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UNIVERSIDADE TUIUTÍ DO PARANÁ
Carla Nishioka Antonini
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE UM SERVIÇO DE AUDITORIA INTERNA EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE
CURITIBA
2010
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE UM SERVIÇO DE AUDITORIA INTERNA EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE
CURITIBA
2010
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Carla Nishioka Antonini
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE UM SERVIÇO DE AUDITORIA INTERNA EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE
Trabalho de conclusão de curso apresentadoao curso de especialização em auditoria egestão em saúde da Universidade Tuiutí doParaná, como requisito parcial para obtençãodo título de auditor e gestor em saúde.
Orientadora Ozana de Campos.
CURITIBA
2011
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................ 5
2. OBJETIVOS.................................................................................... 6
3. REVISÃO DE LITERATURA........................................................... 7
3.1 AUDITORIA..................................................................................... 7
3.2 AUDITORIA DE ENFERMAGEM................................................... 7
3.2.1 PROCESSO DE AUDITORIA.................................................... 8
3.2.2 CLASSIFICAÇÕES DE AUDITORIA......................................... 8
3.2.3 AUDITORIA QUANTO AO MÉTODO OU TEMPO.................... 9
3.2.4 AUDITORIA QUANTO À FORMA DE INTERVENÇÃO............. 10
3.2.5 AUDITORIA QUANTO AO TEMPO........................................... 10
3.2.6 AUDITORIA QUANTO À NATUREZA....................................... 10
3.2.7 AUDITORIA QUANTO AO LIMITE............................................ 11
3.3 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR.................................................. 11
3.4 INDICADORES............................................................................... 13
3.4.1 ITENS DE VERIFICAÇÃO......................................................... 15
3.4.2 ITENS DE CONTROLE.............................................................. 15
3.4.3 COMO EXPRESSAR UM INDICADOR...................................... 15
3.4.4 O QUE PODE SER MEDIDO PELOS INDICADORES.............. 16
3.4.5 TIPOS DE INDICADORES......................................................... 16
3.4.6 MONTAGEM DE INDICADORES............................................... 17
4. METODOLOGIA.............................................................................. 17
4.1 O PROCESSO DE AUDITORIA NO HOSPITAL EM ESTUDO..... 17
4.2 TIPO DE PESQUISA...................................................................... 20
4.3 RESULTADOS................................................................................ 21
5. CONCLUSÕES................................................................................ 26
6. REFERÊNCIAS................................................................................ 27
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1. INTRODUÇÃO
A auditoria tem origem na área contábil, cujos fatos e registros datam do ano 2600
aC. Porém é a partir do século XII que esta técnica passa a receber a denominação de
auditoria (Kurcgant P., 1991).
Na área da saúde, a auditoria aparece pela primeira vez no trabalho realizado pelo
médico George Gray Ward, nos Estados Unidos, em 1918, no qual era feita a verificação
da qualidade da assistência prestada ao paciente através dos registros em seu prontuário
[...] Na área da enfermagem, somente em 1955 é que surgiu o processo auditoria, com a
publicação de um trabalho desenvolvido no Hospital Progress, nos Estados Unidos.
(Kurcgant P. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU;1991, p215).
Historicamente, as práticas, as estruturas e os instrumentos de controle, avaliação
e auditoria das ações de saúde estiveram, predominantemente, associados ao
faturamento.
Atualmente é necessária a comprovação da qualidade da atenção, o uso da verba
pública, a veracidade da informação, resultados alcançados, além do faturamento.
Um sistema de informações sobre produção em saúde, com registros confiáveis,
permite uma avaliação efetiva, podendo reordenar a execução das ações e de serviços,
redimensionando-os de forma a contemplar as necessidades da população, dando maior
racionalidade ao uso dos recursos. (Moyá , Vanderlei Soares, 6º audhosp congresso
nacional de auditoria e qualidade da gestão. Disponível em:
www.saude.sp.gov.br/.../auditoria/um_novo_sistema_de_informacao_sus_vanderlei.ppt.
Acesso em: 18 nov. 2010)
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No âmbito hospitalar a auditoria foi inserida no início do século XX, como
instrumento de verificação da qualidade da assistência, através da análise de registros em
prontuários, utilizada como instrumento de controle e regulação da utilização de serviços
de saúde e, especialmente na área privada, dirigindo seu foco para o controle dos custos
da assistência prestada. Porém, apenas em 2001 através da Resolução n. 266/1 as
atividades de auditoria exercida por enfermeiros foram aprovadas pelo Conselho Federal
de Enfermagem (PINTO, MELO, 2010).
