universidade federal de sÃo carlos especializaÇÃo em

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO E

TECNOLOGIAS: Produção e Uso de Tecnologias na Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS

PRODUÇÃO E USO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO

ROSIANNE RIBEIRO

O USO DA FERRAMENTA GOOGLE CLASSROOM NAS AULAS DE

MÚSICA DO FUNDAMENTAL 1 (4° e 5°anos): ESTUDANDO A FLAUTA

DOCE COM FERRAMENTAS ONLINE

São Carlos - SP

2018

2



UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS

PRODUÇÃO E USO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO

ROSIANNE RIBEIRO




Monografia apresentada como Trabalho de

Conclusão de Curso do curso de

Especialização em Educação e tecnologias:

Produção e Uso de Tecnologias para Educação da

Universidade Federal de São Carlos.

Orientador: Braian Veloso

São Carlos - SP

2018

3



FOLHA DE APROVAÇÃO

Resultados da avaliação do Trabalho de Conclusão de Curso de Rosianne Ribeiro

Título original do Trabalho: O USO DA FERRAMENTA GOOGLE CLASSROOM NAS

AULAS DE MÚSICA DO FUNDAMENTAL 1 (4° E 5°): ESTUDANDO A FLAUTA DOCE

COM FERRAMENTAS ONLINE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para o curso de

Especialização em Educação e Tecnologias: Produção e Uso de

Tecnologias na Educação da Universidade Federal de São Carlos,

realizada sob orientação do(a) Me. Braian Garrito Veloso.

No mês de julho de 2018, o TCC do(a) estudante Rosianne Ribeiro, do curso de

Especialização em Educação e Tecnologias: Produção e Uso de Tecnologias na

Educação da Universidade Federal de São Carlos foi avaliado. A supervisão geral dos

trabalhos de avaliação foi realizada pelo Prof. Dr. Glauber Lúcio Alves Santiago, desta

universidade. A banca de avaliação foi formada por: Me. Braian Garrito Veloso, Ma.

Camila Dias de Oliveira e Prof. Dr. Glauber Lúcio Alves Santiago.

Os trabalhos da banca foram norteados por critérios de qualidade específicos e as

avaliações foram realizadas de forma autônoma, refletindo a visão exclusiva de cada

integrante perante o trabalho. Cada avaliador(a) pontuou os trabalhos segundo estes

critérios e também indicou ideia para melhorias do TCC. Salientou-se ao estudante que

considerasse todas as indicações de melhoria no trabalho eventualmente indicadas pela

banca, inclusive possíveis sugestões de aprimoramento do título.

Analisando-se cada parecer foi atribuído o seguinte resultado final na avaliação

do TCC: a banca considerou, por unanimidade, que o trabalho foi aprovado.

São Carlos, 20 de dezembro de 2018.

Prof. Dr. Glauber Lúcio Alves Santiago (Coordenador do curso de Especialização em Educação e

Tecnologias: Produção e Uso de Tecnologias na Educação)

4



DEDICATÓRIA

Aos meus alunos

5



AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar ao meu Deus, autor e consumador da minha fé.

Aos meus pais, pelo incentivo e amor.

A Escola do Futuro pela alegria de fazer parte desta família.

6



RESUMO

O presente trabalho é um estudo de caso que tem como objetivo verificar de que

maneira um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) como a ferramenta Google

Classroom, pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da flauta doce com

alunos de 4° e 5° anos do Fundamental 1. A flauta doce é um instrumento melódico e

de timbre único, portátil e especialmente usado no aprendizado musical das escolas de

ensino básico. Alunos com idades entre nove e onze anos, responderam a um

questionário, que coletou os dados para esta pesquisa, avaliando como os alunos

incorporaram em seu cotidiano escolar o uso da ferramenta online, para auxiliar seus

estudos musicais. Foram analisados neste processo a reação dos alunos com a

aplicação da metodologia sala de aula invertida, provocando a mudança do hábito de

estudar o instrumento musical, não mais apenas em sala de aula, mas em um processo

de ensino híbrido, com atividades e tarefas online. Com a pesquisa atual e bibliografias

analisadas, alcançou-se a comprovação do objetivo principal do trabalho, chegando a

conclusão da contribuição positiva do uso da tecnologia, pois os alunos conseguiram

em sua maioria alcançar mais rapidamente o objetivo musical, por tornarem-se mais

autônomos em relação ao próprio aprendizado ao usar a ferramenta tecnológica Google

Classroom em seu aprendizado da flauta doce.

Palavras-chave: Aulas de música. Google Classroom. Flauta Doce. Fundamental 1.

Sala de aula invertida

7



LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - os belts 20

Figura 2 - A apostila e a flauta 20

Figura 3 - Apostila e belts 21

Figura 4 - Aviso no Mural 1 24

Figura 5 - Aviso no Mural 2 25

Figura 6 - Questionário 26

Figura 7 - Respostas sobre a sala/turma de origem dos alunos 28

.Figura 8 - Respostas ao questionário com a idade dos alunos 29

Figura 9 - Respostas dos alunos quanto a frequência do uso da ferramenta

Google Classroom

30

Figura 10 - Respostas dos alunos sobre a dificuldade ou não dos estudos

na sala de aula virtual

31

Figura 11 - Respostas obtidas quanto às preferências das atividades

encontradas no Google Classroom

32

Figura 12 - A postagem da tarefa para o envio dos vídeos pelos alunos 34

Figura 13 -Tarefa: Jogo musical Recorder Master 36

8



SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 11

1.1 OBJETIVOS 17

Objetivo geral 17

Objetivos específicos 17

1.2 HIPÓTESES 18

1.3 JUSTIFICATIVA 18

1.4 DESCRIÇÃO DA PROPOSTA E RESULTADOS ESPERADOS 19

1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 21

2. METODOLOGIA 22

2.1 ETAPAS 22

2.2 ONDE OS DADOS FORAM COLETADOS 23

2.3 O INSTRUMENTO DE COLETA DOS DADOS 23

2.3.1 QUESTIONÁRIO - para os alunos 25

3. RESULTADOS 27

3.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS 27

3.2 ANÁLISE DOS DADOS 27

4. CONCLUSÃO 36

REFERÊNCIAS 38

APÊNDICE A 43

APÊNDICE B: 44

as respostas dos alunos à questão número 6 do questionário 44

9



Education is concerned with wholeness, with drawing

forth that which lies within. It proceeds from the

inside out, growing from the interest and

temperament of each individual and calling on his or

her contribution to the process, Authentic education

requires the teacher to notice and attend to the

unique needs and gifts of each student (GOODKIN,

2002, p.127).

A educação está preocupada com a totalidade, com

o que está por dentro. Ela procede de dentro para

fora, crescendo a partir do interesse e temperamento

de cada indivíduo e chamando sua contribuição para

o processo. A educação autêntica exige que o

professor perceba e atenda às necessidades e dons

únicos de cada aluno (GOODKIN, 2002, p.127,

tradução nossa).

10



LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AOSA - American Orff-Schulwerk Association

AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem

BNCC - Base Nacional Comum Curricular

EDUTEC- Educação e Tecnologia - Especialização Universidade Federal de São Carlos

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação

L2 - termo usado no bilinguismo para a segunda língua

TDIC - Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação

11






1. INTRODUÇÃO

O século XXI tem apresentado profundas mudanças no dia a dia das pessoas,

muitas delas pela presença da tecnologia. A educação escolar tem procurado se

adaptar e encontrar novas possibilidades no uso ativo da tecnologia em sala de aula.

