universidade federal do vale do sÃo franscico …tcc/000002/0000021c.dissert_karina.pdf ·...

69
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Karina Costa Busato Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino Petrolina – PE 2010

Upload: others

Post on 18-Oct-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

Karina Costa Busato

Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

Petrolina – PE 2010

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

KARINA COSTA BUSATO

Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

Petrolina – PE 2010

PETROLINA - PE 2010

Trabalho apresentado a Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Campus Ciências Agrárias, como exigência para a obtenção do grau de Mestre, pelo Programa de pós-graduação em Ciência Animal.

Orientador: Prof. Dr. Mário Luiz Chizzotti Co-orientador: Profa. Dra. Sandra Mari Yamamoto

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

FOLHA DE APROVAÇÃO

Karina Costa Busato

Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências animal, pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.

______________________________________ Prof. Dr. Mário Luiz Chizzotti

Orientador (UNIVASF)

______________________________________ Prof. Dr. Gherman Garcia Leal de Araújo

(Embrapa Semi-Árido e CPGCA)

______________________________________ Salete Alves de Moraes (Embrapa Semi-Árido)

Petrolina, de de

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

BIOGRAFIA DO AUTOR

KARINA COSTA BUSATO – filha de Karin Costa Busato e Victório Arnal

Busato, nasceu em 16 de abril de 1980, na Cidade de Vitória, Espírito Santo - Brasil,

é Médica Veterinária formada pelo Centro Universitário Vila Velha – Vila Velha, ES,

Brasil, em julho de 2007. Realizou Mestrado em Ciência Animal na Universidade

Federal do Vale do são Francisco, onde defendeu a dissertação em Novembro de

2010.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

AGRADECIMENTOS

À Deus por me permitir concluir mais essa etapa da minha vida e por me dar

forças para continuar sempre

Ao Professor Mário Luiz Chizzotti, pela orientação, amizade e principalmente

por acreditar em mim

A meus queridos pais pelo carinho, apoio e pela ajuda com as análises!

À Universidade Federal do Vale do São Francisco e ao programa de Pós

Graduação em Ciência Animal, pela oportunidade de realizar o mestrado

À Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do estado de Pernambuco

(FACEPE) pela bolsa de mestrado concedida

Aos Doutores membros da Banca Examinadora, pelas contribuições nas

correções e sugestões, que permitiram o aprimoramento deste trabalho

Aos professores Mateus Matiuzzi e Adriana Mayumi Yano-Melo pelo apoio

nas horas difíceis

Aos amigos e companheiros de luta Rafael, Ivonete, Samara, João, Antônio,

Wagner e Camila pela força e amizade durante os experimentos

Aos companheiros de mestrado Lêlê, Márcia, Flávio, Luciana, Ricardo, Toni,

Alex e Tiago por dividirem esse sonho

À Suelen por ter sido minha mão amiga de todas as horas durante o tempo

que morei em Petrolina

Aos técnicos da UNIVASF, por toda a força, ensinamento e ajuda realizada

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

A Seu Arlindo, Tonho e Seu Geraldo, funcionários queridos da instituição, que

me auxiliaram bastante

Aos amigos que perto ou longe me ajudaram em mais esse degrau da minha

vida

À Marcel por todo carinho e apoio e por ter tornado o final dessa minha

jornada bem mais leve e divertido

Por fim a minha família, que mesmo longe, é essencial na minha vida. Só

cheguei aonde cheguei graças à força dada por vocês!

A todos o meu sincero, MUITO OBRIGADA!

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

RESUMO

Com o objetivo de se determinar a composição corporal e as exigências de energia e proteína para mantença e crescimento de caprinos nativos e mestiços de Boer, foi conduzido um experimento de abate comparativo com 60 animais, machos, inteiros, com peso vivo médio inicial de 15 kg, sendo 20 Canindés, 20 Moxotós e 20 mestiços, F1 Boer x SPRD. Destes, 15 foram abatidos no início do experimento, como referência, e os 45 restantes foram distribuídos aleatoriamente em três tratamentos: alimentação ao nível de mantença, alimentação restrita a 75% do consumo voluntário e alimentação à vontade. A dieta era constituída de capim elefante (Pennisetum purpureum) e concentrado a base de milho e farelo de soja, com relação volumoso concentrado de 40:60. O consumo foi determinado individualmente e diariamente. Para determinação da digestibilidade foram feitas três coletas de fezes, utilizando-se como indicador a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi). Amostras de alimento, sobras e fezes foram analisadas para determinação da proteína bruta, matéria seca, matéria mineral, extrato etéreo, fibra em detergente neutro, energia bruta e carboidrato não fibroso. Quando os animais ad libitum atingiram 25 kg, todos foram abatidos. Após o abate, os animais foram eviscerados e o conteúdo do trato gastrointestinal foi retirado para determinação do peso de corpo vazio (PCVZ). Carcaça, couro, cabeça, cauda, patas, sangue, órgãos e vísceras foram pesados separadamente, congelados, moídos, homogeneizados e amostrados para posterior análise química. A exigência de energia líquida para mantença (ELm) foi determinada pela relação exponencial da produção de calor (PC) e do consumo de energia metabolizável (CEM), utilizando-se a equação PC = a × e(b

× CEM). A exigência de energia líquida para ganho (ELg) foi determinada pela equação a × GPCVZb × PCVZ0,75, em que a e b são os coeficientes da regressão entre o logaritmo da ER e o logaritmo do ganho de peso de corpo vazio, enquanto a exigência de proteína líquida para ganho (PLg) foi obtida pela equação w × z × PCVZz-1, com w e z sendo os coeficientes da regressão entre o logaritmo da composição corporal de proteína e o logaritmo da PCVZ. A eficiência de utilização da energia metabolizável para mantença (Km) foi determinada como ELm/EMm. O coeficiente de inclinação da regressão da ER no CEM foi adotado como a eficiência de utilização da energia metabolizável para crescimento (Kg). A exigência de proteína líquida para mantença (PLm) foi calculada como 6,25 vezes o intercepto negativo da regressão linear entre o N retido e o N ingerido. Não houve diferença estatística nas ELm e PLm para as raças estudadas, sendo os valores encontrados de 74,1 kcal/kgPCVZ0.75 e 1,9 g/kgPCVZ0,75, respectivamente. A Km encontrada foi de 61%, enquanto a Kg foi de 33,6% para animais F1 Boer x SPRD, 38,6% para animais Canindé e 38,1% para animais Moxotó. As ELg e de Plg também não variaram entre as raças, sendo determinadas pelas equações 0,1560 × PCVZ0,75 × GPCVZ0,716 e 0,217 × PCVZ-0,0574, respectivamente. Não houve diferença estatística nas exigências nutricionais em energia e proteína entre caprinos de raças nativas e F1 Boer x SPRD, e os resultados encontrados foram inferiores aos valores recomendados pelo NRC 2007 para caprinos nativos e tipo carne. Palavras-chave: caprinos, abate comparativo, eficiência de utilização, energia líquida, proteína líquida

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

ABSTRACT To assess the net requirements of protein and energy for growth and maintenance a comparative slaughter trial was conducted with 60 goats (20 from the indigenous breed Moxotó, 20 from the indigenous breed Canindé and 20 F1 Boer x Non-descript goats (NDG), averaging 15 kg of body weight (BW). Fifteen animals were slaughtered at the beginning of the trial to determine the initial body composition. The remaining goats were randomly allocated on 3 treatments: fed at maintenance level, ad libitum consumption and restriction (75% of ad libitum consumption). The experimental diet consisted of Elephant grass (Pennisetum purpureum) plus a corn and soybean meal based concentrate mixture, in a roughage to concentrate ratio of 40:60. Dry matter intake (DMI) was determined individually and daily. Three samples of feces were collected to estimate diet digestibility, using indigestible neutral detergent fiber as indicator. Composites of feeds, orts and feces were analysed for crude protein, dry matter, ash, fat, neutral detergent fiber, gross energy and non fiber carbohydrates. Animals were slaughtered when animals fed ad libitum reached 25 kg. After slaughter the gastrointestinal tracts were cleaned to measure empty BW. Carcasses, hides, heads, tails, feet, blood, and organs were weighed separately, frozen, ground, homogenized and sub-sampled for chemical analyses. The maintenance requirement for net energy (NEm) was calculated following the non-linear method according to the equation HP = a × e (b × MEI). The growth requirement for net energy (NEg) was determined by the equation a × EBGb × EBW0.75, where EBW is empty BW; a and b are the antilog of the intercept and the slope of the linear regression of the log of the RE on the log of the empty body gain (EWG), while the growth requirement for net protein (NPg) was calculated by the equation w × z × EBWz-1, where w and z are the coefficients of the regression of the logarithm of the protein corporal composition on the logarithm of the EBW. The efficiency of energy utilization for maintenance (Km) was determined as NEm/MEm. The slope of the regression of retained energy (RE) on MEI was assumed to be the efficiency of energy utilization for growth (Kg). The maintenance requirement for net protein (NPm) was assumed to be 6.25 times the intercept of the linear regression of the retained N on N intake. There were no differences in NEm and NPm among breeds. The combined data indicated a NEm of 74.1 kcal.kg-0.75 of EBW.d-1 and a NPm of 1.9 g CP.kg-0.75 of EBW.d-1. The Km found was 61% while the Kg was 33.6% for F1 Boer x NDG, 38.6% for Canindé and 38.1% for Moxotó goats. There were also no differences in NEg and NPg among breeds, and they were determined by the equations 0.1560 × EBW0.75 × EBG0.716 and 0.217 × EBW-0.0574, respectively. We conclude that there were no differences in the energy and protein requirements for maintenance and growth among Indigenous and F1 Boer x NDG, and that these breeds have lower requirements than those values recommended by NRC 2007 for Indigenous and meat goats. Key words: indigenous goats, comparative slaughter, digestible energy, net energy, net protein

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADG Average daily gain BW Body weight CEM Consumo de energia metabolizável cm Centímetros CNF Carboidrato não fibroso CNFd Carboidrato não fibroso digestível CP Crude protein DE Digestible energy DM Dry matter DMI Dry matter intake EBF Empty body fat EBG Empty body gain EBP Empty body protein EBW Empty body weight ED Energia digestível EE Extrato etéreo/ Ether extract EEd Extrato etéreo digestível ELg Exigência de energia líquida para ganho ELm Exigência de energia líquida para mantença EM Energia metabolizável EMm Exigência de energia metabolizável para mantença ER Energia retida FDNcpD Fibra em detergente neutro corrigida para cinza e proteína digestível FDNi Fibra em detergente neutro indigestível GPCVZ Ganho de peso de corpo vazio HP Heat production Kg Kilogramas Kg Eficiência de utilização da energia metabolizável para ganho Kgord Eficiência de utilização da energia metabolizável para ganho de gordura Km Eficiência de utilização da energia metabolizável para mantença Kprot Eficiência de utilização da energia metabolizável para ganho de proteína Kcal Kilocalorias Mcal Megacalorias Mcal/kg Megacalorias por kilo ME Metabolizable energy MEI Metabolizable energy intake MEm Maintenance requirements for metabolizable energy mo Months N Nitrogênio/ nitrogen NDF Neutral detergent fiber NDG Non-descript goats NDT Nutrientes digestíveis totais NFC Nonfiber carbohidrates NEm Maintenance requirements for net energy NEg Growth requirements for net energy

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

NPm Maintenance requirement for net protein NPg Growth requirements for net protein PBd Proteína bruta digestível PC Produção de calor PCVZ Peso de corpo vazio PLg Exigência de proteína líquida para ganho PLm Exigência de proteína líquida para mantença PMm Exigência de proteína metabolizável para mantença PR Proteína retida RE Retained energy SBW Shrunk body weight SPRD Sem padrão racial definido TDN Total digestible nutrients VOM Visceral organ mass

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

SUMÁRIO

Capítulo 1

1. Introdução........................................................................................... 11

2. Revisão de literatura........................................................................... 14

2.1 Raças nativas: Moxotó e Canindé............................................... 14

2.2 A raça Boer.................................................................................. 15

2.3 Determinação da Composição Corporal...................................... 16

2.4 Exigências Nutricionais................................................................ 18

2.4.1 Exigências de Energia para Mantença............................... 19

2.4.2 Exigências de Energia para Ganho.................................... 22

2.4.3 Exigências de Proteína para Mantença............................. 23

2.4.4 Exigências de Proteína para Ganho.................................. 24

Capítulo 2 – Energy and Protein requirements for growth and maintenance

of Indigenous and Boer crossbred goats in the Semi-arid

region of Northeast Brazil 28

Abstract.................................................................................................... 29

1. Introduction......................................................................................... 30

2. Materials and Methods....................................................................... 31

3. Results and Discussion...................................................................... 36

4. Implications........................................................................................ 44

5. Literature Cited................................................................................... 45

6. Tables ................................................................................................ 50

Considerações Finais....................................................................................... 59

Referências Bibliográficas................................................................................ 60

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

10

» Capítulo 1Capítulo 1Capítulo 1Capítulo 1

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

11

1. INTRODUÇÃO

Não existem informações precisas sobre quando os caprinos foram

introduzidos na região semiárida nordestina, mas, provavelmente, os primeiros

animais tenham sido conduzidos por expedições responsáveis pela expansão da

pecuária bovina nos séculos XVI e XVII. A região do Vale do São Francisco foi uma

das primeiras regiões ocupadas para criação de gado, e ainda hoje concentra

grande parte do rebanho caprino nordestino, estimado em 8,63 milhões de cabeças

(mais de 90% do rebanho nacional) e distribuído principalmente nos estados da

Bahia, Pernambuco e Piauí (CONAB, 2006; IBGE, 2007).

Embora numericamente expressivos, os rebanhos caprinos do semiárido

apresentam índices acentuadamente reduzidos de desempenho decorrentes do

baixo nível tecnológico dos sistemas de produção. Não raramente a atividade se

caracteriza como uma economia de subsistência, voltada para o autoconsumo

familiar com venda do excedente em circuitos de comercialização. Para muitos

rebanhos a vegetação nativa da caatinga representa fonte alimentar básica, quando

não única, e a acentuada redução anual na oferta de forragem, durante as estações

secas, é o principal fator determinante do nível de produtividade. O sistema de

criação predominante é o extensivo, voltado para produção de carne, e os rebanhos

geralmente são constituídos de animais nativos, SPRD ou mestiços (oriundos do

cruzamento de animais SPRD, nativos e também animais exóticos) (MASON, 1980;

GUIMARÃES FILHO et al., 2000; ARAÚJO, 2003).

