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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO DIAGNOSTICO AMBIENTAL RELATÓRIO DE ESTÁGIO João Francisco Piovezan Ramos Santa Maria, RS, Brasil 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM

CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO DIAGNOSTICO AMBIENTAL

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

João Francisco Piovezan Ramos

Santa Maria, RS, Brasil 2015

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UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO DIAGNOSTICO AMBIENTAL

João Francisco Piovezan Ramos

Relatório de Habilitação Profissional apresentado ao Curso Técnico em Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Maria - RS, como

requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Geoprocessamento

Orientador: Elódio Sebem

Santa Maria, RS, Brasil 2015

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Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM

Curso Técnico em Geoprocessamento

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO DIAGNOSTICO AMBIENTAL

Elaborado por João Francisco Piovezan Ramos

Como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Geoprocessamento

COMISSÃO EXAMINADORA:

Elódio Sebem, Dr. (Presidente/Orientador)

Antoninho João Pegoraro, Dr. (UFSM)

Fernando Silveira Moraes, Eng. Ambiental e Sanitarista (Plátano Ambiental)

Santa Maria, 22 de junho de 2015

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Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM

Curso Técnico em Geoprocessamento

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO DIAGNOSTICO AMBIENTAL

Relatório de Estágio realizado na PLÁTANO SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA

Elaborado por João Francisco Piovezan Ramos

Elódio Sebem, Dr. (Presidente/Orientador)

Fernando Silveira Moraes, Eng. Ambiental (Supervisor da empresa)

João Francisco Piovezan Ramos (Estagiário)

Santa Maria, 22 de junho de 2015

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RESUMO

Relatório de Estágio Colégio Politécnico da UFSM

Universidade Federal de Santa Maria

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO DIAGNOSTICO AMBIENTAL

AUTOR: JOÃO FRANCISCO PIOVEZAN RAMOS ORIENTADOR: ELÓDIO SEBEM Santa Maria, 22 de junho de 2015

O Estágio Supervisionado, de 200 horas como requisito parcial para a formação no

curso de Técnico em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, foi desenvolvido na empresa Plátano Soluções Ambientais Ltda., localizada no município de Santa Maria – RS. Foram desenvolvidas atividades relacionadas a mapeamento temático ambiental de propriedades rurais, além da análise de dados espaciais e confecção de plantas, utilizando softwares específicos de geoprocessamento. O estágio proporcionou desenvolvimento técnico e pessoal do estagiário, além de ampliar a sua visão sobre o mercado de trabalho.

Palavras-chave: Mapeamento temático. Geoprocessamento. Analise ambiental.

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INDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Carta do Exército com divisa da Propriedade. ........................................................ 15 

Figura 2 - Imagem de Satélite e vetor de divisa da propriedade. ............................................ 15 

Figura 3 - Mapa de acesso a propriedade. ............................................................................... 16 

Figura 4 - Mapa de localização do Empreendimento. ............................................................. 17 

Figura 5 - Mapa Temático Ambiental de Uso e Ocupação do Solo. ....................................... 17 

Figura 6 - Legenda do Mapa Temático Ambiental ................................................................. 18 

Figura 7 - Tabela de Coordenadas da Propriedade .................................................................. 18 

Figura 8 - Tabela Quantitativa de Áreas .................................................................................. 19 

Figura 9 - Layout da Planta ..................................................................................................... 20 

INDICE DE QUADROS  

Quadro 1 – Tabela de Coordenadas da Propriedade................................................................18

Quadro 2 – Tabela Quantitativa de Áreas................................................................................19

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SUMÁRIO

INDICE DE FIGURAS ................................................................................................................................. 6 

INDICE DE QUADROS ............................................................................................................................... 6 

SUMÁRIO ................................................................................................................................................. 7 

1.  INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 8 

1.1.  Histórico da Empresa .............................................................................................................. 8 

1.2.  Justificativa .............................................................................................................................. 9 

1.3.  Objetivos ................................................................................................................................. 9 

1.3.1.  Objetivo Geral ................................................................................................................. 9 

1.3.2.  Objetivos específicos ....................................................................................................... 9 

2.  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................... 10 

2.1.  Contexto Ambiental .............................................................................................................. 10 

2.2.  Sistemas de Informação Geográfica ...................................................................................... 10 

2.3.  O Uso e Cobertura do Solo .................................................................................................... 11 

3.  MATERIAIS E METODOS ................................................................................................................ 12 

3.1.  Materiais ............................................................................................................................... 12 

3.2.  Métodos ................................................................................................................................ 12 

