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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA NÍVEL MESTRADO FÁBIO STREY A CONTRADIÇÃO ENTRE A IMPORTÂNCIA E O USO DO GOOGLE EARTH COMO RECURSO DIDÁTICO FRANCISCO BELTRÃO 2014

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – NÍVEL MESTRADO

FÁBIO STREY

A CONTRADIÇÃO ENTRE A IMPORTÂNCIA E O USO DO GOOGLE EARTH

COMO RECURSO DIDÁTICO

FRANCISCO BELTRÃO

2014

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – NÍVEL MESTRADO

FÁBIO STREY

A CONTRADIÇÃO ENTRE A IMPORTÂNCIA E O USO DO GOOGLE EARTH

COMO RECURSO DIDÁTICO

Dissertação apresentada como requisito parcial

para obtenção de título de mestre em

Geografia, no Programa de Pós-

Graduação/Mestrado em Geografia da

UNIOESTE – Francisco Beltrão, área de

Concentração: Produção do Espaço e Meio

Ambiente, linha de Pesquisa: Educação e

Ensino de Geografia.

Orientadora: Profa. Dr

a. Mafalda Nesi

Francischett.

FRANCISCO BELTRÃO

2014

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Catalogação na Publicação (CIP)

Sistema de Bibliotecas - UNIOESTE – Campus Francisco Beltrão

Strey, Fábio

S915c A contradição entre a importância e o uso do google earth como

recurso didático. / Fábio Strey. – Francisco Beltrão, 2014.

170 f.

Orientador: Profª Drª Mafalda Nesi Francischett.

Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Estadual

do Oeste do Paraná – Campus de Francisco Beltrão, 2014.

1. Cartografia. 2. Geografia – Estudo e ensino. 3. Prática de

ensino. I. Francischett, Mafalda Nesi. II. Título.

CDD 20. ed. – 526

Sandra Regina Mendonca CRB – 9/1090

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RESUMO

O objetivo principal desta pesquisa foi a busca de respostas, a partir do uso das imagens do

Google Earth, para o ensino de conteúdos da Geografia, nas escolas públicas do Paraná,

utilizando como recorte e amostragem escolas do Núcleo Regional de Educação de Francisco

Beltrão e também refletir sobre o ensino da Geografia ao abordar como ocorre o processo

didático-pedagógico no domínio das categorias e da técnica da informação geotecnológica em

alguns aspectos das relações pedagógicas, principalmente a leitura das representações

espaciais. O desafio consiste na compreensão do espaço geográfico por meio do uso da

tecnologia no ensino uma vez que a Geografia utiliza-se de práticas pedagógicas vinculadas às

imagens para comunicar e informar, no intuito de oportunizar conhecimento sobre o espaço

geográfico. Procurou-se entender como e se os professores utilizam o Google Earth como

recurso didático em suas aulas, evidenciando a importância da visualização cartográfica nas

imagens, por ele disponibilizadas para o processo de ensino e aprendizagem. Isso ficou

reconhecido pelos professores, porém há contradição entre a importância e o uso do Google

Earth. Buscou-se, então, trazer alguns indicativos metodológicos utilizando imagens do

Google Earth para visualização e análise do relevo, da hidrografia, da expansão da malha

urbana, das coordenadas geográficas, no cálculo de distâncias bem como sobre noções de

orientação e localização no intuito de que isso possa auxiliar no processo de ensino e na

constituição do aluno mapeador.

Palavras-chave: Google Earth, Tecnologias no Ensino, Imagens, Cartografia Escolar.

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THE CONTRADICTION BETWEEN THE IMPORTANCE AND THE USE OF

GOOGLE EARTH AS A DIDACTIC RESOURCE

ABSTRACT

The main objective of this research is to search for answers, trough the use of Google Earth

images, to teach the subject of Geography in Paraná's public schools, utilizing for sampling

the schools belonging to the Regional Education Nucleus of Francisco Beltrão. As well as

reflect about the teaching of Geography looking into the didactic-pedagogical process in the

domain of categories and geotechnological information techniques in some aspects of the

pedagogical relations, especially the reading of spatial representations. We seek to understand

how teachers utilize Google Earth as a teaching resource in their classes. The justification for

this theme lies on the value of cartographic visualization obtained from the images to the

process of teaching and learning. The importance of this resource has been acknowledged by

teachers. There is a contradiction, however, as all recognize the value of utilizing Google

Earth but many do not actually utilize it. This can be explained by the impossibility of

working Google Earth on the school, due to the lack o technology do to so. Still the merits of

utilizing this resource in teaching Geography prevail, as was proved by the investigation and

evaluation of the activities developed by the first year students of the Geography course of the

State University of West Paraná, Francisco Beltrão campus.

Keywords: Google Earth, Technologies in Teaching, Images, Cartography

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LISTA DE IMAGENS

Imagem 1 – Interface do Google Earth 29

Imagem 2 – Interface do Google Earth expandida 30

Imagem 3 – Resultado da busca: Francisco Beltrão, PR 31

Imagem 4 – Centro da Cidade de Francisco Beltrão, PR, ponto de visão 2.37 Km 32

Imagem 5 – Rua União da Vitória, Francisco Beltrão, PR 33

Imagem 6 – Torre da Catedral na praça central da cidade de Francisco Beltrão, PR 35

Imagem 7 – Ruas da cidade de Francisco Beltrão, PR 36

Imagem 8 – Terminal de ônibus urbano de Francisco Beltrão, PR 37

Imagem 9 – Tv pen drive 73

Imagem 10 – Posição da tv pen drive na sala de aula 74

Imagem 11 – Projeto tablet (modelo) 88

Imagem 12 – Comparação entre o mapa e a imagem de sensoriamento remoto de alta

resolução aos arredores do Rio Marrecas na cidade de Francisco Beltrão 100

Imagem 13 – Comparação dos objetos geográficos contidos num mapa e numa imagem

de satélite de alta resolução do Estádio Anilado na cidade de Francisco Beltrão, PR 101

