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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Danilo Silva de Macedo Desenvolvimento de Método para Determinação de Pesticidas em Grãos de Milho (Zea mays) in natura por Cromatografia Líquida com Detector DAD Development of a Method to Determine Pesticides in Corn Grains (Zea mays) in natura by Liquid Chromatography DAD Detector

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

Danilo Silva de Macedo

Desenvolvimento de Método para Determinação de Pesticidas em

Grãos de Milho (Zea mays) in natura por Cromatografia Líquida com

Detector DAD

Development of a Method to Determine Pesticides in Corn Grains

(Zea mays) in natura by Liquid Chromatography DAD Detector

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

Danilo Silva de Macedo

Desenvolvimento de Método para Determinação de Pesticidas em

Grãos de Milho (Zea mays) in natura por Cromatografia Líquida com

Detector DAD

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Química, da Universidade Federal de Sergipe, para a obtenção do título de Mestre em Química.

Orientador: Prof. Dr. Sandro Navickiene

Development of a Method to Determine Pesticides in Corn Grains

(Zea mays) in natura by Liquid Chromatography DAD Detector

Master dissertation presented to the Graduate Programm in Chemistry of the Federal University of Sergipe to obtain MSc. in Chemistry.

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

M141d

Macedo, Danilo Silva de Desenvolvimento de método para determinação de pesticidas

em grãos de milho (Zea mays) in natura por cromatografia líquida com detector DAD / Danilo Silva de Macedo ; orientador Sandro Navickiene. – São Cristóvão, 2015.

70 f. : il.

Dissertação (mestrado Química) – Universidade Federal de Sergipe, 2015.

1. Cromatografia a líquido. 2. Milho. 3. Pesticidas. I.

Navickiene, Sandro, orient. II. Título.

CDU 543.544

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RESUMO

O milho (Zea mays) é considerado um cereal de grande importância social e

econômica. No Brasil, a cultura do milho é cultivada em todas as regiões, tendo na

região Nordeste o estado de Sergipe como um grande produtor. Essa cultura vem

sendo atacada por diversas pragas, sendo necessária a utilização de pesticidas, os

quais acabam gerando resíduos se não forem manuseados de acordo com as

normas de boa prática agrícola. Este trabalho visa ao desenvolvimento de um

método para análise de resíduos dos pesticidas atrazina, carbofurano, ciflutrina,

parationa metílica, piraclostrobina e teflubenzurom, em grãos de milho, empregando

como técnica de extração a dispersão da matriz em fase sólida (DMFS) e

cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detector espectrofotométrico

com arranjo de diodos (DAD). No procedimento de extração, foram avaliados os

seguintes suportes sólidos: alumina neutra, Florisil e sílica gel, com diferentes

solventes de eluição: acetonitrila, acetato de etila, hexano, acetona, metanol,

diclorometano. Foram obtidos resultados satisfatórios utilizando 0,5 g de grãos de

milho com 1 g de alumina neutra eluído com 10 mL de acetato de etila, com

recuperações entre 93,27 a 98,32% e coeficiente de variação entre 6,19 a 15,28%

para o nível de fortificação 1,0 µg g-1. Quanto ao coeficiente de correlação os

resultados variaram entre 0,9996 a 0,9999 para os níveis de concentração entre

0,05 a 5,00 µg mL-1.

Palavras-chave: grãos de milho; pesticidas; DMFS; CLAE-DAD.

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Abstract

The corn (Zea mays) is considered a grain of social and economical

importance. In Brazil, which Sergipe is a big producer of Northeast, the culture

of corn is planted in all of the regions. However, this culture has been attacked

by many pests, making necessary the use of some pesticides. This project

intend to show the development of a method to analyse pesticide wastes

atrazine, carbofuran, cyfluthrin, methyl parathion, pyraclostrobin, teflubenzuron

in corn grains using as a extraction technic the matrix solid phase dispersion

(MSPD) and High performance liquid chromatography (HPLC) with a diode

array spectrophotometric (DAD). The extraction procedure evaluated the

following Adsorbents: Aluminum neutral, Florisil and sílica gel, with different

elution solventes (acetonitrila, ethyl acetate, hexane, acetone, metanol,

dicloromethane). Achieving satsfactory results using 0,5 g of corn grains with 1

g of aluminum neutral eluted with 10 mL of ethyl acetate with recovery between

93,27 and 98,32% and variation coefficient between 6,19 and 15,28% to a

fortification level 1,0 µg g-1. About the correlation coefficient the results differ

between 0,9996 and 0,9999 to the concentration level between 0,05 and 5,00

µg g-1.

Keywords: corn grains; pesticides; MSPD; HPLC-DAD.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1

1.1 Importância da produção do milho (zea mays) ..................................... 1

1.2 Estrutura física do grão do milho ........................................................... 3

1.3 Pragas que atacam o milho ................................................................... 4

1.4 Pesticidas: considerações gerais .......................................................... 4

1.5 Toxicidade dos pesticidas ..................................................................... 6

1.6 Classificação dos pesticidas ................................................................. 6

1.7 Pesticidas utilizados no estudo ............................................................. 8

1.8 Metodologia de preparo da amostra e a Química Verde ..................... 12

1.9 Dispersão da matriz em fase sólida .................................................... 13

1.10 Características dos suportes sólidos ................................................... 15

1.10.1 Alumina (Al2O3) ............................................................................. 15

1.10.2 Sílica (SiO2)n –OH......................................................................... 15

1.10.3 Florisil [Mg.Al(SiO4)n] .................................................................... 15

1.11 Cromatografia líquida .......................................................................... 16

1.11.1 Fatores que influenciam na separação dos componentes ............ 17

1.12 Validação do Método Analítico ............................................................ 19

1.12.1 Seletividade .................................................................................. 19

1.12.2 Linearidade ................................................................................... 19

1.12.3 Limite de Detecção ....................................................................... 20

1.12.4 Limite de Quantificação ................................................................ 20

1.12.5 Exatidão ........................................................................................ 21

1.12.6 Precisão ........................................................................................ 21

1.13 Revisão da Literatura .......................................................................... 22

2 Objetivos .................................................................................................... 24

2.1 Objetivo geral ...................................................................................... 24

2.2 Objetivos específicos .......................................................................... 24

3 Parte experimental ..................................................................................... 25

3.1.1 Materiais ....................................................................................... 25

3.1.2 Reagentes e padrões ................................................................... 25

3.1.3 Equipamentos ............................................................................... 25

3.1.4 Preparação das soluções padrão ................................................. 26

3.1.5 Aquisição da amostra ................................................................... 26

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3.1.6 Fortificação da amostra de milho .................................................. 26

3.1.7 Procedimento de preparação da amostra dos pesticidas por

dispersão da matriz em fase sólida ........................................................... 27

3.1.8 Condições cromatográficas de análise ......................................... 27

3.1.9 Limpeza do material ..................................................................... 28

4 Resultados e discussão ............................................................................. 28

4.1 Otimização das condições cromatográficas de análise ....................... 28

4.2 Otimização do preparo das amostras de milho por dispersão da matriz

em fase sólida ............................................................................................... 37

4.2.1 Seleção do solvente de eluição .................................................... 37

4.2.2 Seleção do suporte sólido ............................................................ 38

4.2.3 Avaliação do efeito da variação do volume do solvente de

eluição............... ........................................................................................ 40

4.2.4 Avaliação do efeito da quantidade de suporte sólido .................... 41

4.2.5 Avaliação do efeito do tempo de homogeneização ...................... 42

5 Validação do método analítico ................................................................... 43

5.1 Seletividade ......................................................................................... 43

5.2 Linearidade ......................................................................................... 44

5.3 Limite de quantificação e detecção ..................................................... 45

5.4 Precisão e Exatidão ............................................................................ 45

6 Conclusão .................................................................................................. 47

7 Referências ................................................................................................ 47

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Este trabalho dedico especialmente aos

meus pais, Valícia Carvalho da Silva e José

Castro de Macedo, e a todos os meus

familiares que me ensinaram sobre a

importância da educação e me incentivara.

A vocês declaro meu amor e carinho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pelo dom da vida e por esta oportunidade de estar

conseguindo realizar mais um dos meus sonhos.

Agradeço aos meus pais pelos seus esforços, pelo amor e carinho.

Aos meus avós, Aroldo (in memorian) e Odete, obrigado pelo amor e carinho.

Ao meu irmão Fellipe, que sempre me incentivou, e à minha cunhada Taynah.

Ao meu sobrinho Issac, por me mostrar que cada dia é um novo recomeço de

uma longa jornada.

À minha irmã Raquel, que mesmo na distância sempre acreditou no meu

potencial.

Aos meus familiares.

Aos meus amigos João, Thiago, Maicon, Ghustavo, Ruan, Wesley, Ivana,

Manoel, Maria, Débora, Leoanardo, Ricardo e Pablo.

Agradeço aos meus colegas e amigos do Departamento de Química

Fabrício, Nicaellen, Ruyane, Erivaldo, Tarciane, Mônica, Bruno, Josué, Valter,

Gabriel, Sidnei, Dayara, Ingred, Shnaider, Valéria, Carlos, Jany Hellen, Édica,

Marília, Rafael, Manuella, Tayssa, Thigna, Rhaisa, Maria, MSc. Fátima, Prof.

MSc Michel e Prof. MSc. Renan.

Aos meus mais que amigos, meus irmãos de todas as horas, Ewerton e

Otoniel.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Sandro Navickiene por toda a paciência, por todos

os conselhos ao longo destes dois anos e o apoio no momento em que tive que

recomeçar.

Aos Doutores Marcelo, Alberto, Lisiane, Luciane e Renan.

Aos professores do IFS, os Doutores Adalberto, Francisco, Conceição,

Rosanne, Cláudio, Marcelo, Sérgio, Alysson e Helena.

A todos da Igreja Comunidade Tempo de Vida e a Galera da Vida

Agradeço a FAPITEC pela concessão da bolsa de mestrado.

