda a comunidade FEUP (docentes, investigadores, técnicos e estudantes) se possa manifestar sobre todos os temas relacionados com as atividades e o funcionamento da instituição. Os assuntos a tratar serão organizados em três grandes temas - Ensi-no, Investigação e Gestão - sendo compromisso da Direção ter em devida conta as contribuições que durante o congresso vierem a ser formuladas.

www.fe.up.pt/~eventos/congresso2011

Conferência em Ciência e Arte dos Videojogos

Com o objetivo de promover a investigação e a indústria de videojogos em Portugal, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Socie-dade Portuguesa de Ciências dos VideoJogos

AGENDA

A NÃO PERDER

FEUP MOBILITY NETWORK

GESCON� 20115

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EM FOCO

Seria um lugar-comum dizer que as pontes e os circuitos eletrónicos são obra de engenharia. O que muitas pessoas desconhecem é que o seu papel é decisivo e a sua importância inegável para a construção da sociedade do futuro e de um mundo melhor. O Boletim Informativo destaca, nesta edição, alguns projetos e iniciativas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) que têm impacto cívico na nossa sociedade e que refletem a preocupação com a dignidade, participação e autonomia de todos os cidadãos.

Reportagem de Marina Feijó

Conheça alguns dos projetos da FEUP que têm impacto cívico na nossa sociedade

USAR A ENGENHARIA PARA CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR

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NAVEGAR LADO A LADO COM A IGUALDADE DE DIREITOSA maioria das pessoas que se desloca diariamente de metro para o traba-lho ou faculdade está habituada a circular pelas estações, muitas vezes a correr contra o tempo. Num mecanismo quase autómato, descemos as escadas rapidamente, validamos o cartão e entramos no veículo, com as portas quase a fecharem-se…Agora, imaginem realizar este percurso todos os dias, mas com os olhos vendados. Para as pessoas com deficiência ao nível da visão ou amblíopes, locomover-se num espaço público, amplo e disperso, como as estações de metro, é possível desde a implementação do sistema NAVMETRO, em 2008. Trata-se da primeira aplicação concreta do Sistema de Orientação, Navegação e Informações que já está em funcionamento na rede do Metro do Porto.Através do NAVMETRO é possível a deslocação pessoal dentro de uma es-tação, mesmo a mais complexa, entre quaisquer locais escolhidos duran-te a utilização. O sistema recorre à utilização do telemóvel GSM pessoal do cliente, registado em qualquer rede, sem requisitos especiais. O aten-dimento do cliente é realizado automaticamente através de um número

A ideia surgiu há cincos anos, após ver o filme “Million Dollar Baby” onde a personagem principal interpretada por Hillay Swank fica tetraplégica depois de um combate de boxe e acaba por se suicidar devido a não ter mais condições para uma vida autónoma. Luís Paulo Reis, docente do De-partamento de Engenharia Informática da FEUP, conta que nessa mesma noite teve um pesadelo e acordou no dia seguinte com a ideia de aplicar a sua vasta experiência na área da Robótica a uma solução capaz de dar respostas aos indivíduos com deficiência, nomeadamente aos tetraplé-gicos e indivíduos com paralisia cerebral que não conseguem conduzir cadeiras de rodas convencionais. Entrou em contacto com António Paulo Moreira, professor do Departamento do Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, e juntos reuniram um grupo de docentes da FEUP, que investigam também no Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores (LIACC) e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Compu-tadores do Porto (INESC Porto).A pensar em proporcionar uma maior autonomia e qualidade de vida aos cidadãos com deficiência ou mobilidade reduzida (como o caso dos ido-sos), a equipa criou a IntellWheels, uma plataforma que permite transfor-mar qualquer cadeira de rodas elétrica numa cadeira de rodas inteligente (CRI). De baixo custo, a cadeira de rodas inteligente pode ser conduzida de modo multimodal, incluindo comandos de voz, movimentos de cabeça e expressões faciais, utilização de visão por computador para ajudar à navegação, desvio de obstáculos, capacidade de planeamento inteligente de tarefas e ainda, conseguir comunicar com outros dispositivos. Os investigadores desenvolveram um kit de software/hardware que permite transformar uma cadeira de rodas comercial num equipamento inteligente, com alterações mínimas de hardware, com custos reduzidos e com poucas alterações do ponto de vista ergonómico. Para além disto, é possível programar e personalizar a CRI para reconhecer comandos simples como “ir para o quarto”, “vaguear” ou “seguir parede”. Após a conclusão da parte científica, está prevista que a comercialização da cadeira de rodas inteligente aconteça daqui a dois anos. Recentemen-te, juntaram-se a este projeto três novos parceiros: a Universidade de Aveiro (UA), a Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto (ESTSP/IPP) e a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC).Para Luís Paulo Reis, os engenheiros devem tirar proveito das suas diferentes áreas de especialidade para suprir as necessidades básicas dos cidadãos e comunidades mais desfavorecidas, como, por exemplo, a alimentação, saúde, habitação, educação, entre outras. Confessa que carrega consigo estes princípios desde os tempos em que ainda era estudante, sendo que no início da sua investigação (projeto de final de curso e tese de mestrado) trabalhou com métodos de reconhecimento de padrões e processamento e análise de imagem aplicados à medicina e à resolução de diversos problemas nesta área. Agora, como professor pro-cura transmitir aos seus estudantes que a engenharia deve ser pensada ao serviço da saúde e do bem-estar dos cidadãos.

O filme Million Dollar Baby inspirou a equipa de Luís Paulo Reis a aplicar a sua vasta experi-ência na área da Robótica para encontrar uma solução para os tetraplégicos e pessoas com paralisia cerebral que não conseguem conduzir cadeiras de rodas convencionais

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FACULDAD

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EM FOCO

gratuito e, aí, é disponibilizado, por um sistema de diálogo automático, o acesso a um serviço de informação e ao serviço de navegação pessoal. O serviço de informação destina-se a proporcionar toda a informação de natureza visual existente nas estações, enquanto que o serviço de navegação pessoal se destina a conduzir o cliente por meio de indicações veiculadas pelo telemóvel e apoiadas por um sistema de “bóias sonoras” que transmitem sons escolhidos e são taticamente posicionadas ao longo da estação de forma a permitir a orientação sonora do utilizador.Este projeto, desenvolvido pela FEUP, em parceria com a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a Metro do Porto, pretende providenciar as máximas condições de acessibilidade às pessoas com deficiências da visão e desencadear a sua reabilitação, promovendo maior mobilidade. Os impulsionadores deste projeto - Diamantino Freitas e João Moutinho, ambos do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da FEUP - explicam que esta aplicação vem estimular o aparecimento de soluções de acessibilidade e fornecer ferramentas ao mercado que as permitam implementar.A “facilidade” e a “espontaneidade” são as grandes mais-valias desta apli-cação apontadas por João Moutinho, sendo que “qualquer utilizador com o seu telemóvel (por mais simples que seja) e de qualquer idade ou nível académico é um potencial utilizador”. Prevê-se ainda o desenvolvimento de um modo de operação do sistema para as pessoas reabilitadas e utilizadores frequentes que poderão recorrer a um perfil de utilização que permite com performance extrema navegar na estação, com confiança e segurança, precisando apenas chegar ao destino.

“Cada um destes objetivos são extremamente ambiciosos e muito difíceis de cumprir. No entanto, orgulhamo-nos muito dos resultados obtidos, podendo afirmar que, até à data, são muito positivos”, destacam os inves-tigadores da FEUP, que desejam expandir a aplicação do NAVMETRO para além dos sistemas de transportes. No entanto, ressaltam que o fato da “acessibilidade ainda não ser vista como um direito inalienável das pesso-as deficientes”, acaba por dificultar o ritmo do desenvolvimento do projeto. Para quem trabalha de perto com esta temática, dedicando-se à revolução do conforto e acessibilidade das pessoas, a engenharia pode ganhar uma perspetiva especial. João Moutinho concluiu, em 2003, a Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e em 2009, o Mestrado Inte-grado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, ambos na FEUP. Confessa que quando começou a estudar engenharia não tinha uma visão tão altruísta de contribuição para a sociedade, perspetiva que se alterou à medida que começou a perceber que poderia “fazer a diferença”. “Ainda me lembro no meu tempo de estudante do discurso de alguns professores relativamente ao futuro da engenharia e curiosamente, como se de astrolo-gia se tratasse, tudo se está a desenrolar desta forma - o engenheiro, como um indivíduo não só capaz, mas também, socialmente responsável”.

João Moutinho revela que hoje vê o papel dos engenheiros como “uma fer-ramenta do conhecimento para o desenvolvimento humano”. E considera importante não confundir desenvolvimento com insustentabilidade, sendo essencial pensar cada vez mais em soluções que preservem as condições humanas. “Refiro-me às desigualdades sociais, ao esgotar dos recursos naturais e à perda do contacto pessoal e humano. Os engenheiros terão um papel fundamental no surgimento dos novos paradigmas relativos à manutenção humana neste planeta”. Esta mudança de mentalidade passa por deixar de ser “o mais alto”, “o mais rápido” ou “o mais rentável”, para passar a ser “o mais equilibrado”, como explica o investigador. “Deste equi-líbrio terá de haver concertação social, desenvolvimento técnico sustentá-vel, aproximação das pessoas e, acima de tudo, igualdade”. A conquista pela igualdade também é uma das metas do Registo de Saúde Eletrónico, que até ao final de 2012, poderá fazer parte da vida de todos os portugueses. É esta a previsão do Ministério da Saúde, que assinou com a Faculdade de Engenharia da U.Porto em julho de 2010, um protocolo de colaboração para o desenvolvimento do “Desenho do Serviço Registo de Saúde Eletrónico (RSE)”. Trata-se de um projeto que permitirá aos profissionais de saúde o acesso, em qualquer ponto do país, à infor-mação clínica relevante para a prestação de serviços, independente do momento e local, público ou privado, da sua prestação. Assim, contribuirá de modo significativo para a qualidade e celeridade, integração e continui-dade da prestação de serviços de saúde ao utente. O Projeto do Registo de Saúde Eletrónico enquadra-se na área de desenho de sistemas de serviços complexos de base tecnológica, área onde a FEUP tem vindo a desenvolver projetos de investigação. A colaboração da Facul-dade de Engenharia passa pelo desenho desta aplicação, análise do seu impacto nos processos operacionais dos hospitais, clínicas e centros de saúde, bem como o apoio à gestão da mudança e o desenho da arquitetura

O projeto desenvolvido pela FEUP, em parceria com a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a Metro do Porto, permite que os cegos e amblíopes se consigam orientar no Metro.

O sistema recorre à utilização do telemóvel GSM registado em qualquer rede, sem requisitos especiais.

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“ Os engenheiros têm o papel muito importante na construção do futuro, uma vez que põem em prática o conhecimento científico para resolver problemas e melhorar a vida das pessoas”.

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EM FOCO

A criação da aplicação vai “gerar importantes mais-valias na prestação de cuidados de saúde,em Portugal.

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E SE FALÁSSEMOS DE ENGENHARIA PARA TODOS? 2011 é o “Ano Europeu das Atividades Voluntárias que Promovam uma Ci-dadania Ativa”. E porque não usar a engenharia em prol do desenvolvimen-to humano? Esta é uma das metas dos voluntários da EpDAH – Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária. A associação, sem fins lucrativos e independente, está dividida em núcleos cooperantes (Porto, Aveiro e Lisboa), com o principal objetivo de potenciar o papel da Engenha-ria para o desenvolvimento humano e minimizar impatos em situações de emergência, promovendo a sustentabilidade das soluções, o trabalho de equipa, e recorrendo à articulação de diferentes ramos do conhecimento.A EpDAH nasceu oficialmente a 22 de novembro de 2009, com escritura na Torre do Tombo e com o apoio da Ordem dos Engenheiros. Com cerca de 50 membros, o núcleo do Porto tem sede na FEUP, onde semanalmente se reúnem estudantes, antigos alunos, professores e técnicos quer da área da engenharia, quer de economia, gestão, arquitetura e jornalismo. No caso da engenharia, o contributo para o desenvolvimento e assistência humanitária pode ser feito de diversas formas, desde a construção de escolas, centros de saúde, orfanatos; implementação de sistemas de tra-tamento de água, energia renováveis; criação de atividades económicas, como por exemplo, pequenas unidades de transformação de fruta ou de outros alimentos; elaboração de mapas de terrenos; design de tecnologias de baixo custo adaptadas com materiais locais; até a implementação de medidas para prevenir a desflorestação e de sistemas de regas e de saneamento.

O tempo livre é compatível com o curso, e a vida de um estudante-vo-luntário é “sem dúvida gratificante”, como garante Beatriz Barros, do 4º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão da FEUP e voluntária na EpDAH. A complementar as aulas, os trabalhos e os exames da faculdade está “o sentimento de que contribuímos para projetos concretos que vão ter impacto. Claro que há momentos mais duros pois estamos a trabalhar com situações muito complicadas, inimagináveis, mas o facto de conseguirmos contribuir para solucionar é recompensa-dor”, revela a estudante. Outro ponto positivo apontado pela estudante é a possibilidade que os voluntários têm de pôr em prática os conhecimen-tos que adquiriram ao longo do curso. Para além disto, como “a carga semanal não é grande, dá tempo suficiente para estudar, sair com os amigos, estar com a família”, assegura.Porque em cada missão estão desafios aliciantes, Beatriz Barros conta que os voluntários levam consigo os valores fundamentais inscritos na Declaração do Milénio e na Declaração dos Direitos do Homem: liberda-de, igualdade, solidariedade, tolerância, respeito pelo ambiente e partilha de responsabilidades. Beatriz Barros tem 21 anos, está há dois na EpDAH e acredita que “só uma participação ativa na sociedade de todos os ele-

de Informação. Neste sentido, estão envolvidos neste projeto três estu-dantes de doutoramento da FEUP, orientados por Lia Patrício e por António Brito, docentes do Departamento de Engenharia Industrial e Gestão, com a coorientação de professores de outras universidades estrangeiras (Texas State University - San Marcos, Carnegie Mellon University e a University of Hawaii-Manoa). O projeto também tem o apoio do IBM CAS Portugal, sedeado no edifício do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC), campus da FEUP, e de cen-tros de investigação internacionais ligados à IBM.

