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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS CRESCIMENTO INICIAL DA PAINEIRA (Ceiba speciosa (St.-Hill.) Ravenna) EM DIFERENTES SUBSTRATOS JÉSSICA MAYARA HIPÓLITO DE ARAÚJO Patos Paraíba 2015

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UNIDADE … · Os sonhos são como uma bússola, indicando os caminhos que seguiremos e as metas que queremos alcançar. São eles que nos impulsionam,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS

CRESCIMENTO INICIAL DA PAINEIRA (Ceiba speciosa (St.-Hill.) Ravenna) EM DIFERENTES SUBSTRATOS

JÉSSICA MAYARA HIPÓLITO DE ARAÚJO

Patos – Paraíba

2015

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JÉSSICA MAYARA HIPÓLITO DE ARAÚJO

Crescimento inicial da paineira (Ceiba speciosa (St.-Hill.) Ravenna) em diferentes substratos

Monografia apresentada à Universidade

Federal de Campina Grande, Unidade

Acadêmica de Engenharia Florestal, como

parte das exigências para obtenção do

Grau de Engenheira Florestal.

Orientador: Prof. Dr. Antonio Lucineudo de Oliveira Freire

Patos – Paraíba

2015

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR/UFCG

A658c

Araújo, Jéssica Mayara Hipólito de

Crescimento inicial da paineira (Ceiba speciosa (A. St.-Hill.) Ravenna) em diferentes substratos / Jéssica Mayara Hipólito de Araújo. – Patos, 2015.

35f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Florestal) -

Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e

Tecnologia Rural, 2015.

“Orientação: Prof. Dr. Antonio Lucineudo de Oliveira Freire”

Referências.

1. Rejeito de vermiculta. 2. Qualidade de mudas. 3. Produção de mudas. I. Título.

CDU

581.1

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JÉSSICA MAYARA HIPÓLITO DE ARAÚJO

Crescimento inicial da paineira (Ceiba speciosa (St.-Hill.) Ravenna) em diferentes substratos

Monografia apresentada à Universidade

Federal de Campina Grande, Unidade

Acadêmica de Engenharia Florestal, como

parte das exigências para obtenção do

Grau de Engenheira Florestal.

APROVADA EM: 10/03/2015

Prof. Dr. ANTONIO LUCINEUDO DE OLIVEIRA FREIRE (UAEF/UFCG)

Orientador

Profª. Dra. IVONETE ALVES BAKKE (UAEF/UFCG)

1a Examinadora

Profª. Dra. ASSÍRIA MARIA FERREIRA DA NOBREGA (UAEF/UFCG)

2ª Examinadora

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus pela sabedoria e as oportunidades ao

longo da vida que me proporciona sempre alcançar meus objetivos e realizar meus

sonhos.

À minha amada família que sempre se esforçou para que eu me tornasse a

pessoa que sou hoje, contribuindo desde a minha educação ate toda a minha

formação sempre me apoiando e incentivando, em especial a minha mãe Veraci,

minha tia Vera, meus irmãos Morgana e Rauan, minha avó Darci e as duas pessoas

muito importante no inicio de tudo isso, porem que não poderão me acompanhar ate

o final da minha caminhada, mas acredito que estão felizes e me acompanhando ao

lado do Pai: meu tio galego e meu avô Severino (in memoriam) muita saudades.

Ao meu professor orientador e amigo pela orientação tanto nesse projeto

como em outros momentos de dificuldade.

Aos membros da banca examinadora, Profª. Dra. Ivonete Alves Bakke e Profª.

Dra. Assíria Maria Ferreira da Nobrega pelas contribuições e pela disponibilidade em

estar presente nesse momento.

Aos professores da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal durante toda

a graduação que contribuíram com minha formação.

Aos meus amigos de curso que aprendi a gostar e conviver, onde com vocês

me sentia em casa com minha família: Mileny, Juliana, Silvania, Álvaro, Alcienia,

Walleska, Felipe, Marcelo, Jackson, William e Oscar. Vocês foram muito

importantes, juntos vivemos momentos ótimos que ficaram pra sempre em minhas

lembranças. A Juliene companheira de apartamento que aturou meus estresses nos

momentos difíceis.

E em especial também aos meus grandes irmãos que a vida me deu, Renilda,

Jonh, Junior, Vanessa, Carlos, Jomara, Monara, isabel e Fernanda. Amigos que me

mostraram o valor de uma amizade verdadeira e que sempre me ajudaram a segurar

a barra quando não tinha mais forças, a vocês meu muito obrigada por tudo que

representam em minha vida.

E a todos que por ventura possa ter esquecido e que direto ou indiretamente

foram importantes nessa caminhada.

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Os sonhos são como uma bússola, indicando os

caminhos que seguiremos e as metas que

queremos alcançar. São eles que nos impulsionam,

nos fortalecem e nos permitem crescer.

