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Universidade Federal do Vale do São Francisco Profº: Davi Simões Aluno: Neemias da Silva Disciplina: Teoria Sociológica III A obra que possui a abordagem política, pelo autor Kalr Marx, é formada a parti de uma ferramenta, que tem consigo um importante processo na investigação, sobre a analise política que envolve o capital. Tal obra, tem por objetivo a analise de conceitos apreendidos, categorias e leis, porém ele é de forma especifica com seu método, na utilização das origens, utilização e desenvolvimento das condições de superação da burguesia moderna. 1. Fatores que compõe Mercadoria: Valor de uso e seu valor Karl Marx menciona a riqueza embutida sobre sociedade capitalista, que apresenta-se uma grande parcela de mercadorias, em sua dimensão, pois à mercadoria é uma maneira ou forma constituinte elementar da sociedade moderna, ou seja da sociedade burguesa moderna. Neste caso, a investigação de Marx, visa em princípio e objetivo no livro " O Capital", a mercadoria. Ele aborda a logo de inicio, que a mercadoria tem um fator duplo de Uso de uso e Valor, tornando a substância a essência do grande valor, porém ele menciona que antes de qualquer coisa, ela é um componente externo e não interno, dando um certo sentido de " Coisa ". Ainda sobre a satisfação o qual a propriedade esta ligada as questões de sociedade, ou seja relacionada ao homem, sendo qualquer espécie, são valores de valor de uso,e que possuem uma utilidade de compreensão essencial. Segundo Marx, podemos pressupor algum exames de valores o qual também se relaciona com a determinação da quantidade, como o linho e os relógios ou até mesmo uma

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Universidade Federal do Vale do So FranciscoProf: Davi SimesAluno: Neemias da SilvaDisciplina: Teoria Sociolgica III

A obra que possui a abordagem poltica, pelo autor Kalr Marx, formada a parti de uma ferramenta, que tem consigo um importante processo na investigao, sobre a analise poltica que envolve o capital.Tal obra, tem por objetivo a analise de conceitos apreendidos, categorias e leis, porm ele de forma especifica com seu mtodo, na utilizao das origens, utilizao e desenvolvimento das condies de superao da burguesia moderna.1.Fatores que compe Mercadoria: Valor de uso e seu valorKarl Marx menciona a riqueza embutida sobre sociedade capitalista, que apresenta-se uma grande parcela de mercadorias, em sua dimenso, pois mercadoria uma maneira ou forma constituinte elementar da sociedade moderna, ou seja da sociedade burguesa moderna. Neste caso, a investigao de Marx, visa em princpio e objetivo no livro " O Capital", a mercadoria.Ele aborda a logo de inicio, que a mercadoria tem um fator duplo de Uso de uso e Valor, tornando a substncia a essncia do grande valor, porm ele menciona que antes de qualquer coisa, ela um componente externo e no interno, dando um certo sentido de " Coisa ". Ainda sobre a satisfao o qual a propriedade esta ligada as questes de sociedade, ou seja relacionada ao homem, sendo qualquer espcie, so valores de valor de uso,e que possuem uma utilidade de compreenso essencial. Segundo Marx, podemos pressupor algum exames de valores o qual tambm se relaciona com a determinao da quantidade, como o linho e os relgios ou at mesmo uma certa quantidade de ferros. Na verdade o que pode-se se destacar nisto, so os elementos da utilidade do uso de valor, o qual seria a realizao do uso e consumo humano.Vale-se destacar, o a maneira de como se trata o Valor de uso, o que ele possui de material e sua riqueza. O homem, o ser social, transformou a natureza, com a ao de sua conscincia, produzindo valores de uso. Os Homens mais primitivos ou sociedades Mecnicas ou " por assim dizer " primitivas, tem em sua medida , a medio do uso do trabalho de sua sociedade, produzindo valores de uso, como flechas ou machados.Ento dar-se a entender a importncia do trabalho humano, mesmo que no haja mercadoria , como exemplo poderemos citar os camponeses em plena a idade mdia, o qual, entregava como forma de tributo, ao senhor feudal.

