universidade nove de julho programa de pÓs … de... · inflamação foram avaliados no tecido...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
JANAINA DE OLIVEIRA BRITO
MECANISMOS ASSOCIADOS ÀS DISFUNÇÕES CARDIOMETABÓLICAS EM
UM MODELO EXPERIMENTAL DE MENOPAUSA E SÍNDROME
METABÓLICA: PAPEL DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO OU
RESISTIDO
São Paulo
2014
JANAINA DE OLIVEIRA BRITO
MECANISMOS ASSOCIADOS ÀS DISFUNÇÕES CARDIOMETABÓLICAS EM
UM MODELO EXPERIMENTAL DE MENOPAUSA E SÍNDROME
METABÓLICA: PAPEL DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO OU
RESISTIDO
Tese apresentada à Universidade
Nove de Julho, para obtenção do
título de Doutor em Ciências da
Reabilitação
Orientadora: Profa. Dra. Kátia
De Angelis
São Paulo
2014
Brito, Janaina de Oliveira.
Mecanismos associados às disfunções cardiometabólicas em um modelo
experimental de menopausa e síndrome metabólica: papel do treinamento
físico aeróbio ou resistido. / Janaina de Oliveira Brito./ 2014.
167 f.
Dissertação (mestrado) – Universidade Nove de Julho - UNINOVE,
São Paulo, 2014.
Orientador (a): Prof. Dra. Kátia De Angelis.
1. Hipertensão 2. Menopausa 3. Síndrome metabólica 4. Modulação
autonômica 5. Estresse oxidativo e marcadores inflamatórios. I. De Angelis, Kátia. II. Titulo
CDU 615.8
“o único lugar onde o sucesso vem antes do
trabalho é no dicionário”.
Albert Einstein
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais, Elza Francisca de Oliveira Brito e José de Brito, que sempre
fizeram (e ainda fazem) o possível e o impossível para me proporcionar tudo o que for de
melhor nessa vida! Agradeço pelo carinho incondicional, amor, respeito e também pelos
puxões de orelha! rs. Obrigado por lutarem comigo para que esse sonho pudesse se tornar
realidade.
Ao meu único e eterno irmão, Sebastião de Brito (Cbass Fomerase), por dividir a sua
data de aniversário comigo, por compartilhar as latinhas de coca-cola, pelo carinho e
respeito, pelos conselhos e explicações psicológicas e filosóficas, por me apoiar sempre
nas minhas escolhas acadêmicas, por ser essa pessoa maravilhosa que eu admiro muito!
Ao meu noivo, Emerson Monzani, pela paciência em dias de TPM, por aceitar e
compreender as minhas ausências, por incentivar os meus ideais, por me ajudar
encorajando-me a enfrentar todos os momentos difíceis.
Aos meus familiares: meus avós que não estão mais presentes, meus tios, tias, primos,
primas, cunhadas, sogro, sogra, ex-professores e amigos. Todos, mesmo aqueles que
moram longe e encontro pouquíssimo, contribuem para a minha formação enquanto ser
humano.
Dedico aos meus amigos de laboratório, ANGELITOS e agregados: Catarina Barbosa
(Patti LaBelle), Christiane Malfitano (Chris Malf Brooklin), Fernando Alves (Tenente),
Guilherme Shimojo (Bigode), Hugo Quintero (Huguinho), Íris Callado Sanches (cabelo
de leão), Michelle Sartori (Boobs), Morgana Buzin e Renata Kelly da Palma (Ladra de
namorados, rs). Pessoas que, às vezes, passam mais tempo ao meu lado do que meus
próprios pais. Pessoas com diversas características e que temos que conviver na
harmonia.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus, pela dádiva da vida e por ter guiado os meus passos
para que pudesse escolher os caminhos a serem percorridos.
À professora Kátia De Angelis por ter acreditado em mim desde o 2º ano da graduação,
orientando minha pesquisa de Iniciação Científica, meu Trabalho de Conclusão de Curso, minha
Dissertação e minha Tese!! Muito obrigada por fazer parte da minha vida e por ter me mostrado o
brilhante mundo da Fisiologia do Exercício!
À três amigos especiais do Laboratório de Fisiologia Translacional, Danielle Dias, Filipe
Fernandes Conti e Nathalia Bernardes. Obrigado pelo carinho, pela companhia, pelos
conselhos e conversas, pelos lanches no Mc Donalds, pelas risadas, pela paciência, por me
ajudarem sempre que precisei.
À Universidade Nove de Julho pela bolsa de estudos, a CAPES pelo doutoramento
sanduíche no exterior, no qual pude conhecer uma pessoa especial, que só veio a
acrescentar na minha vida, Martha Manchini (roommate). E por fim, ao apoio
financeiro da FAPESP (Processo: 2010/17188-4).
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da privação dos hormônios ovarianos
associado à hipertensão e ao consumo crônico de frutose em parâmetros metabólicos,
cardiovasculares, autonômicos, de inflamação e de estresse oxidativo. Adicionalmente,
objetivou-se investigar os efeitos do treinamento físico dinâmico aeróbio ou resistido
nessa condição de associação de fatores de risco. Ratas fêmeas Wistar (n=8) e SHR
(n=32) foram divididas em: normotensas (C), hipertensas (H), hipertensas
ooforectomizadas (HO), hipertensas ooforectomizadas tratadas com frutose (FHO)
submetidas ao treinamento físico aeróbio (FHOTa) ou treinamento físico resistido
(FHOTr). O treinamento físico aeróbio (esteira; 1h/dia; 5x/sem) e o treinamento físico
resistido (escada adaptada para ratos; 1h/dia; 5x/sem) foram realizados durante 8
semanas. Parâmetros de função cardiovascular, de regulação autonômica cardiovascular,
metabólicos e de capacidade física e sua relação com alterações de estresse oxidativo e de
inflamação foram avaliados no tecido cardíaco e renal. A somatória dos fatores de risco
promoveu aumento exacerbado nos níveis pressóricos (FHO:173±1 vs. C:108±1 mmHg).
Em contrapartida, foi observado a bradicardia de repouso após o treinamento físico
(FHO:393±10 vs. FHOTa:336±9 e FHOTr:330±13bpm). O grupo FHO apresentou
prejuízo na sensibilidade dos pressorreceptores, na modulação autonômica cardiovascular
e menor biodisponibilidade de óxido nítrico. Tanto o treinamento físico aeróbio quanto o
resistido normalizou o RMSSD (índice de modulação parassimpática) e aumentou a
sensibilidade dos pressorreceptores. O TNF alfa e a leptina estavam aumentados no grupo
FHO (65,8±9,9 pg/mg proteína e 1346,65±127,28pg/ml) em relação ao grupo C
(23,66±4,35 pg/mg proteína e 974,28±90,90 pg/ml), o que foi normalizado pelos
treinamentos. Correlação entre TNF alfa e leptina (positiva) foi obtida nos grupos
tratados com frutose (sedentários e treinados). Por outro lado, o treinamento físico
promoveu maior biodisponibilidade de óxido nítrico (FHOTa:0,32±0,2;
FHOTr:1,46±0,18 vs. FHO:1,35±0,21 C:1,1±0,15 nmol/mg de proteína) e aumento da IL-
10 (somente FHOTr: 40,25±7,97 vs. FHO:16,26±2,52pg/mg proteína). Correlação
positiva foi obtida entre o RMSSD e a IL-10. A sobrecarga de frutose induziu um
aumento da lipoperoxidação de membrana no tecido cardíaco (FHO:15043±1333;
FHOTa:10652±814; FHOTr:11551±1350 vs. C:2661±358µlmol/mg proteína), o qual foi
reduzido por ambos os tipos de treinamento. O grupo HOF apresentou aumento de dano
à proteína no tecido renal (FHO:4,40±0,37 vs. C: 1,97±0,21nmol/mg proteína), e ambos
os treinamentos foram eficazes em diminuir essa variável. Correlação negativa foi obtida
entre o RMSSD e a QL cardíaca. Correlação positiva foi obtida entre BF-PAS e o
TBARS renal. A sobrecarga de frutose reduziu a TRAP cardíaca, entretanto ambos os
tipos de treinamento físico aumentaram essa variável. O consumo de frutose induziu
prejuízo no balanço redox (FHO: 8,2±0,51 vs. C: 10,4±0,63), o qual pode ser revertido
pelo treinamento aeróbio (FHOTa: 12,9±0,44) e resistido (FHOTr:). O balanço redox foi
positivamente relacionado com o RMSSD e negativamente correlacionado com o TNF
alfa. Concluindo, os resultados evidenciam que a sobrecarga de frutose induziu prejuízo
da modulação autonômica cardiovascular associado ao aumento de parâmetros
inflamatórios e de estresse oxidativo em ratas ovariectomizadas hipertensas. O
treinamento físico dinâmico aeróbio ou resistido de intensidade moderada neste modelo
de associação de fatores de risco atenuou algumas das disfunções metabólicas,
cardiovasculares e autonômicas provavelmente por melhorar o perfil de marcadores
inflamatório e o estresse oxidativo.
Palavras-chave: hipertensão, menopausa, síndrome metabólica, modulação
autonômica, estresse oxidativo e marcadores inflamatórios.
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate effects of the ovarian hormones deprivation
associated with hypertension and fructose overload in metabolic, cardiovascular,
autonomic, inflammation and oxidative stress parameters. Additionally aimed to
investigate the effects of the dynamic or resistance exercise training this condition by
association of the risk factors. Female rats Wistar (n=8) and SHR (n=32) were divided in:
normotensive (C), hypertensive (H), hypertensive ovariectomized (HO), hypertensive
ovariectomized treated with fructose (FHO), and submitted aerobic exercise training
(FHOTa) or resistance exercise training (FHOTr). The aerobic exercise training
(treadmill; 1h/day; 5d/wk) and resistance exercise training (ladder adaptated for rats;
1h/day; 5d/wk) were performed during 8 weeks. Cardiovascular function, autonomic
cardiovascular modulation, metabolic and physical capacity were evaluated, as weel as
the relationship of these variables with cardiac oxidative stress and inflammation in the
cardiac and renal tissues. The association of risk factors promoted an exarcebated
increase in blood pressure (FHO: 173±1 vs. C:108±1 mmHg). In contrast, was observed
resting bradycardia after exercise training (FHO: 393±10 vs. FHOTa:336±9 and
FHOTr:330±13bpm). The FHO group showed impairment in the pressoreceptors
sensibility, autonomic modulation and lower nitric oxide bioavaliability. Both aerobic
and resistance exercise training normalized the RMSSD (parasympathetic modulation
index) and increased the pressoreceptors sensibility. TNF alpha and leptin were
increased in the FHO group (65.8±9.9 pg/mg protein and 1346.65±127.28pg/ml) in
relation to C group (23.66±4.35 pg/mg protein and 974.28±90.90 pg/ml), which was
normalized of the trainings. Correlation between TNF alpha and leptin (positive) was
obtained in the treated with fructose groups (sedentary and trained). On the other hand,
the exercise training promoted higher nitric oxide bioavaliability (FHOTa:0.32±0.2;
FHOTr:1.46±0.18 vs. FHO:1.35±0.21 C:1.1±0.15 nmol/mg protein) and increase oh the
IL-10 (only FHOTr: 40.25±7.97 vs. FHO:16.26±2.52pg/mg protein). Positive correlation
was obtained between RMSSD and IL-10. The fructose overload induced an increase
membrane lipoperoxidation in the cardiac tissue (FHO:15043±1333; FHOTa:10652±814;
FHOTr:11551±1350 vs. C:2661±358µlmol/mg protein), which was reduced by both
types of the training. The FHO group showed increase proteins damage in the renal tissue
(FHO:4.40±0.37 vs. C: 1.97±0.21nmol/mg protein) and both exercise training were
effective in decrease this variable. Negative correlation was obtained between cardiac
RMSSD and QL. Positive correlation was obtained between renal LF-PAS and TBARS.
Fructose overload reduced the cardiac TRAP, however, both exercise training enhance
this variable. Fructose consumption induced impairment in the redox balance (FHO:
8.2±0.51 vs. C:10.4±0.63), which can be reversed by aerobic (FHOTa: 12.9±0.44) and
resistance exercise training (FHOTr:). The redox balance was positively related with
RMSSD and negatively correlated with TNF alpha. Concluding, the results evidences that
fructose overload induced impairment in the cardiovascular autonomic modulation
associated increase inflammatory and oxidative stress parameters in hypertensive
ovariectomized rats. Dynamic aerobic or resistance exercise training of the moderate
intensity this model of risk factors association attenuated some of the metabolic,
cardiovascular and autonomic dysfunctions probably by improving inflammatory markers
and oxidative stress.
Key words: hypertension, menopause, metabolic syndrome, autonomic modulation,
oxidative stress and inflammatory markers.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
1. CONTEXTUALIZAÇÃO 1
1.1. Climatério, Doença Cardiovascular e Síndrome Metabólica............................................ 1
1.2. Estresse Oxidativo, Biodisponibilidade de Óxido Nítrico e Disfunções Fisiológicas...... 3
1.3. Marcadores Inflamatórios e Disfunções Fisiológicas........................................................ 5
1.4. Treinamento Físico e Manejo de Risco após a Menopausa.............................................. 6
2. OBJETIVOS.......................................................................................................................... 9
2.1. Objetivo Geral................................................................................................................... 9
2.2. Objetivos Específicos........................................................................................................ 9
3. RESULTADOS...................................................................................................................... 12
3.1. Artigo 1: Cardiovascular autonomic dysfunction and oxidative stress induced by
fructose overload in an experimental model of hypertension and menopause……................. 13
3.2. Artigo 2: Cardiometabolic benefits of exercise training in an experimental model of
metabolic syndrome and menopause…………………………………………………………... 25
3.3. Artigo 3: Treinamento físico aeróbio ou resistido melhora o controle autonômico da
circulação em ratas ooforectomizadas com disfunção cardiometabólica: impacto no estresse
oxidativo renal..................................................................................................................... 38
3.4. Artigo 4: Treinamento físico resistido ou aeróbio atenua a disfunção autonômica
cardíaca em um modelo de menopausa e síndrome metabólica: papel do estresse oxidativo e
da inflamação............................................................................................................................. 52
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................ 67
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 81
6. ANEXOS................................................................................................................................. 96
6.1. Parecer do COEP.............................................................................................................. 96
6.2. Artigo submetido à revista Diabetes, Obesity and Metabolism........................................ 100
6.3. Artigo publicado na revista Menopause.......................................................................... 123
6.4. Artigos publicados e submetidos durante o período do Doutorado.................................. 131
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Avaliações metabólicas nos grupos estudados............................................................ 20
Tabela 2. Avaliações hemodinâmicas e autonômicas nos grupos estudados............................ 21
Tabela 3. Marcadores inflamatórios nos grupos estudados....................................................... 22
Tabela 4. Avaliações de estresse oxidativo cardíaco nos grupos estudados.............................. 23
Tabela 5. Avaliações metabólicas nos grupos estudados........................................................... 34
Tabela 6. Avaliações cardiovasculares e autonômicas nos grupos estudados........................... 35
Tabela 7. Avaliações hemodinâmicas e autonômicas nos grupos estudados............................. 47
Tabela 8. Estresse oxidativo renal nos grupos estudados........................................................... 48
Tabela 9. Capacidade física e avaliações metabólicas nos grupos estudados............................ 62
Tabela 10. Avaliações hemodinâmicas e autonômicas nos grupos estudados.......................... 63
Tabela 11. Estresse oxidativo cardíaco nos grupos estudados................................................... 64
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Correlação de Pearson obtida entre o tecido adiposo e os níveis de IL-10 em todos
os grupos estudados..................................................................................................................... 24
Figura 2. Sensibilidade à insulina avaliada pela constante de decaimento da glicose (KITT)
em resposta ao teste de tolerância à insulina em ratos hipertensos ooforectomizados
sedentários (SHO) e treinados (THO) e ratos hipertensos ooforectomizados sedentários
submetido a sobrecarga de frutose sedentário (SHOF) e treinado
(THOF)........................................................................................................................................ 36
Figura 3. Raiz quadrada da média da soma dos quadrados das diferenças entre intervalos
adjacentes (RMSSD); B. Banda de alta frequência do intervalo de pulso (AF-IP); C. Banda
de baixa frequência do intervalo de pulso (BF-IP); D. Banda de baixa frequência da pressão
arterial sistólica (BF-PAS); E. Sensibilidade barorreflexa espontânea avaliada pelo índice
alfa em ratos hipertensos ooforectomizados sedentários (SHO) e treinados (THO) e em ratos
hipertensos ooforectomizados sedentários submetidos à sobrecarga de frutose sedentário
(SHOF) e treinado (THOF)......................................................................................................... 37
Figura 4. Banda de baixa frequência da pressão arterial sistólica nos grupos estudados C:
grupo controle; H: hipertenso; FHO: grupo hipertenso ooforectomizado submetido ao
consumo de frutose; FHOTa: grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose
submetido ao treinamento físico aeróbio; FHOTr: grupo hipertenso ooforectomizado tratado
com frutose submetido ao treinamento físico resistido........................................................... 49
Figura 5. Índice Nox nos grupos estudados. C: grupo controle; H: hipertenso; FHO: grupo
hipertenso ooforectomizado submetido ao consumo de frutose; FHOTa: grupo hipertenso
ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico aeróbio; FHOTr:
grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico
resistido....................................................................................................................................... 50
Figura 6. Correlações obtidas entre: A) RMSSD e QL ; B) RMSSD e carbonilas; C)
RMSSD e Razão GSH/GSSG e D) RMSSD e IL-10.................................................................. 51
Figura 7. A) Fator de necrose tumoral alfa (TNFα) e B) Interleucina 10 (IL-10) no tecido
cardíaco; C) Leptina e D) Adiponectina no tecido adiposo branco visceral dos grupos
estudados. C: grupo controle; FHO: grupo hipertenso ooforectomizado submetido ao
consumo de frutose; FHOTa: grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose
submetido ao treinamento físico aeróbio; FHOTr: grupo hipertenso ooforectomizado tratado
com frutose submetido ao treinamento físico resistido..................................................... 65
Figura 8. Correlações positivas obtidas entre: A) TBARS e Carbonilas; B) BF-PAS e
TBARS.Correlação negativa obtida entre C) Índice NOX e TBARS ....................................... 66
LISTA DE ABREVIATURAS
AF-IP: Banda de Alta Frequência do Intervalo de Pulso
BF-IP: Banda de Baixa Frequência do Intervalo de Pulso
BF-PAS: Banda de Baixa Frequência da Pressão Arterial Sistólica
C: Normotenso
CAT: Catalase
DCV: Doença Cardiovascular
DNPH: Dinitrofenil Hidrazina
EPM: Erro padrão da Média
FC: Frequência Cardíaca
GPx: Glutationa Peroxidase
GSH/GSSG: Balanço Redox
GSH: Glutationa Reduzida
GSSG: Glutationa Oxidada
H: Hipertenso
H2O2: Peróxido de Hidrogênio
HFO: Hipertenso Ooforectomizado Tratado com Frutose
HFOTa: Hipertenso Ooforectomizado Tratado com Frutose Treinado Aeróbio
HFOTr: Hipertenso Ooforectomizado Tratado com Frutose Treinado Resistido
HO: Hipertenso Ooforectomizado
HS: Hipertenso Sedentário
IL-6: Interleucina 6
IL-10: Interlucina 10
IP: Intervalo de Pulso
KCL: Cloreto de Potássio
NO: Óxido Nítrico
PA: Pressão Arterial
PAD: Pressão Arterial Diastólica
PAM: Pressão Arterial Média
PAS: Pressão Arterial Sistólica
PCR: proteína C reativa
PMSF: Fluoreto de Fenil Metil Sulfonila
QL: Quimiluminescência
RMSSD: Raiz Quadrada da Média da Soma dos Quadrados das Diferenças entre
Intervalos Adjacentes (Atividade Parassimpática)
SHR: Ratos Espontaneamente Hipertensos
SM: Sindrome Metabólica
SOD: Superóxido Dismutase
TBA: Ácido Tiobarbitúrico
TBARS: Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico
t-BOOH: Hidroperóxido de Tert-Butil
TCA: Ácido Tricloroacético
TNF alfa: Fator de Necrose Tumoral
VAR-IP: Variabilidade do Intervalo de Pulso
VFC: Variabilidade da Frequência Cardíaca
VPAS: Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica
1
CONTEXTUALIZAÇÃO
1.1. Climatério, Doença Cardiovascular e Síndrome Metabólica
A menopausa é um processo biológico que ocorre como parte do envelhecimento
nas mulheres. A menopausa não deve ser considerada como uma doença, no entanto,
pode afetar adversamente a saúde da mulher pela falta de estrogênio em tecidos alvo,
incluindo o cérebro, esqueleto e pele, bem como o sistema cardiovascular (WANG et al.,
2003).
Com o advento da menopausa, são observadas alterações como redução na
capacidade física, na força muscular e na massa óssea, bem como aumento do peso
corporal e da prevalência de doenças (SOWERS & LA PIETRA, 1995). Neste período,
comumente os níveis pressóricos estão elevados nas mulheres quando comparados aos
homens, tornando mais prevalente a hipertensão (STAMLER et al., 1993). Neste sentido,
estudos sugerem que os hormônios ovarianos podem ser responsáveis pela pressão
arterial (PA) mais baixa em mulheres pré-climatério, e a sua ausência pelo aumento da
PA em mulheres menopausadas (STAESSEN et al., 1997).
Em 2012, o American Heart Association realizou um levantamento estatístico e
constatou que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade em todas
as idades. Adicionalmente, notou-se que as mulheres com idade superior a 55 anos (faixa
etária em que as mulheres normalmente já estão menopausadas) apresentavam um
aumento na prevalência da doença cardiovascular quando comparadas com os homens
(SOWERS E LA PIETRA, 1995). Dessa forma, tem-se sugerido que o estrogênio poderia
promover uma cardioproteção no sexo feminino e com isso reduzir o desenvolvimento de
doenças cardiovasculares (MILLER, 1999).
Após o advento da menopausa, o risco de eventos cardiovasculares tem sido
associado a alterações metabólicas e cardiovasculares que pode também estar relacionado
à disfunção autonômica (SINAGRA & CONTI, 2007). De fato, a menopausa e o
envelhecimento alteram o controle autonômico cardiovascular (KUO et al., 1999). Nesse
sentido, um estudo demonstrou que 24% das mulheres com mais de 40 anos de idade
apresentavam uma marcante diminuição na sensibilidade barorreflexa em relação a
mulheres jovens (LAITINEN et al., 1998). Vale lembrar que a sensibilidade barorreflexa
e a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), que são excelentes marcadores da função
2
autonômica (DE ANGELIS et al., 2004), quando reduzidos têm sido associados a maior
morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares tanto em populações saudáveis
(DEKKER et al., 1997; TSUJI et al.,1994) quanto em pacientes após um evento
coronariano agudo (LA ROVERE et al.,1998).
Dados já publicados de nosso grupo evidenciam que ratas fêmeas submetidas à
privação dos hormônios ovarianos (ooforectomia) apresentavam aumento da PA, redução
da sensibilidade barorreflexa e do tônus vagal cardíaco e aumento do tônus simpático
(IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010). Todavia, os valores de PA obtidos após a
ooforectomia são em torno de 120 mmHg, não caracterizando um quadro de hipertensão
estabelecida como observa-se em muitas mulheres menopausadas. Neste sentido, um
modelo experimental que se assemelha as disfunções observadas na fase climatérica da
mulher é o da hipertensão espontânea em ratos. Nos ratos espontaneamente hipertensos
(SHR), assim como na hipertensão essencial humana, o aumento da pressão arterial se dá
de forma progressiva (PRAVENEC et al., 2004; GOUVEIA et al., 2000).
Vale lembrar que após a menopausa observa-se aumento do peso corporal
associado muitas vezes a maior prevalência de diabetes e dislipidemia (SOWERS & LA
PIETRA et al., 1995). De fato, a prevalência de síndrome metabólica (SM) que engloba
variáveis que aumentam o risco para as doenças cardiovasculares (REVISTA DA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2004), tais como, resistência à
insulina, intolerância à glicose, adiposidade abdominal, elevação de triglicerídeos
plasmáticos, baixos níveis de colesterol HDL, hipertensão e dislipidemia (LOPES et al.,
2005) aumenta após a menopausa. Vale ainda lembrar que outros fatores importantes no
desenvolvimento da SM são os maus hábitos alimentares, o tabagismo e principalmente,
a inatividade física (THE WORLD HEALTH REPORT, 2002; BASCIANO et al., 2005).
Neste sentido, estudos epidemiológicos sugerem que o aumento da prevalência da
SM pode estar correlacionado com o aumento do consumo de frutose, principalmente na
forma de xarope de milho (ELLIOT et al., 2002; FORRESTER et al., 2004; CORDAIN
2006). Esse açúcar tem sido altamente utilizado pelas indústrias alimentícias desde a
década de 60, sendo encontrado principalmente em cereais matinais, refrigerantes, pães e
condimentos (ELLIOT et al., 2002). A frutose é um monossacarídeo, predominantemente
metabolizado no fígado, e que vem sendo consumido em grandes quantidades nas últimas
décadas pela população em geral (BASCIANO et al., 2005; BRAY et al., 2004; BRAY,
2008). Dessa forma, seria interessante que o modelo experimental utilizado para estudar
alterações no sexo feminino após a menopausa, associasse disfunções metabólicas além
3
de hipertensão. Dados do nosso grupo demonstraram em ratas fêmeas submetidas à
sobrecarga de frutose um aumento da resistência à insulina correlacionada à redução do
tônus vagal (BRITO et al., 2008). Adicionalmente, evidenciamos que a sobrecarga de
frutose induziu aumento da PA e da modulação simpática cardiovascular em
camundongos machos (FARAH et al., 2006), os quais foram correlacionadaos à
disfunção e vacualização do epitélio tubular em tecido renal (CUNHA et al., 2006). Mais
recentemente, avaliando o curso temporal das alterações induzidas pelo consumo crônico
de frutose, demonstramos que a disfunção autonômica cardiovascular precede as
alterações em triglicerídeos, insulina e leptina em camundongos machos (DE ANGELIS
et al., 2012).
Apesar de estudos já terem evidenciado prejuízo fisiológico decorrente da
hipertensão em animais SHR, bem como em animais submetidos ao consumo de frutose,
não se conhecem bem as alterações metabólicas, cardiovasculares e autonômicas
decorrentes da associação desses dois modelos, principalmente no sexo feminino após a
privação dos hormônios ovarianos. Além disto, os possíveis mecanismos envolvidos
nessas possíveis alterações foram muito pouco estudados. Neste sentido, acreditamos que
alterações no estresse oxidativo, na biodisponibilidade do óxido nítrico e em marcadores
inflamatórios poderiam estar envolvidas nessas disfunções.
1.2. Estresse Oxidativo, Biodisponibilidade de Óxido Nítrico e Disfunções
Fisiológicas
O organismo humano sofre ação constante de espécies reativas de oxigênio (EROs)
geradas pelo processo de respiração e sinalização celular (KIM et al., 1996). As EROs
reagem com lipídeos e com proteínas das membranas celulares, além do DNA. Neste
aspecto, a lipoperoxidação ocasionadas pelas EROs podem alterar a permeabilidade,
secreção e morte celular (MEERSON et al., 1982), o que de fato pode promover também
mudanças na disposição de receptores de membrana. Portanto, em uma condição
biológica em que ocorre desequilíbrio entre a produção de EROSs e a sua desintoxicação
através de sistemas biológicos que as removam ou reparem os danos por elas causados
temos um quadro de estresse oxidativo (NORDMANN, 1994).
4
Por outro lado, na tentativa de minimizar os efeitos decorrentes do estresse oxidativo,
há em nosso organismo o sistema de defesa antioxidante, cuja função é inibir e/ou reduzir
os danos causados pela ação deletéria dos radicais livres e espécies reativas não
radicalares, atuando como sistema de prevenção, de varredura e de reparo (CLARKSON
e THOMPSON, 2000; KOURY et al., 2003). Esse sistema é dividido em não enzimático
e enzimático. O sistema não enzimático inclui os compostos antioxidantes de origem
dietética, entre os quais se destacam: vitaminas, minerais e compostos fenólicos. Já o
sistema enzimático é composto pelas enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase
(CAT) e glutationa peroxidase (GPx) (DORMANDY, 1978; SIES, 1986; SCHNEIDER e
OLIVEIRA, 2004). Estudos evidenciam o papel importante do estresse oxidativo na SM
principalmente relacionado ao desenvolvimento de doenças/disfunções como: o diabetes
tipo II, a obesidade, a hipertensão, a aterosclerose (CERIELLO e MOTZ, 2004) e a
resistência à insulina (FORD et al., 2003). Pacientes com SM apresentam aumento do
dano oxidativo e redução da defesa antioxidante, ou seja, diminuição da superóxido
dismutase (SOD), aumento da lipoperoxidação de membrana e dano a proteínas
(ARMUTCU et al., 2005, PALMIERI et al., 2006).
Neste sentido, foi observado um aumento do estresse oxidativo em pacientes com
hipertensão e diabetes associado a disfunções no endotélio vascular (CAI e HARRISON,
2000; ORIEN et al., 1999). Vale lembrar que as EROs quando geradas em grandes
quantidades causam uma diminuição expressiva do óxido nítrico (NO), o que induz
prejuízo na função endotelial e cardíaca (PANZA et al., 1990). O NO pode ser destruído
pelo radical superóxido e protegido por mecanismos antioxidantes como a enzima SOD
(RUBANYI & VANHOUTE, 1993; GRYGLEWSKI et al., 1986). Sugere-se ainda que o
aumento do NO e do ânion superóxido em situações de estresse exerça função em
alterações dos pressorreceptores (CHOWDHARY et al., 2000; DE ANGELIS et al.,
1999; LI et al., 1996; SHULTZ & USTINOVA, 1998). Além disto, é plausível que exista
uma associação entre moléculas bioativas liberadas a partir de tecido adiposo e o estresse
oxidativo, sendo essa associação responsável pelo menos em parte pelo desenvolvimento
de resistência à insulina e disfunção endotelial. Vários estudos relataram que a resistência
à insulina e a hiperinsulinemia aumentam a peroxidação lipídica e diminuem os
antioxidantes no plasma, sugerindo que os dois estejam interligados (MIZUNO et al.,
2004; XU et al.,1999). O aumento do estresse oxidativo foi ainda relacionado com um
aumento da insulina circulante e redução da concentração da CAT em animais (XU et al.,
5
1999). Essas e outras evidências têm levado muitos investigadores a sugerir que o
aumento excessivo de EROs pode ser considerado um mecanismo envolvido no
desenvolvimento de resistência à insulina, diabetes e doença cardiovascular.
No sexo feminino ocorre uma diminuição dos hormônios sexuais (estrógeno) após
a menopausa. Esses hormônios exercem um papel de proteção no sexo feminino. Além
disso, os maiores níveis de estrôgenio circulantes podem estar relacionados ao aumento
da síntese de NO (MONCADA et al. 1991; DUBEY, 1994; DUBEY et al., 1995). Em
nosso grupo evidenciamos aumento do estresse oxidativo após a ooferectomia,
caracterizada por aumento da lipoperoxidação de membrana e redução das enzimas CAT
e SOD em tecido cardíaco (ROLIM et al., 2007; DA PALMA, 2012). Entretanto, o perfil
de estresse oxidativo ainda necessita ser bem estudado na associação de fatores de riscos
em modelos experimentais, pincipalmente em tecidos alvo da hipertensão como o
coração e o rim.
