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Avaliação Formativa no Processo Ensino-Aprendizagem: uma análise dessa prática na Educação a Distancia. PROJETO DE PESQUISA 1

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Avaliação Formativa no Processo Ensino-Aprendizagem: uma análise dessa prática na

Educação a Distancia.

PROJETO DE PESQUISA

Autor: Urubatan de Almeida Ramos

2010

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Trabalho exigido como avaliação da Disciplina Métodos de Investigação e Escrita Científica, sob orientação da Profa. Dra. Suely Galli da Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores com acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da Educação

Autor: Urubatan de Almeida Ramos

2010

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Título : AVALIAÇÃO FORMATIVA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM .......Autor: Urubatan de Almeida RamosInstituição: Faculdade Mário Shenberg – Grupo Lusófona Brasil - Cotia SP - 2010Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores com acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da EducaçãoDocente Responsável - Dra. Suely Galli Soares

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INTRODUÇÃO

Nos tempos atuais a violência é um fenômeno, que nos remete a um questionamento que pode se apresentar, como comportamento - campo da psicologia, como questões culturais - no campo da sociologia e antropologia, e no que particularmente nos interessa como pesquisador da área de Ciências da Educação, como questões relacionadas a formação integral do indivíduo - campo educacional.

Sabemos da complexidade dessa discussão.

Nossa reflexão assume o caráter histórico para indagar: Antigamente nos tempos da barbárie existia violência? Logicamente que sim, os registros históricos nos mostram em detalhes, mas este fenômeno nos foi passado pela história com certa lógica. As pessoas se digladiavam pelo poder e dominação, por ideologias, por amor, por ódio, por religião, etc..

Na sociedade moderna, com suas contradições das mais diversas ordens nos parece que o fenômeno, se tinha uma identidade, não tem mais, percebemos a violência generalizada em todos os cantos do planeta e quando investigamos para saber o propósito, na maioria das vezes verificamos que é nenhum. A violência tem se tornado eventos corriqueiros não causando mais aquele espanto, que seria normal no ser humano. Apresentam-se como homicídios, lesões corporais, ameaças, ofensas e até mesmo movimentos violentos sem um propósito específico. Há uma desordem comportamental que ocupa hoje vários temas de debate de terapeutas e juristas. A violência é tema de filmes campeões de bilheteria. O tema agrada, atrai e contraditoriamente ameaça. Os condomínios residenciais protegidos são hoje os mais valorizados no mercado imobiliário – justificativa: segurança.

O que buscamos nesta reflexão é uma análise preliminar da violência sem propósito, como uma das faces desse fenômeno social e humano.

O lugar da violência nos parece hoje mais delimitado: violência no lar, na escola, no trabalho, nas ruas, nos programas de tevê, nas torcidas de futebol. Temos ainda a violência simbólica, aquela escondida nas entrelinhas da propaganda, dos programas de tevê que “vendem a falsa ilusão do sucesso”, campeonatos, torcidas, moda e outros que atingem a massa.

São Paulo. ‘”Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e por isso

ainda recebe de braços abertos brasileiros e estrangeiros que trabalham e vivem na

cidade de São Paulo, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos,

etnias, orientações sexuais e tribos”.* *texto extraído do site cidadedesaopaulo.com acesso em 01/11/2010.

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Uma das maiores metrópoles mundiais, tem uma população heterogenia, mas congregam quando se fala em futebol, paixão nacional, o sentimento aflora na pele e os apaixonados defendem seus times de forma ardente e porque não falar corajosamente. Esta paixão é exacerbada muito mais nos estádios de futebol onde o torcedor chora, reza, lamenta, ginga, ri, vibra, sente raiva, se diverte, sofre, zomba e assim esboça todos os sentimentos de todas as formas possíveis e imagináveis.

Então, por que da violência nos estádios de futebol?

A população paulistana, uma das maiores metrópoles mundiais, tem acesso às informações, e a abertura de mercado dos últimos vinte anos aqui no Brasil ampliou o acesso as informações à internet, livros, jornais, revistas, contatos pessoais, ou seja, sabe-se quais são as possibilidades dos times, quando será o jogo, compra-se ingresso pela internet, é dado conhecer qual é a escalação e suas possibilidades de combinação, quais serão as melhores rotas para chegar ao estádio e etc..

Toda essa organização disponibilização de informações pressupõe criar condições favoráveis ao espetáculo do futebol sem transtornos ou violência nos estádios.

O mercado interno e externo de jogadores é super aquecido, a paixão do jogador pela camisa do clube já não é a mesma que em tempos passados, afinal um jogador de futebol já não fica tanto tempo assim no mesmo clube, pelo menos a grande maioria. Na verdade assim que se torna bem sucedido em uma temporada, novos contratos são oferecidos e nova camisa irá vestir. Deixa ao clube uma boa fortuna também, ou seja, é um negócio de interesse mútuo, todos ficam felizes, mas o torcedor não é consultado.