Para Moran, Masetto e Behrens, (2013, p. 31 apud LOPES RIBEIRO, 2018) as

tecnologias digitais podem transformar a escola em ricos e significativos espaços de

aprendizagem, “[...] que motivem os alunos a aprender ativamente […] a serem

proativos, a saber tomar iniciativas e interagir”, a inovação em sala de aula, das práticas

pedagógicas, como o uso de ferramentas tecnológicas é um desafio para educadores e

alunos.

O presente projeto tem como objetivo relatar o processo de ensino e aprendizado

da flauta doce, nas aulas de música, usando ferramentas online, como o aplicativo

Google Classroom. Alunos de 4° e 5° anos do Fundamental 1 tiveram em suas aulas

de música (parte do currículo da educação básica) a oportunidade de fazer uso da

ferramenta tecnológica para auxiliar no aprendizado do instrumento musical. As aulas

de música foram complementadas com material e atividades disponibilizadas na sala de

aula virtual da ferramenta Google Classroom.

No Brasil, a educação musical, ou melhor, as aulas de música fazem parte da

educação básica. Em 18 de agosto de 2008 foi aprovada a Lei Nº 11.769 (BRASIL,

2008), estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação

básica. Assim, em algumas escolas, há um professor especialista para a função (não

obrigatória segundo a lei). Mas em 2016 esta lei foi alterada pela Lei 13.278/2016

(BRASIL, 2016), que incluiu as artes visuais, a dança, a música e o teatro nos currículos

12



dos diversos níveis da educação básica, alterando a LDB1, por meio da Lei 9.394/1996

(BRASIL, 1996).

Na atual Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (MEC, 2018) a música é

apresentada como uma das “linguagens” do componente curricular Arte, prevendo-se

também o desenvolvimento de habilidades específicas como as Artes Visuais, a Dança,

a Música e o Teatro (p. 191):

[...] essas linguagens articulam saberes referentes a produtos e fenômenos

artísticos e envolvem as práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e

refletir sobre formas artísticas. A sensibilidade, a intuição, o pensamento, as

emoções e as subjetividades se manifestam como formas de expressão no

processo de aprendizagem em Arte.

Assim, como linguagem e componente curricular obrigatório, a música como aula

extra nas escolas deve ter o papel de ir além da preparação para os eventos da

instituição, promovendo vivências musicais, musicalização, cultura e competências

musicais. Segundo Brito (2003, p.53), a música é linguagem e conhecimento que se

constrói através de vivências e reflexões orientadas e mediadas:

[.,.] as competências musicais desenvolvem-se com a prática regular e

orientada, em contextos de respeito, valorização e estímulo a cada aluno, por

meio de propostas que consideram todo o processo de trabalho, e não apenas

o produto final (BRITO, 2003, p.53).

A musicalização deve considerar o aluno como um todo e não apenas o trabalho

com aquele que apresenta um talento especial, usando-se conceitos da teoria

construtivista e seus modelos dentro da pedagogia musical, com o objetivo de oferecer

uma aprendizagem eficiente (NAVARRO, 2017). Um educador musical que tem em

suas mãos várias salas e um número grande de alunos precisa ter em mente o seu

papel de mediador e incentivador de competências e não apenas o trabalhar com

talentos.

1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

13



Dentre as pedagogias musicais em uma esfera construtivista, destacamos a

pedagogia musical Orff Schulwerk2, e particularmente no presente trabalho apontamos

o uso da flauta doce neste contexto educacional. Dentre as diferentes e importantes

razões para o uso da flauta doce, destacamos a visão pedagógica apontada na

Pedagogia Orff Schulwerk. Segundo Goodkin (2002) é um instrumento melódico e de

timbre único, é um instrumento de sopro (desenvolvendo a coordenação motora e a

respiração), é portátil (pode ser levado de um lado para outro sem dificuldade), é um

instrumento que propicia o aprendizado da leitura musical e ainda é um autêntico

instrumento histórico e étnico:

A flauta doce oferece muitas oportunidades para se tocar em diferentes tipos de

conjunto musical…. E ainda possibilita um repertório de música de diversas

culturas (GOODKIN, 2002, p.102, tradução nossa).

A flauta doce é usada como parte da musicalização nas escolas brasileiras, por

ser um instrumento de fácil manuseio e aprendizado e ainda pode ser adquirido por um

baixo custo. É um instrumento melódico de timbre delicado e, segundo Paoliello (2007),

tem a emissão de som imediata, e mesmo sem se saber tocar com técnica apropriada,

um iniciante pode fazer soar o instrumento com qualidade.

A utilização da flauta doce nas aulas de iniciação musical pode ser muito

eficiente quando bem orientada, por proporcionar uma experiência com um

instrumento melódico, contato com a leitura musical, estimular a criatividade –

com atividades de criação – além de auxiliar o desenvolvimento psicomotor das

crianças e trabalhar a lateralidade (com o uso da mão esquerda e da mão

direita). Possibilita ainda a criação de conjuntos, ajudando a despertar e

desenvolver a musicalidade infantil e o gosto pela música, melhorando a

capacidade de memorização e atenção e exercitando o físico, o racional e o

emocional das crianças (PAOLIELLO, 2007 p. 32).

Em contrapartida, é importante apontar que nem sempre a flauta é usada em

sala de aula de maneira eficiente, Warner (1991) descreve que o uso do instrumento

em salas de aula com muitos alunos nem sempre proporciona um ambiente musical

2 A pedagogia musical conhecida como música e movimento Orff Schulwerk contribui para o

desenvolvimento do indivíduo além das habilidades e entendimentos específicos nas artes. Essas

habilidades e procedimentos têm uma aplicação e valor mais amplos em diversas áreas (AOSA, 2018,

tradução nossa).

14



gratificante, tornando o aprendizado em uma experiência difícil com muitos alunos

negligenciados no processo de ensino. Weiland (2006) aborda o uso do instrumento na

realidade brasileira por professores despreparados e incapazes de transmitir o

comprometimento musical, deixando o ensino banalizado:

O que tenho visto em muitos projetos sociais é um ensino de Flauta Doce muito

mal conduzido, muitas vezes enfocando apenas aspectos técnicos ou, ainda

pior, a mera repetição de músicas decoradas pelos alunos (WEILAND, 2006

p.49).

Já Pereira (2009) aponta uma outra prática, encontrada nas escolas como a

necessidade de se parar o processo de ensino musical para a produção de

apresentações periódicas nos eventos festivos das instituições.

Dentro de uma escola nem sempre é possível priorizar e desenvolver alguns

pontos que se relacionam com o valor de transformação que a música traz em

sua essência […] Não podemos esquecer o fato de que as escolas antes de

abrirem suas portas como instituições de ensino são empresas voltadas a

explorar o mercado, por isso as apresentações tomam grande vulto e passam a

ser prioritárias nas aulas de música (PEREIRA, 2009).

O educador precisa estar atento e pode sim promover os interesses da

instituição, preparando seus alunos para as apresentações festivas, levando em conta

um ensino e aprendizado musical efetivo, planejado segundo a agenda escolar e

currículo proposto.

Além disso, a flauta doce é um dos instrumentos musicais mais usado nos

currículos das aulas de música para o Fundamental 1, tanto no Brasil como em outros

países como os Estados Unidos. Quando usada na prática efetiva da música apesar de

ser classificado como um instrumento fácil, promove um ganho significativo ao

processo de ensino e aprendizado musical. O aluno pode vivenciar diversos processos

pedagógicos, através do que muitas vezes é o seu primeiro instrumento musical. Da

leitura musical à criatividade e composição, várias possibilidades são contempladas

através do instrumento, que pode ser usado em grupos e/ou em conjuntos musicais,

propiciando um fazer musical prazeroso, respeitando o aluno e sua cultura.