1.3. Marcadores Inflamatórios e Disfunções Fisiológicas
A inflamação é uma reação biológica complexa do nosso organismo frente à
diversos estímulos prejudiciais, ou seja, é uma resposta do sistema imune para infecções e
traumas. Este processo pode ser rápido e agudo (injúria física transitória ou infecções) ou
lento e crônico (doenças autoimune), resultando em aumento significativo dos níveis
circulantes de marcadores inflamatórios (GABAY e KUSHNER, 1999; COLBERT et al.,
2004). A resposta inflamatória é sinalizada predominantemente por pequenas proteínas
ou peptídeos, algumas contendo glicoproteínas, chamadas de citocinas. Estas citocinas
podem ser classificadas nas seguintes categorias: interferon (IFN), interleucinas (IL),
fator estimulador de colônias (CSF), fator de necrose tumoral (TNFα e TNFβ) e fator de
transformação de crescimento (TGFβ) (WOODS et al., 2009). Nesse contexto, o sistema
imunológico tem sido alvo de grande interesse nos últimos anos para o entendimento da
doença cardiovascular (JANSZKY et al., 2004).
Neste sentido, o aumento de algumas citocinas pró-inflamatórias como o fator de
necrose tumoral alfa (TNFα) e a interleucina 6 (IL-6) foi associado ao aumento da
mortalidade por doença cardiovascular (RIDKER et al., 2000a; RIDKER et al., 2000b;
PRADHAN et al., 2002). Adicionalmente, há evidências que a SM possa contribuir para
6
uma piora no perfil inflamatório. Dessa forma, o reconhecimento do tecido adiposo como
um órgão ativo, permitiu o melhor entendimeno dos efeitos sistêmicos da SM, pois este
tecido produz e libera uma série de biomoléculas entre essas destaca-se: o TNF-α, a IL6,
a leptina, a adiponectina, a resistina, o inibidor do ativador de plasminogênio, a visfatina,
entre outras (ANTUNA PUENTE et al., 2008). A concentração de leptina circulantes está
altamente correlacionada com índices de adiposidade (índice de massa corporal e
percentual de massa gorda) em humanos e animais (MAFFEI et al., 1995; HAVEL et al.,
2005). Já a adiponectina, possui uma resposta contrária a da leptina e tem efeito anti-
inflamatório, pois esta promove a oxidação dos ácidos graxos e sensibiliza o corpo a
produzir insulina. Vale ressaltar que na obesidade ocorre a diminuição desse marcador
(YAMAUCHI et al., 2006; BERG et al., 2001).
De fato, estudos recentes sugerem que a inflamação decorrente do sistema
imunológico é uma característica da SM (KOH et al., 2005; NAKAGAWA et al., 2005).
Neste sentido, foi observada correlação negativa entre adiponectina e resistência à
insulina, bem como correlação positiva entre leptina plasmática e resistência à insulina
(TAPSELL et al., 2004). Além disso, um estudo experimental de GLUSHAKOVA et al.
(2008) com animais submetidos a uma dieta rica em frutose demonstrou alteração em
marcadores inflamatórios nos rins. Foi também observado aumento da resistência à
insulina acompanhada de aumento nos níveis de IL-6, bem como desrregulação de
adipocitocinas e leptina em ratos alimentados com uma dieta rica em frutose
(ARMUTCU et al., 2005).
Interessantemente, as alterações observadas com marcadores inflamatórios podem
estar associadas com disfunção autonômica. Neste sentido, a redução da VFC foi
associada com maiores níveis de TNF-α e IL-6 (BOSSENMAIER et al., 2000). No estudo
de Janszky et al. (2004) os autores demonstraram uma forte correlação dos níveis de IL-6
com a VFC em mulheres com doença coronariana.
Apesar de estudos já terem evidenciado prejuízo fisiológico decorrente da
hipertensão em animais SHR, bem como em animais submetidos ao consumo de frutose,
pouco se sabe sobre os efeitos decorrentes da associação de fatores de risco (hipertensão
+ frutose), principalmente no sexo feminino após a privação dos hormônios ovarianos.
Portanto, neste estudo buscamos testar a hipótese de que as alterações do controle
autonômico estão diretamente relacionadas ao aumento de marcadores inflamatórios e de
7
estresse oxidativo, além de redução da biodisponibilidade de óxido nítrico em ratas
ooforectomizadas hipertensas submetidas à sobrecarga de frutose.
1.4. Treinamento Físico e Manejo de Risco após a Menopausa
As constantes evidências dos benefícios cardiovasculares, metabólicos e
autonômicos após o exercício físico agudo e crônico têm levado muitos pesquisadores a
sugerir o treinamento físico como uma conduta não farmacológica em diferentes
patologias (PEDERSEN e SALTIN, 2006; HAGBERG et al., 2000).
Neste sentido, a adoção de um estilo de vida ativo tem sido preconizada,
principalmente no sexo feminino após a menopausa (MOSCA et al., 2007). Davi et al.
(1996) demonstraram melhora na sensibilidade barorreflexa e na VFC pós treinamento
físico aeróbio em mulheres menopausadas. Neste mesmo sentido, um estudo
experimental de nosso grupo com ratas submetidas à privação dos hormônios ovarianos
demonstrou bradicardia de repouso, normalização dos valores de PA e melhora da
sensibilidade dos pressorreceptores após 8 semanas de treinamento físico aeróbio
(IRIGOYEN et al., 2005). Estudos de nosso grupo em animais submetidos ao treinamento
físico aeróbio evidenciaram adicionalmente redução do estresse oxidativo e aumento das
enzimas antioxidantes que foram correlacionados com melhora em parâmetros
cardiovasculares e autonômicos, inclusive em ratas ooforectomizadas (IRIGOYEN et al.,
2005; BERTAGNOLI et al., 2006; BERTAGNOLI et al., 2008). Benefícios
cardiovasculares e autonômicos foram também observados por nosso grupo em ratas
diabéticas ooforectomizadas (SOUZA et al., 2007), dislipidêmicas ooforectomizadas
(HEEREN et al., 2009), bem como na associação de treinamento físico e reposição
hormonal (FLUES et al., 2010).
Alguns estudos têm mostrado o efeito anti-inflamatório do exercício físico. Lira et
al. (2009) demonstraram aumento da interleucina 10 (IL-10) e redução do TNF-α no
tecido adiposo após 8 semanas de treinamento físico aeróbio. Assim, observou-se um
aumento na razão IL-10/TNF alfa, esse índice tem sido adotado como indicador de estado
inflamatório em roedores. Além disso, estudos também demonstraram benefícios
associados ao treinamento físico em indivíduos saudáveis mostrando um aumento das
citocinas IL-6 e IL-10 e redução do TNFα (PETERSEN et al., 2005; FLYNN et al.,
2007). Resultados semehnates também foram observados em idosos (BRUUNSGAARD
8
et al., 2003). Já em pacientes com predisposição a SM, foi observado que o treinamento
físico aeróbio aumentou a adiponectina sérica (RING-DIMITROU et al., 2006). Por outro
lado, uma sessão de exercício resistido em indivíduos treinados não alterou o TNFα e a
IL-6 (BRUNELLI et al., 2014). Já em mulheres com síndrome metabólica este tipo de
exercício não promoveu aumento adicional nas citocinas pró-inflamatórias, bem como
não reduziu as citocinas anti-inflamatórias (PEREIRA et al., 2013). Em relação ao
treinamento físico resistido, Prestes et al. (2009) demonstraram em mulheres pós-
menopausa redução das concentrações de leptina e de IL-6 após 16 semanas de
treinamento físico.
Nota-se que os benefícios induzidos pelo treinamento físico aeróbio dinâmico,
estão bem descritos na literatura, no entanto, faz-se necessário um entendimento sobre os
mecanismos que poderiam explicar esses benefícios, principalmente no sexo feminino.
Embora o exercício aeróbio venha sendo o mais recomendado, as atuais diretrizes
indicam a inclusão de treinamento resistido para pessoas de todas as idades e para muitos
pacientes com doenças crônicas (POLLOCK et al., 2000; ACSM, 2003). Devido à
limitação da utilização do treinamento resistido, a literatura ainda carece de estudos sobre
o assunto e mesmo assim os achados ainda são controversos. Alguns benefícios também
podem ser observados após treinamento resistido como diminuição do peso corporal
(HAUSER et al., 2004) e melhora no controle metabólico (PRADO e DANTAS, 2002) e
da pressão arterial (MEDIANO et al., 2005); assim alterações cardiovascualares são
observadas após o exercício resistido como manutenção/ diminuição da pressão arterial
diastólica (FORJAZ et al., 1998) e aumento da modulação simpática cardíaca (FORJAZ
et al., 2003).
Acredita-se que em pacientes hipertensos a utilização do treinamento resistido é
um importante complemento ao treinamento aeróbio devido aos seus benefícios
osteomusculares (CARDOSO JR et al., 2010). Recentemente, em mulheres na pós
menopausa submetidas ao treinamento resistido observou-se diminuição da porcentagem
de tecido adiposo e aumento da massa muscular e da força (ORSATTI et al., 2010). O
treinamento resistido em pacientes com hipertensão essencial reduziu os níveis de TNF
alfa, aumentou enzimas antioxidantes e a biodisponibilidade de óxido nítrico
(AGARWAL et al., 2012). Benefícios metabólicos (colesterol, triglicerídeos), bem como
redução de PA sistólica, foram observados em pacientes diabéticos submetidos a um
portocolo de treinamento resistido durante 8 semanas (ARORA et al., 2009). Entretanto,
9
o papel do treinamento resistido em parâmetros autonômicos, no estresse oxidativo e em
marcadores inflamatórios após a privação dos hormônios ovarianos foi muito pouco
estudado na literatura. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo testar a
hipótese que o treinamento físico aeróbio ou resistido induziria benefícios metabólicos,
cardiovasculares, autonômicos e na capacidade física relacionados à redução de
parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo em ratas ooforectomizadas hipertensas
submetidas à sobrecarga de frutose.
10
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da privação dos hormônios
ovarianos associado à hipertensão e ao consumo crônico de frutose em parâmetros
metabólicos, cardiovasculares, autonômicos, de inflamação e de estresse oxidativo.
Adicionalmente objetivou-se investigar os efeitos do treinamento físico dinâmico aeróbio
ou resistido nessa condição de associação de fatores de risco.
2.2. Objetivos Específicos
O presente estudo foi dividido em 4 objetivos específicos.
1) Avaliar os efeitos do consumo crônico de frutose em ratas ooforectomizadas
espontaneamente hipertensas em parâmetros:
metabólicos (peso corporal e do tecido adiposo branco visceral, glicemia e
triglicerídeos sanguíneos, sensibilidade à insulina);
hemodinâmicos (pressão arterial e frequência cardíaca);
de modulação autonômica cardiovascular (variabilidade da frequência cardíaca e
da pressão arterial);
de inflamação no tecido cardíaco (TNF-α, IL-6 e IL-10);
e de estresse oxidativo cardíaco (lipoperoxidação por quimiluninescência, balanço
redox pela razão glutationa oxidada/reduzida, proteínas carboniladas, catalase,
glutationa peroxidase e superóxido dismutase).
(Artigo 1)
11
2) Investigar os efeitos do treinamento físico aeróbio em ratas ooforectomizadas
espontaneamente hipertensas submetidas ou não à sobrecarga de frutose em
parâmetros:
hemodinâmicos (pressão arterial e frequência cardíaca);
de regulação autonômica cardiovascular (tônus simpático, tônus vagal e
frequência cardíaca intrínseca; variabilidade da frequência cardíaca e da pressão
arterial);
e metabólicos (peso corporal e do tecido adiposo branco visceral, glicemia e
triglicerídeos sanguíneos, sensibilidade à insulina).
(Artigo 2)
3) Investigar os efeitos hemodinâmicos, vasculares, autonômicos e renais do
treinamento físico aeróbio ou resistido em ratas ooforectomizadas
espontaneamente hipertensas submetidas à sobrecarga de frutose, avaliando
parâmetros:
hemodinâmicos (pressão arterial sistólica, diastólica e frequência cardíaca);
de modulação autonômica vascular (variabilidade da pressão arterial);
de sensibilidade dos pressorreceptores;
de metabolização de óxido nítrico (concentração de nitritos e nitratos
plasmáticos);
de estresse oxidativo no tecido renal (lipoperoxidação por TBARS, proteínas
carboniladas, catalase e superóxido dismutase).
(Artigo 3)
12
4) Investigar os efeitos metabólicos, cardíacos e autonômicos do treinamento físico
aeróbio ou resistido em ratas ooforectomizadas espontaneamente hipertensas
submetidas à sobrecarga de frutose, avaliando parâmetros:
metabólicos (peso corporal e do tecido adiposo branco visceral, glicemia e
triglicerídeos sanguíneos, sensibilidade à insulina);
de capacidade física (teste máximo de corrida em esteira e teste de carga máxima
em escada);
hemodinâmicos (pressão arterial média e frequência cardíaca);
de modulação autonômica cardíaca (variabilidade da frequência cardíaca);
de inflamação no tecido cardíaco (TNF-α, IL-6, IL-10, leptina e adiponectina);
e de estresse oxidativo no tecido cardíaco (lipoperoxidação por
quimiluminescência, balanço redox pela razão glutationa oxidada/reduzida,
proteínas carboniladas, catalase, glutationa peroxidase, superóxido dismutase e
potencial antioxidante total).
(Artigo 4)
13
3. RESULTADOS
Os resultados são apresentados em 4 artigos científicos.
- Artigo 1. Cardiovascular autonomic dysfunction and oxidative stress induced by
fructose overload in an experimental model of hypertension and menopause.
- Artigo 2. Cardiometabolic benefits of exercise training in an experimental model of
metabolic syndrome and menopause.
- Artigo 3. Treinamento físico aeróbio ou resistido melhora o controle autonômico da
circulação em ratas ooforectomizadas com disfunção cardiometabólica: impacto no
estresse oxidativo renal.
- Artigo 4. Treinamento físico resistido ou aeróbio atenua a disfunção autonômica
cardíaca em um modelo de menopausa e sindrome metabólica: papel da inflamação e do
estresse oxidativo.
14
3.1. Artigo 1 - Submetido para a revista Diabetes, Obesity and Metabolism - Qualis: A1
(Educação Física) (Anexo 2)
CARDIOVASCULAR AUTONOMIC DYSFUNCTION AND OXIDATIVE
STRESS INDUCED BY FRUCTOSE OVERLOAD IN AN EXPERIMENTAL
MODEL OF HYPERTENSION AND MENOPAUSE
O objetivo deste artigo foi verificar os efeitos do consumo crônico de frutose em
ratas ooforectomizadas espontaneamente hipertensas em parâmetros metabólicos,
hemodinâmicos, de modulação autonômica cardiovascular, de inflamação e de estresse
oxidativo cardíaco.
Vale ressaltar que este artigo nos permitiu compreender os efeitos da sobrecarga de
frutose frente a um modelo com associação de fatores de risco (hipertensão +
menopausa + frutose) e os possíveis mecanismos que poderiam explicar tal fenômeno.
15
MÉTODOS
Ratas fêmeas SHRs com 21 dias foram obtidas do Biotério do Instituto de
Cardiologia do Rio Grande do Sul. As ratas foram divididas em grupos: hipertenso (H;
n=8), hipertenso ooforectomizado (HO; n=8) e hipertenso ooforectomizado submetidos à
sobrecarga de frutose (FHO; n = 8). Todos os procedimentos foram aprovados pelo
Comitê de Ética da Universidade Nove de Julho (Protocolo AN002/12) e foram
conduzidos de acordo com o Guia para Cuidados e Uso de Animal de Laboratório,
publicado pelo Instituto Nacional de Saúde.
Sobrecarga de Frutose
As ratas FHO receberam D-frutose (100 g/L) na água de beber por 19 semanas.
Os animais H e HO receberam ração e água ad libitum. O consumo de ração e água (com
ou sem frutose) foi mensurado semanalmente.
Ooforectomia
Após 10 semanas de sobrecarga de frutose, os animais foram anestesiados (80
mg/kg cetamina e 12 mg/kg xilazina), e os ovidutos foram seccionados e os ovários
removidos com descrição detalhada em artigos previamente publicados (IRIGOYEN et
al., 2005; FLUES et al., 2010; SOUZA et al., 2007). Dados do nosso laboratório têm
demostrado que a concentração de estrógeno medida por meio do método de imunoensaio
foi de 39±7 pg/mL em ratas fêmeas saudáveis. Entretanto, no presente estudo, a
concentração de estrogênio não foi detectável em nossos grupos ooforectomizados,
confirmando assim a privação de hormônios ovarianos (FLUES et al., 2010).
16
Avaliações metabólicas
Ao final do protocolo (19 semanas de sobrecarga de frutose), foram medidas as
concentrações de glicose e triglicerídeos no sangue (Accucheck and Accutrend, Roche)
após 4 horas de jejum. Para testar a intolerância à insulina, com jejum de 2 horas, os ratos
foram anestesiados com pentobarbital sódico (40 mg/kg peso corporal, IP). Uma gota de
sangue foi coletada da cauda do animal para medida de glicose no sangue no início, 4, 8,
12 e 16 minutos após a injeção de insulina (0,75 U/kg). A constante de decaimento da
glicose sanguínea (KITT) foi calculada pela fórmula 0,693/t1,2. A constante de
decaimento da glicose sérica (Kitt) foi calculada pela inclinação da reta obtida através da
análise dos mínimos quadrados das concentrações na fase linear de declínio (BRITO et
al., 2008; BONORA et al., 1989).
Avaliações cardiovasculares
Após a avaliação metabólica, as ratas foram anestesiadas com cetamina (80
mg/kg) e xilazina (12 mg/kg), e foram implantadas duas cânulas de polietileno Tygon na
artéria carótida e veia jugular para medidas diretas de PA e administração de drogas,
respectivamente. Durante o experimento, as ratas receberam ração e água ad libitum. As
ratas estavam conscientes nas caixas e podiam circular livremente durante a avaliação
hemodinâmica. A cânula arterial foi conectada a um transdutor (Pressão Arterial XDCR,
Kent Scientific), e os sinais de pressão arterial foram registrados durante um período de
30 minutos utilizando equipamento microcomputador com conversor digital (CODAS,
2Kz, DATAQ Instruments). Os dados registrados foram analisados batimento a
batimento para quantificar mudanças de pressão arterial sistólica (PAS), diastólica
(PAD), pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) (SANCHES et al., 2012;
IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010).
17
Avaliações autonômicas
A análise no domínio do tempo consistiu em um cálculo de intervalo de pulso (IP)
e da PAS, com a variabilidade do IP e a variabilidade da PAS medidas a partir do seu
respectivo tempo de série (três séries de cinco minutos, para cada animal). Para a análise
no domínio da frequência, a mesma série temporal de IP e PAS foram interpolados por
splineY cúbico (250 Hz). A densidade espectral de potência foi obtida através da
transformação rápida de Fourier (FFT). A potência espectral das bandas de baixa
frequência (BF; 0,20-0,75 Hz) e alta frequência (AF; 0,75-4,0 Hz) foram calculadas pela
integração de densidade da potência espectral dentro de cada banda de frequência usando
rotina padronizada (MATLAB 6.0, Mathworks) (SOARES et al., 2004).
Marcadores inflamatórios
Os níveis de IL-6, IL-10 e TNF-α foram avaliados em tecido cardíaco utilizando
kit comercial ELISA (R&D Systems Inc.), de acordo com as informações do fabricante.
O ELISA foi realizado em microplacas de poliestireno de 96 poços com um anticorpo
monoclonal específico de revestimento. A sensibilidade do ensaio foi de 15pg/ml. A
absorbância foi medida a 540nm em um leitor de microplacas.
Perfil de estresse oxidativo
Um dia após as avaliações hemodinâmicas os animais foram eutanasiados e o
coração (ventrículos) foi imediatamente retirado, lavado com soro fisiológico, e aparado
para remover o tecido de gordura e tecido conjuntivo visível. O tecido foi cortado em
pequenos pedaços, colocada em tampão gelado, e homogeneizados em um
homogenizador de tecidos -Ultra-Turrax, na proporção de 1g de tecido por 5mL de
150mM de KCl e 20nM de tampão de fosfato de sódio, pH 7,4. O homogeneizado foi
centrifugado a 600 g durante 10min à 4ºC.
18
Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS): Para o ensaio TBARS, o ácido
tricloroacético (10%, p/v) foi adicionado ao homogeneizado para precipitar as proteínas e
para acidificar as amostras (BUEGE et al., 1978). Esta mistura foi, em seguida,
centrifugada (10000 g, 3 min), e a amostra livre de proteína foi extraída. O ácido
tiobarbitúrico (0,67%, p/v) foi adicionada ao meio de reação. Os tubos foram colocados
num banho de água (100°C) durante 15 min. As absorbâncias foram medidas a 535nm
usando um espectrofotômetro. Os resultados são expressos como nanomoles por
miligrama de proteína.
Quimiluminescência (QL): A lipoperoxidação de membrana foi avaliada adicionalmente
por quimiluminescência. A quimiluminescência foi medida em um contador beta
(TriCrab 2800TR, PerkinElmer) com o circuito de coincidência desconectado e
utilizando o canal de trítio 1215 (LKB Producer AB, USA) em temperatura ambiente. O
homogenizado cardíaco foi diluído em 140 mM KCl e 20 mM tampão fosfato de sódio,
pH 7,4. Foi adicionado aos frascos de cintilação 3 mM de hidroperóxido de tert-butil e a
quimiluminescência foi determinada pelo nível máximo de emissão (IRIGOYEN et al.,
2005; GONZALES et al., 1991).
Atividade das enzimas antioxidantes: A quantificação da atividade da superóxido
dismutase (SOD) expressada como U/mg de protein e foi baseada na inibição da reação
do ânion superóxido e do pirogalol (MARKLUND, 1985). A concentração da catalase
(CAT) foi determinada pela diminuição do peróxido de hidrogênio na absorbância de
240nm. A concentração da CAT foi expressa como μmol H2O2 reduzido/min/mg protein
(AEBI, 1984). A atividade da glutationa peroxidase (GPx) foi expressa como nmol
peróxido/hidroperóxido reduzido/min/mg protein e foi baseada no consumo de NADPH
à 480 nm (FLOHE & GUNZLER, 1984).
19
Concentração de Glutationa total e GSSG: Para determiner a glutationa oxidada (GSSG)
e a concentraação da glutationa total (GSH), o tecido foi homogenizado em 2M de ácido
perclórico e centrifugado à 1000 g durante 10min, e 2M KOH foi adicionado ao
sobrenadante. A reação média continha 100mM de tampão fosfato (pH 7,2), 2mM de
NADPH, 0,2U/mL de glutationa redutase e 70μMácido 2,2'-dinitro-5-5'-ditio-dibenzóico.
Para determinar a concentração de GSSG o sobrenadante foi neutralizado com 2M KOH
e inibido por adição de 5μM N-etilmaleimida. A absorbância foi lida à 420nm
(ANDERSON, 1985). Os valores de GSH reduzida foram determinados a partir da
subtração da concentração total de glutationa da concentração de GSSG.
Análise estatística
Os dados são expressos como media±erro padrão da media. O teste Levene foi
usado para avaliar a homogeneidade das variâncias. A análise de variância de um
caminho seguida do teste de Student-Newman-Keuls foi usado para comparar os grupos.
A análise de correlação de Pearson foi usada para identificar a associação entre as
variáveis. Nível de significância estabelecido foi P≤0,05.
RESULTADOS
O peso corporal e o peso do tecido adiposo branco visceral foram maiores no
grupo FHO quando comparado aos outros grupos. A glicemia foi similar entre os grupos.
Os triglicerídeos sanguíneos foram maiores no grupo FHO quando comparado com todos
os outros grupos. A sensibilidade à insulina foi menor no grupo FHO quando comparado
ao grupo H (Tabela 1).
20
Taquicardia de repouso foi observada no grupo FHO quando comparado com os
outros grupos. A PAD e a PAM foram maiores no grupo HO quando comparado ao grupo
H e o grupo FHO teve um aumento adicional na PAS, PAD e PAM (Tabela 2).
O desvio padrão (DP) e a variância (VAR) total do IP foram menores no grupo
FHO quando comparado com o grupo HO. A VAR total da PAS foi maior no grupo HO
em relação ao grupo H. A VAR e a banda de baixa frequência da PAS foram maiores no
grupo FHO quando comparado com todos os grupos estudados (Tabela 2).
O TNF alfa foi maior no grupo FHO quando comparado com todos os grupos e a
IL10 foi menor no grupo FHO quando comparado com o grupo H.
Correlação negativa foi observada entre o peso do tecido adiposo branco visceral
e a IL10 nos grupos estudados (r= - 0,6) (Figura 1).
O TBARS foi maior em nos grupos HO e FHO em relação ao grupo H; e um
aumento adicional no TBARS foi observado nos animais do grupo FHO em relação aos
animais do grupo HO. Além disso, a QL estava aumentada no grupo FHO quando
comparada com todos os grupos. A privação dos hormônios ovarianos promoveu um
aumento na concentração da CAT e a sobrecarga de frutose promoveu um aumento
adicional neste parâmetro. Não observamos qualquer diferença na atividade da SOD entre
os grupos. A GPx foi menor no grupo HO quando comparado com o grupo H, e a
sobrecarga de frutose promoveu um aumento adicional neste parâmetro (Tabela 4).
21
Tabela 1. Avaliações metabólicas nos grupos estudados.
H HO HFO
Peso Corporal (g) 197±2 264±3† 261± 2†#
Tecido Adiposo Branco
Visceral (g)
1,91±0,16 2,96±0,45 5,25±0,39†¥
Glicemia (mg/dL) 83±5,0± 84±2,0 92±2,1
Triglicerídeos (mg/dL) 132±4,0 125±6,4 160±8,0†¥
KITT (%/min) 4,15±0,26 4,69±0,33 3,4±0,28†
Dados são apresentados como média±EPM. †P<0,05 vs. H; ¥ P<0,05 vs HO. KITT:
constante de decaimento da glicose sanguínea.
22
Tabela 2. Avaliações hemodinâmicas e autonômicas nos grupos estudados.
H HO FHO
PAS (mmHg) 174±5 183±6 206±4†¥
PAD (mmHg) 121±7 144±5† 153±2†¥
PAM (mmHg) 146±6 164±5† 174±4†¥
FC (bpm) 352±13 348±16 403±12†¥
VFC
DP (ms) 6,62±0,61 8,63±1,00 5,43±0,96¥
VAR (ms²) 53,97±7,98 63,64±10,34 30,84 ±6,81¥
BF (ms²) 3,18±0,55 3,94±0,97 0,90±0,12¥
AF (ms²) 5,97±1,41 9,22±2,03 2,77±0,18¥
VPA
VAR (mmHg²) 31,08±2,66 51,94±6,94† 77,79±11,87†¥
BF (mmHg²) 5,06±0,91 5,07±0,52 10,62±2,33†¥
Dados são apresentados como média±EPM. †P<0,05 vs. H; ¥ P<0,05 vs. HO. PAS: pressão
arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; MAP: pressão arterial média; FC:
frequência cardíaca; VFC: variabilidade da FC; VPA: variabilidade da pressão arterial
sistólica computada de 0,20 à 3 Hz (potência total). DS: desvio padrão; VAR: variância total;
BF: banda de baixa frequência (0,20-0,75 Hz); AF: banda de alta frequência (AF: 0,75-4 Hz).
23
Tabela 3. Marcadores inflamatórios no tecido cardíaco nos grupos estudados.
H HO FHO
TNF α (pg/mg proteína) 32,9±7,5± 31,7±8,6 65,8±9,9¥†
IL-6 (pg/mg proteína) 379±27 368±26 401±35
IL-10 (pg/mg proteína) 37,1±9,0 29,6±3,4 16,2±2,5†
Dados são apresentados como média±EPM. †P<0,05 vs. H; ¥ P<0,05 vs. HO. TNFα:
fator de necrose tumoral; IL-6: interleucina 6; IL-10: interleucina 10.
24
Tabela 4. Avaliações de estresse oxidativo no tecido cardíaco nos grupos estudados.
HS HO FHO
TBARS
(µmol/mg proteína) 4,95±0,89 8,27±0,98† 12,03±0,93†¥
QL
(cps/mg proteína) 6661±566 6514±547 15043±1333†¥
CAT
(nmol/mg proteína) 0,29±0,04 0,47±0,05† 0,63±0,05†¥
SOD
(USOD/mg proteína) 11,47±0,37 11,17±0,41 13,05±0,86
GPx
(nmol/min/mg proteína) 54,78±3,10 38,55±1,67† 63,39±5,52¥
GSH/GSSG
(nmol/min/mg proteína) 11,07±0,7 13,00±1,4 8,94±0,8¥
Dados são apresentados como média±EPM.†P<0,05 vs. H; ¥ P<0,05 vs. HO. TBARS:
substância reativas ao ácido tiobarbitúrico; QL: quimiluminescência; CAT: catalase;
SOD: superóxido dismutase; GPx: glutationa peroxidase; GSH/GSSG: glutationa
oxidada/reduzida.
25
Figura
Figura 1. Correlação de Pearson (r = -0,6; p<0,05) obtida entre o tecido adiposo branco
visceral e os níveis de IL-10 em todos os grupos estudados.
26
3.2. Artigo 2 – Publicado na revista Menopause - Qualis: A2 (Educação Física) (Anexo
3).
CARDIOMETABOLIC BENEFITS OF EXERCISE TRAINING IN AN
EXPERIMENTAL MODEL OF METABOLIC SYNDROME AND MENOPAUSE
O objetivo deste artigo foi investigar os efeitos cardiometabólicos do treinamento
físico em ratas hipertensas ooforectomizadas submetidas ou não a sobrecarga de frutose.
Vale ressaltar que este artigo nos permitiu compreender os efeitos do treinamento
físico aeróbio em um modelo experimental de menopausa e hipertensão associado ou não
ao consumo crônico de frutose em parâmetros metabólicos, cardiovasculares e
autonômicos. Esse artigo, no entanto, não avaliou os possíveis mecanismos
desencadeados ou concomitantes a melhora autonômica observada nos grupos treinados
(Anexo 3).
27
MÉTODOS
Amostra
Foram utilizadas ratas SHR fêmeas com 21 dias obtidas do Biotério do Instituto
de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Os animais foram divididos em grupos:
ooforectomizado hipertenso sedentário (SHO; n=7), ooforectomizado hipertenso treinado
(THO; n=7), ooforectomizado hipertenso sedentário submetido à sobrecarga de frutose
(SHOF; n=7), ou ooforectomizado hipertenso treinado submetido à sobrecarga de frutose
(THOF; n=7). Todos os protocolos e procedimentos cirúrgicos foram aprovados pelo
Comitê de Ética (Protocolo 064/2006) e foram conduzidos de acordo com o Guia para
Cuidados e Uso de Animais de Laboratório do Instituto Nacional de Saúde.
Sobrecarga de frutose
Os grupos SHOF e THOF receberam D-frutose (100g/L) na água de beber durante
19 semanas. Já os grupos SHO e THO receberam água e comida padrão do laboratório ad
libitum. O consumo de comida e água (com ou sem frutose) foi mensurado
semanalmente. A ingestão calórica total foi calculada considerando que 2,89 kcal podem
ser obtidos a partir de cada grama consumida de comida e que 4,0 kcal podem serobtidos
a partir de cada grama de frutose ingerida (BRITO et al., 2008).
Ooforectomia
Depois de 10 semanas de sobrecarga de frutose, os animais foram anestesiados
(80mg/kg cetamina e 12 mg/kg xilazina), os ovidutos foram seccionados e os ovários
removidos como já descritos em artigos previamente publicados (IRIGOYEN et al.,
2005; FLUES et al., 2010; SOUZA et al., 2007). Dados do nosso laboratório tem
demostrado que a concentração de estrógeno medida por meio do método de imunoensaio
28
foi de 39±7 pg/mL em ratas fêmeas saudáveis. Entretanto, no presente estudo, a
concentração de estrogênio não foi detectável em nossos grupos ooforectomizados,
confirmando assim a privação de hormônios ovarianos (FLUES et al., 2010).
