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INFOPREV INFOPREV INFOPREV INFOPREV Informativo de Prevenção do SERIPA V | Ano 2013 Nº 01 JUNHO O SIPAER O Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), instituído pelo Decreto nº 69.565, de 19 de novembro de 1971, tem a finalidade de planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos. O que significa SIPAER? O SIPAER é o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, cujo órgão central é o CENIPA. Esse Sistema é formado por Elos, que podem ser órgãos, setores ou cargos, responsáveis por gerenciar a Segurança de Voo nas organizações. O que é o CENIPA? O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) é a Organização Militar da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelas atividades de prevenção de acidentes aeronáuticos, dentre elas a investigação de ocorrências da aviação civil e militar. Sendo a investigação uma ferramenta de prevenção, significa que, depois de investigar, o CENIPA emite Recomendações de Segurança de Voo para alertar a comunidade aeronáutica dos fatores que contribuíram para o acidente e, dessa forma, buscar evitar que situações semelhantes se repitam. O CENIPA dispõe de Programas e Cursos como outras ferramentas de prevenção de acidentes. Dentre os Programas mencionamos o Gerenciamento do Risco Aviário, Gerenciamento do Risco Baloeiro, Incursão em Pista, F.O.D. (Dano causado por objeto estranho - sendo esta a designação internacional), além do Relatório Confidencial de Segurança de Voo e o Relatório de Prevenção. Fases da Investigação 1. Ação INICIAL Esta fase consiste na coleta dos dados no local do acidente, fotografias e verificações necessárias no local. 2. Levantamento de Dados Nesta fase são realizadas entrevistas com os envolvidos, direta ou indiretamente, no acidente, leitura de gravadores de voo, exames, pesquisas e análises. 3. Relatório FINAL Nesta fase é elaborado o documento-síntese dos resultados da investigação, o qual é aprovado pelo Comandante da Aeronáutica. Porque investigar somente para prevenir? Sendo o Brasil participante da OACI (Organização de Aviação Civil Internacional) e signatário da Convenção de Aviação Civil Internacional, realizada em Chicago, de 1944, assume o compromisso de cumprir com os acordos firmados. No Anexo 13 a essa Convenção define-se que a investigação só será realizada com o objetivo de prevenir futuros acidentes. Assim os trabalhos do CENIPA não determinam culpa, cabendo esta responsabilidade à investigação policial. SERIPA V SERIPA V SERIPA V SERIPA V

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INFOPREVINFOPREVINFOPREVINFOPREV

Informativo de Prevenção do SERIPA V | Ano 2013 Nº 01 JUNHO

O SIPAER O Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), instituído pelo

Decreto nº 69.565, de 19 de novembro de 1971, tem a finalidade de planejar, orientar, coordenar, controlar

e executar as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos.

O que significa SIPAER?

O SIPAER é o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, cujo órgão central é

o CENIPA. Esse Sistema é formado por Elos, que podem ser órgãos, setores ou cargos, responsáveis por

gerenciar a Segurança de Voo nas organizações.

O que é o CENIPA?

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) é a Organização Militar

da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelas atividades de prevenção de acidentes aeronáuticos,

dentre elas a investigação de ocorrências da aviação civil e militar.

Sendo a investigação uma ferramenta de prevenção, significa que, depois de investigar, o CENIPA

emite Recomendações de Segurança de Voo para alertar a comunidade aeronáutica dos fatores que

contribuíram para o acidente e, dessa forma, buscar evitar que situações semelhantes se repitam.

O CENIPA dispõe de Programas e Cursos como outras ferramentas de prevenção de acidentes.

Dentre os Programas mencionamos o Gerenciamento do Risco Aviário, Gerenciamento do Risco Baloeiro, Incursão em Pista, F.O.D. (Dano causado por objeto estranho - sendo esta a designação

internacional), além do Relatório Confidencial de Segurança de Voo e o Relatório de Prevenção.

