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Universidade Federal de Juiz de Fora

Pró-Reitoria de Cultura

Museu de Arte Murilo Mendes

Plano Museológico

2015-2018

Juiz de Fora

2015

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Dilma Rousseff

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Aloizio Mercadante

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

REITOR

Prof. Júlio Maria Fonseca Chebli

VICE-REITOR

Prof. Marcos Vinício Chein Feres

PRÓ-REITORIA DE CULTURA

Prof. Valéria Faria

MUSEU DE ARTE MURILO MENDES – MAMM

José Alberto Pinho Neves

Diretor interino

Comissão de elaboração do Plano Museológico

Aloisio Arnaldo Nunes de Castro

Presidente da Comissão - Restaurador de Artes Plásticas

Simone Alves Quirino Santos

Bibliotecária/Documentalista

Raquel Barbosa da Silva

Museóloga

Paulo Roberto Moreira Alvarez

Expografia

Vinicius Moreira Steinbach

Arte-educador

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CDC Centro de Difusão do Conhecimento (UFJF)

CMM Centro Murilo Mendes

CEMM Centro de Estudos Murilo Mendes

CONSU Conselho Universitário (UFJF)

IBRAM Instituto Brasileiro de Museus

MAMM Museu de Arte Murilo Mendes

PNSM Plano Nacional Setorial de Museus

PNEM Plano Nacional de Educação Museal

Procult Pró-Reitoria de Cultura (UFJF)

UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ___________________________________________________________ 5 1.1 Dados e histórico institucional ______________________________________________ 6 1.2 Missão ________________________________________________________________ 7

1.3 Visão __________________________________________________________________ 7 1.4 Diagnóstico da situação atual _______________________________________________ 7 1.5 Objetivos da Instituição ___________________________________________________ 8 1.6 Identificação dos espaços e conjuntos patrimoniais ______________________________ 9 2 HISTÓRICO DO ACERVO ________________________________________________ 11

3 IDENTIFICAÇÃO DOS PÚBLICOS _________________________________________ 12 4 PROGRAMAS __________________________________________________________ 13 4.1 Programa Institucional ___________________________________________________ 13

4.1.1 Planejamento _________________________________________________________ 13 4.1.2 Regimento interno _____________________________________________________ 13 4.1.3 Parcerias ____________________________________________________________ 14 4.2 Programa de gestão de pessoas ____________________________________________ 14

4.2.1 Necessidades de ampliação do quadro funcional _____________________________ 15 4.2.2 Capacitação __________________________________________________________ 15 4.3 Programa de acervos _____________________________________________________ 17 4.3.1 Subprograma de aquisições ______________________________________________ 17

4.3.1.1 Acervo museológico __________________________________________________ 17 4.3.1.2 Acervo bibliográfico e arquivístico ______________________________________ 18

4.3.2 Subprograma de Documentação __________________________________________ 19 4.4 Programa de exposições __________________________________________________ 23

4.5 Programa educativo e cultural _____________________________________________ 26 4.5.1 Divisão de Ação Educativa ______________________________________________ 26

4.5.1.1 Projeto O Visionário __________________________________________________ 27 4.5.1.2 Projeto Mundo Enigma ________________________________________________ 28 4.5.2 Difusão de Programação Cultural _________________________________________ 29

4.6 Programa de pesquisa ____________________________________________________ 32 4.7 Programa arquitetônico-urbanístico _________________________________________ 33 4.7.1 Espaço físico _________________________________________________________ 33

4.7.2 Espaços expositivos ____________________________________________________ 33 4.8 Programa de segurança __________________________________________________ 36

4.9 Programa de Financiamento e Fomento ______________________________________ 38 4.10 Programa de Comunicação _______________________________________________ 38 REFERÊNCIAS ___________________________________________________________ 40

5

1 INTRODUÇÃO

A elaboração do Plano Museológico do MAMM 2015-2018 – concebido como

importante instrumento estratégico de gestão institucional – está consoante com as orientações

de cunho jurídico, a saber: Lei nº. 11. 904, de janeiro de 2009, que instituti o Estatuto de

Museus, bem como o Decreto nº 8.124, de 17 de outubro de 2013, que regulamenta

dispositivos da supracitada lei.

Além disso, este trabalho guarda observância às diretrizes dos instrumentos da política

nacional de museus do IBRAM contidas no Plano Nacional Setorial de Museus – PNSM,

(2010-2020) e no Plano Nacional de Educação Museal – PNEM.

De igual importância foi a adoção dos preceitos estabelecidos nos documentos

internacionais de proteção ao patrimônio cultural como: “Memória do Mundo” da UNESCO e

“Conservação Preventiva” de Gael de Guichen do ICCROM.

Cumpre destacar que a recente aprovação do novo Regimento Interno do MAMM, pelo

CONSU, por meio da Resolução Nº 05/2015 do CONSU, constituiu-se num momento

propício para que equipe técnica refletisse suas proposições institucionais, requalificando seus

projetos e ações para o período 2015-2018.

Assim sendo, para o desenvolvimento deste trabalho, reavaliou-se, de modo

participativo, o diagnóstico realizado em 2011, fornecendo, por conseguinte, subsídios

conceituais e técnicos que orientaram a elaboração de novos programas, projetos e ações

concernentes ao processo museológico.

Com promulgação do Decreto nº 8.124, de 17 de outubro de 2013, configuram-se

perspectivas do MAMM integrar o “Inventário Nacional dos Bens Culturais Musealizados”, o

“Sistema Brasileiro de Museus”. Acreditamos que tais ações podem conferir maior

visibilidade e reconhecimento social ao MAMM, bem como o alcançe de benefícios oriundos

da política nacional de museus.

Pautada na perspectiva interdisciplinar, a elaboração do plano museológico levou em

consideração os princípios metodológicos de gestão participativa, abarcando os atores

envolvidos com o campo museal, tendo em vista o atendimento aos preceitos estabelecidos

pela Lei de Estatuto dos Museus.

Dentre os temas transversais que integram o escopo do PNSM, a acessibilidade e

sustentabilidade ambiental constituem-se como novos desafios a serem trabalhados de modo

a sistematizar ações de promoção de consciência crítica junto a seu público e à comunidade

onde está inserido.

6

Ao celebrar o 10º ano de fundação do Museu de Arte Murilo Mendes, a elaboração do

Plano Museológico 2015-2018 configura-se como instrumental de extrema importância para

que instituição museológica – inserida no tríplice conceito de ensino, pesquisa e extensão da

UFJF – cumpra a sua relevante e nobre missão a que se propõe de preservação, pesquisa e

difusão da vida e obra de Murilo Mendes – poeta protagonista do século XX - bem como de

outros temas correlatos.

1.1 Dados e histórico institucional

O Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM) é órgão suplementar1 da Universidade

Federal de Juiz de Fora (UFJF) vinculado à Pró-reitoria de Cultura da UFJF e participante do

Cadastro Nacional de Museus (CNM) do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Em 25 de

fevereiro de 2015, o Conselho Superior (CONSU) da Universidade Federal de Juiz de Fora,

no uso de suas atribuições, aprovou a nova redação do Regimento do Museu de Arte Murilo

Mendes.

A origem do MAMM está vinculada ao extinto Centro Murilo Mendes (CMM)2 a partir

da doação de parte da biblioteca particular do poeta Murilo Mendes por sua viúva, senhora

Maria da Saudade Cortesão Mendes.