Dentre as raças nativas, duas de destaque são a Moxotó e a Canindé, que se

destacam por sua rusticidade, fertilidade, capacidade de aproveitar vegetação

grosseira e por serem perfeitamente adaptados ao ambiente semiárido, no entanto

são pouco especializadas na produção intensiva de leite e carne. Deste modo raças

exóticas, com destaque para a raça Boer, especializada em carne, vêm sendo

introduzidas na região, para através do cruzamento com raças nativas, aumentar a

produtividade dos rebanhos locais (SILVA et al., 1993; COUTO, 2001).

Além de melhorias genéticas, para se elevar os índices produtivos do rebanho,

torna-se necessário implementar práticas de manejo sanitário, e principalmente de

manejo nutricional. Nutrir adequadamente um caprino significa fornecer-lhe todos os

nutrientes em quantidade e proporção adequadas para atender às suas

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

12

necessidades, através de uma ração sem fatores tóxicos e no menor custo possível

(RIBEIRO, 1997). Assim, para se alimentar adequadamente uma determinada

espécie torna-se necessário o conhecimento de suas exigências em nutrientes.

As recomendações de exigências nutricionais para caprinos adotadas no Brasil

foram desenvolvidas em outros países, com condições climáticas e alimentos

diferentes dos encontrados aqui, e, muitas vezes, extrapoladas de dados obtidos

com bovinos e ovinos. Apesar da similaridade dessas espécies no processo

digestivo, há diferenças significativas entre elas, tais como, hábito alimentar,

atividades físicas, requerimento de água, seletividade alimentar, composição do leite

e da carcaça, desordens metabólicas e parasitas, que justificam o estudo isolado da

espécie (NRC, 2007).

A estimativa das exigências nutricionais exige conhecimento da composição

corporal e do ganho em peso, uma vez que estas estão diretamente relacionadas. A

composição corporal refere-se à composição química de todo o corpo do animal

(TEIXEIRA, 2004; ALVES et al., 2008a), sendo representada pelos teores de água,

gordura, proteína e minerais. Esses componentes variam com o crescimento e com

diversos fatores, e dentro de uma mesma espécie, cada raça apresenta uma

velocidade de formação dos tecidos. Normalmente, raças de pequeno porte

apresentam menores velocidades de ganho em peso quando comparadas às raças

de maior tamanho, e, assim, a composição corporal em músculo, osso e gordura são

diferentes, em razão do diferencial de desenvolvimento dos seus tecidos (MATTOS,

2005), e essas variações induzem diferenças nas exigências nutricionais dos

animais.

Basicamente, a exigência dos animais inclui as necessidades de nutrientes

para mantença e produção (que engloba crescimento, engorda, gestação e

lactação). A soma dessas necessidades representa os requerimentos líquidos dos

animais, e a partir destas exigências líquidas e da digestibilidade do alimento é que

se obtêm as exigências dietéticas (COELHO DA SILVA e LEÃO, 1979).

Apesar da importância da determinação da composição corporal e das

exigências nutricionais, ainda são incipientes as informações disponíveis para

caprinos nativos, comprovando a necessidade de se desenvolver novas pesquisas

nessa área.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

13

Diante do exposto, o presente trabalho foi conduzido objetivando-se determinar

as exigências nutricionais de energia e proteína de caprinos nativos (Canindé e

Moxotó) e mestiços de Boer criados no semiárido nordestino.

Essa dissertação foi redigida no formato de artigo científico, tendo sido o

mesmo redigido de acordo com as normas do Journal of Animal Science and

Technology.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

14

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1- Raças nativas: Moxotó e Canindé

Os caprinos nativos desempenham um papel importante para a região

semiárida do Nordeste do Brasil, auxiliando na fixação do homem ao campo, por

representarem uma fonte de proteína animal de alto valor biológico disponível para

as populações de baixa renda. Eles são descendentes dos tipos trazidos pelos

colonizadores portugueses, e em decorrência do processo de seleção natural que

sofreram ao longo das gerações, desenvolveram alta capacidade de sobrevivência e

alta prolificidade (SOUZA e PIMENTA FILHO, 1991) tolerando bem o rigor do clima e

se adequando aos sistemas de produção predominantes na região. No entanto

ainda são pouco especializados para produção intensiva de leite e carne, mesmo

porque, normalmente estão submetidos somente a ambientes restritivos.

Apesar de apresentarem baixa produtividade, os caprinos nativos apresentam

grande potencial produtivo a ser explorado. Santos (apud RIBEIRO, 1999)

estimaram produção média diária de leite da raça Canindé em 0,760 kg e Souza

(apud RIBEIRO, 1999), a de cabras Moxotó em 0,800 kg. Com relação às

características de carcaça, Bellaver et al., (1983), avaliando as raças Moxotó,

Canindé, Marota e Repartida, encontraram rendimentos de carcaça quente e fria, em

relação ao peso corporal ao abate, de 39,5 e 40,6%, respectivamente. Já Figueiredo

e Padilha (apud COSTA et al., 1990), estudando características de caprinos nativos

criados em sistema tradicional de manejo no Nordeste do Brasil, verificaram

rendimento de carcaça em torno de 34,5 e 39,4%, respectivamente.

Dentro das raças nativas, duas que se destacam são a Moxotó e a Canindé.

A raça Moxotó é a mais antiga das raças nativas, oficializada em 1993 pela

Associação Brasileira de Criadores de Caprinos – ABCC (2000). O nome "Moxotó"

provém do vale do Rio Moxotó, no estado de Pernambuco, onde se concentrava a

raça (RIBEIRO, 1999). Embora não seja grande, graças à sua musculatura geral,

conformação e ossatura leve, é boa produtora de carne e apresenta pele de

excelente qualidade. Na atualidade tem sido criada principalmente na Bahia, Ceará,

Paraíba, Pernambuco e Piauí.

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

15

Os machos Moxotó apresentam em média 70 cm de altura, enquanto as

fêmeas 62 cm. O peso ao nascimento varia de 2 a 2,3 kg, e o peso adulto de 31 a 34

kg, para fêmeas e machos, respectivamente. A pelagem é branca ou baia com o

ventre e as extremidades dos membros de coloração preta. Há uma listra negra ao

longo do dorso do animal bem como bilateralmente na cabeça, se estendendo da

base dos chifres a ponta do focinho. Por essas características a raça também é

denominada de lombo preto. As orelhas são pequenas e mucosas, cascos e úbere

são pigmentados. Os pêlos são curtos e brilhantes, não sendo permitidos pêlos

longos. (EMBRAPA, 2009; SEBRAE, 2009; UFPI, 2009).

Acredita-se que a raça Canindé seja nativa da região do Vale do Rio Canindé

no estado do Piauí e originária da raça Grisonne Negra, dos Alpes Suíços, trazida

pelos portugueses na época da colonização. Atualmente é encontrada nos estados

do Piauí, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. É rústica, prolífica,

pouco exigente e resistente a doenças. Tem aptidão mista, apresentando produção

de leite superior à registrada para os demais caprinos nacionais (400 a 800 mL/dia)

(MACHADO, 2001; EMBRAPA, 2009).

A raça apresenta pelagem preta com o ventre e parte distal dos membros de

cor branca. A região cervical ventral apresenta uma mancha branca de tamanho

variado e a cabeça, listras bilaterais também brancas que se estendem do chanfro

até o focinho, que é negro. Os cascos são sempre pretos. É comum encontrar

animais com a pelagem preta e vermelha ao invés de preta e branca. O peso

corporal médio é de 35 a 40 kg e altura de aproximadamente 55 cm (EMBRAPA,

2009; SEBRAE, 2009; UFPI, 2009). Foi homologada em Livro de Registro como raça

desde 1981(ARAUJO et al., 2008).

2.2 A Raça Boer

A raça Boer é originária da África do Sul, resultado do cruzamento de várias

raças, principalmente Indiana e Angorá (ANDRIGUETTO et al., 2002). Tendo se

desenvolvido por seleção natural sob as condições de estresse do ambiente africano

(SOUZA et al., 1997). A raça foi introduzida no Brasil, na década de 90 (QUADROS,

2005). O corpo é totalmente branco enquanto a pelagem da cabeça e pescoço é

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

16

vermelha (variando do claro ao escuro), podendo ter uma mancha branca na face. É

um animal pesado, com boa cobertura muscular. Tem excelente produção de carne

e as fêmeas possuem leite suficiente para alimentar suas crias.

Os animais dessa raça podem alcançar aos oito meses peso de 64 kg e aos 12

meses, 92,2 kg. Quando comparados a caprinos nascidos e criados no Brasil,

apresentaram perímetros de coxa de 36,8 cm, contra 34,6 e 22,4 cm de caprinos

Anglo-Nubiano e Canindé, respectivamente, demonstrando um tipo adequado para o

abate. Também tiveram maiores ganhos de peso médio diários do nascimento ao

desmame e do desmame aos 196 dias de idade e maiores rendimentos de carcaças

(141,7 g, 62 g e 47-52%, respectivamente) quando comparados a caprinos SPRD,

Anglo-Nubiana, Alpina e Canindé (73 g, 23,8 g e 42- 44%; 89,2 g, 47,6 g e 44-47%;

98,2 g, 41,6 g e 41-44% e 64,7 g, 22,6 g e 41-44%, respectivamente (SOUZA et al.,

1997).

Caprinos Boer são rústicos, se adaptam a várias condições de ambiente, tem

rápida taxa de crescimento, alta fertilidade e fecundidade. Além disso, possuem a

capacidade de transmitir suas qualidades superiores quando utilizados em sistemas

de cruzamento, e por isso têm sido utilizados no melhoramento genético de caprinos

nordestinos (DUARTE et al., 2003; QUADROS, 2005; EMBRAPA, 2009; SEBRAE,

2009).

2.3 Determinação da Composição Corporal

A determinação da composição química do corpo e do ganho em peso é o

primeiro passo para a determinação dos requerimentos nutricionais de uma

categoria animal (VALADARES FILHO et al., 2010), já que na determinação das

exigências para ganho em peso, considera-se a variação da composição corporal,

em função do aumento de peso dos animais.

O termo composição corporal refere-se à composição química do corpo, ou

seja, às quantidades de água, gordura, proteína e minerais (os carboidratos não são

considerados porque ocorrem em níveis baixos e constantes, cerca de 0,7% na

matéria seca), e vários fatores como genótipo, estádio fisiológico, sexo, peso, idade,

composição da dieta e categoria animal podem interferir na composição corporal e

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

17

conseqüentemente na quantidade e local de deposição dos tecidos (AFRC, 1993).

De acordo com o ARC (1980), à medida que a idade avança, aumenta o conteúdo

de gordura e diminui o de proteína no corpo e no ganho em peso. Ainda, em uma

mesma espécie, cada raça apresenta um modelo de desenvolvimento ou velocidade

de formação dos tecidos. Normalmente, quando comparadas às raças de maior

tamanho, as de pequeno porte apresentam menores velocidades de ganho em peso

e, assim, a composição corporal em músculo, osso e gordura são diferentes, em

razão do diferencial de desenvolvimento dos seus tecidos (MATTOS, 2005)

De acordo com Lofgreen et al., (1962) a composição corporal está relacionada

a composição de corpo vazio, que é obtido pela diferença entre o peso vivo (PV) e o

peso dos conteúdos do trato gastrointestinal e bexiga. Alguns métodos foram

propostos para a estimativa da composição corporal, uns realizados no animal vivo e

outros determinados após o abate.

As metodologias realizadas no animal vivo permitem avaliar a composição

corporal várias vezes no mesmo animal e não são destrutivas, no entanto algumas

delas não apresentam grande grau de precisão (HENRIQUE, 2002), e ainda, apesar

de serem mais facilmente obtidas, elas devem ser desenvolvidas ou aferidas em

comparação com o método direto (RESENDE, 1989). Dentre as principais

metodologias destacam-se a ultra-sonografia (EDWARDS et al., 1989; STANFORD

et al., 1995), a condutividade elétrica do corpo ou Tobec (WISHMEYER et al., 1996),

Impedância bioelétrica ou Bia (BERG e MARCHELLO, 1994; BERG et al., 1996), e

técnicas de diluição utilizando uréia (KOCH e PRESTON,1979) e água tritiada

(RESENDE, 1989; DUNSHEA et al., 1990) ou de óxido de deutério (MARTIN e

EHLE, 1986). Esses métodos baseiam-se no fato de que a composição do corpo

vazio seco e desengordurado é quase constante, sendo assim, a composição

corporal poderia ser estimada com precisão determinando-se os teores de água e

gordura do corpo.

Na determinação da composição corporal do animal após o abate tem-se o

método direto (RESENDE, 1989), a composição da seção da 9ª a 11ª costelas

(HANKINGS e HOWE, 1946), gravidade específica da carcaça e da seção da costela

(RESENDE, 1989) etc.

Embora seja um procedimento trabalhoso e caro, pois exige abate dos animais,

permite apenas uma única avaliação e ainda exige uma infra-estrutura adequada

para sua realização, a determinação direta é a forma mais acurada de se obter a

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

18

composição corporal, consistindo na análise química de todos os tecidos do animal

(músculo, gordura, ossos e vísceras). Utiliza-se a técnica do abate comparativo, de

Lofgreen e Garret (1968), em que um grupo de animais, denominado de animais

referência, é abatido no início do experimento para determinação da composição

corporal inicial, enquanto o restante dos animais é abatido no final do período

experimental e fornecem a composição corporal final para cada nutriente, e a partir

da diferença entre a composição corporal final e inicial, estima-se a composição do

ganho dos nutrientes por kg de ganho em peso, e também a exigência líquida destes

nutrientes para o referido ganho.

O ARC (1980) propôs que a composição corporal de animais em crescimento

pode ser estimada a partir de equações de predição da quantidade dos nutrientes

por kg de peso de corpo vazio, que podem ser obtidas por meio da equação

alométrica logaritmizada da quantidade do nutriente presente no corpo vazio, em

função do peso de corpo vazio (PCVZ): Log y = a + b log x, onde:

Log y = logaritmo da quantidade total do nutriente no corpo vazio (g);

a = intercepto;

b = coeficiente de regressão da quantidade do nutriente em função de PCVZ

x = peso de corpo vazio (kg).