Imagem 14 – Página de instalação Google Earth: Etapas (1, 2, 3 e 4) 109

Imagem 15 – Página de instalação Google Earth: Etapa (5) 110

Imagem 16 – Página de instalação Google Earth: Etapa (6 e 7) 111

Imagem 17 – Página de instalação Google Earth: Etapa (8) 112

Imagem 18 – Página de instalação Google Earth: Etapa (9 e 10) 113

Imagem 19 – Divisão por partes dos recursos do Google Earth 115

Imagem 20 – Menus Google Earth 116

Imagem 21 – Lago Alvorada, Francisco Beltrão, PR 118

Imagem 22 – Barra ferramentas do Google Earth 119

Imagem 23 – Pesquisar do Google Earth 119

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Imagem 24 – Edifício com forma de símbolo nazista 120

Imagem 25 – Lugares do Google Earth 121

Imagem 26 – Camadas do Google Earth 122

Imagem 27 – Imagem da cidade de Curitiba obtida pelo globo virtual 123

Imagem 28 – Bússola do Google Earth 124

Imagem 29 – Atividade 1: mapa do trajeto residência-universidade (Manual) 129

Imagem 30 – Atividade 2: mapa do trajeto residência-universidade (Google Maps) 130

Imagem 31 – Atividade 3 mapa do trajeto residência-universidade (Google Earth) 131

Imagem 32 – Atividade 4: Teatro Amazonas, Manaus (Google Street View) 132

Imagem 33 – Atividade 4: Praça das Araras, Campo Grande, MS (Google Street View) 133

Imagem 34 – Atividade 4: Fronteira Brasil, Pacaraima, RR e Venezuela, Santa Elena

(Google Street View) 134

Imagem 35 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas 135

Imagem 36 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas 136

Imagem 37 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas 137

Imagem 38 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas 138

Imagem 39 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas 139

Imagem 40 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas 140

Imagem 41 – Atividade 6: perímetro em metros da quadra da Unioeste campus

Francisco Beltrão, PR 141

Imagem 42 – Atividade 7: coordenadas geográficas do Lago Alvorada do município de

Francisco Beltrão, PR 142

Imagem 43 – Atividade 7: coordenada geográfica do Cristo do município de Francisco

Beltrão, PR 143

Imagem 44 – Atividade 7: coordenada geográfica do Santa Fé Clube de Campo do

município de Francisco Beltrão, PR 144

Imagem 45 – Atividade 7: coordenada geográfica do Terminal Rodoviário do município

de Francisco Beltrão, PR 145

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Imagem 46 – Atividade 7: coordenada geográfica do Centro de Eventos do parque de

exposições do município de Francisco Beltrão, PR 146

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Síntese dos trabalhos 38

Quadro 2 – Problemas e dificuldades para ensinar Geografia 71

Quadro 3 – Os recursos didáticos menos utilizados 71

Quadro 4 – Os recursos didáticos mais utilizados 72

Quadro 5 – Recurso didático que mais facilita e auxilia no processo de ensino e

aprendizagem de Geografia 74

Quadro 6 – Carência e necessidade didáticas para trabalhar conteúdos de Geografia 75

Quadro 7 – Utilização de imagens do Google Earth como recurso didático 76

Quadro 8 – Utilização de imagens do Google Earth como recurso didático 77

Quadro 9 – Resultados das aulas de professores que utilizam/utilizaram as imagens do

Google Earth como metodologia 78

Quadro 10 – Objetivo no uso de imagens do Google Earth 79

Quadro 11 – Dificuldades para a utilização de imagens do Google Earth na escola 80

Quadro 12 – Critérios de seleção das escolas 85

Quadro 13 – Escolas do Paraná contempladas com o UCA 86

Quadro 14 – Configuração dos computadores do PRD 89

Quadro 15 – Configuração dos computadores do laboratório tipo 1 a 4 90

Quadro 16 – Tipos de laboratórios 91

Quadro 17 – Escolas que possuem internet sem fio (Wireles) 93

Quadro 18 – Velocidade e banda da internet das escolas 94

Quadro 19 – Quantidade de computadores 97

Quadro 20 – Configuração de sistema Linux para instalação do Google Earth 98

Quadro 21 – Principais tópicos a serem discutidos em cada um dos encontros 102

Quadro 22 – Etapas das ações para instalação do Google Earth 108

Quadro 23 – Diferenças entre a versão Pro e gratuita 126

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Quadro 24 – Atividade sugerida 128

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Tipos de imagens que os professores utilizam como recurso didático 76

Gráfico 2 – Já utilizou ou utiliza o Google Earth 103

Gráfico 3 – Conhecimento e utilização prática do Google Earth 104

Gráfico 4 – O Google Earth como recurso didático no Ensino Médio 104

Gráfico 5 – Condições do laboratório de informática da escola 105

Gráfico 6 – Disponibilidade de computadores no laboratório de informática da escola 106

Gráfico 7 – Conhecimento e prática do Google Earth antes das aulas 147

Gráfico 8 – Conhecimento e prática do Google Earth após as aulas 147

Gráfico 9 – Rendimento e resultados do trabalho 148

Gráfico 10 – Aprovação do Google Earth como recurso didático 150

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CELEPAR – Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná

CONSED – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação

COPEL – Companhia Paranaense de Energia Elétrica

CRTE – Coordenação Regional de Tecnologia na Educação

FNDE – Fundo de Desenvolvimento da Educação

NII – Núcleo de Informática e Informações

NRE – Núcleo Regional de Educação

MEC – Ministério da Educação

PRD – Paraná Digital

PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação

RCO – Registro de Classe Online

SEED – Secretaria de Estado de Educação

SERE – Sistema Estadual de Registro Escolar

TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação

UCA – Um Computador por Aluno

UFPR - Universidade Federal do Paraná

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 13

I A CARTOGRAFIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA

GEOGRAFIA 16

1.1 Aspectos Introdutórios sobre o Desenvolvimento da Cartografia 16

1.2 As Geotecnologias no Ensino da Geografia 21

1.3 A Importância das imagens no Processo de Ensino e Aprendizagem 25

1.4 O Google Earth como Recurso Tecnológico Didático no Ensino de Geografia 27

1.5 Desafios Encontrados 38

II IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA E DOS RECURSOS NO ENSINO DA

