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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA THALLYS EMANNUEL FERREIRA CLEMENTE ANÁLISE DOS ACHADOS RADIOGRÁFICOS ASSOCIADOS À OSTEONECROSE EM MAXILARES POR BISFOSFONATOS Natal/RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

THALLYS EMANNUEL FERREIRA CLEMENTE

ANÁLISE DOS ACHADOS RADIOGRÁFICOS ASSOCIADOS À OSTEONECROSE

EM MAXILARES POR BISFOSFONATOS

Natal/RN

2016

THALLYS EMANNUEL FERREIRA CLEMENTE

ANÁLISE DOS ACHADOS RADIOGRÁFICOS ASSOCIADOS À OSTEONECROSE EM

MAXILARES POR BISFOSFONATOS.

Projeto de pesquisa do Setor de Cirurgia e

Traumatologia Buco-maxilo-facial do Departamento

de Odontologia da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte.

Orientador: Prof Dr Petrus Pereira Gomes.

Natal /RN

2016

Clemente, Thallys Emannuel Ferreira.

Análise dos achados radiográficos associados à osteonecrose em maxilares por

bisfosfonatos / Thallys Emannuel Ferreira Clemente. – Natal, RN, 2016.

57 f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Petrus Pereira Gomes.

Monografia (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia.

1. Osteonecrose da Arcada Osseodentária Associada a Bisfosfonatos – Monografia. 2.

Radiografia Panorâmica – Monografia. 3. Bisfosfonatos – Monografia. I. Rêgo,

Delane Maria. II. Título.

RN/UF/BSO Black D 622

Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia

Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.

THALLYS EMANNUEL FERREIRA CLEMENTE

ANÁLISE DOS ACHADOS RADIOGRÁFICOS ASSOCIADOS À OSTEONECROSE EM

MAXILARES POR BISFOSFONATOS

Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de

Conclusão de Curso II do Departamento de Odontologia

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Aprovado em: __/__/____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

Prof. Dra. Petrus Pereira Gomes

Orientador

UFRN

____________________________________

Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa

Membro

UFRN

____________________________________

Prof. Dra. Patrícia Teixeira de Oliveira

Membro

UFRN

AGRADECIMENTOS

Primeiramente ao Pai Celestial, por guiar meus passos, e me proteger durante toda a minha

jornada, assim como minha avó Iracy que sempre acreditou neste momento.

Agradecer a todas as dificuldades, surras, recusas, “nãos” da vida e aqueles que nunca

acreditaram na minha pessoa, que todos esses fatores foram os combustíveis e aditivos para

minha jornada e lição de vida. Parafraseando Racionais MC, “Tenha fé porque até no lixão

nasce flor”.

Aos meus Pais que mesmo pelo distanciamento e das divergências pessoais, que os esforços

foram mútuos e saibam que eu os amo e gostaria da paz entre ambos. A minha família, meus

padrinhos, madrinhas, amigos presentes e ausentes.

Todos aqueles que passaram na minha formação educacional, do Jardim I, até hoje. Do

CESA, Educandário, IFRN, Cursinho Motivação e também da minha primeira Universidade,

a UFCG que me ensinou a vida nua e crua e me fez ganhar destreza pelo percalços da vida. E

todos aqueles que participaram de minha vida pessoal/acadêmica/financeira direta ou

indiretamente.

A minha namorada Ana Paula e sua família, minha segunda família onde recebo atenção e

carinho de todos.

A meu orientador professor Dr Petrus Pereira Gomes pela oportunidade dada, e pela

confiança depositada em mim, e também por todo apoio, conselhos, ensinamentos e hobbies

em comum, principalmente a aviação, Senta a pua!

À equipe do Setor de Cirugia do Departamento de Odontologia, em especial aos amigos

Márcio Novaes e Brunno Mororó por sempre se mostrarem solícitos e prontos pra me ajudar

no que fosse preciso, vocês foram fundamentais.

Á todos os mestres, funcionários, terceirizados e pacientes por transmitirem a nós o amor,

companheirismo e vivência pela Odontologia.

RESUMO

Objetivo deste trabalho foi analisar os achados radiográficos em pacientes que fazem

uso de bisfosfonatos, através de radiografias panorâmicas, de pacientes atendidos no

ambulatório do setor de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do departamento de Odontologia da

UFRN. A pesquisa foi realizada no setor de CTBMF da instituição, a amostra consistiu de 10

pacientes selecionados mediante o uso de bisfosfonatos no período mínimo de 6 meses e

terem necessidades de cirurgia oral, classificando em dois grupos, um grupo que possuía

Osteonecrose dos Maxilares por Bisfosfonatos e outro que não apresentavam tal patologia,

entre 2015 a 2016. Observou-se que o perfil é de mulheres, acima de 55 anos, portadora de

osteoporose, com etiologia especifica causads por exodontias, micro-traumas, mas não

havendo a localização anatômica especifíca de exposição óssea nas arcadas. Conclusão: Os

achados radiográficos mencionados nos resultados, como rarefação óssea, sequestros ósseos

não são indicadores para o desenvolvimento de ONMB, como eles são vistos apenas em

pacientes com osteonecrose manifesto. No entanto, estas descobertas podem ser importantes

para avaliar a dimensão e potência de um ONMB, para isso devemos ter em mãos outros

artifícios para prever uma possível Ostenecrose, o exame de CTX pode ser ferramenta para

prever em níveis séricos o prognóstico do metabolismo ósseo de pacientes que fazem o uso de

bisfosfonatos.

Palavras-chave: Osteonecrose da Arcada Osseodentária Associada a bisfosfonatos.

Radiografia Panorâmica. Bisfosfonatos.

ABSTRACT

Objective of this study was to analyze the radiographic findings in patients taking

bisphosphonates, through panoramic radiographs of patients seen in the outpatient sector of

Oral and Maxillofacial Surgery Department of Dentistry UFRN. The survey was conducted

in CTBMF institution sector, the sample consisted of 10 patients selected by the use of

bisphosphonates for at least 6 months and have needs oral surgery, classified into two groups,

a group that had Osteonecrosis of the Jaws of Bisphosphonates and another that did not have

such pathology, between 2015 to 2016. it was observed that the profile of women over 55

years old, with osteoporosis, with specific etiology causads for tooth extractions, micro-

traumas, but there is no anatomical location specifies bone exposure in the arcades.

Conclusion: Radiographic findings mentioned in the results, such as bone thinning, bone

kidnappings are not indicators for the development of ONMB, as they are seen only in

patients with osteonecrosis manifest. However, these findings may be important to evaluate

the size and power of a ONMB to this we have at hand other devices to provide for a possible

Ostenecrose, examination CTX can be tool to predict serum prognosis of bone metabolism

patients taking bisphosphonates.

Keywords: Bisphosphonate-Associated Osteonecrosis of the Jaw. Radiography Panoramic.

Bisphosphonates.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 7

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 9

2.1 HISTÓRICO................................................................................................... 9

2.2 LOCAIS DE ATUAÇÃO............................................................................... 9

2.3 SURGIMENTO DA OSTEONECROSE DOS MAXILARES POR

BISFOFANATOS............................................................................................ 10

2.4 DIAGNÓSTICO PRECOCE ATRAVÉS DE SINAIS RADIOGRÁFICOS 11

2.5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS RADIOGRAFIAS............................ 15

3 OBJETIVOS................................................................................................... 20

3.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................ 20

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................... 20

4 METODOLOGIA DA PESQUISA.............................................................. 21

5 RESULTADOS.............................................................................................. 24

6 DISCUSSÃO.................................................................................................. 28

6.1 GENERO X OSTEOPOROSE X IDADE....................................................... 29

6.2 CORTICÓIDES............................................................................................... 31

6.3 DIAGNÓSTICO.............................................................................................. 32

6.4 ETIOLOGIA X LOCALIZAÇÃO................................................................. 33

6.5 ACHADOS RADIOGRÁFICOS.................................................................... 34

7 CONCLUSÃO................................................................................................ 36

REFERÊNCIAS............................................................................................ 38

ANEXOS......................................................................................................... 48

7

1 INTRODUÇÃO

Os Bisfosfonatos (BFs) são indicados para estabilizar a perda óssea causada por

diversos fatores dentre eles a metástases ósseas, desordens ósseas e doenças osteogênicas, por

meio da inibição da reabsorção do trábeculado ósseo por osteoclastos e preservação da

densidade óssea 1,2

. Estes possuem um mecanismo de ação complexo, o qual inclui efeitos

tanto sobre os osteoclastos quanto sobre osteoblastos 3. Os BFs foram sintetizados pela

primeira vez na metade do século XIX, em 1865 na Alemanha.

