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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Regina Sirena Rosimeri Mathiel Correa ENDOMARKETING COMO UM RECURSO ESTRATÉGICO PARA A INSTITUIÇÃO DE SAÚDE: O CASO CENTRO DE DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIAS LTDA PONTA GROSSA 2012

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Regina Sirena

Rosimeri Mathiel Correa

ENDOMARKETING COMO UM RECURSO ESTRATÉGICO PARA A INSTITUIÇÃO DE SAÚDE: O CASO CENTRO DE DIAGNÓSTICO DE

NEOPLASIAS LTDA

PONTA GROSSA 2012

REGINA SIRENA ROSIMERI MATHIEL CORREA

ENDOMARKETING COMO UM RECURSO ESTRATÉGICO PARA A INSTITUIÇÃO DE SAÚDE: O CASO CENTRO DE DIAGNÓSTICO DE

NEOPLASIAS LTDA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a conclusão do Curso de MBA em Gestão da Comunicação Empresarial e Pública da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientadora: Profª. Rosilene Lehmkuhl

PONTA GROSSA 2012

TERMO DE APROVAÇÃO

REGINA SIRENA

ROSIMERI MATHIEL CORREA

ENDOMARKETING COMO UM RECURSO ESTRATÉGICO PARA A INSTITUIÇÃO DE SAÚDE: O CASO CENTRO DE DIAGNÓSTICO DE

NEOPLASIAS LTDA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do grau de Especialização em Gestão da Comunicação Empresarial e Pública da Universidade Tuiuti do Paraná.

Ponta Grossa, 28 de fevereiro de 2012.

_____________________________

Gestão da Comunicação Empresarial e Pública

Universidade Tuiuti do Paraná

Orientadora: Profª Especialista Rosilene Lehmkuhl

Universidade Tuiuti do Paraná

"Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas, nos auxiliam muito".

Chico Xavier

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 2 CONTEXTUALIZANDO ........................................................................................... 8 2.1 O MARKETING ..................................................................................................... 8 2.2 O ENDOMARKETING ........................................................................................... 9 2.2.1 Programa de Endomarketing ............................................................................ 11 2.3 A COMUNICAÇÃO .............................................................................................. 14 2.3.1 A comunicação interna ..................................................................................... 15 3 ENCAMINHAMENTO DA PESQUISA ................................................................... 24 3.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ........................................................................... 24 3.2 IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE ENDOMARKETING ................................. 247 3.3 INSTRUMENTOS PARA UM PLANO DE ENDOMARKETING ........................... 29 3.4 INSTRUMENTOS DE ENDOMARKETING UTILIZADOS PELA INSTITUIÇÃO EM ESTUDO ............................................................................................................. 33 4 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................... 34 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 36 REFERENCIAS ......................................................................................................... 39

1

RESUMO

No início da segunda década do século XXI, é possível verificar em nível mundial e nacional que a intensa concorrência levou as organizações a repensarem sobre o verdadeiro papel do colaborador, tratando-o como ferramenta estratégica de marketing interno, buscando assim a obtenção da satisfação do cliente externo. Este é o caminho que as organizações estão utilizando para obter resultado satisfatório e diferenciado no mercado. Este trabalho tem o objetivo de propor políticas de endomarketing para melhorar o ambiente interno da empresa em estudo. O Instituto Sul Paranaense de Oncologia – ISPON é uma instituição hospitalar que realiza tratamentos de quimioterapia e radioterapia, além de consultas médicas e prevenção do câncer. O marketing interno nesta instituição está diretamente ligado ao setor de Relações Externas, que conta com um profissional da área de comunicação social. Pretende-se assim estabelecer um projeto acerca do tema com a finalidade de mostrar à empresa a grande importância da implantação de ações voltadas para o público interno com o objetivo de atingir assim a satisfação do público externo. O objetivo central desse estudo está voltado para a importância do endomarketing na empresa supracitada e baseia-se em uma pesquisa qualitativa, a qual permite identificar a real necessidade de planos de endomarketing para atingir assim o público externo. Palavras-chave: Endomarketing. Instituto Sul Paranaense de Oncologia. Público

interno.

6

1 INTRODUÇÃO

Contemporaneamente, o nível de exigência de um cliente cada vez mais

informado e seletivo, evidencia a importância de tornar os colaboradores como

peças fundamentais e estratégicas para o desenvolvimento da instituição. Com isso

atendem-se, prontamente as necessidades dos clientes e suprime a concorrência.

Um fator determinante para obter bons resultados nas organizações é o bom

relacionamento entre os colaboradores. Para que a organização atinja seus

objetivos e concretize a realização de suas estratégias é necessário ter o seu

recurso humano como parte imprescindível para tal.

O colaborador é o agente principal na construção do relacionamento

empresa x cliente, e, para que as empresas consigam essa confiança precisam

entender que investir nos seus colaboradores é o fator determinante para conquistar

a lealdade daqueles que utilizam seus serviços ou produtos. É importante que o

colaborador realize suas funções com gosto e sinta prazer em fazer parte de

determinada organização.

Com base nisso o endomarketing é uma ação que nos mostra que os

colaboradores são o primeiro público a ser atingido nas organizações. É em vão

acreditar que o sucesso depende apenas de tecnologia avançada e sistemas

operacionais eficientes, pois se o público interno não estiver satisfeito estas

ferramentas não serão bem utilizadas.

Considerando que, nos dias atuais, a maioria das instituições de saúde não

possui uma assessoria de comunicação atuante para auxiliar na construção de uma

imagem pública positiva frente à sociedade e ao público interno, surge o seguinte

questionamento: A implantação de um plano de endomarketing pode ser

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considerada um recurso estratégico para a resolução de problemas internos que

solucionados podem trazer benefícios à instituição, atingindo, assim, o público

externo?

Diante do exposto, o trabalho em questão ressalta a importância que o

Endomarketing possui para auxiliar as empresas no processo de sensibilização dos

colaboradores no sentido de olharem todos para a mesma direção dos objetivos

propostos de forma a se transformarem em multiplicadores da imagem da instituição

ao público externo.

Para melhor compreensão acerca da importância da inserção desta

ferramenta nas organizações, a partir deste capítulo, serão conceitualizados os

temas relacionados: marketing, endomarketing, comunicação, comunicação interna

e motivação através das ideias dos principais autores: Analisa de Mederios Brum,

Gaudêncio Torquato, Peter Ferdinand Drucker, Pedro Gilberto Gomes, Philip Kotler,

Saul Faingaus Bekin, entre outros.

