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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO JULIANA JACOB FERREIRA INCORPORANDO EMISSÕES DE CARBONO NO PLANEJAMENTO DE REDES LOGÍSTICAS RIO DE JANEIRO 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

JULIANA JACOB FERREIRA

INCORPORANDO EMISSÕES DE CARBONO NO PLANEJAMENTO DE REDES

LOGÍSTICAS

RIO DE JANEIRO

2012

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Juliana Jacob Ferreira

INCORPORANDO EMISSÕES DE CARBONO NO PLANEJAMENTO DE REDES

LOGÍSTICAS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração, Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração. Orientador: Peter Fernandes Wanke, D.Sc.

Rio de Janeiro

2012

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Ferreira, Juliana Jacob. Incorporando emissões de carbono no planejamento de redes logísticas / Juliana Jacob Ferreira – Rio de Janeiro: UFRJ, 2012. 154 f.: il. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto COPPEAD de Administração, Rio de Janeiro, 2012.

Orientador: Peter Fernandes Wanke. 1. Localização de Instalações. 2. Logística. 3. Administração. – Teses. I. Wanke, Peter Fernandes (Orient.). II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de COPPEAD de Administração. III. Título.

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Juliana Jacob Ferreira

INCORPORANDO EMISSÕES DE CARBONO NO PLANEJAMENTO DE REDES

LOGÍSTICAS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração, Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração.

Aprovada em 17 de Setembro de 2012.

__________________________________________________________ Prof. Peter Fernandes Wanke, D.Sc. – Orientador (COPPEAD/UFRJ)

__________________________________________________________ Prof. Otávio Henrique dos Santos Figueiredo, D.Sc. (COPPEAD/UFRJ)

__________________________________________________________ Prof. Rafael Garcia Barbastefano, D.Sc. (CEFET/RJ)

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Ao Senhor da minha vida, Jesus Cristo, digno de toda honra e de ser louvado.

“Porque dEle, por meio dEle e para Ele são todas as coisas” (Romanos

11:36).

À minha mãe, Elizabeth Jacob Ferreira, pelo amor incondicional, pelos

cuidados sem medida e pelo estímulo constante. Mãe, apenas nesta página

consta o seu nome, mas esteja certa de que a sua presença emana de todas elas.

Ao meu pai, Marcos Jacob Ferreira, por ter investido na minha educação,

proporcionando-me a oportunidade de trilhar caminhos maiores que os seus.

À minha irmã, Vanessa Elisa Jacob Ferreira, por ter sido sempre fonte de

inspiração e exemplo para mim. Obrigada pelo carinho e pela cumplicidade de

uma vida toda.

Ao meu noivo, Attílio Zanin Neto, pelo amor, pelo companheirismo e por ter

sido o meu grande apoio ao longo deste projeto. Sem a sua presença, isto hoje

não seria real. Amo você!

Aos meus familiares e amigos: em especial, à minha tia Ássima Maria Ferreira,

pelo apoio nas horas difíceis e pelos sábios conselhos nos momentos

oportunos; às minhas amigas Carolina Brognaro Poni Drummond de

Alvarenga, Clara de Figueiredo Pessoa, Fernanda Mourão Dutra e Mariana

Mourão Lavorato da Rocha, por estarem ao meu lado em todos os momentos e

compreenderem a minha ausência durante a elaboração deste trabalho; à minha

amiga e colega de Mestrado, Maria Fernanda Aureliano Nepomuceno, por ter

sido a melhor companhia que eu poderia ter encontrado no Rio de Janeiro; e à

minha amiga e companheira de oração, Gisele Kuhlmann Rodrigues, pelo

suporte espiritual e emocional.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, professor Peter Fernandes Wanke, pela orientação indispensável à

realização deste trabalho.

Aos professores Otávio Henrique dos Santos Figueiredo e Rafael Garcia Barbastefano, pela

participação na banca examinadora e pela apreciação desta dissertação.

À ArcelorMittal, nas pessoas dos senhores Luiz Otávio Pessoa G. Moreira e Paulo Henrique

de Souza, por acreditar no meu projeto e me dar todo o suporte necessário ao longo de sua

execução.

Ao amigo e colega de profissão, Marcellus Vinagre da Silva, por ter contribuído de uma

maneira muito especial para o meu desenvolvimento, compartilhando comigo o seu amplo

conhecimento na área de Logística e servindo como referencial nos campos acadêmico e

profissional.

Ao Igor Silveira Queiroz pelo apoio na elaboração deste trabalho e à Luciana Vaz por se

dispor a me ajudar com o modelo matemático, mesmo sem me conhecer.

Aos amigos e colegas da turma de Mestrado 2010, em especial aos queridos companheiros da

área de Operações, Tecnologia e Logística – Aline Stange, Beatris Huber, Felipe Alves,

Frederico Hanna, José Robles, Juliana Pires, Mariana Itajahy e Murillo Lima – por

compartilharem comigo as suas experiências e tornarem a caminhada mais leve.

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“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a

forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos

mesmos lugares. É o tempo da travessia; e, se não ousarmos fazê-la, teremos

ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Teixeira de Andrade

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RESUMO

Discussões sobre sustentabilidade ocupam um espaço cada vez maior nas agendas de

governantes e executivos em todo o mundo. Estudos revelam que as organizações estão

percebendo estratégias de redução de emissão de gases de efeito estufa e políticas de

sustentabilidade como um fator crítico para o crescimento de seus negócios. Grande parte das

oportunidades decorrentes do combate às emissões de carbono repousa sobre a cadeia de

suprimentos, o que fará com que a sua gestão sustentável ganhe muito mais atenção no futuro.

Tradicionalmente, modelos de otimização para o desenho de redes de distribuição analisam os

trade-offs entre custos logísticos e nível de serviço requerido pelos clientes. Com a forte

ênfase na redução da pegada de carbono, a integração de tal consideração na fase de

concepção das cadeias de suprimentos fornecerá às empresas mais visibilidade sobre como

gerenciar cadeias eficientes e verdes.

Neste trabalho, foi desenvolvido um modelo de programação matemática não-linear para o

planejamento de redes logísticas sustentáveis. Consideraram-se, além dos custos logísticos

tradicionais, os custos das emissões de carbono decorrentes das atividades de transporte ao

longo da cadeia de suprimentos. Análises de sensibilidade foram conduzidas via simulação

para os modais rodoviário e ferroviário, como forma de avaliar a influência de diferentes

meios de transporte sobre a configuração da rede de estudada, especialmente no que tange ao

custo total das emissões e ao nível de estoques a ser mantido na cadeia.

Os resultados demonstraram que a incorporação do custo de emissão de carbono não foi

suficiente para tornar o modal ferroviário – menos poluente, porém de desempenho inferior –

mais atrativo que o rodoviário em termos dos custos totais. A utilização da rodovia levou à

minimização dos custos da rede na quase totalidade dos cenários simulados, sendo favorecida

por elevados custos de manutenção de estoques associados a baixos pesos do produto e baixos

custos de emissão de carbono.

Palavras-chave: cadeia de suprimentos verde, emissão de carbono, planejamento de redes,

localização de instalações, programação não-linear.

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ABSTRACT

Discussions about sustainability have occupied an increasingly space on the governments and

executives’ agenda worldwide. Researches demonstrate that organizations are realising

strategies to reduce greenhouse gas emission and sustainability initiatives as a critical factor

for the growth of their business. Much of the opportunity to address carbon emissions rests on

the supply chain, which will increase the attention on its sustainable management in the

future. Traditionally, optimization models for supply chain network design analyze the trade-

offs between logistics costs and service requirements. With the strong emphasis in reducing

carbon footprint, the integration of such consideration into the supply chain network design

phase will provide to companies much more visibility on how to manage efficient and green

supply chains.

In this study, a nonlinear mathematical programming model for sustainable supply chain

network design was developed. Beyond the traditional logistics costs, this model considered

the carbon emissions costs due to transportation activities along the supply chain. Sensitivity

analyses were performed via simulation for road and rail modes, as a way to explore the

influence of different transportation modes on the studied network configuration, especially in

terms of total emissions costs and level of inventory to be maintained in the supply chain.

The results indicated that the inclusion of the carbon emission cost was not sufficient to make

the rail mode – less pollutant, but with lower performance – more attractive than the road

mode in terms of total costs. The utilization of road transportation led to minimum network

costs in almost all of the simulated scenarios, being favored by high holding costs associated

with low product weights and low carbon emission costs.

Keywords: green supply chain, carbon emission, network design, facilities location,

nonlinear programming.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Impacto do carbono sobre cenários de ressuprimento. Adaptado de Butner, Geuder e Hittner (2008). ....................................................................................................................... 14

Figura 2 – Participação nas emissões por atividade logística. Adaptado de World Economic Forum (2008). ........................................................................................................................... 18

Figura 3 – Emissões de CO2 equivalente por fonte – Brasil, 2006. Adaptado de MCT (2006). .................................................................................................................................................. 18

Figura 4 – Eficiência de emissão por modal de transporte. Adaptado de World Economic Forum (2008). ........................................................................................................................... 19

Figura 5 – Gestão sustentável da cadeia de suprimentos. Adaptado de Carter e Rogers (2008). .................................................................................................................................................. 23

Figura 6 – Representação esquemática da rede considerada. ................................................... 68

Figura 7 – Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de custo da rede de distribuição. ...................................................................... 103

Figura 8 – Espectro de opções de transporte de acordo com as características dos produtos e da operação. ............................................................................................................................ 104

Figura 9 – Linha de tempo evolutiva da gestão da cadeia de suprimentos verde. Adaptado de Srivastava (2007). ................................................................................................................... 153

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Oportunidades de descarbonização na cadeia de suprimentos. Adaptado de World Economic Forum (2008)...........................................................................................................20

Quadro 2 – Resumo dos estudos sobre o tema gestão da cadeia de suprimentos verde...........25

Quadro 3 – Resumo dos principais modelos de localização de instalações..............................65

Quadro 4 – Parâmetros utilizados nas análises de sensibilidade. Adaptado de Wanke (2009) Wanke e Saliby (2009)..............................................................................................................76

Quadro 5 – Distâncias aproximadas entre a fábrica e os armazéns. Adaptado de Montebeller (2009)........................................................................................................................................76

Quadro 6 – Distâncias aproximadas entre os armazéns e os mercados. Adaptado de Montebeller (2009)...................................................................................................................77

Quadro 7 – Custos unitários de transporte mínimos entre os armazéns e os mercados para o modal rodoviário. Adaptado de Montebeller (2009)................................................................77

Quadro 8 – Custos unitários de transporte máximos entre os armazéns e os mercados para o modal rodoviário. Adaptado de Montebeller (2009)................................................................77

Quadro 9 – Peso do produto estimado para seis setores da economia brasileira......................79

Quadro 10 – Parâmetros utilizados nas análises de sensibilidade............................................80

Quadro 11 – Custos unitários de transporte mínimos entre os armazéns e os mercados para o modal ferroviário.......................................................................................................................80

Quadro 12 – Custos unitários de transporte máximos entre os armazéns e os mercados para o modal ferroviário.......................................................................................................................81

Quadro 13 – Classificação das políticas de alocação de estoques. Adaptado de Montebeller (2009)........................................................................................................................................81

Quadro 14 – Alocação ótima das demandas médias dos mercados aos armazéns abertos na rede para o Cenário 00001 – Modal Rodoviário.......................................................................85

Quadro 15 – Níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança para o Cenário 00001 – Modal Rodoviário.................................................................................................................................85

Quadro 16 – Alocação ótima das demandas médias dos mercados aos armazéns abertos na rede para o Cenário 00001 – Modal Ferroviário.......................................................................85

Quadro 17 – Níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança para o Cenário 00001 – Modal Ferroviário.................................................................................................................................86

Quadro 18 – Frequência de ocorrência das políticas de alocação de estoques – Modal Rodoviário.................................................................................................................................86

Quadro 19 – Frequência de ocorrência das políticas de alocação de estoques – Modal Ferroviário.................................................................................................................................87

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Quadro 20 – Resumo das estatísticas descritivas para os componentes de custo da rede pesquisada – Modelo Rodoviário..............................................................................................89

Quadro 21 – Resumo das estatísticas descritivas para os componentes de custo da rede pesquisada – Modelo Ferroviário..............................................................................................89

Quadro 22 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.....................................................................................................................91

Quadro 23 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista..........................................................................................................................................93

Quadro 24 – Caracterização dos modais de transporte em termos dos parâmetros de entrada do modelo de otimização..........................................................................................................98

Quadro 25 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos do custo total....99

Quadro 26 - Componentes de custo da rede pesquisada em termos do custo total para os grupos de peso.........................................................................................................................101

Quadro 27 – Caracterização dos modais de transporte em termos dos parâmetros de entrada do modelo de otimização........................................................................................................102

Quadro 28 – Parâmetros coletados de artigos selecionados...................................................142

Quadro 29 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total...................................................................................................................143

Quadro 30 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista........................................................................................................................................147

Quadro 31 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos do custo total...151

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13

1.1 OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................................................... 15

1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 15

1.1.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 16

1.2 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ........................................................................................... 16

1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ....................................................................................... 20

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 22

2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE .................................................... 22

2.2 MODELOS DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES .................................................. 30

2.2.1 Modelos de Localização de Instalações que Incorporam Variáveis Ambientais ..... 30

2.2.2 Modelos de Localização de Instalações que Incorporam Efeitos de Centralização de Estoques ................................................................................................................................... 42

3 MODELO PROPOSTO ...................................................................................................... 68

4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 74

4.1 IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO ................................................................................. 74

4.2 ANÁLISES DE SENSIBILIDADE ................................................................................... 75

4.3 APRESENTAÇÃO E TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS RESULTADOS .............. 81

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................ 84

5.1 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 84

5.2 TESTES DE KRUSKAL-WALLIS E MEDIANA ............................................................ 90

5.2.1 Análise das Políticas de Alocação de Estoques ........................................................... 90

5.2.2 Análise do Custo Total .................................................................................................. 98

5.3 IMPLICAÇÕES GERENCIAIS ....................................................................................... 102

6 CONCLUSÕES ................................................................................................................... 105

6.1 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS .................................. 107

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 109

APÊNDICES ......................................................................................................................... 116

APÊNDICE A – CÓDIGO PARA OTIMIZAÇÃO E SIMULAÇÃO ESCRITO NA LINGUAGEM DO SOFTWARE AIMMS 3.10. .................................................................... 116

APÊNDICE B – PARÂMETROS COLETADOS DE ARTIGOS SELECIONADOS. ........ 142

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APÊNDICE C – RESULTADOS COMPLETOS DOS TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS PARA OS RESULTADOS ÓTIMOS EM TERMOS DA POLÍTICA DE CENTRALIZAÇÃO TOTAL................................................................................................. 143

APÊNDICE D – RESULTADOS COMPLETOS DOS TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS PARA OS RESULTADOS ÓTIMOS EM TERMOS DA POLÍTICA MISTA. ................... 147

APÊNDICE E – RESULTADOS COMPLETOS DOS TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS PARA OS RESULTADOS ÓTIMOS EM TERMOS DO CUSTO TOTAL. ........................ 151

ANEXOS ............................................................................................................................... 153

ANEXO A – LINHA DE TEMPO EVOLUTIVA DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE. ..................................................................................................... 153

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1 INTRODUÇÃO

Mudanças climáticas e problemas ambientais decorrentes do aquecimento global têm estado

no centro das discussões sobre os grandes temas e dilemas da atualidade. De acordo com o

Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (Intergovernmental Panel on Climate

Change – IPCC)1, emissões de gases de efeito estufa (GEE), particularmente de dióxido de

carbono (CO2), são o principal fator gerador do aquecimento global.

À medida que as condições do meio ambiente se alteram, crescem os mandatos regulatórios e

as exigências ambientais (Protocolo de Quioto 2 , responsabilidade social, agências

governamentais) para reduzir as emissões de GEE em todo o mundo (BUTNER, GEUDER e

HITTNER, 2008; PAKSOY, ÖZCEYLAN e WEBER, 2011). Além disso, nações

desenvolvidas têm estipulado metas independentes que consideram cortes significativos em

suas emissões – a Política Energética da União Europeia, por exemplo, estima uma redução

de 20% até 2020 – e há uma convergência crescente no debate sobre um preço universal para

o carbono (WORLD ECONOMIC FORUM, 2008).

Nesse contexto, o interesse pela preservação ambiental emerge como um propósito real das

organizações (FERRETTI et al., 2007), fazendo com que uma atenção especial seja dada ao

desenvolvimento de estratégias ambientais (PAKSOY, ÖZCEYLAN e WEBER, 2011). Se há

alguns anos o único objetivo dos negócios era maximizar o lucro ou melhorar o serviço ao

cliente (SHAPIRO, 2001), agora a temática ambiental desempenha um papel central nas

políticas de gestão estratégica e operacional (FERRETTI et al., 2007). A escolha recai apenas

sobre aproveitar o desafio das alterações climáticas como uma oportunidade para reestruturar

as atividades da empresa ou adiar essa decisão. As organizações que atuarem neste momento

poderão obter vantagens que, talvez, sejam negadas àquelas que aguardarem pelas

regulamentações, entre as quais estão a conquista de uma fatia do crescente mercado de

consumidores éticos, a atração e a retenção dos melhores talentos e o crescimento global mais

sustentável (BUTNER, GEUDER e HITTNER, 2008). 1 Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática. Disponível em: <http://www.ipcc.ch/>. Acesso em: 02 jul. 2011. 2 “O Protocolo de Quioto é um acordo internacional patrocinado pela ONU (Organização das Nações Unidas), firmado em 1997 por 59 países, na cidade de Quioto, no Japão. O protocolo inscreve-se no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, tendo por objetivo reduzir as emissões de GEEs em nações industrializadas – por meio de metas que correspondem, em média, à redução de 5,2% sobre o montante emitido pelo país em 1990 – e estabelecer um modelo de desenvolvimento limpo para os países emergentes” (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP). Disponível em: <http://www.fiesp.com.br/ambiente/perguntas/clima.aspx#8>. Acesso em: 02 jul. 2011.

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Grande parte das oportunidades decorrentes do combate às emissões de carbono repousa

sobre a cadeia de suprimentos, exigindo uma transformação fundamental nas práticas de

supply chain (BEAMON, 1999) e estimulando as empresas a buscar novas abordagens para o

gerenciamento eficaz de suas emissões – da compra de matérias-primas e da produção à

distribuição e ao descarte dos produtos (BUTNER, GEUDER e HITTNER, 2008). Conceitos

como sustentabilidade na cadeia de suprimentos (DYLLICK e HOCKERTS, 2002; KOPLIN

et al., 2007), triple bottom line (ELKINGTON, 1997), gestão ambiental (HANDFIELD et al.,

2005) e gestão da cadeia de suprimentos verde (green supply chain management – GrSCM)

(BOWEN et al., 2001; SARKIS, 2003; VACHON e KLASSEN, 2006; SRIVASTAVA, 2007)

têm despertado, assim, um interesse crescente na academia e no mundo corporativo

(ANDERSEN e SKJOETT-LARSEN, 2009).

Srivastara (2007) define a gestão da cadeia de suprimentos verde como a integração do

conceito de meio ambiente à gestão da cadeia de suprimentos. Esse processo inicia-se com o

reconhecimento das dimensões ambientais, como emissões de carbono e demanda por energia

e outros recursos naturais (BUTNER, GEUDER e HITTNER, 2008), e estende-se desde o

design de produtos, da seleção de materiais e dos processos de produção até a entrega do

produto final aos consumidores e a gestão do produto após sua vida útil (SRIVASTAVA,

2007).

Particularmente, a redução de carbono acrescenta outro fator ao desafio de se atingir o

equilíbrio adequado entre as políticas de transportes, processos e estoques na cadeia de

suprimentos (Figura 1). O sucesso, nesse caso, requer que os executivos e os gestores da

cadeia de suprimentos otimizem produtos, processos, informações e fluxos de caixa sob novos

trade-offs: custos, serviço, qualidade e emissões de carbono (BUTNER, GEUDER e

HITTNER, 2008).

Figura 1 – Impacto do carbono sobre cenários de ressuprimento. Adaptado de Butner, Geuder e Hittner

(2008).

Cenário 1

Frequência de ressuprimento alta

Cenário 2

Frequência de ressuprimento baixa

Tamanho do ressuprimento

Custo deestoque

Transporte

Custo Carbono

Armazenagem

Carbono

Aumento

custo/carbono

Tamanho ressuprimento

Redução

custo/carbono

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Revisões nas estratégias de otimização da rede logística se fazem, então, necessárias, de

forma a considerar a variável adicional de carbono e o seu impacto sobre decisões relativas à

localização de instalações e às operações de distribuição e transporte, incluindo as escolhas

quanto aos tipos de modais e as políticas de alocação de estoques. A cadeia de suprimentos,

no entanto, não será alterada radicalmente, mas a economia sob a qual as práticas tradicionais

se apoiam mudará e otimizar a cadeia de suprimentos se tornará uma atividade ainda mais

complexa (BUTNER, GEUDER e HITTNER, 2008). De toda maneira, com a forte ênfase na

redução da pegada de carbono3, a integração dessas considerações na fase de desenho das

cadeias de suprimentos fornecerá às empresas mais visibilidade sobre como gerenciar cadeias

eficientes, eficazes e verdes (CHAABANE et al., 2008).

1.1 OBJETIVOS DO ESTUDO

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral do presente estudo é desenvolver um modelo de programação matemática

para o desenho de redes logísticas verdes, considerando, juntamente com os custos logísticos

tradicionais, os custos das emissões de carbono decorrentes das atividades de transporte ao

longo da cadeia de suprimentos. Para tanto, o trabalho será baseado nas formulações

propostas por Chaabane et al. (2008) e Montebeller (2009), relativas, respectivamente, à

mensuração do impacto ambiental através das emissões de CO2 e ao efeito de consolidação

dos estoques.

Uma vez que o impacto total das funções de distribuição sobre o meio ambiente correlaciona-

se às variáveis distância e modal de transporte, será analisada, ainda, a influência de diferentes

modais não apenas sobre as emissões de carbono, como também sobre a quantidade total de

estoque presente na rede de distribuição.

Deseja-se, com esse modelo, contribuir para a compreensão do trade-off existente entre as

decisões que impactam o meio ambiente ao se planejar as operações de supply chain e os

custos associados a essa cadeia de suprimentos. A ideia central é permitir um melhor

entendimento gerencial sobre como a taxação das emissões de carbono pode afetar a decisão

3 A pegada de carbono é a quantidade total de gases de efeito estufa produzida para apoiar, direta e indiretamente, as atividades humanas, sendo normalmente expressa em toneladas equivalentes de dióxido de carbono (TIME FOR CHANGE, 2011). Disponível em: <http://timeforchange.org/what-is-a-carbon-footprint-definition?page=1>. Acesso em: 30 jul. 2011.

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de localizar uma ou mais instalações em uma rede de distribuição, além de discutir

importantes questões relacionadas à adoção de diferentes modais de transporte.

1.1.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos desta pesquisa podem ser traduzidos em oito questões fundamentais:

a. Quantos armazéns devem ser abertos na rede de distribuição?

b. Onde localizar os armazéns?

c. Em qual proporção cada mercado deve ser alocado a um determinado armazém?

d. Quais são os níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança a serem mantidos em

cada instalação?

e. Quais são as frequências de ocorrência de cada uma das políticas de alocação de

estoques?

f. Para cada política de alocação de estoques, como se caracterizam os modais de

transporte em função dos parâmetros utilizados nas análises de sensibilidade?

g. Qual a influência das variáveis ambientais na otimização da malha logística?

h. Qual o impacto dos modais de transporte no custo total da rede, bem como em seus

principais componentes?

A fim de alcançar esses objetivos, a abordagem essencial da análise constituir-se-á na geração

e na otimização de diferentes cenários aleatórios, com o posterior tratamento estatístico dos

resultados.

1.2 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

“Com um dano econômico estimado de cerca de US$85 para cada tonelada de dióxido de

carbono, limitar as emissões de gases de efeito estufa e colocar um preço sobre elas será

inevitável” (BUTNER, GEUDER e HITTNER, 2008, p. 1). Reduzir a pegada de carbono se

tornará uma obrigação e as empresas devem esperar ser cobradas por suas emissões, o que

forçará mudanças na gestão de suas cadeias de suprimentos (BUTNER, GEUDER e

HITTNER, 2008).

Estudos revelam que as organizações estão percebendo estratégias de redução de emissão de

gases de efeito estufa e políticas de sustentabilidade como questões primordiais na condução

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de seus negócios. Um levantamento realizado pelo IBM Institute Business Value Global

Corporate Social Responsibility, em 2008, mostra que um terço das empresas tem sido

obrigado por seus parceiros de negócios a adotar ou adquirir novos padrões de gestão de

carbono (BUTNER, GEUDER e HITTNER, 2008). Por sua vez, o relatório “Supply Chain

Network Design: Architecting a Green Future”4, conduzido pelo grupo Aberdeen junto a 300

empresas em todo o mundo, indica que os temas responsabilidade social corporativa

(corporate social responsibility – CSR) e gestão sustentável da cadeia de suprimentos

(sustainable supply chain management – SSCM) estão no topo da “agenda verde”. Os

resultados evidenciam, ainda, que metade dessas empresas planeja redesenhar suas cadeias de

suprimentos e que 80% delas já estão sujeitas às novas regulamentações ambientais (NARI,

JHANA e ROBERT, 2008 apud RAMUDHIN, CHAABANE e PAQUET, 2010).

Do lado da demanda, cresce também a preocupação com o meio ambiente. Uma pesquisa5

conduzida junto a consumidores de todo o mundo revela que 85% deles estão “extremamente”

ou “um tanto” preocupados com a mudança climática, enquanto 81% esperam que suas vidas

sejam diretamente impactadas por esse fenômeno (WORLD ECONOMIC FORUM, 2008).

Como parte de uma estratégia global de gestão da cadeia de suprimentos verde, a quantidade

de emissões de carbono resultante das atividades de transporte em uma rede de distribuição é

um problema a ser tratado pelos gestores de supply chain (REED et al., 2010). Globalmente,

estima-se que o setor de logística e transporte tenha uma pegada de carbono de cerca de 2.800

mega-toneladas. O transporte rodoviário representa, em termos absolutos, a maior parte desse

total, com aproximadamente 57% de participação, seguido pelo transporte marítimo com 17%

(WORLD ECONOMIC FORUM, 2008).

4 NARI, V.; JHANA, S.; ROBERT, S. Supply chain network design: architecting a green future. Aberdeen Group, Boston, 2008. 5 Accenture end consumer survey on climate change, 2007.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

18

Figura 2 – Participação nas emissões por atividade logística. Adaptado de World Economic Forum (2008).

No Brasil, o setor de transporte é responsável por 9% das emissões de CO2 (MCT, 2006).

Desse total, o modal rodoviário representa 90,2% (MME, 2002), refletindo as profundas

assimetrias da matriz de transporte brasileira, que sempre priorizou uma logística baseada no

transporte por caminhões, “relegando a planos de menor expressão modais como o ferroviário

e o aquaviário (incluindo o de cabotagem), que deveriam ter grande importância na

distribuição de mercadorias e bens em um país com as dimensões do Brasil” (MMA, 2011, p.

17).

Figura 3 – Emissões de CO2 equivalente por fonte – Brasil, 2006. Adaptado de MCT (2006).

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

Logística e Atividade de Transporte

Frete Rodoviário

Frete Marítimo

Frete Aéreo

Frete Ferroviário

Contruções Logísticas

Tota

l de

Em

issõ

es

de

Mo

bili

dad

e:

~ 2

.50

0 m

ega

-to

ne

lad

asC

O2e

Emis

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s G

EE (

me

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on

ela

das

CO

2e

po

r an

o)

76

9

7

4 2 2

Desmatamento e queimadas Transporte Industrial Outros setores Energia Processo industrial

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19

É importante ressaltar, contudo, que isso não significa que o modal rodoviário seja o menos

eficiente. Em termos de intensidade de emissões por tonelada-quilômetro, o modal aéreo é

consideravelmente o mais intenso em carbono, como mostra a Figura 4 (WORLD

ECONOMIC FORUM, 2008).

Figura 4 – Eficiência de emissão por modal de transporte. Adaptado de World Economic Forum (2008).

No médio prazo, o setor de logística e transporte apresenta oportunidades comercialmente

viáveis para reduzir cerca de 1.400 mega-toneladas de CO2. Aproximadamente 60% desse

potencial de redução de carbono corresponde às emissões do próprio setor. O restante é

relativo à cadeia de suprimentos como um todo e pode ser obtido a partir de mudanças nas

configurações de logística e transporte, entre as quais se destaca a otimização das redes – vide

Quadro 1 (WORLD ECONOMIC FORUM, 2008).

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4

Aéreo - Curta Distância

Aéreo - Longa Distância

Rodoviário - Capacidade Leve

Rodoviário - Todos

Rodoviário - Longa Distância

Ferroviário

Marítimo - Curta Distância

Marítimo - Longa Distância

Fatores de Emissão em CO2e kg / tonelada-km

Mo

da

l de

Tra

nsp

ort

e

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20 Quadro 1 – Oportunidades de descarbonização na cadeia de suprimentos. Adaptado de World Economic

Forum (2008).

1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

O conteúdo desta dissertação está organizado em seis capítulos.

O capítulo 1 introduz o tema estudado e apresenta a sua relevância, bem como os objetivos da

pesquisa. Tendências e oportunidades para a gestão sustentável da cadeia de suprimentos são

discutidas, alicerçando os principais motivadores para a condução deste trabalho.

O capítulo 2 apresenta o referencial teórico no qual se baseia o trabalho. Primeiramente, são

abordados o conceito de gestão da cadeia de suprimentos verde e a evolução dos temas

socioambientais no contexto da cadeia de suprimentos. Em seguida, modelos e formulações

de localização de instalações são apresentados, englobando a inclusão de variáveis ambientais

e o tratamento dos estoques na rede de distribuição.

O capítulo 3 compreende o modelo de programação matemática proposto no estudo. A

configuração da rede logística considerada é detalhada e as premissas assumidas na

estruturação da modelagem são discutidas. São expostos, ainda, os parâmetros, as variáveis, a

função objetivo e a restrição adotados na formulação do problema.

A metodologia utilizada na condução da pesquisa, por sua vez, é apresentada no capítulo 4. A

implementação do modelo de localização de instalações é descrita, seguida pela especificação

dos dados e dos procedimentos utilizados nas análises de sensibilidade.

Oportunidades de Descarbonização na

Cadeia de Suprimentos

Diminuição Potencial

Mt CO2e

Índice de Avaliação de

Viabilidade

Tecnologias Limpas de Veículos 175 Alto

Desaceleração da Cadeia de Suprimentos 171 Alto

Agricultura de Baixo Carbono 178 Médio

Redes Otimizadas 124 Alto

Construções Eficientes em Energia 93 Alto

Iniciativas de Design de Embalagens 132 Alto

Manufatura de Baixo Carbono 152 Médio

Treinamento e Comunicação 117 Médio

Trocas de Modais 115 Médio

Logística Reversa / Reciclagem 84 Médio

Nearshoring 5 Médio

Aumento da Entrega em Domicílio 17 Médio

Redução do Congestionamento 26 Baixo

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21

O capítulo 5 analisa e discute os resultados encontrados, respondendo, assim, as perguntas

que orientam este estudo. São abordadas, ainda, as implicações gerenciais decorrentes da

aplicação do modelo proposto.

Por fim, as conclusões do trabalho são apresentadas no capítulo 6, assim como as suas

limitações e as sugestões para pesquisas futuras.

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

22

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE

A gestão da cadeia de suprimentos contempla a integração de todas as atividades associadas à

transformação e ao fluxo de bens e serviços, envolvendo desde as empresas fornecedoras de

matérias-primas até os usuários finais, bem como os respectivos fluxos de informação

(BALLOU, 2006). De forma mais abrangente, o Council of Supply Chain Management

Professionals (CSCMP)6 define que

A gestão da cadeia de suprimentos engloba o planejamento e a gestão de todas as atividades envolvidas na administração de contratos com fornecedores, na transformação e no gerenciamento logístico. Inclui também a coordenação e a colaboração com os parceiros de canal, que podem ser fornecedores, intermediários, prestadores de serviços terceirizados e clientes. Em essência, a gestão da cadeia de suprimentos integra a gestão da oferta e da demanda dentro e entre empresas.

Tradicionalmente, a gestão da cadeia de suprimentos foca medidas de desempenho econômico

e nível de serviço para avaliar a eficácia e a eficiência de uma rede logística (BEAMON,

1999). Discussões sobre sustentabilidade, porém, são suportadas pela noção básica de que a

performance de uma cadeia não deve considerar somente os lucros, mas também o impacto

causado sobre os sistemas ecológicos e sociais (GLADWIN, KENNELLY e KRAUSE, 1995;

STARIK e RANDS, 1995; JENNINGS e ZANDBERGEN, 1995). Nesse contexto, a gestão

sustentável da cadeia de suprimentos surge como um conceito que amplia a visão tradicional

ao incorporar as dimensões social e ambiental à avaliação de desempenho. Tal conceituação

de desempenho é comumente conhecida como triple bottom line (KLEINDORFER,

SINGHAL e VAN WASSENHOVE, 2005).

O conceito de triple bottom line, desenvolvido por Elkington (1998, 2004), é uma abordagem

teórica de avaliação de desempenho que considera, simultaneamente, objetivos econômicos,

sociais e ambientais. Essa nova perspectiva sugere que existem atividades nas quais as

organizações podem envolver-se que não só afetam positivamente o meio ambiente e a

sociedade, como também resultam em benefícios econômicos de longo prazo e em vantagem

competitiva para as empresas (CARTER e ROGERS, 2008).

6 Council of Supply Chain Management Professionals. Disponível em: <cscmp.org>. Acesso em: 29 jun. 2011.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

23

Carter e Rogers (2008) desenvolvem um framework conceitual de elementos-chave da cadeia

de suprimentos sustentável, que inclui o triple bottom line (Figura 5). Baseados nesse modelo

e em uma ampla revisão de literatura sobre sustentabilidade, os autores introduzem uma nova

teoria para o gerenciamento da cadeia de suprimentos sob a perspectiva sustentável, definida

da seguinte forma:

Gestão da cadeia de suprimentos sustentável é a integração estratégica, transparente e o alcance de metas sociais, ambientais e econômicas de uma organização na coordenação sistêmica dos principais processos de negócios interorganizacionais para melhorar o desempenho econômico de longo prazo da empresa e de suas cadeias de suprimentos (CARTER e ROGERS, 2008, p. 368).