As organizações hospitalares exigem a adoção de medidas e técnicas de
acompanhamento e controle, que visam diminuir falhas e evitar situações que coloquem
em perigo a imagem da instituição diante dos acionistas. A assistência de qualidade
necessita de informações claras, corretas, objetivas, organizadas, completas e
disponíveis (FRANCISCO, 1993).
Problema: Os serviços de auditoria hospitalar interna utilizam os indicadores para avaliar
o serviço?
Palavras chave: auditoria hospitalar; indicadores de qualidade.
2. OBJETIVO
Elencar e analisar os indicadores de qualidade de um serviço de auditoria de um
hospital de grande porte.
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3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 AUDITORIA
A auditoria é definida como “a avaliação sistemática e formal de uma atividade, por
alguém não envolvido diretamente na sua execução, para determinar se essa atividade
está sendo levada a efeito de acordo com seus objetivos.” (Kurcgant P. Administração em
enfermagem. São Paulo: EPU;1991, p216). Pode-se destacar a auditoria também como
uma atividade formal, executada por pessoal que não tenha responsabilidade direta na
execução do serviço em avaliação e que fornece subsídios para verificação da qualidade
da organização. (Rebelo ARC. Auditoria de qualidade. Rio de Janeiro (RJ):
Qualitymark;1994. p287).
Ambos os autores em muito convergem suas concepções, na qual auditoria está
vinculada a qualidade, tratando-se de uma avaliação das ações realizadas. Auditoria pode
ser ainda caracterizada como um processo de avaliação de grande importância para o
redirecionamento das ações, visto que após análise do serviço e verificação das
deficiências podem ser tomadas decisões corretivas e ou preventivas para remodelar
essas ações. A auditoria pode nos alertar para novos e antigos problemas ou deficiências
e apontar alternativas de correções e/ou prevenções.
3.2 AUDITORIAS DE ENFERMAGEM
A auditoria de enfermagem é um processo pelo qual as atividades de enfermagem
são examinadas, mensuradas e avaliadas, em confronto com padrões preestabelecidos,
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por meio de revisões das anotações de enfermagem que constam no Prontuário [...]. (Horr
L. Auditoria em enfermagem. In: Anais do 5º Ciclo Nacional de Administração em
Enfermagem; 1989 out 9-12; Maringá (PR), Brasil. Maringá (PR): ABEn;1989. 157p. p.97)
Numa concepção mais abrangente, a auditoria de enfermagem trata-se de
avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao cliente
pela análise dos prontuários, acompanhamento do cliente in loco e verificação da
compatibilidade entre o procedimento realizado e os itens que compõem a conta
hospitalar cobrados.
3.2.1 Processo de auditoria
A auditoria possui algumas finalidades, tais como: identificar áreas de deficiência
do serviço de enfermagem, fornecer dados para melhoria dos programas de enfermagem
e da qualidade do cuidado de enfermagem e obter dados para programação de
atualização do pessoal de enfermagem. (Kurcgant P. Administração em enfermagem. São
Paulo: EPU;1991. 216p).
3.2.2 Classificações da auditoria
De forma geral, a classificação da auditoria depende da finalidade a que a mesma
se destina. Segundo Sá a “classificação varia de acordo com o tratamento que se dá ao
objeto de auditoria.”
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3.2.3 A auditoria é classificada quanto ao método ou tipo em:
• Retrospectiva: A auditoria retrospectiva tem como sua precursora Maria Phaneuf, nos
Estados Unidos. É a auditoria feita após a alta do paciente, em que se utiliza o
prontuário para a avaliação; portanto, os dados obtidos não reverterão em benefício
deste paciente diretamente.
• Operacional ou concorrente: A auditoria operacional ou concorrente tem como sua
precursora no Brasil, Lourdes Torres de Cerqueira. Esta auditoria é realizada
“enquanto o paciente está hospitalizado ou em atendimento ambulatorial” .(Kurcgant
P. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU;1991. p218).
Este método envolve a análise e avaliação dos registros de enfermagem (inclusive do
processo de enfermagem), entrevista com o cliente e/ou familiares, observação do
cliente (in loco), exame físico, e observação do ambiente.