E a todos aqueles que direta ou indiretamente me apoiaram em mais esta

conquista.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CLAE - Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

CLAE/DAD – Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com Detector Arranjo de

Diodos

CV - coeficientes de variação

DDT - [1,1,1-tricloro-2-bis-(p-clorofenil)-etano]

DERAL - Departamento de Economia Rural

DL - Dose Letal

EFSA - Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos

EPA - Departamento de Proteção Ambiental dos Estados Unidos

IUPAC - International Union of Pure and Applied Chemistry

Kow - coeficiente de partição octanol-água

LCP - Laboratório de Análise de Compostos Orgânicos Poluentes

LLE - Liquid-Liquid Extracion

LMR - Limites Máximos de Resíduos

PARA - Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos

PV - Pressão de Vapor

SPE - Solid Phase Extration

SPME - Solid Phase Micro Extration

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Importância da produção do milho (zea mays)

O milho é uma planta que pertencente à família Poacear, sub-família

Panicoideae, gênero Zea e espécie Zea mays [1]. O grão de milho possui

elevados teores de carboidratos, fibras e vitaminas do complexo A, B e E e

minerais (cálcio, potássio, fósforo e ferro).

O milho é um dos cereais mais consumidos mundialmente, com

produção em torno de 980,9 milhões de toneladas [2], sendo que cerca de 70%

são destinados para a alimentação animal, principalmente para aves e suínos.

Os outros 30% para alimentação humana e na indústria são empregados como

matéria prima para produção de amido, glicose, rações animais e nas

formulações alimentícias [3-6].

Segundo o Departamento de Economia Rural [7], os Estados Unidos

são os maiores produtores de milho, atingindo 271,94 milhões de toneladas em

2012/2013, sendo que utiliza uma parte para o programa de bioenergia e o

processamento de biocombustível. A China é o segundo maior produtor,

chegando a 200 milhões de toneladas em 2012/2013, sendo que uma grande

parte da produção fica no mercado interno. O Brasil está na terceira colocação,

com 70 milhões de toneladas em 2012/2013. Cerca de 50 milhões de toneladas

foram consumidos no mercado interno e 20 milhões de toneladas foram para

exportações.

No Brasil o milho é cultivado em todas as regiões do país, destacando-

se as regiões centro-oeste, sudeste e sul, como maiores produtores,

responsáveis por aproximadamente 87% da produção nacional, devido à

mecanização do campo e a fatores climáticos [8]. No Nordeste, o Estado de

Sergipe vem se destacando nos últimos anos na produção de milho, devido ao

clima favorável, melhoramento genético e a mecanização do campo. Os

munícipios com maior produtividade são: Simão Dias, Carira, Frei Paulo,

Pinhão e Poço Verde, conforme apresentado na Tabela 1 [3].

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Tabela 1 - Produção de milho nos munícipios do Estado de Sergipe entre

2000 – 2010 (em toneladas). Fonte: IBGE, 2010 [9].

Munícipio 2000 2010 Taxa de

Crescimento (%)

2000-2010

Carira 6000 237600 3860

Simão Dias 8550 150150 1656

Frei Paulo 5250 86130 1541

N. Sra. Da Glória 3640 75355 1970

Monte Alegre 2016 61680 2960

Gararu 1560 52955 3295

Poço Redondo 540 46789 8565

Poço Verde 15300 43061 181

N. Sra. Aparecida 5600 41580 643

Pinhão 6201 41250 565

Porto da Folha 1170 34176 2821

Frei Nova 2080 29976 1341

Canindé de S. F. 325 27776 8446

Itabi 660 16366 2380

S. Miguel do

Aleixo

4372 15840 262

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1.2 Estrutura física do grão do milho

O grão de milho é formado por quatro partes principais: endosperma,

gérmen, pericarpo e ponta [10]. Sua estrutura física é apresentada na Figura 1.

Figura 1 – Estrutura física do grão do milho. Fonte: MAPA, 2006.

O endosperma representa 82% do peso seco do grão, e concentra em

sua maioria amido e proteínas [11]. Enquanto que, o gérmen representa

aproximadamente 11% do peso do grão, contendo em sua maioria lipídeos,

minerais e açucares [12]. O pericarpo representa cerca de 5% do peso do grão,

sendo responsável pela proteção do grão, como umidade do ambiente, insetos

e microorganismos, e concentra a maior parte das fibras, aproximadamente

54%, e sua camada de células é constituída de polissacarídeos do tipo

hemicelulose e celulose [10]. Por fim, a ponta representa 2% do peso do grão e

concentra 7% das fibras. Sua composição é essencialmente de material

lignocelulósico [12].

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1.3 Pragas que atacam o milho

Sendo uma rica fonte em nutrientes, o milho atrai várias pragas.

Segundo Domingos Gallo et. al.[13], as pragas que atacam a cultura do milho

podem ser divididas de acordo com órgão alvo da planta. A Tabela 2 apresenta

algumas das principais pragas presentes na cultura do milho.

Tabela 2 – Principais pragas encontradas na cultura do milho. Fonte:

Domingos Gallo et. al. 2002 [13].

Nome comum Nome científico Área de ataque na

planta

Largarta-elasmo Elasmopalpus lignosellus Folhas

Coró Phyllophaga cuyabana Semente e raiz

Percevejo barriga verde Dichelops furcatus Colmo

Lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda Folha, colmo, espiga

Lagartas-das-espigas Helicoverpa zea Espiga

Pulgão-do-milho Rhopalosiphum maidis Folhas

O milho é hospedeiro de várias pragas que provocam danos à cultura e

compromete o desenvolvimento da planta, causando desde danos leves, como

mordidas em suas folhas, até a destruição da raiz, provocando a morte [14, 15].

1.4 Pesticidas: considerações gerais

O aumento da produtividade dos alimentos deve-se a diversos fatores

[16], tais como, máquinas mais eficientes, melhoramento genético, fertilizantes

e defensivos agrícolas. Este último conhecido também com outros nomes:

agrotóxicos, praguicidas, remédios de planta, pesticidas, entre outros [17].

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5

De acordo com a União Internacional de Química Pura e Aplicada

(International Union of Pure and Applied Chemistry – IUPAC)

Pesticidas são substâncias, ou mistura de substâncias,

utilizadas durante a produção, colheita ou

armazenamento de alimentos. São compostos bioativos

capazes de prevenir, combater ou exterminar espécies

que causem danos nas plantações durante as etapas de

produção de alimentos. Esta definição também

compreende as substâncias utilizadas no combate de

insetos domésticos ou agentes preventivos à ação de

vetores de doenças.

O uso de pesticidas na agricultura – como cianetos, enxofre e

compostos de cobre - já é conhecido há muito tempo [18]. Em 1872, foi

relatada pela primeira vez a síntese de pesticidas. Entretanto, apenas na

década de 1930 uma grande quantidade de compostos químicos foram

desenvolvidos, a exemplo do organoclorado DDT [1,1,1-tricloro-2-bis-(p-

clorofenil)-etano] [19].

No Brasil, após a 2ª Guerra Mundial iniciou-se a utilização de pesticidas

sintéticos, principalmente na cultura do café e algodão [18]. Na década de 1970

ocorreu a grande expansão da produção e utilização de pesticidas, o que se

deve aos incentivos à produção agrícola e à política de exportação. O Brasil é

um dos países que mais utilizam pesticidas, havendo um crescimento de 190%

entre 2000 a 2010 [20]. São comercializados mais de 2.000 tipos de pesticidas

que apresentam cerca de 300 princípios ativos [21]. Decorrente do aumento da

utilização dos pesticidas de maneira desorganizada houve a necessidade de

implantar medidas de ações a fim de minimizar os riscos causados ao

ambiente e consequentemente ao ser humano.

1.5 Toxicidade dos pesticidas

A utilização intensa de pesticidas acaba gerando produtos ou

subprodutos que se degradam no solo, água e atmosfera, apresentando

persistência e toxicidade no meio ambiente. Eles podem ser transferidos para o

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6

ser humano através da cadeia alimentar, sendo altamente prejudiciais à saúde

humana, mesmo a exposição de concentrações a nível de traço [22-24].

Com a preocupação em monitorar os pesticidas, órgãos foram criados

para fiscalizar e regulamentar [25]. O órgão responsável pela fiscalização no

Brasil é a ANVISA, que em 2001 criou o Programa de Análise de Resíduos de

Agrotóxicos em Alimentos (PARA), com a finalidade de avaliar os níveis de

pesticidas em alimentos in natura, identificando os que excedem os limites

máximos de resíduos (LMR), autorizados pela legislação brasileira e

recomendados pela Codex Alimentarius e pela União Europeia [26, 27].

O limite máximo de resíduos (LMR) é a quantidade limite de resíduos

de um pesticida que pode estar legalmente presente nos alimentos em

decorrência da aplicação, expressa em mg kg-1. Para cada cultura existem

valores estabelecidos pelos órgãos responsáveis, tendo como importância que

valores abaixo do LMR respeitam a boa prática de manejo de pesticidas [28].

1.6 Classificação dos pesticidas

Os pesticidas podem ser classificados de acordo com o alvo de

atuação: acaricida (elimina ácaro), herbicida (combate plantas daninhas),

inseticida (controle de insetos), fungicida (combate fungos), raticida (age sobre

ratos), nematicida (atua sobre nematoides do solo), bactericida (controle de

bactérias), entre outras [21].

Outra maneira de classificá-los é através da toxicidade, medida por

meio da DL (Dose Letal) que representa a concentração de pesticida capaz de

matar 50% dos organismos testados. Quanto à sua classificação, divididem-se

em quatro classes de acordo com sua periculosidade, que variam de I a IV:

(Classe I) extremamente tóxico – faixa vermelha; (Classe II) altamente tóxico –

faixa amarela; (Classe III) mediamente tóxico – faixa azul e (Classe IV) pouco

tóxico – faixa verde [29]. Os efeitos causados pela toxicidade são: câncer,

tumores, abortos, inibição no crescimento, entre outros sintomas [30].

