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URBANISMO E MOBILIDADE (IDENTIDADE E ALTERIDADE E COMPLEXIDADE E MUDANÇA) Sociedade, Tecnologia e Ciência Cultura, Língua e Comunicação e Cidadania e Profissionalidade Ana Paula Palma G 13 21-3-2009 1 Hoje mais do nunca, somos cidadãos do mundo, no nosso caso cidadãos de uma Europa que se pretende única e unida. Por esse facto, aparecem hoje conceitos novos como por exemplo, cidadania europeia, livre circulação, mobilidade geográfica etc. Os estados membros da União Europeia têm, nestes últimos tempos, desenvolvido esforços no sentido de se criar um ambiente favorável à mobilidade dos trabalhadores para contribuir para melhor emprego e mais crescimento económico. É entendido que, quanto mais vezes os trabalhadores trocarem de emprego, ou estiverem receptivos a mudanças geográficas, mais conhecimentos técnicos e competências irão apreender e, portanto, estarão a criar mais riqueza económica. A mobilidade geográfica interna é muito usual entre nós, sairmos do campo para as cidades foi sempre uma opção considerada como mais vantajosa, para melhorar a vida, mas é considerada como fundamental num contexto de globalização, de progresso, digamos, um alargar os horizontes do conhecimento através do contacto com outras culturas. O conceito de cidadania europeia não se sobrepõe ao conceito de cidadania nacional, pelo contrário, funciona como um complemento.

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URBANISMO E MOBILIDADE (IDENTIDADE E ALTERIDADE E COMPLEXIDADE E MUDANÇA)

Sociedade, Tecnologia e Ciência – Cultura, Língua e Comunicação e

Cidadania e Profissionalidade

Ana Paula Palma G 13

21-3-2009

1

Hoje mais do nunca, somos cidadãos do mundo, no nosso caso

cidadãos de uma Europa que se pretende única e unida.

Por esse facto, aparecem hoje conceitos novos como por

exemplo, cidadania europeia, livre circulação, mobilidade geográfica

etc. Os estados membros da União Europeia têm, nestes últimos

tempos, desenvolvido esforços no sentido de se criar um ambiente

favorável à mobilidade dos trabalhadores para contribuir para melhor

emprego e mais crescimento económico. É entendido que, quanto

mais vezes os trabalhadores trocarem de emprego, ou estiverem

receptivos a mudanças geográficas, mais conhecimentos técnicos e

competências irão apreender e, portanto, estarão a criar mais riqueza

económica.

A mobilidade geográfica interna é muito usual entre nós,

sairmos do campo para as cidades foi sempre uma opção considerada

como mais vantajosa, para melhorar a vida, mas é considerada como

fundamental num contexto de globalização, de progresso, digamos,

um alargar os horizontes do conhecimento através do contacto com

outras culturas.

O conceito de cidadania europeia não se sobrepõe ao conceito

de cidadania nacional, pelo contrário, funciona como um

complemento.

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Este conceito surge com o Tratado de Maastrich de 1992, que se

legitima na Constituição Europeia, tema tão polémico ainda no

passado recentíssimo, e é inspirado na vontade dos cidadãos e dos

estados da Europa caminharem no mesmo sentido.

Os portugueses, como todos sabemos, são cidadãos que se

adaptam perfeitamente a todas as culturas, e, desde o tempo dos

descobrimentos, ao momento em que se decide emigrar, ou

simplesmente porque pretendemos conhecer novos povos, culturas,

saberes profissionais, também aceitamos de peito aberto o facto de

podermos circular livremente pelos países europeus, e abrirmos as

portas a todos os cidadãos de outras nações, que pelo mesmo

motivo, chegam ao nosso país.

Mobilidade Local

Hoje em dia, também se verifica um fenómeno interessante no

conceito de mobilidade. Estamos a ver uma aposta na vida rural,

através do Turismo Rural, portanto há uma deslocação da população

para o interior do país, procurando uma vida mais saudável, tranquila

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e um investimento pessoal e profissional fora dos grandes centros

urbanos.