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2 CONTEXTUALIZANDO

2.1 O MARKETING

Retroagindo no tempo, buscando o histórico de seu surgimento, percebe-se

que o marketing não possui o seu nascimento evidentemente esclarecido. Muitos

estudiosos situam sua origem nas relações de trocas predominantes nos tempos

longínquos; outros consideram como marco de sua origem a obra clássica, A riqueza

das Nações, de Adam Smith; outros atribuem à revolução industrial no final do

século XIII, na Inglaterra, como base para seu nascimento (SIMÕES, 1978).

Segundo Drucker apud Amaral (1998), seus primeiros instrumentos foram

inventados na cultura ocidental em 1850, por McCormick, pesquisa e análise de

mercado.

Percorreu-se um longo caminho até o marketing ganhar mais importância e

aceitação e esta se deu no início do século XX, quando seu foco obteve maior

consideração e entendimento. Porém, ainda hoje, as pessoas não possuem uma

definição clara do que é marketing.

Mesmo deparadas com diversas definições claras acerca de marketing,

inúmeras pessoas enfrentam dificuldades com seu entendimento, atribuindo este

como referência única à publicidade e vendas. Sempre se encontrou dificuldade no

seu real entendimento.

Compreendendo a amplitude de seu significado pode-se dizer que um de

seus requisitos é a existência de uma necessidade humana ou um desejo. Após,

exige-se a satisfação destes, seja por um produto ou um serviço até uma ideia

transformadora. É diante deste processo de troca, a de quem possui a necessidade

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ou desejo e a de quem visa satisfazê-lo que surge o famoso marketing.

Para Kotler e Keller (2006), “Marketing é um processo social por meio do

qual pessoas e grupo de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam

com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”.

Entre as conceitualizações contemporâneas pode-se destacar que,

O marketing pode entender-se como uma atitude ou filosofia de gestão que tem em devida consideração a satisfação das necessidades e desejos do consumidor. Uma prática que consiste em detectar, reconhecendo ou antecipando as necessidades ou desejos do consumidor; a satisfação dessas necessidades ou desejos através da criação e oferta no mercado de um produto certo, no momento certo, no local certo e no preço certo, usando os meios de comunicação adequados. O ponto de partida do marketing são, portanto, as necessidades, os desejos, os motivos e as procuras específicas das pessoas (PINTO; BARRULAS, 2004, p. 1)

Uma das suas definições mais resumidas é “entender e atender clientes”

(Richers apud Guimarães). Seu papel concentra-se em descobrir as necessidades

presentes nos clientes visando atendê-las e fidelizando-as.

2.2 O ENDOMARKETING

Em 1995, Saul Bekin, tornou saliente o referido termo, em seu livro

“Conversando sobre endomarketing” através da discussão dos elementos do que

Kotler chamou de marketing interno das organizações em “Administração de

marketing”.

Considerada uma das mais novas e eficazes áreas da administração o

endomarketing busca adaptar estratégias e elementos do marketing tradicional, mas

para o uso exclusivo do ambiente interno das organizações.

De acordo com Bekin (1995),

Endomarketing é a extensão da clássica função do marketing só que

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voltada para dentro da organização, a qual o autor define como as “ações de marketing voltadas ao público interno da empresa a fim de promover, entre seus funcionários e os departamentos, valores destinados a servir o cliente.”

Ainda acerca de sua conceitualização, BRUM, 2000 considera o

endomarketing, “tudo aquilo que estimula positivamente os sentidos dos

colaboradores e permite que a empresa estabeleça com eles relacionamento

saudáveis, duradouros e produtivos.”

Para Cerqueira Neto (1994, p.49) “o endomarketing significa marketing

voltado para dentro da empresa, ou seja, consiste em um conjunto de ações e

veículos de comunicação integrados para que os colaboradores tenham e saibam de

sua importância para alcançar o sucesso”.

Ainda para o autor o endomarketing “melhora a comunicação, o

relacionamento e estabelece uma base motivacional para o comprometimento entre

as pessoas e das pessoas com o sistema organizacional” (CERQUEIRA NETO,

1994, p.52).

O endomarketing está diretamente ligado à área de comunicação interna,

aliando técnicas de marketing a conceitos de recursos humanos. É baseado no

interesse inicial na fidelização dos clientes internos, os colaboradores, que a

empresa buscará a fidelização dos externos. Este objetiva desenvolver nos

colaboradores a consciência de que todas as suas ações devem estar voltadas à

satisfação das necessidades dos clientes. Afirmando o exposto acima, para Bekin

(2004),

O empregador precisa desesperadamente de pessoas motivadas, transparentes e “de bem” com a empresa. O empregado precisa cada vez mais de empresários líderes, humanistas e idealistas, ambos necessitam de programas, técnicas e instrumentos de comunicação para manter e aprimorar essa relação.

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É uma das ferramentas mais utilizadas para a melhoria do clima

organizacional, pois facilita as relações entre liderança e colaborador. Também

aproxima o cliente, o produto e o empregado e suas ações estão relacionadas

diretamente relacionadas ao setor de recursos humanos da empresa.

Através desta ferramenta são desenvolvidas ações focadas no público

interno, objetivando a conscientização dos colaboradores sobre a sua importância

para a empresa e de seu desempenho na atividade que realiza e a extrema

importância da excelência em atendimento no quesito superação de expectativas do

cliente externo. Somente com esta conscientização é que os colaboradores poderão

colaborar para um excelente ambiente de trabalho.

Diante de todas as contextualizações pode-se dizer que o endomarketing é

um elemento indispensável para que a empresa obtenha sucesso. É através de suas

ações que poderá ocorrer a confiança do público interno e externo.

2.2.1 Programa de Endomarketing

A aplicação de um plano de endomarketing nas organizações em geral, tem

como um de seus objetivos fazer com que os colaboradores da empresa se sintam

parte integrante da empresa, identificando valores comuns e compartilhando dos

mesmos interesses e assim compram a idéia da empresa para poder vendê-la com

mais eficiência aos clientes. E para que isso aconteça, as organizações precisam

entender que o público interno é o alicerce da estrutura organizacional e desenvolver

a motivação dos colaboradores acaba obtendo um retorno positivo no que se diz

respeito ao comprometimento deste público com a organização, sendo assim a

organização que obtêm o colaborador como seu aliado, trabalhando com dedicação,

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motivação e comprometimento, gera um impacto direto no sucesso da

organizacional, resultando assim no sucesso da empresa.

