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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
MARIA ALCINETE MARQUES DE LIMA ROOS
MELHOR EM CASA: DIVULGANDO O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR NA
REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS NO MUNICIPIO DE RIO BRANCO/ACRE
FLORIANÓPOLIS (SC)
2014
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
MARIA ALCINETE MARQUES DE LIMA ROOS
MELHOR EM CASA: DIVULGANDO O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR NA
REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS NO MUNICIPIO DE RIO BRANCO/ACRE
FLORIANÓPOLIS (SC)
2014
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em
Linhas de Cuidado em Enfermagem – Opção urgência e
Emergência do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito
parcial para a obtenção do título de Especialista.
Profa. Orientadora: Msc Sabrina Guterres da Silva
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FOLHA DE APROVAÇÃO
O trabalho intitulado MELHOR EM CASA: DIVULGANDO O SERVIÇO DE ATENÇÃO
DOMICILIAR NA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS NO MUNICIPIO DE RIO
BRANCO/ACRE de autoria da aluna MARIA ALCINETE MARQUES DE LIMA ROOS foi
examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização
em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área Urgência e Emergência
_____________________________________
Profa. Msc. Sabrina Guterres da Silva Orientadora da Monografia
_____________________________________
Profa. Dra.Vânia Marli Schubert Backes Coordenadora do Curso
_____________________________________
Profa. Dra.Flávia Regina Souza Ramos Coordenadora de Monografia
FLORIANÓPOLIS (SC)
2014
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 01
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 03
3 MÉTODO............................................................................................................................ 08
4 RESULTADO E ANÁLISE.............................................................................................. 10
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 12
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 13
APÊNDICES.......................................................................................................................... 13
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i
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Folder informativo elaborado para divulgação do Programa de Atenção
Domiciliar no município de Rio Branco/Acre, 2014................................................................
10
Figura 2. Banner com fluxo de inclusão do paciente no programa para divulgação e
orientação acerca do Programa de Atenção Domiciliar no município de Rio Branco/Acre,
2014.........................................................................................................................................
10
ii
RESUMO
Trata-se de um projeto de intervenção em que o produto é o próprio projeto e plano de ação
desenvolvido considerado, portanto, uma tecnologia de concepção. O objetivo foi divulgar o
Programa de Atenção Domiciliar “Melhor em Casa” na Rede de Atenção às Urgências no
Municipio de Rio Branco-Acre, esclarecendo a servidores e pacientes as características e vantagens
do tratamento domiciliar. Para divulgação foram confeccionados folders com informações
esclarecedoras a respeito do programa, que foram colocados a disposição da Direção das
Instituições, bem como do corpo clínico, e nas enfermarias, para que os pacientes tomassem ciência
sobre os serviços que lhe são de direito; também foi produzido um banner com um fluxo de
encaminhamento de pacientes para ingresso no Programa Melhor em Casa, para conhecimento do
corpo clínico. O banner ficará na Sala da Direção Clínica, com fins de consulta, quando decidido
for que o paciente necessitará dos cuidados em domicílio. Foi realizado uma revisão e
contextualização histórica da Atenção Domiciliar, que se constitui em instrumento minimizador
dos custos e das complicações advindos da hospitalização. Além das vantagens decorrentes da
retirada do paciente do ambiente hospitalar, quando for adequado, para levá-lo ao reduto de seu
lar, onde receberá os cuidados de que necessita, de forma mais humanizada no seu ambiente
familiar,propiciando a diminuição da ansiedade e a recuperação acelerada, ou manutenção de um
estado crônico com menor estresse.
Palavras chave:Assistência Domiciliar; Rede de Atenção às Urgências; Cuidados em Saúde.
1
1 INTRODUÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS), que é a maior política de inclusão social do País,
necessita da efetividade de políticas públicas específicas e intersetoriais para assegurar a cobertura
universal e equânime da promoção, proteção e recuperação da saúde das populações (BRASIL,
2009). Nessas duas décadas de construção e estruturação do SUS, muito se avançou, entretanto,
obstáculos ainda precisam ser superados, entre os quais a intensa fragmentação das ações e serviços
de saúde.