3.2.4 A auditoria é classificada quanto à forma de intervenção em:
• Interna: A auditoria Interna é realizada por elementos da própria instituição,
devidamente informados e treinados. Tem como vantagem a maior profundidade nos
trabalhos realizados, com a probabilidade de haver sugestões ou soluções mais
apropriadas, já que o auditor possui vinculação funcional.
• Externa ou independente: A auditoria externa ou independente “é realizada por
elemento não-pertencente à instituição, contratado especificamente para a auditoria”.
(Kurcgant P. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU;1991. p219).
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Neste, apesar do auditor ter independência administrativa e afetiva, o trabalho
desenvolvido pode tornar-se superficial, com a apresentação de soluções
inapropriadas para os problemas existentes.
• Mista : A auditoria mista é uma classificação decorrente de uma experiência auditorial,
no qual a comissão de auditoria era formada por docentes do Departamento de
Enfermagem e enfermeiros da Instituição, sendo estes, os elementos internos e os
demais os membros externos.
3.2.5 A auditoria é classificada quanto ao tempo em:
• Contínua : A auditoria contínua é realizada em períodos determinados, sem sofrer
interrupções, iniciando-se, cada revisão, a partir da anterior . Há uma integração entre
uma auditoria e outra, observando-se a evolução dos resultados, com soluções mais
visíveis e imediatas.
• Periódica: A auditoria periódica relaciona-se a certos períodos, não possuindo
características de continuidade de revisão.
3.2.6 A auditoria é classificada quanto à natureza em
• Normal: A auditoria normal “realiza-se em períodos determinados, com objetivos
regulares de comprovação” (Kurcgant P. Administração em enfermagem. São Paulo:
EPU;1991, p.219).
• Específica: A auditoria específica ou especial visa um objetivo específico, procurando
obter dados sobre fatos particulares, atendendo às necessidades do momento. A
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auditoria especial é desenvolvida para finalidade específica, por exemplo:
supervisionar a lavagem das mãos no ambiente hospitalar.
3.2.7 A auditoria pode ser classificada quanto ao limite em:
• Total: Abrange todos os setores da instituição.
• Parcial: Limitada a alguns serviços da instituição.
A auditoria não deve ser entendida como um método de fiscalização, punitivo;
repressivo, e sim deve ser encarada como um processo positivo e educacional.
Percebemos que possibilita, também, o crescimento profissional já que pode
redimensionar as ações depois de verificados os potenciais e estrangulamentos destas.
3.3 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Acreditação é a metodologia utilizada mundialmente que certifica a qualidade no
atendimento e gestão de instituições de saúde. Duas das certificações utilizadas em
instituições brasileiras são a ONA (Organização Nacional de Acreditação) e a
Accreditation Canadá. A ONA emprega padrões de desempenho voltados aos processos
de cuidados ao paciente e à gestão de serviços. A Accreditation Canadá tem como foco a
segurança do paciente e as boas práticas no atendimento. (www.funef.com.br)
Acreditação e certificação exigem que as organizações de cuidados de saúde
atendam um conjunto de requisitos padronizados para melhorar a qualidade do
atendimento.
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Iniciado em 1999, o programa de acreditação hospitalar foi desenhado para avaliar
todas as funções de hospitais de agudos, médicos e psiquiátricos, incluindo os
relacionados com clínicas de ambulatório e laboratórios clínicos. O programa é
igualmente aplicável aos hospitais públicos e privados.
Os hospitais receberam seus certificados pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação
(CBA) – órgão brasileiro ligado à Joint Commission International (JCI), a maior e mais
antiga comissão acreditadora dos Estados Unidos. O processo de acreditação que leva
em conta aspectos como qualidade técnica, gestão e atendimento humanizado iniciaram-
se no INCA em 2004 e utilizou, respectivamente, três modelos distintos de manuais
internacionais: Padrões de Acreditação da Joint Commission International para
Hospitais; Manual Internacional de Padrões de Acreditação para Cuidados Continuados e
Manuais Internacional de Padrões de Certificação para o Cuidado a Doenças ou
Condições Específicas. Os objetivos principais da Acreditação Hospitalar são melhorar a
qualidade dos cuidados aos pacientes e acompanhantes e proporcionar um ambiente livre
de riscos para todos aqueles que circulam no Instituto, dentro de padrões de excelência
reconhecidos internacionalmente. Através da Acreditação Hospitalar, a instituição de
saúde tem a possibilidade de realizar um diagnóstico objetivo acerca do desempenho de
seus processos, incluindo as atividades de cuidado direto ao paciente e aquelas de
natureza administrativa.