Os pesticidas compreendem uma vasta variedade de substâncias

químicas com diferentes grupos funcionais, os quais possuem diferentes

modos de ação e biotransformação [31]. Algumas classes químicas destacam-

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se, tais como: organoclorados, carbamatos, organofosforados, piretróides e

triazinas [32, 33].

As triazinas são utilizadas no combate de ervas. Elas possuem alta

toxicidade e persistência que podem contaminar o meio ambiente e as culturas

ao redor [34]. Podem causar danos à saúde como câncer, defeitos no

nascimento e disfunção hormonal [35, 36].

Os carbamatos são ésteres derivados de ácido carbâmico são usados

para controlar insetos, fungos e ervas daninhas [37, 34]. Esta classe apresenta

baixo potencial de bioacumulação, altas toxicidades, baixa estabilidade e são

altamente solúveis em água oferecendo um risco para os ambientes aquáticos

[39, 39].

Os piretroides são derivados das piretrinas, Geralmente usados para

combater insetos [40]. Possui baixo potencial de persistência no ambiente, fácil

biodegradação, alta estabilidade a luz e temperatura, e baixa toxicidade para

os mamíferos e aves, com exceção dos mamíferos aquáticos [41].

Os organofosforados possuem como átomo central o fósforo ligado por

dupla ligação ao oxigênio ou enxofre [42]. Esta classe apresenta elevada

persistência e toxicidade para o meio ambiente, animais e consumidores finais,

além de elevada solubilidade em água e bioacumulação [43].

1.7 Pesticidas utilizados no estudo

Para o controle das pragas no milho existe uma variedade de pesticidas que

compreendem diversos grupos químicos com diferentes grupos funcionais [21, 23].

Os grupos químicos mais conhecidos são os organofosforados, organoclorados,

piretroides, carbamatos. Cada um possui um modo de atuação diferente

dependendo da sua classe (herbicida, inseticida, acaricida e outros) e do organismo

alvo [44].

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8

Atrazina

2-cloro-4etilamina-6-isopropilamino-s-

triazina é um herbicida que pertence ao

grupo químico triazina. É utilizada no pré-

plantio ou pré- emergência de ervas

daninhas nas culturas de cana-de-açúcar,

milho e sorgo.

O CH3

CH3

O

O

NH

CH3

Carbofurano

(2,3-diidro-2,2-dimetilbenzofurano-7-ilo) é

um inseticida, nematicida e acaricida que

pertence ao grupo químico

metilcarbamato de benzofuranila.

Utilizado no solo em culturas como:

algodão, milho, amendoim e arroz.

O

F

N

O

O

CH3 CH3

Cl Cl

Ciflutrina

((RS) - α- ciano - 4- fluoro - 3-

fenoxibenzil (1RS, 3RS; 1RS, 3SR)-3-

(2,2-diclorovinil)-2,2-dimetilciclopropano

carboxilato), é um inseticida que

pertence ao grupo químico piretroide.

Sua aplicação é foliar nas culturas de

algodão, amendoim, milho, arroz e café.

ON

O

O

P

S

O

O

CH3

CH3

Parationa Metílica

(O,O-dimetil-O-4-nitrofenil fosforotioato), é

um inseticida, e acaricida que pertence

ao grupo químico organofosforado. Sua

aplicação é foliar nas culturas de algodão,

milho, alho, arroz, batata e cebola.

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9

N

N

Cl

O

N

O

O

O

CH3

CH3

Piraclostrobina

(metil N-{2-[1-(4-clorofenil)-1H-pirazol-3-

iloximetil] fenil} (N-metoxi) carbamato), é

um fungicida que pertence ao grupo

químico estrobulina. Sua aplicação é foliar

nas culturas de algodão, alho, amendoim,

milho, banana e batata.

Cl

Cl

F F

N

O

N

O

F

F

H H

Teflubenzurom

(1- (3,5-dicloro-2,4-difluorofenil-3-(2,6-

difluorobenzoil) ureia)), é um inseticida, e

acaricida que pertence ao grupo químico

benzoilureia. Sua aplicação é foliar nas

culturas de cana-de-açúcar, citros, couve-

flor, fumo, girassol e milho.

A Tabela 3 mostra algumas características dos pesticidas quanto à

forma de atuação, classe toxicológica, fórmula molecular, massa molecular e

LMR.

Tabela 3 - Características dos pesticidas selecionados para estudo. Fonte:

ANVISA, 2010 [45].

Pesticidas Fórmula

Molecular

Forma de

atuação

Classe

toxicológica

Massa

Molecular

(g mol-1)

LMR* (mg

kg-1)

Atrazina C8H14ClN5 Sistêmico III 215,7 0,25

Carbofurano C12H15NO3 Sistêmico I 221,3 0,1

Ciflutrina C22H18Cl2FNO3 Sistêmico II 434,3 0,1

Parationa

Metílica

C8H10NO5PS Sistêmico I 263,2 0,1

Piraclostrobina C19H18ClN3O4 Sistêmico II 387,8 0,1

Teflubenzurom C14H6Cl2F4N2O2 Não-sistêmico IV 381,1 0,1

LMR* - Limite máximo de resíduo na cultura do milho segundo a ANVISA.

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10

As propriedades físico-químicas (Tabela 4) explicam as diferentes

formas de contaminação e degradação dos pesticidas no meio ambiente, que

podem ser através do solo, da água ou ar atmosférico [43]. Algumas

propriedades físico-químicas são: solubilidade em água, pressão de vapor

(PV), coeficiente de partição octanol-água (Kow) e tempo de meia vida (t1/2) [46].

O coeficiente de partição octanol-água (Kow) é definido através da

razão de distribuição de um composto em um sistema de duas fases, formadas

por dois solventes imiscíveis, água (polar) e octanol (apolar). O valor de Kow

indica a polaridade das moléculas, quanto maior o valor da constante maior

será a tendência por grupos lipofílicos [47].

A pressão de vapor (PV) é definida como a pressão exercida pela

substância em um sistema fechado em equilíbrio. Possui uma relação direta da

volatilização em seu estado puro com a temperatura, quanto maior a pressão

de vapor, maior a tendência de o contaminante estar no estado gasoso [48].

O tempo de meia-vida (t1/2) indica a persistência dos pesticidas no meio

ambiente e é definido como o tempo requerido para que a metade da

concentração do composto parental seja dissipada, independente da sua

concentração inicial no solo. Não existe um valor único para a meia-vida de um

determinado pesticida, já que sua determinação é fortemente influenciada

pelas diversas condições ambientais (solo, local, clima, atividade biológica,

entre outras). Assim, o tempo de meia-vida deve ser determinado em

condições normais de uso, na região em que o composto orgânico será

utilizado [49].

Tabela 4 - Características físico-químicas dos pesticidas selecionados para

estudo. Fonte: Barceló, 1997 [51].

Pesticidas Log Kow**

(25°C) Pressão de vapor (Pa), 25° C

Tempo de meia vida (t1/2), (dias)

Atrazina 2,5 3,9x10-5 50 Carbofurano 1,52* 3,1 x 10-5* 50 Ciflutrina 6 - - Parationa Metílica 3 2,0 x 10-4 18,5 Piraclostrobina 3,9 2,6 x 10-5 - Teflubenzurom 4,3 9,2 x10-4 -

* 20 ºC; ** coeficiente octanol-água

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11

A solubilidade em água (Tabela 5) define o quanto uma determinada

substância pura pode ser dissolvida em água em uma dada temperatura.

Quanto maior a quantidade de grupos hidrofílicos a substância possuir, maior

sua afinidade por água [48]. Ela é importante para indicar o comportamento,

transporte e destino em águas superficiais ou subterrâneas. Compostos como

atrazina, carbofurano e parationa metílica apresentam elevada solubilidade em

água em relação aos demais compostos estudados neste trabalho.

Tabela 5 - Solubilidade dos pesticidas estudados. Fonte: TOMLIN, 1994 [51].

Pesticidas Água (20 °C) Solventes Orgânicos (g/L) (25 ºC)

Atrazina 33 mg/L Metanol: 15 Acetato de etila: 24

Diclorometano:28 Tolueno: 6,0

n-Hexano: 0,11

Carbofurano 320 mg/L Diclorometano > 200

Isopropanol: 20-50

Tolueno: 10-20

Ciflutrina 2,5 µg/L Diclorometano e Tolueno > 200

n-Hexano: 10-20

Isopropanol: 20-50

Parationa

Metílica

55 mg/L Diclorometano e Tolueno > 200 (g/L 20º C)

Hexano: 10-20 (g/L 20º C)

Piraclostrobina 1,9 mg/L Metanol: 1

Acetona, Acetonitrila, Diclorometano e

Acetato de Etila > 0,5

Teflubenzurom 0,019 mg/L Acetona: 10 Etanol: 1,4

Diclorometano: 1,8 Hexano: 0,05

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12

1.8 Metodologia de preparo da amostra e a Química Verde

Com o crescimento por análises ambientais voltadas à quantificação de

espécies químicas nocivas ao meio ambiente em diferentes matrizes, existe a

preocupação cada vez maior da sociedade pelas questões ambientais. Porém

para comunidade científica existem alguns problemas, tais como: os descartes

produzidos na análise são mais agressivos no meio ambiente, do que os

próprios compostos examinados. [52].

Para solucionar essa questão foram realizadas tentativas quanto ao

tratamento dos resíduos gerados e a busca de reagentes e solventes menos

agressivos ao meio ambiente. Laboratórios iniciaram coletas e

armazenamentos dos descartes; contudo, essa ação não se mostrou eficaz

pela grande quantidade de reagentes e solventes utilizados [53-55].

