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Coleta, processamento, conservação e armazenamento da amostra para urinálise Profa. Dra.Tatiana Elias Colombo 2015

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Urinalise

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Page 1: Urinu00E1lise

Coleta, processamento,

conservação e armazenamento

da amostra para urinálise

Profa. Dra.Tatiana Elias Colombo

2015

Page 2: Urinu00E1lise

• Espécime mais frequentemente submetido à cultura

• Pelo fato das bactérias patogênicas colonizarem a

uretra, a primeira produção da urina coletada por

micção espontânea deve ser descartada

Urina

Page 3: Urinu00E1lise

Exame da Urina é uma ferramenta diagnóstica:

• Útil na abordagem de patologia nefrológica, urológica e

sistêmica (vasculites, neoplasias…);

• Fácil e rápido de realizar;

• Baixo custo

Exame de urina

Page 4: Urinu00E1lise

Exame completo de urina envolve:

- Exame macroscópico ou físico

- Exame bioquímico

- Exame microscópico ou sedimento urinário

Exame de urina

Page 5: Urinu00E1lise

• Colheita de amostra de jato médio.

• A lavagem dos genitais externos nas mulheres é

recomendada antes da colheita – porém recomendação

não provou ter benefício.

Outpatient urine culture: does collection technique matter? Lifshitz E,

Kramer L. Arch Intern Med 2000;160:2537-40. Results: contamination rates

were similar in specimens obtained with and without prior cleansing (32

versus 29 percent).

Colheita da amostra

Page 6: Urinu00E1lise

• Urina deve ser acondicionada em recipiente próprio.

• Identifique o frasco

Observação: Volume mínimo 5 a 10 ml. Excepcionalmente são aceitos

volumes inferiores.

Colheita da amostra

Page 7: Urinu00E1lise
Page 8: Urinu00E1lise
Page 9: Urinu00E1lise

Punção supra-púbica

Garotos/ circuncisão

Recém nascido

Obtenção de

urina livre de

contaminação

Page 10: Urinu00E1lise

Cateter vesical

Álcool 70%

Cateter

Esvaziar a bexiga do paciente com retenção

urinária

Page 11: Urinu00E1lise

Sonda e equipo estéreis

Não se deve desconectar a

união sonda-tubo coletor

Se deve assegurar um fluxo de

urina contínuo e descendente

Esquema de sistema fechado

Coleta estéril

Page 12: Urinu00E1lise

• Idealmente devem-se analisar amostras dentro de 30

minutos após a colheita para evitar artefatos pós-

colheita e alterações degenerativas

• Se uma análise imediata não for possível, a refrigeração

entre 2ºC a 8ºC preservará grande parte dos

componentes urinários por 6 a 12 horas adicionais.

Conservação da urina

Page 13: Urinu00E1lise

Os patógenos do trato urinário podem crescer na urina,

assim não deve haver demora no transporte do espécime

para o laboratório

Transporte de Urina

Page 14: Urinu00E1lise

• Amostras encaminhadas via correio:

- identificar

- embalar

- transportar o material de maneira adequada

*Utilizar gelo seco ou reciclável

Observação: Não são aceitas amostras com prazo de

envio entre a coleta e análise do material acima de 12

horas - a análise do sedimento poderá ficar inviável,

comprometendo a emissão de laudo.

Transporte de Urina

Page 15: Urinu00E1lise

Avaliação da amostra

QUALIDADE DOS RESULTADOS

COLETA DA AMOSTRA

Page 16: Urinu00E1lise

Manipulação

Vacutainer BD-

Análise de Urina

Page 17: Urinu00E1lise

Urinálise

Profa. Dra.Tatiana Elias Colombo

2015

Page 18: Urinu00E1lise

• Exame físico: volume, densidade, aspecto, cor, odor,

presença de sedimento

• Exame químico: pH, proteína, cetona, glicose,

hemoglobina, urobilinogênio, nitrito...

• Exame microscópico: cristais, células (epiteliais,

hemácias, leucócitos), cilindros, filamento de muco,

bactérias, fungos, leveduras, parasitas...

Exame de urina

Page 19: Urinu00E1lise

Análise física

ASPECTO COR

VOLUME

DENSIDADE

Page 20: Urinu00E1lise

Aspecto

LÍMPIDO

Aspecto adequado

Page 21: Urinu00E1lise

Aspecto

LIGEIRAMENTE TURVO

Ligeira turvação – não necessariamente patológica (precipitação de cristais e

sais amorfos)

Page 22: Urinu00E1lise

Aspecto

TURVO

Turvação patológica - presença de células epiteliais, leucócitos, hemácias,

cristais, bactérias e leveduras

Page 23: Urinu00E1lise

Cor

- Mudança de cor

- Pigmentos contidos em alguns alimentos e remédios ou

em decorrência de alguma doença

- Condições normais: a coloração da urina varia de um

amarelo claro, amarelo citrino, até o amarelo ouro.