A partir deste diagnóstico e com o desenvolvimento do processo de educação, de
acordo com o Manual de Padrões de Acreditação Hospitalar, é possível discutir,
criteriosamente, os achados da avaliação e desenvolver um plano de ações capazes de
promover a efetiva melhoria do desempenho da instituição, abrangendo todos os seus
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serviços e segmentos existentes. (Consórcio Brasileiro de Acreditação. Disponível em:
www.cbacred.org.br/front/home.php. Acesso em: 18 mar.2011.)
Acreditação é um processo de avaliação externa, de caráter voluntário, através do
qual uma organização, em geral não-governamental, avalia periodicamente as instituições
de saúde para determinar se as mesmas atendem a um conjunto de padrões concebidos
para melhorar a qualidade do cuidado ao paciente. A acreditação é baseada em padrões
aplicáveis, predeterminados e publicados. A avaliação é realizada in loco, por uma equipe
de avaliadores composta por pares e ocorre geralmente a cada três anos. A acreditação é
geralmente um processo voluntário no qual instituições decidem participar, não sendo
decorrente de imposição legal ou regulamentar.
A acreditação está fundamentada em princípios éticos claramente estabelecidos e
utiliza ferramentas metodológicas reconhecidamente eficazes no campo da avaliação, o
que confere alta credibilidade ao processo. Os padrões internacionais e o método de
avaliação de acreditação são desenhados para prover informações e estabelecer
indicadores em saúde, voltados para a qualidade do cuidado ao paciente, que possibilitam
melhorias efetivas no desenvolvimento das atividades clínicas e gerenciais. (Consórcio
Brasileiro de Acreditação).
3.4. INDICADORES
Os indicadores são critérios (entendido como parâmetro de medida), elaborados
pela comissão de auditoria.
“Auditoria como método de assistência... a partir dos padrões estabelecidos.
Avaliam se estes estão ou não sendo alcançados”. (Horr L. Auditoria em enfermagem. In:
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Anais do 5º Ciclo Nacional de Administração em Enfermagem; 1989 out 9-12; Maringá
(PR), Brasil.Maringá (PR): ABEn;1989. p.105)
O indicador se constitui em um instrumento gerencial de mensuração sem o qual é
impossível a avaliação criteriosa de qualidade, custos ou produtividade. É a unidade de
medida de uma atividade com a qual se está relacionado. É a representação quantitativa
ou não, do resultado, ocorrência ou evento de um sistema.
Os indicadores são gráficos construídos em Excel, Access e ou sistemas, os
mesmo tem como função realizar a rastreabilidade de um processo e ou produto.
Primeiramente para se criar um plano de controle onde serão coletado os dados para os
indicadores, devem se definir qual a função deste indicador e posteriormente definir o
modo em que o mesmo deve acontecer. É necessário controlar o seu processo produtivo,
para isso identificar quais as falhas acontecem com mais frequência e definir o seu modo
de coleta.
Se for identificada uma falha então temos ai um item de coleta de dados, ou seja
uma não conformidade. Inicia-se um controle deste item mês a mês ou em períodos
menores verificando se o mesmo continua ou se a não conformidade deixou de existir,
porém isto só é possível após uma ação corretiva, ou seja é emitido um documento onde
se possa registrar uma comunicação oficial para solicitar ação corretiva, ou seja, cabe ao
fornecedor agir sobre a falha e fornecer produtos dentro das especificações do cliente.
Deve-se definir uma meta para cada indicador.
Enfim este processo tem como função a melhoria continua dos processos, ou seja é
somente com dados verídicos e o tratamento correto para eliminar ou prevenir que se dá
o processo de melhoria.
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Os mesmo são item de auditorias, verificando se os dados estão lançados dentro dos
períodos definidos e se existem tratamentos para as não conformidades. (Desiderio,
2007).
3.4.1 Itens de Verificação
São padrões, dados ou fatos utilizados para aferir se o processo de trabalho esta
sendo realizado (Durante seu Desenvolvimento) conforme seu projeto
(planejamento).