Protocolo de treinamento físico
Todos os animais foram adaptados na esteira (10min/dia; 0,3 km/h) durante 1
semana antes de iniciar o protocolo de treinamento físico. Os animais sedentários e
treinados foram submetidos a um teste máximo na esteira, como descrito previamente
(RODRIGUES et al., 2007). Os testes de esforço foram realizados após 11 semanas de
sobrecarga de frutose antes do início do treinamento e na quarta e oitava semana de
treinamento físico. O objetivo destes testes foi determinar a capacidade física e a
intensidade do treinamento físico.
Depois de 11 semanas de sobrecarga de frutose, o treinamento físico foi realizado
em uma esteira rolante (Imbramed TK-01) com intensidade baixa à moderada
(aproximadamente 50%-60% da velocidade máxima de corrida) durante 1 hora por dia, 5
dias da semana durante 8 semanas, com um aumento gradual na velocidade de 0,3 à 1,2
km/h (IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010; SOUZA et al., 2007).
Avaliações metabólicas
Ao final do protocolo (19 semanas de sobrecarga de frutose), as concentrações de
glicose e triglicerídeos sanguíneos foram mensuradas (Accucheck e Accutrend, Roche)
depois de 4 horas em jejum. Para o teste de tolerância à insulina os animais ficaram em
jejum por 2 horas e foram anestesiados utilizando pentobarbital sódico (40mg/kg peso
corporal, i.p). Uma gota de sangue foi coletada da cauda para mensuração dos níveis de
glicose no basal, 4, 8, 12 e 16 minutos após a injeção de insulina (0,75 U/kg). A taxa
constante do decaimento da glicose sanguínea (KITT) foi calculada utilizando a fórmula
29
0,693/ t1/2. A glicemia t1/2 foi calculada pela inclinação dos mínimos quadrados da
concentração de glicose sanguínea durante uma fase linear do declínio (BRITO et al.,
2008; BONORA et al., 1989).
Mensurações cardiovasculares
Depois das avaliações metabólicas, os animais foram anestesiados utilizando
cetamina (80mg/kg) e xilazina (12mg/kg) e duas cânulas de polietileno contendo heparina
e salina foram implantadas na artéria carótida e na veia jugular para medida direta da
pressão arterial e administração de drogas, respectivamente. Durante os experimentos, os
animais receberam água e comida ad libitum; os animais estavam conscientes em suas
caixas e foi permitido livre movimentação durante o experimento hemodinâmico. A
cânula arterial foi conectada a um transdutor (Blood Pressure XDCR, Kent Scientific), e
os sinais de pressão arterial foram gravados durante 30 minutos utilizando um
microcomputador equipado com um conversor analógico para digital (CODAS, 2Kz,
DATAQ Instruments). Os dados gravadosforam analisados batimento a batimento para
quantificar as mudanças na pressão arterial sistólica (PAS), diastólica, e média (PAM) e
frequência cardíaca (FC) (IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010; SOUZA et al.,
2007; BRITO et al., 2008).
Avaliações autonômicas
O tônus vagal, o tônus simpático e a frequência cardíaca intrínseca do coração
(FCI) foram medidos por determinação da resposta de metilatropina (3mg/kg, i.v.) e
propranolol (4mg/kg, i.v.), descrito em detalhes em outros artigos, depois do registro da
PA basal (SOUZA et al., 2007; BRITO et al., 2008).
A análise no domínio do tempo consistiu no cálculo da média do intervalo de
pulso (IP) e PAS, com a variabilidade do IP e variabilidade da PAS como o desvio padrão
30
dos respectivo trechos (três séries de 5 minutos para cada animal). Para a análise no
domínio da frequência, o mesmo tempo de série do IP e da PAS foram interpolados por
splineY cúbico (250 Hz). A densidade espectral de potência foi obtida através da
transformação rápida de Fourier (FFT). A potência espectral das bandas de baixa
frequência (BF; 0.20-0.75 Hz) e alta frequência (AF;0.75-4.0 Hz) foram calculadas pela
integração de densidade da potência espectral dentro de cada banda de frequência usando
rotina padronizada (MATLAB 6.0, Mathworks). Valores batimento à batimento da PAS e
do IP foram usados para estimar a sensibilidade barorreflexa cardíaca através da análise
espectral, utilizando o índice alfa para a banda de baixa frequência (0,20-0,75 Hz). A
coerência entre o intervalo de pulso e o sinal da variabilidade da PAS foi avaliada através
de uma análise espectral cruzada. O índice alfa foi calculado somente quando a
magnitude da coerência entre os sinais do IP e da PAS excedido 0,5 (variação, 0-1) na
banda de baixa frequência. Após o cálculo da coerência, o índice alfa foi obtido a partir
da raiz quadrada da relação entre IP e a variabilidade PASnas duas maiores bandas de
baixa frequência (SOARES et al, 2004).
Análise Estatística
Os dados estão apresentados como média±erro padrão da média. A análise de
variância de dois caminhos seguido do teste Student-Newman-Keuls foi usado para
comparação dos grupos. O nível de significância estabelecido foi P<0,05.
31
RESULTADOS
Sobrecarga de fructose
Os animais submetidos à sobrecarga de fructose apresentaram maior ingestão de
líquido diariamente (SHOF: 42±3,04mL por rato; THOF: 38±3,6mL por rato) e menor
consumo diário de comida (SHOF: 13±0,37g por rato; THOF: 13±0,49 por rato) nas
últimas 10 semanas de protocolo em relação aos seus respectivos controles (SHO:
29±0,96mL e 20±0,65g por rato; THO: 26±3,42mL e 18±0,74g por rato; P<0,05). A
ingestão calórica promovida pela fructose não foi diferente entre os grupos SHOF
(17±0,38 kcal/dia) e THOF (15±0,27kcal/dia; P <0,05). Os animais submetidos à
sobrecarga de fructose (SHOF: 36± 1,09kcal/dia; THOF: 36± 1,41 kcal/dia) apresentaram
menor ingestão calórica proveniente da comida quando comparado com os controles
(SHO: 56± 1,24kcal/dia; THO: 51± 2,36kcal/dia; P<0,05), entretanto, a ingestão calórica
(quilocalorias de fructose + quilocalorias de comida) não foi diferente entre os grupos
estudados (SHO: 56±1,24 kcal/dia; THO: 51±2,36 kcal/dia; SHOF:53±1,25 kcal/dia;
THOF: 51±1,51 kcal/dia; P>0,05).
Capacidade física
O teste máximo na esteira foi usado para avaliar a capacidade física aeróbia. No
início do experimento, a capacidade física foi similar entre os grupos estudados (SHO:
2,46±0,06km/h; THO: 2,49±0,08km/h; SHOF: 2,55km/h; THOF: 2,56±0,08km/h;
P>0,05). Entretanto, depois da 4ª e 8ª semana de treinamento físico, os animais treinados
(THO e THOF) demonstraram um aumento da velocidade máxima de corrida
comparados com os animais sedentários (SHO e SHOF; quarta semana: SHO vs. THO:
2,34±0,08 vs. 2,92±0,17km/h; P<0,05; SHOF vs. THOF: 2,41±0,15 vs. 2,89±0,07km/h;
32
P<0,05; oitava semana: SHO vs. THO: 2,34±0,06 vs. 3,09±0,15km/h; P<0,05; SHOF vs.
THOF, 2,2±0,1 vs. 2,87±0,03km/h; P<0,05).
Avaliações metabólicas
As avaliações metabólicas são apresentadas na Tabela 5. Todos os grupos
demonstraram maior peso corporal ao final do protocolo quando comparados com os
valores no início do protocolo; entretanto, não foram observadas diferenças no peso
corporal entre os grupos. O tecido adiposo branco visceral foi maior no grupo SHOF do
que nos outros grupos estudados. O grupo SHOF demonstrou aumento da glicemia e
triglicerídeos quando comparado com o grupo SHO. Não houve diferença no tecido
adiposo branco visceral, glicemia e triglicerídeos entre os grupos SHO e THOF (P>0,05).
Além disso, o grupo SHOF demonstrou menor sensibilidade à insulina, o que foi
evidenciado pela redução no KITT. Dessa forma, o treinamento físico foi eficaz em
normalizar os valores de KITT no grupo THOF (Figura 2).
Avaliações cardiovasculares
Como demonstrado na Tabela 6, o treinamento físico foi eficaz em reduzir os
valores de PAS, PAD e PAM no grupo THO quando comparado com o grupo SHO. A
sobrecarga de fructose induziu aumento na PAS e PAM nos grupos SHOF e THOF
quando comparados com os grupos SHO e THO, respectivamente. Os animais do grupo
SHOF apresentaram taquicardia de repoem relação aos animais do grupo SHO. Não
foram observadas diferenças na FC entre os grupos SHO e THOF.
Avaliações autonômicas
O treinamento físico aumentou o tônus vagal no grupo THO quando comparado
com o grupo SHO. A sobrecarga de frutose reduziu o tônus vagal dos animais dos grupos
33
SHOF e THOF em relação aos animais SHR tratados com água (SHO e THO). O grupo
SHOF teve um aumento significante do tônus simpático quando comparado com o grupo
SHO. O treinamento físico, entretanto, foi eficaz em reduzir tônus simpático no grupo
THOF em relação ao grupo SHOF. A FCI foi maior no grupo THO em relação ao grupo
SHO. A sobrecarga de frutose induziu redução da FCI nos grupos SHOF e THOF quando
comparados com os SHR tratados com água (SHO e THO), respectivamente.
Em relação à avaliação da modulação autonômica no domínio do tempo e da
frequência, não foram observadas diferenças na variância total do IP entre os grupos
estudados (SHO: 79,93±14,05ms2; SHOF: 67,37±13,57ms
2; THOF: 46,30±10,51ms
2;
P>0,05). O RMSSD (raiz quadrada da média da soma dos quadrados das diferenças entre
intervalos adjacentes), um indicador da atividade parasimpática, foi similar entre os
grupos SHO e SHOF (5,90±0,81 e 3,33±0,40ms, respectivamente; P>0,05), mas foi
menor no grupo THOF quando comparado com o grupo THO (4,22±0,49 vs
7,42±0,75ms, respectivamente; P<0,05). O consumo de frutose induziu uma significante
redução na banda de baixa frequência do IP (SHO: 3,94±0,97 ms2; THO: 5,31±1,15ms
2
vs SHOF: 0,88±0,06ms2; THOF: 1,74±0,26ms
2; P<0,05) e na banda de alta frequência do
IP (SHO: 9,22±2,03ms2; THO: 11,57±1,45ms
2 vs SHOF: 3,20±0,80ms
2; THOF:
4,24±0,65ms2; P<0,05) nos grupos hipertensos submetidos à sobrecarga de frutose
(SHOF e THOF) em relação aos grupos somente hipertensos (SHO e THO; Figura. 3A-
C).
Não houve diferença na variância total da PAS entre os grupos (SHO:
51,94±6,94mmHg2; THO: 43,21±7,14mmHg
2; SHOF: 77,79±11,87mmHg
2; THOF:
64,94±7,68mmHg2; P>0,05). Entretanto, o consumo de frutose induziu um aumento
significante na banda de baixa frequência da PAS no grupo SHOF (10,62±2,33mmHg2)
quando comparado com o grupo SHO (5,07±0,52mmHg2; P<0,05). O treinamento físico
34
foi eficaz em reduzir a banda de baixa frequência da PAS no grupo THOF
(4,95±0,68mmHg2; P<0,05) em relação ao grupo SHOF, normalizando a modulação
simpatico vascular (Figura 3D).
A sobrecarga de frutose induziu redução no índice alfa, um indicador da
sensibilidade barorreflexa espontânea, no grupo SHOF (0,29±0,03ms/mmHg) quando
comparado com o grupo SHO (0,79±0,11ms/mmHg; P<0,05). O treinamento físico
induziu aumento no índice alfa em ambos os grupos treinados quando comparados com
os seus respectivos pares sedentários. Entretanto, o índice alfa foi menor no grupo THOF
(0,67±0,09ms/mmHg) comparado com o grupo THO (1,13±0,13ms/mmHg; P<0,05;
Figura 3E).
35
Tabela 5. Avaliações metabólicas nos grupos estudados.
Grupos
Parâmetros SHO THO SHOF THOF
Peso Corporal (g)
Inicial 193±3 186±2 193±3 195±3
Final 264±3# 262±4# 261±2# 264±5#
Tecido adiposo branco
visceral (g)
Final 3,7±0,18 3,6±0,22 4,4±0,20 *‡ 3,7±0,19 †
Glicemia (mg/dL)
Final 84±2 81±1 92±2 * 79±2 †
Triglicerídeos (mg/dL)
Final 125±6 127±10 160±8 * 148±7
Dados são apresentados como média ± EPM. Início: 10 semanas depois do protocolo;
Final: Ao final do protocolo. SHO: ooforectomizado hipertenso sedentário; THO:
ooforectomizado hipertenso treinado; SHOF: ooforectomizado hipertenso sedentário
submetido a sobrecarga de frutose; THOF: ooforectomizado hipertenso treinado
submetido a sobrecarga de frutose (n=7 em cada grupo). #p<0,05 vs. 10 semanas depois
do incio do protocolo no mesmo grupo; *p<0,05 vs. SHO; †p<0,05 vs. SHOF; ‡p<0,05
vs. THO
36
Tabela 6. Avaliações cardiovasculares e autonômicas nos grupos estudados.
Grupos
Parâmetros
SHO THO SHOF THOF
Pressão arterial sistólica (mmHg) 183±6 164±3 * 198±5 * 207±3 †
Pressão arterial diastólica (mmHg) 144±5 128±3 * 151±4† 151±3 †
Pressão arterial média (mmHg) 162±5 146±3 * 174±4 * 178±2 †
Frequência cardíaca (bpm) 348±16 332±9 398±14 * 343±16 ‡
Tônus vagal (bpm) 35±7 52±5 * 5±3 * 6±2 †
Tônus simpático (bpm) 60±3 69±6 91±18 * 39±5 ‡
Frequência cardíaca intrínseca (bpm) 323±9 354±6 * 297±8 * 293±9 †
Dados são apresentados como média ± EPM. SHO: ooforectomizado hipertenso
sedentário; THO: ooforectomizado hipertenso treinado; SHOF: ooforectomizado
hipertenso sedentário submetido a sobrecarga de frutose; THOF: ooforectomizado
hipertenso treinado submetido a sobrecarga de frutose (n=7 em cada grupo). *p<0,05 vs.
SHO; †p<0,05 vs. THO; ‡p<0,05 vs. SHOF.
37
Figura 2. Sensibilidade à insulina avaliada pela constante de decaimento da glicose
(KITT) em resposta ao teste de tolerância à insulina em ratos hipertensos
ooforectomizados sedentários (SHO) e treinados (THO) e ratos hipertensos
ooforectomizados sedentários submetido a sobrecarga de frutose sedentário (SHOF) e
treinado (THOF) (n=7 em cada grupo). *p<0,05 vs. SHO.
38
Figura 3. Raiz quadrada da média da soma dos quadrados das diferenças entre intervalos
adjacentes (RMSSD); B. Banda de alta frequência do intervalo de pulso (AF-IP); C.
Banda de baixa frequência do intervalo de pulso (BF-IP); D. Banda de baixa frequência
da pressão arterial sistólica (BF-PAS); E. Sensibilidade barorreflexa espontânea avaliada
pelo índice alfa em ratosem ratos hipertensos ooforectomizados sedentários (SHO) e
treinados (THO) e ratos hipertensos ooforectomizados sedentários submetido a
sobrecarga de frtuosesedentário (SHOF) e treinado (THOF) (n=7 em cada grupo).
*p<0,05 vs. SHO, †p>0,05 vs. THO, ‡p<0,05 vs. SHOF.
39
3.3. Artigo 3 – Em preparação para a submissão à revista de Qualis: A2 (Educação
Física)
TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO OU RESISTIDO MELHORA O
CONTROLE AUTONÔMICO DA CIRCULAÇÃO EM RATAS
OOFORECTOMIZADAS COM DISFUNÇÃO CARDIOMETABÓLICA:
IMPACTO NO ESTRESSE OXIDATIVO RENAL
O objetivo deste artigo foi investigar os efeitos hemodinâmicos, vasculares,
autonômicos e renais do treinamento físico aeróbio ou resistido em ratas
ooforectomizadas espontaneamente hipertensas submetidas à sobrecarga de frutose.
É importante salientar que esse artigo foi elaborado na tentativa de compreender
os possíveis mecanismos relacionados às alterações na pressão arterial decorrente dos
diferentes tipos de treinamento físico (aeróbio ou resistido) em um modelo experimental
de associação de fatores de risco (hipertensão+menopausa+síndrome metabólica)
avaliando a modulação autonômica vascular, os níveis de nitritos e nitratos plasmáticos
e o estresse oxidativo em tecido renal, um órgão-alvo da hipertensão e principal
regulador da PA em longo prazo.
40
MÉTODOS
Ratas fêmeas Wistar e SHRs com 21 dias foram obtidas do Biotério do Instituto
de Cardiologia do Rio Grande do Sul. As ratas foram divididas em grupos: controle (C;
n=8), hipertenso (H; n=8), hipertenso ooforectomizado tratado com frutose sedentário
(FHO; n = 8), hipertenso ooforectomizadotratado com frutose submetido ao treinamento
físico aeróbio (FHOTa; n=8) e hipertenso ooforectomizado submetido ao treinamento
físico resistido (FHOTr; n=8). Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de
Ética da Universidade Nove de Julho (Protocolo AN002/12) e foram conduzidos de
acordo com o Guia para Cuidados e Uso de Animal de Laboratório, publicado pelo
Instituto Nacional de Saúde.
Sobrecarga de Frutose
As ratas dos grupos FHOS, FHOTa e FHOTr receberam D-frutose (100 g/L) na
água de beber por 19 semanas. Os animais do grupo C receberam ração e água ad libitum.
O consumo de ração e água (com ou sem frutose) foi mensurado semanalmente.
Ooforectomia
Após 10 semanas de sobrecarga de frutose, os animais foram anestesiados (80
mg/kg cetamina e 12 mg/kg xilazina), e os ovidutos foram seccionados e os ovários
removidos com descrição detalhada em artigos previamente publicados (IRIGOYEN et
al., 2005; FLUES et al, 2010; SOUZA et al., 2007).
Protocolo de treinamento aeróbio
Uma semana após a ooforectomia, os grupos de ratas treinadas aerobicamente
foram submetidos a um protocolo de treinamento físico (50-70% da velocidade máxima
41
alcançada no teste de esforço) em esteira ergométrica com velocidade e carga progressiva
durante 8 semanas (IRIGOYEN et al., 2005; SANCHES et al., 2012).
Protocolo de treinamento resistido
Este protocolo foi realizado em uma escada adaptada para ratos, como descrito
previamente por Sanches et al., 2013. Os animais foram adaptados para subir as escadas
durante 5 dias consecutivos, antes do teste de carga máxima. O teste consistiu em uma
carga inicial de 75% do peso corporal. Depois da primeira escalada, os animais
descansavam por 2 min. Para a próxima escalada, a carga foi aumentada 15%, 25% ou
40% do peso corporal do teste realizado na 1ª, 4ª e 8ª semana, respectivamente. Este
incremento foi repetido sucessivamente até que o animal não conseguisse completer a
escalada (máximo 6 escaladas). O protocolo de treinamento físico resistido foi realizado
utilizando o valor normalizado da carga máxima de cada rato, e foi ajustado
semanalmente, de acordo com o peso corporal do animal. O protocolo de treinamento
físico foi realizado durante 8 semanas, 5 dias na semana e com intensidade moderada (40-
60% da carga máxima) com 15 escaladas por sessão e com 1 minuto de intervalo entre as
subidas.
Avaliações metabólicas
Ao final do protocolo (19 semanas de sobrecarga de frutose), foram medidas a
concentração de glicose e triglicerídeos no sangue (Accucheck and Accutrend, Roche)
após 4 horas de jejum. Para testar a intolerância à insulina, com jejum de 2 horas os
animais foram anestesiados com pentobarbital sódico (40 mg/kg peso corporal, i.p.). Uma
gota de sangue foi coletada da cauda do animal para medida de glicose no sangue no
início, 4, 8, 12 e 16 minutos após a injeção de insulina (0,75 U/kg). A constante de
decaimento da glicose sanguínea (KITT) foi calculada pela fórmula 0,693/t1/2. A glicose
42
sérica t1/2foi calculada pela inclinação da reta obtida através da análise dos mínimos
quadrados das concentrações na fase linear de declínio (BRITO et al., 2008a; BONORA
et al., 1989).
Avaliações hemodinâmicas
Após a avaliação metabólica, as ratas foram anestesiadas com cetamina (80
mg/kg) e xilazina (12 mg/kg), e foi implantada uma cânula de polietileno Tygon na
artéria carótida para medidas diretas de PA e administração de drogas, respectivamente.
Durante o experimento, as ratas receberam ração e água ad libitum, as ratas estavam
conscientes nas caixas e podiam circular livremente durante a análise hemodinâmica. A
cânula arterial foi conectada a um transdutor (Pressão Arterial XDCR, Kent Scientific), e
os sinais de pressão arterial foram registrados durante um período de 30 minutos
utilizando equipamento microcomputador com conversor digital (CODAS, 2Kz, DATAQ
Instruments). Os dados registrados foram analisados batimento a batimento para
quantificar mudanças na pressão arterial sistólica (SAP), diastólica (DAP) e média
(PAM) (SANCHES et al., 2012; IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010).
Avaliação da sensibilidade dos pressorreceptores
Doses crescents de fenilefrina (0,5 à 2,0 µg/mL) e nitroprussiato de sódio (5 à 20
µg/mL) foram injetados doses sequenciais (0,1 mL) para produzir respostas pressóricas e
depressoras que variam de 5 à 40 mmHg. Um intervalo de 3 à 5 min entre as doses foi
necessário para que a pressão arterial retornasse ao estado basal. Picos maiores ou
menores na pressão arterial média após a injeção de fenilefrina ou nitroprussiato de sódio
e as correspondentes alterações no pico reflexo da frequência cardíaca foram registradas
para cada dose de droga. A sensibilidade barorreflexa foi avaliada por um índice médio,
calculado através da divisão entre as variações da frequência cardíaca e as variações da
43
pressão arterial média, permitindo uma análise separada de bradicardia reflexa e
taquicardia reflexa. O índice foi expresso em batimento por minuto por milímetro de
mercúrio, como descrito previamente (IRIGOYEN et al., 2005; SOUZA et al., 2007;
FLUES et al., 2010).
Avaliações da variabilidade da pressão arterial
A análise no domínio do tempo consistiu no cálculo da média da pressão arterial
sistólica lso (IP), com a variabilidade do IP como o desvio padrão dos respectivo trechos
(três séries de 5 minutos para cada animal). Para a análise no domínio da frequência, o
mesmo tempo de série do IP foi interpolado por splineY cúbico (250 Hz). A densidade
espectral de potência foi obtida através da transformação rápida de Fourier (FFT). A
potência espectral das bandas de baixa frequência (BF; 0.20-0.75 Hz) e alta frequência
(AF;0.75-4.0 Hz) foram calculadas pela integração de densidade da potência espectral
dentro de cada banda de frequência usando rotina padronizada (MATLAB 6.0,
Mathworks) (SOARES et al., 2004).
Nitritos e Nitratos Plasmáticos
Os níveis de nitritos e nitratos no plasma foram medidos pela reação das amostras
com o reagente de Griess microplacas (96 poços) em aparelho leitor de ELISA.Alíquotas
de 50µL de homogeneizado de tecido foram incubadas com cofatores enzimáticos e
nitrato redutase (3U/ml) por uma 30 minutos para conversão de nitrato em nitrito em
temperatura ambiente. O total de nitrito tecidual foi então analisado pela reação das
amostras com 50 µl de reagente de Griess. O total de nitrito tecidual foi estimado a partir
de uma curva padrão de absorbância em 592 nm (GRANGER et al., 1999). Foi calculado
o Nox, índice da produção de óxido nítrico (Nox) através da razão total de nitratos por
nitritos como descrito por Miranda e colaboradores (2001).
44
Estresse oxidativo renal
Um dia após as avaliações hemodinâmicas os animais foram eutanasiados, o rim
foi imediatamente retirado, lavado com soro fisiológico, e aparado para remover o tecido
de gordura visível. O tecido foi cortado em pequenos pedaços, colocados em tampão
gelado, e homogeneizado em um homogenizador Ultra-Turrax; para cada 1g de tecido
adicionou-se 5mL de 150mM de KCl e 20nM de tampão de fosfato de sódio, pH 7,4. O
homogeneizadodo foi centrifugado a 600 g durante 10min a-4ºC.
Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS): Para o ensaio TBARS, o ácido
tricloroacético (10%, p/v) foi adicionado ao homogeneizado para precipitar as proteínas e
para acidificar as amostras (BUEGE et al., 1978). Esta mistura foi, em seguida,
centrifugada (10000 g, 3 min), e a amostra livre de proteína foi extraída. O ácido
tiobarbitúrico (0,67%, p/v) foi adicionada ao meio de reação. Os tubos foram colocados
num banho de água (100°C) durante 15 min. As absorbâncias foram medidas a 535nm
usando um espectrofotômetro. Os resultados são expressos como nanomoles por
miligrama de proteína.
Atividade das enzimas antioxidantes: A quantificação da atividade da superóxido
dismutase (SOD) expressada como U/mg de proteina e foi baseada na inibição da reação
do ânion superóxido e do pirogalol (MARKLUND, 1985). A concentração da catalase
(CAT) foi determinada pela diminuição do peróxido de hidrogênio na absorbância de
240nm. A concentração da CAT foi expressa como μmol H2O2 reduzido/min/mg proteina
(AEBI, 1984).
45
Análise estatística
Os dados são apresentados como média±erro padrão da média. O teste Levene foi
usado para avaliar a homogeneidade. A análise de variância de um caminho seguida do
teste de Student-Newman-Keuls foi usado para comparar os grupos. A análise de
correlação de Pearson foi usada para identificar a associação entre as variáveis (n= 5 à 7
animais por grupo). Nível de significância estabelecido foi P≤0,05.
RESULTADOS
No final do protocolo, observou-se aumento de 32% e 35% no desempenho nos
testes máximos em esteira e escada para os grupos HFOTa e HFOTr, respectivamente,
evidenciando a eficácia na prescrição do treinamento físico.
A hipertensão a per se já induz aumento nos níveis pressóricos em relação ao
grupo controle. Já a associação de fatores de risco promoveu aumento adicional nos
níveis pressóricos, PAS e PAD, em todos os grupos estudados em relação ao grupo
controle. O treinamento físico aeróbio ou resistido não induziu redução da PAS ou da
PAD em relação ao grupo HFO.
Todos os grupos hipertensos demonstraram prejuízo na sensibilidade barorreflexa,
tanto para respostas taquicárdicas quanto para as respostas bradicárdicas, quando
comparados com o grupo controle. O treinamento físico aeróbio atenuou essas alterações
para as respostas taquicárdicas, enquanto que, o treinamento físico resistido melhorou as
respostas bradicárdicas (Tabela 7). Além disso, não foram observadas diferenças
estatísticas no DP-PAS (Tabela 7). Já na banda de baixa frequência da PAS
(representativa modulação simpática vascular), o grupo HFO apresentou um aumento
46
quando comparado ao grupo C. Em contrapartida, ambos os tipos de treinamento físico
demonstraram-se eficazes em normalizar tal prejuízo (Figura 4).
A sobrecarga de frutose promoveu redução no índice NOx em relação ao grupo C
e H (HFO:0,32±0,20 vs. H: 0,75±0,13; C: 1,1±0,15). Contudo, ambos os tipos de
treinamento físico foram eficazes em elevar os valores deste índice (HFOTa: 1,35±0,21;
HFOTr: 1,46±0,18) (Figura 5).
Na Tabela 8, estão apresentados os valores da análise do estresse oxidativo renal.
O consumo crônico de frutose induziu um aumento de lipoperoxidação de membrana no
grupo HFO quando comparado com o grupo C e H (HFO:4,24±0,47 vs. H:2,78±0,39;
C:1,69±0,09 cps/mg proteína). Entretanto, ambos os tipos de treinamento físico foram
eficientes em reduzir e/ou normalizar essa variável. Na avaliação de dano a proteínas,
observamos um aumento no grupo H (3,98±0,33 nmol/mg proteína) e HFO (4,17±0,36
nmol/mg proteína) quando comparados ao grupo C (1,97±0,21 nmol/mg proteína). Em
contrapartida, tanto o treinamento aeróbio (HFOTa: 2,80±0,21 nmol/mg proteína) quanto
o resistido (HFOTr: 2,87±0,27 nmol/mg proteína) promoveram uma melhora nos grupos
hipertensos com sobrecarga de frutose. Houve correlação positiva entre os valores de
TBARS e carbonilas no tecido renal (r=0,65, p<0,05) em análise envolvendo os animais
de todos os grupos estudados (Figura 6A).
Em relação às enzimas antioxidantes, não foram encontradas diferenças na
concentração da CAT. A hipertensão induziu aumento na atividade da SOD (H: 13±0,48;
HFO: 12±0,64; HFOTa: 12±0,74 vs. C: 10±0,49 USOD/mg proteína), contudo, o
treinamento resistido (HFOTr: 9±0,39 USOD/mg proteína) reduziu esses valores quando
comparado com os mesmos grupos que apresentaram o aumento da atividade enzimática.
47
O estudo de correlação envolvendo os grupos tratados com frutose evidenciou
correlação positiva entre o LF-PAS e o TBARS no tecido renal (r=0,63, p<0,05; Figura
6B); adicionalmente os valores de TBARS foram inversamente correlacionados com o
índice NOx (r=-0,66, p<0,05; Figura 6C).
48
Tabela 7. Avaliações hemodinâmicas e autonômicas nos grupos estudados.
C H FHO FHOTa FHOTr
PAS (mmHg) 128±2 180±4† 199±2†‡ 205±3†‡ 191±7†‡
PAD (mmHg) 95±2 130±4† 148±2†‡ 151±4†‡ 146±5†‡
DP-PAS (mmHg) 4,48±0,46 5,23±0,29 5,79±1,06 7,16±0,51 5,57±0,23
RT (bpm/mmHg) 4,37±0,34 1,91±0,17† 1,06±0,06† 1,54±0,07†¥ 1,04±0,07†‡§
RB (bpm/mmHg) -1,52±0,08 -1,12±0,08† -1,01±0,15† -0,9±0,07† -1,59±0,13¥§
Dados estão apresentados como média±EPM. PAS: pressão arterial sistólica; PAD:
pressão arterial diastólica; MAP: pressão arterial média; FC: frequência cardíaca; VFC:
variabilidade da FC; DP-PAS: desvio padrão da pressão arterial sistólica; RT: resposta
taquicárdica; RB: resposta bradicárdica. † p<0,05 vs. C; ‡ p<0,05 vs.H; ¥ p<0,05 vs. HFO; §
p<0,05vs. HFOTa.
49
Tabela 8. Estresse oxidativo renal nos grupos estudados.
C H FHO FHOTa FHOTr
TBARS
(cps/mg proteína)
1,69±0,09 2,78±0,39 3,72±0,47‡† 2,55±0,27¥ 2,30±0,05¥
Carbonilas
(nmol/mg proteína)
1,97±0,21 3,98±0,33† 4,17±0,36† 2,80±0,21‡¥ 2,87±0,27‡¥
Catalase
(nmol/mg proteína)
1,72±0,16 1,64±0,16 1,41±0,09 1,48±0,29 1,82±0,16
Superóxido dismutase
(USOD/mg proteína)
10±0,49 13±0,48† 12±0,64† 12±0,74† 9±0,39‡¥§
Dados são apresentados em média±erro padrão da média. C: grupo controle; FHO: grupo
hipertenso ooforectomizado submetido ao consumo de frutose; FHOTa: grupo hipertenso
ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico aeróbio; FHOTr:
grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico
resistido. † p<0,05 vs. C; ‡ p<0,05 vs.H; ¥ p<0,05 vs. FHO; § p<0,05vs. FHOTa.