15



Goodkin (2002) ressalta que uma educação autêntica exige que o professor

perceba e atenda às necessidades e individualidades de cada aluno, para que isso

aconteça se faz necessário apontar novas estratégias de ensino e aprendizagem.

Estratégias que possam contemplar os interesses do aluno como um todo; com

abordagens pedagógicas que promovam não apenas os interesses da instituição em

relação às aulas de música e sim que propiciem ao aluno ferramentas eficazes ao seu

aprendizado.

Mas como apresentar no dia a dia da sala de aula, uma educação autêntica

como apontado por Goodkin (2002) em um ambiente com novas estratégias de ensino

e aprendizagem em um curso de Música voltados para alunos do Fundamental 1?

Como a tradicional aula de música que tem a flauta doce como objeto de musicalização

pode se aliar as novas tendências digitais deste século? Como manter a atenção e a

alegria do aprendizado de alunos, que hoje se mantêm conectados na redes sociais e

são protagonistas de uma nova geração digital?

Dentre as inúmeras inovações pedagógicas que utilizam a tecnologia como

aliada ao processo de ensino e aprendizado, apontamos a educação híbrida, que pode

ser compreendida como uma inovação sustentada, onde se alia a sala de aula

presencial às vantagens das tecnologias digitais. A Educação Híbrida usa a

flexibilidade, tanto espaço-temporal quanto de organização curricular, proporcionando

aprendizagens mais personalizadas, adequadas às necessidades de cada estudante de

forma colaborativa e cooperativa. Em poucas palavras, podemos dizer que no ensino

híbrido (pelas metodologias ativas3) o aluno é levado a uma papel ativo na significação

e compreensão das informações.

Para Mill e Justi (2017), a educação vivenciada antes em uma sociedade

grafocêntrica, onde a escrita era o centro, hoje, se organiza e coexiste em torno da

sociedade contemporânea chamada de grafocêntrica digital. Um novo e complexo

3 As metodologias ativas, quando combinadas com tecnologias digitais, permitem uma aprendizagem

mais eficiente [...] do que da forma convencional, pois integram práticas, atividades, jogos, problemas,

projetos relevantes, combinando colaboração (aprender juntos) e personalização (MORAN, 2015, p. 42

apud MILL; CHAQUIME, 2017, p. 13).

16



cotidiano se estabelece, pedindo uma nova postura e conteúdos em educação, quanto

ao o que se ensina, para quem se ensina, quem aprende e como se aprende.

Nesta sociedade grafocêntrica digital, se faz necessário saber usar e aplicar no

contexto escolar um novo processo de ensino e aprendizagem. O letramento se torna

também digital e sua falta faz com que o cidadão possa viver uma certa exclusão na

sociedade.

Ao professor fica o papel de mediador, em que se faz necessário o conhecimento

tecnológico e domínio de habilidades além do navegar na internet e usar softwares. O

professor deve fazer uso eficiente das ferramentas tecnológicas em uma leitura

consciente e crítica da nova realidade virtual e redes sociais que cercam a atual

geração.

Segundo Mill e Jorge (2013), na nova sociedade digital o processo de ensino e

aprendizado deverá ter seu formato atualizado em todas as suas relações (professores

X alunos), pois não pode mais ser fixa, apenas com conhecimentos adquiridos e sim

voltada a uma educação que favoreça a flexibilidade em todo o seu processo.

[…] Práticas pedagógicas diferenciadas estão sendo exigidas dos educadores

da sociedade contemporânea. E a associação entre as áreas educacional e

tecnológica tornou-se o centro dos esforços pedagógicos para a formação do

cidadão (MILL; JORGE, 2013, p. 66).

Para desenvolver esta proposta pedagógica alinhando o ensino da flauta doce

as novas tecnologias, optou-se por usar a plataforma AVA (Ambiente Virtual de

aprendizagem) da empresa Google - o Google Education, chamada Sala de Aula (ou

Classroom), por ser a nova plataforma adquirida pela instituição de ensino onde o

projeto de pesquisa se desenvolveu.

Segundo Santos (2003) a aprendizagem mediada por AVA permite variadas

possibilidades de leituras, onde o aprendiz interage com o conteúdo digital e também se

comunica com outros sujeitos, através dos recursos da digitalização várias fontes de

informações e conhecimentos podem ser criadas e socializadas através de conteúdos

apresentados de forma hipertextual, mixada e multimídia.

17



Esta é a razão do presente trabalho, mostrar a utilização da tecnologia como

uma forte aliada na musicalização, dentro de uma instituição de ensino privado. Através

da metodologia da sala de aula invertida, apresentar um caminho reverso, onde o aluno

estuda o conteúdo, antes de frequentar a aula. Contribuindo para a promoção de uma

Educação Híbrida, aliando o uso das tecnologias digitais (vídeos, animações,

simulações, laboratórios virtuais) e modificando o processo pedagógico para além da

sala de aula, transformando as práticas tradicionais do ensino da flauta doce,

proporcionando uma maior interação e desenvolvimento musical.

Assim, no decorrer da pesquisa procurou-se responder à seguinte Questão de

Pesquisa: Como a ferramenta tecnológica Google Classroom pode auxiliar no ensino e

aprendizado da flauta doce com alunos de 4° e 5° anos do Fundamental 1?

1.1 OBJETIVOS

Objetivo geral

Este trabalho tem como objetivo verificar de que maneira um ambiente virtual de

aprendizagem (AVA) como a ferramenta Google Classroom, pode auxiliar no processo

de ensino e aprendizagem da flauta doce com alunos de 4° e 5° anos do Fundamental

1.

Objetivos específicos

A. Identificar os principais recursos da ferramenta Google Classroom que podem

ser utilizadas no ensino da flauta doce;

B. Descrever a percepção dos alunos com relação ao uso da ferramenta Google

Classroom;

C. Avaliar o potencial da ferramenta Google Classroom ao ensino da flauta doce no

Fundamental 1;

18



1.2 HIPÓTESES

Para a pesquisa foram consideradas as seguintes hipóteses:

● Com o uso da ferramenta Google Classroom os alunos conseguirão se

desenvolver mais em seu aprendizado do instrumento (flauta doce) chegando ao

objetivo final de cada ano/ livro; pelas trocas entre si e com o professor que a

tecnologia proporcionará além da sala de aula.

● Ao utilizar a ferramenta (aplicativo Google Classroom) o professor conseguirá

adequar o planejamento das aulas, principalmente em relação às atividades

avaliativas requeridas pela instituição.

● Com o uso da tecnologia os alunos podem alcançar mais rapidamente o objetivo

por tornarem-se mais autônomos em relação ao próprio aprendizado.