Augusto Cury

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ARAUJO, Jessica Mayara Hipolito. Crescimento inicial da paineira (Ceiba speciosa (A. St.-Hill.) Ravenna) em diferentes substratos. 2015. Monografia (Graduação) Curso de Engenharia Florestal. CSTR/UFCG, Patos – PB, 2015 35 f.

RESUMO

Para atingir êxito em um projeto de implantação florestal é essencial que se faça uso de um substrato adequado para a espécie com a qual se trabalha para a obtenção de mudas de qualidade. Em virtude da carência de informações a respeito do substrato adequado para a produção de mudas de paineira (Chorisia speciosa (A. St.-Hill) Ravenna), conduziu-se esse trabalho com o objetivo de avaliar a influência de substratos, preparados com diferentes proporções entre o material orgânico e o mineral, no crescimento e na qualidade das mudas dessa espécie. O experimento foi conduzido em ambiente telado no Viveiro Florestal do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande (UAEF/CSTR/UFCG), Campus de Patos. Foram avaliados quatro substratos: solo + esterco (2:1) (testemunha); rejeito de vermiculita + esterco (2:1); rejeito de vermiculita + esterco (3:1) e Plantmax® (PL). Foi analisada a altura da planta, diâmetro do coleto, número de folhas, taxa de crescimento absoluto, produção de matéria seca dos componentes e qualidade das mudas. Não foi verificado efeito significativo dos tratamentos sobre a altura das plantas, diâmetro do coleto, número de folhas e taxa de crescimento absoluto. Os substratos solo+esterco e Plantmax proporcionaram maior acúmulo de matéria seca nas plantas e a produção de mudas de melhor qualidade. Os substratos contendo rejeito de vermiculita não favoreceram o crescimento das mudas. Recomenda-se o uso do solo+esterco, na proporção 2:1, para a produção de mudas de paineira.

Palavras-Chaves: Produção de mudas. Qualidade de mudas. Rejeito de vermiculita.

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ARAUJO, Jessica Mayara Hipolito. INITIAL GROWTH OF THE COTTON TREE

(Ceiba speciosa (A. St.-Hill.) Ravenna) IN DIFFERENT SUBSTRATES. 2015.

Monograph (Undergraduate) Course of Forest Engineering. CSTR / UFCG Patos-

PB, 2015

ABSTRACT

To achieve success in a forest deployment project, it is essential to make use of a

suitable substrate for the species which is being working on to obtain quality

seedlings. Because of the lack of information on the proper substrate for the

production of cotton tree seedlings (Chorisia speciosa (A. St.-Hill) Ravenna), this

work was conducted in order to evaluate the influence of substrate prepared with

different proportions of organic and mineral material, in growth and quality of plants

of this kind. The experiment was conducted in greenhouse environment in Forest

Nursery at the Health and Rural Technology Center in the Federal University of

Campina Grande (UAEF / CSTR / UFCG), Patos Campus. We evaluated four

substrates: soil + manure (2: 1) (control); tailings vermiculite + manure (2: 1); tailings

vermiculite + manure (3: 1) and Plantmax® (PL). We analyzed the plant height, stem

diameter, number of leaves, absolute growth rate, dry matter production of

components and quality of seedlings. There was no significant effect of treatments on

plant height, stem diameter, number of leaves and absolute growth rate. The soil

substrates + manure and Plantmax provided higher dry matter accumulation in plants

and the production of better quality seedlings. The substrates containing vermiculite

tailings did not favor the growth of seedlings. It is recommended the use of soil +

manure, with 2: 1, for the production of cotton tree seedlings.

Key Words: Seedling production. Quality seedlings. Tailings vermiculta.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Aspectos da paineira, mostrando a planta (A), flores (B), caule (C), frutos

(D) e sementes (E).....................................................................................................17

Figura 2 – Detalhe das mudas nos tubetes...............................................................19

Figura 3 – Peso da matéria seca do caule das mudas de paineira, aos 90 dias após

o desbaste..................................................................................................................21

Peso da matéria seca das folhas das mudas de paineira, aos 90 dias

após o desbaste.........................................................................................................22

Figura 5 - Peso da matéria seca das raízes (A), da parte aérea (B) e razão matéria

seca parte aérea/raízes (C) das mudas de paineira, aos 90 dias após o desbaste..23

Peso da matéria seca total (PMST) das mudas de paineira, aos 90 dias

após o desbaste.........................................................................................................24

Índice de Qualidade de Dickson das mudas de paineira, aos 90 dias após

o desbaste..................................................................................................................26

