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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA EM GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: GEOLOGIA ESTRUTURAL Tiago Miranda [email protected]

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE TECNOLOGIA EM GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

DISCIPLINA: GEOLOGIA ESTRUTURAL

Tiago Miranda [email protected]

Sumário

Reologia

Materiais elásticos, viscosos e plásticos

Modelos combinados Experimentos Influência das

condições físicas

Deformação plástica, dúctil e

rúptil

Reologia da litosfera

Introdução

A maioria das figuras usadas nos arquivos das nossas aulasforam retiradas do livro Fossen, H. 2012. Geologia Estrutural

Reologia – Introdução

• A reologia é o estudo das propriedades mecânicas de materiais sólidos, fluidos e gases.

• Rheo fluir (exemplos: geleiras, diápiros de sal, magmas etc...) em diferentes escalas

A rocha pode ser considerada como um meio contínuo (desprezando heterogeneidades como microfraturas, limites entre grãos minerais e espaços de poros) considerando as propriedades físicas como constantes

Apresentador
Notas de apresentação
Rheo palavra grega que significa fluir. A reologia e mecânica do contínuo lida com o fluxo das rochas, ao passo que a mecânica das rochas descreve o modo como as rochas respodem aos esforços por meio do falhamento rúptil e do fraturamento.

Reologia – Halocinese

Apresentador
Notas de apresentação
Rheo palavra grega que significa fluir. A reologia e mecânica do contínuo lida com o fluxo das rochas, ao passo que a mecânica das rochas descreve o modo como as rochas respodem aos esforços por meio do falhamento rúptil e do fraturamento.

Reologia – Magma

Apresentador
Notas de apresentação
Rheo palavra grega que significa fluir. A reologia e mecânica do contínuo lida com o fluxo das rochas, ao passo que a mecânica das rochas descreve o modo como as rochas respodem aos esforços por meio do falhamento rúptil e do fraturamento.

Reologia – Introdução

As rochas são consideradas essencialmente como meioshetereogêneos e descontínios. Porém, podem seranalisadas no contexto da mecânica do contínuo – meiorelativamente homegêneo.

Mesmo sabendo que as rochas são descontínuas e heterogêneas, por que estudar este assunto

considerando o contrário?

Apresentador
Notas de apresentação
Rheo palavra grega que significa fluir. A reologia e mecânica do contínuo lida com o fluxo das rochas, ao passo que a mecânica das rochas descreve o modo como as rochas respodem aos esforços por meio do falhamento rúptil e do fraturamento.

Reologia – Introdução

1. Testes experimentais mostram que através da mecânica do contínuo épossível fazer predições corretas, mesmo quando aplicadas em rochasdescontínuas.

2. A mecânica do contínuo apresenta uma matemática muito mais simples edireta que a teoria dos matérias descontínuos.

O uso da mecânica do contínuo possibilita a análise determinística a partir demodelos físico-matemáticos, por exemplo: simulação numérica de modelosestruturais usando elementos finitos.

Apresentador
Notas de apresentação
Rheo palavra grega que significa fluir. A reologia e mecânica do contínuo lida com o fluxo das rochas, ao passo que a mecânica das rochas descreve o modo como as rochas respodem aos esforços por meio do falhamento rúptil e do fraturamento.

Reologia – Introdução

• Tipos de deformação• Elástica, plástica, viscosa e

modelos combinados• As deformações são comumente

analisadas por meio de um gráfico do esforço (σ)-deformação (strain, e), ou esforço e tempo de deformação.

• σ = F/A• ε = ΔL/LUnidades: esforço (σ) = MPa ou Gpa(10-9 Pa)Pa = N/m2

Elástico linear

Viscosa linear

Perfeitamenteplástica

Apresentador
Notas de apresentação
A deformação rúptil e o fluxo cataclástico estão além da mecânica do contínuo.