1.3 JUSTIFICATIVA

O tema em estudo é bastante atual, pois o uso da tecnologia se faz necessário

no ensino e aprendizagem da atual geração. O relato da aplicação da ferramenta

Google Classroom nas aulas de música, virá contribuir não apenas para o

desenvolvimento dos alunos, como também para aprimorar o conhecimento e estudo

dos uso da tecnologia nas aulas de música para o Fundamental 1. No Ensino Híbrido,

a sala de aula invertida é uma das possibilidades apresentada, pois proporciona ao

aluno uma abordagem diferenciada em seu aprendizado, e ao professor um novo olhar

para sua prática e conteúdo. Em uma flipped classroom4 as atividades propostas

durante a aulas são efetivas, o aluno é obrigado a retomar e ampliar o que aprendeu

antes da aula, sua participação nas atividades tanto em sala como nas atividades online

são consideradas na avaliação formal e os materiais utilizados antes e durante a aula

são planejados e bem estruturados pelo professor, que frequentemente faz retornos

sobre o processo dos alunos em suas atividades (VALENTE, 2014, p. 86, apud MILL;

CHAQUIME, 2017 p. 13).

4 Termo em Inglês usado para sala de aula invertida

19



1.4 DESCRIÇÃO DA PROPOSTA E RESULTADOS ESPERADOS

Na escola em que a atual pesquisa foi realizada, os alunos do Fundamental 1 (1°

ao 5° ano) tem as aulas de música em sua grade curricular como parte do currículo

internacional5 (L2), as aulas são ministradas em Inglês uma vez por semana com

duração de 45 minutos. Nas aulas de música dos grupos analisados, a flauta doce

soprano com digitação Barroca é o instrumento estudado em um curso de 2 anos para

os alunos de 4° e 5 ° anos, finalizando o processo de musicalização para os alunos do

Fundamental 1, com o ensino musical através deste instrumento.

Para esse curso de flauta é utilizada uma adaptação do metodologia de Barb

Philipak (2002) em seu livro Recorder Karate 1, em que o aprendizado musical se dá

em um processo progressivo, com diferentes níveis de dificuldade para cada melodia

apresentada e aprendida pelos alunos. Após aprender a tocar a melodia, o aluno

recebe um “belt”6 colorido, (do branco ao preto, como nas faixas usadas no karatê) para

marcar seu processo de aprendizado. Na adaptação realizada, uma apostila foi

entregue a cada aluno com as melodias, atividades e teoria musical. Miçangas coloridas

fazem o papel dos “belts” que são adquiridos após a execução e aprovação pelo

professor de cada melodia aprendida.

Antes do uso da Sala de Aula virtual do Google, os alunos faziam as atividades

avaliativas em sala de aula, e a avaliação prática do instrumento (flauta doce) se dava

em até 4 aulas seguidas, para que o educador finalizasse o processo avaliativo

individual de cada aluno. Com o uso da Sala de aula virtual, espera-se que o processo

avaliativo se dê mais rapidamente.

5 A escola é bilíngue (Português e Inglês) 6 Belt: cinto, faixa (tradução nossa)

20



Figura 1 - os belts

Fonte: Autoria própria.

Figura 2 - A apostila e a flauta


21



Figura 3 - Apostila e belts


1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Até o momento, foram apresentados os aspectos introdutórios desta monografia.

Seus objetivos quanto a verificação do aprendizado da flauta doce em um ambiente

virtual de aprendizagem (AVA) e as hipóteses que foram consideradas para esta

aprendizagem usando a ferramenta do Google Education: Google Classroom.

A metodologia utilizada, apresentada no item 2, mostra o desenvolvimento da

pesquisa de campo, através do estudo de caso. Com os objetivos de gerar

conhecimentos para aplicação prática e a à solução de problemas específicos dentro da

educação musical.

No item seguinte, em resultados, apresenta-se os dados e análises obtidos

através dos questionários. A Monografia finaliza com a conclusão, onde as reflexões

22



sobre a pesquisa serão apresentadas. Após as referências, são apresentados os

apêndices e anexos.

2. METODOLOGIA

No presente trabalho, a metodologia científica usada foi a pesquisa de campo.

Pois pela observação de fatos, em um estudo de caso, queremos comprovar a hipótese

de que o uso da tecnologia proporciona um melhor desenvolvimento ao aluno no

aprendizado de um instrumento musical.

O estudo de caso consiste em coletar e analisar informações sobre determinado

indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar

aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa

(PRODANOV, 2013, p. 60).

Além disso, segundo Prodanov (2013) a metodologia da atual pesquisa é

classificada como aplicada, pois tem como objetivos gerar conhecimentos para

aplicação prática e se dirige à solução de problemas específicos dentro da educação

musical. Em sua forma de abordagem a pesquisa será qualitativa, pois apresenta uma

relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, e seu processo e significado são os

focos principais de abordagem.

2.1 ETAPAS

Em termos de atividades, esta pesquisa possuiu as seguintes etapas:

1. Estudo preliminar do tema (O uso da ferramenta Google Classroom nas aulas de

Música do Fundamental 1: estudando a flauta doce com ferramentas on line) por

meio de reflexões realizadas anteriormente à pesquisa.

2. Busca por fontes de material, como acervos digitais, livros, artigos em revistas

reuniões pedagógicas com a coordenação da escola.

3. Elaboração de fichamentos dos textos e organização dos links dos acervos

digitais.

4. Elaboração de um quadro para estruturação da revisão bibliográfica apontando

os acervos e repositórios digitais que serão usados.

23



5. Redação de um texto final sobre a literatura abordada.

6. Revisão bibliográfica sobre metodologia de pesquisa.

7. Elaboração dos instrumentos de coleta de dados.

8. Aplicação dos instrumentos de coleta de dados na instituição Escola do Futuro.

9. Finalização da pesquisa com a análise dos dados e elaboração do relatório de

pesquisa.

2.2 ONDE OS DADOS FORAM COLETADOS

Para esta a pesquisa, os dados foram coletados na Escola do Futuro, instituição

da rede privada de ensino do município de São Paulo-SP. Os alunos participantes eram

alunos do quarto e quinto anos do Fundamental 1 no ano letivo de 2017.

A Escola do Futuro foi escolhida, pois tem como parte do seu currículo o uso da

tecnologia em sala de aula em todos os segmentos do Fundamental 1, como o Google

Education. Para se usar o Google Classroom, cada aluno recebe sua inscrição online

dentro do sistema Google, com uma conta personalizada com o e-mail da escola. Esta

conta permite o acesso a sua sala virtual e seus pais também recebem notificações do

uso e atividades adicionadas nas salas de seus filhos. A plataforma pode ser usada em

computadores e dispositivos eletrônicos como smartphones e tablets com acesso a

internet.

A educadora responsável pelas aulas de música analisadas é aluna do EDUTEC

e adicionou seu aprendizado no curso de pós-graduação Especialização em Educação

e Tecnologias: Produção e Uso de Tecnologias para Educação à prática de ensino no

dia a dia profissional.

2.3 O INSTRUMENTO DE COLETA DOS DADOS

Para a presente pesquisa, usamos como instrumento de coleta de dados o

questionário. Esta ferramenta é uma técnica de levantamento de dados primário que

agrega valor à descrição verbal dos informantes. Foi escolhida, pois o objeto do nosso

estudo baseia-se na educação musical direcionada a crianças entre nove e onze anos.

24



Usando esta ferramenta, o questionário, queremos proporcionar um melhor

entendimento e resultado junto a esta faixa etária. O questionário foi elaborado na

plataforma Google Forms.

O questionário foi elaborado usando o Google Forms, e respondido na própria

escola ou em casa, usando os computadores disponíveis e/ou outros dispositivos com

acesso à internet (tablets e smartphones). A instituição que recebeu o estudo tem

parceria com o Google Education para a aplicação e uso de suas ferramentas no dia a

dia acadêmico dos alunos. Assim, nesta pesquisa foi acrescentado mais um objetivo às

funções da G Suite7 usada pelos estudantes. O questionário foi elaborado em

linguagem simples e direta, com respostas em múltipla escolha. Os alunos que em

2017 começaram a usar a ferramenta Google Sala de Aula responderam ao

questionário que foi postado no mural do seu grupo na sala de aula virtual e a resposta

não era obrigatória.

