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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA BIODISPONIBILIDADE RELATIVA E EXIGÊNCIAS DE METIONINA PARA FRANGOS DE CORTE GABRIELA MAFRA DANTAS LOPES AREIA/PB NOVEMBRO/2014

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i

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA

BIODISPONIBILIDADE RELATIVA E EXIGÊNCIAS DE

METIONINA PARA FRANGOS DE CORTE

GABRIELA MAFRA DANTAS LOPES

AREIA/PB

NOVEMBRO/2014

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ii

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA

BIODISPONIBILIDADE RELATIVA E EXIGÊNCIAS DE

METIONINA PARA FRANGOS DE CORTE

GABRIELA MAFRA DANTAS LOPES

-Zootecnista-

AREIA/PB

NOVEMBRO/2014

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GABRIELA MAFRA DANTAS LOPES

BIODISPONIBILIDADE RELATIVA E EXIGÊNCIAS DE

METIONINA PARA FRANGOS DE CORTE

Tese apresentada ao Programa de

Doutorado Integrado em Zootecnia da

Universidade Federal da Paraíba,

Universidade Federal Rural de Pernambuco

e Universidade Federal do Ceará como

requisito parcial para obtenção do título de

Doutor em Zootecnia.

Área de Concentração: Nutrição Animal

Comitê de Orientação:

Prof. Dr. José Humberto Vilar da Silva – Orientador principal

Prof. Dr. Leonardo Augusto Fonseca Pascoal

Prof. Dr. Fernando Guilherme Perazzo Costa

AREIA/PB

NOVEMBRO/2014

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Ficha Catalográfica Elaborada na Seção de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial do CCA, UFPB, campus II, Areia – PB.

L864b Lopes, Gabriela Mafra Dantas. Biodisponibilidade relativa e exigências de metionina para frangos de corte / Gabriela Mafra Dantas Lopes. - Areia: UFPB/CCA, 2014.

123 f. : il.

Tese (Doutorado em Zootecnia) - Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2014.

Bibliografia. Orientador: José Humberto Vilar da Silva. Coorientador: Fernando Guilherme Perazzo Costa e Leonardo A. Fonseca Pascoal.

1. Frangos de corte 2. Nutrição animal 3. Produção animal I. Silva, José

Humberto Vilar da Silva (Orientador) II. Título.

UFPB/CCA CDU: 636.5(043.2)

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DADOS BIOGRÁFICOS DA AUTORA

GABRIELA MAFRA DANTAS LOPES – Filha de Gutemberg Fonseca Dantas e

Evanilda Mafra Dantas, nasceu no dia 14 de agosto de 1985 na cidade de Natal, no

Estado do Rio Grande do Norte. Prestou o vestibular para o Curso de Zootecnia na

Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2004, onde se formou em fevereiro

de 2009. No mesmo ano ingressou no Curso de Mestrado em Zootecnia da

Universidade Federal da Paraíba na área de concentração Produção Animal, trabalhando

com exigência de minerais para codornas de corte e postura, recebeu o título de Mestre

em Zootecnia em fevereiro de 2011. No mesmo ano ingressou no Programa de

Doutorado Integrado em Zootecnia desta universidade em Areia, Paraíba, onde

defendeu sua Tese em novembro de 2014.

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7

“Tudo posso naquele que me fortalece”.

(Filipenses 4:13)

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8

A DEUS

Aos meus pais, Gutemberg Fonseca Dantas e Evanilda Mafra Dantas.

Irmãos, Manoela Mafra Dantas e Gutemberg Fonseca Dantas Júnior.

Sobrinhos, Laura Dantas Nobre e Luís Cláudio Dantas Nobre.

Esposo, Wellington Dias Lopes Junior.

DEDICO

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9

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por estar ao meu lado em todos os momentos, iluminando,

dando-me força para seguir em frente e pela oportunidade de alcançar os requisitos para

minha educação e formação profissional.

À Universidade Federal da Paraíba através do Programa de Pós-Graduação em

Zootecnia, pela oportunidade de realização deste curso.

Às empresas Guaraves Alimentos Ltda, pelos animais e a Adisseo, pelos

produtos doados para a realização deste trabalho.

Agradeço ao meu orientador e amigo, Prof. Dr. José Humberto Vilar da Silva,

pela oportunidade de realização deste trabalho, ensinamentos transmitidos durante a

orientação e pela confiança.

Ao meu co-orientador, Prof. Dr. Leonardo Augusto Fonseca Pascoal, pelo

companheirismo, comprometimento e disponibilidade.

Ao meu co-orientador, Prof. Dr. Fernando Guilherme Perazzo Costa, pelos

ensinamentos transmitidos durante o curso.

Aos Profs. Drs. Walter Esfrain Pereira e José Jordão Filho, pelo pronto

atendimento sempre que os procurei, pela humildade e imprescindível contribuição nos

ensinamentos e análises estatísticas.

Aos Professores José Jordão Filho, Ricardo Romão Guerra, Janete Gouveia de

Souza, Débora Cristine de Oliveira Carvalho, Edilson Paes Saraiva e Marcelo Luís

Gomes Ribeiro, pela participação no Exame de Qualificação e Defesa da Tese e pelas

valiosas contribuições para a melhoria deste trabalho.

Aos demais professores do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da

Universidade Federal da Paraíba.

Ao laboratório de Avicultura do Departamento de Ciência Animal do Centro de

Ciências Humanas, Sociais e Agrárias ela área experimental.

Aos meus amados pais, Gutemberg Fonseca Dantas e Evanilda Mafra Dantas,

por toda educação, amor e incentivo incondicional que sempre me ofertaram.

Aos meus irmãos Manoela Mafra Dantas e Gutemberg Fonseca Dantas Júnior,

com os quais, sei que posso contar em qualquer momento.

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Aos meus cunhados Cláudio, Polliana, Rayssa e Wilde, pela amizade e

confiança.

Aos meus sogros Wellington Dias Lopes e Ednilza Horácio Lopes, pelo apoio e

amizade.

Ao meu esposo Wellington Dias Lopes Júnior, por ser referência, pelo apoio

incondicional, amor, carinho, por me incentivar e acreditar na minha vitória e pela

participação na elaboração deste trabalho.

Aos colegas e colaboradores do Laboratório de Avicultura, Thiago, Danilo,

Éricka, Aurora, Sthélio, Veruska, Patrícia, Mariany, Aliton, José Mares, Kadoshe,

Myrelliel, pelas inesquecíveis ajudas, convívio e amizade.

À Paulinha, pela hospedagem, amizade, descontração e companheirismo.

Aos amigos, Francisca Geovânia, Ana Paula, Paulinha, Aparecida, Aurora,

Sthélio, Veruska, Danilo, Thiago, Ebson, Marcelo, Valéria, Carla, Jalceyr Pessoa,

Gabriela Cambuí, Jaqueline, que proporcionaram alegria durante todo esse tempo de

convivência.

Aos funcionários do PPGZ/CCA, Maria das Graças, Jacilene, Carmem e

Damião, pela atenção e ajuda que me foram prestadas.

A todos os colegas do Programa de Pós Graduação em Zootecnia que, direta ou

indiretamente, colaboraram para realização deste trabalho.

MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS

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SUMÁRIO

Página

Lista de Tabela.................................................................................................... xiii

Resumo Geral...................................................................................................... xvi

General Abstract................................................................................................. xviii

Considerações Iniciais........................................................................................ 20

Capitulo I – Biodisponibilidade de Metionina para Frangos de Corte nas Fases

de 06 a 21 e de 22 a 33 Dias de Idade.................................................................. 22

Resumo............................................................................................................. 23

Abstract........................................................................................................... 25

Introdução....................................................................................................... 26

Material e Métodos......................................................................................... 28

Resultados........................................................................................................ 36

Discussão......................................................................................................... 45

Conclusão......................................................................................................... 54

Referências ...................................................................................................... 55

Capitulo II - Determinação da Exigência de Metionina Digestível para

Frangos de Corte, Utilizando a DL – Metionina, nas fases, Inicial e

Crescimento.......................................................................................................... 62

Resumo........................................................................................................... 63

Abstract........................................................................................................... 64

Introdução....................................................................................................... 65

Material e Métodos......................................................................................... 67

Resultados........................................................................................................ 75

Discussão.......................................................................................................... 82

Conclusão......................................................................................................... 88

Referências....................................................................................................... 89

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12

Capitulo III – Determinação da Exigência de Metionina Digestível para

Frangos de Corte, Utilizando a Metionina Hidróxi Análoga Líquida, nas fases,

Inicial e Crescimento............................................................................................

93

Resumo........................................................................................................... 94

Abstract........................................................................................................... 96

Introdução....................................................................................................... 97

Material e Métodos......................................................................................... 99

Resultados........................................................................................................ 107

Discussão.......................................................................................................... 114

Conclusão......................................................................................................... 119

Referências....................................................................................................... 120

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LISTA DE TABELAS

Capitulo I - Biodisponibilidade de Metionina para Frangos de Corte nas Fases de 06 a

21 e de 22 a 33 Dias de Idade

Tabela 1 - Composição alimentar parcial e nutricional das rações

experimentais de frangos de 6 a 21 dias de idade.............................

30

Tabela 2 - Composição alimentar parcial e nutricional das rações

experimentais de frangos de 22 a 33 dias de

idade....................................................................................................

32

Tabela 3 - Desempenho de frangos de corte nos períodos de 06 a 21 e de 22 a

33 dias de idade, alimentados com dietas contendo diferentes fontes

e níveis de metionina na ração...........................................................

37

Tabela 4 - Variáveis de rendimento de carcaça e cortes nobres de frangos de

corte aos 21 e 33 dias de idade , em função das fontes e níveis de

metionina total das dietas..................................................................

39

Tabela 5 - Variáveis químicas da carcaça dos frangos de corte aos 21 e 33 dias

de idade, em função das fontes de metionina das dietas....................

40

Tabela 6 - Variáveis histomorfométricas dos frangos de corte aos 21 e 33 dias

de idade, em função das fontes de metionina das dietas...................

42

Tabela 7 - Valores de biodisponibilidade relativa da metionina na metionina

hidróxi análoga líquida, obtidos por regressão linear múltipla, nas

fases, inicial e de crescimento............................................................

43

Tabela 8- Fontes de metionina e análise de custo econômica............................ 44

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LISTA DE TABELAS

Capitulo II - Determinação da Exigência de Metionina Digestível para Frangos de

Corte, Utilizando a DL – Metionina, nas fases, Inicial e Crescimento

Tabela 1 - Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de

frangos de 6 a 21 dias de idade...........................................................

69

Tabela 2 - Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de

frangos de 22 a 33 dias de idade..........................................................

71

Tabela 3 - Desempenho de frangos de corte nas fases, inicial e crescimento, de

acordo com o nível de metionina digestível da

ração....................................................................................................

76

Tabela 4 - Variáveis de rendimento de carcaça e cortes nobres dos frangos de

corte aos 21 e 33 dias de idade em função dos níveis de metionina

digestível das dietas.............................................................................

77

Tabela 5 - Variáveis químicas da carcaça dos frangos de corte aos 21 dias de

idade, em função da utilização dos níveis de metionina

digestível.................................................................................................

79

Tabela 6 - Variáveis histomorfométricas do intestino e da fibra do músculo

peitoral de frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade, em função de

níveis de metionina digestível.............................................................

80

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LISTA DE TABELAS

Capitulo III – Determinação da Exigência de Metionina Digestível para Frangos de

Corte, Utilizando a Metionina Hidróxi Análoga Líquida, nas fases, Inicial

e Crescimento

Tabela 1 - Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de

frangos de 6 a 21 dias de idade..............................................................

101

Tabela 2 - Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de

frangos de 22 a 33 dias de idade............................................................

103

Tabela 3 - Desempenho zootécnico de frangos de corte no período de 06 a 21 dias

de idade, de acordo com o nível de metionina digestível da ração............

108

Tabela 4- Variáveis de rendimento de carcaça e cortes nobres dos frangos de

corte aos 21 e 33 dias de idade em função em função dos níveis de

metionina digestível das dietas..............................................................

109

Tabela 5- Variáveis químicas da carcaça dos frangos de corte aos 21 e 33 dias de

idade, em função da utilização dos níveis de metionina digestível..........

111

Tabela 6- Variáveis histomorfométricas do intestino e da fibra do músculo

peitoral de frangos de corte aos 21 dias de idade, em função da

utilização de níveis de metionina digestível..........................................

113

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BIODISPONIBILIDADE RELATIVA E EXIGÊNCIAS DE METIONINA

PARA FRANGOS DE CORTE

RESUMO GERAL

Foram desenvolvidos quatro estudos com o objetivo de gerar conhecimentos que

contribuíssem no avanço da nutrição de frangos de corte, através da determinação da

biodisponibilidade de metionina na metionina hidróxi análoga e exigência de metionina

digestível para frangos na fase inicial e de crescimento. Os experimentos foram

realizados no Laboratório de Avicultura do Centro de Ciências Humanas, Sociais e

Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (CCHSA/UFPB). Os parâmetros avaliados

nos quatro experimentos foram: consumo de metionina total, consumo de ração, peso

vivo, ganho de peso diário, conversão alimentar, pesos absolutos e relativos de carcaça e

cortes nobres (peito, coxas e sobrecoxas), composição química da carcaça (matéria seca,

proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral e energia), além de variáveis

histomorfométricas (altura de vilos, profundidade de cripta, relação vilo:cripta e

espessura da fibra músculo peitoral). No primeiro estudo, foram utilizados 630 aves,

para a determinação da biodisponibilidade relativa de metionina na metionina hidróxi

análoga para frangos de corte no período de 06 a 21 dias de idade. Os tratamentos foram

constituídos de uma ração basal com 0,302% de metionina total; 0,362; 0,424 e 0,482%

de metionina total proveniente da DL – Metionina e HMTBA. A estimativa média das

biodisponibilidades relativas da metionina na HMTBA foi de 84,9% utilizando-se o

modelo de regressão linear múltipla. No segundo estudo, foram utilizados 525 aves,

para a determinação da biodisponibilidade relativa de metionina na metionina hidróxi

análoga para frangos de corte no período de 22 a 33 dias de idade. Os tratamentos foram

constituídos de uma ração basal com 0,274% de metionina total; 0,334; 0,394 e 0,454%

de metionina total proveniente da DL – Metionina e HMTBA. A estimativa média das

biodisponibilidades relativas da metionina foi de 87,8% para a HMTBA, utilizando-se o

modelo de regressão linear múltipla. No terceiro estudo foram utilizados 630 frangos,

machos, da linhagem Cobb, na fase inicial e 525 frangos, na fase de crescimento com o

objetivo de determinar a exigência de metionina digestível nas fases de 06 a 21 e 22 a

33 dias de idade, utilizando a DL - Metionina para suplementação. Os tratamentos

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consistiam em rações com níveis crescentes de metionina digestível, na fase inicial a

ração basal (0,279%) foi suplementada com seis níveis de DL – Metionina (0,339;

0,399; 0,459; 0,519; 0,579 e 0,639% de metionina digestível). Na fase de crescimento,

a ração basal 0,243 (dieta basal sem suplementação) também foi suplementada com seis

níveis de DL – Metionina (0,303; 0,363; 0,423; 0,483; 0,543 e 0,603% de metionina

digestível). Recomenda-se o valor de exigência de metionina digestível para frangos de

corte de 6 a 21 e de 22 a 33 dias de idade, de 0,469 e 0,447%, respectivamente,

resultando em uma relação de 39 e 41% de metionina: lisina digestível. E no quarto

estudo foram utilizados 630 frangos, machos, da linhagem Cobb, na fase inicial e 525

frangos, na fase de crescimento com o objetivo de determinar a exigência de metionina

digestível nas fases de 06 a 21 e 22 a 33 dias de idade, utilizando a fonte análoga

(HMTBA) para a suplementação. Os tratamentos consistiam em rações com níveis

crescentes de metionina digestível, a ração basal foi suplementada com seis níveis de

metionina hidróxi análoga (HMTBA – 77,4%), em substituição ao ácido glutâmico e o

inerte, correspondendo aos níveis de 0,279 (conteúdo da dieta basal, sem

suplementação), 0,332; 0,384; 0,437; 0,490; 0,542; 0,595% de metionina digestível, na

fase inicial. Na fase de crescimento, a ração basal foi suplementada com seis níveis de

metionina hidróxi análoga (HMTBA – 77,26%), em substituição ao ácido glutâmico e o

inerte, correspondendo aos níveis de 0,243 (conteúdo da dieta basal, sem

suplementação), 0,296; 0,348; 0,401; 0,453; 0,506; 0,558% de metionina digestível.

Recomenda-se 0,453% de metionina digestível para frangos de corte de 6 a 21 dias de

idade e 0,438% para frangos de 22 a 33 dias de idade,quando a fonte de suplementação

for a metionina hidróxi análoga líquida, resultando em uma relação de 37 e 40% de

metionina: lisina digestível.

Palavras-chave: níveis de metionina, nutrição, qualidade de carcaça, produção de

frango

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18

RELATIVE BIOAVAILABILITY AND REQUIREMENTS FOR METHIONINE

BROILER

GENERAL ABSTRACT

Four studies were developed with the objective of generating knowledge to contribute

in advancing the poultry nutrition, by determining the bioavailability of methionine

hydroxy analogue in methionine and requirement of digestible methionine for broilers

in the initial phase and growth. The experiments were conducted at the Poultry

Laboratory of Human Sciences Centre, Social and Agricultural Federal University of

Paraíba (CCHSA / UFPB). The parameters evaluated in all trials were intake of total

methionine, feed intake, body weight, daily gain, feed conversion, absolute and relative

weights of carcass and prime cuts (breast, thighs and drumsticks), chemical composition

of the carcass ( dry matter, crude protein, ether extract, mineral matter and energy), and

histomorphometric variables (height of villi, crypt depth, villus: crypt ratio and

thickness of the pectoral muscle fiber). In the first study, 630 birds were used to

determine the relative bioavailability of methionine in the methionine hydroxy analogue

of broiler chicks during the period 06-21 days of age. The treatments consisted of a

basal diet with 0.302% total methionine; 0.362; 0.424 and 0.482% total methionine

from the DL - Methionine and HMTBA. The average estimate of the relative

bioavailabilities of methionine in HMTBA was 84.9% using the multiple linear

regression model. In the second study, 525 birds were used to determine the relative

bioavailability of methionine in the methionine hydroxy analogue for broilers from 22

to 33 days of age. The treatments consisted of a basal diet with 0.274% total

methionine; 0.334; 0.394 and 0.454% total methionine from the DL - Methionine and

HMTBA. The mean estimate the relative bioavailabilities of methionine was 87.8% for

HMTBA, using multiple linear regression. In the third study used 630 chickens, male,

of Cobb in the initial phase and 525 chickens in growth phase in order to determine the

requirement of digestible methionine in stages 06-21 and 22 to 33 days of age, using DL

- Methionine for supplementation. The treatments consisted of diets with increasing

levels of digestible methionine in the initial phase the basal diet (0.279%) was

supplemented with six levels of DL - Methionine (0.339; 0.399; 0.459; 0.519; 0.579 and

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0.639% digestible methionine). In the growth stage, the basal diet 0.243 (basal diet

without supplementation) was also supplemented with six levels DL - Methionine

(0.303; 0.363; 0.423; 0.483; 0.543 and 0.603% digestible methionine). It is

recommended the value of digestible methionine requirement for broilers 6-21 and 22-

33 days of age, 0.469 and 0.447%, respectively, resulting in a ratio of 39 and 41% of

methionine: lysine. In the fourth study used 630 chickens, male, of Cobb in the initial

phase and 525 chickens in growth phase in order to determine the requirement of

digestible methionine in stages 06-21 and 22 to 33 days of age, using the analog source

(HMTBA) for supplementation. The treatments consisted of diets with increasing levels

of digestible methionine, the basal diet was supplemented with six levels of methionine

hydroxy analogue (HMTBA - 77.4%), replacing the glutamic acid and the inert,

corresponding to levels of 0.279 (content basal diet without supplementation), 0.332;

0.384; 0.437; 0.490; 0.542; 0.595% of digestible methionine in the initial phase. In the

growth phase, the basal diet was supplemented with six levels of methionine hydroxy

analogue (HMTBA - 77.26%), replacing the glutamic acid and the inert, corresponding

to levels of 0.243 (basal diet content without supplementation) 0.296; 0.348; 0.401;

0.453; 0.506; 0.558% of digestible methionine. It is recommended to 0.453% of

digestible methionine for broilers 6-21 days old and 0.438% for chickens 22-33 days of

age, when the source of supplementation is the liquid methionine hydroxy analogue,

resulting in a 37 ratio and 40% of methionine: lysine.

Keywords: methionine levels, nutrition, carcass quality, broiler production

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Na atualidade, a produção avícola de corte é considerada uma atividade

universal e padronizada, de forma que, para manter-se na atividade, os produtores

precisam apoderar-se de todas as inovações tecnológicas disponíveis em nutrição,

genética, manejo, ambiência e sanidade.

O Brasil destaca-se mundialmente na atividade avícola, de acordo com a União

Brasileira de Avicultura – UBABEF, em 2012 o Brasil foi o terceiro maior produtor

mundial de carne de frango, produzindo um total de 12,64 milhões de toneladas, o que

contribuiu para ocupar o posto de maior exportador mundial de carne de frango,

exportando 3.918 mil toneladas de carne de frango congelada (UBABEF, 2014),

evidenciando a importante participação da atividade no Produto Interno Bruto (PIB) do

país.

A alimentação é responsável por até 70% do custo de produção animal, sendo

esta, a parte do sistema produtivo mais influente no sucesso da atividade.

Imprescindíveis são as pesquisas no âmbito da nutrição, com estivas de exigências

nutricionais, biodisponibilidade de nutrientes em matérias primas e análise de custo de

acordo com o preço atual dos ingredientes no mercado, uma vez que a rentabilidade da

produção depende da formulação de rações a custo mínimo.

As fontes proteicas são as matérias primas que mais elevam o custo das rações,

tendo a proteína como nutriente de maior impacto no desempenho animal, com

influencia diretam na deposição proteica, ganho de peso e qualidade de carcaça.

A ração comercial das aves, a base de milho e farelo de soja, atende a exigência

de proteína bruta, no entanto, não atendem as exigências totais de alguns aminoácidos

essenciais ao desenvolvimento das aves. Com a comercialização em larga escala dos

aminoácidos industriais, tornou-se possível atender plenamente às exigências

aminoacídicas através da suplementação.

Dentre os aminoácidos, a metionina é classificada nutricionalmente nas rações

comerciais de frangos, como aminoácido essencial e primeiro limitante, necessitando

suplementar na ração. Este aminoácido é exigido pelos frangos em maior quantidade,

quando comparado aos outros, por estar envolvido em várias funções fisiológicas vitais

aos animais que serão debatidas no decorrer deste estudo. O mercado oferece várias

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fontes de metionina, sendo a DL – Metionina, na forma em pó, e a metionina hidróxi

análoga em ácido livre (HMTBA), na forma líquida, as mais utilizadas pelas empresas.

A falta de informação dos reais valores nutricionais reais da metionina nas

diversas fontes, assim como a atualização de sua exigência aos frangos, podem

ocasionar perdas nutricionais, econômicas e ambientais. Esse aminoácido em excesso

irá refletir negativamente no desenvolvimento das aves, onerar o custo da ração e ainda

terá efeito poluidor ao ambiente, através da eliminação do nitrogênio.

Diante do exposto, objetivou-se com este estudo determinar a exigência de

metionina e sua biodisponibilidade numa fonte análoga para frangos de corte nas fases

inicial e de crescimento.

A tese está estruturada em três capítulos, em que o Capítulo I apresenta a

biodisponibilidade relativa da metionina na metionina hidróxi análoga em frangos de 06

a 21 e de 22 a 33 dias de idade.

No Capítulo II determinou-se a exigência de metionina digestível para frangos de

corte de 06 a 21 e de 22 a 33 dias de idade com a utilização de DL-Metionina.