Em trabalhos desenvolvidos no Brasil com caprinos em crescimento, a

composição corporal tem variado de 58,4 a 68,4% de água, 17,2 a 20,8% de

proteína, 5,1 a 18% de gordura e 2,04 a 4,9% de cinzas (RESENDE, 1989; SOUZA

et al., 1998b; FERREIRA et al., 2005; FERNANDES et al., 2007; NÓBREGA et al.,

2008; ALVES et al., 2008a). Essas variações na composição corporal podem ser

decorrentes de diferenças entre raças ou ainda de diferenças nos estágios de

maturidade dos animais utilizados.

2.4 Exigências Nutricionais

O conhecimento das exigências nutricionais além de permitir o fornecimento de

uma dieta equilibrada, potencializando a conversão de nutrientes em produtos finais

(carne, leite e couro), também reduz o desperdício de nutrientes e a deposição de

poluentes no ambiente. As exigências não são fixas, podendo variar com fatores

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

19

como raça, estado produtivo do animal, condições ambientais, qualidade e

quantidade de alimento disponível, de modo que, em sistemas de produção, as

exigências devem ser periodicamente ajustadas (NSAHLAI, et al., 2004).

Muitas das recomendações nutricionais disponíveis para caprinos utilizaram ou

extrapolaram dados obtidos com ovinos ou bovinos, o que não é indicado em razão

das diferenças existentes entre essas espécies, tais como: hábitos alimentares,

atividades físicas, atividade metabólica, requerimentos de água, composição do leite,

composição da carcaça, mecanismos de adaptação, parasitas, entre outros (NRC,

2007).

Dos métodos utilizados para estimativa dos requerimentos nutricionais, o

fatorial tem sido considerado como o mais adequado, consistindo no fracionamento

das exigências dos animais em seus diversos componentes de produção (exigência

total = exigência de mantença + exigência de ganho + exigência de gestação +

exigência de lactação + exigência para exercício ou trabalho) (RESENDE et al.,

2001).

Basicamente, a exigência dos animais inclui as necessidades de nutrientes

para mantença e produção (crescimento, engorda, gestação e lactação). A soma

dessas necessidades representa a exigência líquida dos animais. A partir desta

exigência líquida e da digestibilidade do alimento, obtém-se a exigência dietética

(COELHO DA SILVA e LEÃO, 1979).

2.4.1 Exigências de Energia para Mantença

A energia é definida como a capacidade de realizar trabalho, sendo requerida

por todos os seres vivos para manutenção de suas funções vitais (VALADARES

FILHO et al., 2005) e em termos de quantidade, é possivelmente a exigência mais

relevante para o metabolismo animal. Sua deficiência manifesta-se por falta de

crescimento, falhas na reprodução e perda das reservas corporais, reduzindo a

produtividade animal (LUO et al., 2004).

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

20

Os requerimentos energéticos podem ser afetados pela idade, peso a

maturidade, atividade muscular, nível de consumo, genótipo, gênero, composição

corporal, parasitismo e fatores do meio ambiente, como temperatura, umidade,

intensidade solar e velocidade do vento (NRC, 2007).

Existem basicamente três métodos de determinação das exigências de

mantença: ensaios de alimentação, método calorimétrico e abate comparativo (ARC,

1980). Neste último, são mensurados o consumo de energia metabolizável (CEM) e

a energia retida no corpo (ER), enquanto a produção de calor (PC) é obtida por

diferença, conforme a equação: CEM = ER + PC. Os animais são alimentados com

diferentes níveis de CEM (seja por dietas diferentes ou a mesma dieta em diferentes

níveis de oferta), resultando em variação na ER e na PC. Ao final do período de

alimentação, quando os animais são abatidos, obtêm-se sua composição corporal,

de forma que torna-se possível calcular a quantidade de energia e proteína retidas

ao longo do experimento. Para determinação da PC, resta se determinar o CEM.

Segundo o NRC (2000) a energia metabolizável (EM) é obtida pela

mensuração da energia bruta (EB) da dieta e pelas perdas energéticas via fezes,

urina e gases. O consumo deve ser conhecido e coletas totais de fezes e urina

devem ser realizadas, com posteriores mensurações de suas densidades

energéticas. A produção de gases pode ser medida ou estimada.

No Brasil, verifica-se que a concentração de EM das dietas tem sido medida

em ensaios de digestibilidade. A partir desses ensaios, obtêm-se o teor de NDT das

dietas, pela fórmula descrita por Weiss (1999): NDT = PBD + 2,25 x EED + CNFD +

FDNcpD, em que PBD = proteína bruta digestível, EED = extrato etéreo digestível,

CNFD = carboidratos não-fibrosos digestíveis, FDNcpD = fibra em detergente neutro

corrigida para cinzas e proteína digestível. Os carboidratos não-fibrosos (CNF) são

obtidos pela fórmula: CNF (%) = 100 – (% FDNcp + % PB + % EE + % cinzas)

(SNIFFEN et al., 1992).

Obtido o NDT e através de fatores apresentados pelo NRC (2000), determina-

se a energia digestível e metabolizável. Para isso, considera-se que 1 kg de NDT

equivale a 4,409 Mcal de ED e que EM = 0,82 x ED. O NRC (2000) apresenta uma

equação alternativa, através da qual se estima a concentração de ED da dieta a

partir da digestibilidade dos nutrientes pela fórmula: ED (Mcal/kg) = 5,6 x PBD + 9,4

x EED + 4,2 x FDND + 4,2 x CNFD.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

21

Determinados então a ER, o CEM e a PC (por diferença), torna-se possível

realizar os cálculos referentes às exigências de energia líquida e metabolizável de

mantença. Os valores de ER, CEM e PC são geralmente expressos em Mcal ou Kcal

por unidade de peso de corpo vazio médio metabólico por dia (Kcal/ PCVZ0,75/ dia).

As exigências de energia líquida para mantença (ELm) correspondem ao calor

produzido em uma situação de jejum (consumo de energia metabolizável igual a

zero), com o calor produzido representando a quantidade de energia dispensada

para as atividades estritamente basais, como respiração, circulação, homeotermia e

funcionamento dos órgãos e sistemas enzimáticos (VALADARES FILHO et al.,

2010).

As ELm podem ser convertidas em exigências de energia metabolizável para

mantença (EMm), e até mesmo em exigências de nutrientes digestíveis totais (NDT),

de maior valor prático, uma vez que a maioria das tabelas brasileiras de composição

química de alimentos fornece o valor energético dos alimentos em termos de NDT.

Para tanto é necessário o conhecimento das eficiências de uso da energia

metabolizável para mantença e ganho, Km e Kg respectivamente, já que as

exigências dietéticas são obtidas a partir da relação entre as exigências líquidas de

energia e a eficiência de sua utilização (PAULINO et al., 2004).

A Km é obtida pela razão entre as ELm e as EMm. De acordo com o CSIRO

(2007) fatores como sexo, raça, idade e ambiente afetam a Km. Sendo assim,

Marcondes (apud VALADARES FILHO et al., 2010) correlacionaram valores de Km

obtidos em vários experimentos com diversas variáveis, e obtiveram que a Kg e o

ganho de peso de corpo vazio (GPCVZ) afetavam a Km, sugerindo então o seguinte

modelo para cálculo da mesma:

�� = 0,513 + 0,173 × �� + � × �����

Em que a é igual a 0,100 para animais Nelore e 0,073 para animais cruzados

Bos taurus x Bos indicus. Para caprinos o desenvolvimento de uma equação

semelhante para determinação da Km ainda não é possível pela ausência de um

banco de dados expressivo.

Tradicionalmente a Kg tem sido calculada como o coeficiente de inclinação da

regressão da ER em função do CEM para ganho (NRC, 2000), entretanto,

recentemente, a estimativa da Kg tem sido realizada baseada nas eficiências parciais

de utilização da EM para ganho de gordura e proteína no corpo vazio (Kgord e Kprot,

respectivamente), devido às distintas eficiências de deposição de gordura e proteína

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

22

(TEDESCHI et al., 2004; CHIZZOTTI et al., 2008). A eficiência de deposição de

energia na forma de gordura é reconhecidamente superior à de proteína (OWENS et

al., 1995), porque maior quantidade de calor é gerada quando a energia é estocada

na forma de proteína do que na forma de gordura (RESENDE et al., 2006).

De acordo com Lofgreen e Garret (1968) as ELm são obtidas pela extrapolação

ao nível zero de ingestão de energia metabolizável da equação de regressão entre o

logaritmo da produção de calor e o CEM, enquanto as EMm têm sido estimadas a

partir da relação entre o CEM e a ER. Com o advento de novos softwares

estatísticos, o uso de dados logaritimizados tem diminuído, dando lugar a modelos

não lineares exponenciais para descrever a relação entre a PC e o CEM, segundo o

modelo:

�� = � × ���� !

Em que CEM é o consumo diário de energia metabolizável (Mcal/PCVZ0,75), “a”

e “b” são parâmetros da regressão e “e” é o número de Euler. Neste modelo, “a”

representa ELm e pelo método iterativo, determina-se o ponto em que o CEM e a PC

se igualam , ou seja, as EMm (Valadares Filho et. al, 2010).

2.4.2 Exigências de Energia para Ganho

Vários estudos sobre metabolismo energético em caprinos têm sido conduzidos

no Brasil, com resultados variando amplamente com a raça, a idade dos animais e

os sistemas de produção.

A exigência líquida de energia para o crescimento ou ganho (ELg) pode ser

definida como a energia retida no corpo, como matéria orgânica não gordurosa

(proteína, praticamente), além da depositada como gordura, e é dependente do

ganho e da composição do ganho de corpo vazio (PAULINO et al., 2009), sofrendo

influência da dieta, estágio de maturidade do animal, taxa de ganho, nível de

consumo, gênero e genótipo (NRC, 2007).

O que determina a composição do ganho de corpo vazio não é o peso corporal

absoluto, mas o peso relativo ao peso à maturidade do animal. Assim, em raças

diferentes, a variação dos pesos à maturidade determina diferentes graus de

maturidade em animais de mesmo peso absoluto, de modo que para animais de

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

23

mesmo peso absoluto e com a mesma taxa de ganho em peso, espera-se maiores

concentrações energéticas no ganho de animais de raça de menor peso à

maturidade em relação a animais de maturidade mais tardia (VALADARES FILHO et

al., 2010).

As Elg são estimadas pela derivação da equação de regressão do conteúdo

corporal em energia em função do logaritmo do peso do corpo vazio, segundo o

ARC (1980).

O requerimento de energia para ganho de peso em caprinos recomendado pelo

NRC (2007) foi baseado na média de sete valores experimentais, desenvolvidos em

condições diversas e com animais de composição genética diferente da composição

das raças brasileiras.

Em estudo com cabritos confinados, inteiros, e de constituição genética ¾ Boer

x ¼ Saanen, pesando de 20 a 35 kg de PV, Fernandes (2006) encontrou ELg

variando de 2,5 a 3,0 Mcal/kg ganho PCVZ. Alves et al., (2008b) encontraram

valores de 2,59 a 3,19 Mcal/kg de ganho de PCVZ em caprinos Moxotó machos,

inteiros, confinados, e pesando de 15 a 25 kg. Ferreira 2003, trabalhou com caprinos

Saanen castrados, encontrando valores de 1,8 a 2,7 Mcal/kg de ganho em animais

com peso variando de 20 a 35 kg. Já Nóbrega (2008) trabalhando com caprinos ½

Boer ½ SPRD, em pastejo, obteve ELg de 1,92 a 2,75 Mcal/Kg de ganho para

animais de 15 a 30 kg de PV.

2.4.3 Exigências de Proteína para Mantença

Por estarem diretamente ligadas a processos vitais do organismo, as proteínas

são essenciais na alimentação animal, devendo, no entanto, ser fornecidas de

maneira balanceada, uma vez que deficiências de proteína alteram a função ruminal

normal e conseqüentemente a eficiência de utilização dos alimentos, ao passo que o

excesso desse nutriente na dieta, além de desperdício econômico, traz transtornos

reprodutivos e maiores gastos energéticos do animal para sintetizar e excretar uréia,

bem como aumento da contaminação ambiental (PAULINO et al., 2009).

As exigências diárias de proteína para caprinos em crescimento podem ser

definidas como a soma das exigências para manutenção e para ganho. A demanda

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

24

de proteína para mantença equivale às perdas metabólicas fecais e urinárias além

das perdas de proteína por descamação. A perda metabólica fecal é proveniente da

incompleta reabsorção dos nutrientes, pela descamação e pela secreção enzimática

do trato gastrointestinal e pode ser alterada pelo tipo e quantidade de alimento

ingerido, bem como pelo tamanho e atividade do trato gastrointestinal (PAULINO et

al., 2009).

Quatro métodos principais são utilizados para estimar as exigências de

proteína para mantença: balanço de nitrogênio, utilização de dietas purificadas,

nitrogênio marcado e abate comparativo (ARC, 1980).

O balanço de nitrogênio era o método mais comumente utilizado, todavia, em

decorrência de várias limitações deste método, os pesquisadores têm optado pela

técnica do abate comparativo, na qual a proteína retida (PR) é determinada

diretamente, e equivale à exigência líquida em proteína para ganho (PLg). Os

animais recebem dietas isentas ou muito pobres em nitrogênio, ou então com

diferentes teores do mesmo, sendo as exigências de proteína líquida para mantença

(PLm) obtidas como o intercepto (nível zero de ingestão) da regressão entre o

nitrogênio retido e o consumo de nitrogênio, e podendo ser convertidas em

exigências de proteína metabolizável para mantença (PMm) utilizando-se a eficiência

de utilização da proteína metabolizável para mantença, que equivale a inclinação da

reta obtida na regressão linear entre o nitrogênio retido e o nitrogênio absorvido.

Em estudos com cabritos Sannen, não castrados, de 5 a 20 kg Medeiros (2001)

estimou a PLm de em 1,32 g proteína/kg0,75 PCVZ/dia. Ferreira (2003), também

trabalhando com cabritos Saanen, castrados, com peso vivo variando de 20 a 35 kg

estimou a PLm em 2,11 g proteína/kg0,75PCVZ/dia. Teixeira (2004), utilizando

animais F1 Boer x Saanen estimou a PLm em 2,4 e 2,6 g/kg0,75 PV/dia, para os

cabritos com PV variando de 5 a 15 kg e de 15 a 25 kg, respectivamente e

Fernandes (2006) obteve valores de 2,44 g proteína/ kg0,75/ dia com caprinos ¾ Boer

¼ Saanen, não castrados.