Fases da Investigação

1. Ação INICIAL

Esta fase consiste na coleta dos dados no local do acidente, fotografias e verificações necessárias no

local.

2. Levantamento de Dados

Nesta fase são realizadas entrevistas com os envolvidos, direta ou indiretamente, no acidente, leitura

de gravadores de voo, exames, pesquisas e análises.

3. Relatório FINAL

Nesta fase é elaborado o documento-síntese dos resultados da investigação, o qual é aprovado pelo

Comandante da Aeronáutica.

Porque investigar somente para

prevenir? Sendo o Brasil participante da OACI (Organização de Aviação Civil Internacional) e signatário da

Convenção de Aviação Civil Internacional, realizada em Chicago, de 1944, assume o compromisso de

cumprir com os acordos firmados. No Anexo 13 a essa Convenção define-se que a investigação só será

realizada com o objetivo de prevenir futuros acidentes. Assim os trabalhos do CENIPA não determinam

culpa, cabendo esta responsabilidade à investigação policial.

SERIPA VSERIPA VSERIPA VSERIPA V

2 InfoPrev - SERIPA V

SERVIÇOS REGIONAIS DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS (SERIPA)

No ano de 2007, foram criadas sete novas Organizações

Militares denominadas Serviço Regional de Investigação e Prevenção

de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), encarregadas do

planejamento, gerenciamento e execução das atividades de

Segurança de Voo nas suas respectivas áreas de atuação.

Distribuídos pelo território brasileiro, os SERIPA facilitam a

disseminação da doutrina de segurança de voo no país.

Os SERIPA são subordinados, técnica e operacionalmente ao

CENIPA e ,administrativamente, aos Comandos Aéreos Regionais

(COMAR).

1. Ações imediatas à EMERGÊNCIA: Em primeiro lugar preste socorro às vítimas e, se possível, faça

contato com a autoridade policial / bombeiros da localidade, informando o local da ocorrência, tipo de

acidente e riscos associados, como vazamento de combustível ou perigo de incêndio.

As operações de salvamento tem prioridade. Na sequência procure comunicar a ocorrência com a

maior brevidade possível.

2. Contatos do SERIPA V: Endereço: Av. Guilherme Schell, 3950 - Bairro Niterói -Canoas / RS

CEP 92200-630

Tel/Fax: (51) 3472-9928 / 3466-0180

Celular do Oficial de Sobreaviso: (51) 9268-3043

Celular do Auxiliar de Sobreaviso: (51) 9283-5207

Seção de Investigação: (51) 3466-0180

3. Procedimentos: 3.1. Comunicação de acidentes, incidentes ou ocorrência desolo:

a) A comunicação da ocorrência deverá ser realizada no site do CENIPA através do seguinte

endereço: http://www.sigipaer.aer.mil.br. Neste site deve ser selecionado a opção “Notificar uma

ocorrência”;

b) O proprietário/operador deve comunicar imediatamente, assim que tiver ciência, à Equipe de

Sobreaviso do SERIPA V nos celulares citado no item 2; e

c) Qualquer pessoa que tomar conhecimento do fato deve fazer a comunicação, por telefone ou

internet, conforme Lei 7565, 19Dez1986.

4. Preserve o local da ocorrência aeronáutica: Se estiver no local do acidente antes da chegada das autoridades aeronáuticas, evite que sejam

deslocadas ou removidas qualquer das partes da aeronave, exceto as necessárias para prestar assistência as

vítimas.

5. Seja cauteloso Os locais das ocorrências aeronáuticas podem conter produtos nocivos, incluindo materiais tóxicos,

inflamáveis e explosivos.

6. Sua colaboração é essencial As declarações que prestar ao SIPAER e seus órgãos de investigação serão apenas usadas para

efeitos de prevenção de acidentes.