Page 24: Urinu00E1lise

EXAME DE URINA - COR

COR QUE A URINA PODE ASSUMIR EM DIVERSAS CONDIÇÕES

COR CAUSA PROVÁVEL

Citrina a âmbar urocromo normal

Âmbar problemas hepáticos

Alaranjada urina concentrada

Amarela intensa cenoura, beterraba, medicamentos

Laranja Pyridium (medic. analgésico TU)

Esverdeada Bilirrubina

Vinho ou castanho avermelhada Hemoglobina, beterraba

Castanha a negra medicamentos

Quase incolor urina muito diluída

Vermelha sangue, medicamentos (Rifocina)

Verde ou azul infecção: Pseudomonas

Leitosa piúria

Page 25: Urinu00E1lise
Page 26: Urinu00E1lise

Tom amarelado vem de três pigmentos sanguíneos

- urocromo

- bilirrubina Filtrados pelo rim enquanto a urina é produzida

- creatinina Quanto mais água ingerimos, mais diluímos

esses pigmentos e, consequentemente, mais claro ela fica.

Cor

Page 27: Urinu00E1lise

• Sinonímia: Peso específico urinário

• Valor de Referência: 1.010 a 1.030 g/mL

• Método: Tira reagente

• Interpretação Clínica: A densidade urinária é uma

função da concentração urinária. Em condições de alta

concentração de soluto tende a aumentar a DU. A

densidade baixa pode ser devido à incapacidade dos

túbulos renais de concentrar a urina (diabetes insípido).

Densidade urinária

Page 28: Urinu00E1lise

Teste da fita reagente - densidade

Outros métodos: Urodensímetro e Refratômetro clínico

Desvantagem: grande volume de amostra – 20 ml

Page 29: Urinu00E1lise
Page 30: Urinu00E1lise

Teste da fita reagente - pH

Medição do pH: determinação do grau de acidez na urina

- Urina ácida (pH 5,5 – 6,5): fresca

- Urina básica/alcalina: conservada durante algumas horas

Page 31: Urinu00E1lise
Page 32: Urinu00E1lise

• Proteína

• Glicose

• Cetona ou corpos cetônicos

• Hemoglobina

• Bilirrubina

• Urobilinogênio

• Nitrito

• Estearase de leucócitos

Exame químico

Page 33: Urinu00E1lise
Page 34: Urinu00E1lise

Glicosúria – urina “doce”

Page 35: Urinu00E1lise
Page 36: Urinu00E1lise
Page 37: Urinu00E1lise

QUANTITATIVA

Page 38: Urinu00E1lise

QUANTITATIVA

Page 39: Urinu00E1lise
Page 40: Urinu00E1lise
Page 41: Urinu00E1lise

Urinas alcalinas (>7,0): infecção urinária, pós-prandial

Urinas ácidas (<6,5): excreção de ácidos (acidose

diabética, medicação - citrato de sódio e bicarbonato de

potássio)

Page 42: Urinu00E1lise

pH e presença de cristais e substâncias amorfas

pH < 7,0 pH > 7,0

Oxalato de cálcio Fosfato de cálcio

Urato amorfo Carbonato de cálcio

Ácido úrico Biurato de amônio

Cistina

Page 43: Urinu00E1lise

Cristais de Oxalato de cálcio

Os cristais de oxalato de cálcio são característicos de urinas ácidas e neutras. Apresentam

grande variedade de tamanhos e formas, sobretudo sob a forma de octaedros incolores

facilmente identificados devido à sua forma característica. Podem indicar doença renal crónica ou

intoxicação com etilenoglicol ou metoxifluorano.

pH < 7,0

Page 44: Urinu00E1lise

Cristais amorfos

pH < 7,0 - Uratos

pH > 7,0 - Fosfatos

Os cristais de urato amorfo precipitam em condições ligeiramente ácidas sob a forma de

pequenas granulações amarelo-roseadas que se deposita e adere a fibras mucosas que

possam estar presentes. Os fosfatos amorfos aparecem nas urinas alcalinas

apresentando-se como uma poeira amarelada ou acinzentada.

