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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM
CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO
GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO LICENCIAMENTO E CADASTRO AMBIENTAL DE IMÓVEIS RURAIS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Luciano Lanes Lopes
Santa Maria, RS, Brasil 2016
GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO LICENCIAMENTO E CADASTRO AMBIENTAL DE IMÓVEIS RURAIS
Luciano Lanes Lopes
Relatório de Estágio apresentado ao Curso Tecnologia em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, como requisito
parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Geoprocessamento.
Orientadora: Profa. Dra. Claire Delfini Viana Cardoso
Santa Maria, RS, Brasil 2016
Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM
Curso de Tecnologia em Geoprocessamento
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio na Área de Geoprocessamento
GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO LICENCIAMENTO E CADASTRO AMBIENTAL DE IMÓVEIS RURAIS
elaborado por Luciano Lanes Lopes
como requisito para obtenção do título de Tecnólogo em Geoprocessamento
COMISSÃO EXAMINADORA:
Claire Delfini Viana Cardoso, Drª (Presidente/Orientadora)
Alessandro Carvalho Miola, Dr. (UFSM)
Fernanda Crestani, Eng. Ftal (UFSM)
Santa Maria, 04 de julho de 2016.
Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM
Curso de Tecnologia em Geoprocessamento
GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO LICENCIAMENTO E CADASTRO AMBIENTAL DE IMÓVEIS RURAIS
Relatório de Estágio realizado na TECNOCAMPO LTDA
elaborado por Luciano Lanes Lopes
Profa Dra. Claire Delfini Viana Cardoso (Presidente/Orientador)
Fernanda Crestani (Supervisora da Empresa)
Luciano Lanes Lopes (Estagiário)
Santa Maria, 04 de julho de 2016.
RESUMO
Relatório de Estágio Colégio Politécnico da UFSM
Universidade Federal de Santa Maria
GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO LICENCIAMENTO E CADASTRO AMBIENTAL DE IMÓVEIS RURAIS AUTOR: LUCIANO LANES LOPES
ORIENTADORA: PROFa. DRa. CLAIRE DELFINI VIANA CARDOSO Santa Maria, 04 de julho de 2016.
O Estágio Supervisionado Obrigatório de 300 horas, como requisito parcial para formação no Curso de Tecnologia em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM. Foi desenvolvido na empresa Tecnocampo Ltda., localizada no município de Santa Maria – RS, e teve como objetivo geral aplicar os conhecimentos da área de geoprocessamento adquiridos durante o curso em prática. Durante sua duração foram feitas atividades como renovação de licença de irrigação por aspersão utilizando pivô central e auxílio ao Cadastro Ambiental Rural de propriedades. O estágio se mostrou de grande valor, pois nele não só foi possível pôr em prática os conhecimentos ensinados durante o curso, como também possibilitou novos aprendizados, novas experiências e contato direto com a profissão e profissionais tanto como da área de geoprocessamento quanto de outras. Palavras-chave: Geoprocessamento. Irrigação. CAR. Pivô.
LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Sistema de Irrigação por Aspersão utilizando Pivô Central ...................... 12 Figura 2 - Imagem aérea de uma plantação com irrigação por Pivô Central ............ 12 Figura 3 - Cultivo de arroz irrigado por sistema de inundação ................................. 14 Figura 4 - Dados referentes às áreas cadastradas das regiões brasileiras no CAR 15 Figura 5 - Diferentes tipos de corpos hídricos com as respectivas APPs ................. 17
Figura 6 - Planilha para controle das licenças de irrigação ...................................... 21 Figura 7 - Perímetro da Fazenda Guajuvira observado no Google Earth ................. 24 Figura 8 - Mapeamento da Fazenda Guajuvira ........................................................ 25
Figura 9 - Processo de criação do croqui de localização ......................................... 26 Figura 10 - Croqui de localização da Fazenda Guajuvira ......................................... 27 Figura 11 - Carta do exército com localização da Fazenda Guajuvira ..................... 29 Figura 12 - Mapeamento da Fazenda Santo Antônio para o CAR ........................... 31
Figura 13 - Mapeamento da Fazenda Formigueiro para o CAR ............................... 31 Figura 14 - Mapeamento da Fazenda Inferninho para o CAR .................................. 32 Figura 15 - Mapeamento da Sede Mugnol para o CAR ............................................ 32 Figura 16 - Mapeamento da Fazenda do Cedro II para o CAR ................................ 33
Figura 17 - Mapeamento da Fazenda Santa Izabel para o CAR .............................. 33
LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Faixa de área de APP de acordo com a largura do curso d’água .......... 16
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
1.1 Tecnocampo Ltda ....................................................................................... 8 1.2 Justificativa ................................................................................................. 8
1.3 Objetivo Geral ............................................................................................. 9 1.4 Objetivos Específicos ................................................................................. 9
2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 10