Assim, com vistas a organizar um modelo que suporte as necessidades de saúde e supere
a fragmentação da gestão e da atenção, foi instituído no âmbito do SUS, através da portaria
4.279/2010, a Rede de Atenção à Saúde – RAS (BRASIL, 2010).
O Ministério da Saúde (2010) explicita como atributos de uma RAS, a população e o
território definidos com amplo conhecimento de suas necessidades e preferências que determinam
a oferta de serviços de saúde; prestação de serviços especializados em lugar adequado; existência
de mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e integração assistencial por todo o
contínuo da atenção; recursos humanos suficientes, competentes, comprometidos e com incentivos
pelo alcance de metas da rede;entre outros. Com base nesses atributos define RAS como “arranjos
organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas
por meio de sistemas técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”
(MENDES, 2011).
Os objetivos de uma RAS são melhorar a qualidade da atenção, a qualidade de vida das
pessoas usuárias, os resultados sanitários do sistema de atenção à saúde, a eficiência na utilização
dos recursos e a equidade em saúde (ROSEN e HAM, 2008).
Dentre as Redes Temáticas prioritárias da RAS, a Rede de Atenção às Urgências e
Emergências (RUE) se sobressai, tendo em vista a relevância e premência das situações clínicas
envolvidas, além do atual contexto de superlotação dos prontos-socorros.
Em julho de 2011, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 1.600, reformulando a
Política Nacional de Atenção às Urgências, de 2003, e instituindo a Rede de Atenção às Urgências
e Emergências no SUS com vistas a assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços em
situações de urgência e emergência com resolutividade e em tempo oportuno (BRASIL, 2011).
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O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), regulamentado pela portaria nº 963/2013, é um
dos componentes da Rede de Atenção às Urgências, e constitui uma modalidade de atenção à saúde
substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção
à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde (BRASIL, 2013).
O principal objetivo do SAD é reorganizar o processo de trabalho das equipes que prestam
cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial, nos serviços de urgência e emergência e
hospitalar. Com isso, busca-se reduzir a demanda de atendimento hospitalar e/ou o período de
permanência de usuários internados, promovendo humanização da atenção, desinstitucionalização
e ampliação da autonomia dos usuários (BRASIL, 2013)
No Acre, as diretrizes da Política Nacional de Atenção às Urgências vem norteando as
ações implantadas. Está sendo formatada a estruturação da Rede Estadual de Atenção às Urgências
e Emergências, também com o propósito de assegurar ao usuário um conjunto de ações e serviços
de urgência e emergência em saúde que seja resolutivo e que tenha seu acesso facilitado para
realizar o atendimento em tempo hábil. Nesse sentido está sendo reestruturado o Hospital de
Urgência e Emergência de Rio Branco – HUERB e já está em funcionamento o Serviço Móvel de
Urgência – SAMU, ambos sob gestão estadual.
Considerando o que foi exposto e por se tratar de uma política recentemente implementada
propõe-se para esse trabalho como objetivo geral: divulgar o Programa de Atenção Domiciliar no
município de Rio Branco-Acre. Objetivos Específicos: esclarecer servidores das Unidades de
Urgência e pacientes em tratamento domiciliar a respeito do programa; e confeccionar banners e
folders com informações elucidativas em relação ao serviço.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Aspectos Históricos da Atenção Domiciliar em Saúde
Nos EUA, a partir do final da década de 1950, a elevação dos custos hospitalares trouxe
um crescimento das discussões sobre a assistência domicilar. Em 1965, o programa do
Medicare foi modificado para proporcionar benefícios aos pacientes em atendimento
domiciliar, no que foi seguido pelo Medicare, o programa estadual de assistência médica
para os pobres, que passou a incluir disposições para atendimento domiciliar. A primeira
UTI pediátrica nos EUA foi criada pelo Dr. John Downes em 1967 no Children’s Hospital
de Pensilvânia. [...] Em 1975 essa UTI transferiu para internação domicilar a primeira
criança em ventilação mecênica. Em 1979 o estado da Pensilvânia criou o primeiro
programa de internação domiciliar que provia assistência integral: médica, de enfermagem
e equipamentos necessários. (ROGER M.C, 2008)
No Brasil, a atenção no domicílio contou inicialmente com os Médicos de Família, os
profissionais legais de medicina que atendiam seus abastados clientes em casa, proporcionando
uma assistência humanizada e de qualidade. Aos menos favorecidos, cabia a filantropia, o
curandeirismo e a medicina caseira (SAVASSI et al, 2006).
O Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), fundando em 1949 e
vinculado ao Ministério do Trabalho, foi a primeira experiência de atendimento domiciliar
brasileira organizada como um serviço. No entanto, a atenção domiciliar foi iniciada como uma
atividade planejada pelo setor público com o Serviço de Assistência Domiciliar do Hospital de
Servidores Públicos do Estado de São Paulo (HSPE), que funciona desde 1963 (REHEM; TRAD,
2005).
Segundo Silva et al (2010), os serviços de atenção domiciliar têm se expandido no País
com maior força a partir da década de 1990, fazendo com que haja necessidade de regulamentação
de seu funcionamento e de políticas públicas de modo a incorporar sua oferta às práticas
institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Do ponto de vista normativo, tem-se a publicação da portaria nº 2.416 em 1998, que
estabelece requisitos para credenciamento de hospitais e critérios para realização de internação
domiciliar no SUS. Na década de 2000, no Brasil, existiam diversas experiências e projetos
direcionados para a atenção no âmbito do domicílio, com variadas características e modelos de
atenção, destacando-se, sob o aspecto normativo, o programa de Atenção Domiciliar Terapêutica
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para AIDS (ADT-AIDS) e o programa direcionado à atenção dos idosos, que contam com portarias
específicas (CARVALHO, 2009).
No entanto, a maioria das experiências brasileiras em atenção domiciliar, nesta época,
foram iniciativas das Secretarias Municipais de Saúde ou de hospitais, nos três níveis de governo,
e não contava com políticas de incentivo ou regulamentação de financiamento. Estas iniciativas
possuíam lógicas diversas que iam desde a substituvidade aos cuidados hospitalares, até a
humanização da atenção e formas de racionalização de recursos assistenciais (CARVALHO,
2009).
Ainda no Brasil a primeira década do século 21 é marcada pela regulamentação da Atenção
Domiciliar. Em 2000 a Portaria número 2874, de 30 de agosto, da Secretaria de Estado de
Assistência Social prevê a assistência domiciliar a idosos. Em 2002 o Conselho Federal de
Enfermagem aprova a resolução número 270, que define a regulamentação para as empresas que
prestam serviços de Enfermagem Domiciliar Home Care. Por sua vez, o Conselho Federal de
Farmácia edita a resolução número 386, em 12 de novembro, onde dispõe sobre as atribuições do
farmacêutico no âmbito de assistência domiciliar em equipes multidisciplinares(BRASIL, 2012).
Em 2003 o Conselho Federal de Medicina aprova a resolução número 1.668/2003 que
dispõe sobre normas técnicas necessárias à assistência domiciliar de paciente, definindo as
responsabilidades; e a interface multidisciplinar neste tipo de assistência. A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), em 2003 publica a Consulta Pública número 81, de 10 de outubro
de 2003, relacionada com a prática da Assistência Domiciliar no Brasil e em 2006 a resolução RDC
nº. 11, com as regras para o funcionamento de serviços de saúde que prestam atenção
domiciliar(BRASIL, 2012).
A atenção domiciliar (AD) constitui uma nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva
ou complementar às já existentes, oferecida no domicílio e caracterizada por um conjunto de ações
de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da
continuidade do cuidado e integrada às Redes de Atenção à Saúde, cujas ações são implementadas,
no âmbito do Ministério da Saúde, pela Coordenação-Geral de Atenção Domiciliar
(CGAD)(BRASIL, 2012).
Organizada em três modalidades: AD1, AD2 e AD3, e definida a partir da caracterização
do paciente, do tipo de atenção e dos procedimentos utilizados para a realização do cuidado,
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aatenção domiciliar visa a proporcionar ao paciente um cuidado contextualizado a sua cultura,
rotina e dinâmica familiar, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de
infecções (BRASIL, 2012).