Reologia – Materiais elásticos

• Um material elástico resiste à mudança na forma deformação elástica = recuperável (não existe quebra das ligações atômicas) Ex. Mola

• Relação stress-strain linear• Reposta instantânea ao esforço• Deformação não permanente

Apresentador
Notas de apresentação
A deformação rúptil e o fluxo cataclástico estão além da mecânica do contínuo.

Reologia – Materiais elásticos – Lei de HookeA equação reológica é dada pela lei de Hooke: Relação linear entre Stress e Strain

• Módulo de Young: E = σ/ε,• Razão de Poisson (v)

• Taxa de elongação

• v= Δx/Δz (razão entre a extensão normal e a paralela)

Material E (Gpa) v (Razão de Poisson)

Ferro 196 0,29

Borracha 0,01-0,1 0,5

Quartzo 72 0,16

Sal 40 ~0,38

Diamante 1.050 -1.200 0,2

Calcário 80 0,15-,03

Arenito 10-20 0,21-0,38

Folhelho 5-70 0,03-0,4

Apresentador
Notas de apresentação
A deformação rúptil e o fluxo cataclástico estão além da mecânica do contínuo.

Reologia – Materiais Viscosos (Fluido newtoniano)

• Viscosidade (n) = facilidade com que um líquido flui. Ex. Magma, sal.

n = σn/e unidade: Pa.s

• Água = 10-3 Pa.s; sal 1017 Pa.s

• A viscosidade relativa boudinage/fraturamento/flambagem competência da rocha

σ = esforçoe = elongação

Exemplo ideal = amortecedor

• Relação stress-strain linear• Esforço depende da razão de

deformação• Maior esforço >> rápido o

fluxo.• Deformação permanente

Apresentador
Notas de apresentação
A competência é a resistência que camadas ou objetos impõem ao fluxo. O termo é comparativo (qualitativo) com camadas vizinhas. A deformação dúctil implica fluxo de material no estado sólido e, portanto, rochas em condições elevadas de pressão e temperatura podem ser consideradas como fluidos altamente viscosos. Um caso é aquele no qual a taxa de deformação é proporcional ao esforço aplicado. A equação reológica é dada por d/dt = /, onde é a viscosidade (Fig 9), e se diz que o material apresenta um comportamento viscoso newtoniano. A taxa de deformação (de/dt) é comumente expressa como elongação (e) por unidade de tempo (t): de/dt = e/t. Portanto, como e é uma unidade adimensional, a unidade da taxa de deformação no sistema SI é s-1 e a viscosidade é dada em Pa.s. Um corpo perfeitamente viscoso é incapaz de suportar um esforço; ele flui para qualquer valor do esforço aplicado, por menor que ele seja. A velocidade do fluxo é que vai depender da intensidade do esforço (Fig. 9). Um corpo perfeitamente viscoso é simbolizado por um amortecedor.

Reologia – Materiais Viscosos (Fluido newtoniano)

•A competência e incompetência é um termo qualitativo que compara a resistência das rochas a um determinado esforço.

•Camadas competentes: são mais resistentes àdeformação fraturamento

•Camadas incompetentes: folhelhos, evaporitos

Apresentador
Notas de apresentação
A competência é a resistência que camadas ou objetos impõem ao fluxo. O termo é comparativo (qualitativo) com camadas vizinhas. A deformação dúctil implica fluxo de material no estado sólido e, portanto, rochas em condições elevadas de pressão e temperatura podem ser consideradas como fluidos altamente viscosos. Um caso é aquele no qual a taxa de deformação é proporcional ao esforço aplicado. A equação reológica é dada por d/dt = /, onde é a viscosidade (Fig 9), e se diz que o material apresenta um comportamento viscoso newtoniano. A taxa de deformação (de/dt) é comumente expressa como elongação (e) por unidade de tempo (t): de/dt = e/t. Portanto, como e é uma unidade adimensional, a unidade da taxa de deformação no sistema SI é s-1 e a viscosidade é dada em Pa.s. Um corpo perfeitamente viscoso é incapaz de suportar um esforço; ele flui para qualquer valor do esforço aplicado, por menor que ele seja. A velocidade do fluxo é que vai depender da intensidade do esforço (Fig. 9). Um corpo perfeitamente viscoso é simbolizado por um amortecedor.

