universidade federal de ouro preto escola de …...escola de direito, turismo e museologia...

24
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES DISCURSIVAS – ESTUDO DE CASOS – DIREITO DO TRABALHO II ANTERIORES À “REFORMA TRABALHISTA” ATENÇÃO. Questões formuladas no âmbito do DEDIR/UFOP. Permitida a utilização externa (transcrição, cópia, etc.) desde que expressamente mencionada a fonte. QUESTÃO N o 1. (UFOP, 1/2016). Analise a seguinte situação hipotética e responda ao que segue. João Silva foi contratado por Indústria e Comércio de Roupas da Moda S.A. (ICRM S.A), fictícia, para o desenvolvimento das atividades de costureiro, com jornada de trabalho de 8 horas e disponibilidade semanal de trabalho fixada em 44 horas. Recebia R$1.000,00 a título de contraprestação básica, fixada em Acordo Coletivo de Trabalho firmado com o sindicato representativo de sua categoria como o menor valor a ser pago. No contracheque de João não há nenhum outro valor pago no mês de abril de 2016. Por ter um parque industrial obsoleto há ruído em excesso no local de trabalho, embora o empregador forneça a todos EPI, tendo havido ainda assim e atualmente constatação de condição gravosa em grau médio. O proprietário de ICRM S.A. gosta de ajudar as pessoas, pois se considera um bom cristão. Assim, entrega mensalmente uma cesta-básica, com produtos que alcançam o valor de R$300,00 a todos os empregados que são casados em cerimônia religiosa, como é o caso de João. Também dá algumas roupas (que não consegue vender) para os empregados que mantém filhos na escola dominical da igreja que frequenta, o que rende para João algo em torno de R$150,00 mensais em roupas para os filhos. A ICRM S.A. paga para João, também, Faculdade de Teologia, pois os diretores da ICRM S.A. viram nele uma saudável liderança de trabalhadores. A mensalidade é R$780,00. Além disso a ICRM S.A. fixou regra em Regimento Interno que determina o uso de roupa social para seus empregados que trabalham internamente à fábrica, pois a direção gosta de ver o local como um ambiente de respeito e, por isso, fornece 2 “kits” para cada trabalhador a cada semestre, no valor total de R$2.400,00 por ano, com entregas em abril e outubro. João sempre vai trabalhar de motocicleta, razão pela qual recebe, ao invés do vale-transporte, R$220,00 mensais para abastecer seu veículo. Outra cláusula regimental, fixada por ICRM S.A. em 2006, diz respeito à maior produtividade. O costureiro que mais produz em um mês recebe como bonificação o valor de R$350,00. João, em 2016, recebeu o bônus nos meses de fevereiro e abril. Por fim a ICRM S.A. paga uma ajuda de custo a João, no valor de R$180,00 mensais, para que ele possa comprar um lanche ao final do expediente, antes de ir para a sua casa. A única norma coletiva autônoma relevante para o caso é a que fixa contraprestação. Todo o mais, segundo ICRM S.A. é liberalidade e caridade cristã. Diante de todo o exposto, responda ao que segue. a) Fixe o valor da remuneração de João no mês de abril de 2016: b) Identifique cada parcela componente da remuneração, com seu respectivo valor. c) Identifique eventuais parcelas pagas que não compõem a remuneração de João, com seu respectivo valor e o fundamento da exclusão da natureza remuneratória. QUESTÃO N o 2. (UFOP, 1/2016). Analise a seguinte situação hipotética e responda ao que segue. Lanchonetes Lanches Leves Terceirização Hospitalar Ltda. (LLL Ltda), fictícia, é sociedade empresária detentora de uma rede de lanchonetes em diversas cidades mineiras, além de ser fornecedora de alimentos para hospitais, o que faz por meio de contratos de terceirização. João Silva e Antônio Bento são empregados de LLL Ltda., sendo certo que o primeiro (João) trabalha desde 02/02/2010 na cidade de Belo Horizonte (Saúde BH S.A.) e o segundo (Antônio) trabalha desde 03/03/2011 na cidade de Ribeirão das Neves (Neves Saúde Estética Ltda), na RMBH. João e Antônio são responsáveis pelos contratos de fornecimento de alimentação para os hospitais Saúde BH S.A. e Neves Saúde Estética Ltda., respectivamente, sociedades empresárias distintas entre si e, por óbvio, distintas também de LLL Ltda. Ambos os empregados atuam basicamente nas tarefas (idênticas) de cozinha e entrega de refeições. Na cozinha da LLL Ltda. que funciona dentro do Hospital Saúde BH há trabalho em condições nocivas à saúde dos trabalhadores, o que se verifica também no serviço

Upload: others

Post on 02-Feb-2020

25 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA

DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II

Prof. Amauri Cesar Alves

QUESTÕES DISCURSIVAS – ESTUDO DE CASOS – DIREITO DO TRABALHO II

ANTERIORES À “REFORMA TRABALHISTA”

ATENÇÃO. Questões formuladas no âmbito do DEDIR/UFOP. Permitida a utilização externa (transcrição, cópia, etc.) desde que expressamente mencionada a fonte.

QUESTÃO No 1. (UFOP, 1/2016). Analise a seguinte situação hipotética e responda ao que segue. João Silva foi contratado por Indústria e Comércio de Roupas da Moda S.A. (ICRM S.A), fictícia, para o desenvolvimento das atividades de costureiro, com jornada de trabalho de 8 horas e disponibilidade semanal de trabalho fixada em 44 horas. Recebia R$1.000,00 a título de contraprestação básica, fixada em Acordo Coletivo de Trabalho firmado com o sindicato representativo de sua categoria como o menor valor a ser pago. No contracheque de João não há nenhum outro valor pago no mês de abril de 2016. Por ter um parque industrial obsoleto há ruído em excesso no local de trabalho, embora o empregador forneça a todos EPI, tendo havido ainda assim e atualmente constatação de condição gravosa em grau médio. O proprietário de ICRM S.A. gosta de ajudar as pessoas, pois se considera um bom cristão. Assim, entrega mensalmente uma cesta-básica, com produtos que alcançam o valor de R$300,00 a todos os empregados que são casados em cerimônia religiosa, como é o caso de João. Também dá algumas roupas (que não consegue vender) para os empregados que mantém filhos na escola dominical da igreja que frequenta, o que rende para João algo em torno de R$150,00 mensais em roupas para os filhos. A ICRM S.A. paga para João, também, Faculdade de Teologia, pois os diretores da ICRM S.A. viram nele uma saudável liderança de trabalhadores. A mensalidade é R$780,00. Além disso a ICRM S.A. fixou regra em Regimento Interno que determina o uso de roupa social para seus empregados que trabalham internamente à fábrica, pois a direção gosta de ver o local como um ambiente de respeito e, por isso, fornece 2 “kits” para cada trabalhador a cada semestre, no valor total de R$2.400,00 por ano, com entregas em abril e outubro. João sempre vai trabalhar de motocicleta, razão pela qual recebe, ao invés do vale-transporte, R$220,00 mensais para abastecer seu veículo. Outra cláusula regimental, fixada por ICRM S.A. em 2006, diz respeito à maior produtividade. O costureiro que mais produz em um mês recebe como bonificação o valor de R$350,00. João, em 2016, recebeu o bônus nos meses de fevereiro e abril. Por fim a ICRM S.A. paga uma ajuda de custo a João, no valor de R$180,00 mensais, para que ele possa comprar um lanche ao final do expediente, antes de ir para a sua casa. A única norma coletiva autônoma relevante para o caso é a que fixa contraprestação. Todo o mais, segundo ICRM S.A. é liberalidade e caridade cristã. Diante de todo o exposto, responda ao que segue. a) Fixe o valor da remuneração de João no mês de abril de 2016: b) Identifique cada parcela componente da remuneração, com seu respectivo valor. c) Identifique eventuais parcelas pagas que não compõem a remuneração de João, com seu respectivo valor e o fundamento da exclusão da natureza remuneratória. QUESTÃO No 2. (UFOP, 1/2016). Analise a seguinte situação hipotética e responda ao que segue. Lanchonetes Lanches Leves Terceirização Hospitalar Ltda. (LLL Ltda), fictícia, é sociedade empresária detentora de uma rede de lanchonetes em diversas cidades mineiras, além de ser fornecedora de alimentos para hospitais, o que faz por meio de contratos de terceirização. João Silva e Antônio Bento são empregados de LLL Ltda., sendo certo que o primeiro (João) trabalha desde 02/02/2010 na cidade de Belo Horizonte (Saúde BH S.A.) e o segundo (Antônio) trabalha desde 03/03/2011 na cidade de Ribeirão das Neves (Neves Saúde Estética Ltda), na RMBH. João e Antônio são responsáveis pelos contratos de fornecimento de alimentação para os hospitais Saúde BH S.A. e Neves Saúde Estética Ltda., respectivamente, sociedades empresárias distintas entre si e, por óbvio, distintas também de LLL Ltda. Ambos os empregados atuam basicamente nas tarefas (idênticas) de cozinha e entrega de refeições. Na cozinha da LLL Ltda. que funciona dentro do Hospital Saúde BH há trabalho em condições nocivas à saúde dos trabalhadores, o que se verifica também no serviço

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

de lanches aos doentes, razão pela qual recebe João adicional específico em grau máximo. No Hospital Neves Saúde Estética Ltda., dadas as exigências e circunstâncias próprias (ampla edificação vertical, recém inaugurada, com alta tecnologia), não há condições nocivas à saúde, mas a cozinha funciona no mesmo espaço físico em que são guardados líquidos inflamáveis em volume expressivo, razão pela qual Antônio recebe também adicional próprio. Por ser formado em Biblioteconomia e por ter sido admitido primeiro João recebe, atualmente, R$1.351,00 mensais a título de contraprestação elementar, sendo que Antônio, por não ser graduado e por ter sido admitido depois, recebe, hoje, R$1.310,00 mensais. Ambos trabalham em turno diurno, durante 44 horas semanais, subordinados a um mesmo supervisor de terceirização, o Sr. Clóvis, que preenche relatórios mensais de análise de trabalho dos dois, que estão com conceito “B” na avaliação de desempenho realizada pelo empregador. Os dois trabalhadores continuam em suas tarefas, mas Antônio está insatisfeito e pretende, hoje, 31/05/2016, equiparação salarial tendo João como paradigma. Diante do exposto responda, considerando “lícitas” as avenças triangulares levadas a efeito: a) Fixe o valor da remuneração de João: b) Fixe o valor da remuneração de Antônio: c) Antônio tem direito à equiparação salarial tendo João como paradigma? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique, com base na lei e na jurisprudência consolidada do TST, apontando, detalhadamente (com base no caso concreto) cada requisito necessário (presente ou ausente no caso concreto) à equiparação salarial pretendida. QUESTÃO No 3. (OAB, FGV, Exame de Ordem Unificado, 03/2010). Determinada loja de um shopping center concede mensalmente a todos os seus empregados um vale-compras no valor de R$ 200,00 (duzentos reais), por força de norma regulamentar, para que eles possam utilizá-lo em qualquer estabelecimento do shopping. Além disso, fornece ajuda-alimentação, sendo participante de Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT, aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O sindicato representante da categoria profissional de seus empregados vem reivindicando que os valores de ambos os benefícios sejam considerados no cálculo das verbas contratuais dos trabalhadores. Com base na situação hipotética, na condição de advogado consultado pela empresa, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Os valores correspondentes ao vale-compras devem integrar a base de cálculo das verbas contratuais dos empregados? b) Os valores correspondentes à ajuda-alimentação integram os salários dos empregados? Justifique. QUESTÃO No 4. (UFOP, 2016/1) Indústria e Comércio de Açúcar e Álcool Pindamonhangaba S.A. (ICAAP S.A., fictícia) foi constituída sociedade empresária na década de 1970, com objetivo social de plantio, colheita, processamento, industrialização e comércio de derivados da cana de açúcar, tendo passado, desde então, por diversos governos e planos econômicos diversos. Desde 2013 a ICAAP S.A. tem como principal atividade econômica o processamento da cana de açúcar de fazendas vizinhas para a sua transformação em álcool combustível, cuja venda é pré-contratada com diversas distribuidoras de combustíveis, dentre elas Pinda Distribuidora de Derivados de Petróleo e Outros Combustíveis Ltda. Antônio, Bento, Cláudio, Daniel e Evandro são empregados de ICAAP S.A. Nenhum dos empregados citados é sindicalizado. Antônio é químico e controla tecnicamente o processo produtivo do álcool combustível. Bento é operador de máquinas na unidade industrial. Cláudio é supervisor de produção e faz o controle final de qualidade. Daniel é contador e cuida da contabilidade da indústria. Evandro é motoboy, subordinado a Daniel, e faz as atividades externas referentes às obrigações contábeis e financeiras da indústria. A ICAAP S.A. tem capital estadunidense como preponderante atualmente (desde 2000), razão pela qual decidiu, por experiências outras, ter uma relação mais direta entre empregador e empregado, sem mediação sindical ostensiva. O salário-base de Antônio é R$4.000,00. O salário-base de Bento é R$2.000,00. O salário-base de Cláudio é R$3.000,00. O salário-base de Daniel é R$2.500,00. O salário-base de Evandro é R$1.000,00. Todos recebem um salário mínimo em comemoração à independência dos EUA, sempre em 04/07. Empregados assíduos e pontuais, como são os aqui apresentados, recebem 10% do seu salário a título do que o empregador denomina gorjeta. Todos recebem, também, R$300,00 mensais a título de ajuda de custo, pois sustenta ICAAP S.A. que é desgastante trabalhar em lugar que cheira a álcool, ainda que não haja, só por isso (cheiro), agressão à saúde ou à segurança dos trabalhadores.