A UFJF inaugurou, em 27 de agosto de 1994, no prédio situado na Avenida Rio Branco

n.º 3.372, o Centro de Estudos Murilo Mendes (CEMM) reformado e adaptado para receber a

biblioteca particular e a coleção de artes visuais, adquirida pelo Governo Brasileiro a preço

simbólico de U$ 500.000, que pertenceram ao poeta juiz-forano Murilo Mendes. A atuação do

CEMM se deu até o final do mês de dezembro de 2005, quando a UFJF realiza a reforma no

prédio de sua antiga reitoria – Rua Benjamin Constant, nº 790, Centro - e inaugura neste

espaço o MAMM, transferindo o acervo do poeta até então alocado no CEMM.

1“Seção III

Dos Órgãos Suplementares

Art. 29 - Os Órgãos Suplementares são órgãos integrantes da UFJF, vinculados à Reitoria, criados com a

finalidade de dar apoio às atividades de Ensino, Pesquisa, Extensão, Cultura e Desenvolvimento Institucional,

Científico e Tecnológico possuindo estrutura e regimento interno próprios.

Parágrafo único - A designação do Diretor dos Órgãos Suplementares é competência do Reitor, segundo

indicações do referido órgão, nos termos do Regimento Geral.

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. Portaria 1.105, de 28 de setembro de 1998. Disponível

em: <http://www.ufjf.com.br/portal/organizacao/orgaos-suplementares/> Acesso em: 15 jan. 2011). 2 Então alocado no Centro de Difusão do Conhecimento (CDDC), no prédio da Biblioteca Central da UFJF,

inaugurado em 1976.

7

1.2 Missão

Ampliar o acesso da sociedade ao acervo de artes visuais e literário relacionado ao poeta

Murilo Mendes, estimulando e desenvolvendo pesquisas e atividades científico-culturais para

preservar e difundir o pensamento muriliano – sendo este contemporâneo – em consonância

com a missão da UFJF.

1.3 Visão

O MAMM pretende ser, até 2018: uma instituição museológica de excelência no âmbito

da literatura, artes visuais e memória local e regional com foco em pesquisas e estudos

sistemáticos sobre a natureza e a obra do poeta Murilo Mendes.

1.4 Diagnóstico da situação atual

Como metodologia de trabalho empregou-se a Análise SWOT (DAVIES, 2001)

conforme o QUADRO 1 apresenta:

QUADRO 1 – Análise SWOT Museu de Arte Murilo Mendes

Pontos fortes

- Vínculo à Pró-reitoria de Cultura, criada, em 2006, para o estabelecimento da política cultural no

âmbito da UFJF;

- Acervo institucional embrionário do MAMM;

- Potencialidades intrínsecas do acervo bibliográfico, arquivístico e museológico alocado no

MAMM;

- Significativa produção cultural compartilhada em diversos níveis com a comunidade acadêmica

(interna e externa) e com a sociedade;

- História da edificação na qual está alocado o MAMM, cujas linhas modernistas constituem um

marco na arquitetura local;

- Espaços físicos internos e externos;

- Localização privilegiada;

- Complexo arquitetônico com acessibilidade adaptada;

- Reflexão permanente sobre a instituição museológica;

- Garantia de inclusão orçamentária do MAMM no planejamento da UFJF por meio da Pró-reitoria

de Cultura;

- Colaboração para a qualificação técnica de seus funcionários e por meio de cursos de

aperfeiçoamento, qualificação e palestras;

- Ampliação da pesquisa técnico-científica e cultural a partir do acervo;

- Equipe técnica especializada e em constante processo de qualificação;

- Infraestrutura e equipamentos consoantes com os objetivos da instituição museológica;

- Aprovação da nova redação do regimento do MAMM pelo Conselho Universitário (CONSU).

8

Pontos fracos

- Necessidade de efetivação do Programa de Segurança, conforme prevê a Lei nº 11.904;

- Necessidade de revisão do sistema de segurança do MAMM, considerando a obsolescência de

alguns equipamentos e dispositivos de segurança como: sensores de fumaça, detectores de presença

e câmeras.

- Necessidade de implantar sinalização externa, alusiva ao MAMM, no perímetro urbano da cidade;

- Necessidade de revisão da sinalização interna, em especial no que se refere às rotas de escape e

evacuação do prédio em hipótese de sinistros;

- Necessidade de proceder ao seguro do acervo;

- Necessidade de manutenção predial visto a inconstância da mesma;

- Necessidade de formular e aprovar a política de aquisição e descartes de bens culturais integrantes

ao acervo do MAMM;

- Redução do número de servidores do quadro efetivo;

- Redução do número de funcionários da equipe de vigilância (01 vigia da cabine de

monitoramento e 01 porteiro).

- Ausência de um programa de gerenciamento da documentação interna do Museu.

Oportunidades

- Potencial expectativa de incremento de acervos relacionados à natureza e à obra do poeta Murilo

Mendes;

- Tombamento do acervo museológico em nível federal, bem como do edifício, ícone da arquitetura

moderna;

- Possibilidade de reconhecimento do acervo do MAMM no Programa Memória do Mundo da

UNESCO;

- Possibilidade de replanejamento dos espaços físicos, incluindo o aprimoramento da

acessibilidade;

- Participação em leis de incentivo e em editais em órgãos de fomento;

- Possibilidade de ampliação da equipe técnica;

- Ampliação da relação com os museus e demais instituições regionais, nacionais e internacionais.

Ameaças

- Não cumprimento do Plano Museológico por questões alheias à competência da equipe técnica;

- Comprometimento da continuidade das ações aprovadas no Plano Museológico vigente em

função de mudanças político-administrativas;

- Vacância dos cargos de superintendente e superintendente adjunto;

- Sinistros;

- Rotatividade excessiva da equipe de segurança.

1.5 Objetivos da Instituição

− Preservar, pesquisar e divulgar os acervos: bibliográfico, arquivístico e museológico

que constituem os estoques informacionais – adquiridos e/ou doados à UFJF;

− Proceder às pesquisas e aos estudos sistemáticos sobre a obra de Murilo Mendes;

9

− Promover intercâmbio com instituições congêneres no âmbito da missão do museu;

− Produzir e publicar estudos resultantes dos projetos e ações;

− Promover ações culturais prioritariamente no âmbito da literatura e das artes visuais, de

acordo com a missão do museu;

− Acolher projetos, internos e externos, adequados ao perfil do MAMM;

− Estabelecer políticas de aquisição e descarte, a título oneroso ou gratuito, de acervos

representativos à vida e obra do poeta Murilo Mendes, bem como aqueles relacionados

com a memória literária, artística e cultural de Juiz de Fora e região.

1.6 Identificação dos espaços e conjuntos patrimoniais

No MAMM se encontra significativo patrimônio cultural constituído pelo acervo

bibliográfico, documental e de artes visuais relacionado com a obra literária do poeta Murilo

Mendes e com sua atividade como crítico de arte. A coleção de artes visuais, adquirida pela

UFJF em 1994, é considerada o maior ingresso de arte internacional no país desde as doações

de Assis Chateaubriand e Pietro Maria Bardi. É, portanto, a maior coleção internacional de

arte moderna do Estado de Minas Gerais, bem como de extrema relevância no contexto

nacional e internacional. Trata-se de uma coleção com prevalência tipológica de obra de arte

em suporte de papel, tendo sido constituída, essencialmente, no período em que Murilo

Mendes residiu na Europa.

