universidade federal do parana programa de pós-graduação em engenharia elétrica
DESCRIPTION
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Modelagem da Histerese Magnética. Jean Vianei Leite Curitiba , abril de 2010. Modelo de JA - Parâmetros. Parâmetros do Modelo – Ms, k, c, a, . Magnetização de saturação M S. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANAPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Modelagem da Histerese Magnética
Modelagem da Histerese Magnética
Jean Vianei Leite
Curitiba , abril de 2010.
Jean Vianei Leite
Curitiba , abril de 2010.
Modelo de JA - Parâmetros
Parâmetros do Modelo – Ms, k, c, a,
Magnetização de saturação MS
• Influência na magnetização máxima e a remanente
• O campo coercitivo sofre pouca alteração
Modelo de JA - Parâmetros
Parâmetro a
• Modifica a forma do laço, tornando-o mais ou menos inclinado.
•Advém da teoria de Langevin, está associada aos momentos magnéticos e à temperatura.
Modelo de JA - Parâmetros
Parâmetro k
• Influência na magnitude do campo coercitivo
• Deduzido das considerações a respeito
do bloqueio das paredes dos domínios
Modelo de JA - Parâmetros
Parâmetro
• Da teoria de Langevin, está relacionado às interações entre os domínios
• Modifica a retangularidade do laçoe a magnitude da indução remanente
Modelo de JA - Parâmetros
Parâmetro c
• Parâmetro da reversibilidade da magnetização.
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS A PARTIR UM LAÇO EXPERIMENTAL DE HISTERESE
• O cinco parâmetros do modelo de Jiles-Atherton podem ser obtidos de um laço experimental de histerese do material.
• Jiles et alii propõem um algoritmo para obtenção dos parâmetros a partir das susceptibilidades em regiões distintas da curva de histerese e dos valores de campo coercitivo e magnetização remanente, além da magnetização máxima experimentada pelo material.
• Outros metodologias propõem métodos de minimização de erro ajustando o conjunto de parâmetros até o modelo seguir a curva experimental.
Modelo de JA - Obtenção dos Parâmetros
Obtenção dos parâmetros do modelo – Método de Jiles
• Jiles propõe um algoritmo baseado em pontos chaves do laço.
• Os cinco parâmetros do modelo são obtidos de um único laço experimental, o qual tenha atingido a saturação.
Modelo de JA – Obtenção do parâmetros
• Para a obtenção dos parâmetros, as equações anteriores necessitam ser resolvidas simultaneamente.
• As equações são não lineares e complexas, as suas derivadas são complexas também. Há a necessidade de uso um método linear baseado nos dois valores mais recentes da função.
• O método das Secantes é geralmente utilizado (Newton-Raphson torna-se complicado para trabalhar com as derivadas).
Modelo de JA – Obtenção do parâmetros
• Um algoritmo usando o método das Secantes é apresentado a seguir. Uma iteração é mostrada.
1.Cálculo de k
c
cScan H
a
a
HMHM coth)(
)1(2)()()(
ccs
cancanscan
H
a
M
HM
a
HM
a
M
dH
HdM
dH
HdMc
c
c
HMk
canc
can)(
1
)1(
)(
Modelo de JA – Obtenção do parâmetros
2. Cálculo de
r
rsran M
a
a
MMMM
coth)(
)1(2)()()(
rrs
ranransran
M
a
M
MM
a
MM
a
M
dH
MdM
dH
MdMcc
kMMMf
ranr
rran
)(1
)1(
)()(
Método das Secantes para calcular
Modelo de JA – Obtenção do parâmetros
3. Cálculo de a
mme HHH
e
esean H
a
a
HMHM coth)(
1
)1()()(
m
mmean
kcMHMag
Método das Secantes para calcular a
Modelo de JA – Obtenção do parâmetros
4. Cálculo de c
s
in
M
ac
3
O procedimento é repetido até que uma determinada precisão seja obtida.