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

2 REVISÃO DE LITERATURA 12

2.1 A Caatinga 12

2.2 Uso do substrato na produção de mudas 12

2.3 Espécie 15

3 MATERIAL E METODOS 17

3.1 Generalidades 17

3.2 Tratamentos 18

3.3 Parâmetros analisados 18

3.4 Delineamento estatístico e Analises estatística 20

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 21

4.1 Produção de matéria seca 21

4.2 Qualidade das Mudas 26

5 CONCLUSÕES 28

REFERENCIAS 29

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1 INTRODUÇÃO

A produção de mudas de espécies florestais nativas para atender a demanda

na recuperação de áreas degrada recomposição de mata ciliar e obtenção de

produtos florestais ainda é incipiente em relação às espécies exóticas, devido à falta

de informações silviculturais sobre as mesmas. Conhecimentos acerca da época

ideal para a obtenção de sementes, uso de sementes de boa qualidade fisiológica,

forma de propagação, substrato ideal para a produção de muda de qualidade e

necessidades nutricionais da espécie são aspectos que ainda carecem de estudos.

Para o sucesso de qualquer projeto de implantação florestal, a qualidade da

muda é fundamental assim, atenção especial deve ser dada ao substrato utilizado

na sua produção.

Existem algumas características físicas e químicas desejáveis a um substrato

para que ele seja considerado adequado e proporcione à planta condições de

desenvolvimento, tais como: deve ser de fácil acessibilidade, apresentar uma boa

aeração e porosidade, boa capacidade de retenção de água, composição química

adequada ao bom desenvolvimento das plantas, um pH em torno de 6,0 e 6,5 para

que não provoque deficiência ou toxidez de nutrientes, conferir à planta resistência a

pragas e microrganismos patogênicos. Essas características oferecerão condições

favoráveis para que ocorra a germinação da semente e um bom crescimento inicial.

Uma das atividades causadoras da degradação no meio ambiente, apesar de

sua importância econômica, é a extração de minérios, devido à retirada da

vegetação nativa deixando o solo desprotegido, facilitando a erosão e consequente

perda de nutrientes, diminuindo assim a fertilidade do solo. Dentre os minerais

explorados está a vermiculita, que é usado comercialmente em sua forma expandida

na construção civil, agricultura e indústrias químicas. Esse mineral se expande

quando aquecido, aumentando sua área específica e porosidade, conferindo-lhe

características necessárias para que seja considerado material adequado para o uso

como adsorvente de compostos poluentes.

No entanto, sua extração gera a produção de uma grande quantidade de

rejeito, o qual se acumula no meio ambiente. É fundamental, então, que se

pesquisem alternativas para aproveitamento desses coprodutos como forma de

reduzir o seu descarte, evitando danos ao ambiente. Uma das alternativas de uso

seria a composição de substrato para a produção de mudas.

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A paineira (Ceiba speciosa (A. St.-Hill.) Ravenna) é uma espécie de uso

múltiplo, tendo sua madeira empregada na confecção de móveis, forros e

caixotarias. É ainda utilizada em recuperação de áreas degradadas e na arborização

urbana.

Poucas são as informações a respeito de aspectos silviculturais dessa

espécie e conhecimentos acerca do substrato ideal para a produção de mudas são

inexistentes.

O objetivo do trabalho foi avaliar a influência de substratos no crescimento e

na qualidade das mudas de paineira.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A Caatinga

O nome “caatinga” é de origem Tupi-Guarani, significa “floresta branca”, que

seguramente diferencia e caracteriza o visual da vegetação quando, na estação

seca do ano, as folhas caem e permanecem apenas troncos e galhos

esbranquiçados e acinzentados do vegetal (ALBUQUERQUE; BANDEIRA 1995).

Esse bioma é caracterizado por altas temperaturas variando de 23 ºC a 27 ºC,

forte insolação, baixa umidade relativa do ar, alta taxa de evapotranspiração, baixos

e irregulares índices de precipitação anual (800 mm em media, no máximo), além de

um regime de chuvas marcado pela escassez (REIS, 1976; SILVA et al., 2004).

Em consequência dessas condições climáticas, a vegetação nativa da

caatinga é diversificada e algumas espécies possuem folhas pequenas ou

modificadas em espinhos, de modo a reduzir a transpiração, e a perda total de

folhas na época seca (caducifólia). Em poucos metros de distância percebem-se

muitas alterações, tanto no porte como na densidade das espécies, devido a

mudanças de solo e disponibilidade hídrica (AMORIM; SAMPAIO; ARAÚJO, 2005).

Essa diversidade de cobertura vegetal da caatinga está, em grande parte,

determinada pelos atributos climáticos, topografia e base geológica que, em suas

inúmeras interações, ocorrem ambientes ecológicos amplamente variados (RODAL

et al., 2008).

A vegetação de caatinga caracteriza-se, em geral, pela presença de

espécies lenhosas, herbáceas, cactáceas e bromeliáceas. Para possibilitar a

sobrevivência durante a estação seca, tais vegetais possuem adaptações

morfológicas e/ou fisiológicas, como fechamento dos estômatos, controle osmótico e

redução da área foliar (SILVA et al., 2004; RAMALHO et al., 2009).