2.4.4 Exigências de Proteína para Ganho

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

25

As exigências líquidas de proteína para crescimento e terminação (PLg) são

dependentes do conteúdo de matéria seca livre de gordura no ganho de peso

(PAULINO et al., 2004). Variam, portanto, em virtude da raça, classe sexual e taxa

de ganho de peso. Em decorrência dessa variação no conteúdo do ganho, observa-

se que os requerimentos líquidos de proteína para ganho são maiores em animais

inteiros que em castrados e em animais de maturidade tardia que em animais mais

precoces (GEAY, 1984). Elas são determinadas pela técnica do abate comparativo

(LOFGREEN & GARRET, 1968), na qual é possível quantificar a retenção de

proteína no corpo dos animais com diferentes idades e pesos.

Derivando-se a equação alométrica logaritmizada utilizada na determinação da

composição corporal (Log Y = a + b log X), encontra-se a equação para

determinação das PLg (Y’ = b 10a X(b-1)), em que:

Y'= exigência de proteína líquida para ganho (g);

a = intercepto da equação de predição do conteúdo corporal em proteína;

b = coeficiente de regressão da equação de predição do conteúdo corporal em

proteína;

X = PCVZ (kg).

O NRC (2000) recomenda que a PLg seja estimada a partir de equações de

regressão múltipla da proteína retida (PR) em função da energia retida (ER) e do

ganho de peso vivo em jejum (GPVJ), e mais recentemente Valadares Filho et al.,

(2010) recomendaram o uso da regressão múltipla entre a ER e o ganho de peso de

corpo vazio (GPCVZ).

A partir do conhecimento da eficiência de utilização da proteína, pode-se

converter as exigências líquidas em exigências de proteína metabolizável. A proteína

metabolizável engloba a proteína não degradada no rúmen digestível e a proteína

microbiana verdadeira digestível. Assim, para fins de determinação das exigências

de proteína, é necessário o conhecimento da cinética de degradação protéica dos

alimentos no trato gastrintestinal e da medida do crescimento microbiano. As

exigências de proteína bruta são então obtidas a partir do somatório das proteínas

degradada e não degradada no rúmen (PAULINO et al., 2004).

Medeiros (2001) estimou a PLg de cabritos Saanen inteiros, pesando de 5 a 20

kg em 181 a 184 g/kg de ganho. Já Ferreira (2003) obteve valores variando de 227 a

221g PLg/kg de ganho, também para animais Saanen, no entanto, com peso vivo de

25 a 35 kg e castrados. Teixeira 2004, trabalhando com cabritos inteiros, F1 Boer x

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

26

Saanen, em fase inicial de crescimento (5 a 15 kg), estimou as PLg em 135 a 165 g

de g/kg de ganho de PV. Para animais de constituição genética ¾ Boer ¼ Saanen,

inteiros, pesando, de 20 a 35 kg PV, Fernandes (2006) obteve valores de 178,8 a

185,2 g/kg PCVZ, e Alves et al., (2008c) relataram valores de 198 a 194 kg/kg em

animais da raça Moxotó, inteiros, com peso variando de 15 a 25 kg.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

27

» Capítulo 2Capítulo 2Capítulo 2Capítulo 2

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

28

Energy and protein requirements for growth and maintenance of indigenous

and Boer Crossbred goats in the Semi-arid region of Northeast Brazil1

K. C. Busato*, M. L. Chizzotti†, T. S. Silva*

*Department of Animal Science, Universidade Federal do Vale do São Francisco,

Petrolina, PE, Brazil

†Department of Animal Science, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brazil

1We thank the Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de

Pernambuco (FACEPE, Brazil) for providing the financial support.

ABSTRACT: A comparative slaughter trial was conducted with 60 goats (20 from the

indigenous breed Moxotó, 20 from the indigenous breed Canindé and 20 F1 Boer x

non-descript goats (NDG), averaging 15 kg of body weight (BW), to determine energy

and protein requirements for maintenance and growth. The baseline group was 15

randomly selected kids, (5 Moxotó, 5 Canindé and 5 F1 Boer x NDG) and was

slaughtered at the beginning of the trial to assess the initial body composition. The

remaining goats were allocated randomly on 3 treatments: fed ad libitum, restricted

fed (75% of ad libitum consumption), and fed at maintenance level. The experimental

design provided ranges in metabolizable energy (ME) intake, BW, and average daily

gain (ADG) for the development of regression equations to predict the maintenance

requirements for net energy (NE) and net protein (NEm and NPm, respectively) and

the growth requirement for NE and net protein (NEg and NPg, respectively). Initial

body composition was determined using equations developed from the composition

of the baseline kids. After 90 d of growth, all animals were slaughtered. The cleaned

gastrointestinal tracts, organs, carcasses, heads, hides, feet, blood, and tissues were

weighed to measure empty BW (EBW). These parts were ground separately and

sub-sampled for chemical analyses. For each animal within a period, dry matter

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

29

intake (DMI) was measured daily and samples of feces were collected to determine

diet apparent digestibility. There were no differences in NEm and NEg among

breeds. The combined data indicated a NEm of 74.1 kcal�kg-0.75 of EBW�d-1, with a

partial efficiency of use of ME to NE for maintenance of 0.61. The partial efficiency of

use of ME to NE for growth was 0.34 for F1 Boer goats, 0.39 for Canindé goats and

0.38 for Moxotó goats. The common NEg was 3.30 to 3.87 Mcal.kg-1 of EBG. There

were a tendency (P=0.09) in NPm among breeds, and F1 Boer goats had a NPm that

was 43 and 36% higher than the ones for Canindé and Moxotó goats respectively.

We conclude that there were no differences in NEm, NEg and NPg among

Indigenous and F1 Boer goats, and that these breeds have lower energy and protein

requirements than those values recommended by NRC 2007 for indigenous and

meat goats.

Key Words: indigenous goats, comparative slaughter, digestible energy, net energy,

net protein

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

30

INTRODUCTION

Goats play an important role in the semi-arid region of Northeastern Brazil as

a source of high biological value animal protein and income. The herds are primarily

composed of indigenous, non-descript and crossbred goats (resulting from mating

between indigenous, non-descript and also exotic breeds). Indigenous goats are

hardy, fertile, able to subsist on the poor vegetation and well adapted to semi-arid

conditions but are not specialized for meat or milk production, so exotic breeds,

notably Boer, have been introduced to improve productivity by crossbreeding

schemes.

Although Genotype plays an important role in growth and productivity, it will

only be successful when accompanied by high levels of management (Pralomkarn et

al., 1994), especially nutritional management. Nutrition has the most marked effect

on production costs and directly impacts other components of goat production

systems, such as pathological conditions and reproductive performance. Therefore,

an adequate nutritional program is essential to provide appropriate amounts and

types of feeds to livestock and it implies knowledge of nutrient requirements.

Despite the importance of goats, there has been relatively less research on

their nutrient requirements than for other livestock species. According to Sahlu et al.

(2004), the first important publication on the subject was the NRC, 1981, which was

widely adopted to formulate diets around the world. After that, with the continual

conduct of goat nutrition research, other recommendations have been published

(INRA, 1989; EAAP, 1991; AFRC, 1998; NRC, 2007).

However, in many cases, requirement expressions have been based on

limited number of treatment means from well controlled experiments, such as with

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

31

respiration calorimetry, and in some instances estimated by the extrapolation from

the requirements of cattle and sheep (ARC, 1980; NRC, 2007).

Once nutrient requirements are not static, changing with maturity, body size,

physiological stage (growth, pregnancy, lactation, etc.), productivity (growth rate,

number of embryos/fetuses, milk production and fleece growth), age, activity, climate,

body composition and parasitism (NRC, 2007), it should be periodically reviewed and

reevaluated, and it should be determined directly from experimentation with goats

under a broad array of conditions typical of field applications as well as under

environmental conditions of each country or region.

The aim of this study was to establish the nutritional requirements of two

Brazilian indigenous goat breeds, Canindé and Moxotó, and also the nutrient

requirements of ½ Boer x ½ non-descript goats (NDG) under semi-arid conditions in

the Northeast Brazil.

MATERIALS AND METHODS

Animal and Management Description

The trial was conducted at the Federal University of Vale do São Francisco, in

Brazil. The protocol for this experiment was approved by the University’s animal care

committee. Sixty non-castrated male goats were used, twenty from the indigenous

breed Moxotó, twenty from the indigenous breed Canindé and twenty F1 Boer x

NDG. The average age and initial shrunk BW (SBW) were 4 mo and 15 ± 0.85 kg.

A 30-d adaptation period was used to adapt animals to the diets, during which

all animals were fed the same diet, ad libitum. Diets were formulated according to

recommendations of NRC (2007) for indigenous goats with daily weight gain of 100 g

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

32

at an ad libitum consumption, and consisted of elephant grass (Pennisetum

purpureum) and a concentrate based on corn and soybean meal, in a roughage to

concentrate ratio of 40:60 (Table 1). All animals received the same diet, varying only

the amount offered. Thirteen animals (4 moxotó, 5 canindé and 4 F1 Boer x NDG)

were slaughtered at the beginning of the experiment, representing the initial body

composition (baseline group). The remainder animals of each group were randomly

assigned to 3 treatments with five replicates: Ad libitum consumption, fed at

maintenance level (50% of ad libitum consumption, in % of BW), and restriction (75%

of ad libitum consumption, in % of BW). The flock was fed twice daily (at 7 am and 4

pm) and it was held in individual sheltered pens. Feeds and orts were weighed daily,

sampled, and frozen. The flock was weighed weekly, before feeding.

Diet Digestibility Determination

A digestion trial was conducted with all goats to determine diet DE.

Indigestible NDF was used as a marker to estimate fecal DM excretion. Three fecal

collections were made on alternate days, with a time interval of 52h, beginning at 8

am of day one and finishing 4 pm of day five. The samples of feces, feeds (grass and

concentrate), and orts were proportionally subsampled to form a composite sample,

which was dried at 60 to 65°C and ground to pass a 1-mm screen. The composite

sample for each material (grass, concentrate, orts, and feces) was used to determine

the ether extract (EE, using the XT10 extractor, ANKOM Technology Corp., Fairport,

NY), protein (N analysis via microKjeldahl using 0.3 g of sample; AOAC, 1990), NDF

(VAN SOEST et al., 1991), and ash (complete combustion in a muffle furnace at

600°C for 6 h; AOAC, 1990). Nonfiber carbohydrates (NFC) were calculated as 100 -

(%CP + %ash + %EE + %NDF) (SNIFFEN et al., 1992), and apparent TDN was

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

33

calculated as (CP intake - fecal CP) + (NDF intake -fecal NDF) + (NFC intake - fecal

NFC) + [2.25 x (EE intake - fecal EE)] (SNIFFEN et al., 1992).

Slaughter and Body Composition Techniques

Before slaughter, SBW was measured as the BW after 18 h without feed and

water. After slaughter, the body was separated into individual components, which

were separately weighed. The components included internal organs (liver, heart,

lungs, trachea, tongue, esophagus, kidneys and spleen), emptied and cleaned

digestive tract (rumen, reticulum, omasum, abomasum, and small and large

intestines), blood, tail, hide, head, feet, and carcass. The digestive tract was cleaned

by emptying and flushing with water. The carcass was split into 2 identical,

longitudinal halves. After a 24-h chill, the whole left half of the carcass was manually

separated into bone, muscle, and fat, which were frozen at−5 ◦C, then cut into small

pieces and ground separately. Head and feet were skinned out and ground with

internal organs, cleaned digestive tract, blood, and tongue. Hide was sampled and

cutted into small pieces. After grinding and homogenization, samples were collected

and frozen again. For DM determination all samples were dried at 105°C for 80 h.

After that, they were partially defatted by washing with diethyl ether; the fat was

computed by weight difference. Then, these samples were ground again in a ball mill

(MA-350, Marconi, Piracicaba, Brazil) and analyzed for EE and N as described

above. Empty BW (EBW) was computed as the sum of the right and left halves of the

warm carcass, hide, head, feet, tail, blood, cleaned gastrointestinal tract, and internal

organs.

Data Calculation and Analyses

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

34

Prediction of Diet ME. The dietary DE was estimated as 4.409 Mcal.kg-1 of TDN,

and DE was converted to ME using an efficiency of 82% to convert DE to ME (NRC,

2000).

Calculation of Initial Body Composition. The procedures used to compute energy

retained and maintenance energy requirement were similar to those of Lofgreen and

Garrett (1968). The initial EBW was computed from SBW, and then initial empty body

fat (EBF) and empty body protein (EBP) were estimated from EBW for each animal,

using the average EBW, SBW, EBF, and EBP data from the baseline group of the

appropriate breed.

Net Requirement Calculations. Empty body gains of body components were

calculated as the difference between initial and final weights of the respective body

components. The caloric values of retained fat and protein were assumed to be

9.367 and 5.686 Mcal.kg-1 (Blaxter and Rook, 1953), respectively. Heat production

(HP, kcal.kg-0.75 of EBW.d−1) was calculated as the difference between ME intake

(MEI, kcal.kg-0.75 of EBW.d−1 and retained energy (RE, kcal.kg-0.75 of EBW.d−1). The

maintenance requirement for NE (NEm, kcal.kg-0.75 of EBW.d−1 was calculated

following the non-linear method of Ferrel & Jenkings (1998) according to Eq. [1]:

HP = a * e (b * MEI) + e [1]

where a is the HP; a and b are coefficients of the regression; MEI is the

metabolizable energy intake and e the error.

The maintenance requirement for ME (MEm) was calculated by iteration, assuming

that the maintenance requirement is the value at which HP equals to MEI (kcal.kg-0.75

of EBW.d−1). The efficiency of energy utilization for maintenance (Km) was calculated

as NEm/MEm. The slope of the regression of RE on MEI was assumed to be the

efficiency of energy utilization for growth (Kg). Alternatively, we used the intercept

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

35

divided by Kg to compute MEm. This second approach of calculating NEm was

compared with the NEm estimated using the regression of the log of HP on MEI. The

maintenance requirement for net protein (NPm, kcal.kg-0.75 of EBW.d−1) was

calculated as 6.25 times the negative intercept of the linear regression of the retained

N calculated from tissue deposition (g.kg-0.75 of EBW.d−1) on N intake (g.kg-0.75 of

EBW.d−1). The growth requirement for NE (NEg, Mcal.kg-0.75 of EBW.d−1) was

calculated as shown in Eq. [2], and the growth requirement for net protein (NPg, g.kg-

0.75 of EBW.d−1) was calculated as shown in Eq. [3]:

NEg = a × EBW0.75 × EBGb; and [2]

NPg = w × z × EBWz – 1 [3]

where a is the antilog of the intercept and b is the slope of the linear regression of the

logarithm of RE (Mcal.kg-0.75 of EBW.d−1) on the logarithm of empty body gain (EBG,

kg/d), and w is the antilog of the intercept and z is the slope of the linear regression

of the logarithm of body protein (kg/kg of EBW) on the logarithm of EBW.