O Capítulo III aborda a determinação da exigência de metionina digestível para

frangos de corte de 6 a 21 e de 22 a 33 dias de idade utilizando a metionina hidróxi

análoga líquida.

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Capítulo I

Biodisponibilidade de Metionina para Frangos de Corte nas

Fases de 06 a 21 e de 22 a 33 Dias de Idade

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Biodisponibilidade de Metionina para Frangos de Corte nas

Fases de 06 a 21 e de 22 a 33 Dias de Idade

RESUMO

Objetivou-se com a pesquisa determinar a biodisponibilidade relativa da metionina

(BRM) na metionina hidróxi análoga líquida (HMTBA), empregando a DL - Metionina

como padrão para frangos de corte nas fases: 6 a 21 e de 22 a 33 dias de idade. O

delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado. O ensaio foi

constituído de 07 tratamentos, 05 repetições e 18 aves por unidade experimental, na fase

de 6 a 21 dias de idade. Os tratamentos foram constituídos por 0,302% de metionina

total da ração basal; 0,362; 0,424 e 0,482% de metionina total proveniente da DL –

Metionina e HMTBA. A suplementação de metionina industrial foi feita em

substituição ao ácido glutâmico, mantendo as dietas experimentais isonitrogênicas

(21,2% de proteína bruta) e isoenergéticas (3.050 kcal de energia metabolizável). O

segundo ensaio, foi constituído de 7 tratamentos, 5 repetições e 15 aves por unidade

experimental. Os tratamentos constituíam em 0,274% de metionina total da ração basal;

0,334; 0,394 e 0,454% de metionina total proveniente da DL – Metionina e da

metionina hidróxi análoga líquida. A suplementação de metionina industrial foi feita em

substituição ao ácido glutâmico e inerte, portanto, todas as dietas experimentais foram

isonitrogênicas (18,9% de proteína bruta) e isoenergéticas (3.150 kcal de energia

metabolizável). A exigência de cistina, em ambos os experimentos, foi corrigida através

da suplementação com L-cistina. As variáveis avaliadas para a determinação da

biodisponibilidade de metionina foram ganho de peso diário, peso vivo, conversão

alimentar, rendimento de peito, proteína bruta e energia da carcaça, além de variáveis

histomorfométricas (altura de vilos, profundidade de cripta, relação vilo:cripta, fibra

muscular peitoral e células caliciformes). Com base nos dados de peso vivo, ganho de

peso diário, conversão alimentar, rendimento de peito, proteína bruta, energia,

profundidade de cripta e altura de vilo, a biodisponibilidade da HMTBA para frangos de

6 a 21 dias de idade foi calculada em, 90,41; 94,42; 79,02; 89,73; 58,03; 88,06; 81,89 e

97,64%, respectivamente, conferindo à HMTBA biodisponibilidade média de 84,9% em

relação à DL – Metionina em base equimolar e 77,4% considerando as variáveis de

desempenho, na base do produto. Na fase de crescimento, as variáveis utilizadas para a

determinação de biodisponibilidade foram, ganho de peso diário, peso vivo, conversão

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alimentar, rendimento de peito, proteína bruta e energia. Com base nos dados de ganho

de peso diário, conversão alimentar, rendimento de peito e rendimento de carcaça, a

biodisponibilidade da HMTBA foi calculada em, 85,44; 77,47; 91,76 e 96,55%,

respectivamente, conferindo à HMTBA biodisponibilidade média de 87,8% em relação

à DL – Metionina em base equimolar e 77,26% considerando as variáveis de

desempenho, na base do produto. Os resultados da presente pesquisa sugerem que a

HMTBA pode substituir a DL – Metionina nas rações de frangos de corte.

Palavras-chave: aminoácidos sulfurosos, disponibilidade, fontes de metionina,

histomorfometria, nutrição animal

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Bioavailability Methionine Broiler in Phases 06-21 and 22-33 Days Old

ABSTRACT

The objective of the research to determine the relative bioavailability of methionine

(BRM) in liquid methionine hydroxy analogue (HMTBA), using the DL - Methionine

as standard for broilers phases: 6-21 and 22-33 days of age. The experimental design

was completely randomized. The test consisted of 07 treatments, 05 replicates of 18

birds each, in step 6-21 days old. The treatments consisted of 0.302% total methionine

basal diet; 0.362; 0.424 and 0.482% total methionine from the DL - Methionine and

HMTBA. Supplementation of industrial methionine was made to replace the glutamic

acid, keeping the isonitrogênicas experimental diets (21.2% crude protein) and

isocaloric (3,050 kcal metabolizable energy). The second test consisted of 7 treatments,

5 replications and 15 birds each. The treatments consisted of 0.274% total methionine

basal diet; 0.334; 0.394 and 0.454% total methionine from the DL - Methionine

hydroxy analogue and liquid methionine. Supplementation of industrial methionine was

made to replace the glutamic acid and inert, so all experimental diets were

isonitrogênicas (18.9% crude protein) and isocaloric (3,150 kcal metabolizable energy).

The requirement for cystine, in both experiments, was corrected by supplementation

with L-cystine. The variables evaluated to determine the bioavailability of methionine

were daily weight gain, live weight, feed conversion, breast yield, crude protein and

energy housing, and histomorphometric variables (height of villi, crypt depth, villus:

crypt , pectoral muscle fiber and goblet cells). Based on body weight data, daily gain,

feed conversion, breast yield, crude protein, energy, crypt depth and villus height, the

bioavailability of HMTBA chickens for 6-21 days was calculated, 90.41; 94.42; 79.02;

89.73; 58.03; 88.06; 81.89 and 97.64%, respectively, giving the HMTBA mean

bioavailability of 84.9% with respect to DL - Methionine on an equimolar basis and

77.4% on the performance variables, on the basis of the product. In the growth phase,

the variables used to determine bioavailability were, daily weight gain, live weight, feed

conversion, breast yield, crude protein and energy. Based on the data of daily gain, feed

conversion, breast yield and carcass yield, the bioavailability of HMTBA was calculated

at 85.44; 77.47; 91.76 and 96.55%, respectively, giving the HMTBA mean

bioavailability of 87.8% with respect to DL - Methionine on an equimolar basis and

77.26%, considering the performance variables, on the basis of the product. The results

of this study suggest that HMTBA can replace the DL - Methionine in broiler rations.

Keywords: sulfur amino acids, availability, sources of methionine, histomorphometry,

animal nutrition

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INTRODUÇÃO

A criação de frangos de corte vem passando por um crescimento contínuo nos

últimos anos, resultado de pesquisas principalmente nas áreas de nutrição e

melhoramento genético, permitindo que as aves tenham maior ganho de peso, melhor

conversão alimentar, maior rendimento de peito, coxa e sobrecoxa e menor teor de

gordura, atendendo às tendências do mercado consumidor.

Como consequência deste crescimento acelerado, principalmente nos aspectos

nutricionais, acentuou-se a necessidade de pesquisas constantes relativas à estimativa de

biodisponibilidade e exigência dos nutrientes, sobretudo de aminoácidos essenciais, o

que tem permitido redução proteica com otimização do desempenho e redução do custo

da ração e da excreção de nitrogênio para o ambiente. Desta forma, a estimação do valor

nutricional dos nutrientes, é uma alternativa para a redução da poluição ambiental pela

excreção dos nutrientes, atendendo precisamente às exigências nutricionais dos animais.

A metionina é o primeiro aminoácido limitante e essencial, em dietas a base de

milho e farelo de soja, para frangos de corte, sendo necessária sua adição sob forma

sintética nas rações. Atualmente são encontradas várias fontes de metionina no

mercado, as mais utilizadas na atividade avícola são: DL - Metionina (99%) na forma de

pó e a DL-2-hidróxi-4metil-tio-butanóico / HMTBA, metionina hidróxi análoga (88%),

na forma líquida. Muito se tem discutido sobre a utilização dos análogos da metionina e

suas inter-relações com os conceitos de proteína ideal. De acordo com Penz Jr (1994),

existem vários fatores que dificultam o entendimento da bioequivalência da DL -

Metionina e HMTBA, já que as reações químicas para a realização de suas funções

biológicas não ocorrem pelas mesmas rotas metabólicas, sendo sistematicamente

diferentes.

Existem controvérsias entre os pesquisadores quanto à bioequivalência desses

análogos, comumente utilizados pelos nutricionistas nas suas formulações, variando

desde 65% a 100% (Visentini et al.. 2005). O que evidencia a falta de critérios para

substituição da DL - Metionina pelos análogos e reforça a necessidade de realizações de

pesquisas nesta área. A determinação real do valor nutritivo da HMTBA, irá contribuir

para a formulação de dietas adequadamente e avaliação do custo das matérias-primas

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durante as compras dos ingredientes, ocasionando uma influência positiva direta na

produção animal.

O presente estudo teve como objetivo estimar a biodisponibilidade de metionina

na metionina hidróxi análoga em relação à DL – Metionina, nos períodos de 06 a 21 e

de 22 a 33 dias de idade.

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MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram realizados no Laboratório de Avicultura do Departamento

de Agropecuária do Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias (CCHSA) da

Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus III, no Município de Bananeiras/ PB,

sob as coordenadas 6°45’00’’ de latitude sul e 35°38’00’’ de longitude oeste, a uma

altitude de 520 m acima do nível do mar.

O primeiro experimento foi conduzido no período de 27 de julho a 11 de agosto

de 2012, utilizando-se 630 pintos de corte machos da linhagem Cobb 500, no período de

6 a 21 dias de idade, apresentando peso médio inicial de 142,0 ± 1 g, vacinados contra

Marek e Bouba aviária. O segundo experimento foi realizado no período de 22 de

outubro a 03 de novembro de 2012, utilizando-se 525 pintos de corte machos da

linhagem Cobb 500, no período de 22 a 33 dias de idade, apresentando peso médio

inicial de 1045,0 ± 5 g.

Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, em uma dieta

basal, deficiente em metionina, e três níveis de metionina total, suplementada com DL –

Metionina e mais três suplementadas com metionina hidróxi análoga, totalizando sete

tratamentos de cinco repetições e dezoito aves por unidade experimental, na fase inicial.

Na fase de crescimento, foram sete tratamentos de cinco repetições e quinze aves por

unidade experimental.

As aves foram alojadas em galpão de alvenaria, coberto com telhas de barro, piso

de concreto e muretas laterais com telas de arame até o telhado, providos de cortinas

laterais. Foi utilizado como cama o bagaço de cana. O galpão era dividido em boxes de

1,0 x 1,5m, equipados com comedouros tubulares e bebedouros tipo pendular. Para

garantir ambiente térmico adequado foram instaladas nos boxes lâmpadas

incandescentes de 150 watts. Foi utilizado programa de luz contínuo (24 horas de luz =

natural + artificial).

Até os seis dias de idade os pintinhos ficaram em círculo de proteção recebendo

todos os cuidados necessários para expressar posteriormente um adequado desempenho.

No sexto dia, após a uniformização dos pesos médios das parcelas, os animais foram

distribuídos nos boxes.

As condições ambientais (temperatura e umidade do ar) foram monitoradas

diariamente por meio de termo-higrômetros digitais, posicionados na altura das aves. Os

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valores médios de temperatura máxima, temperatura mínima e umidade relativa do ar,

registradas durante o período experimental foram, respectivamente, 32,8, 25,9 ºC e 65,9

%.

O fornecimento de ração e água foi à vontade durante todo o período

experimental.

Na fase inicial foi formulada uma dieta basal composta principalmente por milho

e farelo de soja de acordo com recomendações de Rostagno et al. ( 2011), para frangos

de corte de 6 a 21 dias de idade. Apenas a metionina foi mantida abaixo da exigência

das aves para a fase. Os níveis de metionina total foram calculados em 0,302% para a

dieta referência (origem vegetal) e 0,362; 0,422 e 0,482%, para as dietas suplementadas

com a DL - Metionina (99%) ou HMTBA (88%) (Tabela 1). A suplementação de

metionina sintética foi feita em substituição ao ácido glutâmico e inerte. Todas as dietas

experimentais foram isonitrogênicas (21,20% de proteína bruta) e isoenergéticas (3.050

kcal de energia metabolizável por quilo de ração).

Na fase de crescimento, foi formulada uma dieta basal composta principalmente

por milho e farelo de soja de acordo com recomendações de Rostagno, et al. (2011),

para frangos de corte de 22 a 33 dias de idade, deficiente em metionina digestível. Os

níveis de metionina total foram calculados em 0,274% para a dieta basal e 0,334; 0,394

e 0,454% as dietas suplementadas com a DL - Metionina (100%) ou HMTBA (88%)

(Tabela 02). A suplementação com metionina sintética foi feita em substituição ao ácido

glutâmico e inerte. Todas as dietas experimentais foram isonitrogênicas (18,93% de

proteína bruta) e isoenergéticas (3.150 kcal de energia metabolizável). Em ambos

experimentos, exigência da cistina foi corrigida através da suplementação com L-

cistina.

Foram avaliados os dados de consumo de ração, consumo de metionina total,

peso vivo, ganho de peso diário, conversão alimentar, pesos absolutos e relativos de

carcaça, cortes nobres (peito, coxas e sobrecoxas), composição química da carcaça

(matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral e energia) e dados

histomorfométricos (altura de vilo, profundidade de cripta, relação vilo:cripta, espessura

da fibra muscular peitoral e quantidade de células caliciformes).

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Tabela 01. Composição alimentar parcial e nutricional das rações experimentais de

frangos de 6 a 21 dias de idade

Ingredientes (%)

Fontes de metionina

DB DL - Metionina Metionina hidróxi análoga

0,302 0,362 0,422 0,482 0,362 0,422 0,482

Milho (grão) 56,788 56,788 56,788 56,788 56,788 56,788 56,788

Farelo de soja 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196

Fosfato bicálcico 1,449 1,449 1,449 1,449 1,449 1,449 1,449

Calcário 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924

Bicarbonato de sódio 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535

Sal comum 0,118 0,118 0,118 0,118 0,118 0,118 0,118

L – lisina 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262

Premix vitamínico4

0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Cloreto de colina 60% 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

L – treonina 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087

Premix mineral³ 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075

L – valina 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058

Bacitracina de zinco 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015

BHT4

0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

L – arginina 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006

Anticoccidiano

0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

L – isoleucina 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004

Óleo de soja 3,391 3,391 3,391 3,391 3,390 3,389 3,387

Ácido glutâmico 0,645 0,582 0,519 0,456 0,586 0,527 0,468

Inerte³

0,050 0,053 0,055 0,058 0,042 0,058 0,027

DL-Metionina¹

0,000 0,068 0,121 0,182 0,000 0,000 0,000

Met-Hidróxi-Análoga²

0,000 0,000 0,000 0,000 0,076 0,136 0,204

L-Cistina 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Composição Química

Proteína Bruta (%) 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200

Energia Metabolizável

(kcal/kg) 3.050 3.050 3.050 3.050 3.050 3.050 3.050

Fósforo total (%) 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401

Fósforo disponível (%) 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352

Lisina digestível (%) 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217

Treonina digestível (%) 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791

Triptofano digestível

(%) 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207

Cloro (%) 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190

Potássio (%) 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585

Sódio (%) 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210

Cálcio (%) 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841

Metionina Total (%) 0,302 0,362 0,422 0,482 0,362 0,422 0,482

Metionina Digestível

(%) 0,279 0,339 0,399 0,459 0,339 0,399 0,459

Cistina total (%) 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457

Cistina Digestível (%) 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401

Metionina+Cistina Total

(%) 0,760 0,820 0,880 0,940 0,820 0,880 0,940

Metionina+Cistina

Digestível (%) 0,680 0,740 0,800 0,860 0,740 0,800 0,860

Mongin 187,0 187,0 187,0 187,0 187,0 187,0 187,0 ¹DL - Metionina (100%); 2 Metionina Hidróxi análoga (88%); ³Areia lavada. 3Composição/kg do produto: Zn –

110.000 mg; Se – 360 mg; I – 1.400 mg; Cu – 20.000 mg; Mn – 156.000 mg; Fe – 96.000 mg. 4BHT=Butil-Hidróxi-

Tolueno (antioxidante). 5Anticoccidiano= Salinomicina sódica - 60 ppm. 4Composição/kg do produto: vit. A –

10.000.000 UI; vit D3 – 2.500.0000 UI; vit. E – 15.000 mg; vit. K – 2.000 mg; vit. B1 – 2.000 mg; vit. B2 – 4.000 mg;

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vit. B6 – 4.000 mg; vit. B12 – 15.000 mg; vit. C – 50.000 mg; niacina – 30.000 mg; biotina – 60 mg; ácido fólico –

500 mg; ácido Pantotênico – 16.000 mg; B.H.T. – 125 mg.

Para a avaliação das características de carcaça, foram selecionadas duas aves

com peso médio representativo da unidade experimental para o abate e coleta dos dados.

Após jejum de 6 horas as aves foram pesadas e abatidas. Após a sangria as aves foram

pesadas novamente, posteriormente foram depenadas e pesadas pela terceira vez, para a

obtenção do peso das penas o qual foi obtido por diferença anterior e posterior a depena.

O percentual de penas foi obtido pela razão entre o peso das penas e peso vivo vezes

100.

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32

Tabela 02. Composição alimentar parcial e nutricional das rações experimentais de

frangos de 22 a 33 dias de idade

Ingredientes (%)

Fontes de metionina

DB DL - Metionina Metionina hidróxi análoga

0,274 0,334 0,394 0,454 0,334 0,394 0,454

Milho (grão) 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550

Farelo de soja 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575

Concentrado proteico de

soja 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495

Fosfato bicálcico 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229

Calcário 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878

Bicarbonato de sódio 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253

Sal comum 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272

L – lisina 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519

Premix vitamínico4

0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Cloreto de colina 60% 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

L – treonina 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336

Premix mineral³ 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075

L – valina 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272

Bacitracina de zinco 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015

BHT

0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

L – arginina 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556

Anticoccidiano

0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

L – isoleucina 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052

L – Metionina 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

Óleo de soja 3,107 3,107 3,107 3,107 3,106 3,105 3,104

Ácido glutâmico 1,343 1,28 1,217 1,154 1,284 1,225 1,166

Inerte³

0,100 0,103 0,105 0,108 0,092 0,085 0,077

DL-Metionina¹

0,000 0,061 0,121 0,182 0,000 0,000 0,000

Met-Hidróxi-Análoga²

0,000 0,000 0,000 0,000 0,068 0,136 0,204

L-Cistina 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133

Composição Química

Proteína Bruta (%) 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930

EMA (kcal/kg) 3.150 3.150 3.150 3.150 3.150 3.150 3.150

Fósforo disponível (%) 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332

Lisina digestível (%) 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090

Treonina digestível (%) 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850

Triptofano digestível

(%) 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210

Cloro (%) 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330

Potássio (%) 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623

Sódio (%) 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195

Cálcio (%) 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711

Metionina Total (%) 0,274 0,334 0,394 0,454 0,334 0,394 0,454

Metionina Digestível

(%) 0,243 0,303 0,363 0,423 0,303 0,363 0,423

Cistina total (%) 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395

Cistina Digestível (%) 0,349 0,349 0,349 0,349 0,349 0,349 0,349

Metionina+Cistina Total

(%) 0,656 0,716 0,776 0,836 0,716 0,776 0,836

Metionina+Cistina

Digestível (%) 0,569 0,629 0,689 0,749 0,629 0,689 0,749

Mongin 151,14 151,14 151,14 151,14 151,14 151,14 151,14 ¹DL - Metionina (100%); 2 Metionina Hidróxi análoga (88%); ³Areia lavada. 3Composição/kg do produto: Zn – 110.000 mg; Se – 360 mg; I – 1.400 mg; Cu – 20.000 mg; Mn – 156.000 mg; Fe – 96.000 mg. 4BHT=Butil-Hidróxi-

Tolueno (antioxidante). 5Anticoccidiano= Salinomicina sódica - 60 ppm. 4Composição/kg do produto: vit. A –

10.000.000 UI; vit D3 – 2.500.0000 UI; vit. E – 15.000 mg; vit. K – 2.000 mg; vit. B1 – 2.000 mg; vit. B2 – 4.000 mg;

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vit. B6 – 4.000 mg; vit. B12 – 15.000 mg; vit. C – 50.000 mg; niacina – 30.000 mg; biotina – 60 mg; ácido fólico –

500 mg; ácido Pantotênico – 16.000 mg; B.H.T. – 125 mg.

Posteriormente foi realizado o processo de evisceração e as aves foram pesadas

novamente, sem pés, cabeça e pescoço, para cálculo do rendimento de carcaça em

relação ao peso vivo em jejum. Os rendimentos de cortes nobres (peito, coxas e

sobrecoxas) foram estimados em relação ao peso da carcaça eviscerada.

As carcaças evisceradas foram acondicionadas em sacos plásticos identificados e

armazenados à -18 ºC. Para obtenção de amostras homogêneas, as carcaças foram

moídas em triturador de facas.

As amostras foram colocadas em bandejas de alumínio descartáveis, pesadas e

pré- secadas em estufa com ventilação forçada a 65 °C até estabilização do peso. Após

esta etapa, as amostras foram moídas e acondicionadas em potes plásticos, as quais

foram armazenadas para análises posteriores.

As análises de energia da carcaça foram realizadas no Laboratório de Nutrição

Animal do CCHSA da UFPB, utilizando bomba calorimétrica digital.

As análises de matéria seca, minerais, proteína bruta e extrato etéreo foram

realizadas no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, segundo recomendações de Silva &

Queiroz (2006). Os valores de composição corporal foram expressos em percentagem

na matéria natural.

Para as análises histomorfométricas, ao final do experimento foram coletados

fragmentos de 1 cm do intestino delgado (duodeno) e da fibra do músculo peitoral, de

modo a nunca ultrapassar 1 cm³, sendo imediatamente fixados em solução de formol

(10%). No Laboratório de Histologia do Centro de Ciências Agrárias CCA/UFPB, as

amostras foram desidratadas, incluídas em parafina, cortadas a uma espessura de 0,5µm

e coradas com hematoxilina e eosina (HE). Para análise de altura de vilosidade,

profundidade de cripta e espessura de fibra muscular peitoral, as fotomicrografias

digitalizadas foram realizadas por meio do software KS400 4.4, marca ZEISS. Utilizou-

se o microscópio Olympus (modelo BX60) e a câmera AxioCam (Modelo HCr, marca

ZEISS) para o procedimento.

Para a altura de vilosidade foram visualizadas em microscópio e digitalizadas

pelo menos 1 imagem por animal, sendo cada tratamento composto por 10 frangos. Para

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cada imagem foi realizada pelo menos três medições morfométricas para altura de

vilosidade e profundidade de cripta com aumento de 50x, perfazendo um “n” de 30 por

tratamento.

Para a espessura das fibras musculares do peito, as amostras foram incluídas de

forma que as fibras musculares fossem vistas sempre em sentido transversal. A partir da

amostra histológica de músculo peitoral de cada animal (10 animais) dos tratamentos

envolvidos foram digitalizados 2 campos diferentes, e de cada campo foram realizadas 3

mensurações aleatórias, perfazendo um “n” de 60 por tratamento.

Para a quantificação de células caliciformes nas vilosidades intestinais, as

amostras intestinais dos 10 animais utilizados foram incluídas em sentido transversal, de

modo que fosse possível a visualização das vilosidades intestinais, assim como o lúmen

do órgão. Foram captadas e digitalizadas várias imagens com o aumento de 200x das

vilosidades intestinais. Aleatoriamente foram escolhidas pelo menos 2 imagens de cada

animal e mensurado o epitélio intestinal linearmente até perfazer 10.000 micrômetros.

Nessas áreas lineares de epitélio mensuradas foram contabilizadas as quantidades de

células caliciformes através da coloração de periodic acid Schiff que cora de magenta as

células caliciformes. A partir dos resultados foi definida a quantidade de células

caliciformes em 1.000 micrômetros para cada tratamento.