GEOGRAFIA 53

2.1 Princípios Educativos e o Uso das Tecnologias em Sala de Aula 53

2.2 Os Recursos Didáticos na Abordagem Docente 64

2.3 O Google Earth nas Escolas do Município de Francisco Beltrão 69

2.4 A Realidade dos Laboratórios de Informática das Escolas Públicas do Paraná 88

III POSSÍVEL USO DE INSTRUMENTAL TECNOLÓGICO ENSINO

DE GEOGRAFIA 99

3.1 O Google Earth como Recurso Didático na Abordagem Docente: a Realidade

de sua Utilização na Sala de Aula 99

3.2 O Google Earth e o Google Pro 126

CONSIDERAÇÕES 152

REFERÊNCIAS 156

APÊNDICE 163

ANEXOS 171

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13

INTRODUÇÃO

Há pouco mais de uma década, a rede mundial de computadores começava a

demonstrar os primeiros sinais de que seria uma verdadeira revolução tecnológica e social. No

momento em que a conexão foi generalizada, deixou de ficar restrita às grandes instituições

de pesquisa e assumiu posição cativa nas residências, escritórios e escolas como espaços, ao

mesmo tempo, abertos para a sua utilização.

Há uma tendência tecnológica em todos os lugares e setores e, na educação, ainda é o

principal desafio. Inovar representa inevitáveis riscos que os profissionais e as instituições de

ensino consequentemente têm de enfrentar. Esta inovação influencia e condiciona o

permanente processo de atualização e, neste caso, o professor deverá ter o conhecimento

necessário para relacionar o conteúdo a ser trabalhado com os recursos tecnológicos. A

utilização desses recursos propicia ao professor estratégias capazes de auxiliá-lo na

coordenação do ensino de conhecimentos específicos aos alunos. No entanto, não se pode

deixar de mencionar que, apesar da importância da utilização dos recursos tecnológicos no

ensino da Geografia, há dificuldades no como fazer e na falta de infraestrutura local.

No decorrer da formação acadêmica do pesquisador iniciada no ano de 2005 e

concluída em 2008, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Francisco

Beltrão, durante o desenvolvimento do estágio supervisionado (observação e regência) houve

a constatação da falta de utilização, no ensino de Geografia, dos recursos tecnológicos como

computadores e internet, embora disponíveis no laboratório de informática. Nesse período,

estava sendo implantada a tv pen drive nas escolas públicas do Paraná que, mesmo recente,

foi deixada de lado, quase inutilizada.

O campo de estudo que norteia esta pesquisa está centrado no propósito de averiguar

como o Google Earth é utilizado nas escolas como recurso didático, especificamente para o

ensino da Geografia, e se os laboratórios de informática das escolas da rede pública do estado

do Paraná propiciam a utilização do programa para estes fins didáticos.

A pergunta norteadora aos professores de Geografia foi se eles utilizam o Google

Earth como recurso didático, em suas aulas, e como avaliam os resultados obtidos com o

estudo das imagens. Em meio a esses questionamentos e, conforme a pesquisa foi

desenvolvendo-se, os limites foram aparecendo e se estabelecendo.

A organização metodológica da pesquisa, de cunho qualitativo, apresenta dados e

informações sobre a disponibilidade e utilização de recursos didáticos, com ênfase no estudo

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14

do uso e viabilidade do laboratório de informática das escolas públicas estaduais, da maneira

como estão e as possibilidades de utilização do Google Earth. Para tal, foi realizado

questionário semiestruturado, respondido por 22 (vinte e dois) professores que atuam no

Ensino Médio do Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, PR.

Da mesma forma que se optou em averiguar as possibilidades de utilização do

Google Earth como recurso didático, trabalhou-se uma sequência/guia/didática com os

acadêmicos do primeiro ano do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual

do Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão. A turma compõe-se de 40 alunos

matriculados, porém, apenas 26 estão cursando, a maioria trabalhadores e provenientes da

escola pública. A atividade realizou-se no laboratório de informática da Universidade

Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Francisco Beltrão, seguindo um

cronograma específico apresentado aos alunos no primeiro encontro, e justifica-se pelo fato

destes alunos terem cursado o Ensino Médio recentemente e, principalmente, porque serão

futuros professores de Geografia.

A escala geográfica delimitada para esta pesquisa foi a região Sudoeste do Paraná,

com o recorte espacial das escolas do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco

Beltrão, PR. Realizou-se o levantamento de dados e informações com professores, cinco

deles por meio de e-mail e dezessete por ocasião da concentração em momento de formação

continuada, nos municípios de Francisco Beltrão, Renascença e Capanema - PR. No polo de

Renascença, aconteceu no dia 18 de junho de 2013, no Colégio Padre José Vicente, ao reunir

professores de diversos municípios como Manfrinópolis, Salgado Filho, Enéas Marques,

Verê, Flor da Serra do Sul, Marmeleiro e Renascença. No polo de Capanema, aconteceu, no

dia 20 de junho de 2013, no Colégio Estadual Rocha Pombo, e reuniu professores dos

municípios de Capanema, Santo Antônio do Sudoeste, Pérola d'Oeste, Planalto e Pranchita.

Em Francisco Beltrão, ocorreu no dia 14 de junho de 2013, concentrando grande quantidade

de professores deste núcleo.

Em diálogo com os professores de Geografia e coordenadores do laboratório de

informática das escolas, buscou-se verificar como os docentes seguem, na prática, os

conteúdos de Geografia utilizando especificamente as imagens do Google Earth e como

avaliam este recurso no processo de ensino e aprendizagem.

A pesquisa está dividida em três capítulos.