50
Figura 4. Banda de baixa frequência da pressão arterial sistólica nos grupos estudados C:
grupo controle; H: hipertenso; FHO: grupo hipertenso ooforectomizado submetido ao
consumo de frutose; FHOTa: grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose
submetido ao treinamento físico aeróbio; FHOTr: grupo hipertenso ooforectomizado
tratado com frutose submetido ao treinamento físico resistido. † p<0,05 vs. C; ¥ p<0,05
vs. FHO.
51
Figura 5. Índice Nox nos grupos estudados. C: grupo controle; H: hipertenso; FHO:
grupo hipertenso ooforectomizado submetido ao consumo de frutose; FHOTa: grupo
hipertenso ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico aeróbio;
FHOTr: grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento
físico resistido. † p<0,05 vs. C; ‡ p<0,05 vs.H; ¥ p<0,05 vs. FHO.
52
Figura 6. Correlações positivas obtidas entre: A) TBARS e Carbonilas (r= 0,65; p<0,05);
B) BF-PAS e TBARS (r= 0,63; p<0,05). Correlação negativa obtida entre C) Índice NOx
e TBARS (r= -0,68; p<0,05).
53
3.4. Artigo 4 – Em preparação para a submissão à revista de Qualis A1 (Educação Física)
TREINAMENTO FÍSICO RESISTIDO OU AERÓBIO ATENUA A DISFUNÇÃO
AUTONÔMICA CARDÍACA EM UM MODELO DE MENOPAUSA E
SÍNDROME METABÓLICA: PAPEL DA INFLAMAÇÃO E DO ESTRESSE
OXIDATIVO.
O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos metabólicos, cardíacos e
autonômicos do treinamento físico aeróbio ou resistido em ratas ooforectomizadas
espontaneamente hipertensas submetidas à sobrecarga de frutose.
Considerando os benefícios cardiometabólicos do treinamento físico aeróbio em
um modelo de associação de fatores de risco observado no artigo anterior, este artigo
visou avaliar possíveis mecanismos que explicariam os benefícios deste tipo de
treinamento, bem como as resposta do treinamento físico dinâmico resistido utilizando
este mesmo modelo experimental.
54
MÉTODOS
Ratas fêmeas Wistar e SHRs com 21 dias foram obtidas do Biotério do Instituto
de Cardiologia do Rio Grande do Sul. As ratas foram randomizadas e divididas em
grupos: controle (C; n=8), hipertenso ooforectomizado tratado com frutose sedentário
(FHO; n = 8), hipertenso ooforectomizadotratado com frutosesubmetido ao treinamento
físico aeróbio (FHOTa; n=8) e hipertenso ooforectomizado submetido ao treinamento
físico resistido (FHOTr; n=8). Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de
Ética da Universidade Nove de Julho (Protocolo AN002/12) e foram conduzidos de
acordo com o Guia para Cuidados e Uso de Animal de Laboratório, publicado pelo
Instituto Nacional de Saúde.
Sobrecarga de Frutose
As ratas dos grupos FHOS, FHOTa e FHOTr receberam D-frutose (100 g/L) na
água de beber por 19 semanas. Os animais do grupo C receberam ração e água ad libitum.
O consumo de ração e água (com ou sem frutose) foi mensurado semanalmente.
Ooforectomia
Após 10 semanas de sobrecarga de frutose, os animais foram anestesiados (80
mg/kg cetamina e 12 mg/kg xilazina), e os ovidutos foram seccionados e os ovários
removidos com descrição detalhada em artigos previamente publicados (IRIGOYEN et
al., 2005; FLUES et al, 2010; SOUZA et al., 2007).
Protocolo de treinamento aeróbio
Uma semana após a ooforectomia, os grupos de ratas treinadas aerobicamente
foram submetidos a um protocolo de treinamento físico (50-70% da velocidade máxima
55
alcançada no teste de esforço) em esteira ergométrica com velocidade e carga progressiva
durante 8 semanas (IRIGOYEN et al., 2005; SANCHES et al., 2012).
Protocolo de treinamento resistido
Este protocolo foi realizado em uma escada adaptada para ratos, como descrito
previamente por Sanches et al., 2013. Os animais foram adaptados para subir as escadas
durante 5 dias consecutivos, antes do teste de carga máxima. O teste consistiu em uma
carga inicial de 75% do peso corporal. Depois da primeira escalada, os animais
descansavam por 2 min. Para a próxima escalada, a carga foi aumentada 15%, 25% ou
40% do peso corporal do teste realizado na 1ª, 4ª e 8ª semana, respectivamente. Este
incremento foi repetido sucessivamente até que o animal não conseguisse completer a
escalada (máximo 6 escaladas). O protocolo de treinamento físico resistido foi realizado
utilizando o valor normalizado da carga máxima de cada rato, e foi ajustado
semanalmente, de acordo com o peso corporal do animal. O protocolo de treinamento
físico foi realizado durante 8 semanas, 5 dias na semana e com intensidade moderada (40-
60% da carga máxima) com 15 escaladas por sessão e com 1 minuto de intervalo entre as
subidas.
Avaliações metabólicas
Ao final do protocolo (19 semanas de sobrecarga de frutose), foram medidas a
concentração de glicose e triglicerídeos no sangue (Accucheck and Accutrend, Roche)
após 4 horas de jejum. Para testar a intolerância à insulina, com jejum de 2 horas os
animais foram anestesiados com pentobarbital sódico (40 mg/kg peso corporal, i.p.). Uma
gota de sangue foi coletada da cauda do animal para medida de glicose no sangue no
início, 4, 8, 12 e 16 minutos após a injeção de insulina (0,75 U/kg). A constante de
decaimento da glicose sanguínea (KITT) foi calculada pela fórmula 0,693/t1/2. A glicose
56
sérica t1/2foi calculada pela inclinação da reta obtida através da análise dos mínimos
quadrados das concentrações na fase linear de declínio (BRITO et al., 2008; BONORA et
al., 1989).
Avaliações cardiovasculares
Após a avaliação metabólica, as ratas foram anestesiadas com cetamina (80
mg/kg) e xilazina (12 mg/kg), e foi implantada uma cânula de polietileno Tygon na
artéria carótida para medidas diretas de PA. Durante o experimento, as ratas receberam
ração e água ad libitum, as ratas estavam conscientes nas caixas e podiam circular
livremente durante a análise hemodinâmica. A cânula arterial foi conectada a um
transdutor (Pressão Arterial XDCR, Kent Scientific), e os sinais de pressão arterial foram
registrados durante um período de 30 minutos utilizando equipamento microcomputador
com conversor digital (CODAS, 2Kz, DATAQ Instruments). Os dados registrados foram
analisados batimento a batimento para quantificar mudanças na pressão arterial sistólica
(SAP), diastólica (DAP) e média (PAM) e frequência cardíaca (FC) (SANCHES et al.,
2012; IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010).
Variabilidade da frequência cardíaca
A análise no domínio do tempo consistiu no cálculo da média do intervalo de
pulso (IP), com a variabilidade do IP como o desvio padrão dos respectivos trechos (três
séries de 5 minutos para cada animal). Para a análise no domínio da frequência, o mesmo
tempo de série do IP foi interpolado por splineY cúbico (250 Hz). A densidade espectral
de potência foi obtida através da transformação rápida de Fourier (FFT). A potência
espectral das bandas de baixa frequência (BF: 0,20-0,75 Hz) e alta frequência (AF:0,75-
4,0 Hz) foram calculadas pela integração de densidade da potência espectral dentro de
57
cada banda de frequência usando rotina padronizada (MATLAB 6.0, Mathworks)
(SOARES et al., 2004).
Marcadores inflamatórios e hormonais
Os níveis de IL-6, IL-10 e TNF-α foram avaliados no tecido cardíaco utilizando
kit comercial ELISA (R&D Systems Inc.) de acordo com as informações do fabricante. A
ELISA foi realizada em microplacas de poliestireno de 96 poços com um anticorpo
monoclonal específico de revestimento. A absorbância foi medida a 540nm em um leitor
de microplacas. A sensibilidade do ensaio foi de 15pg/ml.
A leptina e a adiponectina foram mensuradas em tecido adiposo utilizando a
tecnologia Luminex através do kit Miliplex Millipore.
Estresse oxidativo cardíaco
Um dia após as avaliações hemodinâmicas os animais foram eutanasiados, o
coração (ventrículos) foi imediatamente retirado, lavado com soro fisiológico, e aparado
para remover o tecido de gordura visível. O tecido foi cortado em pequenos pedaços,
colocados em tampão gelado, e homogeneizado em um homogenizador Ultra-Turrax;
para cada 1g de tecido adicionou-se 5ml de 150mM de KCl e 20nM de tampão de fosfato
de sódio, pH 7,4. O homogeneizadodo foi centrifugado a 600 g durante 10min a-4ºC.
Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS): Para o ensaio TBARS, o ácido
tricloroacético (10%, p/v) foi adicionado ao homogeneizado para precipitar as proteínas e
para acidificar as amostras (BUEGE et al., 1978). Esta mistura foi, em seguida,
centrifugada (10000 g, 3 min), e a amostra livre de proteína foi extraída. O ácido
tiobarbitúrico (0,67%, p/v) foi adicionada ao meio de reação. Os tubos foram colocados
num banho de água (100°C) durante 15 min. As absorbâncias foram medidas a 535nm
58
usando um espectrofotômetro. Os resultados são expressos como nanomoles por
miligrama de proteína.
Atividade das enzimas antioxidantes: A quantificação da atividade da superóxido
dismutase (SOD) expressada como U/mg de proteína e foi baseada na inibição da reação
do ânion superóxido e do pirogalol (MARKLUND, 1985). A concentração da catalase
(CAT) foi determinada pela diminuição do peróxido de hidrogênio na absorbância de
240nm. A concentração da CAT foi expressa como μmol H2O2 reduzido/min/mg proteina
(AEBI, 1984). A atividade da glutationa peroxidase (GPx) foi expressa como nmol
peróxido/hidroperóxido reduzido/min/mg protein e foi baseada no consumo de NADPH à
480 nm (FLOHE & GUNZLER, 1984).
Capacidade Antioxidante Total (TRAP) - Esta técnica é baseada na formação de um
radical que emite luz, e que é detectado por contador beta (TriCrab 2800TR,
PerkinElmer) com o circuito de coincidência desconectado e utilizando o canal de trítio
em sala escura. O meio de reação consiste em: 3,0 mL de uma solução de AZO, a qual foi
adicionado 10 L de luminol, realizando-se uma leitura basal. Após, adiciona-se amostra
(em torno de 10 L). Para estabelecer a curva padrão foram realizadas duas leituras
contendo Trolox, nas quantidades 5 L e 10 L. Esta técnica foi baseada na
decomposição do 2,2’ Azo-bis (2-amidino-propano ABAP) diidrocloreto que gera
radicais livres. A primeira leitura foi realizada com ABAP e luminol. Nesta, verificou a
formação de radicais livres, posteriormente foi realizada uma curva padrão utilizando o
Trolox como antioxidante e, foi medido a capacidade antioxidante de nossas amostras
observando-se o tempo que a amostra inibiu a formação dos radicais do luminol (LISSI
et al., 1995).
59
Concentração de Glutationa total e GSSG: Para determiner a glutationa oxidada (GSSG)
e a concentraação da glutationa total (GSH), o tecido foi homogenizado em 2M de ácido
perclórico e centrifugado à 1000 g durante 10min, e 2M KOH foi adicionado ao
sobrenadante. A reação média continha 100mM de tampão fosfato (pH 7,2), 2mM de
NADPH, 0,2U/mL de glutationa redutase e 70μMácido 2,2'-dinitro-5-5'-ditio-dibenzóico.
Para determinar a concentração de GSSG o sobrenadante foi neutralizado com 2M KOH
e inibido por adição de 5μM N-etilmaleimida. A absorbância foi lida à 420nm
(ANDERSON, 1985). Os valores de GSH reduzida foram determinados a partir da
subtração da concentração total de glutationa da concentração de GSSG.
Análise estatística
Os dados são apresentados como média±erro padrão da média. O teste Levene foi
usado para avaliar a homogeneidade. A análise de variância de um caminho, seguida do
teste de Student-Newman-Keuls, foi utilizada para comparar os grupos. A análise de
correlação de Pearson foi usada para identificar a associação entre as variáveis (n= 5 à 7
animais por grupo). Nível de significância estabelecido foi P≤0,05.
RESULTADOS
Conforme demonstrado na Tabela 9, após 19 semanas de protocolo experimental,
os animais apresentaram aumento do peso corporal, e o grupo submetido ao treinamento
físico resistido reduziu essa variável. Além disso, os animais do grupo HOF apresentaram
maiores valores nos testes de esforço máximo e de carga máxima em relação ao grupo C,
entretanto, ambos os grupos treinados (HOFTa e HOFTr) demonstraram um aumento da
capacidade ou desempenho físico, evidenciando a eficácia na prescrição do treinamento
físico.
60
Foi observada redução do tecido adiposo branco visceral em ambos os grupos
treinados. Na avaliação da glicemia sanguínea e dos triglicerídeos, a associação de fatores
de risco (grupo HOF) induziu um aumento destas variáveis em relação ao grupo C.
Entretanto, somente o treinamento físico aeróbio foi eficaz em normalizar o aumento
desses parâmetros. A sensibilidade à insulina estava reduzida no grupo HFO em relação
ao grupo C, o que não foi observado nos grupos treinados.
A associação de fatores de risco promoveu aumento da PAM em todos os grupos
estudados (sedentários ou treinados) em relação ao grupo controle. Entretanto, ambos os
treinamentos não foram eficazes em reduzir essa variável. Taquicardia pode ser
observada após no grupo HFO em relação ao grupo C. Em contrapartida, ambos os
grupos treinados apresentaram bradicardia de repouso em relação ao respectivo grupo
sedentário.
Na avaliação autonômica cardíaca, o consumo crônico de frutose induziu prejuízo
no RMSSD (representativo do tônus vagal) e na VAR-IP em relação ao grupo controle, o
que não foi observado nos grupos treinandos. Contudo, o treinamento físico aeróbio foi
eficaz em promover um aumento na VAR-IP. Além disso, não foi observada diferença
entre os grupos no DP-IP. Entretanto, as bandas de baixa frequência (representativa da
modulação simpática) e de alta frequência (representativa da modulação parassimpática)
do IP estavam reduzidas nos grupos hipertensos ooforectomizados submetidos ao
consumo crônico de fructose sedentários e treinados (Tabela 10).
Não foi observada diferença significante entre os grupos para IL-6. Entretanto, o
grupo HFO (65,8±9,9 pg/mg de proteína) apresentou maior valor de TNF-α em relação
ao grupo C (23,6±4,3 pg/mg de proteína). Com relação a IL-10, o grupo treinado resistido
HFOTr (40,2±7,9pg/mg de proteína) apresentou maiores valores quando comparado ao
61
grupo HFO (16,26±2,52 pg/mg de proteína). Além disso, os animais submetidos a
sobrecarga de frutose apresentaram um aumento da leptina (HFO:1346,65 vs. C:
974,28±90,90pg/ml). Contudo, o treinamento resistido promoveu redução dessa variável
(HFOTr: 961,50±50,97pg/ml). Já em relação à adiponectina, houve redução nos grupos
submetidos à associação de fatores de risco (HFO: 2227968±64153, HFOTa:
2162641±59746; HFOTr: 1986618±38055 vs. C:2638992±48455 pg/ml) quando
comparados ao grupo C (Figura 4A-D).
Com relação aos parâmetros do estresse oxidativo cardíaco, a associação de
fatores de risco promoveu aumento de lipoperoxidação de membrana e dano à proteínas
quando comparado com o grupo C. Entretanto, ambos os tipos de treinamento físico
mostraram-se eficazes em normalizar este parâmetro. A sobrecarga de frutose induziu
redução na concentração de catalase quando comparado com o grupo controle. Em
contrapartida, o treinamento físico aeróbio promoveu aumento desta enzima em relação
ao HFO. Já o treinamento resistido mostrou-se reduzido quando comparado com o grupo
controle (C) e com o grupo treinado aerobicamente (HFOTa). Além disso, o consumo
crônico de frutose induziu redução na atividade da SOD e esta pode ser aumentada após o
treinamento resistido. A atividade da GPx estava aumentada nos grupos HFO, HFOTa
com um aumento adicional no grupo HFOTr. Na avaliação do balanço redox da
glutationa (GSH/GSSG), a sobrecarga de frutose (HFO) induziu uma redução neste
parâmetro e treinamento físico aeróbio (HFOTa) foi eficaz em aumentar os valores deste
índice) (Tabela 11).
Foi observada correlação entre o RMSSD e parâmetros de estresse oxidativo e
inflamação. Desta forma, na análise envolvendo todos os grupos estudados, o RMSSD
correlacionou-se negativamente com a QL (r=-0,7, p<0,05) e com as carbonilas (r=-0,65,
p<0,05), bem como positivamente com a razão redox da glutationa (r=0,63, p<0,05).
62
Adicionalmente, o RMSSD foi positivamente correlacionado com os níveis de IL-10
cardíacos (r=0,7, p<0,05) nos grupos hipertensos (Figura 8).
O TNF-α apresentou correlação negativa com a razão redox da glutationa (r=-
0,55, p<0,05) e positiva com a leptina (r=0,68, p<0,05) (Figura 7).
63
Tabela 9. Capacidade física e avaliações metabólicas nos grupos estudados.
C FHO FHOTa FHOTr
Peso Corporal (g) 266±4 261± 2 264±5 241±3†¥§
Tecido Adiposo Branco
Visceral (g)
5,22±0,33 5,25±0,39 3,7±0,19†¥ 3,59±0,28†¥
Glicemia (mg/dL) 75±1,2 92±2,1† 79±1,8¥ 92±4,7†§
Triglicerídeos (mg/dL) 125±7,7 160±8,0† 148±7,4¥ 163±6,9†
KITT (%/min) 4,42±0,29 3,4±0,28† 4,02±0,15 4,19±0,22
Teste Máximo Aeróbio (min) 18±1,5 22±1,0† 29±0,3†¥ -
Teste Máximo Resistido (g) 204±11 410± 20† - 554±15†¥
Dados estão apresentados em média±EPM. C: grupo controle; FHO: grupo hipertenso
ooforectomizado submetido ao consumo de frutose; FHOTa: grupo hipertenso
ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico aeróbio; FHOTr:
grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico
resistido. KITT: constante de decaimento da glicose plasmática durante o teste de
tolerância à insulina. †p<0,05 vs. C; ¥ p<0,05 vs.FHO; § p<0,05vs. FHOTa.
64
Tabela 10. Avaliações hemodinâmicas e autonômicas nos grupos estudados.
C FHO FHOTa FHOTr
Pressão arterial média (mmHg) 108±1 173±1† 177±2† 166±5†
Frequência cardíaca (bpm) 352±11 393±10† 336±9¥ 330±13¥
VFC
DP-IP (ms) 6,7±0,63 5,43±0,96 6,29±0,45 5,05±0,34
RMSSD (ms) 4,8±0,58 2,98±0,51† 4,23±0,50 4,45±0,42
VAR-IP (ms²) 44,5±5,7 29,49±4,07† 46,30±2,10¥ 37,57±2,79
BF-IP (ms²) 6,91±1,22 0,88±0,06† 1,74±0,26† 1,44±0,31†
AF-IP (ms²) 17,79±4,30 3,20±0,80† 4,24±0,65† 5,78±0,85†
Dados estão apresentados como média±EPM.VFC: variabilidade da FC; DP-IP: desvio
padrão do interval de pulso; RMSSD: raiz quadrada da média da soma dos quadrados das
diferenças entre intervalos adjacentes VAR-IP: variância total do interval de pulso; BF-
IP: banda de baixa frequência do interval de pulso (0,20-0,75 Hz); AF-IP: banda de alta
frequência do interval de pulso (HF: 0,75-3 Hz).† p<0,05 vs. C; ¥ p<0,05 vs. HFO.
65
Tabela 11. Estresse oxidativo cardíaco nos grupos estudados.
C FHO FHOTa FHOTr
QL
(cps/mg proteína) 2661±358 15043±1333† 10652±814†¥ 11551±1350†¥
Carbonilas
(nmol/mg proteína)
3,00±0,23 5,53±0,45† 4,11±0,53¥ 4,59±0,23†¥
Catalase
(nmol/mg proteína)
0,80±0,04 0,64±0,03† 0,80±0,03¥ 0,65±0,05†§
Superóxido dismutase
(USOD/mg proteína)
16 ±0,58 14±0,69† 14±0,80 20±1,21†¥§
Glutationa peroxidase
(nmol/min/mg proteína)
41±4 65±6† 66±3† 100±2†¥§
TRAP (nmol/mg proteína) 8,0±1,08 10,7±1,12 17,3±2,22†¥ 19,6±2,40†¥
Razão GSH/GSSG 10,4±0,63 8,2±0,51† 12,9±0,44†¥ 10,5±0,46¥§
Dados são apresentados em média±erro padrão da média. QL: quimiluminescência; GSH/GSSG:
glutationa total/glutationa reduzida C: grupo controle; FHO: grupo hipertenso ooforectomizado
submetido ao consumo de frutose; FHOTa: grupo hipertenso ooforectomizado tratado com
frutose submetido ao treinamento físico aeróbio; FHOTr: grupo hipertenso ooforectomizado
tratado com frutose submetido ao treinamento físico resistido. † p<0,05 vs. C; ¥ p<0,05 vs. HFO;
§ p<0,05vs. HFOTa.
66
Figura 7. A) Fator de necrose tumoral alfa (TNFα) e B) Interleucina 10 (IL-10) no tecido
cardíaco, C) Leptina e D) Adiponectina no tecido adiposo branco visceral dos grupos estudados.
C: grupo controle; FHO: grupo hipertenso ooforectomizado submetido ao consumo de frutose;
FHOTa: grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose submetido ao treinamento físico
aeróbio; FHOTr: grupo hipertenso ooforectomizado tratado com frutose submetido ao
treinamento físico resistido . † p<0,05 vs. C; ¥ p<0,05 vs. FHO.
67
Figura 8. Correlação de Person obtidas entre: A) RMSSD e QL (r= -0,7; p<0,05); B)
RMSSD e Carbonilas (r= -0,65; p<0,05); C) RMSSD e Razão GSH/GSSG (r= 0,63;
p<0,05) e D) RMSSD e IL-10 (r=0,7; p<0,05).
68
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando o aumento da prevalência de mulheres menopausadas com
disfunções cardiometabólicas ou mesmo com SM (MOSCA et al., 2007), neste trabalho
objetivou-se investigar os efeitos da privação dos hormônios ovarianos associado à
hipertensão e ao consumo crônico de frutose em parâmetros metabólicos,
cardiovasculares, autonômicos, de inflamação e de estresse oxidativo em ratas fêmeas, na
tentativa de compreender os mecanismos envolvidos/determinantes nessa condição de
elevado risco cardiovascular e mau prognóstico. Adicionalmente, foram avaliados os
efeitos do treinamento físico dinâmico aeróbio ou resistido, duas abordagens não
farmacológicas cada vez mais divulgadas, nessa condição de associação de fatores de
risco.
Os resultados evidenciam que a privação dos hormônios ovarianos associada à
hipertensão e à sobrecarga de frutose levam a prejuízos na modulação autonômica
cardiovascular e induzem aumento de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo
em tecido cardíaco.
Estudos anteriores do nosso grupo haviam demonstrado que a privação dos
hormônios ovarianos induziu aumento da PA e prejuízo na sensibilidade barorreflexa em
ratos (IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010). Além disso, ao observamos os
efeitos da sobrecarga de frutose em ratas Wistar ou camundongos machos verificou-se
prejuízo metabólico, hemodinâmico e autonômico (BRITO et al., 2008; DE ANGELIS et
al., 2012). No presente estudo verificamos que ratas hipertensas ooforetomizadas
submetidas à sobrecarga de frutose apresentaram aumento de tecido adiposo branco
visceral, dos triglicerídeos plasmáticos e resistência à insulina quando comparadas a ratas
somente hipertensas ou mesmo hipertensas ooforectomizadas. Tal fato se deve
provavelmente a exposição do fígado a altas doses de frutose promovendo uma
69
estimulação rápida de lipogênese, o que contribui para o acúmulo de triglicérideos,
levando a diminuição dos receptores de insulina e consequentemente redução da
sensibilidade à insulina (MURAKAMI et al., 1997).
Ademais, a somatória de fatores de risco (menopausa+hipertensão+frutose)
induziu prejuízos adicionais na PA, na VFC e na VPA, além de taquicardia de repouso
em relação às ratas SHR ooforectomizadas ou não. Alguns autores têm observado
aumento de PA após a sobrecarga de frutose (FARAH et al., 2006; CUNHA et al., 2006;
BRITO et al., 2008; SANCHES et al., 2012; RENNA et al., 2013; VAZQUEZ-PRIETO
et al., 2011). No presente estudo, o consumo crônico de frutose promoveu adicionalmente
redução em parâmetros da VFC, bem como um aumento na modulação simpática
vascular, demonstrado pelo aumento da VAR-PAS e da banda BF-PAS. Estudos
anteriores também demonstraram que a sobrecarga de frutose promoveu diminuição do
tônus vagal, redução da sensibilidade barorreflexa, além de prejuízo na VFC e na VPA
em ratas Wistar ou camundongos machos (FARAH et al., 2006; BRITO et al., 2008; DE
ANGELIS et al., 2012).
Vale destacar que um estudo anterior de nosso grupo evidenciou que a disfunção
autonômica cardiovascular precede a disfunção metabólica em camundongos machos
submetidos ao consumo crônico de frutose (DE ANGELIS et al., 2012). Além disto,
estudos evidenciam que o vago pode modular a resposta inflamatória e o estresse
oxidativo em algumas situações fisiopatológicas (BOROVIKOVA et al., 2000; VAN
GAAL et al., 2006). Neste sentido, para compreender o papel da inflamação neste modelo
experimental, avaliamos o TNF-α, IL-6 e IL-10 no tecido cardíaco. Verificou-se que o
TNF-α foi maior no grupo FHO quando comparado a outros grupos. Além disto, a
sobrecarga de frutose promoveu uma redução de IL-10 nesse grupo. Observou-se também
uma correlação negativa entre o peso do tecido adiposo branco visceral e a concentração
70
de IL-10. Neste sentido, vale lembrar que o tecido adiposo por ser considerado um órgão
endócrino ativo e parácrino que libera uma grande quantidade de citocinas e mediadores
bioativos, tais como leptina, IL-6 e TNF-α (LAU et al., 2005; VAN GAAL et al., 2006).
Estas substâncias influenciam negativamente a homeostase da glicose e lipídeos, a PA, de
coagulação, fibrinólise e a inflamação, que podem conduzir à disfunção endotelial e a
aterosclerose (LAU et al., 2005; VAN GAAL et al., 2006).
Adicionalmente, ao analisarmos os parâmetros de estresse oxidativo, observou-se
uma diminuição da capacidade antioxidante juntamente com o aumento da peroxidação
lipídica no tecido cardíaco do grupo FHO, similar ao observado em pacientes obesos ou
com SM. De fato, parece haver uma correlação entre a quantidade de tecido adiposo
branco visceral e marcadores de estresse oxidativo sistêmico, o que indica que esse tecido
é um regulador independente de alterações oxidativas (GRATTAGLIANO et al., 2008).
Em relação às enzimas antioxidantes, a privação hormonal nas ratas SHR
promoveu aumento da concentração da CAT e uma diminuição da atividade da GPx. Tal
fato pode ser explicado, pois ambas as enzimas competem pelo mesmo substrato
(peróxido de hidrogênio). Neste sentido, Ruiz et al. (2000) demonstraram que o uso
contínuo de 17β-estradiol promoveu um aumento da concentração de catalase,
provavelmente associada a uma maior produção de peróxido de hidrogênio; sugerindo,
portanto, que a ausência desse hormônio interfere na ação enzimática.
É importante ressaltar que a peroxidação lipídica (TBARS) foi aumentada nas
SHRs ooforectomizadas quando comparados com as SHRs intactas, o que sugere
aumento do estresse oxidativo. Um estudo anterior do nosso grupo demonstrou uma
correlação positiva entre a PA sistólica e a lipoperoxidação, reforçando o papel do
estresse oxidativo na manutenção da PA após a privação do hormônio feminino
(IRIGOYEN et al., 2005). Além disso, no presente estudo a peroxidação lipídica
71
(TBARS e QL) foi significativamente aumentada no grupo frutose (FHO), bem como
houve redução do balanço redox (GSH/GSSG), demonstrando assim, desequilíbrio entre
os fatores pró-oxidantes e oxidantes no grupo com maior associação de fatores de risco.
Neste contexto, ao observamos os prejuízos induzidos na modulação autonômica
cardiovascular em um modelo experimental de associação de fatores de risco, decidimos
investigar o papel do treinamento físico aeróbio nessa condição; uma vez que está bem
descrito na literatura os benefícios desta prática não farmacológica no manejo do risco
cardiometabólico.
Sendo assim, evidenciamos que o treinamento físico aeróbio atenuou disfunções
em parâmetros metabólicos, induziu bradicardia de repouso, reduziu o simpático
cardíaco (TS) e vascular (BF-PAS) e aumentou a sensibilidade barorreflexa espontânea,
apesar de não reduzir PA, em ratas ooforectomizadas hipertensas submetidas ao consumo
crônico de frutose. É importante ressaltar que quando se comparou os grupos
ooforectomizados treinados (hipertenso vs. hipertenso+frutose), observou-se que o grupo
frutose apresentou PA elevada e um índice alfa menor, acompanhado por disfunção
marcante do parassimpático em comparação com o grupo somente hipertenso. Estes
resultados mostraram que o consumo crônico de frutose induz prejuízo hemodinâmico e
no controle autonômico da circulação e, adicionalmente, claramente bloqueia e/ou atenua
alguns benefícios do treinamento físico aeróbio em ratas hipertensas submetidas à
privação dos hormônios ovarianos.
No que diz respeito as avaliações metabólicas, o peso corporal e a ingesta calórica
total (kcal de ração + kcal de frutose) não foram diferentes nos grupos estudados, ou seja,
após a sobrecarga de frutose não observamos aumento de peso corporal. Entretanto,
observou-se aumento do tecido adiposo branco visceral após a sobrecarga de frutose, o
72
qual desempenha papel fundamental no desenvolvimento de doenças cardiometabólicas
(VAN GAAL et al., 2006). Por outro lado, o treinamento físico aeróbio
normalizou/reduziu o ganho do tecido adiposo branco visceral, a glicemia, os
triglicerídeos e a resistência à insulina nos animais submetidos ao consumo crônico de
frutose. Esses benefícios provavelmente se devem a utilização dos triglicerídeos
muscular, aumentando a absorção, ativação e oxidação dos ácidos graxos (MURAKAMI
et al., 1997).