2.1 Sistemas de Irrigação ............................................................................... 10 2.1.1 Irrigação por aspersão e pivô central ............................................................... 11
2.1.2 Irrigação superficial e inundação ...................................................................... 13 2.2 Cadastro Ambiental Rural ........................................................................ 14 2.2.1 Área de Preservação Permanente ................................................................... 15 2.2.2 Área de Reserva Legal ..................................................................................... 18 2.2.3 Área de Uso Restrito ........................................................................................ 19 2.2.4 Área Rural Consolidada ................................................................................... 19
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E RESULTADOS .................................... 20
3.1 Renovação de licenças de irrigação ....................................................... 20 3.1.1 Organização das licenças ................................................................................ 20
3.1.2 Processo de renovação .................................................................................... 21
3.1.3 Mapeamento do empreendimento rural............................................................ 23 3.1.4 Confecção do croqui de localização e carta do exército................................... 26 3.2 Auxílio ao Cadastro Ambiental Rural de Imóveis................................... 30
4 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................. 34
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 35
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório tem como intuito descrever as atividades elaboradas
durante o Estágio Curricular Supervisionado na empresa Tecnocampo Ltda,
localizada na rua Serafim Valandro, número 835, sala 22, cidade de Santa Maria,
Rio Grande do Sul.
As atividades do estágio, o qual é obrigatório para conclusão do curso de
Tecnologia em Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM), tiveram início no dia 23 de fevereiro do ano de 2016 e estendendo-se até
06 de maio do mesmo ano, com carga horária semanal de 30 horas e totalizando
300 horas de exercício. Tem-se no Estágio, a oportunidade de colocar em prática,
todas as teorias e ações que são trabalhadas e desenvolvidas ao longo do curso,
oportunizando que a aprendizagem aconteça realmente, preparando o aluno para o
trabalho nas mais diversas áreas do Geoprocessamento e direcionando os egressos
para a imersão no mercado de trabalho, que a cada dia exige uma maior
qualificação tecnológica.
1.1 Tecnocampo Ltda
A empresa Tecnocampo atua na área ambiental oferecendo serviços como
georreferenciamento de propriedades, construção, regularização e ampliação de
barragens, confecção de laudos técnicos, licenças ambientais, emissão de outorgas
de uso da água, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e venda de pivôs de irrigação. O
escritório encontra-se no centro da cidade de Santa Maria, rua Serafim Valandro
número 835 – sala 22. Atua no mercado desde o ano de 2005, e conta atualmente
com uma equipe composta por um Geógrafo, dois Engenheiros Florestais, um
Tecnólogo em Geoprocessamento, três Engenheiros Agrônomos e um vendedor.
1.2 Justificativa
9
Após a conclusão das etapas preparatórias, onde a teoria e a prática são
fundamentais para o real conhecimento, e tendo em vista que a nova etapa exige
que se atue na prática, é extremamente necessário a realização do estágio
obrigatório, não somente como uma forma de aplicar todos os conhecimentos
teóricos e práticos aprendidos durante toda a duração do mesmo mas também como
uma maneira de conhecer a rotina da profissão, norteando o aluno em direção ao
mercado de trabalho.
1.3 Objetivo Geral
O estágio obrigatório tem como Objetivo Geral aplicar conhecimentos teóricos
e práticos aprendidos durante o curso, dentro da rotina da empresa.
1.4 Objetivos Específicos
Auxiliar na renovação de licenças de irrigação;
Auxiliar no processo de mapeamento digital das propriedades para
envio do Cadastro Ambiental Rural;
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Sistemas de Irrigação
A agricultura brasileira tem, no passado, no presente e terá, certamente no
futuro, relevantes contribuições a dar ao desenvolvimento econômico e social do
Brasil. No passado, contribuiu decisivamente, por meio das funções clássicas, para
prover de alimentos baratos as populações urbanas, liberar mão-de-obra para a
indústria crescente, gerar divisas, via exportação de excedentes, e ainda capital para
o processo de industrialização (HEINZE,2002).
Na agricultura moderna, a irrigação é uma tecnologia imprescindível para
incrementar a produtividade das culturas, porém deve ser implementada com todo o
cuidado requerido, para um menor impacto ambiental, de tal modo que deve ser
conduzida de modo racional (ALBUQUERQUE,2003).
Para Daker (1970), irrigação é uma técnica milenar que consiste em aplicar a
quantidade de água necessária ao solo nos momentos adequados, para que a
espécie vegetal cultivada possa expressar todo o seu potencial produtivo. Já para
Paz, Teodoro & Medonça (2000), irrigação é uma técnica tem por objetivo o
fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no
momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação.
Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a
deposição de elementos fertilizantes.
Basicamente, existem quatro métodos principais de irrigação: aspersão,
superficial, subrrigação e localizada. Para escolha do método ideal, deve levar em
conta fatores como solo, topografia e cultura a ser plantada, procurando melhores
alternativas para obter o melhor resultado possível (EMBRAPA, 2010).
A Resolução CONAMA nº 284/2001 define, em seu artigo 2º, que os
empreendimentos de irrigação deverão ser licenciados pelo órgão ambiental
competente, devendo ser prestadas todas as informações técnicas, respectivas, na
forma da legislação ambiental vigente.
11
2.1.1 Irrigação por aspersão e pivô central
No método de irrigação por aspersão, são lançados ao ar jatos de água que
caem sobre a cultura plantada. EMBRAPA (2010) diz que as principais vantagens
dos sistemas de irrigação por aspersão são: facilidade de adaptação às diversas
condições de solo e topografia; apresenta potencialmente maior eficiência de
distribuição de água, quando comparado com o método de superfície; pode ser
totalmente automatizado; pode ser transportado para outras áreas; as tubulações
podem ser desmontadas e removidas da área, o que facilita o tráfego de máquinas.
As principais limitações são: os custos de instalação e operação são mais elevados
que os do método por superfície; pode sofrer influência das condições climáticas,
como vento e umidade relativa; a irrigação com água salina, ou sujeita a precipitação
de sedimentos, pode reduzir a vida útil do equipamento e causar danos a algumas
culturas; pode favorecer o aparecimento de doenças em algumas culturas e interferir
com tratamentos fitossanitários; pode favorecer a disseminação de doenças cujo
veículo é a água.
O método de irrigação por aspersão é subdivido em 5 sistemas: pivô central,
autopropelido, aspersão convencional, deslocamento linear e LEPA.
Albuquerque (2003), diz que o sistema de irrigação por aspersão utilizando
pivô central (Figura 1) tem sido mais utilizado em culturas anuais, como milho, feijão,
soja, tomate etc. e também, ultimamente, na cultura do café. A característica
principal do pivô central é a aplicação de água pelo método por aspersão, mas sob
taxas variáveis ao longo de sua tubulação que se desloca no sentido circular, em
torno de uma torre fixa ou pivô (Figura 2).
Da área total irrigada no Brasil, cerca de 10% têm sido utilizados com pivôs
centrais, perfazendo uma área média irrigada por produtor de 140 ha (FANCELLI E
DOURADO NETO, 2000).
12
Fonte: http://www.campoforteseguros.com.br/seguros.php Acesso em 28/05/2016.
Fonte: http://www.panoramio.com/photo/40891332 Acesso em 31/05/2016.
Figura 1 - Sistema de Irrigação por Aspersão utilizando Pivô Central.
.
Figura 2 - Imagem aérea de uma plantação com irrigação por Pivô Central.
13
2.1.2 Irrigação superficial e inundação
O termo “irrigação por superfície” se refere a um grande número de sistemas
pelos quais a água é distribuída sobre o terreno por gravidade. A água é derivada à
parcela na parte mais alta do terreno ou ao longo de um dos diques que a circunda,
promovendo a irrigação ao escoar sobre a superfície. A taxa de escoamento
depende, em grande parte, das diferenças quantitativas entre a vazão de entrada e
a infiltração acumulada. Outros fatores que afetam o escoamento superficial estão
associados à declividade da parcela e à rugosidade da superfície (FRIZZONE,
2012).
EMBRAPA (2010) explica que as principais vantagens do método de
superfície são: menor custo fixo e operacional; requer equipamentos simples; não
sofre efeito de vento; menor consumo de energia quando comparado com aspersão;
não interfere nos tratos culturais; permite a utilização de água com sólidos em
suspensão; e suas principais limitações são: dependência de condições
topográficas; requer sistematização do terreno; o manejo das irrigações é mais
complexo; requer frequentes reavaliações de campo para assegurar bom
desempenho; se mal planejado e mal manejado, pode apresentar baixa eficiência de
distribuição de água; desperta pequeno interesse comercial, em função de utilizar
poucos equipamentos.
A irrigação superficial é subdividida em irrigação por sulcos, por faixas e
irrigação por inundação.
De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA)
do estado do Rio Grande do Sul, no que refere ao uso da água para irrigação, o
sistema mais utilizado é o de superfície (inundação), adotado em 16 mil
estabelecimentos rurais gaúchos em lavouras de arroz, atingindo cerca de 1,2
milhões de hectares.