No primeiro capítulo, faz-se uma breve revisão teórica sobre o histórico e evolução

da Cartografia, analisando a importância da utilização de imagens obtidas por meio das

geotecnologias, com descrição da interface e das funcionalidades do aplicativo Google Earth

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como recurso de navegação virtual. Além disso, descreve-se o funcionamento do Sistema de

Informações Geográficas (SIG) integrado ao aplicativo.

No segundo capítulo, realiza-se uma abordagem sobre os recursos didáticos e os

laboratórios de informática nas escolas a partir de informações obtidas junto aos professores

por meio de questionário semiestruturado. Diagnosticadas diversas questões em relação aos

recursos didáticos, pesquisou-se como os professores de Geografia utilizam o Google Earth

como recurso didático. Além disso, apresenta-se, ainda, a evolução tecnológica na educação

com o projeto um computador por aluno (UCA), do MEC, momento em que as escolas estão

realizando cursos preparatórios/treinamentos via Coordenação Regional de Tecnologia na

Educação (CRTE) com a finalidade de capacitar os professores a fazer uso deste novo

equipamento nas escolas.

No terceiro capítulo, apresenta-se um ensaio, que também pode ser entendido como

ação diagnóstica sobre imagens de satélite de alta resolução disponibilizadas pelo Google

Earth e Street View, na internet, bem como de mapas por meio do Google Maps e Maplink e

seu uso como recurso de aprendizagem na escola, focalizando as dificuldades e as

potencialidades de leitura e manipulações para a compreensão da configuração sócio-espacial

nas aulas de Geografia. Neste capítulo, trabalha-se com uma sequência/guia/didática desde a

instalação e exploração das ferramentas e funcionalidades do Google Earth até a prática

orientada, finalizando com a elaboração de mapas pelos alunos, proposta esta trabalhada com

a turma do primeiro ano do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do

Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão.

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16

I A CARTOGRAFIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA

GEOGRAFIA

1.1 Aspectos Introdutórios sobre o Desenvolvimento da Cartografia

Como e de que forma a Cartografia apresenta-se no processo de ensino

aprendizagem da Geografia? Os professores utilizam os computadores como recurso didático

na escola? As imagens do Google Earth fazem parte do cotidiano escolar? São essas as

principais questões que movem este trabalho dissertativo.

Historicamente, o conhecimento sistematizado sobre a elaboração e a utilização dos

mapas é realizado pela Cartografia, que sempre esteve estreitamente relacionada à Geografia.

O conhecimento cartográfico evoluiu significativamente nos últimos tempos, principalmente

no que tange aos seus aspectos técnicos, influenciados pelo desenvolvimento tecnológico

ocorrido na área da Cartografia, o que resultou também em relevantes mudanças do ponto de

vista teórico-metodológico.

Atualmente, tanto a Cartografia como a Geografia, enquanto ciências, apresentam

áreas de atuação bem delimitadas e métodos definidos. A primeira envolve os conhecimentos

básicos para a construção dos mapas e a segunda é a ciência principal de análise deste tipo de

representação gráfica.

A construção de mapas para representar idéias sobre o espaço geográfico é uma

prática tão antiga como a própria civilização humana. Essa forma de representação gráfica é

anterior ao surgimento da própria linguagem escrita. O uso de mapas para transmitir

conhecimentos sobre o mundo não é uma prerrogativa da sociedade moderna, ao contrário, é

um dos meios mais tradicionais de comunicação.

A Cartografia como meio de comunicação já aparece antes mesmo da invenção da

escrita. As informações cartográficas constituem as bases sobre as quais se tomam decisões e

encontram-se soluções para os problemas, políticos, econômicos e sociais. Constitui-se numa

ciência da humanidade para ampliar os espaços territoriais e organizar sua ocupação.

No mundo contemporâneo, a Cartografia é fundamental importância para o ensino da

Geografia. Tanto para o aluno entender ás necessidades do seu cotidiano quanto para estudar

o ambiente em que vive, aprendendo as características físicas, econômicas, sociais e humanas

do ambiente, pois ao entender, registra as transformações causadas pela ação do homem e dos

fenômenos naturais ao longo do tempo.

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A Cartografia tem como função maior representar a superfície terrestre de forma a

possibilitar a identificação das características geométricas e de outras particularidades dos

objetos e fenômenos observados. Por meio da representação cartográfica é possível interpretar

o que ocorre na superfície terrestre, pois é uma forma de registro da humanidade na sua

relação com a natureza.

Muitas contribuições consideradas fundamentais para o desenvolvimento da

Geografia e da Cartografia foram realizadas pelos pensadores gregos. A ideia sobre a

esfericidade da Terra, os primeiros sistemas de projeção, incluindo a divisão no sistema de

longitudes e latitudes, as medidas astronômicas e geodésicas sobre as dimensões da Terra

mais significativas da época, os primeiros globos e também os primeiros atlas universais

foram algumas das principais realizações gregas nesse campo do conhecimento.

Conforme Matias (1996), esse desenvolvimento alcançado pelos gregos é fruto da

combinação entre a necessidade de melhor compreender o mundo a sua volta e também de

como melhor representá-lo. Segundo ele, com a passagem para o domínio romano, a partir do

século II a.C., modificaram-se as condições socioeconômicas e culturais, com consequentes

mudanças na concepção e utilização do conhecimento geocartográfico desenvolvido pelos

gregos.

Dado seu caráter eminentemente militarista e expansionista, o Império Romano

privilegiou os mapas assim como o conhecimento geográfico, cujas finalidades práticas eram

preponderantes. Sua principal preocupação residia no uso desses documentos para fins

militares e administrativos. Naquele período, a característica comum na forma de representar

a realidade era por meio de mapas. Há forte presença do simbolismo cristão. Tanto que a

representação cartográfica tida como típica daquele período é conhecida como mapa do “T no

O”, que nada mais é que uma representação na qual prevalece o cunho artístico,

fundamentado na teologia cristã, em detrimento dos reais conhecimentos geográficos

existentes (MATIAS, 1996).