Brasil (2012), pontua a Modalidade AD1, que destina-se a pacientes que tenham problemas
de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até
uma unidade de saúde; e/ou pacientes que necessitem de cuidados de menor intensidade, incluídos
os de recuperação nutricional, de menor frequência de visitas, com menor necessidade de recursos
de saúde e dentro da capacidade de atendimento de todos os tipos de equipes que compõem a
Atenção Básica.
O supracitado autor caracteriza a modalidade AD2 como sendo destinada a usuários que
possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade
de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento
contínuo, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção, com necessidade de
frequência e intensidade de cuidados maior que a capacidade da rede básica. E A modalidade AD3
destina-se aos usuários semelhantes aos da AD2, mas que façam uso de equipamentos específicos.
São pacientes de maior complexidade que dificilmente terão alta dos cuidados domiciliares; além
de possuírem problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma
unidade de saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado, acompanhamento contínuo e
uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção à saúde.
2.2 A Atenção domiciliar na Rede de Urgência e Emergência
Segundo Mendes (2011), na concepção de Redes de Atenção à Saúde, os diferentes níveis
de atenção à saúde e serviços com diferentes densidades tecnológicas integram-se através de uma
rede poliárquica, que se organiza através de um centro de comunicação que coordene os fluxos,
organização diferente ao modelo conceituado como hierarquizado e caracterizado por níveis de
complexidade.
Integrando-se a Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) a Atenção Domiciliar,
torna-se um dispositivo potente na produção de cuidados efetivos através de práticas inovadoras
em espaços não convencionais (o domicílio) possibilitando, desta forma, um olhar diferenciado
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sobre as necessidades dos sujeitos. Neste contexto, visa à mudança do modelo assistencial, com o
cuidado continuado, responsabilizando-se por determinada população e, assim como os outros
pontos de atenção, devendo responder, às condições agudas e crônicas da população(BRASIL,
2012).
Os Serviços de AD do Programa Melhor em Casa compõem a Rede de Atenção à Saúde e
devem estar integrados mediante o estabelecimento de fluxos assistenciais, protocolos clínicos e
de acesso, e mecanismos de regulação, em uma relação solidária e complementar(BRASIL, 2013).
No Acre, o Programa funciona desde 2011, sendo implantado pela Secretaria de Estado de
Saúde, a fim de atender alta demanda de pacientes que necessitavam de cuidados domiciliares;
porém, foi habilitado, junto ao Ministério da Saúde, atraves da Portaria nº 2.501, de 1º de novembro
de 2012, sendo na modalidade de Atenção Domiciliar (AD3). Hj o programa atende 26 pacientes,
os quais cada um deles recebe visitas regulares, no mínimo duas vezes por semana. A equipe é
composta por 01 médico, 01 Enfermeiro, 01 fisioterapeuta, 01 nutricionista e 04 Técnicos em
Enfermagem. Por se tratar de um serviço da modalidade AD3, para que o paciente seja incluso no
Programa, tera que atender, no mínimo, um dos seguintes critérios:
Demanda por procedimentos de maior complexidade, que podem ser realizados no
domicílio, tais como: curativos complexos e drenagem de abscesso, entre outros;
Dependência de monitoramento frequente de sinais vitais;
Necessidade frequente de exames de laboratório de menor complexidade;
Adaptação do paciente e /ou cuidador ao uso do dispositivo de traqueostomia;
Adaptação do paciente ao uso de órteses/próteses;
Adaptação de pacientes ao uso de sondas e ostomias;
Acompanhamento domiciliar em pós-operatório;
Reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, que necessitem de
atendimento contínuo, até apresentarem condições de frequentarem serviços de
reabilitação;
Uso de aspirador de vias aéreas para higiene brônquica;
Acompanhamento de ganho ponderal de recém-nascidos de baixo peso;
Necessidade de atenção nutricional permanente ou transitória;
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Necessidade de cuidados paliativos;
Necessidade de medicação endovenosa ou subcutânea;
Necessidade de fisioterapia semanal.
Necessidade do uso de, no mínimo, um dos seguintes equipamentos/procedimentos:
o Oxigenoterapia e Suporte Ventilatório não invasivo (Pressão Positiva Contínua nas
Vias Aéreas – CPAP, Pressão Aérea Positiva por dois Níveis – BIPAP,
Concentrador de O2);
o Diálise peritoneal; e.
o Paracentese.