Statistical Analyses. Statistical analyses were performed using SAS (SAS Inst. Inc.,

Cary, NC). The analyses of intake, diet energetic concentration, performance, and

body composition were performed with PROC GLM, using a 3 x 3 factorial design of

diet (maintenance level, Ad libitum or 0.75 restriction) and genetic group (Moxotó,

Canindé and ½ Boer x ½ non-descript crossbred goats), as per the following

statistical model:

Y = µ + α + β +αβ + ε,

where µ is the mean, α is the effect of diet, β is the effect of genetic group, αβ is the

interaction of diet and genetic group, and ε is the random error.

The comparison of intercept and slope among genetic group was performed

using PROC GLM with the SOLUTION statement and the sum of squares type 3. The

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

36

comparisons of means were performed using least squares means at P = 0.05 as

significance level.

RESULTS AND DISCUSSION

Intake and Digestibility

Three goats, restricted fed, (one Canindé and two Moxotó) died of causes

extraneous to the experimental conditions.

Table 2 shows the mean intake of the nutrients and energy concentration of

diets. There was an interaction between breed and diet for DMI (kg/d) and DMI as a

percentage of BW (P< 0.02 and 0.04 respectively). F1 Boer x NDG goats had a

higher intake than Moxotó goats, while Canindé goats were intermediate. Once the

diet was the same, this could indicate a smaller ruminal capacity of Moxotó goats,

which would limit intake by rumen filling effect (Allen, 1996) or even a slower

metabolism rate that would take longer to digest and absorb nutrients.

Also, as expected, animal fed at maintenance level had the lowest intake of all

nutrients and the greatest diet DE concentration. Digestibility in the rumen is the

result of the competition between digestion and passage rates. As the passage rate

increases, digestibility decreases. Therefore, the lesser DMI of goats on restricted

intake likely resulted in a slower passage rate and a greater digestibility of the diet.

Performance and Body and Gain Compositions

Table 3 shows the mean body composition for the baseline animals of each

breed. The initial SBW and body composition was similar between breeds, but

Moxotó and Canindé had greater fat (% of EBW) than F1 Boer goats, probably

because the indigenous goats were closer to their mature weight.

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

37

This higher fat deposition could also indicate a physiological adaptation of

indigenous goats submitted to semi-arid environmental conditions. As lipids have a

high caloric value (9.4 Mcal.kg-1, against 4.1 Mcal.kg-1 of carbohydrates and 5.6

Mcal.kg-1 of protein), their oxidation is useful for overcoming limitations in energy

supplies. Also, fat deposition is more efficient than protein deposition, generating less

heat Resende et al., 2006). Fat deposition could also represent a water reservoir, as

lipid oxidation generates more metabolic water than protein and glucose (118 g of

water is obtained from the oxidation of 100 g of lipids, against 41 and 60 g of water

obtained from protein and glucose oxidation, respectively), and metabolic water can

represent up to 15% of total corporal water (Andriguetto et al., 2002).

The growth performance, body composition, and energy balance data are

shown in Table 4. There was an interaction between breed and diet for VOM in which

Ad libitum Moxotó goats had a lower VOM in kg than Ad libitum Canindé (P<0.03)

and F1 Boer goats (P<0.002), corroborating to the assumption that Moxotó goats

might have a smaller gastrointestinal capacity.

As expected, goats fed Ad libitum had a greater performance (P<0.001) than

those in the restricted treatments, that were not different. Breed tendend to influence

(P>0.08) on final SBW and animals F1 Boer were 29.8% heavier than Moxotó goats.

An interaction occured between breed and diet for EBW in that F1 Boer goats had

the greatest EBW. F1 Boer goats also had a greater ADG (P<0.03) and EBG

(P<0.03) than Moxotó goats, while Canindé goats had a greater EBG (P<0.02) but

the same ADG (P<0.06) of Moxotó goats. This was likely due to the differences in the

gastrointestinal contents of the animals during weighting procedures.

Although Canindé and F1 Boer goats had greater performance, there was no

difference between breeds regarding to body composition (% of EBW) and energy

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

38

balance (Mcal. kg-0,75 EBW.d-1). This could indicate that at a same age F1 Boer goats

tended to accumulate more protein and water and less fat than the indigenous

breeds, resulting in a lower RE, even with a greater ADG.

The Moxotó goats had a similar protein content (% of EBW) than the ones

used by Alves et al., (2008c) (20.1% and 20.37%, respectively), but a higher ash and

fat content (5.8% vs 4.38%, and 14.5% vs 13.32%, respectively) and a lower water

content (54.9% vs 62.12%).Teixeira (2004) working with 25 kg F1 Boer x Saanen got

a final body composition of 65,3% of water, 17.84% of protein, 11.59% of fat and

3.61% of ash. Fernandes et al., (2006) got a composition of 64.1% of water, 17.5% of

protein, 15% of fat and 3.30% of ash to animals ¾ Boer x ¼ Saanen, while Nobrega

et al. (2008) got a composition of 63.98% of water, 17.94% of protein, 8.92% of fat

and 4.91% of ash in grazing F1 Boer x NDG.

Energy Requirement for Maintenance and Efficiency of Energy Utilization

Breed had no effect on RE and HP (kcal�kg-0.75 of EBW�d-1), but RE and HP

increased as animals consumed more energy, indicating that HP increases as MEI

increases. Turner and Taylor (1983) suggested that in animals with increased plane

of nutrition HP would be higher due to elevation of metabolism involved in the

synthesis of RE. Similarly, Williams and Jenkins (2003) proposed that ME consumed

above the maintenance requirement is associated with an elevation of vital functions

to support metabolism and that this HP is driven by amount of MEI.

The intercept and the slope of the regression of log of the HP on MEI as well

as NEm are shown in Table 5. There were no differences (P = 0.06) in NEm among

breeds, resulting in a common NEm for all breeds of 74.1 kcal�kg-0.75 of EBW�d-1. The

value 76.9 kcal�kg-0.75 of EBW�d-1 obtained for F1 Boer goats is nearly identical to the

value 77.3 kcal�kg-0.75 of EBW�d-1 reported by Fernandes et al., (2006) in a study with

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

39

animals ¾ Boer ¼ Saanen. Teixeira (2004) reported a greater NEm of 85.1 kcal�kg-

0.75 of EBW�d-1 for F1 Boer x Saanen, while Alves et al., (2008a) obtained a lower

NEm of 55.11 kcal�kg-0.75 of EBW�d-1 for Moxotó goats as well as Resende (1989)

who obtained a NEm of 68.88 kcal�kg-0.75 of EBW�d-1 for ½ NDG ½ alpine or

toggenburg with BW ranging from 5 to 25 kg.

Although the visceral organs represent only 6-10% of body-weight, estimates

indicate that tissues of the gastrointestinal tract and liver account for 40-50% of

whole-body protein synthesis, cardiac output and heat production (Johnson et al.,

1990). According to the findings of Burrin et al., (1990) the level of feed intake

changes the proportion of visceral organs relative to body mass. Furthermore, the

contribution of visceral organs to the whole-body metabolic rate appears to be

primarily a function of differences in organ size rather than of tissue-specific

metabolic activity. So differences in feed intake among studies could have lead to

differences in the size of gastrointestinal tract that could account for differences found

in the NEm. Environmental differences could also lead to differences in the NEm.

The MEm estimated using the relationship between RE and MEI (table 6) also

indicated no difference (P>0.06) among breeds. Nonetheless, the overall estimate of

MEm was smaller than that determined based on the relationship between HP and

MEI (120.8 vs 117.7 kcal�kg-0.75 of EBW�d-1). The Km (Table 5) and Kg values (Table

6) were not different (P = 0.24 and 0.26, respectively) among breeds and were on

average 61.3 and 36.1%, respectively. Similar values of Km and Kg (65 and 42%,

respectively) for animals ¾ Boer and ¼ Saanen were reported by Fernandes et al.,

(2006), but lower Km and Kg (57 and 22%, respectively) were observed for Moxotó

goats (Alves et al., 2008a). Resende (1989) reported a Km of 71.17% and a Kg of

47.11% in Alpine or Toggenburg crossbreds. This demonstrates that genotypes and

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

40

dietary characteristics may affect efficiency of metabolizable energy utilization for

maintenance and gain.

The NRC 2007 recommendations for energy requirements for maintenance of

meat and indigenous goats of 15 kg of BW is 0.96 Mcal/d. This value is higher than

the values obtained in this work. For animals with 15 kg of BW the MEm (table 5) for

F1 Boer was 126.9 kcal.kg-0.75 of EBW.d-1 (0.86 Mcal/d) while for Canindé it was

111.8 kcal.kg-0.75 of EBW.d-1 (0.77 Mcal/d) and for Moxotó it was 125.6 kcal.kg-0.75 of

EBW.d-1 (0.86 Mcal/d).

The MEm can be converted in TDN requirements in kg/d according to the

equation: #$% = &'(/4.409 (NRC 2000). Using the values in Mcal/d above, the

TDN requirement for F1 Boer and for Moxotó goats would be of 0.19 kg/d and of 0.17

kg/d for Canindé goats.

Protein Requirement for Maintenance

Table 7 shows the parameters of the regression of nitrogen retained on

nitrogen intake, and the NPm. There were no differences in NPm among breeds,

although F1 Boer goats had a NPm that was 43 and 36% higher than the ones for

Canindé and Moxotó goats respectively. The pooled data indicated a NPm of 1.9 g

CP�kg-0.75 of EBW�d-1.

The NPm is assumed to be the sum of endogenous urinary N, metabolic fecal

N, and dermal (scurf and hair) N losses, multiplied by the factor 6.25 (NRC, 1985).

When N retained in the gain is regressed against a measure of N supply, the

negative intercept at zero N intake provides an estimate of minimum N losses, which

should be similar to the sum of endogenous urinary N and metabolic fecal N (AFRC,

1998).

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

41

Our NPm was very similar to the value found by Teixeira (2004) of 2.6 CP�kg-

0.75 of EBW�d-1 for ½ Boer ½ Saanen goats. Fernandes et al., (2006) found a NPm of

2.44 CP�kg-0.75 of EBW�d-1 which was lower but close to the NPm found for our F1

Boer goats. Souza et al., (1998) working with Alpine goats found a NPm of 1.75

CP�kg-0.75 of EBW�d-1, indicating that growing meat goat crossbreds might have a

higher protein requirement than growing milk goats.

The variation in NPm by goats may be attributed to factors such as breed,

experimental conditions and methods of determination, indicating that a single

recommendation for all breeds and diverse practical condition is not feasible.

Therefore, methods that account for these factors are necessary to accurately

determine protein requirements for animal and diet specific conditions (Fernandes et

al., 2006).

The NPm obtained on Table 7 for each breed can be converted into crude

protein (CP) requirements for maintenance, dividing these values by a factor called

efficiency of use of dietary for maintenance functions, provided by the NRC 2007. For

a F1 boer with 15 kg of BW, the NPm of 2.8 g CP�kg-0.75 of EBW�d-1 would

correspond to a CP requirement of 19 g/d. For a Canindé or a Moxotó with the same

BW, the NPm of 1.6 g and 1.8 g CP�kg-0.75 of EBW�d-1 would correspond to a CP

requirement of 11.06 g/d and 12.33 g/d, respectively. These values were lower than

the ones proposed by the NRC 2007 for meat and indigenous goats of 33 g/d.

Protein Requirement for Growth

Table 8 depicts the intercept and slope of the regression of logarithm of body

fat and protein content on the logarithm of EBW. The composition of the gain

depends on the animals physiological maturity and is affected by breed and gender

(NRC, 1984). There was no significant difference among breeds (Table 8); and the

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

42

NPg equation of the pooled data was 0.217 x EBW -0.0574 (R2 = 97.8). The equation

developed for NPg of Moxotó goats (0.227 x EBW-0.0623) was very similar to the one

obtained by Alves et al., (2008c) for the same breed, with our NPg estimate being

only 3.6% lower than theirs for animals with the same EBW.

The NPg for F1 Boer was 19.31 g/100g EBG for animals with BW ranging from

15 to 25 kg. This result was higher than the ones found by Fernandes et al., (2006)

(17.88 to 18.52 g/ 100g EBG) for ¾ Boer x ¼ Saanen crossbred goats with BW

ranging from 20 to 35 kg, by Teixeira (2004) (19.34 to 19.63 g/ 100g EBG) for F1

Boer x Saanen goats ranging from 15 to 25 kg and by Nobrega et al. (2008) (18.36 to

18.23g/ 100g EBG) for grazing F1 Boer x NDG and by Resende (1989) (14.7 a

17.2g/ 100g EBG) working with intact ½ NDG x ½ Alpine or Toggenburg goats with

BW ranging from 5 to 25 kg.

The NPg can also be converted into crude protein (CP) requirements for

growth, dividing these values by a factor called efficiency of use of dietary

metabolizable protein for tissue gain, provided by the NRC 2007. For a F1 boer with

15 kg of BW, the NPg of 19.31 g/100g of EBG would correspond to a CP requirement

of 32.72 g/100g EBG. For a Canindé or a Moxotó with the same BW, the NPg of

17.99 and 19.35 g/100g of EBG would correspond to a CP requirement of 30.49 g/

100g and 32.79 g/100g of EBG, respectively. These values were lower than the ones

proposed by the NRC 2007 for meat and indigenous goats, with 15 kg of BW and a

daily gain of 100 g, of 91 g/d and 74 g/d, respectivelly.

Differences in NPg occur because many factors can affect the nutritional

requirements of growing goats, such as diet, level of intake, genotype, age, gender,

body composition, activity, growth rate, stage of maturity, season and weather

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

43

conditions (Cannas et al., 2008), and so, direct comparison between studies may be

complex.

Energy Requirement for Growth

Table 8 depicts the intercept and slope of the regression equations of

logarithm of body fat and protein content on the logarithm of the EBW. As animals

grow the content of energy and fat increases whereas the content of protein

decreases in the EBG (Berg and Butterfly, 1976). There were no differences (Table

8) on the coefficients “a” and “b” among breeds, resulting in a common equation to

determine fat retention in Kg/Kg of EBG: -�. = 0.00579 / &011.3142.