Figura 5 – Gestão sustentável da cadeia de suprimentos. Adaptado de Carter e Rogers (2008).

Seuring e Müler (2008), por sua vez, apresentam uma extensa revisão de literatura sobre a

gestão sustentável da cadeia de suprimentos para o período de 1994 a 2007. Após a análise de

191 artigos cujos focos recaem em, pelo menos, duas dimensões da sustentabilidade, os

autores identificam como principais motivadores para a condução dos estudos o enfoque no

desempenho econômico ou no desejo de desenvolver um produto sustentável. Seuring e

Müler (2008) destacam também a evidência de que a pesquisa está bastante voltada para os

aspectos ambientais, enquanto a abordagem social e a integração entre as três dimensões da

sustentabilidade são assuntos ainda pouco explorados.

De acordo com Srivastava (2007), a importância da gestão ambiental no âmbito da cadeia de

suprimentos se deve à deterioração do meio ambiente, principalmente em relação à escassez

Desempenho Econômico

SociedadeAmbiente

Natural

Bom?

MelhorMelhor

O Melhor

• Sustentabilidade como parte de uma estratégia integrada• Visão de longo prazo• Produtividade (fazer mais com menos)

Estratégia

• Planejamento de contingência • Rupturas no fornecimento• Visibilidade nas cadeias de fornecimento• Risco de manchete no noticiário• Agilidade

Gerenciamento de Risco

• Gerenciamento das partes interessadas• Operação dos fornecedores• Processos RFP/RFQ• Relatórios financeiros (SOX)• Prazos para os consumidores

Transparência

• Profundamente enraizada• Cidadania organizacional• Valores e ética• Cultura da qualidade

Cultura Organizacional

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

24

de recursos naturais, à saturação dos aterros sanitários e ao aumento dos níveis de poluição.

Contudo, não somente a preocupação ambiental, mas também as pressões externas aos

negócios por parte dos governos e dos consumidores e a regulamentação crescente, além da

expectativa de alta lucratividade e geração de bons negócios, têm levado muitas organizações

a atentar para a necessidade de adequar os processos de suas cadeias de suprimentos

(KLEINDORFER, SINGHAL e VAN WASSENHOVE, 2005; LINTON, KLASSEN e

JAYARAMAN, 2007; SRIVASTAVA, 2007; MARKLEY e DAVIS, 2007; ANDERSEN e

SKJOETT-LARSEN, 2009).

Adicionalmente, o paradigma da gestão ambiental como fator de incremento de custos tem

sido alterado para a gestão ambiental como potencial fonte de vantagem competitiva (VAN

HOEK, 1999), em decorrência do aumento da produtividade, da economia de recursos e da

eliminação de desperdícios advindos dos investimentos em iniciativas ambientais na cadeia de

suprimentos (PORTER e VAN DER LINDE, 1995).

Incorporando o componente ambiental ao gerenciamento da cadeia de suprimentos, Srivastava

(2007, p. 54-55) conceitua a gestão da cadeia de suprimentos verde como “a integração do

pensamento ambiental na gestão da cadeia de suprimentos, incluindo design de produtos,

terceirização e seleção de materiais, processos de fabricação, entrega do produto final aos

consumidores, bem como gestão do produto ao término de sua vida útil”.

O escopo da gestão da cadeia de suprimentos verde abrange desde estratégias reativas de

monitoramento do meio ambiente até abordagens mais pró-ativas implementadas por meio de

diversas práticas operacionais: redução, reutilização, retrabalho, recuperação, reciclagem,

remanufatura e logística reversa (SRIVASTAVA, 2007). A adoção dessas práticas pode

estender-se à cadeia de valor, envolvendo tanto os fornecedores, por meio da avaliação de

seus desempenhos ambiental (HANDFIELD et al., 2002), como os compradores, através de

ações para orientá-los na redução de seus impactos ambientais (HANDFIELD, SROUFE e

WALTON, 2004).

Com o objetivo de apresentar uma visão abrangente e integrada sobre o conceito de gestão da

cadeia de suprimentos verde, Srivastava (2007) faz uma revisão contemplando 227 trabalhos,

a partir da qual o autor propõe uma classificação para a literatura existente. São definidas três

categorias baseadas no contexto do problema estudado: importância da gestão da cadeia de

suprimentos verde, design verde, que inclui o design ambientalmente consciente

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

25

(environmentally conscious design – ECD) e a análise do ciclo de vida (life-cycle assessment

– LCA) do produto, e operações verdes, composta por manufatura e remanufatura verde,

logística reversa e network design e gestão de resíduos. O Anexo A apresenta uma linha de

tempo evolutiva considerando os principais artigos publicados na área até 2005.

Baseada na classificação de Srivastava (2007), uma análise das publicações referentes às

várias atividades da gestão da cadeia de suprimentos verde foi realizada, com o objetivo de

mostrar a evolução do tema nos últimos anos. O Quadro 2 resume a abordagem principal

adotada em cada uma das referências, bem como a metodologia empregada na condução dos

estudos.

Quadro 2 – Resumo dos estudos sobre o tema gestão da cadeia de suprimentos verde.

Autor(es)Contexto da

GrSCMMetodologia Abordagem Principal

Dotoli et al.

(2005)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

XX

Propõem uma abordagem multinível para o projeto de redes

logísticas que provê diferentes estruturas de rede, através das

quais é possível melhorar a flexibilidade, a agilidade e o

desempenho ambiental (emissões de carbono) da cadeia de

suprimentos no processo de design .XX

Hugo e

Pistikopoulos

(2005)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Apresentam um modelo matemático para a inclusão explícita de

princípios da análise de ciclo de vida (LCA) ao problema clássico

de desenho e planejamento de redes logísticas.XX

Listes e Dekker

(2005)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Apresentam uma abordagem de programação estocástica pela

qual um modelo de localização determinístico para o projeto de

redes de recuperação de produtos pode ser extendido de forma

a considerar explicitamente incertezas.XX

Nagurney e

Toyasaki (2005)

Gestão de

resíduos

Algoritmo

computacional

XX

Desenvolvem um framework integrado para a modelagem de

redes de logística reversa de resíduos eletrônicos, incluindo

gestão de resíduos e reciclagem.XX

Rao e Holt (2005)Importância da

GrSCM

Estatística

descritiva e

Regressão

XX

Identificam potenciais ligações entre a gestão da cadeia de

suprimentos verde - como uma iniciativa para a melhoria

ambiental - o desempenho econômico e a competitividade

junto a uma amostra de empresas da Ásia.XX

Ravi, Ravi e

Tiwari (2005)

Logística Reversa

e Network Design

Analytical

network process

(ANP)

XX

Empregam analytical network process (ANP) e balanced

scorecard na análise de alternativas de logística reversa para

computadores ao final de suas vidas úteis.XX

Sheu, Chou e Hu

(2005)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear

XX

Apresentam um modelo de programação linear multi-objetivo

para otimização de uma cadeia de suprimentos verde integrada,

incorporando atividades de logística reversa para produtos

usados.XX

Jayaraman (2006)Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear

XX

Apresenta um modelo de programação matemática linear para o

planejamento e o controle agregados da produção em cadeias

de suprimentos de circuito fechado com recuperação e

reutilização de produtos.XX

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

26

Continuação Quadro 2 – Resumo dos estudos sobre o tema gestão da cadeia de suprimentos verde.

Autor(es)Contexto da

GrSCMMetodologia Abordagem Principal

Min, Ko e Ko

(2006)

Logística Reversa

e Network Design

Programação não-

linear inteira

mista

XX

Propõem um modelo de programação não-linear inteira-mista e

um algoritmo genético para o problema de consolidação de

produtos retornados em uma cadeia de suprimentos de circuito

fechado.XX

Nagurney, Liu e

Woolley (2006)

Logística Reversa

e Network DesignMétodo de Euler

XX

Propõem um framework para a determinação das tarifas ótimas

de carbono aplicadas às plantas de energia elétrica no contexto

da cadeia de suprimentos elétrica. XX

Srivastava e

Srivastava (2006)

Logística Reversa

e Network Design

Modelagem

descritiva e

Programação

linear inteira

mista

XX

Desenvolvem um framework integrado que cobre um domínio

amplo de atividades, estendendo-se desde a estimativa de

retornos em diferentes localizações, em diferentes períodos de

tempo, passando pela coleta e disposição real até o estágio

modular.XX

Tsoulfas e Pappis

(2006)

Logística Reversa

e Network DesignEstudo de caso

Identificam sistematicamente princípios ambientais para o

desenho e a operação de cadeais de suprimentos.

Vachon e Klassen

(2006)

Importância da

GrSCM Regressão

XXXX

Examinam antecedentes (tanto ao nível da planta como da

cadeia de suprimentos) de práticas de cadeia de suprimentos

verdes. A integração da cadeia de suprimentos - tanto logística

(nível tático) como tecnologicamente (nível estratégico) - é um

fator potencialmente importante de práticas verdes.XX

Lu, Wu e Kuo

(2007)

Manufatura/

Remanufatura

Verde

Analytical

hierarchy process

(AHP)

XX

Apresentam um método de tomada de decisão multi-objetivo

para a gestão da cadeia de suprimentos verde, com o intuito de

auxiliar os gestores na medição e na avaliação do

desempenho dos fornecedores.XX

Matos e Hall

(2007)Design Verde Estudo de caso

XX

Discutem os problemas referentes à integração das questões de

desenvolvimento sustentável no âmbito da cadeia de

suprimentos, especificamente a aplicabilidade da análise do

ciclo de vida (LCA).XX

Rusinko (2007)

Manufatura/

Remanufatura

Verde

Estatística

descritiva

XX

Apresenta um estudo exploratório das relações entre práticas

específicas de manufatura ambientalmente sustentáveis e

resultados competitivos na indústria de carpete comercial dos

EUA.XX

Barker e Zabinsky

(2008)

Logística Reversa

e Network DesignEstudo de caso

XX

Propõem um framework conceitual baseado em diferentes

estudos de caso para a incorporação da logística reversa no

desenho da cadeia de suprimentos.XX

Beamon (2008)Importância da

GrSCM

Revisão de

literatura

XX

Descreve os desafios e as oportunidades enfrentados pela

cadeia de suprimentos do futuro, destacando a sustentabilidade

e os efeitos sobre o desenho, a gestão e a integração da cadeia

de suprimentos.XX

Chaabane et al.

(2008)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Propõem um modelo de programação matemática para o

desenho de redes logísticas ambientalmente conscientes cujo

impacto ecológico é medido através do custo das emissões de

carbono decorrentes das atividades de transporte na cadeia de

suprimentos.XX

Frota Neto et al.

(2008)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

multi-objetivo

XX

Desenvolvem um programa multi-objetivo para o desenho e a

avaliação de redes logísticas sustentáveis, em que o custo e o

impacto ambiental são considerados.XX

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

27

Continuação Quadro 2 – Resumo dos estudos sobre o tema gestão da cadeia de suprimentos verde.

Autor(es)Contexto da

GrSCMMetodologia Abordagem Principal

Lee e Dong (2008)Logística Reversa

e Network DesignHeurística

XX

Discutem o projeto de rede logística para a recuperação de

produtos de informática através do desenvolvimento de um

modelo de programação determinística que gerencia

sistematicamente fluxos logísticos, inclusive reversos. Dada a

complexidade do problema, uma abordagem heurística é

desenvolvida.XX

Min e Ko (2008)Logística Reversa

e Network Design

Programação

inteira mista

XX

Abordam o problema de determinar o número e a localização

das instalações de reparação, nas quais produtos retornados

pelos varejistas ou consumidores são inspecionados, reparados

e recodicionados para redistribuição.XX

Sheu (2008)Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear

XX

Formula um modelo de programação linear multi-objetivo para

otimizar as operações de geração de energia nuclear e os fluxos

de logística reversa dos resíduos produzidos.XX

Srivastava (2008)Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

Desenvolve um modelo de localização-alocação de instalações

para uma rede de baixo custo de logística reversa eficiente. A

rede de logística reversa proposta consiste em centros de coleta

e dois tipos de instalações de reparo ,criadas por fabricantes de

equipamentos originais (OEM) ou consórcios, para algumas

categorias de devolução de produtos sob várias restrições

estratégicas, operacionais e de serviço no contexto indiano.

Subramanian,

Talbot e Gupta

(2008)

Manufatura/

Remanufatura

Verde

Programação não-

linear

XX

Introduzem um modelo de programação matemática não-linear

que incorpora considerações do planejamento tradicional de

operações (capacidade, produção e estoque) juntamente com

questões ambientais que variam conforme o ciclo de vida do

produto (design , produção e fim de vida útil).XX

Zhu, Sarkis e Lai

(2008)

Logística Reversa

e Network Design

Estatística

descritiva/ANOV

A

XX

Examinam os níveis de adoção de práticas de gestão da cadeia

de suprimentos verde na China e determina se indústrias

diferem nessas práticas com ênfase em suas implicações

específicas para a gestão da cadeia de suprimentos de circuito

fechado.XX

Bojarski et al.

(2009)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Exploram a otimização do planejamento e do desenho de

cadeias de suprimentos considerando questões econômicas e

ambientais. O modelo compreende decisões estratégicas

quanto à localização de instalações, à seleção da tecnologia de

processamento e ao planejamento da produção e da

distribuição, ao mesmo tempo em que incorpora aspectos

ambientais através da abordagem de ciclo de vida (LCA).XX

Carraro (2009)Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Analisa a influência da emissão de carbono na estratégia de

localização de fábricas e centros de distribuição, bem como o

impacto de determinados benefícios fiscais nos critérios de

decisão.XX

Guide Jr. e

Wassenhove

(2009)

Logística Reversa

e Network Design

Revisão de

literatura

XX

Apresentam uma visão geral sobre cadeias de suprimentos de

circuito fechado a partir da perspectiva de negócios,

concentrando-se na recuperação do valor rentável de produtos

devolvidos.XX

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

28

Continuação Quadro 2 – Resumo dos estudos sobre o tema gestão da cadeia de suprimentos verde.

Autor(es)Contexto da

GrSCMMetodologia Abordagem Principal

Guillén-Gosálbez

e Grossmann

(2009)

Logística Reversa

e Network Design

Programação não-

linear inteira

mista

XX

Abordam o projeto de cadeias de suprimento sustentáveis na

indústria química na presença de incertezas no ciclo de vida dos

estoques associadas à operação da rede.XX

Holt e Ghobadian

(2009)

Importância da

GrSCM

Estatística

descritiva

XX

Examinam a extensão e a natureza do esverdeamento da cadeia

de suprimentos no setor industrial do Reino Unido, bem como

os fatores que influenciam a amplitude e a profundidade dessa

atividade.XX

Mutha e Pokharel

(2009)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear

Propõem um modelo matemático para o projeto de redes de

logística reversa. Assume-se que os produtos devolvidos devem

ser consolidados em um armazém antes de serem enviados para

centros de reprocessamento. Peças desmontadas são enviadas

para remanufatura ou mercados secundários. Reciclagem e

descarte desses módulos também são considerados no modelo.

Pietrapertosa et

al. (2009)Design Verde

Análise de

cenários

XX

Apresentam a aplicação integrada das metodologias LCA (life

cycle assessment ), externE e comprehensive analysis a um

estudo de caso local, com o objetivo de melhor caracterizar os

impactos ambientais do sistema energético, com especial

referência às atividades de extração.XX

Subramanian,

Gupta e Talbot

(2009)

Design VerdeProgramação não-

linear

XX

Propõem um modelo no qual as decisões de design de produto

são integradas ao processo de coordenação da cadeia de

suprimentos sob a lei de Responsabilidade Estendida do

Produtos (ERP), que incide sobre o desempenho ambiental do

ciclo de vida dos produtos.XX

Yang, Wang e Li

(2009)

Logística Reversa

e Network Design

Algoritmo

computacional

XX

Desenvolvem um modelo de uma rede geral de cadeia de

suprimentos de circuito fechado, que inclui fornecedores de

matérias-primas, produtores, varejistas, consumidores e centros

de reparação.XX

Chung e Wee

(2010)Design Verde

Análise de

sensibilidade

XX

Investigam o impacto do design verde de produto, do fator de

deterioração e do investimento em aplicações de tecnologia da

informação nos processos de negócios considerando

remanufatura.XX

Guillén-Gosálbez

e Grossmann

(2010)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Propõem o projeto e o planejamento ótimos de cadeias de

suprimentos sustentáveis na presença de incertezas no modelo

de deterioração usado para avaliar seus desempenhos

ambiental.XX

Hu e Hsu (2010)Importância da

GrSCM

Estatística

descritiva

Explora os fatores críticos para a implementação da prática de

gestão da cadeia de suprimentos verde nas indústrias elétrica e

eletrônica de Taiwan em relação às diretivas da União Européia.

Kannan,

Sasikumar e

Devika (2010)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Desenvolve um modelo de cadeia de suprimentos de circuito

fechado para retornos de produtos, sendo as decisões tomadas

em termos de aquisição de materiais, produção, distribuição,

reciclagem e descarte.XX

Mollenkopf et al.

(2010)

Importância da

GrSCM

Revisão de

literatura

XX

Examinam a relação entre estratégias de cadeias de suprimentos

verdes, enxutas e globais, com ênfase na implementação atual

dessas três iniciativas.XX

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29

Continuação Quadro 2 – Resumo dos estudos sobre o tema gestão da cadeia de suprimentos verde.

O Quadro acima revela que metodologias baseadas em modelagem matemática têm sido as

mais comumente usadas, através do emprego de diversas ferramentas e técnicas na

formulação dos problemas pesquisados, tais como programação linear, programação linear

inteira mista e programação não-linear.

Pela revisão elaborada também é possível perceber que a literatura tem sido amplamente

desenvolvida no que tange à integração entre logística reversa e gestão de resíduos. No

entanto, exemplos de estudos contemplando a incorporação dos custos das emissões de

carbono na cadeia de suprimentos são limitados, embora a precificação do carbono seja

Autor(es)Contexto da

GrSCMMetodologia Abordagem Principal

Ramudhin,

Chaabane e

Paquet (2010)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear inteira

mista

XX

Propõem um modelo de planejamento estratégico sensível ao

mercado de carbono para o desenho de cadeias de suprimentos

sustentáveis.XX

Sundarakani et

al. (2010)

Logística Reversa

e Network DesignSolução analítica

XX

Examinam a pegada de carbono nas cadeias de suprimentos,

contribuindo para o conhecimento e a prática da gestão da

cadeia de suprimentos verde. Os resultados mostram que as

emissões de carbono entre estágios de uma cadeia de

suprimentos podem representar uma ameaça significativa,

requerendo, por isso, uma atenção especial na fase de desenho

das cadeias.XX

Wang, Lai e Shi

(2010)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear

Propõem um modelo de otimização multi-objetivo que captura

o trade-off entre o custo total e a influência ambiental.

Azevedo,

Carvalho e

Machado (2011)

Importância da

GrSCM Estudo de caso

XX

Investigam a relação entre práticas de gestão da cadeia de

suprimentos verde e desempenho da cadeia de suprimentos no

contexto da indústria automobilística.XX

Koh,

Gunasekaran e

Tseng (2011)

Importância da

GrSCM

Revisão de

literatura e

Estudo de caso

XX

Desenvolvem um modelo conceitual descrevendo os

antecedentes para uma inserção bem sucedida de diretivas

ambientais - Waste Electrical and Electronic Equipment (WEEE) e

Restriction of the use of certain Hazardous Substances (RoHS) -

em uma cadeia de suprimentos verde.XX

Paksoy, Bektas e

Özceylan (2011)

Logística Reversa

e Network Design

Programação

linear

XX

Investigam uma série de medidas de desempenho operacionais

e ambientais, em especial aquelas relacionadas às operações de

transporte, no contexto de uma cadeia de suprimentos de

circuito fechado.XX

Wee et al. (2011)Logística Reversa

e Network Design

Solução analítica

e Análise de

sensibilidade

XX

Propõem um modelo que considera estratégia de estoque

gerenciada pelo fornecedor e conduz uma análise de custo e

benefício de ciclo de vida para produtos eletrônicos verdes. Os

resultados mostram que preço de venda, taxa de deterioração,

custo de manutenção de estoque, taxa de retorno do produto e

qualidade de remanufaturamento têm um efeito significativo

no modelo.XX

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30

considerada pelos economistas como a solução mais efetiva para a redução substancial dessas

emissões (RAMUDHIN, CHAABANE e PAQUET, 2010).

Evidentemente, a introdução de mecanismos baseados no mercado de carbono confere maior

complexidade à gestão da cadeia de suprimentos, impondo custos e restrições adicionais a

essa atividade (RAMUDHIN, CHAABANE e PAQUET, 2010). Mesmo assim, uma

metodologia integrada capaz de medir pegadas de carbono e identificar diferentes cenários de

análise, possibilitando, simultaneamente, a minimização de custos e a consideração de

estratégias de negócio ambientalmente responsáveis, faz-se necessária (CHAABANE et al.,

2008).

Tradicionalmente considerações estratégicas como essa são feitas na etapa de planejamento

das redes logísticas (CHAABANE et al., 2008). Portanto, uma gestão eficiente da cadeia de

suprimentos verde deve começar pela inclusão da consciência ambiental na etapa de desenho

da rede, o que faz com que esse seja o tema abordado neste estudo. A seção 2.2 dedica-se à

discussão sobre modelos de localização de instalações, com especial atenção às variáveis

ambientais no tópico 2.2.1.

2.2 MODELOS DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES

2.2.1 Modelos de Localização de Instalações que Incorporam Variáveis Ambientais

Em seu trabalho, Chaabane et al. (2008) propõem um modelo de programação matemática

para o desenho de redes logísticas ambientalmente conscientes cujo impacto ecológico é

medido através do custo das emissões de carbono decorrentes das atividades de transporte na

cadeia de suprimentos. Por considerar esses custos juntamente com os custos logísticos

tradicionais, o problema é formulado como um programa de otimização de objetivo único. A

técnica de programação linear inteira mista é empregada para lidar com diferentes decisões

estratégicas, incluindo a seleção de fornecedores e subcontratados, a alocação de produtos, a

utilização de capacidade e a atribuição de links de transporte necessários para satisfazer a

demanda do mercado.

A formulação matemática considera os custos fixos e variáveis da cadeia de suprimentos. Os

custos fixos são compostos pelos custos de abertura e manutenção das instalações e pelos

custos de alocação das matérias-primas aos fornecedores e dos produtos manufaturados aos

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31

subcontratados. Já a parcela de custos variáveis é dada em função dos custos de fornecimento

de matérias-primas e produtos manufaturados, do custo de ressuprimento, do custo de

transporte e do custo de emissão de gases de efeito estufa. A seguinte notação é utilizada:

P = conjunto de todos os produtos,

R ⊂ P = conjunto de matérias-primas,

M ⊂ P = conjunto de produtos manufaturados,

C ⊂ M = conjunto de produtos acabados,

N = conjuntos de todos os nós,

D ⊂ N = conjunto de mercados consumidores,

S ⊂ N = conjunto de todos os subcontratados,

Sp ⊂ S = conjunto de subcontratados do produto p ∈ M,

V ⊂ N = conjunto de fornecedores de matérias-primas,

Vr ⊂ V = conjunto de fornecedores da matéria-prima r ∈ R,

Suc(p) = conjunto de sucessores imediatos do produto p ∈ P / C na estrutura de produtos7,

S(Suc(p)) = função que retorna todos os subcontratados para o conjunto de sucessores

imediatos do produto p ∈ P / C,

Mi = conjunto de produtos que pode ser manufaturado pelo subcontratado i ∈ S,

Ri = conjunto de matérias-primas que pode ser fornecido pelo fornecedor i ∈ V,

K = conjunto de todos os modais de transporte k ∈ K,

λi = custo fixo associado ao uso da instalação i ∈ S ∪ V,

aip = custo de start-up associado à alocação do produto p ∈ M ∪ R à instalação i ∈ Sp ∪

Vp,

cip = custo unitário do produto p ∈ M ∪ R na instalação i ∈ Sp ∪ Vp,

t kijp = custo unitário de transporte do produto p ∈ P do nó i ∈ Vp ∪ Sp ao nó j ∈ S(Suc(p))

∪ D usando o modal de transporte k ∈ K,

lkij = custo unitário de ressuprimento entre os nós i ∈ V ∪ S e j ∈ S ∪ D usando o modal de

transporte k ∈ K,

δ = custo por tonelada de emissão de gases de efeito estufa,

αk = fator de emissão de gases de efeito estufa por unidade de peso e por unidade de

distância devido à utilização do modal de transporte k ∈ K,

7 Do inglês, Bill of Material (BOM).

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32

gpp’ = quantidade de produtos p ∈ P / C necessários para fabricar uma unidade do produto

p’ ∈ Suc(p),

mp = número máximo de instalações que podem ser abertas para o produto p ∈ M ∪ R,

bip = capacidade do nó i ∈ Sp ∪ Vp para o produto p ∈ M ∪ R,

teip = tempo de processamento do produto p ∈ M no nó i ∈ Sp,

dpd = quantidade de produto p ∈ C demandada pelo mercado consumidor d ∈ D,

ρi = limite inferior (em %) da capacidade agregada a ser usada se o subcontratado ou o

fornecedor i ∈ S ∪ V é escolhido,

Ti = tempo total disponível na linha de montagem do subcontratado i ∈ S,

τij = número máximo de modais de transporte que pode ser utilizado entre os nós i ∈ V ∪ S e

j ∈ S ∪ D,

κk = capacidade volumétrica do modal de transporte k ∈ K,

ψk = capacidade de peso do modal de transporte k ∈ K,

πp = peso do produto p ∈ P,

δp = volume do produto p ∈ P,

d(i,j) = distância entre os nós i ∈ V ∪ S e j ∈ S ∪ D.

As variáveis de decisão são tais que:

F kijp = quantidade de unidades do produto p ∈ P enviadas do nó i ∈ Vp ∪ Sp ao nó j ∈

S(Suc(p)) ∪ D usando o modal de transporte k ∈ K,

Xip = quantidade de unidades do produto p ∈ M ∪ R manufaturada ou fornecida pelo nó i ∈

Sp ∪ Vp,

U kij = número de ressuprimentos entre os nós i ∈ V ∪ S e j ∈ S ∪ D usando o modal de

transporte k ∈ K,

Yip = 1 se o produto p ∈ M ∪ R é alocado ao nó i ∈ Vp ∪ Sp,

0 caso contrário,

Ai = 1 se o nó i ∈ V ∪ S é aberto e opera para, pelo menos, um produto,

0 caso contrário,

Z kij = 1 se o modal de transporte k ∈ K é usado entre os nós i ∈ V ∪ S e j ∈ S ∪ D,

0 caso contrário.

A função objetivo a ser minimizada é dada pela expressão (2.1):

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

33

Minimizar Z = (2.1)

,),())(())((

kijp

RMp VSi DpSucSj Kkp

k

RMp VSi DpSucSj Kk

kijp

kijp

kij

VSi DSj Kk

kij

RMp VSi

ipipip

RMp VSi

ip

SVi

ii

FjidFt

UlXcYaA

pppp

pppp

∑ ∑ ∑ ∑∑ ∑ ∑ ∑

∑ ∑ ∑∑ ∑∑ ∑∑

∪∈ ∪∈ ∪∈ ∈∪∈ ∪∈ ∪∈ ∈

∪∈ ∪∈ ∈∪∈ ∪∈∪∈ ∪∈∪∈

+

++++

παδ

λ

sujeito à

,∑∪∈

∪∈∀≤pp VSi

pip MRpmY

,,0 ppipipip VSiMRpYbX ∪∈∀∪∈∀≤−

,0∑∈

∈∀≤−iMp

iiipip SiATteX

,0∑∈

∈∀≥−iMp

iiiipip SiATteX ρ

,0∑ ∑∈ ∈

∈∀≥

i iRp

i

Rp

ipiip ViAbX ρ

,,0))((

∑ ∑∪∈ ∈

∪∈∀∈∀≥−

DpSucSj Kk

ppk

ijpip SViPpFX

)),((,0)('

'' pSucSiRMpXgFpp SVj pSucp

ippp

Kk

kijp∑ ∑∑

∪∈ ∈∈

∈∀∪∈∀=−

,,0 iiiip RMpVSiAY ∪∈∀∪∈∀≤−

,, DdCpdF pd

Si Kk

kidp

p

∈∀∈∀=∑∑∈ ∈

,, DSjSViZ ij

Kk

kij ∪∈∀∪∈∀≤∑

τ

(2.2)

(2.3)

(2.4)

(2.5)

(2.6)

(2.7)

(2.8)

(2.9)

(2.10)

(2.11)

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

34

,,,0 KkDSjSViUFii MRp

kij

kkijpp ∈∀∪∈∀∪∈∀≤−∑

∪∈

κδ

,,,0 KkDSjSViUFii MRp

kij

kkijpp ∈∀∪∈∀∪∈∀≤−∑

∪∈

ψπ

,,,0 KkDSjSViMZU kij

kij ∈∀∪∈∀∪∈∀≤−

,,, KkDSjSViUZ kij

kij ∈∀∪∈∀∪∈∀≤

,,))((,,0 KkDpSucSjSViMRpF ppk

ijp ∈∀∪∈∀∪∈∀∪∈∀≥

,),(0 ppip SMVRipX ×∪×∈∀≥

,),(}1,0{ ppip SMVRipY ×∪×∈∀∈

,}1,0{ VSiAi ∪∈∀∈

,,,}1,0{ KkDSjVSiZ kij ∈∀∪∈∀∪∈∀∈

.,))((,,inteiro KkDpSucSjSViPpU ppkij ∈∀∪∈∀∪∈∀∈∀

A restrição (2.2) assegura que, para cada matéria-prima e produto manufaturado, o número de

instalações operacionais não excede o número máximo disponível de fornecedores e

subcontratados. A restrição (2.3) garante que a capacidade da instalação para um determinado

produto ou matéria-prima não é violada, enquanto a restrição (2.4) não permite que o tempo

de processamento utilizado na fabricação de um produto ultrapasse o tempo total disponível

na sua linha de montagem. As quantidades mínimas das capacidades totais de uma empresa

subcontratada e de um fornecedor que devem ser ocupadas para justificar o estabelecimento

de um contrato são consideradas, respectivamente, nas restrições (2.5) e (2.6). O balanço de

massa do sistema é assegurado pelas restrições (2.7) e (2.8). Uma instalação é aberta se

houver ao menos um produto alocado a ela, conforme a restrição (2.9). A restrição (2.10)

garante que toda a demanda é atendida. O número máximo de modais de transporte que pode

(2.12)

(2.13)

(2.14)

(2.15)

(2.16)

(2.17)

(2.18)

(2.19)

(2.20)

(2.21)

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

35

ser utilizado entre dois elos é dado pela restrição (2.11), ao passo em que as restrições (2.12) e

(2.13) asseguram que a capacidade volumétrica e a capacidade de carga de cada modal são

respeitadas. O número de transferências entre dois nós da cadeia para um dado modal de

transporte não é nulo apenas se esse modal for efetivamente usado, o que conduz à restrição

(2.14). Da mesma forma, a utilização de um modal está condicionada à ocorrência de

transferências, conforme a restrição (2.15). As demais restrições garantem a integralidade das

variáveis de decisão.

De acordo com o Chaabane et al. (2008), essa nova formulação provê aos gestores um sistema

quantitativo de apoio à tomada de decisão que facilita o entendimento dos trade-offs

existentes entre o custo logístico total e a redução da pegada de carbono. Na prática, o modelo

proposto ajuda a quantificar o custo adicional decorrente da adoção de uma iniciativa verde.

Através de um exemplo ilustrativo, os autores demonstram que o custo total cresce

exponencialmente com a redução das emissões de carbono. Sob uma perspectiva gerencial,

portanto, esse resultado sugere que empresas que estejam considerando diminuir o impacto

ambiental das cadeias de suprimentos nas quais estão inseridas devem buscar novas

alternativas, a fim de absorver os custos adicionais (CHAABANE et al., 2008).

Ramudhin, Chaabane e Paquet (2010) abordam o problema do design de uma cadeia de

suprimentos sustentável sob o sistema de comércio de emissões (Emission Trading System).

Além das decisões logísticas tradicionais de seleção de fornecedores, subcontratação,

alocação de produtos às diversas instalações, utilização de capacidade e configuração de

transportes, o modelo proposto incorpora decisões de make or buy. Caso a meta de redução

das emissões de dióxido de carbono não seja alcançada, a empresa pode escolher entre

promover reduções de emissões ao longo de sua cadeia de suprimentos ou comprar créditos

de carbono excedentes de outras instituições.

São consideradas as emissões de carbono nas instalações da rede decorrentes dos processos de

produção e nas atividades de transportes. A metodologia empregada avalia, primeiramente, o

custo estimado para a implantação das diferentes iniciativas estratégicas de redução de

emissões e, então, compara-o com o preço de mercado dessas emissões. A programação linear

inteira mista é utilizada na formulação matemática, cujo objetivo é minimizar o custo

logístico total e o custo do impacto ambiental medido pelas emissões de carbono. O modelo

multi-objetivo utiliza a seguinte notação:

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36

P = conjunto de todos os produtos,

R ⊂ P = conjunto de matérias-primas,

M ⊂ P = conjunto de produtos manufaturados,

C ⊂ M = conjunto de produtos acabados,

N = conjuntos de todos os nós,

D ⊂ N = conjunto de mercados consumidores,

h ⊂ H = conjunto de todos os centros de distribuição,

S ⊂ N = conjunto de todos os subcontratados,

Sp ⊂ S = conjunto de subcontratados do produto p ∈ M,

V ⊂ N = conjunto de fornecedores de matérias-primas,

Vr ⊂ V = conjunto de fornecedores da matéria-prima r ∈ R,

Suc(p) = conjunto de sucessores imediatos do produto p ∈ P / C na estrutura de produtos,

spSP = conjunto de todos os subcontratados para o conjunto de sucessores imediatos do

produto p ∈ P / C,

Mi = conjunto de produtos que pode ser manufaturado pelo subcontratado i ∈ S,

Ri = conjunto de matérias-primas que pode ser fornecido pelo fornecedor i ∈ V,

K = conjunto de todos os modais de transporte k ∈ K.