Muitas pessoas que vivem nas cidades gostam de ar livre,

passear, visitar locais históricos e, à medida que mais pessoas

visitam estes locais, imaginam-se novos investimentos que poderão

ser transformados em novas estradas, aeroportos, hotéis e

complexos de lazer.

Por exemplo, eu própria procedi, há perto de 19 anos, à

mobilidade…vim da cidade de Coimbra estagiar para a Câmara

Municipal de Vila do Bispo, entidade para a qual ainda hoje trabalho,

e passei a ter para mim como minha terra o concelho de Vila do

Bispo.

Também exerci mobilidade entre serviços, do Serviço da Secção

Técnica para o Serviço de Pessoal e depois para o actual serviço, que

é na Tesouraria do Município de Vila do Bispo. Na secção técnica,

exerci funções de apoio ao (naquela altura, em 1990/1991) único

engenheiro e arquitecto da Câmara, a instruir os processos de

concursos públicos para obras públicas para depois serem enviados

ao Tribunal de Contas. Tirava cópias de reprografia, numa máquina

própria para o efeito, e, nessas cópias, estavam desenhadas as

plantas da obra que se pretendia ser executada e que iam constar do

caderno de encargos.

Depois passei para o serviço de pessoal, onde exerci funções desde a

leitura dos diários da república, verificando se havia algum decreto-

lei, portarias, ou publicações que interessava serem direccionadas

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para as várias secções, verificava a assiduidade de todos os

funcionários, fazia os vencimentos, tratava de eventuais

aposentações, abria os concursos de recrutamento e de todo o

processo administrativo (publicações nos diários da república), e dava

apoio à assembleia municipal, ajudando os secretários a fazer as

actas e enviar a documentação para os vogais da assembleia

municipal.

Agora, na tesouraria, executo atendimento ao público, faço

pagamentos, reconciliações bancárias, consignação (entrega de

dinheiros às diversas entidades do estado e sindicatos, exemplo,

caixa geral de aposentações, serviços sociais, finanças), depósitos,

contagem do dinheiro em caixa.

Portanto, consigo identificar a questão da mobilidade

migratória. Hoje em dia, temos vindo a absorver muitas pessoas

vindas dos países de leste para tentar encontrar no nosso país melhor

qualidade de vida, portanto, consigo compreender as motivações e

actuo pessoal e profissionalmente, até porque contacto com essas

comunidades tentando proporcionar-lhes uma boa integração social.

Por exemplo, a minha filha mais nova, que tem “ar de

estrangeira”, pois é muito loura e de olhos azuis, é um exemplo de

alguém que faz a socialização das crianças estrangeiras na sua

escola. Por exemplo, lembro-me, que no jardim-de-infância, foi uma

criança essencial para fazer a integração social de uma menina da

Ucrânia. Essa criança só falava com a minha filha e só se dava

comigo, cheguei a levá-la para a praia e almoçar em nossa casa, e, a

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pouco e pouco foi ficando mais à vontade com as outras crianças e

educadores.

É exactamente por causa das minhas filhas, que contacto mais

pessoalmente com a comunidade de estrangeiros. Ambas são

crianças muito comunicativas e neste concelho há muitos

estrangeiros a estudar. Neste momento, a minha filha mais nova, que

tem 9 anos e se chama Disa Alexandra, tem um grupo de amigos e

colegas de escola, que são belgas, vivem na Carrapateira, freguesia

da Bordeira, e, porque a escola daquela localidade fechou há muitos

anos, vêm estudar para a escola EB1 de Vila do Bispo. Há cerca de

dois anos, juntámo-nos em casa destas pessoas, para comemorar o

aniversário de uma das filhas deles (têm 4 filhos), e aproveitámos

para conhecer um pouco dos hábitos dos belgas…

A criança oriunda da Ucrânia, Isabella, estabeleceu uma ligação

muito forte com a minha Disa. Convivemos de perto com a mãe desta

menina e a Isabella está ainda nos nossos corações, pois é uma

criança muito meiga. Verifiquei as saudades que estas pessoas têm

das suas famílias e quando chega o Verão, regressam às terras para

matar saudades. A Isabella vinha sempre com dificuldade de

integração depois de vir do seu país. Iniciava-se o processo de

ligação dela com a escola e professores e lá estava a minha filha para

a ajudar.