2.2 Usos do substrato na produção de mudas

O substrato ideal deve fornecer condições favoráveis à germinação,

crescimento e desenvolvimento inicial de plântulas (PIO et al., 2005). Durante esse

estágio, as plantas encontram-se mais vulneráveis aos fatores do ambiente,

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principalmente ao déficit hídrico (CUNHA et al., 2006), e as condições

proporcionadas pelo substrato podem conferir a resistência necessária à esses

fatores.

No momento de escolha do substrato, algumas características físicas e

químicas devem ser consideradas, levando em conta a estrutura da semente e as

necessidades de cada espécie, uma vez que esse contribui diretamente na estrutura

do sistema radicular e consequentemente da planta (CARVALHO FILHO et al.,

2002). Além dessas características, é necessário observar também fatores como a

disponibilidade do material na área do estudo e o preço de aquisição (MOURÃO

FILHO; DIAS, SALIBE, 1998). De acordo com Caldeira et al. (2000), a mistura de

dois tipos de materiais (orgânico e mineral) atribui ao substrato características

recomendáveis como a relação positiva entre a macroporosidade e microporosidade

desencadeando assim os demais fatores. O uso da matéria orgânica proporciona o

crescimento da planta mais resistente, além de melhorar o ciclo natural do solo,

reduzir a contaminação de patógenos e diminui a necessidade de utilizar produtos

químicos como os agrotóxicos (LONGO, 1987).

De acordo com Melo Junior (2013), o substrato precisa proporcionar

porosidade, resistência a microrganismo e pragas, oferecer homogeneidade em sua

composição e ainda ser proporcional ao sistema radicular, uma vez que será a fonte

de água, oxigênio e nutrientes para as plantas. Em relação ao pH do substrato,

apesar de variar com a espécie estudada, a faixa considerada ideal é entre 5,5 e

6,5, onde ocorre maior disponibilidade de nutrientes (BAUMGARTEN, 2002).

A variabilidade de produtos usados na preparação de substratos para a

produção de mudas, seja de espécies agrícolas, ornamentais ou florestais é enorme,

assim como são variáveis as proporções empregadas. Esses produtos são oriundos

de resíduos urbanos, industriais e agropecuários. O esterco bovino constitui-se em

um dos principais resíduos agropecuários empregados e, se bem curtido, aumenta

as qualidades físicas, químicas e biológicas de um substrato e ainda oferece

elementos nutritivos e essenciais às plantas. Além destes aspectos, eleva a

capacidade de retenção de água e troca catiônica como também a porosidade do

solo, e ainda auxilia na agregação das partículas do substrato (SCHORN;

FORMENTO, 2003). No entanto, a disponibilidade deste material orgânico de

qualidade depende da região e também do manejo das pastagens (PAIVA

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SOBRINHO et al., 2010). Ainda segundo estes autores, o uso de herbicidas nas

pastagens, na maioria dos casos, inviabilizam o seu uso na produção de mudas.

O uso de substratos comerciais também é uma realidade e, segundo Oliveira;

Scivittaro (1993), a utilização de produtos que possuem formulação preparada com

todos os nutrientes e que proporcionam as condições desejadas em um substrato

minimiza custos, principalmente com mão de obra, e possíveis falhas no momento

da preparação dessas misturas. O Plantmax® trata-se de um substrato comercial

que possui em sua composição casca de pinus moída e compostada e vermiculita, é

um material imune a pragas, isento de microrganismo, poroso, com alta capacidade

em reter água e, além disso, auxilia no momento da retirada das mudas do

recipiente (NEGREIROS, 2003; LOPES, 2008). Este autor observou que o uso

desse substrato ou de casca de arroz carbonizada na produção de mudas de

Eucaliptus, associados com o regime hídrico, influenciaram significativamente as

características morfológicas e nutricionais das mudas, além do potencial hídrico

foliar a resistência estomática.

Em mudas de sabiá, Lacerda et al. (2006) recomendaram o uso de pó de

coco como componente para substratos em virtude de suas propriedades físicas e

químicas, aliadas à sua estrutura e durabilidade apresentarem condições para a

produção das mudas.