SERIPA VII SERIPA I

SERIPA II

SERIPA VI

SERIPA IIIRIPA VI

SERIPA IV

SERIPA V

InfoPrev - SERIPA V 3

AÇÕES INICIAIS REALIZADAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2013 As investigações de acidentes acorridas com aeronaves civis têm como única finalidade a eliminação ou mitigação de qualquer fator de risco associado a uma condição perigosa, visando exclusivamente à prevenção de futuras ocorrências, através da emissão de Recomendações de Segurança Operacional, seguindo o compromisso firmado pela República Federativa do Brasil na Convenção de Chicago da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que foi promulgada por intermédio do Decreto n0 21.713, de 27 de agosto de 1946.

Ação Inicial

Data: Jan.2013

Histórico:

Durante a corrida de decolagem o piloto percebeu que a

aeronave estava saindo à esquerda do eixo da pista. Tentou

corrigir, todavia a aeronave derrapou, saiu da pista e veio a

capotar.

A aeronave sofreu danos graves.

O piloto sofreu lesões leves.

Ação Inicial

Data: Jan.2013

Histórico:

Após o acionamento do motor esquerdo, a bequilha

recolheu.

Houve danos graves a aeronave.

Não houve danos a terceiros.

Ação Inicial

Data: Jan.2013

Histórico:

Voo de instrução. Após TGL, a tripulação percebeu a

queda de pressão de óleo do motor e forte cheiro de óleo. Foi

sentida forte vibração do motor.

A tripulação decidiu por um pouso de emergência em

área de plantação.

Não houve danos a terceiros.

Ação Inicial

Data: Jan.2013

Histórico:

Durante voo solo, na 1ª aproximação, o piloto-aluno

perdeu o controle da aeronave ao tocar a pista.

A bequilha bateu bruscamente no solo e quebrou.

A aeronave sofreu danos graves.

O piloto-aluno saiu ileso.

4 InfoPrev - SERIPA V

Ação Inicial

Data: Jan.2013

Histórico:

A aeronave realizava aplicação de composto orgânico

na lavoura quando repentinamente colidiu com o solo.

Houve fogo após o impacto.

O piloto faleceu no local.

Ação Inicial

Data: Jan.2013

Histórico:

Durante voo solo, no primeiro circuito, ao tocar a pista

a aeronave subiu novamente. O piloto picou a aeronave e esta

tocou a pista bruscamente, quebrando a bequilha.

O piloto saiu ileso.

A aeronave sofreu danos graves.

Ação Inicial

Data: Fev.2013

Histórico:

A aeronave, ao retornar para a base operacional, caiu

nas margens do rio Santa Maria.

A aeronave sofreu danos graves.

O piloto sofreu lesões graves.

Ação Inicial

Data: Fev.2013

Histórico:

A aeronave decolou para voo panorâmico. Durante

troca da posição da seletora de combustível o motor apresentou

funcionamento anormal. O passageiro desmaiou sobre os

comandos da aeronave.

O piloto tentou um pouso de emergência.

A aeronave sofreu danos graves.

Os ocupantes sofreram lesões leves.

Ação Inicial

Data: Fev.2013

Histórico:

O piloto decolou para realizar pulverização.

A aeronave foi encontrada completamente destruída

próximo ao local de aplicação.

A asa esquerda encontrava-se separada dos demais

destroços.

O piloto faleceu no local.

Ação Inicial

Data: Fev.2013

Histórico:

A aeronave realizava adubação sólida em lavoura.

Durante a decolagem houve perda de potência com

tentativa de alijamento da carga.

A aeronave não conseguiu ganhar altura e colidiu com a

lavoura ao final da pista.

A aeronave sofreu danos graves.

O piloto saiu ileso.

Ação Inicial

Data: Mar.2013

Histórico:

Após o pouso, a aeronave saiu da pista e colidiu com a

vegetação lateral.

A aeronave sofreu danos graves.

O piloto e os passageiros saíram ilesos.

Ação Inicial

Data: Mar.2013

Histórico:

O piloto executava aplicação de fungicida.