Obtenção dos Parâmetros – Análise do Algoritmo
• Pequenas variações nas susceptibilidades, magnetizações e campos retirados da curva medida levam a significativos desvios na obtenção do conjunto de parâmetros.
• Conjunto de dados imprecisos podem levar o algoritmo a divergir.
• Outra dificuldade é a curva de magnetização inicial, necessária para levantar a susceptibilidade inicial. Assim necessita-se de um sistema para levar o material a estar totalmente desmagnetizado.
Obtenção dos Parâmetros – Métodos Alternativos
O algoritmo anterior é complexo, composto por um sistema de equações interdependentes.
A precisão necessária no levantamento dos parâmetros pode ser evitada utilizando métodos de ajuste da curva medida e o modelo através de algoritmos que minimizem o erro médio entre as curvas modelada e medida (MSE).
21
0exp
1
n
isim iHiH
nMSE
Obtenção dos Parâmetros – Variação Sequencial dos Parâmetros
• No método de minimização do erro entre as curvas, a precisão necessária para levantar os pontos chaves é evitada.
• Neste método, os parâmetros são variados seqüencialmente dentro de um limite específico.
• O modelo utiliza o conjunto de parâmetros obtido para calcular um novo laço de histerese. O programa então calcula o erro médio entre as curvas obtida e medida.
Obtenção dos Parâmetros – Variação Sequencial dos Parâmetros
Modelo de Jiles-AthertonInverso ou Direto
MSE entre Medida eCurva Modelada
CurvaMedida
Laço de Controle
Variação SeqüencialDos Parâmetros
•Observando a evolução do erro médio quadrático entre as duas curvas, o algoritmo, através da malha de controle, decide se a variação dada aos parâmetros foi efetiva no sentido de diminuir o erro médio quadrático.
•O algoritmo pode variar os parâmetros novamente e repetir o procedimento até que um erro mínimo permitido seja obtido.
Obtenção dos Parâmetros – Variação Sequencial dos Parâmetros
• O uso do modelo inverso melhora a convergência do algoritmo apresentado uma vez que usa a indução como variável independente (a indução é filtrada naturalmente pela integração).
Obtenção dos Parâmetros – Algoritmos Genéticos
• Outra metodologia usada para a obtenção dos parâmetros é a técnica de Algoritmos Genéticos (AG);
• AG são mais rápidos que a variação sequencial dos parâmetros e os parâmetros obtidos permitem uma boa concordância entre os laços medidos e calculados.
Conjunto inicial de 5 parâmetros
Obtenção dos Parâmetros – Algoritmos Genéticos
Obtenção de Parâmetros usando EXCEL
Comparação entre Modelo Inverso e Direto
• Comparações entre os modelos direto e inverso em cascata, mostraram serem os mesmo equivalentes.
ModeloDireto (JA) B
ModeloInverso (SL)B
H
ModeloDireto (JA)H
ModeloInverso (SL) H
B
• Ao final das simulações as ondas encontradas eram exatamente iguais, em fase e amplitude àquelas usadas na entrada.
Problema de laços internos e menores
• Parâmetros bons para o laço externo podem não ser bons para os laços internos.
• Laços menores não fisicos.
Escalonamento Para Laços Internos e Menores
• Apesar do modelo de Jiles-Atherton possuir ótima concordância para os laços maiores o mesmo não é observado nos laços internos de indução.
• Jiles e Atherton modificam a teoria do ferromagnetismo para ajustar os laços menores e internos, utilizando um fator de escala.
• Nessa metodologia as equações necessitam de um prévio conhecimento de onde ocorrerá um ponto de inversão.
• Os campos são calculados através de equações transcendentais nos extremos dos laços.
• Carpenter apresenta um método similar de ajuste, porém utilizando equações diferenciais.
Escalonamento Para Laços Internos
• A equação do balanço de energia de Jiles em termos da Indução magnética efetiva Be é:
e
es dB
dMk
a
BLMM
ondex
xxL1
)coth()( é a função de Langevin
• A solução homogênea é:
eB
eh dBk
MM0
0
1exp
Constante
Escalonamento Para Laços Internos
• A solução particular é dada por:
a
BL
a
kMBM en
n
n
nsep
)(
0
)1()(
onde L(n)(x) é a n-ésima derivada de L(x).