O ganho de peso diário, peso vivo, conversão alimentar, rendimento de peito,

proteína bruta, energia e os dados histomorfométricos foram utilizados como critério

para a determinação da biodisponibilidade relativa da metionina como variável

dependente (y), e o consumo de metionina na dieta basal como variável independente

(x). Na determinação da equação de regressão linear múltipla, utilizou o seguinte

modelo matemático: Yi = B0 + B1X1 + B2X2 + B3X3, onde: X1 = consumo de metionina

na ração basal; X2 = consumo de metionina na ração com DL - Metionina; X3 =

consumo de metionina na ração com HMTBA. Sendo a biodisponibilidade relativa da

metionina (BRM) calculada pela relação dos coeficientes de regressão, considerando o

b2 do padrão equivalente a 100% BRM = bteste/bpadrão x 100.

A metionina proveniente da DL - Metionina foi considerada como 100%

disponível e os valores de disponibilidade relativa da metionina na HMTBA foram

avaliados pela relação dos coeficientes de regressão, utilizando-se a técnica do "Slope

Ratio" (Littell et al., 1995).

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35

Foi realizada uma análise de custo considerando a biodisponibilidade da

metionina em cada fonte, a fim de obter o preço de cada quilograma de metionina

disponível por fonte estudada, utilizou-se o seguinte modelo matemático Y= (1000 x

X1)/ X2, onde Y=valor do quilograma de metionina disponível; X1= valor da fonte; X2 =

quantidade da metionina disponível em um quilograma das fontes teste.

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36

RESULTADOS

Tanto na fase incial como de crescimento, as variáveis de desempenho (consumo

de metionina total, ganho de peso diário e conversão alimentar) apresentaram melhores

resultados nos animais que receberam ração com a suplementação de metionina,

independente da fonte utilizada (DL - Metionina e HMTBA) em relação aos animais

alimentados com a dieta basal, deficiente em metionina, como pode ser observado na

Tabela 03. De acordo com Lemme et al. (2002), esta é uma condição necessária para

estimar os valores de biodisponibilidades de fontes de nutrientes.

O ganho de peso diário (P = 0,0001) e a conversão alimentar (P = 0,0034), dos

frangos no período de 6 a 21 dias de idade, apresentaram melhora de 10,6 e 7,45%,

respectivamente, mediante as respostas máximas obtidas com a suplementação das

fontes de metionina em comparação com os resultados determinados pelos animais que

receberam a ração basal (Tabela 03). Nenhuma diferença significativa (P>0,05) foi

encontrada entre os níveis para o consumo de ração e o peso vivo na fase estudada

(Tabela 03).

A conversão alimentar dos animais alimentados com as dietas formuladas com

suplementação de DL - Metionina foi melhor (P = 0,0434) que a daqueles que

receberam ração suplementada pela HMTBA (Tabela 03).

No segundo ensaio (22 a 33 dias de idade), o peso vivo, ganho de peso diário e

conversão alimentar apresentaram melhora de 3,71; 4,03 e 4,5%, respectivamente,

mediante as respostas máximas obtidas com a suplementação das fontes de metionina

em comparação com os resultados observados nos animais que receberam a ração basal.

Apenas o consumo de ração não foi influenciado pelos tratamentos. Em relação às

fontes de metionina, os dados de peso vivo (P=0,0301) e conversão alimentar

(P<0,0054) foram melhores para os animais que receberam a DL – Metionina como

fonte suplementar de metionina na ração basal (Tabela 03).

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Tabela 03. Desempenho de frangos de corte nos períodos de 06 a 21 e de 22 a 33 dias

de idade, alimentados com dietas contendo diferentes fontes e níveis de metionina na

ração

Cosumo de ração

(g/ave/dia)

Consumo de

metionina total

(mg/ave/d)

Peso vivo (g) Ganho de peso

diário (g/ave/dia)

Conversão alimentar

(kg/kg)

6 a 21 dias

Fonte e

nível DLM1 HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA

Basal

0,302 68,74 0,2076* 754,6 47,20* 1,457*

0,362 71,092 70,182 0,257 0,255 805,69 783,36 51,104 48,753 1,391 1,440

0,422 67,774 72,354 0,286 0,305 808,81 815,87 51,342 51,873 1,319 1,394

0,482 69,846 71,539 0,337 0,345 819,60 810,06 52,169 52,204 1,338 1,370

Média 69,571 71,358 0,293 0,302 811,37 803,1 51,54 50,940 1,351a 1,401b

CV (%) 3,93 3,16 3,21 2,85 3,18

22 a 33 dias

Fonte e

nível DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA

Basal

0,274 156,117 0,379* 2,105* 102,09* 1,530*

0,334 155,467 154,89 0,471 0,469 2,162 2,136 103,74 103,021 1,499 1,503

0,394 154,919 157,01 0,562 0,570 2,188 2,164 106,90 106,050 1,449 1,481 0,454 155,315 156,17 0,657 0,661 2,200 2,168 107,97 106,186 1,439 1,471

Média 155,234 155,95 0,566 0,563 2,183a 2,156b 106,20 105,017 1,462b 1,485a

CV (%) 1,98 2,05 2,18 1,88 1,34

1- DL – Metionina; 2 – Metionina hidróxi análoga líquida; *Contraste da dieta basal versus média

HMTBA e média DL - Met significativo (P<0,05); A,B,C Médias nas colunas seguidas por diferentes

letras diferem (P<0,05) pelo teste de Tukey.

No período de 6 a 21 dias de idade, os animais que receberam ração basal

apresentaram menor rendimento de carcaça (P = 0,0487), de peito (P = 0,0001) e

porcentagem de pena (P = 0,0434) em relação aos animais que se alimentaram com

rações suplementadas com metionina (Tabela 04).

As variáveis, rendimento de coxa e sobrecoxa dos frangos aos 21 dias de idade,

não apresentaram diferença estatística a 5% de probabilidade entre os animais que

receberam a ração basal e os que consumiram ração com a adição de metionina

proveniente da DL - Metionina ou da HMTBA (Tabela 04).

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As fontes utilizadas para a suplementação influenciaram significativamente o

rendimento de peito dos frangos aos 21 dias de idade, apresentando maior rendimento

os animais que se alimentaram com a ração suplementada com a fonte padrão, DL -

Metionina (Tabela 04).

As demais características de rendimento de carcaça e corte nobres não

apresentaram diferença estatística em função das fontes de metionina (Tabela 04).

Na fase de crescimento, os frangos alimentados com a dieta basal deficiente em

metionina apresentaram rendimento de carcaça e de cortes nobres inferiores, com

exceção do rendimento de coxa, sobrecoxa e percentagem de pena, aos animais que

consumiram a dieta suplementada com a DL – Metionina e a HMTBA, nos seus três

níveis (Tabela 04).

As fontes ocasionaram efeito no rendimento de carcaça (P=0,0051), peito

(P=0,0001) e percentagem de pena (P=0,0001). A DL – Metionina proporcionou as

melhores características de rendimento de carcaça e peito dos frangos aos 33 dias de

idade, apresentando aumento de aproximadamente 1,0 e 4,2%, respectivamente, quando

comparado às características das aves que receberam a HMTBA como fonte de

suplementação de metionina (Tabela 04).

Os frangos que receberam a ração, cuja fonte da metionina foi o HMTBA,

apresentaram percentagem de pena superior em 2,1% em relação aos que consumiram

ração suplementada pela DL – Metionina (Tabela 04).

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Tabela 04. Variáveis de rendimento de carcaça e cortes nobres de frangos de corte aos

21 e 33 dias de idade , em função das fontes e níveis de metionina total das dietas

Rendimento de

carcaça (%)

Rendimento de

peito (%)

Rendimento de coxa

(%)

Rendimento de

sobrecoxa (%)

Porcentagem de pena

(%)

21 dias

Fonte e

nível DLM1 HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM

HMTB

A DLM HMTBA

Basal

0,302 65,941

* 19,398

* 8,544

9,811

3,150* 3,150*

0,362 67,181 66,179 20,921 20,864 8,676 8,432 9,910 9,903

0,422 68,009 67,903 22,756 21,529 8,721 8,674 10,268 10,049 3,237 3,482

0,482 68,345 68,249 24,199 23,093 8,729 8,684 10,059 10,059 3,439 2,771

Média 67,845 67,444 22,63a 21,83b 8,709 8,597 10,079 10,004 3,655 3,424

CV (%) 3,72 6,53 9,95 4,91 21,3 3,444 3,226

33 dias

Fonte e

nível DLM HMTBA DLM

HMTB

A DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA

Basal

0,274 71,818

* 24,106

* 9,367

10,234 4,681

0,334 73,565 73,269 26,800 26,230 9,404 9,078 10,611 10,283 4,596 4,845 0,394 74,700 73,912 29,179 26,998 9,443 9,307 10,119 9,863 4,552 4,689 0,454 74,735 74,012 28,396 27,614 9,190 9,217 10,194 10,177 4,695 4,606 Média 74,33a 73,731b 28,13a 26,95b 9,345 9,201 10,308 10,108 4,61b 4,71a

CV (%) 1,78 3,54 4,27 4,72 3,54

1- DL – Metionina; 2 – Metionina hidróxi análoga líquida; *Contraste da dieta basal versus média

HMTBA e média DL - Met significativo (P<0,05); A,B,C Médias nas colunas seguidas por diferentes

letras diferem (P<0,05) pelo teste de Tukey.

As variáveis de composição da carcaça dos frangos aos 21 dias de idade não

apresentaram diferença estatística (P>0,05) entre os animais que receberam a ração

deficiente em metionina e os que receberam ração suplementada com metionina. A

matéria seca apresentou maior nível na carcaça dos animais alimentados com a HMTBA

(Tabela 05).

Aos 33 dias de idade, a percentagem de gordura foi maior nas aves que

receberam dieta sem suplementação de metionina, para qualquer nível de metionina

total (P = 0,001), enquanto a percentagem de proteína bruta (P = 0,0019) e energia (P

= 0,001) da carcaça dos animais que receberam a ração suplementada com metionina

(DL – Metionina e HMTBA) foram superiores as dos animais que receberam a ração

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basal. As percentagens de matéria seca e mineral não foram influenciadas pelas

fontes de metionina (Tabela 05).

Tabela 05. Variáveis químicas da carcaça dos frangos de corte aos 21 e 33 dias de

idade, em função das fontes de metionina das dietas

Matéria seca (%) Gordura (%) Proteína bruta (%) Matéria mineral (%) Energia bruta

(kcal/g)

6 a 21 dias

Fonte e

nível DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA

Basal

0,302 30,497 10,758 14,955 2,760 6117,3

0,362 29,262 29,452 9,820 9,630 15,542 15,487 2,550 2,679 5906,0 5808,8

0,422 28,244 30,818 9,576 10,706 15,585 15,270 2,459 2,527 6036,1 5927,4

0,482 29,438 31,573 9,534 10,355 15,617 15,505 2,654 2,839 6054,1 6143,2

Média 28,97b 30,73a 9,643 10,230 15,581 15,421 2,554 2,682 5998,73 5959,8

CV (%) 4,44 10,11 3,09 7,45 4,51

22 a 33 dias

Fonte e

nível DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA

Basal

0,274 31,044 11,682* 15,017* 2,324 5061,3*

0,334 31,558 32,046 11,214 11,652 15,609 15,869 2,356 2,369 6012,4 6107,4

0,394 31,268 33,024 11,069 11,744 16,219 16,392 2,248 2,492 6294,2 6038,0

0,454 32,383 31,976 11,453 11,456 17,001 16,402 2,522 2,471 6145,6 6200,1

Média 31,736 32,349 11,245 11,617 16,276 16,221 2,375 2,444 6150,7 6115,2

CV (%) 4,44 10,11 3,09 7,45 4,51

1- DL – metionina; 2 – Metionina hidróxi análoga líquida; *Contraste da dieta basal versus média

HMTBA e média DL - Met significativo (P<0,05); A,B,C Médias nas colunas seguidas por diferentes

letras diferem (P<0,05) pelo teste de Tukey.

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Os animais aos 21 dias que receberam ração suplementada com metionina

apresentaram maior profundidade de cripta e altura de vilosidade em relação aos

animais alimentados com a ração basal (P<0,05).

As fontes influenciaram a profundidade de cripta (P = 0,0375) e altura de

vilosidade (P = 0,0456), sendo encontrado maior valor, no intestino dos frangos que

receberam ração suplementada por DL - Metionina (Tabela 06). Adicionalmente, as

fontes influenciaram a relação altura vilo:cripta, sendo a maior relação apresentada

pelos animais que consumiram ração suplementada com a HMTBA.

A espessura da fibra muscular foi maior nos frangos aos 21 dias, que receberam

ração sem suplementação de metionina (P=0,0439). A quantidade de células

caliciformes foi menor no intestino dos frangos alimentados com a dieta basal, quando

comparado com a quantidade de células caliciformes presentes nos frangos que

consumiram ração com adição DL – Metionina. A menor quantidade de células

caliciformes foi encontrada nas aves que receberam ração com HMTBA.

Os animais aos 33 dias de idade, que receberam ração suplementada com

metionina apresentaram maior altura de vilosidade em relação aos animais alimentados

com a ração basal (P<0,05). As fontes influenciaram a profundidade de cripta (P = 0,

0031), altura de vilosidade (P = 0,0155) e a relação vilo:cripta (P =0,0001). Sendo

encontrado maior valor para altura de vilo e relação vilo:cripta no intestino dos frangos

que receberam ração suplementada por HMTBA, e maior valor de profundidade de

cripta os frangos alimentados com a ração suplementada pela metionina convencional.

A espessura da fibra do músculo peitoral não foi influenciada pelos níveis e fontes de

metionina (Tabela 06).

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Tabela 06. Variáveis histomorfométricas dos frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade, em

função das fontes de metionina das dietas

Altura de

vilosidades (mµ)

Profundidade de

cripta (mµ)

Relação

vilo:cripta

Espessura da

fibra muscular

do peito (mµ)

Células

Caliciformes

6 a 21 dias

Fonte e nível DLM HMTBA DLM HMTBA DL

M HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA

Basal 0,302 2384,632* 737,477 * 3,234 94,109* 46,1

0,362 2681,1 2543,7 1175,7 1013,8 2,28 2,51 85,24 62,87 52,70 29,74

0,422 2591,9 2624,9 1478,6 1111,1 1,75 2,36 74,17 76,521 52,89 24,95

0,482 2811,8 2838,5 679,5 542,77 4,14 5,23 88,45 93,02 71,45 28,65

Média 2694,9A 2669,0B 1111,2A 889,2B 2,72

B 3,37A 82,62 77,47

59,02A

27,78B

CV (%) 3,05 8,35 3,15 4,52 3,87

22 a 33 dias

Fonte e nível DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA DLM HMTBA

Basal 0,274 1408,251

183,154*

7,812*

40,463

0,334 1517,119 1685,91 181,260 143,990 8,940 12,377 38,862 44,824

0,394 1359,007 1475,60 143,69 127,782 9,510 11,650 46,464 48,655

0,454 1383,395 1700,72 146,578 100,8487 9,362 17,299 37,499 45,017

Média 1419,840 B 1620,74 A 157,176 A 124,207 B 9,271 B 13,775 A 40,942 46,165

CV (%) 13,88 19,49 22,57 16,51

*Contraste da dieta basal versus média HMTBA e média DL - Met significativo (P<0,05); A,B,C Médias

nas colunas seguidas por diferentes letras diferem (P<0,05) pelo teste de Tukey.

A biodisponibilidade relativa da metionina (BRM) na HMTBA em relação à DL -

Metionina pela regressão linear múltipla, na fase de 6 a 21dias de idade, foi 90,41%

para peso vivo, 94,42% para ganho de peso diário, 79,02% para conversão alimentar,

89,73% para rendimento de peito, 58,03% para proteína bruta, 88,06% para energia,

81,89% para profundidade de cripta, e 97,64% para altura de vilosidades (Tabela 07). A

HMTBA apresentou uma média de 84,9% de biodisponibilidade relativa da metionina.

A biodisponibilidade da metionina calculada a partir do ganho de peso diário,

conversão alimentar, rendimento de carcaça e de peito foi 85,44; 77,47; 91,76 e 96,55%,

respectivamente, para a HMBTA em relação a DL – Metionina, utilizando-se a

regressão linear múltipla, na fase de 22 a 33 dias de idade (Tabela 07). Sendo a média

do valor da biodisponibilidade de metionina da HMTBA para frangos de corte de 22 a

33 dias de idade foi de 87,8%, em relação a DL – metionina, sendo esta considerada

com 100% de bioeficácia.

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Tabela 07. Valores de biodisponibilidade relativa da metionina na metionina hidróxi

análoga líquida, obtidos por regressão linear múltipla, nas fases, inicial e de crescimento

Variáveis Equações das Regressões Lineares Múltiplas BRM (%) R²

Peso vivo(g) Y = 0,78676 – 0,06848x1 + 0,05433x2 +

0,04912x3 90,41 0,71

Ganho de peso diário (g) Y = 42,93488 + 14,11089x1 + 20,30076x2 +

19,16980x3 94,42 0,65

Conversão alimentar (g/g) Y = 1,58348 – 0,42213x1 - 0,54907x2 - 0,43389x3 79,02 0,82

Rendimento de peito (%) Y = 14,07453 + 18,57594 x1 + 19,87249x2 +

17,83080x3 89,73 0,79

Proteína bruta (%) Y = 115,19441 – 0,44708 x1 + 0,96429x2 +

0,55955x3 58,03 0,73

Energia (kcal/g) Y = 5269,51751 – 2807,18870 x1 + 1694,91349x2

+ 1492,46082x3 88,06 0,62

Profundidade de cripta (mµ) Y = -140,01156 + 2221,71379x1 + 3750,28533x2

+ 3071,35453x3 81,89 0,89

Altura de vilo (mµ) Y = 1933,78170 + 1492,88251 x1 + 1794,10635x2

+ 1751,78143x3

97,64 0,69

Média total 84,9

Ganho de peso diário (g) Y = 1,62678 – 0,35500x1 - 0,41884x2 - 0,35785x3 85,44 0,81

Conversão alimentar (g/g) Y = 23,98535 – 0,15587 x1 + 10,11957x2 +

7,83965x3 77,47 0,86

Rendimento de peito (%) Y = 71,54135 + 0,74934 x1 + 6,69208x2 +

6,14125x3 91,76 0,79

Rendimento de carcaça (%) Y = 13,48447 + 5,59218 x1 + 7,1544 x2 +

6,90784x3 96,55 0,80

Média total 87,8

Foi realizada uma análise de custo das fontes de metionina, baseada nos

resultados das biodisponibilidades relativas da metionina obtidas com a regressão linear

múltipla (Tabela 08).

Para a fase de 6 a 21 dias de idade, considerando o preço de mercado de R$ 9,39

para o quilo da DL – Metionina (99%) e R$ 6,80 para o de HMTBA (88%), utilizando

as médias das biodisponibilidades avaliadas neste estudo, o quilo de metionina

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disponível proveniente da fonte DL – Metionina custou R$ 9,39 e o da HMTBA custou

R$ 9,10. Analisando o custo da metionina disponível pela média da biodisponibilidade

relativa de metionina das variáveis de desempenho, a HMTBA apresentou um valor de

R$ 8,78.

Tabela 08. Fontes de metionina e análise de custo econômica

Fontes de

metionina

Metionina

Total

(%)

Biodisponibilidade em

base equimolar (%)

Biodisponibilidade em

base do produto (%)

R$/Kg

da fonte

R$/Kg

Metionina

disponível

6 a 21 dias

DL - Metionina 100,00 99,00 99,00 9,30 9,39

MHTBA (todas

as variáveis) 88,00 84,90 74,70 6,80 9,10

MHBTA

(desempenho) 88,00 87,95 77,40 6,80 8,78

22 a 33 dias

DL - Metionina 100,00 99,00 99,00 9,30 9,39

HMTBA 88,00 87,80 77,26 6,80 8,80

Na fase de 22 a 33 dias de idade, a HMTBA também foi à fonte de metionina

que apresentou menor custo na ração de frango de corte, onde o quilograma de

metionina digestível desta fonte foi de R$ 8,80.

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45

DISCUSSÃO

A adição de cada fonte de metionina na dieta basal para a obtenção dos

diferentes níveis foi feita por equimolaridade (DL – metionina 99% e HMTBA - 88%),

ou seja, cada nível possuía a mesma quantidade de metionina total, com intuito de

determinar a biodisponibilidade das fontes de metionina comparando as respostas a

níveis crescentes de cada fonte, a partir de um nível de deficiência definido. Um

importante fator neste estudo que difere da maior parte dos experimentos realizados

nesta linha de pesquisa foi à suplementação de L - Cistina, atendendo as exigências de

cisteína dos frangos, o que anula a necessidade de conversão da metionina em cisteína

no metabolismo, simplificando e reduzindo os passos metabólicos para o cumprimento

real da função biológica da metionina no organismo.

O objetivo de uma dieta basal deficiente em metionina foi alcançado, pois as

variáveis avaliadas dos frangos que receberam ração suplementada com DL – Metionina

e a HMTBA foi melhor, em relação aos frangos de corte alimentados com a dieta basal

(Tabelas 4, 5 e 6). De acordo com Lemme et al. (2002), a dieta basal deficiente no

nutriente em estudo é essencial quando se almeja estimar a biodisponibilidade de fontes

nutricionais. A dieta basal deficiente em metionina e suplementada com as fontes em

estudo nos possibilita melhor entendimento da resposta dos frangos em relação à

bioeficácia de cada fonte, através das expressões do desempenho das aves. Esta

abordagem, segundo Rodehutscord & Pack (1999), segue a lei dos retornos mínimos, ou

seja, o desempenho do animal melhora com o aumento da adição dietética de metionina

até atingir o máximo de sua expressão genética, sob as condições de manejo a que está

submetido, de modo que com a adição superior de metionina não promova resposta

adicional no desempenho.

Em ambos os ensaios, a conversão alimentar dos animais que receberam ração

suplementada com DL - Metionina foi melhor que daqueles alimentados com ração

suplementada com HMTBA, concordando com pesquisa realizada por Meirelles et al.

(2003). Por outro lado, Vázquez-Anon et al. (2006) e Molt et al. (2005), não

encontraram diferença para a conversão alimentar de frangos na fase de crescimento

(até 21 dias) consumindo ração suplementada com DL - Metionina e HMTBA.

Na fase inicial, a ração suplementada também permitiu melhor rendimento de

carcaça, peito e porcentagem de pena, em relação aos frangos que receberam a ração

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basal, adicionalmente, a fonte DL – Metionina proporcionou maior rendimento de peito

aos frangos em relação à HMTBA. Corroborando o presente estudo, Ribeiro et al.

(2005) e Meirelles et al. (2003), não observaram diferença significativa fontes de

metionina para os rendimento de carcaça e cortes nobres.

Com a crescente preferência do mercado consumidor por carne branca, o

aperfeiçoamento da variável rendimento de peito tornou-se um dos mais importantes

objetivos da avicultura moderna. No presente estudo, os frangos no períodos de 6 a 21 e

de 22 a 33 dias de idade, alimentados com a DL - Metionina apresentaram maior

rendimento de peito quando comparados aos que receberam a HMTBA (Tabela 04).

Este resultado concorda com o estudo realizado por Hoehler et al. (2005b), na qual

verificaram que frangos que consumiram dietas suplementadas com DL - Metionina

obtiveram melhores rendimentos de peito que com a HMTBA.

Na fase de crescimento, os frangos que receberam a ração suplementada com a

DL – Metionina também apresentaram, maior rendimento de carcaça.

De acordo com Liu & Guo (2001), para otimizar o rendimento da carcaça é

necessário maior fornecimento de nutrientes em relação ás exigências de desempenho e

em especial os aminoácidos limitantes, estes autores observaram ainda que o

suplemento com níveis elevados de metionina promove maior rendimento de peito aos

frangos. Reforçando a importância da qualidade proteica Castro et al. (1998) relataram

que aminoácidos em menor proporção, comparado ás exigências, tornam-se limitantes e

restringem a deposição proteica.