Frizzone (2012) explica que a irrigação por inundação (Figura 3) consiste da
inundação total por contenção da água na superfície do solo. A aplicação de água é
feita por meio de bacias ou tabuleiros, que são áreas quase planas, de tamanho
variado desde 1 m², usados na irrigação de vegetais ou frutíferas, até áreas maiores
que 5 hectares, usados na irrigação do arroz em solos planos e argilosos de formato
retangular ou em contorno.
14
Figura 3 - Cultivo de arroz irrigado por sistema de inundação.
Fonte: http://panoramaagrario.com/2015/05/greenrice-sistemas-sostenibles-de-cultivo-de-arroz/
Acesso em 29/05/2016.
2.2 Cadastro Ambiental Rural
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é uma ferramenta de gestão ambiental
online, de caráter nacional, instituído pela Lei 12.651/12 e regulamentado pelo
Decreto 7.830/12.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2012), o CAR tem como objetivo
promover a identificação e integração das informações ambientais das propriedades
e posses rurais, visando ao planejamento ambiental, monitoramento, combate ao
desmatamento e regularização ambiental.
A inscrição é feita online e é de cunho obrigatório para todas as propriedades
e posses rurais, sejam pública, privadas, comunidades tradicionais de uso coletivo
da terra, assentamentos de reforma agrária ou povos indígenas.
15
Fonte: http://www.florestal.gov.br/cadastro-ambiental-rural/numeros-do-cadastro-ambiental-rural
Acesso em 29/05/2016.
A Figura 4 mostra a porcentagem regional de propriedades rurais que já
foram cadastradas no programa até a data 5 de maio de 2016.
De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro (2010), para a realização do
cadastro é necessário, além da documentação de identificação do posseiro e da
propriedade, a delimitação do perímetro do imóvel, da Área de Preservação
Permanente (APP), da Área de Reserva Legal (RL), Área de Uso Restrito (AUR) e
área rural consolidada.
2.2.1 Área de Preservação Permanente
Figura 4 - Dados referentes às áreas já cadastradas das regiões brasileiras no CAR.
16
Segundo Araújo (2002), Áreas de Preservação Permanente são áreas nas
quais, por imposição da lei, a vegetação deve ser mantida intacta, tendo em vista
garantir a preservação dos recursos hídricos, da estabilidade geológica e da
biodiversidade, bem como o bem-estar das populações humanas. O regime de
proteção das APP é bastante rígido: a regra é a intocabilidade, admitida
excepcionalmente a supressão da vegetação apenas nos casos de utilidade pública
ou interesse social legalmente previstos.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2012), considera-se APP em
zonas rurais ou urbanas (Lei n° 12.651/12):
I. as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito
regular, em largura mínima variante de acordo com a largura do curso
d’água, como apresenta o quadro 1.
Quadro 1 – Faixa de área de APP de acordo com a largura do curso d’água
Largura da APP Largura dos cursos d’água
30 metros Menor que de 10 metros
50 metros Entre 10 e 50 metros
100 metros Entre 50 e 200 metros
200 metros Entre 200 e 600 metros
500 metros Maior que 600 metros
Fonte: http://www.mma.gov.br/images/arquivos/desenvolvimento_rural/car/Cartilha_CAR.pdf
Acesso em 30/05/2016.
II. as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em largura mínima de
100 metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20
hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 metros ou 30
metros, em zonas urbanas.
III. as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa
definida na licença ambiental do empreendimento;
IV. as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, no raio
mínimo de 50 metros;
17
V. as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°,
equivalente a 100% na linha de maior declive;
VI. as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII. os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII. as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,
em faixa nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais;
IX. no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de
100 metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a
partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura
mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta, definida
pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água
adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais
próximo da elevação;
X. as áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a
vegetação;
XI. em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura
mínima de 50 metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e
encharcado; como pode ser visto na Figura 5.
18
Fonte: https://www.ecodebate.com.br/2014/05/05/as-areas-de-preservacao-permanentes-app-no-codigo-
florestal-lei-12-6512012-artigo-de-antonio-silvio-hendges/ Acesso em 30/05/2016.
2.2.2 Área de Reserva Legal
É considerada área de Reserva Legal (RL), de acordo com o Ministério do
Meio Ambiente (2012), aquela que for localizada no interior de uma propriedade ou
posse rural, delimitada nos termos do art. 12 da Lei n° 12.651/2012, com a função
de assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e
da flora nativas.
Nas áreas de exploração agrícola as Reservas Legais favorecem o controle
natural de pragas pela manutenção de maior diversidade de habitats e atuam como
barreiras na disseminação de doenças. Contribuem, também, para melhor
disponibilidade hídrica e na retenção de umidade, reduzindo os efeitos provocados
por estiagens (VALENTE & GOMES, 2005).