Em relação aos parâmetros hemodinâmicos, a redução da PA só foi obsevada no
grupo ooforectomizado hipertenso sem a sobrecarga de frutose (THO). Nosso grupo já
havia demonstrado redução da PA associada a redução de lipoperoxidação em tecido
cardíaco em ratas Wistar ooforectomizadas. Green et al . (2002) mostram que a redução
na PA nas mulheres treinadas pre e pós- menopausa foi associada a uma redução da
resistência vascular periférica. Em contraste, outros estudos não encontraram nenhuma
redução na PA em mulheres na menopausa (ASIKAINEN et al., 2004). Alguns
mecanismos que podem ser diretamente associados com a redução da PA em humanos
hipertensos treinados e podem ter ocorrido nas ratas hipertensas ooforectomizadas no
presente estudo, são a redução do débito cardíaco (HAGBERG et al., 1989) e/ou da
resistência vascular periférica (JENNINGS et al., 1991). Entretanto, as ratas hipertensas
ooforectomizadas não apresentaram bradicardia de repouso, um achado que pode ser
explicado, pelo menos em parte, pelo aumento da FCI, que foi sobreposto ao aumento do
tônus vagal (associado com a inalteração do tônus simpático). No entanto, o aumento na
sensibilidade do barorreflexo após o treinamento nas ratas hipertensas ooforectomizadas
pode ser o mecanismo envolvido na redução da PA neste grupo. Em contrapartida, a
inalteração da PA no grupo hipertenso ooforectomizado submetido à sobrecarga de
frutose pode ser atribuído não só a fatores relacionados a privação dos hormônios
73
ovarianos, mas também ao consumo de frutose. Dessa forma, o aumento da resistência à
insulina (VERMA et al., 1996; FARAH et al., 2006), aumento na função do sistema
renina angiotensina (VERMA et al., 1996), comprometimento da função endotélial
(VERMA et al., 1996; FARAH et al., 2006) e ativação simpática (FARAH et al., 2006;
DE ANGELIS et al., 2012) devem ter colaborado para o aumento da PA induzido pela
sobrecarga de frutose, bem como para a inalteração da PA pós treinamento aeróbio, ou
mesmo treinamento resistido. De fato, os animais do grupo SHOF apresentaram prejuízo
na sensibilidade barorreflexa e redução da atividade parassimpática (diminuição de tônus
vagal e banda de alta frequência), hiperatividade simpática (aumento do tônus simpático e
da BF-PAS) e diminuição acentuada nas bandas de baixa e alta frequência. Por outro
lado, o treinamento físico aeróbio induziu aumento na sensibilidade barorreflexa
espontânea. Tal benefício pode estar associado com a melhora do tônus vagal no grupo
THO ou a redução do tônus simpático cardíaco e normalização da BF-PAS no grupo
THOF.
Neste sentido, tendo em vista que o treinamento físico aeróbio atenuou/impediu
alterações metabólicas comuns na menopausa e na SM (aumento da glicemia,
triglicerídeos e maior resistência à insulina) induzidas pela sobrecarga de frutose, e
também melhorou a modulação autonômica cardiovascular (tônica e reflexa) (Artigo 2),
objetivamos em um segundo momento entender os possíveis mecanismos que poderiam
explicar o papel do treinamento físico aeróbio, bem como, avaliar a atuação do
treinamento físico resistido nas mesmas condições, avaliando marcadores de inflamação e
estresse oxidativo no tecido cardíaco e renal (Artigos 3 e 4).
Os achados do presente estudo evidenciam que a somatória de fatores de risco no
modelo experimental de hipertensão (SHR), menopausa (ooforectomia) e disfunção
metabólica (sobrecarga de frutose) induziu disfunção autonômica cardiovascular
74
acompanhada de aumento de TNF-α e leptina, redução de adiponectina e prejuízo em
parâmetros de estresse oxidativo cardíaco e renal, bem como, redução da
biodisponibilidade de óxido nítrico.
Nossos resultados evidenciam que a hipertensão a per se promoveu alterações na
sensibilidade barorreflexa e no estresse oxidativo renal (Artigo 3) dos animais do grupo
H. Algumas das alterações observadas na hipertensão isolada se deve às características
provenientes da linhagem SHR, ou seja, ratos espontaneamente hipertensos. Esse modelo
experimental se assemelha a hipertensão primária ou essencial em humanos (AMARAL
& MICHELINI, 2011). Um dos possíveis mecanismos das disfunções celulares causadas
pela hipertensão no tecido renal é o estresse oxidativo devido ao aumento da produção
das espécies reativas de oxigênio (superóxido e o peróxido de hidrogênio), sendo um
fator chave para a progressão da doença renal (GUIJARRO e EGIDO, 2001; WILCOX
2005; AGARWAL et al., 2012). Tal fato, pode ser observado no grupo H, evidenciado
pelo aumento no dano à proteinas e o aumento da enzima SOD, já que esta é a principal
enzima que remove ânion superóxido (ARAUJO e WILCOX, 2014). Portanto, o aumento
da PA pode ser correlacionada com aumento de estresse oxidativo, induzindo dano
tecidual. Pensando na regulação de PA, a sensibilidade barorreflexa foi prejudicada
também nas ratas SHR para ambas as respostas reflexas, o que poderia contribuir para o
aumento do estresse oxidativo, por promover prejuízo na regulação da circulação
momento-a-momento.
Além disto, o grupo que foi submetido ao consumo crônico de frutose apresentou
aumento adicional da PA, exacerbação da redução da sensibilidade barorreflexa, aumento
da modulação simpática vascular acompanhadas de aumento de lipoperoxidação e dano à
proteína em tecido renal e redução do NOx plasmático. Existem evidências que a
redução da biodisponibilidade de NO assim como o aumento dos componentes do
75
sistema renina angiotensina contribuem para o processo inflamatório e principalmente
para a hipertensão (AGARWAL et al., 2012). Portanto, o aumento da atividade simpática,
observada pela secreção de neurohormônios (noraepinefrina e aldosterona), aumenta a
expressão das citocinas pro-inflamatórias (TNF-α, IL-6 e IL-1β) através da transdução do
fator nuclear Kapa B (NFκB) (JANSSEN-HEININGE et al., 2000). Assim, estas
disfunções celulares em conjunto contribuem a um pior prognóstico no desenvolvimento
da hipertensão (WILCOX 2005; VAZIRI e RODRIGUEZ-ITURBE, 2006).
Neste sentido, um achado importante do presente estudo foi a melhora da
sensibilidade barorreflexa nos grupos treinados (resposta taquicárdica para o treino
aeróbio e resposta bradicárdica para o treino resistido), a qual pode estar relacionada com
a normalização da BF-PAS e com a melhora na modulação vagal cardíaca (RMSSD e
VAR-IP). Adicionalmente, ambos os protocolos de treinamento físico induziram redução
de TBARS e CARB e aumento do NOx plasmático. Estudos anteriores também
evidenciaram aumento da biodisponibilidade de NO pós treinamento aeróbio em machos
SHR (BERTAGNOLLI et al., 2008). Vale lembrar que a banda de BF-PAS foi
positivamente correlacionada com o TBARS (nos grupos FHO, FHOTa e FOHTr),
sugerindo que animais com menor modulação simpática vascular apresentavam menor
lipoperoxidação em tecido renal. O TBARS foi também correlacionado com o NOx,
sugerindo que quanto menor a lipoperoxidação maior a biodisponibilidade de NO nos
animais tratados com frutose (sedentários e treinados) (Artigo 3). Em conjunto, esses
resultados sugerem que, apesar de não modificar a PA de repouso, o treinamento físico
dinâmico aeróbio ou resitido têm um impacto positivo na regulação autonômica da
circulação (melhora da modulação simpática vascular e do barorreflexo), a qual pode
estar associada a redução do estresse oxidativo em tecido renal, bem como a maior
biodisponibilidade de NO.
76
O consumo crônico de frutose nas ratas hipertensas ooforectomizadas promoveu
um aumento de leptina no tecido adiposo branco visceral. Este hormônio pode estar
associado com lipogênese, uma vez que o tecido adiposo branco subcutâneo é
responsável por 80% da produção de leptina, sendo quase exclusivamente expressa e
produzida no tecido adiposo branco (AHIMA & FLIER, 2000). O principal efeito
biológico da leptina é no sistema nervoso central (controle da ingesta de alimentos versus
energia consumida), sendo que seu aumento contribui no processo inflamatório (AHIMA
e FLIER, 2000). Um estudo recente do nosso grupo demonstrou em camundongos
submetidos a uma dieta rica em frutose índices elevados de leptina (DE ANGELIS et al.,
2012). Uma das contribuições da leptina no processo inflamatório é o controle da
produção de TNF-α e ativação de macrófagos (LOFFREDA et al., 1998). Em
contrapartida, algumas citocinas como o TNF-α, a IL-1 e a IL-6 podem aumentar a
expressão de RNAm para a síntese de leptina (SILVEIRA et al., 2009). No presente
estudo, observamos aumento de TNF-α e este foi positivamente correlacionado com a
leptina em tecido cardíaco, reforçando a hipótese acima de que o aumento de leptina
promove inflamação por meio do aumento de TNF-α. Corroborando com os nossos
achados, Renna et al. (2012) verificaram em ratos machos submetidos à sobrecarga de
frutose um aumento deste marcador inflamatório. Adicionalmente, o aumento do TNF-α
pode estar relacionado com o aumento da sensibilidade à insulina, uma vez que, esta
citocina está envolvida na patologia da resistência à insulina (HOSTAMISLIGIL et al.,
1996).
Por outro lado, o aumento da secreção da adiponectina contraregula à ação da
leptina, reduzindo a expressão do TNF- α, da IL-6, pelo aumento da expressão da citocina
antiinflamatória IL-10 (KUMADA et al., 2004; WOLF et al., 2004). Neste sentido,
77
observamos redução da adiponectina em tecido cardíaco no grupo FHO em relação ao
grupo C.
Diante deste cenário, as respostas de leptina e adiponectina frente aos protocolos
de treinamento físico indicam que a redução das concentrações de leptina e a redução da
massa corporal estão associadas com aumentos de adiponectinas séricas. Porém, a
redução do tecido adiposo/peso corporal pode não estar associadas às mudanças nas
concentrações de adipocinas (LAU et al., 2010; AHMADIZAD et al., 2007). De fato, em
nosso estudo verificamos aumento dos níveis de leptina após a sobrecarga de frutose com
redução dos níveis após o treinamento resistido, bem como redução de adiponectina em
todos os grupos frutose estudados (sedentário e treinados). Além disso, a redução de
leptina pode ser correlacionado com o redução do TNF-α pós treinamento. Neste sentido,
vale lembrar novamente a correlação obtida entre leptina e TNF-α, sugerindo que a
redução de leptina pós treinamento aeróbio (não sendo mais diferente do grupo C como o
grupo FHO) e resistido (vs. grupo FHO) pode ter induzido redução da inflamação e
consequentemente de estresse oxidativo em tecido cardíaco. Dessa forma, a correlação
inversa entre TNF-α e a razão redox da glutationa (aumentada pós treinamentos,
principalmente aeróbio) reforça que a redução de TNF-α possa ter modulado o estado
redox cardíaco. Um primeiro estudo realizado com adultos jovens portadores de
Síndrome de Down, utilizou o treinamento resistido e demonstrou redução de marcadores
inflamatórios sistêmicos em adultos, tais como leptina, TNFα e IL-6, mostrando uma
melhora na composição corporal (ROSETY-RODRIGUEZ et al., 2013). A diminuição da
leptina nos remete ao efeito que esse hormônio exerce sobre a insulina, o qual pode ser
mensurado através da utilização de glicose, e conforme comentado anteriormente pode
ter efeito sobre a resistência à insulina.
78
Vale ressaltar que a prescrição do treinamento físico resistido envolve a
combinação de diferente variáveis (intensidade, duração, carga, número de séries, número
de exercícios, massa muscular) e estes critérios dificultam a comparação dos dados
obtidos na literatura com relação a esse tipo de treinamento físico. Um estudo de Pereira
et al. (2013) avaliou em mulheres com/sem SM os efeitos do treinamento físico resistido
em alguns marcadores inflamatórios, demonstrando não haver alterações nas citocinas.
Possivelmente um dos mecanismos que explicaria tal fato, seria a depleção de glicogênio
do músculo esquelético, o que pode afetar diretamente a produção de IL-6. Desta forma,
os efeitos moduladores de IL-6 sobre a produção de TNF alfa e outras citocinas anti-
inflamatórias, tais como IL-1ra e IL-10 poderiam ser suprimidas. Entretanto, esse dado
difere do resultado obtido no grupo HFOTr no presente estudo. Talvez pela característica
bastante dinâmica do treinamento resistido em escada, bem como pela carga moderada
aplicada durante o treinamento resistido observamos redução de leptina, de TNF alfa,
além de aumento da IL-10 no grupo HFOTr. A IL-10 secretada por adipócitos atua como
antagonista do TNF-α, inibindo a sinalização do fator nuclear kappa B (NF-kB) (FAIN et
al., 2004). Speretta et al. (2012) observaram em ratos submetidos ao protocolo de
treinamento físico resistido redução do TNF-α e um aumento discreto da IL-10, porém
estes resultados foram mais expressivos quando os animais foram submetidos ao
treinamento de natação. Neste contexto, poucos são os estudos que utilizam o
treinamento físico resistido no manejo das doenças cardiovasculares. Além disso,
normalmente o aumento dos níveis de IL-10 são provenientes do treinamento físico
aeróbio, sugerindo benefícios anti-inflamatórios e redução da resistência à insulina pós
treino, pois esta interleucina exerce um papel fundamental modulando o metabolismo da
glicose (PEDERSEN et al., 2007 e 2006). No presente estudo, o aumento de IL-10 foi
mais expressivo (com diferenças estatísticas) no grupo HFOTr em relação ao grupo
79
HFOTa. No entanto, apesar disto, a normalização do RMSSD foi associada ao aumento
de IL-10, sugerindo que o aumento da modulação parassimpática cardíaca em ambos os
grupos treinados possa induzir aumento de marcadores anti-inflamatórios no coração
(Artigo 4).
Somado à isto, a inflamação vem sendo associada à aumento de estresse
oxidativo. Neste sentido, Delbosc et al. (2005) verificaram que o consumo de frutose
induziu estresse oxidativo cardíaco caracterizado por uma maior produção do ânion
superóxido levando a um aumento da concentração de TBARS, indicando
lipoperoxidação de membrana. Somado a isto, observou-se também em tecido cardíaco
diminuição da TRAP, SOD e GPx evidenciando redução das defesas antioxidantes em
machos SHR submetidos a ingesta crônica de frutose (GIRARD et al., 2006). Nossos
achados mostraram redução da TRAP, CAT e SOD no tecido cardíaco, sugerindo um
desbalanço nas defesas antioxidantes provavelmente em na tentativa de compensar o
aumento da lipoperoxidação de membrana (QL) e do danos às proteínas (CARB). Esses
dados corroboram com o estudo de Taleb-Dida et al. (2013) que avaliaram o perfil de
estresse oxidativo cardíaco e observaram redução da SOD em ratos submetidos a 60% de
sobrecarga de frutose. Além disto, reforçando o cenário de estresse oxidativo neste
modelo de associação de fatores de risco, a razão GSH/GSSG no tecido cardíaco estava
reduzida no grupo com associação de fatores de risco (FHO vs. C).
Entretanto, ambos os tipos de treinamento físico dinâmico, aeróbio ou resistido,
promoveram um aumento do balanço redox (mais expressiva no grupo FHOTa). Dessa
forma, podemos associar esse benefício à uma redução da QL e CARB com aumento da
TRAP e da CAT para o treinamento aeróbio e com o aumento da TRAP e da GPx para o
treinamento resistido. Bertagnolli et al. (2006) demonstraram redução de lipoperoxidação
de membranas e melhora de enzimas antioxidantes pós treinamento físico aeróbio em
80
ratos SHR. Parise et al. (2005) observaram aumento das enzimas antioxidantes no tecido
muscular (CAT e na isoforma CuZnSOD) salientando que o treinamento resistido resulta
em adapatações citosólico favoráveis. Além disto, em modelo de sobrecarga de frutose
em ratos machos foi demonstrado prejuízo na defesa antioxidante enzimática e não
enzimática, sendo esse revertido pelo treinamento físico aeróbio, que reduziu a
lipoperoxidação de membrana e aumentou a defesa antioxidante. Tais achados sugerem
um mecanismo adaptativo ao exercício físico crônico (THIRUNAVUKKARASU et al.,
2003). Redução de estresse oxidativo foi também observada no estudo de Scheffer et al.
(2012), no qual os animais machos saudáveis submetidos ao treinamento físico resistido
em escada com intensidade moderada apresentaram menos dano celular. Recentemente,
demonstramos uma redução da lipoperoxidação de membrana e danos à proteínas
associadas à um aumento da GPx em animais SHR ooforectomizados submetido ao
treinamento resistido com um protocolo semelhante ao empregado para o grupo FHO
(DA PALMA, 2012). Vale destacar que poucos estudos avaliaram o efeitos do
treinamento físico resistido no estresse oxidativo, principalmente de moderada
intensidade em situações fisiopatológicas. Neste sentido, o presente estudo evidencia pela
primeira vez os benefícios desta abordagem, prescrita de forma individualizada, dinâmica
e em intensidade moderada (40-60% da carga máxima), em um modelo experimental de
associação de fatores de risco.
Adicionalmente, vale lembrar que não houve redução do RMSSD, representativo
da modulação vagal cardíaca, nos grupos treinados (aeróbio ou resistido) conforme
observado no grupo sedentário (FHO). Este importante índice parassimpático foi
inversamente correlacionado com a QL, com as carbonilas e positivamente
correlacionado com o balanço redox, sugerindo que os animais que apresentavam
81
melhora da modulação vagal cardíaca pós treinamento tinham menor balanço redox e
consequentemente menor lesão à proteínas e lipídeos (Artigo 4).
Concluindo, nossos resultados evidenciam que a sobrecarga de frutose induziu
prejuízo da modulação autonômica cardiovascular associado ao aumento de parâmetros
inflamatórios e de estresse oxidativo em ratas ovariectomizadas hipertensas. O
treinamento físico dinâmico aeróbio ou resistido de intensidade moderada neste modelo
de associação de fatores de risco atenuou algumas das disfunções metabólicas,
cardiovasculares e autonômicas provavelmente por melhorar o perfil de marcadores
inflamatório e o estresse oxidativo. Nossos achados reforçam o papel das alterações
autonômicas cardiovasculares na modulação da função imunológica (DE ANGELIS et
al., 2012; LAU et al., 2005; VAN GAAL et al., 2006; BOROVIKOVA et al., 2000),
induzindo a liberação de moléculas bioativas que estão envolvidos no aumento do
estresse oxidativo e desenvolvimento das alterações cardiometabólicas após a privação
dos hormônios ovarianos.
82
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AEBI H. Catalase in vitro. Methods Enzymol, n.105, p.121-6, 1984.
AHIMA R.S. & FLIER J.S. Adipose Tissue as an Endocrine Organ, Trends in
Endocrinology & Metabolism, v.11, n.8, p.327-332, 2000.
AHMADIZAD, S., HAGHIGHI, A.H., HAMEDINIA, M.R. Effects of resistance versus
endurance training on serum adiponectin and insulin resistance index, Eur J Endocrinol,
n.157, p.625-631, 2007.
AMARAL, S.L. & MICHELINI, L.C. Effect of gender on training-induced vascular
remodeling in SHR, Braz J Med Biol Res, v.44, n.9, p.814-826, 2011.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os testes
de esforço e sua prescrição. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
ANDERSON M.E. Determination of glutathione and glutathione disulfide in biological
samples. Methods Enzymol, n.13, p.548-55, 1985.
AGARWAL, D., ELKS, C.M., REED, S.D., MARIAPPAN, N., MAJID, D.S.A.,
FRANCIS, J. Chronic Exercise Preserves Renal Structure and Hemodynamics in
Spontaneously Hypertensive Rats, Antioxid. Redox Signal, n.16, p.139-152, 2012.
ARMUTCU, F.; COSKUN, O.; GUREL, A.; KANTER, M.; CAN, M.; UCAR, F.;
UNALACAK, M. Thymosin alpha 1 attenuates lipid peroxidation and improves fructose-
induced steatohepatitis in rats. Clin Biochem, v.38: p.540-7, 2005.
ARORA, E.; SHWETA, S.; SANDHU, J.S. Effects of resistance training on metabolic
profi le of adults with type 2 diabetes.Indian J Med Res, v.129, p.515-519, 2009.
BASCIANO, H.; FEDERICO, L.; ADELI, K. Fructose, insulin resistance and metabolic
dyslipidemia.Nutrition & Metabolism, n.5, p.1-14, 2005.
BAZZARRE, T. Resistance exercise in individuals with and without cardiovascular
disease: benefits, rationale, safety, and prescription. Circulation, v.101, n.7, p.828-833,
2000.
BERG et al., 2001 BERG, A.H., COMBS, T.P., DU, X., BROWNLEE M., SCHERER,
P.E., The adipocyte-secreted protein Acrp30 enhances hepatic insulin action. Nature
Medicine, n.7, p.947-953, 2001.
83
BERTAGNOLLI, M.; CAMPOS, C.; SCHENKEL, P.C.; DE OLIVEIRA, V.L.; DE
ANGELIS, K.; BELLO-KLEIN, A.; RIGATTO, K.; IRIGOYEN, M.C. Baroreflex
sensitivity improvement is associated with decreased oxidative stress in trained
spontaneously hypertensive rat. J Hypertens, v.24, n.12, p.2437-2443, 2006.
BERTAGNOLLI, M.; SCHENKEL, P.C.; CAMPOS, C.; MOSTARDA, C.T.;
CASARINI, D.E.; BELLÓ-KLEIN, A.; IRIGOYEN, M.C.; RIGATTO, K. Exercise
training reduces sympathetic modulation on cardiovascular system and cardiac oxidative
stress in spontaneously hypertensive rats. American Journal of Hypertension,v.21,
n.11, p.1188-1193, 2008.
BONORA, E.; MOGHETTI, P.; ZANCANARO, C.; CIGOLINI, M.; QUERENA, M.;
CACCIATONI, V.; CORGNATI, A.; MUGGEO, M. Estimates of in vivo insulin action
in man: comparison of insulin tolerance tests with euglycemic and hyperglycemic glucose
clamp studies. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, n.68, p.374-378,
1989.
BOSSENMAIER, B.; STRACK, V.; STOYANOV, B.; KRUTZFELDT, J.; BECK, A.;
LEHMANN, R.; KELLERER, M.; KLEIN, H.; ULLRICH, A.; LAMMERS, R.;
HA¨RING, H. U. Serine residues 1177/78/82 of the insulin receptor are required for
substrate phosphorylation but not autophosphorylation. Diabetes, v.49, p.889– 895, 2000.
BOUASSIDA, A., CHAMARI, K., ZAOUALI, M., FEKI, Y., ZBIDI, A., TABKA, Z.
Review on leptin and adiponectin responses and adaptations to acute and chronic
exercise. Br J Sports Med, n.44, p.620-630, 2010.
BOROVIKOVA LV, IVANOVA S, ZHANG M, et al. Vagus nerve stimulation
attenuates the systemic inflammatory response to endotoxin. Nature 405 (6785): 458–
462, 2000.
BRAY, G.A. Consumption of high-fructose corn syrup in beverages may play a role in
the epidemic of obesity.International Journal of Obesity, v.32, p. S127–S131, 2008.
BRAY, G.A.; NIELSEN, S.J.; POPKIN, B.M. Consumption of high-fructose corn syrup
in beverages may play a role in the epidemic of obesity.Am J Clin Nutr, n.79, p.537-
543, 2004.
BRITO, J. O.; PONCIANO, K.; FIGUEROA, D.; BERNARDES, N.; SANCHES, Í.C.;
IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Parasympathetic dysfunction is associated with
insulin resistance in fructose-fed female rats. Braz J Med Biol Res, v.41, n.9, p.804-8,
2008.
84
BRUUNSGAARD, H.; LADELUND, S.; PEDERSEN, A.; SCROLL, M.; JORGENSEN,
T.; PEDERSEN, B. Predicting death from tumor necrosis factor-alfa and interleukin-6 in
80-year-old people.Clin Exo Immunol, v.132, n.1, p. 24-31, 2003.
BUEGE, J.A. & AUST, S.D. Microssomal Lipid Peroxidation. Methods Enzymology,
n.52, p.302-309, 1978.
CAI, H. & HARRISON, D.G. Endothelial dysfunction in cardiovascular diseases: the
role of oxidant stress. Circ Res, n.87, p.840-844, 2000.
CARDOSO JR, C.G.; GOMIDES, R.S.; QUEIROZ, A.C.C.; PINTO, L.G.; LOBO, F.S.;
TINUCCI, T., MION, J.R.D.; FORJAZ, C.L.M. Acute and chronic effects of aerobic and
resistance exercise on ambulatory blood pressure. Clinics, v.65, n.3, p.317-25, 2010.
CERIELLO, A. & MOTZ, E. Is Oxidative Stress the Pathogenic Mechanism Underlying
Insulin Resistance, Diabetes, and Cardiovascular Disease? The Common Soil Hypothesis
Revisited. Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, n.24, p.816-823, 2004.
CHOWDHARY, S.; VAILE, J.C.; FLETCHER, J.; ROSS, H.F.; COOTE, J.H.;
TOWNEND, J.N. Nitric oxide and cardiac autonomic control in humans. Hypertension,
n.36, p.264–269, 2000.
COLBERT, L.H., VISSER, M., SIMONSICK, E.M., TRACY, R.P., NEWMAN, A.B.,
KRITCHEVSKY, S.B., PAHOR, M., TAAFFE, D.R., BRACH, J., RUBIN, S., HARRIS,
T.B. Physical Activity, Exercise, and Inflammatory Markers in Older Adults: Findings
from The Health, Aging and Body Composition Study. Journal of the American
Geriatrics Society, v.52, n.7, p.1098–1104, 2004.
CUNHA, T.S.; FARAH, V.A.M.; PAULINI, J.; PAZZINE, M.; ELASED, K.;
MARCONDES, F.; IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K.; MORRIS, M. Relationship
between renal and cardiovascular changes in a murine model of glucose intolerance.
Regulatory Peptides, v.1, n.139, s.1-3, p.1-4, 2007.
DA PALMA, R.K. Efeitos do Treinamento Físico Aeróbio ou Resistido em Parâmetros
Autonômicos e de Estresse Oxidativo em Ratas Hipertensas Ooforectomizadas.
Dissertação de mestrado, 2012.
DAVY, K.P.; MINICLIER, N.L.; TAYLOR, J.A.; STEVENSON, E.T.; SEALS, D.R.
Elevated heart rate variability in physically active postmenopausal women: a
cardioprotective effect? Am J Physiol.; v.71, n.40, p.H455-H460, 1996.
DE ANGELIS, K., SENADOR, D.D., MOSTARDA, C., IRIGOYEN, M.C., MORRIS,
M. Sympathetic Overactivity Precedes Metabolic Dysfunction in a Fructose Model of
85
Glucose Intolerance in Mice. American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative
and Comparative Physiology, v.302, p.950-957, 2012.
DE ANGELIS, K.; WICHI, R.B.; JESUS, W.R.; MOREIRA, E.D.; MORRIS, M.;
KRIEGER, E.M.; IRIGOYEN, M.C. Exercise training changes autonomic cardiovascular
balance in mice. Journal of Applied Physiology, v.6, p.2174-8, 2004a.
DE ANGELIS, K.; SANTOS, M.S.B.; IRIGOYEN, M.C. Sistema nervoso autônomo e
doença cardiovascular. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul,
v.3, 2004b.
DE ANGELIS, K.; GADONSKI, G.; FANG, J.; DALL’AGO, P.; ALBUQUERQUE,
V.L.; PEIXOTO, L.R.A.; FERNANDES, T.G.; IRIGOYEN, M.C. Exercise reverses
peripheral insulin resistance in trained L-NAME-hypertensive rats. Hypertension, v.34,
n.2, p.768-772, 1999.
DE ANGELIS, K.L.D.; OLIVEIRA, A.R.; WERNER, A.; BOCK, P.; BELLÓ-KLEIN,
A.; IRIGOYEN, M.C. Exercise training in aging: hemodynamics, metabolic, and
oxidative stress evaluations. Hypertension, v.30, n.3, p. 767-771, 1997.
DEKKER, J.M.; SCHOUTEN, E.G.; KLOOTWIJK, P. et al. Heart rate variability from
short electrocardiographic recordings predicts mortality from all causes in middle-aged
and elderly men. Am J Epidemiol, v.145, p.899–908, 1997.
DELBOSC A, S., PAIZANISB, E., MAGOUSB, R., ARAIZA, C., DIMOB, T.,
CRISTOLA, J.P., CROSB, G., AZAYB, J. Involvement of oxidative stress and NADPH
oxidase activation in the development of cardiovascular complications in a model of
insulin resistance, the fructose-fed rat. Atherosclerosis, v.179, n.1, p.43-49, 2005.
DORMANDY, T.L. Free-radical oxidation and antioxidants.Lancet, v.1, p. 647-650,
1978.
DUBEY, R.K. Vasodilator-derived nitric oxide inhibits angiotensin II and fetal calf
serum-induced growth of arteriolar smooth muscle cells. J.Pharmacol. Exp. Therap,
v.269, p. 402-408, 1994.
DUBEY, R.K.; JACKSON, E.K.; LÜSCHER, T.F. Nitric oxide inhibits angiotensin II -
induced migration of rat aortic smooth muscle cell: role of cyclic-nucleotides and
angiotensin 1 receptors. J.Clin.Invest, v.96, p.141-149, 1995.
Elevated heart rate variability in physically active postmenopausal women: a
cardioprotective effect? Am J Physiol, v.71, n.40, p.H455-H460, 1996.
86
ELLIOT, S.S.; KEIM, N.L.; STERN, J.S.; TEFF, K.; HAVEL, P.T. Fructose, weight
gain, and the insulin resistance syndrome. Am J Clin Nutrit, n.76, p. 911-922, 2002.
FAIN, J.N., BAHOUTH, S.W., MADAN, A.K. TNFalpha release by the nonfat cells of
human adipose tissue. International Journal of Obesity, n.28, p.616-622, 2004.
FARAH, V.; ELASED, K.; CHEN, Y.; KEY, M.; CUNHA, T.; IRIGOYEN, M.C.;
MORRIS, M. Nocturnal hypertension in mice consuming a high fructose diet.
Autonomic Neuro Sciense Basic and Clinical, p.1-10, 2006.
FENICCHIAA, L.M, KANALEYA, J.A, AZEVEDO, J.L., MILLERA, C.S,
WEINSTOCKB, R.S., CARHARTB, R.L., PLOUTZ-SNYDERA, L.L. Influence of
resistance exercise training on glucose control in women with type 2 diabetes.
Metabolism, v.53, n.3, p.284-289, 2004.
FLOHE, L.; GUNZLER, W.A. Assays of glutathione peroxidase.Methods Enzymol,
n.105, p.114-121, 1984.
FLUES K., PAULINI J., BRITO J., SANCHES I.C., CONSOLIM-COLOMBO F.,
IRIGOYEN M.C., DE ANGELIS K. Exercise training associated with estrogen therapy
induced cardiovascular benefits after ovarian hormones deprivation. Maturitas, v.65, n.3,
p.267-71, 2010.
FLYNN, M.G.; MCFARLIN, B.K.; MARKOFSKI, M.M. State of the art reviews: The
anti-inflammatory actions of exercise training. Am J Lifestyle Med, v.1, n.3, p.220-35,
2007.
FORD, E.S. & GILES, W.H. A Comparison of the Prevalence of the Metabolic
Syndrome Using two Proposed Definitions. Diabetes Care, v.26, n.3, p.575-581, 2003.
FORJAZ, C.L.M. et al. Post-exercise changes in blood pressure, heart rate and rate
pressure product at different exercise intensities in normotensive humans. Braz J Med
Biol Res, v.31, n.10, p.1247-1255, 1998.
FORJAZ, C.L.M. et al., Exercício físico para o paciente hipertenso: indicação ou contra–
indicação. Rev. Bras. Hipertens, v.10, n.2, p. 119-124, 2003.
GAVA, N.S., VÉRAS-SLIVA, A.S., NEGRÃO, C.E., KRIEGER, E.M. Low-intensity
exercise training attenuates cardiac b-adrenergic tone during exercise in spontaneously
hypertensive rats. Hypertension, n.26, p.1129-33, 1995.