Using the specific equations by breed (Table 8) and a EBW range of 13 to 21

Kg, F1 Boer goats had a variation in fat retention of 13.56 to 22.87 g/100g of EBG,

Canindé goats of 19.5 to 38.69 g/100g of EBG and Moxotó goats of 18.93 to 40.11

g/100g of EBG, indicating an increase in fat deposition as animals age as well as a

greater fat deposition in indigenous breeds than on F1 Boer goats.

The coefficients to predict the RE from EBG and EBW are listed in Table 9.

Both coefficients, “a” and “b” were not different among breeds. For a EBG of 100 g/d

and a EBW range of 13 to 21.7 kg, F1 goats obtained a RE of 0.14 to 0.21Mcal/d,

Canindé goats a RE of 0.22 to 0.33 Mcal/d and Moxotó goats a RE of 0.24 to 0.35

Mcal/d. According to these data, the daily RE of Moxotó and Canindé goats were

greater than the daily RE of F1 Boer goats. This suggests a higher fat content in the

EBG of the indigenous goats, and therefore, indicates that these breeds were closer

to their maturity weight when compared to the F1 Boer goats, or that the fat

deposition could represent a physiological adaptation of indigenous goats to severe

environmental conditions.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

44

The values obtained for F1 Boer goats were lower than the ones found by

Fernandes et al., (2006) (0.25 to 0.30 Mcal/100g of EBG for animals ¾ Boer x ¼

Saanen, ranging from 20 to 35 kg of BW), by Teixeira (2004) (0.23 to 0.27 Mcal/100g

of EBG for animals 1/2 Boer x ½ Saanen, ranging from 15 to 25 kg of BW) by

Nobrega et al. (2008) (0.24 to 0.34 Mcal/100g of EBG for grazing ½ Boer x ½ NDG

goats, ranging from 15 to 30 kg of BW), and higher than the ones found by Resende

(1989) (0.13 to 0.18 Mcal/100g of EBG for animals ½ alpine or toggenburg x ½ NDG,

ranging from 5 to 25 kg of BW). The values obtained for Moxotó goats were similar to

the ones found by Alves et al., (2008b) (0.25 to 0.31 Mcal/100g of EBG for Moxotó

goats, ranging from 15 to 25 kg of BW).

Dividing the RE by the Kg obtained by breed (Table 6), we convert the RE into

MEg, and dividing the MEg by 4.409, we obtain the TDN requirement for gain. For

animals of 13 kg of EBW and 0.1 kg of EBG, the TDN requirement for a F1 Boer

would be 0.09 kg/d, for a Canindé would be 0.13 kg/d and for a Moxotó 0.14 kg/d.

These values were lower than the ones suggested by the NRC 2007 of 0.42 kg/d and

0.40 kg/d for meat and indigenous goats respectively.

IMPLICATIONS

The requirements of net energy and protein for maintenance and growth were

similar for indigenous and F1 Boer x NDG, although maintenance requirement for net

protein was 43 and 36% higher in F1 Boer goats than in Moxotó and Canindé goats

respectively. Our findings indicate that F1 Boer and Canindé goats were more

efficient in converting diet nutrients into weight gain than Moxotó goats.

Moxotó and Canindé goats retained more energy as fat (57.04 and 53.28%

respectively) than F1 Boer goats over the same body weight range (15 to 25 kg),

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

45

indicating that the indigenous breeds were closer to their mature weight or that fat

deposition might represent a physiological adaptation of these breeds to severe

environmental conditions.

Energy and protein requirements for maintenance and growth obtained in this

work were lower than the values recommended by NRC 2007 for indigenous and

meat goats.

LITERATURE CITED

AFRC. 1998. The Nutrition of Goat. Report N. 10. Agricultural and Food Research

Council. CAB International, Wallingford, UK.

Allen, M. S. 1996. Physical constraints on voluntary intake of forages by ruminants. J.

Anim. Sci. 74:3063-3075.

Alves, K.S.; CARVALHO, F.F.R.; VERÁS, A.S.C.; BATISTA, A.M.V.; MEDEIROS,

G.R.; RIBEIRO, V.L.; ARAÚJO, A.O. 2008a. Energy requirements for

maintenance and net efficiency of metabolizable energy utilization for

maintenance and weight gain of Moxotó kids. R. Bras. Zootec. 37:1475-1482.

Alves, K.S., Carvalho, F.F.R., Batista, A.M.V., Verás, A.S.C., Mattos, C.W.,

Medeiros, A.N., Vasconcelos, R.M.J. 2008b. Body composition and energy

requirements for weight gain of growing Moxotó goat kids. R. Bras. Zootec.,

37:1853-1859.

Alves, K.S., Carvalho, F.F.R., Verás, A.S.C., Batista, A.M.V., Mattos, C.W., Costa,

R.G., Maior Jr., R.J.S. 2008c. Body composition and protein requirements for

weight gain of growing Moxotó kids. R. Bras. Zootec. 37:1468-1474.

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

46

AFRC. The nutrition of goats. Technical committee on responses to nutrients report

10. Wallingford: CAB international, 1998. 118 p.

Andriguetto, J.M., Perly, L., Minardi, I., Gemael, A., Flemming, J.S., Souza, G.A.,

Bona Filho, A. Nutrição Animal: as bases e os fundamentos da nutrição animal.

1st ed. Nobel, São Paulo, SP.

ANKOM Methods. Method for Crude Fat Determinations. ANKOM Technology

Corporation, Macedon, NY. 2001.

AOAC. Official methods of analysis. Association of Official Analytical Chemists,

Washington. 1990.

ARC. The nutrient requirements of ruminant livestock. London: The Gresham Press,

1980.

Berg, R. T. and R. M. Butterfield. 1976. New Concepts of Cattle Growth. Macarthur

Press, Sydney, Australia.

Blaxter, K. L. and Rook, A. J. 1953.The heat of combustion of the tissues of cattle in

relation to their chemical composition. British Journal of Nutrition. 7:83-91.

Burrin, D.G., Ferrel, C.L., Britton, R.A., Bauer, M. 1990. Level of nutrition and visceral

organ size and metabolic activity in sheep. Br. J. Nutr.,.64:439-448.

Cannas, A., Atzori, A.S., BOE, F., TEIXEIRA, I.A.M.A. 2008. Energy and Protein

Requirements of Goats. IN: CANNAS, A.; PULINA, G. Dairy goats feeding and

nutrition. CAB international Press, Massachusetts.

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

47

EAAP (European Federation of Animal Science). 1991. Goat Nutrition, P. Mohand-

Fehr, ed. Paris: Pudoc Wageningen.

Fernandes, M.H.H.R., Resende, K.T., Tedeschi, L.O., Fernandes, J.S., Silva Jr.,

H.M., Carstens, T.T., Berchielli, T.T., Teixeira, I.A.M.A., Akinaga, L. 2006. Energy

and protein requirements for maintenance and growth of Boer crossbred kids. J

Anim Sci., 85: 1014-1023.

Ferrell, C. L., and T. G. Jenkins. 1998. Body composition and energy utilization by

steers of diverse genotypes fed a high-concentrate diet during the finishing

period: II. Angus, Boran, Brahman, Hereford, and Tuli sires. J. Anim. Sci. 76:647–

657.

INRA (Institut National de la Recherche Agronomique). 1989. Ruminant Nutrition:

Recommended Allowances and Feed Tables, R. Jarrige, ed. Paris: INRA.

Johnson, D.E., Johnson, K.A., Baldwin, R.L. 1990. Changes in liver and gastro-

intestinal demands in response to physiological workload in ruminants. J. Nutr.

120, 649-655.

Lofgreen, G.P., Garret, W.N. 1968. A system for expressing net energy requirements

and feed values for growing and finishing beef cattle. J. Anim. Sci. 27, 793–806.

Neter, J., Kutner, M. H., Nachtsheim, C. J. and Wasserman, W. 1996. Applied Linear

Statistical Models. 4th ed. McGraw-Hill, New York. NY.

Nobrega, G.H., Silva, A.M.A., Pereira Filho, J.M., Azevedo, S.A., Carvalho Jr., A.M.,

Alcalde, C.R. 2008. Body composition, protein and energy requirements for

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

48

weight gain of ½ boer ½ mixed-breed goat kids on pasture. Acta Sci. Anim. Sci.

30: 407-414.

NRC. 1981. Nutrient Requirements of Domestic Animals: Nutrient Requirements of

Goats. 2nd rev. ed. Natl. Acad. Press, Washington,DC.

NRC. 1984. Nutrient Requirements of Beef Cattle. 6th ed. Natl.Acad. Press,

Washington, DC.

NRC. 1985. Ruminant Nitrogen Usage. National Academy Press, Washington, DC.

NRC. 2000. Nutrient Requirements of Beef Cattle. updated 7th ed. National Academy

Press, Washington, DC.

NRC. 2007. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids, and

new world camelids. National Academy Press , Washington, D.C.

Pralomkarn, W.; Kochapakdee, S., Saithanoo, S., Norton, B.W. 1994 Energy and

protein utilisation for maintenance and growth of Thai native and Anglo-Nubian X

Thai native male weaner goats. Small Ruminant Research. 16: 13-20.

Resende, K. T. 1989. Methods to estimate body composition and protein, energy and

inorganic macroelements requirements of growing goats. PhD. Dissertation.

Universidade Federal de Viçosa, MG, Brazil.

Sahlu, T., Goetsch, A.L., Luo, J., Nsahlai, I.V., Moore, J.E., Galyean, M.L., Owens,

F.N., Ferrel, C.L., Johnson, Z.B. 2004. Nutrient requirements of goats: developed

equations, other considerations and future research to improve them. Small

Ruminant Research. 53: 191–219.

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

49

STATISTICAL ANALYSIS SYTEMS - SAS. User’s guide: Version 9.1. Cary: 2003.

Sniffen, C. J., J. D. O’Connor, P. J. Van Soest, D. G. Fox, and J. B. Russell. 1992. A

net carbohydrate and protein system for evaluating cattle diets: II. Carbohydrate

and protein availability. J. Anim. Sci. 70:3562–3577.

Souza, H.M.H., Queiroz, A.C., Resende, K.T., Silva, J.F.C., Pereira, J.C., Gouveias,

L.J. 1998. Nutritional Requirements of Alpina Breed Goats in the Growing

Phase.2. Body Composition and of the Weight Gain for Protein, Ether Extract,

Energy, Calcium, and Phosphorus. R.Bras.Zootec 27: 198-202.

Tedeschi, L. O., C. Boin, D. G. Fox, P. R. Leme, G. F. Alleoni, and D. P. D. Lanna.

2002. Energy requirement for maintenance and growth of Nellore bulls and steers

fed high-forage diets. J. Anim. Sci. 80:1671-1682.

Teixeira, I.A.M.A. 2004. Methods to estimate body composition and nutritional

requirements of F1 Boer X Saanen Kids. PhD. Dissertation, Universidade

Estadual Paulista, Jaboticabal, SP, Brazil.

Turner, H. G., and C. S. Taylor. 1983. Dynamic factors in models of energy utilization

with particular reference to maintenance requirement of cattle. World Rev. Nutr.

Diet. 42:135–190.

Van Soest, P. J., J. B. Robertson, and B.A. Lewis. 1991. Methods for dietary fiber,

neutral detergent fiber, and nonstarch polysaccharides in relation to animal

nutrition. J. Dairy Sci. 74:3583-3590.

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

50

Williams, C. B., and T.G. Jenkins. 2003. A dynamic model of metabolizable energy

utilization in growing and mature cattle. III. Model evaluation. J. Anim. Sci.

81:1390-1398.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

51

Table 1. Ingredient and chemical composition of the diet

Item

Dietary ingredien, %

Elephant Grass 40

Cracked corn grain 33,03

Soybean meal 25,17

Salt 0,6

Commercial premix a 1,2

Diet Composition, % of DM

DM 63,08

CP 19

EE 2,16

Ash 6,96

NDF 26,6

NFC 43,48

Indigestible NDF 4,67

a Contained 240 g/kg Ca, 71g/kg P, 28,2 g/kg K , 20 g/kg S, 20 g/kg Mg, 30,00 mg/kg Co, 400 mg/kg Cu, 250 mg/kg Fe, 1.350 mg/kg Mn, 15 mg/kg Se, 1.700 mg/kg Zn, 40 mg/kg I, 10 mg/kg Cr, 710 mg/kg F, 135000 I.U./kg Vitamin A, 68000 I.U./kg Vitamin D3, 450 I.U./kg vitamin E.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

52

Tab

le 2

. In

take

of

nu

trie

nts

an

d e

nerg

y co

nce

ntr

atio

n of

die

ts fo

r ea

ch t

rea

tme

nt

M

oxo

Canin

F1 B

oer

x N

DG

SE

M

P-v

alu

e1

Item

M

ain

t2

0.7

52

AL

2

Ma

int

0.7

5 A

L

Ma

int

0.7

5 A

L

B

T

B ×

T

N

5

3

5

5

4

5

5

5

5

- -

- -

In

take

DM

, kg

/d

0.4

6C

0.7

4C

1.3

3B

0.4

3C

0.6

4C

1.6

3A

B

0.4

2C

0.6

5C

1.8

0A

0.3

3 <

.0001

0.0

2

DM

, %

of

BW

/d

0.0

3C

0.0

4C

0.0

7B

0.0

3C

0.0

4C

0.0

8A

0.0

3C

0.0

4C

0.0

7A

B

0.1

0 <

.0001

0.0

4

TD

N, k

g/d

0.2

6a

0.3

3a

0.5

1b

0.2

2a

0.3

3a

0.5

8b

0.2

3a

0.3

6a

0.7

2b

0.1

7 <

.0001

0.1

3

DE

, M

cal/d

1.1

3a

1.4

2a

2.1

6b

0.9

6a

1.3

9a

2.4

7b

1.0

0a

1.5

3a

3.1

1b

0.1

4 <

.0001

0.1

2

ME

, M

cal/d

0.9

3a

1.1

7 a

1.7

7 b

0.7

9a

1.1

4 a

2.0

2 b

0.8

2 a

1.2

6 a

2.5

5 b

0.1

4 <

.0001

0.1

2

E

nerg

y co

nce

ntra

tion

TD

N, %

of

DM

0.5

7a

0.4

4b

0.3

8c

0.5

2a

0.5

0b

0.3

5c

0.5

6a

0.5

4b

0.4

0c

0.0

6 <

.0001

0.1

8

DE

, M

cal. kg

-1

2.4

5a

1.8

8b

1.6

3c

2.2

2a

2.1

2b

1.4

9c

2.3

8a

2.3

3b

1.7

3c

0.0

6 <

.0001

0.1

8

ME

, M

cal. kg

-1

2.0

1 a

1.5

4b

1.3

4c

1.8

2a

1.7

4 b

1.2

2 c

1.9

5 a

1.9

1 b

1.4

1 c

0.0

6 <

.0001

0.1

8

1 B

= b

reed, T

= tre

atm

ent.