À medida que vamos tendo consciência da nossa existência e

do que significa qualidade de vida, imagina-se novos locais para se

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viver, para se investir e desenvolver. E isso quer dizer novas

estradas, aeroportos, hotéis e complexos de lazer.

Isso significa exigir aos nossos governantes e a nós próprios

uma postura de correcção para com o ambiente, promover cuidados

de segurança, promover a preservação e equilíbrio rural/urbano,

tendo em conta a história do local e um futuro de qualidade, sem

enveredar pela ganância do lucro turístico.

Também associado à vida fácil, damos conta do êxodo rural e o

abandono das profissões ligadas ao mundo rural. Com as facilidades

comerciais dadas pelos hiper mercados, onde podemos encontrar os

produtos agrícolas, nem paramos para pensar de onde estes produtos

provêm. Não nos lembramos dos agricultores e que por detrás das

prateleiras, há muito trabalho humano, pois tem de haver quem

trabalhe a terra, para que os produtos estejam expostos para os

podermos comprar e comer.

Hoje em dia existe novos modos de exploração agrícola que

exige formação específica. Mas mesmo quem não a tem, o agricultor

mais velho, vai aderindo às novas alfaias agrícolas e vai aprendendo

a manobrá-las, pois já percebeu que é muito mais fácil lavrar a terra

com estes auxílios.

Biodiversidade - Hoje também se fala de produção biológica. Procura-

se fazer uma agricultura o mais perto da natureza, sem pesticidas ou

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produtos agro - químicos, tentando recuperar os sabores e alguma

qualidade de produtos agrícolas.

No concelho de Vila do Bispo, a exploração agrícola que existe,

é principalmente para alimentação dos animais, (ovelhas para

produção de lã e vacas que serão para abate para os talhos)

cultivando-se cevada e trigo.

As outras culturas como por exemplo, favas, batatas, ervilhas,

cebolas e tomates para usufruto próprio. Os equipamentos mais

usados neste concelho, são os tractores agrícolas com as suas alfaias

ou ainda máquinas polivalentes que têm capacidade de puxar e

accionar diversos equipamentos, charruas, gadanheiras e reboques.

Quando os pais do meu marido vieram do Alentejo para o

algarve, há cerca de 46 anos, vieram tomar conta de uma

propriedade arrendada, dedicavam-se à agricultura e à pastorícia.

Naquela altura, os animais ajudavam a trabalhar a terra, puxando o

arado e outros utensílios necessários ao cultivo das terras.

Praticavam a cultura de sequeiro ( trigo, cevada, centeio, milho, grão

e feijão) que servia para alimentação dos animais ou também faziam

a sua venda ao estado. Essa parte da produção era ensacada e a

venda fazia-se nos celeiros da EPAC, entidade estatal que recolhia os

cereais. Daí dizer-se que o concelho de Vila do Bispo era o Celeiro do

Algarve, pela quantidade de trigo e cevada que era ali produzida para

venda.

A adubagem da terra era feita com o estrume dos animais. O

estrume dos animais era recolhido e ficava durante algum tempo a

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curtir, ou seja, decompor sendo depois esse estrume espalhado nas

terras servindo como um fertilizante natural. A decomposição da

matéria orgânica, do estrume, é feita por acção de microrganismos,

nomeadamente, as bactérias e fungos responsáveis pelo

enriquecimento do solo em nitratos, que serão utilizados pelas

plantas para a produção das proteínas.

Anos mais tarde o meu sogro, adquiriu tractores e alguns

acessórios já aqui referidos, para ser mais fácil lavrar a terra.