Suas propriedades tornaram-no uma alternativa de tratamento para estas doenças

citadas. Após anos de uso, tornaram-se também um tratamento padrão para osteoporose.

Atualmente, mais de 190 milhões de pessoas4(ANVISA 2010), ao redor do mundo recebem

BFs por via IV e/ou por via oral5. Os principais benefícios dos BFs para doenças de

metástases ósseas compreendem a prevenção de complicações ósseas relacionadas,

diminuição da dor óssea e principalmente a melhoria na qualidade de vida do paciente 6,7

Sendo assim, é necessário que os médicos que prescrevem tais medicamentos

aconselhem os pacientes sobre a possibilidade de complicações orais resultantes da utilização

desses medicamentos, que podem afetar a saúde oral, tratamento dental e a qualidade de vida8,

9. Além de alertá-los sobre os efeitos colaterais e riscos, os pacientes também precisam ser

esclarecidos sobre opções de tratamento e duração do tratamento de acordo com a terapia

anti-reabsorção óssea10

.

A Osteonecrose dos Maxilares induzida por bisfosfonato (ONMB) é uma condição,

descrita pela primeira vez por Marx e Stern, em 2002 11,25

. Esta complicação é caracterizada

pela exposição de osso da maxila ou mandíbula, persistindo por mais de oito semanas em um

paciente que é atualmente, ou já foi, submetido a algum tipo de tratamento com bisfosfonato.

8

Clinicamente essa doença se apresenta como exposição do osso alveolar, a qual pode

ocorrer espontaneamente ou devido a um procedimento cirúrgico invasivo, como uma

exodontia, porém pode-se citar também como fator predisponente ao desenvolvimento dessa

doença, trauma oral, infecção, além da má higiene oral 12

.

Esta doença é manifestada somente nos ossos maxilares, até hoje não foi reportada em

nenhum outro local do esqueleto humano. A incidência de osteonecrose associada ao uso de

bisfosfonatos é de 1 em 143.000 pessoas / ano submetidas a tratamento odontológico13

.

Os cirurgiões-dentistas (CDs) devem incentivar seus pacientes a conversar com seus

médicos para que todos os fatores de risco sejam levados em consideração no planejamento e

execução de um tratamento longo com BFs. 14

Previamente ao início da terapia com BFs, uma avaliação odontológica deve ser

indicada, cuidados preventivos e acompanhamento sistemático durante todo o período de

utilização da medicação 15

.

Considerando a importância desses fatos, a grande quantidade de pessoas usuárias de

BFs, a necessidade de se obter maiores informações a respeito do uso deste medicamento com

sua relação direta com a Odontologia, nasceu o interesse de desenvolver um estudo detalhado

sobre este tema.

Embora muitos estudos tenham sido conduzidos em anos recentes para avaliar as

manifestações precoces de ONMB, uma compreensão mais clara do significado das alterações

radiográficas iniciais poderia melhorar a identificação de doentes em risco elevado de doença.

9

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 HISTÓRICO

Os bisfosfonatos(BFs) são drogas sintéticas usadas desde 1960 no tratamento de

neoplasias ósseas, doença de Paget, casos de osteoporose pós-menopáusica16

.Eficaz para o

tratamento de lesões osteolíticas associadas a metástase óssea e mieloma múltiplo. Seu

emprego terapêutico tem aumentado principalmente com o tratamento e prevenção de

osteoporose e osteopenia33

.

Os Bisfosfonatos alteram o mecanismo de reabsorção e remodelação óssea e, por esse

motivo, teriam ação terapêutica nas doenças citadas anteriormente19

. Os bisfosfonatos são

análogos sintéticos dos pirofosfatos e tendem a se conceontrar em locais de remodelamento

ósseo ativo, modulando a sinalização osteoblasto-osteoclasto, diminuindo a reabsorção óssea

pelos osteoclastos20

.

Estas drogas apresentam alguns efeitos colaterais conhecidos, no entanto, uma nova

complicação com manifestação oral tem sido identificada, chamada osteonecrose. Quando a

necrose das bases ósseas está associada à utilização de bisfosfonatos, é nomeada Osteonecrose

em Maxilares por Bisfosfonatos (ONMB). O tipo de Bisfosfonato, a via de administração e

duração do tratamento com estes medicamentos parecem ter uma relação direta com a

incidência da osteonecrose16

.

2.2 LOCAIS DE ATUAÇÃO

A maxila e mandíbula comportam uma taxa de atividade metabólica maior do que o

resto dos ossos. Este feito justifica o especial tropismo das moléculas de bifosfonato por essas

10

localizações ósseas. Sendo assim, a concentração destes agentes é relativamente maior na

maxila e mandíbula em relação ao resto da estrutura óssea do corpo21

.

Os Bisfosfonatos, de uma forma geral, são sistemicamente bem tolerados25

. No

entanto, seu uso tem sido associado a casos de osteonecrose avascular dos maxilares. Outros

ossos do esqueleto não são envolvidos. Os sintomas geralmente incluem dificuldades em

comer e falar, inchaço, dor, sangramento, parestesia do lábio inferior, mobilidade e perdas

dentárias.

Por conta do seu potencial antiangiogênico, com a consequente diminuição do fator

de crescimento endotelial (VEGF) e uma meia-vida longa, foi determinada uma investigação

científica sobre o seu possível envolvimento com a necrose avascular22

.

No entanto, estudos de amostras histológicas dos pacientes portadores de osteonecrose

maxilo-mandibular associada ao uso dos bifosfonatos, revelam a existência de estruturas

vasculares e tecidos normais adjacentes, contrapondo a hipótese do envolvimento de tais

medicamentos com a necrose avascular23.

2.3 SURGIMENTO DA OSTEONECROSE DOS MAXILARES POR BISFOSFONATOS

A ONMB foi relatada pela primeira vez em 2002, quando foram demonstradas 36

lesões ósseas em mandíbula e/ou maxila em pacientes que faziam uso de pamidronato ou

zoledronato, descrevendo as lesões como decorrentes de efeito adverso desconhecido grave.

Desde então, a ONMB passou a ser reconhecida como uma entidade com impacto

significativo na qualidade de vida dos pacientes que utilizam esse fármaco24

. Desde 2003,

estudos associam osteonecrose avascular dos ossos maxilares a seu uso, principalmente

intravenoso.

Na literatura, há relatos de ocorrência variando de 0,8% a 12%, dos pacientes, na sua

11

maioria em uso prolongado. Médicos e dentistas devem estar cientes dessa potencial

complicação no tratamento odontológico27, 28

.

A osteonecrose avascular da mandíbula é uma complicação descrita no mieloma

múltiplo e em outras neoplasias nas quais os pacientes recebem bisfosfonatos potentes.

Nesses pacientes, sua incidência é de 10% e existe correlação com o tempo de administração

da droga, uso do zoledronato (cujo risco é 9,5 vezes superior ao do pamidronato), idade e

extração dentária29

.

O diagnóstico de ONMB baseia-se no reconhecimento de mudanças de clínicas. Para

ser diagnosticado com ONMB, um paciente deve ter exposição óssea na cavidade oral que

está presente há mais de 8 semanas, uma história de tratamento com BFs, e sem história de

radioterapia para os maxilares. Clinicamente, a ONMB pode levar a exposição óssea na

cavidade oral, com posterior necrose muitas vezes após lesões traumáticas. Além disso, a dor

local, tecidos moles inflamados, com presença de edema, infecção, e purulência pode ser

observada. 31, 32

2.4 DIAGNÓSTICO PRECOCE ATRAVÉS DE SINAIS RADIOGRÁFICOS

O diagnóstico é clínico, todavia exames radiológicos, como radiografias e tomografia,

podem ser usados como exame complementar30

Os achados típicos incluem alterações

estruturais da trabécula óssea e erosões corticais31

.

Embora os achados radiológicos de ONMB não sejam específicos, o uso de exames de

imagens poderia melhorar a sua detecção precoce, porque um amplo espectro de recursos

radiográficos foi relatado recentemente nestes pacientes, incluindo áreas escleróticas de

osteomielite, osteoscleroses da lâmina dura e sequestros ósseos34

.