No momento em que os objetivos da organização e do colaborador são

compartilhados dentro da empresa o grau de satisfação interna se eleva e isso se

reflete na satisfação do público externo. "O elemento humano é peça fundamental

na prestação dos serviços, por isso é necessário qualificá-lo e motivá-lo para que

desempenhe suas funções da forma esperada." (GUTIERREZ e COELHO, 2008).

Com isso, a comunicação interna torna-se um recurso estratégico crucial

para imagem da empresa. Parente (2007) aponta alguns caminhos para que a

comunicação interna torne-se eficiente e eficaz no ambiente organizacional.

Segundo o autor, um dos pontos cruciais para o exercício da comunicação nas

empresas é que ela deve transitar entre o tangível e o intangível. Em uma analogia

com um quadro de Claude Monet, o autor explica que “a tela corresponde aos fatos

que precisam ser divulgados no dia-a-dia da empresa: as mensagens, os

comunicados, as diretrizes etc. Mas a estratégia equivale a tudo aquilo que

ultrapassa os limites da moldura, o contexto no qual o quadro está inserido.”

(PARENTE, 2007, p.15)

Sendo assim, o papel dos profissionais de comunicação não é apenas de

envio de mensagens, e-mails ou correspondências, mas sim o de inserção no do

contexto em que a empresa e os indivíduos que a compõem estão inseridos.

Torquato (1986) entende que o planejamento de estratégias, projetos e programas

de comunicação empresarial devem atentar para as condições do sistema

ambiental, ou macro-ambiente. Para o autor “incorrem em grave erro os

comunicadores e profissionais que planejam suas atividades sem atentarem paras

as oportunidades, riscos, ameaças, e tendências do macro-ambiente” (TORQUATO,

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1986, p.111).

Identificando essas condições estratégicas é possível estabelecer ações que

tenham foco no objetivo de interagir toda a comunicação no universo interno da

empresa. Entende-se assim que a comunicação organização organizacional surge a

partir de uma necessidade das empresas em alcançar resultados satisfatório frente

ao seu público interno e externo.

Com o passar dos anos a comunicação interna ultrapassou barreiras e

passou a ser ampliada e encarada como processos em constantes mudanças, tanto

pela forma quanto pelas ações que são desenvolvidas dentro da organização. Tudo

o que se faz dentro de uma organização gera um significado, uma expectativa, uma

interpretação. Por isso o responsável pelo setor de comunicação tem a importante

tarefa de transmitir a informação com credibilidade mantendo seu equilíbrio e

estabilidade. Torquato (1992) enfatiza que,

A comunicação interna, portanto, deve ser entendida como um feixe de propostas bem encadeadas, abrangentes, coisas significativamente maior que um simples programa de comunicação impressa. Para que se desenvolva em toda sua plenitude, as empresas estão a exigir profissionais de comunicação sistêmicos, abertos, treinados, com visões integradas e em permanente estado de alerta para as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio ambiente. (TORQUATO, 1992, p.203)

Entende-se assim que a comunicação é considerada a alma da empresa,

algo além que vai além do tangível e que promove a adesão de todos os seus

agentes e guia suas ações. “Precisa ir além dos olhos e chegar ao coração dos

funcionários” (PARENTE, 2007, p.54), transformando-os em colaboradores

apaixonados e engajados com os objetivos, valores, missão e todas as

representações simbólicas que concretizam a identidade da empresa.

Após toda exposição acerca de marketing e endomarketing e

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compreendendo o seu verdadeiro valor a partir de agora conceitualizar-se-á a

comunicação.

2.3 A COMUNICAÇÃO

Quando se refere ao ambiente interno das organizações, a comunicação

destina-se a manter o quadro de pessoal sempre informado do que ocorre no seu

contexto, agindo como um fator de participação. A comunicação deve ser eficaz

desde o momento em que se contrata um novo. Para isso, diversos instrumentos

são utilizados, que vão desde a informação direta fornecida pelos colegas de seção

e chefias até os materiais internos impressos divulgados. O fato indicador de

sucesso é que os gestores transmitam aos colaboradores a essência de que todos

são parte importante e estão envolvidos no desenvolvimento dos negócios. Assim

possibilitará a existência de um clima de parceria e de confiança.

Segundo Gomes (1997) em análise ao conceito etimológico de

comunicação, constata que este deriva da palavra comunis (em latim) que tem por

significado, ação de tornar comum, relacionar, entender-se, participar e dialogar.

A comunicação constitui-se de duas formas, verbal ou não verbal,

respectivamente, quando se pratica a escrita e a fala e, a outra, quando não se

empregam palavras (gestos, olhares, vestimentas, emoções, atitudes).

Para Gomes (1997), a comunicação é também agrupada em: interpessoal,

realizada entre três ou quatro pessoas; a comunicação grupal, nesta aumenta a

dificuldade de se estabelecer comunicação; e a comunicação de massa, a qual se

utiliza os meios de comunicação massivos.

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Além das citadas acima ainda há a comunicação intrapessoal que, para

Pinho (2006) e Kunsch (2003), a referida se estabelece do indivíduo consigo mesmo.

Em todos os tipos de comunicação pode haver barreiras na comunicação,

cujo conceito atribuído por Shannon e Weaver (apud SCHULER, 2004) são “ruídos”

que desprendem a atenção dos receptores, interferindo e prejudicando a

comunicação. Nesta troca há equívocos que podem distorcer códigos dificultando e

até mesmo atrapalhando as relações.

Com base nas contextualizações acima, constata-se que o processo de

comunicação é complexo e abrangente. Considerando o ambiente organizacional o

qual envolve dados e valores de extrema importância, o processo de comunicação

torna-se ainda mais importante. Segundo Kunsch (2003, p.149), a referida

comunicação “analisa o sistema, o funcionamento e o processo de comunicação

entre a organização e seus diversos públicos”. Pinho (2006, p. 28) afirma que “por

sua natureza, a comunicação organizacional é multifacetada e pode ser entendida

como uma combinação de processos, pessoas, mensagens, significados e

propósitos”.

2.3.1 A comunicação interna

A comunicação interna, sendo um processo importante na troca de

informações e formadora de parceria entre empresa e colaborador, é conceitualizada

nas mais diversas formas. Para Kreps (apud PINHO 2006, p. 106) “a comunicação

interna é o padrão de mensagens compartilhado pelos membros de uma

organização; é a interação humana que ocorre dentro das organizações e entre os

membros das mesmas”. Já, Pimenta (2004, p. 119) afirma que convém à

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comunicação interna, “produzir integração e um verdadeiro espírito de trabalho em

equipe. Qualquer objetivo só será alcançado quando se torna possível, aos

trabalhadores, expressarem seus valores, desejos e conflitos...”