Por volta do século XIII, ocorreu um significativo avanço em termos da Cartografia

com o surgimento dos portulanos, cartas destinadas à navegação e que apresentavam com

grande exatidão, para a época, as principais rotas marítimas conhecidas. A preocupação com

uma representação de ordem eminentemente prática fazia com que esses documentos

apresentassem características bastante diferentes daquelas dos mapas até então produzidos. A

preocupação com a exatidão das informações representadas conduziu ao desenvolvimento de

técnicas bastante evoluídas para a época, por exemplo, o uso da bússola, da rosa dos ventos,

de verdadeiros sistemas de redes etc. (MATIAS, 1996).

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Conforme Matias (1996), com o início do século XVIII, diminuiu aos poucos, a

primazia da produção cartográfica europeia dos holandeses para os franceses e,

posteriormente, desses para os ingleses. A principal diferença entre elas é o próprio

desenvolvimento científico alcançado por essas nações, o que permitiu que alcançassem e até

mesmo superassem o grau de desenvolvimento técnico existente na Cartografia holandesa.

Além disso, outra importante diferença pode ser encontrada na destinação final dos mapas.

Enquanto a produção cartográfica holandesa estava voltada para a sua comercialização e por

isso mesmo tendo como principais condições de sua aceitação comercial a rapidez na sua

publicação e a beleza na sua apresentação, o que, em muitos casos, era conseguido em

detrimento da própria qualidade dos mapas, a Cartografia francesa e inglesa pautava-se pelo

rigor científico.

A característica da Cartografia, desse período em diante, é a preocupação crescente

com a precisão e a qualidade dos mapas. Amplia-se o estudo das propriedades das projeções

utilizadas, sendo comum, inclusive, o desenvolvimento de novas projeções voltadas para

atender às peculiaridades de cada país ou região. O uso dos mapas como documento de

caráter “cadastral” para delimitar a ocupação efetiva do território torna necessário maiores

detalhes na escala dos mapeamentos efetuados, isso gera um novo padrão que, pelo menos na

Europa, passa a ser realizado nas escalas entre 1:50.000 e 1:100.000.

Os mapas são os principais meios de comunicação da Cartografia, constituindo-se

por três elementos básicos: escala, projeção e simbologia. Conjuga propriedades da linguagem

visual, o que se vê, com a linguagem gráfica, presente nas legendas e requer um entendimento

para interpretá-la corretamente. Para representação do espaço, houve a necessidade de

redução proporcional, de forma a caber no papel, incorporando o conhecimento da escala

(proporcionalidade entre o terreno, real, com o visual, grafia no papel), uma

proporcionalidade da medida e da distância no mapa com o real no terreno, porque não é

possível representar o real em sua forma e tamanho original, só reduzido, o que é denominado

de escala.

No século XIX, há expansão e domínio por parte das nações capitalistas

hegemônicas em quase todas as áreas do planeta. O conhecimento geocartográfico torna-se

ainda mais comprometido com esse sistema e, mais que uma forma de saber, torna-se um

poderoso instrumento de intervenção no território em poder de algumas nações.

O advento da Revolução Industrial e das transformações por ela ocasionadas, na

estrutura produtiva do modo de produção capitalista, são sentidas também no campo da

Cartografia. O desenvolvimento técnico-científico amplia os horizontes da produção

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cartográfica tornando-a uma atividade cada vez mais científica e, assim, ainda mais utilizada.

O desenvolvimento de novos meios de comunicação, por exemplo, o telégrafo, a criação de

uma infraestrutura de transportes, principalmente ferrovias, e o aperfeiçoamento progressivo

das técnicas de gravação e reprodução dos mapas, inclusive com o uso de cores,

possibilitaram a difusão do conhecimento geocartográfico como um campo do conhecimento

científico moderno.

Nesse período, toma corpo a noção de processo cartográfico, no qual, além da

preocupação com a realização do mapa, está significativamente presente a preocupação com o

usuário final, ao qual o mapa se destina. O mapa passa a ser entendido como um meio de

comunicação cujo papel básico é a transmissão de conhecimento geográfico; e a Cartografia,

por conseguinte, como pertencente ao domínio da comunicação visual.

A primeira definição de Cartografia a mencionar, ainda que de forma tímida, surge

em 1966 por intermédio da Associação Cartográfica Internacional – ACI, segundo a qual a

Cartografia pode ser entendida como:

O conjunto dos estudos e das operações científicas, artísticas e técnicas que

intervêm a partir dos resultados de observações diretas ou da exploração de

uma documentação, em vista da elaboração e do estabelecimento de mapas,

planos e outros modos de expressão, assim como de sua utilização (JOLY,

1990, p. 8).

Em 1973, a mesma Associação Cartográfica Internacional – ACI, voltando ao tema

da definição da Cartografia e sob influência direta das discussões realizadas desde a década

anterior, sugere que seja definida como teoria, técnica e prática de duas esferas de interesse: a

criação e uso dos mapas. Ressalta a importância dada tanto ao processo de criação como ao

processo de utilização dos mapas.

Mais recentemente, no ano de 1989, surgiu, por meio das discussões do grupo de

Trabalho e Definições da Cartografia, na ocasião de uma conferência internacional promovida

pela ACI, realizada na cidade de Budapeste (Hungria), a definição segundo a qual a

Cartografia deve ser entendida como:

A organização, apresentação, comunicação e utilização da geoinformação

nas formas visual, digital ou táctil, que inclui todos os processos de

preparação de dados no emprego e estudo de todo e qualquer tipo de mapa

(TAYLOR, 1991, p. 214).

Essa definição traduz de maneira mais adequada o momento atual da Cartografia,

pois incorpora de maneira abrangente todos os processos e formas existentes no trabalho

cartográfico, incluindo os provenientes das modernas técnicas computacionais.

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Como preocupação central da Cartografia contemporânea, concorda-se com Simielli

(1986), ao seguir a proposição de alguns outros autores e informar que a “Cartografia se

preocupa atualmente com o usuário do mapa, com a mensagem transmitida e com a eficiência

do mapa como elemento transmissor de informação” (SIMIELLI, 1986, p. 20).