Em relação à percentagem de penas, os animais que receberam ração basal,

deficiente em metionina, apresentaram menor percentagem. A proteína é o maior

constituinte das penas das aves, em torno de 90% (Leeson & Summers, 1997) e os

aminoácidos da dieta têm um papel importante no desenvolvimento das mesmas, fato

que pode explicar os resultados aqui obtidos. De acordo com Ruiz (1993), os

aminoácidos sulfurados são os principais envolvidos na síntese de queratina das penas.

Ainda na fase inicial, não foi observada diferença para à porcentagem de pena,

possivelmente, pelo fato das duas fontes estarem suprindo de forma semelhante as

exigências para empenamento. Concordando com este estudo, Lopéz-Coello et al.

(1994) compararam fontes de metionina quanto ao rendimento de pena e não

encontraram diferenças significativas entre as fontes. Já na fase de crescimento, os

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frangos que receberam a ração, cuja fonte da metionina foi o HMTBA, apresentaram

percentagem de pena superior em 2,1% em relação aos que consumiram ração

suplementada pela DL – Metionina.

A composição química da carcaça está diretamente relacionada com a

composição dos nutrientes da dieta. A deficiência de um aminoácido essencial e

limitante, como é o caso do aminoácido em estudo, metionina, provocou redução do

teor de proteína da carcaça, enquanto a suplementação aumentou esse teor de proteína,

fato este verificado no presente estudo. No entanto, não houve diferença estatística entre

as fontes avaliadas (Tabela 05), concordando com Liu et al. (2006), que igualmente não

observaram influência significativa de fontes de metionina (DL - Metionina e HMTBA)

para estas mesmas características.

Quanto à histomorfometria do tecido duodenal dos frangos, podemos observar

que os animais alimentados com a ração deficiente em metionina apresentaram

resultados com menores valores para altura de vilosidade e profundidade de cripta

(Tabela 06). De acordo com Duarte et al. (2012), as características da mucosa intestinal

são afetadas por fatores de natureza física e química dos nutrientes.

Macari et al. (2002), afirma que na presença de nutrientes a capacidade absortiva

da mucosa intestinal será diretamente proporcional ao número e tamanho de vilosidades

presentes. A relação desejável entre vilosidades e criptas, ocorrem quando as

vilosidades encontram-se altas e as criptas rasas, pois quanto maior a relação altura de

vilosidade: profundidade de cripta, maior será a absorção de nutrientes e menor será o

gasto energético com renovação celular (Arruda et al., 2008). Como no presente estudo

os frangos que receberam a ração suplementada com a HMTBA apresentaram maior

relação altura de vilo: profundidade de cripta e levando-se em consideração as citações

logo acima, subtende-se que estas aves absorveram maior quantidade de nutrientes e

entre estes a metionina. Porém de acordo com Oliveira Neto et al. (2014) a metionina

análoga é absorvida principalmente por difusão passiva, enquanto a DL – Metionina por

transporte ativo, o que permite uma absorção mais rápida da fonte padrão, pois pode ser

absorvida contra o gradiente de concentração, apesar do gasto energético.

Em pesquisas realizadas por Maenz & Engele-schaan, (1996) e Han et al.

(1990), verificaram que a DL – Metionina é absorvida de forma mais rápida na parte

anterior do intestino delgado, enquanto a HMTBA é absorvida de forma mais lenta e

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por todo intestino. Esta informação de absorção mais rápida da DL – Metionina no

duodeno em sua quase totalidade pode estar diretamente relacionada com os resultados

da presente pesquisa, onde os frangos que receberam a DL – Metionina na ração

apresentaram maior altura de vilo, nessa fase inicial. Porém, na fase de crescimento, a

profundidade de cripta foi superior na mucosa intestinal dos frangos que receberam a

ração suplementada pela DL – Metionina em relação às aves que consumiram ração

suplementada pela análoga, ou seja, a HMTBA permitiu maior integridade da mucosa

intestinal. Mathews (2000), afirma que a metionina análoga em altos níveis é menos

tóxica que a fonte padrão (DL - Metionina).

Em experimento avaliando a morfometria intestinal de frangos de corte

alimentados com dietas contendo diferentes probióticos, Pelicano et al. (2003),

observaram que o maior valor de profundidade de cripta está relacionado à maior

proliferação celular, buscando assim adequada taxa de renovação epitelial, para

compensar as perdas nas alturas das vilosidades.

Outro fator que possivelmente deve ter influenciado para a diferença

histomorfométrica foi à produção de poliamina a partir da metionina. Sakomura et al.

(2014) afirmam que no metabolismo da metionina ocorre a formação de vários

componentes corporais, com diferentes funções fisiológicas, entre estes, existe a

formação de poliaminas. Encontradas em altas concentrações em locais onde existe

elevada divisão celular, como é o caso do epitélio intestinal que apresenta-se em

constante renovação celular, porém sua função fisiológica ainda não está totalmente

esclarecida, acredita-se que a poliamina tem importante contribuição nos processos de

transcrição e tradução celular (Grimble & Grimble, 1998).

Assim, pode-se inferir que a absorção mais rápida da DL-Metionina, permite

maior formação de poliaminas e por consequência maior divisão celular intestinal

(aumento de tamanho dos vilos), permitindo maior absorção dos nutrientes e

desempenho zootécnico.

Os resultados histomorfométricos de ambas as fases, podem ser associados aos

dados de desempenho, pois os frangos que receberam ração suplementada com DL -

metionina apresentaram maior relação altura de vilosidade: profundidade de cripta,

maior ganho de peso e menor conversão alimentar, quando comparado aos que

receberam ração suplementada com a HMTBA.

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As células caliciformes são importantes indicadores de integridade da mucosa

intestinal. De acordo com Junqueira & Carneiro (2013) as células caliciformes fazem

parte das criptas ou glândulas intestinais, produtoras de glicoproteínas do tipo mucina

que hidratadas formam o muco. Adicionalmente, Macari & Maiorka (2000), afirmam

que o muco funciona como protetor do epitélio intestinal, impedindo o contato de

microrganismos e secreções do próprio organismo com a mucosa. Na presente pesquisa,

na fase de 6 a 21 dias de idade, as aves que receberam a ração suplementada pela DL –

Metionina apresentaram o dobro de células caliciformes em relação aos que receberam a

dieta suplementada pela fonte teste. Este fato pode ser explicado, devido ao sistema de

absorção dessas fontes de metionina. A DL-Metionina é absorvida por transporte ativo,

ou seja, de forma mais rápida, quando comparamos com a absorção da metionina

análoga que é realizada de forma passiva e por toda a mucosa intestinal (Sakomura et

al., 2014). Este mecanismo possivelmente permitiu maior desenvolvimento

histomorfométrico (altura de vilo e quantidade de células caliciformes) do duodeno do

intestino.

Quanto à espessura da fibra muscular do peito não foi observado influência

estatística (P<0,05) entre as fontes. Os frangos que receberam a ração basal

apresentaram maior espessura da fibra do peito, pode-se observar que estes mesmos

animais apresentaram menor rendimento de peito. O Scheuermann et al. (2004)

sugeriram que o aumento no número de fibras musculares têm influência positiva para o

aumento do rendimento do peito. Desta forma o aumento do rendimento de peito é

possível devido à proliferação mitótica das fibras musculares, fenômeno denominado de

hiperplasia. De acordo com Sifre et al. (2005) existe uma estreita relação entre o

diâmetro e a densidade da fibra muscular, sendo que quanto maior a proliferação celular

(densidade), menor será sua espessura (diâmetro), podemos observar na presente

pesquisa que as aves que apresentaram menor espessura de fibra muscular peitoral,

também apresentou maior rendimento de peito.

Pesquisa realizada por Zhao et al. (2011) com frangos de corte de diferentes

linhagens e idades, encontraram relações negativas entre diâmetros e densidades, de

23,7 ± 1,6 e 780,4 ± 42,9 fibras/cm2; 42,5 ± 1,2 μm e 446,3 ± 57,9, respectivamente.

Para a determinação da biodisponibilidade relativa de metionina foi utilizada a

regressão linear múltipla. Littell et al. (1997), afirma que a melhor forma para descrever

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as respostas de biodisponibilidade das aves aos níveis crescentes de nutrientes é através

do modelo de regressão linear múltipla.

A utilização da regressão múltipla para determinar a biodisponibilidade das

fontes nutricionais de metionina foi reforçada pelos trabalhos de Hoehler et al. (2005b);

Hoehler (2006); Payne et al. (2006) e Elwert et al. (2008).

A presente pesquisa está de acordo com muitos estudos anteriores, que também

obtiveram bioeficácia inferior para a HMTBA utilizando a DL – Met como fonte padrão

(Lemme et al , 2002; Meirelles et al., 2003; Liu et al., 2004; Hoehler et al., 2005b;

Payne et al., 2006; Sauer et al., 2008; Elwert et al., 2008; Viana et al. 2009; Zelenka et

al., 2013). Estudos estes que utilizaram ou a regressão linear múltipla ou a regressão

exponencial como métodos para análises estatísticas.

No período de 6 a 21 dias de idade, os valores de biodisponibilidade obtidos para

a HMTBA, utilizando a DL – Metionina como aminoácido padrão (100% disponível)

foi de 90,41% para peso vivo, 94,42% para ganho de peso diário, 79,02% para

conversão alimentar, 89,73% rendimento de peito, 58,03% para proteína bruta, 88,06%

para energia, 81,89% para a profundidade de cripta e 97,64% altura de vilosidades.

Estimando um valor de biodisponibilidade média a partir de todas estas variáveis acima

elencadas de 84,9%. No entanto, as variáveis de maior impacto benéfico ao mercado

comercial, que são as variáveis de desempenho, apresentaram valor médio de 87,95%

de biodisponibilidade de metionina para a HMTBA, evidenciando a menor

disponibilidade, em base equimolar, da HMTBA comparada à DL- Metionina.

No período de 22 a 33 dias de idade, as análises de regressão linear múltipla

revelaram uma bioeficácia relativa da HMTBA em relação à DL - Metionina de 88,44%

para ganho de peso diário, 77,47% para conversão alimentar, 91,77% para rendimento

de peito e 96,55% para rendimento de carcaça, em base equimolar. Estimando a

biodisponibilidade média de 87,8% de metionina disponível da HMTBA para as

variáveis, ganho de peso diário, conversão alimentar, rendimento de carcaça e peito em

relação à DL – Metionina em base equimolar e 77,26% considerando as mesmas

variáveis, na base do produto. Este resultado demonstra uma bioeficácia inferior da

HMTBA em relação a DL – metionina, implica que cada 100 g de DL - Metionina

podem ser substituídas por aproximadamente 129,43g de HMTBA.

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Conquanto, de acordo com alguns autores como Daenner & Bessei (2003), Molt

et al. (2005), Liu et al. (2006), Payne et al. (2006), Leite et al. (2009) e Viana et al.

(2009), a suplementação de DL - Metionina ou HMTBA em base equimolar nas rações

de frango de corte não tem efeito sobre as variáveis de desempenho e de rendimento de

carcaça.

Apoiando a presente pesquisa, outros autores determinaram um valor de

biodisponibilidade inferior para a HMTBA em relação a DL – Metionina, Zelenka et al.

(2013) verificando valores de 77,7% para ganho de peso diário, 79,0% para conversão

alimentar, 64,4% para rendimento de peito e 59,3% para rendimento de carcaça no

período de 22 a 35 dias de idade. Klucinec (2013) apresentou valores de 72% para

ganho de peso e 71% para conversão alimentar para frangos no período de 1 a 21 dias

de idade. Lemme et al. (2002) apresentaram valores de biodisponibilidade de 72% para

ganho de peso, 51% para conversão alimentar, 48% para rendimento de carcaça e 60%

para rendimento de peito.

O fato da utilização da metionina pelo animal proveniente da HMTBA ser

inferior à metionina da DL – Metionina pode ser atribuído a alguns fatores: composição

química, processo de absorção e as rotas metabólicas diferentes.

A metionina e seus análogos diferem em sua estrutura. Em termos bioquímicos a

HMTBA não é um aminoácido, sua principal diferença é a presença de uma hidroxila na

posição do radical amina, apresentando-se dessa forma como um ácido (ácido 2-

hidróxi-4-metilbutírico), Baker et al. (1994). Em relação a composição química, a DL –

Metionina tem 99% de pureza, sendo 1% de água e 99% de metionina, com moléculas

constituídas de monômeros, ou seja, forma em que são absorvidas sem precisar de

nenhuma outra transformação (Lesson & Summers, 2001). Por outro lado, a HMTBA é

composta por 12% de água e impurezas e 88% de substâncias ativas, sendo que 65%

destas moléculas são monômeros e 23% são dímeros e oligômeros (Nufer, 1955).

Ambas as substâncias possuem um carbono alfa assimétrico e dois isômeros, sendo um

na configuração L (levógero) e o outro na D (dextrógero). A forma L é biologicamente

ativa (encontrada nos tecidos), enquanto a forma D é inativa, esta deve ser convertida na

configuração L para ser utilizada posteriormente na síntese de proteína tecidual pelo

organismo do animal (Bertechini, 2012).

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O processo de absorção da metionina e seus análogos possuem mecanismos

diferentes. A DL – Metionina é absorvida por transporte ativo, permitindo que sejam

transportados contra gradiente de concentração, já os diferentes isômeros da HMTBA

são absorvidos por difusão passiva (Sakomura et al., 2014).

Segundo Barbi et al. (2004) uma vez absorvida, os isômeros da HMTBA ou

isômero D da DL - Metionina, devem ser convertidos em L- Metionina para serem

utilizados para a síntese de proteína orgânica.

Além de levar em consideração a forma de absorção dos isômeros das fontes de

metionina, existem diferenças físicas e químicas entre a DL - Metionina e a HMTBA, as

quais podem estar diretamente relacionadas com a eficiência da absorção e utilização

destas substâncias sendo este um fator bastante discutido entre os pesquisadores.

Estudos realizados por Van Weerden et al. (1992), relataram que oligômeros de

HMTBA apresentaram uma bioeficácia 20% menor em comparação a HMTBA pura,

em base molar, quando comparados com a DL - Metionina.

Autores como Hasseberg (2002) e Mitchell & Lemme (2008) sugerem que a

utilização inferior das formas oligômeras da HMTBA é uma das principais razões para a

sua menor biodisponibilidade em relação à DL - Metionina.

Outro fator que pode estar associado ao menor aproveitamento da HMTBA, é

que esta por ser absorvida passivamente, permanece por um maior período no trato

gastrointestinal, sendo passiva da ação de microrganismos intestinais. Este fato foi

verificado por Drew et al. (2003), que observaram que a HMTBA é aproximadamente

10% menos absorvida na porção distal do íleo do que a DL – Metionina, porém, esse

processo ainda não foi totalmente esclarecido.

Para que ocorra a conversão bioquímica da configuração D da DL – HMTBA

em L - Metionina ocorrem duas reações sequenciais envolvendo oxidação (alfa

carbono) para cetoácido (análogo) e transaminação do cetoácido (análogo) para L-

aminoácido (Martín-Venegas et al. (2006); Barbi et al. (2004); Dibner, (2003)).

De acordo com Hasseberg (2002), as moléculas de DL-HMTBA, ao serem

convertidas em L - Metionina, por transaminação, acarretam perdas adicionais da

eficácia biológica de DL-HMTBA, as quais são adicionadas às perdas ocorridas no

intestino, podendo ser esta mais uma razão para a baixa eficiência relativa da DL-

HMTBA em relação à DL - Metionina.

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Estes fatores listados acima podem explicar os valores inferiores de

biodisponibilidade de metionina na HMTBA em relação à DL - Metionina.

Podemos observar através do presente estudo que tanto a DL – Metionina como

a HMTBA podem ser utilizados nas rações, sendo eficientes para proporcionar

adequado desempenho dos frangos de corte. Contudo, o estudo da diferença de

eficiência entre as fontes de metionina é fundamental para que estas sejam utilizadas

corretamente nas rações, com objetivo de obter o melhor desempenho, mas também o

menor custo de produção das aves. Com isso, foi realizada uma análise de custo baseada

nos resultados das biodisponibilidades relativas da metionina. Pode-se observar que a

concentração de metionina na HMTBA é menor que na DL - Metionina, mas

considerando a bioequivalência da HMTBA em relação à DL – Metionina de 87,95%,

valor estimado pela média dos valores de biodisponibilidade das variáveis de

desempenho dos frangos no período de 6 a 21 dias de idade, o custo da metionina

disponível pela HMTBA é de R$ 8,78, enquanto o da DL – Metionina fica por R$ 9,39

(Tabela 08), ou seja, há uma economia de R$ 0,61 por quilo de metionina disponível.

Na fase de 22 a 33 dias, a HMTBA, também foi a fonte que apresentou menor

custo na ração, onde o quilograma de metionina digestível desta fonte foi de R$ 8,80 já

a DL – metionina apresentou o valor de R$ 9,39 por quilograma de metionina

digestível.

Extrapolando este valor para a quantidade de metionina utilizada anualmente

pelas empresas, gera-se uma significativa economia na cadeia da alimentação de frangos

de corte.

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CONCLUSÃO

A média das biodisponibilidades relativas de metionina é de 87,95% para a

metionina hidróxi análoga líquida em relação à DL – Metionina em base equimolar e

77,4% considerando as variáveis de desempenho, na base do produto, na fase de 6 a 21

dias de idade. Na fase de 22 a 33 dias de idade a biodisponibilidade relativa de

metionina estimada é 87,8% para a metionina hidróxi análoga líquida em relação à DL –

Metionina em base equimolar e 77,26% considerando as variáveis de desempenho, na

base do produto.

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1513 – 1520, 2013.

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Capítulo II

Determinação da Exigência de Metionina Digestível para

Frangos de Corte, Utilizando a DL – Metionina, nas fases,

Inicial e Crescimento

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Determinação da exigência de metionina digestível para frangos de

corte, utilizando a DL – metionina, nas fases, inicial e crescimento

RESUMO

Foram realizados dois experimentos com o objetivo de estimar as exigências de

metionina digestível para frangos de corte de 6 a 21 e de 22 a 33 dias de idade,

utilizando rações suplementadas pela DL – Metionina. Foram utilizados 630 frangos,

machos, da linhagem Cobb, na fase inicial e 525 frangos, na fase de crescimento. O

delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado. As aves foram submetidas aos

tratamentos, que consistiam em rações com níveis crescentes de metionina digestível, as

rações basais foram suplementada com seis níveis de DL – metionina (DLM - 99%) em

substituição ao ácido glutâmico e o inerte, correspondendo aos níveis de 0,279

(conteúdo da dieta basal, sem suplementação), 0,339; 0,399; 0,459; 0,519; 0,579 e

0,639% de metionina digestível na fase inicial e 0,243 (dieta basal sem suplementação);

0,303; 0,363; 0,423; 0,483; 0,543 e 0,603% de metionina digestível na fase de

crescimento. Os parâmetros avaliados foram: consumo de metionina total, consumo de

ração, peso vivo, ganho de peso diário, conversão alimentar, pesos absolutos e relativos

de carcaça e cortes nobres (peito, coxas e sobrecoxas), composição química da carcaça

(matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral e energia), além de

variáveis histomorfométricas (altura de vilos, profundidade de cripta, relação vilo:cripta

e espessura da fibra músculo peitoral). Observou-se efeito quadrático para o peso vivo,

ganho de peso diário, conversão alimentar, rendimento de carcaça, peito e pena, peso

absoluto de sobrecoxa, pena e altura de vilo; e ocorreu efeito linear para o consumo de

metionina total, teor de gordura e proteína das carcaças e profundidade de cripta, para os

animais na fase inicial. E na fase de crescimento, observou-se efeito quadrático para a

conversão alimentar, rendimento de peito, proteína bruta da carcaça; e ocorreu efeito

linear para o consumo de metionina total, consumo de ração, ganho de peso diário,

rendimento de carcaça, peso absoluto do peito e profundidade de cripta. Recomenda-se

o valor de exigência de metionina digestível para frangos de corte de 6 a 21 e de 22 a 33

dias de idade, de 0,469 e 0,447%, respectivamente, resultando em uma relação de 39 e

41% de metionina: lisina digestível.

Palavras-chave: aminoácidos digestíveis, fonte análoga, níveis, nutrição, proteína ideal

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Determination of digestible methionine requirement for broilers using

the DL - methionine, in phases, initial and growth

ABSTRACT

Two experiments were conducted in order to estimate the digestible methionine

requirements for broilers 6-21 and 22-33 days of age, using diets supplemented by DL -

Methionine. 630 chickens were used, male, of Cobb in the initial phase and 525

chickens in the growing phase. The design was completely randomized. The birds

received the treatments, which consisted of diets with increasing levels of digestible

methionine, basal diets were supplemented with six levels of DL - methionine (DLM -

99%) in replacement of glutamic acid and the inert, corresponding to levels of 0.279

(basal diet content without supplementation), 0.339; 0.399; 0.459; 0.519; 0.579 and

0.639% of digestible methionine in the initial phase and 0.243 (basal diet without

supplementation); 0.303; 0.363; 0.423; 0.483; 0.543 and 0.603% of digestible

methionine in the growth phase. The parameters evaluated were: total methionine

intake, feed intake, body weight, daily gain, feed conversion, absolute and relative

weights of carcass and prime cuts (breast, thighs and drumsticks), carcass chemical

composition (dry matter, crude protein, ether extract, ash and energy), and

histomorphometric variables (villus height, crypt depth, villus: crypt ratio and thickness

of the pectoral muscle fiber). Quadratic effect on body weight, average daily gain, feed

conversion, carcass yield, breast and pen, absolute weight of thigh, pen and villus

height; and there was a linear effect for the intake of total methionine, fat content and

protein of carcasses and crypt depth, for animals early. And in the growth phase, there

was a quadratic effect on feed conversion, breast yield, crude protein of the carcass; and

there was a linear effect for the intake of total methionine, feed intake, daily gain,

carcass yield, absolute weight of the chest and crypt depth. It is recommended the value

of digestible methionine requirement for broilers 6-21 and 22-33 days of age, 0.469 and

0.447%, respectively, resulting in a ratio of 39 and 41% of methionine: lysine.

Keywords: digestible amino acid analog source, levels, nutrition, ideal protein

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INTRODUÇÃO

O frango de corte foi melhorado geneticamente no decorrer dos anos e

atualmente apresenta alto desenvolvimento em curto período de tempo, possibilitando a

produção de proteína animal rapidamente. A vantagem da avicultura de corte em

relação a outras atividades pecuárias. O sucesso desta atividade não pode ser atribuído

apenas ao melhoramento genético, mas ao conjunto do desenvolvimento tecnológico

também nas áreas de manejo, sanidade, ambiência e principalmente de nutrição.

A proteína da ração é o nutriente de maior impacto no desenvolvimento do

animal, pois influencia diretamente na deposição proteica, ganho de peso e qualidade de

carcaça. Este nutriente é formado a partir de monômeros de aminoácidos devendo estar

contidos na dieta em quantidade e proporções adequadas.

Dietas para frangos formulada com milho e soja apresentam como primeiro

aminoácido limitante a metionina (Bertechini, 2012), necessitando sua suplementação

na ração, através dos aminoácidos industriais, aspirando maior desenvolvimento e

sucesso na atividade.

A metionina é responsável por uma série de funções biológicas no organismo

animal, quais sejam, deposição proteica, síntese de penas, atuação no metabolismo de

lipídeos (Kalinowski, et al. 2003), produção de anticorpos (Albino, et al. 1999) e

adicionalmente atua na síntese de substâncias relevantes ao desenvolvimento do animal,

através da doação do radical metil, como: creatina, carnitina, poliaminas, epinefrina,

colina e melatonina (Baker, 1996), desta forma, apresenta-se diretamente relacionado

com o índice produtivo e o sucesso da atividade.