Então, por que da violência nos estádios de futebol?

A segurança nos estádios paulistanos é sempre discutida, principalmente quando há algum evento desses violentos. Para se ter uma idéia em 15 de maio de 2003 foi sancionada a Lei nº 10.671, que trata do Estatuto do Torcedor, a qual responsabiliza o poder público, as confederações, federações, ligas, clubes, associações ou entidades esportivas, entidades recreativas e associações de torcedores, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como daqueles que, de qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam dos eventos esportivos. Esta Lei previa severas punições aos torcedores e aos demais responsáveis acima descritos caso houvesse mais selvagerias e violências nos Estádios.

**Graças às mortes e selvagerias incontáveis (sobretudo aquela dos torcedores do

Coritiba, no final de 2009) geraram emocionadas demandas populares de mais punição.

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Assim em julho de 2010 foi sancionada a Lei nº 12.299, que atendendo aos apelos

populares e midiáticos, criminalizou várias condutas. Foi criado um juizado temporário nos

estádios durante as partidas de futebol.

** Fonte - Matéria – NOVO ESTATUTO DO TORCEDOR publicado no site: www.parana-online.com.br por Luiz Flávio Gomes

Talvez, estudando o passado e revendo alguns conceitos paradoxais da nossa sociedade, possamos entender o que está acontecendo nesse tipo de comportamento do povo. Como diz Boaventura de Souza Santos:

“ Penso pois, ser necessária uma teoria da história que devolva a sua capacidade de revelação, um passado que se reanime na nossa direção pela imagem desestabilizadora que nos fornece do conflito e do sofrimento humano. Será através dessas imagens desestabilizadoras que será possível recuperar a nossa capacidade de espanto e de indignação é de através dela, recuperar o nosso inconformismo e a nossa rebeldia.”

Resolvemos estudar mais profundamente esse fenômeno nos estádios de futebol da Cidade de São Paulo.

JUSTIFICATIVA

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Então, por que da violência nos estádios de futebol?

Estudar a violência nos estádios de futebol, trará elementos que contribuirão para os debates sobre essa questão antropológica que atravessa o século XX nos países do futebol, sobretudo no Brasil.

Como pesquisador da área de Ciências da Educação, esse tema torna-se relevante, pois, o torcedor hoje está em toda parte inclusive nas escolas para onde voltam após uma partida de futebol, feridos, ou contando sobre a violência presenciada.

Vemos a escola como um lugar de muitas possibilidades para uma formação da consciência sobre o esporte e sua presença em nossas vidas como elemento cultural, entretenimento que permite acompanhar campeonatos, fazer cálculos de gols, partidas, chaves e tabelas e sobretudo apreciar a arte que predomina essa área da educação física e do esporte nos passes criativos e nas jogadas do atleta em campo.

Essa pesquisa trará dados para estudos e propostas educativas na escola com repercussão na família e na sociedade, como sensibilização para transformação dessa situação.

OBJETIVOS

Levantar e sistematizar informações sobre violência nos estádios como forma de sensibilizar, ao mesmo tempo, que, provocar o interesse e a curiosidade pelo assunto, por alunos e professores;

Destacar o problema como bastante complexo e de difícil solução, porém, despido de interesse político, econômico e financeiro e trabalhá-los de forma acadêmica, como estudo a ser explorado.

Refletir sobre os possíveis porquês da situação chegar ao ponto de tirar a vida de um jovem que simplesmente vai a um estádio de futebol para assistir o seu time do coração jogar.

Promover o conhecimento do assunto de forma técnica e informativa, para que haja um planejamento educacional de alcance social, de médio e longo prazo para coibir com naturalidade a violência nos estádios e não de forma ameaçadora e punitiva o que agrava a questão da violência.

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METODOLOGIA

A pesquisa terá abordagem qualitativa nas análises, a leitura e observação e o registro serão fundamentais na coleta de dados.

A pesquisa qualitativa Segundo Minayo

“....trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”. (Minayo: 1994, 21)

Uma vez que utilizaremos da observação e do registro, descrição de fatos e acontecimentos, leitura de leis e de condutas numa atividade interpretativa do conteúdo, nossa pesquisa assumirá o que Chauí nos apresenta como métodos de pesquisa fundamentados na filosofia como:

1. É descritivo – descreve as estruturas internas ou essenciais de cada campo de objetos do conhecimento e das formas de ação humana;2. É interpretativo – busca as formas da linguagem e as significações ou os sentidos dos objetos, dos fatos, das práticas e das instituições, suas origens e transformações.”