Lia Patrício é especialista em usabilidade de sistemas e explica que a criação desta aplicação vai “gerar importantes mais-valias na prestação de cuidados de saúde, que irão ter um impacto estruturante no sistema de saúde”. Assim, o RSE vai promover uma melhoria dos cuidados de saúde, uma vez que os profissionais desta área vão ter acesso a informação relevante para os apoiar nas suas atividades, o que também poderá evitar a duplicação desnecessária de meios de diagnóstico. Por sua vez, os cidadãos também podem ter fácil acesso à sua informação de saúde, que estará presente em várias localizações, oferecendo uma maior mobilidade.O desenvolvimento do Registo de Saúde Eletrónico exige a colaboração dos múltiplos utilizadores do sistema de saúde, quer individuais (cidadãos e profissionais de saúde), quer organizacionais (hospitais públicos e privados, farmácias). Numa primeira fase foi realizado um estudo exploratório cujos resultados foram já apresentados no início de abril de 2011. Foram, assim, identificados os principais utilizadores que vão interagir com o RSE, os dese-nhos de sistemas de serviços complexos existentes em Portugal e no estran-geiro e a modelação de processos e de novas arquiteturas de informação. Os responsáveis por este sistema ressaltam que para além das poten-cialidades das tecnologias, deve-se ter em conta a forma como essas tecnologias vão ser integradas na vida das pessoas e de que forma as vão alterar e melhorar. “Os Engenheiros têm o papel muito importante na construção do futuro, uma vez que põem em prática o conhecimento científico para resolver problemas e melhorar a vida das pessoas” afirma Lia Patrício, que acredita que a “inovação é hoje um fator crucial para a competitividade das empresas e das sociedades, e que os engenheiros devem assumir este papel de agentes de evolução e mudança”. Enquanto professora procura transmitir estes ideais aos seus estudantes, de forma a alertá-los para o impacto da engenharia na sociedade e na vida das pessoas, e também para a forma como a tecnologia e a componente social estão inter-relacionadas.

O contributo dos engenheiros pode também ser dado através do esclare-cimento de acontecimentos complexos que afetam a sociedade, apresen-tando respostas para situações de emergência, acidentes e catástrofes naturais, arriscando-se muitas vezes a envolverem-se em polémicas. Raimundo Delgado, professor do Departamento de Engenharia Civil da FEUP, assume esta responsabilidade com espírito de missão e por essa ra-zão aceitou, por exemplo, ser perito na tragédia da ponte Entre-os-rios, que decorreu em março de 2001. Caracterizando-o como “um caso de elevada complexidade e de grande responsabilidade e exposição pública”, explica que a sua intervenção como perito em estruturas envolveu “um significati-vo esforço de estudo e reflexão, na procura de explicações que com grande probabilidade estivessem na base do acidente ocorrido, bem como uma prudência e bom senso na participação nas sessões públicas do tribunal e no contacto com a comunicação social”. Da mesma forma, esteve presente em vários programas televisivos para explicar os tsunamis e terramotos que recentemente assolaram a região do Japão em março deste ano: “Entendo que é obrigação dos professores universitários contribuir para a compreensão dos problemas que afetam a sociedade, de um modo especial aqueles que se relacionam com as áreas da sua especialização”, afirma Raimundo Delgado.

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Com uma forte aposta na formação de seus voluntários, o G.A.S.Porto reali-za reuniões quinzenais de voluntariado, formações técnicas, fins de semana de reflexão e de trabalho e até uma caminhada a Santiago de Compostela. Também com uma componente formativa, são realizadas atividades para a angariação de fundos, como o Jantar de Beneficência, o Churrasco Solidá-rio, o Concerto Solidário, o Paintball, os Rastreios Médicos, entre outras.Com enfoque nas pessoas e no meio em que vivem, o grupo afirma acreditar no valor do trabalho em equipa, nas parcerias, apostando na qualidade e na inovação. “A nossa maior motivação é sempre o bem-estar das pessoas a quem servimos. Procuramos ser rigorosos, disciplinados, comprometidos, tudo em prol de uma maior qualidade no serviço ao Outro. Acreditamos num mundo melhor e sobretudo que essa conquista começa com um gesto genuíno de entrega. Por isso, temos sempre presente que esta forma de estar no voluntariado deve ser tão profissional como em qualquer outra atividade”, revela o grupo. Reconhecem que o voluntariado mudou a forma de verem o mundo: na prática proporcionou maior sensibili-dade para questões relacionadas com a pobreza e a exclusão social. E para quem ainda não acredita que esta mudança de paradigma é possível, a mensagem do grupo é aliciante: “aprendemos a ser mais úteis com o conhe-cimento que vamos adquirindo na universidade. Crescemos e aprendemos a ser melhores engenheiros. Tornamo-nos mais inteligentes, mais completos e acima de tudo, mais felizes”.

mentos poderá ajudar a ultrapassar as dificuldades e necessidades que se apresentam a tantos cidadãos pelo mundo”.A EpDAH (www.epdah.pt) conta com um leque de colaboradores a nível nacional e internacional e de diversas áreas do saber. Entre os seus principais colaboradores estão os ISF - Ingeniera Sin Fronteras, uma ONG espanhola dedicada à cooperação para o desenvolvimento, as Universi-dades do Porto, Minho e Aveiro e a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique. “Esta ligação universitária permite o envolvimento de jovens futuros engenheiros com disponibilidade e motivação para um aprofundar de conhecimentos no âmbito de projetos de cooperação para o desenvol-vimento e assistência humanitária”, explica o núcleo do Porto e acres-centa que “as universidades, como centro da criação de seres pensantes capazes tecnicamente, deverão centrar a sua formação no conceito da sustentabilidade e criar profissionais conscientes, para lá da vertente técnica”. Atualmente, a EpDAH tem em curso dois projetos internacionais: “Internato” e “Autarkeia” e quatro nacionais: “Desenvolvimento Sustentá-vel na UP”, “Hortua”, “Nós” e “Tectus”.

Também o Grupo de Ação Social do Porto (G.A.S.Porto) - que surgiu em dezembro de 2002, da vontade de 5 estudantes universitários em criar um movimento de ação humanitária que fosse ao encontro das necessi-dades sociais existentes não só no grande Porto, mas também nos locais mais pobres do mundo - contribui para um mundo melhor. Atualmente, o G.A.S.Porto desenvolve 11 projetos de voluntariado na cidade Invicta, em colaboração com 11 diferentes instituições. Fora de Portugal, a associa-ção tem em curso quatro projetos em Moçambique e três, em Timor-Leste. Desde 2010, Cabo Verde tem sido também um país de destino para as missões focadas na área da Educação. Com cerca de 150 voluntários, a associação divide-se entre o Grupo de Jovens (formado maioritariamente por universitários até aos 26 anos) e o Grupo de Adultos - G.A.S.Abrigo (constituído por pessoas já a exercer uma atividade profissional ou reformadas). Embora partilhem ideais em comum, a mesma vontade de fazer a diferença em relação ao próximo e a abertura para crescer no plano pessoal e huma-no, reconhecem a grande diversidade no tipo de percurso e de vivência de cada voluntário, o que pode contribuir de forma decisiva para o equilíbrio e a maturidade do grupo. “Estamos a falar de voluntários ativos, que sema-nalmente dedicam parte do seu tempo numa instituição social, que parti-cipam nas diferentes atividades de formação e que se comprometem na angariação de fundos do grupo”, explicam os responsáveis pela associação.

“ Crescemos e aprendemos a ser melhores engenheiros. Tornamo-nos mais inteligentes, mais completos e acima de tudo, mais felizes”.

O principal objetivo da EPDAH é potenciar o papel da engenharia para o desenvolvimento humano e minimizar impatos em situações de emergência, promovendo a sustentabilidade das soluções.

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Formado em Engenharia Civil pela FEUP, Carlos Matias Ramos está hoje à frente dos destinos da Ordem dos Engenheiros, zelando pelos interesses dos profissionais desta “profissão de confiança pública e com um papel determinante no desenvolvimento do País”. E lembra: “a engenharia tem que ser encarada não apenas como um emprego - é uma missão”.

ENTREVISTA DE ANA MARTINSFOTOGRAFIAS CEDIDAS PELA ORDEM ODS ENGENHEIROS

Foi eleito Bastonário da Ordem dos Engenheiros para o triénio 2010-2013. Que balanço faz deste primeiro ano de atividade?Embora com o risco de estar a fazer uma autoavaliação, que é sempre passível de não ser totalmente rigorosa, posso dizer que o balanço é positivo. Estamos a criar condições para uma melhoria na resposta aos membros da Ordem dos Engenheiros [OE], mobilizando-os para os desafios da nossa sociedade, e a lutar por uma engenharia de qualidade ao serviço do País. Num enquadramento político de grande complexidade e muitas vezes adverso, os resultados são visíveis designadamente nas vertentes profissional, de defesa de uma engenharia de qualidade, na inter-nacionalização e na organização interna.

Na altura em que foi eleito, propunha-se a “prestigiar a engenharia e enfrentar os novos desafios”. De que forma se tem materializado este compromisso?No âmbito do lema da candidatura, eu e os Vice--Presidentes Nacionais elaborámos um Programa de Ação estruturado em três áreas principais: a envolvente profissional; a envolvente externa e sociedade; a organização interna. Em cada uma destas três áreas foram definidas linhas estratégicas, materializadas por medidas de ação que estão a ser monitorizadas em termos da sua implementação.

Na primeira área assumiu particular relevân-cia a representação e defesa dos interesses dos engenheiros, através do reforço e adequação da regulamentação profissional em matérias relacio-nadas com a qualificação dos atos de engenharia, com a elaboração de metodologias e critérios de valorização da atividade de engenharia e com a observância da ética e deontologia profissional. No que se refere à envolvente externa e socieda-de, salienta-se, pela sua relevância, o Congresso realizado em Aveiro, as inúmeras ações de divul-gação e de formação realizadas pela OE, promo-vidas pelos Órgãos Nacionais e pelas Regiões e Secções Regionais, traduzidas em cerca de uma centena de eventos realizados neste mandato, bem como as muitas intervenções nos órgãos de comunicação social.

A intervenção na envolvente profissional incluiu a apresentação de propostas aos órgãos de soberania com competência legislativa (AR e Governo), das quais se destacam as petições à AR e a participação ativa em comissões de redação e de acompanha-mento da legislação com interesse para a atividade dos engenheiros, materializada pela emissão de pareceres em assuntos com interesse para essa atividade e para a comunidade. Saliento igualmente o trabalho desenvolvido no âmbito da colaboração com a A3ES, materializa-do fundamentalmente na elaboração de diversos pareceres sobre cursos de engenharia, assim como o que conduziu ao desenvolvimento de disposições normativas e regulamentares para reconhecimento da qualificação profissional para os atos de enge-nharia, com base nas competências académicas e profissionais, como fundamento da valorização e dignificação da Engenharia. Embora de forma ainda incipiente, face ao desejá-vel, refiro igualmente a articulação com as Escolas Superiores de Engenharia em benefício da melhoria

À CONVERSA COM CARLOS MATIAS RAMOS

“ A ENGENHARIA É UMA MISSÃO”

Carlos Matias Ramos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros

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À CONVERSA COM CARLOS MATIAS RAMOS

das competências dos jovens Engenheiros. Desta atividade, baseada em deslocações a essas escolas, resultou, só no IST, FCT/UNL e ISEL, a inscrição na OE, desde o princípio deste ano, de mais de mil e duzentos membros estudantes de engenharia.A nossa aposta tem sido dirigida no sentido de desenvolver todos os esforços para defender a qua-lidade da engenharia portuguesa, qualidade que, de forma reconhecida, tem sido prestigiada dentro e fora do país.

A engenharia é uma profissão de confiança pública. De que forma vê o papel dos engenheiros na sociedade?A engenharia transforma a natureza com vista a melhorar a qualidade de vida. O desenvolvimento da engenharia e da tecnologia tem dois objetivos fundamentais: facilitar a vida das pessoas, no sen-tido de lhes proporcionar o maior bem-estar, e ga-rantir a sua segurança e dos seus bens. É, por isso, evidente que se trata de uma profissão de con-fiança pública e com um papel determinante no desenvolvimento do País. O saber e a competência em engenharia são a chave para a modernização da nossa sociedade, fornecendo um “arsenal” na luta contra as crises económica e financeira que atravessamos. Não se pense piedosamente que po-demos desenvolver a competitividade empresarial sem uma engenharia de elevada qualidade. A defe-

sa da qualidade só será, no entanto, possível se for sustentada na valorização académica e profissional dos engenheiros, na qualificação das competên-cias dos atos de engenharia e nos valores éticos e deontológicos. A marca “Portugal” dos produtos e serviços só se poderá impor se internamente tivermos uma política que conduza à valorização da tecnologia e da engenharia, isto é, uma política baseada na definição de estratégias potenciadoras da criação de valor nos serviços de engenharia.

A Ordem dos Engenheiros tem como principal missão contribuir para o progresso da engenha-ria, estimulando os esforços dos seus associados nos domínios científico, profissional e social, bem como o cumprimento das regras de ética profissional. Considera que a profissão de um engenheiro é uma profissão de risco?Todos temos consciência que o engenheiro lida com o risco, seja ele natural ou de natureza tecno-lógica, e que o risco nulo não existe. Cabe, por isso, ao profissional de engenharia desenvolver a sua atividade por forma a garantir a minimização do risco na conceção, no projeto, no dimensionamen-to e na construção de sistemas e obras, bem como no seu acompanhamento ao longo da sua “vida útil”, o que pressupõe a adoção de abordagens ajustadas à natureza dos diversos atos de engenha-ria e que necessariamente têm de ter em conta a respetiva complexidade. O exercício da atividade de engenharia pressupõe, portanto, a adoção de estratégias que garantam aos cidadãos que quem pratica os atos de engenharia tem as devidas competências para os realizar. Numa sociedade moderna, esta garantia pressupõe a regulação e a certificação do exercício da profissão, baseadas em critérios claros e que não tratem de forma igual aquilo que é diferente. A diferença está na qualida-de da formação e das competências. Um dos objetivos fundamentais da Ordem dos Engenheiros é contribuir, de forma determinan-te, para assegurar a proteção de pessoas e bens, cultivando os valores da ética e da deontologia e estimulando uma preparação dos engenheiros para a sua profissão, que incorpore as dimensões humanistas, económica e social. Quando alguém procura um profissional de enge-

Quem é Carlos Matias Ramos Nascido em Pinhel, em 1945, Carlos Matias Ramos formou-se em Engenharia Civil pela FEUP em 1969. É então que ingressa no La-boratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), onde esteve durante 41 anos e percorreu todos os graus da carreira de investigação e ocupou todos os lugares de chefia, tendo mesmo che-gado a ser presidente, de 2005 a 2010.Autor ou coautor de cerca de 170 estudos e projetos de obras hidráulicas em Portugal e no estrangeiro, Carlos Matias Ramos foi ainda consultor do projeto do Aproveitamento Hi-droelétrico de Xingó, no rio São Francisco, no Brasil, com uma potência instalada de 3 162 MW, para um total final de 5 270 MW.