Substratos decorrentes de resíduos industriais e urbanos a exemplo do lodo

de esgoto também pode ser utilizado como fontes nutritivas (TRAZZI et al, 2014). O

biossólido, nome comercial do lodo de esgoto, constitui a parte sólida do esgoto

(0,01%) lodo de esgoto, dentre os resíduos industriais, tem se destacado por ser

considerado como excelente fonte de matéria orgânica, destacando-se pela boa

capacidade de retenção de umidade e excelente fornecedor de nutrientes às plantas

(GUERRINI; TRIGUEIRO, 2004; NÓBREGA et al., 2007). Guerrini; Trigueiro (2004)

constataram que o aumento na percentagem de biossólido e a consequente redução

na de casca de arroz carbonizada promoveu aumento na densidade aparente dos

substratos, diminuindo o espaço de aeração, além de aumentar a capacidade de

retenção de água pelo aumento na microporosidade dos substratos. Esses autores

verificaram ainda que a quantidade de nutrientes no substrato aumentou com a

elevação da porcentagem de biossólido, exceto para K e Mn. Em plantas de

Sesbania virgata, Delarmina et al. (2013) observaram que a elevada qualidade e o

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maior crescimento das características morfológicas avaliadas foram obtidas usando

lodo de esgoto e composto orgânico, na proporção 40% e 60%.

O vermicomposto é formado por substâncias orgânicas resultantes da

atividade e interação de minhocas com microrganismos do seu trato digestivo que

influencia o crescimento das plantas devido às grandes quantidades de substâncias

húmicas presentes (ARANCON et al., 2006). Nos últimos anos tem sido amplamente

utilizado na composição de substrato para a produção de mudas (CALDEIRA et al.,

2000; ARANCON et al., 2006; VIDAL et al., 2006; STEFFEN et al., 2010). Steffen et

al. (2011) verificaram que a utilização do vermicomposto nos substratos para a

produção de mudas de Eucalyptus grandis e Corymbia citriodora mostrou-se

eficiente, proporcionando condições físicas adequadas para a obtenção de mudas

florestias de qualidade. Além disso, recomendaram, para E. grandis, a proporção de

80% de vermicomposto e 20% de turfa.

A vermiculita é um produto de mineradora expandida que possui muitas

empregabilidades, podendo ser utilizada com a finalidade de aumentar a viscosidade

de óleos lubrificantes elemento filtrante, é um ótimo absorvente de umidade,

funciona também como uma espécie de peneira molecular e ainda como defensivo

agrícola (ANDRADE; GOES; OLIVEIRA, 2001). Na construção civil é utilizada como

isolante térmico e acústico, reduz o peso das estruturas de concreto e na fabricação

de tijolos, blocos e placas de cimento que serão usadas em altas temperaturas

(TRAJANO, 2010).

2.3 Espécie

A paineira (Chorisia speciosa St.-Hill) é uma espécie arbórea popularmente

conhecida por diversos nomes, dentre os quais paineira-rosa, paineira, árvore de

paina, barriguda, sua altura pode chegar a 30m e até 120 cm de diâmetro

(CAPELETTI, 2013).

Pertence à família Malvaceae (LORENZI, 1992) e sua área de ocorrência é

Argentina, Paraguai e Brasil, além de poder se desenvolver bem regiões como nas

Antilhas e nos Estados Unidos. No Brasil, é encontrada em florestas mesófilas

semidecíduas dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul,

Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (PEREZ, 2005). Possui tronco com

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casca rugosa e presença de acúleos, frutos de coloração marrom escuro tipo

cápsula oblonga deiscente com um grande número de sementes, envolvidas por

pêlos (paina) que são importantes definidores do tipo de dispersão que ocorre com

essa espécie (anemocórica), flores hermafroditas e geralmente de uma a três por nó

(CARVALHO, 1994).

Apresenta qualidades ornamentais, por possuir uma floração exuberante,

empregando-se para o paisagismo dos mais variados tipos de praças e parques

(LORENZI, 2002) e, segundo Carvalho (2003), é uma espécie que tem grande

eficiência na recuperação de mata ciliar e de áreas degradadas, desenvolvendo-se

bem em solos úmidos. A fibra presente nos frutos poder ser usada na fabricação de

produtos antitérmicos, bóias, colchões e alguns tipos de brinquedos, fios têxteis,

caixotaria, canoas e forros de móveis (CAPELETTI, 2013; LORENZI, 1992).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Generalidades

O experimento foi conduzido em ambiente telado, com retenção de 50% da

intensidade luminosa, no Viveiro Florestal do Centro de Saúde e Tecnologia Rural

da Universidade Federal de Campina Grande (UAEF/CSTR/UFCG), Campus de

Patos.

As sementes utilizadas foram provenientes de uma matriz encontrada no

Viveiro Florestal do CSTR, coletadas no mês de março de 2014 e armazenadas em

garrafa plástica, mantidas em geladeira, no Laboratório de Fisiologia Vegetal do

CSTR. O experimento teve início em junho de 2014, e foi encerrado em outubro do

mesmo ano. Na Figura 1 são mostrados alguns aspectos da espécie estudada.

Figura 1 – Aspectos da paineira, mostrando a planta (A), flores (B), caule (C), frutos

(D) e sementes (E)

Fonte - Araújo (2015) Fonte - Araújo (2015).

Fonte - Araújo (2015).