Na arte estrangeira há nomes de notória importância na história da arte e no contexto do

Modernismo: Pablo Picasso, Georges Braque, Joan Miró, Max Ernst, Hans Arp, Vieira da

Silva, Arpad Szenes, Alberto Magnelli, Giorgio De Chirico e James Ensor. Na parte de arte

brasileira, destacam-se: Ismael Nery, Guignard, Cândido Portinari, Flávio de Carvalho, Franz

Weissmann. Em 1995, o então CEMM recebe um lote de obras de arte que também

pertencera a Murilo Mendes, referente ao período em que o poeta residiu no Brasil,

destacando-se nomes como: Jorge de Lima, Athos Bulcão, Goeldi, Fayga Ostrower, Lívio

Abramo, Marcelo Grassmann.

O MAMM está instalado na edificação inaugurada em 1966 onde funcionou, ao longo

de trinta e nove anos, a reitoria da UFJF. O projeto arquitetônico foi realizado pelos

engenheiros Nicolau Kleinsorge e Waldemar Bracher e pelo então estudante de arquitetura

Décio Bracher, contando, ainda, com a contribuição do artista Carlos Bracher na feitura dos

10

desenhos de arquitetura. Tal projeto, configurou-se, já àquela época, um marco na arquitetura

moderna de Juiz de Fora.

A UFJF tem demonstrado, em especial ao longo da última década, a sua efetiva

preocupação em tornar-se um instrumento a serviço da sociedade. Nesse contexto, o MAMM,

ao completar dez anos de existência, empenha-se em consolidar seu relevante papel de

divulgador do seu significativo acervo e também como um núcleo dinâmico da literatura, das

artes visuais, da memória da cultura local e demais formas de manifestação artística.

11

2 HISTÓRICO DO ACERVO

1976 Doação da biblioteca particular do poeta Murilo Mendes pela sua viúva, Sra. Maria

da Saudade Cortesão Mendes, para a UFJF

1994 Aquisição da coleção de artes visuais de Murilo Mendes pelo governo brasileiro

1995 Doação de obras de arte pela viúva Maria da Saudade

1995 a 2014 Aquisição de obras de artes visuais Moderna e Contemporânea

1999 Doação da biblioteca do professor João Guimarães Vieira

1999 a 2002 Doação de obras da Coleção Amigos da Gravura pelos Museus Castro e Maya

2000 Doação da biblioteca do professor Arthur Arcuri

2007 Doação da biblioteca de Gilberto e Cosette de Alencar

2011 Doação da Coleção Eco Art

2011 Doação da biblioteca de Cleonice Rainho

12

3 IDENTIFICAÇÃO DOS PÚBLICOS

Em relação ao atendimento de visitação pública realizado pela Divisão de Ação

Educativa, por meio de mediação em exposição permanente e temporária, bem como na

participação em ações e atividades educativas, foi registrado os seguintes dados:

Ano 2012 2013 2014 2015

Visitantes de

Instituições

públicas

460 2.242 510 659

Grupos de

Instituições

privadas

76 508 688 646

Outros - 246 57 8

Em relação ao Setor de Biblioteca e Informação foi registrado, no período de janeiro de

2012 a junho de 2015, o total de 570 pesquisadores e 620 visitantes/usuários.

13

4 PROGRAMAS

4.1 Programa Institucional

O MAMM, objetivando a realização das atividades que auxiliarão o cumprimento de

sua missão, pretende participar de redes temáticas específicas sobre a tipologia do acervo

bibliográfico e artístico e ser uma referência para a região em pesquisa e gestão. Para isso, o

MAMM aperfeiçoará algumas ferramentas técnicas, políticas e administrativas já existentes e

criará outras de mesma natureza.

4.1.1 Planejamento

Com vistas ao aprimoramento das ações museológicas, o MAMM deverá iniciar, no

mês de julho do ano corrente, - Elaboração do Plano Anual de Atividades, contemplando: a)

as ações a serem desenvolvidas e as metas a serem atingidas no exercício; b) os recursos

orçamentários destinados às ações; c) recursos humanos e ações de capacitação. Tal estratégia

permitirá que as proposições de projetos sejam discutidos de modo efetivo pela equipe técnica

do museu, criando, assim, um plano de ações sólido, conciso e viável. É de fundamental

importância que todos os Setores do MAMM sigam o planejamento, visto que isso contribuirá

para a construção da identidade institucional, bem como para o reconhecimento social da

unidade museológica.

O orçamento anual do museu é fator que implica diretamente no cumprimento do

planejamento. Assim, a partir desta média de investimento ao longo dos últimos cinco anos,

deve-se elaborar uma proposta de institucionalização desse quantitativo, visando à

implementação dos projetos propostos para a concretização da missão institucional. Cabe

ressaltar a possibilidade buscar o incremento desse orçamento por meio da participação em

editais de leis de patrocínio cultural e/ou em órgãos de fomento.

4.1.2 Regimento interno

O Regimento interno constitui-se num instrumento basilar no processo de gestão

institucional, devendo ser tomado como referência na elaboração do Plano Museológico.

Tendo em vista que o regimento interno se encontrava em vigor desde o ano de 2006, a

equipe técnica do MAMM vislumbrou a necessidade de readequação deste, elaborando-se

14

nova proposta com a participação de representantes de instituições congêneres e funcionários

do MAMM, permitindo a inserção e reflexão de novas questões. Assim, conforme

deliberação da reunião ordinária realizada em 25 de fevereiro de 2015, por meio da Resolução

Nº 05/2015 do CONSU, foi aprovada nova redação do Regimento do Museu de Arte Murilo

Mendes.

Todavia, é necessário ressaltar que o MAMM deverá rever periodicamente o seu

Regimento Interno com vistas ao cumprimento da missão a que a instituição museológica se

propõe.

4.1.3 Parcerias

Compreende-se a possibilidade de fortalecimento de parcerias no próprio âmbito da

UFJF, com a utilização dos recursos disponíveis tais como: transportes, infraestrutura, corpo

técnico, corpo docente e discente, na realização de atividades e projetos. De outro lado,

aponta-se a possibilidade de estabelecer parcerias com outras instituições congêneres,

favorecendo, assim, o intercâmbio técnico, científico e cultural.

4.2 Programa de gestão de pessoas

No período de 2011 a 2014 houve o decréscimo do quadro de servidores efetivos, em

razão da reestruturação da Pró-reitoria de Cultura, bem como de transferência a pedido do

servidor. Nesse sentido, o MAMM ainda não possui um quadro técnico ideal para o

cumprimento de todas as suas atividades e plena execução de suas potencialidades. Além

disso, ressalta-se a importância do programa de gestão de pessoas, visto que todos os Setores

do MAMM expressarão suas demandas tanto de capacitação quanto de número de

profissionais.