O conhecimento das exigências nutricionais de cada aminoácido separadamente,

permitem a formulação da dieta com base no conceito de proteína ideal, o que

possibilita a redução da proteína bruta na dieta das aves, com otimização de

desempenho e redução de custo metabólico e econômico, ja que com a redução da

proteína bruta, reduz-se a quantidade de soja na ração. Somado aos itens elencados

acima, outro benefício derivado da compreensão das exigências dos aminoácidos é a

redução da emissão de compostos nitrogenados ao ambiente.

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Desta forma, esta pesquisa foi executada com o objetivo de estimar as exigências

de metionina digestível para frangos de corte de 6 a 21 e de 22 a 33 dias de idade, em

rações suplementadas pela DL – Metionina.

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MATERIAL E MÉTODOS

Foram conduzidos dois experimentos, no aviário do Laboratório de avicultura do

Departamento de Ciências Animal do Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias

(CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus III, no município de

Bananeiras, sob as coordenadas 6°45’00’’ de latitude sul e 35°38’00’’ de longitude

oeste, a uma altitude de 520 m acima do nível do mar. O primeiro ensaio, foi realizado

no período de 27 de julho a 11 de agosto de 2012 e o segundo no período de 22 de

outubro a 03 de novembro.

No primeiro experimento, foram utilizados 630 pintos de corte, da linhagem

comercial Cobb 500, machos, no período de 6 a 21 dias de idade e peso médio inicial de

142,0 ± 1 g e no segundo experimento (22 a 33 dias de idade), foram utilizados 525

frangos Cobb 500, machos, com peso médio inicial de 1045 ± 5g, todas as aves

vacinadas contra Marek e Bouba aviária. As aves foram pesadas e distribuídas

uniformemente em cada unidade experimental.

O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com sete tratamentos,

cinco repetições e 18 aves por unidade experimental, na fase inicial e sete tratamentos,

cinco repetições e 15 aves por unidade experimental, na fase de crescimento.

As aves antes de serem alojadas, ficaram no círculo de proteção recebendo todos

os cuidados necessários nos primeiros dias de vida dos pintinhos, período de 1 a 6 dias

de idade e no sexto dia as aves foram distribuídas nos boxes.

O galpão experimental utilizado era de alvenaria com 70 boxes, cobertura de

telha de cerâmica, piso de concreto, muretas laterais com 30 cm de altura, com tela de

arame até o telhado e cortinado externo móvel, dividido em boxes de 1,0 x 1,5 m,

separados por muretas de madeira 40 cm e completadas com tela até uma altura de

1,80m. Foi utilizada cama de bagaço de cana sobre o piso. Cada boxe foi equipado com

um comedouro tubular e um bebedouro pendular. O sistema de aquecimento adotado foi

o elétrico, com lâmpada incandescente de 150 Watts em cada boxe, a altura destas era

regulada de acordo com o crescimento das aves, mantendo os valores de temperatura e

umidade relativa do ar o mais próximo das faixas de conforto térmico. O programa de

iluminação utilizado foi constante, com 24 horas de luminosidade (luz natural mais

artificial).

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As condições ambientais de temperatura e umidade relativa do ar foram

monitoradas diariamente, por meio de termo-higrômetros digital posicionado na altura

das aves, na altura das aves. Os valores médios de temperatura máxima, temperatura

mínima e umidade relativa registradas durante o período experimental foram,

respectivamente, 32,8, 25,9 ºC e 65,9 %, para a fase de 6 a 21 dias e 33,6 e 24,7 ºC e

60,2%, para a fase de 22 a 33 dias de idade.

O galpão possuía sistema de ventilação direta, através do uso de quatro

ventiladores industriais distribuídos em pontos estratégicos, para permitir maior

conforto térmico.

O manejo diário consistia em fornecer ração, limpar os bebedouros, retirar

eventuais aves mortas, regular a altura de comedouros e bebedouros e realizar leitura

das temperaturas e umidade relativa do ar. O fornecimento de ração e de água foi à

vontade durante todo o período experimental.

Foi formulada uma ração basal deficiente em metionina digestível, isonitrogênicas

(21,20% de proteína bruta) e isoenergéticas (3.050 kcal de energia metabolizável) de

acordo com as recomendações de Rostagno, et al. (2011), para frangos de corte de 8 a

21 dias de idade. A exigência da cistina também foi corrigida através da suplementação

com L-cistina (Tabela 01). A ração basal foi suplementada com seis níveis de DL –

Metionina (99%), em substituição ao ácido glutâmico e ao inerte, correspondendo aos

níveis de 0,279 (conteúdo da dieta basal, sem suplementação), 0,339; 0,399; 0,459;

0,519; 0,579 e 0,639% de metionina digestível (Tabela 01).

Para o segundo ensaio, foi formulada uma ração basal deficiente em metionina

digestível, isonitrogênicas (18,9% de proteína bruta) e isoenergéticas (3.150 kcal de

energia metabolizável) de acordo com as recomendações de Rostagno, et al. (2011),

para frangos de corte de 22 a 33 dias de idade. A exigência da cistina também foi

corrigida através da suplementação com L-cistina (Tabela 02). A ração basal foi

suplementada com seis níveis de DL – Metionina (99%) em substituição ao ácido

glutâmico e ao inerte, correspondendo aos níveis de 0,243 (conteúdo da dieta basal, sem

suplementação), 0,303; 0,363; 0,423; 0,483; 0,543 e 0,603% de metionina digestível

(Tabela 02).

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Tabela 01. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de frangos de

6 a 21 dias de idade

Ingredientes DB DL - Metionina

Níveis de Metionina

Digestível 0,279 0,339 0,399 0,459 0,519 0,579 0,639

Milho (grão) 56,784 56,784 56,784 56,784 56,784 56,784 56,784

Farelo de soja 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196

Fosfato bicálcico 1,446 1,446 1,446 1,446 1,446 1,446 1,446

Calcário 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924

Bicarbonato de sódio 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535

Sal comum 0,119 0,119 0,119 0,119 0,119 0,119 0,119

L – lisina 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262

Premix vitamínico² 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Cloreto de colina

60% 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

L – treonina 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087

Premix mineral³ 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075

L – valina 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058

Bacitracina de zinco 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015

BHT4

0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

L – arginina 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006

Anticoccidiano5

0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

L - isoleucina 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004

Óleo de soja 3,391 3,391 3,391 3,391 3,390 3,390 3,390

Ácido glutâmico 0,645 0,582 0,519 0,456 0,393 0,330 0,267

Inerte3

0,050 0,053 0,055 0,058 0,061 0,063 0,066

DL-Metionina1

0,000 0,061 0,121 0,182 0,242 0,303 0,364

L-Cistina 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121

Total 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000

Composição química calculada

Proteína Bruta (%) 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200

EMA (kcal/kg) 3.050 3.050 3.050 3.050 3.050 3.050 3.050

Fósforo total (%) 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401

Fósforo disponível

(%) 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352

Lisina digestível (%) 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217

Treonina digestível

(%) 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791

Triptofano digestível

(%) 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207

Cloro (%) 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190

Potássio (%) 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585

Sódio (%) 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210

Cálcio (%) 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841

Metionina Total (%) 0,302 0,362 0,422 0,482 0,542 0,602 0,662

Metionina Digestível

(%) 0,279 0,339 0,399 0,459 0,519 0,579 0,639

Cistina total (%) 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457

Cistina Digestível

(%) 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401

Metionina+Cistina

Total (%) 0,760 0,820 0,880 0,940 1,000 1,060 1,120

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Metionina+Cistina

Digestível (%) 0,680 0,740 0,800 0,860 0,920 0,980 1,040

Mongin 187,000 187,000 187,000 187,000 187,000 187,000 187,000

Composição química analisada

Proteína Bruta (%) 21,650 21,870 22,060 21,910 21,370 21,190 21,420

EM (kcal/kg) 3.045 3.100 3.057 3.154 3.183 3.127 3.136

Cistina total (%) 0,448 0,448 0,448 0,448 0,448 0,448 0,448

Metionina total (%) 0,311 0,371 0,431 0,491 0,552 0,613 0,673 2Composição/kg do produto: vit. A – 10.000.000 UI; vit D3 – 2.500.0000 UI; vit. E – 15.000 mg; vit. K – 2.000 mg;

vit. B1 – 2.000 mg; vit. B2 – 4.000 mg; vit. B6 – 4.000 mg; vit. B12 – 15.000 mg; vit. C – 50.000 mg; niacina – 30.000 mg; biotina – 60 mg; ácido fólico – 500 mg; ácido Pantotênico – 16.000 mg; B.H.T. – 125 mg. 3Composição/kg do

produto: Zn – 110.000 mg; Se – 360 mg; I – 1.400 mg; Cu – 20.000 mg; Mn – 156.000 mg; Fe – 96.000 mg. 4BHT=Butil-Hidróxi-Tolueno (antioxidante). 5Anticoccidiano= Salinomicina sódica - 60 ppm.

6Areia lavada

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Tabela 02. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de frangos de

22 a 33 dias de idade

Ingredientes DB DL - Metionina

Níveis de Metionina

Digestível 0,243 0,303 0,363 0,423 0,483 0,543 0,603

Milho (grão) 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550

Farelo de soja 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575

Concentrado proteico

de soja 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495

Fosfato bicálcico 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229

Calcário 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878

Bicarbonato de sódio 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253

Sal comum 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272

L - lisina HCl 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519

Premix vitamínico² 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Cloreto de colina 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

L-treonina 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336

Premix mineral³ 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075

L-valina 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272

Bacitracina de zinco 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015

L-arginina 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556

Anticoccidiano5

0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

L- triptofano 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052

L- metionina 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023

BHT4

0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

Inerte6

0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Óleo de soja 3,107 3,107 3,107 3,107 3,107 3,107 3,107

Ácido glutâmico 1,343 1,28 1,217 1,154 1,091 1,028 0,965

Inerte3

0,100 0,1027 0,1051 0,1075 0,111 0,1133 0,116

DL-Metionina1

0,000 0,061 0,121 0,182 0,242 0,303 0,364

L-Cistina 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133

Total 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000

Composição química calculada

Proteína Bruta (%) 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930

EMA (kcal/kg) 3.150 3.150 3.150 3.150 3.150 3.150 3.150

Cálcio (%) 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711

Fósforo disponível

(%) 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332

Lisina digestível (%) 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090

Treonina digestível

(%) 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850

Triptofano digestível

(%) 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210

Cloro (%) 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330

Potássio (%) 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623

Sódio (%) 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195

Metionina Total (%) 0,274 0,334 0,394 0,454 0,514 0,574 0,634

Metionina Digestível

(%) 0,243 0,303 0,363 0,423 0,483 0,543 0,603

Cistina total (%) 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395

Cistina Digestível

(%) 0,3490 0,349 0,349 0,349 0,349 0,349 0,349

Metionina+Cistina

Total (%) 0,6563 0,716 0,776 0,836 0,8963 0,9563 1,0163

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72

Metionina+Cistina

Digestível (%) 0,5690 0,629 0,689 0,749 0,809 0,869 0,929

Mongin 151,140 151,140 151,140 151,140 151,140 151,140 151,140

Composição química analisada

Proteína Bruta (%) 19,01 18,83 19,09 18,37 19,32 19,58 19,91

EM (kcal/kg) 3.289 3.129 3.063 3.192 3.154 3.075 3.238

Cistina total (%) 0,386 0,386 0,386 0,386 0,386 0,386 0,386

Metionina total (%) 0,276 0,337 0,398 0,458 0,519 0,579 0,640 2Composição/kg do produto: vit. A – 10.000.000 UI; vit D3 – 2.500.0000 UI; vit. E – 15.000 mg; vit. K – 2.000 mg;

vit. B1 – 2.000 mg; vit. B2 – 4.000 mg; vit. B6 – 4.000 mg; vit. B12 – 15.000 mg; vit. C – 50.000 mg; niacina – 30.000

mg; biotina – 60 mg; ácido fólico – 500 mg; ácido Pantotênico – 16.000 mg; B.H.T. – 125 mg. 3Composição/kg do

produto: Zn – 110.000 mg; Se – 360 mg; I – 1.400 mg; Cu – 20.000 mg; Mn – 156.000 mg; Fe – 96.000 mg.

4BHT=Butil-Hidróxi-Tolueno (antioxidante). 5Anticoccidiano= Salinomicina sódica - 60 ppm. 6Areia lavada.

Foram avaliados os dados de consumo de ração, consumo de metionina total,

peso vivo, ganho de peso diário, conversão alimentar, pesos absolutos e relativos de

carcaça, cortes nobres (peito, coxas e sobrecoxas), composição química da carcaça

(matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral e energia) e dados

histomorfométricos (altura de vilo, profundidade de cripta, relação vilo:cripta, espessura

da fibra muscular peitoral e quantidade de células caliciformes).

Para a avaliação das características de carcaça, foram selecionadas duas aves

com peso médio representativo da unidade experimental para o abate e coleta dos dados.

Após jejum de 6 horas as aves foram pesadas e abatidas. Após a sangria as aves foram

pesadas novamente, posteriormente foram depenadas e pesadas pela terceira vez, para a

obtenção do peso das penas o qual foi obtido por diferença anterior e posterior a depena.

O percentual de penas foi obtido pela razão entre o peso das penas e peso vivo vezes

100.

Posteriormente foi realizado o processo de evisceração e as aves foram pesadas

novamente, sem pés, cabeça e pescoço, para cálculo do rendimento de carcaça em

relação ao peso vivo em jejum. Os rendimentos de cortes nobres (peito, coxas e

sobrecoxas) foram estimados em relação ao peso da carcaça eviscerada.

As carcaças evisceradas foram acondicionadas em sacos plásticos identificados e

armazenados à -18 ºC. Para obtenção de amostras homogêneas, as carcaças foram

moídas em triturador de facas.

As amostras foram colocadas em bandejas de alumínio descartáveis, pesadas e

pré- secadas em estufa com ventilação forçada a 65 °C até estabilização do peso. Após

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73

esta etapa, as amostras foram moídas e acondicionadas em potes plásticos, as quais

foram armazenadas para análises posteriores.

As análises de energia da carcaça foram realizadas no Laboratório de Nutrição

Animal do CCHSA da UFPB, utilizando bomba calorimétrica digital.

As análises de matéria seca, minerais, proteína bruta e extrato etéreo foram

realizadas no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, segundo recomendações de Silva &

Queiroz (2006). Os valores de composição corporal foram expressos em percentagem

na matéria natural.

Para as análises histomorfométricas, ao final do experimento foram coletados

fragmentos de 1 cm do intestino delgado (duodeno) e da fibra do músculo peitoral, de

modo a nunca ultrapassar 1 cm³, sendo imediatamente fixados em solução de formol

(10%). No Laboratório de Histologia do Centro de Ciências Agrárias CCA/UFPB, as

amostras foram desidratadas, incluídas em parafina, cortadas a uma espessura de 0,5µm

e coradas com hematoxilina e eosina (HE). Para análise de altura de vilosidade,

profundidade de cripta e espessura de fibra muscular peitoral, as fotomicrografias

digitalizadas foram realizadas por meio do software KS400 4.4, marca ZEISS. Utilizou-

se o microscópio Olympus (modelo BX60) e a câmera AxioCam (Modelo HCr, marca

ZEISS) para o procedimento.

Para a altura de vilosidade foram visualizadas em microscópio e digitalizadas

pelo menos 1 imagem por animal, sendo cada tratamento composto por 10 frangos. Para

cada imagem foi realizada pelo menos três medições morfométricas para altura de

vilosidade e profundidade de cripta com aumento de 50x, perfazendo um “n” de 30 por

tratamento.

Para a espessura das fibras musculares do peito, as amostras foram incluídas de

forma que as fibras musculares fossem vistas sempre em sentido transversal. A partir da

amostra histológica de músculo peitoral de cada animal (10 animais) dos tratamentos

envolvidos foram digitalizados 2 campos diferentes, e de cada campo foram realizadas 3

mensurações aleatórias, perfazendo um “n” de 60 por tratamento.

Para a quantificação de células caliciformes nas vilosidades intestinais, as

amostras intestinais dos 10 animais utilizados foram incluídas em sentido transversal, de

modo que fosse possível a visualização das vilosidades intestinais, assim como o lúmen

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74

do órgão. Foram captadas e digitalizadas várias imagens com o aumento de 200x das

vilosidades intestinais. Aleatoriamente foram escolhidas pelo menos 2 imagens de cada

animal e mensurado o epitélio intestinal linearmente até perfazer 10.000 micrômetros.

Nessas áreas lineares de epitélio mensuradas foram contabilizadas as quantidades de

células caliciformes através da coloração de periodic acid Schiff que cora de magenta as

células caliciformes. A partir dos resultados foi definida a quantidade de células

caliciformes em 1.000 micrômetros para cada tratamento.

As estimativas das exigências em metionina digestível foram estabelecidas por

meio de modelo de regressão polinomial das variáveis avaliadas em função dos níveis

crescentes de metionina digestível.

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75

RESULTADOS

Analisando os índices de desempenho dos frangos que receberam níveis

crescentes de metionina digestível, observou-se efeito quadrático para a conversão

alimentar (P = 0,006), o ganho de peso diário (P = 0,001) e o peso vivo (P = 0,0035) dos

frangos no período de 6 a 21 dias de idade, com exigências estimadas em 0,469; 0,499 e

0,499% de metionina digestível, respectivamente.

Não houve efeito dos níveis de metionina digestível sobre o consumo de ração

(P = 0,220) (Tabela 03). Embora não tenha sido observado efeito no consumo de ração,

verificou-se que o consumo de metionina aumentou (P = 0,0001) linearmente (Tabela

03).

No desempenho dos frangos de 22 a 33 dias de idade, a única variável que

apresentou efeito quadrático foi à conversão alimentar (P = 0,003), com exigências

estimadas em 0,447% de metionina digestível.

Verificou-se que o consumo de metionina total (P = 0,0001), consumo de ração

(P = 0,048), ganho de peso diário (P = 0,017), aumentaram linearmente com os níveis

crescentes de metionina digestível proveniente da fonte padrão.

Não houve efeito significativo dos níveis de metionina digestível sobre o peso

vivo (P = 0,098) (Tabela 03).

Na Tabela 04 encontram-se os resultados dos pesos absolutos e dos rendimentos

de carcaça, peito, coxa e sobrecoxa de frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade,

conforme os níveis de metionina digestível na ração.

Constatou-se efeito quadrático dos níveis de metionina digestível sobre o peso

absoluto de pena (P = 0,0478) e sobrecoxa (P = 0,0373) dos animais aos 21 dias de

idade, apresentando maiores valores aos níveis de 0,483 e 0,468% de metionina

digestível (Tabela 04). Também houve efeito quadrático dos níveis para os rendimentos

de carcaça (P = 0,0462), peito (P = 0,0001) e porcentagem de pena (P = 0,0432),

apresentando máximo valor aos níveis de 0,494; 0,498 e 0,469% de metionina digestível

na devida ordem (Tabela 04).

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76

Tabela 03. Desempenho de frangos de corte nas fases, inicial e crescimento, de acordo com o nível de metionina digestível da ração

6 a 21 dias

Variáveis e

Níveis

Basal Níveis de metionina digestível (DL-Metionina)

0,279 0,339 0,399 0,459 0,519 0,579 0,639

< P CV

(%) Equações de regressão R

2 PM

Consumo de metionina total

(mg/ave/d)

208,0

257,7

286,4

337,1

388,9

441,7

469,0

0,001 4,42 Ŷ= -0,0016 + 0,7468x 0,98 --

Peso vivo (g) 754,6 805,7 808,8 819,60 821,2 819,0 800,4 0,004 2,86 Ŷ= 500,62 + 1299,4x – 1301,3x2 0,91 0,499

Consumo de ração (g/ave/d)

68,7 71,2 67,9 69,9 71,8 73,4 70,8

0,220 4,31 -- 0,92 --

Ganho de peso

diário (g/ave/d) 47,2 51,1 51,4 52,2 52,3 52,2 50,7

0,001 2,30 Ŷ= 27,658 + 99,975x – 100,11x2 0,91 0,499

Conversão alimentar (g/g)

1,46 1,3 1,3 1,3 1,4 1,4 1,4

0,006 4,32 Ŷ= 1,9451 - 2,5601x + 2,7273x2 0,79 0,469

22 a 33 dias de idade

Variáveis e

Níveis 0,243 0,303 0,363 0,423 0,483 0,543 0,603

< P

CV

(%) Equações de regressão R

2 PM

Consumo de

metionina total

(mg/ave/d)

379,0 471,0 562,0 657,0 770,0 882,0 987,0

0,0001 3,65 Ŷ= -0,0454 + 1,6978x 0,99 --

Peso vivo (g) 2,11 2,16 2,19 2,2 2,20 2,20 2,22 0,098 3,92 -- 0,91 --

Consumo de

ração (g/ave/d) 156,1 155,5 154,9 155,3 159,5 162,5 163,6

0,048 3,21 Ŷ= 147,85+ 24,479x 0,75 --

Ganho de peso diário (g/ave/d)

102,1 103,7 106,9 108,0 109,6 109,9 110,1

0,017 3,30 Ŷ= 97,356+ 23,235x 0,90 --

Conversão

alimentar (g/g) 1,530 1,499 1,449 1,439 1,455 1,479 1,486

0,003 2,72 Ŷ= 1,8512 – 1,8111X + 2,0254x2 0,89 0,447

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Tabela 04. Variáveis de rendimento de carcaça e cortes nobres dos frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade em função dos níveis de

metionina digestível das dietas 6 a 21 dias

Variáveis e níveis Basal Níveis de metionina digestível (DL-Metionina)

0,279 0,339 0,399 0,459 0,519 0,579 0,639 < P CV (%) Equações de regressão R2 PM

Carcaça (g) 529,7 570,5 577,2 575,3 595,2 579,4 577,2 0,2807 3,82 -- -- --

Rendimento

carcaça(%) 65,9 67,2 68,0 68,3 67,8 67,7 67,5

0,0462 3,41 Ŷ= 57,178 + 44,551x – 45,063x2 0,90 0,494

Peito (g) 155,8 177,8 193,1 204,4 196,7 190,9 189,8 0,1846 7,80 -- -- -- Rendimento

peito (%) 19,4 20,9 22,8 24,2 22,4 22,9 22,2

0,0001 6,41 Ŷ= 3,2254 + 80,575x – 80,792x2 0,83 0,498

Coxa (g) 68,6 73,7 74,0 73,5 73,0 71,4 70,4 0,1283 6,74 -- -- --

Rendimento coxa(%)

8,5 8,7 8,7 8,7 8,3 8,3 8,2

0,2076 6,88 -- -- --

Sobrecoxa (g) 78,8 84,1 87,2 84,8 85,3 82,6 82,3

0,0373 6,55

Ŷ= 48,823 + 158,76x –169,31x2 0,75 0,468

Rendimento sobrecoxa (%)

9,8 9,9 10,3 10,1 9,7 9,7 9,6

0,0968 6,23 -- -- --

Pena (g) 25,3 27,5 29,2 30,8 29,7 29,3 27,2

0,0478 7,40

Ŷ= 1,4756 + 119,37 –123,68x2 0,96 0,483

Percentagem pena (%)

3,2 3,2 3,4 3,7 3,4 3,4 3,9

0,0432 10,57 Ŷ= 1,0095 + 10,679x –11,368x2

0,78 0,469

22 a 33 dias de idade

Variáveis e níveis 0,243 0,303 0,363 0,423 0,483 0,543 0,603 < P CV (%) Equações de regressão R2 PM

Carcaça (g) 2094,0 2172,0 2187,5 2196,0 2184,0 2208,0 2196,5 0,0875 2,04 -- -- --

Rendimento

carcaça(%) 71,818 73,565 74,700 74,735 74,841 75,513 75,634

0,0001 1,02 Ŷ= 570,502 + 9,2183X 0,81 --

Peito (g) 508,7 589,7 638,8 610,6 623 614,5 625,9

0,0001 6,82

Ŷ= 0,5046 + 0,2294X 0,46 --

Rendimento

peito (%) 24,1 26,8 29,2 28,4 28,3 27,8 27,8

0,0001 3,31 Ŷ= 9,9159 + 81,786x – 88,035x2 0,84 0,465

Coxa (g) 195,7 202,7 202 201,7 200,1 206,3 206,4 0,3969 5,60 -- -- --

Rendimento

coxa(%) 10,7 10,6 10,1 10,2 10,4 10,5 10,6

0,6826 4,09 -- -- --

Sobrecoxa (g) 233,4 234,8 221,4 223,9 229,5 231,7 234,1 0,7464 9,50 -- -- -- Rendimento

sobrecoxa (%) 10,7 10,6 10,1 10,2 10,4 10,5 10,6

0,2392 5,37 -- -- --

Pena (g) 98,0 99,8 99,5 103,0 105,8 97,5 94,6 0,0655 8,08 -- -- --

Percentagem pena (%)

4,7 4,6 4,6 4,7 4,9 4,4 4,3

0,0645 8,53 -- -- --

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78

Os níveis de metionina digestível não influenciaram o peso absoluto da carcaça

(P = 0,2807), peito (P = 0,1846) e coxa (P = 0,1283), assim como o rendimento de

coxas (P = 0,2076) e sobrecoxas (P = 0,0965) das aves (Tabela 04).