A partir da constituição de um processo de comunicação onde todas as

mensagens transmitidas possam ser questionadas é que fluem as informações

gerando maior cumplicidade entre os envolvidos. É através de fluxos de

comunicação que se estabelece este processo em uma organização Pinho (2006).

Ainda, segundo o autor existe basicamente dois tipos de fluxos consideráveis:

horizontal e vertical, no segundo há subdivisão em ascendente e descendente.

No fluxo vertical ascendente o processo de comunicação tem por emissor o

corpo da base da pirâmide hierárquica enviando mensagem ao topo. Ou seja, os

colaboradores de cargos de menor qualificação são os emissores e os gestores e

lideres; os receptores. Já o fluxo vertical descendente acontece quando as

informações partem do topo para a base. Neste caso, os emissores são os gestores

e lideres e, os receptores, os colaboradores de cargos de menor qualificação

profissional. Contudo, há um processo de comunicação interna.

Frente todas estas conceitualizações pode se observar que a comunicação é

responsável por toda estrutura informativa e torna a empresa rica em questões de

confiança, lealdade e também como fonte de prevenção e resolução de problemas

internos. A partir de agora serão relacionado o assunto endomarketing com a

motivação.

2.4 O ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA DE MOTIVAÇÃO

Todas as conquistas de objetivos e o sucesso de qualquer empresa

17

dependem da maneira como esta gere seus recursos internos, em especial, os

recursos humanos.

O interesse da sociedade em que as empresas gerenciem seu capital

humano com mais humanidade, a relação entre empresa e pessoas, gera aos

gestores um desafio em instigar e manter a motivação em alta de seus

colaboradores.

Baseado em uma pesquisa realizada com 5000 empresas norte americanas,

o mestre em administração com ênfase em recursos humanos, Jean Pierre Marras

(2001), ressalta a importância que as empresas de sucesso têm cedido à questão

motivacional. Segundo ele,

Essa pesquisa demonstra que a produtividade (100 por cento) se atinge através de dois fatores: o desenvolvimento tecnológico (20 por cento) e o desempenho do trabalhador (80 por cento). O desempenho total do trabalhador (100 por cento) por sua vez, depende de sua capacidade (30 por cento) e de sua motivação (70 por cento) (MARRAS, 2001, p. 284).

Frente ao exposto acima, pode-se dizer que a motivação responde por 48

por cento da produtividade total de uma organização devendo assim, ser prioridade

na dispensação de atenção.

Segundo Marras (2001), motivar os colaboradores vai além de simplesmente

satisfazer certas necessidades básicas, é necessário alimentar fatores motivacionais

onde as ações basicamente se definem em reconhecer e valorizar seus

colaboradores.

O endomarketing tem como uma das principais metas do processo

permanente de motivação dos colaboradores dentro da organização, concedendo

dignidade, responsabilidade e liberdade para agir. (BEKIN, 2004)

Como afirma Bekin (1995, p. 2), “endomarketing consiste em ações de

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marketing voltadas para público interno da empresa com o fim de promover entre

seus colaboradores e departamentos valores destinados a servir o cliente”.

Fortalecendo as citações acima, pode-se afirmar que é de extrema

importância que as empresas mantenham seus colaboradores como verdadeiros

aliados evitando a vitória da concorrência, pois nessa relação de ganho recíproco,

colaboradores motivados e gestores confiantes, torna o ambiente mais humano e

vulnerável ao sucesso. (endomarketing uma contribuição para o sucesso

organizacional)

2.4.1 Motivação dos colaboradores

As atitudes das empresas, em relação à motivação, são para que os

colaboradores sintam-se comprometidos com os objetivos de planejamento, com as

expectativas de crescimento através do seu trabalho e também que ele se sinta

recompensado pelo salário de acordo com suas necessidades. Uma das grandes

atitudes é a de adequar um colaborador a uma atividade de acordo com seu perfil.

Motivação é a preparação que formata a pessoa para certas atividades e

para conquistar certos objetivos. Geralmente a motivação é um assunto muito

contagiante, pois está por trás de tudo aquilo que todas as pessoas fazem.

A motivação refere-se às forças internas e externas de uma pessoa, que

provocam entusiasmo e persistência em seguir certo curso de ação, assim Daft

(1999) conceitua a motivação. Para o autor a motivação do empregado afeta a

produtividade e parte do trabalho do administrador é canalizar a motivação para a

realização de metas organizacionais. Cabe descobrir os caminhos para a motivação

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que induzem a todo o momento a equipe a produzir, persistir e seguir um ciclo de

produção com o vigor necessário para a manutenção do trabalho com qualidade.

Existem duas formas de notar a motivação, uma é pelo ponto de vista da

empresa que é a mais importante e a outra é a que vem das pessoas. O que se

pode compreender é que a motivação nas pessoas ocorre se elas querem se

motivar, e alguns esforços, feito por outras pessoas, para levá-las à motivação

costuma durar pouco e logo se vai. Uma empresa pode construir um ambiente de

trabalho propício para que os colaboradores se motivem ou se mantenham

motivados.

A expansão dessa motivação, por parte da empresa, pode ser referida como

as obras do grande mestre Beethoven que, quando se gera entusiasmo a melodia

flui e quando a ofega, aprisiona-a. Ora ela se faz ausente, ora resgata-a e a torna

maior resultando na composição perfeita. Assim é uma empresa tal como uma

sinfonia, com a soma dos instrumentos do talento, seus conhecimentos,

experiências, habilidades, valores e metas, os quais, todos em sinergia produzirão

uma melodia de lucratividade e produtividade. O responsável maior numa orquestra

é o maestro e na empresa é o líder e este deve revelar as pontecialidades para que

torne-a mais perfeita e satisfeita possível. (WIILINGHAM; 2001)

A maneira mais consciente de analisar a motivação de um trabalhador é

observando suas atitudes pessoais, tais como, se ele gosta do que está fazendo, se

está comprometido com o seu trabalho e por fim que ele esteja sempre

estabelecendo e cumprindo metas pessoais de vida.