Figura 4 - Aviso no Mural 1

Fonte: Printscreen da tela do mural da sala virtual dos alunos com o aviso para o acesso ao questionário

da pesquisa

7 G Suite é um pacote de serviços baseados na nuvem que se oferece a empresas ou escolas, com

diversas ferramentas como: e-mail profissional, armazenamento on-line, agendas compartilhadas,

reuniões com vídeo etc. Google Suporte (2018)

25



Figura 5 - Aviso no Mural 2

Fonte: Printscreen da tela do mural da sala virtual dos alunos com o aviso para o acesso ao questionário

da pesquisa

Na coleta de dados buscou-se como resultado respostas à Questão de Pesquisa:

Como a ferramenta tecnológica Google Classroom pode auxiliar no ensino aprendizado

da flauta doce com alunos de 4° e 5° anos do Fundamental 1?

2.3.1 QUESTIONÁRIO - para os alunos

Foi usado um questionário elaborado no Google Forms, para ser aplicado aos

alunos das salas em estudo. O objetivo era avaliar o uso e desenvolvimento dos

estudos de flauta, através da ferramenta Google Classroom.

26



Figura 6 - Questionário

Fonte: Printscreen da tela inicial do questionário aplicado aos alunos

As perguntas elaboradas no questionário foram:

1) Qual a sua sala?

4 ano ( ) A ( ) B ( ) C

5 ano ( ) A ( ) B ( ) C ( ) D

2) Qual sua idade?

3) Com que frequência usou o Google Classroom ?

( ) diariamente

( ) semanalmente

( ) apenas uma vez

( ) ainda não vi

4) Você achou fácil de trabalhar/estudar com a sala de aula virtual?

( ) sim

( ) achei difícil

( ) não fiz nada por lá

( ) mais ou menos

5) Que tipo de atividade você mais gostou?

27



( ) tarefas para postar seu vídeo

( ) links de site para jogos

( ) o mural para o bate papo

6) O que mudou no seu modo tocar a flauta doce com o aplicativo?

3. RESULTADOS

3.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS

Após os alunos usarem o Google Classroom por algumas semanas, para o

estudo e atividades avaliativas nas aulas extras da matéria Música, foi pedido que

acessassem o ambiente virtual da sala de aula para que um questionário fosse

respondido. O questionário elaborado no Google Forms tinha como objetivo obter

respostas sobre a experiência dos alunos com a nova ferramenta online Google

Classroom. Foram perguntas simples com respostas em múltipla escolha e uma

resposta dissertativa.

3.2 ANÁLISE DOS DADOS

Com a plataforma AVA, Google Classroom, os alunos foram organizados em

suas sala virtuais, e tarefas e atividades avaliativas eram postadas regularmente, para

dar continuidade ao estudo da flauta doce, fora o espaço físico da sala de aula.

Um novo processo de trabalho se iniciou, onde professor e alunos precisavam

estabelecer novas formas de comunicação e aprendizado. Para o complemento e

acompanhamento do ensino das melodias da flauta, foram disponibilizados vídeos

tutoriais nos murais da sala virtual, acompanhados de outros materiais

complementares. Para cada melodia aprendida, havia um link aberto pelo educador,

para que os alunos enviassem seu vídeo tocando o instrumento e recebessem o

retorno avaliativo pelo seu trabalho.

28



A sala virtual foi adotada para os alunos no segundo semestre do ano letivo de

2017, e após algumas semanas de uso, um questionário foi enviado aos alunos para

averiguar o uso e aceitação da ferramenta online.

Analisando as respostas obtidas nos gráficos gerados pelo Google Forms,

podemos perceber que de maneira geral os alunos tiveram uma boa aceitação da nova

ferramenta em seu cotidiano escolar.

Para o grupo dos alunos mais novos, as turmas do 4° ano, em qual a novidade

era tanto para o uso da ferramenta digital quanto o uso do instrumento musical (flauta

doce) foi obtido 42,9% da participação não obrigatória na pesquisa.

Já para o grupo dos alunos do 5° ano, que já tinham mais tempo de contato com

o instrumento (a flauta doce), a participação não obrigatória na pesquisa obtida foi de

51%, com a abstenção total de uma das salas.

A pesquisa foi respondida entre os mais novos e mais velhos (idades entre 9 a

11 anos), geração acostumada ao uso de smartphones e tablets. Os alunos de 11 anos

foram os mais solícitos em participar da pesquisa. Obteve-se também respostas

criativas, com idades fora da faixa etária dos alunos avaliados nesta pesquisa.

Figura 7 - Respostas sobre a sala/turma de origem dos alunos

Fonte: Autoria própria

29



Figura 8 - Respostas ao questionário com a idade dos alunos


A maior mudança provocada pela adição da ferramenta nos estudos dos alunos,

foi com certeza a obrigatoriedade em se fazer o acesso online em sua sala do Google

Classroom. Pois até então, as atividades realizadas na matéria Música eram todas em

sala de aula e os estudos extra sala aconteciam apenas próximo às datas das

atividades avaliativas e os alunos não recebiam dever de casa. Os resultados obtidos

pela pesquisa mostraram o início de uma mudança de hábito, onde 53% dos alunos

passaram a observar e se lembrar da matéria fora o dia da aula, acessando ao menos

uma vez por semana, e 28,6% passaram a acessar o ambiente diariamente.

As respostas ao formulário também apontaram que 14,3 % dos alunos

continuaram em seu antigo hábito de estudos, lembrando-se da matéria somente no dia

da aula, pois acessaram apenas uma vez o ambiente e outros 4,1% não sabiam do que

se tratava o assunto.

30



Figura 9 - Respostas dos alunos quanto a frequência do uso da ferramenta Google Classroom


Notou-se, ainda, que o acesso a sala de aula virtual para 73,5% dos alunos foi

considerado uma tarefa fácil, ou seja, os discentes não foram intimidados pela nova

ferramenta. Mas 8,2% a acharam muito difícil e o restante relatou alguma dificuldade no

acesso. Os alunos relataram suas dificuldades por problemas técnicos com os

dispositivos eletrònicos disponibilizados em casa, ou a falta de entendimento de como

usar a ferramenta para o envio das tarefas e atividades avaliativas. Há de se repensar

em como esta geração digital realmente tem o conhecimento e habilitação para o uso

da tecnologia em seu dia a dia. Pois muitas vezes o uso digital dos dispositivos, pelos

alunos, não garante seu conhecimento das ferramentas tecnológicas e sim apenas o

uso de algumas habilidades pontuais e mecânicas.

31



Figura 10 - Respostas dos alunos sobre a dificuldade ou não dos estudos na sala de aula virtual


Na questão número 5, encontramos as respostas dos alunos para as atividades

encontradas na sala de aula virtual. Dentre as respostas obtidas 38,8% dos alunos

gostaram do novo formato das atividades avaliativas: o envio de vídeos. Esta

percentagem também se repete para os alunos que gostaram de todas as atividades

apresentadas na ferramenta. De maneira geral os alunos receberam muito bem o uso

do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) nas aulas de música.

