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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA PALOMA CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA Ocorrência da Síndrome de Pusher em pacientes pós-AVC em Santa Cruz/RN Santa Cruz 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ

GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

PALOMA CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA

Ocorrência da Síndrome de Pusher em pacientes pós-AVC em Santa

Cruz/RN

Santa Cruz

2015

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PALOMA CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA

Ocorrência da Síndrome de Pusher em pacientes pós-AVC em Santa Cruz/RN

Artigo Científico apresentado a Faculdade de

Ciências da Saúde do Trairi da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, para

obtenção do título de Bacharel em

Fisioterapia.

Orientador (a): Prof. Dra. Roberta de Oliveira

Cacho.

Santa Cruz

2015

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PALOMA CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA

Análise da ocorrência da Síndrome de Pusher em pacientes pós-AVC em Santa Cruz/RN

Artigo científico apresentado à Faculdade de

Ciências da Saúde do Trairi da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, para

obtenção do título de Bacharel em

Fisioterapia.

Aprovado em: _____ de __________________ de ________.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________. Nota: ________

Prof. Dra. Roberta de Oliveira Cacho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_________________________________________________. Nota: ________

Prof. Dr. Enio Walker Azevedo Cacho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_________________________________________________. Nota: ________

Prof. Thaiana Barbosa Ferreira Pacheco

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Ao meu pai, que em vida, desejou tanto essa conquista.

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AGRADECIMENTOS

À Jesus Cristo, pelo seu amor incondicional de Pai. Por ser meu amigo e meu socorro

em todas as horas. Por ser a felicidade plena que habita em mim. A Virgem Maria, minha

Mãezinha, pela proteção incessante, com seu manto sagrado. Pela sua escuta atenta e seu

acolhimento generoso. A Santa Rita de Cássia, pela sua defesa e por sempre abraçar minhas

causas impossíveis.

À minha mãe Ana Lúcia, por todo o seu empenho na minha educação. Por ser o meu

maior exemplo de superação e força. Pelo seu abraço e colo a cada encontro. Pela sua

intercessão infindável. À minha irmã Polianny, pela sua serenidade, fraternidade e torcida. Ao

meu irmão Aldecí Filho, por ser a luz da minha vida. Ao meu pai Antônio Aldecí, que em

vida me ensinou a ser a melhor pessoa que eu conseguir, e não esperar nada em troca por isso.

À minha avó Cristina Maria, pela sua saudade sempre desejosa. Pelo seu abraço afável e sua

atenção incansável. Por ter uma força suprema. A todos os meus familiares por sempre

acreditarem em mim, e pelo amor evidente.

À Prof. Dra. Roberta de Oliveira Cacho, por despertar em mim o amor pela

neurologia. Pela oportunidade de crescer, profissionalmente e pessoalmente, seguindo os

exemplos de sua pessoa extremamente ética, competente, criteriosa, e acima de tudo, humana

e preocupada com o próximo. Pela sua metodologia de ensino, que me fez sempre querer ser

mais e ir além dos meus limites.

À Prof. Dra. Núbia Maria Freire Vieira Lima e ao Prof. Dr. Enio Walker Azevedo

Cacho, pela disponibilidade em compartilhar seus conhecimentos para que esse estudo

acontecesse. À todos os meus mestres e doutores, por me fazerem uma fisioterapeuta díspar.

À Even, a primeira a me acolher em Santa Cruz. E pela fraternidade verdadeira. À

Nilton Júnior, meu parceiro e meu irmão.

À Elô e Nana pela irmandade. À Bartô, pelo zêlo de anjo e sua paciência. À Adriano,

Gabi, Bia, Lai, Leti, Clara, pelo coleguismo e amizade. À Laninha, Júlia e Luciliana pela

harmonia em nosso lar. À turma de Fisioterapia 2011.1 da UFRN/FACISA pelos melhores

cinco anos vividos.

À todos os pacientes que já passaram por minhas mãos, em especial a Seu Dionísio

Bernado, inspiração desse estudo.

À Fisioterapia, pela sua beleza e encanto.