2 M

ain

t =

fed a

t m

ain

ten

ance

leve

l; 0.7

5 =

fed 7

5%

of

AL c

onsu

mptio

n;

AL

= A

d lib

itum

a,b

,c D

istin

ct lo

werc

ase

lett

ers

in th

e s

am

e r

ow

, w

ithin

bre

ed,

diff

er

at P

< 0

.05 b

y le

ast

square

means

for

die

t e

ffect

.

A, B

, C D

istin

ct c

ap

ital l

ett

ers

in t

he s

am

e r

ow

, diff

er

at P

< 0

.05 b

y le

ast

square

means

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

53

Table 3. Body composition of baseline goats

Item Moxotó Canindé F1 Boer x

N 4 5 4

SBW1, kg 16,19 ± 0.87 13,3 ± 0.77 15 ± 0.77

EBW1, kg 13.07 ± 0.65 10.00 ± 0.57 12.01 ± 0.57

HCW, kg 8.27 ± 0.55 8.71 ± 0.48 9.59 ± 0.48

Fat, % of EBW 10 ± 0.008 11 ± 0.007 9 ± 0.007

Protein,% of EBW 20 ± 0.003 19 ± 0.002 19 ± 0.002

Water, % of EBW 63 ± 0.008 64 ± 0.007 66 ± 0.007

Ash, % of EBW 5 ± 0.003 4 ± 0.003 4 ± 0.003

Energy,Mcal.kg-1 EBW 0.009 ± 0.003 0.02 ± 0.002 0.01 ± 0.002 1 SBW = shrunk BW, EBW = empty BW.

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

54

Table

4.

Eff

ect

of die

t and

bre

ed

on p

erfo

rmanc

e, body

com

posi

tion,

and

energ

y bala

nce

M

oxo

Canin

F

1 B

oer

x N

DG

P-v

alu

e1

Item

M

ain

t2

0.7

52

AL

2

Main

t 0.7

5

AL

M

ain

t 0.7

5

AL

S

EM

B

T

B

×T

Initi

al S

BW

3, k

g 15.8

3

18.1

5

14.5

9

14.3

7

13.4

1

12.1

4

12.9

0

15.2

9

16.8

2

1.7

2

0.0

55

0.5

17

0.1

38

Fin

al S

BW

, kg

13.7

7b

15.7

3b

23.5

4a

14.3

9b

16.0

2b

26.5

3a

13.9

5b

16.1

4b

33.5

2.2

8

0.0

80

<

0.0

00

1

0.0

55

EB

W3, k

g 11.1

0D

13.1

7C

,D

20.4

9B

,C

11.2

4D

12.7

1D

23.3

3A

,B

11.1

6D

12.7

0D

28.7

2A

1.8

4

0.1

10

<

0.0

00

1

0.0

40

EB

W:S

BW

, %

80.9

b

83.7

b

86.8

a

78.0

b

80.5

b

87.8

a

80.9

b

78.8

b

85.7

a

0.0

2

0.4

32

0.0

002

0.5

19

HC

W, k

g 5.8

3b

7.2

1b

11.7

8a

6.0

5b

6.8

4b

13.2

4a

5.8

7b

6.8

9b

16.0

2a

1.0

9

0.1

97

<

0.0

00

1

0.0

91

VO

M3, kg

1.7

18

C

1.9

56

B,C

3.1

40

B

1.6

82

C

2.0

91

B,C

4.3

83

A

1.8

03

C

2.0

72

B,C

4.7

59

A

0.3

24

0.0

29

<

0.0

00

1

0.0

27

AD

G, kg

/d

-0.0

21

b,e

-0

.025

b,e

0.0

91

a,e

0.0

001

b,d

,e

0.0

27

b,d

,e

0.1

46

a,d

,e

0.0

10

b,d

0.0

08

b,d

0.1

70

a,d

0.0

2

0.0

26

<

0.0

00

1

0.6

89

EB

G3, kg

/d

-0.0

17

b,e

-0

.015

b,e

0.0

88

a,e

0.0

05

b,d

0.0

27

b,d

0.1

43

a,d

0.0

09

b,d

0.0

04

b,d

0.1

54

a,d

0.0

2

0.0

16

<

0.0

00

1

0.5

84

Fat, %

of

EB

W

7.2

b

9.4

b

14.5

a

7.7

b

8.4

b

17.3

a

3.8

b

11.2

b

13.9

a

0.0

1

0.3

26

<

0.0

00

1

0.0

51

Pro

tein

, %

of

EB

W

20.1

20.4

20.1

20.3

19.2

18.2

19.2

18.8

19.5

0.0

06

0.0

51

0.3

30

0.1

39

Wat

er,

% o

f E

BW

67.0

a

64.7

b

59.4

c 66.8

a

66.9

b

60.2

c 71.6

a

65

b

62.5

c 0.0

1

0.0

69

<

0.0

00

1

0.1

80

Ash

, %

of

EB

W

5.5

5.4

5.8

5

5.3

4.1

5.2

4.8

3.9

0.0

07

0.1

68

0.3

063

0.5

76

RE

3,M

cal�

kg-0

.75 E

BW

�d-1

-0

.004

b

-0.0

01

b

0.0

34

a

0.0

02

b

0.0

07

b

0.0

50

a

-0.0

01

b

0.0

06

b

0.0

39

a

0.0

06

0.0

51

<

0.0

00

1

0.8

19

HP

3,

Mca

l�kg

-0.7

5 E

BW

�d-1

0.1

29

c 0.1

41

b

0.1

62

a

0.1

05

c 0.1

41

b

0.1

67

a

0.1

19

c 0.1

53

b

0.1

86

a

0.0

1

0.3

24

<

0.0

00

1

0.6

88

1 B

= b

reed, T

= tre

atm

ent.

2 M

ain

t =

fed a

t m

ain

tena

nce

leve

l; 0.7

5 =

fed 7

5%

of

AL c

onsu

mptio

n;

AL

= A

d lib

itum

3 S

BW

= s

hru

nk B

W,

EB

W =

em

pty

BW

, V

OM

= v

isce

ral

org

ans

mass

, E

BG

= e

mpty

bo

dy

gain

, R

E =

reta

ined e

nerg

y, H

P =

hea

t

pro

duct

ion.

a, b,c

Dis

tinct

low

erc

ase

lett

ers

in the

sam

e r

ow

, w

ithin

bre

ed, d

iffer

at P

< 0

.05 b

y le

ast

square

means

for

die

t eff

ect

.

A, B

, C D

istin

ct c

ap

ital l

ett

ers

in t

he s

am

e r

ow

, diff

er

at P

< 0

.05 b

y le

ast

square

means.

d, e, D

istin

ct lo

werc

ase

lett

ers

in th

e s

am

e r

ow

, diff

er

at P

< 0

.05 b

y le

ast

sq

uare

means

for

bre

ed

eff

ect

.

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

55

Table 5. Exponential Regression of heat production (kcal�kg-0.75 of EBW�d-1) on ME

intake (kcal�kg-0.75 of EBW�d-1) to describe energy utilization by indigenous and F1

Boer x non-descript goats. 1

Breed Intercept Slope (×1000) N r2 RMSE NEm Mem Km, %

Boer 76.9 ± 0,41 3.97 ± 0.27 15 92.3 0.066 76.9 126.9 60.6

Canindé 70.9 ± 0.49 4.07 ± 0.35 14 86.5 0.097 70.9 111.8 63.4

Moxotó 73.2 ± 0.93 4.26 ± 0.71 13 75.3 0.111 73.2 125.6 58.3

All 74.1 ± 0.04 4.05 ± 0.23 42 86.4 0.092 74.1 120.8 61.3

1 Values are mean ± SE. RMSE = root of the mean square error, NEm = maintenance

requirements for NE (kcal�kg-0.75 of EBW�d-1) calculated as the antilog of the intercept, MEm

= maintenance requirement for ME (kcal�kg-0.75 of EBW�d-1) calculated by iteration assuming

heat produced is equal to ME intake at maintenance, Km = efficiency of use of ME for NEm

(calculated as NEm/MEm).

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

56

Table 6. Regression of retained energy (kcal�kg-0.75 of EBW�d-1) on ME intake

(kcal�kg-0.75 of EBW�d-1) to describe energy utilization 1

Breed Intercept Slope N r2 RMSE Mem Kg, %

Boer -0.0417 ± 0.008 0.336 ± 0.045 15 0.81 0.0091 124.1 33.6

Canindé -0.0411 ± 0.009 0.386 ± 0.056 14 0.78 0.0118 106.5 38.6

Moxotó -0.0481 ± 0.018 0.381 ± 0.108 13 0.56 0.0156 126.2 38.1

All -0.0425 ± 0.006 0.361 ± 0.038 42 0.69 0.0123 117.7 36.1

1 Values are mean ± SE. RMSE = root of the mean square error, maintenance requirement for

ME (MEm) was calculated as the ME intake when retained energy (RE) is equal to zero and Kg

(efficiency of use of ME for RE) was calculated as the slope of the regression of RE (kcal�kg-0.75 of

EBW�d-1) on ME intake (kcal�kg-0.75 of EBW�d-1).

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

57

Table 7. Regression of retained nitrogen on nitrogen intake by breed

Breed Intercept Slope n r2 RMSE NPm1

N retained x N intake

Boer -0.4408 ± 0.125 0.219 ± 0.051 15 65.1 0.151 2.8

Canindé -0.2602 ± 0.075 0.177 ± 0.029 14 73.6 0.125 1.6

Moxotó -0.2808 ± 0.052 0.195 ± 0.021 13 86.6 0.083 1.8

All -0.3093 ± 0.047 0.191 ± 0.019 42 71.6 0.123 1.9

1 Net crude protein for maintenance (g of CP.kg-0.75 of EBW.d-1), RMSE = root of the mean square

error

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

58

Table 8. Regression of logarithm of the body protein (kg), fat (kg), or energy

(Mcal) content on the logarithm of empty BW (EBW) to describe the net retention

by breed1

Breed Intercept Slope N r2 RMSE Coefficients2

a b

Fat

B -2.402 ± 0.343 2.09 ± 0.29 20 75.5 0.227 0.00396 1.09

C -2.6858 ± 0.1938 2.428 ± 0.1713 19 91.8 0.1492 0.00206 1.428

M -2.875 ± 0.32 2.565 ± 0.2826 18 85.4 0.1781 0.00133 1.565

All -2.6013 ± 0.1611 2.3142 ± 0.14 57 85.1 0.1874 0.00250 1.3142

Protein

B -0.7146 ± 0.0342 1.0002 ± 0.0288 98.6 0.0226 0.19293 0.0002

C -0.6034 ± 0.0451 0,9101 ± 0,0399 96.7 0.035 0.24923 -0.0899

M -0.6159 ± 0.0341 0,9377 ± 0,03 98.6 0.0189 0.24215 -0.0623

All -0.6369 ± 0.0247 0,9426 ± 0,0215 97.8 0.0269 0.23072 -0.0574

2Nonlinear equation Y = a * EBWb (kg), where Y = fat (kg/kg of empty body gain, EBG) or protein

(kg/kg of EBG) in gain, and RMSE = root of the mean square error

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

59

Table 9. Coefficients for the standard nonlinear equation to predict retained energy

from empty body gain and empty BW for Moxotó, Canindé and F1 Boer × NDG

goats.

Breed Intercept Slope Coefficients1 R2 RMSE N

a b

Energy Retained

Moxotó -0.6691± 0.107 0.7847 ± 0.0706 0.2142 0.7847 94.6 0.1034 13

Canindé -0.5653 ± 0.1207 0.9131 ± 0.0959 0.2720 0.9131 90.1 0.111 14

F1 Boer x NDG -1.10156 ± 0.2194 0.5804 ± 0.1615 0.0791 0.5804 61.7 0.261 15

All -0.8069 ± 0.0946 0.716 ± 0.0691 0.1559 0.716 78.7 0.1744 42

1 Nonlinear equation: RE = a × EBGb × EBW0.75, where RE = retained energy (Mcal/d), EBG = empty

body gain (kg/d), EBW = empty BW (kg), and RMSE = root of the mean square error.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

60

CONSIDERAÇÕES FINAIS

� Recomenda-se os valores de ELm e de PLm de 74.1 kcal/kg de PCVZ0.75/dia, e de

1.9 g PB/ kg de PCVZ0.75 /dia, respectivamente para caprinos Moxotó, Canindé e

F1 Boer x SPRD, com PV variando de 15 a 25 kg.