32



Figura 11 - Respostas obtidas quanto às preferências das atividades encontradas no Google

Classroom


Antes do uso da ferramenta, acontecia em sala de aula a prova prática individual

da flauta doce. Com uma fila de espera, acontecia em até 4 aulas. Com a postagem da

tarefa avaliativa no Google Classroom em forma de vídeo, o aluno recebeu um prazo

diferenciado e pôde enviar apenas o vídeo com a sua melhor performance no

instrumento e não precisava mais ficar na fila de espera. A grande ansiedade gerada

anteriormente pelos “Belts” (as miçangas recebidas a cada fase/melodia aprendida) foi

revertida em tempo extra de estudo e ampliando as oportunidades de ensino e

aprendizado. Muitos alunos, que antes se frustraram com a espera, e precisavam ter

seu ritmo de aprendizado avaliado pelo contexto geral do grupo, passaram a ter seu

33



processo de aprendizagem individual liberado. Pois com as tarefas postadas no AVA,

cada aluno gerencia seu desenvolvimento, podendo postar seu vídeo com a melodia

aprendida dentro de um calendário mais flexível.

Se antes o fazer musical em aula era em grande parte coletivo, e o ser ouvido

individualmente pelo professor acarretava em espera, agora com a sala virtual este

processo se inverte, e a mediação se faz, mais rapidamente, com feedbacks

constantes. Facilitando não apenas no tempo de espera, como também para os alunos

mais tímidos. A ansiedade e dificuldade em tocar o instrumento em público, foram

trocados pela postagem do vídeo.

Para KRÜGER (2006, p.76) podemos aumentar a eficácia da educação

convencional com auxílio das TIC:

[...] o que poderia ser feito em música, por exemplo, ao estimularmos a

realização de tarefas que normalmente não teriam boa aceitação por parte dos

alunos por meio de uma nova e estimulante mídia.

Cada aluno passou a receber feedbacks por suas postagens pelo AVA (na sala

virtual de seu grupo), dentro da metodologia de aula chamada de sala de aula invertida

em um estudo híbrido em que o aluno é o principal protagonista de seu aprendizado.

Segundo Bergman e Sams (2016) o educador deixa de ser o transmissor de

informações e assume funções mais orientadas e tutoriais, beneficiando os alunos que

podem apresentar maiores dificuldades e ajudando os estudantes na compreensão de

conceitos.

No mural da sala de aula (AVA), na postagem da tarefa, o aluno encontrava

material extra para a realização da atividade. A melodia ensinada antes, apenas em

sala de aula, passou a ser disponibilizada em forma de um vídeo tutorial para o aluno,

acompanhada da partitura musical. A apostila de flauta passou a ser usada apenas

em sala de aula, deixando aos alunos a liberdade de escolha, em como estudar seu

instrumento.

34



Figura 12 -A postagem da tarefa para o envio dos vídeos pelos alunos

Fonte: Printscreen da tela do mural da sala virtual dos alunos com a postagem da tarefa a ser enviada

A Figura 11 mostrou também que para 36,7% dos alunos, a atividade preferida

foi a tarefa que apresentava um site, fora da sala virtual, que apresentava um jogo em

um modelo de video game para o aprendizado das notas musicais na flauta doce. O

uso de jogos na educação tem sido bastante estudado e pesquisado e seus resultados

têm alavancado o processo educativo de muitos alunos.

Os jogos digitais permitem que as metodologias sejam reelaboradas e

reconstruídas, para propiciar maior interação entre alunos e professores, no

decorrer do processo de ensino e aprendizagem, rompendo, assim, a limitação

das relações professor-aluno e teoria-prática (DE SOUZA et al., 2011, p.140).

35



O site JoyTunes8 - Recorder Master apresentado aos alunos no Classroom para

acesso, trazia todo o conteúdo teórico musical trabalhado em sala de aula em uma

plataforma em forma de game. Onde o joystick usado era a própria flauta doce.

Permitindo aos alunos complementarem as atividades aprendidas em casa, sem ter a

conotação de dever de casa ou lição/estudo tradicional. Mas nem todos os alunos

conseguiram usar o jogo para seu desenvolvimento, alguns deles relataram problemas

técnicos no acesso. A falta de equipamento adequado - microfone - foi o motivo mais

relatado pelos alunos que não conseguiram fazer a atividade com o game, pois nem

todos tinham em casa um microfone para usar no computador. Outra dificuldade

encontrada foi a configuração do jogo Recorder Master, que pedia a atualização e

permissão do software Flash Player, deixando muitos alunos (e seus pais também)

confusos, por não entenderem o funcionamento dos aplicativos e digitais. Para os

alunos que apenas dispunham de celulares e tablets, o jogo foi impossível de se

experimentar, pois entre o período da pesquisa realizada pelo professor e a postagem

da atividade com o Recorder Master, a empresa responsável pelo jogo mudou sua

configuração, retirando-o dos dispositivos móveis.

8 http://www.joytunes.com/master/

http://www.joytunes.com/master/

36



Figura 13 - Tarefa: Jogo musical Recorder Master

Fonte: Printscreen da tela do mural da sala virtual dos alunos com a postagem da tarefa Recorder

Master

Nas última resposta do questionário respondido, com a pergunta que exigia uma

resposta dissertativa (ver apêndice), nota-se através dos comentários deixados pelos

alunos que, de maneira geral, a sala virtual foi aprovada por eles. Mesmo apresentando

dificuldades no acesso ou uso de dispositivos, as crianças aprovaram a nova prática.

Para o educador, ficou claro que com a ferramenta online, o processo de

aprendizagem dos alunos melhorou, produzindo mudanças de hábitos e uma evolução

contínua no fazer musical dos estudantes. A aula de música ultrapassou o espaço físico

da escola, chegando nas casas dos alunos e também na do educador. Pois na sala de

aula invertida o educador precisa de mais tempo para preparar as atividades e tarefas,

e geralmente não há disponibilidade dentro de sua carga horária.

4. CONCLUSÃO

Finalizamos este estudo de caso com a idéia de que a educação de hoje tem

passado por inúmeras mudanças, muitas delas resultantes da atuação direta da

37



tecnologia no dia a dia da sociedade. Estas transformações sociais tem possibilitado

novas formas de organização social e o desenvolvimento científico e tecnológico tem se

tornado o centro na vida do cidadão. A educação do século XXI precisa continuar

quebrando paradigmas. O professor não é mais o único transmissor de conhecimentos,

os alunos de hoje são personagens atuantes em seu processo de aprendizagem.

Com esta nova e desafiadora oportunidade educacional, foi apresentada a

questão de pesquisa, procurando novos rumos para o ensino do instrumento musical

mais comum das escolas, a flauta doce, usando uma plataforma AVA: Como a

ferramenta tecnológica Google Classroom pode auxiliar no ensino aprendizado da

flauta doce com alunos de 4° e 5° anos do Fundamental 1?

Concluímos, ao final da análise dos dados coletados, que este trabalho

conseguiu alcançar os objetivos específicos apontados ao início da pesquisa, pois

através das respostas dos alunos pudemos observar a percepção de cada um quanto

ao uso da ferramenta online, e o ganho adquirido em seu desenvolvimento e

conhecimento musical além da sala de música da instituição. As hipóteses levantadas

foram corroboradas, marcando a contribuição positiva do uso da tecnologia, pois os

alunos conseguiram em sua maioria alcançar mais rapidamente o objetivo musical, por

tornarem-se mais autônomos em relação ao próprio aprendizado.

Apesar do ano letivo observado ter terminado, a proposta de trabalho com a

plataforma AVA Google Classroom irá continuar, dando espaço para a continuidade do

processo educativo iniciado, em busca de novos usos, desafios e correções de

problemas, para que o uso da tecnologia com alunos do Fundamental 1 na matéria

música possa ser sempre atualizado.