Reologia – Materiais plásticos

• A deformação plástica é uma mudança permanente naforma ou no tamanho de um corpo ou no tamanho deum corpo sem que ocorra fraturamento.

• Material perfeitamente plástico (material de Saint Venant)Material incompressível

• Edurecimento (hardening) e amolecimento (softening)por deformação

• Metais (deformação da estrutura cristalina – deslocamento)• Pode explicar o fato do alargamento das zonas de cisalhamento.

• Softeningmilonitização

• Dobras, foliações e zonas de cisalhamento são exemplosde estruturas resultantes de deformação plástica (dúctil)

Exemplo ideal = bloco rígido naeminência de deslizar

Apresentador
Notas de apresentação
Um corpo perfeitamente plástico, chamado de St. Venant, é aquele que só se deforma após o esforço aplicado superar certo valor crítico (Fig. 7). A situação é similar a de um peso repousando sobre uma superfície plana. Ele só vai se movimentar quando o esforço for suficiente para superar o atrito. Geologicamente isto corresponde ao deslocamento ao longo de falhas, isto é, a uma deformação rúptil. Se uma rocha suporta uma deformação permanente importante, se diz que seu comportamento é dúctil ou plástico (Fig. 6). Dobras, foliações e zonas de cisalhamento são exemplos de estruturas resultantes de deformação dúctil. Esta é a terminologia normalmente adotada pelos geólogos, mas os físicos consideram como deformação plástica aquela exibida por um corpo de St. Venant (isto é, rúptil).

Reologia – Modelos combinados: Elástico-Plástico (Prandtl)

• Modelo de deformação plástica e elástica.• Material de Prandtl• Esse tipo de modelo é aplicado na

deformação em larga escala da crosta (inferior e superior) e do manto.

• Relação esforço-deformação elástica e, em seguida, plástica;

• Resposta instantânea ao esforço;

• Deformação permanente + não permanente

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Modelos combinados: Viscoplástico (Bingham)

• O material de Bingham (viscoplástico) flui como um material completamente viscoso em determinado limite de elasticidade. Abaixo desse limite não há deformação.

• Equação reológica é dada por dε/dt = σ/η + ε0• Controle significativo da temperatura• Derrames naturais de lavas silicosas

• Viscoso linear acima do limite de elasticidade (LE);

• Deformação permanente

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Modelos combinados: Viscoelástico

• Os modelos viscoelásticos: Kelvin e Maxwell modelagem em larga escalada crosta

• O modelo de Kelvin (viscoelástico) é um processo de deformação reversível,porém retardado.

• Esse tipo de deformação é dependente do tempo.• Arranjo paralelo de uma mola com um amortecedor.

• Ao mesmo tempo elástico e viscoso;

• Resposta instantânea ao esforço;• Taxa de deformação controlada

pela viscosidade;• Deformação permanente + não

permanente

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Modelos combinados: Viscoelástico

• O modelo de Maxwell (viscoelástico) acumula deformação a partir do momento emque um esforço é aplicado, se comporta primeiramente elástico e, de modoprogressivo, mais viscoso. A curto prazo o modelo é essencialmente elástico e, a longoprazo é viscoso.

• Este modelo é aplicado ao comportamento do manto (elástico, na propagação deondas sísmicas e, viscoso, na convecção).

• Arranjo serial de amortecedor e mola• Elástico e viscoso;• Resposta instantânea ao esforço;• Taxa de deformação controlada

pela viscosidade;• Deformação permanente + não

permanente

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Modelos combinados: Linear Geral• O modelo linear geral é o que mais se aproxima da resposta

natural das rochas submetidas a esforços. Os modelosviscoelásticos são colocados em série.