� Recomenda-se o uso da equação ELg = 0,1559 × GPCVZ0,716 × PCVZ0.75 para se

obter as ELg em Mcal/dia; para caprinos das raças estudadas;

� Recomenda-se o uso da equação PLg = 0,2307 x PCVZ-0,0574, para se obter as

PLg em kg/kg de GPCVZ, para caprinos das raças estudadas;

� Os valores encontrados nesse estudo para exigências em energia e proteína,

para mantença e ganho foram inferiores aos preconizados pelo NRC 2007 para

caprinos nativos e tipo carne.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AFRC. Energy and protein requeriments of ruminants. Wallingford: Commonwealth Agricultural Bureaux International, 1993. ARC. The nutrient requirements of ruminant livestock. London: The Gresham Press, 1980. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAPRINOS - ABCC. Regulamento do serviço de registro genealógico das raças caprinas. Recife: ABCC, 2000. 16p. ALVES, K.S.; CARVALHO, F.F.R.; VERÁS, A.S.C.; BATISTA, A.M.V.; MEDEIROS, G.R.; RIBEIRO, V.L.; ARAÚJO, A.O. Exigências de energia para mantença e eficiência de utilização da energia metabolizável para mantença e ganho de peso de caprinos Moxotó. R. Bras. Zootec., v.37, n.8, p.1475-1482, 2008a. ALVES, K.S.; CARVALHO, F.F.R.; BATISTA, A.M.V.; VERÁS, A.S.C.; MATTOS, C.W.; MEDEIROS, A.N.; VASCONCELOS, R.M.J. Composição corporal e exigências de energia para ganho de peso de caprinos Moxotó em crescimento. R. Bras. Zootec., v.37, n.10, p.1853-1859, 2008b. ALVES, K.S.; CARVALHO, F.F.R.; VERÁS, A.S.C.; BATISTA, A.M.V.; MATTOS, C.W.; COSTA, R.G.; MAIOR Jr., R.J.S. Composição corporal e exigências de proteína para ganho de peso de caprinos Moxotó em crescimento. R. Bras. Zootec., v.37, n.8, p.1468-1474, 2008c. ANDRIGUETTO, J.M.; PERLY, L.; MINARDI, J.S.; SOUZA, G.A. de; BONA FILHO, A. Nutrição animal: as bases e os fundamentos da nutrição animal: os alimentos. 4.ed. São Paulo: Nobel, 2002. 395p. ARAÚJO, G.G.L. Alternativas Alimentares para Caprinos e Ovinos no Semi-Árido In: PECNORDESTE-2003, 04, Fortaleza, CE. Anais.... Fortaleza, 2003. 18p. ARAUJO, A.M., SILVA, F.L.R., VILLELA, L.C.V., LIMA, S.E.F., BRITO, D., FURTADO, K. COSTA, M.S., MORAES, J.B., CUNHA, R.M.S. Caracterização genética de caprinos Moxotó e Canindé por meio de microssatélites de DNA. 2008. Disponível em:

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

62

<http://sbmaonline.org.br/anais/vii/trabalhos/pdfs/ca001.pdf>. Acesso em: 02 de julho de 2009. BERG, E. P.; MARCHELLO, M. J. Bioelectrical impedance analysis for the prediction of fat-free mass in lambs and lamb carcasses. J. Anim. Sci., v.72, n. 2, p.322-329, 1994. BERG, E. P.; NEARY, M.K.; FORREST, J.C.; THOMAS, D.L.; KAUFFMAN, R.G. Assesment of lamb carcass composition from live animal measurement of bioellectrical impedance or ultrasonic tissue depths. J. Anim. Sci., v. 74, n. 1, p. 2672-2678, 1996. BELLAVER, C.; FIGUEIREDO, E.A.P.; OLIVEIRA, E.R.; PANT, K.P. Carcass characteristics of goats and sheep in Northeast Brazil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.18, n.3, p.301-309, 1983. CHIZZOTTI, M.L.; TEDESCHI, L.O.; VALADARES FILHO, S.C. A meta-analysis of energy and protein requirements for maintenance and growth of Nellore cattle. Journal of Animal Science, v.86, p.1588-1597, 2008. COELHO DA SILVA, J.F., LEÃO, M. I. Fundamentos de nutrição dos ruminantes. São Paulo: Livroceres, 1979. 380 p. CONAB. Superintendência Regional da Bahia e Sergipe. Caprinocultura na Bahia. Maio 2006. 13 p. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/conabweb/download/sureg/BA/caprinocultura_na_bahia.pdf> Acesso em: 23 fev. 2008. COSTA, R.G.; PIMENTA FILHO, E.C.; MOREIRA, R.T.; RODRIGUES, A. Rendimento de carcaça e vísceras em caprinos mestiços Anglo-Nubianos. Agropecuária Técnica, v.11, n.1/2, p.3-8, 1990. COUTO, F. A. D. Apresentação de dados sobre a importância econômica e social da ovinocaprinocultura brasileira. IN: MIZUTA, K., SILVEIRA, M. A., COUTO, F. A. D. et al. Apoio à cadeia produtiva da ovinocaprinocultura brasileira: Relatório Final. Brasília, CNPq. 2001. 69p. Csiro. Nutrient Requirements of Domesticated Ruminants. Melbourne: CSIRO Publishing, 2007.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

63

DUARTE, T. F. Qualidade nutricional e sensorial da carne de caprinos SRD e mestiços de Boer terminados em confinamento. 2003. 104 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2003. DUNSHEA, F. R.; BELL, A. W.; TRIGG, T. E. Body composition changes in goats during early lactation estimates using a two-pool model of tritiated water kinetics. Br. J. Nut., v.64, n.1, p. 121-131, 1990. EDWARDS, J. W.; CANNELL, R. C.; GARRET, R. P.; SAVELL, J. W.; CROSS, H. R.; LONGNECKER, M. T. Using ultrasound, linear measurements and live fat thickness estimates to determine the carcass composition of market lambs. J.Anim. Sci., v. 67, p. 3322-3330, 1989. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Raças Caprinas. Disponível em: <http://www.cnpc.embrapa.br/cnpc21.htm>. Acesso em: 03 de julho de 2009. FERNANDES, M.H.H.R.; RESENDE, K.T.; TEDESCHI, L.O.; FERNANDES, J.S.; SILVA Jr., H.M.; CARSTENS, T.T.; BERCHIELLI, T.T., TEIXEIRA, I.A.M.A.; AKINAGA, L. Energy and protein requirements for maintenance and growth of Boer crossbred kids. J Anim Sci., v.85, p. 1014-1023, 2006. FERREIRA, A. C. D. Composição corporal e exigências nutricionais em proteína, energia e macrominerais de caprinos saanen em crescimento. 2003. 86 f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2003. FNP-ANUALPEC. Anuário da Pecuária Brasileira. São Paulo: 1998. p. 332-333. Geay, Y. Energy and protein utilization in growing cattle. J. Anim. Sci. v.58, p.766- 778, 1984. GUIMARÃES FILHO, C.; SOARES, J.G.G.; ARAÚJO, G.G.L. de. Sistemas de produção de carnes caprina e ovina no semi-árido nordestino. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 1., 2000, João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa: EMEPA-PB, 2000. v.1, 266p.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

64

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção da Pecuária Municipal – 2007. Disponível em: <HTTP://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 03 de julho de 2009. KOCK, S. W.; PRESTON, R. L. Estimation of bovine carcass composition by urea dilution technique. J. Anim. Sci., v. 48, n. 2, p. 319-327, 1979. LOFGREEN, G. P.; HULL, J. L.; OTAGAKI, K. K. Estimation of empty body weight of beef cattle. J. Anim. Sci. v. 21, n. 1, p. 20-24, 1962. LOFGREEN, G. P.; GARRET, W. N. A system for expressing net energy requirements and feed values for growing and finishing beef cattle. J. Anim. Sci. v.27, p.793–806, 1968. LUO, J.; GOETSCH, A.L.; SAHLU, T.; NSAHLAIC, I.V.; JOHNSOND, Z.B.; MOOREE, J.E.; GALYEANF, M.L.; OWENSG, F.N.; FERRELLH, C.L.Prediction of metabolizable energy requirement s for maintenance and gain of preweaning, growing and mature goats. Small Ruminant Research, v.53, p.231-252, 2004. MACHADO, T. M. M. Raças raras de pequenos ruminantes no Brasil. Ação Ambiental (UFV) v.3, p.19-23, 2001. MARTIN, R. A.; EHLE, F. R. Body composition of lactating and dry holstein cows estimated by deuterium dilution. J. Dairy Sci., v. 69, n. 1, p. 88-98, 1986. MASON, I. L. Sheep and goat production in the drought polygon of Northeast Brazil. World Animal Review, Rome, v. 34, p. 23-28, 1980. MATTOS, C.W. Desempenho e características de carcaça de caprinos Moxotó e Canindé, em crescimento, submetidos a dois níveis de alimentação. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2005. 91p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2005. MEDEIROS, A. N. Composição corporal e exigências nutricionais em proteína e energia para caprinos saanen na fase inicial de crescimento. 2001. 160 f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2001. NOBREGA, G.H.; SILVA, A.M.A.; PEREIRA FILHO, J.M.; AZEVEDO, S.A.; CARVALHO JR., A.M.; ALCALDE, C.R. Composição corporal, exigências em proteína e energia para

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

65

ganho de peso de caprinos em pastejo. Acta Sci. Anim. Sci., v. 30, n. 4, p. 407-414, 2008. NRC. Nutrient requirements of goats: Angora, dairy, and meat goats in temperate and tropical countries. Washington, D.C.: National Academy Press, 1981. NRC. Nutrient Requirements of Beef Cattle. 7.ed. Washington, D.C.: National Academy Press, 2000. NRC. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids, and new world camelids. Washington, D.C.: National Academy Press, 2007. NSAHLAI, I.V.; GOETSCH, A.L.; LUO, J.; JOHNSON, Z.B.; MOORE, J.E.; SAHLU, T.; FERRELL, C.L.; GALYEAN, M.L.; OWENS, F.N. Metabolizable energy requirements of lactating goats. Small Ruminant Research, v.53 p.253-273, 2004. OWENS, F.N.; GOETSCH, A.L. Ruminal Fermentation. In: Church, D.C. The Ruminant Animal: Digestive Physiology and Nutrition. Englewood: Prentice Hall, 1995. p. 145-171. PAULINO, P.V.R.; COSTA, M.A.L.; VALADARES FILHO, S.C.; PAULINO, M.F.; VALADARES, R.F.D.; MAGALHÃES, K.A.; MORAES, E.H.B.K.; PORTO, M.O.; ANDREATTA, K. Exigências Nutricionais de Zebuínos. Energia. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33, n.3, p.781-791, 2004. PAULINO, P.V.R.; CHIZZOTTI, M.L.; VALADARES FILHO, S.C.; REIS, S.F. Exigências nutricionais de Bovinos de corte: Técnicas de pesquisa e resultados nacionais. In: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL AVANÇOS EM TÉCNICAS DE PESQUISA EM NUTRIÇÃO DE RUMINANTES, 2., 2009, Pirassununga. Anais... Pirassununga: Editora 5D, 2009. v.1, p. 123-146. QUADROS, D.G. Sistemas de Produção de ovinos e caprinos de corte. Salvador, 2005. 22p. Apostila Técnica, Universidade do Estado da Bahia, 2005. RESENDE, K. T. Métodos de estimativa da composição corporal e exigências nutricionais de proteína, energia e macrelementos inorgânicos de caprinos em crescimento. 1989. 130 f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1989.

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

66

RESENDE, K. T.; PEREIRA FILHO, J. M.; TRINDADE, I. A. C. M. Exigências nutricionais de caprinos leiteiros. In: ______. Produção animal na visão dos brasileiros. Piracicaba: Esalq, 2001. p. 484-496. RESENDE, K.T.; TEIXEIRA, I.A.M.A.; FERNANDES, M.H.M.R. Metabolismo de energia. In: BERCHIELLI, T.T.; PIRES, A.V.; OLIVEIRA, S.G. Nutrição de Ruminantes. p. 311-332, 2006. RIBEIRO, S.D.A. Caprinocultura: criação racional de caprinos. São Paulo, SP: Nobel, 1997. 318p. RIBEIRO, M.N. Estado de conservação de caprinos naturalizados no Brasil.1999. Disponível em: <http://www.capritec.com.br/art07.htm>. Acesso em: 02 de julho de 2009. SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Ovinocaprinocultura. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/setor/ovino-e-caprino/o-setor/racas-caprino/moxoto/>. Acesso em: 03 de julho de 2009. SILVA, F.L.R.; FIGUEIREDO, E.A.P.; SIMPLÍCIO, A.A.; BARBIERI, M.E.; ARRUDA, F.A.V. Parâmetros genéticos e fenotípicos para pesos de caprinos nativos e exóticos criados no Nordeste do Brasil, na fase de crescimento. R.. Bras. Zootec., v.2, n.2, p.350-359, 1993. SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de alimentos (métodos químicos e Biológicos). 3.ed. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2002. 235p. SOUZA, W.H.; PIMENTA FILHO, E.C. Estratégia para o Melhoramento de Caprinos no Brasil. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 28., 1991, João Pessoa. Anais... João Pessoa: SBZ, 1991. p.103-136. SOUSA, W, H.; LEITE, R. M. H.; LEITE, P. R. M. Raça Boer- Caprino Tipo Carne. João Pessoa: EMEPA-PB, 1997. 30p. SOUZA, H.M.H.; QUEIROZ, A.C.; RESENDE, K.T.; SILVA, J.F.C.; PEREIRA, J.C.; GOUVEIAS, L.J. Exigências Nutricionais de Caprinos da Raça Alpina em Crescimento.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANSCICO …tcc/000002/0000021C.dissert_karina.pdf · Exigências nutricionais de caprinos nativos e mestiços de Boer no semiárido nordestino

67

3. Exigências Nutricionais de Energia, Proteína, Cálcio e Fósforo. R.Bras.Zootec, v.27, n.1, p.198-202, 1998. STANFORD, K.; McALLISTER, T.A.; MacDOUGALL, M.; BAILEY, D.R.C. Use of ultrasound for the prediction of carcass characteristics in alpine goats. Small Rumin. Res., v. 15, p.195-201, 1995. TEDESCHI, L.O.; FOX, D.G.; GUIROY, P.J. A decision support system to improve individual cattle management. 1. A mechanistic, dynamic model for animal growth. Agricultural Systems, v.79, p.171-204, 2004. TEIXEIRA, I.A.M.A. Métodos de estimativa de composição corporal e exigências nutricionais de cabritos F1 Boer x Saanen. 2004. 58f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2004. UFPI - Universidade Federal Do Piauí (Grupo Capri-Ovis). Principais Raças Caprinas. Disponível em: <http://www.ufpi.br/capriovis/visualizar.php?pg=Caprinos&pgid=41&parte=exibir_submenu>. Acesso em: 03 de julho de 2009. VALADARES FILHO, S. C.; PAULINO, P.V.R.; SAINZ, R. D. Desafios metodológicos para determinação das exigências nutricionais de bovinos de corte no Brasil. In: REUNIÃO ANNUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 42., 2005, Goiânia. Anais... Goiânia: SBZ, 2005. p. 261-287. VALADARES FILHO, S.C.; MARCONDES, M.I.; CHIZZOTTI, M.L.; PAULINO, P.V.R. Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados: BR-CORTE. 2.ed., Viçosa, MG: UFV, DZO, 2010, 193p. WEISS, W.P. Energy prediction equations for ruminant feeds. In: CORNELL NUTRITION CONFERENCE FOR FEED MANUFACTURERS, 61., 1999, Ithaca. Anais... Ithaca: Cornell University, 1999. p.176-185. WISHMEYER, D. L.; SNOWDER, G.D.; CLARK, D.H.; COCKETT, N.E. Prediction of live lamb chemical composition utilizing electromagnetic scanning (ToBec). J. Anim. Sci., v. 74, p. 1864-1872, 1996.