38



REFERÊNCIAS

ABEM, Associação Brasileira de Educação Musical. Proposta para a

Base Nacional Comum Curricular - 2016. Diponível em

http://www.abemeducacaomusical.com.br/docs/Proposicoes_da_ABEM_para_a_BNCC.

pdf acesso 29 de junho de 2018.

AMUI, Gustavo A.; GUIMARÃES, Fernanda Albernaz do Nascimento (2016). Música na educação básica: referenciais teóricos de periódicos nacionais publicados entre 2000 e 2010. Per Musi. Ed. por Fausto Borém, Eduardo Rosse e Débora Borburema. Belo Horizonte: UFMG, n.34, p.89-112. Disponível em :

http://www.scielo.br/pdf/pm/n34/1517-7599-pm-34-0089.pdf Acesso em 28 de maio de 2018.

BARBOSA M., Antonio Flavio; KRAMER, Sonia, Contemporaneidade, educação e

tecnologia. Educação & Sociedade 2007, 28 (Octubre).Disponivel

em:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=87313704019> ISSN 0101-7330

Acesso em 28 de maio de 2018.

BEINEKE, Viviane. O ensino de flauta doce na educação fundamental. Ensino de

música: propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Moderna, p. 86-

100, 2003.

BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida – Uma metodologia

ativa de aprendizagem -Editora LTC. 2016

BRASIL, Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008. Brasília, DF, 2008, que trata da obrigatoriedade do ensino de música na educação básica. Disponível em:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm acesso em 20

de junho de 2018.

, Lei 13.278/2016, de 02 de maio de 2016, Brasília, DF, Disponível em :

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13278.htm acesso em

20 de junho de 2018.

, Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF, Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm - acesso em 20 de junho de 2018.

BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil - propostas para formação

integral da criança - São Paulo 2003 -Editora Peirópolis.

CUERVO, Luciane da Costa. Musicalidade na performance com a flauta doce. 2009.

Disponível em : http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/15663 Acesso 20 de maio de

2018.

http://www.abemeducacaomusical.com.br/docs/Proposicoes_da_ABEM_para_a_BNCC.pdf

http://www.abemeducacaomusical.com.br/docs/Proposicoes_da_ABEM_para_a_BNCC.pdf

http://www.scielo.br/pdf/pm/n34/1517-7599-pm-34-0089.pdf

http://www.redalyc.org/articulo.oa

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13278.htm

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm-

http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/15663

39



DA SILVA DUQUE PEREIRA, Ives et al. Uma proposta metodológica de ensino

híbrido envolvendo a plataforma Google Classroom como ambiente virtual de

aprendizagem no Ensino Médio. ISSN: 1984-6290- Educação Pública- CEDERJ B3

EM ENSINO - QUALIS, CAPES. 2018. Disponível em: <https://goo.gl/Ghqruo>. Acesso

em: 15 nov. 2018.

DA SILVA, Wliane; SIMÕES DUPONT BERNINI, Denise; JOSE DE OLIVEIRA

SANTOS, Ibrahim. ENSINO COM TIC. CIET:EnPED, [S.l.], maio 2018. ISSN

2316-8722. Disponível em:

<http://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/650>. Acesso em: 03

nov. 2018.

DE SOUSA, Robson Pequeno de Sousa; DA S. C. MOITA, Filomena M. C.; GOMES

CARVALHO, Ana Beatriz (Org.). Tecnologias Digitais na Educação. Campina

Grande-PB: EDUEPB, 2011. 140 p. Disponível em: <https://goo.gl/R6wbtT>. Acesso

em: 16 nov. 2018.

FERREIRA, V.; Ricoy, M. C. (2017). Contribución de los libros de texto de

educación musical al uso de las TIC. Cuadernos.Info, (40), 203-217. Disponívem em:

https://doi.org/10.7764/cdi.40.1067 Acesso 28 de maio de 2018.

GOHN, Daniel Marcondes. A internet em desenvolvimento: vivências digitais e

interações síncronas no ensino a distância de instrumentos musicais .

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) REVISTA DA ABEM | Londrina | v.21 |

n.30 | 25-34 | jan.jun 2013; Disponível em:

http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/pdfs/ed30_revistadaabem.pdf

Acesso em 20 de junho de 2018.

GOODKIN, Doug. Play, Sing and Dance. USA: Schott Music Corporation, 2002. P.101-

103.

G Suite. Suporte para o uso. Disponível em:

https://support.google.com/a/answer/3035792?hl=pt-BR acesso em 19/08/2017

JOY TUNES, Recorder Master Disponível em : http://www.joytunes.com/master/

KRüGER, S.. Educação musical apoiada pelas novas Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC): pesquisas, práticas e formação de docentes. Revista da ABEM,

São Paulo, 14, apr. 2006. Disponível em:

<http://abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/articl

e/view/314/244>. Acesso em: 28 de maio. 2018.

LANDER, Nicholas S. 1996–2018. Recorder Home Page. Disponível em:

http://www.recorderhomepage.net/history/ Acesso em 12 de Julho de 2018.

http://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/650

https://doi.org/10.7764/cdi.40.1067

http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/pdfs/ed30_revistadaabem.pdf

http://www.joytunes.com/master/

http://abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/314/244

http://abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/314/244

http://www.recorderhomepage.net/history/

40



MARA MENEZES LOPES, Livia; SALVADOR RIBEIRO, Viviane. O ESTUDANTE

COMO PROTAGONISTA DA APRENDIZAGEM EM AMBIENTES INOVADORES DE

ENSINO.CIET:EnPED, [S.l.], maio 2018. ISSN 2316-8722. Disponível em:

<http://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/286>. Acesso em: 02

nov. 2018.

MILL, D.; CHAQUIME, L. P. Educação Híbrida como estratégia educacional. E-book:

EduTec 2017 - Coleção Educação e Tecnologia, UFSCAR, São Carlos.

MILL, D.; JORGE, G. Sociedades grafocêntricas digitais e educação: sobre

letramento, cognição e processos de inclusão na contemporaneidade. In: MILL, D.

Escritos sobre educação: desafios e possibilidades para ensinar e aprender com as

tecnologias emergentes. São Paulo: Paulus, 2013.

MILL, D.; JUSTI, J. Convergências midiáticas e sociedades grafocêntricas digitais.

E-book: EduTec 2017 Coleção Educação e Tecnologia, UFSCAR, São Carlos.

Disponível em :

https://ava.ead.ufscar.br/pluginfile.php/562032/mod_page/content/2/Converg%C3%AAn

cias%20midi%C3%A1ticas%20e%20sociedades%20grafoc%C3%AAntricas%20digitais.

pdf . Acesso em: 01 de junho de 2018

MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na educação. Ci. Inf. [online]. 1997,

vol.26, n.2, pp.-.Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651997000200006&ln

g=en&nrm=iso>. ISSN 0100-1965.

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-19651997000200006. Acesso : 28 de maio de 2018.

NAVARRO, J. L. (2017). Pautas para la aplicación de métodos de enseñanza

musical desde un enfoque constructivista. Revista Electrónica de Investigación

Educativa, 19(3), 143-160. https://doi.org/10.24320/redie.2017.19.3.675. Acesso em 04

de julho de 2018.

PAOLIELLO, Noara de Oliveira. "A flauta doce e sua dupla função como

instrumento artístico e de iniciação musical." Monografia (Licenciatura).