4.  RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................... 14 

4.1.  Apresentação dos resultados e discussão ............................................................................. 14 

4.1.1.  Carta do Exército ........................................................................................................... 14 

4.1.2.  Imagem de Satélite ........................................................................................................ 14 

4.1.3.  Mapa de Acesso ............................................................................................................ 16 

4.1.4.  Mapa de Localização ..................................................................................................... 16 

4.1.5.  Mapa Temático.............................................................................................................. 16 

4.1.6.  Layout da Planta ............................................................................................................ 19 

5.  CONCLUSÕES ................................................................................................................................. 21 

6.  RECOMENDAÇÕES AO CURSO ....................................................................................................... 22 

7.  REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 23 

 

 

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1. INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular foi realizado na empresa Plátano Soluções Ambientais LTDA,

sediada na cidade de Santa Maria, RS. O período de estágio foi compreendido entre os meses

de abril e junho de 2015. Foi realizado o estágio em um total de 200 horas, com 25 horas de

carga horária semanal. Desenvolveu-se no estágio a elaboração e confecção de mapas temáticos

ambientais e o levantamento de divisas a campo com finalidade cadastral.

1.1. Histórico da Empresa

A Plátano Soluções Ambientais Ltda. é uma empresa essencialmente prestadora e

intermediadora de serviços de meio ambiente, como avaliação de impactos, de atividades

potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. Tal foco surgiu decorrente da

demanda de mercado existente, bem como da necessidade junto à legislação de proteção e

conservação ambiental.

Os sócios da empresa iniciaram os processos de estudos de mercado, delimitações de

sua área de atuação e serviços sob uma estrutura domiciliar, em outubro de 2010. O lançamento

do edital para intrusão de microempresas na Incubadora Tecnológica (ITEC) do Centro

Universitário Franciscano fez a sociedade agregar suas dependências na instituição, surgindo

então a Plátano Ambiental, em março de 2012.

Os primeiros serviços que a empresa ofereceu foram licenciamento ambiental,

levantamento topográfico e geoprocessamento. O motivo de acometimento dessas áreas fez-se

em virtude de uma considerável demanda de serviço por parte do mercado. Salienta-se, ainda,

que tais serviços são derivados da Engenharia Ambiental.

Gradativamente, outros ramos das ciências ambientais foram sendo somados. Dentre

estes, destacam-se o mapeamento de processos industriais e perícias ambientais. Como

consequência do aumento da demanda de serviços, bem como atividades de escritório, a Plátano

Ambiental passou a setorizar-se. A empresa é composta, atualmente, por três principais setores:

setor administrativo, e setores operacional e gestão de projetos.

A empresa localiza-se no município de Santa Maria, RS, na Avenida Rio Branco,

número 639, sala 413 A, sob direção dos sócios Vitor Bolzan, Fernando Silveira Moraes e João

Francisco Piovezan Ramos. Desde do ano de 2012, a Plátano Soluções Ambientais é integrante

da ITEC, Incubadora Tecnológica do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).

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1.2. Justificativa

Existe uma grande demanda no mercado de trabalho por mão de obra qualificada. Os

cursos técnicos preenchem essa lacuna, formando profissionais com conhecimento em

execução de serviços e projetos, sendo assim o estágio curricular de vital importância para

nortear o aluno em direção ao mercado de trabalho.

1.3. Objetivos

1.3.1. Objetivo Geral

Aplicar os conhecimentos técnicos desenvolvidos durante a realização do curso

técnico em geoprocessamento, em atividades empresarias que gerem lucro e prosperidade para

a sociedade de uma forma geral.

1.3.2. Objetivos específicos

(a) Aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos em sala de aula;

(b) Aprender a identificar diferentes elementos ambientais que compõem o bioma

pampa;

(c) Usar softwares de geoprocessamento como ferramenta de obtenção de

informação, para diagnósticos ambientais complexos;

(d) Confeccionar mapas temáticos ambientais.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Contexto Ambiental

O capital econômico dentro das balizas da sociedade atual é praticamente toda

alicerçada na apropriação de bens ambientais. Embora seja uma alternativa para o

desenvolvimento, a velocidade de restauração do ambiente natural vem sendo menor que a

evolução do mercado, o que caracteriza a matéria prima como finita. Não obstante, muitos dos

custos com conservação e recuperação desses bens não são computados pelo mercado

(TANCREDI et al., 2012).