Membro de diversas entidades, como a Acade-mia de Engenharia, a Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH), a Comissão Portuguesa de Grandes Barragens, o Comité de Hidráulica da Comissão Internacional de Grandes Barragens (ICOLD), entre outras, Carlos Matias Ramos é ainda autor ou coautor de 89 artigos e de cinco memórias técnicas, assim como coautor dos livros “Dam Break Flood Risk Management in Portugal” (2003) e “Comprehensive Renewable Energy” (2011) e autor do livro “Drenagem em Infraestruturas de Transportes e Hidráulica de Pontes” (2005).Eleito em 2008 “Personagem do Ano em En-genharia” pela Revista Construir, o Bastonário da Ordem dos Engenheiros foi docente em diversos cursos de mestrado (IST) e cursos de especialização em Portugal e Espanha, assim como membro das Assembleias Estatutárias da UTL e do IST, sendo atualmente Membro do Conselho de Escola do IST.

nharia qualificado, tem de acreditar que existe um sistema que só permite o exercício da profissão a quem tem formação e competência reconhecidas para o efeito, respeitando valores que não se po-dem resumir à vertente económica do mercado. Desta forma, a confiança dos cidadãos pressupõe, numa sociedade moderna, a regulação e a certifi-cação do exercício da profissão de engenheiro.

No passado dia 26 de março realizou-se a Assem-bleia Representantes da Ordem dos Engenhei-ros onde foi aprovada a deliberação de admitir “licenciados, mestres e doutores em Engenharia correspondentes aos 1.º, 2.º e 3.º ciclos de estudos superiores, respeitando as diferenças de qualificação e competências na admissão, nos termos do regulamento a aprovar pela Assem-bleia de Representantes”. Na prática, em que se irá traduzir esta alteração?Esta deliberação permitiu clarificar dúvidas levantadas pelo disposto nos Estatutos da Ordem dos Engenheiros, datados de 1992, no que concerne à admissão de membros, designada-mente na parte referente ao termo licenciado, estabelecendo, no entanto, a necessidade de que essa admissão se faça por forma a respeitar as diferenças de formação académica e de acordo com um regulamento específico. Esse regulamen-to, que foi objeto de estudo e definição por parte de um grupo de trabalho designado para o efeito, será analisado e votado numa próxima reunião da Assembleia de Representantes convocada expressamente para o efeito.

Recentemente regressou à FEUP para se asso-ciar, enquanto Bastonário da OE, ao abaixo-assi-nado lançado pela faculdade para a classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional. A dimensão social da engenharia passa também pela atenção a este tipo de causas?Como referi, a profissão de engenheiro pressupõe que incorpore as dimensões humanistas, económi-ca e social. Para além destes aspetos há que referir que um País sem memória é um País sem história. No caso da Ponte da Arrábida, há que preservar a sua memória na perspetiva de que constitui, pela

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À CONVERSA COM CARLOS MATIAS RAMOS

Para além da Ordem dos Engenheiros Bastonário da Ordem dos Engenheiros, porquê?Porque acredito que esta Associação profissio-nal tem um papel determinante na defesa de uma engenharia portuguesa de qualidade.

Se não fosse Bastonário da Ordem dos Engenheiros, o que seria?Continuaria a ser o engenheiro que sempre fui, ou seja, teria mais disponibilidade para desenvolver uma atividade que sempre me entusiasmou: o projeto.

O seu livro de eleição:Foram vários, dependendo da data em que os li. Dos mais recentes permito-me salien-tar o livro “Pilares da Terra”, de Ken Follett.

O melhor filme que já viu:A memória não me permite responder com precisão a esta pergunta. Foram tantos!

Um projeto pessoal de que se orgulha:A atividade que realizei no Laboratório Nacional de Engenharia Civil onde, durante 41 anos, obtive todos os graus da carreira de investigação e ocupei todos os lugares de chefia, incluindo os de Vice-Presidente e de Presidente.

dimensão do arco de betão armado e pela qualida-de estética e de integração no espaço urbano, uma das obras mais marcantes da Engenharia Civil em Portugal no século XX. Tendo-se iniciado a sua construção em 1957, esta obra caracterizou-se na época pela inovação de conceitos estruturais e, fundamentalmente, pelo arrojo na conceção e idealização do processo construtivo. Qualquer intervenção que desvirtue a sua integração no espaço urbano altera a memória de uma obra de que o País se deve orgulhar.Por tudo isto não poderia ficar indiferente a esta relevante iniciativa da FEUP.

Licenciou-se em Engenharia Civil na FEUP, em 1969. De que forma esta faculdade moldou a pessoa que é hoje?A FEUP ensinou-me a aprender, no pressuposto de que a engenharia é uma atividade exigente e

Sabia que...A Ordem dos Engenheiros sucedeu à Asso-ciação dos Engenheiros Civis Portugueses, fundada em 1869, em resultado do ambien-te de valorização da tecnologia que então se vivia em toda a Europa. A sua criação data de 1936 e foi formalizada pelo DL n.º 27288, de 24 de novembro.

Condecorada pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada (1948) e com o título de Membro

que, face à permanente evolução do conhecimen-to, a formação contínua constitui, para além de uma necessidade, uma obrigação. Estimulou-me o gosto por abordagens, em que o racional e o dedutivo, baseados numa formação matemática e física exigente, foram determinantes para a capacidade de aprendizagem das disciplinas específicas do curso. Foi-me igualmente trans-mitido o gosto pela profissão de engenheiro, não como uma atividade de repetição e de aplicação de tabelas, mas em que a conceção e a inovação são a base dessa profissão.

Um conselho para os nossos estudantes e futuros engenheiros…Para os estudantes, a garantia de que uma boa preparação em ciências de base é meio caminho para uma mais fácil apropriação e aplicação de novos desenvolvimentos tecnológicos, garantindo

Honorário da Ordem do Infante Dom Henrique (1986), a Ordem dos Engenheiros foi reconhe-cida pelo primeiro-ministro como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública em 1978.

Nos termos do Estatuto em vigor aprova-do pelo Decreto-Lei n.º 119/92, de 30 de Junho, a Ordem dos Engenheiros tem como principal missão contribuir para o progresso da engenharia, estimulando os esforços dos seus associados nos domínios científico, pro-

fissional e social, bem como o cumprimento das regras de ética profissional.

A Ordem dos Engenheiros é independente dos órgãos do Estado e goza de autonomia administrativa, financeira, científica, discipli-nar e regulamentar, sendo a única instituição que, em Portugal, pode atribuir o título profis-sional de Engenheiro, concedendo títulos e níveis de qualificação profissional.

uma capacidade de resposta às novas exigências da profissão de engenheiro, designadamente na área da conceção e da inovação. Alunos prove-nientes de escolas de referência têm à partida uma garantia de emprego mais elevada. No que se refere aos novos profissionais de enge-nharia, o engenheiro tem de estar bem preparado com ferramentas de empreendedor, sempre pronto a enfrentar novos desafios, abdicando do desempenho trivial. Tem igualmente que ter a consciência que a engenharia tem que ser encarada não apenas como um emprego - é uma missão e, muitas vezes, uma forma de vida. Em complemento, pela sua relevância, cito o Pro-fessor Alfredo Bensaúde, que em 1911 escreveu: “A cultura assume para o engenheiro, na sua atuação como Homem, um papel tão importante como a própria formação técnica, no sentido de que sem ela não pode existir verdadeira compe-tência profissional”.

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Figura 1 - Padrão termográfico de uma violinista durante a sua actuação musical, vista lateral

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Ciência com TermografiaIndolor, não invasivo, de baixo custo, sem contacto e sem radiação ionizante. Estas são as características principais da termografia, um meio de diagnóstico auxiliar utilizado pela primeira vez por investigadores das Faculdades de Engenharia (FEUP) e de Medicina Dentária (FMDUP) da Universidade do Porto no diagnóstico de lesões músculo-esqueléticas em músicos de orquestra.

Investigadores utilizam câmara térmica de última geração que permite obter e analisar imagens termográficas na área da saúde.

O uso da termografia em Engenharia não é no-vidade; já há muitos anos que é uma presença constante na construção civil (como equipamen-to de ajuda à identificação de fugas de água e problemas de isolamento térmico), na indústria (na manutenção, no diagnóstico de avarias e no controlo de processos envolvendo transferên-cias térmicas, nomeadamente na fundição e na injeção, etc.) e ainda em aplicações militares. Contudo, a falta de qualidade das câmaras termográficas, o seu elevado custo e a depen-dência de azoto líquido para o arrefecimento fizeram com que a sua utilização fosse bastante limitada. Em paralelo, as aplicações na medici-na, centradas na deteção do cancro da mama, não convenceram igualmente os profissionais de saúde, devido à sua limitada resolução térmica.Na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Departamento de Engenharia Mecânica, foram vários os investigadores que ao longo dos anos utilizaram esta tecnologia, na fundição (An-tónio Barbedo de Magalhães), na manutenção industrial (Luís Andrade Ferreira) e na análise de defeitos em peças (Mário Vaz).

Em 2006 surgiu a ideia de adquirir uma câmara termográfica de última geração que permitis-se, efetivamente , dar um salto qualitativo na obtenção e análise de imagens termográficas na área da saúde. A ideia foi apresentada por um consórcio que envolveu o IDMEC – Pólo da Faculdade de Engenharia, como responsável do projeto (Joaquim Gabriel Mendes), a Faculdade de Ciências (Catarina Nunes), o Hospital de Santo António (Pedro Amorim), e a Universidade de Trás-os-Montes (Luís Antunes), tendo sido apoiada pela Fundação para a Ciência e Tecno-logia (FCT). Devido a várias dificuldades, entre as quais o fato das suas características permiti-rem uma utilização militar, a sua aquisição só se viria a concretizar no final de 2009.

Enquanto elemento complementar de diagnós-tico médico, a termográfia apresenta diversas vantagens: não utiliza radiação ionizante, nem necessita de contacto direto com o paciente ou o objeto que está a ser analisado (também por essa via não levanta problemas de esterilização); permite uma medição dinâmica da temperatura (esta câmara permite a aquisição até 60 imagens por segundo); permite ainda a avaliação de várias partes do corpo ao mesmo tempo; e por último dispõe de uma resolução térmica de cerca de 68 mK, (atualmente já existem máquinas com uma resolução de 20 mK).Uma vez que o Homem é um ser de sangue quen-te, variações do fluxo sanguíneo provocam altera-ções térmicas, parcialmente sensíveis à superfície

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“ Desde 2009 que este projeto da FEUP tem contado com a participação da FMDUP, Unidade de Oclusão, ATM e Dor Orofacial no estudo das lesões músculo-esqueléticas”.

da pele. Essas alterações podem ser intencionais, como no caso de atividades desportivas ou de meditação com elevado nível de concentração, ou não intencionais como acontece com luxações, inflamações, tumores ou úlceras. Nestes casos, a termografia poderá avaliar o aumento do fluxo sanguíneo que surge associado à tentativa do corpo humano de recuperar o seu estado normal por aumento do metabolismo local.

Por outro lado, a gravação de imagens sequen-ciais possibilita que sejam realizadas obser-vações de uma forma contínua, permitindo o seguimento da atividade dos diferentes grupos musculares de um indivíduo durante o exercício. Apresenta-se assim como uma nova ferramen-ta que pode ser extremamente útil, quer na avaliação do desempenho físico de atletas de alta competição, quer na prevenção de lesões musculo-tendinosas, ou ainda, para obtenção do feedback de um membro em recuperação devido a traumatismo ou transplante de órgão. Há ainda alguns medicamentos que provocam uma variação do fluxo sanguíneo, podendo por esta via ser estudado o seu efeito.Em contrapartida, para que uma análise termográfica seja feita em boas condições, é necessário que os objetos de estudo estejam em ambiente devidamente controlado, quer do ponto de vista de alterações térmicas e de humidade, quer protegidas de outras fontes de emissão de radiação infravermelha que possam

alterar, ou condicionar, as medidas. A leitura da temperatura efetuada pela câmara depende ainda da distância a que se encontra o objeto. Com o aumento da distância, a radiação que chega à câmara é menor, conduzindo assim a potenciais erros de leitura, caso esse fator não seja corretamente considerado. Acresce ainda que as características de emissividade variam de objeto para objeto , dependo do material e das suas características refletoras .

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“ O objetivo é desenvolver novas técnicas de análise que possam melhorar a capacidade de diagnóstico e interpretação das leituras”.

INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO

Com esta câmara foram obtidos resultados preliminares em diversos estudos, nomeadamente em instrumentistas de sopro e de cordas, a nível do complexo crânio-cervico-mandibular (CCCM) no diagnóstico de possíveis áreas com sintomatologia dolorosa, causadas por atividades que exigem movimentos repetitivos por parte do sistema mús-culo-esquelético, como sucede com os músicos.A Figura 1 mostra a violinista durante a sua actuação, sendo claramente visíveis as zonas mais activas, nomeadamente no antebraço e no trapézio, correspondentes à cor avermelhada.Na Figura 2 é possível observar uma diferença de temperatura a nível do músculo trapézio esquerdo e direito correspondente à estabili-zação do violino (entre o ângulo da mandíbula e o ombro esquerdo colocado numa posição mais elevada). Esta situação origina tensões estáticas, contínuas e prolongadas, durante a performance musical. A área do ombro esquerdo que apresenta um incremento de temperatura em relação ao lado direito, corresponde à área dolorosa indicada pela doente.

A possibilidade da termografia vir a contribuir para dar resposta às questões médicas que são colocadas nos diferentes campos tem vindo a ser estudada em conjunto com os diferen-tes especialistas. O objetivo é desenvolver novas técnicas e metodologias de análise que possam melhorar a capacidade de diagnóstico e interpretação das leituras. Neste contexto estão presentemente a decorrer ou em fase de lançamento trabalhos de cooperação com inves-tigadores de cerca de vinte instituições: Hospital Geral de Santo António, Faculdade de Motrici-dade Humana, Instituto de Biologia Molecular e Celular, Faculdade de Medicina Dentária, Escola de Engenharia da Universidade do Minho, Esco-la Superior de Música e das Artes do Espetácu-lo, Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Telecomunicações, clínica de diagnóstico por imagem João Carlos Costa, Hospital de São João, Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Futebol Clube do Porto, Instituto Politécnico de Leiria e o Conservatório de Música de Coimbra.O recém-criado Labiomep - Laboratório de Bio-mecânica da Universidade do Porto, ao juntar investigadores da Faculdade de Medicina, de Engenharia, de Desporto, de Medicina Dentária e do Instituto de Ciências Abel Salazar, será naturalmente no futuro o ponto de encontro destas atividades.