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

Por fim, honrando tradição da fábrica que remonta à sua criação, há espaço destinado à produção de aguardente (pinga) mas apenas para presentear seus empregados, que levam para casa, semanalmente, um litro de cachaça de boa qualidade, o que resulta em R$360,00 mensais em pinga para cada empregado. Antônio paga regularmente sua anuidade ao Conselho Regional de Química, conforme previsão da Lei 2.800 de 1956, pois exerce a profissão na ICAAP S.A., muito embora pague, também, “contribuição sindical obrigatória”, nos termos da CLT. Bento tem depósitos mensais em seu FGTS, nos termos da Lei 8.036/1990, com aportes mensais pelo empregador no valor aproximado de R$200,00 a depender do mês de depósito. Cláudio, quando trabalha mais de seis dias ininterruptamente, em decorrência da necessidade do processo fabril, recebe em dobro a remuneração do dia que deveria ser destinado ao descanso, nos termos da Lei 605/1949. Daniel tem tarefas específicas de escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações, nos termos do Decreto-Lei 9295/1946, mas tem muita dificuldade para gozar férias na indústria, pois a citada lei exige que seu substituto também seja contador, recorrendo a ICAAP S.A., vez por outra, ao permissivo da Lei 6.019/1974. Evandro, para trabalhar, deve ter ficha criminal sem registros, nos termos da Lei 12.009/2009 e recebe adicional próprio, previsto na CLT, alterada que foi pela Lei 12.997/2014. Considerando que a sede de ICAAP S.A.é em Pindamonhangaba, SP, responda: a) Com relação ao contrato de emprego de Antônio: a.1. Fixe sua remuneração do mês de julho: a.2. Fixe sua representação sindical (agregação do trabalhador ao sindicato), dentre as seguintes denominações fictícias: ( ) Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Açúcar e Álcool Pindamonhangaba S.A. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pindamonhangaba. ( ) Sindicado da Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Pindamonhangaba. ( ) Sindicato dos Químicos do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo. Justifique, fundamentadamente, com base na legislação vigente e considerando especificamente o caso concreto em análise. b) Com relação ao contrato de emprego de Bento: b.1. Fixe sua remuneração do mês de julho: b.2. Fixe sua representação sindical (agregação do trabalhador ao sindicato), dentre as seguintes denominações fictícias: ( ) Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Açúcar e Álcool Pindamonhangaba S.A. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pindamonhangaba. ( ) Sindicado da Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Pindamonhangaba. ( ) Sindicato dos Maquinistas do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo. Justifique, fundamentadamente, com base na legislação vigente e considerando especificamente o caso concreto em análise. c) Com relação ao contrato de emprego de Cláudio: c.1. Fixe sua remuneração do mês de julho: c.2. Fixe sua representação sindical (agregação do trabalhador ao sindicato), dentre as seguintes denominações fictícias: ( ) Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Açúcar e Álcool Pindamonhangaba S.A. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pindamonhangaba. ( ) Sindicado da Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Pindamonhangaba. ( ) Sindicato dos Supervisores do Estado de São Paulo.

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo. Justifique, fundamentadamente, com base na legislação vigente e considerando especificamente o caso concreto em análise. d) Com relação ao contrato de emprego de Daniel: d.1. Fixe sua remuneração do mês de julho: d.2. Fixe sua representação sindical (agregação do trabalhador ao sindicato), dentre as seguintes denominações fictícias: ( ) Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Açúcar e Álcool Pindamonhangaba S.A. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pindamonhangaba. ( ) Sindicado da Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Pindamonhangaba. ( ) Sindicato dos Contadores do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo. Justifique, fundamentadamente, com base na legislação vigente e considerando especificamente o caso concreto em análise. e) Com relação ao contrato de emprego de Evandro: e.1. Fixe sua remuneração do mês de julho: e.2. Fixe sua representação sindical (agregação do trabalhador ao sindicato), dentre as seguintes denominações fictícias: ( ) Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Açúcar e Álcool Pindamonhangaba S.A. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pindamonhangaba. ( ) Sindicado da Indústria de Fabricação do Álcool Combustível do Estado de São Paulo. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Pindamonhangaba. ( ) Sindicato dos Motoboys de Pindamonhangaba. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo. Justifique, fundamentadamente, com base na legislação vigente e considerando especificamente o caso concreto em análise. QUESTÃO No 5. (ALVES, Amauri Cesar. “Direito do Trabalho Essencial: doutrina, legislação, jurisprudência, exercícios” São Paulo: LTr., 2013) Cláudio, pedreiro, foi admitido formalmente por Escola Integral S.A., em Belém, no Pará, para desempenhar as tarefas próprias de conservação do prédio do referido educandário. Sua CTPS foi assinada, tendo sido lançada a função de pedreiro. Faz a construção e manutenção de sistemas hidráulicos, sanitários e de suporte para telefonia, além de pequenos e constantes reparos de infraestrutura. Há uma disputa entre 3 sindicatos de trabalhadores que pretendem representar Cláudio, com vistas ao recebimento de sua contribuição sindical obrigatória. São eles: “Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Pará”, “Sindicato dos Professores do Pará” e “Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará”. Diante do exposto, fixe, justificadamente, nos termos da lei e da melhor doutrina, a agregação de Cláudio ao sindicato. Sindicato: Justificativa: QUESTÃO No 6. (FGV, XIX Exame de Ordem Unificado, 2016) Antônio é um dos 20 vendedores da loja de calçados Ribeirinha. Em seu contracheque, há desconto mensal de 1,5% do salário para a festa de confraternização que ocorre todo final de ano na empresa, além de subtração semestral por “pé faltante” – valor dos pares de sapatos dos quais, no inventário semestral realizado na loja, somente um dos calçados é localizado, ficando, então, descartada a utilidade comercial pela ausência do outro “pé”, sem a comprovação de culpa do empregado. Gilberto assinou na admissão autorização de desconto de “pé faltante”. Após ser dispensado, ajuizou reclamação pedindo a devolução de ambos os descontos. A empresa pugna pela validade do desconto para a festa, pois alega que Gilberto sempre participou dela, e, em relação ao “pé faltante”, porque assinou documento autorizando o desconto. Na audiência, o autor confirmou a presença na festa da empresa em todos os anos e afirmou que havia comida e bebida fartas. Não se produziram outras provas. Diante da situação retratada e do entendimento consolidado do TST, responda aos itens a seguir.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

a) O desconto para a festa de confraternização é válido? ( ) SIM ( ) NÃO Justificativa: b) O desconto a título de “pé faltante” é válido? ( ) SIM ( ) NÃO Justificativa: QUESTÃO No 7. (UFOP, 2016/1) Supermercados Franceses no Brasil Ltda. (SFB, fictício) tem sede em Belo Horizonte e filiais somente nas cidades de sua Região Metropolitana. Contrata, direta ou indiretamente, 1.000 trabalhadores, entre empregados seus (600) e terceirizados (400). Por ideologia a Direção de SFB opta por não se sindicalizar, bem como prefere ignorar ajustes coletivos normativos autônomos, pois entende que a regulamentação heterônoma brasileira é suficiente. Arlinda é Advogada e, em crise com a profissão, resolveu aceitar cargo de Gerente de Pessoal na sede de SFB, tendo por tarefa principal coordenar a gestão de pessoas na referida sociedade empresária. Bruna é caixa no supermercado empregador, na filial Nova Lima. Custódio é vigia na filial Pedro Leopoldo, terceirizado que foi por Vigias Atentos Ltda., tendo por função abrir e fechar o estabelecimento, além de controlar entradas e saídas de clientes. Dorival é vigilante, mas no SFB é terceirizado na função de controlador de estacionamento na filial Belvedere do SFB em Belo Horizonte. Bruna foi admitida em 02/02/2010 e sempre trabalhou com assiduidade, zelo e atenção, correspondendo a todas as metas e expectativas do empregador no que concerne ao seu desempenho profissional, sendo uma referência de caixa eficiente. Em 02/02/2016, por ser sindicalizada, foi convidada por uma colega que também é caixa, empregada no Supermercado Fartura S.A. (fictício), para integrar chapa “B” que concorrerá às eleições sindicais, previstas então para 29/06/2016. Como Bruna demorou para definir sua participação constou como 20ª integrante da chapa, que ficou definida em uma reunião de seu grupo, realizada em 02/05/2016. O prazo para registro da chapa era 02/06/2016, mas em 15/05/2016 Bruna recebeu aviso prévio de seu empregador, comunicando sua intenção rescisória futura, nos termos da lei. A chapa, com o nome de Bruna, foi inscrita e venceu as eleições, realizadas em 29/06/2016. Ocorre que dois dias antes do fim do aviso prévio o empregador se valeu do permissivo contido no artigo 489 da CLT, com aquiescência de Bruna. No setor de Recursos Humanos de SFB há no mínimo uma dezena de Convenções Coletivas de trabalho, vistos seus 1.000 contratos mantidos (entre empregados e terceirizados). Para efeito do presente estudo segue a análise apenas daquela que é firmada pelo sindicato patronal representante de SFB com seu contraponto direto, representante da maioria dos empregados deste. As cláusulas principais são: Fixação de piso salarial de R$1.000,00 para a categoria; Banco de Horas; Quebra de caixa, no valor de R$150,00 mensais; Prêmio de desempenho no valor de R$250,00 mensais; Cesta-básica condicionada à assiduidade consistente em R$300,00 em produtos alimentícios vendidos pelo supermercado empregador; PLR; Desconto de Contribuição Confederativa para todos os empregados, sempre no mês de julho, no valor de R$50,00; Extensão do número de dirigentes sindicais previsto na CLT para o triplo do que fora ali previsto como patamar máximo, com correspondente garantia de emprego; Fiscalização interna por vídeo e bafômetro. O citado ajuste normativo coletivo foi firmado em 01/07/2015, com prazo de vigência de um ano. Ocorre que em decorrência da vitória da chapa de oposição nas eleições sindicais ainda não houve novo ajuste coletivo. Diante do exposto, responda ao que segue: 2.1. A agregação sindical de Arlinda: ( ) Sindicato dos Comerciantes de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Advogados de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Gerentes de Recursos Humanos de Minas Gerais, fictício. Justifique. 2.2. A agregação sindical de Bruna: ( ) Sindicato dos Comerciantes de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Caixas de Supermercados de Minas Gerais, fictício. Justifique. 2.3. A agregação sindical de Custódio: ( ) Sindicato dos Comerciantes de Minas Gerais, fictício.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Prestação de Serviços de Minas Gerais, fictício. Justifique. 2.4. A agregação sindical de Dorival: ( ) Sindicato dos Comerciantes de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Prestação de Serviços de Minas Gerais, fictício. Justifique. 2.5. Fixe a remuneração de Bruna, tendo por referência o mês 07/2016: Justifique, com a identificação de cada valor, determinando sua espécie e natureza jurídica. 2.6. Supermercados Franceses no Brasil Ltda. pode aplicar as regras referentes ao Banco de Horas durante os meses de julho e agosto de 2016, tendo em vista o prazo de vigência do ajuste normativo coletivo? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique, com atenção à lei, à doutrina e à jurisprudência consolidada do TST. 2.7. Bruna tem direito à garantia provisória de emprego de dirigente sindical? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique, com atenção à lei, à doutrina e à jurisprudência consolidada do TST. QUESTÃO No 8. (ALVES, Amauri Cesar) Supermercados Preços Justos S.A. (fictício) tem em sua filial Belo Horizonte 100 empregados diretamente contratados. Em seu Regimento Interno prevê gratificação por tempo de serviço, no valor referente a 10% do salário-base do empregado a cada 5 anos de contrato (valor mensal, pago a partir da implementação do tempo de serviço), além de estipular regras sobre concessão e uso de uniformes (no valor de R$240,00 anuais) e de tratar de descontos (5% no preço de cada produto) para compras de seus empregados em suas lojas. O citado Regimento foi criado em 02/02/2000 e teve vigência até 31/12/2011, quando foi substituído por outro atualmente em vigor (desde 01/01/2012), que excluiu (não trouxe previsão) as gratificações por tempo de serviço e trouxe redução (2,5%) no percentual de descontos para compras de empregados. Antônio, formado em ciências contábeis, foi contratado como Gerente de Vendas da citada filial, com salário de R$2.000,00, comissão de 0,001% sobre as vendas (especificamente de eletroeletrônicos), o que lhe rende mais R$1.000,00 mensais, em média, e premiação sempre que sua filial se destaca entre as demais, o que lhe rende, em média, mais R$6.000,00 por ano. Suas tarefas eram referentes à fixação dos preços, definição de descontos e estruturação da política de créditos. A admissão de Antônio se deu em 02/02/2008 e ele foi dispensado em 02/07/2013, após cumprir aviso prévio proporcional. Durante todo o período contratual esteve subordinado às ordens do Gerente Geral da filial, Sr. Gomes. Sempre trabalhou durante todo o expediente comercial do supermercado, pois, segundo seu empregador, gerente não faz jus a horas extras. Assim, trabalhava de 09:00 às 19:00h, de segunda-feira a sábado, com uma hora de intervalo para alimentação e descanso. Convenção Coletiva de Trabalho trouxe previsão de Piso Salarial (R$1.600,00), além de cesta-básica (no valor de R$300,00 sem alterar a natureza jurídica ordinária da parcela) e, também, quebra de caixa para todos os empregados que diretamente manuseassem dinheiro entregue por clientes (no valor é de R$80,00). Antônio jamais gozou ou recebeu férias, pois em decorrência das comissões e prêmios que recebe sempre optou por trabalhar sem descanso anual. Diante de todo o exposto responda ao que segue, tendo como referência para as respostas o mês de junho de 2013. a) Fixe o valor da remuneração mensal de Antônio: b) Indique nominalmente (denominação técnica) cada parcela componente da remuneração e seu respectivo valor. c) As regras do Regimento Interno fixadas em 2000 deveriam ter sido aplicadas no momento da rescisão contratual de Antônio? Justifique. QUESTÃO No 9. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio Jr. é tratador de porcos na Fazenda Cheiro Verde Ltda., de propriedade do Sr. Augusto Bento, na cidade de Cordisburgo. Trabalha obviamente em contato com agentes biológicos, o que é potencialmente e em grau máximo nocivo à sua saúde e não conta com equipamentos de proteção individual. Foi admitido em 02/05/2010 e desenvolveu as tarefas próprias da função citada até 02/05/2013, quando foi transferido para a função de jardineiro.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