Tem-se ento, a certeza que a "Mercadoria", um produto fruto do trabalho do homem, sendo gasto pelo crebro, mos, nervos e sentidos, todos relacionados ao homem. Portanto o que gera o valor ao homem, apenas o trabalho, por meio desta atividade que se pode gerar algum valor trabalhista. Karl Marx verifica que no decorrer tempo de seu trabalho,o trabalho social um meio necessrio, visto as necessidades de condio de servios, oferecidos na produo normais, sendo o grau social mdio, nas habilidades de intensificao do trabalho.Ele menciona que o tempo necessrio, ou o quantum de trabalho desenvolvido socialmente para a produo de valor, o que vai gerar o valor desenvolvido pelo seu trabalho ou objeto, ou seja, a grandeza de seu valor. enquanto valores todas as mercadorias so apenas medidas determinadas de tempo de trabalho cristalizado (MARX, 1988, p. 48)No decorrer da analise capitalista, Marx v a fora de produo como meio circunstancial diversa, entre muitas outras habilidades dos trabalhadores, este desenvolvimento possui um nvel de aplicao em sua cincia tecnolgica, juntada ao processo de volume de produo e condies naturais. quanto maior a fora produtiva do trabalho, tanto menor o tempo de trabalho exigido para a produo de um artigo, tanto menor a massa de trabalho nele cristalizado, tanto menor o seu valor(MARX, 1988, p. 49).Trabalho caracterizado na representao de mercadoriasO trabalho que produz valor, tomado por Marx, como trabalho de utilidade, formador de valores de uso, de existncia e condio humana e sua independncia.Valores qualitativamente, so diferentes, elas no podem ser confrontadas com o mercado. Apenas valores que tem distino, podem ser trocadas com valores distinto.Um ponto importante a se destacar, que o trabalho no apenas uma forma de se ganhar valores de uso, na riqueza material. Pode-se citar de utilidade no mediadas pelo trabalho : Ar, Solo virgem, das matas e dos gramados naturais.

----------------- Marx prossegue na sua investigao analisando a diviso social do trabalho, esta, condio, segundo ele, para a produo de mercadorias (no h produo de mercadorias sem diviso social do trabalho), embora, inversamente, a produo de mercadorias no seja a condio de existncias para a diviso social do trabalho. Por exemplo, na antiga Comunidade Hindu o trabalho era socialmente dividido sem que os produtos se tornem mercadorias. Ou seja, a diviso social do trabalho no significa que necessariamente voltada para a produo de mercadorias. No que tange ao duplo carter do trabalho, temos que, todo trabalho , por um lado, dispndio de fora de trabalho do homem no sentido fisiolgico, e nessa qualidade de trabalho humano igual ou trabalho humano abstrato gera o valor da mercadoria. Todo trabalho , por outro lado, dispndio de trabalho do homem sob forma especificamente adequada a um fim, e nessa qualidade de trabalho concreto til produz valores de uso.Por exemplo, a alfaiataria e a tecelagem so trabalhos uteis distintos, qualitativamente diferentes, trabalhos concretos. Porm, apesar de serem atividades produtivas distintas so ambas dispndio produtivo de crebro, msculos, nervos, mos etc. humanos.3.A Forma de Valor ou o Valor de TrocaAs mercadorias vm ao mundo sob a forma de valores de uso, como coisas teis, ou sob forma de corpos de mercadorias, como ferro, linho, trigo, etc. Antes de adquirirem valor, contm, portanto, propriedades que satisfazem necessidades humanas, como visto.A)Forma Simples, Singular ou Acidental de Valor Forma Equivalente / Forma RelativaVALOR(Propriedade objetiva, extra-sensorial)MERCADORIA(Quantidade) / Trabalho Abstrato Propriedade social. VALOR DE USO (Qualidade) / Trabalho Concreto. Produz utilidades. Trabalho qualitativamente diferenciado.A figura acima trata do duplo carter da mercadoria e do trabalho representado nas mercadorias. As mercadorias, por um lado, so valores de uso, ou seja, coisas teis, constructos de trabalho til, concreto, trabalho qualitativamente diferenciado, por exemplo: tecelagem, alfaiataria etc. Ademais, so portadoras de Valor, esta, uma propriedade objetiva, extra-sensorial, produzida mediante trabalho abstrato que uma propriedade tipicamente social. Por