Ainda falando de biodiversidade, no concelho de Vila do Bispo,

pretende-se construir uma marina na praia da Boca do Rio, em

Budens. A ideia é fazer uma recuperação do património, salvaguardar

valores paisagísticos, criar uma dinamização sócio – económica, fixar

a população e ao mesmo tempo criar um programa de animação.

Esta área encontra-se incluída no Parque Natural do Sudoeste

Alentejano e Costa Vicentina e na Rede Natura 2000. Nesta área

encontram-se duas ribeiras, Ribeira de Budens e Ribeira de Vale

Barão, e ainda o conhecido Paúl de Budens (terreno alagadiço;

pântano) onde antigamente se fez o cultivo de arroz.

Esta é uma área de grande sensibilidade de ecossistema, rica

em exemplares de flora de valor científico e que favorece a

preservação de algumas espécies animais, como por exemplo, a Rã-

de –focinho-pontiagudo.

Também há muitas espécies de aves, por exemplo a Garça-

Vermelha, o Pato-Real, o Milhafre – Preto e ainda o Rouxinol-

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pequeno-dos-caniços, e até as cegonhas que outrora eram uma

espécie migratória, hoje encontra naquela zona alimentação,

passando agora a ser uma ave que fica por cá o ano todo.

Destacam-se ainda por exemplo, a Águia Bonelli, o Falcão-

peregrino, que são espécies menos abundantes, mas que

actualmente estão a ser vigiadas de modo a conseguir-se que estas

se conservem no concelho.

Nesta zona, pratica-se a agricultura, em particular pomares,

predominando a Alfarrubeira, Amendoeira e a Figueira.

O vale, dado à grande capacidade de retenção de água, cria

condições favoráveis para o desenvolvimento de vegetação que é

depois utilizada para a pastorícia do gado bovino. No entanto, esta

vegetação encontra-se em regressão e como servia de habitat de

abrigo para outras espécies de animais que por esse facto, vão

deixando de existir.

Hoje em dia tenta-se corrigir erros antigos de má utilização dos

produtos químicos nos solos. No entanto, temos as modificações

genéticas, que tornou possível aos cientistas produzirem novos tipos

de plantas e até de animais. Ninguém sabe se isto é ou não bom para

o ser humano. Daí a mudança para os alimentos biológicos,

motivados pelos constantes alertas de doenças como por exemplo, a

BSE ou “doença das vacas loucas” como ficou conhecida.

Na minha opinião, temos de valorizar os nossos engenheiros

agrícolas e ambientais, que estudam os nossos terrenos e através da

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observação dos nossos recursos naturais quer sejam hídricos quer

sejam da qualidade dos solos bem como os factores químicos, para

melhor fazer uma exploração equilibrada dos recursos disponíveis.

Esta constante preocupação a nível global, sobre o ambiente, o efeito

estufa, a poluição etc…leva a que pensemos que o mais fácil e o mais

rápido pode não ser o mais saudável.

E hoje renova-se a prática da agricultura sem utilização de

químicos, utilizando as folhas velhas, restos de comida, folhas de

papel que por decomposição orgânica, fazem o adubo para os

terrenos, fazendo um aproveitamento dos recursos disponíveis para

um bem comum.

Por outro lado, assiste-se à produção de plantas geneticamente

modificadas, contendo alguns riscos para a saúde e ambiente tais

como – substâncias que provocam alergias, doses elevadas de

Organismos Geneticamente Modificados resistentes aos herbicidas,

poderão originar formas de cancro e ainda outros factores que se

desconhece como poderão evoluir no corpo humano.

Em termos de ambiente, já se detectou que poderão provocar o

desequilíbrio ambiental, por em causa a biodiversidade, dado que não

há predadores naturais e podem entrar em competição com as

espécies nativas.

Aspectos positivos: não são utilizados pesticidas que são

altamente poluentes para o ambiente; os insectos morrem se

ingerirem as plantas, por isso não há perda de produção. Serão

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necessários muitos anos de investigação para sabermos se as

vantagens se sobrepõem às desvantagens.