Em relação aos resultados dos pesos absolutos e dos rendimentos de carcaça,

peito, coxa e sobrecoxa de frangos de corte aos 33 dias de idade, não houve efeito dos

níveis crescentes de metionina digestível para os pesos absolutos de carcaça (P

=0,0875), coxa (P = 0,3969), sobrecoxa (P = 0,7464) e pena (P = 0,0655) e para o

rendimento de coxa (P = 0,682), sobrecoxa (P = 0,2392) e percentagem de pena (P =

0,0645). No entanto, os níveis influenciaram linearmente o rendimento de carcaça (P =

0,0001) e o peso absoluto do peito (P = 0,0001).

Apesar do efeito linear no peso do peito, a característica rendimento de peito (P

= 0,0001) foi influenciada quadraticamente pelos níveis de metionina digestível. O valor

de exigência estimado para o máximo rendimento de peito foi de 0,465% de metionina

digestível na ração (Tabela 04).

Os níveis de metionina digestível proporcionaram efeito linear no teor de extrato

etéreo (P = 0,0202) e proteína bruta (P = 0,0217) na carcaça das aves aos 21 dias de

idade (Tabela 05). Os níveis de metionina digestível, não influenciaram as porcentagens

de matéria seca (P = 0,1656), matéria mineral (P = 0,2300) e energia (P = 0,5671)

(Tabela 05).

De acordo com a equação de regressão, o valor de proteína bruta corporal foi

máximo ao nível estimado de 0,463% de metionina digestível, dos frangos aos 33 dias

de (Tabela 05). As demais variáveis avaliadas de composição corporal (matéria seca,

extrato etéreo, matéria mineral e energia) não foram afetadas significativamente pelos

níveis de metionina digestível.

Os níveis de metionina digestível não influenciaram a relação vilo:cripta e a

espessura da fibra muscular das aves aos 21 e 33 dias de idade (Tabela 06).

De acordo com os resultados obtidos na equação de regressão para os animais

aos 21 dias de idade, foi encontrado efeito quadrático dos níveis de metionina digestível

para a altura de vilo (P = 0,001) e efeito linear decrescente para profundidade de cripta

(P = 0,005) (Tabela 06).

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79

Tabela 05. Variáveis químicas da carcaça dos frangos de corte aos 21 dias de idade, em função da utilização dos níveis de metionina

digestível

6 a 21 dias

Variáveis e

níveis

Basal Níveis de metionina digestível (DL-Metionina)

0,279 0,339 0,399 0,459 0,519 0,579 0,639 < P CV (%) Equações de regressão R2 PM

Matéria Seca

(%) 30,5 29,3 28,2 29,5 29,9 29,6 29,2 0,166 4,68 -- -- --

Gordura (%) 10,8 9,8 9,6 9,5 9,6 9,4 9,2 0,020 7,56 Ŷ= 11,2 -3,288x 0,71 --

Proteína (%) 15,0 15,5 15,6 15,6 15,7 15,8 15,9 0,022 2,82 Ŷ= 14,647 + 2,0377x 0,76 -- Mineral (%) 2,8 2,6 2,6 2,7 2,5 2,5 2,5 0,230 5,23 -- -- --

Energia (kcal/g) 6117,3 5906,0 6036,1 6054,1 6014,4 6027,6 5993,0 0,567 2,67 -- -- --

22 a 33 dias de idade

Variáveis e níveis

0,243 0,303 0,363 0,423 0,483 0,543 0,603 < P CV (%) Equações de regressão R2 PM

Matéria Seca

(%) 31,0 31,6 31,3 32,4 32,7 31,8 32,7 0,084 3,00 -- -- --

Gordura (%) 11,7 11,2 11,1 11,5 11,5 11,6 11,7 0,563 5,27 -- -- --

Proteína (%) 15,0 15,6 16,2 17,0 16,4 16,2 16,1 0,004 4,27 Ŷ= 9,2021 + 32,116x -34,646x2 0,88 0,463

Mineral (%) 2,3 2,4 2,2 2,5 2,5 2,3 2,3 0,239 8,58 -- -- -- Energia (kcal/g) 5061,3 6012,4 6294,2 6145,6 6140,7 6133,8 5927,7 0,6190 17,94 -- -- --

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80

Tabela 06. Variáveis histomorfométricas do intestino e da fibra do músculo peitoral de frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade, em função de

níveis de metionina digestível

6 a 21 dias de idade

Variáveis

Basal Níveis de metionina digestível (DL-Metionina)

0,279 0,339 0,399 0,459 0,519 0,579 0,639 < P CV

(%) Equações de regressão R

2 PM

Altura de vilo

(mµ) 2384,6

2681,

1 2591,8 2811,8 3263,9 2640,8 1617,8 0,001 12,40 Ŷ= -2676,2 + 25704X – 29108X² 68,5 0,442

Profundidade

cripta (mµ) 730,0

1148,

8 869,1 632,1 458,6 412,6 358,5 0,005 22,90 Y = 1477,4 – 1784,1X 66,7 --

Relação

vilo:cripta 3,4 2,5 3,1 5,3 8,6 6,4 4,5 0,071 28,40 -- -- --

Espessura de

fibra (mµ) 94,1 85,2 74,1 88,4 109,3 48,1 46,5 0,061 6,80 -- -- --

22 a 33 dias de idade

Variáveis e

níveis 0,243 0,303 0,363 0,423 0,483 0,543 0,603 < P

CV

(%) Equações de regressão R

2 PM

Altura de vilo

(mµ) 1408,3

1517,

2 1359,1 1383,4 940,5 1418,4 1190,1 0,062 18,96 -- -- --

Profundidade

cripta (mµ) 183,2 181,3 143,7 146,6 129,0 127,0 126,3 0,016 20,89 Y = 222,14 – 174,98 x 85,0 --

Relação

vilo:cripta 7,8 8,9 9,5 9,4 7,4 11,2 10,1 0,135 23,71 -- -- --

Espessura de

fibra (mµ) 40,5 38,9 46,5 37,5 46,7 44,0 - 0,265 15,23 -- -- --

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81

Aos 33 dias de idade, de acordo com os resultados obtidos na equação de

regressão, foi encontrado efeito linear dos níveis de metionina digestível apenas para a

profundidade de cripta (P = 0,0169) no intestino dos frangos alimentados com a ração

suplementada pela DL – Metionina. As demais variáveis histomorfométricas não foram

influenciadas pelos níveis crescentes de metionina.

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82

DISCUSSÃO

Os níveis crescentes de metionina digestível, no período de 6 a 21 dias de não

apresentaram influencia (P > 0,05) sobre o consumo de ração. O que está de acordo com

resultados encontrados por Dozier et al. (2013); Silva Júnior et al. (2006) e Silva Júnior

et al.(2005), que do mesmo modo, utilizando diferentes níveis de metionina não

encontraram diferença para esta variável na mesma fase de vida. Embora não tenha sido

observado efeito no consumo de ração, verificou-se que o consumo de metionina em

gramas aumentou linearmente (Y = -0,0016 + 0,7468x – DL – Metionina). Resultado

similar foi reportado por Atencio et al. (2004), o que é esperado, pois mesmo que o

consumo não se altere, a quantidade de metionina na ração vai aumentando conforme os

níveis.

O ganho de peso diário, peso final e a conversão alimentar apresentaram

resposta quadrática aos níveis de metionina digestível, provenientes da dieta basal

suplementada com a DL – Metionina, estimando-se o nível de metionina digestível em

0,499% para o ganho de peso diário e o peso final e 0,469% para a conversão alimentar.

A exigência de metionina digestível determinada com a conversão alimentar, para a

ração suplementada com a DL – Metionina, resulta em uma relação de metionina e

lisina de 39%, igual à relação recomendada por Rostagno et al. (2011). Já a relação com

a lisina determinada pela conversão alimentar dos animais alimentados com a ração

suplementada pela a análoga foi de 37%.

A presente pesquisa corrobora com os resultados reportados por outros autores,

Goulart et al. (2011); Silva Junior et al. (2006); Silva Junior et al. (2005); Oliveira Neto

et al. (2005), onde níveis crescentes de metionina + cistina influenciaram de forma

quadrática o ganho de peso e a conversão alimentar de frangos de corte no período de

até 21 dias.

Pesquisa realizada por Menhi et al. (2012), com frangos de corte no período de 3

a 16 dias de idade, determinaram a exigência de metionina em 0,540% para o ganho de

peso e 0,530% para melhor conversão alimentar, resultando em uma relação com a

lisina de 48 e 47%, respectivamente, valores superiores aos resultados obtidos neste

estudo.

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83

Na fase de crescimento, o consumo de ração, o de metionina total e o ganho de

peso diário, apresentaram comportamento linear aos níveis de metionina digestível,

provenientes da dieta basal suplementada com a DL – Metionina (Tabela 03).

As respostas de conversão alimentar foram ajustadas pelo modelo polinomial

quadrático, estimando-se o nível ótimo de metionina digestível em 0,447% (Tabela 03).

Este valor de exigência encontrado para conversão resulta em uma relação de metionina

e lisina de 41% utilizando a DL - Metionina, é semelhante à relação de 40%

recomendada por Rostagno et al. (2011). Resultados obtidos neste trabalho corroboram

os reportados por Atencio et al. (2004), em estudo com frangos de corte machos no

período de 24 a 38 dias de idade; Amarante Jr. et al. (2005) e Silva Jr et al. (2005),

utilizando frangos com 22 a 42 dias de idade; Goulart et al. (2011), com frangos de 22 a

35 dias de idade, recebendo rações com níveis crescentes de metionina + cistina

digestível, apresentaram efeito quadrático para a variável conversão alimentar.

A exigência do mercado consumidor interno e externo por cortes desossados de

frangos tem aumentado nos últimos anos, passando a ser interesse das empresas

avícolas, pesquisas que busquem maiores rendimentos de cortes nobres, principalmente

peito, coxa e sobrecoxa. Neste estudo, os níveis de metionina digestível tiveram

influencia em algumas variáveis de peso absoluto e rendimentos de cortes nobres.

Respostas de rendimento de carcaça, peito, peso absoluto da sobrecoxa, peso de

pena e porcentagem de pena, foram ajustadas pelo modelo polinomial quadrático

(Tabela 9), estimando-se os níveis de metionina digestível de 0,494; 0,498; 0,468; 0,483

e 0,469%, respectivamente, para os animais com 21 dias de idade,que consumiram a

ração suplementada com a DL - Metionina.

Em relação à porcentagem de pena, pode-se observar que tanto o excesso como

a deficiência de metionina nas rações influenciou negativamente este processo. O

período (6 a 21 dias de idade) da realização experimental é crucial para o

desenvolvimento da pena e empenamento e que a qualidade das rações, em termos de

proteína e aminoácidos neste período, afeta o empenamento, pois de acordo com Leeson

& Summers (1997) a pena possui 90% de proteína e é formada entre outros

aminoácidos pela metionina.

Na fase de crescimento, os rendimentos de coxa, sobrecoxa e percentagem de

pena, assim como seus pesos absoluto não foram influenciados (P>0,05) pelos níveis de

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84

metionina digestível, independente da fonte utilizada, corroborando os resultados

obtidos por Goulart et al. (2011), que não verificou efeito de níveis de metionina para

estas variáveis.

Mas, influenciaram linearmente o rendimento de carcaça e no peso absoluto do

peito, estando de acordo com os resultados encontrados por Silva Jr. et al. (2006), que

obtiveram os mesmos resultados com frangos aos 42 dias de idade.

Os níveis de metionina digestível influenciaram também o rendimento de peito,

que aumentou de forma quadrática (P<0,05), resultando em exigência de 0,465% para

os frangos alimentados com a ração suplementada pela DL – Metionina. Este resultado

corrobora aqueles encontrados por Amarante Jr. et al. (2005), Silva Jr et al. (2005) e

Rodrigueiro et al. (2000), que também apresentaram efeito quadrático para a variável

rendimentos de peito com frangos de 22 a 42 dias de idade.

Observa-se que a exigência de metionina, para o máximo rendimento de carcaça

e peito é superior ao considerado adequado para as variáveis de crescimento, reforçando

o relato de Kalinowski et al. (2003), que constatou exatamente este fato.

Quanto à composição química da carcaça, os níveis de metionina digestível

influenciaram o teor de proteína bruta da carcaça aos 21 dias, apresentou - se de forma

linear crescente de acordo com os níveis de metionina digestível e o teor de gordura na

carcaça apresentou-se de forma contrária, gerando uma equação linear decrescente.

Verifica-se que nesta fase da vida as necessidades nutricionais dietéticas são

superiores, para atender o crescimento do animal e sua mantença. Como as rações

possuem o mesmo teor de proteína bruta, podemos afirmar que foram os níveis

crescentes de metionina os responsáveis pela deposição de nitrogênio na carcaça e que a

diminuição do teor de gordura na carcaça pode ter ocorrido, porque relativamente o teor

de proteína da carcaça aumentou. Outra hipótese que pode ser atribuída ao resultado de

gordura na carcaça é que em uma dieta deficiente em metionina a síntese proteica é

limitada até o nível de metionina presente, os demais aminoácidos serão desaminados e

seus esqueletos de carbono serão utilizados para a síntese de ATP, contribuindo com o

excesso de energia e consequentemente a deposição de gordura na carcaça (Lehninger et

al., 2007).

Este estudo concorda com Brito et al. (2004) e Rodrigueiro et al. (2000), que

avaliaram o efeito de diferentes níveis de metionina + cistina, de 0,786 a 1,022% e

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85

obtiveram efeito linear decrescente para o teor de gordura da carcaça de frangos de

corte. Já autores como Oliveira Neto et al. (2005) e Brito et al. (2004), também

avaliaram níveis de metionina + cistina para frangos com até 21 dias de idade e

obtiveram efeito quadrático para o teor de proteína na carcaça, ou seja, a deposição

proteica teve um limite, mesmo que na fase de crescimento.

No segundo experimento, na fase de crescimento, os níveis crescentes de

metionina digestível, influenciaram linearmente o teor de proteína bruta da carcaça,

sendo o maior valor encontrado ao nível de 0,463% de metionina digestível (Tabela 05).

Na análise histomorfométrica intestinal dos frangos aos 21 dias de idade, houve

efeito dos níveis de metionina para a altura de vilo, sendo o melhor nível para esse

segmento, 0,442 % de metionina digestível.

Os dados de profundidade de cripta, nas fases, inicial e crescimento, também

apresentaram diferença, entre os diferentes níveis estudados de metionina digestível,

apresentando menor profundidade de cripta com os níveis crescentes de metionina.

As demais variáveis (altura de vilo, relação altura de vilo: profundidade de cripta

e espessura do músculo peitoral) para os animais do experimento de 22 a 33 dias de

idade, não foram afetadas pelos níveis de metionina digestível.

De acordo com Nascimento (2010), o aumento na profundidade das criptas

acompanhado da redução na altura dos vilos indica turnover negativo, havendo maior

extrusão no ápice dos vilos, indicando a tentativa do organismo em recuperar a estrutura

do vilo. Condições estas desfavoráveis para a máxima absorção e produtividade do

animal.

Porém na presente pesquisa podemos observar que na fase inicial, a metionina

permitiu a manutenção da saúde intestinal, pois com o aumento dos níveis de metionina

digestível, ocorreu aumento do tamanho do vilo, até o nível de 0,442%, redução da

profundidade de cripta. Havendo dessa forma um turnover positivo, permitindo

aumento da altura e área das vilosidades e por consequência, maior área de absorção dos

nutrientes.

Entre várias funções, a metionina é responsável pela síntese de poliaminas, um

componente corporal encontrado em alta concentração em locais onde existe elevada

renovação celular, como a mucosa intestinal (Oliveira Neto et al., 2014). Acredita-se

que as poliaminas sejam importantes para os processos de transcrição e tradução celular

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86

(Grimble & Grimble, 1998). O epitélio intestinal encontra-se em constante renovação

celular, devido às descamações decorrentes do atrito com o alimento ingerido e também

pela ação de microrganismos presentes (Junqueira & Carneiro, 2013), sendo necessário

desta forma o suprimento adequado de metionina, para a síntese de poliamida.

Podemos constatar que os frangos que consumiram ração com deficiência ou

excesso de metionina digestível apresentaram características de desempenho,

rendimento de carcaça e cortes nobres e histomorfométricos inferiores aos animais

alimentados com níveis de metionina próximos a exigência.

O comprometimento do desempenho dos frangos alimentados com a ração

deficiente em metionina pode ser atribuído à limitação da síntese proteica causada pela

quantidade inadequada deste elemento. Desta forma, mesmo que os outros aminoácidos

estejam presentes na ração em quantidades adequadas, a síntese proteica só ocorrerá até

o nível presente de metionina e os demais aminoácidos que estão contidos na ração em

quantidades exigidas pelos frangos, não serão utilizados devido à ação limitante desse

aminoácido. Como o nitrogênio contido nestes aminoácidos não pode ser armazenado

no organismo, devido a sua toxidez, estes aminoácidos em excesso serão desaminados,

sendo o esqueleto de carbono utilizado pelo metabolismo energético para a síntese de

ATP e o grupo amina liberado como amônia livre, posteriormente eliminado pela urina

(Lehninger et al., 2007).

Quando há sobrecarga de metionina na ração e consequentemente no organismo

animal, mas especificamente nas células hepáticas, ocorrerá o catabolismo deste

aminoácido e através do processo de transulfuração e desmetilação originará a

homocisteína, este metabólito será migrado para o meio extracelular, fato necessário

para manter constante o nível de metionina no interior da célula (Sakomura et al., 2014).

De acordo com Perna et al. (2003), a homocisteína é um metabólito tóxico quando em

excesso. No plasma, ela tem sido utilizada como marcador de toxicidade pelo excesso

de metionina em ratos (Toue et al., 2006). Desta forma, quando a metionina encontra-se

em excesso a concentração de homocisteína aumenta e o seu poder tóxico também,

promovendo a redução do consumo de ração e a depreciação significativa das

características de desempenho. O que está de acordo com estudos anteriores que relatam

a toxicidade da metionina e de seus análogos para frangos de corte quando em excesso

(Xie et al.(2007); Dibner et al. (2004); Acar et al. (2001); Scherer e Baker (2000)).

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87

Goulart et al. (2011) verificaram que pintos de corte na fase de inicial (1 a 21

dias de idade), exigem 0,755% de metionina + cistina digestível e uma relação de

metionina + cistina: lisina digestível de 70%, correspondendo a 0,439 % de metionina

digestível e relação de 36% entre a metionina e a lisina digestível, sendo este valor

calculado com base nos aminoácidos sulfurosos.

Para Rostagno et al. (2011), a recomendação de metionina digestível na fase de

crescimento de (22 a 33 dias de idade) é 0,452%, resultando em relação de metionina:

lisina digestível de 40%. Goulart et al. (2011), também na fase de crescimento,

recomendaram 0,748% de Metionina + Cistina digestível com relação de 76% da lisina

digestível, correspondente ao nível de metionina digestível de 0,452% com relação de

46% da lisina digestível.

Podemos constatar diferenças nos valores de exigência estimados por diferentes

autores, de acordo com Conhalato et al. (1999), diversos fatores podem afetar a

determinação da exigência de aminoácidos, entre estes, idade, sexo, estresse, linhagem,

os ingredientes utilizados, teor de proteína e energia da ração. Para as condições de

realização deste experimento, observa-se que as relações entre metionina e lisina são

semelhantes, reforçando o conceito de uma relação ideal entre os aminoácidos.

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CONCLUSÃO

Recomenda-se 0,469% de metionina digestível para frangos de corte na fase

inicial (6 a 21 dias de idade) e 0,447% para a fase de crescimento (22 a 33 dias de

idade), o que corresponde ao consumo diário de 330,7 e 707,9 mg/ave, respectivamente,

quando a fonte de suplementação for a DL – metionina, resultando em uma relação de

metionina: lisina digestível de 39 e 41% para cada fase.

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Capítulo III

Determinação da Exigência de Metionina Digestível para

Frangos de Corte, Utilizando a Metionina Hidróxi Análoga

Líquida, nas fases, Inicial e Crescimento

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Determinação da exigência de metionina digestível para frangos de

corte, utilizando a metionina hidróxi análoga líquida, nas fases, inicial

e crescimento

RESUMO

Foram realizados dois experimentos com o objetivo de estimar as exigências de

metionina digestível para frangos de corte de 6 a 21 e de 22 a 33 dias de idade,

utilizando rações suplementadas pela metionina hidróxi análoga líquida. Foram

utilizados 630 frangos, machos, da linhagem Cobb, na fase inicial e 525 frangos, na fase

de crescimento. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado. As aves foram

submetidas aos tratamentos, que consistiam em rações com níveis crescentes de

metionina digestível. A ração basal foi suplementada com seis níveis de metionina

hidróxi análoga (HMTBA – 77,4%), em substituição ao ácido glutâmico e o inerte,

correspondendo aos níveis de 0,279 (conteúdo da dieta basal, sem suplementação),

0,332; 0,384; 0,437; 0,490; 0,542; 0,595% de metionina digestível, na fase inicial. E no

segundo experimento (22 a 33 dias de idade), a ração basal foi suplementada com seis

níveis de metionina hidróxi análoga (HMTBA – 77,26%), em substituição ao ácido

glutâmico e o inerte, correspondendo aos níveis de 0,243 (conteúdo da dieta basal, sem

suplementação), 0,296; 0,348; 0,401; 0,453; 0,506; 0,558% de metionina digestível. Os

parâmetros avaliados foram: consumo de metionina total, consumo de ração, peso vivo,

ganho de peso diário, conversão alimentar, pesos absolutos e relativos de carcaça e

cortes nobres (peito, coxas e sobrecoxas), composição química da carcaça (matéria seca,

proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral e energia), além de variáveis

histomorfométricas (altura de vilos, profundidade de cripta, relação vilo:cripta e

espessura da fibra músculo peitoral). No primeiro experimento, com animais de 6 a 21

dias de idade, constatou-se efeito quadrático dos níveis de metionina digestível para o

ganho de peso diário, conversão alimentar, rendimentos de carcaça e peito, o peso

absoluto da coxa e altura de vilo; e ocorreu efeito linear para o consumo de metionina

total, profundidade de cripta e relação vilo:cripta. No segundo experimento, com

animais de 22 a 33 dias de idade, observou-se efeito quadrático dos níveis de metionina

digestível para a conversão alimentar, rendimentos de peito e proteína bruta da carcaça;

e ocorreu efeito linear para o consumo de metionina total, ganho de peso diário, peso

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vivo, redimento de carcaça e peso absoluto de peito. Recomenda-se 0,453% de

metionina digestível para frangos de corte de 6 a 21 dias de idade e 0,438% para frangos

de 22 a 33 dias de idade,quando a fonte de suplementação for a metionina hidróxi

análoga líquida, resultando em uma relação de 37 e 40% de metionina: lisina digestível.