As variáveis de decisão são dadas por:

F kijp = quantidade de unidades do produto p ∈ P enviadas do nó i ∈ Vp ∪ Sp ∪ H ao nó j ∈

spSP ∪ H ∪ D usando o modal de transporte k ∈ K,

Xip = quantidade de unidades do produto p ∈ M ∪ R manufaturada ou fornecida pelo nó i ∈

Sp ∪ Vp,

U kij = número de ressuprimentos entre os nós i ∈ V ∪ S ∪ H e j ∈ S ∪ H ∪ D usando o

modal de transporte k ∈ K,

Yip = 1 se o produto p ∈ M ∪ R é alocado ao nó i ∈ Vp ∪ Sp,

0 caso contrário,

Ih = 1 se o centro de distribuição h ∈ H é operacional,

0 caso contrário,

Ai = 1 se o nó i ∈ V ∪ S é aberto e opera para, pelo menos, um produto,

0 caso contrário,

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37

Z kij = 1 se o modal de transporte k ∈ K é usado entre os nós i ∈ V ∪ S e j ∈ S ∪ D,

0 caso contrário.

O conjunto de parâmetros usado na formulação do modelo matemático é definido como

segue:

λi = custo fixo anual associado ao uso da instalação i ∈ S ∪ V,

vk = custo fixo anual para operação de um centro de distribuição h ∈ H,

aip = custo de start-up associado à alocação do produto p ∈ M ∪ R à instalação i ∈ Sp ∪

Vp,

cip = custo unitário do produto p ∈ M ∪ R na instalação i ∈ Sp ∪ Vp,

t kijp = custo unitário de transporte do produto p ∈ P do nó i ∈ Vp ∪ Sp ao nó j ∈ s

pSP ∪ D

usando o modal de transporte k ∈ K,

lkij = custo unitário de ressuprimento entre os nós i ∈ V ∪ S e j ∈ S ∪ D usando o modal de

transporte k ∈ K,

ϕ = custo por tonelada de emissão de gases de efeito estufa,

αk = fator de emissão de gases de efeito estufa por unidade de peso e por unidade de

distância devido à utilização do modal de transporte k ∈ K,

ipβ = fator de emissão de gases de efeito estufa por quantidade produzida do produto p ∈ M

relativo ao processo industrial,

LEmissão = limite de emissão fixado por regulação governamental,

gpp’ = quantidade de produtos p ∈ P / C necessários para fabricar uma unidade do produto

p’ ∈ Suc(p),

mp = número máximo de instalações que podem ser abertas para o produto p ∈ M ∪ R,

bip = capacidade do nó i ∈ Sp ∪ Vp para o produto p ∈ M ∪ R,

teip = tempo de processamento do produto p ∈ M no nó i ∈ Sp,

dpd = quantidade de produto p ∈ C demandada pelo mercado consumidor d ∈ D,

ρi = limite inferior (em %) da capacidade agregada a ser usada se o subcontratado ou o

fornecedor i ∈ S ∪ V é escolhido,

Ti = tempo total disponível na linha de montagem do subcontratado i ∈ S,

τij = número máximo de modais de transporte que pode ser utilizado entre os nós i ∈ V ∪ S e

j ∈ S ∪ D,

v = número máximo de centros de distribuição,

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

38

κk = capacidade volumétrica do modal de transporte k ∈ K,

ψk = capacidade de peso do modal de transporte k ∈ K,

πp = peso do produto p ∈ P,

δp = volume do produto p ∈ P,

dij = distância entre os nós i ∈ V ∪ S e j ∈ S ∪ D.

A função objetivo que minimiza o custo logístico total é calculada como a soma dos custos

fixos, dos custos variáveis e dos custos de emissão:

,1 ECVCFCF ++=

,hHh

iRMp VSi

ipipiSVi

i IvYaAFCpp

∑∑ ∑∑∈∪∈ ∪∈∪∈

++= λ

,kijp

RMp HVSi DHSPj Kk

kijp

HVSi DHSj Kk

kij

kiip

RMp VSiip

Ft

UlXcVC

ppsp

pp

∑ ∑ ∑ ∑

∑ ∑ ∑∑ ∑

∪∈ ∪∪∈ ∪∪∈ ∈

∪∪∈ ∪∪∈ ∈∪∈ ∪∈

++=

,

+

=

∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑∪∈ ∪∪∈ ∪∪∈ ∈ ∈ ∈

EmissãoRMp HVSi DHSPj Kk Mp Si

ippip

kijpijp

k LXFd

EC

ppsp p

πβπαϕ

onde:

FC é composto pelo custo fixo de utilização das instalações (fornecedores e subcontratados)

e pelo custo fixo de alocação dos produtos às instalações,

VC é composto pelo custo de suprimento de matérias-primas e de fabricação de produtos

manufaturados, pelo custo de expedição (relacionado ao número de carregamentos) e pelo

custo de transporte,

EC é o custo de emissão de carbono.

A segunda função objetivo avalia a cadeia de suprimentos sob a perspectiva puramente

ambiental e é dada em função de toneladas de carbono equivalente (tCO2e):

(2.22)

(2.23)

(2.24)

(2.25)

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39

,2 ipMp Si

pip

kijpijp

RMp HVSi DHSPj Kk

k XFdFppp

sp

∑ ∑∑ ∑ ∑ ∑∈ ∈∪∈ ∪∪∈ ∪∪∈ ∈

+= πβπα

sendo que a primeira parcela representa a quantidade de carbono emitida nas atividades de

transporte e a segunda parcela representa as emissões das atividades de manufatura.

O modelo está sujeito às seguintes restrições:

,MRpmY pVSi

ip

pp

∪∈∀≤∑∪∈

,,0 ppipipip VSiMRpYbX ∪∈∀∪∈∀≤−

,0 SiATteX iiipMp

ip

i

∈∀≤−∑∈

,0 SiATteX iiiipMp

ip

i

∈∀≥−∑∈

ρ

,0 ViAbX iRp

ipiRp

ip

ii

∈∀≥

− ∑∑

∈∈

ρ

,,0 pp

DSPj Kk

kijpip SViPpFX

sp

∪∈∀∈∀≥− ∑ ∑∪∈ ∈

,,0)('

''s

ppSucp

ippp

SVj Kk

kijp SPiRMpXgF

pp

∈∀∪∈∀=− ∑∑ ∑∈∪∈ ∈

,,0 iiiip RMpVSiAY ∪∈∀∪∈∀≤−

,,0 HhPpFFDd Kk

khdp

Sj Kk

khjp

p

∈∀∈∀≥−∑∑∑ ∑∈ ∈∈ ∈

,vIHh

h ≤∑∈

(2.26)

(2.28)

(2.29)

(2.27)

(2.30)

(2.31)

(2.32)

(2.33)

(2.34)

(2.35)

(2.36)

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

40

,, DdCpdF pdHh Kk

kidp ∈∀∈∀=∑∑

∈ ∈

,, DSjSViZ ijKk

kij ∪∈∀∪∈∀≤∑

τ

,,,0 KkDHSjHSViUF kij

k

MRp

kijpp

ii

∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀≤−∑∪∈

κδ

,,,0 KkDHSjHSViUF kij

k

MRp

kijpp

ii

∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀≤−∑∪∈

ψπ

,,,0 KkDHSjHSViMZU kij

kij ∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀≤−

,,, KkDHSjHSViUZ kij

kij ∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀≤

,,, KkDHSjHSViFUii MRp

kijp

kij ∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀≤ ∑

∪∈

,,,,0 KkDHSPjHSViMRpF sppp

kijp ∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀∪∈∀≥

,),(0 ppip SMVRipX ×∪×∈∀≥

,),(}1,0{ ppip SMVRipY ×∪×∈∀∈

,}1,0{ VSiAi ∪∈∀∈

,,,}1,0{ KkDHSjHSViZ kij ∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀∈

.,,,inteiro KkDHSPjHSViPpU sppp

kij ∈∀∪∪∈∀∪∪∈∀∈∀

O balanço de massa dos fluxos entre os subcontratados e os centros de distribuição é

assegurado pela restrição (2.35). A restrição (2.36) limita a quantidade máxima de centros de

distribuição a serem abertos na rede. A restrição (2.43), por sua vez, garante que o número de

transferências através de um modal de transporte é nulo se não existe fluxo de produtos entre

(2.37)

(2.38)

(2.39)

(2.40)

(2.42)

(2.43)

(2.44)

(2.46)

(2.47)

(2.48)

(2.49)

(2.41)

(2.45)

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41

os elos. As demais restrições são idênticas àquelas da formulação proposta por Chaabane et

al. (2008), apresentada anteriormente.

O modelo é resolvido através da programação por metas e os autores utilizam um estudo de

caso da indústria de aço para ilustrar que a abordagem proposta permite lidar com o trade-off

entre a redução das emissões de carbono e a manutenção dos custos operacionais sob controle.

Essa formulação facilita, com isso, a tomada de decisão quanto a vender ou a comprar

créditos no mercado de carbono e, consequentemente, auxilia na estratégia de reconfiguração

de uma cadeia de suprimentos que precisa estar em conformidade com as novas

regulamentações ao mesmo tempo em que deve se manter lucrativa.

Na literatura brasileira, Carraro (2009) apresenta um trabalho para determinar a influência da

emissão de carbono na estratégia de localização de fábricas e centros de distribuição, bem

como o impacto de determinados benefícios fiscais nos critérios de decisão. Para atingir esses

objetivos, o autor desenvolve um modelo de programação linear inteira mista que incorpora o

custo de neutralização das emissões de carbono geradas nos fluxos de transporte das fábricas

até os mercados consumidores e, ainda, as políticas brasileiras de incentivo fiscal baseadas no

crédito presumido de ICMS8.

Após a realização de uma série de análises de sensibilidade, Carraro (2009) conclui que os

custos ambientais não influenciam os projetos de redes logísticas de distribuição física, por

não possuírem representatividade econômica. Já os benefícios fiscais claramente interferem

nas decisões de localização, sendo o incremento nos custos logísticos mais do que

compensado pelos benefícios vigentes em cada cenário. Fica evidenciado, então, que a

política fiscal do Brasil leva a ineficiências logísticas provenientes, sobretudo, do maior fluxo

de transporte, o que, por sua vez, afeta o meio ambiente, acarretando o aumento nas emissões

de carbono.

Os modelos apresentados nesta seção não consideram os custos de manutenção dos estoques

ou os consideram de maneira simplificada, deixando, por isso, de analisar um componente

importante no planejamento de redes logísticas, sobretudo na decisão quanto a possíveis

centralizações de estoques (BALLOU, 2006). Dessa forma, faz-se necessária a discussão

sobre a incorporação dos estoques de ciclo e de segurança ao projeto de redes, o que se dará

no próximo tópico.

8 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços.

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

42

2.2.2 Modelos de Localização de Instalações que Incorporam Efeitos de Centralização de

Estoques

2.2.2.1 Influência da Centralização nos Estoques de Segurança: o Efeito Portfólio

A literatura sobre centralização de estoques remonta às décadas de 1960 e 1970, quando os

estudos de Starr e Miller (1962), Brown (1967), Heskett et al. (1973) e Smykay (1973)

focavam na regra da raiz quadrada como uma estimativa para as economias de estoque de

segurança (DAS e TYAGI, 1997; CROXTON e ZINN, 2005). Maister (1976) formaliza essa

regra, de acordo com a qual a consolidação dos estoques de um produto em um único estoque

central leva à redução dos estoques de segurança, sendo essa redução proporcional à raiz

quadrada do número de instalações no sistema descentralizado, conforme demonstrado a

seguir. A sua aplicação, contudo, é restringida por duas premissas, a saber, as demandas nas

instalações descentralizadas devem apresentar a mesma variância e não devem ser

correlacionadas.

,2,

2 ∑=n

ndc σσ

,22, ndnd ∀=σσ

,22, d

nnd n σσ ×=∑

,ndc ×=σσ

onde:

n = número de armazéns na rede,

nd,σ = desvio-padrão da demanda de cada armazém descentralizado,

dσ = desvio-padrão da demanda, igual para cada armazém descentralizado,

cσ = desvio-padrão da demanda no armazém centralizado.

Zinn, Levy e Bowersox (1989) propõem um modelo geral que elimina a necessidade das

restrições irrealistas sobre as quais a formulação de Maister (1976) se apóia. Esse modelo,

(2.50)

(2.51)

(2.52)

(2.53)

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

43

definido como Efeito Portfólio (Portfolio Effect – PE), estima a redução percentual de estoque

de segurança agregado decorrente da centralização dos estoques em uma única instalação e é

dado em função de duas variáveis: correlação entre as demandas de duas instalações e

Magnitude, definida como o quociente dos desvios-padrão dessas demandas.

A formalização do modelo é baseada em algumas premissas: não ocorrem transferências de

estoques entre instalações de mesmo nível; o desvio-padrão do lead-time é nulo; o nível de

serviço, medido pela disponibilidade de estoque, é constante independente do número de

instalações; e as demandas nas instalações são normalmente distribuídas (ZINN, LEVY e

BOWERSOX, 1989).

O Efeito Portfólio é definido matematicamente pela equação (2.57):

,ii kSS σ=

,21

2∑ ∑∑=

<

+=n

iji

i jijjiia kSS ρσσσ

,101

1

≤≤−=

∑=

PEpara

SS

SSPE

n

ii

a

,

2

1

1

1

2

∑ ∑∑

=

=<

+

−= n

ii

n

iji

i jijjii

PEσ

ρσσσ

onde:

SSi = estoque de segurança para um determinado produto na instalação i,

SSa = estoque de segurança agregado para um determinado produto se o estoque é

consolidado,

n = quantidade de instalações na rede,

k = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs,

ji σσ , = desvios-padrão das demandas nas instalações i e j,

(2.54)

(2.55)

(2.56)

(2.57)

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44

ijρ = coeficiente de correlação entre as demandas das instalações i e j.

Já a Magnitude é dada pela seguinte expressão:

.0≠≥= jjij

iij eparaM σσσ

σ

σ

O Efeito Portfólio pode ser expresso em termos da Magnitude e do coeficiente de correlação

entre as demandas. Para o caso particular de duas instalações, tem-se que:

.1

211

12

1212212

+

++−=

M

MMPE

ρ

Os autores provam, então, que a regra da raiz quadrada representa um caso particular do

Efeito Portfólio, no qual as correlações entre as demandas são nulas e os desvios-padrão das

demandas são iguais em todas as instalações, ou seja, a Magnitude é igual a 1.

Zinn, Levy e Bowersox (1989) concluem que as reduções dos estoques de segurança em

virtude da centralização são potencializadas para demandas altamente e negativamente

correlacionadas e magnitudes pequenas. O Efeito Portfólio, portanto, não é impactado

diretamente pelos valores absolutos dos desvios-padrão das demandas, mas pela relação entre

esses desvios-padrão que, por sua vez, modera o efeito das correlações sobre o PE.

Mahmoud (1992) amplia e generaliza o Efeito Portfólio para a consolidação dos estoques de

múltiplas localidades. A seguinte notação é usada para definir a função generalizada do PE:

n = número de instalações na rede indexado por i, i ∈ I = {1, ..., n},

SSi = estoque de segurança mantido na instalação i, i ∈ I,

I’ = subconjunto de instalações I a ser centralizadas, I’ ⊂ I, |I’| = m, 2 ≤ m ≤ n,

iσ = desvio-padrão da demanda na instalação i, i ∈ I,

k = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs,

Mij = magnitude relativa dos desvios-padrão das demandas nas instalações i e j, Mij = j

i

σ

σ

onde iσ ≥ jσ e jσ ≠ 0,

'Iσ = desvio-padrão das demandas centralizadas I’,

(2.58)

(2.59)

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

45

SSI’ = estoque de segurança centralizado I’,

ijρ = coeficiente de correlação entre as demandas das instalações i e j, i, j ∈ I,

PEI = efeito portfólio da consolidação das instalações I’.

O Efeito Portfólio das instalações centralizadas é dado, então, pela equação (2.62):

,1

'

'' ∑

−=

Iii

II SS

SSPE

,1

'

''

∑∈

−=

Iii

IIPE

σ

σ

.

2

1

'

'',

2

' ∑

∑ ∑ ∑

<∈

+

−=

Iii

Ii

jiIji

i jijjii

IPEσ

ρσσσ

A expressão (2.63) pode ser reescrita usando o conceito de Magnitude, conforme mostrado

abaixo:

,

2

1

'

'',

2

' ∑

∑ ∑ ∑

<∈

+

−=

Iiil

Ii

jiIji

i jijjlilil

I M

MMM

PE

ρ

onde lσ = max [ ;iσ i ∈ I’].

A definição acima mede o percentual de redução do estoque de segurança agregado

decorrente da consolidação. Entretanto, a economia advinda da centralização deve ser

mensurada em termos de quantidade, uma vez que o nível de estoque de segurança difere

entre as localidades. Dessa forma, Mahmoud (1992) introduz o conceito de Portfolio Quantity

Effect (PQE), calculado da seguinte maneira:

(2.60)

(2.61)

(2.62)

(2.63)

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

46

.'

''

= ∑

∈IiiII SSPEPQE

O autor ainda demonstra, através de um exemplo numérico, que a centralização total nem

sempre leva à maior economia de escala. As condições em que a centralização total é melhor,

pior ou equivalente a diversas subcentralizações são dadas em função de Mij, ijρ e SSi, não

podendo, porém, ser derivadas explicitamente devido à sua complexidade (MAHMOUD,

1992).

Evers e Beier (1993), por sua vez, argumentam que o modelo proposto por Zinn, Levy e

Bowersox (1989), embora mais geral que a formulação de Maister (1976), baseia-se em dois

pressupostos restritivos: não existem incertezas nos lead-times e os lead-times médios são

iguais para todas as instalações. Os autores propõem, então, uma relaxação dessas duas

restrições e, além disso, estendem o modelo para a centralização dos estoques em múltiplas

localidades, contrapondo à proposição de Zinn, Levy e Bowersox (1989) de consolidação

total em uma única instalação. Com isso, o Efeito Portfólio é definido, inicialmente, da

seguinte forma por Evers e Beier (1993):

,1

1

222

1

222

=

=

+

+

−=n

i

bLDbb

m

j

aLDaa

iibibii

jjajajj

DLk

DLk

PE

σσ

σσ

onde:

j, docentraliza armazém no

ntoressuprime de time-lead o durante demanda da padrão-desvio DLjjajaj aLDa =+ 222 σσ

i, izadodescentral armazém no

ntoressuprime de time-lead o durante demanda da padrão-desvio DLiiibi bbLDb =+ 222 σσ

jaL = lead-time médio de ressuprimento no armazém centralizado j,

ibL = lead-time médio de ressuprimento no armazém descentralizado i,

jaLσ = desvio-padrão do lead-time de ressuprimento no armazém centralizado j,

(2.64)

(2.65)

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

47

ibLσ = desvio-padrão do lead-time de ressuprimento no armazém descentralizado i,

jaD = demanda média no armazém centralizado j,

ibD = demanda média no armazém descentralizado i,

jaDσ = desvio-padrão da demanda no armazém centralizado j,

ibDσ = desvio-padrão da demanda no armazém descentralizado i,

jak = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs, ou seja,

o nível de serviço no armazém centralizado j,

ibk = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs, ou seja,

o nível de serviço no armazém descentralizado i.

Baseados na premissa de que a demanda média total da rede não se altera após a

consolidação, Evers e Beier (1993) introduzem uma nova variável: a proporção da demanda

média transferida de uma instalação existente para uma centralizada. Essa variável permite

determinar a média (2.66) e o desvio-padrão (2.67) da demanda para a instalação centralizada:

,1∑

=

∀=n

ibija jDWD

ij

,21 1

1

1

22∑ ∑∑= =

=

+=n

i

n

i

i

lDljijDijD

ilbibjaWWW δσσ

,lbibilbilb DDDD σσρδ =

onde:

,11

jWW 0

W

n

i

ijij

ij

e que tal j, docentraliza

armazém ao i izadodescentral armazém do atransferid demanda da proporção

∀≤≤

=

∑=

,l e i izadosdescentral armazéns os entre demanda da acovariânciilbD =δ

.l e i izadosdescentral armazéns dos demandas as entre correlaçãoilbD =ρ

(2.66)

(2.67)

(2.68)

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

48

Substituindo essas equações na expressão (2.69), tem-se que:

,

2

1

1

222

1

2

1

2

1 1

1

1

22

∑ ∑∑ ∑∑

=

= == =

=

+

+

+

−=n

iLbDbb

m

j

n

ibijL

n

i

n

i

i

lDljijDijaa

ibiibii

ijailbibjj

DLk

DWWWWLk

PEσσ

σδσ

onde:

j, dacentraliza instalação na

segurançade estoque o é

n

i

bijL

n

i

n

i

i

l

DljijDija ijailbibjDWWWWL

2

1

2

1 1

1

1

22 2

+

+ ∑∑ ∑∑

== =

=

σδσ

i. izadadescentral instalação na segurançade estoque o é

n

i

LbDbbibiibii

DLk∑=

+

1

222 σσ

A formulação acima representa uma versão mais generalizada e, portanto, mais flexível do

Efeito Portfólio e está pautada em apenas cinco premissas: não ocorrem transferências de

produtos entre as instalações antes ou após a consolidação; todas as localidades, antes ou após

a centralização, utilizam a abordagem do fator de segurança k na definição de seus estoques

de segurança; as demandas e os lead-times são variáveis aleatórias e independentes; não existe

correlação entre as demandas e os lead-times; e a demanda média total da rede permanece a

mesma após a centralização.

Evers e Beier (1993), por fim, fazem uma comparação entre o modelo proposto e a regra da

raiz quadrada, com o intuito de demonstrar as limitações da formulação original de Maister

(1976). Através de um problema de programação não-linear – que maximiza o Efeito

Portfólio –, os autores comprovam que o valor ótimo (2.70) é encontrado quando as demandas

das instalações descentralizadas são alocadas na mesma proporção às instalações

centralizadas, ou seja, quando, para todo i e j, Wij é igual a 1/m, desde que atendida a

condição de n > m. Tal resultado não condiz com a proposição de Maister (1976), que,

segundo Evers e Beier (1993), subestima o potencial de ganhos advindos da consolidação nos

casos em que m > 1.

(2.69)

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

49

.1

1n

PE −=

Tyagi e Das (1998) estendem a pesquisa referente ao Efeito Portfólio aos casos em que as

demandas dos consumidores possuem variâncias diferentes. Para tanto, assume-se que as

demandas alocadas às instalações descentralizadas são independentes e que os lead-times e os

fatores de segurança das instalações após a centralização são conhecidos e iguais. A variância

da demanda total alocada à instalação centralizada e a variância da demanda total alocada à

mesma instalação durante o lead-time são definidas, respectivamente, pelas equações (2.71) e

(2.72):

,][1

22∑=

=n

iiijj WDVar σ

),(][ jjLT DVarLDVar ×=

onde:

2iσ = variância da demanda na instalação descentralizada i,

Wij = proporção da demanda transferida da instalação descentralizada i para a instalação

centralizada j,

L = lead-time de ressuprimento.

Com base nessas definições, os estoques de segurança agregados nas localidades centralizadas

e descentralizadas são determinados por Tyagi e Das (1998), como mostrado a seguir:

,)(1 1

22

1∑ ∑∑

= ==

==m

j

m

iiij

m

jjc WLkDVarLkSS σ

,11

2 ∑∑==

==n

ii

n

iid LkLkSS σσ

onde:

k = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs.

(2.71)

(2.72)

(2.73)

(2.74)

(2.70)

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

50

O Efeito Portfólio é definido, então, pela expressão (2.75):

.111

1

1 1

22

1

1 1

22

∑ ∑

∑ ∑

=

= =

=

= =−=−=−=

n

i

i

m

j

n

i

iij

n

i

i

m

j

n

i

iij

d

c

W

Lk

WLk

SS

SSPE

σ

σ

σ

σ

Segundo os autores, as economias máximas em estoques de segurança independem da

quantidade de instalações centralizadas desde que uma determinada localidade centralizada

forneça a mesma fração da demanda a todos as localidades descentralizadas, de tal forma que:

∑=

=≤≤∀=====

m

j

jjjnjjjj aeajaWWWW onde

1

321 .110,...

O Efeito Portfólio ótimo, obtido a partir dessa regra de alocação, é demonstrado abaixo:

,1*

1

1 1

22

∑ ∑

=

= =−=

n

ii

m

j

n

iiijW

PEσ

σ

,1*

1

1 1

2

∑ ∑

=

= =−=

n

ii

m

j

n

iija

PEσ

σ

,1*

1

1 1

2

∑ ∑

=

= =−=

n

ii

m

j

n

iija

PEσ

σ

(2.75)

(2.76)

(2.77)

(2.78)

(2.79)

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51

∑∑

=

=

==−=

m

j

jn

i

i

n

i

i

aPE quejá

1

1

1

2

.1,1*

σ

σ

2.2.2.2 Efeito de Consolidação: Incorporando os Estoques de Ciclo ao Efeito Portfólio

Evers (1995) amplia a formulação do Efeito Portfólio, proposta por Evers e Beier (1993),

agregando os estoques de ciclo à análise de centralização dos estoques. À redução percentual

no estoque médio total decorrente da centralização dos estoques de ciclo e de segurança, o

autor dá o nome de Efeito de Consolidação (Consolidation Effect), definido como:

,

21

21

1

1

1

=

=

+

+

−=n

ibb

m

jaa

ii

jj

SSCS

SSCS

CE

onde:

jaCS é o estoque de ciclo na instalação centralizada j,

jbCS é o estoque de ciclo na instalação descentralizada i,

jaSS é o estoque de segurança na instalação centralizada j,

jbSS é o estoque de segurança na instalação descentralizada i.

A proposição acima assume as mesmas premissas adotadas por Evers e Beier (1993). Além

disso, para que as economias obtidas com a centralização dos estoques sejam efetivamente

alcançadas, o autor determina o estoque de ciclo pelo modelo de lote econômico de compra,

chegando à seguinte equação:

,

22

1

j

ij

j

jj

j

a

n

ibija

a

aa

a C

DWA

C

DACS

∑=

==

(2.81)

(2.82)

(2.80)

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

52

,2

i

ii

i

b

bbb C

DACS =

onde:

jaA = custo de colocação de pedido na instalação centralizada j,

ibA = custo de colocação de pedido na instalação descentralizada i,

jaC = custo de unitário de manutenção de estoques na instalação centralizada j,

ibC = custo de unitário de manutenção de estoques na instalação descentralizada i,

jaD = demanda média na instalação centralizada j,

ibD = demanda média na instalação descentralizada i,

Wij = proporção da demanda média transferida da instalação descentralizada i para a

instalação centralizada j, tal que 0 ≤ Wij ≤ 1 e .,11∑

=

∀=m

j

ij iW

O Efeito de Consolidação de Evers (1995) é dado, então, pela substituição das expressões

para os estoques de segurança nas instalações centralizada e descentralizada e das equações

(2.82) e (2.83) na expressão (2.81):

.2

2

1

2

2

2

1

1

1

222

1

2

1

2

1 1

1

1

221

∑ ∑∑ ∑∑∑

=

= == =

=

=

++

+

++

−=n

iLbDbb

b

bb

m

j

n

i

bijL

n

i

n

i

i

l

DljijDijaaa

n

i

bija

ibiibiii

ii

ijailbibjjj

ij

DLkC

DA

DWWWWLkC

DWA

CE

σσ

σδσ

Evers (1995) prova, ainda, que, sob os pressupostos adotados por Maister (1976) para

derivação da regra da raiz quadrada, o Efeito de Consolidação é maximizado nos casos em

que as demandas das n instalações descentralizadas são igualmente distribuídas entre as m

localidades centralizadas, dado m < n. Esse resultado é o mesmo encontrado por Evers e Beier

(1993), como mostrado a seguir:

(2.83)

(2.84)

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

53

.,1

jim

Wij ∀=

O Efeito de Consolidação de Evers (1995) é expandido no trabalho de Wanke (2009), que

aplica a regra de alocação ótima de Tyagi e Das (1998) ao mesmo tempo em que incorpora

diferentes condições de variabilidade da demanda e do lead-time, assim como diferentes

níveis de correlação das demandas. Com o intuito de determinar as principais variáveis e os

principais trade-offs favoráveis à consolidação, análises de sensibilidade são realizadas

através de expressões analíticas e simulação. O autor avalia, ainda, o impacto da centralização

dos estoques nos custos totais (custos de manutenção de estoques, custos de distribuição e

custos de colocação de pedidos) e, portanto, nas economias advindas com a consolidação dos

estoques, além do impacto de se considerar a premissa de demandas não-correlacionadas

sobre os níveis do estoque de segurança consolidado.

É demonstrado que o Efeito de Consolidação é maximizado sempre que os estoques de ciclo e

de segurança são centralizados em um único armazém e a regra de alocação de Das e Tyagi

(1998) é adotada. Finalmente, Wanke (2009) comprova que a relação entre os desvios-padrão

dos lead-times de ressuprimento dos armazéns é a variável que exerce maior influência sobre

o Efeito de Consolidação, devendo-se optar pela centralização dos estoques no armazém de

menor desvio-padrão do lead-time.

2.2.2.3 Incorporação Simplificada dos Efeitos de Centralização nos Modelos de Localização

de Instalações

Mahmoud (1992) elabora um modelo matemático que seleciona o regime ótimo de

centralização em uma rede de distribuição. Para tanto, o autor introduz o conceito de Portfolio

Cost Effect (PCE), o qual consiste na economia de custo ocasionada pela consolidação, sendo

dado em função dos seguintes fatores:

PCE = PHCE + PTCE + PICE + PPCE, (2.86)

onde:

PHCE (Portfolio Holding Cost Effect) representa a redução nos custos de manutenção de

estoques,

PTCE (Portfolio Transportation Cost Effect) representa a redução nos custos de transporte,

(2.85)

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

54

PICE (Portfolio Investment Cost Effect) representa a redução nos custos de investimentos em

instalações, bem como despesas recorrentes,

PPCE (Portfolio Procurement Cost Effect) representa a redução nos custos de colocação de

pedidos e as economias de escala nos custos de compras ou produção.

Para cada centralização I’, é necessário calcular o Portfolio Cost Effect de cada possível

localização da instalação centralizada r, com r ∈ I’. No caso geral em que 2 < m ≤ n, a

quantidade de alternativas de consolidação a ser analisada é igual a ∑=

n

m m

nm

2

, assumindo-se

que o armazém centralizado será localizado em uma das instalações pré-existentes.

Selecionando-se previamente a localização da instalação centralizada que fornece o PCE

ótimo para cada consolidação I’, esse número de combinações pode ser reduzido para ∑=

n

m m

n

2

.

Dessa forma, o problema de otimização é definido como segue:

i = índice de um armazém na rede,

I = conjunto de todos os armazéns na rede,

n = número total de armazéns na rede, i ∈ I = {1, ..., n},

I’ = subconjunto dos armazéns I a serem consolidados, I’ ⊂ I, |I’| = m, 2 ≤ m ≤ n,

k = índice de uma possível consolidação,

CP = conjunto de todas as possíveis consolidações, CP = {I’1, I’2, ..., I’k, ..., I’N},

N = número total de possíveis consolidações indexadas por k, |CP| = N = ∑=

n

m

nmC

2,

S = esquema de consolidação ótimo, S ⊂ CP.

A equação (2.87) define o problema de otimização:

,'

*'∑

∈k

CI kIPCEmaximizaqueSEncontrar

sujeito à

,''

IISI

k

k

=∈

U

(2.87)

(2.88)

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

55

.',''' SIIII jiji ∈∀∅=∩

A restrição (2.88) garante que cada instalação da rede pertence a uma consolidação, enquanto

a restrição (2.89) assegura que não existe interseção entre os armazéns centralizados, ou seja,

cada instalação descentralizada faz parte de, no máximo, uma consolidação.

Com o objetivo de determinar a influência das correlações entre as demandas dos mercados

consumidores no esquema ótimo de consolidação dos estoques, Das e Tyagi (1999) propõem

um modelo de programação não-linear para a minimização do estoque de segurança do

sistema, maximizando, assim, o Efeito Portfólio. Matematicamente, o modelo é definido

através da notação abaixo:

i = índice de um grupo de consumidores,

n = número de grupos de consumidores,

j = índice de um mercado consumidor,

dj = demanda do mercado consumidor j,

E(dj) = µj = demanda média do mercado consumidor j,

Var(dj) = 2jσ = variância da demanda do mercado consumidor j,

rjk = correlação entre as demandas dj do consumidor j e dk do consumidor k,

L = lead-time de ressuprimento,

k = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs,

Di = demanda agregada do grupo de consumidores i,

i. esconsumidor

de grupo do agregada demanda da variânciarzzzDVarj jk

kjjkikij

j

jiji =+= ∑∑∑>

σσσ 2)( 2

A variável de decisão é dada por:

zij = 1 se o grupo de consumidores i inclui o mercado j,

0 caso contrário.

A equação (2.90) apresenta a função objetivo do modelo:

,22∑ ∑∑∑>

+

i j jk

kjjkikij

j

jij rzzzLkMinimizar σσσ (2.90)

(2.89)

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

56

sujeito à

.1

1

jzn

i

ij ∀=∑=

A restrição (2.91) garante que os mercados pertencem somente a um grupo de consumidores.

A partir da análise de diferentes cenários, Das e Tyagi (1999) mostram evidências de que a

centralização dos mercados em um único armazém é ideal para casos de correlações negativas

entre as demandas, uma vez que o nível do estoque de segurança agregado diminui. Por sua

vez, a centralização parcial ou subcentralização, na qual um mercado é servido

exclusivamente por um armazém e os demais mercados são atendidos por mais de uma

instalação, é preferível quando as correlações assumem valores positivos e negativos e as

magnitudes são altas. Isso porque, os efeitos das correlações positivas entre determinados

mercados consumidores podem ser neutralizados através da segregação de suas demandas em

instalações que não se comunicam. Além disso, a formação de grupos de consumidores com

base na combinação de mercados que apresentam correlações positivas e negativas leva à

redução da variância total do grupo.