O trabalho partirá da leitura investigativa e pesquisa de trabalhos já publicados. Levantamento de literatura sobre o assunto, reportagens relevantes de acontecimentos dos últimos 10 anos, procurando comparar o contexto dos acontecimentos, com as literaturas lançadas nas respectivas épocas.

Entrevistas com profissionais do esporte, dirigentes de clubes, associações, sindicatos, entidades governamentais, promotoria pública, juízes, ONGs, repórteres da área, torcedores avulsos e de torcidas organizadas.

Apontar as principais soluções encontradas nos últimos 10 anos.

Em posse desses dados, organizar palestra para escola, professores e alunos do ensino fundamental e médio, buscando coletar suas impressões, opiniões e sugestões de como reverter o quadro apresentado a partir da escola.

Montar um cronograma para acompanhamento do trabalho de pesquisa

RESULTADOS ESPERADOS

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A expectativa é de desenvolver o trabalho trazendo informações novas sobre o assunto, e outras já conhecidas, vista sob prisma do que deveria ser tratado como nexo causal da violência nos Estádios de Futebol Paulistano.

Trazer o cerne do problema a partir da pesquisa desenvolvida.

Esperamos desenvolver o trabalho com a pretensão de esmiuçar o problema de tal forma que faça as pessoas ou a sociedade como um todo pensar no problema não de forma imediata e procurando soluções esparsas, pontuais, de forma desesperada ou ainda apenas para dar uma resposta imediatamente após o ocorrido.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

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História de São Paulo – Turismo – atualizado até 04.03.2010 – Site: www.cidadedesaopaulo.com – visitado em 01/11/2010;

Matéria – NOVO ESTATUTO DO TORCEDOR publicado no site: www.parana-online.com.br

por Luiz Flávio Gomes é doutor em Direito penal pela Universidade Complutense de Madri, mestre em

Direito Penal pela USP, diretor-presidente da Rede de Ensino LFG e co-coordenador dos cursos de pós-

graduação transmitidos por ela. Foi promotor de Justiça (1980 a 1983), juiz de Direito (1983 a 1998) e

advogado (1999 a 2001). www.twitter.com/ProfessorLFG. www.blogdolfg.com.br

Chauí, Marilena – Convite à Filosofia;

Santos, Boaventura de Sousa – Para uma Pedagogia do Conflito.

BIBLIOGRAFIA –

BARROS, Aidil de Jesus P. – Projeto de Pesquisa – Propostas Metodológicas – 14ª. Edição Co-autora - Lehfeld, Neide Aparecida S. – Editora Vozes – 2003.

DEMO, Pedro – Pesquisa Princípio Científico e Educativo – 2ª. Edição – Editora Cortez – São Paulo – Autores Associados – 1991 (Biblioteca de educação, série 1. Escola ; V.14);

DEMO, PEDRO – Metodologia Científica em Ciências Sociais – 3ª. Edição –Editora Atlas –São Paulo – 1991.

FAZENDA, Ivani – Organizadora – Metodologia da Pesquisa Educacional – Editora Cortez. 1989.

FAZENDA, IVANI – Organizadora – Novos Enfoques da Pesquisa Educacional – 3ª. Edição – Editora Cortez. – Ano...

GAJARDO, Marcela – Pesquisa Participante na América Latina, Editora Brasiliense – Tradução Tânia Pellegrini – 1986 ;

LONY MICHAEL, Ideologias e Ciência Social Elementos para uma Análise Marxista – 5º. Edição – Editora Cortez. Ano....

LUNA, S.V. – Planejamento de Pesquisa uma Introdução – Editora Serie Trilhas – 2000;

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MEDEIROS, João Bosco – Redação Científica – Editora Atlas – A Prática de Fichamentos, Resumos, Resenhas – 2000;

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini – Metodologia da Pesquisa – Abordagem Teórica – Prática – 4ª. Edição – Papiro Editora – 1999

SEVERINO, A.J. – Metodologia do Trabalho Científico 22ª. Edição – Editorial Cortel – 1941. Severino, Antonio Joaquim – Impresso no Brasil 2003.

SOARES, S.G. Educação e Integração Social – Suely A. Galli Soares, Editora Alínea – Campinas –S.P.- 2003;

SOARES, S.G. – Arquitetura da Identidade – Sobre Educação, Ensino e Aprendizagem – 2ª. Edição Editora Cortez – Ano...

SOARES, S.G. – Organizadora – Cultura do Desafio Gestão de Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior – Editora Alínea – Ano.....

SOUZA, M.C. – Pesquisa Social – Teoria, método e Criatividade – Organizadora Minayo Editora – Vozes- 1994.

TRUVIÑOS, Augusto N.S. – Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais – A Pesquisa Qualitativa em Educação – O Positivismo a Fenomenologia – O Marxismo – Editora Atlas – 1987

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