Figura 5 - Diferentes tipos de corpos hídricos com as respectivas APPs.
19
O Ministério do Meio Ambiente (2012) alerta que todo imóvel deve manter um
percentual mínimo com cobertura de vegetação nativa, que pode variar de acordo
com a região e bioma, de acordo com a Lei n°12.651/12. Em todas as regiões do
país, 20% da vegetação nativa deve ser mantida como RL, diferenciando apenas na
Amazônia Legal, onde:
a. 80% do imóvel caso situado em área de floresta;
b. 35% do imóvel caso situado em área de cerrado;
c. 20% do imóvel caso situado em área de campos gerais.
No entanto, a Lei abriu uma exceção no Art. 67 ao estabelecer que nos
imóveis rurais que detinham área de até 4 módulos fiscais, em 22 de julho de 2008,
e que possuam remanescentes de vegetação nativa em percentuais inferiores ao
previsto acima, a reserva legal será constituída com a área ocupada com a
vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas conversões para
uso alternativo do solo (MMA, 2012).
2.2.3 Área de Uso Restrito
As Áreas de Uso Restrito se constituem em um segundo tipo de áreas
especialmente protegidas pela legislação, onde estão inclusos os pantanais, as
planícies pantaneiras e as encostas com inclinações entre 25º e 45º
(JAGUSZEWSKI et al 2014).
2.2.4 Área Rural Consolidada
Conforme define o Artigo 3º, Inciso IV, da Lei 12.651/12, a Área Rural
Consolidada é uma área de imóvel rural que tenha sido ocupada por pessoas antes
de 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris
(que integrem as lavouras, com pastagens e florestas, para animais) admitidas,
neste último caso, a adoção do regime de pousio (terreno que “repousa” entre um
plantio e outro).
20
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E RESULTADOS
Durante a realização do estágio curricular na empresa Tecnocampo foram
executadas duas atividades principais: renovação de licença de irrigação de uma
propriedade e auxílio no Cadastro Ambiental Rural de imóveis.
Todas as atividades foram elaboradas no ambiente do escritório, e para
ambas foram utilizados os seguintes softwares disponíveis na empresa:
AutoCAD 2012;
Google Earth Pro versão 7.1.5.1557;
ExpGE versão 2.32 demo;
QGIS versão 2.14;
Pacote Office 2013;
Google Drive.
3.1 Renovação de licenças de irrigação
Sendo a venda de pivôs de irrigação o principal serviço oferecido pela
empresa Tecnocampo Ltda., torna-se necessário o licenciamento ambiental dos
mesmos pelo órgão competente. No estado do Rio Grande do Sul, cabe a Fundação
Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) o licenciamento
ambiental para utilização dos métodos de irrigação, emitindo as licenças de
Instalação (LI), Instalação de Ampliação (LIA), Prévia (LP), Prévia de Ampliação
(LPA), Operação (LO) e demais autorizações.
3.1.1 Organização das licenças
Primeiramente, utilizando o software Microsoft Office Excel 2013, foi criada
uma planilha (Figura 6) para controle e organização de todas as licenças de
irrigação por aspersão e superficial enviadas à FEPAM as quais os responsáveis
técnicos sejam os engenheiros agrônomos João Luiz Chagas Cauduro e Luiz Airton
Padoin, donos da empresa. Nela constam colunas com dados do empreendedor,
número da atividade, nome do empreendimento, município, status, tipo de licença
21
contendo hiperlink para acessá-la, data de vencimento e observações e anda foram
separadas por páginas dependendo do técnico responsável e de seu status: “Dar
Baixa”, para cancelamento das licenças quais não eram mais existentes; “Renovar”,
para licenças vencidas; “Consultar”, quando fosse necessário entrar em contato com
o empreendedor para questioná-lo se gostaria que houvesse renovação; “Cobrar”,
quando a renovação fosse concluída e pudesse ser feita a cobrança.
O escritório não possuía nenhum tipo de controle sobre as licenças e suas
datas de validade, onde o único meio de consulta possível era pelo site da FEPAM,
local qual os dados foram coletados para criação da planilha.
Após sua conclusão, a planilha foi exportada para o Google Drive, sendo
assim compartilhada com todos membros da empresa e possibilitando sua edição
simultânea.
3.1.2 Processo de renovação
Com todas as licenças organizadas em um único local, o próximo foi a
escolha de uma atividade para renovação.
A licença selecionada para renovação foi a da propriedade denominada
Fazenda Guajuvira, localizada no município de São Miguel das Missões - RS,
abrangendo uma área totalizada em 2.040,65 hectares, com sede localizada nas
Figura 6 - Planilha para controle das licenças de irrigação.