Grande parte das necessidades de capacitação e de desenvolvimento da empresa

originam-se das consequências ambientais decorrentes da expansão ou criação de novas

divisões de atividades econômicas na sociedade. Trata-se de perturbações ambientais inerentes

de tais ações, que geram diversos impactos ambientais negativos, muitas vezes preocupantes

tanto em termos de abrangência, quanto de magnitude.

Dentro desse contexto, a legislação ambiental brasileira iniciou o reconhecimento dos

aspectos supracitados simultaneamente à Constituição da República de 1988, cuja doutrina

abordou aspectos ambientais em vários dispositivos, com ênfase no artigo 225 (RAMBUSH;

RENDER, 2011). Esse artigo da constituição trata, dentre diversos assuntos, da conservação

ambiental, o que remete a necessidade de ferramentas que promovam tal ação. Nesse caso, tem-

se o geoprocessamento como ferramenta de mensuração, planejamento e diagnóstico ambiental.

2.2. Sistemas de Informação Geográfica

A falta de planejamento no campo e na cidade é um ponto fraco a ser trabalhado na

sociedade atual. Exemplo disso são as ocorrências de inúmeros desastres naturais como

alagamentos, inundações e deslizamentos, bem como o crescimento urbano desordenado e o

acúmulo de residências nas regiões às margens dos centros das cidades. Frente a essa

problemática, o mapeamento planialtimétrico de uma região é uma ferramenta de grande

importância no que se diz respeito ao planejamento urbano, haja vista que tal mapeamento

proporciona alguns benefícios como: representação em três dimensões (3D), mapeamento

clinográfico e hipsométrico, representação vetorial do escoamento superficial e extração da rede

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de drenagem. (ASPIAZÚ, ALVES & VALENTE, 2011; MARCELINO, 2007; OLIVEIRA &

CAMARGO, 2005).

A utilização do Sistema de Informações Geográficas (SIG) no apoio à tomada de

decisões tem possibilitado uma maior versatilidade nas análises das informações que são

geradas com o uso dessa ferramenta (SCHALLENBERGER, 2012). Estas podem servir como

base para os mais variados projetos, que vão desde demarcação de áreas de preservação

permanente, até identificação de áreas de risco de alagamento ou enchente.

O estudo fisiográfico de recursos hídricos pode se desenvolver como uma alternativa

de monitorar os diferentes problemas com os recursos naturais. Com o uso integrado de

ferramentas como o Sistema de Informação Geográfica (SIG) e informações de relevo, torna-

se mais simples e rápida a caracterização morfométrica de bacias hidrográficas, por exemplo,

além de fornecer resultados mais precisos. Para Arai et al. (2012), a obtenção de dados das

características hídricas via SIG contribuem para o planejamento ambiental, pois dessa forma

sabe-se qual a dinâmica hídrica do meio em questão, como a intensidade de escoamento da água

e dimensões da área de estudo. Ainda, por possuir algumas peculiaridades, os recursos hídricos

permitem a mescla de informações com o clima, solo, água e relevo.

2.3. O Uso e Cobertura do Solo

O estudo do uso do solo em certa região vem sendo um aspecto de interesse essencial

para o entendimento da organização do espaço, sendo necessário a frequente adaptação dos

registros de uso e ocupação do solo para com as necessidades analisadas (ROSA, 2007).

Segundo Ferreira et al. (2005), a definição de uso e ocupação consiste, basicamente, em trazer

conhecimento de toda a sua utilização pela porção antrópica, ou pela formação dos tipos e

categorias de vegetação natural que compõem o solo.

Conforme as metodologias de trabalhos e estudos como uso e ocupação do solo, se

torna possível descrever o espaço físico de um determinado local, seja este uma área de plantio

ou até mesmo uma bacia hidrográfica, visando o entendimento dos impactos do homem sobre

a região (ADÔRNO et al. 2011). A análise do uso do solo, de acordo com Ferreira et al. (2011)

tem bastante importância, ao passo que as consequências do mau uso causam degradação no

ambiente.

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3. MATERIAIS E METODOS

3.1. Materiais

 

Na realização do estágio, utilizou-se como base cartográfica, imagens de satélite,

adquiridas por meio do Software Google Earth Pro, dados vetoriais coletados de sites

institucionais como IBGE e Biblioteca Digital da FEPAM, além de cartas topográficas do

exército. Todos os dados utilizados possuem informações georreferenciadas, facilitando assim

o seu uso em conjunto e contribuindo para o objetivo dos trabalhos realizados. Também foram

utilizados dados obtidos a campos com aparelhos de GPS de navegação, que cumprem o seu

papel devido a escala dos trabalhos ser menor, tornando o seu erro insignificante para o

propósito em questão.