• A solução homogênea representa a curva de magnetização inicial da curva.
• A solução particular representa o laço externo de magnetização.
• A magnetização é calculada retendo somente a solução particular, escalonando e deslocando os ramos ascendente e descendente.
Escalonamento Para Laços Internos
• O fator de escala necessário para fazer o valor da saturação do laço menor igual ao do maior, no ponto (Mi, Bei) é:
iseips MMBMM )(
Ms
Mi
Mp(Bei)
Bei
Be /a
M / MS
Escalonamento Para Laços Internos
• O offset que deverá ser somado será:
sMM )1(0
• Para a trajetória de de um laço menor na direção , começando no ponto (Mi, Bei) a magnetização será dada por:
sep MBMM )1()(
• Em termos de equação diferencial:
e
p
eips
is
e dB
dM
BMM
MM
dB
dM
)(
Escalonamento Para Laços Internos
• Expandindo por série:
a
BL
a
k
kaBLak
MM
dB
dM enn
n
n
nei
nn
is
e
)(
1
1
0
)(
)1(1
)/()/(
Be /a
M / MS
Integrando a equação anterior retida no terceiro termo da expansão
Escalonamento Para Laços Internos
• Seguindo o trabalho de Lederer o fator de escalonamento foi aplicado a magnetização total:
e
irr
e
an
e
an
e
irr
is
is
dB
dMc
dH
dMc
dH
dMcdB
dMc
BMM
MM
dB
dM
)1)(1()1(1
)1(
)(0
0
Laços obtidospor integração da equação anterior
Comparação Com Curvas Experimentais
• Modelo inverso com e sem fator de escalonamento foi comparado com curvas experimentais;
• As curvas experimentais foram obtidas numa bancada construída para caracterização eletromagnética de materiais e medição de perdas eletromagnéticas;
• O dispositivo padrão usado foi o transformador de Epstein padrão do tipo B-EP-25cm, com relação de transformação unitária, com 700 espiras, caminho magnético médio de 0,94 m e resistência do primário de 0,691 .
• A alimentação é feita controlando-se a tensão no secundário, impondo-se assim a indução magnética.
Comparação Com Curvas Experimentais - Equações
• As grandezas magnéticas B e H foram obtidas através das grandezas elétricas tensão e corrente:
)(94,0
700)()( titi
l
NtH pp
m
p
dttVS
dttVSN
tB sss
)(700
1)(
1)(
Número de espiras
Caminho magnético médio
Área da seção transversal do transformador
Número de espiras
Materiais Ensaiados:
Material A - Ensaio à 1Hz, 50% das lâminas cortadas no sentido de laminação e 50% cortadas na direção perpendicular;
• Material B - Ensaio à 1Hz, 100% das lâminas cortadas no sentido de laminação (B 0o);
• Material B - Ensaio à 1Hz, 100% das lâminas cortadas na direção perpendicular ao sentido de laminação (B 90o);
• Material B - Ensaio à 1Hz, 100% das lâminas cortadas na direção a 45o ao sentido de laminação (B 45o).