GIRARD, A., MADANI, S., BOUKORTT, F., CHERKAOUI-MALKI, M.,
BELLEVILLE, J., PROST J. Fructose-enriched diet modifies antioxidant status and lipid
metabolism in spontaneously hypertensive rats. Nutrition, v.22, n.7-8, p.758-766, 2006.
87
GLUSHAKOVA, O.; KOSUGI, T.; RONCAL, C.; MU, W.; HEINIG, M.; CIRILLO, P.; SA ́
NCHEZ-LOZADA, L.G.; JOHNSON, R.J.; NAKAGAWA, T. Fructose Induces the
Inflammatory Molecule ICAM-1 in Endothelial Cells. J Am Soc Nephrol, v.19, p.1712–1720,
2008.
GONZALEZ FLECHA, B.; LLESUY, S.; BOVERIS, A. Hydroperoxide-initiated
chemiluminescence: an assay for oxidative stress in biopsies of heart, liver, and muscle. Free
Radical Biol Med, n.10, p.1093-100, 1991.
GOUVEIA, L.M.; KETTEIHUT, I.C.; FOSS, M.C. Abnormalities of glucose metabolism
in spontaneosly hypertensive rats. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research,v.33, p.1357-1362, 2000.
GRANGER, D.L.; ANSTEY, N.M.; MILLER, W.C.; WEINBERG, J.B. Measuring nitric
oxide production in human clinical studies. Methods in Enzymology, n.301, p.58-61,
1999.
GRYGLEWSKI, R.J.; PALMER, R.M.; MONCADA, S. Superoxide anion is involved in
the breakdown of endothelium-derived vascular relaxing factor. Nature, n.320, p.454-
456, 1986.
GUIJARRO, C. & EGIDO, J.. Transcription factor-kappaB (NF-kappaB) and renal
disease. Kidney International, n.59, p.415-424, 2001.
HAGBERG, J.M.; PARK, J.J.; BROWN, M.D. The role of exercise training in the
treatment of hypertension: an update. Sports Med, v.30, p.193-206, 2000.
HARRISON, D.G., GONGORA, M.C., GUZIK, T.J., WIDDER, J. Oxidative stress and
hypertension. Journal of the American Society of Hypertension, v.1, n.1, p.30-44,
2007.
HAUSER, C.; BENETTI, M.; REBELO, F.P.V. Estratégias para o emagrecimento. Rev.
Bras. Cineantropom. Desempenho Hum, v.6, n.1, p. 72-81, 2004.
HAVEL, P.J. et al. Dietary fructose: implications for dysregulation of energy homeostasis
and lipid/carbohydrate metabolism. Nutr Rev May, v.63, n.5, p.133–57, 2005.
HEEREN M.V., DE SOUSA L.E., MOSTARDA C., MOREIRA E., MACHERT H.,
RIGATTO K.V., WICHI R.B., IRIGOYEN M.C., DE ANGELIS K. Exercise improves
cardiovascular control in a model of dislipidemia and menopause. Maturitas. v.62, n.2,
p.200-4, 2009.
88
HOSTAMISLIGIL, G.S., et al. IRS-1 mediated inhibition of insulin receptor tyrosine
kinase activity in TNF-α- and obesity-induced insulin resistance. Science, n.271, p.665-
668, 1996.
IRIGOYEN, M.C.; PAULINI, J.; FLUES, K.; FLORES, L.J.F.; CONSOLIM-
COLOMBO, F.M.; MOREIRA, E.D.; BELLÓ-KLEIN, A.; DE ANGELIS, K. Exercise
training improves baroreflex sensitivity associated with oxidative stress reduction in
ovariectomized rats. Hypertension, v.46, n.2, p.998-1003, 2005.
JANSSEN-HEININGER, Y.M., POYNTER, M.E., BAEUERLE, P.A. Recent Advances
Towards Understanding Redox Mechanisms in the Activation of Nuclear Factor _B. Free
Radic Biol Med. n.28, p.1317-1327, 2000.
JANSZKY, M, ERICSON, M.; LEKANDER, M.; BLOM, K.; BUHLIN, A.;
GEORGIADES, S. Inflammatory markers and heart rate variability in women with
coronary heart disease. Journal of Internal Medicine, v.256, n. 5, p.421–428, 2004.
KIM, J.D. McCARTER, R.J.M., YU, B.P. Influence of age, exercise, and dietary
restriction on oxidative stress in rats. Aging Clinical and Experimental Research, v.8,
n,2, p.123-129, 1996.
KOH, K.K.; HAN, S.H.; QUON, M.J. Inflammatory markers and the metabolic
syndrome: insights from therapeutic interventions. J Am Coll Cardiol, v.46, n.11,
p.1978–85, 2005.
KUMADA, M., KIHARA, S., OUCHI, N., KOBAYASHI, H., OKAMOTO, Y.,
OHASHI, K., MAEDA, K., NAGARETANI, H., KISHIDA, K., MAEDA, N.,
NAGASAWA, A., FUNAHASHI, T., MATSUZAWA, Y. Adiponectin Specifically
Increased Tissue Inhibitor of Metalloproteinase-1 Through Interleukin-10 Expression in
Human Macrophages. Circulation, n.109, p.2046-2049, 2004.
KUO, T.B.; LIN, T.; YANG, C.C.; LI, C.L.; CHEN, CF; CHOU, P. Effect of aging on
gender differences in neural control of heart rate. Am J Physiol (Heart Circ Physiol),
v.277, n.46, p.H2233-2239, 1999.
LA ROVERE, M.T.; BIGGER, J.T. JR; MARCUS, F.I.; MORTARA, A.; SCHWARTZ,
P.J. Baroreflex sensitivity and heart-rate variability in prediction of total cardiac mortality
after myocardial infarction. ATRAMI (Autonomic Tone and Reflexes After Myocardial
Infarction) Investigators. Lancet, v.351, p.478-84, 1998.
LAITINEN, T.; HARTIKAINEN, J.; VANNINEN, E.; NISKANEN, L.; GEELEN, G.;
LANSIMIES, E. Age and gender dependency of baroreflex sensitivity in health subjects.
J Appl Physiol, v.84, n.2, p.576-583, 1998.
89
LAU, D.C.W. Diabetes and weight management. Primary Care Diabetes, v.4, n.1, p.24-
30, 2010.
LI, Z.; MAO, H.Z.; ABBOUD, F.M.; CHAPLEAU, M.W. Oxygen-derived free radicals
contribute to baroreceptor dysfunction in atherosclerotic rabbits. Circ. Res, n.79, p.802–
811, 1996.
LIRA, F.S., ROSA, J.C., ZANCHI, N.E., YAMASHITA, A.S., LOPES, R.D., LOPES,
A.C., BATISTA M.L.Jr., SEELAENDER, M. Regulation of inflammation in the adipose
tissue in cancer cachexia: effect of exercise. Cell Biochemistry and Function, v.27, n.2,
p.71-75, 2009.
LOFFREDA, S., YANG, S.Q., LIN, H.Z., KARP, C.L., BRENGMAN, M.L., WANG,
D.J., KLEIN, A.S., BULKLEY, G.B. BAO, C.NOBLE, P.W., LANE, M.D., DIEHL,
A.M. Leptin regulates proinflammatory immune responses. The FASEB Journal, v.12,
n.1, p.57-65, 1998.
LOPES, H. F. Hipertensão, Obesidade, Resistência À Insulina E síndrome metabólica.
Rev Bras Hipertens, v.12, n.3, p.154-158, 2005.
LOPEZ-RUIZ, A., SARTORI-VALINOTTI, J., YANES, L.L., ILIESCU, R.
RECKELHOFF, J.F. Sex differences in control of blood pressure: role of oxidative stress
in hypertension in females. Am. J. Physiol. Heart Circ. Physiol., v.295, n.2, p. 466-474,
2008.
MACHI, J.F.;BERNARDES, N.; MOSTARDA, C.; MORAES-SILVA, I.C.;
IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K.; WICHI, R.B. Walking promotes metabolic and
baroreflex sensitivity improvement in fructose-fed male rats. Eur J Appl Physiol, v.113,
n.1. p.41-9, 2013.
MAFFEI, M.; HALAAS, J.; RAVUSSIN, E.; PRATLEY, RE.; LEE, GH.; ZHANG, Y.;
FEI, H.; KIM, S.; LALLONE, R.; RANGANATHAN, S.; ET AL. Leptin levels in human
and rodent: measurement of plasma leptin and ob RNA in obese and weight-reduced
subjects. Nat Med, v.1, n.11, p.1155-61, 1995.
MARKLUND S.L. Superoxide dismutase isoenzymes in tissues and plasma from New
Zealand black mice, nude mice and normal BALB/c mice. Mutat Res, v.148, p.129-34,
1985.
MEDIANO, M.F.F.; PARAVIDINO, V.; SIMÃO, R.; POLITO, M.D.; PONTES, F.L.
Comportamento subagudo da pressão arterial após o treinamento de força em hipertensos
controlados. Rev Bras Med Esporte, v.11, n.6, p. 337-240, 2005.
90
MEERSON, F.Z.; KAGAN, V.E.; KOZLOV, Y.U.P.; BELKINA, L.M.; ARKHIPENKO,
Y.U.V. The role of lipid peroxidation in pathogenesis of ischemic damage and the
antioxidant protection of the heart. Basic Res Cardiol, v.77, n.5 p.465-85, 1982.
MILLER, V.M. Gender, Estrogen, and NOS.Cautions about Generalizations.Cir Res.
v.85, p.979-981, 1999.
MIRANDA, K.M.; ESPEY, M.G.; WINK, D.A.A rapid, simple spectrophotometric
method for simultaneous detection of nitrate and nitrite. Nitric Oxide, v.5, p.62-71, 2001.
MIZUNO, T.; MATSUI, H.; IMAMURA, A.; NUMAGUCHI, Y.; SAKAI, K.;
MUROHARA, T. et al. Insulin resistance increases circulating malondialdehy
demodified LDL and impairs endothelial function in healthy young men. Int J Cardiol,
v.97, p.455- 61, 2004.
MONCADA, S.; PALMER, R.M.J.; HIGGS, E.A. Nitric oxide: physiology,
pathophysiology, and pharmacology. Pharmacol Rev, v.43, p.109-142, 1991.
MOSCA, L; BANKA, CL; BENJAMIN, EJ; BERRA, K; BUSHNELL, C; DOLOR, RJ;
GANIATS, TG; GOMES, AS; GORNIK HL; GRACIA C; GULATI M; HAAN CK;
JUDELSON DR; KEENAN N; KELEPOURIS E; MICHOS ED; NEWBY LK; OPARIL
S; OUYANG P; OZ MC; PETITTI D; PINN VW; REDBERG RF;SCOTT R; SHERIF
K; SMITH SC JR; SOPKO G; STEINHORN RH; STONE NJ; TAUBERT KA; TODD
BA; URBINA E; WENGER NK; Evidence-based guidelines for cardiovascular disease
prevention in women: 2007 update. Circulation, v.115, n.11, p.1481-501, 2007.
NAKAGAWA, T.; TUTTLE, K.R.; SHORT, R.A.; JOHNSON, R.J. Hypothesis:
Fructose induced hyperuricemia as a causal mechanism for the epidemic of the metabolic
syndrome. Nat Clin Pract Nephrol, v.1, p.80–86, 2005.
NORDMANN, R. Alcohol and antioxidant systems.Alcohol, n.29, p.513-522, 1994.
OHTA, M.; NANRI, H.; MATSUSHIMA, Y.; SATO, Y.; IKEDA, M. Blood pressure-
lowering effects of lifestyle modification: possible involvement of nitric oxide
bioavailability. Hypertens Res, v.28, n.10, p.779-86, 2005.
ORIEN, N.; ZIDEK W.; TEPEL, M. Reactive oxygen species in essential hypertension
and non-insulin- dependent diabetes mellitus.Am J Hypertens, n.12, p.1169-1174, 1999.
ORSATTI, F.L.; NAHAS, E.A.P.; NAHAS-NETO, J.; MAESTA, N.; ORSATTI,
C.L.;FERNANDES, C.E. Effects of Resistance Training and Soy Isoflavone on Body
Composition in Postmenopausal Women. Obstetrics and Gynecology International,
p.1-4, 2010.
91
PALMIERI, V.O.; GRATTAGLIANO, I.; PORTINCASA, P.; PALASCIANO, G.
Systemic oxidative alterations are associated with visceral adiposity and liver steatosis in
patients with metabolic syndrome. J Nutr, v.136, n.12, p.3022-6, 2006.
PANZA, J.A.; QUYYUMI, A.A.; BRUSH, JE J.R.; EPSTEIN, S.E. Abnormal
endothelium-dependent vascular relaxation in patients with essential hypertension.N Engl
J Med, v. 323, n.1, p.22-7, 1990.
PARISE, G.; PHILLIPS, S.M.; KACZOR, J.J.; TARNOPOLSKY, M.A. Antioxidant
enzyme activity is up-regulated after unilateral resistance exercise training in older adults.
Free Radic Biol Med, v.39, n.2, p.289-95, 2005.
PEDERSEN, B.K.; FISCHER, C.P. Beneficial health effects of exercise - the role of IL-6
as a myokine.Trends Pharmacol Sci,; v.28, n.4, p.152-6. 2007.
PEDERSEN, B.K.; SALTIN, B. Evidence for prescribing exercise as therapy in chronic
disease.Scand J Med Sci Sports,v.16 ,supl.1, p.3–63, 2006.
PEREIRA, D.S., QUEIROZ, B.Z., MATEO, E.C., ASSUMPÇÃO, A.M., FELÍCIO,
D.C., MIRANDA, A.S., ANJOS, D.M., JESUS-MORALEIDA, F., DIAS, R.C.,
PEREIRA, D.A., TEIXEIRA, A.L., PEREIRA, L.S. Interaction between cytokine gene
polymorphisms and the effect of physical exercise on clinical and inflammatory
parameters in older women: study protocol for a randomized controlled trial. Trials, Aug
8;13:13, 2012.
PETERSEN, A.M.W.; PEDERSEN, B.K. The anti-inflammatory effect of exercise.J
Appl Physiol., v.98, n.4, p.1154-62, 2005.
PETERSEN, A.M.W.; PEDERSEN, B.K. The role of IL-6 in mediating the anti-
inflammatory: effects of the exercise training. J Physiol Pharmacol, v.57, n.10, p.43-51.
POLLOCK, M.L.; FLANKLIN, B.A.; BALADY, G.J.; CHAITMAN, B.L.; FLEG, J.L.;
FLETCHER, B.; LIMACHER, M.; PINA, I.L.; STAIN, R.A.; WILLIAMS, M.;
BAZZARRE, T. Resistance exercise in individuals with and without cardiovascular
disease: benefits, rationale, safety, and prescription. Circulation, n.101, v.7, p.828- 833,
2000.
PRADHAN, A.D.; MANSON, J.E.; ROSSOUW, J.E. et al. Inflammatory biomarkers,
hormone replacement therapy, and incident coronary heart disease: prospective analysis
from the Women’s Health Initiative observational study. JAMA, v.288, p.980–7, 2002.
PRADO, E.S.; DANTAS, E.H.M. Efeitos dos exercícios físicos aeróbio e de força nas
lipoproteínas HDL, LDL e Lipoproteína. Arq Bras Cardiol, v.79, n.4, p.429-433, 2002.
92
PRAVENEC, M.; et al. Genetic analysis of ―metabolic syndrome‖ in the spontaneously
hypertensive rat. Physiology Research, v.53, n.1, p.S15-S22, 2004.
PUNYADEERA, C.; ZORENC, A.H.; KOOPMAN, R.; MCAINCH, AJ.; SMIT, E.;
MANDERS, R.; KEIZER, H.A.; CAMERON-SMITH, D.; VAN LOON L.J. THe
effects of exercise and adipose tissue lipolysis on plasma adiponectin concentration and
adiponectin receptor expression in human skeletal muscle. Eur J Endocrinol, v.152, n.3,
p.427-36, 2005.
RENNA, N.F.; LEMBO, C.; DIEZ E.; MIATELLO, R.M. Role of Renin-Angiotensin
system and oxidative stress on vascular inflammation in insulin resistence model. Int J
Hypertens, 2013:420979. doi: 10.1155/2013/420979.
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. I DIRETRIZ
BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME
METABÓLICA. n.7, p.130-153, 2004.
RIDKER, P.M.; RIFAI, N.; PFEFFER, M.; SACKS, F.; LEPAGE, S.; BRAUNWALD,
E. Elevation of tumor necrosis factor-alpha and increased risk of recurrent coronary
events after myocardial infarction. Circulation, v.101, n.18, p.2149–2153, 2000a.
RIDKER, P.M.; RIFAI, N.; STAMPFER, M.J.; HENNEKENS, C.H. Plasma
concentration of interleukin-6 and the risk of future myocardial infarction among
apparently healthy men. Circulation, p.101, n.15, p.1767–1772, 2000b.
RING-DIMITRIOU, S.; PAULWEBER, B.; VON DUVILLARD, SP.;STADLMANN,
M.; LEMURA, L.M.; LANG, J.; MÜLLER, E. The effect of physical activity and
physical fitness on plasma adiponectin in adults with predisposition to metabolic
syndrome. Eur J Appl Physiol, v.98, v.5, p.472-81, 2006.
RODRIGUES, B.; FIGUEROA, D.M.; MOSTARDA, C.T.; HEEREN, M.V.;
IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Maximal exercise test is a useful method for
physical capacity and oxygen consumption determination in streptozotocin-diabetic rats.
Cardiovascular Diabetology, v.6, n.38, 2007.
ROLIM LIMA SMR, BELLÓ-KLEIN A, FLUES K, PAULINI J, MONTE O,
IRIGOYEN MC, DE ANGELIS K. Efeitos da suplementação do 17b-estradiol no dano
oxidativo cardíaco de ratas submetidas à privação dos hormônios ovarianos Rev. Bras.
Ginecol. Obstet, v.29, n.1, p.27-33, 2007.
ROSETY-RODRIGUEZ, M.; CAMACHO, A.; ROSETY, I.; FORNIELES, G.;
ROSETY, M.A.; DIAZ, AJ.;ROSETY, M.; ORDONEZ, F.J. Resistance circuit training
reduced inflammatory cytokines in a cohort of male adults with Down syndrome. Med
Sci Monit, v.19, n.949-53, 2013.
93
RUBANYI, G. & VANHOUTE, M.The role of endothelium in cardiovascular
homeostasis and diseases.J Cardiovasc Pharmacol, n.22, supl. 4, p.S1-14, 1993.
SANCHES I.C., BRITO J.O., CANDIDO G.O., et al. Cardiometabolic benefits of
exercise training in an experimental model of metabolic syndrome and menopause.
Menopause, n.19, v.5, p.562-568, 2012.
SARTORI-VALINOTTI, J.C.; ILIESCU, R.; YANES, L.L.;, DORSETT-MARTIN, W.;
RECKELHOFF, J.F. Sex differences in the pressor response to angiotensin II when the
endogenous renin-angiotensin system is blocked. Hypertension, v.51, n.4, p.1170-1176,
2008.
SAUTIN, Y.Y.; NAKAGAWA, T.; ZHARIKOV, S.; JOHNSON, R.J. Adverse effects of
the classic antioxidant uric acid in adipocytes: NADPH oxidase-mediated
oxidative/nitrosative stress. Am J Physiol Cell Physiol, v.293, n.2, p.584-96, 2007.
SCHEFFER, D.L.; SILVA, L.A.; TROMM, C.B.; DA ROSA, G.L.; SILVEIRA, P.C.;
DE SOUZA, C.T.; LATINI, A.; PINHO RA. Impact of different resistance training
protocols on muscular oxidative stress parameters. Appl Physiol Nutr Metab, v.37, n.6,
p.1239-1246, 2012.
SPERETTA, G.F.; ROSANTE M.C.; DUARTE F.O.; LEITE R.D.; LINO A.D.; ANDRE
R.A.; SILVESTRE J.G.; ARAUJO H.S.; DUARTE A.C. The effects of exercise
modalities on adiposity in obese rats. Clinics (Sao Paulo), v.67, n.12, p.1469-1477, 2012.
SCHULTZ, H.D & USTINOVA, E.E. Capsaicin receptors mediate free radical-induced
activation of cardiac afferent endings. Cardiovasc Res, n.38, p.348–355, 1998.
SIES, H. Biochemistry of oxidative stress.Angew Chem Int Ed Ingl, n.25, p.1058-71,
1986.
SILVA, G.J.J; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Acute and chronic effect
of exercise or baroreflexes in spontaneausly hypertensive rats. Hypertesion, v.30, p.714-
719, 1997.
SINAGRA, D & CONTI, M. Metabolic syndrome in menopause: physiopathological,
clinic and therapeutic aspects for cardiovascular prevention. Recenti Prog Med, v.98,
n.3, p.185-91, 2007.
SOARES P.P., DA NO´BREGA A.C., USHIZIMA M.R., IRIGOYEN M.C. Cholinergic
stimulation with pyridostigmine increases heart rate variability and baroreflex sensitivity
in rats. Auton Neurosci, n.30, p. 24-31, 2004.
94
SOUZA, S.B.C.; FLUES, K.; PAULINI, J.; MOSTARDA, C.; RODRIGUES, B.;
SOUZA, L.E.; IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Role of exercise training in
cardiovascular autonomic dysfunction and mortality in diabetic ovariectomized rats.
Hypertension, n.30, p.786-791, 2007.
SOWERS, M.R. & LA PIETRA, M. Menopause: its epidemiology and potencial
association with chronic diseases. Epidemiol Rev, n.17, p. 287-302, 1995.
SPERETTA, G.F.; ROSANTE M.C.; DUARTE F.O.; LEITE R.D.; LINO A.D.; ANDRE
R.A.; SILVESTRE J.G.; ARAUJO H.S.; DUARTE A.C. The effects of exercise
modalities on adiposity in obese rats. Clinics (Sao Paulo), v.67, n.12, p.1469-1477, 2012.
STAESSEN, J.A.; GINOCCHIO, G.; THIJS, L.; FAGARD, R. Conventional and
ambulatory blood pressure and menopause in a prospective population study. J Hum
Hypertens, v.11, n.8, p.507-514, 1997.
STAMLER, J.; VACCARO, O.; NEATON, J.D.; WENTWORTH, D. Diabetes, other
factors, and 12-yr cardiovascular mortality for men screened in the multiple risk factor
intervention trial. Diabetes Care, v.16, n.2, p.434-442. 1993.
TALEB-DIDA, N.; KROUF, D.; BOUCHENAK, M. Globularia alypum aqueous extract
decreases hypertriglyceridemia and ameliorates oxidative status of the muscle, kidney,
and heart in rats fed a high-fructose diet. Nutr Res, v.31, n.6, p.488-95, 2011.
TAPSELL, L.C.; GILLEN, L.J.; PATCH, C.S.; BATTERHAM, M.; OWEN, A.; BARE´,
M. et al. Including walnuts in a low-fat/modified-fat diet improves HDL cholesterol-to-
total cholesterol ratios in patients with type 2 diabetes. Diabetes Care, v.27, p.2777-83,
2004.
THE WORLD HEALTH REPORT.Reducing risks, promoting healthy life. World
Health Organization, 2002.
THIRUNAVUKKARASU, V., BALAKRISHNAN, S.D., RAVICHANDRAN, M.K,
ANURADHA, C.V. Influence of 6-week exercise training on erythrocyte and liver
antioxidant defense in hyperinsulinemic rats. Comp Biochem Physiol C Toxicol
Pharmacol, v.135, n.1, p.31-7, 2003.
TSUJI, H.; VENDITTI, F.J.; MANDERS, E.S. et al. Reduced heart rate variability and
mortality risk in an elderly cohort: the Framingham Heart Study. Circulation, v.90,
p.878–83, 1994.
VAN GAAL, L.F., MERTENS, I.L. DE BLOCK, D.E. Mechanisms linking obesity with
cardiovascular disease. Nature 444(7121): 875-880, 2006.
95
VAZIRI, N.D., RODRÍGUEZ-ITURBE, B. Mechanisms of disease: oxidative stress and
inflammation in the pathogenesis of hypertension. Nat Clin Pract Nephrol,
Oct;2(10):582-93, 2006.
WANG. H.; YU, M.; OCHANI, M.; AMELLA, C.A.; TANOVIC, M.; SUSARLA, S.;
LI, J.H.; WANG, H.; YANG, H.; ULLOA, L.; AL-ABED, Y.; CZURA, C.J.; TRACEY,
K.J. Nicotinic acetylcholine receptor alpha7 subunit is an essential regulator of
inflammation. Nature, v.421, n.6921, p.384–388, 2003.
WILCOX, C.S. Oxidative stress and nitric oxide deficiency in the kidney: a critical link
to hypertension? Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol, v.289, n.4, p. R913-35,
2005.
WOLF, A.M., WOLF, D., RUMPOLD, H., ENRICH, B., TILG, H. Adiponectin induces
the anti-inflammatory cytokines IL-10 and IL-1RA in human leukocytes. Biochem
Biophys Res Commun, v.323, n.2, p.630-5, 2004.
XU, L.; BADR, M.Z. Enhanced potential for oxidative stress in hyperinsulinemic rats
imbalance between hepatic peroxisomal hydrogen peroxide production and
decomposition due to hyperinsulinemia. Horm Metab Res, v.31, p.278-82, 1999.
YAMAGUCHI, Y.; YOSHIKAWA, N.; KAGOTA, S.; NAKAMURA, K.; HAGINAKA,
J.; KUNITOMO, M. Elevated circulating levels of markers of oxidative-nitrative stress
and inflammation in a genetic rat model of metabolic syndrome. Nitric Oxide, v.15, n.4,
p.380-6, 2006.
96
6. ANEXOS
6.1. ANEXO 1 – PARECER DO COEP
97
98
99
100
6.2. ANEXO 2 – Artigo submetido à revista Diabetes,
Obesity and Metabolism
101
102
Cardiovascular autonomic dysfunction and oxidative stress induced by fructose overload in
an experimental model of hypertension and menopause.
Filipe Fernandes Conti1; Janaina de Oliveira Brito
1; Nathalia Bernardes
2; Danielle da Silva
Dias1; Iris Callado Sanches
1; Christiane Malfitano
1; Maria-Claudia Irigoyen
2; Kátia De Angelis
1
¹ Laboratory of Translational Physiology, Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo,
SP, Brasil.
2 Hypertension Unit, Heart Institute (InCor), School of Medicine, University of Sao Paulo, São
Paulo, SP, Brasil.
Running title
Cardiometabolic dysfunctions in OVX rats
Correspondence author:
Kátia De Angelis
Laboratory of Translational Physiology, Universidade Nove de Julho
Rua Vergueiro, 235/249 – Liberdade – Sao Paulo – SP - Brasil
ZIP Code - 01504-001
Fone: 55 11 3385 9067
E-mail: [email protected]
103
ABSTRACT
The aim of this study was to assess the effects of fructose overload on cardiovascular autonomic
modulation, inflammation and cardiac oxidative stress in an experimental model of hypertension
and menopause. Female SHR rats were divided into (n=8/group): hypertensive (H), hypertensive
ovariectomized (HO) and hypertensive ovariectomized submitted to fructose overload (100g/L in
drinking water) (FHO). Arterial pressure (AP) signals were directly recorded. Cardiac autonomic
modulation was evaluated by spectral analysis. Oxidative stress was evaluated in cardiac tissue.
AP was higher in the FHO group when compared to the other groups. Fructose overload induced
an increase in body and fat weight, triglyceride concentration and a reduction in insulin
sensitivity. IL-10 was reduced in the FHO group when compared to the H group. TNF-α was
higher in the FHO in comparison to all other groups. Lipoperoxidation was higher and
glutathione redox balance was reduced in the FHO group when compared to other groups, an
indication of increased oxidative stress. A negative correlation was found between IL-10 and
adipose tissue. In conclusion, fructose overload induced an impairment in cardiac autonomic
modulation associated with inflammation and oxidative stress in hypertensive rats undergoing
ovarian hormone deprivation.
Key words: menopause, metabolic syndrome, heart rate variability, blood pressure variability,
inflammation, oxidative stress.
104
INTRODUCTION
Metabolic syndrome is characterized by the association of 3 or more risk factors,
including: abdominal obesity associated with an excess of abdominal fat, insulin resistance, type
2 diabetes, dyslipidemia and hypertension. Changes in dietary habits are among the leading
contributors to the growing worldwide prevalence of metabolic syndrome, obesity, and type 2
diabetes. These changes are characterized by increased intake of simple sugars, particularly
fructose, commonly used in the food industry and sugar-sweetened drinks [1]. Indeed, several
studies have pointed to the adverse cardiac and metabolic effects of a high fructose diet in animal
models. Fructose-fed rats and mice show moderate hypertension and glucose intolerance,
associated with increased levels of plasma insulin, cholesterol and triglycerides [2,3,4,5]. Our
group has demonstrated that only eight weeks consumption of fructose was sufficient to induce
prominent metabolic and cardiovascular changes associated with autonomic dysfunctions in mice
and rats [2,5,6]. Recently, we have demonstrated that increased sympathetic modulation for
vessels and heart preceded the development of metabolic dysfunction in fructose fed mice [4].
However, it should be stressed that the prevalence of hypertension and metabolic
dysfunctions sharply increases after menopause. The association between autonomic dysfunction
and cardiovascular diseases strengthens evidence that alterations in the sympathovagal control
increase cardiovascular risk after menopause [7]. Moreover, seems to be an association between
oxidative stress inflammation, and both would play a role in the development of several
cardiovascular diseases [8]. However, the role of the oxidative stress and inflammation on
cardio-metabolic dysfunction after ovarian hormone deprivation is not well understood. Thus,
our study was designed to evaluate the hypothesis that in this context, fructose overload may
promote additional injuries on cardiovascular autonomic modulation, inflammation and oxidative
105
stress in hypertensive rats undergoing ovarian hormone deprivation. In this study, we assed the
effects of fructose overload on cardiovascular autonomic modulation, inflammation and
oxidative stress in an experimental model of hypertension and menopause.
METHODS
21 day old female SHRs were obtained from the Animals Facilities of the Institute of Cardiology
of Rio Grande do Sul. The rats were randomly divided into hypertensive (H; n = 8), hypertensive
OVX (HO; n = 8) and hypertensive OVX undergoing fructose overload (FHO; n = 8). All
surgical procedures and protocols were approved by the ethics committee of Universidade Nove
de Julho (Protocol AN002/12) and were conducted in accordance with the Guide for the Care
and Use of Laboratory Animals, issued by the National Institutes of Health.
Fructose overload
FHO rats received D-fructose (100 g/L) in the drinking water for 19 weeks. H and HO animals
received standard laboratory chow and water ad libitum. The consumption of chow and water
(with or without fructose) were measured weekly.
Ovariectomy
After 10 weeks of fructose overload, the animals were anesthetized (80 mg/kg ketamine and 12
mg/kg xylazine), and the oviduct was sectioned and the ovary removed as describedin detail
elsewhere [9,10,11]. Data from our laboratory have demonstrated that estrogen concentration,
measured through immunoassay, was 39±7 pg/mL in healthy female rats. However, in the
present study, estrogen concentration was not detectable in ovariectomized studied groups, thus
confirming ovarian hormone deprivation [10].
106
Metabolic evaluations
At the end of protocol (19 weeks of fructose overload), blood glucose and triglyceride
concentrations were measured (Accucheck and Accutrend, Roche) after 4-hour fasting. For
insulin tolerance test, the animals fasted for 2 hours and were then anesthetized with sodium
thiopental (40 mg/kg body weight, IP). A drop of blood was collected from the tail for blood
glucose level measurement at baseline and 4,8, 12, and 16 minutes after insulin injection (0.75
U/kg). The constant rate for blood glucose disappearance (KITT) was calculated using the
0.693/t1,2 formula. Blood glucose t1/2 was calculated from the slope of the least squares
analysis of blood glucose concentrations during the linear phase of decline [6,12].