15

QUADRO ATUAL

Corpo técnico Efetivo Terceirizado Bolsistas

Arte-educador - 1 4

Assistente de conservação/restauração de pintura de

cavalete e escultura policromada - 1 1

Assistente de conservação/restauração de papel - 1 -

Bibliotecário-documentalista 1 - 6

Técnico em expografia - 2 -

Programador cultural - 1 4

Programador visual - 2 -

Museólogo 1 - -

Restaurador de artes plásticas/papel 1 - 1

Técnica em acervos culturais - 1 -

Corpo administrativo

Assistente administrativo 2 - -

Manutenção

Auxiliar de serviços gerais - 7 -

Jardineiro 1 - -

Porteiro - 2 -

Recepcionista - 1 -

Segurança - 8 -

4.2.1 Necessidades de ampliação do quadro funcional

Corpo técnico Efetivo Comissionado Terceirizado Bolsista

Superintendente - 1 - -

Superintendente adjunto - 1 - -

Coordenador do Setor de Museologia - 1 - -

Coordenador do Setor de Preservação - 1 - -

Coordenador do Setor de Biblioteca e

Informação - 1 - -

Coordenador do Setor de Difusão Cultural - 1 - -

Jornalista - - 1 -

Arquivista 1 - - -

Restaurador de artes plásticas – pintura de

cavalete e escultura policromada 1 - - -

Museólogo (preenchimento de vaga ociosa) 1 - - -

Bibliotecário 1 - - -

4.2.2 Capacitação

Compreende-se que capacitação profissional deva ser uma ação contínua e para isso

prepara uma série de novas oficinas e cursos dentro do conceito de melhoria organizacional e

16

profissionalização do museu. Também se faz necessária a participação do corpo técnico em

seminários e fóruns pertinentes aos respectivos Setores do MAMM.

Cursos de Capacitação e Qualificação Profissional

− Capacitação nas áreas da Museologia, Ciência da conservação, Ação educativa,

Biblioteconomia e Ciência da informação;

− Organização de acervos documentais;

− Gestão de museus;

− Acervo: preservação e conservação; documentação e gestão; divulgação e acesso;

− Conservação e preservação arquitetônica;

− História da arte;

− Educação patrimonial;

− Segurança em museus;

− Pesquisa em museus;

− Museografia e expografia;

− Acessibilidade;

− Estudo de público em museus;

− Reserva técnica;

− Teoria museológica;

− Elaboração de projetos e captação de recursos para a área da museologia;

− Museu, memória e cidadania;

− Ação educativa em museus;

− Treinamento de equipes administrativas e de apoio;

− Arquitetura em museus;

− Museus e turismo;

− Museus e novas tecnologias da informação;

− Museus, gestão e políticas de públicas de cultura;

− Obras raras.

Além dos cursos e oficinas que serão oferecidos no MAMM, se faz necessária a busca,

por parte de cada funcionário do museu, de novidades no campo dos museus e da cultura.

Obs.: Cabe lembrar que os cursos poderão ser oferecidos, no âmbito da UFJF, pelo Programa

de Capacitação promovido anualmente pela PRORH.

17

Como atingir:

− Levantar as necessidades de cada Setor e mapear um roteiro de aperfeiçoamento e

atualização que atenda as carências detectadas.

− Organizar ações que melhor atendam as demandas imediatas e seus desdobramentos.

− Elaborar um plano de ação que contemple a capacitação do corpo técnico do museu.

− Participar de seminários e fóruns que possuam uma programação que interesse aos fins

do museu.

− Elaborar um subprojeto que insira o corpo técnico de apoio nas exposições.

4.3 Programa de acervos

O MAMM possui acervos de natureza museológica, bibliográfica e arquivística. A

coleção de artes visuais, por sua importância no cenário nacional tem um público expressivo

de visitantes nas exposições. O acervo bibliográfico, por possuir caráter de especificidade, é

referência para pesquisadores que estudam a obra de Murilo Mendes. O acervo documental

vem logo em seguida nas consultas realizadas no Setor de Biblioteca e Informação. Ainda

assim, todo o acervo do museu oferece possibilidades de investigação científica, sendo

incipiente o feedback dos pesquisadores e o número de pesquisas realizadas no espaço do

MAMM.

4.3.1 Subprograma de aquisições

4.3.1.1 Acervo museológico

Dentre as ações museológicas, destaca-se a necessidade do estabelecimento de uma

política de ampliação do acervo de artes visuais. Embrionariamente, há uma tendência de se

criar duas frentes para definir a linha de aquisição: a primeira consiste em adquirir obras de

artes visuais referentes ao período do Modernismo, especialmente dos artistas que conviveram

com Murilo Mendes e dos artistas contemplados na produção literária do poeta. A segunda

concebe o eixo da produção artística local, compreendendo-a como um agente identificador

com o próprio poeta Murilo Mendes e com a comunidade, contribuindo, assim, para a

formação de um centro da memória artística juiz-forana. É importante frisar que o Regimento

18

do museu prevê a assessoria do Conselho Curador na aquisição, permuta e descarte de

acervos, devendo para tanto ser instituída a Comissão de Aquisição e Descarte de Acervo. É

importante frisar que o regimento do museu prevê um Conselho Curador que, após o parecer

dos técnicos do MAMM, dará posição positiva ou não sobre o aceite de qualquer obra que

possa vir a integrar o acervo do MAMM.

4.3.1.2 Acervo bibliográfico e arquivístico

O acervo bibliográfico e arquivístico corresponde à biblioteca do poeta Murilo Mendes

(composta pelos documentos oriundos das atividades do poeta e por ele colecionados) e de

outros acervos que reúne obras relacionadas à missão do MAMM, bem como material

bibliográfico referente à memória literária e artística, em especial de Juiz de Fora.

No âmbito arquivístico, os documentos são organizados de acordo com as normas e

princípios técnicos universalmente aceitos. E, a sua aquisição deve se pautar no princípio da

conveniência e estar consoante com a coleção existente e com a missão que o MAMM se

propõe a cumprir.

O acervo bibliográfico compreende mais de 12.000 (doze mil) obras impressas, além de

outros suportes, como jornais, fitas cassetes, VHS, CD, DVD, entre outros. A aquisição de

novas obras poderá ser realizada tendo em vista a captação do Fundo de Maria da Saudade

Cortesão Mendes e Fundo de Luciana Stegagno Picchio. Além desses materiais, busca-se

adquirir itens relacionados aos estudos do poeta Murilo Mendes e demais coleções, que

possam reforçar o potencial informativo do Setor de Biblioteca e Informação do MAMM.

Como atingir:

− Elaborar a Política de Aquisição e Descarte, juntamente com a Comissão de Aquisição

de Acervo, considerando o acervo artístico e literário, suas especificidades e a busca

pela consolidação da identidade do museu.

− Reavaliar periodicamente a política de aquisição e, se necessário, alterá-la no intuito de

melhor atender às necessidades do museu.

− Executar inventário do acervo bibliográfico e arquivístico.

− Promover levantamento do acervo museológico, bibliográfico e arquivístico a ser

incorporado ao museu.

19

− Identificar elementos relevantes para a avaliação do acervo bibliográfico e arquivístico,

em parceria com especialistas das áreas de artes e literatura.

4.3.2 Subprograma de Documentação

Biblioteca de Murilo Mendes

O Subprograma de Documentação engloba as atividades dos Setores de Biblioteca e

Informação e de Museologia e objetiva contribuir na gestão do acervo bibliográfico,

arquivístico e museológico, no intuito de potencializar seu acesso, sua disseminação e sua

utilização, visando ao desenvolvimento de pesquisas e atividades científico-culturais.

No âmbito museológico:

Em 2010, optou-se pela reformulação do processamento técnico do acervo museológico,

adotando-se o Programa Donato, obtido por meio de um convênio com o Museu Nacional de

Belas Artes. Esse programa possui os recursos necessários para o registro e a recuperação das

informações inerentes ao bem cultural, atendendo, assim, às necessidades de acesso e às

demandas de pesquisa.