Fonte - Lorenzi (1998).

Fonte - Lorenzi (1998).

A B C

D E

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3.2 Tratamentos

Foram avaliados quatro substratos: solo + esterco (S-E) 2:1 (Testemunha);

rejeito de vermiculita + esterco 2:1 (RV-E 2:1); rejeito de vermiculita + esterco 3:1

(RV-E 3:1) e Plantmax® (PL), um substrato comercial empregado na produção de

mudas. O rejeito de vermiculita utilizado foi o classificado como ultrafino, proveniente

da Usina UBM, em Santa Luzia (PB).

Os substratos foram submetidos à análise de fertilidade no Laboratório de

Análise de Solo e Água da UAEF, cujos resultados encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1 – Análise de fertilidade dos substratos

Substrato pH P Ca Mg K Na H+Al T V

CaCl2 0,01 M mg dm-3

cmolc dm-3 %

S-E 5,9 480,2 12,0 13,4 1,18 4,78 1,6 32,9 95,1

PL 6,0 517,2 12,0 13,0 1,25 5,22 1,5 33,1 95,4

RV-E 2:1 6,5 299,1 5,0 2,0 4,60 1,3 1,2 14,1 94,1

RV-E 3:1 6,0 546,5 4,0 3,0 0,95 0,39 1,5 9,84 84,7

Fonte – Araújo (2015).

O solo empregado na composição do substrato foi coletado na camada de 0 a

20 cm de profundidade na Fazenda experimental Nupeárido (CSTR/UFCG). Após a

preparação, os substratos foram colocados em tubetes com capacidade de 280 cm3,

os quais foram mantidos em bandejas, suspensas a 1m de altura (Figura 2). Em

cada tubete foram semeadas três sementes e, 10 dias após a emergência, foi

realizado o desbaste, deixando-se apenas uma planta por tubete, sendo irrigadas

diariamente com regador manual.

3.3 Parâmetros analisados

- Altura da planta, diâmetro do coleto e número de folhas

Após o desbaste e aos 90 dias, as plantas foram avaliadas quanto à altura

(cm) e diâmetro do coleto (mm), realizadas através do uso de régua graduada e

paquímetro digital.

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Figura 2 – Detalhe das mudas nos tubetes

Fonte – Araújo (2015).

- Taxa de crescimento

De posse dos dados iniciais e finais de altura das plantas, foi calculada a taxa

de crescimento absoluto (TCA), de acordo com fórmula proposta por Benincasa

(2003):

TCA = (Altura final – altura inicial)/tempo (cm dia-1)

- Produção de matéria seca

Aos 90 dias após o desbaste, as plantas foram colhidas, separadas em

folhas, caule e raízes, os quais foram acondicionados em sacos de papel e

colocados para secagem em estufa a 65 oC, durante 72 horas. Decorrido esse

tempo, o material foi submetido à pesagem, para a determinação da massa seca.

- Qualidade das mudas

Foi avaliada através da razão altura diâmetro (RAD) e do Índice de Qualidade de

Dickson (IQD). Através dos dados finais de altura (A) e diâmetro do caule (D) foi

calculada a RAD empregando-se a equação:

RAD = ,

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O Índice de Qualidade de Dickson (IQD) (DICKSON; LEAF; HOSNER, 1960)

foi calculado através da fórmula:

IQD=

MSTf: massa seca total final

RPAR: massa seca da parte aérea/massa seca das raízes

3.4 Delineamento estatístico e análises estatísticas

O experimento foi desenvolvido em delineamento inteiramente casualizado

(DIC), com quatro tratamentos, quatro repetições e 10 plantas por repetição.

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas

pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não foi verificado efeito significativo dos tratamentos sobre a altura das

plantas, diâmetro do coleto, número de folhas e taxa de crescimento absoluto. Este

fato deveu-se, possivelmente, ao fato da paineira ser uma espécie de crescimento

lento e, em virtude do experimento ter sido conduzido apenas até os 100 dias de

idade, não foi possível detectar diferença significativa entre os tratamentos.

4.1 Produção de matéria seca

Em relação ao peso da matéria seca do caule (Figura 3), o maior valor foi

observado nas plantas dos tratamentos Plantmax, embora não tenha diferido

estatisticamente do S-E. Por sua vez, este foi estatisticamente igual ao das plantas

dos tratamentos RV-E 2:1 e RV-E 3:1. Comparando-se a matéria seca do caule das

plantas crescidas no substrato Plantmax com aquelas dos substratos RV-E 2:1 e

RV-E 3:1, observaram-se reduções de 36 e 44%, respectivamente.

Figura 3 Peso da matéria seca do caule das mudas de paineira, aos 90 dias após

o desbaste

Araújo (2015).