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“Criador inefável, que, no meio dos tesouros da vossa Sabedoria, dispusestes com tanta beleza

as partes do universo, Vós, a Quem chamamos a verdadeira Fonte de Luz e de Sabedoria,

dignai-Vos derramar sobre as trevas da minha inteligência um raio de vossa clareza. Afastai

para longe de mim a ignorância. Vós, que tornais eloquente a língua das criancinhas, modelai

a minha palavra e derramai nos meus lábios a graça de vossa bênção. Dai-me a penetração da

inteligência, a faculdade de lembrar-me , o método e a facilidade do estudo, a profundidade na

interpretação e uma graça abundante de expressão. Fortificai o meu estudo, dirigi o seu curso,

aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos

séculos dos séculos. Concede-me, Senhor meu Deus, uma inteligência que Te conheça, uma

vontade que Te busque, uma sabedoria que Te encontre, uma vida que Te agrade, uma

perseverança que Te espere com confiança e uma confiança que te possua enfim. Tu que

vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém!”

São Tomás de Aquino

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................. 11

Método........................................................................................................ 11

Resultados................................................................................................. 14

Discussão.................................................................................................. 15

Conclusão.................................................................................................. 17

Referências Bibliográficas....................................................................... 18

APÊNDICE A.............................................................................................. 20

APÊNDICE B.............................................................................................. 21

APÊNDICE C.............................................................................................. 22

ANEXO A.................................................................................................... 25

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Ocorrência da Síndrome de Pusher em pacientes pós-AVC em Santa Cruz/RN

Occurrence of Pusher Syndrome in post-stroke patients in Santa Cruz/RN

Paloma Cristina Alves de Oliveira1

Bartolomeu Fagundes de Lima Filho1

Ana Clara Medeiros Freitas2

Enio Walker Azevedo Cacho3

Núbia Maria Freire Vieira Lima4

Roberta de Oliveira Cacho4

Trabalho desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) na

Clínica-Escola de fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA),

Santa Cruz-RN, Brasil.

1-Discentes de Fisioterapia, Santa Cruz-RN, Brasil.

2-Fisioterapeuta, Caicó-RN, Brasil.

3-Fisioterapeuta, Doutor em Ciências Cirúrgicas pela Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP), professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),

Santa Cruz-RN, Brasil.

4-Fisioterapeuta, Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP), professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),

Santa Cruz-RN, Brasil.

RESUMO

Objetivo. Analisar a ocorrência da Síndrome de Pusher (SP), sua associação com a gravidade

clínica e dependência funcional, em pacientes agudos e subagudos pós-AVC, na cidade de

Santa Cruz-RN. Método. Trata-se de um estudo transversal, observacional, com abordagem

quantitativa realizado com pacientes atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia da

UFRN/FACISA, provenientes do serviço de Neurologia. A amostra constou de 13 indivíduos

adultos, de ambos sexos. Utilizou-se uma ficha de avaliação sociodemográfica, o Mini Exame

de Estado Mental, Escala de Equilíbrio de Berg, Protocolo de Desempenho Físico de Fulg-

Meyer, Medida de Independência Funcional e Scale for Contraversive Pushing. Resultados.

62% da amostra é do sexo feminino com média de idade de 55 anos. 69% apresentaram AVC

isquêmico. O hemisfério cerebral direito foi o mais comprometido 54% e 23% foram

diagnosticados com SP. A maioria dos pacientes mostrou ter um equilíbrio severo, grave

comprometimento na mobilidade, função sensorial e motora, baixa independência funcional.

A presença da SP se relacionou com os critérios de gravidade clínica e funcional, um maior

grau de comprometimento no estado desses pacientes. Conclusão. A prevalência da SP

depende dos critérios utilizados para o diagnóstico, bem como o conhecimento dos

profissionais de saúde.

Unitermos. Síndrome de Pusher. Fisioterapia. Acidente Vascular Cerebral.

Citação. Oliveira PCA, Lima Filho BF, Freitas ACM, Cacho EWA, Lima NMFV, Cacho RO.

Ocorrência da Síndrome de Pusher em pacientes pós-AVC em Santa Cruz/RN.