Fonte: Tecnocampo, 2016.
22
coordenadas Sirgas 2000 latitude 28° 52' 23.98" Sul e longitude 54° 22' 59.05"
Oeste. A fazenda possuía licença de operação para irrigação por aspersão utilizando
pivô central com vencimento na data de 10 de agosto de 2016, razão pela qual foi
escolhida para renovação, pois a prioridade de seleção eram licenças cujo a data de
expiração fossem até 6 meses.
De acordo com a FEPAM (2014), os documentos necessários para renovação
de uma licença de irrigação por aspersão são:
1. Requerimento para abertura de processo administrativo;
2. Carta do exército em escala 1:25.000 ou 1:50.000 situando o
empreendimento;
3. Croqui detalhado de localização do empreendimento indicando
distâncias, pontos de referência e estradas de acesso;
4. Anuência do(s) Gestor(es) da(s) Unidade(s) de Conservação;
5. Certidão da Prefeitura Municipal declarando que o local e o tipo de
empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação
aplicável ao uso e ocupação do solo, informando se o empreendimento
está em zona urbana ou rural e se há restrições;
6. Outorga de Direito de Uso da Água, emitida pelo Departamento de
Recursos Hídricos – DRH;
7. Planta do empreendimento, georreferenciada em escala de
detalhamento 1:5.000 ou 1:10.000, com legenda, indicando: o uso do
solo com ênfase nos recursos hídricos, pontos de captação de água,
estradas, benfeitorias, rede elétrica, rede de adução da água e as
poligonais da propriedade, da área irrigável, da área irrigada, das
Áreas de Preservação Permanente;
8. CD com arquivo digital do tipo vetorial e georreferenciado no datum
SIRGAS 2000 da planta do empreendimento, que contenha, no
mínimo, os limites do empreendimento (polígono), os limites da área
irrigada (polígono), as áreas de proteção ambiental – APPs (polígono)
e pontos de captação (pontos).
9. Cópia da(s) ART(s) do(s) responsável(eis) técnico(s) pelo
licenciamento ambiental, pelos laudos técnicos e outros, com data de
validade para o período da licença requerida e com comprovante de
pagamento;
23
10. Contrato(s) de Arrendamento, se houver arrendatário(s); Contrato(s) de
Parceria Agrícola, se houver parceiro(s); Contrato(s) de Comodato, se
houver comodatário(s);
11. Laudo técnico contendo a demarcação das Áreas de Preservação
Permanente com fotos datadas e coordenadas geográficas, assinado
pelo técnico responsável;
12. Laudo técnico com fotos datadas e coordenadas geográficas,
contendo: local de armazenamento ou depósito de agrotóxicos e
embalagens vazias; local de abastecimento de máquinas e veículos e
dos tanques de armazenamento de combustíveis; local de lavagem de
veículos, máquinas e implementos agrícolas; local de abastecimento e
lavagem de pulverizadores; comprovação de colocação de tela
protetora de peixes nas bombas de captação de água direta em cursos
hídricos naturais.
Posteriormente, foi realizada uma pesquisa de documentos no servidor digital
da empresa e no arquivo físico para identificar quais já haviam prontos, pois muitos
destes já foram entregues à FEPAM na abertura de processo de licenciamento.
3.1.3 Mapeamento do empreendimento rural
Durante o processo de renovação da licença, mostrou-se necessário refazer a
planta da propriedade, o croqui de localização e a carta do Exército, pois os arquivos
encontrados foram confeccionados no ano de 2012 e estavam ultrapassados.
Primeiramente, obteve-se o perímetro georreferenciado da propriedade,
levantado em 2012, no formato KML (Keyhole Markup Language) para visualização
no Google Earth e com a fazenda localizada, gerou-se uma imagem que
posteriormente será utilizada para identificação das feições de seu terreno (Figura
7).
Após exportar o perímetro da propriedade e a imagem para o AutoCAD,
iniciou-se o processo de reconhecimento dos pivôs, adutoras e pontos de captação
de água existentes na propriedade, bem como suas medidas específicas, utilizando
fichas dos mesmos fornecidos pela empresa. O AutoCAD na sua versão 2012 não
24
possui ferramenta para exportar e importar arquivos KML, sendo necessária a
utilização do plugin ExpGE na sua versão demonstrativa para tal função.
Figura 7 – Perímetro da Fazenda Guajuvira observado no Google Earth.
Fonte: Google Earth.