Croxton e Zinn (2005) desenvolvem um modelo de otimização de planejamento de redes

logísticas que incorpora decisões de estoque. A fim de eliminar a não-linearidade do problema

e viabilizar o cálculo das economias de custo decorrentes da centralização dos estoques, os

autores tratam a relação entre os custos de manutenção dos estoques de segurança e o número

de armazéns como uma função discreta, baseada na regra da raiz quadrada. A formulação

proposta considera, ainda, os custos de transporte e os custos fixos de manutenção das

instalações, sendo definida através da seguinte notação:

m = conjunto de fornecedores,

n = conjunto de potenciais armazéns,

p = conjunto de mercados consumidores,

r = conjunto de classes de produtos,

s = conjunto de armazéns na rede, s = {1, ..., n},

i = índice de uma potencial localidade para um fornecedor, i = {1, ..., m},

j = índice de uma potencial localidade para um armazém, j = {1, ..., n},

k = índice de um consumidor, k = {1, ..., p},

(2.91)

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57

h = índice de uma classe de produtos, h = {1, ..., r},

( )2

1hd

hh kSS σ= = estoque de segurança total da classe de produtos h na rede se os estoques

estão centralizados em um único armazém,

kh = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs da classe

de produtos h,

hdσ = desvio-padrão das demandas pela classe de produtos h,

sSSSS hhs 1= = estoque de segurança total da classe de produtos h na rede se os estoques

estão descentralizados em s armazéns,

Fj = custo fixo de operação do armazém j,

Tij = custo unitário de transporte entre o fornecedor i e o armazém j,

Tjk = custo unitário de transporte entre o armazém j e o mercado k,

hiC = capacidade de produção do fornecedor i para a classe de produtos h,

hkD = demanda do mercado k pela classe de produtos h,

hs

hs SSI = = custo de manutenção de estoques da classe de produtos h em s armazéns.

As variáveis de decisão são dadas por:

hijV = unidades do produto h enviadas do fornecedor i para o armazém j,

hjkX = unidades do produto h enviadas do armazém j para o mercado k,

Yj = 1 se o armazém j é selecionado,

0 caso contrário,

hjY = 1 se o armazém j é selecionado para armazenar a classe de produtos h,

0 caso contrário,

hsW = 1 se s armazéns são usados para a classe de produtos h,

0 caso contrário.

A função objetivo do modelo de programação linear inteira mista é expressa como:

,

1 11 1 1 1 1 11

hs

n

s

r

h

hs

m

i

n

j

r

h

n

j

p

k

r

h

hjkjk

hijij

n

j

jj WIXTVTYFMinimizar ∑∑∑∑∑ ∑∑∑∑= == = = = = ==

+++

(2.92)

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

58

sujeito à

,,

1 1

hjXVm

i

p

k

hjk

hij ∀=∑ ∑

= =

,,

1

hjCVm

i

hi

hij ∀≤∑

=

,,

1

hkDX

p

k

hk

hjk ∀≥∑

=

,,, hjiYCV hj

hi

hij ∀≤

,,, hkjYDX hj

hk

hjk ∀≤

,,hjYY jhj ∀≤

,1

1

hWn

s

hs ∀=∑

=

.11

hWsYn

s

hs

n

j

hj ∀=∑∑

==

As restrições (2.93) a (2.95) asseguram o balanço de massa no sistema enquanto a demanda

dos consumidores é atendida e a capacidade dos fornecedores não é excedida. As restrições

(2.96) e (2.97), por sua vez, garantem que só ocorrerão fluxos de entrada e saída em um

determinado armazém se ele estiver aberto. As variáveis Yj são definidas pela restrição (2.98)

Finalmente, as restrições (2.99) e (2.100) definem as variáveis hsW de forma que os custos de

estoque sejam corretamente calculados. Pela restrição (2.99), apenas uma configuração de

centralização com s armazéns será escolhida para cada classe de produtos h. Já a restrição

(2.100) garante que a classe de produtos h será armazenada em, exatamente, s armazéns.

(2.93)

(2.100)

(2.98)

(2.97)

(2.96)

(2.95)

(2.94)

(2.99)

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

59

Conforme ressalta Montebeller (2009), o diferencial do modelo proposto por Croxton e Zinn

(2005), na visão dos próprios autores, é a incorporação simplificada, com base na regra da

raiz quadrada, dos custos de manutenção de estoques. Contudo, tal simplificação representa,

na verdade, uma limitação do modelo, que desconsidera justamente as relações não-lineares

capazes de conferir maior precisão aos problemas de localização (SILVA, 2006).

2.2.2.4 Incorporação Não-Simplificada dos Efeitos de Centralização nos Modelos de

Localização de Instalações

Das e Tyagi (1997) apresentam uma análise formal acerca da decisão de centralização de

estoques, sob uma perspectiva mais ampla. Os autores argumentam que a regra da raiz

quadrada e o Efeito Portfólio não são adequados para responder alguns dos requisitos

operacionais concernentes à centralização, tais como a determinação do número, da

localização e da capacidade das instalações e a alocação dos mercados consumidores aos

armazéns centralizados. Para esse fim, Das e Tyagi (1997) propõem um modelo matemático

que incorpora simultaneamente os custos de manutenção dos estoques de ciclo e de

segurança, além dos custos de transporte e de colocação de pedidos, e cujo objetivo é a

minimização do custo total da rede.

A formulação do problema é pautada em um conjunto de premissas: as localidades potenciais

das instalações são pré-determinadas; cada mercado é atendido por apenas uma instalação; as

demandas são normalmente distribuídas e não-correlacionadas; a política de estoques das

instalações segue o modelo do lote econômico de compra (LEC); e não são permitidas

transferências de estoques entre os armazéns (DAS e TYAGI, 1997). A seguinte notação é

utilizada na programação matemática:

i = índice de um armazém na rede,

j = índice de um mercado consumidor na rede,

dj = demanda do mercado consumidor j,

E(dj) = µj = demanda média do mercado consumidor j,

Var(dj) = 2jσ = variância do mercado consumidor j,

tij = custo unitário de transporte do armazém i ao mercado consumidor j,

H = custo unitário de manutenção de estoque,

F = custo de colocação de pedido feito no armazém,

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

60

L = lead-time de ressuprimento do armazém (em semanas),

(1 – α) = nível de serviço desejado nos armazéns,

Zα = número de desvios-padrão da distribuição normal correspondente ao nível de serviço

desejado,

Di = demanda semanal agregada de todos os mercados consumidores atendidos pelo

armazém i (variável aleatória),

( )

i, armazém pelo atendidos

esconsumidor mercados os todos de média agregada semanaldemandaxDED j

j

ijii === ∑ µ_

( )

i, armazém pelo atendidos

esconsumidor mercados os todos de agregada semanaldemanda da variânciaxDVar j

j

iji ==∑ 2σ

i, armazém o para LECxH

2F

H

FDQ

j

jiji

i === ∑ µ

_2

∑ ∑∑ ===

i j

jij

i i

ix

H

F

Q

DF pedido de colocação de agregado custoOC ,

2_

µ

∑ ∑∑ =

==

i j

jij

i

i xH

FQH

ciclo de estoque do manutenção de agregado custoCC

,2

( ) ,2∑ ∑∑ =

==

i j

jij

i

i xLHZDVarLHZ

segurançade estoque do manutenção de agregado custoSC

σαα

.ijj

i j

ij tx LC transporte de agregado custo µ∑∑==

A variável de decisão é definida como:

Xij = 1 se a instalação i atende o mercado j,

0 caso contrário.

A função objetivo do modelo de programação não-linear é expressa pela equação (2.101):

Minimizar CT = OC + CC + SC + LC, isto é,

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

61

,2

2 2 ∑∑∑ ∑∑ ∑ ++

i j

ijjij

i j

jij

i j

jij txxLHZxH

Fµσµ α

sujeito à

,1 jx

i

ij ∀=∑

{ } .,1,0 jixij ∀=

A restrição (2.102) garante que cada mercado consumidor é atendido por uma única

instalação. A restrição (2.103) representa o domínio binário da variável do problema.

Os autores, então, simulam diversos cenários com o intuito de analisar o impacto dos

diferentes fatores de custos no grau de centralização dos estoques no sistema. Os resultados

revelam que a centralização total é a solução ótima apenas quando as instalações não são

responsáveis pela distribuição dos produtos. Por outro lado, nos casos em que as instalações

funcionam exclusivamente como pontos de distribuição, a melhor configuração corresponde a

um alto grau de descentralização, com os mercados sendo servidos pelos armazéns que

dispõem do menor custo de transporte. Já a centralização parcial é preferível nos cenários em

que, para cada instalação, há incidência de custos de transporte e de custos de manutenção de

estoques de ciclo e de segurança. Nesse contexto, o nível ótimo de centralização é

determinado pelo trade-off entre esses custos (DAS e TYAGI, 1997).

Na literatura brasileira, Montebeller (2009) desenvolve um modelo de planejamento de redes

logísticas que incorpora o efeito de consolidação dos estoques, utilizando, para tanto, o

resultado de Evers (1995) no cálculo dos estoques de ciclo e de segurança. A formulação

matemática considera as seguintes premissas:

� A localização da fábrica é fixa e pré-determinada;

� Os mercados consumidores apresentam localizações fixas e pré-determinadas;

� As potenciais localidades dos armazéns são finitas e pré-determinadas;

� Existe apenas um produto a ser transportado e estocado na rede;

� As demandas dos mercados são variáveis aleatórias independentes, com correlações e

desvios-padrão não-nulos;

(2.101)

(2.102)

(2.103)

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

62

� Os lead-times de ressuprimento entre a fábrica e os armazéns são variáveis aleatórias

independentes, com desvios-padrão não-nulos;

� É permitido cross-filling, ou seja, os mercados podem ser servidos por mais de um

armazém;

� São considerados os estoques de ciclo e de segurança nos armazéns;

� Não são considerados estoques na fábrica e nos mercados consumidores;

� São considerados os níveis de serviço requeridos por cada mercado na forma de um

fator de segurança, igual para todos os armazéns, que garante uma determinada

probabilidade de não ocorrência de stock-outs;

� Assume-se um modelo de gestão de estoques nos armazéns do tipo lote econômico de

compra (LEC) e ponto de pedido (PP);

� Os custos unitários de ressuprimento são função do lead-time da fábrica para cada

armazém, sendo medidos em $/unidade/dia;

� Os custos unitários de transporte entre os armazéns e os mercados dependem das

distâncias entre os mesmos, sendo medidos em $/unidade/km.

A abordagem para o problema de programação não-linear constitui na minimização do custo

total da rede, composto pelos custos de ressuprimento dos armazéns, distribuição dos

produtos e manutenção dos estoques de ciclo e de segurança, sujeito às restrições de demanda

dos mercados consumidores. A notação do modelo é dada por:

n = número total de mercados,

m = número de possíveis localidades para um armazém,

i, l = índice de um mercado; i, l = {1, ..., n},

j = índice de um possível armazém na rede; j = {1, ..., m},

jA = custo unitário de colocação de pedido no armazém j,

jC = custo unitário de manutenção de estoques no armazém j,

iD = demanda média do mercado i,

ilρ = correlação entre as demandas médias dos mercados i e l,

jL = lead-time médio de ressuprimento no armazém j,

iDσ = desvio-padrão da demanda do mercado i,

jLσ = desvio-padrão do lead-time de ressuprimento no armazém j,

kj = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs, ou seja, o

nível de serviço no armazém j,

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

63

Tij = custo unitário de transporte na distribuição entre o mercado i e o armazém j,

S = custo unitário e diário de ressuprimento da fábrica para os armazéns (igual para todos

os armazéns).

A variável de decisão é dada por:

Wij = proporção da demanda média do mercado i atendida pelo armazém j, tal que 0 ≤ Wij ≤

1.

A função objetivo é expressa como:

Minimizar CTRede =

,2

2

1

2

1

2

1

1

1

2

1

2

1 11 1 1 1

∑ ∑∑∑∑

∑ ∑∑∑ ∑∑

= ==

==

= == = = =

+

+

+++

m

j

n

i

iijL

n

i

i

l

DDilljijD

n

i

ijjjj

m

j

n

i

iijjj

m

j

n

i

m

j

n

i

iijijiijj

DWWWWLCk

DWACDWTDWLS

jlii σσσρσ

sujeito à

∑=

∀=

m

j

ij iW1

.1

A restrição (2.105) garante o atendimento da demanda de todos os mercados.

Existe, no entanto, uma diferença básica entre a formulação de Evers (1995) e a proposição de

Montebeller (2009): enquanto a primeira lida com quantidades de estoques, a segunda

considera seus custos. Como consequência, os estoques de ciclo são tratados de maneira

distinta por Montebeller (2009), que agrega o custo de manutenção desses estoques e o custo

de colocação de pedidos à fórmula do estoque médio, dada em função do LEC, assumida por

Evers (1995). Dessa forma, tem-se que:

( ),1

/ ∑=

×+×=

m

j

jjjjCPEC ANRCEMCT

(2.104)

(2.105)

(2.106)

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

64

onde:

EMj é o estoque médio armazenado em j,

NRj é o número de ressuprimentos realizados no armazém j.

Substituindo as fórmulas do estoque médio e do número de ressuprimentos na expressão

(2.106), obtém-se a equação dos custos de manutenção dos estoques de ciclo e colocação de

pedidos utilizada por Montebeller (2009):

,

2

2

2

1

1

1

11/ ∑

∑∑

=

=

==

×+×=

m

j

j

j

n

i

iijj

n

i

iij

jj

n

i

iijj

CPEC A

C

DWA

DW

CC

DWA

CT

,

24

2

1

2

1

1

2

1

2

/ ∑∑

∑∑

=

=

==

+=

m

jn

i

iijj

n

i

iijjj

j

n

i

iijjj

CPEC

DWA

DWCA

C

DWCA

CT

,22

1

11/ ∑

∑∑

=

==

+=

m

j

n

i

iijjj

n

i

iijjj

CPEC

DWCADWCA

CT

,2

4

22

1

1

1

1/ ∑

∑∑

=

=

=

===

m

j

n

i

iijjjm

j

n

i

iijjj

CPEC

DWCADWCA

CT

(2.107)

(2.108)

(2.109)

(2.110)

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

65

.2

1 1

/ ∑ ∑= =

=

m

j

n

i

iijjjCPEC DWCACT

O modelo proposto por Montebeller (2009) traz algumas contribuições científicas.

Primeiramente, a incorporação simultânea dos estoques de ciclo e de segurança na otimização

dos custos não-lineares da rede torna a formulação para o problema de localização de

instalações e alocação de estoques mais abrangente. Além disso, a consideração de demandas

e lead-times probabilísticos captura as incertezas inerentes ao problema, fazendo com que ele

se aproxime mais da realidade. Por fim, ao permitir o cross-filling, o modelo se torna flexível,

diferentemente da abordagem tradicional adotada por outros autores que restringe o escopo de

análise à premissa de sistemas independentes.

Uma vez apresentada a literatura concernente ao problema pesquisado, o Quadro 3 resume os

trabalhos abordados nesta seção, com o objetivo de consolidar as principais conclusões sobre

modelos de localização de instalações.

Quadro 3 – Resumo dos principais modelos de localização de instalações.

Autor(es)

Componente(s) da

Rede Presente(s)

no Estudo

Abordagem

Matemática

Política de

AlocaçãoRelevância do Estudo

Maister (1976)Estoque de

segurança

Desenvolvimento

analítico

Centralização

total

A redução nos estoques de segurança

está condicionada à razão (m/n )1/2

Zinn, Levy e

Bowersox (1989)

Estoque de

segurança

Desenvolvimento

analítico

Centralização

total

XX

A magnitude (razão entre os desvios-

padrão das demandas de duas

instalações) nas localidades

descentralizadas pode ser tão

relevante como a correlação para o

Efeito PortfólioXX

Mahmoud (1992)Estoque de

segurança

Programação

linear inteira

Sistemas

independentes

XX

A localização da centralização

influencia o Efeito PortfólioXX

Evers e Beier

(1993)

Estoque de

segurança

Programação não-

linear

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

XX

A redução percentual no estoque de

segurança está relacionada ao

número de instalações

descentralizadasXX

Evers (1995)Estoques de ciclo e

de segurança

Programação não-

linear

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

XX

O Efeito de Consolidação é

maximizado nos casos em que as

demandas das n instalações

descentralizadas são igualmente

distribuídas entre as m localidades

centralizadasXX

(2.111)

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

66

Continuação Quadro 3 – Resumo dos principais modelos de localização de instalações.

Autor(es)

Componente(s) da

Rede Presente(s)

no Estudo

Abordagem

Matemática

Política de

AlocaçãoRelevância do Estudo

Das e Tyagi

(1997)

Transporte,

estoques de ciclo e

de segurança

Programação não-

linear

Sistemas

independentes

XX

Utilização dos modelos LEC e PP no

tratamento dos estoques de ciclo e

de segurançaXX

Tyagi e Das

(1998)

Estoque de

segurança

Programação não-

linear

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

XX

O Efeito Portfólio é maximizado

sempre que uma determinada

instalação centralizada fornece a

mesma proporção de demanda a cada

instalação descentralizada (não

necessariamente 1/m)XX

Das e Tyagi

(1999)

Estoque de

segurança

Programação não-

linear

Sistemas

independentes

XX

A centralização parcial ou

subcentralização é preferível em

detrimento da centralização total,

quando as correlações assumem

valores positivos e negativos e as

magnitudes são altasXX

Croxton e Zinn

(2005)

XX

Custo fixo de

operação,

transporte e

estoque de

segurançaXX

Programação

linear inteira

mista

Sistemas

independentes

Incorporação simplificada dos custos

de manutenção de estoques de

segurança, com base na regra da raiz

quadrada

Chaabane et al.

(2008)

XX

Custo fixo de

operação,

fornecimento de

matérias-primas e

produtos

manufaturados,

transporte e

emissão de

carbonoXX

Programação

linear inteira

mista

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

O custo total da cadeia de

suprimentos cresce

exponencialmente com a redução

das emissões de carbono

Wanke (2009)

Transporte,

estoques de ciclo e

de segurança

Desenvolvimento

analítico

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

XX

O Efeito de Consolidação é

maximizado quando ocorre a

centralização total, sendo a relação

entre os desvios-padrão dos lead-

times de ressuprimento a variável

mais relevante na escolha do

armazém para a centralizaçãoXX

Carraro (2009)

XX

Custos fixo e

variável dos

centros de

distribuição e das

fábricas,

transporte,

benefício fiscal e

emissão de

carbonoXX

Programação

linear inteira

mista

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

Os benefícios fiscais impactam na

localização das fábricas e centros de

distribuição, enquanto o custo da

parcela referente ao carbono em

nada afeta o resultado do modelo

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

67

Continuação Quadro 3 – Resumo dos principais modelos de localização de instalações.

Autor(es)

Componente(s) da

Rede Presente(s)

no Estudo

Abordagem

Matemática

Política de

AlocaçãoRelevância do Estudo

Montebeller

(2009)

Transporte,

estoques de ciclo e

de segurança

Programação não-

linear

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

XX

A probabilidade de ocorrência da

política de centralização total

aumenta à medida que aumentam os

valores do custo de manutenção de

estoques e do lead-time de

ressuprimento.XX

Ramudhin,

Chaabane e

Paquet (2010)

XX

Custo fixo de

operação,

fornecimento de

matérias-primas e

produtos

manufaturados,

transporte e

emissão de

carbono (decisões

make or buy )XX

Programação

linear inteira

mista

Centralização,

cross-filling e

sistemas

independentes

Modelo integrado para o desenho de

uma cadeia de suprimentos

sustentável aproveitando as

oportunidades oriundas do mercado

de comércio de carbono

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

68

3 MODELO PROPOSTO

O presente trabalho propõe um modelo para o planejamento de redes logísticas

ambientalmente conscientes com ênfase na redução da pegada de carbono. A formulação

matemática aborda o problema de localização de armazéns em uma rede de distribuição e a

consequente alocação de seus estoques de ciclo e de segurança aos mercados consumidores,

de forma a minimizar o custo total da rede, ao qual são incluídos, explicitamente, os custos de

emissão de carbono nas atividades de transporte.

A fim de facilitar as análises e provar a extensão do modelo, é considerada uma rede de

distribuição composta por três elos: fábrica, armazém e mercado consumidor.

Especificamente, a rede em questão é formada por uma fábrica, cinco possíveis localidades

para os armazéns e cinco mercados consumidores. A Figura 6 ilustra a representação

esquemática dessa rede de distribuição.

Figura 6 – Representação esquemática da rede considerada.

O modelo proposto permitirá a condução de análises de sensibilidade a partir da geração de

parâmetros de entrada aleatórios e da otimização de múltiplos cenários. Com isso, espera-se

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

69

determinar o impacto dos dados de entrada – sobretudo daqueles relacionados às variáveis

ambientais – na configuração da malha logística, bem como na adoção das políticas de

alocação de estoques.

O custo total da rede é composto pelo custo de ressuprimento dos armazéns (transporte da

fábrica aos armazéns), pelo custo de distribuição dos produtos (transporte dos armazéns aos

mercados consumidores), pelos custos de manutenção dos estoques de ciclo, de segurança e

em trânsito e pelo custo de emissão de gases de efeito estufa decorrente das atividades de

transporte. Assim como na proposição de Montebeller (2009), o custo de abertura dos

armazéns não é considerado no modelo e, portanto, a solução do problema pode ser

interpretada como sendo relativa à reorganização da rede de distribuição de uma empresa.

Além disso, esse modelo corresponde a um problema de localização não-capacitado, visto que

a capacidade dos armazéns não aparece como uma restrição na formulação matemática

proposta.

A solução do problema constitui-se na minimização do custo total da rede, sujeita à restrição

de atendimento a demanda dos mercados consumidores, cuja equação é dada por:

CTRede = CTRessup + CTDist + CTEC/CP + CTES + CTET + CTCO2,

onde:

CTRede = custo total da rede,

CTRessup = custo de ressuprimento dos armazéns,

CTDist = custo de distribuição para os mercados,

CTEC/CP = custo de manutenção dos estoques de ciclo e colocação de pedidos,

CTES = custo de manutenção dos estoques de segurança,

CTET = custo de manutenção dos estoques em trânsito,

CTCO2= custo de emissão de carbono.

Para tanto, são assumidas as seguintes premissas:

1. A localização da fábrica é fixa e pré-determinada;

2. As localizações dos mercados consumidores são fixas e pré-determinadas;

3. As possíveis localidades dos armazéns são finitas e pré-determinadas;

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70

4. O número de armazéns é finito e, no máximo, igual ao número de possíveis

localidades;

5. Existe somente um produto a ser transportado e estocado na rede;

6. As demandas dos mercados são variáveis aleatórias independentes, com correlações e

desvios-padrão não-nulos;

7. Os lead-times de ressuprimento entre a fábrica e os armazéns são variáveis aleatórias

independentes, com desvios-padrão não-nulos;

8. Os lead-times de distribuição entre os armazéns e os mercados são variáveis aleatórias

independentes;

9. É permitido cross-filling, ou seja, os mercados podem ser servidos por mais de um

armazém;

10. São considerados os estoques de ciclo e de segurança nos armazéns;

11. São considerados os estoques em trânsito nas atividades de ressuprimento e

distribuição;

12. Não são considerados estoques na fábrica e nos mercados consumidores;

13. São considerados os níveis de serviço requeridos por cada mercado na forma de um

fator de segurança, igual para todos os armazéns, que garante uma determinada

probabilidade de não ocorrência de stock-outs;

14. Assume-se um modelo de gestão de estoques nos armazéns do tipo lote econômico de

compra (LEC) e ponto de pedido (PP);

15. Os custos unitários de ressuprimento são função do lead-time da fábrica para cada

armazém, sendo medidos em $/unidade/dia;

16. Os custos unitários de transporte entre os armazéns e os mercados dependem das

distâncias entre os mesmos, sendo medidos em $/unidade;

17. Não é permitido transporte multimodal;

18. São consideradas apenas as emissões de carbono ocorridas nas atividades de

transporte;

19. Os fatores de emissão de carbono são dados em função do peso do produto e da

distância percorrida, sendo medidos em kgCO2/tonelada-quilômetro;

20. O custo unitário de emissão de carbono é medido em $/kgCO2.

A formulação matemática apresentada neste trabalho é desenvolvida como uma extensão

daquela proposta por Montebeller (2009), à qual são acrescentadas as parcelas de custo de

manutenção dos estoques em trânsito e custo de emissão de carbono. Essa última baseia-se na

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71

proposição de Chaabane et al. (2008) para a determinação do impacto ambiental na

configuração da rede logística. A seguinte notação é utilizada no modelo proposto:

n = conjunto de mercados consumidores,

m = conjunto de potenciais armazéns,

i, l = índice de um mercado; i, l = {1, ..., n},

j = índice de um possível armazém na rede; j = {1, ..., m},

jA = custo unitário de colocação de pedido no armazém j,

jC = custo unitário de manutenção de estoques no armazém j,

iD = demanda média do mercado i,

ilρ = correlação entre as demandas médias dos mercados i e l,

jL = lead-time médio de ressuprimento no armazém j,

ijL = lead-time médio de distribuição do armazém j ao mercado i,

iDσ = desvio-padrão da demanda do mercado i,

jLσ = desvio-padrão do lead-time de ressuprimento no armazém j,

kj = fator de segurança que reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs, ou seja, o

nível de serviço no armazém j,

Tij = custo unitário de transporte na distribuição entre o mercado i e o armazém j,

dj = distância entre a fábrica e o armazém j,

dij = distância entre o mercado i e o armazém j,

S = custo unitário e diário de ressuprimento da fábrica para os armazéns (igual para todos

os armazéns),

CE = custo por quilograma de emissão carbono,

α = fator de emissão de carbono por unidade de peso e unidade de distância,

δ = peso do produto.

A variável de decisão do modelo proposto é dada por:

Wij = proporção da demanda média do mercado i atendida pelo armazém j, tal que 0 ≤ Wij ≤

1.

A função objetivo do problema de programação não-linear é dada pela equação (3.1):

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72

Minimizar CTRede = (3.1)

,

2

2

1 1 1 1 1 11 1

1

2

1

2

1

1

1

2

1

2

1 11 1 1 1

∑∑ ∑∑ ∑∑∑∑

∑ ∑∑∑∑

∑ ∑∑∑ ∑∑

= = = = = == =

= ==

==

= == = = =

+++

+

+

+

+++

m

j

n

i

m

j

n

i

m

j

n

i

iijijiijjiijijj

m

j

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i

iijjj

m

j

n

i

iijL

n

i

i

l

DDilljijD

n

i

ijjjj

m

j

n

i

iijjj

m

j

n

i

m

j

n

i

iijijiijj

DWdDWdCEDWLCDWLC

DWWWWLCk

DWACDWTDWLS

jlii

αδ

σσσρσ

sujeito à

∑=

∀=m

j

ij iW1

,1 (3.2)

onde:

armazéns, dos ntoressuprime de custo o éDWLSm

j

n

i

iijj∑∑= =1 1

mercados, os para ãodistribuiç de custo o éDWTm

j

n

i

iijij∑∑= =1 1

pedidos, de colocação e ciclo de estoques dos manutenção de custo o éDWACm

j

n

i

iijjj∑ ∑= =1 1

2

, segurançade estoques dos manutenção

de custo o éDWWWWLCkm

j

n

i

iijL

n

i

i

l

DDilljijD

n

i

ijjjjj

lii∑ ∑∑∑∑

= ==

==

+

+

1

2

1

2

1

1

1

2

1

2 2 σσσρσ

trânsito, em estoques dos manutenção de custo o éDWLCDWLCm

j

n

i

m

j

n

i

iijijjiijjj∑∑ ∑∑= = = =

+1 1 1 1

carbono. de emissão de custo o éDWdDWdCEm

j

n

i

iijij

m

j

n

i

iijj

+∑∑∑∑

= == = 1 11 1

αδ

A restrição (3.2) garante que toda a demanda dos mercados consumidores é atendida.

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73

É importante ressaltar que, ao incorporar os custos de manutenção dos estoques de ciclo, de

segurança e em trânsito no planejamento de redes logísticas sustentáveis, o modelo proposto

diferencia-se dos demais trabalhos encontrados na literatura, que não consideram esses custos

ou os considera de maneira simplificada. Além disso, ao inserir a parcela de custo de emissão

de carbono na função objetivo, este trabalho contribui, de maneira inovadora, para uma

melhor compreensão acerca dos trade-offs existentes entre os custos logísticos e os custos

ambientais decorrentes das atividades de transporte.

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74

4 METODOLOGIA

4.1 IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO

O modelo de programação não-linear desenvolvido no presente estudo foi implementado em

AIMMS 3.10 (Advanced Integrated Multidimensional Modeling Software), um software de

otimização avançada que auxilia no desenvolvimento de sistemas de decisão baseados em

aplicações de pesquisa operacional.

A plataforma AIMMS apresenta uma linguagem de programação que permite a construção de

procedimentos interativos na execução dos modelos matemáticos e oferece um ambiente de

modelagem bastante completo, flexível e de fácil utilização, com possibilidades de

combinações entre métodos matemáticos e ferramentas de interface com bases de dados

(IGNÁCIO e FERREIRA FILHO, 2004). Além disso, o sistema dispõe de vários tipos de

solver que auxiliam na resolução de diferentes programações matemáticas. No caso específico

deste trabalho, a rotina LGO (Lipschitz-continuous Global Optimizer), desenvolvida pela

empresa Pinter Consulting Services, foi empregada na otimização dos cenários simulados nas

análises de sensibilidade.

Para a construção do modelo, primeiramente foram declarados os conjuntos, que representam

os índices das entidades do problema, os parâmetros, que são indexados aos conjuntos e

representam as variáveis de entrada e saída do modelo, e as variáveis de decisão, bem como

as variáveis envolvendo somatórios, que são calculadas pelas rotinas de otimização. Em

seguida, a restrição do problema foi definida. A programação matemática pôde, então, ser

criada, sendo determinados, através dela, a direção do problema – minimização – e o tipo de

programa matemático – não-linear.

Depois de construído o modelo, a próxima etapa consistiu na importação dos dados de

entrada, seguida pela geração de seus valores aleatórios e posterior execução do procedimento

de otimização, minimizando os custos totais. Os resultados obtidos foram coletados em

arquivos de texto, a fim de facilitar o tratamento estatístico dos dados.

O Apêndice A apresenta o código para otimização e simulação escrito na linguagem do

software AIMMS 3.10.

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75

4.2 ANÁLISES DE SENSIBILIDADE

Análises de sensibilidade foram conduzidas via simulação, com o objetivo de avaliar a

influência dos parâmetros de entrada sobre os custos totais e seus principais componentes

(custos de manutenção dos estoques, custos de transporte e custo de emissão de carbono). À

exceção das variáveis de distância, assumiu-se que todos os demais parâmetros se comportam

de forma probabilística, seguindo uma distribuição uniforme, o que possibilitou estimar as

distribuições de resultados possíveis para as variáveis de interesse a partir da geração de

20.000 cenários aleatórios. Desses, 10.000 cenários foram executados considerando-se a

adoção do modal rodoviário, enquanto, para os outros 10.000, a ferrovia foi a alternativa de

transporte utilizada. Com isso, uma discussão acerca da escolha do modal de transporte, tendo

em vista a sua adequação às particularidades da operação, será viabilizada mais adiante.

Os parâmetros usados na construção dos diferentes cenários, referentes às médias e aos

desvios-padrão das demandas dos mercados, às correlações entre as demandas dos mercados,

às médias e aos desvios-padrão dos lead-times de ressuprimento dos armazéns para o modal

rodoviário, aos custos de manutenção de estoques nos armazéns, aos custos de colocação de

pedidos nos armazéns, aos custos de ressuprimento dos armazéns para o modal rodoviário e

aos custos de transporte entre os armazéns e os mercados para o modal rodoviário, foram os

mesmos adotados por Wanke (2009) e Wanke e Saliby (2009), compilados de artigos

selecionados na literatura. O limites mínimos e máximos desses parâmetros são apresentados

no Quadro 4.

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76

Quadro 4 – Parâmetros utilizados nas análises de sensibilidade. Adaptado de Wanke (2009) e Wanke e Saliby (2009).

Para a definição das distâncias, assim como no trabalho de Montebeller (2009), assumiu-se

que os mercados e as localidades potenciais dos armazéns estavam situados em São Paulo

(Mercado 1 e Armazém 1), Rio de Janeiro (Mercado 2 e Armazém 2), Vitória (Mercado 3 e

Armazém 3), Belo Horizonte (Mercado 4 e Armazém 4) e Curitiba (Mercado 5 e Armazém

5). A localização da fábrica, por sua vez, foi fixada na cidade de São Paulo. O Quadro 5

mostra as distâncias entre a fábrica e os armazéns, enquanto o Quadro 6 detalha as distâncias

entre os armazéns e os mercados, sendo as distâncias entre elos localizados em uma mesma

região iguais a zero.

Quadro 5 – Distâncias aproximadas entre a fábrica e os armazéns. Adaptado de Montebeller (2009).

Variáveis Mínimo Máximo

Demanda média dos mercados

(unidades/dia)80 120

Desvio-padrão das demandas dos mercados

(unidades/dia)3 30

Correlação entre as demandas dos mercados -1 1

Lead-time médio para o modal rodoviário

(dias)1 5

Desvio-padrão do lead-time para o modal rodoviário

(dias)0,5 2

Fator de segurança dos estoques nos armazéns 1 1

Custo unitário de colocação de pedidos nos armazéns

($/pedido)17 67

Custo unitário de manutenção de estoques nos armazéns

($/unidade/dia)0,35 0,68

Custo unitário de ressuprimento dos armazéns para o modal

rodoviário

($/unidade/dia)

0,8 1

Custo unitário de transporte entre os armazéns e os

mercados para o modal rodoviário

($/unidade)

0,5 1

Armazém 1 Armazém 2 Armazém 3 Armazém 4 Armazém 5

Fábrica 0 429 958 586 408

Distâncias aproximadas entre fábrica e armazéns (km)

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77

Quadro 6 – Distâncias aproximadas entre os armazéns e os mercados. Adaptado de Montebeller (2009).

Os custos unitários de transporte na distribuição entre os armazéns e os mercados através do

modal rodoviário seguiram o mesmo refinamento realizado por Montebeller (2009), de forma

que as diferenças de distância entre as instalações foram consideradas na definição de seus

valores mínimos e máximos. Tais valores são apresentados, respectivamente, no Quadro 7 e

no Quadro 8.

Quadro 7 – Custos unitários de transporte mínimos entre os armazéns e os mercados para o modal rodoviário. Adaptado de Montebeller (2009).

Quadro 8 – Custos unitários de transporte máximos entre os armazéns e os mercados para o modal rodoviário. Adaptado de Montebeller (2009).