fim, a forma valor pode se apresentar sob a Forma Equivalente de Valor e/ou Forma Relativa de Valor so, portanto, dois plos da expresso de valor.1)Os dois plos da expresso de valor: Forma Relativa de Valor e Forma EquivalenteA partir desse momento, Marx passa a operar o exame da relao entre uma mercadoria e outra. Salienta-se que comparar mercadorias, significa expressar uma na outra, ou seja, expressar o valor de uma no valor de uso da outra.Marx nos adverte que duas mercadorias diferentes, A e B (casaco e linho), representam dois papis distintos. O Linho expressa seu valor no casaco, o casaco serve de material para essa expresso de valor. Neste sentido, a primeira mercadoria (linho) representa um papel ativo, sob forma relativa de valor. J a segunda mercadoria (casaco) representa um papel passivo, como equivalente, ou forma equivalente de valor (aquele que serve de material para a expresso de valor).Para Marx,a Forma Relativa de Valor e a Forma Equivalente pertencem uma outra, se determinam reciprocamente, so momentos inseparveis, porm, ao mesmo tempo so extremos que se excluem mutuamente ou se opem, ou seja, so plos da mesma expresso de valor.Vale observar que no itinerrio que Marx est percorrendo ele est preparando o caminho para demonstrar a forma-dinheiro, ou seja, a forma equivalente geral que se transforma em dinheiro.2)A Forma Relativa de ValorA)Contedo da Forma Relativa de ValorComo valores, as mercadorias so meras gelatinas (cristalizaes) de trabalho humano, ou seja, trabalho humano abstrato. Nelas esto contidas dispndio de fora de trabalho do homem. Ao equipara-se, por exemplo, o casaco, como coisa de valor, ao linho, equiparado o trabalho inserido no primeiro com o trabalho contido neste ltimo. Marx est nos explicando que o trabalho a substncia do valor, ou melhor, que o trabalho o elemento que gera o valor. Portanto, no processo de troca das mercadorias, troca-se o trabalho contido nelas.Entre a alfaiataria e a tecelagem, ambos trabalhos concretos, qualitativamente distintos, existe algo que os iguala, o seu carter comum de trabalho humano abstrato. Uma observao importante feita por Marx que a fora de trabalho do homem cria valor, porm no valor. Ele torna-se valor em estado cristalizado, em gelatina, em forma concreta de linho, ferro, ch etc.Neste sentido, para expressar o valor do linho como gelatina de trabalho humano ele deve ser expresso como uma objetividade concretamente diferente do linho mesmo e simultaneamente comum ao linho e outra mercadoria. Observa-se que o corpo da mercadoria casaco um mero valor de uso.Ademais, o que caracteriza o casaco como valor o fato de que nele est contido trabalho humano acumulado, ainda que essa sua propriedade no se veja mesmo atravs de sua forma mais puda.Por fim, como valor de uso o linho uma coisa fisicamente diferente do casaco, como valor algo igual ao casaco e parece, portanto, com um casaco.B)Determinao Quantitativa da Forma de Valor RelativaEm anlise a determinao quantitativa da forma de valor relativa, Marx nos adverte que toda mercadoria, cujo valor deve ser expresso, um valor de uso, em dado quantum, 15 arrobas de trigo, 100 libras de caf etc.Vejamos a equao:20 varas de linho = 1 casaco, ou 20 varas de linho valem 1 casaco. Parte-se do pressuposto de que 1 casaco contm tanta substncia de valor quanto 20 varas de linho, que ambas as quantidades de mercadorias custam assim o mesmo trabalho ou igual quantidade de tempo de trabalho.I Que mude o valor do linho, enquanto o valor do casaco permanece constante.Marx, a partir desse momento, analisa a hiptese onde o valor do linho alterado, enquanto o valor do casaco permanece constante. Parte do pressuposto de que se o tempo de trabalho necessrio para a produo de linho dobra, ento duplica o seu valor, ou seja, se mais trabalho, ento, mais valor. Desta forma a equao em vez de 20 varas de linho = 1 casaco, seria 20 varas de linho = 2 casacos. Marx nos adverte que, se ao contrrio, diminui o tempo de trabalho necessrio para a produo do linho em conseqncia, por exemplo, da melhora dos teares, cai tambm o valor do linho pela metade.Vale observar que uma mercadoria A tem o seu valor