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ABSTRACT

Objective. To analyze the occurrence of Pusher syndrome (SP) and its association with

clinical severity and functional dependence, patients in acute and subacute post-stroke in the

city of Santa Cruz-RN. Method. It is a cross-sectional, observational study with a quantitative

approach carried out with patients followed in the Physiotherapy School of UFRN/FACISA,

from the Neurology Service. The sample consisted of 13 adults of both sexes. One

sociodemographic questionnaire was used, the Mini Mental State Examination, Berg Balance

Scale, Physical Performance Protocol Fulg-Meyer, Functional Independence Measure and

Scale for Contraversive Pushing. Results. 62% of the sample were female with a mean age of

55 years. 69% had ischemic stroke. The right cerebral hemisphere was the most affected 54%

and 23% were diagnosed with SP. Most patients shown to have a severe balance, severe

impairment in mobility, sensory and motor function, low functional independence. The

presence of the SP relates to the criteria for functional and clinical severity, or a greater

degree of impairment of the condition of patients. Conclusion. The prevalence of SP depends

on the criteria used for diagnosis as well as the knowledge of health professionals.

Keywords. Pusher syndrome. Physiotherapy. Stroke.

Citation. Oliveira PCA, Lima Filho BF, Freitas ACM, Cacho EWA, Lima NMFV, Cacho

RO. Occurrence of Pusher Syndrome in post-stroke patients in Santa Cruz/RN.

Endereço para correspondência:

Roberta de Oliveira Cacho

Rua Vila Trairi, S/N, Centro,

Santa Cruz/RN, CEP: 59200-000

Tel.: 84 3291-6950

E-mail: [email protected]

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Introdução

É fato que as doenças do sistema circulatório vêm ganhando destaque nos dados

de morbimortalidade do Brasil. Dentre elas o Acidente Vascular Cerebral (AVC)

corresponde a mais de 80% das internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS),

trazendo consigo diversas incapacidades, tanto físicas, quanto emocionais e funcionais,

afetando negativamente a qualidade de vida, mobilidade e interação social dos sujeitos

acometidos1.

A Síndrome de Pusher (SP), também conhecida como Síndrome do Empurrador

(SE) ou Síndrome do não alinhamento2, é um transtorno neurológico consequente de

lesões encefálicas agudas, tendo como principal causa o AVC. Ademais, o traumatismo

cranioencefálico (TCE) e os tumores cerebrais são outras causas descritas

3.

Deste modo, os pacientes com SP apresentam uma inclinação para o lado

contralateral à lesão encefálica e usam o lado saudável para se empurrar para o lado

acometido. Também exibem uma resistência à correção passiva de sua inclinação, tanto

na posição de sedestação quanto ortostática3-4

.

Apesar do crescente número de estudos relacionados a esta síndrome, ainda

existe discordância entre os pesquisadores acerca da prevalência, fisiopatologia,

principais áreas cerebrais envolvidas e tratamento. Certamente, essa divergência ainda

acontece pela falta de consenso em relação ao critério adotado para o diagnóstico da

síndrome. Outro motivo importante é a subnotificação da SP pelos profissionais

fisioterapeutas, já que as alterações podem passar despercebidas, não sendo avaliadas e,

consequentemente, deixando de ser tratadas. Por conseguinte, será gerado um

tratamento insuficiente, onde não serão abrangidas todas as necessidades do paciente.

Decerto, o objetivo deste estudo é estimar a incidência da Síndrome de Pusher e

sua associação com a gravidade clínica e dependência funcional em pacientes agudos e

subagudos pós-AVC, provenientes da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) campus Faculdade de Ciências da Saúde do

Trairi (FACISA), na cidade de Santa Cruz-RN.

Método

Trata-se de um estudo transversal, observacional, com abordagem quantitativa

realizado com pacientes atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia da UFRN/FACISA,

provenientes do serviço de Neurologia.

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A amostra foi de 20 pacientes, ressaltando que 5 não atenderam aos critérios de

inclusão e 2 se recusaram a participar do estudo, como apresentado na Figura 1. Desta

forma, a amostra final foi de 13 indivíduos adultos, de ambos sexos.

Para participar do presente estudo, os indivíduos deveriam ter sofrido AVC

isquêmico ou hemorrágico com, no máximo, 1 ano de tempo pós-lesão, ter concordado

com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e foram

excluídos do estudo os candidatos que apresentassem outras doenças neurológicas e

deficiência física e/ou mentais associadas.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em seres humanos

da UFRN/FACISA, sob protocolo de pesquisa registro CAAE 27604514.2.0000.5568,

parecer 764.195/2014.