Existem trabalhadores que possuem retro-motivação e sua motivação é

evidente; contagiam os outros. Tem os que bastam alguns estímulos que iniciam

uma reação de motivação e, a partir daí cabe, por parte da empresa, dar

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continuidade a esses estímulos. Também existem os desmotivados e

desinteressados, difíceis de reagir a estímulos e que, de forma negativa, contagiam

os que estão no meio do caminho, até mesmo os que possuem a retro-motivação.

A pessoa motivada tem entusiasmo que, por sua vez, libera todas as

energias individuais disponíveis e leva à maior inteligência, maior criatividade, maior

facilidade de comunicação, enfim melhora tudo. O problema é que alguns eventos

costumam ameaçar e às vezes comprometer a motivação. Exemplos: um fracasso,

ainda que pequeno, uma informação que leve a uma visão negativa de si mesmo,

uma crítica mal colocada por alguém, um problema que parece intransponível, etc.

A verdadeira motivação só é efetivamente conseguida, quando os

colaboradores conseguem realizar suas necessidades e seus objetivos de vida,

dentro e através da própria empresa. Ela só é transparente em ambientes de

confiança e lealdade, onde prevaleça a ética e o respeito mútuo entre as pessoas.

Onde haja esforço contínuo para compatibilizar objetivos pessoais com os objetivos

empresariais.

Não há como medir a motivação das pessoas, mas o empregado que é bem

informado sente-se parte da empresa e a relação fica mais próxima. Podemos

observar que o endomarketing sob uma boa liderança diminui a rotatividade.

Os esforços de comunicação e integração motivam colaboradores por mais

tempo do que prêmios, salários e benefícios. Porque estímulos externos não

motivam as pessoas de forma permanente. Como analisa Brum (2005),

As lideranças precisam conhecer suas equipes, suas necessidades e expectativas pessoais porque elas na verdade inspiram e criam motivação. Em geral, as pessoas sentem-se importantes pelo grau de informações que recebem. Assim, o marketing interno deve ser visto como uma estratégia de gestão decisiva e determinante para a organização.

21

Entende-se assim que a liderança tem um papel fundamental, criando o

modelo, o exemplo a ser seguido disseminado. A motivação plena só é atingível na

medida em que não existam medos de qualquer natureza na organização. Este é um

aspecto extremamente importante em tempos de mudanças aceleradas, tempos em

que inúmeras ameaças afloram. Isso exige, da liderança, esforço consciente e

intenso para que decisões de “sobrevivência” não destruam o ambiente e as

relações entre a empresa e os colaboradores. Caso contrário, compromete-se

irremediavelmente o potencial de contribuição das pessoas, principal patrimônio das

empresas em tempos de desafios, novas tecnologias e competição.

Hoje, mais do que nunca, tem-se provado que as empresas que valorizam

seus recursos humanos disponíveis, tornam-se fortemente competitívas e

satisfatórias. Mas para tal atributo faz-se necessária a presença ativa da qualidade

de vida no trabalho na organização. Acerca da preocupação de forma geral com os

colaboradores, Costa (2000, p. 20), afirma,

...organizações modernas tentam cada vez mais valorizar os seus recursos humanos em busca de maior competitividade, resgatando sua qualidade pessoal, sua auto-estima e motivação, considerando seus valores pessoais e possibilitando, assim, autonomia nas decisões para atingir uma performance que permita ótimos resultados. Também existe grande preocupação com o comportamento das pessoas, pois influenciam direta e indiretamente os objetivos das organizações. Portanto, o comportamento humano passa a ser estudado por alguns psicólogos que concluem que todo comportamento é motivado, isto é, provocado a partir de alguma necessidade dentro do homem e não imposto a ele. Define-se como a tentativa de satisfazer uma necessidade, que, por sua vez, é um estado de tensão ou de desequilíbrio resultante da falta, da ausência que sentimos dentro de nós mesmos.

Torna-se compreensível a identificação da verdadeira relíquia que

constituem as organizações e estas precisam ser valorizadas e desenvolvidas,

sendo assim, para Moller (1997, p.42):

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A tarefa mais importante da gerência é motivar as pessoas - recurso mais valioso que a organização possui - a darem o melhor de si. Cabe à gerência inspirar cada funcionário a entregar um alto padrão de qualidade pessoal. Os funcionários devem ser convencidos de que não é apenas a empresa que se beneficiará se as pessoas fizerem um bom trabalho. Os benefícios para o indivíduo serão ainda maiores. Para que uma organização mobilize a energia, faça emergir a criatividade e a iniciativa de seus funcionários, é necessário que se crie uma cultura comum disposta a aceitar mudanças.

Com isto, clareiam-se as mentes de quem necessita rever certos conceitos

quanto às pessoas que integram o sistema organizacional. É indispensável que as

organizações dêem devida atenção à saúde, às condições físicas e humanas de

seus colaboradores, para assim, mantê-los motivados, produtivos, comunicativos e

interativos num processo de reformulação constante e de ajuda mútua. Partindo de

que estes somente encontrar-se-ão mais aptos à rotina de trabalho a partir de

conhecer a sua importância para a organização e a preocupação da mesma para

com sua qualidade de vida no trabalho. Para reforçar tal contexto, Drucker (2002,

p.14) destaca que “hoje em dia, mais do que 50 anos atrás, é importante que as

organizações prestem mais atenção na saúde e no bem-estar dos trabalhadores”.

Realmente com a evolução dos negócios, com o enxugamento do mercado

frente à intensa competitividade, as empresas que almejam a amplificação de seus

negócios e a garantia de sua parcela no mesmo, precisam dispensar maior atenção

à qualidade de vida no trabalho de seus colaboradores. A par da elevada importância

da ativação de meios que motivem os colaboradores para elevar o nível de

produtividade e satisfação, os autores Cherubin e Santos (2002, p. 409), em poucas

palavras relatam,

É impossível obter do cliente uma taxa de satisfação maior do que as apresentadas pelos funcionários responsáveis pelo produto ou serviço oferecido. A insatisfação, a má-vontade, o desconforto e outras situações negativas para o trabalhador se incorporarão, de uma forma ou de outra, ao produto final, reduzindo o nível de satisfação o consumidor.

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O valor do trabalho está passando por transformações e sofrendo quebras

de paradigmas. Ao mesmo tempo em que motivar cada colaborador de uma maneira

particular, acompanhando e valorizando seus méritos, é uma ótima forma de motivar

a equipe; estímulos como a integração social, reconhecimento, treinamento que

propicie o aprimoramento técnico, aquisição de novos desafios, possibilidades de

criar novos métodos de trabalho, serviços e produtos, além do bom relacionamento

com os colegas de trabalho e superiores constituem fatores mais ou tão importantes

quanto benefícios que engrossam os salários.