12

Alguns sinais e sintomas que podem ser observados antes do desenvolvimento da

osteonecrose clinicamente detectável estes incluem dor, mobilidade dos dentes, inchaço da

mucosa, eritema, e ulceração, o que pode ocorrer espontaneamente ou no local de um

procedimento dentoalveolar. Com base nestes resultados clínicos, em 2007 a Associação

Americana de Cirurgiões Buco-Maxilo-Faciais (AAOMS) propôs um sistema de

estadiamento para os pacientes que tenham sido administrados quer bisfosfonatos

intravenosos ou orais ao tratamento direto, orientações e avaliar o prognóstico. Este sistema

mais tarde foi revisado e atualizado em 2009 para que os pacientes pudessem estar com maior

precisão estratificada.

Assim, os pacientes "em risco" são pacientes assintomáticos que tenham sido tratados com

bisfosfonatos, mas não apresentem sinais de osso necrosado. São divididos em 4 estágios.

Estágio 0: Caracteriza pacientes sem evidências de osso necrosado mas em risco,

usuários de BFs.

Estágio 1: Ossos necróticos são observados em pacientes que são assintomáticos, e

mostram qualquer evidência de infecção. Está, ou ter realizado tratamento com

bisfosfonato.

Estágio 2: O paciente apresenta osso exposto e osso necrótico na região dos maxilares

que tem persistido por mais de oito semanas acompanhado de dor e sinais clínicos de

infecção.

Estágio 3: O paciente apresenta dor, infecção e outras queixas que podem incluir

exposição óssea necrótica para além da região que se estende do osso alveolar, as

13

fraturas patológicas, as fístulas extraorais, comunicação oral, nasal antral / oral, ou

osteólise estendendo-se para o borda inferior da mandíbula ou assoalho de seio

maxilar. Sem história da terapia de radiação para os maxilares. 31

Quadro 1 - Classificação do grau de evolução da osteonecrose dos maxilares associados aos

bifosfonatos de acordo com AAOMS/2009³¹

Estágio 0

Sem evidências clínicas de osso necrótico, mas achados clínicos não específicos, alterações radiográficas e sintomas.

Estágio 1 Exposição óssea, assintomática sem inflamação ou infecção dos tecidos moles.

Estágio 2 Exposição óssea com dor associoada, edema e inflamação nos tecidos moles adjacentes ou regional, e/ou infecção.

Estágio 3 Fraturas patológicas, fístulas extraorais, ou achados radiográficos de osteólise do maxilar, para além dos sintomas associados com a fase 2.

Uso de BFs melhorou claramente a qualidade de vida de pacientes com osteoporose e

câncer. A incidência de ONMB em pacientes que é prescrito BFs por via oral para o

tratamento de osteoporose, variam entre 0,001% a 0,15% pessoas/anos de exposição. Em

pacientes com câncer, a incidência de ONMB é cerca de 1% a 2% e parece estar relacionada

com a dose e duração da exposição por BFs. 35

A extração dentária é um dos fatores de risco mais comuns para ONMB em pacientes

tratados com bifosfonatos. A razão de risco para ONMB após exodontia em pacientes que

utilizam bisfosfonatos foi maior em comparação com pacientes que não utilizam. As

detecções precoces de sinais radiográficos de alterações relacionadas com o uso de

bisfosfonatos nos maxilares podem predizer o desenvolvimento de uma ONMB. Assim,

naqueles casos em que os pacientes são tratados com BFs necessitem de uma exodontia ou

procedimentos dentários invasivos, por isso quaisquer alterações ósseas detectada em

radiografias podem orientar o planejamento do tratamento odontológico. 36

Os pacientes em terapia oral de BFs parecem ter um considerável menor risco de

ONMB do que os pacientes que receberam os BFs por via intravenosa. 32

Foram estimados

14

que menos do que 1% da dose por via oral ingerida é absorvida e está disponível para

incorporação ao osso, ao passo que as doses infundidas por via intravenosa se encontra acima

de 60% incorporado a regiões ósseas.

Além da influência da via de administração, a potência e a duração do uso de

Bisfosfonatos estão associadas com o aumento do risco para a Osteonecrose dos Maxilares

por uso de Bisfosfonatos. O tempo médio de tratamento com BFs até que a ocorrência dos

primeiros sintomas da ONMB foram de 12 meses para administração intravenosa e mais de 3

anos para administrações orais.37

Além de seus efeitos sobre o osso, BFs podem desempenhar um papel na

vascularização da mucosa oral de pacientes com ONMB, com consequente falha na reparação

de lesões em tecido mole. 23

Inicialmente, entre 2003 e 2005, abordagens cirúrgicas compreendendo desbridamento

com curetagem com fechamento primário tornou se bem sucedido em resolver ONMB. Mais

recentemente, resultados de ressecção cirúrgica dos ossos envolvidos parecem promissores. 22

Numerosos casos de tratamentos menos invasivos que utilizam como alternativas ao

tratamento cirurgico são eles: oxigenoterapia hiperbárica, ozonoterapia, uso de hormônios

paratireoidianos, plasma rico em plaquetas (PRP), e lasers de baixa intensidade, por exemplo.

Atualmente, mudanças radiográficas são apenas aa evidências de suporte para o risco

e o diagnóstico clínico de ONMB. 37

Dados ósseos mensuráveis obtidos utilizando várias técnicas, incluindo ossodensidade,

arquitetura e espessura do osso cortical, foram notificados em doentes que tomam BFs. 39

A

avaliação da espessura do osso cortical tem sido usada para diferentes situações clínicas,

principalmente para a determinação o risco de fraturas ósseas, como método alternativo para

diagnóstico a osteoporose, ou para monitorar as respostas do osso ao tratamento. 40

15

Na mandíbula, a espessura cortical medida a partir de radiografias panorâmicas tem

sido associada com a densidade mineral óssea40

Num estudo anterior por meio de tomografia

computadorizada de feixe cônico (cone beam)-(TCFC) imagens mandibulares, informam o

volume ósseo cortical, área, e altura foram significativamente mais elevadas em casos de

ONMB do que nos controles.

Estas medidas mandibulares de osso cortical representam uma ferramenta

potencialmente útil na detecção de alterações ósseas associadas com o uso de bisfosfonatos e,

especificamente, em pacientes com ONMB. 41

A Espessura Cortical Óssea Mandibular

Inferior (ECMIO), em pacientes que utilizam bifosfonatos tem sido detectada em radiografias

panorâmicas e representa um potencialmente instrumento útil para a detecção de alterações

dimensionais associadas ao uso na osteoropose. 42

2.5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DAS RADIOGRÁFIAS

Um estudo foi realizado em pacientes de dois centros. O Centro de Radiologia Oral da

Universidade de Washington (UW) e do Departamento de Medicina Oral e do Serviço de

Medicina Oral no Seattle Cancer Care Alliance (SCCA) foram incluídos no estudo. Os

pacientes foram recrutados a partir de um dos três grupos:

Pacientes que tomam BFs não apresentando ONMB.

Pacientes com ONMB que usam BFs

Pacientes controles que não utilizam BFs.

Para a análise do osso cortical, ECMIO foi medida abaixo do forame mental, no lado

direito da mandíbula, nas radiografias panorâmicas disponíveis. A medição de ECMIO

baseou-se uma técnica previamente descrita43

16

Além disso, a detecção de alterações dimensionais em ECMIO é uma simples

ferramenta, que pode ser facilmente utilizada por qualquer dentista, com mais softwares de

imagem. Correlações entre espessura e osso cortical a dose e duração da terapêutica BF

também foram verificados no presente estudo, e havia alguma correlação entre ECMIO e dose

cumulativa de zolendronato.

Esses dados corroboram a afirmação de que o risco de desenvolvimento ONMB é

maior em doentes que tomam maiores doses de BFs e aqueles que tomam sobre BFs mais

períodos. Alguns fatores estão relacionados com o grau em que diferentes bisfosfonatos

podem alterar o metabolismo ósseo normal, e estes foram bem documentados. 44

Os bisfosfonatos podem variar na:

Sua capacidade para aderir a hidroxiapatita no osso.

Interromper atividade osteoclástica como um resultado da interferência com o farnesil-

difosfato-sintase (FFP).