Palavras-chave: aminoácidos digestíveis, fonte análoga, histomorfologia, níveis,

nutrição, proteína ideal

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Determination of digestible methionine requirement for broilers

using methionine hydroxy analogue net, in phases, initial and growth

ABSTRACT

Two experiments were conducted in order to estimate the digestible methionine requirements

for broilers 6-21 and 22-33 days of age, using diets supplemented by methionine hydroxy

analogue net. 630 chickens were used, male, of Cobb in the initial phase and 525 chickens in

the growing phase. The design was completely randomized. The birds received the treatments,

which consisted of diets with increasing levels of digestible methionine. The basal diet was

supplemented with six levels of methionine hydroxy analogue (HMTBA - 77.4%), replacing the

glutamic acid and the inert, corresponding to levels of 0.279 (basal diet content without

supplementation), 0.332; 0.384; 0.437; 0.490; 0.542; 0.595% of digestible methionine in the

initial phase. And in the second experiment (22-33 days old), basal diet was supplemented

with six levels of methionine hydroxy analogue (HMTBA - 77.26%), replacing the glutamic acid

and the inert, corresponding to levels of 0.243 (content the basal diet without

supplementation), 0.296; 0.348; 0.401; 0.453; 0.506; 0.558% of digestible methionine. The

parameters evaluated were: total methionine intake, feed intake, body weight, daily gain, feed

conversion, absolute and relative weights of carcass and prime cuts (breast, thighs and

drumsticks), carcass chemical composition (dry matter, crude protein, ether extract, ash and

energy), and histomorphometric variables (villus height, crypt depth, villus: crypt ratio and

thickness of the pectoral muscle fiber). In the first experiment, animal 6-21 days old, was

found quadratic effect of digestible methionine levels for average daily gain, feed conversion,

carcass yield and breast, the absolute weight of the thigh and villus height; and there was a

linear effect for the intake of total methionine, crypt depth and villous: crypt. In the second

experiment, animals with 22-33 days of age, there was a quadratic effect of digestible

methionine levels for feed conversion, breast and gross income housing protein; and there was

a linear effect for the intake of total methionine, daily weight gain, live weight, carcass weight

and absolute redimento chest. It is recommended to 0.453% of digestible methionine for

broilers 6-21 days old and 0.438% for chickens 22-33 days of age, when the source of

supplementation is the liquid methionine hydroxy analogue, resulting in a 37 ratio and 40% of

methionine: lysine.

Keywords: digestible amino acid analog source, histomorphology, levels, nutrition,

ideal protein

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INTRODUÇÃO

O primeiro aminoácido limitante em rações à base de milho e farelo de soja para

frangos de corte é a metionina. Isso ocorre devido sua exigência pela ave ser superior à

quantidade de metionina contida nesta ração prática e por esse aminoácido não ser

sintetizado pelas aves, portanto é essencial.

A cistina, aminoácido não essencial, pode ser totalmente substituída pela

metionina. De acordo com Oliveira Neto et al. (2014), a cisteína é formada a partir da

serina e da metionina, no citosol da célula. E a cistina é o dímero da cisteína, formada a

partir de sua oxidação (Lewis, 2003). Assim, as exigências destes aminoácidos

comumente são determinadas juntas, como consequência há uma junção das funções

atribuídas a estes aminoácidos.

Várias são as funções atribuídas a metionina, quais sejam: mantença, síntese

proteica e produção (carne e ovos); síntese de adenosilmetionina (SAM), importante

doador de radicais metil no organismo, responsável pela biossíntese de diversas

substâncias no organismo, creatina, carnitina, epinefrina, poliamidas, colina e

melatonina (Baker, 1991); possui enxofre em sua composição, podendo doá-lo para a

biossíntese de outras substâncias como doador de enxofre (Wu & Davis, 2005); síntese

de cistina, este igualmente participa na síntese de proteína corporal e como constituinte

de tecidos primários como as penas, ainda participa na síntese de glutationa (importante

antioxidante celular) (Tesseraud et al., 2008); constitui células de defesa, como

imunoglobulinas, agentes moduladores e sinalizadores de células imune (Takahashi,

2006).

O mercado oferece diferentes fontes de metionina sintética, sendo duas as

utilizadas em larga escala pelas empresas, a DL - metionina na forma em pó e a

metionina hidróxi análoga em ácido livre (HMTBA) na forma líquida. Além das

diferenças físicas, segundo Drew et al. (2003) existem diferenças bioquímicas e

metabólicas, que podem influenciar nos valores biológicos de cada fonte.

Os valores nutricionais das matérias primas, as disponibilidades dos nutrientes e

os níveis de cada nutriente exigidos pelos animais nas suas diferentes fases fisiológicas,

têm sido os principais fatores de estudo no âmbito da nutrição, havendo a necessidade

constante de pesquisas nestas áreas, com intuito de promover a máxima expressão

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98

genética destes animais, tendo como consequência maior produtividade e produtos de

qualidade a custos mínimos.

Para ter maior clareza da ação deste aminoácido ao desenvolvimento do animal.

O presente estudo teve por objetivo estimar as exigências de metionina digestível para

frangos de corte de 6 a 21 e 22 a 33 dias de idade, em rações suplementadas pela

metionina hidróxi análoga líquida.

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99

MATERIAL E MÉTODOS

Foram conduzidos dois experimentos, no aviário do Laboratório de avicultura do

Departamento de Ciências Animal do Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias

(CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus III, no município de

Bananeiras, sob as coordenadas 6°45’00’’ de latitude sul e 35°38’00’’ de longitude

oeste, a uma altitude de 520 m acima do nível do mar. O primeiro ensaio foi realizado

no período de 27 de julho a 11 de agosto de 2012 e o segundo no período de 22 de

outubro a 03 de novembro.

No primeiro experimento, foram utilizados 630 pintos de corte, da linhagem

comercial Cobb 500, machos, no período de 6 a 21 dias de idade e peso médio inicial de

142,0 ± 1 g e no segundo experimento (22 a 33 dias de idade), foram utilizados 525

frangos Cobb 500, machos, com peso médio inicial de 1045 ± 5g, todas as aves

vacinadas contra Marek e Bouba aviária. As aves foram pesadas e distribuídas

uniformemente em cada unidade experimental.

O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com sete tratamentos,

cinco repetições e 18 aves por unidade experimental, na fase inicial e sete tratamentos,

cinco repetições e 15 aves por unidade experimental, na fase de crescimento.

As aves antes de serem alojadas, ficaram no círculo de proteção recebendo todos

os cuidados necessários nos primeiros dias de vida dos pintinhos, período de 1 a 6 dias

de idade e no sexto dia as aves foram distribuídas nos boxes.

O galpão experimental utilizado era de alvenaria com 70 boxes, cobertura de

telha de cerâmica, piso de concreto, muretas laterais com 30 cm de altura, com tela de

arame até o telhado e cortinado externo móvel, dividido em boxes de 1,0 x 1,5 m,

separados por muretas de madeira 40 cm e completadas com tela até uma altura de

1,80m. Foi utilizada cama de bagaço de cana sobre o piso. Cada boxe foi equipado com

um comedouro tubular e um bebedouro pendular. O sistema de aquecimento adotado foi

o elétrico, com lâmpada incandescente de 150 Watts em cada boxe, a altura destas era

regulada de acordo com o crescimento das aves, mantendo os valores de temperatura e

umidade relativa do ar o mais próximo das faixas de conforto térmico. O programa de

iluminação utilizado foi constante, com 24 horas de luminosidade (luz natural mais

artificial).

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100

As condições ambientais de temperatura e umidade relativa do ar foram

monitoradas diariamente, por meio de termo-higrômetros digital posicionado na altura

das aves, na altura das aves. Os valores médios de temperatura máxima, temperatura

mínima e umidade relativa, registradas durante o período experimental foram,

respectivamente, 32,8, 25,9 ºC e 65,9 %, para a fase de 6 a 21 dias e 33,6 e 24,7 ºC e

60,2%, para a fase de 22 a 33 dias de idade.

O galpão possuía sistema de ventilação direta, através do uso de quatro

ventiladores industriais distribuídos em pontos estratégicos, para permitir maior

conforto térmico.

O manejo diário consistia em fornecer ração, limpar os bebedouros, retirar

eventuais aves mortas, regular a altura de comedouros e bebedouros e realizar leitura

das temperaturas e umidade relativa do ar. O fornecimento de ração e de água foi à

vontade durante todo o período experimental.

Foi formulada uma ração basal deficiente em metionina digestível, isonitrogênicas

(21,20% de proteína bruta) e isoenergéticas (3.050 kcal de energia metabolizável) de

acordo com as recomendações de Rostagno, et al. (2011), para frangos de corte de 8 a

21 dias de idade. A exigência da cistina também foi corrigida através da suplementação

com L-cistina (Tabela 01). A ração basal foi suplementada com seis níveis de metionina

hidróxi análoga líquida (HMTBA – 77,4%), em substituição ao ácido glutâmico e ao

inerte, correspondendo aos níveis de 0,279 (conteúdo da dieta basal, sem

suplementação), 0,332; 0,384; 0,437; 0,490; 0,542 e 0,595% de metionina digestível

(Tabela 01).

Para o segundo ensaio, foi formulada uma ração basal deficiente em metionina

digestível, isonitrogênicas (18,9% de proteína bruta) e isoenergéticas (3.150 kcal de

energia metabolizável) de acordo com as recomendações de Rostagno, et al. (2011),

para frangos de corte de 22 a 33 dias de idade. A exigência da cistina também foi

corrigida através da suplementação com L-cistina (Tabela 02). A ração basal foi

suplementada com seis níveis de metionina hidróxi análoga líquida (HMTBA – 77,4%)

em substituição ao ácido glutâmico e ao inerte, correspondendo aos níveis de 0,243

(conteúdo da dieta basal, sem suplementação), 0,296; 0,348; 0,401; 0,453; 0,506 e

0,558% de metionina digestível (Tabela 02).

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Tabela 01. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de frangos de

6 a 21 dias de idade

Ingredientes DB Metionina Hidróxi Análoga Líquida

Níveis de Metionina

Digestível 0,279 0,332 0,384 0,437 0,490 0,542 0,595

Milho (grão) 56,788 56,788 56,788 56,788 56,788 56,788 56,788

Farelo de soja 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196 35,196

Fosfato bicálcico 1,449 1,449 1,449 1,449 1,449 1,449 1,449

Calcário 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924 0,924

Bicarbonato de sódio 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535 0,535

Sal comum 0,119 0,119 0,119 0,119 0,119 0,119 0,119

L – lisina 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262 0,262

Premix vitamínico² 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Cloreto de colina

60% 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

L – treonina 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087 0,087

Premix mineral³ 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075

L – valina 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058

Bacitracina de zinco 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015

BHT4

0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

L – arginina 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006

Anticoccidiano5

0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

L - isoleucina 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004

Óleo de soja 3,391 3,390 3,389 3,387 3,387 3,385 3,384

Ácido glutâmico 0,645 0,586 0,527 0,468 0,409 0,350 0,291

Inerte3

0,050 0,042 0,035 0,027 0,019 0,011 0,003

Metionina Hidróxi

Análoga2 0,000 0,068 0,136 0,204 0,272 0,340 0,408

L-Cistina 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121 0,121

Total 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000

Composição química calculada

Proteína Bruta (%) 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200 21,200

EMA (kcal/kg) 3.050,0 3.050,0 3.050,0 3.050,0 3.050,0 3.050,0 3.050,0

Fósforo total (%) 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401

Fósforo disponível

(%) 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352 0,352

Lisina digestível (%) 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217 1,217

Treonina digestível

(%) 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791 0,791

Triptofano digestível

(%) 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207 0,207

Cloro (%) 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190

Potássio (%) 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585 0,585

Sódio (%) 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210

Cálcio (%) 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841 0,841

Metionina Total (%) 0,302 0,362 0,422 0,482 0,542 0,602 0,662

Metionina Digestível

(%) 0,279 0,332 0,384 0,437 0,490 0,542 0,595

Cistina total (%) 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457 0,457

Cistina Digestível

(%) 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401 0,401

Metionina+Cistina

Total (%) 0,760 0,820 0,880 0,940 1,000 1,060 1,120

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102

Metionina+Cistina

Digestível (%) 0,680 0,740 0,800 0,860 0,920 0,980 1,040

Mongin 215,000 215,000 215,000 215,000 215,000 215,000 215,000

Composição química analisada

Proteína Bruta (%) 21,650 21,820 22,190 21,860 21,090 21,220 21,720

EM (kcal/kg) 3.045,0 3.105,0 3.068,0 3.098,0 3.178,0 3.099,0 3.121,0

Cistina total (%) 0,448 0,448 0,448 0,448 0,448 0,448 0,448

Metionina total (%) 0,311 0,371 0,431 0,491 0,552 0,613 0,673 1Recomendações de Rostagno (2011). 2 Metionina Hidróxi análoga (77,4%). 3Areia lavada.2Composição/kg do

produto: vit. A – 10.000.000 UI; vit D3 – 2.500.0000 UI; vit. E – 15.000 mg; vit. K – 2.000 mg; vit. B1 – 2.000 mg; vit. B2 – 4.000 mg; vit. B6 – 4.000 mg; vit. B12 – 15.000 mg; vit. C – 50.000 mg; niacina – 30.000 mg; biotina – 60

mg; ácido fólico – 500 mg; ácido Pantotênico – 16.000 mg; B.H.T. – 125 mg. 3Composição/kg do produto: Zn –

110.000 mg; Se – 360 mg; I – 1.400 mg; Cu – 20.000 mg; Mn – 156.000 mg; Fe – 96.000 mg. 4BHT=Butil-Hidróxi-

Tolueno (antioxidante). 5Anticoccidiano= Salinomicina sódica - 60 ppm. 6Areia lavada.

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103

Tabela 02. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais de frangos de

22 a 33 dias de idade

Ingredientes DB Metionina Hidróxi Análoga Líquida

Níveis de Metionina

Digestível 0,243 0,296 0,348 0,401 0,453 0,506 0,558

Milho (grão) 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550 67,550

Farelo de soja 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575 21,575

Concentrado proteico

de soja 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495 1,495

Fosfato bicálcico 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229 1,229

Calcário 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878 0,878

Bicarbonato de sódio 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253 0,253

Sal comum 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272

L - lisina HCl 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519 0,519

Premix vitamínico² 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Cloreto de colina 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

L-treonina 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336 0,336

Premix mineral³ 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075 0,075

L-valina 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272 0,272

Bacitracina de zinco 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015

L-arginina 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556 0,556

Anticoccidiano5

0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

L- triptofano 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052 0,052

L-metionina 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023

BHT4

0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

Óleo de soja 3,107 3,106 3,105 3,104 3,103 3,102 3,100

Ácido glutâmico 1,343 1,284 1,225 1,166 1,107 1,048 0,989

Inerte3

0,100 0,092 0,085 0,077 0,068 0,061 0,05

Met-Hidróxi-

Análoga2 0,000 0,068 0,136 0,204 0,272 0,340 0,408

L-Cistina 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133 0,133

Total 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000 100,000

Composição química calculada

Proteína Bruta (%) 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930 18,930

EMA (kcal/kg) 3.150,0 3.150,0 3.150,0 3.150,0 3.150,0 3.150,0 3.150,0

Cálcio (%) 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711 0,711

Fósforo disponível

(%) 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332 0,332

Lisina digestível (%) 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090 1,090

Treonina digestível

(%) 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850 0,850

Triptofano digestível

(%) 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210 0,210

Cloro (%) 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330 0,330

Potássio (%) 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623 0,623

Sódio (%) 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195

Metionina Total (%) 0,274 0,334 0,394 0,454 0,514 0,574 0,634

Metionina Digestível

(%) 0,243 0,296 0,348 0,401 0,453 0,506 0,558

Cistina total (%) 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395 0,395

Cistina Digestível

(%) 0,3490 0,349 0,349 0,349 0,349 0,349 0,349

Metionina+Cistina

Total (%) 0,656 0,716 0,776 0,836 0,896 0,956 1,016

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104

Metionina+Cistina

Digestível (%) 0,569 0,629 0,689 0,749 0,809 0,869 0,929

Mongin 151,14 151,14 151,14 151,14 151,14 151,14 151,14

Composição química analisada

Proteína Bruta (%) 19,01 19,07 19,52 18,67 19,39 18,82 18,51

EM (kcal/kg) 3.289 3.102 3.007 3.141 3.139 3.176 3.231

Cistina total (%) 0,386 0,386 0,386 0,386 0,386 0,386 0,386

Metionina total (%) 0,276 0,337 0,398 0,458 0,519 0,579 0,640 2 Metionina Hidróxi análoga (77,26%). 3Areia lavada. 2Composição/kg do produto: vit. A – 10.000.000 UI; vit D3 –

2.500.0000 UI; vit. E – 15.000 mg; vit. K – 2.000 mg; vit. B1 – 2.000 mg; vit. B2 – 4.000 mg; vit. B6 – 4.000 mg; vit.

B12 – 15.000 mg; vit. C – 50.000 mg; niacina – 30.000 mg; biotina – 60 mg; ácido fólico – 500 mg; ácido Pantotênico

– 16.000 mg; B.H.T. – 125 mg. 3Composição/kg do produto: Zn – 110.000 mg; Se – 360 mg; I – 1.400 mg; Cu –

20.000 mg; Mn – 156.000 mg; Fe – 96.000 mg. 4BHT=Butil-Hidróxi-Tolueno (antioxidante). 5Anticoccidiano=

Salinomicina sódica - 60 ppm. 6Areia lavada.

Foram avaliados os dados de consumo de ração, consumo de metionina total,

peso vivo, ganho de peso diário, conversão alimentar, pesos absolutos e relativos de

carcaça, cortes nobres (peito, coxas e sobrecoxas), composição química da carcaça

(matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral e energia) e dados

histomorfométricos (altura de vilo, profundidade de cripta, relação vilo:cripta, espessura

da fibra muscular peitoral e quantidade de células caliciformes).

Para a avaliação das características de carcaça, foram selecionadas duas aves

com peso médio representativo da unidade experimental para o abate e coleta dos dados.

Após jejum de 6 horas as aves foram pesadas e abatidas. Após a sangria as aves foram

pesadas novamente, posteriormente foram depenadas e pesadas pela terceira vez, para a

obtenção do peso das penas o qual foi obtido por diferença anterior e posterior a depena.

O percentual de penas foi obtido pela razão entre o peso das penas e peso vivo vezes

100.

Posteriormente foi realizado o processo de evisceração e as aves foram pesadas

novamente, sem pés, cabeça e pescoço, para cálculo do rendimento de carcaça em

relação ao peso vivo em jejum. Os rendimentos de cortes nobres (peito, coxas e

sobrecoxas) foram estimados em relação ao peso da carcaça eviscerada.

As carcaças evisceradas foram acondicionadas em sacos plásticos identificados e

armazenados à -18 ºC. Para obtenção de amostras homogêneas, as carcaças foram

moídas em triturador de facas.

As amostras foram colocadas em bandejas de alumínio descartáveis, pesadas e

pré- secadas em estufa com ventilação forçada a 65 °C até estabilização do peso. Após

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105

esta etapa, as amostras foram moídas e acondicionadas em potes plásticos, as quais

foram armazenadas para análises posteriores.

As análises de energia da carcaça foram realizadas no Laboratório de Nutrição

Animal do CCHSA da UFPB, utilizando bomba calorimétrica digital.

As análises de matéria seca, minerais, proteína bruta e extrato etéreo foram

realizadas no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, segundo recomendações de Silva &

Queiroz (2006). Os valores de composição corporal foram expressos em percentagem

na matéria natural.

Para as análises histomorfométricas, ao final do experimento foram coletados

fragmentos de 1 cm do intestino delgado (duodeno) e da fibra do músculo peitoral, de

modo a nunca ultrapassar 1 cm³, sendo imediatamente fixados em solução de formol

(10%). No Laboratório de Histologia do Centro de Ciências Agrárias CCA/UFPB, as

amostras foram desidratadas, incluídas em parafina, cortadas a uma espessura de 0,5µm

e coradas com hematoxilina e eosina (HE). Para análise de altura de vilosidade,

profundidade de cripta e espessura de fibra muscular peitoral, as fotomicrografias

digitalizadas foram realizadas por meio do software KS400 4.4, marca ZEISS. Utilizou-

se o microscópio Olympus (modelo BX60) e a câmera AxioCam (Modelo HCr, marca

ZEISS) para o procedimento.

Para a altura de vilosidade foram visualizadas em microscópio e digitalizadas

pelo menos 1 imagem por animal, sendo cada tratamento composto por 10 frangos. Para

cada imagem foi realizada pelo menos três medições morfométricas para altura de

vilosidade e profundidade de cripta com aumento de 50x, perfazendo um “n” de 30 por

tratamento.

Para a espessura das fibras musculares do peito, as amostras foram incluídas de

forma que as fibras musculares fossem vistas sempre em sentido transversal. A partir da

amostra histológica de músculo peitoral de cada animal (10 animais) dos tratamentos

envolvidos foram digitalizados 2 campos diferentes, e de cada campo foram realizadas 3

mensurações aleatórias, perfazendo um “n” de 60 por tratamento.

Para a quantificação de células caliciformes nas vilosidades intestinais, as

amostras intestinais dos 10 animais utilizados foram incluídas em sentido transversal, de

modo que fosse possível a visualização das vilosidades intestinais, assim como o lúmen

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106

do órgão. Foram captadas e digitalizadas várias imagens com o aumento de 200x das

vilosidades intestinais. Aleatoriamente foram escolhidas pelo menos 2 imagens de cada

animal e mensurado o epitélio intestinal linearmente até perfazer 10.000 micrômetros.

Nessas áreas lineares de epitélio mensuradas foram contabilizadas as quantidades de

células caliciformes através da coloração de periodic acid Schiff que cora de magenta as

células caliciformes. A partir dos resultados foi definida a quantidade de células

caliciformes em 1.000 micrômetros para cada tratamento.

As estimativas das exigências em metionina digestível foram estabelecidas por

meio de modelo de regressão polinomial das variáveis avaliadas em função dos níveis

crescentes de metionina digestível.

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107

RESULTADOS

Na fase inicial, as rações suplementadas com HMTBA influenciaram

quadraticamente o ganho de peso diário (P = 0,0116) e a conversão alimentar (P =

0,0256), com os melhores valores estimados em 0,461 e 0,453% de metionina

digestível, respectivamente (Tabela 03). Os níveis de metionina digestível das rações

não apresentaram influência para as variáveis: peso final (P = 0,216) e consumo de

ração (P = 0,6189) (Tabela 03).

Os níveis crescentes de metionina digestível suplementadas com HMTBA, na

fase de 6 a 21 dias, influenciaram linearmente o consumo de metionina (P = 0,0001).

Na fase de crescimento, os níveis de metionina digestível influenciaram

quadraticamente a conversão alimentar (P = 0,0001), com os melhores valores

estimados em 0,438% de metionina digestível. Porém, os níveis não tiveram influência

para consumo de ração (P = 0,2430) (Tabela 03).

No entanto, os níveis de metionina digestível, influenciaram linearmente o

consumo de metionina total (P = 0,001), peso vivo (P = 0,0092) e o ganho de peso (P =

0,0001) (Tabela 03).

Na Tabela 04 encontram-se os resultados dos pesos absolutos e dos rendimentos

de carcaça, peito, coxa e sobrecoxa de frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade,

conforme os níveis de metionina digestível na ração.