Como tratador de porcos recebia valor equivalente a dois salários mínimos mensais e depois da transferência passou a receber um salário mínimo mensal, pois, segundo informou seu empregador, sua atuação deixou de ter finalidade econômica para ele. Em 02/12/2013 houve a ruptura da relação contratual decorrente da demissão de Antônio. Diante do exposto, responda ao que segue: a) Qual deve ser, para todos os efeitos legais (ainda que a ser reconhecido em juízo), o valor da remuneração de Antônio, tendo como referência o mês de abril de 2013? b) Indique nominalmente (denominação técnica) cada parcela componente da remuneração e seu respectivo valor. c) Qual deve ser, para todos os efeitos (ainda que a ser reconhecido em juízo) e observadas as normas de regência, o valor da remuneração de Antônio, tendo como referência o mês de novembro de 2013? d) Indique nominalmente (denominação técnica) cada parcela componente da remuneração e seu respectivo valor. e) Em decorrência da rescisão de seu contrato Antônio terá direito à multa rescisória de 40% sobre o FGTS? Justifique. QUESTÃO No 10. (ALVES, Amauri Cesar) João Pedro foi contratado em 15/08/2006 pela Indústria ABC Ltda. para o cargo de Mecânico de Manutenção II, com as seguintes atribuições: testes de máquinas industriais, realizando análise de vibrações, ruídos e temperaturas, bem como verificando alinhamentos e nivelamentos de peças e conjuntos. João Pedro já havia realizado estas mesmas atribuições em diversas outras sociedades empresárias. A partir de 03/10/2008, após realização de curso básico de qualificação, João Pedro deixou de realizar as atribuições anteriores, passando a recondicionar, usinar e ajustar peças de máquinas industriais, além de desmontar conjuntos mecânicos, substituir peças, alinhar e nivelar peças e conjuntos. João Pedro realizou estas atribuições até a rescisão do contrato de trabalho ocorrida em 01/03/2010. Maria José foi contratada pela mesma Indústria ABC Ltda. em 02/02/2009, para o cargo de Mecânico de Manutenção I, realizando as seguintes tarefas: calibragem de instrumentos e lubrificação de máquinas industriais, além de desmonte de conjuntos mecânicos, substituição de peças, alinhamento e nivelamento de peças e conjuntos. Ambos exerciam seu trabalho com igual produtividade e perfeição técnica. O contrato de Maria José vigeu até 12/03/2012. Maria José não tinha experiência anterior, mas realizara o mesmo curso que João Pedro. O salário de João Pedro sempre foi 30% superior ao de Maria José. Não há Plano de Cargos e Salários ou Quadro de Carreira. Diante do exposto e atento a todos os detalhes da avença, diga, fundamentadamente, se Maria José tem direito a equiparação salarial tendo João Pedro como paradigma. ( ) SIM ( ) NÃO Justifique, detalhada e fundamentadamente, atento ao caso concreto, aos termos da lei e à jurisprudência consolidada do TST. QUESTÃO No 11. (ALVES, Amauri Cesar) Analise as seguintes situações fáticas, simplificadas, que envolvem prestações in natura, e fixe a modalidade e a natureza jurídica da parcela habitualmente entregue: I. Veículo utilizado pelo trabalhador no desenvolvimento de suas tarefas (2ª a 6ª feira) e para levar a família para passear e visitar parentes no final de semana (sábados e domingos). II. Combustível para abastecer o veículo citado no item I, sendo R$20,00 por dia, de segunda a sexta-feira e R$30,00 por dia nos finais de semana. III. Cesta-básica, fixada em CCT, para empregados assíduos. IV. Vale-gás, fixado em ACT, para empregados casados. V. Telefone celular, utilizado no serviço e em atividades privadas. VI. Plano de Saúde, fixado em CCT, para empregados que aderirem. VII. Vale-transporte. VIII. “Benefício do Trabalhador”, pago todo dia 15 do ano de 2015, para comemorar 15 anos de aniversário da sociedade empresária empregadora. Vistas tais parcelas, indique sua modalidade e sua natureza jurídica. QUESTÃO No 12. (ALVES, Amauri Cesar) João Pedro foi admitido em 02/02/2006 por Terceirização em Limpeza Ltda. para desenvolver as tarefas próprias de faxineiro (limpeza de banheiros e grandes áreas). Durante sua prestação laborativa, que se manteve até 02/02/2014, João Pedro teve como

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

tomadores dos seus serviços as seguintes pessoas e respectivas datas, sempre nas cidades de Confins e Belo Horizonte: Infraero (02/02/06 a 02/02/08), Shopping Compras (03/02/08 a 02/02/10), Município de Belo Horizonte, Parque Municipal, (03/02/10 a 02/02/12) e Shopping Popular Indígena (03/02/12 a 02/02/14). Maria José também trabalhou para Terceirização em Limpeza Ltda., no período compreendido entre 02/02/2010 e 24/03/2015. Maria José trabalhou também como faxineira, limpando todo o estabelecimento empresarial do Posto de Combustíveis Central, na cidade de Nova Lima, MG, durante toda a sua prestação laborativa. João Pedro teve como última remuneração, em 2014, o valor total de R$1.315,20 (um mil, trezentos e quinze reais e vinte centavos), composta de salário-base e adicional de insalubridade. Maria José, por sua vez, recebia R$1.300,00, valor referente ao salário-base e adicional de periculosidade. Diante do exposto e atento a todos os detalhes da avença, diga, fundamentadamente, se Maria José tem direito a equiparação salarial tendo João Pedro como paradigma. ( ) SIM ( ) NÃO Justifique, detalhada e fundamentadamente, atento ao caso concreto, aos termos da lei e à jurisprudência consolidada do TST. QUESTÃO No 13. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio Silva é empregado de Cia Industrial Tecidos Leves, exercendo na sociedade empresária a função de operador de fiação, com tarefas referentes à operação de máquinas fiandeiras. Sua admissão se deu em 02/01/2010. Recebe atualmente (abril de 2015) R$1.100,00 a título de piso da categoria dos tecelões, além de insalubridade em grau médio. O empregador fornece e exige a utilização de modernos Equipamentos de Proteção Individual, nos termos de estudos tendentes a minorar os ruídos na fábrica. O empregador paga também ajuda de custo consistente em dinheiro para gasolina para que Antônio vá trabalhar em seu próprio carro (percurso casa-trabalho-casa) tendo em vista que o local de trabalho é de difícil acesso e não servido por transporte público regular. Assim, o custeio do transporte de Antônio, através de ajuda de custo, é feito pelo empregador, que lhe entrega R$250,00 mensais. Antônio demanda 2 horas por dia no deslocamento trabalho-casa-trabalho, sendo 1 hora para ir e 1 hora para voltar. O empregador instituiu, em 2008, o pagamento de “Vale Cash”, consistente em um cartão que permitia ao trabalhador comprar lanches e refeições nas lanchonetes e restaurantes da cidade. Seu valor, em dezembro de 2012 correspondia a ¼ (25%) do salário mínimo por mês. Em 2013, dada a concorrência desleal com tecidos chineses, o empregador resolveu extinguir o “Vale Cash”, vez que o instituiu por liberalidade e, à época (12/2013), resolveu também retirá-lo por iniciativa própria. O horário de trabalho na fábrica é de 08:00 às 18:00 horas, de segunda a quinta-feira, e de 08:00 às 17:00 horas às sextas-feiras, sempre com uma hora de intervalo para alimentação e descanso. Como Antônio é estudante universitário, pediu e obteve permissão para sair às 17:00 horas de segunda a quinta-feira e às 16:00 horas às sextas-feiras, pois abriu mão de seu intervalo para alimentação e descanso. Sua solicitação para tal horário especial foi apresentada ao empregador, por escrito, no dia 01/08/2012, com deferimento em 02/08/2012. Em 02/01/2015 o empregador alterou seu Departamento Jurídico, que cassou sumariamente a autorização de Antônio para sair mais cedo, obrigando-o ao cumprimento de uma hora de intervalo intrajornada. Tal medida acarretou a necessidade de trancamento da matrícula do empregado em seu curso superior, pois somente consegue chegar à universidade às 20:00 horas. Insatisfeito com tal situação, dentre outras, Antônio resolveu, em 02/04/2015, ajuizar ação trabalhista tendente a imputar justa causa ao seu empregador, dando por rescindido seu contrato. Antônio nunca gozou férias e sempre recebia seu salário no 20º dia útil de cada mês. Exemplificativamente o salário de março de 2015 foi pago no dia 20/03/2015. Seus fundamentos do pleito rescisório foram: a) não concessão de férias; b) alteração contratual ilícita de horário de trabalho; c) atraso sistemático no pagamento dos salários; d) não pagamento de horas extras consistentes em horas in itinere; e) não pagamento de horas extras decorrentes de supressão de intervalo no período 02/08/2012 a 01/01/2015. Diante do exposto responda ao que segue: a) O valor da remuneração de Antônio, para todos os efeitos legais, inclusive rescisórios (04/2015) e desconsiderados eventuais valores devidos a título de horas extras. Indique as parcelas componentes da remuneração e seu respectivo valor. b) O pedido rescisório de aplicação de justa causa será julgado procedente ou improcedente? ( ) PROCEDENTE ( ) IMPROCEDENTE Justifique, fundamentadamente.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