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Quanto ao peso da matéria seca das folhas (Figura 4), verificou-se que os

maiores valores foram obtidos nos tratamentos com Plantmax e S-E, seguidos dos

tratamentos RV-E 2:1 e RV-E 3:1. Os valores obtidos nos tratamentos RV-E 2:1 e

RV-E 3:1 corresponderam a 59% e 49%, respectivamente, dos apresentados pelas

plantas do substrato Plantmax, e 61% e 51% em relação às do tratamento S-E. , Os

resultados relatados acima evidenciam a baixa contribuição do rejeito de vermiculita,

independente da sua proporção, no crescimento do caule e das folhas.

Figura 4 Peso da matéria seca das folhas das mudas de paineira, aos 90 dias

após o desbaste

Araújo (2015).

Na produção de matéria seca das raízes (Figura 5A), observou-se haver

diferença estatística apenas entre os tratamentos S-E e RV-E 3:1. O PMSR das

plantas deste tratamento correspondeu a 65% do apresentado pelo tratamento S-E.

Na produção de matéria seca da parte aérea (Figura 5B), as plantas do tratamento

Plantmax (2,04 g) apresentaram igualdade estatística às plantas produzidas no

substrato S-E (1,77 g), os quais foram superiores ao tratamento RV-E 3:1 (1,08 g).

Este valor correspondeu a uma redução de 47% e 39% em comparação com os

tratamentos Plantmax e S-E, respectivamente.

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Figura 5 - Peso da matéria seca das raízes (A), da parte aérea (B) e razão matéria

seca parte aérea/raízes (C) das mudas de paineira, aos 90 dias após o desbaste

Araújo (2015).

A

B

C

a

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Utilizando composto orgânico (casca de arroz não carbonizada+rejeito de

abate de aviário) nas proporções de 20 a 80% na composição do substrato, Caldeira

et al. (2008) observaram que houve maior produção de biomassa seca na parte

aérea de mudas de aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi).

Analisando-se a Figura 5C, constatou-se que o uso do Plantmax proporcionou

a obtenção de maior razão PA/R, e que não houve diferença significativa entre os

demais tratamentos.

No peso da matéria seca total (Figura 6), o comportamento foi semelhante ao

verificado nas raízes, em que o maior e menor valor foi observado nas plantas dos

tratamentos S-E e RV-E 3:1, respectivamente, sendo constatada redução de 37%.

Figura 6 Peso da matéria seca total (PMST) das mudas de paineira, aos 90 dias

após o desbaste

Araújo (2015).

Dessa forma, observou-se que os piores resultados foram alcançados com o

uso do rejeito de vermiculita + esterco, mais especificamente quando empregado na

proporção 3:1. Este fator pode ser devido à sua baixa fertilidade (Tabela 1),

principalmente em relação o K, que foi extremamente baixo em relação aos demais

substratos, não sendo capaz de satisfazer as necessidades da planta em termos de

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nutrição adequada desse elemento, prejudicando o crescimento e a consequente

produção de biomassa das mesmas.

A adequada nutrição da muda e o substrato adequado ao seu crescimento

constituem-se em fatores essenciais para assegurar a adaptação e o crescimento

após o plantio no campo (CARNEIRO, 1995; DEL QUIQUI et al., 2004). O potássio é

um elemento essencial às plantas, atuando como ativador de enzimas, agente

osmótico nas células vegetais, no equilíbrio de cargas negativas e no pH celular

(SILVA et al., 2013). A grande exigência pelo potássio por parte das plantas devido à

necessidade de manter elevadas concentrações no citoplasma, para garantir

atividade enzimática máxima (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997), além da

manutenção de baixo potencial osmótico do vacúolo celular, possibilitando assim a

absorção de água pelas raízes, garantindo assim o crescimento.

Outro aspecto desse substrato que pode ter interferido negativamente no

crescimento das plantas é a sua granulometria, uma vez foi utilizado o rejeito

ultrafino, aumentando a retenção de umidade, o que pode dificultar a aeração do

substrato, interferindo no crescimento das raízes e, consequentemente, das plantas.

Os resultados positivos obtidos nos tratamentos Plantmax® e S-E podem ser

atribuídos às suas características químicas (Tabela 1), que podem ter assegurado

melhores condições de fertilidade e retenção de umidade às plantas. Na produção

de mudas de alface (Lactuca sativa L.), Diniz; Guimarães; Luz. (2006) observaram

maior crescimento das plantas em comparação com o uso de húmus. Silveira et al.

(2002), obtiveram melhores resultados na produção de mudas de tomateiro quando

empregaram o Plantmax em mistura com húmus.

É importante ressaltar que as respostas das plantas ao substrato empregado

podem variar de acordo com a espécie e, independente desta, o ideal é oferecer um

substrato que forneça todas as condições necessárias ao crescimento das plantas.