E influencia na atividade osteoblastica44

Porque BFs podem ser retidos no osso 10-15 anos, a influência de drogas

administradas previamente irá estender muito tempo depois da administração da droga que foi

descontinuada. Todos esses fatores precisam ser considerados na interpretação os resultados

deste estudo. Por exemplo, as quantidades de BFs aderidos ao osso são muito maiores depois

da administração intravenosa do que após a ingestão oral. 45

Significa ECMIO de pacientes com ONMB foi significativamente maior do que a dos

pacientes sem ONMB que utilizam BFs.

Entre os pacientes que usam zolendronato, houve uma correlação entre ECMIO e da

dose cumulativa. A medição da espessura cortical mandibular em imagem de radiografia

panorâmica é uma ferramenta promissora para a detecção de alterações ósseas associadas com

tratamento com bifosfonatos.

17

Outro método de avaliação é dividir a radiográfia panorâmica em 6 sextantes, os ossos

gnáticos foram divididos em maxila posterior direita (segmento 1), maxilar anterior

(segmento 2), maxila posterior esquerda (segmento 3), mandíbula posterior esquerda

(segmento 4), mandíbula anterior (segmento 5),e da mandíbula posterior direita (segmento 6),

usando o face distal dos caninos como referência (Figura 2). 47

Figura 2. Distribuição anatômica da maxila e da mandíbula em seis segmentos diferentes.

Em cada segmento, possíveis anormalidades dos seguintes aspectos foram avaliados:

corticais alveolares, parte medular e regiões dentoalveolares, em particular evidência de

osteosclerose; ruptura cortical; anormalidades da lâmina dura; e persistindo alvéolos com

osso não remodelado.

Portanto, embora os resultados radiológicos de ONMB não sejam específicos, a

identificação de um amplo espectro de características radiográficas em pacientes afetados por

ONMB, incluindo osteosclerose, trabeculados medular desorganizado, perturbação cortical, o

aumento da espessura da lâmina dura, a formação de osso periosteal, e sequestro pode

melhorar a detecção precoce de ONMB. Radiográfias periapicais poderiam ser alternativas

para melhor compreensão do aumento da lâmina dura.

No presente estudo, 30 pacientes submetidos a tratamento com aledronato foram

avaliados radiograficamente, e as análises dos dados obtidos revelaram que os pacientes

18

tratados com este fármaco apresentaram um aumento do número de anomalias ósseas em

comparação com aqueles que não foram administrados tratamento com bifosfonatos.

Este resultado está de acordo com o observado anteriormente, em que os pacientes em

que foi administrado aledronato teriam desenvolvido significativamente mais anormalidades

ósseas e osteonecrose do que os pacientes não administrados BFs. Também tem sido relatado

que o próprio aledronato provoca alterações ósseas mais do que outros tipos de bisfosfonato,

o que sugere que não só a duração, mas também do tipo de bisfosfonato podem desempenhar

um papel na a ocorrência de ONMB. 48

Finalmente, embora muitos estudos tenham sido conduzidos em anos recentes para

avaliar as manifestações precoces de ONMB, uma compreensão mais clara do significado de

alterações radiográficas iniciais poderiam melhorar a identificação de doentes em risco

elevado de doença, e os dados obtidos no presente estudo para contribuir o crescente corpo de

conhecimento sobre resultados maxilo-faciais em pacientes submetidos a tratamento com

bifosfonatos. 44

19

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAIS

Avaliar a ocorrência de sinais radiográficos em pacientes tratados com bisfosfonatos

em de radiografias panorâmicas.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a presença de osteonecrose associado ao uso de bifosfonatos;

Avaliar presença de fatores associados em pacientes que desenvolveram Osteonecrose:

o Idade

o Sexo

o Tempo de uso

o Etiologia

o Dose

o Via de administração

Avaliar achados radiográficos nos maxilares relacionados ao uso de bifosfonatos.

20

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa é um estudo clínico de prognóstico. Serão avaliados pacientes que fazem

uso de bifosfonatos, na qual serão alocados em dois grupos distintos: Grupo A, composto por

pacientes que fazem uso de bifosfonatos e possuem Osteonecrose induzida por Bisfosfonatos,

e Grupo B, composto por pacientes que fazem uso de bifosfonatos e não possuem ONMB.

Foi submetida à apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte e aprovada, 5292 HUOL/UFRN, seguindo os critérios da

resolução CNS 196/96 e das resoluções complementares à mesma.

A pesquisa foi desenvolvida de consultas ambulatoriais no Ambulatório do Serviço de

Cirurgia Buco-maxilo-facial do Departmento de Odontologia (DOD) e no Hospital

Universitário Onofre Lopes (HUOL), do período de Novembro/ 2015 a Dezembro/2016, na

qual essas consultas realizadas através de uma entrevista, conduzida por uma ficha

padronizada, TCLE, exame físico intra e extra-bucal (Ficha 1 e Ficha 2) buscando avaliar

alguma alteração clínica, avaliação complementar (radiografia panorâmica) de todos os

pacientes de ambos os grupos.

Os achados radiográficos em região maxilar e/ou mandibular. O diagnóstico será

estabelecido de acordo com a definição usada pela Associação Americana de Cirurgiões Orais

e Maxilo-Facial (AAOMS) para ONMB. Serão avaliadas também algumas variáveis descritas

a seguir:

21

Quadro 2 - Quadro de variáveis

Classificação das variáveis.

Como critérios de inclusão, os pacientes devem está fazendo uso de bifosfonatos há

pelo menos seis meses, como parte do tratamento, ter indicação de cirurgia bucal.

Como critério de exclusão os pacientes que foram submetidos à radioterapia em

região de cabeça e pescoço não entrarão na amostra dessa pesquisa, pois tal condição é

caracterizada como Osteoradionecrose e ter feito uso de outro antirreabsortivo que não seja da

classe dos bifosfonatos nos últimos seis meses.

A todos os pacientes admitidos pela pesquisa será solicitada uma radiografia

panorâmica As imagens foram obtidas no aparelho panorâmico Carestream KODAK

8000C(Kodak Dental Software) no setor de Imagenologia DOD/UFRN para avaliar possíveis

VARIÁVEL DESCRIÇÃO TIPO CATEGORIA

Fatores traumáticos

associados Em relação ao trauma.

Categórico

contínuo

1. Cirurgia Bucal

2.Uso de próteses

3. Outro Trauma

Diagnóstico Indicação para a terapia

com bifosfonatos

Categórica

Nominal

1. Osteoporose

2.Mieloma múltiplo

3.Doença Paget

Comorbidades Doenças de base

associadas

Categórica

Nominal

1.Diabetes

2.H.A.S

3.Etc

Medicações em uso

Uso de medicamentos

associados a terapia com

bifosfonatos

Categórica

Nominal

1.Corticóides

2.Etc.

Terapia com

Bifosfonatos

Características quanto a

terapia

Categórica

Nominal

1.Dose

2.Via de Administração

3.Tempo de uso

Osteonecrose dos

maxilares

Classificação de Acordo

com AAOMS 2009.

Categórica

Nominal

1.Presente

2.Ausente

22

achados radiográficos, buscando avaliar alterações radiográficas comuns em pacientes sem

exposição óssea, bem como classificar o tamanho da exposição óssea necrótica em pacientes

diagnosticadas com ONMB.

A pesquisa contará com dois examinadores. A partir das Radiografias Panorâmicas

digitalizadas advindas do Setor de Imagenologia (DOD/UFRN), os avaliadores recolheram os

dados de localização nos sextantes de acordo com a classificação da American Dental

Association (1992) e avaliaram o tipo de alteração de alteração radiográfica, dos dois grupos.

Todos os dados serão tabulados no Microsoft Excel, para armazenamento e análise dos dados.

Os pacientes diagnosticados com osteonecrose dos maxilares associado ao uso de

bifosfonatos, durante a pesquisa, serão encaminhados ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia

Buco-maxilo-facial do HUOL/DOD-UFRN, onde receberão tratamento adequado segundo o

protocolo da AAOMS 2009.

23

5 RESULTADOS

Dos 10 pacientes participantes da pesquisa, observou-se predominância do sexo

feminino 100%. No que se refere à idade, constatou-se que os pacientes, que compreende a

faixa etária de 50 a 60 anos de idade (40%), tiveram a mesma equivalência do que os

pacientes idosos acima de 60 anos (60%). (gráfico 1).

Gráfico 1- Idade dos pacientes

Todos os pacientes não faziam uso contínuo de Corticosteroides. O diagnóstico da

patologia que os pacientes utilizam bisfosfonatos, por unanimidade, devido à osteoporose.