pH < 7,0

Page 45: Urinu00E1lise

Cristais de Ácido úrico

Embora o ácido úrico aumente em doentes com gota, a presença destes cristais na urina não

é indicativa, na maioria das vezes, de situação patológica ou da presença de elevadas

quantidades de ácido úrico no sangue.

pH < 7,0

Page 46: Urinu00E1lise

Cristal de CistinapH < 7,0

Page 47: Urinu00E1lise

Cristais de Fosfato de cálcio pH > 7,0

Page 48: Urinu00E1lise

Cristais de Carbonato de cálcio pH > 7,0

Page 49: Urinu00E1lise

Cristais de biurato de amônio pH > 7,0

Page 50: Urinu00E1lise

• Inorgânicos (cristais)

• Orgânicos:

. Células (epiteliais, hemácias, leucócitos)

. Cilindros

. filamento de muco

. Bactérias

. Fungos

. Leveduras

. Parasitas...

Exame microscópico (citológico)

Page 51: Urinu00E1lise

- As células epiteliais não têm grande significado clínico

- São em tamanho, semelhantes a neutrófilos mas normalmente são maiores e apresentam um

núcleo definido, redondo e grande.

- Nas urinas normais representam renovação celular, mas aparecem em número mais elevado

em casos de necrose tubular aguda, danos isquémicos, glomerulonefrite ou rejeição de

transplante

- No trabalho de rotina é apenas referida a sua abundância. Se necessário pode referir-se

a predominância de um tipo de células, uma vez que isso pode estar relacionado com a origem

da infecção.

Células epiteliais

Page 52: Urinu00E1lise

Presença de sangue na urina – hematúria

Hematúria macroscópica: urina vermelha ou avermelhada

Hematúria microscópica: urina com coloração normal, pois a quantidade de sangue é

tão pequena que só é vista com auxílio de microscópio

A observação de hematúria microscópica pode ser essencial para o diagnóstico de

cálculos renais

*Possibilidade de contaminação menstrual em amostras de urina feminina.

Hemácias

Page 53: Urinu00E1lise

- Cistite (inflamação da bexiga)

- Cálculo urinário

- Câncer em qualquer parte do trato urinário

- Ferimento, contusão (pancada forte nas costas ou no tronco)

- Medicamentos

Hemácias

Page 54: Urinu00E1lise

Presença de leucócitos na urina – PIÚRIA

Urina normal: menos de cinco leucócitos por campo de grande aumento

Número elevado: indica a presença de infecção ou inflamação no sistema

urogenital

Causas: infecções bacterianas (pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite) e não-

bacterianas (glomerulonefrite, o lúpus eritematoso e os tumores)

Leucócitos

Page 55: Urinu00E1lise

Os leucócitos são maiores que as hemácias. São mais

facilmente observados porque contêm grânulos

citoplasmáticos e núcleos lobulados.

Leucócitos

Page 56: Urinu00E1lise
Page 57: Urinu00E1lise

Cristal de oxalato de cálcio, leucócitos e hemácias

Page 58: Urinu00E1lise

Cilindros

- Estruturas proteicas formadas no interior dos túbulos renais

- Podem aprisionar no seu interior diversas moléculas biológicas,

adquirindo assim distintas designações

- Desta forma podemos ter vários tipos: cilindros hialinos; cilindros

granulares; cilindros epiteliais; cilindros leucocitários; cilindros

eritrocitários; cilindros céreos

- São difíceis de detectar por serem incolores, transparentes e

homogêneos

- São de ocorrência rara no sedimento de uma pessoa saudável

- Os que aparecem são hialinos

- A presença de cilindros na urina indica quase sempre uma

patologia renal

Page 59: Urinu00E1lise

Cilindros hialinos Cilindros granulares

Cilindros epiteliais Cilindros leucocitários

Page 60: Urinu00E1lise

Cilindros eritrocitários

Cilindros céreos

Page 61: Urinu00E1lise

CandidaLeveduras em formas micelianas

Filamento de muco Flora bacteriana

Page 62: Urinu00E1lise

Exame direto do sedimento urinário

CISTITE INFLAMAÇÃO

Page 63: Urinu00E1lise

1o Em tubo cônico colocar cerca de 10ml de urina

2o Centrifugar a 2000rpm por 10 minutos

3o Desprezar o sobrenadante, restando cerca de 1ml do material

4o Homogeneizar o material

5o Colocar uma gota do material em uma lâmina de vidro e cobrir com

lamínula

6o Observar em microscópio

Preparo da amostra