relativo expresso na mercadoria B.II Que o valor do linho permanea constante, enquanto muda o valor do casaco.Nesta hiptese, o valor do linho permanece constante, ou seja, com a mesma quantidade de trabalho, enquanto se altera o valor do casaco. Sendo assim, se duplica o tempo de trabalho necessrio para a produo do casaco, duplica o seu valor. Desta forma, a equao em vez de 20 varas de linho = 1 casaco, tornar-se-ia agora 20 varas de linho = casaco. Se, ao contrrio, o valor do casaco cai metade, ento 20 varas de linho = 2 casacos.Aqui cabe uma observao importante. Marx nos mostra que ao se compararem os diferentes casos, resulta que a mesma mudana de grandeza do valor relativo pode provir de causas totalmente opostas.3)A Forma EquivalenteEm sntese, ocorre a forma equivalente quando o valor de uma mercadoria A se expressa no valor de uso de uma mercadoria B. Ou seja, ao expressar uma mercadoria A (linho) seu valor no valor de uso de uma mercadoria diferente B (casaco) imprime-se a esta ltima uma forma peculiar de valor, a forma equivalente. Ademais, a forma equivalente de uma mercadoria conseqentemente a forma de sua permutabilidade direta com outra mercadoria. Visto que nenhuma mercadoria pode figurar-se como equivalente de si mesma.A forma equivalente, segundo Marx, tem trs caractersticas fundamentais, possui peculiaridades. A primeira refere-se ao fato de que quando se observa a forma equivalente percebe-se queo valor de uso torna-se forma de manifestao de seu contrrio, ou seja, do valor.A segunda peculiaridade da forma relativa est no fato de queo trabalho concreto (qualitativamente distinto, til) se converte na forma de manifestao de seu contrrio, trabalho humano abstrato, trabalho em geral, dispndio de fora de trabalho do homem. Ou seja, o corpo da mercadoria que serve de equivalente figura sempre como corporificao de trabalho humano abstrato e sempre o produto de determinado trabalho concreto. A terceira e ltima peculiaridade da forma equivalentedeve-se ao fato do trabalho privado converter-se na forma de seu contrrio, trabalho em forma diretamente social.Marx, no processo de elaborao da sua teoria do valor-trabalho, procede anlise acerca do filsofo Aristteles, apreendendo as suas contribuies e limitaes. Para Marx Aristteles foi o pesquisador que primeiro analisou a forma de valor. Aristteles declarava que a forma dinheiro da mercadoria apenas a figura mais desenvolvida da forma simples de valor, isto , da expresso de valor de uma mercadoria em outra mercadoria qualquer. Observa-se que Marx d continuidade a essa idia.Segundo Marx, Aristteles fracassa o prosseguimento de sua analise, por conta da falta do conceito de valor, ou seja, pela no descoberta do trabalho enquanto grandeza do valor, em verdade por limitaes histricas. Ademais, o perodo de Aristteles era o da sociedade grega, que tinha como base de sustentao material o trabalho escravo.Marx considera que o gnio de Aristteles est na descoberta de uma relao de igualdade na expresso de valor das mercadorias, idia, que ele desenvolve, como vimos.4)O Conjunto da Forma Simples de ValorDando continuidade a sua investigao, Marx passa a analisar o conjunto da forma simples de valor. Segundo ele, a forma simples de valor de uma mercadoria est contida em sua relao de valor com outra mercadoria de tipo diferente, ou na relao de troca com a mesma. A forma simples de valor uma forma embrionria, sofre uma srie de metamorfoses at chegar forma preo. Ademais, a forma simples de valor relativo de uma mercadoria corresponde forma de equivalente individual de outra mercadoria.Neste sentido o valor de uma mercadoria A expresso qualitativamente por meio da permutabilidade direta da mercadoria B com a mercadoria A. Aqui surge uma questo fundamental: a forma valor s pode ser expressa na relao entre as mercadorias.Existe para Marx, na forma mercadoria, uma anttese interna que oculta (relao entre valor de uso e valor), esta, representada por meio de uma anttese externa, ou seja, por meio da relao de duas mercadorias.Marx, em seguida, nos adverte com a seguinte questo, esta, fundamental, para a nossa investigao, a saber:O produto de trabalho em todas