Vale retificar que para admissão de usuários nesta modalidade é indispensável à presença de
um cuidador identificado. Existem também que critérios de não inclusão do usuário no serviço;
estes critérios servem pra qualquer uma das três modalidades. Para que o paciente não seja incluso
no Programa, é necessária a presença de pelo menos um destes critérios:
Necessidade de monitorização contínua;
Necessidade de assistência contínua de enfermagem;
Necessidade de propedêutica complementar, com demanda potencial para a
realização de vários procedimentos diagnósticos, em sequência, com urgência;
Necessidade de tratamento cirúrgico em caráter de urgência;
Necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva continua.
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3 MÉTODO
Trata-se de um projeto de intervenção em que o produto é o próprio projeto e plano de ação
desenvolvido considerado, portanto, uma tecnologia de concepção.
3.1 Cenário
O cenário de realização deste projeto foi o Serviço Atendimento Móvel de Urgência –
SAMU de Rio Branco (que coordena a Atenção Domiciliar e a Rede de Atenção às Urgências e
Emergências no município), e o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco – HUERB, o
qual foi eleito para divulgação do programa entre servidores e pacientes.
3.2 Tecnologia de Concepção
O presente projeto de intervenção teve como foco a divulgação do Programa de Atenção
Domiciliar “Melhor em Casa” na Rede de Atenção às Urgências no municipio de Rio Branco/Acre
e foi realizado em três etapas: 1) Revisão bibliográfica; 2) Construção de um folder e banners para
divulgação do programa e 3) Divulgação do Programa de Atenção Domiciliar “Melhor em Casa”,
que serão detalhadas a seguir:
3.2.1 Primeira etapa: Revisão bibliográfica
Primeiramente para apropriação do assunto e elaboração de estratégias e informações para
divulgação do Programa de Atenção Domiciliar, foi realizada uma revisão bibliográfica não
sistematizada, na qual foram buscados dados históricos acerca da Atenção Domiciliar, bem como
legislações acerca desse serviço. Essa etapa aconteceu entre Janeiro a abril de 2014, e foi
fundamental para elaboração e condução da segunda e terceira etapa do projeto.
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3.2.2 Segunda etapa: Construção de um folder e banners para divulgação do programa
Nesta etapa foi realizada a construção dos instrumentos que serão utilizados para divulgação
do Programa. Foi elaborado um folder e banners com informações acerca do programa bem como
fluxos de ingresso de pacientes no mesmo, após reunião com a Coordenação e equipe do Programa
Melhor em Casa. Essa etapa foi contemplada no mês de maio de 2014.
3.2.3 Terceira etapa: Divulgação do Programa de Atenção Domiciliar “Melhor em Casa”
A terceira e última etapa está prevista para junho de 2014 e constituirá a divulgação
propriamente dita do Programa para servidores e pacientes das Unidades de Urgência do municipio
de Rio Branco/AC. A dilvugação será realizada em reuniões com a Direção do HUERB e as outras
instituições que encaminham pacientes para ingresso no serviço, Médicos e equipe de Enfermagem
da Unidade, com datas pré-estabelecidas, onde serão apresentados o banner e os folders, explanando
a respeito do Programa, bem como explicitando os critérios de inclusão na modalidade do Programa
(AD3); será exposto e explicado o fluxo de admissão no serviço, a fim que não fiquem dúvidas em
relação a inserção do paciente no Programa.
3.3 Aspectos Éticos
Por não se tratar de pesquisa, o projeto não foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa
(CEP) e não foram utilizados dados relativos aos sujeitos ou descrições sobre as situações
assistenciais (apenas a tecnologia produzida).
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4 RESULTADO E ANÁLISE
Os resultados deste projeto estão centrados na primeira e segunda etapa descritas na
metodologia. As tecnologias produzidas foram a construção de um folder e de um banner com fluxo
de ingresso de pacientes no Programa de Atenção Domiciliar no município de Rio Branco/Acre,
que serão utilizados na terceira etapa do projeto. Esses materiais construídos neste projeto podem
ser visualizados nas figuras 1 e 2 e em melhor detalhes nos APÊNDICES A e B.