Seja qual for a definição adotada para os mapas, a grande verdade é que esse tipo de

representação gráfica sempre esteve associado ao conhecimento geográfico. Qualquer

consulta a livros de História mostra que, mesmo quando ainda não havia essa designação para

esse conjunto de conhecimento, posteriormente batizado de geográfico, já se fazia presente

uma intrínseca ligação entre o conhecimento sobre o espaço geográfico e sua correspondente

representação por meio de documentos.

Quer na atividade de pesquisa, quer na atividade de ensino, com maior ou menor

ênfase para o seu uso, o mapa manteve-se no rol de atribuições e preocupações do geógrafo.

Resta saber, na atualidade, como essa discussão está sendo realizada e de que forma os

geógrafos, por meio de sua práxis, tornam efetivo, ou não, esse papel.

Os mapas são representações gráficas que facilitam a leitura e compreensão espacial

dos objetos e fenômenos. São elaborados por uma série de convenções e códigos e requerem

atenção especial na interpretação da sua linguagem. Os primeiros mapas que surgiram tiveram

sua origem no século XVI e representaram fenômenos particulares com objetivos práticos, ou

seja, eram mapas dos limites político-administrativos, rios, florestas etc.

O homem registra o conhecimento gravando as mais variadas representações. Os

seres humanos e indivíduos representam aspectos de sua realidade por meio de gestos, da fala,

da grafia, através da ação. Substituindo esta ação por representação, utiliza-se de uma

simbologia, onde ocorre o início de uma construção de relação entre o significante (desenho)

ao seu significado (o que pensa) (FRANCISCHETT, 2010).

Tudo que existe no mundo real da superfície pode ser representado em dois caminhos

distintos, Cartografia de Base (mapas topográfico, rodoviários) ou Cartografia Especializada

(mapas temáticos). Independentemente do caminho escolhido para representar os dados do

mundo real, o mapa fornece ao seu usuário uma determinada concepção do espaço geográfico.

A linguagem cartográfica não é convencional, a sua linguagem específica é a

linguagem gráfica. Conforme Simielli (2007), o alfabeto cartográfico é composto por linha,

ponto e área. Portanto, as representações cartográficas são elaboradas a partir desses três

elementos básicos, ou seja, um ponto no mapa representa uma cidade, mas não é a cidade, ou

a cor azul representa um rio, mas não é o rio. A forma de codificação ou decodificação dá-se

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por meio da legenda, a qual estabelece uma relação entre o significante (mapa) e o significado

(estrada) (FRANCISCHETT, 2010).

Quando o aluno consegue fazer a leitura do mapa, ele consegue compreender a

realidade. Assim, ler e interpretar a linguagem dos símbolos gráficos, mapas, tabelas,

paisagens, ajudam na compreensão do espaço e apuram a noção de localização. Os mapas

podem passar informações diversas, como pontos de referência, distâncias e legendas. As

imagens complementam informações e, normalmente, chamam mais a atenção do que os

textos. Porém, assim como os mapas, devem ser lidas do mesmo modo como se lê, para obter

informações, conhecer alguma temática ou fazer comparações.

O estudo da Cartografia auxilia na compreensão dos mapas, no desenvolvimento da

capacidade de representação e interpretação do espaço geográfico. A Cartografia, hoje, está

voltada para além da técnica de representação, está voltada para a leitura e explicação do

espaço geográfico, e o aluno passa a ser orientado a desenvolver consciência crítica, passando

de leitor passivo para leitor crítico e construtor dos mapas.

1.2 As Geotecnologias no Ensino da Geografia

A realidade sofre imensas transformações e, na educação, há mudanças na identidade

e no papel que exerce socialmente para que possa contribuir no desenvolvimento de cidadãos

críticos e criativos, que questionem e transformem sua própria sociedade, ou meio em que

vivem.

Segundo Pierre Lévy (1993), o conhecimento poderia ser apresentado de três formas

diferentes: a oral, a escrita e a digital. Embora as três formas coexistam, torna-se essencial

reconhecer que a era digital vem-se apresentando com uma significativa velocidade de

comunicação. Nesse processo de enfrentamento oriundo do avanço da tecnologia, a escola

não passa impune. Ainda comentando sobre tais formas de apresentação do conhecimento,

Morin, Masetto e Behrens (2003) acentuam que a informática não destaca o caminho trilhado

pela linguagem oral e escrita nem mistifica o uso indiscriminado de computadores no ensino,

mas ela pode construir (novos) processos metodológicos, mais significativos para a

aprendizagem.

O uso das tecnologias da informação na Geografia começou no final dos anos 1950 e

continua ampliando os seus efeitos por meio de inovações na aplicação de métodos e na

disponibilização de sensores remotos. O Sistema de Informação Geográfica (SIG) tem

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desempenhado papel importante como integrador das tecnologias, unindo várias em um todo.

Destaca-se como importante ferramenta porque permite integrar dados e métodos de maneira

a ampliar as formas tradicionais de análise geográfica como, por exemplo, a sobreposição de

mapas bem como novos tipos de análises e modelagens que vão além da capacidade de

métodos manuais.

O uso de ferramentas computacionais permite ao usuário explorar possibilidades de

visualização de dados para o entendimento dos fenômenos. A utilização dos recursos

tecnológicos está mudando o processo de aquisição e construção do conhecimento, e as

relações dos cidadãos, com esse conhecimento, exige cada vez mais formação que o capacite

a atuar com esses mesmos recursos no seu cotidiano.

A diferença didática não está no uso ou não uso das novas tecnologias, mas na

compreensão das suas possibilidades. Na compreensão da lógica que permeia a

movimentação entre os saberes no atual estágio da sociedade tecnológica,

O uso de materiais didáticos no ensino escolar deve ser sempre

acompanhado de uma reflexão pedagógica quanto a sua verdadeira utilidade

no processo de ensino e aprendizagem, para que se alcance o objetivo

proposto. Não se pode perder em teorias, mas também não se deve utilizar

qualquer recurso didático por si só sem objetivos claros (SOUZA, 2007,

p.113).