Ainda, os dados foram coletados por meio de uma única avaliação individual,

realizada na Clínica Escola de Fisioterapia UFRN/FACISA. A sessão foi marcada

previamente por meio de telefonema ou pessoalmente, e teve duração média de 1 hora e

30 minutos.

Foi utilizada uma ficha de avaliação sócio-demográfica pré-estruturada com

dados relacionados às informações do paciente (identificação: nome, idade, sexo, raça,

escolaridade, endereço, telefone; história e dados clínicos: anamnese, antecedentes

patológicos e pessoais, tempo de lesão, diagnóstico clínico e fisioterapêutico,

medicamentos, sequelas; exames complementares).

Para verificar a cognição e orientação dos indivíduos usou-se o Mini Exame do

Estado Mental (MEEM). Este instrumento é composto por sete categorias, que avaliam:

orientação para tempo (5 pontos), orientação para local (5 pontos), registro de palavras

(3 pontos), atenção e cálculo (5 pontos), lembrança das 3 palavras (3 pontos), linguagem

(8 pontos) e capacidade visual (1 ponto). O seu escore varia de zero até trinta5.

De

acordo com a adaptação brasileira da Escala6 o escore total depende do nível

educacional. Os pontos de corte sugeridos são de 13 para analfabetos, 18 para

escolaridade baixa/média, e 26 para alta escolaridade.

Para avaliação do equilíbrio foi utilizada a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB).

Esta avalia o equilíbrio estático e dinâmico e compreende o desempenho de tarefas

como alcance funcional e transferências. É constituída por 14 itens pontuados numa

escala de 0 (incapaz de realizar) a 4 (completa a tarefa) com o valor máximo de 56

pontos. Seu escore dá-se da seguinte forma: 0-20 pontos tabula-se para indivíduos com

equilíbrio pobre e 40-56, com um bom equilíbrio7-8

.

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Também foi utilizado o Protocolo de Desempenho Físico de Fulg-Meyer (FM)

que corresponde a um sistema de pontuação numérica acumulativa que apresenta 4

domínios: 1) amplitude de movimento (ADM) e dor articular, 2) função sensorial, 3)

função motora de extremidade superior e extremidade inferior e 4) equilíbrio, sendo o

último não incluído no presente estudo. A ADM é avaliada passivamente e a pontuação

é dada por comparação com o lado saudável, onde 0: alguns graus de ADM; 1: ADM

diminuída; 2: ADM normal e a dor é pontuada como 0: dor forte que limita o

movimento, 1: pouca dor, 2: nenhuma dor; ambas com 44 pontos. A sensibilidade tátil é

pontuada numa escala ordinal de 0 a 2, onde 0: ausência de sensibilidade, 1:

hiposensibilidade ou hipersensibilidade e 2: sensibilidade normal; a propriocepção é

pontuada em 0: não identifica o movimento, 1: ao menos 75% das respostas corretas e

2: todas as respostas corretas, totalizando 24 pontos nesse domínio. A função motora

avalia a realização de movimentos, sendo pontuada numa escala ordinal de 3 pontos, 0:

não pode ser realizado, 1: realiza parcialmente, 2: realiza completamente; nessa seção

também é avaliada a atividade reflexa, presença ou ausência de sinergismos e

coordenação e velocidade; o escore é de 100 pontos. Quanto maior a pontuação final da

escala menor o comprometimento9.

Para verificação do grau de funcionalidade foi utilizado a Medida de

Independência Funcional (MIF), que avalia o desempenho do indivíduo para realizar um

conjunto de 18 tarefas, sendo subdivididas nos itens de autocuidado, controle

esfincteriano, transferência, locomoção, comunicação e cognição social. Cada item

avaliado pode ser classificado em uma escala de graus de dependência de 7 níveis,

sendo o valor 1 correspondente à dependência total e o valor 7 corresponde à

normalidade na realização de tarefas de forma independente, totalizando 18 a 126

pontos10-11

.