Em relação aos pacientes que tinham ONMB diagnosticada, 4 estão estadiados no

Estágio 2(80%) e 1 no Estágio 3(20%) segundo a AAOMS 2009, já as pacientes sem ONMB

estão todas no estágio 0. (gráfico 2)

0

1

2

3

4

5

6

Pacientesentre 40-50 anos

Pacientesentre 50-60 anos

Pacientesentre 60-70 anos

Pacientes70 anosou mais

Qu

anti

dad

e

Idade dos pacientes

24

Gráfico 2 - Estágio/AAOMS 2009

No tocante a localização dos achados radiográficos, não houve uma discrepância

significativa, pois são classificados qualitativamente, já que a localização é sequela de um

caso que podem ser vistos no gráfico 3.

Gráfico 3- Localização nos sextantes

Quanto à etiologia do aparecimento da ONMB 2 casos(40%) decorreram pós

exodontia e 3 casos(60%) através traumas envolvendo próteses mal adaptadas. (gráfico 4).

5

0

4

1

0

1

2

3

4

5

6

ESTÁGIO 0 ESTÁGIO 1 ESTÁGIO 2 ESTÁGIO 3

ESTÁGIO 0 ESTÁGIO 1 ESTÁGIO 2 ESTÁGIO 3

2

1

3

4

2 2

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Sextante 1 Sextante 2 Sextante 3 Sextante 4 Sextante 5 Sextante 6

Sextante 1

Sextante 2

Sextante 3

Sextante 4

Sextante 5

Sextante 6

25

Gráfico 4- Etiologia da ONMB

Todos os pacientes da pesquisa utilizam Alendronato de Sódio, 90% deles com a

dose 70 mg e 10% 35mg, na posologia de 1 vez na semana, por unanimidade. (gráfico 5)

Gráfico 5- Dose da medicação em uso

O tempo de uso de bisfosfonatos deu-se que 50% dos pacientes fazem o uso com

menos de 5 anos, 1 com 5 anos , 2 com 6 anos e 2 com 7 anos. (gráfico 6).

2

0

3

0 0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

EXODONTIA IDIOPÁTICA TRAUMA DENATUREZAPROTÉTICA

TRAUMAEXÓGENO

EXODONTIA

IDIOPÁTICA

TRAUMA DE NATUREZAPROTÉTICA

TRAUMA EXÓGENO

9

1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Aledronato 70 mg Aledronato 35 mg

Aledronato 70 mg Aledronato 35 mg

26

Gráfico 6- Tempo de uso dos BFs

Em relação aos achados radiográficos, 3 pacientes tinham rarefações ósseas difusas, já

2 possuíam sequestro ósseo,3 pacientes com álveolos em remodelação óssea dentro da

normalidade, 1 paciente com o aumento da lâmina dura e 1 paciente sem alteração

radiográfica. (gráfico 7)

Gráfico 7 – Alteração radiográfica

5

1

2 2

0

1

2

3

4

5

6

Menos que 5 anos 5 anos 6 anos 7 anos

Menos que 5 anos 5 anos 6 anos 7 anos

3

2

3

1 1

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Rarefação Osséadifusa

Sequestro Osséo Alveólos emremodelação

óssea

Sem alteraçãoradiográfica

Aumento dalâmina dura

Rarefação Osséa difusa Sequestro Osséo

Alveólos em remodelação óssea Sem alteração radiográfica

Aumento da lâmina dura

27

6 DISCUSSÃO

O diagnóstico precoce é essencial para o manejo adequado da condição. Atualmente,

considera-se que a fase inicial da doença constitui uma janela de oportunidade terapêutica.

Embora o diagnóstico seja primordialmente clínico, o desenvolvimento e o aprimoramento de

métodos laboratoriais e de imagem têm contribuído para o diagnóstico mais precoce e a

determinação da conduta49

.

O tratamento cirúrgico é o que reúne maior consenso relativamente à eficácia entre os

Cirurgiões Buco-Maxilo-Faciais. No entanto, em estágios iniciais de ONMB deverá dar

prioridade ao tratamento conservador. Não obtendo melhorias, aplicar-se-á o tratamento

cirúrgico, o minimamente invasivo possível. As terapias adjuvantes estão em constante

avanço e têm revelado resultados positivos quando associadas à terapêutica base,

conservadoras ou cirúrgicas.

O Cirurgião dentista deve está apto em diagnosticar e tratar todas as disfunções e

patologias que acometem o sistema estomatognático, o exame clínico é mestre no diagnóstico,

uma anamnese deve ser bem feita para buscar todos dados possíveis e assim dar um efetivo

diagnóstico, podendo utilizar a biopsia da região como artefato de diagnóstico diferencial. .

Após diagnóstico da condição patológica, a abordagem terapêutica é aplicada na tentativa de

minimizar a morbilidade e preservar a função, com a obtenção de um fechamento mucoso

estável associado a uma ausência de sintomatologia.

Para isso deve-se ter uma formação que relacione o clínico e as novas patologias que

venham a aparecer e está frequentemente buscando na educação continuada fundamentada na

compreensão das necessidades e competências a serem desenvolvidas, na adequada aplicação

dos métodos disponíveis. Os pacientes que possuem ONMB estão em tratamento segundo a

Tabela 2.

28

Com os dados coletados na pesquisa, correlações entre dados demográficos e co-

morbidades foram avaliadas e descritas a seguir.

6.1 GÊNERO X OSTEOPOROSE X IDADE

Analisando os 10 prontuários notou que todos os pacientes da pesquisa possuíam

Osteoporose, verificou-se a totalidade de indivíduos do sexo feminino 100 %. A mulher é

mais suscetível ao desenvolvimento da osteoporose porque durante a menopausa há uma

diminuição acentuada na produção do estrogênio (hormônio feminino que tem efeito protetor

para os ossos). 51

Os bisfosfonatos mostraram-se eficaz, também, na prevenção e no tratamento da

perda óssea mineral da coluna vertebral lombar induzida pelo uso crônico de corticosteróides,

bem como na redução de fraturas vertebrais e não vertebrais em mulheres com osteoporose

após a menopausa.

A osteoporose é uma Doença Osteometabólica, caracterizada por diminuição

progressiva da massa óssea, com modificações na arquitetura trabecular, levando à

diminuição da resistência óssea e a um maior risco de fraturas, em presença de traumas de

baixa energia ou menor impacto.

A forma primária da osteoporose classifica-se em:

Tipo I : de alta reabsorção óssea, decorrente de uma atividade osteoclástica acelerada -

a osteoporose pós menopausa, geralmente apresentada por mulheres mais jovens, a

partir dos 50 anos.

Tipo II: de reabsorção óssea normal ou ligeiramente aumentada, associada a uma

atividade osteoblástica diminuída, com formação óssea diminuída - a osteoporose

29

senil ou de involução, mais frequente nas mulheres mais idosas, a partir dos 70 anos, e

também no homem. 52

Corroborando com a literatura, a maioria dos pacientes com osteoporose da pesquisa

está incluída na faixa etária acima de 60 anos, compatível com o período pós-menstrual.

Atualmente, no mundo, a osteoporose acomete cerca de 200 milhões de pessoas;

destas, aproximadamente 10 milhões vivem no Brasil (2010). 53

Isso corrobora com a

associação entre a osteonecrose dos maxilares e o uso de bisfosfonatos que tem preocupado os

odontólogos.

A terapia antiabsorção para a baixa massa óssea impõe um baixo risco de

desenvolvimento de osteonecrose da mandíbula induzido pelo agente antirreabsorção. Por

outro lado, a osteoporose é responsável por considerável morbidade e mortalidade. Por

conseguinte, os benefícios alcançados pela terapia antiabsorção compensam o risco baixo de

desenvolvimento de osteonecrose da mandíbula35.

Nos últimos anos, casos de osteonecrose dos maxilares induzido por bisfosfonatos

surgiram em pacientes que utilizam este medicamento. Na maioria dos casos, os pacientes

com ONMB foram pacientes com mieloma múltiplo ou câncer da mama metastático tratados

com Zoledronato ou pamidronato.

Não houve nenhum caso de relatos espontâneos de ONMB em qualquer ensaio clínico.