Aos 21 dias de idade, houve efeito quadrático dos níveis crescentes de metionina

digestível para as características, rendimento de carcaça (P = 0,0302) e peito (P =

0,0001), observando maior porcentagem em 0,462 e 0,487% de metionina digestível

(Tabela 04).

Observou-se também efeito quadrático dos níveis (HMTBA) sobre o peso

absoluto da coxa (P = 0,0096), estimando-se a exigência em 0,470% de metionina

digestível (Tabela 04).

Os dados de pesos absolutos da carcaça (P = 0,328), peito (P = 0,2653),

sobrecoxa (P = 0,1583) e pena (P = 0,4520) e rendimento de coxa (P = 0,1248),

sobrecoxa (P = 0,3438) e de pena (P = 0,3740) dos frangos aos 21 dias de idade não

foram afetados pelos níveis de metionina digestível das rações suplementadas com a

fonte análoga (HMTBA).

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108

Tabela 03. Desempenho zootécnico de frangos de corte no período de 06 a 21 dias de idade, de acordo com o nível de metionina digestível da

ração

6 a 21 dias de idade

Variáveis

e níveis

Basal Níveis de metionina digestível (Metionina Hidróxi Análoga)

0,279 0,332 0,384 0,437 0,490 0,542 0,595 < P CV (%) Equações de regressão R2

PM Consumo de metionina total

(mg/ave/d)

208,0

252,6 305,3 345,3 388,0 416,1 477,0

0,0001 6,18 Ŷ= - 0,0194 + 0,8263x

0,99 --

Peso vivo (g) 754,6 783,4 815,9 810,1 801,9 786,1 810,3 0,2160 3,91 -- -- --

Consumo de ração (g/ave/d)

68,7 69,8 72,4 71,6 71,6 69,1 72,1

0,6189 5,01 -- -- --

Ganho de peso

diário (g/ave/d) 47,2 48,6 51,9 52,2 51,4 48,8 50,4

0,0116 4,08

Ŷ= 23,501 + 121,81x – 132,03x2 0,67 0,461

Conversão alimentar (g/g)

1,48 1,39 1,39 1,37 1,39 1,42 1,43

0,0256 3,70 Y = 1,8965 – 2,2529x + 2,4878x² 0,88 0,453

22 a 33 dias de idade

Variáveis e

níveis 0,243 0,296 0,348 0,401 0,453 0,506 0,558

< P CV (%) Equações de regressão R

2 PM

Consumo de

metionina total

(mg/ave/d)

379,0 469,0 570,0 661,0 759,0 869,0 963,0

0,001 1,53

Ŷ= -0,0795 + 1,8631x 0,99 --

Peso vivo (kg) 2,13 2,16 2,16 2,17 2,18 2,19 2,20

0,0092 2,19

Ŷ= 2,0482+ 0,2878x 0,93 --

Consumo de

ração (g/ave/d) 156,1 154,9 157,0 156,2 158,1 162,3 164,1

0,2430 1,56 -- -- --

Ganho de peso

diário (g/ave/d) 102,1 103,0 106,1 106,2 107,6 109,2 110,3

0,0001 1,76

Ŷ= 95,872 + 26,118x 0,97 --

Conversão

alimentar (g/g) 1,53 1,50 1,48 1,47 1,47 1,49 1,49

0,0001 1,09 Ŷ= 1,7647 – 1, 3414X + 1,5306x2 0,96 0,438

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109

Tabela 04. Variáveis de rendimento de carcaça e cortes nobres dos frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade em função em função dos níveis

de metionina digestível das dietas 6 a 21 dias

Variáveis Basal Níveis de metionina digestível (DL-Metionina)

0,279 0,332 0,384 0,437 0,490 0,542 0,595 < P CV (%) Equações de regressão R2 PM

Carcaça (g) 529,7 547,4 562,4 579,5 579 566,3 571 0,3280 3,87 -- -- --

Rendimento

carcaça(%) 65,9 66,2 67,9 68,2 67,5 67,1 67,0

0,0302 2,52 Ŷ= 54,551 + 57,613x – 62,402x2 0,76 0,462

Peito (g) 155,8 172,4 178,3 196,2 190,2 186,2 189 0,2653 6,18 -- -- -- Rendimento

peito (%) 19,4 20,9 21,5 23,1 22,2 22,1 21,9

0,0001 5,56 Ŷ= 5,4193 + 70,422x – 72,352x2 0,90 0,487

Coxa (g) 68,6 69,7 71,8 73,7 71,8 70,4 71,6

0,0096 4,19

Ŷ= 49,03 + 99,234x – 105,47x2 0,66 0,470

Rendimento

coxa(%) 8,5 8,4 8,7 8,7 8,4 8,3 8,3

0,1248 4,40 -- -- --

Sobrecoxa (g) 78,8 81,8 83,1 85,4 82,9 81 82,2 0,1587 6,15 -- -- --

Rendimento sobrecoxa (%)

9,8 9,9 10,0 10,1 9,7 9,6 9,5

0,3438 6,39 -- -- --

Pena (g) 25,3 27,5 22,9 29,1 28,7 26,2 24,3 0,4520 8,12 -- -- --

Percentagem

pena (%) 3,2 3,5 2,8 3,4 3,3 3,1 2,8

0,3740 13,73 -- -- --

22 a 33 dias de idade

Variáveis e níveis 0,243 0,296 0,348 0,401 0,453 0,506 0,558 < P CV (%) Equações de regressão R2 PM

Carcaça (g) 2094,0 2094,0 2102,5 2184,0 2142,0 2155,0 2196,5 0,2752 2,57 -- -- --

Rendimento

carcaça(%) 71,8 71,8 73,3 73,9 74,0 74,4 75,0

0,0001 1,18

Ŷ= 70,244 + 9,1399X 0,88 --

Peito (g) 508,7 508,7 572,1 591,5 596,1 599,1 617,0

0,0001 5,91 Ŷ= 0,4781 + 0,2652X

0,70 --

Rendimento

peito (%) 24,1 24,1 26,230 27,0 27,6 27,8 27,7

0,0001 3,02 Ŷ= 12,058 + 68,535x – 73,923x2 0,97 0,464

Coxa (g) 195,7 195,7 192,7 206 195,2 200,5 201,1 0,0879 6,66 -- -- -- Rendimento

coxa(%) 10,7 9,4 9,1 9,4 9,2 9,2 9,2

0,3699 4,77 -- -- --

Sobrecoxa (g) 233,4 233,4 216,2 213,3 218,7 225,9 229,6 0,0090 9,45 -- -- --

Rendimento sobrecoxa (%)

10,7 10,7 10,3 9,9 10,2 10,5 10,4

0,0710 5,18 -- -- --

Pena (g) 98,0 98,0 101,8 102,5 98,6 98,5 96,3 0,3265 10,76 -- -- --

Percentagem

pena (%) 4,7 4,7 4,8 4,7 4,6 4,6 4,4

0,4555 10,031 -- -- --

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110

Em relação aos resultados dos pesos absolutos e dos rendimentos de carcaça,

peito, coxa e sobrecoxa de frangos de corte aos 33 dias de idade, conforme os níveis de

metionina digestível na ração houve efeito quadrático dos níveis crescentes de

metionina digestível apenas para o rendimento de peito (P = 0,0001), observando maior

porcentagem em 0,464% de metionina digestível (Tabela 04). Observou-se também

efeito linear dos níveis (HMTBA) sobre o peso absoluto do peito (P = 0,0001) e o

rendimento de carcaça (P = 0,0001).

Os dados de pesos absolutos da carcaça, coxa, sobrecoxa, pena, rendimento de

coxa, de sobrecoxa e porcentagem de pena dos frangos aos 33 dias de idade não foram

influenciados pelos níveis de metionina digestível das rações suplementadas com a

fonte análoga (HMTBA) (Tabela 04).

Na fase inicial, as características de composição de carcaça (matéria seca (P =

1441), extrato etéreo (P = 0,4552), proteína (P = 0,1804), matéria mineral (P = 0,0890) e

energia (P = 0,8554)), não foram influenciadas pelos níveis de metionina digestível

(Tabela 05).

De acordo com a equação de regressão, o valor de proteína bruta corporal foi

máximo ao nível estimado de 0,451% de metionina digestível, dos frangos aos 33 dias

de idade alimentados com a dieta suplementada com HMTBA (Tabela 05). As demais

variáveis avaliadas de composição corporal (matéria seca, extrato etéreo, matéria

mineral e energia) não foram afetadas significativamente pelos níveis de metionina

digestível, independente da fonte utilizada.

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111

Tabela 05. Variáveis químicas da carcaça dos frangos de corte aos 21 e 33 dias de idade, em função da utilização dos níveis de metionina

digestível

6 a 21 dias de idade

Variáveis Basal Níveis de metionina digestível (DL-Metionina)

0,279 0,332 0,384 0,437 0,490 0,542 0,595 < P CV (%) Equações de regressão R2

PM Matéria Seca (%) 30,497 29,452 30,818 31,573 30,018 30,090 29,798 0,1441 4,59 -- -- --

Gordura (%) 10,758 9,630 10,701 10,355 10,161 9,901 9,783 0,4552 8,04 -- -- --

Proteína (%) 14,955 15,487 15,270 15,505 15,514 15,089 15,107 0,1804 2,98 -- -- -- Mineral (%) 2,760 2,679 2,527 2,839 2,493 2,489 2,673 0,0890 9,19 -- -- --

Energia (kcal/g) 6117,30 5808,80 5927,40 6143,20 6013,20 6019,70 5968,00 0,8554 6,52 -- -- --

22 a 33 dias de idade

Variáveis

e níveis 0,243 0,296 0,348 0,401 0,453 0,506 0,558 < P CV (%) Equações de regressão R

2 PM

Matéria Seca (%) 31,044 31,044 32,046 33,024 31,976 31,196 32,454 0,1272 4,58 -- -- --

Gordura (%) 11,682 11,682 11,652 11,744 11,456 10,392 11,492 0,2984 11,58 -- -- -- Proteína (%) 15,017 15,017 15,869 16,392 16,402 16,570 16,459 0,0001 2,62 Ŷ= 9,5367+ 31,402x- 34,851x2 0,88 0,451

Mineral (%) 2,324 2,324 2,369 2,492 2,471 2,466 2,368 0,5612 9,29 -- -- --

Energia (kcal/g) 5061,30 5061,30 6107,40 6038,00 6200,10 6173,90 6165,10 0,2891 13,94 -- -- --

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112

No período de 6 a 21 dias de idade, os níveis de metionina digestível não

influenciaram a espessura da fibra muscular das aves (Tabela 06).

De acordo com os resultados obtidos na equação de regressão (Tabela 06), foram

encontrados efeitos significativos dos níveis de metionina digestível para as seguintes

medidas histomorfométricas: altura de vilo (P = 0,004), profundidade de cripta (P =

0,001) e relação vilo:cripta (P = 0,008), para os animais alimentados com a ração

suplementada pela HMTBA. Observou-se efeito quadrático dos níveis sobre a altura do

vilo, estimando-se a exigência em 0,438% para os que receberam ração suplementada

pela HMTBA (Tabela 06).

Os níveis de metionina digestível proporcionaram efeito linear na profundidade

de cripta, diminuindo com os níveis crescentes e a relação vilo: cripta, aumentando de

acordo com níveis crescentes de metionina (Tabela 06).

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113

Tabela 06. Variáveis histomorfométricas do intestino e da fibra do músculo peitoral de frangos de corte aos 21 dias de idade, em função da

utilização de níveis de metionina digestível

6 a 21 dias

Variáveis

Basal Níveis de metionina digestível (DL-Metionina)

0,279 0,332 0,384 0,437 0,490 0,542 0,595 < P CV

(%) Equações de regressão R

2 PM

Altura de vilo

(mµ) 2384,63

2543,

68 2624,92 2838,48 3146,33 1956,16 1914,19 0,004 17,3 Ŷ= - 2433,8 +25477X – 30748X² 63,4 0,438

Profundidade

cripta (mµ) 729,99

1010,

19 1100,00 564,27 726,68 360,48 375,21 0,001 21,6 Y = 1506,6 – 1856,5X 79,9 --

Relação

vilo:cripta 3,35 2,52 2,45 5,19 4,99 5,31 5,11 0,008 29,9 Y = 0,1561+ 9,0993X 62,77 --

Espessura de

fibra (mµ) 94,11 62,87 76,52 93,02 82,71 44,59 41,18 0,077 3,3 -- -- --

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114

DISCUSSÃO

Os níveis crescentes de metionina digestível, não apresentaram influencia (P >

0,05) sobre o consumo de ração. O que está de acordo com resultados encontrados por,

Dozier et al. (2013); Silva Júnior et al. (2006) e Silva Júnior et al.(2005), que do mesmo

modo, utilizando diferentes níveis de metionina não encontraram diferença para esta

variável na mesma fase de vida. No entanto, verificou-se que o consumo de metionina

em gramas aumentou linearmente (Y = 0,009 + 0,7249x - HMTBA). O peso vivo dos

animais alimentados com a HMTBA, também não foi influenciado pelos níveis de

metionina digestível.

O ganho de peso diário, a conversão alimentar, apresentaram comportamento

quadrático aos níveis de metionina digestível, provenientes da dieta basal suplementada

com a HMTBA, obtendo - se as melhores respostas aos níveis de 0,461 e 0,453% de

metionina digestível, respectivamente.

Para os frangos no período de 22 a 33 dias de idade, que receberam ração

suplementada com HMTBA, não houve efeito dos níveis de metionina digestível sobre

o consumo de ração, é provável que o aumento no consumo de metionina seja

responsável pela melhora no ganho de peso e no peso final das aves. Resultado similar

foi observado por Oliveira Neto et al. (2007) e Goulart et al. (2011), que também não

observaram efeito de níveis crescentes de metionina digestível no consumo de ração

As respostas de conversão alimentar foram ajustadas pelo modelo polinomial

quadrático (Tabela 03), estimando-se o nível ótimo de metionina digestível em 0,438%

de metionina digestível para os frangos que receberam ração suplementada com

HMTBA. Este valor de exigência encontrado para conversão resulta em uma relação de

metionina e lisina de 40%, igual à relação de 40% recomendada por Rostagno et al.

(2011).

Em relação às características de rendimento de carcaça e cortes nobres, os

frangos aos 21 dias de idade, que receberam a ração com a HMTBA, apresentaram

maior rendimento de carcaça e peito, aos níveis de 0,462 e 0,487% de metionina

digestível. O peso absoluto da coxa também foi influenciado pelos níveis de metionina

digestível, apresentando maior valor em 0,470%.

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115

As variáveis, rendimentos de coxa, sobrecoxa e percentagem de pena, como seus

pesos absoluto, nos frangos aos 33 dias de idade, não foram influenciados (P>0,05)

pelos níveis de metionina digestível, corroborando os resultados obtidos por Goulart et

al. (2011), que não verificou efeito de níveis de metionina para estas variáveis.

Pesquisa realizada por Gous et al. (1999), afirmam que a proteína das penas tem

alta concentração de cistina (70 g/kg de PB), diferindo bastante da composição proteica

do resto do corpo. No estudo em questão foi atendida a exigência de cistina dos frangos

de acordo com Rostagno et al. (2011), inferindo que não foi necessária a conversão da

metionina à cisteína metabolicamente, que é também utilizada para a síntese da proteína

corporal, formação da pele e penas. Com isso pode-se deduzir que os frangos utilizaram

grande parte da metionina digestível para o ganho de peso, explicando a falta de

influência da metionina digestível no empenamento das aves nesta fase.

Os frangos aos 33 dias, apresentaram aumento linear no rendimento de carcaça e

no peso absoluto do peito, proporcionado pelos níveis crescentes de metionina

digestível, o que está de acordo com os resultados encontrados por Silva Jr. et al.

(2006), que obtiveram os mesmos resultados com frangos aos 42 dias de idade. Os

níveis de metionina digestível também influenciaram o rendimento de peito, que

aumentou de forma quadrática (P<0,05), resultando em exigência de 0,464% para os

que consumiram ração com HMTBA.

Resultados semelhantes foram relatados por Amarante Júnior et al. (2005) e

Rodrigueiro et al. (2000), em experimento com frangos de corte de 22 a 42 dias de idade

para determinação de exigência de metionina + cistina digestível, do mesmo modo do

atual estudo, obtiveram resposta quadrática para o rendimento de peito. Silva Jr. et al

(2005) e Rodrigueiro et al. (2000) que trabalhando com diferentes níveis de

aminoácidos sulfurados em dietas de frangos na fase de crescimento, também

observaram efeitos dos níveis de metionina + cistina sobre o rendimento de carcaça das

aves.

Quanto à composição química da carcaça, os níveis de metionina digestível não

apresentaram influencia. Uma hipótese para justificar este fato, é que a utilização da

metionina proveniente da fonte análoga – HMTBA pelos animais, no período de 6 a 21

dias de idade, não é suficiente para que ocorra deposição proteica na carcaça desses

animais. Vários autores relatam que a fontes HMTBA é menos biodisponível em

relação à Dl - Metionina (Zelenka et al. (2013); Viana et al. (2009); Elwert et al. (2008);

Sauer et al. (2008); Payne et al. (2006); Hoehler et al.(2005b)).

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116

Na fase de crescimento (22 a 33 dias), os níveis de metionina digestível

influenciaram o valor de proteína bruta corporal, sendo máximo ao nível estimado de

0,451% de metionina digestível (Tabela 05).

A ingestão de dietas com teor de aminoácidos desproporcionais altera a

concentração de aminoácidos no plasma e tecido, devido a várias alterações fisiológicas

com efeitos metabólicos (Bertechini, 2012). As dietas com deficiência ou excesso de

metionina apresentaram maiores valores para a conversão alimentar e menor

concentração de proteína bruta (Tabela 03 e 05).

Duarte et al. (2007) relataram que a qualidade da carcaça dos frangos de corte

está relacionada com a melhor relação energia-proteína da dieta e com o balanço de

aminoácidos, uma vez que o equilíbrio destes nutrientes otimiza a síntese de tecido

magro evitando assim a maior deposição de gordura.

As demais variáveis (matéria seca, gordura, matéria mineral e energia bruta) não

foram afetadas pelos níveis de metionina digestível. O resultado obtido assemelha-se

aos observados por Mori et al. (1999) que também não encontraram diferenças (P<0,05)

na composição química de carcaça de frangos machos para o teor de gordura e matéria

mineral, estudando níveis de metionina total (0,428; 0,458; 0,488; 0,518 e 0,548%).

Em relação às análises histomorfométricas, os dados de altura de vilo do

duodeno dos frangos aos 21 dias de idade, sofreram influencia quadrática aos níveis de

metionina, sendo o melhor nível em 0,438% de metionina digestível.

A profundidade de cripta e, apresentaram comportamento linear decrescente de

acordo com o aumento dos níveis de metionina digestível e a relação vilo:cripta,

apresentou comportamento linear crescente. De acordo com Guimarães & Guedes

(2007) a maior profundidade de cripta é decorrente do aumento da proliferação celular,

indicando que há regeneração da mucosa intestinal em caso de maior perda celular.

Dessa forma, podemos constatar que a metionina teve influencia direta na

integridade e saúde do epitélio intestinal.

O metabolismo da metionina pode ser dividido em três etapas: metilação,

remetilação e transulfuração. Nesta última etapa são sintetizados vários componentes

corporais com funções anti-inflamatórias e antioxidativas, auxiliando na aceleração da

renovação da mucosa, como é o caso da glutationa, taurina e sulfeto de hidrogênio

(Oliveira Neto et al., 2014).

Parte da energia ingerida pelos animais é destinada para o turnover de células no

epitélio intestinal, quanto maior a necessidade de regeneração da mucosa intestinal,

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117

menor será a energia destinada para a produção. De acordo Dibner & Richards (2004),

os danos à mucosa podem aumentar a exigência de mantença significativamente,

reduzindo a quantidade dos nutrientes necessários ao crescimento e produção dos

animais. Dessa forma, a presente pesquisa indica que a metionina agiu de forma

favorável a manutenção da integridade da mucosa intestinal, garantindo a absorção e

aproveitamento dos nutrientes, já que com o aumento dos níveis de metionina houve

redução da profundidade de cripta.

A absorção dos nutrientes é potencializada com a projeção da mucosa intestinal,

conhecida por vilosidade, devido a maior disposição da superfície. No entanto, os níveis

de metionina na fase estudada, não apresentaram efeito na altura dos vilos.

Tanto o excesso como a deficiência de metionina foi prejudicial ao

desenvolvimento adequado de algumas variáveis avaliadas. A síntese proteica tecidual

em animais que consumirem a ração deficiente em metionina será realizada até o nível

presente de metionina digestível, primeiro aminoácido limitante, o que irá caracterizar

um menor desempenho desses animais, devido à limitação causada pela sua deficiência.

Isso ocorre devido à desproporcionalidade dos aminoácidos às reais necessidades das

aves. De acordo com Bertechini (2012), a ingestão da dieta desbalanceada, promove um

decréscimo no consumo e por consequência um retardamento no crescimento do frango,

como tentativa do organismo em diminuir os efeitos deletérios de uma dieta

imbalanceada. Ainda de acordo com o mesmo autor a metionina em excesso é um

aminoácido de elevada toxidez.

De acordo com Xie et al (2007), o HMTBA é menos tóxico que a DL-

Metionina quando em excesso na ração, por que este é absorvido em menor velocidade

e desta maneira, eleva lentamente os níveis de metionina na corrente sanguínea dos

animais.

O presente estudo reforça afirmação realizada por Fischer (1994), que o

incremento de níveis crescentes de aminoácidos dietéticos causa efeitos nas aves

seguindo a ordem: melhor conversão alimentar, melhor composição de carcaça (menor

quantidade de gordura e maior de proteína) e maior rendimento de peito.

Rostagno et al (2011), recomendam para frangos, na fase de 8 a 21 dias de idade,

0,475% de metionina digestível, resultando em relação de metionina: lisina digestível de

39%.

Oliveira Neto et al. (2007), verificaram que frangos de corte na fase de

crescimento (22 a 42 dias de idade), exigem 0,661% de metionina + cistina digestível e

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118

uma relação de metionina + cistina: lisina digestível de 72%, correspondendo ao valor

calculado de 0,426 % de metionina digestível e relação de 48% entre a metionina e a

lisina digestível.

Estes resultados demonstraram que embora a exigência de metionina digestível

para frangos de corte na fase de crescimento tenha sido inferior aos valores

recomendados por Rostagno et al. (2011), a relação metionina digestível: lisina

permaneceu similar, apoiando o conceito da relação ideal de aminoácidos, utilizando a

lisina como aminoácido padrão de comparação, com esta prática é desnecessário a

realização de ensaios de crescimento para cada aminoácido em particular.

As diferenças de resultados entre os estudos citados podem estar relacionadas

a vários fatores, idade, sexo, genética, temperatura, desafio biológico, no nível de

proteína bruta, energia e o perfil de aminoácidos das dietas.

É de extrema importância a realização de estudos na área de determinação da

biodisponibilidade e da exigência de metionina para as aves, pois este nutriente

essencial e limitante possui diversas funções biológicas que são essenciais para o bom

desempenho dos frangos, permitindo maior síntese de proteína tissular, proporcionando

um maior rendimento de carcaça e peito, atendendo as exigências do mercado

consumidor.

Adicionalmente, em relação à tomada de decisão de qual fonte utilizar na

formulação das rações, para que se tenha ração a custo mínimo, é necessário conhecer

as exigências estimadas com cada fonte, a biodisponibilidade da metionina nestas fontes

e o custo atual de cada matéria-prima.

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119

CONCLUSÃO

Recomenda-se 0,453e 0,438% de metionina digestível para frangos de corte nas

fases inicial (06 a 21 dias de idade) de crescimento (22 a 33 dias de idade), o que

corresponde ao consumo diário de 320,50 mg/ave e 693,70 mg/ave, respectivamente,

resultando em uma relação de metionina: lisina digestível de 37 e 40%.

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