Com todos arquivos necessários no AutoCAD, iniciou-se o processo de
recognição das feições do terreno contidas nos limites da propriedade. Nesta etapa,
são identificadas e mapeadas as diferentes áreas observáveis na imagem utilizando
a ferramenta polilyne para contorno desses locais, sendo posteriormente
diferenciados por hachuras.
As áreas reconhecidas foram classificadas em: área de lavoura, reservatório
hídrico, vegetação arbórea nativa, campo, APP, sede, estrada e curso hídrico, como
mostra a Figura 8. Os cursos hídricos foram inseridos a partir de um arquivo KML
contendo os cursos de todo o Estado, sendo gerada área de APP contendo 20
metros ao seu redor.
Feito o mapeamento, passou-se para o processo de confecção do layout para
plotagem e impressão do mapa. A empresa possuía um modelo padrão, porém,
devido ao tamanho da propriedade, o mapa teve de ser configurado para impressão
em folha A0 e o layout adaptado para este tipo de tamanho.
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3.1.4 Confecção do croqui de localização e carta do Exército
O croqui de localização tem como objetivo principal mostrar ao acesso ao
empreendimento rural, localizando os municípios próximos bem como as estradas
estaduais e federais, de maneira simples, exata e de fácil compreensão.
Para a realização do croqui de localização, foram utilizados os mesmos
softwares que na etapa de mapeamento. Com a propriedade localizada no Google
Earth, com a ferramenta “régua”, utilizando a opção “caminho”, são desenhadas
linhas medindo a quilometragem das estradas que ligam as cidades até a
propriedade rural, como mostra a Figura 9.
Figura 9 – Processo de criação do croqui de localização.
Fonte: Google Earth.
A Fazenda Guajuvira encontra-se no município de São Miguel das
Missões,RS, entre as cidades de Jóia e Santiago, sendo ligado à elas pela BR 377.
Após demarcadas as estradas e os municípios escolhidos, foram gerados
arquivos KML e exportados para o AutoCAD, para serem identificados com suas
espectivas coordenadas e instruções adicionais de acesso ao empreendimento.
Feito isso, o resultado final é adicionado ao layout modelo da empresa (Figura 10).
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Para criação da carta do Exército o processo é ainda mais simples. Com o
perímetro da propriedade aberto no Google Earth, utilizou-se um arquivo KML
disponibilizado pela empresa contendo as cartas topográficas do estado do Rio
Grande do Sul para identificação de qual carta está localizada a fazenda.
Após selecionada a carta denominada Rincão dos Fragas, a mesma foi
exportada para o AutoCAD juntamente com o perímetro do empreendimento, cursos
hídricos, barragens e pivôs de irrigação para o georreferenciamento, utilizando a
ferramenta align, identificando o nome da carta topográfica selecionada também
como inserindo dois pontos com suas respectivas coordenadas e aplicado ao layout
(Figura 11).
Com os mapas finalizados, foi gravado um CD com todos os arquivos
propriedade atualizados, em formato KML e transformados em shapefile utilizando o
software QGIS.
Com os mapas confeccionados impressos e os demais documentos
necessários em mãos, abriu-se o processo de renovação de LO na FEPAM de
Santa Maria – RS.
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3.2 Auxílio ao Cadastro Ambiental Rural de Imóveis
Outra atividade realizada durante o estágio foi o auxílio ao Cadastro
Ambiental Rural de propriedades. A demanda para realização do CAR foi alta devido
ao prazo estipulado pelo governo para realização do mesmo, 05 de maio de 2016,
estar próxima. Após esse prazo ainda seria possível a inscrição de imóveis rurais no
programa, porém, perderiam benefícios sendo o um dos principais a segurança
jurídica e o acesso ao crédito agrícola, pois as instituições financeiras não irão
liberar crédito para propriedades que não estiverem inscritas no CAR.
Para início do CAR, foi necessário o mapeamento das propriedades rurais
para identificação das Áreas Consolidadas, Áreas de Vegetação Nativa, Áreas de
Preservação Permanente, as quais eram inclusas como vegetação nativa, barragens
e demais áreas se houvessem. O software utilizado foi o Google Earth, onde as
imagens eram de maior resolução espacial e melhor qualidade do que as
disponibilizadas na plataforma para inscrição do CAR.
Foram realizados mapeamentos de 6 propriedades rurais para inscrição no
CAR:
Fazendas Santo Antônio, Formigueiro e Inferninho, localizadas no
município de São Sepé - RS;
Sede Mugnol, localizada em Tupanciretã - RS;
Fazenda do Cedro II e Fazenda Santa Izabel, localizadas em Santa
Maria - RS.
Para o mapeamento, foram utilizados perímetros das propriedades
georreferenciados disponibilizados pela empresa, também informações recolhidas
com os seus respectivos donos, como existência de áreas que não continham nas
imagens do Google Earth, ou que não existiam mais.