Para hipótese diagnóstica da síndrome de Pusher, foi utilizada a Scale for

Contraversive Pushing (SCP) (Anexo 1) ou Escala de Avaliação da Síndrome do

Empurrador (EASE). Esta escala foi aplicada conforme instruções e critérios

estabelecidos: 1) com o paciente sentado na cama 2) com o paciente na postura em pé,

dividindo-se em três seções: seção A: simetria da postura espontânea, enquanto sentado

e em posição ortostática; seção B: extensão dos membros superior e/ou inferior com a

superfície de contato, enquanto sentado e em posição ortostática; seção C: resistência à

correção passiva da postura, enquanto sentado e em posição ortostática12

, cada seção

pontua até dois pontos. Alguns estudos avaliam a presença de SP através da SCP2,4,12

e

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destes são relatados dois critérios para diagnóstico. O critério I13

tem como ponte de

corte o resultado maior ou igual a 1 em cada seção da escala. O critério II14

traz como

ponte de corte um resultado maior que zero em cada sessão. O resultado final do teste

pode variar entre 0 e 6, sendo o resultado mais próximo de 0 considerado percepção

corporal normal, próximo de 3, alteração dessa percepção e mais próximo de 6, perda da

mesma, o que caracteriza a SP12

. O critério diagnóstico escolhido foi o critério I13

.

Apenas um único avaliador foi treinado para a aplicação das escalas e este

realizou todas as pesquisas para diminuir o viés inter-examinador.

As análises estatísticas foram realizadas no software Bioestat 5.3. O teste de

Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade dos dados, e a análise descritiva

para caracterização da amostra através da mediana, mínimo, máximo, primeiro e

terceiro quartis. O coeficiente de correlação de Spearman foi aplicado para correlacionar

as variáveis das escalas (EEB, FM e MIF) com a SCP. O coeficiente de correlação foi

interpretado de acordo com Munro15

0,00-0,25: pequena ou nenhuma correlação; 0,26-

0,49: baixa correlação; 0,50-0,69: correlação moderada; 0,70-0,89: alta correlação;

0,90-1,00: correlação muito alta. Utilizou-se um nível de significância de p<0,05.

Resultados

Com relação às características sociodemográficas dos participantes, 62% são do

sexo feminino e a mediana da idade foi de 55 anos (Tabela 01). Considerando o tipo de

AVC, 69% dos pacientes avaliados apresentaram AVC isquêmico. O hemisfério

cerebral direito foi o mais comprometido, em 54% dos pacientes. Utilizando o critério

I13

, 23% dos pacientes tiveram hipótese diagnóstica de SP.

Quanto à aplicação do MEEM, a maioria dos participantes da amostra

apresentou baixas pontuações, mínima de 6 e máxima de 30. Ainda, a maioria dos

pacientes apresentou um equilíbrio pobre, uma FM classificada como comprometimento

grave, principalmente nas seções de função motora de MMSS e MMII, baixas

pontuações na MIF também revelaram que esses pacientes, em sua maioria, necessitam

do apoio de terceiros para realizar suas AVD’s.

Observou-se altas correlações e boa significância entre a EEB e SCP (rs= - 0,768

e p=0,002) (Gráfico 1), entre a FM total e a SCP (rs= - 0,732 e p= 0.004) (Gráfico 2),

por último entre a MIF total e a SCP (rs= - 0,761 e p= 0,002) (Gráfico 3). A presença da

SP se relacionou com os critérios de gravidade clínica e funcional, ou seja, um maior

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15

grau de comprometimento no estado desses pacientes, ao qual foi revelado em um

equilíbrio prejudicado, grave comprometimento motor e maior dependência funcional.

Discussão

Um dos motivos destacáveis, e que explica a divergência de informações acerca

da SP, pode ser a falta de consonância em relação ao critério usado para dar a hipótese

diagnóstica desta síndrome2,6

.

Desta forma, o presente estudo evidenciou a prevalência da SP em 23% dos

pacientes da amostra, indo de encontro a outro estudo recente17

, onde foi constatado

que, após um AVC, 26,6% (n=30) dos pacientes apresentam a SP. Na literatura existe

divergência quanto a prevalência da SP nos pacientes com AVC, justamente devido aos

diferentes escores estabelecidos para o diagnóstico. Segundo a literatura, a utilização do

critério I13

, por ser um critério conservador, poderá levar a resultados falso negativos.

Em contra partida o critério II14

, por ser mais abrangente, leva a resultados falso

positivos.