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UFRJ, Centro de Letras e Artes. Rio

de Janeiro(2007). DIsponível em:

http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/noarapaoliello.pdf Acesso 20

de maio de 2018.

PEREIRA, Frank de Andrade. A Flauta Doce no Ensino Fundamental nas Turmas do

1º ao 5º ano. 2009. Monografia (Licenciatura Plena em Educação Artística – Habilitação

em Música) – Instituto Villa-Lobos, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do

Rio de Janeiro. Disponível em:

http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/frankpereira.pdf Acesso em 20

de julho de 2018.

http://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/286

https://ava.ead.ufscar.br/pluginfile.php/562032/mod_page/content/2/Converg%C3%AAncias%20midi%C3%A1ticas%20e%20sociedades%20grafoc%C3%AAntricas%20digitais.pdf



http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651997000200006&ln

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-19651997000200006

https://doi.org/10.24320/redie.2017.19.3.675

http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/noarapaoliello.pdf

http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/frankpereira.pdf

41



PHILIPAK, Barb. Recorder Karate 1. Plank Road Publishing,2002. USA

PRODANOV, Cleber Cristiano ; FREITAS, Ernani Cesar de . Metodologia do Trabalho

Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª edição.

ed. Novo Hamburgo - Rio Grande do Sul - Brasil: Editora Feevale, 2013. cap. 3, p. 54-

69.

SANTOS, Edméa. Ambientes virtuais de aprendizagem: por autorias livres, plurais e gratuitas. Revista FAEBA, v.12, n. 18, 2003. Disponível em:

www.comunidadesvirtuais.pro.br/hipertexto/home/ava.pdf. Acesso em: 15 nov. 2018.

SILVA, Edna Lúcia da ; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e

Elaboração de Dissertação. 4a edição revisada e atualizada. ed.

Florianópolis:Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 2015. cap. 2, p. 20-20.

RADICETTI PEREIRA, Luis Felipe. Um Movimento na História da Educação Musical

no Brasil: uma análise da campanha pela Lei 11.769/2008. 2010. Dissertação

(Mestrado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e

Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

SOBREIRA, Silvia. A disciplinarização do ensino de Música e as contingências do

meio escolar. Per musi, Belo Horizonte , n. 26, p. 121-127, Dec. 2012 . Disponível

em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-75992012000200012&ln

g=en&nrm=iso>. Acesso: 28 de maio de 2018.

http://dx.doi.org/10.1590/S1517-75992012000200012.

SOUZA, Affonso César Santos de. Uso da plataforma Google Classroom como

ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem: relato de aplicação

no ensino médio. Universidade Federal da Paraíba - 2016 Disponível em:

https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/3315 - acesso em 15 de novembro de

2018.

SOUZA, Zelmielen Adornes de. Construindo a docência com a flauta doce: o

pensamento de professores de música. (2012). Disponível em:

http://repositorio.ufsm.br/handle/1/6996 - Acesso 28 de junho 2018.

WATSON, Scott. Using Technology to Unlock Musical Creativity (English Edition)

1st Edition, eBook Kindle, Oxford Press, 2011.

WARNER, Brigitte. Orff-Schulwerk Applications for the Classroom. Recorder

Playing. Prentice- Hall Inc. 1991. USA

http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/hipertexto/home/ava.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-75992012000200012&ln

http://dx.doi.org/10.1590/S1517-75992012000200012

https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/3315

http://repositorio.ufsm.br/handle/1/6996

42



WEILAND, Renate L. Aspectos Figurativos e Operativos da Aprendizagem Musical

de crianças e pré-adolescentes, por meio do ensino da flauta doce. Curitiba. 2006.

Disponível em: http://www.ppge.ufpr.br/teses/M06_weiland.pdf acesso em 12 de julho

de 2018.

VEBER, Andreia; ROSA, Tiago Brizolara da. Jogos digitais online e ensino de

música: propostas para a prática musical em grupo. Música na Educação Básica.

Londrina, v.4, n.4, novembro de 2012. Disponível em:

http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed4/pdfs/Revista%20Meb%20

4.pdf Acesso em 29 de julho de 2018.

http://www.ppge.ufpr.br/teses/M06_weiland.pdf

http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed4/pdfs/Revista%20Meb%204.pdf

http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed4/pdfs/Revista%20Meb%204.pdf



APÊNDICE A

Link para o TCLE

https://drive.google.com/file/d/1-PzG7_ki_CREnhypJDPbg9tV4CeKE89D/view?usp=sha

ring

43

https://drive.google.com/file/d/1-PzG7_ki_CREnhypJDPbg9tV4CeKE89D/view?usp=sharing

https://drive.google.com/file/d/1-PzG7_ki_CREnhypJDPbg9tV4CeKE89D/view?usp=sharing

44



APÊNDICE B:

as respostas dos alunos à questão número 6 do questionário

É mais fácil repetir lições com o aplicativo.

fiquei com vontade de conhecer este material

Foi muito bom!

o aplicativo deixou mais rapido e pratico, para mim

eu comecei a prestar mais atenção nas notas

No video me ouvi tocando e achei que o som da flauta ficou um pouco mais

agudo.Mas gostei do resultado.

ainda sem resposta

A afinação

Eu fiquei melhor porque para gravar o vídeo você tem várias chances para tocar de

novo na sala você só tem uma chance,então quando treinava para postar eu tinha

varias chances para melhorar.

Bom, para mim não fez muita diferença no modo, mas com o Classroom eu consegui

atingir níveis mais altos na flauta doce

Ter menos vergonha de tocar a flauta.

Que você não tem quase nada de vergonha

Ficou menor minha vergonha.

Quando me mandavam vídeos para tocar conseguia ver meus erros no vídeo e

praticar mais até conseguir tocar certo.

Eu acho que estou tocando melhor e me dedicando mais

Eu tenho de treinar bem mais

Nada

fiquei mais calma tocando a flauta no APP

Ej começei a tirar notas melhores nas provas de flauta

Posso fazer os vídeos com mais tranquilidade, e eu fico mais calma e faço os testes

melhor.

45



eu me sinto mais atenta quando estou sendo filmada do computador do que na sala,

porque parece que vai mais preção na sala, mas em casa eu me sinto mais relaxada.

Quase nada

Ficou mais pratico decorar as notas

Agora não tenho que esperar "1 ano" para fazer um teste!

mudou que agora esta mais divertido

mudou que eu comecei a tocar mais flauta.

Nada

Ainda nada

Eu fico pensando eu estou tocando para o nada

Não muita coisa mais me ajudar a decorar mais as partituras

que e mais facil pora postar o video no pc

Pois não estamos mais fazendo na sala .

i could spend more time doing extra homework and practicing at home

Ainda não toquei

eu ainda continuo tocando do mesmo jeito,mas adorei.

Deixou minha vida um pouco mais difícil pois estou muito atrasada e já passou do

prazo dos Belts tests

consegui mais rapido os belts

Não modou nada

da mais tempo de treinar

nada

Nao Consegui usar o aplicativo

pra mim nada

eu sinceramente nao sei , mas achei mas facil pelo aplicativo ( prefiro fazer com voce

) e nao tenho tanta vergonha porque quando faço na sua frente eu fico tensa

O que mudou é que agora não fica com conversa atrapalhando

aprendi mais

È mais legal

Que agora eu tenho que gravar para uma câmera e não para a professora

Ficou mais fácil para fazer os meus belts.

coisa nenhuma

universidade federal de sÃo carlos especializaÇÃo em

Documents