Texto da responsabilidade de Joaquim Gabriel Mendes, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da FEUP e investigador responsável deste projeto.

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Figura 2 - Vista dorsal de uma violinista após a sua actuação musical

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Figura 3. O grupo de investigação FEUP/FMDUP (da esq. para a dir.): Miguel Pais, Carlos Pinho, Joaquim Gabriel, António Silva

Desde 2009 que este projeto tem contado com a participação da FMDUP, Unidade de Oclusão, ATM e Dor Orofacial no estudo do CCCM em instrumentistas de orquestra. Este grupo multidisciplinar, liderada por Joaquim Gabriel Mendes e João Carlos Pinho, tem desenvolvido trabalhos con-juntos. Ainda que iniciais e com amostras reduzidas, estes trabalhos já receberam várias distinções: melhor comunicação livre “As diferentes embocaduras dos instrumen-tistas de sopro e as suas implicações a nível do complexo crânio-cérvico-mandibular”, no Congresso Nacional de Biomecânica (fevereiro 2011), “Avaliação electromiogra-

A termografia baseia-se no pressuposto de que todos os corpos, pelo fato de estarem a uma temperatura superior ao zero absoluto, emitirem radiação infravermelha, invisível a olho nu, mas passível de ser medida e registada com equipamento apropriado. Uma máquina termográfica capta essa radiação e converte-a numa imagem codificada em cores de acordo com a gama de tempera-turas pré-definida. Estas imagens coloridas

fica e termográfica do tratamento de um saxofonista com dor miofascial recorrendo a acupuntura”, 3º Congresso Interdiscipli-nar da Dor promovido pela da Associação Portuguesa para Estudo da Dor (outubro 2010), “Avaliação Termográfica do efeito da acupuntura numa instrumentista de cordas com dor miofascial”, na Sociedade Portu-guesa Médica de Acupuntura (setembro 2010) e “Termografia na avaliação de dis-túrbios músculo-esqueléticos em estudan-tes de Medicina Dentária: Estudo piloto”, prémio de melhor poster de investigação, nas XXII Jornadas de Medicina Dentária do Porto, na FMDUP, (março 2011).

Prémios atribuídos ao grupo FEUP/FMDUP

O que é a termografia?representam pois a temperatura em cada píxel, correspondente à radiação lida nesse ponto dos objetos observados.Uma câmara termográfica é fisicamente semelhante a uma máquina de filmar con-vencional, mas o seu elemento sensor está preparado para a leitura da radiação invisível na zona do infravermelho (far IR), no nosso caso, no comprimento de onda entre os 7,5 e os 13,0 μm.

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A sustentabilidade da Sociedade depende de profissionais de engenharia de grande qualidade

OPINIÃO

Uma sociedade caracteriza-se essencialmente pela sua cultura, incluindo usos e costumes, pelo seu património construído e pela sua capacidade de criação de bens. Os conhecimentos científicos são conseguidos principalmente nos meios uni-versitários ou laboratoriais, mas é na atividade económica e produtiva da sociedade que se desenvolvem as técnicas e as tecnologias da sua aplicação. Os cientistas diretamente envolvidos nessa aplicação, tantas e tantas vezes com uma imensa genialidade, denominam-se de Enge-nheiros, os quais adquirem uma posição social e profissional de valia crescente na sociedade, pelo menos até perto do final do século XX, quando a qualidade e as ânsias da sociedade priorizam progressivamente outras valias e outros valores e, simultaneamente, os Engenheiros descuidam a sua capacidade de intervenção na liderança das atividades produtivas e não atentam a que a sociedade já não se satisfaz com Engenheiros apenas científica e tecnicamente competentes.Com efeito, embora o Mundo atual premeie perigosamente os resultados de curto prazo, é cada vez mais importante pensar e valorizar a visão do futuro e ter plena consciência de que que a sustentabilidade da sociedade depende de Profissionais de Engenharia de grande qualida-de que assentam as suas opções numa ÉTICA PROFISSIONAL muito elevada.Aliás, a Ética Profissional é fundamental para a própria sustentabilidade da profissão de Engenheiro. Sabemos todos que a profissão de Engenheiro é de interesse público, mas mais importante, mais exigente, é ser uma profissão de confiança pública. Pois bem! Mas a confiança pública, como a confiança entre duas pessoas, requer a garantia de uma conduta ética de quem pratica a ação.A sociedade poderá entender que o mais esperto e mais forte é o vitorioso, mas o reconhecimento de que o Engenheiro tem uma Ética Profissional exigente é fundamental para existir a confiança pública que permite ao Engenheiro exercer a sua profissão. Se a sociedade duvida da Ética do Engenheiro, não irá permitir a atividade do Engenheiro quando o resultado do exercício da profissão não pode ser testado a priori. Portanto, a PROFISSÃO de ENGENHEIRO não pode exis-tir sem a confiança pública no seu trabalho.

O Código de Conduta Profissional do ECCE – European Council of Civil Engineers (www.ecceengineers.eu) ordena os valores éticos na se-quência seguinte: 1. Sociedade; 2. Ambiente; 3. Profissão; 4. Clientes/ Empregador; 5. Colegas. Este Código foi aprovado por unanimidade na Reunião Plenária de Roma, em maio de 2000, por todas as Associações Nacionais de Profis-sionais de Engenharia Civil membros do ECCE, mas é aplicável a todas as Engenharias.A sequência de valores éticos tem consequên-cias e implicações importantes na resolução de conflitos de valores. Um conflito muito atual é entre a sociedade e o ambiente construído, de

Ética Profissional: Fundamento para a Profissão de EngenheiroAntónio Adão da Fonseca*

um lado, e o ambiente natural, do outro lado. Neste conflito é necessário reconhecer que a proteção do meio ambiente não consiste neces-sariamente na manutenção do meio ambiente existente, o qual até pode e deve, em muitos casos, ser melhorado. Também sabemos que melhorar a qualidade de vida e reduzir a pobreza de uma sociedade pode implicar uma modifi-cação para pior de um meio ambiente natural existente. Nesses casos exige-se do Engenheiro uma mitigação dos prejuízos ao meio ambiente e a tomada de medidas de compensação, para o que se requer que o Engenheiro seja conhecedor dos problemas e soluções do ambiente e tenha valores éticos elevados no equilíbrio e ordenação dos objetivos e resultados que possam ser total ou parcialmente incompatíveis.

Concordar-se-á que os atos do Engenheiro têm de ser controlados antecipadamente, pois um ato errado de um Engenheiro pode ter con-sequências de grande gravidade e impossíveis de anular, como seja a morte de pessoas. Mas tantas e tantas vezes, um controlo antecipado de cada ato só pode fazer-se por via do controlo da capacidade profissional do Engenheiro, isto é, assegurando que o Engenheiro teve uma educa-ção académica muito boa, tem uma atitude ética muito elevada, tem plena consciência dos limites da sua capacidade profissional e de atuação , tem uma experiência continuada de atos profis-sionais e adquire e atualiza os conhecimentos necessários. Como se trata de uma profissão no topo dos seus conhecimentos específicos, para além dos conhecimentos científicos adquiri-dos na Universidade é muito importante que o enquadramento profissional do Engenheiro seja realizado pelos seus pares de profissão em Associações Profissionais. Associações que não podem atuar como sindicatos ou corporações hipoteticamente protegendo os interesses do Engenheiro. Antes Associações que atuam a favor da sociedade, estimulando e exigindo as mais altas capacidades profissionais e os mais altos valores éticos ao Engenheiro. Na verdade, é desse modo que protegerão e prestigiarão a profissão de Engenheiro. Evidentemente, os po-deres judiciais sobre as responsabilidades civis e criminais são exclusivos dos Tribunais Civis.Os títulos dos graus universitários referem-se exclusivamente à educação académica. Reafirmo que exercer a profissão de Engenheiro requer também uma atitude ética muito elevada, uma consciência dos limites da capacidade profissio-nal e de atuação , uma experiencia continuada dos atos profissionais e uma atualização e adi-ção de conhecimentos. É então importante para a sociedade, e portanto para os Engenheiros, existirem uma ou mais instituições independen-tes (nacionais ou internacionais) que certifi-quem as habilitações dos graus académicos e a educação pós-graduada, e que certifiquem, ou pelo menos registem, a experiência profissional de cada Engenheiro. E tal é uma grande vanta-

gem para o reconhecimento dos Engenheiros pela sociedade. Evidentemente, a experiência tem níveis variados e pode ser de experiência global ou de capacidade especializada. A expe-riência global adquire-se somando vivências, mas a capacidade especializada necessita de co-nhecimentos continuados. Consequentemente, a experiência global pode ser reconhecida sem limite no tempo, mas a capacidade especializada deve ter avaliações periódicas que, no entanto, podem ser meramente curriculares.

* Professor Catedrático reformado da FEUP, Membro do Conselho de Ética da U.Porto e Engenheiro Pro-jetista de Pontes e Estruturas Especiais na ADÃO DA FONSECA - Engenheiros Consultores, Lda., Portugal

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Souto Moura debate Sistemas Construtivos e Materiais

A Secção de Materiais de Construção do De-partamento de Engenharia Civil da FEUP, em colaboração com o Laboratório de Ensaio de Materiais de Construção (LEMC), organizou no dia 6 de abril as 1ªs Jornadas de Materiais na Construção. Com o objetivo de divulgar os novos materiais estruturais na construção, o seu desempenho e as suas potencialidades, estas jornadas serviram também para promover o debate alargado de experiências e resultados entre diversos especialistas nesta área (profissio-nais da indústria de construção, profissionais de empresas de fiscalização do controlo de qualidade de materiais, investigadores, docentes e estudan-tes de Engenharia Civil). Eduardo Souto Moura, recentemente distinguido com o Prémio Pritzker 2011, foi um dos oradores convidados.

www.fe.up.pt/jmc2011

FEUP assinala Dia Internacional de Sensibilização do Ruído

De forma a assinalar o Dia Internacional de Sensibilização do Ruído (DISR), o Laboratório de Acústica do NI&DEA (Núcleo de Investigação e Desenvolvimento em Engenharia Acústica) da FEUP procedeu a um conjunto de monitorizações de ruído em alguns locais da cidade do Porto com o objetivo de sensibilizar a população para os efei-tos do ruído na sua saúde e bem-estar. Orientada por Rui Calejo Rodrigues, Professor da FEUP responsável pelo NI&DEA e Especialista em Engenharia Acústica da Ordem dos Engenheiros, esta ação esteve aberta à população em geral e inseriu-se numa iniciativa da Sociedade Portugue-sa de Acústica (SPA), em que participam algumas dezenas de Laboratórios que em simultâneo - durante a manhã de dia 27 de abril - procederam a esta campanha em várias cidades portuguesas.

www.spacustica.pt

Diretores das Escolas Francesas de Engenharia visitam a FEUP

No passado dia 16 de fevereiro, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) recebeu a visita de Jacques Gelas, Delegado das Relações Internacionais do Conselho dos Diretores das Escolas Francesas de Engenharia (CDEFI), acompanhado por Jean-Pierre Courtiat, Conselheiro Científico da Embaixada de França. A visita decorreu por alguns laboratórios da FEUP e serviu essencialmente para conhecer o panorama educacional, científico e tecnológico da faculdade, com o objetivo de estabelecer protoco-los de cooperação e investigação.

200 voos. É este o marco alcançado pelo Projeto de Investigação e Tecnologia em Veículos Aéreos Não Tripulados (PITVANT) no início de fevereiro de 2011, no Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea, na Ota. Iniciado em 2008, este projeto vem assim demonstrar a fiabilidade das aeronaves ANTEX-X02 para as atividades de in-vestigação, desenvolvimento, tecnologia e inova-ção, contribuindo para a demonstração das novas capacidades de seguimento automático de alvos móveis reais no solo, do contorno autónomo de obstáculos, da deteção e estimação da posição de alvos no solo, com base em imagens vídeo, e da realização de voos com múltiplas plataformas em simultâneo.O voo 200 do PITVANT encerra uma etapa e inicia uma nova fase. O objetivo passa agora por desenvolver e validar a tecnologia em aeronaves de pequena dimensão e posterior demonstração em aeronaves de maior envergadura, no sentido da sua validação como sistema operacional com aplicação em cenários reais. Os veículos aéreos não tripulados são hoje uma realidade em todo o mundo e são o futuro no cumprimento de missões de elevada importância, na defesa dos interesses do país e das populações.

FEUP e Força Aérea realizam 200 voos em parceria

FEUP POR DENTROConheça alguns dos muitos eventos, prémios e projetos que mereceram maior destaque, de janeiro a junho de 2011, na FEUP

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O projeto, desenvolvido em parceria pela Academia da Força Aérea e pela U.Porto (FEUP - Faculdade de Engenharia, Observatório Astronómico Prof. Manuel de Barros/Faculdade de Ciências e INEGI - Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial), com a participação da Universidade da Califórnia em Berkeley, da Universidade das Forças Armadas de Munique, da Agência de Defesa Sueca, da Honeywell e da Embraer, iniciou-se em novem-bro de 2008 e envolve cerca de 40 investigadores.

Na opinião de João Tasso, professor na FEUP e um dos investigadores envolvidos, este é um projeto “estruturante de cooperação interinstitucional multidisciplinar, com uma abordagem estratégica à investigação e desenvolvimento e que visa respon-der a necessidades reais, de uso dual, ao mesmo tempo que desenvolve e reforça o know-how na-cional numa área emergente em que Portugal pode desempenhar um papel muito relevante”. Na sua opinião, os “200 voos são o corolário de uma in-tensa atividade experimental subjacente a todos os desenvolvimentos, e também um passo importante para a definição de novos conceitos de operação”.

www.emfa.pt

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FEUP e Fundação Eng. António de Almeida assinam regulamentos de prémios

Cadernos d’ Obra: Ciclo de Conferências

Consultório de Matemática e Física da FEUP

Premiar as melhores dissertações de douto-ramento nas áreas de Engenharia Química e Biológica, Engenharia do Ambiente, Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Engenharia Mecâni-ca, Engenharia Industrial e Gestão, Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Física ou Engenharia Informática é o novo desafio que a Fundação Eng. António de Almeida acaba de lançar a todos os estudantes da FEUP.No montante de 3 mil euros, o “Prémio Fundação Eng. António de Almeida” vai galardoar a melhor dissertação de doutoramento. O “Prémio Funda-ção Eng. António de Almeida - Professor Doutor Joaquim Sarmento” é uma homenagem a Joa-quim Sarmento, que foi o Presidente do Conselho Fiscal da Fundação, entre 1977 e 1998. O Prémio, também no montante de 3 mil euros, destina-se a galardoar, anualmente, a melhor dissertação de doutoramento no âmbito do Programa Doutoral em Engenharia Civil. Em ambos os prémios, o importante é que os trabalhos de investigação revelem, para além de originalidade, elevado mérito científico e interesse socioeconómico. Os regulamentos dos prémios estabelecidos entre a FEUP e a Fundação Eng. António de Almeida foram assinados numa sessão que decorreu a 30 de maio, na FEUP, e que contou com a presença de Joaquim Sarmento (professor catedrático da FEUP), de Fernando Aguiar Branco (presidente da Fundação Eng. António Almeida) e de Sebas-tião Feyo de Azevedo (diretor da FEUP).