3.2. Métodos

Por meio de conhecimentos em Sistemas de Informação Geográfica, primeiramente se

obteve as bases de informação, que são organizadas em uma pasta digital nomeada e datada

conforme o cliente, pasta esta, armazenada no servidor de dados da empresa. Basicamente os

dados são: Pontos de GPS dos vértices da propriedade, fotos que facilitem a identificação das

características ambientais, documentos com dados do cliente, imagem de satélite obtida e pós-

processada através de metodologia desenvolvida pela empresa, cartas topográficas do exército

referente ao local em especifico do empreendimento.

Primeiramente são espacializados os dados da divisa da propriedade e após isso

inseridas as imagens georreferenciadas da carta e da imagem de satélite. Na sequência são

criados todos os arquivos vetoriais padrões solicitados pelo órgão que requereu o mapa,

geralmente e em sua maior parte, a FEPAM, durante o processo de licenciamento ambiental de

atividade rural. Cada arquivo vetorial representa uma característica ambiental de uso do solo,

por exemplo: área cultivada, floresta nativa, floresta implantada, sede, água, etc.

Segundo, esses dados vetoriais obtidos através da vetorização das características de

uso e cobertura do solo, são quantificados por meio de software especifico, definindo assim

suas áreas especificas e a sua porcentagem em relação a área total da propriedade.

Terceiro, de posse de todas essas informações, os dados compilados são inseridos em

um layout previamente confeccionado pela empresa, que cumpre todas os itens solicitados pelo

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órgão requerente. Os dados vetoriais são divididos em três principais tipos: polígonos, linhas e

pontos. Os polígonos contêm as informações de área e são utilizados para os índices de uso e

ocupação, as linhas geralmente representam recursos hídricos de menor porte e rotas de acesso

a propriedade e os pontuais, os vértices do empreendimento, ou pontos importantes na

explicação de acesso. A soma desses fatores, resulta em um mapa temático ambiental de uso e

ocupação do solo da propriedade que serve como ferramenta de análise para o órgão regulador

e de planejamento para o proprietário do empreendimento.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Apresentação dos resultados e discussão

A empresa Plátano Ambiental realiza uma ampla gama de serviços relacionados com

geoprocessamento e topografia. Esses serviços servem de base de informações espaciais para

os licenciamentos, planos e projetos que a empresa realiza.

O exemplo usado a seguir demonstra a produção de um mapa temático ambiental, que

utilizada técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, que ilustrem as diferentes

características de uso e ocupação do solo em diferentes propriedades rurais.

Os resultados obtidos na análise e confecção dos dados geoespaciais foram

satisfatórios para a empresa e cumpriram seu objetivo junto ao órgão que o analisa. O mapa em

questão é complexo e exige um conhecimento generalista de quem o executa, base de

conhecimentos essa, muito bem estruturada no técnico em geoprocessamento, possibilitando o

técnico cumprir com a função e responsabilidade que lhe foi proposta.

Podemos dividir o mapa temático ambiental nos seguintes subitens:

4.1.1. Carta do Exército

Representa a localização da divisa da propriedade em relação as cartas topográficas do

exército, serve de base para a análise de recursos hídricos consolidados na propriedade, assim

como nascentes, banhados, entre outros (Figura 1).

4.1.2. Imagem de Satélite

Espacialização da imagem de satélite da propriedade, que serviu de base para a

vetorização das características de uso e ocupação do solo, juntamente com o arquivo vetorial

de divisa (Figura 2).

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Figura 1 - Carta do Exército com divisa da Propriedade. Fonte: Plátano Ambiental

 

Figura 2 - Imagem de Satélite e vetor de divisa da propriedade. Fonte: Plátano Ambiental

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4.1.3. Mapa de Acesso

Explica qual a principal rota de acesso a propriedade, facilita o acesso a mesma, por

parte do órgão fiscal regulamentador (Figura 3).

 

Figura 3 - Mapa de acesso a propriedade. Fonte: Plátano Ambiental

 

4.1.4. Mapa de Localização

Situa o empreendimento em relação ao estado, região e município (Figura 4).

4.1.5. Mapa Temático

É o principal objeto desse mapeamento, caracterizando todo o uso e ocupação do solo

da propriedade em questão, definindo percentualmente qual a quantidade de cada item,

mostrando também áreas de preservação permanente, coordenadas dos vértices e lindeiros da

propriedade (Figura 5).