20

Processamento técnico do acervo de artes plásticas

No âmbito bibliográfico e arquivístico:

No intuito de aprimorar o processo técnico e a catalogação dos documentos, ocorrerá a

substituição do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA) por um novo sistema de

bibliotecas, de acordo com a Pró-Reitoria de Obras, Sustentabilidade e Sistemas de

Informação e o Centro de Difusão do Conhecimento (CDC) da UFJF.

Como atingir:

− Desenvolver um projeto de digitalização do acervo, em atendimento aos requisitos

contemporâneos de divulgação e visibilidade das produções intelectuais, visando à

maior acessibilidade e preservação do acervo.

− Implantar o arquivo institucional com a descrição de toda a vida do museu como

eventos, exposições, projetos educativos, entre outros; assim como, recuperar essas

21

informações conforme as necessidades administrativas e legais, com o objetivo de

preservar a história e resgatar a memória da instituição.

− Promover ações relacionadas à adequação do espaço físico do Setor de Biblioteca e

Informação (layout, mobiliário e equipamentos), com a finalidade de dar maior

visibilidade ao acervo e proporcionar melhores condições de atendimento ao usuário.

− Elaborar catálogo das obras do acervo bibliográfico do poeta Murilo Mendes.

− Complementar e manter atualizada as informações referentes ao acervo museológico no

banco de dados Donato.

− Registrar o acervo no Inventário Nacional dos Bens Musealizados, em consonância

com o Decreto-lei nº 8.124/2013.

4.3.3 Subprograma de Preservação

2.6 Subprograma de restauração

Utilizando-se de procedimentos técnicos e metodologia científica, o Laboratório de

Conservação e Restauração de Papel e o Laboratório de Conservação e Restauração de

Pintura e Escultura Policromada promovem medidas que visam à estabilização ou ao

retardamento do processo de deterioração das coleções, prolongando a vida útil e a qualidade

de acesso às informações inerentes aos bens culturais. Além disso, os Laboratórios do

MAMM estendem seus serviços técnicos à comunidade, prestando trabalhos de conservação e

restauração de bens culturais móveis para instituições detentoras de acervos, bem como para

particulares.

22

Laboratório de Conservação e Restauração de Papel

Aspecto do tratamento aquoso em obra de arte em suporte de papel

Como atingir:

Acervo de artes visuais:

− Eleição das peças a serem expostas pelas curadorias da exposição, bem como o

estabelecimento do cronograma de exposição temporária pelo Setor de

Museologia.

− Estado de conservação do acervo baseado em classificação técnica específica

(adiantado estado de deterioração, grave, regular e bom).

Acervo bibliográfico:

− Aplicação de métodos técnico-científicos visando ao retardo do

processo de deterioração do acervo.

− Aplicação de tratamento de reestruturação e restauro do acervo, baseado

em classificação técnica específica (adiantado estado de deterioração,

grave, regular e bom).

− Digitalização das obras, visando à disponibilização da informação

contida no documento sem, no entanto, colocar em risco a integridade

do mesmo.

23

Laboratório de Conservação e Restauração de Pintura e Escultura

Monitoramento do estado de conservação do acervo

4.4 Programa de exposições

A equipe técnica do MAMM ressalta a importância das exposições para a vitalidade da

instituição, tendo em vista a divulgação do acervo do próprio museu, bem como a promoção

do intercâmbio institucional por meio da realização de exposições temporárias com acervos

de outros museus, instituições e colecionadores particulares. Além disso, o museu abriga a

ação artística local, incentivando o debate e a reflexão dessa produção, fomentando, ainda, a

atração e a formação de público. Dessa forma, a equipe técnica dedica-se ao processo de

construção das exposições temporárias, abrangendo desde a concepção até à montagem e

todos seus possíveis desdobramentos.

24

Aspecto da exposição temporária “Coleção Murilo Mendes no Brasil – 20 anos” na Galeria

Convergências.

O pensamento contemporâneo museológico concebe as narrativas expositivas como

um espaço de construção de significados no qual deverá ocorrer a interatividade com o

público, despertando a atenção dos visitantes para as múltiplas funções que a ação

museológica se propõe. É, portanto, nesse sentido, que, sob a perspectiva interdisciplinar, a

Divisão de Expografia busca, cada vez mais, o diálogo com os demais Setores do museu, com

vistas à consolidação da prática expositiva.

Outros dois fatores imprescindíveis para o êxito na execução das exposições é o

planejamento anual dessas ações e a quantidade possível de exposições nas galerias a serem

realizadas, visando sempre à qualidade do produto final. Neste último, deve ser considerado o

tempo de pesquisa sobre o tema exposto, o estado de conservação das obras a serem expostas

e o tempo de execução.

Levando em consideração o tamanho da coleção do Museu, da equipe técnica e do número

de galerias, a quantidade de exposições a serem realizadas anualmente mais próxima do que

pode ser considerada ideal é:

25

− Galeria Convergência: 03 a 04 exposições / ano

− Galeria Retratos-relâmpago: 04 exposições / ano

− Galeria Poliedro: 05(cinco) exposições / ano

Aspecto da exposição temporárias “Novas Aquisições” - Galeria Retratos-relâmpago

Como atingir:

− Estabelecimento de uma data no segundo semestre do ano vigente para elaboração

antecipada do planejamento anual expográfico do ano vindouro;

− Criação de um espaço de apoio ao Divisão de Expografia;

− Criação de um espaço expositivo de longa duração alusivo ao patrono da instituição,

Murilo Mendes.

26

Exposição “Esculturas na Coleção Murilo Mendes” realizada na Galeria Poliedro, no período

20/05 a 30/08/2010.

4.5 Programa educativo e cultural

O Programa Educativo e Cultural reúne os projetos e atividades voltados para o perfil

do museu enquanto agente complementar – e muitas vezes agente principal – na formação de

público crítico e consumidor de cultura geral e artes. Isso representa uma contribuição na

educação do cidadão por diversas frentes, que vão desde o aprendizado de disciplinas

específicas a áreas correlatas do conhecimento e consolida o perfil do MAMM como agente

produtor e promotor da cultura e das artes para a comunidade.

4.5.1 Divisão de Ação Educativa

A partir de 2011, a Divisão de Ação Educativa do MAMM, sistematizou as atividades

de visitas mediadas, já tendo atendido mais de 958 grupos agendados, perfazendo total de

8855 visitantes. Essa ação consiste no atendimento a grupos escolares ou espontâneos,

interessados em conhecer o acervo do MAMM, bem como as exposições temporárias, por

27

meio de visitas mediadas por bolsistas de treinamento profissional do curso de Bacharelado

Interdisciplinar em Artes da UFJF.

Entre os anos de 2012 e 2014, foi realizado o projeto Encontro de Educadores de

Museus Brasileiros. Tal encontro buscou valorizar o museu como espaço dinâmico e agente

formador de público crítico e consumidor de cultura e artes, de estímulo à produção artística e

à pesquisa, bem como ambiente incentivador da difusão do conhecimento e das práticas de

cidadania. Assim, o MAMM recebeu 16 educadores de outras instituições, como a Pinacoteca

do Estado de São Paulo - SP, Museu da Língua Portuguesa – SP, Museu de Artes e Oficio

(MAO) – MG, entre outros. O intuito foi divulgar as ações realizadas por essas unidades

museológicas, estimulando discussões em torno da ação educativa em museus.

A fim de conferir à Divisão de Ação Educativa uma identidade metodológica, foi

elaborado o Programa de Ação Educativa, que teve como referência o Regimento Interno do

MAMM, bem como os documentos que orientam ação museológica no âmbito brasileiro.