As variáveis relativas ao modal ferroviário foram estimadas a partir dos valores obtidos para o

transporte rodoviário, tomando como base os seguintes pressupostos: (1) a velocidade média

comercial das ferrovias brasileiras é de 21 km/h (FLEURY, 2007), enquanto as rodovias

apresentam um desempenho médio de 50 km/h (INTELOG, 2006); (2) o coeficiente de

variação do lead-time é o mesmo para ambos os modais; e (3) o custo de transporte do modal

ferroviário é, em média, 60% do custo das tarifas rodoviárias (FLEURY, 2009). As equações

(4.1) a (4.4) demonstram as fórmulas utilizadas nos cálculos, respectivamente, da média e do

Mercado 1 Mercado 2 Mercado 3 Mercado 4 Mercado 5

Armazém 1 0 429 958 586 408

Armazém 2 429 0 525 444 858

Armazém 3 958 525 0 526 1.386

Armazém 4 586 444 526 0 1.011

Armazém 5 408 858 1.386 1.011 0

Distâncias aproximadas entre armazéns e mercados (km)

Mercado 1 Mercado 2 Mercado 3 Mercado 4 Mercado 5

Armazém 1 0,50 0,80 0,92 0,84 0,80

Armazém 2 0,80 0,50 0,84 0,80 0,88

Armazém 3 0,92 0,84 0,50 0,84 0,96

Armazém 4 0,84 0,80 0,84 0,50 0,92

Armazém 5 0,80 0,88 0,96 0,92 0,50

Custos unitários de transporte mínimos ($/unidade)

Mercado 1 Mercado 2 Mercado 3 Mercado 4 Mercado 5

Armazém 1 0,60 0,84 0,96 0,88 0,84

Armazém 2 0,84 0,60 0,88 0,84 0,92

Armazém 3 0,96 0,88 0,60 0,88 1,00

Armazém 4 0,88 0,84 0,88 0,60 0,96

Armazém 5 0,84 0,92 1,00 0,96 0,60

Custos unitários de transporte máximos ($/unidade)

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78

desvio-padrão do lead-time de ressuprimento dos armazéns, do custo de ressuprimento dos

armazéns e do custo de transporte entre os armazéns e os mercados para a ferrovia.

,Rodovia

Ferrovia

RodoviaFerrovia LT

VMC

VMCLT ×= (4.1)

FerroviaLTσ ,FerroviaFerrovia LTCV ×= (4.2)

,Rodovia

Rodovia

FerroviaFerrovia S

Tarifa

TarifaS ×= (4.3)

,Rodovia

Rodovia

FerroviaFerrovia T

Tarifa

TarifaT ×= (4.4)

onde:

LTFerrovia é o lead-time médio de ressuprimento dos armazéns para o modal ferroviário,

LTRodovia é o lead-time médio de ressuprimento dos armazéns para o modal rodoviário,

VMCFerrovia é a velocidade média comercial para o modal ferroviário,

VMCRodovia é a velocidade média comercial para o modal rodoviário,

FerroviaLTσ é o desvio-padrão do lead-time de ressuprimento dos armazéns para o modal

ferroviário,

CVFerrovia é o coeficiente de variação do lead-time para o modal ferroviário, sendo que

CVFerrovia = CVRodovia = Rodovia

LT

LTRodovia

σ,

SFerrovia é o custo unitário e diário de ressuprimento da fábrica aos armazéns para o modal

ferroviário,

SRodovia é o custo unitário e diário de ressuprimento da fábrica aos armazéns para o modal

rodoviário,

TarifaFerrovia é o custo da tarifa de transporte para o modal ferroviário,

TarifaRodovia é o custo da tarifa de transporte para o modal rodoviário,

TFerrovia é o custo unitário de transporte na distribuição entre os mercados e os armazéns

através do modal ferroviário,

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TRodovia é o custo unitário de transporte na distribuição entre os mercados e os armazéns

através do modal rodoviário.

Os parâmetros fator de emissão de carbono e custo de emissão de carbono, utilizados no

cálculo do custo total das emissões de carbono, foram escolhidos através da observação de

seus valores de testes na revisão de literatura. Esses parâmetros e artigos são listados no

Apêndice B.

Já o peso do produto foi estimado a partir de informações referentes ao custo do produto

vendido (CPV) e à densidade de custo para seis grandes setores da economia brasileira,

extraídas dos artigos de Wanke (2001) e Pereira e Wanke (2004), que tiveram como base os

resultados da pesquisa “Posicionamento Logístico de Grandes Empresas Brasileiras”9 . O

Quadro abaixo apresenta os dados obtidos.

Quadro 9 – Peso do produto estimado para seis setores da economia brasileira.

O Quadro 10 sintetiza os valores de teste utilizados nas análises de sensibilidade para esses

parâmetros, complementando, assim, as informações contidas no Quadro 4.

9 CENTRO DE ESTUDOS LOGÍSTICOS, Posicionamento logístico de grandes empresas brasileiras. Rio de Janeiro: CEL, 2001.

Setor CPV (R$) Densidade de custo (R$/kg) Peso (kg)

Alimentício R$ 8,00 R$ 3,37 2,37

Automobilístico R$ 70.000,00 R$ 35,73 1.959,18

Eletro-eletrônico R$ 700,00 R$ 27,85 25,13

Farmacêutico R$ 1.000,00 R$ 7.155,18 0,14

Petroquímico R$ 800,00 R$ 2,09 383,13

Tecnologia / Computação R$ 100.000,00 R$ 1.135,08 88,10

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80

Quadro 10 – Parâmetros utilizados nas análises de sensibilidade.

Tal como efetuado para o modal rodoviário, os custos unitários de transporte na distribuição

entre os armazéns e os mercados através do modal ferroviário também foram refinados, a fim

de incorporarem as diferenças de distância entre as localidades. Cabe ressaltar que, para os

fins deste estudo, considerou-se que as distâncias percorridas independem do meio de

transporte utilizado, sendo, portanto, iguais para ambos os modais. Os Quadros 11 e 12

apresentam os limites mínimos e máximos desses custos para cada par de elos armazém-

mercado na rede estudada.

Quadro 11 – Custos unitários de transporte mínimos entre os armazéns e os mercados para o modal ferroviário.

Variáveis Mínimo Máximo

Lead-time médio para o modal ferroviário

(dias)2,4 11,9

Desvio-padrão do lead-time para o modal ferroviário

(dias)1,2 4,8

Custo unitário de ressuprimento dos armazéns para o

modal ferroviário

($/unidade/dia)

0,48 0,60

Custo unitário de transporte entre os armazéns e os

mercados para o modal ferroviário

($/unidade)

0,30 0,60

Fator de emissão de carbono para o modal rodoviário

(kgCO2/t-km)0,12 0,18

Fator de emissão de carbono para o modal ferroviário

(kgCO2/t-km)0,01 0,025

Custo de emissão de carbono

($/kgCO2)0,005 0,02

Peso do produto

(t/unidade)0,0001 1,96

Mercado 1 Mercado 2 Mercado 3 Mercado 4 Mercado 5

Armazém 1 0,30 0,48 0,55 0,50 0,48

Armazém 2 0,48 0,30 0,50 0,48 0,53

Armazém 3 0,55 0,50 0,30 0,50 0,58

Armazém 4 0,50 0,48 0,50 0,30 0,55

Armazém 5 0,48 0,53 0,58 0,55 0,30

Custos unitários de transporte mínimos ($/unidade)

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Quadro 12 – Custos unitários de transporte máximos entre os armazéns e os mercados para o modal ferroviário.

4.3 APRESENTAÇÃO E TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS RESULTADOS

Para cada cenário, o AIMMS retornou a quantidade de armazéns abertos na rede e suas

respectivas localizações, a proporção de alocação dos mercados aos armazéns, além dos

níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança a serem mantidos em cada instalação,

respondendo, assim, as questões a. a d.10

dos objetivos específicos desta pesquisa. De maneira

complementar, após a determinação dos resultados da simulação, análises descritivas e

estatísticas foram realizadas com o objetivo de responder as demais perguntas que orientam o

presente trabalho.

Com o auxílio do software Microsoft Excel, as estatísticas básicas para a descrição das

diferentes características do conjunto de dados analisado foram calculadas. Dessa forma, a

frequência de ocorrência das políticas de alocação de estoques para cada modal de transporte

pôde ser determinada, permitindo responder a pergunta e.11. O Quadro abaixo classifica cada

uma dessas políticas segundo as categorias que podem assumir, conforme apresentado por

Montebeller (2009).

Quadro 13 – Classificação das políticas de alocação de estoques. Adaptado de Montebeller (2009).

10 Pergunta a.: Quantos armazéns devem ser abertos na rede de distribuição?; Pergunta b.: Onde localizar os armazéns?; Pergunta c.: Em qual proporção cada mercado deve ser alocado a um determinado armazém?; Pergunta d.: Quais são os níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança a serem mantidos em cada instalação? 11 Pergunta e.: Quais são as frequências de ocorrência de cada uma das políticas de alocação de estoques?

Mercado 1 Mercado 2 Mercado 3 Mercado 4 Mercado 5

Armazém 1 0,36 0,50 0,58 0,53 0,50

Armazém 2 0,50 0,36 0,53 0,50 0,55

Armazém 3 0,58 0,53 0,36 0,53 0,60

Armazém 4 0,53 0,50 0,53 0,36 0,58

Armazém 5 0,50 0,55 0,60 0,58 0,36

Custos unitários de transporte máximos ($/unidade)

Política de Alocação de

Estoques

Armazéns Abertos

na RedeSituação dos Mercados

Centralização Total 1 Um único armazém servindo todos os mercados

Sistemas Independentes 5 Cada armazém servindo um único mercado

Cross-Filling Total 5 Todos os armazéns servindo todos os mercados

Política Mista 2 a 5Situações intermediárias entre aquelas que ocorrem

nos Sistemas Independentes e no Cross-Filling

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82

Em seguida, testes não-paramétricos foram conduzidos com o intuito de explorar as

diferenças entre os dois grupos avaliados: rodoviário e ferroviário. Não apenas as variáveis de

entrada e saída do modelo foram testadas, como também algumas variáveis secundárias

calculadas diretamente a partir delas. As análises repousaram em dois pilares:

1. Análise das Políticas de Alocação de Estoques – Os 20.000 cenários foram agrupados

de acordo com a política de alocação de estoques adotada na otimização. Para cada

política, os testes se prestaram a verificar como se caracterizavam os modais de

transporte em função dos parâmetros utilizados nas análises de sensibilidade;

2. Análise do Custo Total – Uma vez que os parâmetros de entrada cujas distribuições

uniformes independiam do meio de transporte utilizado foram idênticos nos 10.000

cenários gerados para cada modal, a comparação caso a caso do custo logístico total da

rodovia versus o da ferrovia tornou-se viável. Assim, para cada cenário, escolheu-se

aquele de menor custo total, possibilitando a avaliação quanto ao impacto de cada

modal de transporte no custo global da rede estudada.

A opção pelos métodos não-paramétricos recaiu no fato de os mesmos não estarem

condicionados à distribuição normal de probabilidades dos dados em análise (HO, 2006).

Especificamente nesta pesquisa, foram empregados os testes de Kruskal-Wallis e Mediana,

com o auxílio do software IBM SPSS Statistics 20.

O teste de Kruskal-Wallis é a alternativa não-paramétrica à Análise de Variância (ANOVA),

sendo utilizado na comparação de mais de duas amostras independentes e devendo satisfazer

às seguintes condições (HO, 2006):

� Independência e aleatoriedade dos dados;

� Medição dos dados, ao menos, em nível ordinal;

� Conjuntos de dados contendo, no mínimo, cinco observações, para que as

probabilidades Chi-quadrado ( )2χ possam ser usadas.

A hipótese nula testada é a de que as populações a partir das quais as amostras se originam

possuem funções de distribuição idênticas. Quando o teste conduz a resultados

estatisticamente significativos (p < 0,05), rejeita-se a hipótese nula e conclui-se que ao menos

uma das amostras provém de uma população diferente (HO, 2006).

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83

A prova de Kruskal-Wallis, no entanto, apenas aponta a existência de diferença

estatisticamente significativa entre os grupos, sem quantificá-la. Para isso, foi realizado o teste

de Mediana, cuja hipótese nula testada é que as medianas das populações a partir das quais as

amostras se originam são idênticas. Dessa forma, os testes de Kruskal-Wallis e Mediana

permitiram responder as perguntas f., g. e h.12 dos objetivos específicos deste estudo.

12 Pergunta f.: Para cada política de alocação de estoques, como se caracterizam os modais de transporte em função dos parâmetros utilizados nas análises de sensibilidade?; Pergunta g.: Qual a influência das variáveis ambientais na otimização da malha logística?; Pergunta h.: Qual o impacto dos modais de transporte no custo total da rede, bem como em seus principais componentes?

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84

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS

Para cada um dos 20.000 cenários aleatórios gerados, o software AIMMS encontrou

satisfatoriamente a configuração ótima da rede, garantindo o valor mínimo global de CTRede.

Tal fato apoia a afirmação de Montebeller (2009) quanto a adequação do conjunto AIMMS-

LGO na solução de modelos de programação não-linear.

Conforme descrito anteriormente, a análise de cenários foi desagregada entre diferentes

alternativas de transporte – 10.000 cenários para o modal rodoviário e 10.000 para o modal

ferroviário –, de modo a possibilitar uma melhor compreensão acerca do impacto que o uso de

serviços de transporte distintos pode causar sobre a configuração e os custos da rede. Seria,

por exemplo, a redução nas emissões de CO2 obtida a partir da utilização do modal ferroviário

suficiente para compensar o aumento dos estoques proveniente do maior lead-time de

entrega?

Visando ilustrar como o modelo proposto responde às questões centrais desta pesquisa, o

resultado de um cenário é detalhado a seguir para os casos rodoviário e ferroviário. O Quadro

14 apresenta os valores de Wij que levam ao valor mínimo global de CTRede para o Cenário

00001 considerando o modal rodoviário. As informações detalhadas nesse Quadro dizem

respeito a duas importantes características da configuração da rede: quais armazéns são

abertos e em qual proporção a demanda de um dado mercado é servida por cada um desses

armazéns. A indicação de que um armazém foi aberto está relacionada à presença de um ou

mais valores diferentes de zero na linha correspondente ao mesmo. Já a proporção de alocação

do mercado aos armazéns é dada pelos valores das células na coluna correspondente a esse

mercado, que variam de zero (não atendimento do mercado pelo armazém) a um (atendimento

de toda a demanda do mercado pelo armazém). Uma vez que o modelo pressupõe o

atendimento de 100% da demanda, o somatório de cada coluna deve ser sempre igual a um.

O Quadro 14, portanto, é suficiente para responder as perguntas a., b. e c. dos objetivos

específicos deste trabalho. Particularmente neste cenário, para o modal rodoviário, são abertos

dois armazéns nas localidades 1 e 5. A partir do Quadro é possível inferir, ainda, a ocorrência

de uma política mista de alocação de estoques, sendo os mercados 1 e 2 subcentralizados no

armazém 1 e os demais, no armazém 5.

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Quadro 14 – Alocação ótima das demandas médias dos mercados aos armazéns abertos na rede para o Cenário 00001 – Modal Rodoviário.

Os níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança a serem mantidos em cada instalação são

apresentados no Quadro 15, respondendo, assim, à questão d. desta pesquisa. É importante

ressaltar que, fazendo o fator de segurança k igual a um, o estoque de segurança ótimo

representa uma probabilidade de, aproximadamente, 85% de não ocorrência de stock-out.

Quadro 15 – Níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança para o Cenário 00001 – Modal Rodoviário.

Para o modal ferroviário, os resultados encontrados neste cenário divergem em relação à

solução apresentada no caso da rodovia. O Quadro 16 detalha os valores de Wij que asseguram

o mínimo global de CTRede, sendo possível verificar a ocorrência de uma política de

centralização total, com todos os mercados atendidos pelo armazém 5.

Quadro 16 – Alocação ótima das demandas médias dos mercados aos armazéns abertos na rede para o Cenário 00001 – Modal Ferroviário.

1 2 3 4 5

1 1 1 0 0 0

2 0 0 0 0 0

3 0 0 0 0 0

4 0 0 0 0 0

5 0 0 1 1 1

Mercado i

Armazém j

Cenário 0001

Modal Rodoviário

W ij Ótimo

Armazém jEstoque de Ciclo Ótimo

(Unidades)

Estoque de Segurança

Ótimo (Unidades)

1 100 228

2 0 0

3 0 0

4 0 0

5 143 505

Cenário 0001 - Modal Rodoviário

1 2 3 4 5

1 0 0 0 0 0

2 0 0 0 0 0

3 0 0 0 0 0

4 0 0 0 0 0

5 1 1 1 1 1

Armazém j

W ij Ótimo

Cenário 0001

Modal Ferroviário

Mercado i

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Adicionalmente, o Quadro 17 apresenta os níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança

no armazém 5 para o Cenário 00001 utilizando a ferrovia.

Quadro 17 – Níveis ótimos de estoque de ciclo e de segurança para o Cenário 00001 – Modal Ferroviário.

A frequência de ocorrência das políticas de alocação de estoques em função da situação de

cada um dos mercados e do número de armazéns abertos na rede é apresentada nos Quadros

18 e 19 para os casos do modal rodoviário e do modal ferroviário, respectivamente,

respondendo a pergunta e. dos objetivos desta pesquisa.

Quadro 18 – Frequência de ocorrência das políticas de alocação de estoques – Modal Rodoviário.

Armazém jEstoque de Ciclo Ótimo

(Unidades)

Estoque de Segurança

Ótimo (Unidades)

1 0 0

2 0 0

3 0 0

4 0 0

5 187 2.053

Cenário 0001 - Modal Ferroviário

Política Configuração da RedeNúmero de Armazéns

na RedeFrequência Total

Centralização Total CET 1 3.652 3.652

Sistema Independente SI 5 52 52

SCE 2 1.856

2 282

3 44

4 11

3 74

4 27

5 5

2 2.069

3 1.553

4 375

10.000Total

Mista 6.296

SCE_CF

SCE_CF_SI

SCE_SI

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Quadro 19 – Frequência de ocorrência das políticas de alocação de estoques – Modal Ferroviário.

LEGENDA:

CET = Centralização Total

SI = Sistema Independente

SCE = Subcentralização

SCE_CF = Subcentralização e Cross-Filling

SCE_CF_SI = Subcentralização, Cross-Filling e Sistema Independente

SCE_SI = Subcentralização e Sistema Independente

Pelos resultados, é possível perceber que o modelo proposto neste estudo apresenta uma

tendência à descentralização dos estoques, para ambos os meios de transporte. Observa-se

que, em 6.296 dos 10.000 cenários nos quais a rodovia foi a modalidade de transporte

utilizada, a solução ótima encontrada levou à adoção da política mista. Da mesma forma, essa

política também permitiu a otimização dos custos da rede em 5.629 ocorrências ferroviárias.

Para os cenários remanescentes, as soluções ótimas foram a centralização total, com 3.652

casos rodoviários e 4.370 ferroviários, e a política de sistemas independentes, totalizando 52

cenários rodoviários e 1 ferroviário.

A predominância da política mista em detrimento da centralização total pode indicar que a

redução nos níveis de estoque de segurança advinda da consolidação em um único local não

seja suficiente para compensar os aumentos nos gastos com transporte e nos níveis de estoque

em trânsito (WANKE, 2001), de forma que, para reduzi-los, torna-se mais interessante manter

múltiplos pontos de estoque ao longo da rede de distribuição.

Política Configuração da RedeNúmero de Armazéns

na RedeFrequência Total

Centralização Total CET 1 4.370 4.370

Sistema Independente SI 5 1 1

SCE 2 2.159

2 252

3 68

4 12

5 2

3 41

4 9

2 2.157

3 884

4 45

10.000

Mista 5.629

SCE_CF

SCE_SI

SCE_CF_SI

Total

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É importante destacar, no entanto, que a subcentralização foi observada em todos os cenários

da política mista, tanto para a rodovia quanto para a ferrovia. Isso reforça a afirmação de

Montebeller (2009) de que, em redes de maior complexidade, a mitigação das incertezas

relativas às demandas dos mercados e aos lead-times dos armazéns é explorada sempre que

possível.

A política de sistemas independentes, caracterizada pela ausência de risk-pooling, na qual

cada mercado é servido exclusivamente por um armazém dedicado, foi verificada em poucos

cenários de forma predominante, embora dentro do contexto da política mista ela tenha

apresentado uma participação relevante. De acordo com Das e Tyagi (1997), a ocorrência

dessa política pode estar associada à minimização dos custos de distribuição, com cada

armazém atendendo ao mercado consumidor mais próximo geograficamente. Como uma

extrapolação, poder-se-ia supor que a política de sistemas independentes esteja associada

também à minimização dos custos de estoque em trânsito, através da alocação dos mercados

aos armazéns de menor lead-time de distribuição, ou, ainda, à minimização dos custos de

emissão de carbono, a partir da redução das distâncias percorridas na atividade de transporte.

Por sua vez, a política de cross-filling total, em que todos os mercados são atendidos por

todos os armazéns, não ocorreu em nenhum dos cenários aleatórios. Também foi pouco

expressiva a ocorrência do cross-filling associado a outras políticas de alocação de estoques,

para os dois modais de transporte considerados nas análises. Provavelmente, os ganhos

obtidos em função da redução dos estoques de segurança quando do emprego dessa política

em redes de maior complexidade não foram suficientes para compensar o incremento nos

custos dos estoques de ciclo e em trânsito e nos custos de distribuição, em linha com o que foi

sugerido por Montebeller (2009).

Além dos aspectos abordados anteriormente, outro fato que chama a atenção é o maior

número de ocorrências de centralização total nos cenários ferroviários comparativamente aos

cenários rodoviários. Tal resultado parece contraintuitivo, pelo menos em um primeiro

momento. Isso porque, de acordo com Wanke (2001), a centralização dos estoques é mais

indicada para produtos de alto valor agregado, baixo giro e pequeno peso ou volume,

características condizentes com a utilização do modal rodoviário (WANKE e FLEURY,

2006). A descentralização, por sua vez, é favorecida por produtos de baixo valor agregado,

elevado giro e peso ou volume considerável, além de se beneficiar também em cenários com

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potencial para exploração de economias de escala no transporte, atributos que condizem com

o modal ferroviário (WANKE, 2001; WANKE e FLEURY, 2006).

Uma possível justificativa para o resultado encontrado talvez seja o maior transit-time

inerente à operação ferroviária. Em suas pesquisas, Wanke e Saliby (2009) e Montebeller

(2009) concluíram que valores mais elevados de lead-times de ressuprimento estão

diretamente relacionados ao aumento da probabilidade de ocorrência da política de

centralização total.

Fechando esta seção, os Quadros 20 e 21 detalham as estatísticas descritivas para os

componentes de custo da rede pesquisada relativos, respectivamente, aos casos rodoviário e

ferroviário.

Quadro 20 – Resumo das estatísticas descritivas para os componentes de custo da rede pesquisada – Modelo Rodoviário.

Quadro 21 – Resumo das estatísticas descritivas para os componentes de custo da rede pesquisada – Modelo Ferroviário.

É possível notar que a utilização do modal rodoviário leva a um custo total menor do que

aquele encontrado para o modal ferroviário, em termos tanto da média e da mediana, como

dos valores mínimo e máximo. Esse fato parece indicar que o custo unitário de emissão de

Mínimo Máximo

Custo Total de Ressuprimento 386,76 2.431,26 890,19 827,74 320,04 -53,3% 193,7%

Custo Total de Distribuição 246,39 503,81 375,65 377,38 36,62 -34,7% 33,5%

Custo Total de Transporte

(Ressuprimento e Distribuição)698,06 2.814,13 1.265,83 1.203,95 313,27 -42,0% 133,7%

Custo Total de Estoque de Ciclo 74,90 378,47 182,92 179,81 51,36 -58,3% 110,5%

Custo Total de Estoque de Segurança 88,18 671,97 291,53 285,72 97,29 -69,1% 135,2%

Custo Total de Estoque em Trânsito 499,79 2.171,06 1.115,49 1.092,08 248,97 -54,2% 98,8%

Custo Total de Emissão de Carbono 0,15 2.325,85 606,45 555,04 387,94 -100,0% 319,0%

Custo Total da Rede

(Transporte, Estoque e Emissão)1.753,54 6.094,50 3.462,22 3.395,57 709,36 -48,4% 79,5%

Desvio Percentual em

Relação à MedianaComponente de Custo Mínimo Máximo Média Mediana Desvio-Padrão

Mínimo Máximo

Custo Total de Ressuprimento 554,45 3.504,91 1.225,10 1.126,34 441,75 -50,8% 211,2%

Custo Total de Distribuição 171,30 308,57 241,56 241,65 18,15 -29,1% 27,7%

Custo Total de Transporte

(Ressuprimento e Distribuição)757,91 3.771,56 1.466,66 1.368,81 442,98 -44,6% 175,5%

Custo Total de Estoque de Ciclo 74,90 367,36 171,18 168,18 45,68 -55,5% 118,4%

Custo Total de Estoque de Segurança 209,46 1.579,99 661,84 645,87 229,29 -67,6% 144,6%

Custo Total de Estoque em Trânsito 1.126,36 5.040,23 2.445,20 2.393,14 514,84 -52,9% 110,6%

Custo Total de Emissão de Carbono 0,02 756,78 108,23 83,71 91,63 -100,0% 804,1%

Custo Total da Rede

(Transporte, Estoque e Emissão)2.696,32 8.676,98 4.853,12 4.752,47 913,81 -43,3% 82,6%

Desvio-Padrão

Desvio Percentual em

Relação à MedianaComponente de Custo Mínimo Máximo Média Mediana

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carbono não foi suficiente para modificar a configuração da rede logística e tornar o

transporte ferroviário mais atrativo frente à opção rodoviária. Para demonstrar o quanto seria

necessário aumentar esse parâmetro de maneira a equilibrar os custos totais das redes

rodoviária e ferroviária, uma análise de Break-Even Point foi conduzida, conforme exibido a

seguir.

CTRede_Rodovia = CTRede_Ferrovia (5.1)

CTRessup_Rodovia + CTDist_Rodovia + CTEC/CP_Rodovia + CTES_Rodovia + CTET_Rodovia + (CTCO2_Rodovia /

CEMédio) * CEEquilíbrio = CTRessup_Ferrovia + CTDist_Ferrovia + CTEC/CP_Ferrovia + CTES_Ferrovia +

CTET_Ferrovia + (CTCO2_Ferrovia / CEMédio) * CEEquilíbrio (5.2)

890,19 + 375,65 + 182,92 + 291,53 + 1.115,49 + 606,45 / 0,013 * CEEquilíbrio = 1.225,10 +

241,56 + 171,18 + 661,84 + 2.445,20 + 108,23 / 0,013 * CEEquilíbrio (5.3)

CEEquilíbrio = 0,05 (5.4)

Substituindo-se os valores médios encontrados para os componentes de custo da rede e o

custo unitário de emissão de carbono na equação 5.2, a análise do ponto de equilíbrio apontou

um valor de emissão de carbono de $0,05/kgCO2, a partir do qual o modal ferroviário passa a

ter um custo total mais competitivo do que o modal rodoviário – considerando que a

configuração da rede logística mantém-se inalterada, o que na prática é pouco provável. Uma

análise mais aprofundada acerca dos custos da rede será apresentada na próxima seção,

quando os modais de transporte forem caracterizados por meio dos testes de Kruskal-Wallis e

Mediana.

5.2 TESTES DE KRUSKAL-WALLIS E MEDIANA

5.2.1 Análise das Políticas de Alocação de Estoques

Para cada uma das políticas de alocação de estoques encontrada nas análises de sensibilidade,

os testes de Kruskal-Wallis e Mediana foram conduzidos com a finalidade de explorar as

diferenças de medianas entre os dois grupos de análise: rodoviário e ferroviário.

O Quadro 22 mostra os resultados dos testes não-paramétricos para a política de centralização

total. Apenas as variáveis que apresentaram diferença de mediana estatisticamente

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significativa (p < 0,05) são exibidas, sendo que os resultados completos podem ser vistos no

Apêndice C.

Quadro 22 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Lead-time de ressuprimento do armazém 1 2,638 7,515 4.343,967 0,000 3.572,652 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 2 3,145 7,565 3.882,205 0,000 3.181,938 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 3 3,310 7,646 3.841,570 0,000 3.345,876 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 4 3,217 7,425 3.803,380 0,000 3.186,999 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 5 3,308 7,598 3.773,262 0,000 3.217,448 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 11,218 3,027 4.674,756 0,000 4.014,346 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 21,276 3,015 4.625,225 0,000 4.082,819 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 31,277 3,019 4.588,039 0,000 3.997,318 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 41,235 2,991 4.610,379 0,000 3.969,018 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 51,267 3,002 4.558,241 0,000 3.985,986 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 1 2,992 7,169 4.118,712 0,000 3.330,332 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 2 2,992 7,069 4.063,651 0,000 3.299,352 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 3 2,874 7,029 4.094,764 0,000 3.232,726 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 4 2,905 7,103 4.080,662 0,000 3.232,726 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 5 2,993 7,205 4.102,762 0,000 3.364,290 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 1 2,892 7,047 4.109,407 0,000 3.309,663 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 2 3,028 7,067 3.905,327 0,000 2.982,806 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 3 2,958 7,089 4.123,225 0,000 3.371,863 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 4 2,965 7,133 4.162,189 0,000 3.424,140 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 5 2,938 7,068 4.166,733 0,000 3.387,504 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 1 3,009 7,133 4.129,731 0,000 3.330,332 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 2 3,031 7,197 4.108,523 0,000 3.395,572 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 3 3,144 7,251 4.062,667 0,000 3.429,389 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 4 3,057 7,187 4.087,676 0,000 3.377,073 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 5 2,943 7,027 4.085,732 0,000 3.294,203 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 1 2,971 7,106 4.074,950 0,000 3.397,951 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 2 2,933 7,133 4.155,551 0,000 3.377,073 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 3 2,993 7,132 4.075,526 0,000 3.258,271 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 4 3,090 7,138 3.993,007 0,000 3.176,881 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 5 2,952 7,109 4.144,283 0,000 3.356,259 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 1 2,964 7,082 4.110,724 0,000 3.418,894 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 2 2,988 7,169 4.092,716 0,000 3.283,917 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 3 2,947 7,042 4.174,033 0,000 3.413,652 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 4 2,989 7,062 3.945,630 0,000 3.096,968 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 5 3,170 7,254 3.935,792 0,000 3.299,352 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 10,550 0,330 5.967,839 0,000 6.707,313 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 20,821 0,490 5.969,930 0,000 7.602,825 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 30,940 0,565 5.968,628 0,000 7.235,699 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 40,860 0,515 5.968,622 0,000 7.178,127 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 50,820 0,490 5.969,915 0,000 6.740,841 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 10,820 0,490 5.969,940 0,000 6.815,196 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

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92

Continuação Quadro 22 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 20,549 0,330 5.967,830 0,000 6.945,584 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 30,860 0,515 5.968,633 0,000 7.210,452 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 40,821 0,490 5.969,935 0,000 6.737,480 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 50,900 0,540 5.969,927 0,000 6.900,696 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 10,939 0,565 5.968,629 0,000 6.771,160 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 20,860 0,515 5.968,628 0,000 7.196,067 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 30,549 0,330 5.967,832 0,000 6.856,101 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 40,860 0,515 5.968,607 0,000 7.221,261 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 50,980 0,590 5.969,914 0,000 6.808,403 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 10,860 0,515 5.968,622 0,000 6.710,658 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 20,820 0,490 5.969,895 0,000 6.744,203 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 30,860 0,515 5.968,631 0,000 6.703,969 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 40,550 0,330 5.967,836 0,000 6.811,798 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 50,940 0,565 5.968,626 0,000 6.710,658 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 10,820 0,490 5.969,917 0,000 6.808,403 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 20,899 0,540 5.969,927 0,000 6.832,210 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 30,979 0,590 5.969,906 0,000 6.818,595 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 40,940 0,565 5.968,640 0,000 6.744,203 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 50,550 0,329 5.967,835 0,000 6.869,791 0,000

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 1 0,495 0,512 19,513 0,000 16,286 0,000

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 3 0,521 0,514 6,455 0,011 4,072 0,044

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 4 0,519 0,508 6,769 0,009 8,075 0,004

Custo unitário e diário de ressuprimento dos armazéns 0,900 0,540 5.967,631 0,000 6.744,203 0,000

Custo unitário de emissão de carbono 0,012 0,013 42,245 0,000 8,744 0,003

Peso do produto 0,735 0,971 159,815 0,000 116,338 0,000

Fator de emissão de carbono 0,149 0,018 5.971,592 0,000 7.366,999 0,000

Custo total de ressuprimento 685,888 986,859 1.896,172 0,000 1.056,833 0,000

Custo total de distribuição 402,810 243,604 5.967,558 0,000 6.703,969 0,000

Custo total de transporte (ressuprimento e distribuição) 1.089,199 1.230,874 438,313 0,000 232,428 0,000

Custo total de estoque de ciclo 136,014 134,458 7,376 0,007 3,058 0,080

Custo total de estoque de segurança 257,932 578,862 4.148,127 0,000 3.330,332 0,000

Custo total de estoque em trânsito 1.028,441 2.345,021 5.888,053 0,000 6.507,179 0,000

Custo total de emissão de carbono 413,417 81,043 3.291,881 0,000 2.654,425 0,000

Custo total da rede

(transporte, estoques e emissão de carbono)3.054,550 4.486,983 4.526,143 0,000 3.952,087 0,000

S/CEstMin 2,275 1,370 5.909,498 0,000 6.445,512 0,000

S/CEstMax 1,433 0,859 5.957,461 0,000 6.703,969 0,000

S/CPMin 0,038 0,023 4.015,818 0,000 2.982,806 0,000

S/CPMax 0,015 0,009 5.714,452 0,000 6.703,969 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

93

Continuação Quadro 22 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.

O Quadro 23, por sua vez, exibe os resultados dos testes não-paramétricos para a política

mista. Novamente, são listadas apenas as variáveis que apresentaram diferença de mediana

estatisticamente significativa (p < 0,05). Os resultados completos encontram-se no Apêndice

D.