Em 1990 estudos começaram a empregar a miniaturização no

processo de preparo da amostra, a fim de minimizar a utilização ou geração de

substâncias prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. Para facilitar a

extração dos analitos foram desenvolvidos novos materiais suportes sólidos e

alterou as propriedades físicas do solvente [56, 57].

Novos métodos multirresiduais têm sido desenvolvidos para

preparação de amostras, apresentando: poucas etapas, facilmente

automatizáveis, quantidade reduzida de solventes e realizada em curto período

de tempo [58]. Umas das técnicas que apresenta destaque quanto à análise de

uma grande quantidade de compostos e ao número de aplicações, remoção de

possíveis interferentes da amostra e excelentes figuras de mérito é a Dispersão

da Matriz em Fase Sólida (MSPD).

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13

1.9 Dispersão da matriz em fase sólida

Em 1989, Barker e colaboradores desenvolveram uma nova técnica de

extração a Dispersão da Matriz em Fase Sólida (DMFS) [59, 60], criada com o

intuito de superar os obstáculos relacionados a amostras particuladas, quando

se utiliza a técnica de Extração em Fase Sólida (EFS) [61].

Essa técnica é aplicada em amostras sólidas, viscosas ou semissólidas

que será homogeneizada com um material abrasivo denominado suporte.

Nessa etapa ocorrerá a fragmentação da amostra proporcionando a liberação

dos analitos e por fim a eluição pode ser realizada com o solvente adequado

para extração dos analitos de interesse. Tem sido largamente empregada na

análise de grande variedade de analitos, em fármacos, alimentos, antibióticos,

entre outros em diferentes matrizes [62,63].

Quando comparada a outras técnicas de extração tradicionais a DMFS

apresenta diversas vantagens (Figura 2) quanto à sua simples execução,

flexibilidade, versatilidade. Além disso, o baixo consumo de amostra, a

possibilidade de extrair e reduzir interferentes, resultando em um rápido

tratamento de amostra com baixo consumo de solvente em um curto período

de tempo [64-67].

Figura 2 - Etapas envolvidas no procedimento da dispersão da matriz em fase

sólida. Fonte: Adaptado de Barker, 2000 [68].

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14

A execução da técnica consiste em homogeneizar a amostra junto

com um suporte sólido em um almofariz com o auxílio do pistilo. Nessa etapa

ocorrerá o rompimento da estrutura da amostra, fazendo com que haja maior

interação do suporte sólido com o analito. O material homogeneizado

resultante é transferido para um cartucho que contém lã de vidro em sua

extremidade inferior, com a finalidade de evitar perda da matriz. Por fim, os

analitos são eluídos com um solvente apropriado [68-70].

1.10 Características dos suportes sólidos

A escolha do suporte sólido é um fator primordial no processo de

extração por DMFS, uma vez que diferentes suportes sólidos apresentarão

interações diferentes em relação aos analitos [68]. Analitos de maior polaridade

demandam a utilização de suportes sólidos de caráter polar, enquanto analitos

menos polares têm como uso indicado os suportes sólidos com caráter menos

polar [71]. Segundo Lagunas-Allué et.al. [72] os suportes sólidos convencionais

mais utilizados são alumina, sílica e Florisil.

1.10.1 Alumina (Al2O3)

A alumina é um dos suportes sólidos mais utilizados. Possui caráter

anfótero proporcionando característica tanto básica quanto ácida [73]. Sob

condições básicas ela exibe uma afinidade maior por espécies catiônicas [74],

e para condições ácidas exibe uma afinidade para espécies aniônicas, tendo

como consequência uma faixa ampla de aplicações [75].

1.10.2 Sílica (SiO2)n –OH

A sílica é um polímero inorgânico inerte, resistente e com alta

porosidade. A sílica possui uma superfície de caráter levemente ácido

facilitando a retenção de compostos básicos. A presença de grupos silanóis em

sua superfície permite modificar a estrutura química, podendo produzir novos

materiais mais versáteis e com propriedades especificas [76].

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15

1.10.3 Florisil [Mg.Al(SiO4)n]

É um suporte sólido de caráter polar que proporciona a extração de

compostos polares, uma vez que pode provocar adsorção irreversível em sua

superfície sem que o analito de interesse não seja removido eluindo com o

solvente de interesse [76].

1.11 Cromatografia líquida

Para separação, identificação e quantificação dos resíduos dos

pesticidas uma das técnicas mais empregadas é a cromatografia. Essa técnica

analítica permite separar diversos compostos de uma mesma classe ou de

diferentes classes ao mesmo tempo [77].

Na cromatografia líquida a fase estacionária é constituída por partículas

sólidas compactadas em uma coluna, a qual é permeada pela fase móvel. Os

compostos são separados por meio dos componentes de mistura entre a fase

móvel e a fase estacionária, através das interações físicas e químicas que

ocorrem entre o soluto e a fase móvel na coluna cromatográfica [78].

O equipamento cromatográfico líquido é constituído por: reservatório de

solvente, sistema de bombeamento, válvula de injeção, coluna cromatográfica,

forno, detector, sistema de dados, como exemplificado na Figura 3.

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16

Figura 3 – Esquema básico do equipamento CLAE. Fonte: Figura adaptada de

Snyder (2010) [79].

O solvente ou fase móvel é impulsionado por bombas de alta pressão

em direção à coluna. No percurso, a amostra é introduzida na fase móvel,

através de uma válvula de injeção e arrastada para a coluna onde ocorrerá a

separação dos componentes da amostra. Por fim, o eluente da coluna é

direcionado para um detector, que acusa a presença dos analitos eluídos da

coluna. O sinal gerado pelo detector é captado por um software que irá

convertê-lo em cromatograma [80].

Para identificação dos compostos podem ser utilizados diversos

detectores. Na cromatografia uns dos detectores mais conhecidos é o

espectrofotométrico, que tem como princípio a absorção da luz ultravioleta ou

visível por parte do analito, quando nele atravessa radiação eletromagnética. O

sinal que é gerado, quando o eluente sai da coluna e chega ao detector, será

diretamente proporcional a concentração do componente da amostra [79].

Existem três tipos de detectores de absorbância: o fotométrico, que

funciona com um ou dois comprimentos de onda fixos; o comprimento de onda

variável (espectrofotômetro), o qual possui uma faixa mais variada e sensível,

por fim o detector com arranjo de diodos, que detecta em vários comprimentos

de onda simultaneamente o qual possibilita uma varredura na região do UV-VIS

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17

durante a corrida cromatográfica, medidas de pureza de pico e o espectro das

substâncias [79].

1.11.1 Fatores que influenciam na separação dos componentes

Na cromatografia líquida, diversos fatores influenciam na separação

dos analitos, dentre estes se destacam: composição da fase estacionária, fase

móvel, fluxo da fase móvel e temperatura da coluna analítica [79].

A escolha da fase móvel é o ponto crítico para o sucesso da separação

dos analitos [81], resultantes das propriedades físico-químicas, como

polaridade e viscosidade. Para se obter uma boa separação cromatográfica

existe uma variedade de solventes e proporções para serem utilizadas a

depender dos analitos de interesse [82]. A fase móvel geralmente é constituída

por um ou mais solventes [78], exigindo alguns pré-requisitos, tais como que a

amostra seja solúvel, deve ter alto grau de pureza, para que possa realizar

análises em baixas concentrações, pois as impurezas podem interferir nos

resultados [83].

Outro fator que influência a separação dos analitos é fluxo da fase

móvel que deve ser mantida constante, a fim de garantir reprodutibilidade,

sensibilidade e resolução da análise [82]. Ele é responsável pela velocidade de

difusão da massa do soluto entre a fase móvel e a fase estacionária. O fluxo

influência no tempo de retenção dos compostos, sendo assim o aumento da

velocidade da fase móvel diminuirá o tempo de interação do analito com a fase

estacionária, enquanto que diminuindo o fluxo da fase móvel, o tempo de

interação entre o analito e a fase estacionária irá aumentar, proporcionando um

aumento no fator de retenção do composto [79].

A temperatura tem um grande potencial de influência na resolução

cromatográfica uma vez que este parâmetro possui a capacidade de aumentar

a eficiência dos picos [84]. A viscosidade da fase móvel é reduzida com o

aumento da temperatura, resultando em uma diminuição da pressão,

permitindo o equipamento trabalhar em elevadas taxas de fluxo, o que

possibilita diminuir o tempo de análise. As temperaturas elevadas reduzirem a

viscosidade ocasionando um aumento na velocidade de transferência da

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massa entre a fase estacionária e a fase móvel seja aumentada e como

consequência a eficiência cromatográfica [85-87].

As separações dos compostos ocorrem na coluna. O sucesso na

separação dos compostos depende de vários fatores, tais como: o tubo a ser

utilizado, as dimensões, natureza química e física da fase estacionária,

tamanho e formas de partículas. Sendo que um dos materiais mais utilizado na

composição da fase estacionária é a sílica gel, por ter elevada resistência

mecânica e poder trabalhar em uma ampla faixa de pH. Para aumentar a

eficiência da coluna emprega partículas menores, e para análises em um

menor tempo utiliza colunas menores [80].

1.12 Validação do Método Analítico

A validação do método é uma etapa que busca garantir resultados

confiáveis sem conduzir para decisões equivocadas [88]. O processo de

validação necessita ser planejado para que as informações geradas sejam

confiáveis, averiguando se o método analítico proposto é adequado [89, 90].

Os parâmetros comumente avaliados exigidos por agências de

regulamentação, tal como a ANVISA são: seletividade, linearidade, exatidão,

precisão, limite de detecção e quantificação [91].

1.12.1 Seletividade

A seletividade é um parâmetro que produz resposta para vários

analitos, distinguindo-os uns dos outros além de quantificá-los [90]. Ele avalia

de forma inequívoca o analito de interesse, a fim de que não seja afetado pela

presença de produtos de degradação ou outros interferentes que estejam na

matriz [92]. A seletividade demonstra se é possível confirmar a identidade da

substância analisada, em razão da possível presença de uma grande

quantidade de compostos que possuem propriedades semelhantes ao analito

de interesse [93].