QUESTÃO No 14. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio Silva é empregado de Supermercados Classe A S.A., no Condomínio Alphaville, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Foi admitido em 02/02/2006 inicialmente para o exercício da função de caixa. Recebia inicialmente o piso da categoria dos comerciários em sua região e para a sua função, no valor de R$2.000,00. Seu irmão Bento Silva foi admitido na mesma data de Antônio e para trabalhar na mesma loja, mas para o exercício das funções de balconista, com salário de R$1.500,00. Em 03/03/2009 Bento foi promovido às funções de gerente de atendimento pessoa física, pois concluiu, em tal data, curso superior de Administração de Empresas, passando imediatamente a receber R$3.000,00. Seu irmão Antônio somente se formou em Administração 04/04/2011, oportunidade em que foi promovido às funções de gerente de atendimento pessoa física, com salário de R$4.000,00. Em 02/02/2012 Antônio foi promovido às funções de gerente geral de loja do período diurno, pois terminou sua Pós-Graduação em vendas. Seu salário-base passou a ser de R$5.000,00. Em 04/04/2015 Bento foi promovido às funções de gerente geral de loja do período noturno e finais de semana, com salário-base de R$6.000,00, pois também terminou sua Pós-Graduação em vendas. Vista esta última(atual) situação contratual os dois irmãos, na prática, são responsáveis por toda a gestão do empreendimento, só que cada um em seu horário... O empregador está satisfeito com o resultado de ambos, pois eles sempre cumprem suas metas. Diante de todo o exposto, responda se hoje, 12/05/2015, Antônio tem direito a equiparação salarial tendo Bento como paradigma, considerando apenas a atual situação contratual. ( ) SIM ( ) NÃO Justifique, detalhada e fundamentadamente, atento ao caso concreto, aos termos da lei e à jurisprudência consolidada do TST. QUESTÃO No 15. (ALVES, Amauri Cesar) Serinófilo Silva foi admitido formalmente como empregado celetista de Supermercados Elite Ltda. em 05/05/2005 para exercer as funções de caixa. O citado empregador paga o piso do comércio na região de Campinas, São Paulo, onde Serinófilotrabalha, o que representa, hoje, R$600,00 (seiscentos reais) mensais. Além do piso do comércio Serinófilo recebe cesta-básica sempre que não falta ao serviço durante o mês, por liberalidade do empregador, cujo valor de mercado é, hoje, R$180,00 (cento e oitenta reais). Serinófilo sempre é pontual e assíduo. Em decorrência dos constantes assaltos em seu estabelecimento comercial, a rede Supermercados Elite resolveu pagar a todos os caixas, para mantê-los na função, R$220,00 (duzentos e vinte reais) a título de adicional de perigo. Recebe vale-transporte, no valor de R$200,00 (duzentos reais) mensais. A empregadora paga, ainda, Plano de Saúde no valor de R$150,00 (cento e cinqüenta reais) mensais. A rede de Supermercados Elite paga por força de Convenção Coletiva de Trabalho que altera a natureza ordinária da parcela, ticket alimentação, no valor de R$260,00 (duzentos e sessenta reais) por mês. Paga, ainda, quebra de caixa, no valor de R$80,00 (oitenta reais) mensais, sem caráter contraprestativo por força de CCT. Visto que o caixa é também responsável pela constante limpeza de seu posto de trabalho, há o pagamento de adicional de insalubridade em grau mínimo, visto o contato com produtos químicos. O supermercado paga, por fim, ajuda de custo para cada caixa, no valor de R$75,00 (setenta e cinco reais) mensais. 6.1.) Diante do exposto, com base no caso concreto acima narrado, com prevalência do princípio da primazia da realidade sobre a forma se e quando for pertinente, identifique o valor e natureza jurídica de cada uma das seguintes parcelas, justificando o exposto nos termos da melhor doutrina e da jurisprudência hodierna: a) piso do comércio. - modalidade:1 - valor: - natureza jurídica2: - justificativa: b) cesta-básica. - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa:

1 Salário, abono, adicional, gratificação, comissões, prêmio, quebra de caixa, ajuda de custo, diária para

viagem, utilidade salarial, utilidade não-salarial. 2 Remuneratória ou não-remuneratória.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

c) adicional de perigo. - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa: d) vale-transporte. - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa: e) Plano de Saúde - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa: f) ticket alimentação - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa: g) quebra de caixa - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa: h) adicional de insalubridade - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa: i) ajuda de custo - modalidade: - valor: - natureza jurídica: - justificativa: 6.2) Diante do exposto, com base no caso concreto acima narrado, identifique o valor total da remuneração (complexo salarial) de Serinófilo. QUESTÃO No 16. (ALVES, Amauri Cesar) Analise o seguinte caso concreto e, ao final, responda ao que foi proposto. Antônio, Pedro e José foram admitidos em 05/05/2005 por Indústria de Móveis Milão S.A., em Carapicuiba, São Paulo, para o exercício das funções de marceneiro. Todos recebiam, entre 2007 e 2010, R$1.000,00 mensais a título de salário-base. Em 06/06/2006 Antônio sofreu acidente de trabalho em uma máquina de corte de madeira, tendo perdido sua mão direita. Antônio ficou afastado do trabalho até 07/07/2007, quando voltou às funções de marceneiro. Logo após, visto não ter conseguido preservar a mesma aptidão para tal trabalho, Antônio foi treinado para o exercício das funções de auxiliar de serviços gerais, mantido o mesmo salário anterior. Além do salário mantido, Antônio recebia, desde 07/07/2007, benefício previdenciário consistente em auxílio-acidente, no valor de R$300,00 mensais. Ocorre que Maria, também auxiliar de serviços gerais, admitida em 07/07/2007, ajuizou, em 24/05/2009, ação trabalhista em desfavor de Móveis Milão S.A., em que requereu equiparação salarial com Antônio, pois ela sempre recebeu um salário mínimo mensal. Antônio e Maria exercem idêntica função, na mesma localidade, para o mesmo empregador, sem distinção de produtividade ou perfeição técnica. Além disso, Pedro e José também ajuizaram ação trabalhista em que requereram equiparação salarial com Antônio, vez que este, ao final de cada mês trabalhado no período entre 07/07/2007 e 07/07/2008 recebia, ao todo, R$1.300,00. Durante o período em que desenvolveu as atividades de auxiliar de serviços gerais Antônio trabalhou ao lado de Cláudia, esposa do encarregado da Indústria de Móveis Milão S.A., Sr. Bernardino. Cláudia, embora admitida em 24/05/2009, em substituição a Maria e nas mesmas condições laborativas da

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

substituída, recebia R$1.300,00 a título de salário. Antônio, em decorrência de tais fatos, pretende, também, equiparação salarial com Cláudia, mas somente ajuizará ação em 2012, quando terá direito à aposentadoria por tempo de serviço. a) Maria tem direito à equiparação salarial com Antônio? ( ) SIM ( ) NÃO. Justifique. b) Pedro e José fazem jus à equiparação salarial com Antônio? ( ) SIM ( ) NÃO. Justifique. c) Antônio terá direito à equiparação salarial com Cláudia? ( ) SIM ( ) NÃO. Justifique. QUESTÃO No 17. (OAB, FGV, Exame de Ordem Unificado, 03/2010). Determinada loja de um shopping center concede mensalmente a todos os seus empregados um vale-compras no valor de R$ 200,00 (duzentos reais), por força de norma regulamentar, para que eles possam utilizá-lo em qualquer estabelecimento do shopping. Além disso, fornece ajuda-alimentação, sendo participante de Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT, aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O sindicato representante da categoria profissional de seus empregados vem reivindicando que os valores de ambos os benefícios sejam considerados no cálculo das verbas contratuais dos trabalhadores. Com base na situação hipotética, na condição de advogado consultado pela empresa, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Os valores correspondentes ao vale-compras devem integrar a base de cálculo das verbas contratuais dos empregados? Justifique. b) Os valores correspondentes à ajuda-alimentação integram os salários dos empregados? Justifique. QUESTÃO No 18. (ALVES, Amauri Cesar) José da Silva é empregado de Indústria de Colchões Sono dos Justos S.A. e desenvolve tarefas próprias de operador de máquina de revestimento dos colchões produzidos na fábrica em São Sebastião do Monte Alto, em Minas Gerais. É filiado ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Colchões de Minas Gerais (fictício) desde 02/10/2010, ou seja, um dia após sua admissão, que se deu, de início, através de contrato de experiência de 45 dias, renovado por mais 45. Em 22/09/2013 recebeu de seu empregador Aviso Prévio. Em 04/10/2013, conforme entendimentos anteriores, registrou sua candidatura ao cargo de dirigente sindical de seu ente de representação coletiva. Integrou a lista na décima sexta posição, tendo sido eleito em 03/10/2013. Ocorre que seu empregador terminou o contrato ao final do prazo do aviso prévio. Insatisfeito, pretende ajuizar ação trabalhista tendente à sua reintegração imediata. Diante do exposto, responda ao que segue: a) Na condição de Advogado do empregador e nos termos da jurisprudência consolidada do TST diga os fundamentos para a manutenção da dispensa levada a efeito. b) Na condição de Advogado do trabalhador e nos termos da Constituição da República diga os fundamentos para a reintegração de José da Silva. QUESTÃO No 19. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio recebe de seu empregador Indústria de Autopeças S.A., para o exercício das funções de eletricista, o piso salarial de sua categoria, hoje fixado em R$2.100,00. Trabalha internamente ao estabelecimento, na operação das máquinas, de 08:00 às 18:00h., com uma hora de intervalo para alimentação e descanso, de 2ª a 6ª feira. Recebe ajuda de custo no valor de R$350,00. Recebe adicional de periculosidade. Almoça em refeitório na sede da indústria, nos termos das regras do Programa de Alimentação do Trabalhador, ao custo mensal para o seu empregador de R$270,00. Diante do exposto, fixe e responda: a) remuneração: b) A ajuda de custo integra o salário? Justifique. c) A ajuda de custo integra a remuneração? Justifique. d) A alimentação integra a remuneração? Justifique. QUESTÃO No 20. (ALVES, Amauri Cesar) Computadores Avançados Indústria S.A., como o nome