Após o terceiro tiro, durante a execução do balão, o

piloto perdeu o controle da aeronave e colidiu contra o solo.

O piloto sofreu lesões leves.

A aeronave sofreu danos graves.

InfoPrev - SERIPA V 5

Ação Inicial

Data: Mar.2013

Histórico:

Após 1h 36min de voo, a tripulação relatou falha de

motor e pousou em uma lavoura a 100m da cabeceira da pista

em uso.

Os tripulantes saíram ilesos.

A aeronave sofreu danos graves.

Ação Inicial

Data: Abr.2013

Histórico:

A aeronave decolou para voo de experiência. Após a

decolagem houve falha de motor e tentativa de retorno a pista.

O pouso foi realizado em um gramado próximo a pista.

O piloto saiu ileso.

A aeronave sofreu danos graves.

Ação Inicial

Data: Abr.2013

Histórico:

Durante o pouso, em contato visual com as luzes da

pista (PAPI), a tripulação percebeu um afundamento anormal

da aeronave com um barulho, sem identificar a origem.

Corrigiu aplicando potência.

A aeronave parou dentro dos limites da pista.

A aeronave sofreu danos leves.

Os tripulantes saíram ilesos.

Ação IniciaL

Data: Abr.2013

Histórico:

No retorno da área a aeronave apresentou queda

acentuada de rotação do motor.

O piloto pousou em uma estrada rural.

Não houve danos à aeronave.

Os tripulantes saíram ilesos.

6 InfoPrev - SERIPA V

Ação Inicial

Data: Maio.2013

Histórico:

Ao realizar o pouso, no momento de baixar a cauda, a

aeronave guinou para a esquerda. Na tentativa de corrigir o

movimento a aeronave saiu bruscamente para a direita.

Houve o toque da ponta da asa esquerda contra o solo e

a aeronave girou 180º sobre a pista.

A aeronave sofreu danos leves.

Os tripulantes saíram ilesos.

EVENTOS REALIZADOSEVENTOS REALIZADOSEVENTOS REALIZADOSEVENTOS REALIZADOS

DATA EVENTO LOCAL PÚBLICO ALVO

19 a 21/03/2013 Jornada de Segurança de Voo Florianópolis, SC -Órgãos de Segurança Pública - Efetivo da BAFL - A d m i n i s t r a ç ã o Aeroportuária-SC .

25/04/2013 Palestra de Segurança de Voo Maringá, PR -Pilotos (Instrutores e Alunos) - Aeroclube

02/05/ 2013 Palestra de Segurança de Voo Cachoeira do Sul, RS -Pilotos Agrícolas (Escola de Aviação Aero Agrícola Santos Dumont)

15/05/2013 Jornada de Segurança de Voo Porto Alegre, RS -Pilotos (Instrutores e Alunos) - Aeroclube

16 e 17/05/2013 Seminário de Aviação Agrícola Cachoeira do Sul, RS -Pilotos Agrícolas

28/05/2013 Palestra de Segurança de Voo Canoas, RS -Efetivo do 2º/ 1º GCC

04/06/2013 Palestra de Segurança de Voo Carazinho, RS -Pilotos (Instrutores e Alunos) - Aeroclube

08/06/2013 Jornada de Segurança de Voo Blumenau, SC -Pilotos (Instrutores e Alunos) - Aeroclube

EVENTOS PLANEJADOSEVENTOS PLANEJADOSEVENTOS PLANEJADOSEVENTOS PLANEJADOS

DATA EVENTO LOCAL PÚBLICO ALVO

18 e 19/06/2013 Jornada de Segurança de Voo Porto Alegre, RS -Órgãos de Segurança Pública

-INFRAERO-POA

21 e 22/06/2013

Jornada de Segurança de Voo

Londrina, PR

-Pilotos (Instrutores e Alunos) – Aeroclube

-Oficinas de Manutenção

-INFRAERO-LON

InfoPrev - SERIPA V 7