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19

1.12.2 Linearidade

Um método linear apresenta resposta diretamente proporcional à

concentração do analito na solução padrão ou amostra, em um dado intervalo

de concentração [90].

Para expressar esse parâmetro é utilizada a regressão linear, que é o

cálculo matemático estabelecido a partir dos resultados obtidos das análises de

amostras em diferentes concentrações. Recomenda-se que o cálculo contenha

no mínimo 5 pontos de concentrações diferentes que estes estejam dentro de

um intervalo a ser determinado no conjunto da amostra [89].

A Equação 1 representa a regressão linear utilizada para avaliação de

linearidade:

y = a x + b (1)

Na qual:

y = variável dependente (resposta medida)

x = variável independente (concentração)

a = coeficiente angular (sensibilidade)

b = coeficiente linear (interseção com o eixo y)

O coeficiente de regressão indica a qualidade da curva obtida, ou seja,

quanto mais próximo de 1, menor a dispersão do conjunto de pontos

experimentais e menor a incerteza dos coeficientes de regressão estimados. O

coeficiente de correlação maior que 0,999 é considerado como evidência de

um ajuste ideal dos dados para a linha de regressão. A ANVISA recomenda

um coeficiente de correlação igual a 0,99 e o INMETRO um valor acima de

0,90 [90].

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20

1.12.3 Limite de Detecção

O limite de detecção (LD) representa a menor concentração da

substância que pode ser detectada, contudo não apresenta confiabilidade na

quantificação [90]. Um dos métodos mais utilizados para os limites de detecção

de pesticidas é o método sinal-ruído, e para ser aceito deve possuir uma razão

entre 2:1 e 3:1 [89]. O ruído pode ser medido manualmente utilizando o

cromatograma ou através do integrador automático do instrumento [94].

1.12.4 Limite de Quantificação

O limite de quantificação (LQ) é a menor concentração da substância

que pode ser avaliada através da precisão e exatidão [90]. A maneira utilizada

para avaliar este parâmetro é semelhante ao LD, podendo ser estabelecido

através do sinal ruído. Porém, o limite de quantificação deve ter um fator igual a

10:1 [89].

1.12.5 Exatidão

A exatidão avalia o grau de concordância entre os resultados

individuais obtidos de um determinado experimento a um valor de referência

como verdadeiro. Este parâmetro implica uma combinação de componentes de

erros aleatórios e sistemáticos avaliados pelo grau de concordância dos

valores [89].

Para avaliação desse parâmetro a amostra é contaminada com uma

proporção da quantidade da substância de interesses, presente ou adicionada

na porção analítica do material teste que seja extraída e possível de

quantificação [90].

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21

A recuperação é determinada pela Equação 2:

( ) (

) (2)

Sendo:

C1 = concentração do analito na amostra fortificada;

C2 = concentração do analito na amostra não fortificada;

C3 = concentração do analito adicionada à amostra fortificada (INMETRO,

2011).

1.12.6 Precisão

A Precisão é um parâmetro usado para avaliar a proximidade entre as

medidas experimentais na mesma amostra. Esta pode ser avaliada pelo

coeficiente de variação, utilizando diversas medições. A dispersão dos

resultados aumenta com a diminuição da concentração e a recuperação pode

diferir substancialmente a altas e baixas concentrações [90].

O coeficiente de variação relativo pode ser calculado através da

Equação 3:

CV = DP/CMD x 100 (3)

Na qual:

DP = desvio-padrão;

CMD = concentração média determinada.

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1.13 Revisão da Literatura

Na literatura é descrito diversos trabalhos com determinação de

resíduos de pesticidas em alimentos empregando técnicas cromatográficas de

análise.

Lin et. al. [96] desenvolveram uma metodologia para determinação de

resíduos de pesticidas em milho empregando a dispersão da matriz em fase

sólida analisado por cromatografia gasosa com detector espectrometria de

massa. Foi utilizado 0,5 g de amostra de milho, 2 g de alumina neutra como

suporte sólido e 8 mL de acetona como solvente de eluição. Os pesticidas

estudados foram isoprocarb, fenobucarb, propoxur, carbofurano, pirimicarbe,

etiofencarb, acetochlor, alachlor, carbaril, metiocarbe, butaclhor, fenotiocarbe ,

carbosulfano, furatiocarbe, benfuracarbe obtendo recuperações de 75,1 à

106,3 % com desvio padrão entre 3,1 – 14,1%

Já Dórea e Sobrinho [97] desenvolveram um método para

determinação de endosulfan, parationa metílica e malationa em arroz

empregando a dispersão da matriz em fase sólida e análise por cromatografia

gasosa com detector espectrometria de massa. Na etapa de extração utilizou

1g de alumina neutra como suporte sólido e 40 mL de acetato de etila como

solvente de eluição. As recuperações obtidas foram compreendidas ente 89,7 –

104,8 % e desvio padrão relativo entre 3,9 – 10,9 %. Os limites de detecção

foram de 20 – 105 ng g-1.

Li et. al. [98] determinaram resíduos de pesticidas em cerais utilizando

como técnica de extração líquido-líquido e para identificação por cromatografia

líquida com detector espectrometria de massa. Foram valiados 19 pesticidas

obtendo recuperações entre 70,1 a 106,5% com coeficiente de variação 4,3 a

11,3%. Os limites de detecção variaram entre 0,013 a 0,987 μg kg-1.

Santos et. al. [99] desenvolveram um método determinar resíduos de

pesticidas em água-de-coco liofilizada, empregando a técnica de extração a

dispersão da matriz em fase sólida e para identificação cromatografia liquida

com detector ultravioleta visível. Foram analisados 3 pesticidas (teflubenzurom,

lufenuron e bifentrina) empregando 0,5 g da amostra, 2,5 g de C18 como

suporte sólido e 20 mL de acetonitrila como solvente de eluição. As

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recuperações obtidas variaram ente 74-116% e desvio padrão variou 0,4-9,4%.

Os limites de detecção variaram 0,04-0,05 mg kg-1 e o limite de quantificação

foi de 0,1 mg kg-1.

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2 Objetivos

2.1 Objetivo geral

Desenvolver um método para determinação de resíduos de pesticidas

em grãos de milho empregando como método de preparação de amostra a

dispersão da matriz em fase sólida e a análise através da cromatografia líquida

de alta eficiência com detector espectrofotométrico com arranjo de diodos.

2.2 Objetivos específicos

Selecionar os pesticidas utilizados na cultura do milho;

Otimizar as condições cromatográficas para análise dos pesticidas por

cromatografia líquida de alta eficiência com detector espectrofotométrico com

arranjo de diodos;

Desenvolver um método de extração por dispersão da matriz em fase

sólida para determinar resíduos de pesticidas em grãos de milho;

Validar a metodologia desenvolvida.

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25

3 Parte experimental

3.1.1 Materiais

Béquer (50 e 100 mL), balão volumétrico (1 ; 5 e 25 mL), pinça, lã de

vidro, bastão de vidro, seringa de polietileno (5 mL), balão de fundo redondo

(50 mL), pipeta pasteur, micropipetas (10-100 µL e 100-1000 µL), vidro relógio,

espátula, bastão de vidro, almofariz, pistilo, vial (2 e 40 mL), coluna Luna C18(2)

com dimensões (100 mm X 3,0 mm X 2,5 µm) e membrana para filtração (0,22

µm – Nylon).

3.1.2 Reagentes e padrões

Os padrões utilizados dos pesticidas atrazina, ciflutrina, parationa

metílica, teflubenzurom (Fluka, Steinheim, Alemanha), carbofurano e

piraclostrobina (Riedel-de-Haen, Alemanha). Todos os padrões apresentaram

pureza superior a 98%.

Os solventes utilizados foram: acetona, acetonitrila, metanol e n-

hexano grau HPLC foram adquiridos da Tedia (Fairfield, EUA), acetato de etila

e diclorometano grau HPLC (J. T. Barker, EUA); os suportes sólidos foram

Florisil® 100–200 Mesh (J.T.Baker, EUA), alumina neutra (Vetec, Brasil) e Sílica

gel 70-230 Mesh; Silica Flash® G60 (Silicycle, Canadá);

3.1.3 Equipamentos

Liquidificador, balança analítica (Sartotius TE214S), sistema para SPE

Vacuum Manifold (Varian Walnut Creck, CA, EUA), lavadora (Unique),

cromatógrafo líquido de alta eficiência com detector espectrofotométrico com

arranjo de fotodiodos Shimadzu (Quioto, Japão), modelo Prominence, sistema

de ultrapurificação de água Mili-Q.

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3.1.4 Preparação das soluções padrão

As soluções padrão estoque dos pesticidas foram preparadas

individualmente. Foi medida uma massa entre 9900 a 10000 µg de padrão de

pesticidas e solubilizadas em 10 mL de acetonitrila, resultando em

concentrações entre 990 a 1000 µg mL-1 (atrazina, carbofurano, ciflutrina,

parationa metílica, piraclostrobina e teflubenzurom). As soluções padrão foram

transferidas para vials de 40 mL e armazenadas em freezer. A partir de diluição

das soluções estoque foram preparadas as soluções intermediárias de 50 e 10

µg mL-1. Das soluções intermediárias foram preparadas as soluções de

trabalho com concentrações entre 0,05 – 5,0 µg mL-1 em acetonitrila, as quais

foram utilizadas para a obtenção das curvas analíticas.

3.1.5 Aquisição da amostra

Os grãos de milho verde utilizados foram retirados de duas espigas

envoltas por palha adquiridas no Mercado Central de Aracaju, proveniente da

região de Própria-SE. Os grãos de milho foram cortados, triturados no

liquidificador e, posteriormente, processados em um mixer até obter

consistência pastosa e armazenado em um frasco de vidro sob atmosfera de

nitrogênio. Por fim, o frasco contendo a amostra foi armazenado em um

freezer.

