universidade federal da bahia faculdade de educaÇÃo educaÇÃo indÍgena e direitos humanos 2015.1...

31
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina Santos Maria de Fátima Ferreira Tamires Fraga

Upload: thomas-fonseca-vieira

Post on 07-Apr-2016

221 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS

2015.1

Por: Ana CristinaTeixeiraAndreisa Cardoso

Maria Cristina Santos Maria de Fátima Ferreira

Tamires Fraga

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Educação Escolar Indígena

Educação escolar indígena: avanços, desafios e possibilidades

Professores indígenas como agentes políticos e educativos

Escolas indígenas diferenciadas

Ensino Básico e Superior

A ciência e os conhecimentos tradicionais

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Educação: processos, socializar, sistema, cultura, povo, formação, reprodução e mudança.

Educação Indígena: processos próprios, transmissão, produção, conhecimentos indígenas.

Educação escolar Indígena: processos, transmissão,produção, indígena e não indígena, escola e colonizadores

Educacão indígena

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

RITOSA vida antes do nascimento: a benção.Nascimento: a celebração.Passagem da vida de criança à vida adulta: iniciação.

Vida madura: repassar o conhecimento adquirido.

BATISMOFORMATURA

CASAMENTO

ANIVERSÁRIO

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Educação escolar indígena: avanços, desafios e possibilidades

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Os povos indígenas e a escola

Qual a relação dos povos indígenas com a escola desde o Brasil Colônia?

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

As relações entre o Estado brasileiro e os povos indígenas no Brasil têm uma história na qual se podem reconhecer duas tendências: a de dominação, por meio da integração e homogeneização cultural, e a do pluralismo cultural.

(BRASIL, 1998. p. 24)

Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para as Escolas Indígenas:

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

A grande importância inicial da proposta de educação escolar indígena diferenciada, com suas educação intercultural e educação bilíngue ou plurilíngue, foi ter trazido ideias e propostas concretas que alimentaram o ânimo, a motivação e a esperança dos professores e das lideranças indígenas emergentes.

Educação escolar indígena e seus desafios:

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Professores indígenas como agentes políticos e educativos

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

A proposta de educação escolar diferenciada foi também fundamental para o surgimento de um novo segmento estratégico do movimento indígena: o dos professores indígenas.

Quem são eles?

Professores indígenas como agentes políticos e educativos

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Escolas indígenas diferenciadas

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Permanentes críticas dos povos indígenas aos processos pedagógicos adotados pela escola

formal.

Reprodução;Currículos, diretrizes, objetivos inadequados;

Material didático-pedagógico;Supervisão adequada;

Formação e condições de trabalho;Barreira linguística.

Escolas indígenas diferenciadas

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina
Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Ensino Básico e Superior

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Os desafios na Educação Básica:

O [maior] problema é que os investimentos não atenderam satisfatoriamente os reclamos dos custos financeiros necessários aos propósitos didáticos e pedagógicos de uma educação específica e diferenciada.

As escolas seguem à risca, na maioria das vezes, o modelo urbano de Ensino Médio – disciplinar, profissionalizante para o mundo branco e centrado exclusivamente nos conhecimentos dos brancos.

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

É muito comum ouvir que o Ensino Fundamental é o lugar onde se “estudam as culturas indígenas” e o Ensino Médio é o lugar de “aprender conhecimentos importantes”.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Os desafios no Ensino Superior:

Universidades comuns e regulares, cotas e “suposta” entrada democrática.

O ideal: É necessário reconhecer efetivamente (na lei e na convivência) os seus sistemas próprios de educação, para que os alunos indígenas não sejam penalizados no acesso ao Ensino Médio e ao Superior por terem frequentado escolas diferenciadas em suas aldeias.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

A ciência e os conhecimentos tradicionais

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

A ciência e os conhecimentos tradicionais

• Respondem às necessidades e desejos, crenças, valores, tecnologias etc;

• Provêm de um conhecimento comunitário prático e profundo gerado a partir de milhares de anos de observações e experiências empíricas que são compartilhadas e orientadas para garantir a manutenção de um modo de vida específico.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

A ciência e os conhecimentos tradicionais

• Os principais saberes indígenas estão ligados à percepção e à compreensão que eles têm da natureza, e se manifestam no trabalho, nos ritos, nas festas, na arte, na medicina, nas construções das casas, na comida, na bebida e até na língua, que tem sempre um significado cosmológico primordial.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

A ciência e os conhecimentos tradicionais

Como os povos indígenas organiza seus saberes

A partir da cosmologia ancestral que garante e sustenta a possibilidade de vida. A base primordial é a natureza/mundo. É a cosmologia que estabelece os princípios norteadores e os pressupostos básicos da organização social, política, econômica e religiosa. As virtudes e os valores são definidos desde a criação do mundo, mas cabe ao homem produzir as condições reais, efetivas.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

• Acesso aos conhecimentos que são compartilhados, embora sejam respeitadas as competências e as aptidões individuais e grupais em certas especializações específicas, como aquelas de domínio do pajé.

A ciência e os conhecimentos tradicionais

• A diversidade de conhecimentos que é a condição de sociabilidade

e a sua seletividade (o que é público e o que é secreto) é forma

de eficácia. eles estão baseados nas dimensões do espírito e do

corpo, sem a primazia de uma ou de outra.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS 2015.1 Por: Ana CristinaTeixeira Andreisa Cardoso Maria Cristina

Referências

• BRASIL. Referencial curricular nacional para as escolas indígenas/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998.

• GERSEM DOS SANTOS, Luciano. Educação indígena In O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade;LACED/Museu Nacional, 2006. p. 128-169