• Primeira aplicação do esforço parte elástica de Maxwell• Elástico, viscoso acima do esforço limite de

elasticidade;• Resposta elástica instantânea ao esforço;• Taxa de deformação controlada pela viscosidade;• Deformação permanente + não permanente

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Experimentos

• Os experimentos são a base da maior parte do entendimento sobre o fluxo de rochas.• Equipamento de deformação uniaxial e triaxial = pressão confinante a um esforço

axial principal (σa) são controladas de modo independente.• Fluência (creep) campo de esforço mantido constante acúmulo de deslocamentos em planos de

falha.• Anel de cisalhamento resistência ao cisalhamento = análise da rugosidade da fratura.• Caixa de cisalhamento análise da deformação por cisalhamento sob compressão vertical.

Teste Triaxialσ1>> σ2= σ3

Teste de Torção

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Experimentos

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Experimentos

https://www.youtube.com/watch?v=WTkC0jHUjf0&t=6s

https://www.youtube.com/watch?v=ogLO2Ac7Oig

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia – Influência das condições físicas

• Pressão confinante e litostática: Aumentoda resistência: P = dgh, d, densidade, h,profundidade e g, aceleração dagravidade. >>h ductibilidade da rocha.

• Temperatura: Diminuição da resistência eaumento da ductibilidade com o aumentoda temperatura.

• Taxa de deformação: Para taxas dedeformação elevadas (por exemplo,durante um terremoto) rochas que secomportariam ductilmente sob condiçõesnormais podem fraturar. Inversamente, sea taxa de deformação é lenta as rochaspodem se deformar plasticamente sob aaplicação de esforços relativamentemodestos.

Apresentador
Notas de apresentação
Os resultados experimentais mostram que, a uma temperatura constante, quanto maior a pressão confinante: (a) maior terá que ser o esforço aplicado para que uma rocha se frature, isto é, a resistência aumenta; (b) a partir de um certo valor, a ruptura pode ser suprimida até valores bastante elevados de deformação plástica, isto é, a ductilidade da rocha aumenta (Fig. 13). Em um meio rochoso natural, o equivalente da pressão de confinamento é a pressão litostática, P = r*g*h, onde r é a densidade média das rochas até uma profundidade h e g é a aceleração da gravidade (9,8 m*s-2). Por exemplo, considerando-se uma densidade de 2700 kg*m-3, a pressão litostática a uma profundidade de 10000 m é 264600000 Pa (~265 MPa). Como a pressão litostática aumenta com a profundidade, na ausência de outros fatores, quanto mais profundamente uma rocha for deformada mais ductilmente ela vai se comportar.

Reologia – Deformações plástica, dúctil e rúptil

• Material dúctil é aquele que acumuladeformação permanente ou flui semfraturamentos macroscópicosperceptíveis é um estilo estrutural quedepende da escala de observação.Ocorrem em rochas metamórficas esedimentos inconsolidados.

• Deformação plástica é uma mudançapermanente na forma ou no tamanho deum corpo, sem a ocorrência de fraturas eproduzida por um esforço mantido alémdo limite de elasticidade do material (emescala da estrutura cristalina dosminerais).

• Material rúptil é aquele se deforma porfraturamento quando submetido aoesforço além do seu limite deelasticidade. Deformação friccional emmicroescala

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia da litosferaPara o estudo da reologia da litosfera são investigados basicamente três minerais:

• Quartzo: Deformação rúptil 300 a 350°C – 10 a 12 km > 12km = plasticidade cristalina• Feldspato: Deformação rúptil 500°C – 20 a 30 km• Olivina: Deformação rúptil até cerca de 50 km.• Estratificação reológica transição rúptil-dúctil

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Reologia da litosfera

Apresentador
Notas de apresentação
Combinação dos três tipos de deformação para descrever a deformação natural das rochas. As rochas e outros materiais são reologicamente complexos e geralmente não se comportam como materiais elásticos, viscosos ou plásticos perfeitos.