3.1.6 Fortificação da amostra de milho

Para a etapa de fortificação foi pesado 0,5 g em seguida foi

contaminada com de uma solução conjunta dos pesticidas, cuja concentração

50 e 10 µg mL-1. Deixando durante 20 minutos até a evaporação do solvente.

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27

3.1.7 Procedimento de preparação da amostra dos pesticidas por dispersão

da matriz em fase sólida

Uma alíquota de 0,5 g de amostra do milho foi medida em um vidro

relógio e transferida para um almofariz. Foi adicionado 1 g de alumina neutra,

homogeneizando durante 5 min o milho juntamente com o suporte sólido. O

material homogeneizado foi transferido para o cartucho, que é composto por

uma pequena camada de lã de vidro, em seguida foi eluída com 10 mL de

acetato de etila para um tubo de ensaio de 15 mL. O tubo de ensaio foi

armazenado no ultrafreezer durante 1 h e transferido para um freezer

permanecendo durante 23 h. Após, o tubo de ensaio foi retirado do freezer

coletando 2 mL do sobrenadante, que posteriormente foi filtrado em uma em

um filtro 0,22 μm e transferido para um balão de 2 mL. Por fim o solvente é

evaporado no nitrogênio para um volume aproximado de 0,1 mL e retomado

em um balão de 1 mL com acetonitrila, em seguida transferido para um vial de

2 mL para ser analisado no CLAE-DAD.

3.1.8 Condições cromatográficas de análise

As condições cromatográficas foram obtidas em cromatógrafo líquido

modelo Prominence da marca Shimadzu composto por um degaseificador

(DGU-20A), sistema binário de bombeamento (LC-6AT), um auto injetor (SIL-

20A), por um forno (CTO-20A), por um módulo comunicação (CBM-20A) e um

detector espectrofotométrico com arranjos de diodos (SPD-M20A). Os analitos

da amostra foram separados usando a coluna cromatográfica Luna C18(2) com

dimensões (100 mm X 3,0 mm X 2,5 µm).

A condição de análise por CLAE-DAD foi realizada utilizando fase

móvel composta por gradiente binário acetonitrila:água, com programação do

gradiente de eluição (Tabela 6) e vazão 0,5 mL min-1. O tempo de análise foi de

40 minutos, com injeção de 20 µL da amostra. Os dados foram tratados através

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28

do Software LCSolution e o comprimento de onda selecionado para o estudo

foi de 210 nm.

Tabela 6 - Programação do gradiente binário de eluição em CLAE/DAD.

Tempo (min) Porcentagem de ACN na fase

móvel (%)

0 20

25 80

30 20

40 20

3.1.9 Limpeza do material

A vidraria foi enxaguada em água corrente por três vezes, deixando em

solução de detergente 2% por 24 horas, e realizado um novo enxágue em água

corrente por três vezes, lavado com água destilada e, em seguida, com

acetona, secando em estufa ou a temperatura ambiente, sendo guardado com

as extremidades cobertas com papel filme ou laminado.

4 Resultados e discussão

Para o desenvolvimento do método analítico empregando DMFS e

CLAE/DAD foram inicialmente otimizadas as condições cromatográficas para

análise simultânea dos pesticidas selecionados. Em seguida, no procedimento

por dispersão da matriz em fase sólida foram realizados experimentos para

seleção do suporte sólido e do solvente de eluição.

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29

4.1 Otimização das condições cromatográficas de análise

As soluções padrão dos pesticidas foram preparadas individualmente e

analisadas por CLAE-DAD, a fim de obter os tempos de retenção de cada

composto, possibilitando avaliar previamente a separação, e observar os

espectros de absorção dos pesticidas. As concentrações analisadas foram

preparadas de acordo com o LMR dos pesticidas que variaram de 0,05 a 5 µg

mL-1.

As separações analíticas são realizadas utilizando geralmente a fase

C18 [83], a coluna cromatográfica avaliada foi a Luna C18(2) 100 Å. A coluna

cromatográfica Luna possui caráter apolar, por apresentar em sua constituição

C18 [100] os quais, cobrem os grupos silanóis que não estão ligados ao C18,

para minimizar interações com compostos básicos [101].

O gradiente exploratório (Tabela 7) (Figura 4) foi utilizado inicialmente

no processo de otimização das condições cromatográfica [101]. Essa etapa

tem como objetivo de obter: a resposta de cada pesticida frente ao

equipamento e o tempo de retenção para viabilizar análises simultâneas dos

mesmos.

Tabela 7 – Condições analisadas com a coluna cromatográfica Luna C18(2) 100

Å.

Condição Fase móvel Fluxo

(mL min-1

)

Volume de

injeção (µL)

Temperatura

do forno (ºC)

Tempo

(min)

Proporção

de ACN (%)

1 ACN:H2O 0,5 20 45

0 5

60 100

70 5

80 5

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30

Figura 4 - Comparação dos cromatogramas de forma individual dos padrões

de pesticidas obtidas com a coluna cromatográfica Luna C18(2) - 100 Å.

1 - carbofurano, 2 - atrazina, 3 - parationa metílica,

4 - piraclostrobina, 5 - teflubenzurom, 6 - ciflutrina

Os pesticidas responderam de forma satisfatória na coluna

cromatográfica Luna C18(2), obtendo separação dos picos cromatográficos. A

partir da análise de uma solução de 5 µg mL-1, foram avaliados os tempos de

retenção de cada composto e o comprimento de onda adequado para análise.

Os tempos de retenção para esta análise foram carbofurano (tr: 19,3), atrazina

(tr: 21,7), parationa metílica (tr: 29,5), piraclostrobina (tr: 37,1), teflubenzurom

(tr: 37,8) e ciflutrina (tr: 36,4). Este último apresentou dois picos

correspondentes aos isômeros do composto [103]. Dos comprimentos de onda

avaliados, o que apresentou melhor resultado foi o de 210 nm, por apresentar

maior intensidade para todos os compostos avaliados.

O carbofurano foi o primeiro composto a ser eluído da coluna

cromatográfica por apresentar uma maior interação com a água, de acordo

com a Tabela 3, quanto menor o valor da constante de partição octanol/água

maior será a tendência do pesticida por compostos hidrofílicos, tal como a

água. A ciflutrina foi o último composto a ser eluído, devido à baixa solubilidade

em água, ou seja, tem uma maior tendência por compostos hidrofílicos.

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31

Para avaliar o grau de pureza das soluções padrão foram injetados

padrões individuais de 10 μg mL-1 no intervalo de comprimento de onda ente

200 a 800 nm. Obtendo os seguintes espectros da absorção apresentados na

Figura 5.

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32

Figura 5 – Espectros de absorção dos pesticidas.

Pesticidas Espectro de absorção (nm) Pesticidas Espectro de absorção (nm)

Carbofurano

Parationa Metílicaa

Atrazina

Piraclostrobina

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33

Teflubenzurom

Ciflutrina

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34

Após as injeções individuais foi preparada uma solução conjunta dos

pesticidas, a fim de aprimorar o modo gradiente de eluição. Parâmetros que

influenciam a separação dos analitos foram avaliados, tais como: fase móvel,

fluxo e temperatura. Na Tabela 8 são apresentadas condições avaliadas para

obtenção das melhores condições cromatográficas e na Tabela 9 apresenta os

tempos de retenção dos analitos de acordo com as condições. Sendo a Figura

6 referente aos cromatogramas obtidos em cada condição avaliada.

Tabela 8 – Condições cromatográficas para otimização de método com coluna

cromatográfica Luna C18(2) - 100 Å.

Condição Fase móvel Fluxo

(mL min-1

)

Volume de

injeção (µL)

Temperatura

do forno (ºC)

Tempo

(min)

Proporção de

ACN (%)

2 ACN:H2O 0,5 20 45

0 20

30 80

40 20

50 20

3 ACN:H2O 0,5 20 45

0 20 30 90

40 20

50 20

4 ACN:H2O 0,5 20 45

0 20

25 80

30 20

40 20

5 MeOH:H2O 0,5 20 45

0 20

25 80

30 20

40 20

6 ACN:H2O 0,4 20 45

0 20

25 80

30 20

40 20

7 ACN:H2O 0,6 20 45

0 20

25 80

30 20

40 20

8 ACN:H2O 0,5 20 40

0 20

25 80

30 20

40 20

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Figura 6 - Cromatogramas da solução conjunta dos padrões de pesticidas

obtidas com a coluna cromatográfica Luna C18(2) - 100 Å.

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36

O modo gradiente foi aprimorado testando três condições distintas

(condição 2, 3 e 4), obtendo na condição 4 os melhores tempos de retenção

para os analitos. A condição 4 foi utilizada para comparar com outros

parâmetros de separação, tais como: fase móvel (condição 5), fluxo (condição

6 e 7) e temperatura do forno (condição 8). Quanto à escolha da fase móvel,

foram avaliados acetonitrila/água e metanol/água, sendo observada perda de

sensibilidade dos compostos para este último, permanecendo a utilização da

fase acetonitrila/água.

Em relação ao fluxo foram avaliadas três condições distintas, sendo

elas 0,4; 0,5; 0,6 mL min-1. No cromatograma do fluxo 0,4 mL min-1, a ciflutrina

eluiu no tempo de retorno, o que inviabiliza essa condição. Comparando os

fluxos 0,5 e 0,6 mL min-1 não houve diferença significativa quanto à área dos

analitos, mas em relação ao tempo de retenção dos analitos, observou-se que

no fluxo de 0,6 mL min-1 foi obtida uma análise em menor tempo. Entretanto,

quanto ao tempo de equilíbrio em ambas as condições foi necessário

permanecer com o tempo de 40 minutos, optando assim pelo fluxo de 0,5 mL

min-1, o qual emprega um menor volume de solvente obtendo resultados

similares.