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

indica, é sociedade empresária industrial da área de tecnologia, que contrata trabalhadores por produção para que assim possa incentivar seus empregados, que recebem trinta reais por microcomputador integralmente montado. O empregador recebe de fornecedores as peças e faz a montagem e a comercialização dos equipamentos. Bernardo trabalha 44 horas semanais (220 horas mensais) e recebe, em média, R$3.000,00 por mês de seu empregador. Antônio tem contrato a tempo parcial firmado com o empregador, recebe, em média, R$2.000,00 mensais e trabalha 22 horas por semana (110 horas mensais). Insatisfeitos com tal situação, ambos pretendem buscar em juízo equiparação salarial em ação a ser ajuizada em desfavor do empregador. Ambos foram admitidos na mesma data e são técnicos em informática. Diante do exposto, responda: a) Bernardo tem direito a equiparação salarial tendo Antônio como paradigma? Justifique. b) Antônio tem direito a equiparação salarial tendo Bernardo como paradigma? Justifique. QUESTÃO No 21. (ALVES, Amauri Cesar) Augusto Jr., auxiliar de serviços gerais (limpeza industrial), é trabalhador empregado terceirizado admitido por Terceirização Rápida Ltda., que por sua vez tem cerca de 100 clientes que atuam na área industrial e mecânica. Augusto trabalha há muitos anos para a Terceirização Rápida Ltda., mas através de dezenas de contratos por tempo determinado, pois em cada contrato presta serviços diferentes, para tomadores diversos. Em 05/07/2013 foi admitido novamente por Terceirização Rápida Ltda. para exercer as funções de limpeza industrial pesada na Fábrica de Peças Óleo e Graxa Ltda., com duração contratual prevista de 3 meses, vista a necessidade transitória da mão-de-obra, ocasionada por término de uma grande reforma na planta industrial. Ocorre que a reforma não foi executada a contento, e uma grande estrutura metálica caiu nas costas de Augusto em 05/08/2013, o que ocasionou seu afastamento previdenciário por mais de 30 dias. Augusto retornou ao trabalho em 05/09/2013 e teve seu contrato findo em 05/10/2013, pois terminou também o contrato mantido entre Terceirização Rápida Ltda. e Fábrica de Peças Óleo e Graxa Ltda., não havendo mais empregados daquela na unidade industrial desta. Inconformado com a situação, pois não consegue novo emprego em decorrência do acidente (sente muitas dores), procura V.Sa. para esclarecimentos, pois seu ex-empregador lhe disse o seguinte, litteris: 1) empregados contratados por tempo determinado não possuem estabilidade; 2) não há mais tarefas para o trabalhador na Fábrica de Peças Óleo e Graxa Ltda; 3) a responsabilidade pelo acidente é da Fábrica de Peças Óleo e Graxa Ltda., pois o equipamento que caiu pertence a ela; 4) o contrato firmado não pode ultrapassar 3 meses. Diante do exposto responda ao que segue, atento especificamente ao que for perguntado: a) Augusto Jr. terá direito à garantia provisória de emprego? Justifique juridicamente, dizendo, também, a fundamentação legal e/ou jurisprudencial se houver. b) Contra quem deverá demandar Augusto Jr., se for o caso, eventual reintegração ao emprego? Justifique. QUESTÃO No 22. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio foi admitido em 01/06/2008, para o desenvolvimento das tarefas próprias de operador de máquinas industriais, com salário-base fixado em R$1.000,00. O empregador, Indústria “A” Ltda., contratou perícia de ambiente de trabalho que reconheceu, no dia da admissão de Antônio, a presença de agentes insalubres exclusivamente na área na industrial e em grau máximo. O laudo reconheceu que o trabalho era executado em condições insalubres, mas de modo intermitente. Em 02/07/2008 o empregador resolveu comprar os mais modernos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para todos os trabalhadores da área industrial, facultando a eles a possibilidade do uso, sendo que Antônio preferia, por comodidade, não usá-los. Em 02/08/2009, Antônio foi transferido para a área administrativa do estabelecimento por medida unilateral do empregador, mantido o mesmo salário-base. O empregador nunca pagou adicional de insalubridade. Antônio, em 28/10/2011, resolveu questionar seu empregador a respeito do pagamento do referido adicional. Insatisfeito com o questionamento, o patrão dispensou Antônio por justa causa, que por sua vez ajuizou ação trabalhista com fundamento na supressão do pagamento do adicional de insalubridade. Na oportunidade apresentou pedido, também, do pagamento retroativo do adicional no período compreendido entre 01/06/2008 e 28/10/2011. Por fim, pleiteou a reversão da justa causa. Diante do exposto, responda ao seguinte, desconsiderando eventual prazo prescricional: a) Deve haver pagamento retroativo do adicional de insalubridade referente ao período compreendido entre 01/06/2008 e 01/07/2008? Justifique. b) Caso haja adicional de insalubridade, qual será o seu valor?

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

c) Deve haver pagamento retroativo do adicional de insalubridade referente ao período compreendido entre 02/07/2008 e 01/08/2008? Justifique. d) Deve haver pagamento retroativo do adicional de insalubridade referente ao período compreendido entre 02/08/2008 e 28/10/2011? Justifique. e) Antônio faz jus à reversão da justa causa aplicada? Justifique. QUESTÃO No 23. (ALVES, Amauri Cesar) A imprensa mineira divulgou, com alguma pilhéria, tempos atrás, situação laboral envolvendo dois empregados de uma rede de supermercados e que trataremos, aqui, no plano hipotético. Tirôncio e Sinbrônio são empregados celetistas de Supermercados Super Vosso Ltda., ambos atendentes no açougue do estabelecimento citado, e admitidos em 02/01/2011. Por diversos dias Tirôncio chamou Sinbrônio de “Tufão”, vez que, segundo fofocas no estabelecimento empresarial, este teria sido traído pela esposa. Na última sexta-feira, insatisfeito, Sinbrônio pegou uma faca (disponível no açougue) e agrediu Tirôncio, que foi levado ao hospital apenas para suturas, vez que não correu risco de morte em decorrência das agressões. Nenhum dos dois empregados havia sido punido anteriormente, tendo ambos boa conduta laboral. Na condição de Advogado dos Supermercados Super Vosso Ltda., apresente fundamentação jurídica sobre qual deve ser a punição aos trabalhadores envolvidos na briga, caso haja possibilidade de aplicação de penas. Trate individualmente da situação de Tirôncio e Sinbrônio. Para tanto trabalhe expressamente os requisitos objetivos, subjetivos e circunstanciais desenvolvidos pela doutrina para a aplicação de punição trabalhista. QUESTÃO No 24. (ALVES, Amauri Cesar) Antônia, comerciária, prestava serviços como vendedora em uma loja de roupas e calçados, sendo obrigada a adquirir produtos vendidos na loja para utilizá-los durante seu expediente. Insatisfeita com a situação resolve buscar judicialmente o ressarcimento dos valores gastos (R$500,00 mensais) em média. A empregadora alegou em defesa que era obrigatório o uso de roupas e calçados vendidos na loja, mas que cada vendedor poderia adquirir os produtos com 40% de desconto. Alegou a empregadora, também, que não impunha o uso de uniformes, mas de roupas que poderiam ser usadas nas mais diversas ocasiões, como eventos, festas, dias de folga, etc. Antônia trabalhava em shopping center, no horário de 10:00h. às 16:00 horas, de terça-feira a domingo, sem interrupção, recebendo 2% de comissões sobre as vendas, o que lhe rendia, em média, R$3.500,00 mensais, sem que lhe fosse pago, em valores fixos, o salário-base (salário normativo ou piso da categoria) previsto na Convenção Coletiva de Trabalho dos comerciários, hoje fixado em R$650,00. a) DIANTE DO EXPOSTO, diga, fundamentadamente, se Antônia deverá ser ressarcida. ( ) Deverá ser ressarcida. ( ) Não deverá ser ressarcida. Justificativa. b) DIANTE DO EXPOSTO, qual deve ser a remuneração mensal de Antônia? Justifique a resposta anterior com a identificação da(s) parcela(s) componente(s) da remuneração mensal de Antônia. QUESTÃO No 25. (ALVES, Amauri Cesar) Joaquim foi admitido como caseiro do Sítio Fartura, de propriedade do Sr. Beneditino Froes, na cidade de Guaracema, RJ. O sítio serve ao descanso familiar nos finais de semana, e foi adquirido por Beneditino em 02/02/2002, ocasião em que imediatamente contratou Joaquim para trabalhar como caseiro, sem vínculo empregatício e sem registro em CTPS, vez que já é ele aposentado por tempo de serviço (INSS). Antunes é vizinho do sítio e primo de Beneditino, e colabora com este na fiscalização diária dos trabalhos de Joaquim. Durante cinco anos Beneditino teve grandes despesas com o sítio, tendo então pensado em vendê-lo. Seus filhos, entretanto, insistiram para que o pai não o fizesse, tendo sugerido formas de criar renda exclusivamente para a manutenção do sítio. Assim, passaram a alugar o sítio nas ocasiões em que não era utilizado pela família. Passaram, também, a produzir hortaliças, legumes, leite e ovos para vender na região. O objetivo específico sempre foi o de equilibrar as contas do sítio, e nunca obtiveram qualquer lucro com as medidas implementadas, pois não objetivavam lucro, mas conseguiram reduzir os prejuízos mensais de manutenção do local, que passou a ser minimamente autossustentável. Joaquim, na condição de caseiro, residia no sítio, em uma pequena casa ao lado da sede, cujo valor de uso é orçado em R$200,00 mensais. Recebe um salário mínimo por mês a título de salário-base. Além disso, pode utilizar parte do que é produzido no sítio para consumo

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

próprio, o que faz com que economize R$150,00 mensais com alimentação. A renda mensal da família de Joaquim (esposa e filhos) é complementada com sua aposentadoria por tempo de serviço, que hoje é de R$750,00. Joaquim trabalha todos os dias da semana, exceção das terças-feiras, que é seu dia de descanso. Diariamente acorda às 06:00 horas, toma seu café e inicia as obrigações diárias no sítio, que somente são interrompidas às 12:00 horas, para almoço. Às 13:00 horas Joaquim retoma suas tarefas, que terminam às 16:00 horas. Findas as obrigações descansa em sua casa, aproveitando para vigiar a propriedade. Em 30/06/2012 Joaquim resolveu se demitir, pois pretende, doravante, apenas descansar. Assim, avisou a Beneditino que seu contrato somente seria mantido até o dia 29/07/2012. a) Qual o valor da remuneração de Joaquim? a.1) Indique a(s) parcela(s) componente(s) da remuneração de Joaquim. b) Qual é a data de terminação do contrato mantido? b.1) Qual é a modalidade de terminação do contrato? b.2) Liste, se houver, os direitos rescisórios de Joaquim. QUESTÃO No 26. (ALVES, Amauri Cesar) Cláudia era vendedora de roupas na Loja de Roupas “C” Ltda., à qual se vinculou através de um especial contrato de terceirização. Cláudia se vinculou à TerceirizaVendas para o fornecimento de mão-de-obra em vendas para a Loja de Roupas “C” Ltda. Cláudia, comissionista, recebia, única e exclusivamente, 0,5% sobre o valor das vendas realizadas, não tendo nenhum direito trabalhista, pois, segundo José Silva, não era empregada, por força da terceirização. Assim a trabalhadora terceirizada Cláudia trabalhava na Loja de Roupas “C” Ltda., de segunda-feira a sábado, no horário de 09:00 às 22:00 horas, com intervalo de uma hora para alimentação e descanso. Em média recebia R$700,00 a título de comissão. Nada mais. Recebia ordens de Maria Silva, esposa de José Silva, sócia da Loja de Roupas “C” Ltda. Bianca também é vendedora da Loja de Roupas “C” Ltda., mas, por ser formada em biblioteconomia, recebia 1,0% de comissão sobre as vendas e foi admitida formalmente como empregada da Loja de Roupas “C” Ltda. Em média, por mês, recebia também R$700,00 a título de comissão. Também trabalhava de 09:00 às 22:00 horas, mas, como era comissionista, não recebia horas extras. Bianca também recebia ordens de Maria Silva. Ambas as vendedoras iniciaram o trabalho em 01/02/2005 e terminaram a avença em 02/02/2012, a primeira por ter optado pela demissão, e a segunda em decorrência de dispensa.É possível a equiparação salarial entre Cláudia (paradigma) e Bianca (equiparando)? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique. QUESTÃO No 27. (OAB, XIII Exame Unificado) Maria, empregada de uma panificadora, adotou uma criança em idade de alfabetização. Quando da adoção, obteve a informação de que faria jus à licença-maternidade, daí decorrente. Em conversa com seu empregador, Maria foi informada que não desfrutava do mencionado benefício. Diante do caso concreto (e não em tese), disserte sobre ter ou não Maria direito à licença-maternidade e à garantia provisória de emprego. QUESTÃO No 28. (OAB, XIII Exame Unificado) Os garçons e empregados do restaurante Come Bem Ltda. recebem as gorjetas dadas pelos clientes, de forma espontânea, uma vez que não há a cobrança obrigatória na nota de serviço. Diante do exposto e nos termos da jurisprudência consolidada do TST, fixe: a) a natureza jurídica das gorjetas. b) a sua integração (ou não) em parcelas de natureza remuneratória (complexo salarial). QUESTÃO No 29. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio é médico, empregado do Hospital Geral de Clínicas Médicas de São Gonçalo de Minas Novas S.A., admitido em 01/01/2013 e dispensado em 01/06/2014, recebendo piso da categoria. Arlindo é atendente de triagem, servidor público municipal lotado na Secretaria Municipal de Saúde, admitido em 01/01/2014 e dispensado em 01/06/2014, recebendo piso da categoria. Álvaro é auxiliar de serviços gerais, empregado do Hospital Geral de Clínicas Médicas de São Gonçalo de Minas Novas S.A., admitido em 01/01/2013 e com contrato em vigor, recebendo atualmente o piso da categoria. Nenhum dos três é sindicalizado. No último mês de seus contratos, em decorrência de excesso de trabalho, os trabalharam 50 horas por semana. Diante da situação hipotética acima descrita, responda ao que segue:

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

a) Qual será o valor do salário de Antônio para fins rescisórios, vistas as datas de admissão e dispensa? Justifique. b) Qual será o valor do atual salário de Álvaro? Justifique. c) Qual é o sindicato representativo de Arlindo? ( ) Sindicato dos Profissionais de Saúde de São Gonçalo de Minas Novas (fictício). ( ) Sindicato dos Servidores Públicos de São Gonçalo de Minas Novas (fictício). ( ) Sindicato dos Médicos de São Gonçalo de Minas Novas (fictício). ( ) Sindicato dos Atendentes de Triagem de São Gonçalo de Minas Novas (fictício). Justifique. d) Vistas estritamente as informações do texto e as normas jurídicas em vigor no Brasil, diga qual será o menor valor a ser pago a Arlindo como contraprestação por seu trabalho. Justifique. e) É lícita, nos termos da jurisprudência majoritária, a cobrança de Contribuição Confederativa a ser feita nos salários de Antônio, Arlindo e Álvaro? ( ) SIM, ( ) NÃO. Justifique. QUESTÃO No 30. (ALVES, Amauri Cesar) Avalie a seguinte situação hipotética e ao final responda aos questionamentos que seguem. Sociedades empresárias empregadoras do ramo metalúrgico da cidade de Betim, MG, representadas por seu ente coletivo de base municipal, firmaram ajuste negocial coletivo com seu contraponto de mesma base em que houve previsão de pagamento de Participação nos Lucros e Resultados no 5º dia útil do mês de junho de 2015. Tal ajuste foi firmado em 20/03/2015 e com vigência de dois anos. Na data aprazada os empregadores, por seu representante coletivo, disseram-se majoritariamente sem condições de cumprir a obrigação em decorrência de crise econômica. Alguns empregadores, entretanto, por decisão própria, cumpriram a obrigação, enquanto a maioria não o fez. O ente coletivo de base representante dos trabalhadores resolveu convocar assembleia da categoria para decidir como agir, oportunidade em que a maioria decidiu pela paralisação das atividades, observadas as formalidades legais. Os trabalhadores que receberam a PLR a tempo e modo não aderiram ao movimento. A maior sociedade empresária na base territorial da categoria é a ITAL Automóveis S.A., que também não pagou o valor devido, tendo lá se concentrado o maior contingente de trabalhadores paredistas. Mesmo em tal sociedade empresária a adesão não foi da maioria dos trabalhadores, pois muitos temem o desemprego, embora tenha sido significativa a participação. O ente coletivo representativo patronal diz ser a paralisação abusiva, pois em curso norma coletiva assinada e registrada recentemente. Sustenta e comprova também não ter havido decisão e principalmente participação de 50% + 1 dos trabalhadores, o que torna inviável seu reconhecimento como movimento coletivo lícito. Diante do exposto, responda ao que segue: a) Qual foi o instrumento firmado entre as partes envolvidas no conflito sociocoletivo? b) Qual é o ente coletivo representante dos trabalhadores no caso concreto? ( ) Sindicato dos Montadores Automobilísticos de Betim. ( ) Sindicato dos Trabalhadores da ITAL Automóveis S.A. ( ) Sindicato dos Metalúrgicos de Betim. ( ) Federação dos Trabalhadores na Indústria de Minas Gerais. ( ) Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria. Justifique. c) Qual é o ente coletivo representante dos empregadores no caso concreto? ( ) Sindicato dos Metalúrgicos de Betim. ( ) Sindicato da Indústria Metalúrgica de Minas Gerais. ( ) Sindicato da Indústria Metalúrgica de Betim. ( ) Federação da Indústria de Minas Gerais. ( ) Confederação Nacional da Indústria. Justifique. d) O valor a ser pago a título de PLR integra a remuneração dos trabalhadores? Justifique. e) Houve greve? ( ) Sim, greve típica e lícita. ( ) Sim, greve típica e abusiva. ( ) Sim, greve atípica.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

( ) Não. Justifique, observados os termos da assertiva marcada por você. QUESTÃO No 31. (ALVES, Amauri Cesar) Sociedade Empresária Transportes Rodoviários de Cargas S.A. (SETRC S.A.), com sede em Belo Horizonte, MG, firma múltiplos ajustes coletivos com sindicatos diversos, vistas as suas atividades desenvolvidas e a variedade de profissionais envolvidos. Sua maior preocupação é com a duração do trabalho de seus empregados, principalmente após a edição da nova “lei dos motoristas”. Antônio Augusto é vigia empregado de SETRC S.A. Suas funções dizem respeito ao controle de acesso à garagem central de seu empregador. Bernardo Bento é vigilante de escolta de mercadorias eletrônicas, terceirizado por Vigilância Motorizada Ltda. Suas tarefas consistem em se colocar ao lado do motorista da SETRC S.A. durante as entregas de produtos eletrônicos, sempre de arma em punho. Cláudio Castro é motorista empregado de SETRC S.A. e faz a entrega dos produtos eletrônicos, sempre acompanhado por um vigilante. SETRC S.A. firmou inicialmente ajuste coletivo normativo com o sindicato representativo de Antônio, oportunidade em que concedeu ticket alimentação condicionado à produtividade, cesta-básica condicionada à assiduidade e 14º salário, tudo para conseguir do sindicato a “jornada 12 x 36” com parcelamento do intervalo para alimentação e descanso em 6 pausas de 10 minutos, mas remuneradas e incluídas na jornada. Assim, o horário de Antônio é de 07:00 às 19:00 horas, em sistema 12 x 36. Depois de tão significativa conquista SETRC S.A. firmou com o sindicato representativo de Bernardo a mesma situação referente à duração do trabalho, com ajuste coletivo específico e previsão de pagamento de adicional de periculosidade para aqueles que atuassem armados, conforme o permissivo da Lei 7.102/1983, bem como pagamento de 14º salário. Com o sindicato representativo de Cláudio a SETRC S.A. firmou ajuste coletivo em que houve a fixação de “fracionamento de intervalos compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados, não descontados da jornada”, nos termos do permissivo contido na lei, conforme interpretação dos advogados dos sindicatos. Houve, neste caso, concessão de 14º salário. Diante do exposto responda ao que segue, lembrando-se que a situação é hipotética, assim como são hipotéticos os sindicatos nominados: a) Fixe a agregação sindical de Antônio Augusto: ( ) Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais. ( ) Sindicato dos Vigias de Belo Horizonte. ( ) Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana de Belo Horizonte. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Carga de Minas Gerais. Justifique. b) Fixe a agregação sindical de Bernardo Bento: ( ) Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais. ( ) Sindicato dos Vigias de Belo Horizonte. ( ) Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana de Belo Horizonte. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Carga de Minas Gerais. Justifique. c) Fixe a agregação sindical de Cláudio Castro: ( ) Sindicato das Empresas de Transporte de Minas Gerais. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Belo Horizonte. ( ) Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana de Belo Horizonte. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Carga de Minas Gerais. Justifique. d) Qual a natureza jurídica do 14º salário neste caso concreto? Especifique e justifique. e) Antônio Augusto também tem direito ao adicional de periculosidade, vistos especificamente os termos da CLT? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique. QUESTÃO No 32. (ALVES, Amauri Cesar) Segundo informações da imprensa carioca, um grupo de algumas centenas de garis do Rio de Janeiro se aproveitaram do período de Carnaval para deflagrar um movimento que denominaram “greve dos garis”. Ocorre que já havia em curso um ajuste normativo firmado entre o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

Município e a CONLURB, Companhia Municipal de Limpeza Urbana. Ambos os sujeitos coletivos exigiam dos trabalhadores ausentes ao trabalho o respeito àquilo que já havia sido negociado autonomamente e o imediato retorno das coletas. Insatisfeitos com os termos (sobretudo salário) fixados no ajuste, resolveram algumas lideranças políticas manter a paralização das atividades de coleta de lixo na capital fluminense. Aproveitando-se da publicidade e das repercussões negativas da ausência de coleta a CONLURB chamou o Sindicato dos Trabalhadores para novo ajuste e ajustou novo piso, através de aditivo à pactuaçãoanterior. Analise juridicamente as duas situações: a) A ação dos garis insatisfeitos naquele momento observou todos os princípios específicos de Direito Coletivo do Trabalho? ( ) SIM ( ) NÃO. Justifique. b) Qual foi o ajuste coletivo inicial firmado entre os sujeitos coletivos envolvidos na situação carioca? Justifique. c) O novo piso fixado alcançará a todos os empregados de empresas de asseio e conservação da cidade do Rio de Janeiro, aí incluídos aqueles que laboram em condomínios? ( ) SIM ( ) NÃO. Justifique. QUESTÃO No 33. (ALVES, Amauri Cesar) Hospital Pronto Socorro Fraturas Ltda. (fictício) é sociedade empresária limitada com sede na cidade de Nova Lima, MG, e conta atualmente com o trabalho de 100 profissionais, sendo 80 diretamente contratados e 20 terceirizados. 100% dos atendimentos do hospital são realizados através de convênio com o Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde. André é médico e atende na emergência; João é advogado e atua como Gerente de Pessoal do Hospital; Paulo é ascensorista e trabalha nos elevadores do hospital; Cláudioé pedreiro e bombeiro hidráulico, e trabalha com reparos na infraestrutura do prédio; Joaquim é fisioterapeuta terceirizado, e trabalha na reabilitação dos pacientes que querem contratar seus serviços, sendo empregado de Terceirização em Saúde Ltda, para quem trabalha durante 30 horas por semana, força do disposto na Lei 8.856, de 1º de março de 1994. O sócio gerente do Hospital é o Dr. Dante, que prefere seguir, para todos os seus empregados, o disposto na Convenção Coletiva de Trabalho firmada entre o Sindicato dos Servidores da área da Saúde de Nova Lima (fictício) e o Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (fictício). Diante do exposto, fixe a agregação de cada trabalhador ao sindicato: a) A agregação sindical de André se dá com: ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Servidores da área da Saúde de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados em Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte (fictício). ( ) Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (fictício). Justifique de modo fundamentado b) A agregação sindical de João se dá com: ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Advogados de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Gerentes de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Servidores da área da Saúde de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (fictício). Justifique de modo fundamentado. c) A agregação sindical de Paulo se dá com: ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Servidores da área da Saúde de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Ascensoristas de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados em Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte (fictício). ( ) Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (fictício). Justifique de modo fundamentado. d) A agregação sindical de Cláudio se dá com: ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais de Nova Lima (fictício).

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

( ) Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Pedreiros de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados em Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte (fictício). ( ) Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Servidores da área da Saúde de Nova Lima (fictício). Justifique de modo fundamentado. e) A agregação sindical de Joaquim se dá com: ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Servidores Públicos de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Fisioterapeutas de Nova Lima (fictício). ( ) Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados em Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte (fictício). ( ) Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Servidores da área da Saúde de Nova Lima (fictício). Justifique de modo fundamentado. QUESTÃO No 34. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio Bento é vigilante terceirizado, contratado em 01/02/2010 por DKG Vigilância S.A., e atualmente presta serviços na cidade de Belo Horizonte, MG, no Banco Fortuna Ltda. A citada sociedade empresária empregadora (interposta) mantém vínculo contratual civil com diversos bancos no estado de Minas Gerais, dentre eles Banco Sorte S.A. e Banco Lucro Fácil Ltda., ambos com sede na capital mineira. Antônio Bento é sindicalizado desde a sua admissão. Em 01/02/2014 Antônio ficou sabendo de eleições no seu sindicato e resolveu conversar com Mário Sérgio, então diretor, sobre a possibilidade de ingressar na chapa, o que teria que se dar até 01/03/2014, prazo final de inscrições, o que ocorreu. O pleito ocorreu em 15/03/2014, tendo sido eleita chapa única, sendo Antônio o 14o inscrito na referida lista (suplente de diretor). A posse festiva ficou marcada para o dia 05/04/2014, em jantar na sede do sindicato. Em 01/04/2014 o Banco Fortuna Ltda. encerrou suas atividades, após grave crise financeira. Assim, DKG Vigilância S.A. resolveu dispensar todos os seus empregados que trabalhavam como terceirizados no Banco Fortuna Ltda., dentre eles Antônio Bento, a partir de 02/04/2014. Antônio Bento, inconformado, procura seu escritório para consulta. Diante do exposto, responda ao que segue: a) Qual é a agregação sindical de Antônio Bento? ( ) Sindicato dos Bancários de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Prestadores de Serviços em Segurança de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato das Empresas de Vigilância de Minas Gerais (fictício). Justifique. b) Antônio Bento tem, nos termos da jurisprudência consolidada do TST, direito à garantia provisória de emprego? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique. QUESTÃO No 35. (ALVES, Amauri Cesar) CordonoldoHerrs Comércio, Serviços e Exportações Ltda. é sociedade empresária que atua em diversas atividades econômicas, como plantio/colheita do café em fazenda própria, comercialização de sacas (próprias e de terceiros), passando por toda a logística de exportação de grãos para diversos produtores rurais na cidade de Lucas do Rio Verde. Seu Balanço Anual 2013 demonstra que 40% das receitas dizem respeito à produção de café na fazenda da sociedade empresária; 15% comercialização de café próprio, 10% comercialização de café de terceiros; 25% com transporte de grãos próprios de terceiros e 10% com prestação de serviços de logística em importação para produtores rurais de sua cidade. Conta em seus quadros com 400 empregados diretos, nas mais diversas atividades profissionais, vista a multiplicidade de objetivos empresariais. O diretor geral da sociedade empresária tem dúvidas com relação ao desconto/pagamento de contribuições sindicais. Diante do exposto, responda ao que segue: a) Como se dará a agregação dos trabalhadores Médicos, Advogados, Psicólogos e Advogados? b) A quem deverá o empregador recolher o "imposto sindical" referente aos seus empregados que