Por fim, é tão clara a importância da presença da qualidade de vida no

trabalho que as organizações empenhadas em manter seus colaboradores

motivados, cedendo aos mesmos todas as condições necessárias no ambiente de

trabalho, sejam em questões de saúde, equipamentos, incentivos, remuneração e

reconhecimento, encontram-se a frente das que apenas preocupam-se com

resultados sem saber as condições dos que estão por trás deste.

Entendendo todos estes significados e sua importância, em especial de um

processo valioso de endomarketing a partir de agora serão tratados temas acerca de

sua aplicação.

24

3 ENCAMINHAMENTO DA PESQUISA

3.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Instituto Sul Paranaense de Oncologia (ISPON) é uma clínica voltada

exclusivamente para o Tratamento Oncológico.

O ISPON iniciou suas atividades em 01 de junho de 1997 com o Serviço de

Quimioterapia na Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa. Foi fundada pelos

médicos Dr. José Koehler (Hematologia e Oncologia Clínica), Dr. Carlos Eduardo

Marques (Oncologia Cirúrgica), Dr. Fábio Postiglione Mansani (Oncologia

Ginecológica e Mastologia) e Dr. Rubens Adão da Silva (Oncologia Cirúrgica), aos

quais se associou desde o início o Dr. José Carlos Gasparim Pereira (Radioterapia),

responsável pelo planejamento e implantação da Unidade de Radioterapia.

Em 18 de junho de 1998 foi inaugurada a sede própria, situada na Rua

Francisco Ribas, 638 na cidade de Ponta Grossa/PR, onde foi implantada a Unidade

de Quimioterapia constituída de ampla e confortável sala de recepção, consultórios

médicos, administração, posto de enfermagem, conjunto destinado ao preparo e

manipulação de quimioterápicos, farmácia, enfermarias para quimioterapia de curta

e longa duração, enfermaria pediátrica e apartamentos privativos.

Durante os primeiros anos ocorreu a estruturação dos Serviços

Administrativos, Registro de Câncer, Suporte em Informática e Desenvolvimento de

Softwares, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem e Farmácia. Também foram

implantados o Programa de Tratamento e Destinação de Resíduos Químicos, com a

finalidade de preservar o Meio Ambiente.

O ISPON conta ainda com os Serviços de Nutrição e Serviço Social,

25

integrando a equipe Multidisciplinar, contribuindo para a qualidade do atendimento

dos seus clientes.

O ano de 2000 foi marcado pelo início da construção da Unidade de

Radioterapia com a edificação de duas casamatas para abrigar aceleradores

lineares, sala para simulador, sala de planejamento, Física Médica, oficina para

preparo de blocos e moldes, sala de revelação, vestiários, consultórios e recepção.

A construção e instalação do Serviço de Radioterapia foram concluídas no

início de 2003, após a superação de inúmeras dificuldades relacionadas à

complexidade da estrutura, necessária para o bom funcionamento deste serviço. O

início efetivo do atendimento aos pacientes ocorreu em 01 de junho de 2003 quando

a Região dos Campos Gerais passou a contar com o atendimento integral na Área

de Oncologia.

No ano de 2008, a Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa foi

credenciada como UNACON (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia),

garantindo a continuidade dos tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Este

credenciamento não contemplou os serviços de Hematologia e Oncologia Pediátrica.

O UNACON permite que os pacientes tenham maior facilidade de acesso à

internação, propiciando o atendimento global e viabilizando a contínua ampliação

dos serviços na área da Oncologia.

Em fevereiro de 2011 o Serviço de Radioterapia passou a contar com novos

equipamentos e softwares de última geração,propiciando assim um avanço

tecnológico nos serviços prestados aos clientes.

Uma das metas do ISPON é permanecer em constante evolução e sempre

que possível ampliar os seus serviços, implantando as mais modernas técnicas e

métodos de tratamento oncológico disponíveis na atualidade, preservando a

26

qualidade do atendimento e valorizando a vida.

O Corpo Médico do ISPON conta com médicos nas seguintes

especialidades: Oncologia Cirúrgica,Oncologia Clínica, Hematologia, Radioterapia,

Oncologia Ginecológica, Mastologista, Hematologia Pediátrica, Oncohematologia

Pediátrica, Cirurgia Pediátrica Oncológica.

3.2 IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE ENDOMARKETING

A idéia de implantação de um Programa de Endomarketing no Instituto Sul

Paranaense de Oncologia surgiu como uma das estratégias internas com foco na

valorização do colaborador e no fortalecimento da imagem institucional da empresa

de saúde em questão.

No decorrer dos últimos anos, mais precisamente, entre as primeiras

décadas do século XXI, as empresas tornaram-se mais complexas e dependentes

de diversos públicos, não mais apenas dos clientes externos. O endomarketing é um

caminho ideal para criar uma empresa com colaboradores envolvidos. Dentro deste

contexto, a comunicação interna se ressalta como um poderoso recurso que vem

merecendo atenção crescente e decisiva para o melhor desempenho do bom

sucesso do endomarketing. Dentro deste contexto pode-se citar,

É realmente difícil saber como será a empresa do futuro. Mas certamente os destinos das empresas passam por uma integração cada vez maior com seus colaboradores. Relações mais abertas e transparentes, maior acesso à informação, mais convivência entre pessoas diferentes, maior busca da motivação (BRUM, 1998, p. 7).

Para diversos autores, o endomarketing é uma ferramenta que pode ajudar

empresas na busca de uma integração maior com seus colaboradores. Seu principal

27

objetivo é fazer com que todos os colaboradores tenham uma visão compartilhada

sobre o negócio da empresa e assim criar um ambiente mais agradável ao público

externo.

Para ser eficiente um Programa de Endomarketing, em primeiro lugar,

precisa ajustar-se à realidade da empresa. É fundamental identificar as prioridades

do programa, verificando os pontos mais vulneráveis da instituição que devem ser

corrigidos.

Desta maneira, o diagnóstico pode ser considerado o primeiro nível para a

implantação do Programa de Endomarketing.

Conforme Bekin (1995, p. 55), para que a eficácia de um programa de

Endomarketing seja compreendida, deve-se olhar sob a ótica do marketing em

relação ao seu público externo, visto que os resultados obtidos são a partir do ponto

de vista de seu mercado-alvo, e é dentro desse mesmo princípio que se pressupõe o

sucesso e a eficácia de um Programa de Endomarketing. Nenhum programa dessa

natureza deve ser iniciado sem antes avaliarmos como está o público interno da

empresa.