Por fim, foram avaliadas dois níveis de temperatura, sendo elas de 40 e

45 °C. Observou-se uma diferença irrelevante nos tempos de retenção para os

compostos iniciais, sendo eles carbofurano e atrazina. Em relação aos demais

pesticidas, ocorreu uma diferença maior nos tempos de retenção. Desta forma

optou-se em permanecer com a temperatura de 45ºC, pois foi possível realizar

análise em um menor tempo. Este efeito está relacionado à diminuição da

viscosidade [79].

A condição que foi desenvolvida a que apresentou melhor separação

em um menor tempo de análise foi a quatro comparando com os outros

parâmetros. Essa condição desenvolvida foi utilizada para análises posteriores

nos extratos de milho.

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37

Tabela 9 - Tempos de retenção dos pesticidas na coluna cromatográfica Luna

C18(2) - 100 Å.

Pesticidas Condição

2 3 4 5 6 7 8

Tempo de Retenção (min)

Carbofurano 10,7 9,9 9,4 13,4 10,8 8,40 9,5

Atrazina 11,8 11,4 10,5 16,1 11,9 9,60 10,7

Parationa metílica 17,9 16,4 14,9 18,2 16,3 13,8 15,3

Piraclostrobina 23,4 21,4 18,7 22,9 20,1 17,8 18,9

Teflubenzurom 24,1 21,9 19,3 25,5 20,6 18,2 19,6

Ciflutrina 30,8 27,8 24,2 27,1 25,8 23,8 24,5

4.2 Otimização do preparo das amostras de milho por dispersão da

matriz em fase sólida

Na técnica de extração por DMFS, o suporte sólido e o solvente de

eluição são parâmetros essenciais que estão diretamente relacionados à

polaridade e solubilidade dos analitos [104], de modo que o isolamento dos

analitos mais polares é realizado com solventes polares e, daqueles menos

polares com os solventes apolares [71].

4.2.1 Seleção do solvente de eluição

Inicialmente foram avaliados na etapa de eluição dois solventes,

acetonitrila e metanol, para extração de pesticidas. Após a realização do

procedimento completo de extração da amostra, os vails foram armazenados

no freezer, observando a presença de um precipitado gelatinoso na

extremidade inferior supostamente o amido, devido ao milho, em sua

constituição, apresentar maior porcentagem do mesmo.

Devido a esse problema, houve a necessidade de acrescentar uma

etapa no procedimento de preparo por DMFS. Na literatura trabalhos relatam a

etapa de congelamento a fim de precipitar carboidratos e lipídeos. Com isso,

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38

foram realizados testes com diversos solventes na etapa de eluição

(acetonitrila, acetona, diclorometano, metanol, acetato de etila e n-hexano), e

todos foram armazenados no freezer durante 1, 2 e 3 dias. A separação do

solvente e do amido só teve êxito apenas com acetato de etila ao 3° dia, porém

esse procedimento não seria conveniente pelo longo tempo de extração.

Sendo assim, testes no ultrafreezer foram realizados para acelerar a

precipitação do amido com o solvente de eluição acetato de etila, porém sem

êxito. Por fim, a solução foi colocada inicialmente no ultrafreezer por 1 h para

acelerar a formação do amido. Em seguida, foi transferida para o freezer,

permanecendo durante 23 h. Prosseguiu-se com o processo de extração até a

obtenção da amostra com pouca interferência do amido.

4.2.2 Seleção do suporte sólido

Decidido o solvente de eluição (aceteto de etila), foram realizados

testes com os brancos dos extratos de milho, empregando diferentes suportes

sólidos. Na Figura 7 são apresentados os cromatogramas dos extratos de

grãos de milho obtidos com a utilização dos suportes sólidos alumina neutra,

Florisil e sílica gel, eluindo com 20 mL acetato de etila, utilizando como

proporção da matriz/suporte sólido 0,5:1,0 (g/g).

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39

Figura 7 – Cromatogramas obtidos na comparação dos brancos do extrato do

milho obtido com o suporte sólido da alumina neutra, Florisil e sílica gel eluido

com acetato de etila, utilizando a coluna cromatográfica Luna C18(2) - 100 Å,

eluição por gradiente (tabela 8, condição 4), e detecção em 210 nnm.

Avaliando os cromatogramas obtidos dos brancos dos extratos de

milho, foi possível notar que o suporte sólido sílica gel e Florisil eluiram alguns

interferentes no tempo de retenção dos analitos atrazina, piraclostrobina,

teflubenzurom e ciflutrina, enquanto no extrato com a utilização de alumina

neutra não foram notados picos significativos referentes aos componentes da

matriz nos respectivos tempos de retenção dos analitos estudados.

Após a avaliação dos brancos dos suportes sólidos, foram realizados

testes de recuperação utilizando os suportes sólidos alumina neutra, Florisil e

sílica gel, e para avaliar os valores de recuperação, extratos foram preparados

a partir de uma solução padrão de comparação de concentração 1,0 µg g-1. A

Tabela 10 apresenta os valores percentuais de recuperação e os coeficientes

de variação (CV) obtidos para os suportes sólidos avaliados.

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40

Tabela 10 – Recuperações médias obtidas na avaliação da eficiência dos

suportes sólidos utilizados na extração dos pesticidas por DMFS.

Pesticidas Suporte Sólido

Recuperações Médias ± CV(%)

Alumina neutra Florisil Sílica gel

Atrazina 98,32 ± 10,85 85,75 ± 8,61 81,71 ± 13,93

Carbofurano 97,64 ± 9,34 62,81 ± 12,80 54,12 ± 6,04

Ciflutrina 95,00 ± 13,88 85,82 ± 7,46 83,51 ± 17,51

Parationa Metilica 93,27 ± 6,19 93,68 ± 3,07 82,59 ± 13,63

Piraclostrobina 96,12 ± 15,28 52,02 ± 11,67 48,42 ± 7,28

Teflubenzurom 94,57 ± 8,85 80,67 ± 6,18 75,87 ± 13,64

Segundo Ribani et. al. [90] para matrizes complexas a faixa de

recuperação aceitável varia entre 70-120% e o coeficiente de variação ± 20%.

Para os resultados obtidos com os diferentes suportes sólidos, o que

apresentou uma melhor faixa de recuperação foi com alumina neutra. Além

disso, esse suporte sólido mostrou uma menor quantidade de interferentes

quando comparado aos demais suportes sólidos e não foi verificada a presença

de interferentes nos tempos de retenção dos analitos. Além de permitir com

que o acetato de etila, que possui uma moderada polaridade consiga eluir os

pesticidas da matriz [105].

Diante dos resultados observados, utilizando 0,5 g de amostra de milho

eluindo com 10 mL de acetato de etila e homogeneizando com 1 g de alumina

neutra proporcionou bons níveis de recuperação, sendo a alumina neutra

escolhida para ser utilizada como material dispersante nos ensaios posteriores

de extração.

4.2.3 Avaliação do efeito da variação do volume do solvente de eluição

O volume do solvente é um dos fatores que influência na recuperação

dos pesticidas no procedimento de extração [68]. Os volumes de eluição

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41

avaliados foram 5, 10 e 15 mL de acetato de etila no teste de recuperação,

realizado em triplicata no nível de fortificação de 1 µg g-1. A tabela 11 apresenta

os valores médios de recuperação para os volumes avaliados com acetato de

etila.

Tabela 11 – Recuperações médias obtidas na avaliação da eficiência do

volume utilizado na extração dos pesticidas por DMFS.

Pesticidas Volume (mL)

Recuperações Médias ± CV(%)

5 10 15

Atrazina 70,65 ± 5,31 98,32 ± 10,85 91,22 ± 8,39

Carbofurano 66,64 ± 8,81 97,64 ± 9,34 86,00 ± 4,63

Ciflutrina 73,43 ± 16,85 95,00 ± 13,88 92,65 ± 18,69

Parationa Metilica 69,43 ± 2,68 93,27 ± 6,19 91,41 ± 9,55

Piraclostrobina 57,49 ± 8,20 96,12 ± 15,28 90,08 ± 4,92

Teflubenzurom 62,01 ± 1,54 94,57 ± 8,85 91,97 ± 6,73

Avaliando os volumes observa-se que os valores de 5 mL não

apresentou uma recuperação satisfatória. Já em relação ao volumes de 10 e 15

mL não houve diferenças significativas na recuperação dos pesticidas

analisados (Tabela 10). Desta forma, visando a geração de poucos resíduos,

optou-se em utilizar o volume de 10 mL de acetato de etila nos demais ensaios.

4.2.4 Avaliação do efeito da quantidade de suporte sólido

A quantidade de massa de suporte sólido é outro fator que influência

nas recuperações dos pesticidas no procedimento de extração. As quantidades

avaliadas foram de 0,5; 1,0 e 1,5 g de alumina neutra eluida com 10 mL de

acetato de etila no teste de recuperação realizado em triplicata no nível de

fortificação de 1 µg g-1. A tabela 12 apresenta os valores médios de

recuperação para as massas avaliadas com alumina neutra.

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42

Tabela 12 – Recuperações médias obtidas na avalição da eficiência da massa

do suporte sólido utilizando na extração dos pesticidas por DMFS.