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

não tenham profissão regulamentada e não constituam categoria diferenciada? ( ) Sindicato dos Rodoviários de Lucas do Rio Verde (fictício) ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Lucas do Rio Verde (fictício) ( ) Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde (fictício) ( ) Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços de Lucas do Rio Verde (fictício) ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Exportação de Lucas do Rio Verde (fictício) Justifique. c) De todos os empregados de CordonoldoHerrs Comércio, Serviços e Exportações Ltda. quais, genericamente e em tese, deverão pagar contribuição confederativa, nos termos da jurisprudência consolidada do TST? QUESTÃO No 36. (ALVES, Amauri Cesar) Antônio, Arlindo e Álvaro são motoristas do transporte coletivo municipal da cidade de São Gonçalo de Minas Novas, (fictícia) que tem hoje 300.000 habitantes, e são adversários políticos dos dirigentes do sindicato representativo de sua categoria. São empregados de Empresa de Ônibus Lucros Sem Riscos S.A. e perderam a última eleição para a direção do sindicato, realizada em 02/02/2014, embora tenham inscrito regularmente sua chapa. Em 10/10/2013, após greve de 5 dias, houve assinatura e registro de Convenção Coletiva de Trabalho no âmbito da categoria no município citado. Aproveitando-se do momento conturbado do país (protestos, greves, copa do mundo, eleições) resolvem Antônio, Arlindo e Álvaro debater com seus colegas, empregados da Empresa de Ônibus Lucros Sem Riscos S.A., as condições de trabalho deficientes em que se encontram. Compreenderam todos, após reunião que contou com a presença de 80% dos motoristas e cobradores, que ganham menos do que deveriam ganhar, que trabalham muito e que os patrões enriquecem a cada dia. Assim, resolveram Antônio, Arlindo e Álvaro, liderar uma paralisação total das atividades laborativas na Empresa de Ônibus Lucros Sem Riscos S.A. A reunião que decidiu pela paralisação aconteceu no dia 20/05/2014 na porta da sociedade empresária empregadora. A empregadora foi avisada no dia seguinte, o sindicato foi notificado dois dias depois e a paralisação começou em 25/05/2014. À imprensa os empregados paralisados se identificaram como “dissidência” do sindicato e que tinham a seguinte pauta: reajuste salarial de 10%; redução da jornada de 7 para 6 horas; Participação nos Lucros e Resultados. A paralisação terminou em 28/05/2014, após dispensa de Antônio, Arlindo e Álvaro, sem justa causa, e a assinatura de um instrumento normativo coletivo firmado especificamente para atender às demandas dos trabalhadores, no ato representados por seu sindicato. Diante do exposto, responda ao que segue: a) Qual é o sindicato representativo de Antônio, Arlindo e Álvaro? ( ) Sindicato dos Trabalhadores Municipais de São Gonçalo de Minas Novas (fictício). ( ) Sindicato dos Rodoviários de Minas Gerais (fictício). ( ) Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Ônibus Lucros Sem Riscos S.A. (fictício). ( ) Sindicato das Empresas de Transportes de São Gonçalo de Minas Novas (fictício). Justifique. b) Houve greve? ( ) SIM, ( ) greve típica ( ) greve atípica. ( ) NÃO. Justifique. c) Antônio, Arlindo e Álvaro têm direito à reintegração no emprego? ( ) SIM, ( ) greve típica ( ) greve atípica. ( ) NÃO. Justifique. d) Qual foi o instrumento normativo coletivo firmado após o término da paralisação e a dispensa de Antônio, Arlindo e Álvaro? Justifique. QUESTÃO No 37. (ALVES, Amauri Cesar) Analise as seguintes previsões normativas coletivas: CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO firmada entre o SINDICATO DOS MÉDICOS DE SÃO GONÇALO DE MINAS NOVAS (fictício) e o SINDICATO DOS HOSPITAIS DE SÃO GONÇALO DE MINAS NOVAS (fictício), 2013/2014, com vigência (expressa) de 02/02/2013 a 01/02/2014 com as seguintes normas, apenas: I. Piso da categoria fixado em R$5.000,00.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

II. Reajuste salarial de 9,75%. III. Plano de Saúde, no valor de R$800,00 mensais. IV. Ticket alimentação, no valor de R$900,00 mensais. V. Participação nos Lucros e Resultados, a ser definida através de ACT. VI. Adicional de horas extras fixado em 100% de segunda a sexta-feira e em 150% aos sábados e domingos. VII. Horário noturno de 20:00 às 08:00 horas. VIII. Adicional noturno de 45% sobre a hora normal. IX. Contribuição Confederativa, no valor de 1 dia de trabalho por ano. X. Intervalo para alimentação e descanso de 15 minutos para os casos de plantões de (7 horas) em urgências e emergências. CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO firmada entre o SINDICATO DOS MÉDICOS DE SÃO GONÇALO DE MINAS NOVAS (fictício) e o SINDICATO DOS HOSPITAIS DE SÃO GONÇALO DE MINAS NOVAS (fictício), 2014/2015, com vigência (expressa) de 02/02/2014 a 01/02/2015, com as seguintes normas, apenas: I. Piso da categoria fixado em R$4.000,00. II. Reajuste salarial de 10,0%. III. Ticket alimentação, no valor de R$500,00 mensais. IV. Adicional noturno de 35% sobre a hora normal. V. Contribuição Confederativa, no valor de 1 dia de trabalho por ano. VI. Intervalo para alimentação e descanso de 15 minutos para os casos de plantões de (7 horas) em urgências e emergências. VII. Banco de Horas. ACORDO COLETIVO DE TRABALHO firmado entre o SINDICATO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE SÃO GONÇALO DE MINAS NOVAS (fictício) e o HOSPITAL GERAL FILANTRÓPICO DE CLÍNICAS MÉDICAS DE SÃO GONÇALO DE MINAS NOVAS LTDA. (fictício), 2014/2015, com vigência (expressa) de 02/02/2014 a 01/02/2015. I. Piso da categoria fixado em R$800,00. II. Reajuste salarial de 5,75%. III. Plano de Saúde, no valor de R$400,00 mensais. IV. Ticket alimentação, no valor de R$350,00 mensais. V. Participação nos Lucros e Resultados, a ser firmado através de ACT. VI. Adicional noturno de 45% sobre a hora normal. VII. Contribuição Confederativa, no valor de 1 dia de trabalho por ano. VIII. Intervalo para alimentação e descanso de 15 minutos para os casos de plantões de (7 horas) em urgências e emergências. QUESTÃO No 38. (ALVES, Amauri Cesar) Considere a existência, desde a década de 1950, do Sindicato dos Trabalhadores em Bares, Hotéis, Restaurantes e Lanchonetes da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que representa aproximadamente 100.000 empregados e tem 2.000 sindicalizados. Desde então o citado sindicato firma Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Considere, por fim, as seguintes situações: a) os empregados em hotéis e similares (pensões, motéis, albergues) pretendem criar sindicato próprio na Região Metropolitana de Belo Horizonte; b) os empregados em hotéis, bares, restaurantes e lanchonetes de Nova Lima (RMBH) querem criar sindicato próprio na cidade; c) 3.000 empregados em bares, hotéis, restaurantes e lanchonetes da Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo 500 sindicalizados ao sindicato existente e 2.500 sem sindicalização pretendem criar um novo sindicato, em concorrência com o que atualmente exerce a representação. Diante de tais situações, responda às questões propostas. 31.1. Na condição de Advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Bares, Hotéis, Restaurantes e Lanchonetes da Região Metropolitana de Belo Horizonte desenvolva fundamentação jurídica contrária à criação do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis e Similares da Região Metropolitana de Belo Horizonte (letra "a", supra).

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

31.2. Na condição de Advogado dos empregados em hotéis, bares, restaurantes e lanchonetes de Nova Lima (RMBH) desenvolva fundamentação jurídica favorável à criação do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Lanchonetes de Nova Lima (letra "b", supra). 31.3. Na condição de Juiz do Trabalho, julgue a pretensão dos 3.000 empregados em bares, hotéis, restaurantes e lanchonetes da Região Metropolitana de Belo Horizonte que querem criar um novo sindicato em concorrência com o existente. Para tanto considere a doutrina majoritária e a jurisprudência atual sobre o tema. Antes, assinale a essência de sua decisão: ( ) PROCEDENTE. ( ) IMPROCEDENTE. Justifique, de modo fundamentado: 31.4. Na condição de Membro da Organização Internacional do Trabalho analise e emita um parecer sobre as 3 situações postas (itens "a", "b" e "c"), ou seja, diga sobre a possibilidade ou impossibilidade de criação dos novos sindicatos. Para tanto considere a normatização internacional sobre o tema. Antes, assinale a essência de sua decisão: ( ) FAVORÁVEL À CRIAÇÃO DOS NOVOS SINDICATOS. ( ) CONTRÁRIO À CRIAÇÃO DOS NOVOS SINDICATOS. Justifique, de modo fundamentado: QUESTÃO No 39. (ALVES, Amauri Cesar) Indústria de Móveis Paraíba S.A., fictícia, com sede em João Pessoa, PB, tem em seus quadros 1.000 trabalhadores vinculados, sendo apenas 50 terceirizados por Vigilância Especial Ltda. e 950 empregados admitidos diretamente, assim distribuídos: 1) 700 empregados em tarefas diretamente vinculadas à produção, como operadores de máquinas, serralheiros, montadores, ajustadores, dentre eles Augusto, que é formado em Belas Artes e trabalha como projetista de painéis em MDF. 2) 100 empregados de nível superior, legalmente habilitados e registrados em seus conselhos de classe, nos termos da legislação ordinária, sendo advogados, dentre eles Bernardo; engenheiros de segurança do trabalho, dentre eles Cláudio; psicólogos, dentre eles Danilo; médicos do trabalho, dentre eles Evandro. 3) 50 empregados terceirizados em vigilância, dentre eles Fabiano; 4) 50 empregados vigias, dentre eles Guilherme; 5) 50 empregados contratados para limpeza, dentre eles Henrique; 6) 50 motoristas para entrega de mercadorias no nordeste do Brasil, dentre eles Igor, que é formado em ciências contábeis. Diante de todo o exposto, fixe a agregação dos trabalhadores ao sindicato: a) A agregação de Augusto: ( ) Sindicato das Indústrias de Móveis da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Artistas da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Moveleira da Paraíba, ficítio. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Móveis da Paraíba, fictício. Justifique, nos termos da lei. b) A agregação de Evandro: ( ) Sindicato das Indústrias de Móveis da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Médicos da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Moveleira da Paraíba, ficítio. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Móveis da Paraíba, fictício. Justifique, nos termos da lei. c) A agregação de Guilherme: ( ) Sindicato das Indústrias de Móveis da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Moveleira da Paraíba, ficítio. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Móveis da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Vigilantes da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Vigias da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Prestação de Serviços Terceirizados da Paraíba, fictício. Justifique, nos termos da lei. d) A agregação de Henrique: ( ) Sindicato das Indústrias de Móveis da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Moveleira da Paraíba, ficítio. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Móveis da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Conservação e Limpeza da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores em Prestação de Serviços Terceirizados da Paraíba, fictício.