as situaes sociais(ou seja, em todos os modos de produo)objeto de uso, porm uma poca historicamente determinada(a poca da sociedade burguesa moderna)de desenvolvimento a qual apresenta o trabalho despendido na produo de um objeto de uso como sua propriedade objetiva, isto , como seu valor transforma o produto de trabalho em mercadoria(MARX, 1988, p.63).C)Forma de Valor Total ou DesdobradaMarx representa a forma de valor total ou desdobrada pela equao: 20 varas de linho = 1 casaco ou = 10 libras de ch ou = 40 libras de caf ou = 1 quarter de trigo ou = 2 onas de ouro ou = tonelada de ferro etc.1)A Forma Relativa de Valor DesdobradaO valor de uma mercadoria, do linho, por exemplo, agora expresso em inumerveis outros elementos do mundo das mercadorias. Qualquer outro corpo de mercadoria torna-se espelho do valor do linho. Assim, aparece esse valor mesmo pela primeira vez verdadeiramente como gelatina de trabalho humano indiferenciado. Visto que o trabalho que o gera agora expressamente representado como trabalho equiparado a qualquer outro trabalho humano, ou seja, trabalho humano abstrato.Marx analisa aqui o processo de equiparao entre mercadorias no mais de maneira isolada, agora o linho encontra-se em relao social com o mundo das mercadorias, ou seja, nas suas prprias palavras desaparece a relao eventual de dois donos individuais de mercadorias.2)Forma Equivalente ParticularAqui, Marx opera anlise da forma equivalente particular, onde cada mercadoria, casaco, trigo, ch, ferro etc., vale na expresso de valor do linho como equivalente e, portanto, como corpo de valor. A forma natural determinada de cada uma dessas mercadorias agora uma forma equivalente particular ao lado de muitas outras.3)Insuficincias da Forma de Valor Total ou DesdobradaPara Marx as insuficincias da forma de valor total ou desdobrada refletem-se na sua forma equivalente correspondente.D)Forma Geral de Valor1 casaco =10 libras de ch =40 libras de caf =1 quarter de trigo = 20 varas de linho (equivalente geral)2 onas de ouro = tonelada de ferro =1)Carter Modificado da Forma ValorMarx analisa as duas formas de valor (forma relativa de valor e a forma equivalente). Para ele a primeira forma s se encontra na prtica dos primeiros comeos, quando produtos de trabalho se transformam em mercadorias por meio de troca casual e ocasional. A segunda forma, por conseguinte, distingue o valor de uma mercadoria de seu prprio valor de uso de maneira mais completa, pois o valor do casaco, por exemplo, confronta agora sua forma natural em todas as formas possveis, como algo igual ao linho, ao ferro, ao ch etc., como tudo antes, exceto algo igual ao casaco.Vale observar que esse processo refere-se gnese da constituio histrica da forma dinheiro.No que tange forma valor geral, Marx adverte que ela surge como obra comum do mundo das mercadorias. Ou seja, uma mercadoria s ganha expresso geral do valor porque simultaneamente todas as demais mercadorias expressam seu valor no mesmo equivalente e cada nova espcie de mercadoria que aparece tem que fazer o mesmo.Ademais, a forma valor geral representa os produtos de trabalho como meras gelatinas (cristalizaes, concentraes) de trabalho humano indiferenciado, trabalho abstrato.2)Relao de Desenvolvimento da Forma Valor Relativa e da Forma Equivalente.Para Marx a Forma Valor Relativa e a Forma Equivalente se desenvolvem simultaneamente na mesma proporo. Ao grau de desenvolvimento da forma valor relativa, corresponde o grau de desenvolvimento da forma equivalente. Ou seja, o desenvolvimento da forma equivalente expresso e resultado do desenvolvimento da forma valor relativa, h, portanto, uma relao dialtica.3)Transio da Forma Valor Geral para a Forma DinheiroEm primeiro lugar, Marx nos explica que a forma equivalente geral uma forma do valor em si, ela pode ser recebida por qualquer mercadoria.Ademais, a forma-dinheiro um desdobramento da mercadoria, antes, porm, era um gnero especfico de mercadoria que se transformou em mercadoria-dinheiro, cumprindo funo especificamente social, sendo historicamente consumada, por meio do hbito social. A forma-dinheiro assume, portanto, papel de ser equivalente geral