A revista Cadernos d’Obra do grupo GEQUAL-TEC/FEUP, com o Colégio de Engenharia Civil da Ordem dos Engenheiros e a Associação Inter-nacional de Estudantes de Engenharia Civil (IA-CES) juntaram-se para dar início a um conjunto de iniciativas que procura levar a conhecer aos meios profissionais e académicos da engenharia e da arquitetura, um grupo de obras portuguesas, onde o encontro de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia resultou em obras de elevadíssima qualidade e interesse científico. Nesse sentido, foi criado o ciclo “Sebentas d’ Obra” que tem como

Contribuir para a melhoria do aproveitamento escolar dos estudantes do 1º ano, e não só, nas disciplinas de matemática e física é o principal objectivo do Consultório promovido pela direção da FEUP. A funcionar desde 2007/2008, este Consultório é coordenado pelo professor João Carvalho, com a ajuda de diversos monitores recrutados nos vários cursos da Faculdade (cinco

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principal finalidade analisar trimestralmente obras de reconhecido interesse científico e profis-sional no meio da Engenharia e da Arquitetura.A primeira sessão, que decorreu no dia 24 de março, foi inteiramente dedicada à reabilitação da envolvente exterior da Vila d’Este em Vila Nova de Gaia. O diálogo e a troca de experiências dos vários quadrantes da obra desde a engenha-ria, passando pela arquitetura, até ao desenvolvi-mento da obra e da aplicação do material, neste caso particular o CAPOTO, foram os principais temas em análise. Na segunda edição, que decor-

reu no dia 6 de junho, foi escolhido um “edifício” muito particular, numa situação original: a construção de uma enorme muralha dentro do mar - os Molhes do Douro. Com o apoio da SECIL, o lançamento da Sebentas d’ Obra contou com uma conferência proferida pelo Eng. Silveira Ramos (Secil 2009) e Arq. Carlos Prata, seguida por uma visita guiada ao edifício e acompanhada pelos autores.

www.cadernosdeobra.com

este ano) que diariamente esclarecem as dúvidas dos estudantes. No 1º semestre do ano lectivo de 2010/2011 procuraram ajuda cerca de 1670 estudantes e no 2º semestre o número fixou-se nos 1430. De acordo com o professor João Car-valho “é importante destacar o agrado de todos os estudantes que frequentam o Consultório e a afirmação de alguns deles que conseguiram fazer

as disciplinas, ou obter boa classificação, graças a esta iniciativa”. Com um horário alargado das 9h às 12h e das 14h30 às 17h30 (excepto às 2ºas de manhã e às 6ªas de tarde) a aposta nestes consultórios será para manter, ou reforçar, no próximo ano lectivo.

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Segurança Viária: novo curso U. Porto

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É já uma tradição do mês de março: cerca de 1400 estudantes do ensino secundário, de 76 escolas, tiveram a oportunidade de conhecer de perto os projetos multidisciplinares e as saídas profissionais da FEUP. De 1 a 3 de março, a “Semana Profissão: Engenheiro 2011” mostrou cerca de 65 atividades diferentes, divididas em cinco grandes áreas temáticas: “Salvo o Plane-ta”, “Desenho o novo Homem”, “Crio a Sociedade do Futuro”, “Torno as empresas mais competiti-vas” e “Construo um Mundo novo”. Cada aluno teve a possibilidade de escolher o percurso de acordo com as suas preferências e assim viver de perto uma experiência única. Depois do sucesso alcançado pela edição do ano anterior - mais de 60% dos estudantes de 12º ano que participaram na SPE10 candidataram-se à FEUP no ano letivo de 2010/2011 - a organização desta iniciativa voltou a apostar na participação individual dos alunos do secundário, criando soluções à medida das suas reais necessidades.

www.fe.up.pt/profissaoengenheiro

“Segurança Viária em Ambiente Urbano e Peri--urbano” é o mais recente curso de Formação Con-tínua da FEUP, inserido no plano de atividades a desenvolver no âmbito do Protocolo de Coope-ração acordado entre o Governo Civil do Porto e a Universidade do Porto, com vista à promoção do estabelecimento de Planos Municipais de Segurança Rodoviária nos concelhos do distrito do Porto. A sessão, que decorreu a 28 de março, foi

presidida pelo diretor da FEUP, Sebastião Feyo de Azevedo, e contou com a presença da Governadora Civil do Porto, Isabel Santos, e do Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Paulo Marques Augusto. Este curso de Formação Contínua tem como ob-jetivos dotar os técnicos de competências que lhes permitam dar respostas adequadas e integradas aos problemas levantados pela circulação viária, par-

Planeamento urbano em destaque na FEUP“Innovation in Governance and Decision Making in Planning” foi o tema principal da 4ª edição da Conferência Anual do Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente (CITTA), que decorreu no passado dia 13 de maio, na FEUP.Os processos de mudança institucional e a sua relação com as políticas urbanas e o planea-mento, analisando de que modo emergem os processos inovadores governativos e de que modo estes influenciam e são influenciados pelas estratégias espaciais e os instrumentos de política foram assuntos que estiveram em discussão durante a conferência. Esta iniciativa contou com a presença de Paul Kantor (Fordham University) e Kenneth Button (George Mason University), como oradores convidados para a sessão inicial, e João Ferrão (Universidade de Lisboa), Tiago Farias (Universidade Técnica de Lisboa) e Thors-ten Wiechmann (TU Dortmund), como oradores convidados para as sessões temáticas. Também em maio a Secção de Planeamento do Território e Ambiente (SPTA) do Departamento de Engenharia Civil da FEUP organizou a 3ª edição

da Semana de Planeamento, que decorreu de 16 a 20 de maio. A iniciativa tem como principal obje-tivo envolver os alunos em diferentes debates, na área do Planeamento, ao longo de um conjunto de eventos que compreendem, entre outros, a apre-sentação de trabalhos realizados no âmbito das disciplinas do Mestrado Integrado em Engenharia Civil (MIEC), o contacto com trabalhos profissio-nais e o contacto com especialistas neste domínio. A 3ª Semana de Planeamento contou com uma sessão de cinema comentada por estudantes do MIEC (CinePlan), um concurso de fotografia (Fo-toPLan), uma sessão do Ciclo de Encontros sobre Ambiente Urbano (“O bom Ambiente às Quin-tas”) e ainda a conferência MasterPlan 2011 que reúne anualmente alguns dos melhores trabalhos desenvolvidos pelos estudantes do MIEC nas disciplinas da área de Planeamento, contando também com convidados para a apresentação de trabalhos académicos e profissionais nesta área.

http://citta.fe.up.pt http://masterplan.fe.up.pt

Semana Profissão Engenheiro 2011

ticularmente em ambiente urbano e peri-urbano. Reconhecendo ainda a importância do poder autár-quico na implementação de políticas de prevenção e combate à sinistralidade rodoviária, pretende-se potenciar a capacidade de intervenção dos técnicos no domínio da segurança viária, que sustente a defi-nição, desenvolvimento, implementação e controlo dos Planos Municipais de Segurança Rodoviária nos Municípios que integram o Distrito do Porto.

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Ana Aguiar, Pedro Quelhas, Rui Maranhão, Vítor Tavares, Ricardo Morla e Jaime Cardoso, profes-sores da Faculdade de Engenharia da Universida-de do Porto (FEUP) já atravessaram o Atlântico e usufruíram de uma estadia financiada na Car-negie Mellon University (CMU) para investigar, lecionar e preparar novos projetos de colaboração entre várias instituições e empresas em Portugal e nos Estados Unidos da América. Trata-se de uma iniciativa lançada pelo programa Carnegie Mellon Portugal, apoiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que tem tido um grande acolhimen-to por parte da comunidade académica. O programa de intercâmbio de professores (Fa-culty Exchange Program) é “uma oportunidade única para os académicos e para as universidades portuguesas, porque oferece uma exposição prolongada às melhores práticas de investigação e ensino a nível mundial e permite inserir os nos-sos investigadores nas redes globais do conheci-mento”, destaca João Barros, diretor nacional do Programa Carnegie Mellon Portugal. Até ao momento, foram já 28 os professores de

Professores da FEUP vivem experiência única na Carnegie Mellon University

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“Silicon Valleys” da América do Sul recebem visita da FEUP e do UPTEC Numa organização conjunta da FEUP e do UPTEC, a Universidade do Porto e seis empresas inovado-ras de base tecnológica incubadas preparam-se para visitar as principais universidades e parques de ciência e tecnologia dos Estados brasileiros de S. Paulo e Santa Catarina, que constituem os “Silicon Valleys” da América do Sul. O reforço das parcerias de I&D e inovação com universidades e empresas e a organização de doutoramentos conjuntos foram algumas das metas desta visita que decorreu de 23 a 27 de maio.

Instrumentação Médica, Automação, Energia e Software - estas foram as áreas-chave da delegação de cerca de 20 pessoas - entre responsáveis de transferência de tecnologia e empresas inovadoras de base tecnológica - que tiveram a oportunidade de visitar algumas das principais universidades e parques de tecnologia como a Universidade de Campinas (UNICAMP), a Universidade de S. Paulo (USP), a Universidade Federal de Santa Ca-tarina (UFSC), a Fundação CERTI e o CIETEC (o maior parque de ciência e tecnologia do Brasil, que alberga 196 empresas), e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (na foto), entre outras.Organizada pela Faculdade de Engenharia (FEUP) e pelo Parque de Ciência e Tecnologia da Universi-dade do Porto (UPTEC), esta visita àqueles que são considerados os “Silicon Valleys” da América do Sul contou com a participação do Vice-Reitor da Uni-versidade do Porto para a área de I&D e Inovação e Diretor do UPTEC, Jorge Gonçalves, e levou ao Brasil seis empresas inovadoras de base tecnoló-gica incubadas no UPTEC - Adclick, Ewen Energy, Gema , Nonius Group, Practical Way Software,

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Tomorrow Options - e alguns responsáveis de transferência de tecnologia da FEUP e do UPTEC.O reforço das parcerias de I&D e inovação com universidades e empresas e a organização de dou-toramentos conjuntos, foram alguns dos temas em destaque nesta visita. Depois da organização conjunta da FEUP e do UPTEC de iniciativas se-melhantes à Suécia, Reino Unido e Espanha, a vi-

sita ao Brasil vem consolidar a estratégia implícita à criação da “Business and Innovation Network”, uma rede internacional e transatlântica lançada pela FEUP em 2010 e que consiste no reforço de parcerias internacionais que fomentem a criação de consórcios de I&DT, a transferência de tecno-logias e a criação de empresas de base tecnológica nas áreas de interesse para a faculdade.

dez instituições de ensino superior português - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Univer-sidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa, Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Faculdade de Engenharia e Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Universidade do Minho, Universidade de Aveiro, e Universidade da Madeira - que aproveitaram as oportunidades do programa, participando em atividades educativas e colaboran-do de forma intensa com grupos de investigação na CMU, durante um período de duração entre três e seis meses. O “Faculty Exchange Program” destina--se a académicos de instituições de ensino superior portuguesas e da CMU. O número de candidaturas tem vindo a aumentar de ano para ano, revelando as mais-valias deste intercâmbio, nomeadamente a criação de novas redes de contactos que potenciam a realização de projetos colaborativos entre as várias instituições de Portugal e EUA.

Luísa Andrade (LEPAE/FEUP), Martha Vieira (IPEN), Prof. Wagner dos Santos (UNICAMP/IPEN), Carlos Oliveira (FEUP)

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FEUP integra a Sociedade Internacional para a Educação em Engenharia (IGIP)

Presidente da IBM e João Garcia debatem a importância dos serviços

A FEUP é, desde março 2011, Sócia Institucional do IGIP, juntando-se assim a um grupo de mais de 70 instituições de todo o mundo. A relação com a FEUP iniciou-se em 2010, quando Michael Auer, então candidato a Presidente do IGIP, convidou Teresa Restivo (docente e investigadora da FEUP) a candidatar-se a membro da Comissão Executiva do IGIP tendo sido eleita para um mandato de quatro anos. Desde março de 2011 também José Carlos Marques dos Santos, Reitor da Universida-de do Porto (U.Porto) passou a integrar a Comissão Científica do IGIP e José Couto Marques (FEUP) o Comité Internacional de Monitorização do IGIP.“A FEUP e a U.Porto estão, agora, bem presentes nesta Sociedade. Pessoalmente esta oportuni-dade tem-me permitido ter uma ideia bem mais concreta de muitos dos problemas no contexto do ensino de engenharia a nível internacional e, assim, estar também mais atenta ‘cá dentro’. Entretanto, permite também levar ‘lá para fora’ a nossa realidade, que tem muitos aspetos positi-

“SOS - Services on Society” serviu de mote para um debate em torno da temática dos serviços e da for-ma como podem ser usados na sociedade, cocrian-do valor juntamente com os clientes. O presidente da IBM, José Joaquim de Oliveira, o alpinista João Garcia e o presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, Fernando Mota, foram alguns dos oradores convidados do Congresso de Engenharia de Serviços e Gestão, que decorreu na FEUP a 19 de maio. Organizado pelos estudantes do 1º ano do Mestrado em Engenharia de Serviços e Gestão (MESG), o congresso debruçou-se sobre-tudo em temas ligados à “Criação de Ambientes

O lançamento do 3º número da revista “Cadernos d´Obra”, que decorreu a 19 de maio na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), foi dedicado à extensão da Faculdade de Ciências da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, da autoria de Rafael Moneo (Pritzker 1996) e da OVE ARUP. Na sessão, o arquiteto Rafael Moneo (na foto) proferiu uma conferência sobre o desenvolvimento do projeto e obra deste edifício. A apresentação esteve a cargo de Eduardo Souto Moura, que recentemente venceu o prémio Prit-zker. Álvaro Siza, distinguido com este galardão em 1992, também marcou presença no evento.Projetado em 2005 e inaugurado em dezembro de 2010, o Edifício Noroeste da Faculdade de Ci-

Rafael Moneo e Eduardo Souto Moura apresentam 3ª edição da Cadernos d’ Obra

ências da Universidade da Columbia, é considera-do um marco não só no campus e na cidade mas também no meio profissional e académico, nas áreas de arquitetura e engenharia. Trata-se de um projeto inovador, que permitiu a construção de um edifício em altura sobre um enorme vão de um ginásio em funcionamento, encontrando assim uma solução arquitetónica e urbana para o edifício.A revista “Cadernos d’Obra” é uma publicação científica internacional sobre construção de edifí-cios e foi lançada em janeiro de 2009, pelo grupo GeQualTec da FEUP/DEC.

www.cadernosdeobra.com

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vos”, admite Teresa Restivo. Na qualidade de pre-sidente da Sociedade Portuguesa para a Educação em Engenharia (SPEE), desde fevereiro de 2010, Teresa Restivo acredita que a sua presença no IGIP é uma oportunidade única para um diálogo próximo e de excelência, para ambas as socieda-des, de que tem resultado a partilha de atividades a nível nacional e internacional já realizadas ou

ainda em fase de preparação. “Tem também sido muito interessante conhecer outras realidades e perspetivas de um modo mais próximo como acontece nestas situações, em particular muita da realidade da Europa mais a Leste, com forte representação no IGIP”, conclui.

www.igip.org

Inteligentes”, “Otimização dos Processos nos Ser-viços”, “Serviços Partilhados” e “Serviços e Saúde”, através da apresentação de exemplos práticos e palestras de empresas e especialistas que intervêm ativamente na sociedade. Recorde-se que o setor dos Serviços é, atualmente, responsável por mais de 60% da produção e empre-go na economia ocidental, sendo por isso o desen-volvimento de competências multidisciplinares e a formação orientada para os serviços identificados como fatores essenciais para a sua inovação.

www.cesg11.com

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Que futuro para a Europa? Integração económica e política ou o desmembramento da União Europeia? Quais os efeitos da ascensão dos BRIC na economia ocidental, e em particular na economia portugue-sa? Foram estas as questões que deram o mote à segunda sessão do ciclo “Novos Paradigmas”, que decorreu no passado dia 25 de março, no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). De entrada livre, o debate contou com a participação da eurodeputada Elisa Ferreira, António Nogueira Leite (Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa), Manuel Carvalho, diretor-adjunto do Público e Diogo Gonçalves, estudante da FEUP.