Após término do mapeamento, os arquivos KML foram exportados para o
AutoCAD para uni-los e repassado para os responsáveis técnicos darem
continuidade ao processo de cadastro. As Figuras 12 a 17 a seguir, demonstram o
resultado do mapeamento realizado para o CAR.
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Figura 12 – Mapeamento da Fazenda Santo Antônio para o CAR.
Figura 13 – Mapeamento da Fazenda Formigueiro para o CAR.
Fonte: Google Earth.
Fonte: Google Earth.
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Figura 14 – Mapeamento da Fazenda Inferninho para o CAR.
Figura 15 – Mapeamento da Sede Mugnol para o CAR.
Fonte: Google Earth.
Fonte: Google Earth.
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Figura 16 – Mapeamento da Fazenda do Cedro II para o CAR.
Figura 17 – Mapeamento da Fazenda Santa Izabel para o CAR.
Fonte: Google Earth.
Fonte: Google Earth.
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4 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio na empresa Tecnocampo se mostrou de grande valor, pois nele
não só foi possível pôr em prática os conhecimentos ensinados durante o curso,
como também possibilitou novos aprendizados, novas experiências e contato direto
com a profissão e profissionais tanto como da área de geoprocessamento quanto de
outras.
Os conhecimentos teóricos aprendidos durante o curso foram suficientes e de
extrema importância durante o tempo de estágio, porém, na parte prática, houve
certa dificuldade na utilização do software AutoCAD no começo do estágio.
Consideramos que, pela sua importância, o AutoCAD poderia ser mais trabalhado
durante o curso pois seu uso é frequente na área e torna-se necessário conhecê-lo
para podermos manuseá-lo corretamente.
A realização da renovação de licença de irrigação foi concluída com sucesso,
porém houveram algumas dificuldades, como por exemplo: dificuldade na utilização
do website da FEPAM, o qual não possui uma interface simples; dificuldade de
comunicação com o órgão estadual perante as dúvidas, pois nem sempre os
servidores estavam dispostos para atendimento. Também, infelizmente, não foi
possível nenhuma ida a campo para alguma atividade, sendo o período de estágio
inteiro feito no escritório.
Em relação ao Cadastro Ambiental Rural, o geoprocessamento mostrou-se de
grande importância para realização do mesmo, tendo sido um sucesso sendo
completado até a data estipulada. Devido a urgência de fazer o envio de todos os
cadastros até o prazo estabelecido, juntamente com a grande demanda de última
hora, não foi possível acompanhar todo o processo, sendo feito por outro
responsável.
Concluindo, sugere-se ao Curso de Tecnologia em Geoprocessamento, como
já citado anteriormente, maior preparo dos alunos na utilização do software
AutoCAD, o qual por ser de grande utilização no mercado de trabalho, necessitaria
de um maior número de aulas práticas do que as oferecidas no Tecnólogo.
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REFERÊNCIAS
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nativa; altera as Leis 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006, revoga as Leis 4.771, de 15 de
setembro de 1965, e 7.745, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória 2.166-67,
de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília –
DF: 12 mai. 2015.
DAKER. A. Irrigação e Drenagem. 4.ed. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1970. 453p. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Cultivo do Milho: Irrigação. Brasil, setembro, 2010. Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_6_ed/imetodos.htm>. Acessado em: 29 mai. 2016. FANCELLI, A.; DOURADO NETO, D. Produção de Milho. Guaíba: Agropecuária, 2000. FRIZZONE, J. A. Os Métodos de Irrigação. São Paulo. 2012. Disponível em: http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Frizzone/LEB_1571/Texto%20complementar-Metodos%20de%20Irrigacao.pdf. Acesso em: 29 mai. 2016.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUIZ ROESSLER – RS. Documentação necessária para o Licenciamento Ambiental Irrigação por Arpersão/Localizada - Ramo 111.40. Disponível em: <http://www.fepam.rs.gov.br/irrigantes/Lista_Docs_11140.pdf>. Acesso em: 31 mai. 2016. HEINZE, B. C. L. B. A Importância da Agricultura Irrigada para o Desenvolvimento da Região Nordeste do Brasil. Brasília, Distrito Federal, 2002. JAGUSZEWSKI, E. D; GOTUZZO, C. C; CONDORELLI, E. de M. F. Cadastro Ambiental Rural: Manual do Treinando. Porto Alegre: SENAR/ AR - RS, 2014.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Cadastro Ambiental Rural: Orientações Básicas. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/images/arquivos/desenvolvimento_rural/car/Cartilha_CAR.pdf>. Acessado em: 29 mai. 2016.
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