dentro do mundo das mercadorias.Marx adverte que o ouro, por exemplo, s se confronta com outras mercadorias como dinheiro por j antes ter-se confrontado a elas como mercadoria.Aqui surge uma questo, do que se trata a forma preo? Para Marx, a forma preo uma determinao do valor, a expresso relativa simples de valor de uma mercadoria A (linho, por exemplo), na mercadoria que j funciona como mercadoria dinheiro (ouro, por exemplo). Vejamos: A Forma Preo do linho , pois: 20 varas de linho = 2 onas de ouro.4. O Carter Fetichista da Mercadoria e seu Segredo.Para tratar acerca da questo do carter fetichista da mercadoria, Marx, retoma a anlise da mesma enquanto valor de uso. A primeira vista, diz Marx, a mercadoria parece uma coisa simples, trivial, evidente, porm, analisando-a, v-se complicada, dotada de sutilezas.Antes, porm, enquanto valor de uso no h nada de misterioso nas mercadorias. Elas satisfazem necessidades humanas pelas suas propriedades, estas, produto do trabalho humano, dispndio de crebro, nervos, msculos, sentidos etc., dos homens. O que possibilita Marx concluir que o carter mstico das mercadorias no provm de seu valor de uso.Para o autor, o carter enigmtico do produto de trabalho, to logo ele assume a forma mercadoria, provm da prpria forma mercadoria. O misterioso da forma mercadoria consiste, portanto, simplesmente no fato de que ela reflete aos homens as caractersticas sociais do seu prprio trabalho como caractersticas objetivas dos prprios produtos de trabalho, como propriedades naturais sociais dessas coisas e, por isso, tambm reflete a relao social dos produtores com o trabalho total como uma relao social existente fora deles, entre objetos. Ou seja, atravs do trabalho, os homens transformam a natureza nos meios de produo e de subsistncia necessrios sua reproduo, a partir desse processo, os produtos do trabalho se tornam mercadorias, coisas fsicas, metafsicas ou sociais, assumindo forma objetiva.No interior desta relao social est o fato de que os prprios homens produzem as mercadorias, que assumem relao externa ao homem, passam a ter vida prpria, tornam-se figuras autnomas, que mantm relaes entre si e com os homens.Marx, de maneira brilhante, nos adverte que o carter fetichista da mercadoria provm do carter social peculiar o trabalho que produz mercadorias. Ademais, visto que as mercadorias precisam ser trocadas, a relao de troca figura-se, porm, no como relaes diretamente sociais entre pessoas em seus prprios trabalhos, seno como relaes reificadas entre as pessoas e relaes sociais entre as coisas.Marx observa que a ciso do produto de trabalho em coisa til e coisa de valor realiza-se apenas na prtica, to logo a troca tenha adquirido extenso e importncia suficientes para que se produzam coisas teis para serem trocadas, de modo que o carter de valor das coisas j seja considerado ao serem produzidas. Esta ciso se d com o processo de desenvolvimento das relaes capitalistas de produo.Dando seqncia sua anlise, Marx nos adverte com outro elemento fundamental para a investigao acerca da categoria trabalho e seu desenvolvimento condio de trabalho abstrato, a saber:A partir desse momento, os trabalhos privados dos produtores adquirem realmente duplo carter social. Por um lado, eles tm de satisfazer determinada necessidade social, como trabalhos determinados teis, e assim provar serem participantes do trabalho total. Por outro lado, s satisfazem s mltiplas necessidades de seus prprios produtores, na medida em que cada trabalho privado til particular permutvel por toda outra espcie de trabalho privado, portanto lhe equivale(MARX, 1988, p. 71-72).Por fim, Marx conclui o primeiro captulo d O Capital, afirmando que sob a gide da formao social capitalista, o processo de produo domina os homens. O ato-histrico de libertao das amarras que os prende , portanto, tarefa imprescindvel para a construo de uma sociabilidade para alm do capital, visto que,a figura do processo social da vida, isto , do processo da produo material, apenas se deprender do seu mstico vu nebuloso quando, como produto de homens livremente socializados, ela ficar sob seu controle consciente e planejado(MARX, 1988, p. 76).