As propostas da Divisão serão divididas em dois núcleos que abrangerão tanto o acervo

de obras de arte e coleção do poeta Murilo Mendes, quanto às exposições temporárias

propostas pelo MAMM. Para tal fim, consoante com o Regimento Interno do MAMM, a

Divisão de Ação Educativa elaborou os seguintes projetos:

4.5.1.1 Projeto O Visionário

Estabelece como objetivos divulgar e pesquisar, de modo mais específico, a vida e

obra do poeta Murilo Mendes, com ações de curta e média duração. O Visionário pretende,

ainda, estimular e desenvolver suas atividades na direção de um estudo sistemático sobre as

possibilidades de trabalho nas seguintes frentes:

Oficinas: compreendem ações relacionadas a Murilo Mendes, com programação

independente das exposições em cartaz. Serão agendadas em dias específicos da semana

e com número limitado de participantes.

Materiais Educativos: serão elaborados recursos didáticos referentes à vida e obra de

Murilo Mendes.

Mini-cursos: Pretende-se convidar especialistas para ministrar cursos de curta duração,

abordando aspectos relacionados com a obra literária do poeta.

Palestras: Com o objetivo de difundir, para um público mais abrangente, aspectos

relacionados com Murilo Mendes e a cidade de Juiz de Fora.

28

4.5.1.2 Projeto Mundo Enigma

Tem como objeto o conjunto de ações voltadas para temas e abordagens não

diretamente relacionados a Murilo Mendes. Tais ações serão viabilizadas por meio de

oficinas, palestras, colônias de férias e ações poéticas tomando-se com referência as

exposições temporárias, relacionadas ao acervo muriliano, porém, não vinculadas ao poeta

Murilo Mendes. Desse modo, a linha de trabalho contemplaria:

Oficinas: todos os projetos de oficinas e visitas referentes às exposições temporárias.

29

Mini- cursos e Palestras: sobre artistas pertencentes ao acervo do MAMM, bem como

referentes aos temas das exposições temporárias. Para tal a Divisão buscará parceria

com outras instituições como o Instituto de Artes e Design da UFJF.

Considerando a especificidade dos projetos acima propostos, bem como as inerentes

potencialidades de formação de público, torna-se premente o estreitamento da relação da

Divisão de Ação Educativa com o Setor de Expografia, especialmente no que se refere ao

planejamento das exposições e as respectivas atividades educativas.

4.5.2 Difusão de Programação Cultural

Compete ao setor implementar projetos que confiram visibilidade ao acervo do

MAMM e realizar iniciativas que concretizem os ideais estéticos de seu patrono: o

intercâmbio entre os diversos gêneros de arte.

Para tanto, a divisão auxilia, planeja e organiza lançamentos de livro, apresentações

musicais, workshops, oficinas, mostras de cinema, palestras, seminários, entre outras ações

em consonância com a temática do museu.

Na mesma direção, a Divisão de Programação Cultural possui em pleno

funcionamento os projetos:

Musicamamm: Difunde a diversidade e a intensa atividade musical produzida na

cidade e região. Comprometido com a qualidade estética, apresenta diferentes

concepções e influências musicais.

30

Cinemamm: Insere a produção cinematográfica e suas diferentes propostas no espaço

do museu, através de ciclos de exibições de filmes e palestras, a partir de determinados

temas, oxigenando e, ao mesmo tempo, fomentando a discussão em torno de diversas

produções.

Diálogos abertos: Projeto de preservação da memória local a partir de depoimentos de

personalidades relevantes da história de Juiz de Fora em diversas áreas, através de

entrevistas gravadas em áudio e vídeo, e publicadas em livros.

Leituras temáticas: Espaço destinado à divulgação de investigações de arte e cultura

que promovam a transformação da realidade social através de palestras, workshops,

seminários e lançamentos de livros.

Projeto Editorial: O selo MAMM foi concebido para assinalar a contribuição

acadêmica e registrar a constância das reflexões apresentadas no âmbito de seminários,

pesquisas, depoimentos e exposições realizadas no museu. O projeto editorial obteve

sucesso desde sua primeira iniciativa, o livro Ismael Nery e Murilo Mendes: reflexos,

indicado ao prêmio Jabuti na categoria Teoria/Literária, no ano de 2010.

31

Como atingir:

− Aprimorar as visitas guiadas ao museu, incluindo atividades como oficinas práticas

dirigidas ao público, apresentação de vídeos educativos e orientações básicas sobre

preservação e conservação ambiental e patrimonial conscientizando o público sobre,

inclusive, o entorno do museu;

− Aperfeiçoar o atendimento aos visitantes portadores de necessidades especiais, através

de cursos de conversação em libras, orientações de especialistas aos funcionários de

segurança, recepção e monitores sobre ética de linguagem e atendimento adequados às

diferentes necessidades;

− Promover palestras, seminários, encontros e cursos preparatórios e de aperfeiçoamento

para educadores sobre história da arte, sobre a importância do museu como espaço

educativo, suas potencialidades, seus acervos e políticas de contribuição cultural e

artística para a comunidade, dentre outros temas pertinentes ao contexto do MAMM;

− Realizar projetos interdisciplinares para desenvolvimento de atividades educativas

envolvendo as diversas áreas de conhecimento e diferentes setores da sociedade;

− Criar publicações periódicas do MAMM (ação conjunta com o Setor de Biblioteca e

Informação) para divulgação da instituição e dos projetos realizados pelos diferentes

Setores do museu. Quaisquer modalidades de publicação criadas poderão ter formato

impresso e eletrônico;

− Buscar inovações que possam integrar o acervo com a tecnologia atual visando à

interatividade entre público e o museu;

32

− Incentivar o sentimento de pertencimento, através de visitas exclusivas aos funcionários

e seus familiares;

− Realizar periodicamente avaliação externa e interna das ações realizadas;

− Aprimorar e incrementar os projetos culturais já em andamento no MAMM;

− Contribuir para a divulgação e a promoção dos eventos (ações) e do próprio Museu

(estrutura e perfil) junto à mídia;

− Adoção do “Termo de compromisso para a utilização das dependências do Museu de

Arte Murilo Mendes/ UFJF”.

4.6 Programa de pesquisa

Tendo a disseminação da informação e a produção de conhecimento, sob a ótica das

linhas de pesquisa a que o MAMM se dedica como objetivo central, o programa de pesquisa

busca a interação dos diversos Setores do Museu com projetos voltados aos estudos de

patrimônio cultural, museologia, perfil dos usuários, história institucional e outros.

Nesse contexto, é premente a necessidade de que o MAMM desenvolva, nos próximos

anos, ações voltadas para a área de pesquisa científica, tendo em vista as potencialidades de

investigação dos estoques informacionais alocados na instituição museológica. A pesquisa em

torno da vida e obra do poeta Murilo Mendes deve ser considerada uma das prioridades do

museu, uma vez que ela contribuirá para o fortalecimento da identidade do MAMM no

cenário social e acadêmico.

Sob essa ótica, o Setor de Biblioteca e Informação almeja estabelecer uma política de

disseminação seletiva da informação que abranja desde o estudo dos usuários à divulgação de

serviços e produtos relacionados com a missão a que o MAMM se propõe. Inclui-se nestes,

dentre outras atividades, a divulgação do Museu nas redes sociais eletrônicas e a elaboração

de publicações da instituição.