Alertar para a necessidade de cuidar das nossas casas e de preservar o património corrente que integra a paisagem urbana das cidades foi o principal objetivo do seminário que decorreu no passado dia 25 de fevereiro, na Biblioteca Almeida Garrett no Porto. Dirigido a técni-cos, estudantes e investigadores das áreas de arquitetura, de engenharia e de outras profissões

FEUP POR DENTRO

O futuro da Economia em debate

Como cuidar das nossas casas?

Lançado em outubro de 2010, o Ciclo de Debates “Novos Paradigmas” decorre semestralmente, estando previstos temas não só relacionados com a economia e a política, mas também com a educação, o envelhecimento, a sustentabilidade económica, ambiental e social, a ciência, a cultura, entre outros.

Jorge de Sena, antigo estudante da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foi o autor escolhido para a segunda sessão de 2011 do Clube de Leitura, uma iniciativa da Biblioteca da FEUP, que decorreu no passado dia 28 de abril. O “escritor da casa” foi revisitado por Joaquim Sarmento e João Lamas (na foto), personalidades da área da engenharia civil que privaram de perto com Jorge de Sena desde os tempos de faculdade. Considerado figura maior da cultura portuguesa do século XX, Jorge de Sena licenciou-se em Engenharia Civil na FEUP tendo iniciado a sua carreira na Câmara Munici-pal de Lisboa em 1947. Esta sessão, moderada por Manuel Matos Fernan-des, diretor do Departamento de Engenharia Civil da FEUP, sucedeu à participação de António Cou-tinho, diretor do Instituto Gulbenkian de Ciência no Clube de Leitura, a 11 de março. Intitulada “Percurso Literário de um Cientista” as palavras de António Coutinho incidiram sobre a forma de descobrir e explorar as múltiplas ligações entre a literatura e a ciência, as escolhas literárias de cientistas de referência e os livros a descobrir no acervo da Biblioteca da FEUP.

.... e recorda vida e obra de José Saramago Já a 9 de junho, a Biblioteca da FEUP recebeu Isabel Pires de Lima, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e ex--ministra da Cultura, para falar sobre a obra do Nobel da Literatura José Saramago, no âmbito também do Clube de Leitura. De entrada livre e gratuita, este evento fez parte do Programa “José Saramago, Ler, Ver e Ouvir”,

Clube de Leitura revisita Jorge de Sena...um projeto que resultou da colaboração entre a Biblioteca e o Comissariado Cultural da FEUP e pretendeu fazer uma abordagem alargada à vida e à obra de Saramago. Para tal apostou também na projeção do filme “José e Pilar”, no passado dia 12 de maio, no auditório. De entrada livre e gratuita, este evento contou com a participação do realizador Miguel Gonçalves Mendes, que teve oportunidade de comentar não só o filme como a vida e obra do Nobel da Literatura.

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Da esquerda para a direita: Joaquim Sarmento, Manuel Matos Fernandes e João Lamas

relacionadas com a reabilitação urbana, tratou-se de uma iniciativa conjunta da Comissão Nacional do Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios (ICOMOS Portugal) e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). O ICOMOS é uma organização internacional não governamental de profissionais dedicada à conservação do património mundial. Para

além de uma oportunidade única para debater e refletir sobre o estado das nossas habitações, esta iniciativa permitiu que um grupo de arquitetos, peritos e especialistas em estruturas lançasse o alerta para a necessidade de nos debruçarmos sobre o estado e as condições de habitabilidade das nossas casas, enquanto património corrente.

O que é o Clubede Leitura?O Clube de Leitura, lançado em abril de 2010, é uma iniciativa da Biblioteca da FEUP, com o apoio do Comissariado Cultural desta Escola. A iniciativa pretende incentivar os há-bitos de leitura da comunidade académica, com o intuito de ampliar as bases literárias dos estudantes, docentes e colaboradores da Faculdade de Engenharia e, ao mesmo tempo, fomentar o debate sobre autores e obras literárias de inegável valor histórico, científico e literário.

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Sabia que...A origem do LSRE remonta a 1976 fazendo então parte do Centro de Engenharia Química (CEQ/INIC) da Universidade do Porto. O LSRE na sua forma atual foi criado em 1990 e é hoje uma Unidade de I&D financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) do Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Classificado de Excelen-te nas três avaliações externas relativas aos períodos 1993-1995, 1996-1998 e 1999-2001, é a única unidade de I&D da FEUP com três classificações consecutivas de Excelente.http://lsre.fe.up.pt

A classificação empírica dos aromas é arbitrária, dando origem a disputas na indústria de perfumes quanto à descrição de uma fragrância, o que tem um impacto negativo no tempo e dinheiro necessários para desenvolver no-vos perfumes. Para resolver essa questão, uma equipa de investigadores do Laboratório de Processos de Separação e Reação (LRSE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) liderada pelo professor Alírio Rodrigues criou uma metodologia científica, o Radar de Perfumes.

Na base da investigação esteve a compilação de uma extensa lista de descrip-tores de aromas a partir das bases de dados usadas na indústria de perfumes. Miguel Teixeira, Alírio Rodrigues e Oscar Rodriguez (na foto) descobriram que oito designações gerais funcionavam como uma espécie de famílias onde mais de dois mil aromas específicos podiam ser classificados. A partir daí, distribuíram as oito famílias num gráfico muito semelhante ao dos monito-res de radar e testaram, primeiro, quatro óleos essenciais - laranja, limão, jasmim e tomilho - e, posteriormente, 14 perfumes femininos. Os óleos e os perfumes foram depois analisados através de cromatografia de gases (para quantificar cada componente químico) e espectrometria de massa (para identificar cada componente), associando cada um destes componentes químicos a uma das oito famílias de aromas. Esta metodologia recentemente desenvolvida no Laboratório de Processos de Separação e Reação pretende prever a classificação de qualquer perfume em diferentes famílias olfativas que os perfumistas utilizam frequentemente nas suas avaliações sensoriais. Assim, o Radar de Perfumes vem introduzir uma base científica na classificação de fragrâncias, reduzindo a arbitrarie-dade da classificação de perfumes à classificação empírica dos componentes puros. Deste modo, a aplicação desta ferramenta na indústria de fragrâncias poderá introduzir avanços no design de novas fragrâncias e produtos per-fumados, uma vez que pode ser utilizada na etapa de pré-formulação. Isto permitiria reduzir o número de experiências de teste que são necessárias até se chegar à formulação desejada e, consequentemente, os custos no produto final. Contudo, a nível da indústria, o papel dos perfumistas continuará a ter um peso significativo, tanto para a classificação, como para a formulação de perfumes, dada a complexidade do sistema olfativo.

Investigadores da FEUP desenvolvem um radar de perfumes

Mafalda Arnauth canta «Sons do Mundo»O auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foi o palco escolhido para um concerto especial: intitulado “Sons do Mundo” o espetáculo teve lugar no dia 26 de fevereiro e proporcionou uma noite diferente a todos os que tiveram oportunidade de ver e ouvir 18 canções de vários países do mundo, interpretadas na língua original. Dirigido pelo Maestro Sérgio Martins, o concerto foi interpretado pelo EncantusCorus e contou com a participação especial de Mafalda Arnauth, uma das mais aclamadas fadistas portuguesas, que teve a oportunidade de interpretar vários fados.O concerto “Sons do Mundo” decorre no âmbito da parceria entre o Comissariado Cultural da FEUP e o «Porto, Bairro a Bairro», projeto do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social da Câmara Municipal do Porto.

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A equipa de futebol robótico FC Portugal, projeto conjunto da FEUP e da Universidade de Aveiro, arrecadou dois 2ºs lugares durante a partici-pação no RoboCup German Open 2011 que se realizou em Magdeburgo, Alemanha, de 30 de março a 3 de abril. A equipa FC Portugal compe-tiu nas Ligas de Simulação de Futebol Robótico 2D e 3D, acabando por se sagrar vice-campeã europeia nas duas modalidades.

O torneio deste ano contou com nove e quatro equipas no 3D e 2D, respetivamente, provenien-tes de sete países: Alemanha, EUA, França, Irão, Portugal, Reino Unido e Turquia. A equipa FC Portugal 2D disputou 10 jogos, tendo marcado 111 golos e sofrido 7. A equipa FC Portugal 3D, por sua vez, disputou 12 jogos tendo marcado um total 43 golos e sofrido 4.As competições robóticas pretendem promover a investigação na área emergente da robótica bem como a divulgação da robótica e da ciência e tecnologia em geral. A nível internacional, a principal referência é o RoboCup, campeonato mundial de robótica realizado anualmente

A Reter... É uma das maiores associa-ções mundiais na área dos Sistemas Inteligentes de Transportes e conta, a partir de janeiro de 2011, com um professor da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) no Board of Govenors (BoG), uma espécie de comissão executiva responsável pela gestão e organização das diversas atividades que envolvem a Intelligent Transportation Systems Society (IEEE ITSS). Rosaldo Rossetti, professor auxiliar no Departamento de Engenharia Informática da FEUP, vê assim reconhecido o seu percurso como investigador, que desde cedo sentiu necessidade de desenvolver trabalho na área da Inteligência Artificial e suas aplicações aos sistemas de trans-portes. Natural do Brasil, Rosaldo Rossetti está em Portugal desde o ano 2000. O seu mandato na IEEE ITSS termina em finais de dezembro de 2013.

Ademar Aguiar, professor auxiliar do Departamento de Engenharia Informática da FEUP foi recentemente nomea-do vice-presidente do Hillside Group. Criado em 1993,

o Hillside Group é uma organização educacional sem fins lucrativos que promove o uso de padrões e de linguagens de padrões para recolher, analisar e melhorar o software existente e o seu desen-volvimento. Com mais de 20 anos de experiência em desenvolvimento de software, Ademar Aguiar especializou-se em arquitetura e design de softwa-re (patterns, frameworks, infrastructures), métodos ágeis, wikis e ferramentas de colaboração abertas. Para além da área de engenharia de software, o in-vestigador explora também a aplicação de softwa-re social e Web 2.0 a outro tipo de domínios, tais como a educação e a música, tendo atualmente como mais importante projeto o escolinhas.pt, que deu origem ao Spin-off Tecla Colorida.

Lucas Silva, professor auxiliar do Departamento de Engenha-ria Mecânica da FEUP, e Ma-riana Banea, investigadora do mesmo departamento, foram recentemente distinguidos com o “2010 SAGE Best Paper Award”. O artigo “The effect of temperature on the mecha-nical properties of adhesives for the automotive industry” pretendeu desenvolver uma

nova tecnologia para a produção de autocarros de passageiros usando materiais compósitos. Trata--se de uma nova tecnologia que recorre a ade-sivos em juntas coladas, permitindo melhorar a performance e economizar o consumo do veículo, que para além de poupar energia consegue andar mais depressa. Os estudos e testes realizados tiveram em conta as variações das propriedades mecânicas das juntas coladas usadas na indús-tria automóvel.

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FC Portugal é Vice-Campeã Europeia do RoboCup

desde 1997. Trata-se de um campeonato cujo principal objetivo é ter demonstrações de robôs a funcionar em equipa, incluindo várias modali-dades de competição: futebol robótico, busca e salvamento em situações de catástrofe e robótica doméstica. No caso do futebol robótico, os agen-tes jogadores são completamente autónomos, isto é, não há qualquer intervenção humana nas decisões que tomam durante os jogos. Conse-quentemente, todas as decisões são baseadas nas informações enviadas pelo simulador (que simula sensores de visão, audição, etc), que são processadas pelo seu software de controlo de acordo com uma estratégia pré-definida, e na partilha de informação entre os agentes jogado-res e treinador.Recorde-se que a equipa FC Portugal é um proje-to conjunto da FEUP e da Universidade de Avei-ro, que usa as competições de futebol robótico do RoboCup para desenvolver investigação em coor-denação de equipas de robôs. O projeto iniciou-se em 2000 e a equipa já ganhou 2 campeonatos mundiais e 5 campeonatos europeus, tendo con-quistado mais de 20 troféus internacionais.