Cardiovascular measurements
After metabolic evaluations, rats were anesthetized with ketamine (80 mg/kg) and xylazine (12
mg/kg), and two polyethylene-tipped Tygon cannulas filled with heparinized saline were
implanted into the carotid artery and jugular vein for direct measurements of AP and drug
administration, respectively. During the experiment, rats received food and water ad libitum; the
rats were conscious in their cages and were allowed to move freely during the hemodynamic
experiments.The arterial cannula was connected to a transducer (BloodPressure XDCR, Kent
Scientific), and blood pressure signals were recorded for a 30-minute period using a
microcomputerequipped with an analog-to-digital converter (CODAS, 2Kz,DATAQ
Instruments). The recorded data were analyzed on a beat-to-beat basis to quantify changes in
systolic (SAP), diastolic (DAP), and mean arterial pressure (MAP) and heart rate (HR) [5,9,10].
Autonomic measurements
Time-domain analysis consisted of calculating mean pulse interval (PI) and SAP, with PI
variability and SAP variability measured from its respective time series (three time series of 5
107
min for each animal). For frequency domain analysis, the same time series of PI and SAP were
cubic splineY interpolated (250 Hz) and cubic splineY decimated to be equally spaced in time
after linear trend removal; power spectral density was obtained through the fast Fourier
transformation. Spectral power for low-frequency (LF; 0.20-0.75 Hz) and high-frequency
(HF;0.75-4.0 Hz) bands was calculated by power spectrum density integration within each
frequency bandwidth, using a customized routine (MATLAB 6.0, Mathworks) [13].
Inflammatory markers
IL-6, IL-10 and TNF-α levels were determined using a commercially available ELISA kit (R&D
Systems Inc.), in accordance with the manufacturer's instructions. ELISA was performed in
96-well polystyrene microplates with a specific monoclonal antibody coating. Absorbance was
measured at 540 nm in a microplate reader.
Oxidative stress profile
One day after hemodynamic evaluations the animals were killed by decapitation and the heart
(ventricles) was immediately removed, rinsed in saline, and trimmed to remove fat tissue and
visible connective tissue. The tissue was cut into small pieces, placed in ice-cold buffer, and
homogenized in an ultra-Turrax blender with 1 g tissue per 5 mL 150 mM KCl and 20 nM
sodium phosphate buffer, pH 7.4. The homogenate was centrifuged at 600 g for 10 min at -26C.
Thiobarbituric acid reactive substances (TBARS): For the TBARS assay, trichloroacetic acid
(10%, w/v) was added to the homogenate to precipitate proteins and to acidify the samples [14].
This mixture was then centrifuged (10000g, 3 min), the protein-free sample was extracted, and
thiobarbituric acid (0.67%, w/v) was added to the reaction medium. The tubes were placed in a
water bath (100°C) for 15 min. The absorbencies were measured at 535 nm using a
spectrophotometer. The results are expressed as nanomoles per milligram of protein.
108
Chemiluminescence (CL): [Tissue] membrane lipoperoxidation was evaluated by
chemiluminescence. The chemiluminescence assay was carried out with an LKB Rack Beta
liquid scintillation spectrometer 1215 (LKB Producer AB, USA) in the out-of-coincidence mode
at room temperature (256 to 276C). The supernatants were diluted in 140 mM KCl and 20 mM
sodium phosphate buffer, pH 7.4, and added to glass tubes, which were placed in scintillation
vials; 3 mM tert-butylhydroperoxide was added, and chemiluminescence was determined up to
the maximal level of emission [9,15].
Antioxidant enzyme activities: The quantification of superoxide dismutase (SOD) activity,
expressed as U/mg protein, was based on the inhibition of the reaction between O2˙− and
pyrogallol [16]. Catalase (CAT) activity was determined by measuring the decrease in H2O2
absorbance at 240 nm. CAT concentration was expressed as μmol H2O2 reduced/min/mg protein
[17]. Glutathione peroxidase (GPx) activity was expressed as nmol peroxide/hydroperoxide
reduced/min/mg protein and was based on the consumption of NADPH at 480 nm [18].
Glutathione and GSSG concentration:To determine glutathione oxidized (GSSG) and total
glutathione concentration (GSH), tissue was homogenized in 2 M perchloric acid and centrifuged
at 1000 g for 10 min, and 2 M KOH was added to the supernatant. The reaction medium
contained 100 mM phosphate buffer (pH 7.2), 2 mM NADPH, 0.2 U/mL glutathione reductase
and 70 μM 5,5’-dithiobis(2-nitrobenzoic acid). To determine the GSSG concentration, the
supernatant was neutralized with 2 M KOH and inhibited by the addition of 5 μM N-
ethylmaleimide. Absorbance was read at 420 nm [19]. GSH values were determined from the
total and GSSG concentration.
109
Statistical analysis
Data are expressed as mean±SEM. The Levene Test was used to evaluate data homogeneity. A
one-way analysis of variance followed by the Student-Newman-Keuls test was used to compare
groups. Pearson correlation analysis was used to identify an association between variables.
Significance level was established at P≤0.05.
RESULTS
Body weight and adipose tissue weight were higher in FHO group when compared to
other groups. Glycemia was similar between groups. Triglyceride was increased in the FHO
group when compared to all other groups. Insulin sensitive was lower in FHO group when
compared to the H group (Table 1).
Resting tachycardia was observed in the FOH group when compared to the other groups.
DAP and MAP were higher in HO group when compared to the H group and the FHO group had
an additional increase in SAP, DAP and MAP (Table 2).
Standard deviation (SD) and total variance VAR of PI were lower in FHO groups when
compared to the HO group. Total variance (VAR) of SAP was increased in the HO group in
relation to the H group. VAR and LF band of SAP were higher in the FHO group when
compared to all other studied groups (Table 2).
TNFα was higher in the FHO when compared to all other groups and IL-10 was lower in
FHO when compared to the H group. Negative correlation was observed between adiposity
tissue and IL-10 among hypertensive groups (r = -0.6) (Table 3 and Figure 1).
TBARS was enhanced in both HO and FHO groups in relation to H group; and additional
increase in TBARS was observed in FHO rats as compared to HO rats. Moreover, CL was higher
110
in FHO when compared to all other groups. Hormone deprivation promoted an increase in CAT
activity and fructose overload promoted an additional increase in this parameter. We did not
observe any difference in SOD activity between groups. GPx was lower in HO group when
compared to the H group and the fructose overload promoted an additional increase in this
parameter (Table 4).
DISCUSSION
In the present study, it was observed that ovarian hormone deprivation and fructose
overload led to impairments in cardiovascular autonomic modulation, and worsened both
oxidative stress and inflammation parameters.
Ovarian hormone deprivation induced an increase in AP and promoted an increase in
vascular sympathetic modulation in SHR rats in the present study. Previous studies from our
group have also demonstrated that ovarian hormone deprivation induces BP increase and led to
impaired baroreflex sensitivity in healthy Wistar rats [9,10]. In addition, it should be noted that
in the first decades of life, women have a greater cardioprotection when compared to men, as
evidenced by increased vagal modulation and lower sympathetic modulation. However,
approximately between the fifth and sixth decade of life this greater cardioprotection disappears
[7], a period that coincides with the advent of menopause, thus demonstrating the importance of
ovarian hormones in cardiovascular control.
Experimentally, fructose overload in drinking water or chow has been used to study
metabolic syndrome and promote similar metabolic and autonomic derangements [2,3,5,20,21].
Indeed, in present study, fructose overload promoted an additional impairment of metabolic,
autonomic, oxidative stress and inflammatory parameters in hypertensive ovariectomized rats. In
111
fact, the sum of risk factors (hypertension + ovariectomy + fructose overload) promoted an
increase in body weight, adipose tissue and triglyceride concentrations as well as impaired
insulin sensitivity in FHO rats. It has been demonstrated that the exposure of the liver to large
quantities of fructose promotes rapid stimulation of lipogenesis, which contributes to triglyceride
accumulation, leading to fewer insulin receptors and, consequently, reducing insulin sensitivity
[22].
Moreover, the sum of risk factors promoted an increase in the heart rate, an additional
increase in BP, impairment in heart rate variability and systolic arterial pressure variability.
Several studies have found an increase in BP after fructose overload [5,21,23]. In the present
study, we observed that both DAP and MAP were higher in HO group when compared to the H
group and FHO group had an additional increased in SAP, DAP and MAP. One possible
explication for this increased BP would be the impairment of cardiovascular autonomic
modulation.
Heart rate variability has considerable as a tool to to assess the role of autonomic nervous
system fluctuations in normal healthy individuals and in patients with various cardiovascular and
non-cardiovascular disorders [24]. Reduction in HRV has been associated with negative
outcomes [25]. In the present study, fructose overload promoted a reduction in HRV as well as
an increase in sympathetic activity as demonstrated by the increase in VAR-SAP and LF-SAP.
Moreover, previous studies from our group have shown that fructose overload also promotes an
increase in sympathetic tonus, a decrease in vagal tonus and a reduction in baroreflex sensitive
[5].
Regarding inflammation makers, we observed that in this study TNF-α was higher in
FHO when compared to other groups and fructose overload promoted a reduction in IL-10. We
112
also found a negative correlation between adipose tissue an IL-10. In fact, adipose tissue is an
active endocrine and paracrine organ that releases a large number of cytokines and bioactive
mediators, such as leptin, interleukin-6 (IL-6) and tumor necrosis factor-α (TNF-α) [26,27].
These substances negatively influence glucose and lipid homeostasis, blood pressure,
coagulation, fibrinolysis and inflammation, which may lead to endothelial dysfunction and
atherosclerosis [26,27].
Moreover, a decreased antioxidant capacity together with increased lipid peroxidation has
been reported in patients with fatty liver, visceral obesity, and metabolic syndrome. There seems
to be a correlation between the amount of visceral fat and systemic oxidative markers, indicating
that visceral fat is an independent regulator of oxidative changes [28]. Regarding antioxidant
enzymes, hormone deprivation promoted an increase in CAT concentration and a decrease in
GPx activity in the HO group when compared to the H group. Ruiz et al. have shown that
17beta-estradiol has intrinsic antioxidant properties, and the lack of it would then result in
enhanced CAT activity, probably due to an increased concentration of hydrogen peroxide [29].
Our results are in agreement with Barp et al.,[30] who have likewise demonstrated an increased
cardiac CAT activity in ovariectomized rats. Moreover, the increase in CAT in the HO group (vs.
H) may be also associated with the observed decrease in GPx in this group, since these enzymes
compete for the same substrate (hydrogen peroxide). Importantly, lipoperoxidation (TBARS)
was increased in SHR ovariectomized rats when compared to intact SHR rats, suggesting
increased oxidative stress. A previous study from our group has demonstrated a positive
correlation between systolic AP and lipoperoxidation, thus reinforcing the role of oxidative stress
in AP changes during female hormone deprivation [9]. However, it should be stressed that,
despite favorable changes in antioxidant enzymes in fructose fed group observed in the present
113
work, lipoperoxidation was markedly increased in the fructose group (TBARS and CL) while
glutathione redox balance was reduced, thus demonstrating an imbalance between pro-oxidant
and antioxidant forces. This would point to increased oxidative stress in rats undergoing
association of risk factors.
In conclusion, fructose overload induced impairment of cardiovascular autonomic
modulation associated with increased oxidative stress and inflammatory parameter in
hypertensive ovariectomized rats. These data reinforce the role of autonomic changes in immune
function modulation [4,26,27,31], by inducing the release of bioactive molecules which are
involved in the increased oxidative stress and development of cardiometabolic changes after
menopause.
REFERENCES
[1] Laville M and Nazare JA. (2009) Diabetes, insulin resistance and sugars. Obesity Reviews
10(1): 24–33.
[2] Farah V, Elased KM, Chen Y, et al. (2006) Nocturnal hypertension in mice consuming a
high fructose diet. Auton Neurosci 130(1-2): 41-50.
[3] Kamide K, Rakugi H, Higaki J, et al. (2002) The renin-angiotensin and adrenergic nervous
system in cardiac hypertrophy in fructose-fed rats. Am J Hypertens 15: 66-67.
[4] De Angelis K, Senador DD, Mostarda C, et al. (2012) Sympathetic overactivity precedes
metabolic dysfunction in a fructose model of glucose intolerance in mice. Am J Physiol Regul
Integr Comp Physiol. 15;302(8) :R950-957.
[5] Sanches IC, Brito JO, Candido GO, et al. (2012) Cardiometabolic benefits of exercise
training in an experimental model of metabolic syndrome and menopause. Menopause 19(5):
562-568.
114
[6] Brito JO, Ponciano K, Figueroa D, et al. (2008) Parasympathetic dysfunction is associated
with insulin resistance in fructose-fed female rats. Braz J Med Biol Res 41: 804-808.
[7] Kuo TBJ, Lin T, Yang CCH, Li CL, et al. (1999) Effect of aging on gender differences in
neural control of heart rate. Am J Physiol 46: H2233-H2239.
[8] Hulsmans M, Van Dooren E, and Holvoet P. (2012) Mitochondrial reactive oxygen species
and risk of atherosclerosis. Curre Ather Repor 14(3): 264–276.
[9] Irigoyen MC, Paulini J, Flores LJF, et al. (2005) Exercise training improves baroreflex
sensitivity associated with oxidative stress reduction in ovariectomized rats. Hypertension 46:
998-1003.
[10] Flues K, Paulini J, Brito S, et al. (2010) Exercise training associated with estrogen therapy
induced cardiovascular benefits after ovarian hormones deprivation. Maturitas 65: 267-271.
[11] Souza SBC, Flues K, Paulini J, et al. (2007) Role of exercise training in cardiovascular
autonomic dysfunction and mortality in diabetic ovariectomized rats. Hypertension 50: 786-791.
[12] Bonora E, Moghetti P, Zancanaro C, et al. (1989) Estimates of in vivo insulin action in
man: comparison of insulin tolerance tests with euglycemic and hyperglycemic glucose clamp
studies. J Clin Endocrinol Metab 68: 374-378.
[13] Soares PP, Da No´brega AC, Ushizima MR, Irigoyen MC. (2004) Cholinergic stimulation
with pyridostigmine increases heart rate variability and baroreflex sensitivity in rats. Auton
Neurosci 30: 24-31.
[14] Buege JA, Aust SD. (1978) Microsomal lipid peroxidation. Methods Enzymol 52: 302-10.
[15] Gonzalez FB, Llesuy S, Boveris A. (1991) Hydroperoxide-initiated chemiluminescence: An
assay for oxidative stress in biopsies of heart, liver, and muscle. Free Radic Biol Med 10: 93-
100.
115
[16] Marklund SL. (1985) Superoxide dismutase isoenzymes in tissues and plasma from New
Zealand black mice, nude mice and normal BALB/c mice. Mutat Res 148: 129-34.
[17] Aebi H. (1984) Catalase in vitro. Methods Enzymol105: 121-6.
[18] Flohe L, Gunzler WA. (1984) Assays of glutathione peroxidase. Methods Enzymol 105:
114-121.
[19] Anderson ME. (1985) Determination of glutathione and glutathione disulfide in biological
samples. Methods Enzymol 13: 548-55.
[20] Mostarda C, Moraes-Silva IC, Salemi VMC, et al. (2012) Exercise training prevents
diastolic dysfunction induced by metabolic syndrome in rats. Clinics 67(7): 815-820.
[21] Renna NF, Lembo C, Diez E, et al. (2013) Role of renin-angiotensin system and oxidative
stress on vascular inflammation in insulin resistence model. International Journal of
Hypertension, doi:10.1155/2013/420979.
[22] Murakami T, Shimomura Y, Fujitsuka N, et al. (1997) Enlargement of glycogen store in rat
liver and muscle by fructose-diet intake and exercise training. J Appl Physiol 82: 772-775.
[23] Vazquez-Prieto MA, Lanzi CR, Lembo C, et al. (2011) Garlic and onion attenuates vascular
Inflammation and oxidative stress in fructose-fed rats. Journal of Nutrition and Metabolism,
doi:10.1155/2011/475216.
[24] Task force of the European society of cardiology and the north American society of pacing
and eletrophysiology: Heart rate variability: Standards of measurement, physiological
interpretation, and clinical use (1996) Circulation 93: 1043-1065.
[25] Ribeiro JP, Moraes Filho RS. Variabilidade da Freqüência Cardíaca como Instrumento de
Investigação do Sistema Nervoso Autônomo. Revista Brasileira de Hipertensão 2005; 12:4-20.
116
[26] Lau DCW, Dhillon B, Yan H, et al. (2005) Szmitko PE, Verma S. Adipokines: molecular
links between obesity and atherosclerosis. Am J Physiol Heart Circ Physiol 288: H2031–
H2041.
[27]Van Gaal LF, Mertens IL and De Block DE. (2006) Mechanisms linking obesity with
cardiovascular disease. Nature 444(7121): 875-880.
[28] Grattagliano I, Palmieri VO, Portincasa P, et al.(2008) Oxidative stress-induced risk factors
associated with the metabolic syndrome: a unifying hypothesis. Journal of Nutritional
Biochemistry 19(8): 491–504
[29] Ruiz-Larrea MB, Martin C, Martinez R, et al. (2000) Antioxidant activities of estrogens
against aqueous and lipophilic radicals; differences between phenol and catechol estrogens.
Chem Phys Lipids 105(2):179–188.
[30]Barp J, Sartório CL, Campos C, et al. (2012). Influence of ovariectomy on cardiac oxidative
stress in a renovascular hypertension model. Can J Physiol Pharmacol 90: 1229-1234.
[31]Borovikova LV, Ivanova S, Zhang M, et al. (2000) Vagus nerve stimulation attenuates the
systemic inflammatory response to endotoxin. Nature 405 (6785): 458–462.
117
Figure caption
Figure 1. Negative Pearson correlation (r = -0.6, P = 0.05) obtained between adipose tissue and
cardiac levels of IL-10 for studied groups.
118
TABLE 1. Metabolic evaluations in studied groups
H HO HFO
Body weight (g) 197±2 264±3† 261± 2†#
Adipose Tissue (g) 1.91±0.16 2.96±0.45 5.25±0.39†¥
Glucose (mg/dL) 83±5.0± 84±2.0 92±2.1
Triglyceride (mg/dL) 132±4.0 125±6.4 160±8.0†¥
KITT (%/min) 4.15±0.26 4.69±0.33 3.4±0.28†
Data are reported as mean± SEM. †P<0.05 vs. H; ¥ P<0.05 vs HO. KITT: constant rate for blood
glucose disappearance.
119
TABLE 2. Hemodynamic and autonomic evaluation in studied groups
H HO FHO
SAP (mmHg) 174±5 183±6 206±4†¥
DAP (mmHg) 121±7 144±5† 153±2†¥
MAP (mmHg) 146±6 164±5† 174±4†¥
HR (bpm) 352±13 348±16 403±12†¥
HRV
SD (ms) 6.62±0.61 8.63±1.00 5.43±0.96¥
VAR (ms²) 53.97±7.98 63.64±10.34 30.84 ±6.81¥
LF (ms²) 3.18±0.55 3.94±0.97 0.90±0.12¥
HF (ms²) 5.97±1.41 9.22±2.03 2.77±0.18
BPV
VAR (mmHg²) 31.08±2.66 51.94±6.94† 77.79±11.87†¥
LF (mmHg²) 5.06±0.91 5.07±0.52 10.62±2.33†¥
Data are reported as mean± SEM. †P<0.05 vs. H; ¥ P<0.05 vs. HO. SAP: systolic arterial pressure;
DAP: diastolic arterial pressure; MAP: mean arterial pressure; HR: heart rate; Heart rate (HRV) and
systolic blood pressure (BPV) variability computed from 0.20 to 3 Hz (total power). SD: standard
deviation; VAR: total variance; LF: low-frequency band (0.20-0.75 Hz); HF: high-frequency band
(HF: 0.75-3 Hz).
120
TABLE 3. Inflammatory markers in studied groups
H HO FHO
TNF α (pg/mg protein) 32.9±7.5± 31.7±8.6 65.8±9.9¥†
IL-6 (pg/mg protein) 379±27 368±26 401±35
IL-10 (pg/mg protein) 37.1±9.0 29.6±3.4 16.2±2.5†
Data are reported as mean± SEM. †P<0.05 vs. H; ¥ P<0.05 vs. HO.
121
TABLE 4. Oxidative stress evaluations in studied groups
HS HO FHO
TBARS
(µmol/mg protein)
4.95±0.89 8.27±0.98† 12.03±0.93†¥
CL
(cps/mg protein)
6661±566 6514±547 15043±1333†¥
CAT
(nmol/mg protein)
0.29±0.04 0.47±0.05† 0.63±0.05†¥
SOD
(USOD/mg protein)
11.47±0.37 11.17±0.41 13.05±0.86
GPx
(nmol/min/mg protein)
54.78±3.10 38.55±1.67† 63.39±5.52¥
GSH/GSSG
(nmol/min/mg protein)
11.07±0.7 13.00±1.4 8.94±0.8¥
Data are reported as mean± SEM. †P<0.05 vs. H; ¥ P<0.05 vs. HO.
122
Figure 1
123
6.3. ANEXO 3 – Artigo publicado na revista Menopause
124
125
126
127
128
129
130
131
6.4. ANEXO 4 – Artigos publicados e submetidos
durante o período do Doutorado
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
Impact of hypertension in exercise training induced-cardiometabolic benefits in
fructose-fed ovariectomized rats: role of autonomic and oxidative stress changes.
SHORT TITLE: Exercise training in SHR fructose-fed OVX rats
Janaina de O. Brito1*
, Iris Callado Sanches1*
, Nathalia Bernardes1,2
, Kátia Ponciano3,
Adriane Belló-Klein4, Maria Cláudia Irigoyen
2, Kátia De Angelis
1
1- Laboratory of Translational Physiology, Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Sao
Paulo - Brazil.
2- Hypertension Unit, Heart Institute (Incor), Medical School, University of Sao Paulo,
Sao Paulo - Brazil.
3- Sao Judas Tadeu University, Sao Paulo - Brazil
4- Laboratory of Cardiovascular Physiology, Department of Physiology, Basic and
Health Science Institute, Federal University of Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
Brazil
*These authors contributed equally to this paper.
Corresponding author
Kátia De Angelis, PhD
Universidade Nove de Julho - Science Rehabilitation Program.
Rua Vergueiro 235/249 – 2º subsolo – Mestrado, ZIP CODE 01504 001
Sao Paulo, SP, Brazil.
E-mail: [email protected]
143
ABSTRACT
In this study we tested the hypothesis that the presence of hypertension favors the
development of additional cardiometabolic and oxidative stress changes in fructose rats
while blunting some beneficial effects of exercise training. Ovariectomized fructose-fed
rats were divided into: sedentary (SOF) and trained (TOF) normotensive groups,
sedentary (SHOF) and trained (THOF) hypertensive groups. Exercise training (ET) was
performed on a treadmill (8 wks). Arterial pressure (AP) was directly recorded (CODAS,
2kH). Cardiovascular autonomic modulation was evaluated in the time and in the
frequency (spectral analysis) domains. Chemiluminescence (CL) and antioxidant
enzymes were determined in the heart tissue. Hypertension induced a reduction in pulse
interval (VAR-PI) total variance, RMSSD and alpha index (spontaneous baroreflex),
while increasing systolic AP total variance (VAR-SAP) and low frequency band (LF-
SAP). SHOF rats presented resting tachycardia in relation to the other studied groups, and
ET induced resting bradycardia in both trained groups. ET increased RMSSD in TOF
group and VAR-PI in both trained groups; reduced VAR-SAP and LF-SAP in THOF
group and improved baroreflex sensitivity in both trained groups. AP, VAR-IP, RMSSD,
VAR-SAP and alpha index were impaired in THOF rats when compared to TOF rats. CL
was reduced and the catalase was increased in trained groups when compared to
sedentary ones. Negative correlations were obtained between RMSSD and CL (r=-0.60,
p<0.05), and baroreflex sensitivity and CL (r=-0.63, p<0.05). In conclusion, hypertension
induced additional hemodynamic and autonomic dysfunctions in fructose fed
ovariectomized rats and abolished some aerobic exercise training benefits. These
alterations may be related to changes in cardiovascular autonomic modulation associated
with oxidative stress.
144
KEY WORDS: Exercise training; Hypertension; Menopause; Metabolic Syndrome;
Autonomic Dysfunction; Oxidative Stress
145
INTRODUCTION
Since the Framingham Study, hypertension has been shown to predispose powerfully to
all of the major atherosclerotic cardiovascular events, including coronary disease, stroke,
peripheral artery disease and heart failure [1,2]. Moreover, it’s important to consider that
the tendency for risk factors to cluster in persons with hypertension has been found to
increase stepwise with weight gain [3]. In fact, a 5-lb weight gain imposed a 30%
increase in the extent of clustering [3]. Furthermore, it should be stressed that high
proportion of hypertensive individuals has increased prevalence of metabolic syndrome
[3], a cluster of conditions associated with a nearly two fold increase in cardiovascular
events [4]. However, the concept of the metabolic syndrome as a clinical syndrome has
recently been challenged and controversy exists as to whether metabolic syndrome adds
to cardiovascular risk above and beyond the sum of its independent metabolic
components, e.g., increased arterial pressure.
Given the epidemic of obesity in both industrialized and third world countries, high
dietary fructose has been regarded as a link to strong factor in the development of
metabolic and cardiovascular disorders. Our group has previously demonstrated that
normotensive female rats undergoing chronic fructose consumption showed increased
arterial pressure, insulin resistance and reduced vagal tonus [5]. More recently, given that
most of the above risk factors have been found in women after menopause [6], we
observed that the fructose overload led to increases in triglycerides, insulin resistance,
blood pressure and heart rate, and impairment in cardiovascular autonomic modulation in
hypertensive ovariectomized rats [7]
A large number of studies have consistently demonstrated the role of increased oxidative
stress in the pathogenesis of cardiometabolic disorders [8,9,10]. Importantly, in recent
years we have demonstrated that there is association between the impairment of
146
automomic control of circulation and oxidative stress in normotensive and hypertensive
rats [11,12,13], reinforcing the critical role of these markers in the development of
cardiovascular disease. However, few studies have evaluated changes in oxidative stress
induced by fructose overload and no evidence of the impact of hypertension on these
changes has been found. Likewise, there have been no studies lending support to a
possible association between impairment of cardiovascular autonomic modulation and
oxidative stress in this model of metabolic syndrome.
Finally, given the increased risk of cardiometabolic disease observed in after menopause,
compounded by changes in eating habits and sedentary style of life, therapeutic
alternatives have been sought for the management of this population. In this sense, we
have demonstrated that exercise training reduces body weight, arterial pressure, resting
heart rate, and improves baroreflex sensitivity correlated with reduction in oxidative
stress markers in ovariectomized Wistar rats [11]. Aerobic exercise training also
attenuated metabolic impairment, resting tachycardia, cardiac and vascular sympathetic
increases, and baroreflex sensitivity decrease induced by fructose overload in
hypertensive ovariectomized rats, but it did not reduce AP [7]. However, the impact of
hypertension on these exercise training-induced benefits after fructose overload remains
poorly understood. In this study we tested whether hypertension favors the development
of additional cardiometabolic and oxidative stress changes in fructose rats and blunts
some beneficial effects of exercise training. These hypertension-induced adverse effects
may be related to impairment in cardiovascular autonomic control mediating changes in
oxidative stress. Thus, the purpose of the present study was to assess the impact of
hypertension on the metabolic, cardiovascular, autonomic and oxidative stress effects
induced by aerobic exercise training in ovariectomized rats undergoing fructose overload.
147
METHODS
Wistar and SHR female rats with 21 days of age were obtained from the Animals
Facilities of the Institute of Cardiology of Rio Grande do Sul. All rats underwent fructose
overload and ovariectomy, and were divided into 4 groups (n=8 each): normotensive
sedentary (SOF) and trained (TOF), hypertensive sedentary (SHOF) and trained (THOF).
This study was carried out in strict accordance with the recommendations in the Guide
for the Care and Use of Laboratory Animals of the National Institutes of Health. The
protocol was approved by the Ethic Committee of Sao Judas Tadeu University (Protocol:
01/2008).
Fructose overload. All the groups received D-fructose (100g/L) in the drinking water [5]
from it weans until the end of protocol (19 wks of treatment). Chow and fructose
consumption were measured weekly.
Ovariectomy. After 10 weeks of fructose overload, animals were anesthetized (80 mg/kg
ketamine and 12 mg/kg xylazine), their oviduct was sectioned and the ovary removed as
described in detail elsewhere [11,14].
Exercise training protocol. All animals were adapted to the treadmill (10min/day; 0.3
km/h) for 5 days before beginning the exercise training protocol and underwent a
maximal treadmill test, as described previously [15]. The tests were carried out after 11
weeks of fructose overload, at the middle (4th
week) and at the end of protocol (8th
week).
The purpose of these tests was to determine exercise capacity and to prescribe exercise
training intensity.
Exercise training was performed on a motorized treadmill (Imbramed TK-01) at low [to]
moderate intensity (40 – 60% maximal running speed) for 1h a day, 5 days/week for 8
weeks, with a gradual increase in speed from 0.3 to 1.2 km/h [11,14].
148
Metabolic evaluations. At the time of ovariectomy (10 wks of fructose overload) and at
end of protocol (19 wks of fructose overload) body weight, blood glucose (Accucheck®,
Roche) and triglycerides (Accutrend®, Roche) concentrations were measured
(Accucheck® and Accutrend®, Roche) after a 4h fasting. Additionally, the intravenous
insulin tolerance test (ITT) was performed at these times. For this procedure, the animals
were fasted for 2-3h, and anesthetized with sodium thiopental (40 mg/kg body weight,
ip). A drop of blood was collected from the tail for blood glucose level measurement at
baseline and 4, 8, 12 and 16 minutes after insulin injection (0.75 U/kg). The constant rate
for blood glucose disappearance (KITT) was calculated from the slope of the least
squares analysis of the blood glucose concentrations during the linear phase of decline
[5,16].
Cardiovascular measurements. One day after the final metabolic evaluations, rats were
anesthetized with ketamine (80 mg/kg) and xylazine (12 mg/kg), and polyethylene-tipped
Tygon cannula filled with heparinized saline was implanted into the carotid artery for
direct measurements of arterial pressure. During experiments, rats received food and
water with fructose ad libitum; they were conscious in their cages and allowed to move
freely during the hemodynamic experiments. Twenty four hours after surgical
procedures, an arterial cannula was connected to a transducer (Blood Pressure XDCR,
Kent© Scientific), and blood pressure signals were recorded for a 30min period using a
microcomputer equipped with an analog-to-digital converter (CODAS, 2Kz, DATAQ
Instruments). The recorded data were analyzed on a beat-to-beat basis to quantify
changes in systolic (SAP), diastolic (DAP) and mean arterial pressure (MAP) and heart
rate (HR) [11,14].
Autonomic measurements. Time-domain analysis consisted in calculating mean pulse
interval (PI) and SAP, PI variability (PI-VAR) and SAP variability (SAP-VAR) as the
149
standard deviation from its respective time series. For frequency domain analysis, the
whole 20min time series of PI and SAP were cubic-spline-interpolated (250 Hz) and
decimated to be equally spaced in time. Following linear trend removal, power spectral
density was obtained by the Fast Fourier Transformation. Spectral power for low- (LF:
0.20-0.75 Hz) and high (HF: 0.75-4.0 Hz) frequency bands was calculated by means of
power spectrum density integration within each frequency bandwidth, using a customized
routine (MATLAB 6.0, Mathworks). Beat-to-beat values of SAP and PI were used to
estimate cardiac baroreflex sensitivity by spectral analysis, using the alpha index for the
LF band (0.20-0.75 Hz). Coherence between the PI and SAP variability signals was
assessed by means of cross-spectral analysis. Alpha index was calculated only if the
magnitude of the squared coherence between the PI and SAP signals exceeded 0.5 (range,
0-1) in the LF band. After coherence calculation, alpha index was obtained from the
square root of the ratio between PI and SAP variabilities in the two major bands of LF
[17].