Comparação Com Curvas Experimentais - Materiais
Comparação Com Curvas Experimentais - Material A
Material A, caracterizado à 1 Hz, indução de pico de 1,24 T
H [A/m]
B [T]
ModeloMedida
B [T]
H [A/m]
Detalhes das altas induções
Laços calculados com modeloinverso, sem escalonamento
Comparação Com Curvas Experimentais - Material A
• Campo magnético para indução de 1 T
t [s]
H [A/m]
Comparação Com Curvas Experimentais - Material B 0o
Material B 0o, caracterizado à 1Hz indução de pico de 1,239 T
Campo para indução de 0,538 T
H [A/m]
B [T]
ModeloMedida
H [A/m]
t [s]
Laços calculados com modeloinverso, sem escalonamento
Comparação Com Curvas Experimentais - Material B 0o
• Aplicando o fator de escalonamento
H [A/m]
t [s]
ModeloMedida
H [A/m]
B [T]
Campo com escalonamento para indução de 0,538 T
Variação de com B
Comparação Com Curvas Experimentais - Material B 90o
Material B 90o, caracterizado à 1Hz indução de pico de 1,035 T
ModeloMedida
H [A/m]
B [T]
H [A/m]
t [s]
Campo para indução de 0,8 T
Laços calculados com modeloinverso, sem escalonamento
Comparação Com Curvas Experimentais - Material B 90o
• Aplicando o fator de escalonamento
H [A/m]
B [T]
H [A/m]
t [s]
B [T]
Campo para indução de 0,8 T
Material B 45o, caracterizado à 1Hz indução de pico de 1,258 T
Comparação Com Curvas Experimentais - Material B 45o
Curvas calculadas com modelo inverso e medidas
ModeloMedida
H [A/m]
B [T]
Comparação Com Curvas Experimentais - Material B 45o
• Aplicando fator de escalonamento
ModeloMedida
H [A/m]
B [T]
B [T]
Comparação Com Curvas Experimentais - Material B 45o
Realizando nova modelagem agora com indução de 1,004 T
Laços calculados com modeloinverso, sem escalonamento
Campo para indução de 0,582 T
ModeloMedida
H [A/m]
B [T]
H [A/m]
t [s]
Circuito RL e RLC
• A presença de materiais ferromagnéticos, com permeabilidade magnética variável torna indutâncias variáveis;
• Resolução dos circuitos contendo materiais ferromagnéticos, considerando o fenômeno da histerese através do modelo inverso de Jile-Atherton.
Circuito RL
lm - caminho magnético médio
S - área da seção transversal
N - número de espiras
Circuito RL
• Transformação para grandezas eletromagnéticas
NLi BSml
tNitH
)()(
N
ltHRtv
NSdt
tdB m)()(
1)(
dt
tdLitRitv
)()()(
• Equação do circuito
Circuito RL
Cálculo considerando saturação sem histerese.
• Foram considerados os parâmetros do material A.• Saturação modelada pela função de Langevin.
-200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
B [T]
H [A/m]
Tensão senoidal, 1 Hz e 0,5 V
0 100 200 300 400 500 600 700-3
-2
-1
0
1
2
3InduçãoHanh/50His/50
Hanh calculado com aFunção de Langevin
H [A/m]
Número de pontos
Circuito RL
• Saturação modelada pela média da curva de histerese
-200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
H [A/m]
B [T]
100 200 300 400 500 600-3
-2
-1
0
1
2
3InduçãoHanh/50His/50
Hanh calculado na médiada curva B-H
H [A/m]
Número de pontos
Tensão senoidal, 1 Hz e 0,5 V
Circuito RLC Resposta Livre
• Circuito RLC
)()(
)()( tvdt
tdLitRitv c
dt
tdvcti c )(
)(
)(
)()(
1)(tv
N
ltHRtv
NSdt
tdBc
m
N
ltH
cdt
tdV mc )(1)(
Circuito RLC Resposta Livre
• Laço de histerese do material do núcleo magnético (fictício).
Langevin e Média
B [T]
H [A/m]
B [T]
H [A/m]
Circuito RLC Resposta Livre
• Campos, considerando indutor linear, saturação e histerese.
H [A/m]
t [s]
Conclusão
• As principais vantagens dos modelos:
– formulação em termos de uma equação diferencial ordinária de primeira ordem;
– necessitam somente de cinco parâmetros. • Como desvantagem tem-se:
– processo de identificação dos parâmetros complexo;
– comportamento não físico, próximo aos extremos do laço.
• Programas utilizando modelos apresentam ótima convergência.
• A aplicação do fator de escalonamento, proposto por Carpenter, não produziu melhora na representação dos laços menores.
• A boa representação dos laços menores está associada à um bom conjunto de parâmetros, sem necessidade de modificações nas equações do modelo.