A evolução dos transportes no século XX, foi enorme.

Aumentou-se a produção de automóveis e os preços destes sendo

mais acessíveis, possibilitou a sua aquisição, melhorando assim, o

nosso parque automóvel. Desta forma, as pessoas deslocam-se de

um lado para outro muito mais rapidamente e isso trouxe uma

exigência também ela, de uma evolução fantástica – estradas e vias

rápidas. Com a evolução dos transportes, distância – tempo – custo,

ficaram muito diminutos.

As populações ficaram a ganhar.

Com o aumento de viaturas automóveis, construíram-se

melhores estradas e mais investimentos surgiram nas terras, cidades

e concelhos.

Outras populações de outras culturas e países, chegam ao

nosso país e nós com facilidade chegamos aos outros locais do

mundo, através dos aviões e comboios rápidos, procurando as

promoções que as agências de viagem vão fazendo ao longo do ano.

Por exemplo, tenho um primo que procura as promoções de algumas

agências de viagem, para ir visitar a irmã que vive no Luxemburgo, e

viaja ao “preço da palha” como às vezes dizemos.

Mas nem sempre foi assim, por exemplo, tenho cunhados que

emigraram para a Alemanha e Suíça, e há 40 anos atrás, foi o

comboio, o meio de transporte mais utilizado, pois não havia dinheiro

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para mais. Nesses comboios iam nessa altura muitos emigrantes

portugueses para estes países.

Em Portugal, teve em termos de estradas uma grande evolução

e claro, estas completamente interligadas à evolução dos transportes.

Antes a grande maioria das pessoas, circulava de um lado para o

outro, montados em cavalos ou burros e levavam dias a chegar ao

seu destino. Também circulavam de comboio que nos seus primórdios

era a vapor (uma extraordinária máquina , inventada por James

Watt, que cedo se percebeu a potencialidade de uma máquina

aplicada aos transportes de minérios entre as minas e os portos ou

locais de embarque), mais tarde, em meados dos anos 50 do século

XX, inaugura-se um serviço “Foguete” entre as duas principais

cidades do país, com vista a reduzir tempos de viagem, e hoje são

um meio de transporte rápido, seguro e cheio de comodidades. Hoje

em dia no nosso País, pretende-se com o tão falado TGV (Transporte

de Grande de Velocidade) conquistar o tempo entre países.

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E muito tempo atrás, os portugueses iniciaram as suas

descobertas em caravelas.

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Hoje temos uma réplica de uma caravela que promove visitas

para conhecermos o seu interior.

A única diferença é que esta tem motor enquanto, que as

originais, eram movidas pelo vento e a remos.

E foi a invenção do motor que deu origem à grande revolução

dos transportes terrestres, marítimos e aéreos.

Também posso referir, que o parque automóvel da Câmara

Municipal de Vila do Bispo, teve uma melhoria considerável, de há

vinte anos para cá, pois foi-se adquirindo novas viaturas de recolha

de resíduos urbanos e sólidos, viaturas de transporte de crianças e

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máquinas para obras tais como retroescavadora e máquinas para

movimentação de terras.

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Falando de demografia: no algarve podemos verificar um

aumento demográfico, quer da população estrangeira, que aprecia o

nosso Sol e as nossas praias, quer da população portuguesa que se

desloca pelo país á procura de emprego e melhores condições de

vida. A promoção do turismo e a qualificação profissional virada para

a Hotelaria, deram um grande impulso. No Verão, o aumento

demográfico é maior, pois temos umas praias maravilhosas e temos

um clima fantástico que faz as delicias de portugueses e povos de

todo o mundo que nos visitam.

A mobilidade global não significa que seja só para procurarmos

melhor qualidade de vida, é também para conhecermos novas

culturas e costumes, novos conceitos de sociedade, é também para

nos enriquecermos pessoalmente.