Pesticidas Massa do suporte sólido (g)

Recuperações Médias ± CV(%)

0,5 1,0 2,0

Atrazina 82,01 ± 13,69 98,32 ± 10,85 99,54 ± 7,92

Carbofurano 76,99 ± 10,98 97,64 ± 9,34 97,25 ± 6,59

Ciflutrina 65,30 ± 8,31 95,00 ± 13,88 93,70 ± 4,98

Parationa Metilica 69,13 ± 5,89 93,27 ± 6,19 99,43 ± 13,67

Piraclostrobina 68,54 ± 7,35 96,12 ± 15,28 97,874 ± 10,85

Teflubenzurom 71,81 ± 10,55 94,57 ± 8,85 99,09 ± 13,02

Dentre as proporções de massa de suporte sólido avaliada, a melhor

recuperação foi obtida com a razão de 1 para 2 (0,50 g de grão de milho para 1

g de alumina neutra) e 1 para 4 (0,50 g de grão de milho para 2 g de alumina

neutra), os quais apresentaram valores de recuperação entre 93,27- 99,54% e

coeficiente de variação entre 6,19 a 15,28%. Em estudos comparativos em

diversas matrizes realizados por Barker [61], foi sugerida a extração com a

proporção 1 para 4 como sendo a melhor razão de massa de matriz e suporte

sólido. Porém, a massa do suporte sólido escolhida neste trabalho foi de 1,0 g

por obter resultados satisfatórios quanto ao de 2,0 g. A proporção de 1 para 1

(0,50 g de grão de milho para 0,5 g de alumina neutra) apresentou valores de

recuperação insatisfatórios.

4.2.5 Avaliação do efeito do tempo de homogeneização

O tempo de maceração do suporte sólido é outro fator que influencia

nas recuperações dos pesticidas no procedimento de extração, pois irá

influenciar diretamente na interação dos analitos com o material suporte sólido.

O desenvolvimento de uma metodologia com tempo ótimo de extração permite

ao analista a redução do tempo de extração sem a perda de eficiência no

processo de recuperação.

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43

Os tempos de homogeneizações avaliados foram 3,0; 5,0 e 7,0 min

utilizando o suporte sólido alumina neutra eluido com 10 mL de acetato de etila.

Sendo realizados ensaios de recuperação em triplicata no nível de fortificação

de 1 µg g-1. A Tabela 12 apresenta os valores médios de recuperação para o

tempo de maceração.

Tabela 13 – Recuperações obtidas na avaliação da eficiência do tempo de

homogeneização utilizado na extração dos pesticidas por DMFS.

Pesticidas Tempo de maceração (min)

Recuperações Médias ± CV(%)

3,0 5,0 7,0

Atrazina 65,65 ± 12,63 98,32 ± 10,85 91,06 ± 8,23

Carbofurano 64,72 ± 16,32 97,64 ± 9,34 93,70 ± 14,67

Ciflutrina 72,19 ± 11,71 95,00 ± 13,88 90,75 ± 10,95

Parationa Metilica 73,40 ± 8,91 93,27 ± 6,19 91,66 ± 7,33

Piraclostrobina 59,19 ± 15,66 96,12 ± 15,28 91,72 ± 4,86

Teflubenzurom 69,82 ± 10,15 94,57 ± 8,85 97,76 ± 8,34

Dentre os ensaios de avaliação o tempo de maceração a proposta pelo

tempo de 3 minutos apresentou os valores mais baixos de recuperação, com

variação de recuperação entre 59,19 – 73,40%, com coeficiente de variação

estando entre 8,91 – 16,32%. Os demais tempos de maceração apresentaram

valores de recuperação semelhantes, contudo, a escolha do tempo de

maceração de 5,0 min apresentou-se mais eficiente, além de demonstrar não

ser necessária a utilização de maceração mais prolongada. A recuperação para

o tempo de maceração variou entre 93,27 – 98,32 %, com variação entre 6,19

– 15,28. Enquanto que o tempo de maceração de 7,0 min apresentou

recuperação entre 90,75 – 97,76, com coeficiente de variação de 4,86 – 14,67

%.

Assim a metodologia otimizada empregou 0,5 g da amostra de milho

eluida com 10 mL de acetato de etila e homogeneizando durante 5 min com 1 g

de alumina neutra.

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44

5 Validação do método analítico

No desenvolvimento do método analítico é fundamental garantir a

confiabilidade dos resultados, os quais devem ser representados por

parâmetros estabelecidos na validação. Os parâmetros de validação avaliados

foram: seletividade, limite de detecção, limite de quantificação, exatidão e

precisão.

5.1 Seletividade

Para avaliar a seletividade foi realizada a injeção de um branco obtido da

matriz, observando na região do tempo de retenção dos analitos de interesse a

presença de algum pico interferente (Ribani et. al. [90]).

Dessa forma a metodologia desenvolvida mostrou-se seletiva para os

pesticidas carbofurano, atrazina, parationa metílica, teflubenzurom, ciflutrina e

piraclostrobina, não sendo observadas interferentes no tempo de retenção dos

pesticidas avaliados. Comparando o cromatograma (Figura 8) obtido do branco

da amostra (livres de pesticidas) com uma solução padrão de concentração de

5 μg mL-1 avaliou a seletividade dos analitos no milho.

Figura 8 – Cromatograma resultante da análise por CL-DAD da solução padrão

5 μg mL-1 e do branco do extrato do milho.

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45

5.2 Linearidade

A curva analítica foi construída utilizando 7 níveis de concentração

entre 0,05 e 5 µg mL-1 para atrazina, parationa metílica, teflubenzurom e

cifltrina, já para o carbofurano e piraclostrobina a construção foi entre 0,1 e 1

µg mL-1. As análises para cada nível de concentração foi realizada triplicata. A

Tabela 14 mostra as curvas obtidas da equação da reta, o coeficiente de

correlação.

Tabela 14 – Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta dos

pesticidas.

Pesticidas Coeficiente de correlação (r) Equação da reta

Carbofurano 0,9996 y = 12838 x – 288,51

Atrazina 0,9999 y = 40851 x – 104,9

Parationa metílica 0,9999 y = 24707 x – 535,44

Piraclostrobina 0,9997 y = 19990 x – 422,63

Teflubenzurom 0,9998 y = 44317 x – 165,78

Ciflutrina 0,9996 y = 15777x – 374,3

5.3 Limite de quantificação e detecção

Para o estudo do limite de detecção (LD) foi calculado considerando o

desvio padrão do ruído analítico de 2:1. Enquanto o limite de quantificação (LQ)

foi obtido pelos valores da razão sinal ruído 10:1. Os valores obtidos para LQ

foram próximos ao menor nível de concentração obtido na curva de calibração,

considerando assim a menor concentração. Para análises de ambos os limites

foram realizados experimentos em triplicata. A Tabela 15 mostra os valores de

LD e LQ.

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46

Tabela 15 – Valores do Limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ)

obtidos por CLAE-DAD.

Pesticida LD (mg Kg-1) LQ (mg Kg-1) LMR (mg Kg-1)

Carbofurano 0,04 0,1 0,25

Atrazina 0,02 0,05 0,1

Parationa Metílica 0,02 0,05 0,1

Piraclostrobina 0,06 0,1 0,1

Teflubenzurom 0,03 0,05 0,1

Ciflutrina 0,02 0,05 0,1

O limite máximo de resíduo (LMR) dos analitos em estudo deve ser

levado em consideração. Os valores encontrados no LD foram comparados

com o LMR segundo a ANVISA. Os níveis de concentração avaliados no

presente trabalho foram: 0,04; 0,02; 0,02; 0,06; 0,03; 0,02 mg Kg-1, todos eles

estão abaixo dos valores estabelecidos pela ANVISA.

5.4 Precisão e Exatidão

Para avaliação da exatidão foram injetadas amostras em triplicata de

concentração de 0,10; 0,25 e 0,50 μg g-1, durante 3 dias consecutivos. A

Tabela 16 mostra as recuperações obtidas para o nível de fortificação de 0,1 μg

g-1com variação média de 81,57 a 98,35 %, com CV médio entre 5,19 a 16,23

%. Para o nível de fortificação de 0,25 μg g-1 as recuperações apresentaram

variação média de 75,20 a 92,85 %, com CV médio entre 4,16 a 10,74 %. Para

o nível de fortificação de concentração de 0,50 μg g-1, as recuperações

apresentaram variação média de 78,42 a 96,39 %, com CV médio entre 1,76 a

9,61 %.

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47

Tabela 16 – Recuperações obtidas para o nível de fortificação de 0,10; 0,25 e

0,50 μg g-1.

Pesticida Fortificação de

0,10 mg mL-1

Fortificação de

0,25 mg mL-1

Fortificação de 0,50 mg mL-1

Recuperação ±

C.V (%)

Recuperação ±

C.V (%)

Recuperação ± C.V

(%)

Carbofurano 85,16 ± 12,11 87,95 ± 4,16 93,85 ± 9,61

Atrazina 98,35 ± 11,20 92,14 ± 10,74 78,42 ± 5,46

Parationa Metílica

84,32 ± 10,68 81,34 ± 8,22 96,37 ± 2,62

Piraclostrobina 90,98 ± 16,23 92,85 ± 5,98 89,95 ± 1,76

Teflubenzurom 81,57 ± 8,68 87,04 ± 3,63 90,65 ± 6,57

Ciflutrina 90,39 ± 5,19 75,20 ± 7,29 96,39 ± 8,49

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6 Conclusão

Neste trabalho foi otimizada e validada a metodologia por dispersão da

matriz em fase sólida (DMFS) empregando-se CLAE-DAD para determinação

de resíduos de pesticidas atrazina, carbofurano, ciflutrina, parationa metílica,

piraclostrobina, teflubezurom em grãos de milho.

O método proposto por dispersão da matriz em fase sólida (DMFS),

empregando 0,5 g de alumina neutra como suporte sólido e 10 mL de acetato

de etila homogeneizando por um período de 5 min mostrou-se eficiente para

extrair os pesticidas em grãos de milho. Além disso, as condições

cromatográficas de análise aplicadas permitiram a obtenção de bons resultados

de separação dos compostos em estudo.

A validação do método apresentou recuperações entre 93,27 a 98,32% e

coeficiente de variação inferior a 20%. Os limites de detecção variaram entre

0,02 a 0,06 µg g-1 e quantificação 0,05 a 0,1 µg g-1. Foi averiguada a

linearidade através do coeficiente de correlação superior a 0,9996. Assim,

também como a seletividade para os pesticidas estudados na matriz do milho.

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