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

Justifique, nos termos da lei. e) A agregação de Igor: ( ) Sindicato dos Rodoviários da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Contabilistas e Contadores da Paraíba, fictício. ( ) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Moveleira da Paraíba, ficítio. ( ) Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Móveis da Paraíba, fictício. Justifique, nos termos da lei. QUESTÃO No 40. (FPL, 2009/1). O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Móveis de Beletinga do Norte, MG. firmou ajuste coletivo com Empresa de Móveis Beletinguense S.A., em 02/03/2008, com período de vigência de um ano. Houve, dentre outras cláusulas, fixação de piso da categoria em R$ 895,00 (oitocentos e noventa e cinco reais), reajuste salarial de 5,5% e redução de modulação semanal de trabalho para 40 horas. Para que a categoria conquistasse as vantagens descritas houve a fixação da extinção dos cartões de ponto na citada indústria, sendo que a jornada passaria a ser anotada conforme decisão unilateral dos encarregados. Restou afastada, por força do ajuste coletivo negociado, o disposto no artigo 74 da CLT. Na prática, diversos trabalhadores continuaram com jornada inalterada ou exercendo jornadas superiores às anteriores. O ajuste coletivo fixou, ainda, Contribuição Confederativa, a cargo exclusivamente do empregador, que ficou responsável pelo depósito de R$ 30,00 (trinta reais) por empregado, no mês de maio de 2008, a favor do citado Sindicato e de sua Confederação. Até a presente data, maio de 2009, não houve nova (qualquer) avença coletiva. O empregador e seu sindicato respectivo se recusam a conceder aos trabalhadores os direitos elencados na pauta de reivindicações, dentre eles o retorno do controle de ponto, dizendo, em todas as reuniões, que não estão dispostos a retroceder naquilo que foi pactuado em 2008. Diante do exposto, responda ao seguinte: a) Como pode ser classificado o ajuste coletivo firmado em 2008 entre as partes em contenda? b) A cláusula de extinção dos controles objetivos de jornada (cartões de ponto) e fixação de controle subjetivo deve ser mantida, se submetida a processo judicial trabalhista? ( ) sim ( ) não. Justifique. c) É devida a Contribuição Confederativa, nos termos fixados? ( ) sim ( ) não. Justifique, nos termos da lei, da melhor doutrina e da jurisprudência hodierna dos Tribunais. d) Hoje, final do mês de maio de 2009, devem continuar vigentes as cláusulas salariais postas no ajuste coletivo, tendo em vista o prazo de vigência fixado em 1 ano? ( ) sim ( ) não. Justifique. e) Qual(is) a(s) medida(s) legal(is) e constitucional(is) cabível(is) aos trabalhadores organizados em Sindicato para forçar o empregador e/ou seu sindicato patronal a negociar em condições favoráveis às pretensões obreiras? f) Diga quais os procedimentos necessários à deflagração da(s) medida(s) cabível(is). Diga como deverá agir o Sindicato para que não tenha problemas judiciais em virtude da adoção de tal medida. QUESTÃO No 41. (FPL, 2009/1). O Sr. Ramão Luciano foi admitido por Indústria de Peles Minuano, em 1987. A indústria era localizada originalmente no município gaúcho de Ivoti. Em 1992 houve a emancipação da localidade de Lindolfo Collor (anteriormente pertencente a Ivoti), que obteve status de município. A indústria se localiza exatamente em Lindolfo Collor. Ocorre que em 2003 Ramão Luciano foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Curtimento de Couros e Peles de Ivoti (RS), cuja representação se restringe ao município de Ivoti (RS), para um mandato de 3 anos. Em 2005 a Indústria de Peles Minuano resolveu dispensar Ramão Luciano sem justa causa. Diante do exposto, responda: Ramão Luciano tem direito à reintegração ao emprego, visto seu mandato de dirigente sindical? ( ) sim ( ) não Justifique sua resposta QUESTÃO No 42. (ALVES, Amauri Cesar) Ailton Manoel foi dispensado por Companhia Agrícola e Pecuária Lincoln Junqueira, por justa causa, consubstanciada em atos de insubordinação e

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

indisciplina, por ter se recusado a retornar ao trabalho de colheita de cana, em meados de 2001, quando participava de movimento paredista. Prepostos da Companhia Agrícola determinaram expressamente o retorno de Ailton ao trabalho, embora ele estivesse na porta da sede da companhia, em ato pacífico, participando de manifestação por melhores condições de trabalho e de salário. Ailton Manoel, que não era sindicalizado, ignorou a ordem de retorno ao trabalho e prosseguiu, juntamente com diversos colegas, com a manifestação. Diante do exposto, considerada a legislação pertinente à matéria, responda: a) Ailton Manoel tem direito à reintegração ao emprego? ( ) sim ( ) não Justifique sua resposta b) A justa causa aplicada pela empresa foi correta? ( ) sim ( ) não Justifique sua resposta QUESTÃO No 43. (FPL, 2009/2) Analise o seguinte caso concreto e, ao final, responda ao que for perguntado: JOSEDOS SANTOS é sócio de uma sociedade empresária limitada denominada “PANIFICADORA JOTA ESSE LTDA.”, cujo objetivo social é a produção de pães e bolos, além de fornecimento de lanches em seu próprio estabelecimento. A “Panificadora Jota Esse”, então, se insere em atividade comercial típica na cidade de Horizontina do Norte. O SINDICATO DO COMÉRCIO DE

HORIZONTINA DO NORTE firmou com o SINDICATO DOS TRABALHADORES DO COMÉRCIO EM HORIZONTINA DO

NORTE um ajuste coletivo de caráter normativo, hoje em vigor, que trouxe regras como piso da categoria, percentual de horas extras e cesta-básica, além da extensão da garantia de emprego aos dirigentes sindicais listados em 8º, 9º e 10º lugares na chapa vencedora da eleição sindical obreira, além de seus suplentes. Ocorre que, vencido na reunião, Josedos Santos se recusou a assinar o instrumento normativo do ano 2009, posto que ANTONINO VICENTE, seu empregado e sindicalizado, se insere nesta vantagem. A Convenção Coletiva de Trabalho de 2009 trouxe, também, obrigatoriedade de recolhimento, pelos empregadores, da Contribuição de Fortalecimento Sindical, consistente em R$20,00 (vinte reais) a ser descontada nos salários de todos os trabalhadores do comércio no mês de setembro. Josedos Santos ficou indignado com a situação, visto que sua padaria atravessa momentos de dificuldades, pois foi inaugurada em sua cidade uma grande empresa do ramo, que lhe tem feito feroz concorrência. Se sentindo injustiçado pelo seu sindicato e inimigo figadal do sindicato dos trabalhadores resolveu Josedos Santos criar, no âmbito da sua empresa, o que ele denominou Acordo Coletivo de Trabalho, pois contou com a assinatura de 70% de seus empregados. O citado ajuste consistiu, basicamente, em redução salarial de 10% em troca do não encerramento das atividades da padaria e a promessa de, em 2011, haver contratação de novos trabalhadores e, se Deus quisesse, aumento de salários. BRAZ CUBAS, padeiro, foi fiel defensor do ajuste proposto pelo patrão, pois entendeu e convenceu aos colegas que aquela medida seria boa para todos. Assim, Josedos Santos fez com que todos os trabalhadores assinassem o termo e, em seguida, dispensou sem justa causa ANTÔNIO VICENTE, sob a alegação de que somente 7 dirigentes sindicais teriam garantia de emprego que, somados aos seus 7 suplentes, somavam 14 e não 20. Braz Cubas, recentemente, ganhou no bicho e resolveu deixar o emprego. Após comunicar sua demissão Braz se dirigiu à Justiça do Trabalho e requereu diferenças salariais decorrentes da redução de salário perpetrada no ajuste firmado e defendido até então por ele. Um dos empregados da padaria era CASSIU CLÁUDIU, eletricista de manutenção dos fornos. Cassiu Cláudiu recebia o piso do comércio fixado na região, R$600,00 (seiscentos reais) mensais, enquanto os eletricistas das indústrias de cimento da cidade recebem, como piso, R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) mensais. Insatisfeito com a situação, Cassiu Cláudiu se demitiu e deixou a padaria. Imediatamente ajuizou ação trabalhista requerendo o que entende ser seu correto enquadramento sindical. O primeiro ajuste noticiado foi firmado em janeiro e o segundo foi feito em março de 2009. Diante do exposto, decida, defina, responda e justifique. a) Que ajuste foi firmado em janeiro de 2009? b) Que ajuste foi firmado em março de 2009? c) A dispensa de Antônio Vicente foi corretamente aplicada? ( ) sim ( ) não. d) Justifique a resposta lançada na questão 4.3 com base em princípio de Direito Coletivo do Trabalho e em normas jurídicas, de acordo com o caso concreto. e) De acordo com a jurisprudência consolidada do TST deve subsistir a Contribuição de Fortalecimento Sindical? ( ) sim ( ) não.

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE …...ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho II Prof. Amauri Cesar Alves QUESTÕES

f) Justifique a resposta lançada na questão 4.5. g) Braz Cubas tem direito a diferenças decorrentes de redução de seu salário em 10%? ( ) sim ( ) não. h) Justifique a resposta lançada na questão 4.7 com base em princípio de Direito Coletivo do Trabalho e em normas jurídicas, de acordo com o caso concreto. i) Cassiu Cláudiu tem direito a diferenças decorrentes do requerido enquadramento sindical e, consequentemente, aplicação do piso de R$1.200,00? ( ) sim ( ) não. j) Justifique a resposta lançada na questão 9 com base em normas jurídicas, de acordo com o caso concreto. QUESTÃO No 44. (FPL, 2009/2) Maria foi admitida por Plastmóbilis Indústria e Comércio S.A. e trabalhou durante quatro anos para a referida empregadora. Durante todo o contrato laborativo vigoraram normas coletivas firmadas entre os sindicatos representativos das categorias profissional e econômica e, dentre elas, destacava-se a que previa que toda e qualquer empregada gestante deveria informar a gravidez ao empregador no prazo de 60 dias após a rescisão contratual. Assim, Maria, dispensada em 02/02/2009, somente soube que estava grávida 01/05/2009. Atestado médico afirmava a gravidez desde janeiro de 2009. O empregador se recusou a reintegrar Maria, ao argumento de que ela inobservou o prazo fixado em ajuste coletivo sindical. Diante da situação, JULGUE quem tem razão. a) Qual foi o ajuste coletivo firmado? b) Maria terá direito à reintegração ao emprego? ( ) sim ( ) não. Justifique. QUESTÃO No 45. (FPL, 2009/2) José trabalhou para a Comércio Amazônico Ltda. durante 10 anos. Recentemente iniciou campanha para disputar as eleições sindicais de dezembro de 2009. Ocorre que o registro das candidaturas para dirigente sindical ocorreria em 31/10/2009, mas um dia antes, em 30/10/2009, foi pré-avisado de que teria seu contrato de emprego rescindido em 30/11/2009. Assim, embora tenha trabalhado até 30/11/2009 e tenha efetivamente registrado sua candidatura em 01/11/2009, foi dispensado e não mais retornou ao trabalho, por decisão do empregador. Inconformado, ajuizou ação para sua imediata reintegração ao emprego. Diante da situação, JULGUE quem tem razão, valendo-se, para tanto, de normas constitucionais vigentes e da jurisprudência trabalhista consolidada. 6.1. José terá direito à reintegração ao emprego? ( ) sim ( ) não. 6.2. Justifique. QUESTÃO No 46. (FPL, 2009/2) O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Florianópolis firmou com o Sindicato das Indústrias de Florianópolis, ao longo dos anos, diversos ajustes coletivos em que havia, em troca de diversas vantagens (ticket alimentação, cesta-básica, hora extra a 100%, piso da categoria em R$1.000,00) a supressão do adicional noturno e da legal redução ficta da hora noturna. José trabalhou em uma indústria representada pelo citado sindicato, no período de 1999 a 2009, trabalhando no horário de 22:00 às 06:00h. Pretende, agora, receber os direitos referentes ao adicional noturno e à legal redução da hora noturna, sem, entretanto, renunciar àqueles benefícios que já recebeu. Diante da situação, JULGUE quem tem razão. José tem direito aos valores referentes ao adicional noturno e à legal redução ficta da hora noturna? ( ) sim ( ) não. Justifique.