Quadro 23 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos 5

armazéns3,090 7,376 5.966,205 0,000 6.703,969 0,000

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos 5 armazéns1,256 3,007 5.966,805 0,000 6.703,969 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos 5

armazéns2,996 7,133 5.967,558 0,000 6.703,969 0,000

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos 5 armazéns0,814 0,488 5.967,597 0,000 6.710,658 0,000

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos

armazéns abertos1,531 3,656 5.371,966 0,000 4.949,671 0,000

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos armazéns abertos1,139 2,641 4.506,661 0,000 3.466,250 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos

armazéns abertos2,879 6,785 5.952,523 0,000 6.703,969 0,000

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos armazéns abertos0,801 0,484 5.967,592 0,000 6.710,658 0,000

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos armazéns abertos0,443 0,426 73,808 0,000 60,942 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Lead-time de ressuprimento do armazém 1 3,174 6,984 5.961,091 0,000 4.466,767 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 2 2,916 6,845 6.051,852 0,000 4.210,643 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 3 2,831 6,846 6.093,638 0,000 4.263,179 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 4 2,845 6,864 6.174,580 0,000 4.359,534 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 5 2,826 6,813 6.275,305 0,000 4.577,647 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 11,268 2,971 6.878,673 0,000 5.259,201 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 21,254 3,043 6.976,809 0,000 5.550,465 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 31,237 2,985 6.931,773 0,000 5.374,077 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 41,255 2,993 6.867,260 0,000 5.285,840 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 51,231 2,966 6.933,048 0,000 5.312,546 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 1 2,945 6,983 5.934,602 0,000 4.144,250 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 2 3,016 7,264 5.973,368 0,000 4.172,640 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 3 3,001 7,055 5.915,113 0,000 4.144,250 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 4 3,003 7,066 6.058,117 0,000 4.388,650 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 5 3,036 7,201 5.940,941 0,000 4.148,975 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 1 3,014 7,080 5.825,285 0,000 3.957,464 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 2 2,906 7,015 5.964,671 0,000 4.205,883 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 3 3,001 7,142 6.055,660 0,000 4.291,972 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 4 3,023 7,172 6.006,932 0,000 4.262,912 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 5 3,015 7,192 5.894,362 0,000 4.036,322 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

94 Continuação Quadro 23 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 1 2,944 7,009 6.033,504 0,000 4.229,710 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 2 3,011 7,181 6.129,299 0,000 4.471,672 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 3 2,903 7,034 6.022,652 0,000 4.267,971 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 4 2,958 7,090 5.886,692 0,000 4.097,150 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 5 3,000 7,160 5.944,817 0,000 4.186,871 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 1 3,046 7,261 6.014,204 0,000 4.340,177 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 2 3,040 7,157 5.916,058 0,000 4.205,883 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 3 2,969 7,092 6.055,370 0,000 4.325,687 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 4 2,936 7,132 6.060,260 0,000 4.316,041 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 5 3,013 7,143 6.019,038 0,000 4.345,012 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 1 2,989 7,114 6.135,589 0,000 4.442,281 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 2 3,015 7,160 5.867,843 0,000 4.050,319 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 3 3,014 7,163 6.018,943 0,000 4.234,483 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 4 3,020 7,257 6.029,450 0,000 4.335,344 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 5 2,919 7,098 6.116,506 0,000 4.408,115 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 10,549 0,329 8.915,288 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 20,820 0,490 8.917,294 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 30,940 0,565 8.916,069 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 40,860 0,515 8.916,055 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 50,820 0,490 8.917,308 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 10,820 0,490 8.917,285 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 20,551 0,330 8.915,286 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 30,860 0,515 8.916,055 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 40,820 0,490 8.917,297 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 50,900 0,540 8.917,281 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 10,940 0,565 8.916,058 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 20,860 0,515 8.916,045 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 30,551 0,331 8.915,286 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 40,860 0,515 8.916,048 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 50,980 0,590 8.917,300 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 10,860 0,515 8.916,050 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 20,820 0,490 8.917,296 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 30,860 0,515 8.916,062 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 40,550 0,330 8.915,284 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 50,940 0,565 8.916,054 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 10,820 0,490 8.917,294 0,000 10.659,874 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

95 Continuação Quadro 23 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista.

Para a política de sistemas independentes, os testes não retornaram resultados satisfatórios,

em função do número de ocorrências inferior a cinco no caso ferroviário, e, por isso, não

serão expostos.

Independentemente da política de alocação de estoques adotada, os lead-times de

ressuprimento e distribuição e o desvio-padrão do lead-time de ressuprimento apresentaram

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 20,900 0,540 8.917,293 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 30,980 0,590 8.917,279 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 40,940 0,565 8.916,055 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 50,549 0,330 8.915,288 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 1 0,524 0,517 7,319 0,007 7,920 0,005

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 4 0,510 0,516 4,703 0,030 4,965 0,026

Custo unitário e diário de ressuprimento dos armazéns 0,899 0,539 8.915,091 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de emissão de carbono 0,013 0,013 17,593 0,000 56,317 0,000

Peso do produto 1,133 1,011 67,627 0,000 45,204 0,000

Fator de emissão de carbono 0,151 0,017 8.919,008 0,000 10.659,874 0,000

Custo total de ressuprimento 903,927 1.239,329 2.262,250 0,000 1.413,339 0,000

Custo total de distribuição 360,538 239,432 8.896,566 0,000 10.652,300 0,000

Custo total de transporte (ressuprimento e distribuição) 1.264,671 1.478,802 967,547 0,000 554,288 0,000

Custo total de estoque de ciclo 206,378 198,096 135,919 0,000 89,080 0,000

Custo total de estoque de segurança 295,609 686,673 7.988,289 0,000 7.783,183 0,000

Custo total de estoque em trânsito 1.128,040 2.436,255 8.778,190 0,000 10.065,914 0,000

Custo total de emissão de carbono 630,959 85,438 7.023,917 0,000 7.115,413 0,000

Custo total da rede

(transporte, estoques e emissão de carbono)3.605,042 4.957,760 5.534,202 0,000 4.403,244 0,000

LTMax/LTMin 2,690 2,641 6,202 0,013 4,261 0,039

CEstMax/CEstMin 1,560 1,552 4,179 0,041 3,537 0,060

S/CEstMin 2,255 1,347 8.848,240 0,000 10.659,874 0,000

S/CEstMax 1,431 0,859 8.903,457 0,000 10.584,253 0,000

S/CPMin 0,038 0,023 6.070,230 0,000 5.114,035 0,000

S/CPMax 0,015 0,009 8.460,278 0,000 9.311,531 0,000

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos 5

armazéns2,960 6,990 8.897,375 0,000 10.565,179 0,000

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos 5 armazéns1,247 2,993 8.912,319 0,000 10.640,732 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos 5

armazéns2,995 7,143 8.915,022 0,000 10.663,450 0,000

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos 5 armazéns0,814 0,488 8.915,058 0,000 10.659,874 0,000

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos

armazéns abertos2,108 4,823 8.091,982 0,000 7.906,660 0,000

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos armazéns abertos1,213 2,883 8.606,443 0,000 9.180,809 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos

armazéns abertos2,565 5,355 8.827,948 0,000 10.235,942 0,000

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos armazéns abertos0,726 0,480 8.915,026 0,000 10.659,874 0,000

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos armazéns abertos0,495 0,491 9,522 0,002 8,456 0,004

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

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96

medianas menores para o modal rodoviário. Em contrapartida, as medianas dos custos

unitários de transporte de distribuição e dos custos de ressuprimento, bem como a mediana do

fator de emissão de carbono, foram menores para o modal ferroviário. Tais resultados

refletem as características de operação de cada uma das opções de transporte e podem ser

explicados, pelo menos em parte, pelas distribuições uniformes das quais se originaram as

variáveis aleatórias utilizadas nas simulações.

No geral, em termos dos parâmetros de entrada primários e secundários do modelo, a rodovia,

quando da adoção da centralização total, é caracterizada por maiores custos de manutenção de

estoques nos armazéns (à exceção do armazém 1), menor custo unitário de emissão de

carbono e menor peso do produto em relação à ferrovia.

Na política mista, ao contrário, o modal rodoviário caracteriza-se por um menor custo de

manutenção de estoques no armazém 4 e maiores custo unitário de emissão de CO2 e peso do

produto quando confrontado com o ferroviário. Para essa política, foram encontradas, ainda,

diferenças de medianas nas variáveis que medem as amplitudes dos lead-times de

ressuprimento e dos custos de manutenção de estoques. Ambas são maiores no caso

rodoviário, indicando que, em redes de configuração mista, a utilização desse modal é mais

recomendável quando os lead-times e os custos de manutenção de estoques apresentam-se

mais dispersos entre os possíveis armazéns.

De forma comparativa, considerando-se o mesmo modal de transporte, é possível observar

que as médias aritméticas dos lead-times de ressuprimento e dos desvios-padrão dos lead-

times de ressuprimento dos cinco armazéns potenciais são maiores na política de centralização

total do que na política mista. As médias aritméticas dos lead-times de ressuprimento e dos

desvios-padrão dos lead-times de ressuprimento dos armazéns abertos na rede, por outro lado,

apresentam valores inferiores na centralização total, para ambos os modais, indicando que os

armazéns escolhidos para a instalação das operações quando tal política é adotada

proporcionam, na média, valores menores de lead-time e desvio-padrão do lead-time. Essas

observações corroboram as conclusões de Wanke e Saliby (2009).

Verifica-se também que, para um mesmo modal de transporte, embora as médias aritméticas

dos lead-times de distribuição dos cinco armazéns potenciais apresentem valores muito

próximos independente da política de estoques vigente, as médias aritméticas dos lead-times

de distribuição dos armazéns abertos são menores na política mista, tanto para a rodovia como

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97

para a ferrovia. Isso condiz com a afirmação de Wanke (2000) de que, supondo total

disponibilidade de produto e um dado modal de transporte, prazos de entrega mais curtos e

consistentes são alcançados mais facilmente através da descentralização física, uma vez que,

nessa configuração, os estoques localizam-se mais próximos ao cliente final.

De forma análoga, os custos unitários de transporte de distribuição demonstram um

comportamento semelhante ao dos lead-times de distribuição: considerando-se um dado

modal de transporte, não parece haver diferença entre as médias desses custos nos cinco

armazéns para as diferentes políticas de estoques, enquanto as médias aritméticas dos custos

unitários de distribuição nos armazéns abertos são menores na política mista do que na

centralização total.

Em relação às médias aritméticas dos custos de manutenção de estoques nos armazéns

abertos, nota-se que os valores para essas variáveis na política mista são mais altos do que

aqueles encontrados na centralização total, para ambos os meios de transporte. Esses achados

contrariam a teoria de que a centralização total dos estoques é mais adequada para produtos

que possuam custos de manutenção de estoques elevados (WANKE e SALIBY, 2009).

Com respeito aos componentes de custo da rede, tem-se que o custo total de ressuprimento, o

custo total de estoque de segurança e o custo total de estoque em trânsito são maiores para a

modalidade ferroviária, independente da regra de alocação de estoques adotada na rede de

distribuição. Já o custo total de distribuição, o custo total de estoque de ciclo e o custo total de

emissão de carbono são maiores para a rodovia, pelo menos para os parâmetros considerados

nas análises. O custo total da rede, por sua vez, também apresenta diferença de mediana

estatisticamente significativa entre os modais, tanto na política de centralização total como na

política mista, sendo os menores valores obtidos nos cenários para o modal rodoviário.

Confrontando-se ambas as políticas no que diz respeito a esses componentes do custo total, é

possível perceber, para um mesmo modal de transporte, que os valores de todas as parcelas de

custo, bem como o custo total da rede, aumentam na política mista. A única exceção é o custo

total de distribuição, que diminui com o aumento de pontos de estocagem na rede,

provavelmente em decorrência da maior proximidade em relação aos clientes finais.

O Quadro 24 resume os testes de Kruskal-Wallis e Mediana, caracterizando os modais de

transporte em termos dos parâmetros de entrada que apresentaram diferença estatisticamente

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98

significativa em suas medianas, para cada uma das políticas de alocação de estoques

observadas nas análises.

Quadro 24 – Caracterização dos modais de transporte em termos dos parâmetros de entrada do modelo de otimização.

5.2.2 Análise do Custo Total

Como a observação do comportamento das diversas variáveis sob os diferentes modais de

transporte para cada uma das políticas de alocação de estoques não revela todo o contexto em

que a configuração ótima da rede é encontrada, análises similares para os custos totais

mínimos se fazem necessárias. Conforme explicado no capítulo anterior, a comparação

cenário a cenário dos casos rodoviário e ferroviário permitiu definir aqueles de menor custo

total, que serviram de base para esta análise.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviário

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviário

Lead-time de ressuprimento dos armazéns Baixo Alto Baixo Alto

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento dos armazéns Baixo Alto Baixo Alto

Lead-time de distribuição entre os armazéns e os mercados Baixo Alto Baixo Alto

Custo unitário de transporte entre os armazéns e os mercados Alto Baixo Alto Baixo

Custo unitário de manutenção de estoques nos armazéns Alto Baixo Baixo Alto

Custo unitário e diário de ressuprimento dos armazéns Alto Baixo Alto Baixo

Custo unitário de emissão de carbono Baixo Alto Alto Baixo

Peso do produto Baixo Alto Alto Baixo

Fator de emissão de carbono Alto Baixo Alto Baixo

LTMax/LTMin - - Alto Baixo

CEstMax/CEstMin - - Alto Baixo

S/CEstMin Alto Baixo Alto Baixo

S/CEstMax Alto Baixo Alto Baixo

S/CPMin Alto Baixo Alto Baixo

S/CPMax Alto Baixo Alto Baixo

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos 5 armazéns Baixo Alto Baixo Alto

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de ressuprimento

dos 5 armazénsBaixo Alto Baixo Alto

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos 5 armazéns Baixo Alto Baixo Alto

Média aritmética dos custos unitários de transporte de distribuição nos

5 armazénsAlto Baixo Alto Baixo

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos armazéns

abertosBaixo Alto Baixo Alto

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de ressuprimento

dos armazéns abertosBaixo Alto Baixo Alto

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos armazéns abertos Baixo Alto Baixo Alto

Média aritmética dos custos unitários de transporte de distribuição nos

armazéns abertosAlto Baixo Alto Baixo

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques nos armazéns

abertosAlto Baixo Alto Baixo

Nome da Variável

Centralização Total Mista

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99

Em 9.805 dos 10.000 cenários simulados, o modal rodoviário levou à minimização dos custos

totais. Nos demais cenários, os custos totais foram mínimos quando da utilização do modal

ferroviário. Esse resultado está em linha com as conclusões de Pereira e Wanke (2004), que

constataram, para seis grandes setores da economia brasileira, que o modal rodoviário é

preferível ao ferroviário em termos de custos totais.

Os resultados dos testes de Kruskal-Wallis e Mediana são exibidos no Quadro 25 apenas para

as variáveis que apresentaram diferença de mediana estatisticamente significativa (p < 0,05)

entre os dois grupos de análise – rodovia e ferrovia. O Apêndice E mostra os resultados

completos desses testes. É importante destacar que somente os parâmetros gerados a partir de

distribuições uniformes idênticas para ambos os modais de transporte são alvo desta análise.

Quadro 25 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos do custo total.

Como exposto anteriormente, de acordo com a literatura (WANKE e FLEURY, 2006), a

utilização do modal rodoviário é favorecida em circunstâncias em que o volume ou o peso

total a ser transportado é pequeno, o valor agregado dos produtos é alto, bem como o

coeficiente de variação das vendas e a flutuação da operação, para as quais a ênfase maior

recai sobre a flexibilidade de resposta.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 4 0,012 -0,146 3,968 0,046 5,026 0,025

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 5 0,000 0,260 12,259 0,000 9,671 0,002

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 1 0,514 0,554 8,789 0,003 10,591 0,001

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 3 0,515 0,457 26,086 0,000 20,759 0,000

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 4 0,513 0,479 9,953 0,002 5,026 0,025

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 5 0,516 0,494 6,649 0,010 3,813 0,051

Custo unitário de emissão de carbono 0,012 0,018 192,178 0,000 135,572 0,000

Peso do produto 0,977 1,683 243,806 0,000 182,895 0,000

Custo total de distribuição 377,893 246,520 571,794 0,000 198,878 0,000

Custo total de transporte (ressuprimento e distribuição) 1.203,000 1.075,435 44,259 0,000 34,315 0,000

Custo total de estoque de ciclo 178,887 134,807 158,670 0,000 122,434 0,000

Custo total de estoque de segurança 286,254 489,406 288,769 0,000 128,919 0,000

Custo total de estoque em trânsito 1.092,857 1.884,694 520,673 0,000 198,878 0,000

Custo total de emissão de carbono 543,885 288,311 119,643 0,000 160,175 0,000

Custo total da rede (transporte, estoques e emissão de

carbono)3.378,882 3.940,824 134,949 0,000 113,019 0,000

CEstMax/CEstMin 1,563 1,625 14,699 0,000 7,955 0,005

CPMax/CPMin 2,435 2,361 4,785 0,029 2,767 0,096

CP/CEst_Armazém3 81,117 91,031 11,452 0,001 6,407 0,011

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos 5 armazéns0,516 0,505 14,149 0,000 5,026 0,025

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos armazéns abertos0,482 0,402 174,472 0,000 109,965 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

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100

Por sua vez, a opção pela ferrovia é favorecida em circunstâncias nas quais o objetivo

principal é a exploração de economias de escala no transporte de cargas, onde o volume ou o

peso total a ser transportado é considerável, os produtos apresentam custos baixos e a

flutuação da operação é pequena, assim como a amplitude das vendas (WANKE e FLEURY,

2006).

Considerando-se o aspecto ambiental, Chaabane et al. (2008) apontam que, em cenários de

menor custo de emissão de carbono, o meio de transporte selecionado é aquele de menor

custo logístico total. À medida que os custos de emissão aumentam, a opção incide sobre os

modais menos poluentes.

Nesse contexto, os resultados dos testes não-paramétricos para os custos mínimos totais

corroboram os achados teóricos. Observa-se que os cenários rodoviários ótimos que levaram à

minimização dos custos da rede apresentam, à exceção do armazém 1, custos de manutenção

de estoques maiores do que aqueles encontrados nos cenários ferroviários ótimos. Tal

resultado é enfatizado pela média aritmética dos custos de manutenção de estoques nos cinco

possíveis armazéns, bem como pela média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos armazéns abertos, que também apresentam valores mais elevados para a rodovia.

Adicionalmente, para os casos rodoviários, o custo unitário de emissão de carbono e o peso do

produto transportado na rede logística otimizada são menores quando comparados ao custo

unitário de emissão e ao peso vigentes para o modal ferroviário. O fato de haver diferença

estatisticamente significativa entre as medianas dessas variáveis demonstra que os parâmetros

ambientais afetam a otimização da rede logística – e, por conseguinte, a decisão do modal –,

embora, provavelmente, em uma escala menor do que outras variáveis do modelo.

Finalmente, como esperado, dos componentes de custos que apresentaram diferenças

estatisticamente significativas entre suas medianas, os custos totais de distribuição, transporte

(ressuprimento e distribuição), estoque de ciclo e emissão de carbono são maiores nos casos

em que a rodovia é utilizada, enquanto o custo total de estoque de segurança e o custo total de

estoque em trânsito são maiores na ferrovia. Mesmo apresentando um número maior de

parcelas de custos mais elevados, o uso do modal rodoviário culmina em redes logísticas de

menores custos totais, pelo menos para os parâmetros avaliados neste estudo. Embora os

custos de transporte sejam maiores nessa opção, a consideração simultânea dos custos de

estoque e transporte demonstra que a falta de análise em termos dos custos logísticos totais

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101

pode levar a decisões errôneas quando se trata da escolha acerca do modal a ser utilizado.

Ainda que possua custos de transporte mais competitivos, o modal ferroviário leva a um

maior custo logístico total em função dos elevados níveis de estoque mantidos na rede para

compensar os longos transit-times e suas respectivas variações.

Esses resultados, no entanto, podem estar viesados pelo fato de a análise ter sido conduzida

para tipos de cargas diferentes. A fim de se evitar distorções quanto ao impacto dos diferentes

modais de transporte sobre os custos da rede, o ideal é que os testes sejam desmembrados em

termos do peso transportado, de forma a viabilizar a comparação entre cargas iguais – cargas

leves x cargas leves; cargas pesadas x cargas pesadas. Para tanto, os 10.000 cenários

analisados foram divididos em quatro grupos de acordo com as suas faixas de peso, definidas

pelos quartis dos cenários ferroviários (Quadro 26).

Quadro 26 – Componentes de custo da rede pesquisada em termos do custo total para os grupos de peso.

Ao avaliar as medianas do custo total da rede, porém, o modal ferroviário não se revela mais

vantajoso do que o rodoviário em nenhuma das categorias de peso. Desconsiderando-se o

custo de estoque em trânsito – que é a parcela mais representativa no custo total dos cenários

ferroviários –, a situação se inverte e a ferrovia passa a ser preferível em relação à rodovia.

Tal achado demonstra a necessidade de se aprimorar o desempenho de alternativas de

transporte menos poluentes, como a ferrovia, de modo a torná-las suficientemente

competitivas frente às demais opções. No contexto brasileiro, é razoável supor que, nos

próximos anos, com os investimentos decorrentes do Plano Nacional de Logística e

Transporte (PLNT) do governo, a velocidade média das ferrovias aumente, reduzindo a

diferença do estoque em trânsito para as rodovias e, consequentemente, o custo total da rede.

O Quadro 27 resume os testes de Kruskal-Wallis e Mediana para a análise do custo total,

caracterizando os modais de transporte em termos dos parâmetros de entrada que

apresentaram diferença estatisticamente significativa em suas medianas.

Ressuprimento Distribuição TransporteEstoque de

Ciclo

Estoque de

Segurança

Estoque em

Trânsito

Emissão de

CO2

Custo Total

Rede

Rodovia 796 383 1.178 173 283 1.072 420 3.209

Ferrovia 803 251 1.062 129 482 1.800 236 3.751

Rodovia 872 365 1.239 192 294 1.135 843 3.759

Ferrovia 816 243 1.045 141 496 1.861 301 3.993

Rodovia 954 361 1.313 200 297 1.177 914 3.915

Ferrovia 817 248 1.075 127 447 1.881 324 3.934

Rodovia 925 357 1.272 199 296 1.172 932 3.931

Ferrovia 848 247 1.089 139 515 2.054 302 4.319

Grupo 1

Grupo 2

Grupo 3

Grupo 4

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102

Quadro 27 – Caracterização dos modais de transporte em termos dos parâmetros de entrada do modelo de otimização.

As ideias discutidas nesta seção permitem responder às questões f., g. e h. dos objetivos

específicos desta pesquisa, fechando, com isso, a análise de resultados. O próximo tópico

apresentará uma perspectiva gerencial para os temas aqui abordados, decorrentes da aplicação

do modelo proposto.

5.3 IMPLICAÇÕES GERENCIAIS

Os resultados observados nesta pesquisa proveem insights para os tomadores de decisão e

comprovam a relevância do planejamento de redes logísticas para a realidade empresarial.

Sob uma perspectiva gerencial, o modelo proposto fornece um meio pelo qual estratégias de

localização de instalações, alocação de estoques e transportes podem ser avaliadas por uma

organização. Dessa forma, esse modelo poderia ser usado, entre outras finalidades, para a

verificação do impacto de uma variação no modal de transporte utilizado sobre o número de

armazéns abertos na rede, bem como sobre o volume de estoques a ser mantido nas

instalações.

Ao considerar a interdependência entre essas estratégias, o presente trabalho ratifica uma

característica inerente à abordagem da logística empresarial: a análise do custo total. Tal

análise exige que os gestores considerem os trade-offs de custos intrínsecos ao sistema,

reconhecendo, assim, a inter-relação entre as variáveis logísticas em suas decisões.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviário

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 4 Alto Baixo

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 5 Baixo Alto

Custo unitário de manutenção de estoques nos armazéns Alto Baixo

Custo unitário de emissão de carbono Baixo Alto

Peso do produto Baixo Alto

CEstMax/CEstMin Baixo Alto

CPMax/CPMin Alto Baixo

CP/CEst_Armazém3 Baixo Alto

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques nos 5

armazénsAlto Baixo

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques nos armazéns

abertosAlto Baixo

Nome da Variável

Custo Total

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103

Na ausência de uma abordagem de custo total, determinada empresa poderia optar, por

exemplo, pela utilização de um modal de transporte mais barato, que minimizasse o custo de

distribuição. Isso, entretanto, não garantiria a minimização do custo da rede como um todo,

uma vez que a escolha por serviços de transporte de baixo custo – normalmente menos ágeis e

de menor confiabilidade – implicaria em um maior nível de estoques no canal. Ao menos que

o custo de manutenção desses estoques pudesse ser compensado pela redução no custo de

transporte, o custo logístico total seria penalizado, como comprovam os resultados deste

estudo.

O conceito de custo total fornece, portanto, um framework analítico para auxiliar os gestores

nas considerações acerca do impacto de decisões logísticas sobre os componentes de custo da

rede. A Figura 7 sintetiza os trade-offs existentes na configuração da rede de distribuição,

destacando um importante aspecto desses trade-offs relacionado à escolha dos modais de

transporte.

Figura 7 – Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes

de custo da rede de distribuição.

Conforme visto acima, a incorporação do custo de emissão de carbono à estratégia de

otimização da rede adiciona um novo fator ao tradicional desafio de balancear estoques versus

transporte na cadeia de suprimentos. Assim, esse modelo torna-se útil também para que os

gerentes avaliem o impacto de variações nos preços do carbono sobre as cadeias de

suprimentos por eles gerenciadas.

Embora a taxação das emissões de carbono nas atividades de transporte ainda não seja uma

realidade no cenário de negócios brasileiro, regulamentações futuras irão, sem dúvida,

prescrever formas de redução dessas emissões. As empresas precisarão, então, reorganizar

suas operações como forma de atender as novas exigências legais. Nesse contexto, os

resultados dos testes não-paramétricos para a análise de custo total podem ajudar os gestores a

Modal RodoviárioCusto unitário de transporte alto

Lead-time baixoFator de emissão de carbono alto

Modal FerroviárioCusto unitário de transporte baixo

Lead-time altoFator de emissão de carbono baixo

Transporte Estoques

Segurança Trânsito

Emissão CO2

Custo total maior

Custo total menor

Ciclo

Total

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104

readequar suas cadeias de suprimentos, ao revelarem as características dos produtos e da

operação mais apropriadas à adoção de cada um dos modais de transporte (Figura 8).

Figura 8 – Espectro de opções de transporte de acordo com as características dos produtos e da operação.

Altos custos de manutenção de estoques associados a pesos e custos unitátios de emissão de

carbono baixos favorecem a utilização de modais de transporte de melhor desempenho, porém

mais poluentes, como o rodoviário. No extremo oposto do espectro de opções de transporte,

baixos custos de manutenção de estoques combinados com elevados pesos e custos de

emissão de carbono beneficiam a adoção de modais mais lentos e menos poluentes, como o

ferroviário.

Modal FerroviárioCusto unitário de transporte baixo

Lead-time altoFator de emissão de carbono baixo

Modal RodoviárioCusto unitário de transporte alto

Lead-time baixoFator de emissão de carbono alto

Custo unitário de manutenção de estoqueBaixo Alto

Peso do produto

Custo unitário de emissão de carbono

Alto

Alto

Baixo

Baixo

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105

6 CONCLUSÕES

Esta pesquisa desenvolveu um modelo de programação não-linear para a localização de

armazéns em uma rede de distribuição, que minimiza os fatores de estoque, transporte e

emissão de carbono simultaneamente. O modelo proposto permitiu uma maior compreensão

acerca dos diferentes trade-offs existentes entre os componentes de custos relevantes para o

planejamento de redes logísticas e diferenciou-se de outros encontrados na literatura ao

adicionar parâmetros de estoques e variáveis ambientais à tradicional abordagem de

localização de instalações baseada em custos de transporte. Análises de sensibilidade foram

conduzidas via simulação para os modais de transporte rodoviário e ferroviário.

Posteriormente, os resultados foram analisados em termos da política de alocação de estoques

adotada e do custo ótimo total, como forma de possibilitar um melhor entendimento quanto ao

uso de diferentes alternativas de transporte sobre a configuração e o custo total da rede

estudada.

A primeira conclusão que pode ser inferida do trabalho diz respeito à eficácia do algoritmo

LGO, presente no software AIMMS, na otimização dos custos da rede. Para os 20.000

cenários aleatórios gerados na análise de sensibilidade, os custos mínimos globais da rede

foram encontrados satisfatoriamente. O emprego desse algoritmo possibilitou, com isso, o

cumprimento dos objetivos específicos deste estudo quanto à determinação do número de

armazéns a serem abertos na rede e suas respectivas localizações, dos mercados atendidos por

cada um dos armazéns e em qual proporção, além dos níveis ótimos de estoque de ciclo e de

segurança a serem mantidos em cada localidade.

No que tange à frequência de ocorrência das políticas de alocação de estoques, foi possível

concluir que o modelo proposto apresenta uma tendência à descentralização dos estoques,

tanto para o modal rodoviário quanto para o ferroviário. Ao se considerar os custos de

oportunidade de manter estoques de ciclo, em trânsito e de segurança integrados ao modelo de

localização, a política mista – orientada para a redução dos custos de distribuição e estoques

em trânsito – predomina comparativamente à política de centralização total – voltada para a

redução dos custos de ressuprimento e manutenção dos estoques de segurança –, pelo menos

para os parâmetros de entrada considerados no problema.

As análises relativas à caracterização dos modais de transporte em função dos parâmetros

utilizados nas análises de sensibilidade, para cada uma das políticas de alocação de estoques

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106

adotadas na otimização, indicaram que os lead-times de ressuprimento e distribuição e o

desvio-padrão do lead-time de ressuprimento apresentam valores mais elevados para a

ferrovia, enquanto os custos unitários de transporte de distribuição, os custos unitários de

ressuprimento e o fator de emissão de carbono apresentam valores mais elevados para a

rodovia. Esses resultados independem da política e refletem as características de operação das

opções de transporte consideradas neste estudo. Especificamente quando da adoção da

política mista, a rodovia caracteriza-se por menores custos de manutenção de estoques nos

armazéns e maiores custo unitário de emissão de CO2, peso do produto, amplitude dos lead-

times de ressuprimento e amplitude dos custos de manutenção de estoques em relação à

ferrovia. Nos casos de centralização total, ao contrário, a rodovia é caracterizada por maiores

custos de manutenção de estoques e menores custo unitário de emissão de carbono e peso do

produto em comparação ao modal ferroviário.

Por sua vez, a análise do custo ótimo total viabilizou a avaliação quanto ao impacto exercido

por cada modal de transporte sobre o custo global da rede estudada, revelando que, ao menos

para os parâmetros considerados nesta pesquisa, a utilização da rodovia leva à minimização

dos custos totais em 98% dos cenários simulados. Tal achado reforça a teoria de que o custo

total constitui uma peça central para o escopo e o projeto de sistemas logísticos. Dadas as

alternativas de serviço de transporte, a melhor opção corresponderá àquela obtida mediante a

compensação entre o custo direto de utilização desse serviço e o efeito indireto do custo sobre

os níveis de estocagem no canal logístico, decorrentes do desempenho do modal selecionado.

Os resultados demonstraram ainda que custos de manutenção de estoques elevados associados

a pesos e custos unitários de emissão de carbono baixos beneficiam o modal rodoviário. Na

medida em que os custos de emissão aumentam, bem como os pesos dos produtos

transportados, e os custos de manutenção de estoques diminuem, o uso da ferrovia torna-se

preferível.

No entanto, dado que os incrementos no custo de emissão de carbono não demonstraram ter

sido suficientes para tornar o modal ferroviário mais atrativo do que a rodovia em termos de

custo total na quase totalidade dos cenários testados, é provável que a imposição de taxações

no futuro não seja, por si só, eficaz na redução das emissões de CO2. Nesse contexto, para que

as organizações consigam, de fato, reduzir a pegada de carbono de suas cadeias de

suprimentos sem prejuízos ao desempenho das operações como um todo, o aprimoramento do

desempenho de alternativas de transporte menos poluentes se fará necessário.

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107

6.1 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

Embora esta pesquisa apresente um diferencial em relação à maior parte daquelas encontradas

na literatura ao incluir, simultaneamente, custos de estoque e transporte como componentes de

sua função objetivo, a não consideração de restrições de balanço de massa para o equilíbrio

dos fluxos de produto entre a fábrica e os armazéns, e entre estes e os mercados

consumidores, levou à formulação de um modelo matemático simplificado. Por esse motivo, a

escolha do modal de transporte, que constitui um importante aspecto na determinação do

desenho de uma rede logística, foi negligenciada, tendo sido assumida como uma etapa prévia

à otimização. Na tentativa de compensar essa limitação e ainda possibilitar a avaliação de

importantes trade-offs entre as diferentes opções de modal, as análises de sensibilidade foram

conduzidas para dois grupos de teste, cada um representando uma alternativa de transporte:

rodoviário e ferroviário.

No entanto, uma extensão desse modelo, capaz de agregar a decisão sobre o tipo de transporte

a ser utilizado, é importante para uma completa compreensão e um melhor balanceamento dos

trade-offs entre os vários elementos de custo. Além disso, tal extensão aumentaria a

aplicabilidade prática do modelo ao tornar a condução das análises mais simples, eliminando

a necessidade de uma rodada de teste para cada alternativa de modal avaliada.

Ao incorporar no modelo a decisão da escolha do modal, seria interessante torná-lo flexível o

bastante para tratar essa decisão de maneira independente entre os diferentes fluxos da cadeia.

Dessa forma, tornar-se-ia viável a utilização de um dado modal na transferência de produtos

da fábrica para os armazéns e de outro no atendimento ao mercado. Do mesmo modo,

contemplar opções multimodais de transporte também é recomendável, pois, ainda que

complexo, conferiria ao modelo uma boa capacidade de refletir a realidade das operações

logísticas na prática.

No que tange ao aspecto ambiental, a quantificação das emissões de carbono neste trabalho

limitou-se às atividades de transporte. Porém, emissões provenientes de outras fontes da rede

de distribuição – como as fábricas e os armazéns, por exemplo – poderiam ser integradas ao

modelo proposto, possibilitando uma avaliação mais ampla do papel desempenhado pelas

cadeias de suprimentos na preservação do meio ambiente.

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108

Adicionalmente, o desenvolvimento de um modelo matemático cuja função objetivo estivesse

direcionada para a minimização das emissões de CO2 ao invés da minimização dos custos

poderia contribuir para o completo entendimento do trade-off entre as dimensões econômica e

ambiental.

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109

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116

APÊNDICES

APÊNDICE A – CÓDIGO PARA OTIMIZAÇÃO E SIMULAÇÃO ESCRITO NA

LINGUAGEM DO SOFTWARE AIMMS 3.10.