Cada vez mais os professores têm-se deparado com o grande conhecimento que seus

alunos adquirem por meio dos recursos tecnológicos cotidianamente, estando em contato com

eles diariamente. Também é importante que o professor considere-se um sujeito em

permanente formação, pois para superar o que está estabelecido no sistema educacional

brasileiro, “O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos

disponíveis e muita criatividade” (SOUZA, 2007, p. 111).

A evolução tecnológica conduziu o desenvolvimento humano para o registro de

situações que vão da memória fluida dos relatos orais às interfaces com as memórias

tecnológicas gravadas nos equipamentos eletrônicos de última geração. Assim,

Utilizar recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem é

importante para que o aluno assimile o conteúdo trabalhado, desenvolvendo

sua criatividade, coordenação motora e habilidade de manusear objetos

diversos que poderão ser utilizados pelo professor na aplicação de suas aulas

(SOUZA, 2007, p.112-113).

A preocupação em tentar mudar leva a refletir sobre a prática pedagógica, no sentido

de buscar alternativas metodológicas e didáticas, bem como explorar os recursos tecnológicos

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disponíveis na escola, como a tv pen drive, multimídia, laboratório de informática, que podem

contribuir para motivar a aprendizagem dos conteúdos de Geografia de maneira mais

prazerosa, em que professores e alunos, juntos, adquiram conhecimentos e os socializem-nos

de maneira crítica, com vistas a compreensão e às possibilidades de significativas mudanças

cognitivas. Para acompanhar esse contexto social da atualidade, a escola não pode manter-se

fora da realidade dos alunos, deve ser transformada e organizada pela utilização dessas

tecnologias: computador, internet, blogs, chats, entre outros.

Segundo Kenski (1996), a didática precisa ser vista como um ato comunicativo.

Sendo assim de grande importância a comunicação nos processos de aprendizagem. Numa

sociedade em que as pessoas têm facilidade de acesso à televisão, ao rádio, a escola, deve-se

formar o aluno para pensar de modo reflexivo e flexível para poder selecionar informações.

Nesse sentido,

As informações vêm de forma global e desconexa através dos múltiplos

apelos da sociedade tecnológica. A escola precisa aproveitar essa riqueza de

recursos externos, não para reproduzi-los em sala de aula, mas para polarizar

essas informações, orientar as discussões, preencher as lacunas do que não

foi aprendido, ensinar os alunos a estabelecer distâncias críticas com o que é

veiculado pelos meios de comunicação (KENSKI, 1996, p. 143).

A tecnologia da informação como recurso está cada dia mais presente no cotidiano

das pessoas e, a cada momento, está evoluindo, trazendo vários benefícios para a vida.

Portanto, Kenski (1996) acredita que os professores necessitam incorporar as tecnologias da

informação e comunicação em suas práticas pedagógicas para levar os alunos a buscarem o

conhecimento e atribuir-lhe significados para, assim, desenvolverem as habilidades exigidas

pelo mundo do trabalho da sociedade contemporânea. Ao trabalhar com essas novas

tecnologias,

A aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do indivíduo, isto

é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do sensorial

em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades, do

assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos (KENSKI, 1996,

p.146).

As geotecnologias surgem concomitantemente ao desenvolvimento dos

computadores e difundem-se especialmente, com a divulgação maciça da internet, a partir da

década de 1980. Entende-se como o conjunto de tecnologias para a coleta, processamento,

análise e oferta de informações com referências geográficas, composta por distintas soluções e

ferramentas (hardwares – equipamentos, softwares-programas, peopleware-pessoas) voltadas

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para a tomada de decisão. Como exemplo, há o Sistemas de Informação Geográfica –

SIGs/GIS – Geographical Information Systems. Cartografia Digital, Sensoriamento Remoto,

Sistema de Posicionamento Global (ROSA, 2005, p.1).

A Geotecnologia, nos últimos anos, vem sendo mais divulgada e conhecida, porém

ainda pouco utilizada no ensino de Geografia. O uso do programa Google Earth, objeto desta

pesquisa, apresenta como ocorre o seu acesso e se acontece no espaço escolar. Dessa maneira,

verifica-se se a escola oferece os computadores, estrutura e adequação para o uso do SIG

(GIS) e do Google Earth, além de outros equipamentos como o GPS. A escola e os

professores de Geografia podem estreitar essa relação, contribuindo para a inserção

tecnológica e melhoria da qualidade do ensino, facilitando a compreensão das complexidades

do espaço habitado junto aos alunos, à escola e à sociedade?

Trabalhar as geotecnologias com os alunos é fundamental para que consigam

entender os fatos e fenômenos que acontecem no mundo, auxiliando na formação de cidadãos

críticos e capazes de interpretar a realidade da qual fazem parte.

A literatura assinala que a geotecnologia é a utilização da informação para a análise

do espaço geográfico e suscita o interesse e a atenção das crianças. A vontade genuína de

conhecer impulsiona e facilita naturalmente a aprendizagem. Ensinar é muito mais do que

transmitir informação, é também criar necessidade e motivação para procurar informação.

O uso de imagens de satélite permite relacionar sob os aspectos multi-espectral,

temporal e socio econômicos presentes na paisagem como serras, planícies, bacias

hidrográficas, matas e as regiões em que o homem interfere, como áreas agrícolas,

desmatamento da Amazônia, poluição dos rios, crescimento de cidades, permitindo, assim,

acompanhar a sua dinâmica, facilitando a compreensão entre as relações do homem com a

natureza e suas consequências (BONINI, 2009).

O programa Google Earth, neste contexto, vem com um auxiliador didático

educativo, pois disponibiliza um sistema de Satélites com inúmeras aplicações, desde uma

simples localização até elaboração e construção de conceitos pelos alunos. A seleção do

programa Google Earth parece uma escolha natural, já que se trata de uma janela geográfica

para o mundo, que permite ver, criar e partilhar ficheiros interativos que contêm informações

específicas e altamente visuais sobre locais.