Em outro estudo duplo-cego os avaliadores identificaram efeito adverso do Zoledronato com

sintomas compatíveis com ONMB (de acordo com a definição da AAOMS: osso exposto na

área maxilo-facial com cicatrização demorada por mais de 8 semanas. No entanto, estudos

mais detalhados são necessários nesta área54

.

30

A Osteonecrose foi raramente relatada no tratamento de Osteoporose Pós-menopausa

com zoledronato, bem como com outros Bisfosfonatos de Via Oral e de via intravenosa, como

fator único. A maioria dos casos foram relatados onde havia procedimentos odontológicos.

Um exame odontológico de rotina é recomendado antes do tratamento. Os doentes

com fatores de risco associados (câncer, quimioterapia, glicocorticóides, procedimentos

odontológicos invasivos, má higiene bucal) deve ter odontologia preventiva antes da infusão.

Durante o tratamento, estes doentes devem evitar grandes procedimentos dentários. 55

6.2 CORTICÓIDES

Os Glicorticóides(GC) aumentam a reabsorção óssea por efeitos diretos sobre os

osteoclastos. Os efeitos sobre os osteclastos são diretos e indiretos. Em nosso estudo todos os

pacientes (100%) não utilizavam corticoides. 56

O glicocorticóide é a causa mais comum de osteoporose secundária e a principal causa

de osteonecrose não traumática. Nos doentes em tratamento de longo prazo, os

glicocorticóides induzem fraturas em 30 a 50% e osteonecrose em 9 a 40%.

O uso de glicocorticóides tem sido relatado em pacientes tratados com bisfosfonatos

com osteonecrose da mandíbula e fraturas femorais atípicas, mas as evidências para um efeito

causal dos esteróides estão ausentes.

Infelizmente, os pacientes são raramente notificados sobre esses efeitos colaterais e,

como resultado, complicações ósseas adversas são as complicações relacionadas com

glicocorticóides mais comuns associados com litígios sucesso57.

31

6.3 DIAGNÓSTICO

A pesquisa norteou como critérios de inclusão pacientes que faziam o uso de

bisfosfonatos por pelo menos 6 meses como parte do tratamento de doenças que acometiam o

metabolismo ósseo do individuo.

Em todos os casos englobados na pesquisa, todos os pacientes (100%) são acometidos

pela Osteoporose, não sendo relato outras patologias como Doença de Paget, Mieloma

múltiplo, metástases ósseas pelo baixo número da amostra outros pacientes.

Porém um estudo Sueco reuniu uma grande amostragem de 1984 a 2013 de pacientes

que possuíam patologias relacionadas a Reações adversas a medicamentos (RAM) associados

a bisfosfonatos na base de dados nacional sueca, entre elas a Osteonecrose dos Maxilares e as

fraturas atípicas de Fêmur(FAF).

Neste estudo de caso foram comparadas as características dos casos de ONMB (n =

167) e FAF (n = 55) com todos os outros RAM relacionadas com bisfosfonatos (n = 565) com

objetivo de identificar fatores de risco para ONMB e FAF.

Para ONMB versus controles (Pacientes que faziam o uso por via-oral por pelo menos

6 meses), as diferenças foram estatisticamente significantes para tempo de início (1240 vs 111

dias), a administração intravenosa (40% vs 20%), procedimentos odontológicos (49% vs

0,2%) e próteses (5% vs 0%), o câncer doença (44% vs 12%), mieloma múltiplo (21% vs

1%), artrite reumatóide (14% vs 5%), e o tratamento com agentes anti-neoplásicos e

oxicodona.58

Em relação a pacientes que utilizam bisfosfonatos para tratamento de Mieloma

Múltiplo (MM) um estudo Krstevska (2015) avaliou a incidência e ONMB em pacientes com

MM. Foram analisadas no total 296 doentes com mieloma múltiplo (150 do sexo masculino e

146 do sexo feminino).

32

A faixa etária mais acometida foi entre 60 anos até 88 anos, diagnosticados em nossa

instituição (Acadêmia de Ciências Médicas da Bósnia Herzegovina) no período 2005-2015.

Usou formas intravenosa ou oral de bifosfonatos, como pamidronato, ibandronato, clodronato

e ácido zoledrônico.

Como resultado, a incidência de ONMB no grupo de pacientes tratados com

bisfosfonatos (260 pacientes que utilizavam bisfosfonatos) foi de 4,6%(12 pacientes).

O período de tratamento com bisfosfonatos é um fator de risco importante para o

desenvolvimento de ONMB, a duração média da terapia bisfosfonatos em pacientes que

apresentam efeitos adversos é 13 – 26 meses, a partir do número total de 12 pacientes que

desenvolveram ONMB efeitos adversos, temos 8 pacientes que receberam tratamento com

ácido zoledrônico e os restantes 4 pacientes que foram tratados com outras combinações

bisfosfonatos sem ácido zoledrônico.59

A orientação médica para pacientes que utilizam bisfosfonatos como terapia anti

reabsorção óssea é de extrema importância, pois se trata de um medicamento que possuem

efeitos adversos a quais são indesejados por outras áreas da clínica médica. Além do

esclarecimento sobre opções de tratamento e duração do tratamento, o acompanhamento do

mesmo é imprescindível e rotineiro.

6.4 ETIOLOGIA X LOCALIZAÇÃO

Em relação aos pacientes abordados em nossa pesquisa, vimos que 5 apresentavam

ONMB, destes, 2 pacientes adquiriram pós exodontia(40%) e 3 casos (60%) devido a

microtraumas provocados por prótese mal-adaptadas por trauma local .(gráfico 4)

33

O levantamento desses dados ratifica com os artigos encontrados na literatura, que os

procedimentos odontológicos invasivos ou agravos de caráter local (exodontia, doença

periodontal avançada, próteses mal adaptadas) facilitam a exposição óssea na cavidade oral e

por agravamento do efeito adverso dos bisfosfonatos dificultam a reparação tecidual daquele

sítio, sendo o mais relatado em revisões sistemáticas e pesquisas realizadas ao redor do

mundo.

Além desses possíveis fatores etiológicos podem ser elencados como fatores de risco

previamente identificados para ONMB a administração intravenosa de bifosfonatos; Câncer,

em particular mieloma múltiplo; e, possivelmente, tratamento com bisfosfonatos a longo

prazo 36,58

Pacientes que fazem o uso de bisfosfonatos devem ser acompanhados por uma equipe

multiprofissional de saúde, o Cirurgião Dentista que tem grande papel na prevenção nas

patologias orais.

Em relação aos sextantes que foram encontrados as exposições ósseas, ocorreu maior

prevalência no sextante 4 (Região esquerda da mandibula) que corresponde a região de

elementos posteriores inferiores, a classificação da localização deve-se qualitativamente. A

faixa estaria mais acometida pelo edentulismo (necessidade de prótese) é de 65 a 74 anos de

acordo com o SBBrasil, 2010(gráfico 8), corroborando com a literatura.

6.5 ACHADOS RADIOGRÁFICOS

Um estudo de caso controle fez uma correlação entre achados radiográficos em

radiografias panorâmicas de um grupo. Foram analisados os seguintes sinais: Rarefação óssea

difusa, Sequestro Ósseo, Remodelação óssea e Aumento da lâmina dura. 60

34

Os achados radiográficos mencionados não são indicadores para o desenvolvimento

de ONMB, pois alguns deles como: Rarefação e Sequestro ósseo já existem em pacientes com

osteonecrose manifestada, pois já é um caso mais avançado da ONMB.

Três pacientes do grupo dos que não possuem ONMB, estão em remodelação óssea

em curso e dentro da normalidade, descrita na radiografia, pois foram pacientes que foram

assistidos pelo Serviço de CTBMF/UFRN e estão sendo orientados e acompanhados pela

equipe. Uma paciente, justamente a que tem menos uso de Bisfosfonatos (1 ano) não

apresenta nenhuma alteração radiográfica, já outra paciente que possui indicação para

exodontia do elemento 37 possui o aumento da lâmina dura, ficando mais radiopaca.

35

7 CONCLUSÃO

Os bisfosfonatos possuem meia-vida plasmática de aproximadamente 10 anos, e seu

uso prolongado pode resultar em acúmulo substancial da droga no esqueleto.