MAIN MODEL Main_InstalaArmazem

SECTION EntradaDados

PROCEDURE

identifier : DadosIniciais

body :

!Inicializa os conjuntos

empty Armazens;

empty Consumid;

empty Analises;

!Lê o arquivo com os dados de entrada

read from file "DadosEntrada001.txt" !5 mercados, 5 armazéns

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION EntradaDados ;

SECTION SaidaDados

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : Cont ;

PARAMETER:

identifier : Cont2 ;

STRING PARAMETER:

identifier : Info ;

FILE:

identifier : Resultados

device : disk

mode : replace ;

FILE:

identifier : Resultados2

device : disk

mode : replace ;

FILE:

identifier : EntReplica

device : disk

mode : replace ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : EscreveEntradas

body :

put EntReplica;

put "Analises:=data{", /;

for (a) do

if a=Last(Analises) then

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117 put @16, FormatString("%e", a), /;

else

put @16, FormatString("%e,", a), /;

endif;

endfor;

put @16, "};", //;

put "COMPOSITE TABLE", /;

put @16, "a", @37, "SReg", @58, "CEReg", @79, "FatorEmissaoReg", @100,

"PesoReg", /;

for (a) do

put @16, FormatString("%e", a), @37, SReg(a):<20:15, @58,

CEReg(a):<20:15,

@79, FatorEmissaoReg(a):<20:15, @100, PesoReg(a):<20:15, /;

endfor;

put @16, ";", //;

put "COMPOSITE TABLE", /;

put @16, "a", @37, "w", @58,"LTReg", @79, "DesvPadLTReg", @100, "kReg",

@121, "CustoManutEstReg", @142, "CustoColocPedidoReg", @163,

"DistArmReg", /;

for (a) do

for (w) do

put @16, FormatString("%e", a), @37, FormatString("%e", w),

@58,LTReg(a,w):<20:15, @79,

DesvPadLTReg(a,w):<20:15,

@100, kReg(a,w):<20:15, @121,

CustoManutEstoqReg(a,w):<20:15,

@142,

CustoColocPedidoReg(a,w):<20:15, @163, DistArmReg(a,w):<20:15, /;

endfor;

endfor;

put @16, ";", //;

put "COMPOSITE TABLE", /;

put @16, "a", @37, "c", @58,"DemandaReg", @79, "DesvPadDemReg", /;

for (a) do

for (c) do

put @16, FormatString("%e", a), @37, FormatString("%e", c),

@58, DemandaReg(a,c):<20:15, @79,

DesvPadDemReg(a,c):<20:15, /;

endfor;

endfor;

put @16, ";", //;

put "COMPOSITE TABLE", /;

put @16, "a", @37, "w", @58,"c", @79, "CustoUnitTranspReg", @100,

"LTDistribReg",

@121, "DistMercadoReg", /;

for (a) do

for (w) do

for (c) do

put @16, FormatString("%e", a), @37,

FormatString("%e", w),

@58,FormatString("%e", c), @79,

CustoUnitTranspReg(a,w,c):<20:15,

@100, LTDistribReg(a,w,c):<20:15,

@121, DistMercadoReg(a,w,c):<20:15, /;

endfor;

endfor;

endfor;

put @16, ";", //;

put "COMPOSITE TABLE", /;

put @16, "a", @37, "c", @58,"cc", @79, "CorrDemConsumReg", /;

for (a) do

for (c) do

for (cc) do

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

118 put @16, FormatString("%e", a), @37,

FormatString("%e", c),

@58,FormatString("%e", cc), @79,

CorrDemConsumReg(a,c,cc):<20:15, /;

endfor;

endfor;

endfor;

put @16, ";", //;

putclose EntReplica

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : EscreveSaidaPersonal

body :

put Resultados;

put "Acompanhamento da Analise", //;

put @16, "," ,"SituacaoAnalise":<35, "," , "CustoTotRede":<20, ",",

"CustoTotTransp":<20, ",", "CustoTotEstCiclo":<20, ",",

"CustoTotEstSeg":<20, ",", "CustoTotEstTrans":<20, ",",

"CustoTotEmissaoCO2":<20, /;

for (a) do

put a:<16, @16, ",", SituaAnaliseReg(a):<35, ",",

CustoTotReg(a):<20:2, ",", CustoTotTranspReg(a):<20:2, ",",

CustoTotEstCicloReg(a):<20:2, ",",

CustoTotEstSegReg(a):<20:2, ",", CustoTotEstTransReg(a):<20:2, ",",

CustoTotEmissaoCO2Reg(a):<20:2;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "," , "CustoTotRede":<15, "," , "Armaz01":<15 , "," ,

"Armaz02":<15 , "," , "Armaz03":<15 , "," ,

"Armaz04":<15 , "," , "Armaz05":<15 , /;

for (a) do

put a:<16, @16, ",", CustoTotReg(a):<15:5;

for (w) do

put "," , sqrt(2*sum[c,

DemandaReg(a,c)]*CustoColocPedidoReg(a,w)*CustoManutEstoqReg(a,w)):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Alocacao dos Mercados aos Armazens":<, /;

for (a) do

put /;

put @16, "," , a:<15. /;

put @16;

for (c) do

put "," , c:<15;

endfor;

put /;

for (w) do

put w:<15, @16;

for (c) do

put "," , YReg(a,w,c):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

endfor;

put //;

put @16, "Quantidade Transportada ou Estoque Total":<, /;

for (a) do

put /;

Page 121: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

119 put @16, "," , a:<15. /;

put @16;

for (c) do

put "," , c:<15;

endfor;

put "," , "Total":<15;

put /;

for (w) do

put w:<15, @16;

for (c) do

put "," , TransporteReg(a,w,c):<15:5;

endfor;

put "," , sum[c,TransporteReg(a,w,c)]:<15:5;

put /;

endfor;

endfor;

put //;

put @16, "Custo Unitario de Manutencao de Estoques nos Armazens":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , CustoManutEstoqReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Custo de Colocacao de Pedidos":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , CustoColocPedidoReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Lead Time de Ressuprimento dos Armazens":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , LTReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Desvio Padrao do LT de Ressuprimento dos Armazens":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

120 put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , DesvPadLTReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Lead Time de Distribuição":<, /;

for (a) do

put /;

put @16, "," , a:<15. /;

put @16;

for (c) do

put "," , c:<15;

endfor;

put /;

for (w) do

put w:<15, @16;

for (c) do

put "," , LTDistribReg(a,w,c):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

endfor;

put //;

put @16, "LEC":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , LECReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Numero de Ressuprimentos":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , NumRessupReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Estoque de Ciclo nos Armazens":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

121 put "," , EstoqCicloReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Estoque de Seguranca nos Armazens":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , EstoqSegReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Demanda Agregada nos Armazens":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , DemandaAgregReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Desvio-Padrao da Demanda Agregada em Cada Armazem Durante o

LT":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , DesvPadDemLTAgregReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Variancia da Demanda Agregada em Cada Armazem":<, /;

put @16;

for (w) do

put "," , w:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (w) do

put "," , VarDemAgregReg(a,w):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Custos Unitarios de Transporte":<;

Page 124: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

122 for (a) do

put /;

put @16, "," , a:<15. /;

put @16;

for (c) do

put "," , c:<15;

endfor;

put /;

for (w) do

put w:<15, @16;

for (c) do

put "," , CustoUnitTranspReg(a,w,c):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

endfor;

put //;

put @16, "Demanda Individual dos Mercados":<, /;

put @16;

for (c) do

put "," , c:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (c) do

put "," , DemandaReg(a,c):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Desvio-Padrao da Demanda Individual dos Mercados":<, /;

put @16;

for (c) do

put "," , c:<15;

endfor;

put /;

for (a) do

put a:<15, @16;

for (c) do

put "," , DesvPadDemReg(a,c):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

put //;

put @16, "Correlacao entre as Demandas Individuais dos Mercados":<;

for (a) do

put /;

put @16, "," , a:<15. /;

put @16;

for (c) do

put "," , c:<15;

endfor;

put /;

for (c) do

put c:<15, @16;

for (cc) do

put "," , CorrDemConsumReg(a,c,cc):<15:5;

endfor;

put /;

endfor;

endfor;

put //;

Page 125: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

123 put @16, "," ,"Custo de Emissao":<20, "," , "Peso do Produto":<20, ",",

"Fator de Emissao":<20, ",", "Custo Ressuprimento":<20, ",",

"Estoque em Trânsito":<20, ",", "Emissao Total":<20, /;

for (a) do

put a:<16, @16, ",", CEReg(a):<20:2, ",", PesoReg(a):<20:2, ",",

FatorEmissaoReg(a):<20:2, ",",

SReg(a):<20:2, ",", EstoqTransReg(a):<20:2, ",",

EmissaoTotReg(a):<20:2;

put /;

endfor;

put //;

putclose Resultados;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : EscreveSaidaPersonal2

body :

!OBS: Para que a linha completa pudesse ser escrita no arquivo ASCII, fez-

se necessária a alteração de algumas

!configurações do AIMMS. Isso foi feito no menu <Settings/Project

Options/AIMMS/Reporting/Listing format options>,

!modificando-se a opção <Listing page width> para o valor maximo (32767).

put Resultados2;

!Entra com o título da coluna para o nome da iteração

put FormatString("NumAnalise \t");

!Entra com o título da coluna para a demanda individual do mercado

Cont:=1;

for (c) do

Info:=FormatString("DMerc%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o desvio-padrão da demanda individual do

mercado

Cont:=1;

for (c) do

Info:=FormatString("SDMerc%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para a correlação entre os mercados

Cont:=1;

for (c) do

Cont2:=1;

for (cc) do

if (Cont2>Cont) then

Info:=FormatString("CorrMerc%i%i", Cont, Cont2);

put formatString("%s\t",Info);

Cont2+=1;

endif;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o lead time de ressuprimento dos

armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("LTArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

124 endfor;

!Entra com o título da coluna para o desvio-padrão do lead time de

ressuprimento dos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("SLTArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o lead time de distribuição dos armazéns

aos mercados

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

for (c) do

Info:=FormatString("LTDistribArm%iMerc%i", Cont, Cont2);

put formatString("%s\t",Info);

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o custo de transporte entre os armazéns

e os mercados

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

for (c) do

Info:=FormatString("CustoTranspArm%iMerc%i", Cont, Cont2);

put formatString("%s\t",Info);

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o fator de serviço

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("kArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o custo de manutenção de estoques

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("CustoUnitEstoqArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o custo de colocação de pedidos

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("CustoColocPedArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o titulo da coluna para, respectivamente, o custo de

ressuprimento, o custo de emissão de carbono,

!o peso do produto, o fator de emissão de carbono, o estoque em

trânsito, a emissão total de carbono,

!a situação da solução da análise, o custo total de transporte, o

custo total de estoque de ciclo,

Page 127: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

125 !o custo total de estoque de sergurança, o custo total de estoque

em trânsito, o custo total de emissão de carbono

!e o custo total da análise

put FormatString("CustoRessup(S) \t CustoEmissao \t Peso \t FatorEmissao \t

EstoqTrans \t EmissaoTot \t SituacaoAnalise \t CustoTotTransp \t CustoTotEstCiclo

\t CustoTotEstSeg \t CustoTotEstTrans \t CustoTotEmissaoCO2 \t CustoTotRede \t");

!Entra com o título da coluna para a alocação dos mercados aos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

For (c) do

Info:=FormatString("WArm%iMerc%i", Cont, Cont2);

put formatString("%s\t",Info);

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o LEC nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("LECArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o número de ressuprimentos nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("NumRessupArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o estoque de ciclo nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("ECArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para o estoque de segurança nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("ESArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para a demanda agregada nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("DemAgregArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para a variância da demanda agregada nos

armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("VarDemAgregArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

126 !Entra com o título da coluna para o desvio-padrão durante o LT da demanda

agregada nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Info:=FormatString("SLTDemAgregArm%i", Cont);

put formatString("%s\t",Info);

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o título da coluna para a quantidade total transportada

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

For (c) do

Info:=FormatString("QuantTranspArm%iMerc%i", Cont, Cont2);

put formatString("%s\t",Info);

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

put /;

!Escreve os dados para cada análise

for (a) do

!Entra com o nome da iteração

put FormatString("%e\t",a);

!Entra com a demanda individual do mercado

Cont:=1;

for (c) do

put FormatString("%n\t", DemandaReg(a,c));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o desvio-padrão da demanda individual do mercado

Cont:=1;

for (c) do

put FormatString("%n\t", DesvPadDemReg(a,c));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com a correlação entre os mercados

Cont:=1;

for (c) do

Cont2:=1;

For (cc) do

if (Cont2>Cont) then

put FormatString("%n\t",

CorrDemConsumReg(a,c,cc));

Cont2+=1;

endif;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o lead time de ressuprimento dos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", LTReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o desvio-padrão do lead time de ressuprimento dos

armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", DesvPadLTReg(a,w));

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

127 Cont+=1;

endfor;

!Entra com o lead time de distribuição dos armazéns aos mercados

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

For (c) do

put FormatString("%n\t", LTDistribReg(a,w,c));

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o custo de transporte entre os armazéns e os mercados

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

For (c) do

put FormatString("%n\t",

CustoUnitTranspReg(a,w,c));

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o fator de serviço

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", kReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o custo de manutenção de estoques

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", CustoManutEstoqReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o custo de colocação de pedidos

Cont:=1;

for (w) do

put formatString("%n\t",CustoColocPedidoReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra, respectivamente, com o custo de ressuprimento, o custo de

emissão de carbono, o peso do produto,

!o fator de emissão de carbono, o estoque em trânsito, a

emissão total de carbono, a situação da solução

!da análise, o custo total de transporte, o custo total de

estoque de ciclo, o custo total de estoque

!de sergurança, o custo total de estoque em trânsito, o

custo total de emissão de carbono e

!o custo total da análise

put FormatString("%n\t", SReg(a));

put FormatString("%n\t", CEReg(a));

put FormatString("%n\t", PesoReg(a));

put FormatString("%n\t", FatorEmissaoReg(a));

put FormatString("%n\t", EstoqTransReg(a));

put FormatString("%n\t", EmissaoTotReg(a));

put FormatString("%s\t", SituaAnaliseReg(a));

put FormatString("%n\t", CustoTotTranspReg(a));

put FormatString("%n\t", CustoTotEstCicloReg(a));

put FormatString("%n\t", CustoTotEstSegReg(a));

put FormatString("%n\t", CustoTotEstTransReg(a));

put FormatString("%n\t", CustoTotEmissaoCO2Reg(a));

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

128 put FormatString("%n\t", CustoTotReg(a));

!Entra com a alocação dos mercados aos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

for (c) do

put FormatString("%n\t", YReg(a,w,c));

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o LEC dos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", LECReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o número de ressuprimentos dos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", NumRessupReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o estoque de ciclo nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", EstoqCicloReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o estoque de segurança nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", EstoqSegReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com a demanda agregada nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", DemandaAgregReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com a variância da demanda agregada nos armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", VarDemAgregReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com o desvio-padrão durante o LT da demanda agregada nos

armazéns

Cont:=1;

for (w) do

put FormatString("%n\t", DesvPadDemLTAgregReg(a,w));

Cont+=1;

endfor;

!Entra com a quantidade total transportada

Cont:=1;

for (w) do

Cont2:=1;

for (c) do

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

129 put FormatString("%n\t", TransporteReg(a,w,c));

Cont2+=1;

endfor;

Cont+=1;

endfor;

put /;

endfor;

putclose Resultados2;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION SaidaDados ;

SECTION Simulacao

DECLARATION SECTION DeclarationLoopOtim

SET:

identifier : LoopsOtim

index : o ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : EsteLoop

range : LoopsOtim ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : LoopMin

range : LoopsOtim ;

STRING PARAMETER:

identifier : NomeLoop ;

STRING PARAMETER:

identifier : SituaAnaliseLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : ContOtim ;

PARAMETER:

identifier : ContOtimMax ;

PARAMETER:

identifier : YLoop

index domain : (o,w,c) ;

PARAMETER:

identifier : DemandaAgregLoop

index domain : (o,w) ;

PARAMETER:

identifier : VarDemAgregLoop

index domain : (o,w) ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadDemLTAgregLoop

index domain : (o,w) ;

PARAMETER:

identifier : LECLoop

index domain : (o,w) ;

PARAMETER:

identifier : EstoqCicloLoop

index domain : (o,w) ;

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

130

PARAMETER:

identifier : EstoqSegLoop

index domain : (o,w) ;

PARAMETER:

identifier : EstoqTransLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : TransporteLoop

index domain : (o,w,c) ;

PARAMETER:

identifier : EmissaoTotLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotTranspLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstCicloLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstSegLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstTransLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEmissaoCO2Loop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotLoop

index domain : (o) ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION

SET:

identifier : Analises

index : a ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : EstaAnalise

range : Analises ;

STRING PARAMETER:

identifier : Iterac ;

STRING PARAMETER:

identifier : Mensagem ;

PARAMETER:

identifier : NumAnalises ;

PARAMETER:

identifier : SMin ;

PARAMETER:

identifier : SMax ;

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

131 PARAMETER:

identifier : MinCustoColocPedido

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MaxCustoColocPedido

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MinCustoManutEstoq

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MaxCustoManutEstoq

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MinLT

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MaxLT

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MinLTDistrib

index domain : (w,c) ;

PARAMETER:

identifier : MaxLTDistrib

index domain : (w,c) ;

PARAMETER:

identifier : MinDesvPadLT

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MaxDesvPadLT

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : MinCustoUnitTransp

index domain : (w,c) ;

PARAMETER:

identifier : MaxCustoUnitTransp

index domain : (w,c) ;

PARAMETER:

identifier : MinDemanda

index domain : (c) ;

PARAMETER:

identifier : MaxDemanda

index domain : (c) ;

PARAMETER:

identifier : MinDesvPadDem

index domain : (c) ;

PARAMETER:

identifier : MaxDesvPadDem

index domain : (c) ;

PARAMETER:

identifier : MinCorrDemConsum

index domain : (c,cc) ;

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

132 PARAMETER:

identifier : MaxCorrDemConsum

index domain : (c,cc) ;

PARAMETER:

identifier : CEMin ;

PARAMETER:

identifier : CEMax ;

PARAMETER:

identifier : PesoMin ;

PARAMETER:

identifier : PesoMax ;

PARAMETER:

identifier : MinFatorEmissao ;

PARAMETER:

identifier : MaxFatorEmissao ;

STRING PARAMETER:

identifier : SituaAnaliseReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : SReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : CustoColocPedidoReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : CustoManutEstoqReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : LTReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : LTDistribReg

index domain : (a,w,c) ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadLTReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : kReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : CustoUnitTranspReg

index domain : (a,w,c) ;

PARAMETER:

identifier : DemandaReg

index domain : (a,c) ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadDemReg

index domain : (a,c) ;

PARAMETER:

identifier : CorrDemConsumReg

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

133 index domain : (a,c,cc) ;

PARAMETER:

identifier : CEReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : PesoReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : FatorEmissaoReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : DistArmReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : DistMercadoReg

index domain : (a,w,c) ;

PARAMETER:

identifier : YReg

index domain : (a,w,c) ;

PARAMETER:

identifier : DemandaAgregReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : VarDemAgregReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadDemLTAgregReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : LECReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : NumRessupReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : EstoqCicloReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : EstoqSegReg

index domain : (a,w) ;

PARAMETER:

identifier : EstoqTransReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : TransporteReg

index domain : (a,w,c) ;

PARAMETER:

identifier : EmissaoTotReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotTranspReg

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

134 index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstCicloReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstSegReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstTransReg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEmissaoCO2Reg

index domain : (a) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotReg

index domain : (a) ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Simula

body :

!Realiza as iterações da simulação

while (LoopCount<=NumAnalises) do !Faz o loop até que se atinja o número de

iterações desejado

!Mostra, na barra de status, qual a iteração está sendo rodada

Mensagem:=formatstring("Iteração Numero %n", LoopCount);

statusmessage(Mensagem);

!Mostra uma barra de evolução com a porcentagem das iteraçôes já

rodadas

!Percent:=100*LoopCount/NumAnalises;

!dialogprogress("Porcentagem de iterações realizadas", Percent);

if (TesteValida=0) then

!Sorteia o custo de colocação de pedidos de cada armazém

CustoColocPedido(w):=Uniform(MinCustoColocPedido(w),MaxCustoColocPedido(w));

!Sorteia o custo de manutenção de estoques de cada armazém

CustoManutEstoq(w):=Uniform(MinCustoManutEstoq(w),MaxCustoManutEstoq(w));

!Sorteia o LT de ressuprimento de cada armazém

LT(w):=Uniform(MinLT(w),MaxLT(w));

!Sorteia o desvio-padrão do LT de ressuprimento de cada

armazém

DesvPadLT(w):=Uniform(MinDesvPadLT(w),MaxDesvPadLT(w));

!Sorteia o LT de distribuição do armazém w ao mercado c

LTDistrib(w,c):=Uniform(MinLTDistrib(w,c),MaxLTDistrib(w,c));

!Sorteia o custo unitário de transporte entre fábricas e

armazéns

S:=Uniform(SMin,SMax);

!Sorteia o custo unitário de transporte entre cada armazém

e mercado

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135

CustoUnitTransp(w,c):=Uniform(MinCustoUnitTransp(w,c),MaxCustoUnitTransp(w,c));

!Sorteia a demanda de cada mercado

Demanda(c):=Uniform(MinDemanda(c),MaxDemanda(c));

!Sorteia o desvio-padrão da demanda de cada mercado

DesvPadDem(c):=Uniform(MinDesvPadDem(c),MaxDesvPadDem(c));

!Sorteia a correlação entre as demandas dos mercados

CorrDemConsum((c,cc) | cc=c):=0;

CorrDemConsum((c,cc) |

cc>c):=Uniform(MinCorrDemConsum(c,cc),MaxCorrDemConsum(c,cc));

CorrDemConsum((c,cc) | cc<c):=CorrDemConsum(cc,c);

!Sorteia o custo de emissão de carbono

CE:=Uniform(CEMin,CEMax);

!Sorteia o fator de emissão de carbono para o modal de

transporte

FatorEmissao:=Uniform(MinFatorEmissao,MaxFatorEmissao);

!Sorteia o peso do produto

Peso:=Uniform(PesoMin,PesoMax);

endif;

ContOtim:=1;

while (ContOtim <= ContOtimMax) do

!Inicializa a variável

if (ContOtim=1) then

Y(w,c):=0;

else

!Y(w,c):=Precision(Uniform(0,1), 2);

endif;

CustoTot:=0;

!Realiza a otimização

solve MinCustoTotPlan;

!Dá nome à iteracao da simulação

NomeLoop:=FormatString("Loop%i", ContOtim);

!Cria o elemento correspondente a iteração da simulação

EsteLoop:=StringToElement(LoopsOtim, NomeLoop);

if (not EsteLoop) then !Se o elemento não existe, o cria

SetElementAdd(LoopsOtim, EsteLoop, NomeLoop);

endif;

!Registro das variáveis do loop

!Registra o status da solução encontrada

switch MinCustoTotPlan.ProgramStatus do

'Optimal':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Solved:

Optimal";

'LocallyOptimal':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Solved:

LocallyOptimal";

'Unbounded':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

Unbounded";

'Infeasible':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

Infeasible";

'IntegerInfeasible':

Page 138: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

136 SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

IntegerInfeasible";

'LocallyInfeasible':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

LocallyInfeasible";

'IntermediateInfeasible':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Interrupted:

IntermediateInfeasible";

'IntermediateNonInteger':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Interrupted:

IntermediateNonInteger";

'IntermediateNonOptimal':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Interrupted:

IntermediateNonOptimal";

default:

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Not solved";

endswitch;

!Registra a alocação dos mercados aos armazéns

YLoop(EsteLoop,w,c):=Y(w,c);

!Registra a demanda agregada da cada armazém

DemandaAgregLoop(EsteLoop,w):=sum[c,Demanda(c)*Y(w,c)];

!Registra a variância da demanda agregada da cada armazém

VarDemAgregLoop(EsteLoop,w):=sum[ c, sqr(Y(w,c)) *

sqr(DesvPadDem(c)) ] +

2 * sum[ c, sum[ cc| cc > c, Y(w,c) * Y(w,cc) *

CorrDemConsum(c,cc) * DesvPadDem(c) * DesvPadDem(cc) ] ];

!Registra o desvio-padrão da demanda agregada durante o LT

DesvPadDemLTAgregLoop(EsteLoop,w):=sqrt(LT(w) * sum[c,

sqr(Y(w,c)) * sqr(DesvPadDem(c))] +

2 * LT(w) * sum[c, sum[cc| cc > c, Y(w,c) * Y(w,cc) *

CorrDemConsum(c,cc) * DesvPadDem(c) * DesvPadDem(cc)]]

+ sqr(DesvPadLT(w)) * sqr(sum[c, Demanda(c)*Y(w,c)]));

!Registra o LEC

LECLoop(EsteLoop,w):=sqrt(2*sum[c,Demanda(c)*Y(w,c)]*CustoColocPedido(w)/CustoManut

Estoq(w));

!Registra o estoque de ciclo

EstoqCicloLoop(EsteLoop,w):=LECLoop(EsteLoop,w)/2;

!Registra o estoque de segurança

EstoqSegLoop(EsteLoop,w):=k(w)*sqrt( LT(w) * sum[ c,

sqr(Y(w,c)) * sqr(DesvPadDem(c)) ] +

2 * LT(w) * sum[ c, sum[cc| cc > c, Y(w,c) * Y(w,cc) *

CorrDemConsum(c,cc) * DesvPadDem(c) * DesvPadDem(cc)]]

+ sqr(DesvPadLT(w)) * sqr(sum[c, Demanda(c)*Y(w,c)]));

!Registra o estoque em trânsito

EstoqTransLoop(EsteLoop):=sum[(w,c), LT(w) * Demanda(c) *

Y(w,c)] +

sum[(w,c), LTDistrib(w,c) *

Demanda(c) * Y(w,c)];

!Registra a quantidade transportada de cada armazém a cada

mercado

TransporteLoop(EsteLoop,w,c):=Demanda(c)*Y(w,c);

!Registra a quantidade total de emissão de carbono

EmissaoTotLoop(EsteLoop):=Peso * FatorEmissao * sum[(w,c),

DistArm(w) * Demanda(c) * Y(w,c)] +

Peso * FatorEmissao * sum[(w,c),

DistMercado(w,c) * Demanda(c) * Y(w,c)];

Page 139: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

137 !Registra o custo total de transporte

CustoTotTranspLoop(EsteLoop):=(sum[(w,c),

S*LT(w)*Demanda(c)*Y(w,c)] +

sum[(w,c),

CustoUnitTransp(w,c)*Demanda(c)*Y(w,c)]);

!Registra o custo total dos estoques de ciclo

CustoTotEstCicloLoop(EsteLoop):=sum[w, sqrt(2 *

sum[c,Demanda(c)*Y(w,c)] * CustoColocPedido(w) * CustoManutEstoq(w))];

!Registra o custo total dos estoques de segurança

CustoTotEstSegLoop(EsteLoop):=sum[w,

CustoManutEstoq(w)*k(w)*sqrt(LT(w) * sum[c, sqr(Y(w,c)) * sqr(DesvPadDem(c))] +

2 * LT(w) * sum[c, sum[cc| cc > c, Y(w,c) * Y(w,cc) *

CorrDemConsum(c,cc) * DesvPadDem(c) * DesvPadDem(cc)]]

+ sqr(DesvPadLT(w)) * sqr(sum[c, Demanda(c)*Y(w,c)]))];

!Registra o custo total dos estoques em trânsito

CustoTotEstTransLoop(EsteLoop):=sum[(w,c),

CustoManutEstoq(w) * LT(w) * Demanda(c) * Y(w,c)] +

sum[(w,c), CustoManutEstoq(w) *

LTDistrib(w,c) * Demanda(c) * Y(w,c)];

!Registra o custo total das emissões de carbono

CustoTotEmissaoCO2Loop(EsteLoop):=CE * Peso * FatorEmissao

* sum[(w,c), DistArm(w) * Demanda(c) * Y(w,c)] +

CE * Peso * FatorEmissao *

sum[(w,c), DistMercado(w,c) * Demanda(c) * Y(w,c)];

!Registra o custo total da rede

CustoTotLoop(EsteLoop):=CustoTot;

!Fim do registro das variáveis do loop

ContOtim+=1;

endwhile;

!Determina o loop no qual ocorreu o mínimo

LoopMin:=ArgMin[o, CustoTotLoop(o)];

!Dá nome à iteracao da simulação

if (LoopCount<10) then

Iterac:=FormatString("Analise0000%i", LoopCount);

elseif ((LoopCount>=10) and (LoopCount<100)) then

Iterac:=FormatString("Analise000%i", LoopCount);

elseif ((LoopCount>=100) and (LoopCount<1000)) then

Iterac:=FormatString("Analise00%i", LoopCount);

elseif ((LoopCount>=1000) and (LoopCount<10000)) then

Iterac:=FormatString("Analise0%i", LoopCount);

else

Iterac:=FormatString("Analise%i", LoopCount);

endif;

!Cria o elemento correspondente à iteração da simulação

EstaAnalise:=StringToElement(Analises, Iterac);

if (not EstaAnalise) then !Se o elemento não existe, o cria

SetElementAdd(Analises, EstaAnalise, Iterac);

endif;

!Registrto dos dados de entrada

!Registra o fator de serviço de pedidos de cada armazém

kReg(EstaAnalise,w):=k(w);

!Registra o custo de colocação de pedidos de cada armazém

CustoColocPedidoReg(EstaAnalise,w):=CustoColocPedido(w);

Page 140: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

138 !Registra o custo unitário de manutenção de estoques de cada

armazém

CustoManutEstoqReg(EstaAnalise,w):=CustoManutEstoq(w);

!Registra o LT de ressuprimento de cada armazém

LTReg(EstaAnalise,w):=LT(w);

!Registra o desvio-padrão do LT de ressuprimento de cada armazém

DesvPadLTReg(EstaAnalise,w):=DesvPadLT(w);

!Registra o LT de distribuição do armazém w ao mercado c

LTDistribReg(EstaAnalise,w,c):=LTDistrib(w,c);

!Registra o custo diário de ressuprimento

SReg(EstaAnalise):=S;

!Registra todos os custos unitários de transporte utilizados na

iteração

CustoUnitTranspReg(EstaAnalise,w,c):=CustoUnitTransp(w,c);

!Registra todas as demandas utilizadas na iteração

DemandaReg(EstaAnalise,c):=Demanda(c);

!Registra o desvio-padrão da demanda de cada mercado

DesvPadDemReg(EstaAnalise,c):=DesvPadDem(c);

!Registra a correlação entre as demandas dos mercados

CorrDemConsumReg(EstaAnalise,c,cc):=CorrDemConsum(c,cc);

!Registra o custo de emissão de carbono

CEReg(EstaAnalise):=CE;

!Registra o fator de emissão de carbono

FatorEmissaoReg(EstaAnalise):=FatorEmissao;

!Registra o peso do produto

PesoReg(EstaAnalise):=Peso;

!Registra a distância percorrida entre a fábrica e o armazém w

DistArmReg(EstaAnalise,w):=DistArm(w);

!Registra a distância percorrida entre o armazém w e o mercado c

DistMercadoReg(EstaAnalise,w,c):=DistMercado(w,c);

!Fim do registrto dos dados de entrada

!Registro das variáveis do problema

!Registra o status da solução encontrada

SituaAnaliseReg(EstaAnalise):=SituaAnaliseLoop(LoopMin);

!Registra a alocação dos mercados aos armazéns

YReg(EstaAnalise,w,c):=YLoop(LoopMin,w,c);

!Registra a demanda agregada da cada armazem

DemandaAgregReg(EstaAnalise,w):=DemandaAgregLoop(LoopMin,w);

!Registra a variância da demanda agregada da cada armazém

VarDemAgregReg(EstaAnalise,w):=VarDemAgregLoop(LoopMin,w);

!Registra o desvio-padrão da demanda agregada durante o LT

DesvPadDemLTAgregReg(EstaAnalise,w):=DesvPadDemLTAgregLoop(LoopMin,w);

!Registra o LEC

LECReg(EstaAnalise,w):=LECLoop(LoopMin,w);

!Registra o número de ressuprimentos

Page 141: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

139 NumRessupReg((EstaAnalise,w) |

LECReg(EstaAnalise,w)<>0):=DemandaAgregReg(EstaAnalise,w)/LECReg(EstaAnalise,w);

!Registra o estoque de ciclo

EstoqCicloReg(EstaAnalise,w):=EstoqCicloLoop(LoopMin,w);

!Registra o estoque de seguranca

EstoqSegReg(EstaAnalise,w):=EstoqSegLoop(LoopMin,w);

!Registra o estoque em trânsito

EstoqTransReg(EstaAnalise):=EstoqTransLoop(LoopMin);

!Registra a quantidade transportada de cada armazém a cada mercado

TransporteReg(EstaAnalise,w,c):=TransporteLoop(LoopMin,w,c);

!Registra a quantidade total de emissão de carbono

EmissaoTotReg(EstaAnalise):=EmissaoTotLoop(LoopMin);

!Registra o custo total de transporte

CustoTotTranspReg(EstaAnalise):=CustoTotTranspLoop(LoopMin);

!Registra o custo total dos estoques de ciclo

CustoTotEstCicloReg(EstaAnalise):=CustoTotEstCicloLoop(LoopMin);

!Registra o custo total dos estoques de segurança

CustoTotEstSegReg(EstaAnalise):=CustoTotEstSegLoop(LoopMin);

!Registra o custo total dos estoques em trânsito

CustoTotEstTransReg(EstaAnalise):=CustoTotEstTransLoop(LoopMin);

!Registra o custo total das emissões de carbono

CustoTotEmissaoCO2Reg(EstaAnalise):=CustoTotEmissaoCO2Loop(LoopMin);

!Registra o custo total da rede

CustoTotReg(EstaAnalise):=CustoTotLoop(LoopMin);

!Fim do registro das variáveis do problema

endwhile;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Simulacao ;

SECTION Otimizacao

DECLARATION SECTION

SET:

identifier : Armazens

index : w ;

SET:

identifier : Consumid

indices : c, cc ;

PARAMETER:

identifier : TesteValida ;

PARAMETER:

identifier : S ;

PARAMETER:

identifier : CustoColocPedido

index domain : (w) ;

Page 142: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

140 PARAMETER:

identifier : CustoManutEstoq

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : LT

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : LTDistrib

index domain : (w,c) ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadLT

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : k

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : CustoUnitTransp

index domain : (w,c) ;

PARAMETER:

identifier : Demanda

index domain : (c) ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadDem

index domain : (c) ;

PARAMETER:

identifier : CorrDemConsum

index domain : (c,cc) ;

PARAMETER:

identifier : CE ;

PARAMETER:

identifier : Peso ;

PARAMETER:

identifier : FatorEmissao ;

PARAMETER:

identifier : DistArm

index domain : (w) ;

PARAMETER:

identifier : DistMercado

index domain : (w,c) ;

VARIABLE:

identifier : Y

index domain : (w,c)

range : [0, 1] ;

VARIABLE:

identifier : CustoTot

definition : (sum[w , sqrt( 2 * sum[c,Demanda(c)*Y(w,c)] *

CustoColocPedido(w) * CustoManutEstoq(w) ) ] )

+ (sum[w, CustoManutEstoq(w)*k(w)*sqrt( LT(w) * sum[ c,

sqr(Y(w,c)) * sqr(DesvPadDem(c)) ] +

2 * LT(w) * sum[ c, sum[ cc| cc > c, Y(w,c) *

Y(w,cc) * CorrDemConsum(c,cc) * DesvPadDem(c) * DesvPadDem(cc) ] ]

+ sqr(DesvPadLT(w)) * sqr(sum[ c,

Demanda(c)*Y(w,c) ]) )])

Page 143: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

141 + (sum[(w,c), S*LT(w)*Demanda(c)*Y(w,c)] +

sum[(w,c),

CustoUnitTransp(w,c)*Demanda(c)*Y(w,c)])

+ (sum[(w,c), CustoManutEstoq(w) * LT(w) * Demanda(c) *

Y(w,c)] +

sum[(w,c), CustoManutEstoq(w) * LTDistrib(w,c) *

Demanda(c) * Y(w,c)])

+ (CE * Peso * FatorEmissao * sum[(w,c), DistArm(w) *

Demanda(c) * Y(w,c)] +

CE * Peso * FatorEmissao * sum[(w,c),

DistMercado(w,c) * Demanda(c) * Y(w,c)]) ;

CONSTRAINT:

identifier : RestricDemanda

index domain : (c)

definition : sum[(w),Y(w,c)]=1 ;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : MinCustoTotPlan

objective : CustoTot

direction : minimize

type : NLP ;

ENDSECTION ;

ENDSECTION Otimizacao ;

PROCEDURE

identifier : MainInitialization

body :

!Chama o procedimento que lê o arquivo com os dados de entrada

DadosIniciais;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : MainExecution

body :

!Chama o procedimento que lê o arquivo com os dados de entrada

MainInitialization;

!Chama o procedimento que realiza a simulação

Simula;

!Chama o procedimento que escreve o arquivo .txt com as saídas

EscreveSaidaPersonal;

!Chama o procedimento que escreve o arquivo .txt com as saídas para análise

estatística

EscreveSaidaPersonal2;

!Chama o procedimento que escreve o arquivo .txt com as entradas para

replicação

EscreveEntradas;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : MainTermination

body :

if ( CaseSaveAll( confirm:2 ) = 1 ) then

return 1;

else

return 0;

endif ;

ENDPROCEDURE ;

ENDMODEL Main_InstalaArmazem ;

Page 144: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

142

APÊNDICE B – PARÂMETROS COLETADOS DE ARTIGOS SELECIONADOS.