Tissue collection. One day after cardiovascular measurements, rats were killed by
decapitation. The hearts were rapidly excised, weighed, and frozen in liquid nitrogen. The
remainder of the hearts was homogenized with Ultra-Turrax (1.15%, wt/vol KCl and 20
mmol/l phenyl methyl sulphonyl fluoride). The homogenates were centrifuged at 600g
for 15 min at 4 °C (Sorvall RC 5B—Rotor SM 24) to discard nuclei and cell debris. The
supernatant fraction obtained was frozen at −80 °C and used to determine oxidative stress
profile.
Protein was measured by the method of Lowry et al. [18] using bovine serum albumin as
the standard.
Oxidative stress evaluations. Lipid peroxidation was measured by the tert-butyl
hydroperoxide–initiated chemiluminescence assay, as previously described by Gonzalez
150
Flecha et al. [19]. This assay was carried out with a Liquid Scintillation
Spectrophotometer (TriCrab 2800TR, PerkinElmer) in the out-of-coincidence mode at
room temperature. This method consists of adding a highly unstable organic synthetic
hydroperoxide to the sample homogenates and the observation of the response.
Hydroperoxides can react with membrane lipids, which initiate[s] a lipid peroxidation
process, yielding singlet oxygen and excited carbonyls. These species are excited and can
be stabilized by light emission. The heart supernatant fractions were diluted in 140
mmol/l KCl and 20 mmol/l phosphate buffer, pH 7.4, which were added to glass tubes
placed in scintillation vials. Then, 3 mmol/l of tert-butylhydroperoxide was added, and
chemiluminescence was determined by the maximal level of emission. The results were
reported as counts per second (cps)/mg of protein.
Superoxide dismutase activity was measured spectrophotometrically in heart
homogenates by rate inhibition of pyrogallol auto oxidation at 420 nm [20]. Enzyme
activity was reported as U/mg protein. Catalase activity was measured by monitoring the
decrease in H2O2 concentration at 240 nm, and the results are reported as pmol of
H2O2/mg protein [21]. Glutathione peroxidase activity was determined in cardiac samples
by monitoring NADPH oxidation spectrophotometrically at 340 nm, and the results are
reported as nmol/min/mg protein [22].
Statistics analysis. Data are expressed as means ± standard errors. Two-way ANOVA
followed by the Student-Newman-Keuls test were used to compare groups. Pearson
correlation was used to study the association between variables. Significance level was
established at p<0.05.
RESULTS
151
Maximal Exercise Test
Exercise capacity was evaluated through performance in the maximal treadmill test.
Exercise capacity was higher in hypertensive groups at the beginning and at the end of
the exercise training protocol when compared to normotensive groups. Moreover, the
animals undergoing exercise training protocol showed an increase in maximum running
speed when compared to the respective sedentary group after 8 weeks of training (Table
1).
Metabolic evaluation
Metabolic evaluations are shown in Table 1. SHR groups (SHOF and THOF) had lower
body weight than normotensive rats (SOF and TOF). All groups showed higher body
weight at the end of the protocol when compared to the respective values at ovariectomy.
Exercise training reduced blood glucose in TOF and THOF groups and triglycerides in
TOF group. The hypertensive groups presented a decrease in insulin sensitivity after 10
weeks of fructose overload when compared to normotensive groups. At the end of the
protocol (19 wks of fructose overload) the SOF group also showed reduced kitt in
relation to its initial values, and no difference was observed between SOF, SHOF and
THOF groups at this time. However, the TOF group presented increased insulin
sensitivity when compared to SOF group at the end of the protocol (Table 1).
Hemodynamic Assessments
As shown in Table 2, the hypertensive rats (SHOF and THOF groups) showed higher AP
when compared to normotensive rats (SOF and TOF groups). Additionally, the SHOF
group showed resting tachycardia (vs. SOF). However, the trained animals (TOF and
THOF groups) presented resting bradycardia when compared to sedentary animals (SOF
and SHOF groups).
152
Cardiovascular Autonomic Modulation
Hypertension induced a reduction in SD-PI, RMSSD and VAR-PI when compared to
SOF and SHOF rats. Exercise training induced an increase in RMSSD and VAR-PI in the
TOF group when compared to SOF and THOF groups; however, VAR-PI was higher in
THOF group in relation to SHOF group (Table 2).
The LF band of PI showed an exacerbated reduction in both hypertensive groups when
compared to both normotensive groups. The HF band of PI was lower in THOF groups in
relation to TOF group (Table 2).
Hypertensive rats showed an increase in VAR-SAP, although exercise training attenuated
this dysfunction, as demonstrated by the fact that VAR-SAP was lower in THOF group
in relation to SHOF group (SOF: 23.13 ± 3.38; TOF: 23.65 ± 2.09; SHOF: 74.16 ± 6.63;
THOF: 49.17 ± 4.86 mmHg2) (Figure 1A). The LF band of SAP was higher in SHOF
group when compared to SOF and TOF groups (SOF: 9.24 ± 1.19; TOF: 6.10 ± 0.54;
SHOF: 15.54 ± 2.35; THOF: 7.97 ± 1.69 mmHg2). However, exercise training was
effective in normalizing this variable in THOF (Figure 1B).
The sedentary SHR animals showed a reduction in the α index in relation to sedentary
normotensive rats (SHOF: 0.34 ± 0.16 ms/mmHg vs. 0.73 ± 0.08 ms/mmHg in SOF).
Exercise training induced an increase in spontaneous baroreflex sensitivity in both trained
groups when compared to their respective sedentary groups (TOF: 1.06 ± 0.09 vs. SOF:
0.73±0.08 ms/mmHg and THOF: 0.56 ± 0.07 vs. SHOF: 0.34 ± 0.16 ms/mmHg).
However, alpha index was higher in THO rats when compared to TOHF and SHOF rats
(Figure 1C).
Oxidative Stress Profile
153
Cardiac lipid peroxidation, as analyzed by chemiluminescence, was lower in TOF
and THOF groups (9270 ± 1438 and 11183 ± 818 cps/mg protein) when compared to
SOF and SHOF groups (15432 ± 1010 and 14914 ± 2159 cps/mg protein).
No differences were found in superoxide dismutase (SOF: 12.56 ± 2.09; TOF:
12.04 ± 0.94; SHOF: 10.53 ± 0.65; THOF: 10.72 ± 0.75 USOD/mg protein) and
glutathione peroxidase activities (SOF: 14.14 ± 1.58; TOF: 12.68 ± 0.80; SHOF: 15.61 ±
1.29; THOF: 14.26 ± 1.34 nmol/mg protein) among the studied groups. However, cardiac
catalase concentration was increased in both trained groups when compared to their
respective sedentary pairs (SOF: 52.39 ± 4.80 and SHOF: 60.79 ± 4.97 vs. TOF: 80.17 ±
8.27 and THOF: 82.35 ± 4.58 pmol/mg protein).
Negative correlations were obtained between RMSSD and chemiluminescence
(r=-0.60, p<0.05) (Figure 2A) and alpha index and chemiluninescence (r= -0.63, p<0.05)
(Figure 2B).
DISCUSSION
Our results showed the adverse cardiometabolic effects of fructose consumption
associated with hypertension, determined genetically in SHR, in an experimental model
with similar dysfunctions observed in metabolic syndrome. Given that this syndrome is
more prevalent on women in climacterium, the ovarian hormone deprivation model used
in this study enabled us to evaluate the metabolic syndrome characteristics in ovarian
hormone absence. Finally, the use of aerobic training also enabled us to clearly
demonstrate the benefits of this non-pharmacological approach that, in partly, it seems
attenuated when to be added cardiovascular risks factors.
The experimental model of menopause induced by ovariectomy has been extensively
used in relatively young (6 to 12 weeks) female OVX rats for short periods (3 to 9
154
weeks). The model promotes metabolic and hemodynamic alterations similar to those
observed in postmenopausal women [23, 24,25,26,27]. Although this model may not be
appropriate to determine long-term changes in cardiovascular regulation after menopause,
the OVX procedure is an effective way to simulate menopause status and promotes
increased body weight, blood glucose and blood pressure, together with a reduction in
baroreflex sensitivity and impairment in cardiovascular autonomic modulation when
compared to rats of the same age with intact ovaries [11,23,25,26,27,28].
In normotensive ovariectomized rats undergoing fructose overload, exercise training
(TOF group) promoted an improvement in exercise capacity and a reduction in blood
glucose, triglycerides and insulin resistance associated with resting bradycardia and
increased RMSSD, PI-VAR and alpha index (spontaneous baroreflex sensitivity).
Possibly, this increase in cardiac parasympathetic modulation (RMSSD and PI-VAR)
might be associated with the improved alpha index, as well as decreased cardiac lipid
peroxidation (chemiluninescence) and increased catalase concentration.
In fact, several physiological alterations may be associated with both fructose
consumption and the onset of menopause, e.g., increased body weight, reduction in
insulin sensitivity, hypertriglyceridemia and high blood pressure [6,11,29,30]. However,
differences in body weight have not been found after fructose overload in SHR rats [31]
and some studies failed to demonstrate any reduction in body weight, neither in trained
males [32] nor in female [33] SHR animals. Despite unchanged body weight at the end of
the protocol, we observed in the present study increased values of blood glucose and
triglyceride together with impaired insulin sensitivity in sedentary normotensive or
hypertensive fructose groups when compared to previously published data for control rats
[5,7]. In these sense, it has been demonstrated that the exposure of the liver to large
quantities of fructose promotes a rapid stimulation of lipogenesis, which contributes to
155
triglyceride accumulation and leads to a decreased number of insulin receptors and,
consequently, to decreased insulin sensitivity [34]. Indeed, a causative link between
elevated circulating triglyceride and impaired insulin action has been observed in
fructose-fed rats in other studies [29,30,35]. Moreover, the sustained elevation of plasma
triglyceride concentrations after fructose ingestion suggests that chronic consumption of
fructose could also contribute to cardiovascular disease [23,36].
Importantly, we also observed in this study that exercise training reduced both blood
glucose and triglyceride levels along with insulin resistance in trained ovariectomized rats
undergoing fructose overload (TOF group). However, it should be emphasized that these
metabolic benefits were sharply attenuated in hypertensive rats, since only reduced
glycemia was observed in THOF group when compared to SHOF group. A probable
mechanism for exercise training improvement of fructose-induced hypertriglyceridemia
would then be the suppression of the conversion of fructose into triglycerides at the liver
and the promotion of triglyceride muscle utilization, since trained rats increased uptake,
activation, and oxidation of fatty acids in muscle tissue [34]. In this regard, the higher
velocity obtained in the maximal exercise tests after 4 and 8 weeks of exercise training in
trained groups is a marker of effectiveness of the exercise training protocol applied in the
present study [11,15,23,28,37].
Although the causes of higher cardiovascular morbidity and mortality in postmenopausal
women remain poorly understood, they may involve changes in arterial pressure (AP) and
its regulation after estrogen deprivation [38,39,40]. Moreover, low baroreflex sensitivity,
a marker of autonomic control, is associated with severity of cardiovascular disease
[41,42]. In these sense, fructose overload promotes an increase in AP which may be
attributed to increased VAR-SAP and LF-SAP [43] and a reduction in spontaneous
baroreflex sensitivity [44] in male mice. In the present study the hypertensive
156
ovariectomized rats undergoing fructose overload (SHOF group) showed a well
established systolic and diastolic hypertension accompanied by resting tachycardia,
reduced cardiac parasympathetic modulation (SD-PI, RMSSD, VAR-PI), increased
vascular sympathetic modulation (LF-SAP band and SAP-VAR), and impairment in
spontaneous baroreflex sensitivity (alpha index) in relation to normotensive rats
undergoing fructose overload (vs. SOF group). We also observed an exacerbated
reduction in LF band of PI, which has been associated with cardiac sympathetic
overactivity in heart failure. It should be noted that although exercise training did not
reduce AP among hypertensive rats, this approach induced attenuation of the resting
tachycardia, reduction in vascular sympathetic modulation (LF-SAP band, SAP-VAR)
and increase in VAR-PI and in spontaneous baroreflex (alpha index) in hypertensive rats
(THOF vs. SHOF).
In this study, exercise training promoted improvement in spontaneous baroreflex
sensitivity in both trained groups (TOF and THOF), but hypertensive rats (THOF group)
showed a reduction in this parameter when compared to normotensive group (TOF
group). The reduced alpha index in hypertensive groups (vs. normotensive) may be
related to the inefficiency of exercise training in lowering blood pressure and normalizing
cardiac and vascular autonomic modulation in THOF group (vs. SHOF). The mechanism
involved in baroreflex sensitivity improvement after exercise training in the present study
can be associated with a reduction of LF-SAP band and in VAR-SAP in THOF group (vs.
SHOF), as well as an improvement in VAR-PI. In fact, we have recently reported
improved baroreflex sensitivity associated with improved sympathovagal cardiac balance
in infarcted [45] or diabetic ovariectomized rats undergoing exercise training [28].
Beyond alterations in the efferent branch of baroreflex, there is a general agreement that
the afferent pathway of this reflex is important for the activation of neurovascular
157
adjustments to exercise training, since improved baroreflex sensitivity in trained SHR rats
has been related to a significant increase in aortic depressor nervous activity [46].
Furthermore, we may speculate that after exercise training, arterial compliance would be
improved at the vascular network [47,48], including the aorta and carotid arteries, thus
ameliorating the mechanic transduction of baroreceptors and, consequently, baroreflex
control. In this respect, Bertagnolli et al. [12] have reported a significant improvement in
oxidative stress of the aorta in trained SHR, associated with an increase in baroreflex
sensitivity in trained rats. Finally, we cannot rule out that the changes in central nervous
system may be related to the improvement in baroreflex sensitivity after exercise training.
In fact, Felix et al. [49] have recently observed that exercise training normalizes the
central high angiotensinogen RNAm levels in SHR.
Previous studies have shown that the consumption of a high fructose diet negatively
affects the balance between free radical production and antioxidant defense in rats,
leading to increased lipid susceptibly to peroxidation [50,51]. Lipid peroxidation
indicates oxidative damage particularly in the membrane lipids, and its association with
decreased antioxidant defense determines oxidative stress status [19]. Female
ovariectomized rats have demonstrated a higher susceptibility to lipid peroxidation in fed
sucrose [50]. Bertagnolli et al [12,13] have shown that trained male SHR showed reduced
cardiac lipid peroxidation correlated with autonomic improvement. In our study, both
trained groups presented reduced cardiac lipoperoxidation, as evaluated by
chemiluminescence, and increased catalase, while no differences were found in
superoxide dismutase and glutathione peroxidase activities among studied groups. Girard
et al. [31] have demonstrated similar results in cardiac tissue of male Wistar rats and SHR
undergoing fructose overload. Moreover, our data reinforces the role of exercise training
in the increase in antioxidant defenses, which leads to improvement in the oxidative
158
stress profile, as previously observed in trained male SHR and ovariectomized Wistar rats
[11,12].
It should be stressed that although hypertension adversely affects exercise training
benefits in rats undergoing fructose consumption, our study demonstrated correlations
between training-induced cardiovascular autonomic improvement and oxidative stress
reduction, thus indicating that rats presenting higher RMSSD (a parasympathetic index)
or baroreflex sensitivity also presented reduced cardiac lipoperoxidation. In fact, current
evidence points that parasympathetic function may modulate inflammatory and oxidative
stress in physiopathological conditions [52] In this sense, we hypothesize that aerobic
exercise training promoted cardiovascular autonomic control improvement which would,
in turn, trigger oxidative stress changes and prompt clinical cardiometabolic benefits in
this experimental model of metabolic syndrome.
In conclusion, hypertension promoted additional hemodynamic and autonomic
dysfunctions in fructose fed ovariectomized rats and abolished some aerobic exercise
training benefits. These alterations might very well be related to changes in
cardiovascular autonomic modulation associated with oxidative stress.
No disclosure
ACKNOWLEDGEMENTS
This study was supported by Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES-PROSUP), CNPq (563961/2010-4, 479766/2011-8) and FAPESP
(2010/17188-4, 2012/20141-5). K. De Angelis, M.C. Irigoyen and A Belló-Klein are the
recipients of CNPq-BPQ fellowships.
159
REFERENCES
1- Kannel WB (1996) Blood pressure as a cardiovascular risk factor: prevention and
treatment. JAMA 275(20): 1571-1576.
2- Kannel WB (1994) Rational for Treatment of Hypertension in the Elderly. Am J
Geriatr Cardiol 3(3): 33-45.
3- Kannel WB (2000) Fifty years of Framingham Study contributions to understanding
hypertension. J Hum Hypertens 14(2):83-90.
4- Zarich SW (2006) Metabolic syndrome, diabetes and cardiovascular events: current
controversies and recommendations. Minerva Cardioangiol 54(2): 195-214.
5- Brito JO, Ponciano K, Figueroa D, Bernardes N, Sanches IC, et al. (2008)
Parasympathetic dysfunction is associated with insulin resistance in fructose-fed
female rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research 4: 804-808.
6- Sowers MR , La Pietra M (2005) Menopause: its epidemiology and potential
association with chronic diseases. Epidemiol Rev 17: 287-302.
7- Sanches IC, de Oliveira Brito J, Candido GO, da Silva Dias D, Jorge L, et al. (2012)
Cardiometabolic benefits of exercise training in an experimental model of metabolic
syndrome and menopause. Menopause 19(5): 562-568.
8- Nightingale AK, Blackman DJ, Field R, Glover NJ, Pegge N, et al. (2003) Role of
nitric oxide and oxidative stress in baroreceptor dysfunction in patients with chronic
heart failure. Clin Sci (Lond) 104(5): 529-535.
9- Studinger P, Mersich B, Lénárd Z, Somogyi A, Kollai M (2004) Effect of vitamin E
on carotid artery elasticity and baroreflex gain in young, healthy adults. Auton
Neurosci 113(1-2): 63-70.
10- Li Z, Mao HZ, Abboud FM, Chapleau MW (1996) Oxygen-derived free radicals
contribute to baroreceptor dysfunction in atherosclerotic rabbits. Circ Res 79(4): 802-
811.
11- Irigoyen MC, Paulini J, Flores LJ, Flues K, Bertagnolli M et al (2005) Exercise
training improves baroreflex sensitivity associated with oxidative stress reduction in
ovariectomized rats. Hypertension 46: 998-1003.
12- Bertagnolli M, Campos C, Schenkel PC, de Oliveira VL, De Angelis K, et al. (2006)
Barorreflex sensivitivity improvement is association with decreased oxidative stress
in trained spontaneously hypertensive rat. J Hypertens 24: 2437-2443.
13- Bertagnolli M, Schenkel PC, Campos C, Mostarda CT, Casarini DE, et al. (2008)
Exercise training reduces sympathetic modulation on cardiovascular system and
cardiac oxidative stress in spontaneously hypertensive rats. Am J Hypertens 21:
1188-1193.
14- Heeren MV, De Sousa LE, Mostarda C, Moreira E, Machert H, et al. (2009) Exercise
improves cardiovascular control in a model of dislipidemia and menopause.
Maturitas 62: 200-4.
160
15- Rodrigues B, Figueroa DM, Mostarda CT, Heeren MV, Irigoyen MC, et al. (2007)
Maximal exercise test is a useful method for physical capacity and oxygen
consumption determination in streptozotocin-diabetic rats. Cardiovasc Diabetol 6:
38.
16- Bonora E, Moghetti P, Zancanaro C, Cigolini M, Querena M, et al. (1989) Estimates
of in vivo insulin action in man: comparison of insulin tolerance tests with
euglycemic and hyperglycemic glucose clamp studies. Journal of Clinical
Endocrinology and Metabolism 68: 374-378.
17- Soares PP, Da Nobrega AC, Ushizima MR, Irigoyen MC (2004) Cholinergic
stimulation with pyridostigmine increases heart rate variability and baroreflex
sensitivity in rats. Auton Neurosci 30: 24-31.
18- Lowry O, Rosebrough N, Farr A, Randall R (1951) Protein measurement with the
Folin phenol reagent. J Biol Chem 193: 265–275.
19- Gonzalez Flecha B, Llesuy S, Boveris A (1991) Hydroperoxide-initiated
chemiluminescence: an assay for oxidative stress in biopsies of heart, liver, and
muscle. Free Radical Biol Med 10: 1093-100.
20- Marklund S, Oreland L, Perdahl E, Winblad B (1983) Superoxide dismutase activity
in brains from chronic alcoholics. Drug Alcohol Depend 12: 209–215.
21- Boveris A, Chance B (1973) The mitochondrial generation of hydrogen peroxide.
General properties and effect of hyperbaric oxygen. Biochem J 134: 707-716.
22- Flohé L, Gunzler WA (1984) Assays of glutathione peroxidase. Methods Enzymol
105: 114-121.
23- Flues K, Paulini J, Brito S, Sanches IC, Consolim-Colombo F et al. (2010) Exercise
training associated with estrogen therapy induced cardiovascular benefits after
ovarian hormones deprivation. Maturitas 65: 267-271.
24- Kallen AN, Pal L (2011) Cardiovascular disease and ovarian function. Curr Opin
Obstet Gynecol 23: 258-267.
25- Moien-Afsjhari F, Kenyon E, Choy JC, Battistini B, McManus BM, et al. (2003)
Long-term effects of ovariectomy and estrogen replacement treatment on endothelial
function in mature rats. Maturitas 45: 213–223.
26- Hernandez I, Delgado JL, Díaz J, Quesada T, Teruel MJG, et al. (2000) 17-b
estradiol prevents oxidative stress and decreases blood pressure in ovariectomized
rats. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol 279: R1599-R1605.
27- Mosca L, Banka CL, Benjamin EJ, Berra K, Bushnell C, et al. (2007) Evidence-
based guidelines for cardiovascular disease prevention in women: 2007 update.
Circulation 115: 1481-1501.
28- Souza SBC, Flues K, Paulini J, Mostarda C, Rodrigues B, et al. (2007) Role of
exercise training in cardiovascular autonomic dysfunction and mortality in diabetic
ovariectomized rats. Hypertension 50: 786-791.
29- Elliott SS, Keim NL, Stern JS, Teff K, Havel PJ (2002) Fructose, weight gain, and
the insulin resistance syndrome. Am J Clin Nutr 76: 911-922.
30- Basciano H, Federico L, Adeli K (2005) Fructose, insulin resistance and metabolic
dyslipidemia. Nutrition & Metabolism 2(1): 5.
161
31- Girard A, Madani S, Boustani ESE, Belleville J, Prost J (2005) Changes in lipid
metabolism and antioxidant defense status in spontaneously hypertensive rats and
Wistar rats fed a diet enriched with fructose and satured fatty acids. Nutrition 21:
240-248.
32- Silva GJJ, Brum PC, Negrão CE, Krieger EM (1997) Acute and chronic effect of
exercise or baroreflex in spontaneausly hypertensive rats. Hypertension 30: 714-719.
33- MacDonnell SM, Kubo H, Crabbe DL, Renna BF, Reger PO, et al. (2005) Improved
myocardial beta-adrenergic responsiveness and signaling with exercise training in
hypertension. Circulation 111(25): 3420-3428.
34- Murakami T, Shimomura Y, Fujitsuka N, Sokabe M, Okamura K, et al. (1997)
Enlargement of glycogen store in rat liver and muscle by fructose-diet intake and
exercise training. J Appl Physiol 82: 772-775.
35- Thorburn AW, Storlein LH, Jenkins AB, Khouri S, Kraegen EW (1989) Fructose
induced in vitro insulin resistance and elevated plasma tryglicerides levels in rats.
Am J Clin Nutr 49: 1155-1163.
36- Bansal S, Buring JE, Rifai N, Mora S, Sacks FM, et al. (2007) Fasting compared
with nonfasting triglycerides and risk of cardiovascular events in women. JAMA
298: 309-316.
37- Kokkinos PF, Narayan P, Colleran JA, Pittaras A, Notargiacomo A, et al. (1995)
Effects of regular exercise on blood pressure and left ventricular hypertrophy in
African-American men with severe hypertension. N Engl J Med 333(22): 1462-1467.
38- Hunt BE, Taylor JA, Hamner JW, Gagnon M, Lipsitz LA (2001) Estrogen
replacement therapy improves baroreflex regulation of vascular sympathetic outflow
in postmenopausal women. Circulation 103(24): 2909-14.
39- Barrett-Connor E, Bush TL (1991) Estrogen and coronary heart disease in women.
JAMA 265(14): 1861-1867.
40- Vokonas PS, Kannel WB, Cupples LA (1988) Epidemiology and risk of
hypertension in the elderly: the Framingham Study. J Hypertens Suppl 6(1):S3-9.
41- Task Force of the European society of cardiology and the North American society of
pacing and electrophysiology (1996) Heart rate variability: Standards of
measurement, physiological interpretation, and clinical use. Circulation 93: 1043-
1065.
42- La Rovere MT, Bigger Jr JT, Marcus FI, Mortara A, Schwartz PJ (1998) Baroreflex
sensitivity and heart-rate variability in prediction of total cardiac mortality after
myocardial infarction. ATRAMI (Autonomic Tone and Reflexes After Myocardial
Infarction) Investigators. Lancet 351: 478-84.
43- Farah V, Elased K, Chen Y, Key M, Cunha T, et al. (2006) Nocturnal hypertension
in mice consuming a high fructose diet. Autonomic Neuro Science Basic and Clinical
130:41-50.
44- De Angelis K, Senador DD, Mostarda C, Irigoyen MC, Morris M (2012)
Sympathetic overactivity precedes metabolic dysfunction in a fructose model of
glucose intolerance in mice. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol 302:R950-7.
162
45- Flores LJ, Figueroa D, Sanches IC, Jorge L, Irigoyen MC, et al. (2010) Effects of
exercise training on autonomic dysfunction management in an experimental model of
menopause and myocardial infarction. Menopause 17: 712-717.
46- Brum PC, Da Silva GJ, Moreira ED, Ida F, Negrão CE, et al. (2000) Exercise
training increases baroreceptor gain sensitivity in normal and hypertensive rats.
Hypertension 36: 1018-1022.
47- Ulrika H, Andersson I, Naylor AS, Grönros J, Jonsdottir IH, et al. (2004) Voluntary
physical exercise-induced vascular effects is spontaneously hypertensive rats. Clin
Sci 107: 571-581.
48- Cameron JD, Dart AM (1994) Exercise training increases total systemic arterial
compliance in humans. Am J Physiol 266: H693-H701.
49- Felix JVC, Michelini LC (2007) Training-induced pressure fall in spontaneously
hypertensive rats is associated with reduced angiotensinogen, mRNA expression
within the nucleus tractus solitarii. Hypertension 50: 780-785.
50- Busseroles J, Mazur A, Gueux E, Rock E, Rayssiguier Y (2002) Metabolic syndrome
in the rat: females are protected against the pro-oxidant effect of a high sucrose diet.
Exp Biol Med 227: 837-842.
51- Busserolles J, Gueux E, Rock E, Demigne C, Mazur A, et al. (2003) Oligofructose
Protects against the Hypertriglyceridemic and Prooxidative. Effects of a High
Fructose Diet in Rats. J Nutrition 133(6):1903-1908.
52- Pavlov VA, Tracey KJ (2012) The vagus nerve and the inflammatory reflex-linking
immunity and metabolism. Nat Rev Endocrinol 8(12): 743-754.
163
Table 1. Metabolic evaluations in sedentary ovariectomized submitted to fructose
overload (SOF, n=8), trained ovariectomized submitted to fructose overload (TOF, n=8),
sedentary hypertensive ovariectomized submitted to fructose overload (SHOF, n=8),
trained hypertensive ovariectomized submitted to fructose overload (THOF, n=8).
PARAMETERS SOF TOF SHOF THOF
Physical capacity, km/h
10 wks-fructose 1.71±0.38 1.70±0.15 2.73±0.08† 2.79±0.08†‡
19 wks-fructose 1.55±0.21* 2.05±0.23†* 2.30±0.12†* 3.03±0.03†‡§*
Body weight, g
10 wks-fructose 246±8.9 248±4.9 192±11.3† 191±8.9†‡
19 wks-fructose 365±10.8* 329±15.7*† 257±9.6*† 245±10.8*†‡§
Blood glucose, mg/dL
10 wks-fructose 88±2.63 88±1.15 88±1.50 92±2.87
19 wks-fructose 94±2.06 80±3.30*† 88±1.59 80±1.54*†§
Triglycerides, mg/dL
10 wks-fructose 136±9.39 156±8.10 162±8.59 163±14.32
19 wks-fructose 161±12.81 94±7.26*† 145±6.09 147±6.49‡
Insulin Tolerance Test
(KITT %/min)
10 wks-fructose 5.30±0.37 4.93±0.38 3.97±0.18† 4.00±0.17†
19 wks-fructose 3.34±0.16* 4.55±0.22† 3.82±0.17 4.05±0.19
Data are reported mean ± SEM. 10 wks of fructose: after 10 weeks of fructose overload-
day before ovariectomy; 19 wks-fructose: after 19 weeks of fructose overload, at the end
of the exercise training period. *p<0.05 vs. 10 wks of fructose in the same group.
†p<0.05 vs SOF; ‡p<0.05 vs TOF; § p<0.05 vs SHOF.
164
Table 2. Hemodynamic evaluations and heart rate variablity in sedentary ovariectomized
submitted to fructose overload (SOF, n=8), trained ovariectomized submitted to fructose
overload (TOF, n=8), sedentary hypertensive ovariectomized submitted to fructose
overload (SHOF, n=8), trained hypertensive ovariectomized submitted to fructose
overload (THOF, n=8).
PARAMETERS SOF TOF SHOF THOF
SAP, mmHg 129±1.7 129±2.6 206±3.8† 210±10.9†‡
DAP, mmHg 93±2.4 96±1.5 153±2.5† 154±1.8†‡
MAP, mmHg 109±1.9 111±1.4 179±2.9† 180±1.6†‡
HR, bpm 358±7 334±6† 394±11† 348±6§
SD-PI, ms 7.26±0.56 10.03±0.85 6.80±0.43* 6.29±0.45*#
RMSSD, ms 4.56±0.23 5.64±0.48* 3.70±0.15* 3.45±0.17*#
VAR-PI, ms2 41.35±4.44 77.66±11.21* 29.49±4.07* 51.22±6.53#§
LF-PI, ms2 4.37±1.44 4.66±0.74 1.74±0.25* 1.42±0.21*#
HF-PI, ms2 6.49±0.99 8.51±0.82 4.96±0.54 4.14±0.64#
Data are reported mean ± SEM. SAP: systolic arterial pressure; DAP: diastolic arterial
pressure; MAP: mean arterial pressure; HR: heart rate; PI: pulse interval; SD: standard
deviation; VAR: total variance; LF: low frequency band; HF: high frequency band. †
p<0.05 vs SOF; ‡ p<0.05 vs TOF; § p<0.05 vs SHOF.
165
FIGURE CAPTIONS
Figure 1. A) Variance low-frequency band of systolic arterial pressure; B) Low-
frequency band of systolic arterial pressure; C) Spontaneous baroreflex sensitivity
evaluated by α index in SOF and TOF rats and in SHOF and THOF (n = 8 in each group).
† p<0.05 SOF, ‡ p< 0.05 vs TOF, § p< 0.05 vs SHOF. SOF, sedentary ovariectomized
submitted fructose overload; TOF, trained ovariectomized submitted fructose overload;
SHOF, sedentary hypertensive ovariectomized submitted to fructose overload; THOF,
trained hypertensive ovariectomized submitted to fructose overload
Figure 2. Negative correlation obtained by linear regression in SOF, TOF, SHOF and
THOF groups between A) RMSSD and chemiluminescence; and B) alpha index and
chemiluminescence.
166
Figure 1
167
Figure 2