No campo das exposições, deve-se buscar a institucionalização da pesquisa científica,

no sentido de se estabelecer um período prévio mínimo para a realização de levantamentos e

estudos. Deve-se compreender esse período como parte essencial do processo, inclusive como

um momento que propicia o aprofundamento do conteúdo do próprio acervo institucional.

33

4.7 Programa arquitetônico-urbanístico

4.7.1 Espaço físico

Adaptado de sua função original (antiga Reitoria da UFJF), o prédio sofreu, em 2005,

uma reforma para abrigar os espaços museológicos.

O edifício do MAMM apresenta em sua estrutura arquitetônica os seguintes materiais

de construção predominantes: alvenaria, pedra, vidro, esquadrias de ferro nas janelas, básculas

e portas.

O edifício é constituído pelos seguintes pisos: térreo, primeiro e segundo piso. O modo

de acesso entre eles se dá por meio de escada e/ou elevador de pessoas. Não há elevador de

cargas. No que diz respeito à acessibilidade, há que se ressaltar a necessidade de adaptação

dos espaços físicos, tendo em vista ao atendimento de legislação específica.

4.7.2 Espaços expositivos

O MAMM possui área total do espaço de exposição de 448,06m2, distribuídos em três

galerias, a saber:

Galeria Convergência

− Localizada no segundo pavimento, prioriza sua ação no acervo permanente do MAMM,

contextualizando-o com a vida e obra do poeta. Devido às suas especificidades técnicas,

recebe relevantes exposições de circulação nacional;

− Dimensão: 247,97 metros quadrados;

− Sistema de iluminação constituído por trilhos e spots com lâmpada halógena Par 30,

com filtro, direcionáveis de acordo com a exposição;

− Sistema de climatização com gerenciamento térmico CLIMUS;

− 04 painéis expositivos (nas seguintes dimensões: 2,76X 5,55 X 0,65; 2,76 X 3,70 X

0,65; 2,76 X 5,55 X 0,65; 2,76 X 4,35 X 0,65);

− 08 pontos de tomada de energia;

− 01 extintor de incêndio (água pressurizada);

− porta de entrada de vidro temperado;

− pé-direito: 3,30m.

34

Galeria Retratos-relâmpago

− Localizada no térreo do museu, acolhe mostras de conceito contemporâneo e de revisão

histórica das artes visuais;

− Dimensão: 188,10 metros quadrados;

− Sistema de iluminação constituído por trilhos e spots com lâmpada halógena Par 30,

com filtro, direcionáveis de acordo com a exposição;

− 05 pontos de tomada de energia;

− 02 extintores de incêndio (água pressurizada);

− 04 painéis expositivos (nas seguintes dimensões: 2,76X 1,85 X 0,65; 2,76 X 1,60 X

0,65; 2,76 X 1,84 X 0,65; 2,76 X 16,5 X 0,65);

− pé-direito: 3, 60m.

Galeria Poliedro (contígua à Galeria Retratos-relâmpago)

− Espaço de câmara, foi concebida para abrigar exposições de conceito intimista, com

tamanho e número restritos de obras, trabalhos mais frágeis em configuração ou

pequenos objetos de arte.

− 12 metros quadrados;

− Sistema de iluminação constituído por seis luminárias embutidas, fixas e de lâmpadas

do tipo fluorescente com filtro acoplado à boca da luminária;

− Painel expositivo 3,28 X 0,80 X 0,70m;

− Pé-direito: 3,30 m.

Auditório

O auditório do MAMM, antigo Salão Nobre da Reitoria, foi concebido originalmente

para a realização de palestras, conferências e pequenos concertos, não sendo caracterizado,

portanto, como um teatro. No entanto, o auditório do MAMM assemelha-se ao seguinte

padrão: Italiano / Teatro com proscênio: Caracterizado pela disposição frontal da platéia ao

palco, o palco italiano é o mais conhecido e utilizado, dentre as tipologias existentes em que o

palco fica em um nível elevado, separado da platéia, formando uma caixa "mágica". Possui

palco retangular, em forma de caixa aberta na parte anterior, situado frontalmente em relação

à platéia, delimitado pela boca de cena e, geralmente, de bastidores laterais, coxias,

35

bambolinas, urdimento e cortina, além de um espaço à frente da boca de cena, chamado de

proscênio.

A infraestrutura do MAMM pode ser considerada um agente agregador para o

desenvolvimento das atividades propostas. Ainda assim, considerando a melhoria na

prestação do serviço à comunidade e o aumento da demanda e da especificidade de futuros

eventos, torna-se necessário a constante atualização da tecnologia empregada nesses espaços e

manutenção constante. Com isso, o Museu potencializa suas ferramentas de atração de

público e de acessibilidade.

Auditório do MAMM

Como atingir:

− Criação e adequação de sinalização interna e externa do museu, incluindo placas nas

vias da cidade orientando sobre a localização do museu;

− Sinalização interna nos padrões internacionais;

− Elaboração de projeto para reformulação técnica do auditório;

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− Elaboração de projeto de manutenção dos espaços físicos do MAMM no que diz

respeito a parte elétrica; revisão na parte elétrica do sistema de som do auditório;

manutenção das calhas de passagem de fiação, fixas aos tetos das salas do MAMM;

colocação de pontos de saída de energia específicos; evitando-se improvisações que

possam gerar acidentes e sinistros na caixa de energia alocada no prédio anexo e

manutenção da fiação;

− Acompanhamento dos contratos de manutenção firmados com a UFJF, a saber: ar

refrigerado, elevador, extintores de incêndio, sistema de alarme, desinsetização das

instalações internas e externas do prédio, manutenção do jardim e poda das árvores,

manutenção das portas e fechaduras, manutenção das vidraças e reposição de vidros

quebrados, manutenção do sistema de cobertura, incluindo substituição de telhas

danificadas e calhas obstruídas.

4.8 Programa de segurança

Ao longo dos últimos anos, o Setor de Preservação realiza ações relativas à política de

segurança do MAMM, relacionadas, portanto, com a segurança do prédio, do acervo e de

pessoal. Foi de fundamental importância a participação de técnicos do MAMM, em 2008, no

“Curso de Segurança de Acervos Culturais” ministrado no Museu de Astronomia e Ciências

Afins (MAST), bem como a realização da oficina “Segurança em Museus”, ministrada pelo

técnico francês Alain Jacques Raisson, ocorrendo um workshop nas dependências do

MAMM. Acresce-se, também, a realização de palestra e treinamento de prevenção e combate

ao incêndio, realizado pelo Setor de Segurança de Trabalho da UFJF, em 2009.

Com o objetivo de sistematizar as ações de segurança no âmbito museológico, foi

elaborado pelo Setor de Preservação o documento que “Aprova as Normas de Funcionamento

e Conduta para Vigilantes Armados, Vigias, Porteiros, Recepcionistas e Plantonistas a serem

aplicadas no MAMM da Universidade Federal de Juiz de Fora, e dá outras providências”. O

documento foi posteriormente encaminhado ao Setor de Segurança da Universidade Federal

de Juiz de Fora, que, após revisões e aperfeiçoamentos, aprovou o referido documento. No

que diz respeito aos procedimentos de segurança do “Plantão de finais de semana” do

MAMM, elaborou-se um documento no qual consta o roteiro de instruções e procedimentos

técnicos a serem adotados pelo plantonista.

37

O Setor de Preservação elaborou e mantém atualizado o Facilities Report do MAMM e

o fornece quando solicitado por outras instituições museológicas quando do pedido de

empréstimo de obras.