Quadro 28 – Parâmetros coletados de artigos selecionados.

Rodovia Ferrovia

Forkenbrock (2001)a

15,4; 17,0; 18,6 10 a 20

Facanha e Horvath (2007)b

187; 230; 289 40

Chaabane et al. (2008)c

187 40

Chaabane (2008)d

6; 13

Carraro (2009)e

1,90; 5,63

Ramudhin, Chaabane e Paquet (2010)f

187 40 5

Paksoy, Özceylan e Weber (2011)g

0,05

b Fator de emissão de CO2 em gramas /tonelada-mi lha (p. 7140).

c Fator de emissão de CO2 em gramas/tonelada-mi lha (p. 10).

d Custo de carbono em $/tonelada de CO2 (p. 8).

e Custo de carbono em $/tonelada de CO2 equiva lente e $/tonelada de CO2 (p. 41 e 72) .

f Fator de emissão de CO2 em gramas/tonelada-mi lha; cus to de carbono em $/tonelada de CO2 (p. 35).

g Custo de carbono em $/grama de CO2 (p. 10).

a Custo unitário de transporte em $ centavos /tonelada-mi lha; fator de emissão de CO2 em grama s/tonelada-mi lha;

custo de ca rbono em $/tonelada de CO2 (p. 327 e 332).

Fator de Emissão de CO 2

Custo de Carbono

Parâmetros

Page 145: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

143

APÊNDICE C – RESULTADOS COMPLETOS DOS TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS

PARA OS RESULTADOS ÓTIMOS EM TERMOS DA POLÍTICA DE

CENTRALIZAÇÃO TOTAL.

Quadro 29 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Demanda do mercado 1 99,859 99,760 0,312 0,576 0,032 0,858

Demanda do mercado 2 100,276 100,078 0,010 0,920 0,050 0,823

Demanda do mercado 3 100,020 99,723 0,405 0,525 0,452 0,501

Demanda do mercado 4 100,642 100,691 0,026 0,872 0,018 0,893

Demanda do mercado 5 99,608 100,357 2,325 0,127 2,463 0,117

Desvio-padrão da demanda do mercado 1 16,425 16,304 0,076 0,782 0,243 0,622

Desvio-padrão da demanda do mercado 2 16,817 17,013 0,192 0,661 0,515 0,473

Desvio-padrão da demanda do mercado 3 16,702 16,578 0,266 0,606 0,099 0,754

Desvio-padrão da demanda do mercado 4 16,851 16,513 0,478 0,489 1,257 0,262

Desvio-padrão da demanda do mercado 5 16,838 16,701 0,438 0,508 0,340 0,560

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 2 -0,028 -0,020 0,040 0,842 0,163 0,687

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 3 -0,001 -0,019 0,670 0,413 0,651 0,420

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 4 0,004 0,000 0,020 0,889 0,050 0,823

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 5 0,000 0,003 0,086 0,769 0,005 0,945

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 3 -0,004 0,007 0,647 0,421 0,201 0,654

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 4 -0,012 -0,014 0,231 0,631 0,000 1,000

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 5 -0,009 -0,005 0,012 0,914 0,032 0,858

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 4 -0,002 0,005 0,298 0,585 0,201 0,654

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 5 0,013 0,023 0,004 0,952 0,243 0,622

Correlação entre as demandas dos mercados 4 e 5 0,004 0,014 0,329 0,566 0,129 0,720

Lead-time de ressuprimento do armazém 1 2,638 7,515 4.343,967 0,000 3.572,652 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 2 3,145 7,565 3.882,205 0,000 3.181,938 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 3 3,310 7,646 3.841,570 0,000 3.345,876 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 4 3,217 7,425 3.803,380 0,000 3.186,999 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 5 3,308 7,598 3.773,262 0,000 3.217,448 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 11,218 3,027 4.674,756 0,000 4.014,346 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 21,276 3,015 4.625,225 0,000 4.082,819 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 31,277 3,019 4.588,039 0,000 3.997,318 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 41,235 2,991 4.610,379 0,000 3.969,018 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 51,267 3,002 4.558,241 0,000 3.985,986 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 1 2,992 7,169 4.118,712 0,000 3.330,332 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 2 2,992 7,069 4.063,651 0,000 3.299,352 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 3 2,874 7,029 4.094,764 0,000 3.232,726 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 4 2,905 7,103 4.080,662 0,000 3.232,726 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 5 2,993 7,205 4.102,762 0,000 3.364,290 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 1 2,892 7,047 4.109,407 0,000 3.309,663 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 2 3,028 7,067 3.905,327 0,000 2.982,806 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 3 2,958 7,089 4.123,225 0,000 3.371,863 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 4 2,965 7,133 4.162,189 0,000 3.424,140 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 5 2,938 7,068 4.166,733 0,000 3.387,504 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 1 3,009 7,133 4.129,731 0,000 3.330,332 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 2 3,031 7,197 4.108,523 0,000 3.395,572 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 3 3,144 7,251 4.062,667 0,000 3.429,389 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 4 3,057 7,187 4.087,676 0,000 3.377,073 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 5 2,943 7,027 4.085,732 0,000 3.294,203 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 146: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

144

Continuação Quadro 29 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 1 2,971 7,106 4.074,950 0,000 3.397,951 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 2 2,933 7,133 4.155,551 0,000 3.377,073 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 3 2,993 7,132 4.075,526 0,000 3.258,271 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 4 3,090 7,138 3.993,007 0,000 3.176,881 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 5 2,952 7,109 4.144,283 0,000 3.356,259 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 1 2,964 7,082 4.110,724 0,000 3.418,894 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 2 2,988 7,169 4.092,716 0,000 3.283,917 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 3 2,947 7,042 4.174,033 0,000 3.413,652 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 4 2,989 7,062 3.945,630 0,000 3.096,968 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 5 3,170 7,254 3.935,792 0,000 3.299,352 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 10,550 0,330 5.967,839 0,000 6.707,313 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 20,821 0,490 5.969,930 0,000 7.602,825 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 30,940 0,565 5.968,628 0,000 7.235,699 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 40,860 0,515 5.968,622 0,000 7.178,127 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 50,820 0,490 5.969,915 0,000 6.740,841 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 10,820 0,490 5.969,940 0,000 6.815,196 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 20,549 0,330 5.967,830 0,000 6.945,584 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 30,860 0,515 5.968,633 0,000 7.210,452 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 40,821 0,490 5.969,935 0,000 6.737,480 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 50,900 0,540 5.969,927 0,000 6.900,696 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 10,939 0,565 5.968,629 0,000 6.771,160 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 20,860 0,515 5.968,628 0,000 7.196,067 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 30,549 0,330 5.967,832 0,000 6.856,101 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 40,860 0,515 5.968,607 0,000 7.221,261 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 50,980 0,590 5.969,914 0,000 6.808,403 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 10,860 0,515 5.968,622 0,000 6.710,658 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 20,820 0,490 5.969,895 0,000 6.744,203 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 30,860 0,515 5.968,631 0,000 6.703,969 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 40,550 0,330 5.967,836 0,000 6.811,798 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 50,940 0,565 5.968,626 0,000 6.710,658 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 10,820 0,490 5.969,917 0,000 6.808,403 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 20,899 0,540 5.969,927 0,000 6.832,210 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 30,979 0,590 5.969,906 0,000 6.818,595 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 40,940 0,565 5.968,640 0,000 6.744,203 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 147: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

145

Continuação Quadro 29 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 50,550 0,329 5.967,835 0,000 6.869,791 0,000

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 1 0,495 0,512 19,513 0,000 16,286 0,000

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 2 0,512 0,511 0,456 0,500 0,394 0,530

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 3 0,521 0,514 6,455 0,011 4,072 0,044

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 4 0,519 0,508 6,769 0,009 8,075 0,004

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 5 0,522 0,516 3,263 0,071 2,753 0,097

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 1 41,815 41,808 0,053 0,819 0,002 0,964

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 2 42,429 41,598 0,982 0,322 2,190 0,139

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 3 42,355 42,723 0,731 0,393 0,651 0,420

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 4 42,233 42,487 0,287 0,592 0,201 0,654

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 5 42,782 41,879 1,687 0,194 2,059 0,151

Custo unitário e diário de ressuprimento dos armazéns 0,900 0,540 5.967,631 0,000 6.744,203 0,000

Custo unitário de emissão de carbono 0,012 0,013 42,245 0,000 8,744 0,003

Peso do produto 0,735 0,971 159,815 0,000 116,338 0,000

Fator de emissão de carbono 0,149 0,018 5.971,592 0,000 7.366,999 0,000

Custo total de ressuprimento 685,888 986,859 1.896,172 0,000 1.056,833 0,000

Custo total de distribuição 402,810 243,604 5.967,558 0,000 6.703,969 0,000

Custo total de transporte (ressuprimento e distribuição) 1.089,199 1.230,874 438,313 0,000 232,428 0,000

Custo total de estoque de ciclo 136,014 134,458 7,376 0,007 3,058 0,080

Custo total de estoque de segurança 257,932 578,862 4.148,127 0,000 3.330,332 0,000

Custo total de estoque em trânsito 1.028,441 2.345,021 5.888,053 0,000 6.507,179 0,000

Custo total de emissão de carbono 413,417 81,043 3.291,881 0,000 2.654,425 0,000

Custo total da rede

(transporte, estoques e emissão de carbono)3.054,550 4.486,983 4.526,143 0,000 3.952,087 0,000

DMax/DMin 1,322 1,320 0,095 0,758 0,243 0,622

SDMax/SDMin 3,788 3,779 0,010 0,919 0,008 0,929

LTMax/LTMin 2,927 2,914 0,806 0,369 0,201 0,654

SLTMax/SLTMin 2,440 2,451 0,220 0,639 0,452 0,501

CEstMax/CEstMin 1,572 1,582 3,131 0,077 3,217 0,073

CPMax/CPMin 2,433 2,421 0,338 0,561 0,340 0,560

CP/CEst_Armazém1 84,352 82,721 3,225 0,073 1,932 0,165

CP/CEst_Armazém2 82,752 82,118 0,334 0,563 0,243 0,622

CP/CEst_Armazém3 81,005 82,299 3,435 0,064 2,059 0,151

CP/CEst_Armazém4 81,617 83,686 2,961 0,085 2,324 0,127

CP/CEst_Armazém5 81,189 81,074 0,041 0,839 0,032 0,858

(CP/CEst)Max/(CP/CEst)Min 2,693 2,685 0,139 0,710 0,129 0,720

S/CEstMin 2,275 1,370 5.909,498 0,000 6.445,512 0,000

S/CEstMax 1,433 0,859 5.957,461 0,000 6.703,969 0,000

S/CPMin 0,038 0,023 4.015,818 0,000 2.982,806 0,000

S/CPMax 0,015 0,009 5.714,452 0,000 6.703,969 0,000

Demanda total na rede 500,220 500,595 0,344 0,558 0,163 0,687

Soma de todas as correlações entre as demandas dos

mercados-0,013 0,016 0,257 0,612 0,452 0,501

Valor absoluto da CorrDMax/CorrDMin 0,997 1,001 0,235 0,628 0,581 0,446

Número de correlações positivas entre as demandas dos

mercados5,000 5,000 0,216 0,642 0,739 0,390

Número de correlações negativas entre as demandas dos

mercados5,000 5,000 0,216 0,642 0,026 0,871

Média aritmética das demandas dos 5 mercados 100,044 100,119 0,344 0,558 0,163 0,687

Média aritmética dos desvios-padrão das demandas dos 5

mercados16,656 16,638 0,005 0,942 0,050 0,823

Média aritmética das correlações entre as demandas dos 5

mercados-0,001 0,002 0,257 0,612 0,452 0,501

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos 5

armazéns3,090 7,376 5.966,205 0,000 6.703,969 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 148: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

146

Continuação Quadro 29 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política de centralização total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos 5 armazéns1,256 3,007 5.966,805 0,000 6.703,969 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos 5

armazéns2,996 7,133 5.967,558 0,000 6.703,969 0,000

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos 5 armazéns0,814 0,488 5.967,597 0,000 6.710,658 0,000

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos 5 armazéns0,515 0,514 1,785 0,181 1,064 0,302

Média aritmética dos custos de colocação de pedidos nos 5

armazéns42,173 42,079 0,183 0,669 0,243 0,622

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos

armazéns abertos1,531 3,656 5.371,966 0,000 4.949,671 0,000

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos armazéns abertos1,139 2,641 4.506,661 0,000 3.466,250 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos

armazéns abertos2,879 6,785 5.952,523 0,000 6.703,969 0,000

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos armazéns abertos0,801 0,484 5.967,592 0,000 6.710,658 0,000

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos armazéns abertos0,443 0,426 73,808 0,000 60,942 0,000

Média aritmética dos custos de colocação de pedidos nos

armazéns abertos41,760 41,988 0,466 0,495 0,129 0,720

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 149: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

147

APÊNDICE D – RESULTADOS COMPLETOS DOS TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS

PARA OS RESULTADOS ÓTIMOS EM TERMOS DA POLÍTICA MISTA.

Quadro 30 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Demanda do mercado 1 100,216 100,336 0,168 0,682 0,044 0,833

Demanda do mercado 2 100,106 100,164 0,000 0,998 0,019 0,891

Demanda do mercado 3 99,782 99,983 0,394 0,530 0,377 0,539

Demanda do mercado 4 100,421 100,394 0,005 0,943 0,007 0,934

Demanda do mercado 5 100,256 99,784 2,050 0,152 1,869 0,172

Desvio-padrão da demanda do mercado 1 16,621 16,728 0,001 0,978 0,252 0,616

Desvio-padrão da demanda do mercado 2 16,607 16,438 0,269 0,604 0,449 0,503

Desvio-padrão da demanda do mercado 3 16,555 16,614 0,212 0,645 0,044 0,833

Desvio-padrão da demanda do mercado 4 16,092 16,139 0,076 0,783 0,044 0,833

Desvio-padrão da demanda do mercado 5 16,526 16,559 0,123 0,726 0,044 0,833

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 2 -0,012 -0,017 0,088 0,767 0,116 0,734

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 3 -0,018 -0,007 0,525 0,469 0,550 0,458

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 4 0,013 0,015 0,047 0,829 0,030 0,862

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 5 0,034 0,033 0,002 0,967 0,001 0,977

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 3 0,007 0,000 0,293 0,588 0,142 0,707

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 4 -0,002 0,007 0,030 0,862 0,201 0,654

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 5 0,007 0,008 0,001 0,980 0,004 0,949

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 4 -0,010 -0,015 0,248 0,618 0,116 0,734

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 5 -0,002 -0,010 0,005 0,945 0,237 0,627

Correlação entre as demandas dos mercados 4 e 5 0,032 0,025 0,280 0,597 0,142 0,707

Lead-time de ressuprimento do armazém 1 3,174 6,984 5.961,091 0,000 4.466,767 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 2 2,916 6,845 6.051,852 0,000 4.210,643 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 3 2,831 6,846 6.093,638 0,000 4.263,179 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 4 2,845 6,864 6.174,580 0,000 4.359,534 0,000

Lead-time de ressuprimento do armazém 5 2,826 6,813 6.275,305 0,000 4.577,647 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 11,268 2,971 6.878,673 0,000 5.259,201 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 21,254 3,043 6.976,809 0,000 5.550,465 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 31,237 2,985 6.931,773 0,000 5.374,077 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 41,255 2,993 6.867,260 0,000 5.285,840 0,000

Desvio-padrão do lead-time de ressuprimento do

armazém 51,231 2,966 6.933,048 0,000 5.312,546 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 1 2,945 6,983 5.934,602 0,000 4.144,250 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 2 3,016 7,264 5.973,368 0,000 4.172,640 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 3 3,001 7,055 5.915,113 0,000 4.144,250 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 4 3,003 7,066 6.058,117 0,000 4.388,650 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 1 e o mercado 5 3,036 7,201 5.940,941 0,000 4.148,975 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 1 3,014 7,080 5.825,285 0,000 3.957,464 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 2 2,906 7,015 5.964,671 0,000 4.205,883 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 3 3,001 7,142 6.055,660 0,000 4.291,972 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 4 3,023 7,172 6.006,932 0,000 4.262,912 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 2 e o mercado 5 3,015 7,192 5.894,362 0,000 4.036,322 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 1 2,944 7,009 6.033,504 0,000 4.229,710 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 2 3,011 7,181 6.129,299 0,000 4.471,672 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 3 2,903 7,034 6.022,652 0,000 4.267,971 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 4 2,958 7,090 5.886,692 0,000 4.097,150 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 3 e o mercado 5 3,000 7,160 5.944,817 0,000 4.186,871 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 1 3,046 7,261 6.014,204 0,000 4.340,177 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 2 3,040 7,157 5.916,058 0,000 4.205,883 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 3 2,969 7,092 6.055,370 0,000 4.325,687 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 150: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

148 Continuação Quadro 30 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 4 2,936 7,132 6.060,260 0,000 4.316,041 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 4 e o mercado 5 3,013 7,143 6.019,038 0,000 4.345,012 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 1 2,989 7,114 6.135,589 0,000 4.442,281 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 2 3,015 7,160 5.867,843 0,000 4.050,319 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 3 3,014 7,163 6.018,943 0,000 4.234,483 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 4 3,020 7,257 6.029,450 0,000 4.335,344 0,000

Lead-time de distribuição entre o armazém 5 e o mercado 5 2,919 7,098 6.116,506 0,000 4.408,115 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 10,549 0,329 8.915,288 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 20,820 0,490 8.917,294 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 30,940 0,565 8.916,069 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 40,860 0,515 8.916,055 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 1 e o

mercado 50,820 0,490 8.917,308 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 10,820 0,490 8.917,285 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 20,551 0,330 8.915,286 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 30,860 0,515 8.916,055 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 40,820 0,490 8.917,297 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 2 e o

mercado 50,900 0,540 8.917,281 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 10,940 0,565 8.916,058 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 20,860 0,515 8.916,045 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 30,551 0,331 8.915,286 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 40,860 0,515 8.916,048 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 3 e o

mercado 50,980 0,590 8.917,300 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 10,860 0,515 8.916,050 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 20,820 0,490 8.917,296 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 30,860 0,515 8.916,062 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 40,550 0,330 8.915,284 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 4 e o

mercado 50,940 0,565 8.916,054 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 10,820 0,490 8.917,294 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 20,900 0,540 8.917,293 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 30,980 0,590 8.917,279 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 40,940 0,565 8.916,055 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de transporte entre o armazém 5 e o

mercado 50,549 0,330 8.915,288 0,000 10.659,874 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 151: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

149 Continuação Quadro 30 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 1 0,524 0,517 7,319 0,007 7,920 0,005

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 2 0,518 0,520 0,706 0,401 0,458 0,498

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 3 0,510 0,514 3,120 0,077 2,344 0,126

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 4 0,510 0,516 4,703 0,030 4,965 0,026

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 5 0,513 0,516 1,570 0,210 1,532 0,216

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 1 42,203 42,309 0,047 0,829 0,030 0,862

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 2 41,670 42,236 0,402 0,526 1,272 0,259

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 3 42,167 41,818 0,790 0,374 0,553 0,457

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 4 41,968 41,700 0,301 0,583 0,274 0,601

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 5 40,996 41,338 0,523 0,470 0,579 0,447

Custo unitário e diário de ressuprimento dos armazéns 0,899 0,539 8.915,091 0,000 10.659,874 0,000

Custo unitário de emissão de carbono 0,013 0,013 17,593 0,000 56,317 0,000

Peso do produto 1,133 1,011 67,627 0,000 45,204 0,000

Fator de emissão de carbono 0,151 0,017 8.919,008 0,000 10.659,874 0,000

Custo total de ressuprimento 903,927 1.239,329 2.262,250 0,000 1.413,339 0,000

Custo total de distribuição 360,538 239,432 8.896,566 0,000 10.652,300 0,000

Custo total de transporte (ressuprimento e distribuição) 1.264,671 1.478,802 967,547 0,000 554,288 0,000

Custo total de estoque de ciclo 206,378 198,096 135,919 0,000 89,080 0,000

Custo total de estoque de segurança 295,609 686,673 7.988,289 0,000 7.783,183 0,000

Custo total de estoque em trânsito 1.128,040 2.436,255 8.778,190 0,000 10.065,914 0,000

Custo total de emissão de carbono 630,959 85,438 7.023,917 0,000 7.115,413 0,000

Custo total da rede

(transporte, estoques e emissão de carbono)3.605,042 4.957,760 5.534,202 0,000 4.403,244 0,000

DMax/DMin 1,318 1,319 0,020 0,887 0,061 0,805

SDMax/SDMin 3,757 3,753 0,076 0,783 0,007 0,934

LTMax/LTMin 2,690 2,641 6,202 0,013 4,261 0,039

SLTMax/SLTMin 2,458 2,454 0,097 0,756 0,071 0,790

CEstMax/CEstMin 1,560 1,552 4,179 0,041 3,537 0,060

CPMax/CPMin 2,434 2,441 0,366 0,545 0,185 0,667

CP/CEst_Armazém1 80,319 81,056 0,965 0,326 0,579 0,447

CP/CEst_Armazém2 81,290 81,557 0,030 0,862 0,155 0,694

CP/CEst_Armazém3 81,353 80,337 2,358 0,125 1,401 0,237

CP/CEst_Armazém4 82,383 81,004 2,266 0,132 1,401 0,237

CP/CEst_Armazém5 79,678 79,701 0,003 0,955 0,004 0,949

(CP/CEst)Max/(CP/CEst)Min 2,655 2,659 0,036 0,850 0,044 0,833

S/CEstMin 2,255 1,347 8.848,240 0,000 10.659,874 0,000

S/CEstMax 1,431 0,859 8.903,457 0,000 10.584,253 0,000

S/CPMin 0,038 0,023 6.070,230 0,000 5.114,035 0,000

S/CPMax 0,015 0,009 8.460,278 0,000 9.311,531 0,000

Demanda total na rede 500,528 500,200 0,251 0,617 0,142 0,707

Soma de todas as correlações entre as demandas dos

mercados0,039 0,018 0,040 0,842 0,336 0,562

Valor absoluto da CorrDMax/CorrDMin 1,002 1,000 0,035 0,851 0,142 0,707

Número de correlações positivas entre as demandas dos

mercados5,000 5,000 0,070 0,791 0,488 0,485

Número de correlações negativas entre as demandas dos

mercados5,000 5,000 0,070 0,791 0,005 0,946

Média aritmética das demandas dos 5 mercados 100,106 100,040 0,251 0,617 0,142 0,707

Média aritmética dos desvios-padrão das demandas dos 5

mercados16,509 16,505 0,020 0,888 0,007 0,934

Média aritmética das correlações entre as demandas dos 5

mercados0,004 0,002 0,040 0,842 0,336 0,562

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos 5

armazéns2,960 6,990 8.897,375 0,000 10.565,179 0,000

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos 5 armazéns1,247 2,993 8.912,319 0,000 10.640,732 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos 5

armazéns2,995 7,143 8.915,022 0,000 10.663,450 0,000

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 152: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

150 Continuação Quadro 30 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos da política mista.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos 5 armazéns0,814 0,488 8.915,058 0,000 10.659,874 0,000

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos 5 armazéns0,516 0,517 1,917 0,166 0,962 0,327

Média aritmética dos custos de colocação de pedidos nos 5

armazéns41,815 41,842 0,000 0,995 0,019 0,891

Média aritmética dos lead-times de ressuprimento dos

armazéns abertos2,108 4,823 8.091,982 0,000 7.906,660 0,000

Média aritmética dos desvios-padrão dos lead-times de

ressuprimento dos armazéns abertos1,213 2,883 8.606,443 0,000 9.180,809 0,000

Média aritmética dos lead-times de distribuição nos

armazéns abertos2,565 5,355 8.827,948 0,000 10.235,942 0,000

Média aritmética dos custos unitários de transporte de

distribuição nos armazéns abertos0,726 0,480 8.915,026 0,000 10.659,874 0,000

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos armazéns abertos0,495 0,491 9,522 0,002 8,456 0,004

Média aritmética dos custos de colocação de pedidos nos

armazéns abertos41,185 41,374 0,541 0,462 0,962 0,327

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

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151

APÊNDICE E – RESULTADOS COMPLETOS DOS TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS

PARA OS RESULTADOS ÓTIMOS EM TERMOS DO CUSTO TOTAL.

Quadro 31 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos do custo total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Demanda do mercado 1 100,058 100,298 0,206 0,650 0,005 0,942

Demanda do mercado 2 100,109 101,284 0,682 0,409 0,884 0,347

Demanda do mercado 3 99,896 98,889 0,463 0,496 1,512 0,219

Demanda do mercado 4 100,491 102,898 0,847 0,357 1,888 0,169

Demanda do mercado 5 100,095 98,310 0,420 0,517 1,512 0,219

Desvio-padrão da demanda do mercado 1 16,562 16,899 0,206 0,650 0,047 0,828

Desvio-padrão da demanda do mercado 2 16,710 16,940 0,124 0,725 0,005 0,942

Desvio-padrão da demanda do mercado 3 16,581 17,275 2,106 0,147 0,633 0,426

Desvio-padrão da demanda do mercado 4 16,379 15,809 0,029 0,866 0,633 0,426

Desvio-padrão da demanda do mercado 5 16,615 16,255 0,296 0,587 0,047 0,828

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 2 -0,020 0,026 0,025 0,874 0,884 0,347

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 3 -0,013 -0,007 0,078 0,781 0,131 0,718

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 4 0,012 -0,146 3,968 0,046 5,026 0,025

Correlação entre as demandas dos mercados 1 e 5 0,024 -0,108 1,688 0,194 3,269 0,071

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 3 0,003 -0,013 0,620 0,431 0,005 0,942

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 4 -0,002 -0,060 0,448 0,503 0,633 0,426

Correlação entre as demandas dos mercados 2 e 5 0,003 0,005 0,277 0,599 0,047 0,828

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 4 -0,006 -0,050 1,841 0,175 0,424 0,515

Correlação entre as demandas dos mercados 3 e 5 0,000 0,260 12,259 0,000 9,671 0,002

Correlação entre as demandas dos mercados 4 e 5 0,021 -0,007 0,050 0,822 0,256 0,613

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 1 0,514 0,554 8,789 0,003 10,591 0,001

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 2 0,516 0,513 0,669 0,413 0,005 0,942

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 3 0,515 0,457 26,086 0,000 20,759 0,000

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 4 0,513 0,479 9,953 0,002 5,026 0,025

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém 5 0,516 0,494 6,649 0,010 3,813 0,051

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 1 42,008 42,534 0,031 0,861 0,047 0,828

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 2 41,914 42,184 0,997 0,318 0,047 0,828

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 3 42,228 42,146 0,929 0,335 0,005 0,942

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 4 42,090 40,635 0,068 0,795 0,884 0,347

Custo unitário de colocação de pedidos no armazém 5 41,637 41,196 0,050 0,823 0,131 0,718

Custo unitário de emissão de carbono 0,012 0,018 192,178 0,000 135,572 0,000

Peso do produto 0,977 1,683 243,806 0,000 182,895 0,000

Custo total de ressuprimento 825,715 827,972 0,786 0,375 0,424 0,515

Custo total de distribuição 377,893 246,520 571,794 0,000 198,878 0,000

Custo total de transporte (ressuprimento e distribuição) 1.203,000 1.075,435 44,259 0,000 34,315 0,000

Custo total de estoque de ciclo 178,887 134,807 158,670 0,000 122,434 0,000

Custo total de estoque de segurança 286,254 489,406 288,769 0,000 128,919 0,000

Custo total de estoque em trânsito 1.092,857 1.884,694 520,673 0,000 198,878 0,000

Custo total de emissão de carbono 543,885 288,311 119,643 0,000 160,175 0,000

Custo total da rede

(transporte, estoques e emissão de carbono)3.378,882 3.940,824 134,949 0,000 113,019 0,000

DMax/DMin 1,320 1,310 0,911 0,340 1,177 0,278

SDMax/SDMin 3,770 3,634 0,893 0,345 2,767 0,096

CEstMax/CEstMin 1,563 1,625 14,699 0,000 7,955 0,005

CPMax/CPMin 2,435 2,361 4,785 0,029 2,767 0,096

CP/CEst_Armazém1 81,853 79,082 1,374 0,241 1,512 0,219

CP/CEst_Armazém2 81,650 85,531 1,451 0,228 1,888 0,169

CP/CEst_Armazém3 81,117 91,031 11,452 0,001 6,407 0,011

CP/CEst_Armazém4 82,059 83,959 1,191 0,275 0,047 0,828

CP/CEst_Armazém5 80,214 83,003 1,544 0,214 0,633 0,426

(CP/CEst)Max/(CP/CEst)Min 2,674 2,530 1,752 0,186 1,888 0,169

Demanda total na rede 500,305 501,507 0,138 0,710 0,256 0,613

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

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152

Continuação Quadro 31 – Testes não-paramétricos para os resultados ótimos em termos do custo total.

Modal

Rodoviário

Modal

Ferroviárioχ

2 Signif. χ2 Signif.

Soma de todas as correlações entre as demandas dos

mercados0,018 0,040 0,433 0,511 0,005 0,942

Valor absoluto da CorrDMax/CorrDMin 1,001 1,002 1,890 0,169 0,005 0,942

Número de correlações positivas entre as demandas dos

mercados5,000 5,000 0,267 0,605 0,090 0,764

Número de correlações negativas entre as demandas dos

mercados5,000 5,000 0,267 0,605 0,539 0,463

Média aritmética das demandas dos 5 mercados 100,061 100,301 0,138 0,710 0,256 0,613

Média aritmética dos desvios-padrão das demandas dos 5

mercados16,542 16,963 1,035 0,309 2,767 0,096

Média aritmética das correlações entre as demandas dos 5

mercados0,002 0,004 0,433 0,511 0,005 0,942

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos 5 armazéns0,516 0,505 14,149 0,000 5,026 0,025

Média aritmética dos custos de colocação de pedidos nos 5

armazéns41,934 42,075 0,774 0,379 0,047 0,828

Média aritmética dos custos de manutenção de estoques

nos armazéns abertos0,482 0,402 174,472 0,000 109,965 0,000

Média aritmética dos custos de colocação de pedidos nos

armazéns abertos41,223 41,698 0,660 0,417 0,005 0,942

Nome da Variável

Mediana Teste Kruskal-Wallis Teste Mediana

Page 155: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO · minha amiga e companheira de oração ... Framework analítico para avaliação do impacto do modal de transporte sobre os componentes de

ANEXOS

ANEXO A – LINHA DE TEMPO

SUPRIMENTOS VERDE.

Figura 9 – Linha de tempo evolutiva

LINHA DE TEMPO EVOLUTIVA DA GESTÃO DA CADEIA DE

Linha de tempo evolutiva da gestão da cadeia de suprimentos verde. Adaptado de Srivastava (2007).

153

DA GESTÃO DA CADEIA DE

Adaptado de Srivastava