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Figura 4 - Mapa de localização do Empreendimento. Fonte: Plátano Ambiental

 

Figura 5 - Mapa Temático Ambiental de Uso e Ocupação do Solo. Fonte: Plátano Ambiental

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Salientando ainda a legenda (Figura 6) com todas as classes existentes nessa

propriedade, a tabela de coordenadas dos vértices (Quadro 1) e a tabela quantitativa de áreas

(Quadro 2), que compõe esse mapa temático.

 

Figura 6 - Legenda do Mapa Temático Ambiental. Fonte: Plátano Ambiental

 

Coordenadas UTM 

Vértice E (m)  N (m) 

1  237327,098 6697137,054

2  237340,486 6697133,323

3  237700,055 6696941,632

4  237709,977 6696939,648

5  238169,956 6696994,417

6  238180,672 6697000,767

7  238426,338 6697194,045

8  238442,610 6697208,729

9  238456,103 6697215,079

10  238559,688 6697229,367

11  238637,873 6697231,351

12  238841,102 6697166,087

13  239054,625 6697090,990

14  239093,651 6697079,745

15  238300,978 6695647,466

16  237383,140 6696077,726

17  237393,062 6696103,785

18  237397,669 6696153,701

19  237409,648 6696352,827Quadro 1 - Tabela de Coordenadas da Propriedade.

Fonte: Plátano Ambiental  

 

 

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TABELA QUANTITATIVA DE ÁREAS Categorias Área (ha) Percentagem (%)

Área Cultivada 138,46

(ha) 82,51% Arborização 0,46 (ha) 0,27% Açudes 0,40 (ha) 0,24% Campo Nativo 1,91 (ha) 1,14% Construções 0,10 (ha) 0,06% Mangueira 0,10 (ha) 0,06% Mata Nativa 11,68 (ha) 6,96% Mato Implantado 1,06 (ha) 0,63% Pastagem 4,91 (ha) 2,93% Pomar 0,25 (ha) 0,15% Solo exposto 8,47 (ha) 5,05%

Total 167,80

(ha) 100,00%

Categorias Comprimento Total (m / km) Canais de Drenagem 335,90 m / 0,33 km Canais de Irrigação 157,78 m / 0,15 km

Quadro 2 - Tabela Quantitativa de Áreas. Fonte: Plátano Ambiental

 

4.1.6. Layout da Planta

Outro fator imprescindível para o correto entendimento e analise do mapa é um layout

organizado e que contenha o maior número de informações para a realização correto dos

pareceres ambientais. O layout foi desenvolvido pela empresa com a colaboração do estagiário

(Figura 9).

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Figura 7 - Layout da Planta. Fonte: Plátano Ambiental

 

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5. CONCLUSÕES

O estágio curricular profissional supervisionado possibilitou ao aluno entrar em contato

com o mercado de trabalho e com outros profissionais que já possuem experiência na área de

geoprocessamento, refinando assim suas experiências teóricas e práticas, além de exercitar o

seu relacionamento interpessoal. A empresa disponibilizou orientação e estrutura para a

realização do estágio com total satisfação, além de conectar os conhecimentos com as áreas de

Engenharia Ambiental e topografia, mostrando assim ao futuro profissional que ele tem espaço

no mercado de trabalho.

Em áreas que envolvam analises espaciais, um profissional capacitado e com

conhecimentos técnicos de execução, tem uma participação vital em uma equipe

multidisciplinar, sendo muitas vezes a principal ferramenta de obtenção de dados e resultados.

O Curso Técnico em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da Universidade Federal de

Santa Maria, possui uma excelente estrutura, tanto física quanto profissional, formando

profissionais que tem a qualificação para fazerem a diferença no ambiente que irão se inserir,

tanto no meio profissional como no acadêmico.

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6. RECOMENDAÇÕES AO CURSO

O curso possui uma visão estratégica interessante de formação de profissionais. É de

suma importância a constante atualização em relação as necessidades do mercado, sendo que

alterações nesse sentido podem resultar em uma maior inserção dos alunos em empresas da

área. Capacitando o estudante em ferramentas digitais e topográficas de ponta de tecnologia o

curso tem muito a ganhar.

Sugiro também a busca de parcerias corporativas que ajudem a fomentar o

desenvolvimento de projetos bilaterais que ajudem no crescimento intelectual de ambas

instituições, além de financiar a execução de projetos.

Outro fator de interesse do profissional recentemente formado e ter o entendimento de

processos burocráticos quanto ao registro no conselho de classe e as atribuições do profissional.

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7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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