Segundo informação da Superintendência de Segurança, foi elaborado um novo

projeto de segurança para o MAMM, contando com o incremento de maior número de

câmeras de monitoramento e com novos equipamentos que aguardam a liberação de verbas

para a sua devida implantação.

O MAMM dispõe de sistema de prevenção de incêndio, constituído por extintores de

incêndio, sensores de fumaça, mangueiras (há necessidade de revisão), sensores

infravermelho, alarme e caixas de som. Vale ressaltar que havia um hidrante de combate a

incêndio situado na esquina da Rua Santo Antonio com a Rua Benjamin Constant que foi

removido recentemente. Cabe indagar à Prefeitura de Juiz de Fora a possibilidade de

recolocá-lo no supracitado lugar.

Como atingir:

− Rever, de modo contínuo e permanente, o sistema de monitoramento eletrônico;

− Promover a manutenção periódica do sistema de segurança;

− Adquirir escaninhos para os visitantes depositarem seus pertences (mochilas, bolsas,

entre outros), incluindo também o espaço da biblioteca;

− Revisão periódica dos dispositivos de alarme, bem como recarga ou troca de baterias

específicas;

− Manutenção do “carro de emergência”, alocado na Reserva Técnica com a devida

reposição de pilhas das lanternas, bem como a troca periódica dos medicamentos e

demais materiais existentes na caixa de primeiros socorros;

− É necessário elaborar um projeto luminotécnico específico para a parte externa do

MAMM, considerando que, no período noturno, os atuais holofotes incidem sobre as

câmeras, prejudicando o sistema de vigilância noturno. Por outro lado, é necessário

contemplar a iluminação dos banners alocados na fachada principal do MAMM, bem

como explorar efeitos de iluminação cênica do prédio de modo a valorizá-lo do ponto de

vista estético e arquitetônico;

− Revisão e manutenção de todas as chaves e cadeados;

Elaborar e implantar plano de emergência do MAMM, visando proteger o acervo da

instituição na ocorrência de sinistro.

38

4.9 Programa de Financiamento e Fomento

Tendo em vista que o MAMM não efetua a cobrança de ingresso dos visitantes,

atualmente todos os recursos investidos são oriundos do Ministério da Educação. Não

obstante, no ano de 2002, o Laboratório de Conservação e Restauro de Papel foi

implementado a partir da aprovação de projeto encaminhado à VITAE – Apoio à Cultura,

Educação e Promoção Social. Em 2004, foi aprovado o projeto de Reformulação da Reserva

Técnica do MAMM no 1º. Programa de Apoio às Entidades Culturais promovido pela Caixa

Econômica Federal. Tendo em vista o potencial de crescimento do museu é necessário

retomar a prática de participação em editais que contemplem as necessidades do MAMM.

Assim, ressalta-se a importância do estabelecimento de parcerias com instituições que

venham contribuir no projeto de expansão do museu, bem como no aprimoramento das

práticas científico-culturais desenvolvidas na instituição.

Como atingir:

− Capacitação da equipe na elaboração de projetos e/ou contratação de pessoal

qualificado;

− Realização de levantamento dos editais;

− Definição de prioridades do Museu na participação dos editais.

4.10 Programa de Comunicação

O MAMM possui um sistema de divulgação vinculado a Pró-reitoria de Cultura. Desta

maneira todos os eventos e ações promovidas passam pelo setor de comunicação e designer

da Pró-reitoria de Cultura, que trabalham na elaboração do material de divulgação e

veiculação do mesmo. Devido a este trabalho de divulgação e difusão que é realizado a

instituição está presente constantemente em reportagens de mídias escritas e televisivas da

região da Zona da Mata (MG). É importante ressaltar que nesses dez anos de existência como

museu o MAMM já possui identidade visual e site próprio.

A atribuição mais patente da área de comunicação num museu é da divulgação de suas

atividades e de todos acontecimentos relevantes no espaço. Com efeito, informar o público

potencial do museu sobre suas exposições, atividades de arte-educação e programação

cultural é prioridade da comunicação. Também é função precípua da área de comunicação

39

divulgar no métier especializado, veículos de cultura e demais mídias voltadas para museus,

as produções científicas e realizações dos setores técnicos.

Conquanto isso seja o essencial, diante da variedade de canais de comunicação

hodiernos também cabe ao setor zelar pela imagem institucional e promover ações que,

embora possam se confundir com as funções dos demais setores do museu, constituem zonas

de atividades que podem ser conduzidas de maneira autônoma pelo setor de comunicação, tais

como: a produção de conteúdo sobre o acervo e o patrono para divulgação em seu site e

mídias sociais; abrir canais de comunicação com o público, de forma a avaliar a recepção das

atividades do museu; criar um banco de dados virtual a respeito do acervo de artes e visuais e

bibliográfico que sirva de plataforma para acesso a distância, tanto para o público em geral

quanto à pesquisadores;

Como atingir:

− Realização de estudos de marketing;

− Realização de estudos de público;

− Ampliação da divulgação via mala direta (correio e internet);

− Ampliação do diálogo museal com a comunidade local e regional;

− Ampliação da divulgação do MAMM, sobretudo no que se refere às potencialidades de

seu acervo e da instituição museal;

− Divulgação das atividades realizadas no museu nos diferentes cenários midiáticos;

− Consolidação da divulgação via redes sociais na internet;

− Publicação de material de divulgação de todo evento realizado no Museu;

− Criação de livro de sugestões e reclamações em local visível, conforme orientação do

Decreto nº. 8.124 de 17/10/2013.

40

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009. Instituti o Estatuto de Museus e dá outras

providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 jan. 2009.

BRASIL. Decreto nº 8.124, de 17 de outubro de 2013. Regulamenta dispositivos da Lei nº

11.904, de 14 de janeiro de 2009, que institui o Estatuto de Museus, e da Lei nº 11.906, de 20

de janeiro de 2009, que cria o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM. Diário Oficial da

União, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 out. 2013.

CONSEJO INTERNACIONAL DE MUSEOS. Código de Deontología del ICOM para los

Museos. [Paris]: ICOM, c2013. Disponível em: <

http://icom.museum/fileadmin/user_upload/pdf/Codes/code_ethics2013_es.pdf>. Acesso em:

23 out. 2015.

DAVIES, Stuart. Plano Diretor/Stuart Davies. Tradução de Maria Luiza Pacheco

Fernandes. São Paulo: Edusp; Fundação Vitae, 2001.

DESVALLÉES, André; MAIRESSE, François. Conceitos-chave de museologia. São Paulo:

Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, 2013.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS. Plano museológico: implantação, gestão e

organização dos museus. 2010. (Curso ministrado por Rafael Azevedo em outubro de 2010).

INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS. Plano nacional setorial de museus: 2010/2020.

Brasília, DF: IBRAM, 2010. Disponível em: <http://www.museus.gov.br/wp-

content/uploads/2012/03/PSNM-Versao-Web.pdf> Acesso em: 23 out. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS. Programa nacional de educação museal:

plataforma de diálogo para a construção de um programa de educação museal. Disponível em:

<http://pnem.museus.gov.br/>. Acesso em: 23 out. 2015.

MUSEU DE ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS. Plano diretor do MAST: 2006-2010.

Rio de Janeiro: MAST, 2006.

MUSEU DE ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS. Política de segurança para bibliotecas,

arquivos e museus. Rio de Janeiro: MAST, 2006.