3.4.2 Itens de Controle
São características, padrões, dados ou fatos aferidos na saída (no Resultado) do
processo que demonstram que requisitos foram plenamente atendidos bem como o
objetivo para o qual foi projetado (Planejado).
3.4.3 Como expressar um indicador
Fato
Número Absoluto
Proporção
Coeficiente
Índice
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3.4.4 O que pode ser medido
PELOS INDICADORES
Resultados
Processos
Indicadores desejados
Indicadores indesejáveis
3.4.5 Tipos de Indicadores
• Indicadores Sentinela (quedas do leito, efeitos adversos de medicamentos, erros de
dosagem, acidentes com material pérfuro-cortante, etc.
• Indicadores de Resultados (Mede o que acontece (ou não) ao paciente depois que algo
é feito (ou não) ao paciente.
• Indicadores de Processos (Mede a atividade de cuidados realizada para um paciente;
freqüentemente ligada a um resultado)
• Indicadores Desejáveis (Medidas que resultam de um cuidado desejado)
• Indicadores indesejáveis (medidas que resultam de um cuidado indesejável)
• Indicadores baseados em uma Relação ou razão (instrumento que mede os eventos nos
cuidados do paciente que requerem melhor avaliação (revisão de casos individuais)
somente se a razão dos eventos mostra uma tendência significante no qual a instituição,
no tempo, excede limites predeterminados, ou evidencia diferenças significantes quando
comparadas a taxas de instituições pares.
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3.4.6 Montagem de Indicadores
• 1º - Nome e tipo de Indicador (O QUE)
• 2º - Objetivo / Propósito (POR QUE)
• 3º - Responsável (QUEM)
• 4º - Método e Fórmula (COMO)
• 5º - Fonte de Informação e amostra (ONDE)
• 6º - Freqüência (QUANTAS VEZES)
• 7º - O Custo da apuração do indicador (QUANTO CUSTA).
(MARINHO,Antonio).
4. METODOLOGIA
4.1 O PROCESSO DE AUDITORIA NO HOSPITAL EM ESTUDO
Em meados de 2001 havia 01 enfermeira que realizava a auditoria no hospital todo.
Após o retorno das contas dos convênios ela tentava reverter as glosas. Em 2002, sob
nova direção, a qual visava uma melhor adequação dos serviços prestados sempre em
busca de qualidade, viu-se a necessidade de se implantar a auditoria hospitalar mais
profissionalizada. Nesta época foi contratada 01 enfermeira que realizaria a auditoria
retrospectiva. Os enfermeiros supervisores das unidades de internação e das UTI's eram
responsáveis após alta hospitalar da verificação dos prontuários, que posteriormente
seriam encaminhados ao setor de auditoria. Estes enfermeiros receberam treinamento de
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como auditar um prontuário, treinamento este realizado pela professora da universidade
Tuiutí. A busca pela diminuição das glosas e perdas levou a contratação de 01
enfermeira para realizar a auditoria concorrente. O processo foi dificultado devido a falta
de pessoas capacitadas e um local adequado para execução do trabalho. Muitos
prontuários acabavam voltando aos setores de origem para serem corrigidos o que
acabava atrasando o recebimento das contas.
Em 2008, o hospital inicia o processo de acreditação hospitalar nível I, onde há
uma reestruturação no setor de auditoria. A auditoria dos prontuários ainda era feita pelos
enfermeiros do setor e estes eram encaminhados ao setor de auditoria para serem
analisados. Eram auditadas apenas as contas acima de R$3000,00. Neste período
também foram realizados treinamentos com os colaboradores com o objetivo de diminuir
as perdas, mostrando também a importância de utilizar o check list. A gestão da auditoria
em vigor na época elaborou indicadores e os organizou sob a forma de instrumentos.
Estão eles elencados em: índice do valor da pré-glosa; índice do número de contas pré-
analisadas; índice de valor das contas faturadas após pré-análise; média de horas de
treinamento por colaborador.
E por fim um feedback, onde seria possível visualizar ganhos e perdas avaliando
os indicadores de qualidade.
Em 2009, ocorreu a criação de um espaço para o setor de auditoria com o objetivo
de estruturar o processo de cobrança hospitalar com melhoria contínua e contratação de
enfermeiros auditores que faziam a auditoria dos prontuários no setor de auditoria. O
setor agora era composto por 02 enfermeiros auditores e o gestor do setor. O novo gestor
começou a trabalhar com os indicadores de faturamento.