Segundo Brum (1998, p. 53), a pesquisa tem a função de identificar os

pontos de ruptura e criar mecanismos para captar o conhecimento emanado do

processo em si.

Após essa primeira fase, onde ocorre à pesquisa e o diagnóstico, temos

ainda cinco outras fases para a implantação do Programa de Endomarketing.

Na segunda fase, a empresa precisa ter definida sua meta global e tê-la

como alicerce de todo o trabalho. A empresa precisa ter em mente o que quer

transmitir aos seus colaboradores para não perder o foco, portanto a linguagem e o

visual devem fazer com que os colaboradores tenham informações necessárias e

28

façam parte do ambiente empresarial.

A terceira fase do plano está baseada na criação de ícones de comunicação

interna. A partir da meta global, deve-se criar um slogan, uma marca que transmita a

mensagem de compartilhamento de idéias, de atualidade.

Segundo Brum (1998, p. 57), deve representar os colaboradores de todos os

níveis. O slogan seria a assinatura de todos os instrumentos visuais a chamada de

todos os programas de integração de colaboradores.

A quarta fase baseia-se na segmentação do público interno, Brum (1998, p.

59) afirma que devemos dividir o público interno em três níveis hierárquicos: direção,

liderança intermediária e pessoal de base.

Ao ser dividido, o público interno, pretende-se deixar clara a grande

importância das pessoas que estão na base da pirâmide. Muitos autores defendem

essa idéia, pois se o cliente é o objetivo maior então quem os atendem seriam os

colaboradores de linha de frente (pessoal de base) e é nessa segmentação que se

deve dar maior importância, claro jamais esquecendo que é da alta direção a

responsabilidade de gerar as informações que serão utilizadas no plano e que as

chefias intermediárias têm um importante papel no desdobramento dessas

informações.

Já, na quinta fase, teremos o Programa de Endomarketing onde se tem as

ações e instrumentos criados, produzidos e distribuídos com o objetivo maior de

informar, integrar e encantar o público interno em busca de melhorias e com o foco

na excelência.

A sexta e última fase, é o lançamento do programa, lembrando que o

objetivo maior é que o público interno perceba essa nova energia tomando conta da

empresa. Conforme Brum (1998, p. 89),

29

É preciso, acima de tudo, um engajamento participativo na hora do lançamento. A empresa deve criar mecanismos para que isso aconteça, permitindo a participação de todos ou pelo menos das lideranças naturais existentes entre o público interno.

Um Programa de Marketing interno bem feito é capaz de tornar o

colaborador um ser comprometido com a nova postura organizacional e com a

modernidade.

O objetivo do endomarketing, portanto, realizar trocas construindo lealdade

no relacionamento com o público interno, compartilhando os objetivos empresariais e

sociais da organização, cativando e cultivando a harmonização e o fortalecimento

das relações internas melhorando, assim, a imagem da organização no mercado.

3.3 INSTRUMENTOS PARA UM PLANO DE ENDOMARKETING

Existem muitos instrumentos que podem ser utilizados num Programa de

Endomarketing atualmente, mas é extremamente importante adequá-los a realidade

de cada empresa.

Segundo Brum (1998, p. 85), esses instrumentos, na sua grande maioria,

são escritos ou possuem algum apelo visual, visto que o aprendizado se dá na sua

maioria, pela visão. Deve-se estabelecer então um parâmetro na escolha desses

instrumentos, pois cada empresa deve utilizar daquele que melhor atender o seu

público interno. Segundo a autora, existem vários instrumentos, entre eles:

• Manual e vídeo de integração à empresa: o conteúdo desses dois

instrumentos deve ser composto pela história da empresa, informações

30

como missão, princípios, etc., todas as informações que possam interessar

a um novo colaborador;

• Material de acompanhamento do programa: todo Programa de

Endomarketing precisa ter o seu veículo de comunicação, a fim de que

possam ser acompanhadas e discutidas todas as etapas do processo ,

passando a idéia de esforço planejado;

• Manuais técnicos e educativos: são mais usados por empresas do

segmento industrial a fim de favorecer o aprendizado de novos

procedimentos;

• Revistas com histórias em quadrinhos;

• Jornal interno: utilizado para transmitir informações de interesse interno;

• Cartazes motivacionais e informativos: esses sempre com o objetivo de

passar novas informações para a equipe interna;

• Canais diretos entre direção e colaboradores (café da manhã, ouvidor

interno);

• Reuniões relâmpago, quando a notícia não pode demorar para ser

transmitida ;

• Reuniões de liderança compartilhada: reúne colaboradores, chefes e

chefes dos chefes;

• Palestras internas: como forma de treinamento e democratização do

conhecimento;

• Grife interna: através de roupas, chaveiros, adesivos para carro, botons,

bonés, etc.;

• Mensagens virtuais no visor de descanso do computador;

31

• Memória: empresas que possuem muitos anos de atividade devem

resgatar aspectos da sua história para que possam ser valorizados pelos

colaboradores;

• Intranet: permite o marketing para dentro no verdadeiro sentido da

expressão; a intranet permite o clipping eletrônico onde são

disponibilizadas diariamente todas as informações de interesse da

empresa e de seus colaboradores;

• Manuais de integração: são muito utilizados para divulgação de alguns

aspectos da cultura organizacional;

• Convenções internas: uso da equipe interna para divulgação de atividades;

• Jornal de parede: também conhecido como jornal mural, onde informações

internas podem ser repassadas aos colaboradores, como: datas festivas e

datas de aniversário dos colaboradores.

Brum (1998, p. 90) relata que esses são alguns dos principais instrumentos

que podem ser utilizados pelas empresas, de acordo com sua cultura e seu contexto

histórico.

As idéias sugeridas são para que as empresas tenham a opção do melhor

canal e da melhor forma de fazer uma comunicação interna bem elaborada.

Estes instrumentos apresentam uma variação em relação ao custo

(implantação e manutenção), nível de envolvimento da coordenação (tempo

dedicado para o desenvolvimento e manutenção do instrumento), abrangência

(número de colaboradores envolvidos) edurabilidade (necessidade de atualização)

(BOHNENBERGER, 2001).

No Quadro 1 é apresentada uma comparação de determinadas variáveis

32

com os instrumentos de endomarketing, considerando uma escala de alto, médio e

baixo.