Ainda, dos 3 pacientes diagnosticados com SP, 2 tinham diagnóstico clínico de

AVC isquêmico e 1 de AVC hemorrágico. 2 apresentaram lesão em hemisfério cerebral

direito e 1 em hemisfério cerebral esquerdo. Os 3 pacientes se mostraram, através das

pontuações nas escalas, mais comprometidos para o equilíbrio estático e dinâmico

(EEB), déficit na movimentação ativa, passiva e também déficit sensorial (FM total),

assim como eram mais dependentes de terceiros para realização de suas AVD’s (MIF

total). Esses dados corroboram com os achados de outro estudo18

realizado com 1660

pacientes internados no Hospital de Kohnan. Onde a SP, avaliada pela SCP, foi

observada em 156 pacientes. Dos 1660, 556 tinham danos em hemisfério cerebral

direito. Esses com lesão em hemisfério direito levaram mais tempo para se recuperar da

SP do que os pacientes com lesão em hemisfério esquerdo. 66% de todos os pacientes

com AVC apresentaram baixo déficit motor nos membros. Já os pacientes com SP

caíram neste subgrupo com maior déficit de membros inferiores.

Em outro estudo16

, avaliou-se 327 pacientes com AVC agudo. A SP foi

encontrada em 10% dos pacientes. Nesses pacientes a SP não influenciou como

agravante no resultado funcional final, no entanto, teve um impacto negativo e

significante na velocidade de recuperação das AVD’s, que aumentou em 3,6 semanas ou

o dobro de tempo necessário para os pacientes sem SP. Além disso, a SP prolongou em

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16

29 dias a estadia no hospital o que representa um aumento de 63% sobre a estadia dos

pacientes sem SP.

É importante ressaltar que há uma recuperação espontânea na SP, isso pode

justificar o fato de no nosso estudo a prevalência da SP ter sido apenas com 3 pacientes.

Como foram incluídos no estudo indivíduos com até um ano de lesão, o que caracteriza

a fase aguda e subaguda do AVC, pode-se dizer que em alguns pacientes a avaliação

não foi imediata e assim tenha-se perdido a oportunidade de realizar o diagnóstico

precoce da SP.

Essa importante informação corrobora com um achado frequente da literatura20

,

onde relatou-se que o curso clínico da SP até sua resolução completa e desaparecimento

dos sintomas variou em um período de 12 semanas até no máximo 6 meses.

Para este fim, nas correlações feitas em nosso estudo, o coeficiente, tanto para a

EEB, a FM total e a MIF, deram negativos quando correlacionados com a SCP. Isso

informa que, quanto maior for a pontuação na SCP, ou seja, pacientes com diagnóstico

de SP, menor serão os escores obtidos nas escalas funcionais. O contrário também é

válido e verdadeiro: pacientes com baixas pontuações na SCP, sem diagnóstico de SP,

possuem escores altos nas escalas funcionais.

Com isso, pode-se dizer que os indivíduos que apresentaram SP no presente

estudo são mais comprometidos funcionalmente, o que é expresso nas pontuações da

escala, e que indivíduos sem SP são mais funcionais e menos comprometidos. Isso pode

ser justificado pela falta de conhecimento espacial, que afeta negativamente a

funcionalidade, dificultando-a, e também a SP geralmente está associada à lesões

cerebrais extensas.

Em um estudo retrospectivo que incluiu 36 pacientes com AVC e SP, foi

observado que a independência funcional nesses pacientes foi mais baixa, quando

utilizada a MIF20

.

Vale salientar que, para que haja o diagnóstico precoce e a recuperação dos

pacientes com SP é primordial que os profissionais da saúde tenham o conhecimento

pleno desta síndrome, o que não parece ser a realidade21

.

Em um determinado estudo3 foi avaliado o nível de conhecimento de 60

fisioterapeutas neurofuncionais acerca da SP, os principais achados clínicos e as

intervenções terapêutica. Foi visto que, 37 (61%) dos profissionais disseram conhecer a

SP, 15 (40,5%) já realizaram pesquisa e atenderam pacientes com a SP, todos conhecem

o AVC como a principal causa.