Figura 1: Folder informativo elaborado para divulgação do Programa de Atenção Domiciliar no
município de Rio Branco/Acre, 2014.
Figura 2:Banner com fluxo de inclusão do paciente no programa para divulgação e orientação
acerca do Programa de Atenção Domiciliar no município de Rio Branco/Acre, 2014.
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O objetivo da construção deste folder é que os Coordenadores das Instituições, Médicos e
Enfermeiros das mesmas, conscientize-se a respeito do Programa de Atenção domiciliar, sabendo
quais usuários que atendem os critérios de inclusão, podendo, assim, continuar recebendo
assistência integral em domicilio, por parte da Equipe Multiprofissional que compõe o Programa
Melhor em Casa. Foi produzido também um fluxo de ingresso de pacientes na assistência
domiciliar, o qual foi exposto no banner, validado em conjunto com Coordenadores das
Instituições, visando o correto encaminhamento dos usuários à modalidade adequada de
atendimento, de acordo com suas necessidades; em consoante a tal, ocorre também a organização
do processo de trabalho, com inclusão de protocolos no serviço.
O Programa de Atenção Domiciliar se mostra como importante alternativa para as Unidades
Hospitalares prestadoras de serviço ao Sistema único de Saúde, e favorece pacientes internados
pelo SUS recebendo assistência integral e contínua pós-alta hospitalar. Dentre os Benefícios do
Programa, pode-se citar a redução do risco de infecção hospitalar, humanização do tratamento, com
convivência direta com os familiares e retorno às suas atividades mais rapidamente. Já para o
Sistema de Saúde, a implantação do serviço também constitui uma maior oferta de leitos na rede
de saúde do e redução de custos com internações.
A assistência domiciliar constitui um olhar mais completo, e considera a necessidade de
humanizar o cuidado com o paciente e a relação deste com a família. Para que a internação
domiciliar possa crescer e seja uma modalidade aceita ou requerida pela família e o paciente,
precisa ser uma prática individualizada e humana, visando o cuidado e a demanda de cada um os
envolvidos, não apenas como forma de atenuar problemas do sistema de saúde, particularmente da
rede pública.
Os documentos aqui elaborados foram bem aceitos pela Coordenação das instituições e seus
respectivos corpos clínicos, tendo os mesmos se conscientizado de que o cuidado domiciliar é um
recurso que deve ser utilizado sempre que necessário. É próprio da missão das Instituições de
Saúde, e realizá-lo não significa que o médico abandonou sua prática de procedimento centrada.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar dos resultados positivos da divulgação dos objetivos, características e ações do
Serviço de Atenção Domiciliar, vê-se a necessidade de ações continuadas de esclarecimentos ao
público-alvo com vistas a efetivação dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde no
Acre, no que se refere ao acesso facilitado das ações e serviços de saúde. A transformação do
modelo de atenção é um método implexo, pois está condicionada à inclusão de alterações no
processo de trabalho em saúde quanto aos seus propósitos, objetos, meios e nas relações entre
profissionais e a população usuária do serviço.
O presente projeto evidenciou a importância da assistência domiciliar como modalidade
alternativa a hospitalização. Para que este modelo seja realizado é imprescindivel a incorporação
da integralidade do cuidado ao usuário, como norte para as ações em saúde.
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REFERÊNCIAS
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http://www.praiagrande.sp.gov.br/arquivos/cursos_sesap2/Compendio%20B%C3%A1sico%20-
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html Acesso em
17/02/2014.
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BRASIL. Portaria nº 963, de 27 de maio de 2013. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF,2013. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0963_27_05_2013.html Acesso em
17/02/2014.
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SILVA, K. L. et al. Atenção domiciliar como mudança do modelo tecnicoassistencial. Revista
de Saúde Pública, 2010.
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APÊNDICES
16
APENDICE 1–FOLDER CONTRUIDO NESTE PROJETO PARA DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR EM RIO
BRANCO/ACRE.
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APENDICE 2–BANNER CONSTRUIDO NESTE PROJETO PARA DIVULGAÇÃO DO FLUXO
ASSISTENCIAL DO PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR EM RIO BRANCO/ACRE.