Quadro 1 – Escala das variáveis dos instrumentos de endomarketing

Fonte: Bohnenberger (2001, p. 19)

No contexto organizacional é importante que o marketing interno não

dependa apenas de um dueto e, sim, de uma equipe, pois as áreas de marketing e

de recursos humanos precisam buscar apoio de outros parceiros sem os quais nada

pode acontecer internamente: a direção da empresa e os colaboradores (BRUM,

1998).

Instrumento Custo Envolvimento da

coordenação Abrangência Durabilidade

Confecção de vídeos Alto Alto Alto Médio

Manuais técnicos Médio Alto Baixo Médio

Manuais educativos Médio Alto Alto Alto Revistas com histórias em quadrinhos Médio Médio Alto Alto

Jornal interno Baixo Médio Alto Baixo

Cartazes motivacionais Médio Baixo Alto Ato

Canais diretos Baixo Alto Baixo Baixo

Palestras internas Baixo Médio Alto Baixo

Grife interna Baixo Baixo Alto Alto

Memória Alto Alto Alto Alto

Rádio Interno Alto Médio Alto Baixo

Vídeo jornal Alto Alto Alto Baixo

Intranet Baixo Baixo Alto Baixo

Manuais de Integração Médio Médio Médio Alto

Atividades festivas Médio Alto Alto Baixo

33

3.4 INSTRUMENTOS DE ENDOMARKETING UTILIZADOS PELA INSTITUIÇÃO EM ESTUDO

Com base em documentos levantados e analisados para operacionalizar as

variáveis em estudo, com o propósito de atingir os resultados esperados. Pode-se

perceber a empresa em questão recorre a algumas ferramentas do endomarketing,

sendo elas:

• Palestras Internas;

• Cartazes Informativos;

• Jantares de confraternização;

• Comemorações de datas de profissionais da Instituição e também datas

como Páscoa, Dia do Trabalhador, Dia do Médico, Dia Junino, entre outros.

34

4 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

• Sugere-se a implantação de um Programa de Endomarketing planejado e

estruturado conforme a realidade da empresa;

• Utilização do setor de Relações Externas, o qual conta com um profissional

de comunicação social para a implantação e acompanhamento do o

Programa de Endomarketing;

• Sugere-se um intercâmbio entre os setores da instituição afim de que haja

conhecimento do fluxo da empresa e integração dos setores com intuito de

gerar um espírito de equipe onde a motivação seja evidente;

• Sugere-se a implantação de um programa continuo de palestras com foco

no trabalho em equipe e motivação;

• Promover nos setores maior interação entre as pessoas e o seu superior.

Permitir que haja a participação de todos nas decisões que referem-se a

melhorias do setor para aumentar assim a motivação no trabalho, bem

como diminuir a falta de interesse pelo cargo;

• Sugere-se a implantação de um Jornal informativo com periodicidade

trimestral com foco no publico interno e externo para divulgação da

Instituição.

• Sugere-se a implantação de um Jornal Mural com atualização semanal

e/ou quinzenal com foco no público interno, podendo abrir um espaço

destinado ao colaborador. Utilizar este espaço para motivar o colaborador;

• Sugere-se educação continuada com os lideres e todos os colaboradores

sobre os seus respectivos cargos, a fim de minimizar futuros erros que

possam ocorrer treinamentos.

35

• Terapias de grupos são ótimas para a melhoria do relacionamento e

fortalecendo assim o sentimento de compreensão, cooperação e trabalho

em equipe entre as pessoas e que sejam feitas sempre com diferentes

grupos.

• Implantação de Manual de Integração contendo todas as informações

sobre a Instituição a fim de orientar os novos colaboradores.

36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho visou analisar e criar um diagnóstico sobre a importância da

prática do endomarketing nas organizações de saúde.

Por meio dele buscou-se demonstrar a importância da valorização e

reconhecimento do colaborador da empresa como sendo fator preponderante e

pontencializador no relacionamento com o cliente

O ISPON foi o objeto de estudo, por tanto, esse trabalho se caracteriza

como um estudo de caso, “estudo de caso é um estudo limitado a uma ou poucas

unidades, que podem ser uma pessoa, uma família, um produto, uma instituição,

uma comunidade ou mesmo um país” (COSTA e COSTA, 2001, p. 62)

Com este trabalho percebe-se que mesmo em uma empresa de saúde, onde

o seu produto não é comercializado as ferramentas de endomarketing possuem

grande importância, pois quando se consegue comunicar e interagir adequadamente

com o público interno o clima organizacional melhora e assim facilita o entrosamento

entre os setores, tornando-se assim o ambiente da empresa agradável, refletindo

assim positivamente nos resultados finais.

Não se pode negar jamais que quando o clima organizacional é bom, os

negócios fluem com maior velocidade e qualidade. E quando o conhecimento e as

informações são repassados a para todos os setores o desempenho geral na

prestação de serviços é muito mais eficiente e eficaz.

Através do levantamento de dados pode-se analisar que o Instituto Sul

Paranaense de Oncologia embora utilize algumas ferramentas do endomarketing

precisa de um planejamento para que haja um melhor aproveitamento do que se

vem aplicando, incluindo assim novas ferramentas de endomarketing a serem

37

utilizadas.

Com um Programa de endomarketing a informação chegaria sem ruídos e

haveria maior entrosamento facilitando o entendimento entre os setores e tornando

possível iniciar uma nova cultura gerando aos poucos uma melhoria no clima

organizacional. O certo é que não há nenhuma mágica em todo esse processo e,

sim muito trabalho e planejamento estratégico, mas no decorrer desse processo os

resultados podem ser muito compensador.

Em uma análise geral é possível entender que quando se tem um cliente fiel

e satisfeito a empresa ganha, o colaborador ganha e consequentemente toda a

comunidade sai ganhando com uma prestação de serviço de qualidade, eficaz e de

sucesso.

Conclui-se, então, que todas as ações voltadas para a valorização do

público interno, ou seja, ações de endomarketing, são extremamente importantes

para promover a motivação internas na empresa e, consequentemente, a melhoria

do desempenho dos talentos humanos. Dentre estas ações, as que estão ligadas ao

relacionamento humano são as que têm maior valor, pois causam um impacto direto

no bem estar das pessoas em seu local de trabalho, o que se reflete em maior

disposição em atender os clientes e proporcionar uma melhor imagem da empresa

perante a comunidade, tornando-se um protagonista na divulgação externa gratuita e

fiel resultando em sucesso para a Instituição.

38

REFERÊNCIAS

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