O Departamento de Engenharia Informática da FEUP e o Laboratório de Inteligência Artifi-cial e de Ciências de Computadores (LIACC) estiveram em destaque no Festival Nacional de Robótica que decorreu no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, de 6 a 10 de abril. A FEUP arrecadou o prémio de melhor artigo, com “Optimizing a Humanoid Robot Skill”, um trabalho desenvolvido no projeto FC Portugal. Da autoria de Luís Rei, Luís Paulo Reis e Nuno Lau, o artigo apresenta uma metodologia genérica de otimização utilizando algoritmos de inteligência artificial, para melhorar a eficiência de skills (getup, kick, turn, walk, ...) dos robôs

humanoides simulados da equipa FC Portugal 3D, sendo que foi possível duplicar a eficiência de algumas competências após a otimização.Na competição Freebots, o projeto “Intellwheels - Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal Flexível” obteve o segundo lugar da classificação final (ver página 27). Este projeto inovador na área da inteligência artificial e da robótica iniciou-se na FEUP em 2006, tendo como parceiros o LIACC e o INESC Porto, e mais recentemente, a Universidade de Aveiro (UA), Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto (ESTSP/IPP) e a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC).

DEI e LIACC vencem no Festival Nacional de Robótica

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O Design Studio da FEUP e o Royal College of Art de Londres organizaram, nos dias 3 e 4 de junho, o Workshop 24hrs Inclusive Design Challenge sobre o tema “Cidade Inclusiva”. Este desafio levou os participantes a criar uma solução de design inclusivo em apenas 24 horas.

Inédito em Portugal, 24hrs Inclusive Design Challenge contou com a orientação da Professora Julia Cassim do Helen Hamlyn Centre (RCA) do Royal College of Art de Londres, à semelhança das que tem vindo a organizar desde 2000, em diver-sas cidades do mundo. Considerada uma das 50 personalidades mundiais mais relevantes na área do Design Inclusivo, Julia Cassim veio a Portugal

24Hrs Inclusive Design Challengeorientar 5 equipas multidisciplinares consti-tuídas por Designers de produto, Designers de comunicação, Engenheiros, Arquitetos, Técnicos de planeamento Autárquico, representantes de as-sociações relevantes da área da reabilitação, inte-gração social, etc, estudantes de design de 2º ciclo e “Design Advisers” utentes com necessidades especiais, sejam elas motoras, visuais, decorrentes de barreiras cognitivas ou culturais). No final, os participantes apresentaram propostas de soluções concretas para os problemas identificados pelos próprios grupos na marginal de Gaia, o local onde decorreu o desafio, e passíveis de serem utilizadas por qualquer um, independentemente da idade, condições físicas, etc.

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A Rede VIRQUAL foi premiada nos Estados Unidos com o “Learning Impact Leadership Award”. O projeto europeu de criação da rede VIRQUAL lide-rado pela Universidade do Porto foi galardoado pelo júri do IMS Global Learning Consortium du-rante a “Learning Impact Conference 2011” que decorreu entre 16 e 19 de maio, em Long Beach, Califórnia, tendo sido o único projeto liderado por entidades portuguesas a ser premiado.

O projeto VIRQUAL foi apresentado por Ana Dias (TecMinho) e Rita Falcão (Universidade do Porto). Os vários prémios que compõem o “Le-arning Impact Awards” reconhecem a utilização da tecnologia de apoio à aprendizagem de maior impacto, a nível mundial. Liderado pela Univer-sidade do Porto, o projeto VIRQUAL consiste numa rede para investigar a mobilidade virtual que procura integrar diversas ferramentas como

Projeto VIRQUAL distinguido nos EUA

o European Qualification Frameworks (EQF) e os Resultados de Aprendizagem (Learning Outcomes). No fundo, pesquisa-se a utilização de cursos de e-learning, tendo em vista a criação de um modelo facilitador da mobilidade virtual em instituições de Ensino Superior e em cursos de Educação Contínua. Trata-se de um projeto financiado pela Comissão Europeia, no âmbito do programa Lifelong Learning. O projeto é coorde-

nado pelo Prof. Alfredo Soeiro, da FEUP.Esta rede, inicialmente constituída por 9 institui-ções parceiras, tem neste momento 10 parceiros de sete países diferentes: Portugal, Espanha, Hungria, Estónia, Suíça, Áustria e Turquia. A Universidade do Porto é a instituição coorde-nadora e inclui a participação da Universidade Aberta e da Universidade do Minho, através da TECMINHO.

AEFEUP promove Feira das NaçõesDe 28 de fevereiro a 3 de março, a Associação de Estudantes da FEUP (AEFEUP) promoveu a “Fei-ra das Nações”, que arrancou com o “Dia da Ásia”, durante o qual os estudantes puderam participar numa demonstração de massagem tradicional indiana, numa palestra sobre “Chá verde e saúde” e ainda contactar com princípios básicos de Man-darim. O dia asiático terminou com uma sessão de cinema, em que o filme escolhido foi “O Cavalo

de Duas Pernas”, de Samira Makhmalbaf. O segundo dia foi dedicado ao continente africano com um workshop sobre comida africana, uma atuação de um grupo de dança tradicional cabo--verdiana e a exibição do filme “Tsotsi”, de Gavin Hood. Da Europa, houve o workshop “Como fazer pizzas?”, a projeção do filme “Gomorra”, de Matteo Garrone e o famoso “Chá das 5”. No último dia, dedicado à “América” houve feijoada à brasi-

leira, um workshop de danças latinas e um vídeo da Final de Basquetebol dos Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992, onde estiveram frente a frente os E.U.A. e a Croácia. Para encerrar a Feira das Nações, os estudantes reuniram-se no FEUPCaffé, onde o tema “Brasil” proporcionou uma noite de muita música e diversão.

www.aefeup.pt

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24H BEST Engineering Competition: o passaporte para Istambul

Biblioteca da FEUP lança “SDI 603”“SDI 603” é um momento de conversa sobre o sistema de comunicação científica, organizado pela Biblioteca da FEUP, à hora de almoço. Com periodicidade quinzenal, a primeira edição deste programa decorreu no passado dia 23 de fevereiro. Inteiramente dedicada ao tema Open Access, a sessão foi conduzida por Tom Wilson que centrou a sua apresentação nos princípios gerais e nos

“Jogo de Damas” apresenta-se na FEUP O início de fevereiro marcou a estreia do grupo vocal “Jogo de Damas” na cidade do Porto. O espetáculo, de entrada livre, decorreu no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e juntou em palco quatro vozes femi-ninas, acompanhadas por um trio de jazz. Barbara Francke, Fátima Serro, Rita Marques (FEUP) e Sameiro Sequeira brindaram a audiência com um espetáculo que misturou diferentes estilos musicais como o jazz, soul, blues e bossa nova. O grupo este-ve acompanhado de Paulo Gomes (piano), Miguel Ângelo (contrabaixo) e Leandro Leonet (bateria).

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Já são conhecidos os grandes vencedores da prova “24H BEST Engineering Competition”, que reuniu as melhores equipas de estudantes de engenharia no fim de semana de 21 e 22 de maio, numa maratona inventiva organizada na FEUP. Frente a frente estiveram as equipas da Universi-dade de Aveiro (UA), Instituto Superior Técnico (IST), Universidade Nova de Lisboa (UNL), Universidade de Coimbra (UC), Universidade do Algarve (UAlg) e da FEUP, com o objetivo de ca-rimbar o passaporte para a grande final europeia, que decorre já em agosto, na Turquia. Os corredores da Faculdade de Engenharia transformaram-se em palco principal para esta

maratona inventiva, formato 24 horas, em que cada um dos participantes teve a oportunida-de de pôr à prova o seu lado “MacGyver”, ao desenvolver um protótipo “surpresa” recorrendo a materiais de baixo custo e a noções básicas de engenharia.Para garantir o acesso à Final Europeia que vai decorrer em Istambul (Turquia), as 12 equipas tiveram de mostrar do que são capazes e vencer a prova: cada equipa teve 24 horas para desen-volver um protótipo surpresa - prova de “Team Design”, recorrendo apenas a materiais de baixo custo e a princípios básicos de engenharia; ou então encontrar e descrever uma solução para

um caso real, tendo em conta as informações disponíveis e as limitações que o desafio impõe - prova de “Case Study”. Em ambos os casos os participantes têm de conseguir gerir de forma inteligente o tempo e vencer os nervos e a adre-nalina que se vão fazendo notar à medida que a prova vai avançando.Organizado pelo BEST Porto, esta é a 2ª vez que a FEUP acolhe uma Final Nacional das Compe-tições de Engenharia. Com uma duração de três dias, incluindo a sessão de abertura, resolução da prova, avaliação dos protótipos pelo júri e entrega de prémios, o tipo de protótipos a criar e o desafio do “Case Study” estiveram no segredo dos Deuses até ao início da competição.A prova decorreu entre as 14h de sábado e domingo, tendo cada uma das equipas apresen-tado e explicado ao júri o protótipo ou a solução que desenvolveu e os princípios de engenharia nos quais se baseou para concretizar a prova. A sessão de testes dos protótipos decorreu no dia seguinte, no campus da FEUP, numa sessão aber-ta ao público, que foi também palco da cerimónia de entrega de prémios aos vencedores das provas de “Team Design” e “Case Study”: Universidade de Aveiro (UA) e Universidade do Algarve (UAlg), respetivamente (na foto).

http://ptbec.eu

problemas da publicação científica de acesso livre, baseado na sua experiência de publicação e edição na revista “Information Research” ao longo dos últimos 15 anos. Docente, investigador e responsável pela School of Information da Universidade de Sheffield (1982 a 1997), Tom Wilson desenvolveu até ao ano 2000 atividade de investigação em diversas áreas,

incluindo gestão da informação, comportamentos de pesquisa e uso da informação e informação empresarial. Desde esta data, continuou a sua carreira de investigador como Diretor Associado (Associate Diretor) do grupo de investigação AIMTech da Leeds University Business School, e Professor Convidado na Swedish School of Library and Information Science.

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“Morabeza”: um olhar diferente sobre ÁfricaPara assinalar o Dia de África o Comissariado Cultural da Faculdade de Engenharia da Univer-sidade do Porto (FEUP) em colaboração com o G.A.S Porto, promoveu uma atividade cultural diferente com a exibição do documentário “Mo-rabeza”. De autoria de Rui Ribeiro, o filme retrata a vida da comunidade de estudantes dos PALOP, que estão neste momento a viver em Portugal e a adaptar-se à vida universitária portuguesa. Enco-mendado pelo Comissariado Cultural da FEUP, a exibição deste documentário no passado dia 25 de maio foi uma oportunidade única de docu-mentar a chegada e adaptação destes estudantes D

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O Circuito Vasco Sameiro (Braga) foi o palco escolhido para o arranque da 5ª temporada do Challenge Desafio Único. No fim de semana de 16 e 17 de abril cerca de 50 carros e 100 pilotos tive-ram a oportunidade de viver de perto as emoções do desporto automóvel, num dos circuitos mais emblemáticos do circuito automóvel português. À semelhança das edições anteriores, estas duas competições são muito participadas: para a Categoria FEUP 1 (Uno 45), estão inscritas 21 equipas, e para a Categoria FEUP 2 (Punto 85), cerca de 25 formações. De realçar o número de novos pilotos na Categoria FEUP 1 e ainda o elevado número de pilotos que se transferiu da FEUP 1 para a Categoria FEUP 2.Paralelamente à competição, foi realizada uma atividade destinada à sensibilização das pessoas para os cidadãos portadores de deficiência. Em colaboração com a Fundação Salvador esta

Desafio Único 2011 arrancou em Bragainiciativa teve lugar no dia 16 de abril, das 14h às 17h, durante os treinos privados da competição automóvel. Esta atividade consistiu na possi-bilidade de experimentar ser copiloto no carro da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, ao lado de pilotos experientes, como Adruzilo Lopes, Filipe Matias, Ricardo Rocha e Rosário Sottomayor.Organizado desde 2007 pelo Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial daFEUP com o apoio da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), o Challenge Desafio Único divide-se nas categorias FEUP 1 (com viaturas Fiat Uno 45 S) e FEUP 2 (com viatura Fiat Punto) e conta, esta temporada, com a atribuição do Troféu Feminino, reservado ex-clusivamente a equipas femininas na competição.

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aos costumes e hábitos portugueses. O dia de África foi também assinalado de forma especial na cantina da FEUP com a inclusão de uma su-gestão gastronómica africana no menu diário que esteve disponível a todos os estudantes. Recorde--se que o documentário de Rui Ribeiro tinha sido já exibido à comunidade da FEUP no dia 14 de março, no âmbito do Ciclo de Cinema e Debate “Open Mind”. A projeção do filme foi o ponto de partida para o debate sobre a multiculturalidade, conduzido por Diana de Vallescar, docente da Universidade Lusófona do Porto.

O relvado central da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto foi o palco escolhido para uma Aula do Yoga ao ar livre. Denomina-da “Yoga e Exames sem Stress”, esta iniciativa teve como principais destinatários os estudan-tes e docentes de todas as escolas do Ensino Superior do Porto. Organizada pelo Centro do Yoga do Porto - que leciona semanalmente aulas do Yoga na FEUP desde 2007 - nesta aula foram ensinadas téc-nicas do Yoga que têm como objetivo ajudar os estudantes e professores a gerir melhor o stress durante o estudo e durante os exames e a libertar o cansaço mais facilmente, permitindo-lhes estudar ou trabalhar durante mais tempo e a concentrarem-se melhor para tornarem o estudo e o trabalho mais produti-vos. Este evento insere-se na iniciativa nacional que o Departamento Jovem da Confederação Portuguesa do Yoga promoveu nos meses de maio e junho em todo o país.

Yoga para Exames “sem Stress”

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FEUP integra rede europeia em biomassaA Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) integrou há um ano o projeto euro-peu “EuroBioRef”, juntamente com 27 parceiros de 14 países diferentes. Com um financiamento do 7º Programa Quadro (União Europeia) no valor de 23 milhões de euros, o projeto contempla todo o processo de transformação de biomassa, desde as culturas até aos produtos comerciais finais.

Numa reunião de balanço do projeto, realizada re-centemente em Colombes (França), em que todos os parceiros estiveram reunidos, foram apresenta-dos os resultados do primeiro ano de atividade do projeto “EuroBioref”. Existem, atualmente, nos campos de teste várias culturas não alimentares, apesar de alguns problemas em obter determina-das sementes. Por esse motivo e também com o objetivo de diversificar as potenciais matérias-pri-mas, o projeto procura diferentes fornecedores de sementes. Os investigadores estão, portanto, a desenvolver esforços no sentido de implementar uma estratégia específica de rotações e combina-ções de culturas, de modo a encontrar sinergias entre as culturas para fins alimentares e não alimentares. No caso de culturas não alimentares, são investigados rendimentos adicionais, para a comunidade de agricultores, gerados a partir de novos negócios, tais como, a produção de mel e de seda, de forma a aumentar o desenvolvimento local e a sustentabilidade da produção.