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Em 2009 acadêmicas de enfermagem do 8° período da universidade Tuiutí iniciam
estágio no setor de auditoria e auxiliaram nas auditorias retrospectivas, colaborando nos
treinamentos e conferências das contas no setor.
Inicia também um acadêmico de enfermagem do 8° período na UTI, pondo em
prática a auditoria concorrente nesta unidade.
Desde o início da nova gestão do setor de auditoria do Hospital em setembro de
2010, os enfermeiros auditores começaram a despender esforços no sentido de implantar
um programa de auditoria de enfermagem, fruto da necessidade de apresentar melhores
resultados no setor, com diminuição das glosas e do retorno dos prontuários às unidades
de internação e/ou UTI’s devido à conferência dos prontuários no próprio setor de origem.
Em 2010 foram inseridos 02 faturistas nos setores e inicia-se então a auditoria
concorrente. Esta melhor adequação no serviço deverá demonstrar resultados positivos
através da análise dos indicadores mensurados mensalmente pela auditoria da instituição.
O novo gestor sentiu a necessidade de retirar um dos indicadores (índice do número de
contas pré-analisadas) devido à implantação da auditoria concorrente e adicionou um
novo indicador: número de não conformidades por prescrição.
Os auditores realizaram treinamentos intensos e objetivos, a fim de capacitar os
enfermeiros dos setores a estabelecer rotinas para a estação de trabalho no setor de
auditoria, e melhorar a qualidade de confecção de fatura hospitalar.
PINTO, Karina Araújo and MELO, Cristina Maria Meira de. A prática da enfermeira em
auditoria em saúde. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2010, vol.44, n.3, pp. 671-678. ISSN
0080-6234
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4.2. TIPO DE PESQUISA
Relato de experiência que é uma metodologia de observação sistemática, sem o
objetivo de testar hipóteses, mas estabelecer correlações entre achados dessa realidade
e bases teóricas pertinentes. Trazem também a experiência do próprio profissional, ou
seja, como ele percebeu e interpretou uma situação, reconstruindo eventos vividos de
maneira congruente com valores crenças e conhecimentos. (Dyniewicz, A.M..
Metodologia. In: Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. 2 ed.São Caetano do
Sul: Difusora Editora,2009. P.118-119) .
Este estudo é realizado em um hospital de grande porte localizado na cidade de
Curitiba por uma enfermeira que trabalha na instituição desde maio de 2001 e que atua
como gestora de uma das 06 unidades de internação. Foram realizadas entrevistas
individuais informais com a professora Ozana da universidade Tuiutí, que desde 2005
contribui com os estágios dos acadêmicos de enfermagem e acompanha o processo de
auditoria da instituição, com as enfermeiras auditoras e com o gestor atual do setor de
auditoria. A coleta das informações se deu também através da internet e busca ativa no
hospital.
Nele apresentam-se reflexos sobre a importância da análise dos indicadores
mensurados em um hospital de grande porte e o impacto causado na auditoria interna.
Serão analisados os indicadores mensurados pela auditoria do hospital no intervalo de 13
meses (janeiro/2010 a fevereiro/2011). A análise mês a mês é realizada pelo gestor do
setor, que atualmente é um enfermeiro, e os dados são lançados em uma planilha. A
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planilha 01 mostra os indicadores mensurados desde janeiro até dezembro de 2010. A
planilha 02 os indicadores de janeiro e fevereiro de 2011.
O hospital contempla 140 leitos distribuídos em 06 unidades de internação, os
enfermeiros auditores (atualmente são 02) ficam responsáveis por realizar a auditoria
concorrente em 03 unidades. O gestor do setor de auditoria fica responsável pela
auditoria concorrente das UTI's. Depois de realizada esta auditoria o faturista dos setores
(atualmente 02 para as unidades de internação e 01 para as UTI’s) montam a conta e
esta é encaminhada para o setor de faturamento onde será analisada pelos
colaboradores do setor, e após analisada pelo gestor da auditoria. Este lança o valor da
conta que o faturamento analisou em uma planilha e após a sua análise lança o novo
valor da conta.
Esta diferença de valores é analisada e aplicada como o indicador: índice de valor
de contas faturadas após análise.