Resultados negativos do uso do rejeito de vermiculita na composição de

substrato também foram obtidos por Trajano (2010), na produção de mudas de

pinhão manso (Jatropha curcas L.), o qual concluiu que a produção de massa seca

foliar, de raízes e caule das plantas foi prejudicada quando o rejeito participou com

mais de 50% do substrato. Em mudas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth),

Rodrigues (2011) observou que o uso de substrato formado por solo+rejeito de

vermiculita, na proporção 3:1, favoreceu a obtenção de mudas de melhor qualidade.

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4.2 Qualidade das mudas

De acordo com a Figura 7, observou-se que o melhor IQD foi obtido usando-

se o substrato S-E, que foi estatisticamente igual ao Plantamax. As composições

químicas destes substratos favoreceram o adequado crescimento das plantas,

proporcionando a obtenção de mudas de boa qualidade. Foi observado que houve

diferença significativa entre esses e o RV-E 3:1, o qual foi inferior.

Figura 7 Índice de Qualidade de Dickson das mudas de paineira, aos 90 dias após

o desbaste

Fonte – Araújo (2015).

O esterco bovino na composição de substratos tem sido amplamente

empregado, em conjunto com diversos materiais, apresentam resultados variados.

Em mudas de tamboril (Enterolobium controtisiliquum (Vell.) Morong), Araújo; Paiva

Sobrinho (2011) verificaram que a adição de esterco bovino aos substratos solo, e

casca de arroz carbonizada, influenciaram positivamente o número de folhas, a

altura, o diâmetro e a produção de matéria seca das plantas. Carvalho Filho et al.

(2002) avaliaram a produção de mudas de jatobá (Hymenea courbaril L.) em quatro

diferentes misturas de substratos [solo; solo + esterco (2:1); solo + areia (1:1); solo +

areia + esterco (1:2:1)] e constataram que para a plantio dessa espécie, é

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recomendado o uso do substrato com solo + areia + esterco na proporção 1:2:1.

Comentaram ainda que a presença do esterco, além de proporcionar nutrientes para

as plantas também favoreceu a aeração do solo e o desenvolvimento do sistema

radicular.

Arthur et al. (2007) relataram a fácil acessibilidade ao esterco bovino, assim

como o fator econômico, além de aumentar a disponibilidade de nutrientes, reter

umidade e ainda proporcionar a atividade microbiana, como vantagem de se optar

por esse composto como fonte de material orgânico nos substratos.

No entanto Caldeira et al. (2008) fazem a ressalva para a utilização de

composto orgânico em 100% no substrato, pois pode prejudicar o desenvolvimento

das plantas, uma vez que provavelmente a grande microporosidade acarretará

pequena aeração. Esses autores verificaram que o substrato 100% de composto

orgânico, formado por 100% de casca de arroz não carbonizada + resíduo de abate

de aviário, proporcionou a obtenção dos menores índices de qualidade das mudas

de aroeira-vermelha.

Kiehl (1985) observou que o uso de esterco em produção de mudas tem

superado os resultados obtidos quando se usa apenas adubos minerais, a produção

de mudas também obteve melhor resultado com uso de esterco bovino em trabalhos

desenvolvidos por Cunha et al. (2006).

Duarte et al. (2010) avaliaram manta composta de fibra de coco e resíduo

agregante com diferentes substratos no crescimento inicial de plantas de Acacia

mangium Willd. e constataram que o substrato composto por três partes de terra de

subsolo de Latossolo Vermelho-Amarelo e uma parte de esterco bovino curtido,

favoreceram a altura da planta e comprimento da raiz em comparação com o

substrato composto por duas partes de terra de subsolo de Latossolo Vermelho-

Amarelo e uma parte de lodo de esgoto.

Melo et al. (2014), em mudas de Eucalyptus grandis e Eremanthus

erythropappus, constataram que o esterco bovino influenciou positivamente a

sobrevivência e o crescimento das plantas de eucalipto. Relataram ainda comprovou

que a adição de esterco reduz o custo por metro cubico de substrato, tornando a

produção mais viável.

Testando substratos provenientes de misturas de solo, substrato comercial

composto, lodo de esgoto e esterco bovino, Gonçalves et al. (2014) recomendaram

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a adição em torno de 20% de esterco bovino curtido na composição de substratos

para produção de mudas de Ateleia glazioviana.

Apesar dos bons resultados obtidos com o uso do Plantmax em alguns

parâmetros, às vezes superiores aos do substrato S-E, recomenda-se o uso deste,

pelo fato do esterco bovino ser de fácil aquisição e econômico.

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5 CONCLUSÕES

Os substratos solo+esterco e Plantmax proporcionaram maior acúmulo de

matéria seca nas plantas e produção de mudas de melhor qualidade.

Os substratos contendo rejeito de vermiculita não favoreceram o crescimento

das mudas.

Recomenda-se o uso do solo+esterco, na proporção 2:1, para a produção de

mudas de paineira.

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