Mulheres acima de 55 anos são mais acometidas por ONMB por conta do uso de BFs

contra a Osteoporose, devido ao período Pós-Menopausa. Pacientes acima de 5 anos de uso de

BFs apresentaram ONMB. Com isso redobra a atenção a pacientes que possuam fatores de

risco previamente identificados para ONMB que é a administração intravenosa de

bifosfonatos;Doses altas de medicamento; procedimentos dentários invasivos e próteses

dentárias mal adaptadas, mieloma múltiplo; e, possivelmente, tratamento com bisfosfonatos

em longo prazo.

Cada paciente deve ser tratado individualmente de acordo com a sua resposta ao

tratamento (dose, freqüência e duração da terapia). 59

Aqueles casos em que os pacientes são

tratados com BFs necessitem de uma exodontia ou procedimentos dentários invasivos, por

isso quaisquer alterações ósseas detectada em radiografias podem orientar o planejamento do

tratamento odontológico. 36

Embora muitos estudos tenham sido conduzidos em anos recentes para avaliar as

manifestações precoces de ONMB, uma compreensão mais clara do significado das alterações

radiográficas iniciais poderia melhorar a identificação de doentes em risco elevado.

No entanto, estas descobertas podem ser importantes para avaliar a dimensão e

potência de um ONMB, para isso devemos ter em mãos outros artifícios para prever uma

possível Ostenecrose, o exame de CTX (marcador sérico de reabsorção óssea) pode ser

ferramenta para prever em níveis séricos o prognóstico do metabolismo ósseo de pacientes

que fazem o uso de bisfosfonatos.

36

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osteoporose-atinge-mais.html>.

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45

Paciente SEXO IDADE DIAGNÓSTICO LOCALIZAÇÃO ETIOLOGIA ESTÁGIO/AAOMS

2009

CORTICÓIDE

Paciente 1 Feminino 75 Osteoporose+ H.A.S (Alendronato de Sódio 70 mg, 1 x por

semana- 6 anos de uso)

Região de parasinfise

mandibular esquerdo.

(SEXTANTE 5)

EXODONTIA (2 anos) ONMB- 3 Não

Paciente 2 Feminino 61 Osteoporose + H.A.S(Alendronato de Sódio 70 mg, 1 x por

semana- 7 anos de uso)

Região de maxila

direita.

(SEXTANTE 1)

EXODONTIA (8 meses) ONMB-2 Não

Paciente 3 Feminino 59 Osteoporose + H.A.S(Alendronato de Sódio 70 mg, 1 x por

semana- 7 anos de uso)

Região de corpo

mandibular direito

(SEXTANTE 6)

Prótese mal adaptada ONMB-2 Não

Paciente 4 Feminino 66 Osteoporose + H.A.S + Diabetes (Alendronato de Sódio 70

mg, 1 x por semana- 6 anos de uso)

Região de corpo

mandibular direito.

(SEXTANTE 6)

Prótese mal adaptada ONMB-2 Não

Paciente 5 Feminino 58 Osteoporose + Diabetes(Alendronato de Sódio 70 mg, 1 x

por semana- 5 anos de uso)

Região de corpo

mandibular esquerdo.

(SEXTANTE 4)

Prótese mal adaptada ONMB-2 Não

Paciente 6 Feminino 60 Osteoporose (Alendronato de Sódio 70 mg, 1 x por semana-

2 anos de uso)

Região da maxila

direita. (SEXTANTE

3)

Tuberoplastia

Estágio 0 Não

Paciente 7 Feminino 55 Osteoporose +HAS(Alendronato de Sódio 70 mg, 1 x por

semana- 1 ano de uso)

Região da Mandibula

Esquerda

(SEXTANTE 4)

Exodontia do 37 Estágio 0 Não

Paciente 8 Feminino 61 Osteoporose(Alendronato de Sódio 70 mg, 1 x por semana-

1 ano de uso)

Região da Maxila

Direita e Esquerda

(SEXTANTE 1 e 3)

Exodontia do 16 e 26 Estágio 0 Não

Paciente 9 Feminino 61 Osteoporose +HAS+Atrose(Alendronato de Sódio 70 mg, 1

x por semana- 3 anos de uso)

Todos os Sextantes Múltiplas Exodontias- 11

dentes(TODOS OS

SEXTANTES)

Estágio 0 Não

Paciente 10 Feminino 57 Osteoporose (Alendronato de Sódio 35 mg, 1 x por semana-

4 anos de uso)

Região da Mandibula

Esquerda

(SEXTANTE 4)

Exodontia do 37

Estágio 0 Não

ANEXOS

Tabela 1. Quadro Geral dos pacientes.

46

FICHA 1- Ficha Inicial

OCORRÊNCIA DE OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADO AO USO DE

BISFOSFONATO INTRAVENOSO E ORAL

NOME:_______________________________________________________________

ENDEREÇO:__________________________________________________________

BAIRRO:__________________________ CIDADE:___________________________

IDADE: SEXO: ( ) M ( ) F ___/___/___ DATA DE NASCIMENTO

TELEFONE:_______________________ CELULAR:__________________________

DIAGNÓSTICO PRIMÁRIO

( ) OSTEOPOROSE ( ) OSTEOPENIA

( ) DOENÇA DE PAGET

CO-MORBIDADES

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________

MEDICAÇÕES EM USO

Bifosfonatos:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Outras:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________

INDICAÇÃO PARA TERAPIA COM BIFOSFONATO:

( ) Osteoporose ( ) Osteoporose

( ) OSTEOPENIA

47

FICHA 2- Achados Bucais

ACHADOS BUCAIS

1.EXPOSIÇÃO ÓSSEA

( ) SIM ( ) NÃO

1.1 SE SIM, FATOR INICIADOR DA EXPOSIÇÃO ÓSSEA

( ) Microtrauma Especificar:__________________________________________________

( ) Macrotrauma: Especificar:__________________________________________________

( ) Espontânea

1.2. SINAIS/SINTOMAS ASSOCIADOS A EXPOSIÇÃO ÓSSEA

Dor ( ) Sim ( ) Não Infecção ( ) Sim ( ) Não

Edema ( ) Sim ( ) Não Outros:_________________________________________

1.3.TAMANHO:____________________________________________________________________

________________________________________________________________________

1.4. LOCALIZAÇÃO:

( ) Processo Alveolar

( ) Linha Milo-hióde

( ) Local de extração/cirurgia bucal

( ) Outro: _____________________________________________________________

2.RADIOTERAPIA EM CABEÇA E PESCOÇO ( ) SIM ( ) NÃO

14

48

Gráfico 8 :

Tratamento dos Pacientes com ONMB no ambulatório da CTBMF/UFRN

Paciente Estágio Tratamento Respondeu

ao

Tratamento

01 Estágio

3

- Bochechos com antisséptico oral

- Antibioticoterapia e Controle de dor

- Debridamento cirúrgico ou Ressecção

Sim

02 Estágio

2

- Tratamento sintomático com antibióticos orais

- Bochechos com antisséptico oral

- Controle de dor

- Debridamento

Sim

03 Estágio

2

- Tratamento sintomático com antibióticos orais

- Bochechos com antisséptico oral

- Controle de dor

- Debridamento

Sim

04 Estágio

2

- Tratamento sintomático com antibióticos orais

- Bochechos com antisséptico oral

- Controle de dor

- Debridamento

Sim

05 Estágio

2

- Tratamento sintomático com antibióticos orais

- Bochechos com antisséptico oral

- Controle de dor

-

Sim

Tabela 2

49

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS

Please, readtheInstructions for Authorsatthe site www.revistaclinica.com.br A revista

Clínica - InternationalJournalofBrazilianDentistry é dirigida à classe odontológica e a

profissionais de áreas afins. Destina-se à publicação de artigos de investigação científica,

relatos de casos clínicos e de técnicas, e revisões da literatura de assuntos de significância

clínica, com periodicidade trimestral. As normas, principalmente na parte de referência da

revista, estão baseadas no UniformRequirements for

ManuscriptsSubmittedtoBiomedicalJournals: WritingandEditing for BiomedicalPublication,

do InternationalCommitteeof Medical JournalEditors (Grupo de Vancouver). N Engl J Med.

1997;336:309-16. Essas normas foram atualizadas em outubro de 2004 e estão descritas no

site http://www.icmje.org.

NORMAS GERAIS

1) Os manuscritos enviados para publicação deverão ser inéditos, não sendo permitida

a sua apresentação simultânea a outros periódicos. Caso não sejam seguidas as normas da

revista, o manuscrito será devolvido para as devidas adaptações. A revista Clínica reserva-se

todos os direitos autorais do trabalho publicado, inclusive de versão e tradução, permitindo-se

a sua posterior reprodução como transcrição, com a devida citação da fonte.