Um dos aspetos originais do projeto é a valori-zação de uma forte integração dos processos ter-moquímicos, químicos/catalíticos e bioquímicos, os quais trabalham em sinergia para a transfor-mação de toda a matéria-prima. Vários produtos foram produzidos com base no desenvolvimento de processos catalíticos, e as primeiras amostras estão agora a ser testadas na formulação de com-bustíveis de aviação e em aplicações de elevado valor, tais como, químicos e polímeros. Estas ações permitem seguir para as demonstrações que estão planeadas a partir do próximo ano.Outro ponto forte é que a avaliação do ciclo de vida não é restringida à pegada de carbono, incluindo também, a avaliação do impacto sócio-

-ambiental e económico, de modo a determinar a sustentabilidade da solução proposta. Neste momento, estão a ser desenvolvidas algumas ferramentas específicas, tendo em conta esforços de harmonização com grandes projetos “irmãos” na EU, para levar a cabo estas avaliações.Coordenado pelo Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em França, o projeto está a ser coordenado na FEUP pelo professor Alírio Rodri-gues, em colaboração com Viviana Silva que assume as funções de gestora do projeto. Ambos são investi-gadores do LSRE/LCM e docentes na FEUP.

www.eurobioref.org

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Educação Contínua: FEUP e Institutos de Interface assinam ProtocoloNo passado dia 26 de abril, a FEUP assinou um protocolo de cooperação com alguns dos Insti-tutos de Interface. O objetivo passa por reforçar a cooperação na área da Educação Contínua dirigida a profissionais e empresas.

Com o objetivo de reforçar a cooperação com os Institutos de Interface na área da Educação Contínua, a Faculdade de Engenharia da Univer-sidade do Porto (FEUP) assinou recentemente um protocolo de colaboração com algumas destas unidades: Centro de Risco da Universidade do Porto (CERUP), Instituto da Construção (IC), Instituto de Desenvolvimento e Investigação Tecnológica (IDIT), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC Por-to), Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC), Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI), Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos (IHRH), Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e Laboratório de Ensaio de Materiais de Construção (LEMC). A assinatura do protocolo decorreu na Sala de Atos, numa cerimónia aberta a toda a comunidade.

Recorde-se que a FEUP, no âmbito dos seus estatutos, disponibiliza anualmente uma oferta de formação contínua, não conferente de grau académico, dirigida a profissionais e empresas, dando igualmente resposta a pedidos de forma-ção em engenharia à medida por parte de empre-

sas, dispondo para tal de estruturas orgânicas de apoio a vários níveis. Os Institutos de Interface, tendo entre os seus ob-jetivos a divulgação de conhecimento, promovem cursos de formação no âmbito das suas ativida-des, podendo beneficiar das possibilidades de

atribuição de ECTS pela Universidade do Porto e certificação pela FEUP, bem como do reconheci-mento dos ECTS obtidos na formação académica conducente a grau académico.

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A feira de emprego anual da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) realizou-se nos dias 29, 30 e 31 de março. A iniciativa, que este ano reuniu mais de 50 empresas nacionais e estrangeiras contou com palestras, entrevistas rápidas de seleção, workshops de desenvolvi-mento em soft skills, recrutamento de estudantes e networking. A grande novidade desta edição passou pela aposta no emprego científico como oportunidade de carreira: o CERN - instituição europeia que acolhe neste momento cerca de 20 antigos estudantes da FEUP - marcou presença, pela primeira vez, nesta feira. Organizado pela Divisão de Cooperação da FEUP, o FEUP FIRST JOB contou com a participação de empresas portuguesas como a SONAE, EFACEC, Deloitte, GALP Energia, Martifer, EDP, entre outras. Nesta edição, houve ainda oportunidade de ficar a conhecer casos de sucesso de antigos estudantes da FEUP que lança-ram ideias de negócio e se aventuraram no ramo da criação do próprio emprego. www.fe.up.pt/firstjob2011

FOTOGRAFIAS: MANUEL FONTES

FOTOREPORTAGEM

FEUP First Job reúne mais de 50 empresas

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Prémios: dose Dupla para a FEUPMariana Oliveira e Fátima Mota acabam de ser distinguidas com o 2º e 3º prémios (respetiva-mente) do “EFCE Excellence Award in Thermo-dynamics and Transport Properties”. O galardão é atribuído a cada dois anos pela Working Party on Thermodynamics and Transport Properties da Federação Europeia de Engenharia Química (EFCE) às melhores teses de doutoramento na área da Termodinâmica e Propriedades de Transporte.

Mariana Oliveira conquistou o 2º prémio com a tese “Phase Equilibria Modeling for Biofuels Production”, desenvolvida no Departamento de Química da Universidade de Aveiro, sob a orientação de João Coutinho, professor da U.Aveiro e de António José Queimada, investigador da FEUP e membro do laboratório associado LSRE - Laboratório de Processos de Separação e Reação/LCM - Laboratório de Catálise e Materiais. O seu projeto pretendeu estudar e desenvolver modelos termodinâmicos para descrever diferentes equilíbrios de fases de vários sistemas binários e multicomponentes encontrados nos processos industriais de produ-ção e de purificação de biodiesel. Isto para per-mitir uma otimização dos processos industriais já existentes e o correto dimensionamento de novos processos. “Apesar de o biodiesel ser uma alternativa ao gasóleo convencional que não exige mudanças na tecnologia automóvel atual, os processos de produção e purificação destes novos combustíveis são significativamente diferentes dos convencionais”, ressalta António José Queimada.O 3º prémio distinguiu o projeto de Fátima Mota, licenciada em Engenharia Química pela FEUP e doutorada em Engenharia Química e Biológica, pela mesma Faculdade. Sob a orien-tação de Maria Eugénia Macedo, professora

A Reter... Luís Rebelo, finalista do Mes-trado Integrado em Engenharia Civil da FEUP, é o novo presiden-te da Federação Académica do Porto (FAP). Com o voto de 19 das 21 associações de

estudantes federadas que exerceram o direito de voto, Luís Rebelo assumiu a liderança da maior federação académica portuguesa. A sessão de tomada de posse, que decorreu no dia 10 de janeiro, no Salão Nobre da Reitoria da Universi-dade do Porto, ficou marcada pelo discurso do jovem líder que vai apostar, neste seu mandato, na aproximação ao estudante e o aprofundamento da recolha de dados sobre as suas condições de vida, promovendo estudos - em particular sobre as causas do insucesso escolar, para que se possa combater este problema e evitar o abandono.

Doutorado em Engenharia Quí-mica e Biológica pela FEUP, Ale-xandre Afonso foi distinguido com o prémio de “Melhor Tese de Doutoramento em Mecânica Aplicada e Computacional

2010”, atribuído pela Associação Portuguesa de Mecânica Teórica Aplicada e Computacional (APMTAC). A tese, defendida na FEUP em dezem-bro de 2010, intitulada “Further developments on theoretical and computational rheology”, foi orientada por Manuel Alves e Fernando Pinho, professores da FEUP. Neste projeto são apresenta-dos desenvolvimentos teóricos e computacionais recentes de um programa de simulação de esco-amentos de fluidos complexos, tais como plástico fundido, soluções poliméricas, de outros aditivos ou ainda de bio-fluidos. Com um percurso acadé-mico ligado à FEUP (licenciatura em Engenharia Química, Mestrado em Fundamentos e Aplicações da Mecânica dos Fluidos e Doutoramento em Engenharia Química e Biológica), Alexandre Afonso está neste momento dedicado à investigação através de um programa pós-Doc.

Ariana Pintor e Ana Ribeiro, estudantes da FEUP, foram recentemente distinguidas com os “Prémios APDA - Ensi-no Superior 2010”, atribuído pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas, que tem como objetivo distinguir trabalhos académi-cos inéditos, de caráter inova-dor, relacionados com o setor de distribuição de água para

consumo humano e de drenagem de águas residuais, nas áreas temáticas curriculares de Engenharia e de Economia e Gestão. Ariana Pintor conquistou o “Prémio Engenharia” com o trabalho “Tratamento de águas residuais da indústria corticeira por processos combinados fotofenton solar/oxidação biológica”. Ana Ri-beiro foi distinguida com uma menção honrosa pelo projeto “Aplicação da moringa oleifera no tratamento de água para consumo humano. Re-moção de poluentes por coagulação-floculação”.

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FEUP POR DENTRO

Sage Portugal e FEUP assinam protocoloA Sage Portugal assinou recentemente um protocolo de colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que pretende estreitar e formalizar a colabora-ção entre as duas entidades. Trata-se do oficializar de uma estreita relação de parceria entre estas duas instuições e que já remonta há alguns anos. O acolhimento de es-tagiários da FEUP desde 2005, o apoio da Sage à criação do Mestrado Em Engenharia de Servi-ços e Gestão da FEUP em 2007, a colaboração, enquanto empresa-cliente, no Laboratório de Gestão de Projetos do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação e a participação da empresa em inúmeras palestras e conferências na FEUP são algumas das ati-vidades que têm sido desenvolvidas no âmbito desta parceria.Mais recentemente, ao abrigo deste protocolo, a FEUP integrou a utilização do Sage ERP X3 na

da FEUP, e de Simão Pedro Pinho, professor do Instituto Politécnico de Bragança, ambos membros permanentes do laboratório associado LSRE/LCM, desenvolveu a tese de doutoramento intitulada “Solubility Studies With Pharmaceu-tical Applications”. Fátima Mota afirma que este trabalho teve como principal objetivo contribuir significativamente para o aumento do conheci-mento da química-física de soluções contendo compostos farmacêuticos. Neste sentido foram desenvolvidas metodologias experimentais para a medição da solubilidade, e outras propriedades essenciais para a sua compreensão, tendo sido ainda propostas técnicas numéricas capazes de a prever eficientemente para aplicações em en-genharia e na indústria farmacêutica, sendo que algumas das substâncias estudadas neste projeto foram fornecidas pela empresa Bial, como explica Maria Eugénia Macedo, orientadora deste proje-to de investigação. Neste momento, Fátima Mota está já a fazer o pós-doutoramento no CNRS/La-boratoire de Génie Chimique, ENSIACET - Insti-tute National Polytechnique de Toulouse, França, em colaboração com a Total, Centre Recherche Solaize, Lyon. A Alumni FEUP revela que os seus interesses continuam bastante ligados à termo-dinâmica de soluções, área na qual participa em trabalhos de colaboração com o LSRE.

unidade curricular Sistemas de Informação do Mestrado Integrado em Engenharia Informáti-ca e Computação. Desta forma permite-se um contacto direto dos estudantes com uma solução tecnologicamente avançada e funcionalmente rica, que podem vir a encontrar na sua vida profissional. Para alcançar este objetivo, a Sage instalou o Sage ERP X3 no Centro de Informá-tica da FEUP, tornando-o assim acessível para os trabalhos práticos dos estudantes da unidade curricular referida.“Sabemos como é importante a formação para o sucesso no mercado de trabalho. Ao assinarmos este protocolo com a FEUP queremos disponi-bilizar as melhores ferramentas aos estudantes, preparando-os da melhor forma para encararem o futuro”, comenta Sara Machado, Responsável de Marketing e Alliances da Sage Portugal.

www.sage.pt

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INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICOUnidades de I&D/Laboratórios associadosPublicações indexadas ao ISI Web of SciencePublicações indexadas ao ISI Web of Science por doutorado (ETI)Peso das publicações da FEUP na U.Porto

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA Spin-offsPatentes activasProjectos de investigação nacionais em execução/iniciados (sem envolvimento de empresas)Projectos de investigação internacionais em execução/inicia-dos (sem envolvimento de empresas)Projectos de investigação em execução/iniciados em parceria com empresas(*) Os valores não contemplam os projectos geridos pelos institutos de interface.

RECURSOS FISÍCOSÁrea do campusEspaços verdesÁrea de implantação dos edifíciosDepartamentosLaboratórios de ensinoNúmero de computadores dedicados ao ensinoInvestimento em equipamentos de laboratórioObras na Biblioteca Obras online

FINANCEIROS Orçamento de EstadoReceitas Próprias

COMUNIDADE ACADÉMICA ESTUDANTES Estudantes*Estudantes de licenciatura independente Estudantes de mestrado integradoEstudantes de mestrado independente + especializaçõesEstudantes de programas doutorais (ETI)* Inclui os cursos leccionados em parceria com outras instituições de ensino superior

RECURSOS HUMANOS DocentesDocentes (ETI - equivalente a tempo integral)InvestigadoresTécnicos e dirigentes (ETI)**Docentes doutorados (ETI)** Não inclui contratos de tarefa e avença

ENSINO OFERTA FORMATIVA Conferente de grau Cursos de licenciaturaCursos de mestrado integradoCursos de mestrado independenteProgramas doutorais

Não conferente de grau Cursos de especialização Cursos de estudos avançadosUnidade de formação singularesOutros cursos ou unidades de formação contínua

ESTUDANTES ESTRANGEIROS Estudantes em mobilidade INEstudantes estrangeiros* em mestrado integrado (ETI)Estudantes estrangeiros* em mestrado independente ou especialização (ETI)Estudantes estrangeiros* em programas doutorais(*) Não inclui estudantes em programas de mobilidade

EMPREGABILIDADE (2008/2009)Estudantes com emprego à data de conclusão do cursoEstudantes com emprego 2 meses após a conclusão do cursoEstudantes com emprego 6 meses após a conclusão do curso

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FEUP MOBILITY NETWORKSTAFF TRAINING AND INTERNATIONAL FAIR FOR ENGINEERING EDUCATION ABROAD

O “FEUP Mobility Network: Staff Training and International Fair for Engineering Education Abroad” é um evento focado na educação para a mobilidade em engenharia.

As oportunidades de mobilidade internacional serão promovidas junto dos estudantes da FEUP através da feira de educação que irá decorrer nos últimos 2 dias do evento e na qual as universidades participantes irão estar representadas em stand. As instituições poderão, ainda, participar em eventos sociais e de networking, e terão a oportunidade de realizar uma apresentação institucional destinada a toda a comunidade académica.

Na 1ª edição (2009), foram acolhidas 23 universidades (12 brasileiras, 8 europeias e 2 americanas). Este ano o objetivo é captar mais universidades, sendo integrada neste evento uma “Staff Training Week”, atividade para a qual a deslocação dos participantes europeus poderá ser financiada pelo programa ERASMUS.

Pretende-se, assim, reforçar a rede de colaboração da FEUP com universidades de todo o mundo, num encontro de partilha de boas práticas, quer em processos de intercâmbio, cooperação entre universidades, mas também em assuntos relacionados com a internacionalização das instituições de ensino superior.

21 A 25 DE NOVEMBRO DE 2011WWW.FE.UP.PT/MOBILITY-FAIRORGANIZAÇÃO: DIVISÃO DE COOPERAÇÃ[email protected]