Mecânica das Rochas

Tensão Deformação Pressão de Poro Petrofísica Modelo Geológico/Geomecâni

co

Introdução

Mecânica das rochas - Introdução

• Geomecânica é o estudo do comportamento mecânico do solo e das rochas.• Estudo do estado de tensões das rochas nas condições atuais, considerando as

estruturas herdadas.

• Na Indústria do petróleo a falta do domínio das condições geomecânicas dos reservatórios tem gerado bilhões de US$ de prejuízos anuais.

• Problemas: exsudações; perda de circulação; subsidência/compactação; perda da compartimentação estrutural; geometria externa do reservatório incorreta (modelo de fluxo não ajusta, desenvolvimento de zonas incorretamentes pressurizadas); colapso de revestimentos; produção de areia.

• Pode ser aplicada desde a exploração, passando pela perfuração, produção até a completação de poços.

• Modelagem geológica/geomecânica simulação numérica (hidromecânica)

Mecânica das rochas - Introdução

• MODELO ESTRUTURAL: Descrição das estruturas em termos de geometria, cinemática e cronologia. Determinar os paleotensores que originaram cada evento deformacional;

• MODELO GEOMECÂNICO: Descrição do estado de tensões atual (tensões in situ) em um maciço rochoso (ou reservatórios) com suas determinadas propriedades, e como estas tensões atuam nas descontinuidades deste maciço.

• 1) TENSÕES IN SITU:- Tensão vertical (Sv) perfis de densidade, sônicos e velocidades elásticas- Pressão de Poros (Pp) perfil sônico e velocidades sísmicas- Tensão Horizontal Mínima (Shmín) testes de absorção- Tensão Horizontal Máxima (SHmáx) perfil de imagem, breakouts e fraturas induzidas2) PROPRIEDADES DE ROCHA:- Parâmetros Elastodinâmicos (Razão de Poisson – v, Módulo de Young – E) ensaios de petrofísica- Parâmetros Mecânicos (UCS, Angulo de atrito interno, Coesão) ensaios mecânicos

Mecânica das rochas – Deformação

EST EstilolitosFEXT-J JuntasFEXT-V VeiosFEXT-F FissurasFCIS Fraturas cisalhantes

Mecânica das rochas – Deformação

• Critérios de rupturaI. GRIFFITH: Propagação de fraturas de tração (fraturas hidráulicas)II. MOHR – COULOMB: Geração e reativação de fraturas de cisalhamento

(falhas) – mais comumIII. VON MISES: bandas de compactação (altas tensões confinantes)

Mecânica das rochas – Pressão de Poro

As principais características

• Pressão do fluido (água, gás ou água) contido no espaço poroso da rocha.

• Pressão normal é a exercida pela coluna hidrostática da formação, influenciada pela Salinidade e Temperatura.

• Medida diretamente em formações permeáveis.• Medida indiretamente em formações impermeáveis

(folhelhos), através da análise do comportamento de perfis, ou através da análise de velocidades sísmicas.

Mecânica das rochas – Pressão de Poro

FATORES QUE ALTERAM O COMPORTAMENTOHIDROSTÁTICO DA PRESSÃO DE POROS

• Depleção e injeção;• Subcompactação e geração de HCs;• Presença de HCs, especialmente se óleo leve/gás;• Compartimentação do reservatório por falhas e/ou

camadas.

Mecânica das rochas – Petrofísica

As propriedades petrofísicas possuem fundamental importância na modelagem geomecânica

• Porosidade;• Permeabilidade;• Densidade total e de grãos;• Velocidades elásticas (Vp e Vs);• Módulos elásticos (Módulo de Young e Razão de Poisson).