2) A revista Clínica reserva-se o direito de submeter todos os manuscritos à avaliação

da Comissão Editorial, que decidirá pela aceitação ou não deles. No caso de aceitação, esta

poderá estar sujeita às modificações solicitadas pelo Corpo Editorial.

3) Manuscritos não aceitos para publicação serão devolvidos com a devida notificação

e, quando solicitada, com a justificativa. Os manuscritos aceitos não serão devolvidos.

4) Os prazos fixados para a eventual modificação do manuscrito serão informados e

deverão ser rigorosamente respeitados. Sua não-observação acarretará no cancelamento da

publicação do manuscrito.

5) Os conceitos emitidos nos artigos publicados bem como a exatidão das citações

bibliográficas serão de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente

a opinião do Corpo Editorial.

50

6) Os manuscritos deverão estar organizados sem numeração progressiva dos títulos e

subtítulos, que devem se diferenciar pelo tamanho da fonte utilizada.

7) As datas de recebimento e de aceitação do manuscrito constarão no final deste, no

momento da sua publicação.

8) A revista Clínica receberá para publicação manuscritos redigidos em português,

inglês ou espanhol, entretanto, os artigos em língua estrangeira serão publicados em

português.

9) No processo de avaliação dos manuscritos, os nomes dos autores permanecerão em

sigilo para os avaliadores, e os nomes destes permanecerão em sigilo para aqueles. Os

manuscritos serão avaliados por pares (duas pessoas) entre os consultores do Corpo Editorial.

10) Recomenda-se aos autores que mantenham em seus arquivos cópia integral dos

originais, para o caso de extravio deles.

11) Manuscritos que envolvam pesquisa ou relato de experiência com seres humanos

deverão estar de acordo com a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, ou com

o constante na Declaração de Helsinki (1975 e revisada em 1983), devendo ter o

consentimento por escrito do paciente e a aprovação da Comissão de Ética da Unidade

(Instituição) em que o trabalho foi realizado. Quando for material ilustrativo, o paciente não

deverá ser identificado, inclusive não devendo aparecer nomes ou iniciais. Para experimentos

com animais, deverão ser seguidos os guias da Instituição dos Conselhos Nacionais de

Pesquisa sobre uso e cuidados dos animais de laboratório.

12) Manuscritos deverão estar acompanhados das Declarações de Responsabilidade e

de Transferência de Direitos Autorais, assinadas pelos autores.

13) A revista Clínica compromete-se a enviar ao endereço de correspondência do

autor, a título de doação, um exemplar da edição em que seu trabalho foi publicado. Separatas

e artigos em PDF são oferecidos a preço de mercado. Para mais informações, consulte nosso

site: www.revistaclinica.com.br

CLASSIFICAÇÃO DOS MANUSCRITOS

51

Os manuscritos podem ser submetidos em três formatos:

a) Artigos de investigação científica: título em português e inglês (máximo de 12

palavras), nomes, titulação e filiação institucional dos autores, endereço completo do autor

principal (apenas na folha de rosto), resumo (máximo de 10 linhas), palavras-chave,

introdução, material e métodos, resultados, discussão, conclusões, abstract (máximo de 10

linhas), keywords, referências, desenho esquemático do experimento, tabelas, gráficos,

agradecimentos e legenda das figuras (caso houver);

b) Relato de casos clínicos e de técnicas: título em português e inglês (máximo de 12

palavras), nomes, titulação e filiação institucional dos autores, endereço completo do autor

principal (apenas na folha de rosto), resumo (máximo de 10 linhas), palavras-chave,

introdução, revisão da literatura, relato do caso, discussão, conclusões ou considerações

finais, abstract (máximo de 10 linhas), keywords, referências, agradecimentos e legenda das

figuras;

c) Revisão da literatura: título em português e inglês (máximo de 12 palavras), nomes,

titulação e filiação institucional dos autores, endereço completo do autor principal (apenas na

folha de rosto), resumo (máximo de 10 linhas), palavras-chave, significância clínica (máximo

de 10 linhas), introdução, revisão da literatura, discussão, conclusão, abstract (máximo de 10

linhas), keywords, referências, agradecimentos e legenda das figuras (caso houver).

REFERÊNCIAS

As referências (estilo de Vancouver) deverão ser numeradas consecutivamente, na

ordem em que aparecem no texto pela primeira vez, excluindo-se, consequentemente, o nome

do autor no texto. Todos os autores citados no texto, nas tabelas e nas figuras deverão constar

nas referências conforme a numeração progressiva deles no texto.

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS

A referência comercial dos equipamentos, instrumentos e materiais citados deve ser

composta respectivamente por modelo, marca e país fabricante, separados por vírgula e entre

parênteses.

52

Nas citações diretas e indiretas deverá ser utilizado o sistema numérico. Quando

apresentados por número seqüencial, colocar hífen; quando aleatório, colocar vírgula.

As citações indiretas (texto baseado na obra de um autor) deverão ser apresentadas no

texto sem aspas e com o número correspondente da referência (autor) sobrescrito. Exemplo:

Nossos resultados de12 resistência de união ao esmalte estão de acordo com a literatura.12

As citações diretas (transcrição textual) deverão ser apresentadas no texto entre aspas

indicando-se o número correspondente da referência e a pagina da citação, conforme

exemplo: “Os resultados deste trabalho mostraram que os cimentos [...]”.12:127

Os títulos das revistas serão abreviados conforme consulta no Index to Dental

Literature ou nos sites: http://ibict.br e/ou

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=PubMed.

Colocar no máximo 4 descritores (palavras-chave identificando o conteúdo do

manuscrito). Consultar a lista de Descritores em Ciências da Saúde (DECS) elaborada pela

Bireme e disponível na internet no site: http://decs.bvs.br, ou Index to Dental Literature, e/ou

Medical SubjectHeadings(MeSH) do Index Medicus no site: http: //

www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=mesh.

Notas de rodapé serão indicadas por asteriscos, mas devem ser evitadas ao máximo.

Evitar citar uma comunicação verbal; porém, se necessário, mencionar o nome da

pessoa e data de comunicação entre parênteses no texto.

As ilustrações (fotografia e desenhos, com exceção das tabelas, gráficos e quadros)

deverão ser designadas como figuras. Todas as figuras deverão ser fornecidas em slides

originais, ou digitais com boa resolução (300dpi e tamanho mínimo de 3000 x 2000 pixels).

Todas as figuras, tabelas, gráficos e quadros deverão estar com suas legendas e ser citados no

texto e nas referências (quando extraídos de outra fonte). A Comissão Editorial reserva-se o

direito de, em comum acordo com os autores, reduzir quando necessário o número de

ilustrações. A montagem das tabelas deverá seguir as Normas Técnicas de Apresentação

Tabular (IBGE, 1979). Não utilizar nas tabelas traços internos verticais e horizontais. As

tabelas e os gráficos deverão ser fornecidos junto com o disquete ou CD do artigo, no formato

digital gerado por programas como Word, Excel, Corel e compatíveis. As fotografias deverão

53

ser fornecidas em slides originais ou digitais com boa resolução (300dpi e tamanho mínimo

de 3000 x 2000 pixels). É necessário também submeter 3 cópias coloridas (6 fotografias por

folha) impressas em papel couché. No caso da submissão de slides, estes deverão vir em

folhas de arquivo de slides, numerados, com as iniciais do primeiro autor e com o seu

posicionamento (lado direito, esquerdo, superior e inferior) na moldura do slide.

APRESENTAÇÃO DOS MANUSCRITOS

Os artigos submetidos à revista deverão ser encaminhados em 3 cópias impressas,

redigidos de acordo com a gramática oficial e digitados na fonte Times New Roman tamanho

12, em folhas de papel tamanho A4, com espaço duplo e margem de 3 cm em todos os lados,

tinta preta e páginas numeradas no canto superior direito. O limite máximo para o tamanho do

artigo será de 20 folhas. Deve-se encaminhar também cópia do documento utilizando-se o

editor Word for Windows 98 ou editores compatíveis, em disquete 1.44 Mb ou CD.

Todos os artigos deverão ser enviados registrados, preferencialmente por Sedex, e

encaminhados à:

Revista Clínica - InternationalJournalofBrazilianDentistry. Servidão Vila Kinczeski,

23, Centro, 88020-450, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.