4.3.RESULTADOS
Os indicadores são mensurados mês a mês, são inseridos e avaliados conforme planilhas
abaixo:
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O gestor do setor de auditoria colhe os dados necessários para cada indicador e os
avalia conforme as fórmulas indicadas na planilha podendo assim verificar se os
resultados são satisfatórios, ou seja, os valores obtidos estão dentro da meta.
Para reduzir as glosas hospitalares atualmente é: necessário o mapeamento de
processos e localização de gargalos, padronização de processos e desenvolvimento de
manuais, bem como a adoção de auditoria preventiva tanto da parte médica/enfermagem,
quanto do faturamento (Ludimilla F, 2008).
O indicador índice valor de glosa é o indicador fundamental para dimensionar a
composição da equipe de auditoria em relação à especialização básica do profissional
(médico auditor - enfermeira auditora).
Após as contas serem auditadas são separadas pelos auditores e pelo setor de
faturamento, elas são separadas por convênio e armazenadas para serem analisadas
pelos auditores do convênio (auditoria externa). O auditor do hospital e o auditor do
convênio entram em um consenso e o primeiro tenta evitar a glosa. Se o auditor externo
glosar a conta ou algum item dela a conta é encaminhada então ao setor de glosas que é
composto por 02 faturistas. Nem todos os convênios possuem auditores que fazem
auditoria in locu. Esta glosa é o dado utilizado no indicador índice do valor de glosas.
O indicador número de não conformidades por prescrição começou a ser
mensurado em novembro de 2011 através da análise das auditorias concorrentes. As
enfermeiras auditoras levantam as falhas nas prescrições médicas, anotações,
prescrições e evoluções de enfermagem, lançam em uma planilha, com o tipo de não
conformidade e quem é o responsável por ela e estes dados são analisados conforme a
fórmula da planilha dos indicadores pelo gestor do setor de auditoria e o resultado é
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lançado como forma de indicador. Esta planilha com as não conformidades é repassada
para a gerência de enfermagem e os gestores das unidades de internação e UTI’s para
que estes saibam quais são as falhas e providenciem ações corretivas. Para tal os
gestores devem mostrar aos colaboradores e realizar orientações e treinamentos para
corrigir as falhas. Conforme a análise mês a mês deste indicador podemos observar que
os resultados estão dentro da meta estabelecida e com diminuição dos valores, o que
significa que as ações corretivas estão dando resultado.
O indicador índice de valor de contas faturadas após análise serve para identificar
quanto o valor da conta aumentou após a análise do setor de auditoria. Ele é avaliado
através da planilha que é alimentada pelo gestor do setor de auditoria. Ele lança nesta o
valor da conta após análise da auditoria concorrente e faturista do setor, o valor após a
análise dos colaboradores do setor de faturamento e o valor após a análise do próprio
gestor. Os valores são lançados na fórmula do indicador conforme a planilha que
demonstrará se o resultado é satisfatório (se está dentro da meta estabelecida). Através
desta análise da planilha do gestor pode-se avaliar qual o setor que está deixando de
cobrar certos procedimentos e materiais e quanto a instituição está deixando de ganhar
ou não sob o valor da conta do paciente. Os valores analisados durante os 13 meses
analisados demonstram que os resultados são satisfatórios.
O indicador média de horas de treinamento por colaborador analisa as horas de
treinamento que o gestor da auditoria aplica aos seus colaboradores. Por mês foi
estabelecido uma meta de 3 a 4 horas de treinamento. O gestor deve realizar
treinamentos que são computados e as horas realizadas são lançadas na fórmula da
planilha do indicador que mostrará se foi satisfatório ou não (dentro ou não da meta
estabelecida).
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5. CONCLUSÕES
Através deste trabalho concluí que os indicadores de qualidade mensurados neste
hospital deveriam ser vinculados a todas os gestores de enfermagem para que haja um
maior envolvimento entre as áreas, levando à participação destes no planejamento e à
adoção de medidas corretivas e preventivas, proporcionando melhorias na gestão do
serviço de enfermagem e conseqüentemente contribuindo com a solidez da excelência na
gestão hospitalar. Podemos observar que esta situação é bem exemplificada no indicador
número de não conformidades por prescrição já que este é o indicador que é mostrado a
todos os gestores de enfermagem e que após o início de sua mensuração os resultados
foram positivos.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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