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17

Levando em consideração o impacto que a SP traz na recuperação do paciente e

também pela experiência desses profissionais na área neurofuncional, era esperado que

um número maior de fisioterapeutas conhecessem de fato a síndrome. Apesar da

maioria dos fisioterapeutas relatarem conhecer a SP, quando lhes foram feitas perguntas

específicas, esses profissionais entraram em paradoxo. Um fator relevante que pode

justificar essa falta de conhecimento é a escassez de informações sobre a síndrome

ainda na formação acadêmica dos profissionais. Isso também pode justificar a falha na

prevalência da doença, que na verdade, pode ter uma incidência maior que a relatada na

literatura (subnotificação).

Sendo assim, podemos dizer que é preciso, portanto, que os profissionais

estejam capacitados para diagnosticar e tratar esses pacientes. Vê-se então a necessidade

de uma divulgação, orientação e ensino nas universidades e entre todos os profissionais

que assistem pacientes com distúrbios neurológicos21

.

Conclusão

Na amostra de 13 pacientes, 03 apresentaram SP. Os pacientes com SP tiveram

diagnóstico clínico mais frequente de AVC isquêmico, lesão em hemisfério cerebral

direito. Os pacientes com SP e lesão em hemisfério direito são mais comprometidos

funcionalmente.

A SP deve ser avaliada o mais precocemente possível e reavaliada sempre que

necessário, a fim de evitar a perda da realização do diagnóstico precoce, em virtude da

recuperação espontânea da SP.

O presente estudo utilizou escalas comprovadamente adequadas para avaliação

da SP, da mobilidade e funcionalidade dos pacientes. Os resultados presentes

contribuem para um maior conhecimento esclarecido dos profissionais fisioterapeutas

acerca da avaliação ideal para detectar os déficits dos pacientes, culminando

diretamente num tratamento eficaz. Também revela se os indivíduos que apresentam SP

são realmente mais comprometidos funcionalmente como vem sendo relato na

literatura.

Agradecimentos

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

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APÊNDICE A – Fluxograma dos pacientes elencados para amostra

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APÊNDICE B – Tabela sociodemográfica

Tabela 1- Características demográficas e clínicas dos pacientes incluídos (n=13)

Variáveis n (%) Mínimo/máximo Mediana (1ºQ; 3ºQ)

Idade (anos) 31/35 55 (41; 75)

Gênero (F/M) 8/5(62% / 38%)

Hemicorpo afetado

(D/E)

6/7(46% / 54%)

Tipo de AVC (H/I) 4/9(31% / 69%)

Tempo de lesão

(meses)

1/9 5 (4; 8)

Prevalência da SP 3 (23%)

SCP 0/6 0(0;1)

EEB 0/54 5(2;47)

FM mobilidade e dor 17/87 70 (48;72)

FM sensorial 0/24 20 (0; 24)

FM ES 0/59 2 (0; 12)

FM EI 0/34 10 (0; 19)

FM total 17/196 106 (61; 137)

MIF motora 13/91 43 (27; 88)

MIF cognitiva 5/35 23 (15; 33)

MIF total 19/124 58 (47; 119)

MEEM 6/30 2 (10; 25)

n: número; Q: quartil; F: feminino; M: masculino; D: direito; E: esquerdo; AVC:

acidente vascular cerebral; H: hemorrágico; I: isquêmico; SP: Síndrome de Pusher;

SCP: Scale for Contraversive Pushing; EEB: Escala de Equilíbrio de Berg; FM: Fugl

Meyer; ES: extremidade superior; EI: extremidade inferior; MIF: Medida de

Independência Funcional; MEEM: Mini Exame do Estado Mental.

Fonte: autoria própria

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APÊNDICE C – Gráficos de Correlações

Gráfico 1 – Correlação entre a EEB e a SCP

EEB: Escala de Equilíbrio de Berg; SCP: Scale for Contraversive Pushing; rs:

coeficiente de correlação; p*<0,05

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Gráfico 2 – Correlação entre a FM total e a SCP

FM: Fugl Meyer; SCP: Scale for Contraversive Pushing; rs: coeficiente de correlação;

p*<0,05

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Gráfico 3 – Correlação entre MIF total e SCP

MIF: Medida de Independência Funcional; SCP: Scale for Contraversive Pushing; rs:

coeficiente de correlação; p*<0,05

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ANEXO A – Scale for Contraversivo Pushing

Baccini M, Paci M, Rinaldi LA. The Scale for Contraversive Pushing: A Reliability and

Validity Study. Neurorehabilitation and neural repair 2006;20(4):468-472.