Dessa forma, a tecnologia é inserida nas escolas, não sendo vista como um fim,

imposto e inalterável, mas como um meio, que visa desvendar, incrementar, analisar e

vivenciar a prática do professor com o objetivo de despertar o interesse do aluno pelo

conhecimento científico.

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As velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novas dimensões à

tarefa de ensinar e aprender. É preciso que se esteja em estado de aprendizagem e de

adaptação ao novo. De acordo com Kenski (1996), trabalhando adequadamente com a

tecnologia, haverá aprendizagem e envolvimento do indivíduo integralmente incluindo o

imaginário, intuitivo e sensorial por meio da interação, oportunizará novas possibilidades,

responsabilidades, criação e reflexão.

1.3 A Importância das Imagens no Processo de Ensino e Aprendizagem

Que resultados podem ser atingidos com a utilização das imagens como recurso

didático? A partir de quais recursos tecnológicos as imagens são disponibilizadas/utilizadas

no processo de ensino aprendizagem nas escolas?

Com os recursos tecnológicos de que as Escolas Públicas do Estado do Paraná

dispõem, atualmente, como, tv pen drive, laboratório de informática, a utilização desses

recursos indica como as imagens são utilizadas no ensino da Geografia.

As imagens têm um papel importante no estudo da Geografia. A força comunicativa

das imagens, nos dias atuais, é inquestionável. Elas constituem material didático

extremamente importante para o professor, pois revelam intencionalidades de quem as

produziu, devendo ser contextualizadas e datadas.

Conforme consta nos PCNs (1998), a Geografia trabalha com imagens e recorre a

diferentes linguagens na busca de informações como forma de expressar suas interpretações,

hipóteses e conceitos. O trabalho com imagens pode ser muito útil na forma de ensinar a

leitura de mapas por meio do olhar. Isso é fundamental para a Geografia, pois a representação

geográfica, seja pelos mapas, imagens, fotos, vídeos, paisagens, sempre coloca em jogo o

autor e as técnicas. O professor pode utilizar uma variedade de materiais, como imagens de

diferentes épocas, fotografias, imagens de satélite, ou as representadas nos livros didáticos,

nos jornais, revistas, slides entre outros.

Para Joly (1999), a leitura de imagem sugere três questões: a primeira refere-se à

noção de que uma imagem é tomada como uma linguagem universal; então é uma leitura que

se dá de forma natural, não exigindo do leitor uma qualificação específica; a segunda

relaciona-se àquilo que o autor quis dizer, uma leitura da imagem como busca da

intencionalidade de seu produtor; a terceira questão vincula-se ao caráter artístico que uma

imagem possa apresentar.

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O uso da imagem pode promover situações que facilitam a aprendizagem. Presente

no ambiente cultural, não se pode ignorar o seu uso no processo educacional. Considerar a

imagem como material educativo é valorizar uma forma de linguagem a que a população, de

um modo geral, tem acesso. Assim, trabalhar com imagens significa valorizar e aproveitar as

potencialidades educativas desta forma de linguagem, além da escrita.

Cada imagem possui significado próprio e, a partir da visualização de cada aluno,

haverá uma interpretação. Nesse sentido precisa-se instigar e definir a partir do conteúdo

teórico pela infinidade de informações e confirmação da realidade que elas trazem. Diversos

tipos de imagens, constituídos por fotografias, desenhos, pinturas, estampas, computadores,

televisão e outros cercam o indivíduo cotidianamente. No entanto, muitas vezes, ele não se dá

conta das mensagens que elas transmitem, cheias de valores sociais, políticos, econômicos e

culturais.

A imagem é, pois, um meio comunicativo muito importante devido ao poder atrativo

e indutor que exerce sobre as pessoas, porém, é preciso levar em conta que a mídia, muitas

vezes, distancia-as da realidade, criando distorções. Nesse sentido, é necessário que o

expectador e receptor realize uma leitura dessas representações com olhar crítico e reflexivo.

A imagem relaciona-se à ideia ou representação de algo. Aristóteles considerava a

imagem em seu potencial educativo. Platão compreendia-a como uma imitação. Acredita-se

na primeira ideia. “Parece que a imagem pode ser tudo e seu contrário – visual e imaterial,

fabricada e “natural”, real e virtual, móvel e imóvel, [...] analógica, comparativa, expressiva,

construtora e destrutiva [....]” (JOLY, 1999, p.27).

Uma boa seleção de imagens permite ao professor tornar as suas aulas mais atrativas

aos alunos, principalmente para a realização de exemplificações, contextualizações ou

realização de sínteses. Nesse sentido, o uso de imagens como recurso didático pode auxiliar o

trabalho na formação de conceitos geográficos, diferenciando paisagem de espaço e, a

depender da abordagem dada ao conteúdo, desenvolver conceitos de região, território e lugar.

Em meio a grande diversidade das tecnologias existentes, busca-se levantar e estudar

os recursos disponíveis no programa Google Earth, analisando suas funções, ferramentas,

acessibilidade e aplicabilidade e como pode ser utilizado no ensino de Geografia, avaliando e

levantando sua adequação às aulas.

O Google Earth (GE) é um programa disponibilizado gratuitamente na Internet pela

empresa multinacional Google, cuja função é mostrar simbolicamente o planeta Terra em

forma tridimensional. Além das imagens, o GE também possibilita a sobreposição de camadas

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de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) que pode conter dados como mapas de ruas,

localização de prédios, entre outros.

A Google é a empresa que desenvolve e disponibiliza serviços online, com sede nos

EUA. Seu primeiro serviço foi um sistema de buscas denominado Google que, na atualidade,

é considerado o serviço de busca mais usado no mundo. O serviço de buscas Google foi

criado a partir de um projeto de doutorado de Larry Page e Sergey Brin, desenvolvido na

Universidade de Stanford em 1996. Atualmente, a Google é uma empresa que fornece

dezenas de outros serviços online, na maioria das vezes, gratuitos para os usuários da internet.

Por meio do programa Google Earth, é possível que o professor consiga explorar

melhor os conteúdos trabalhados. É um ótimo mecanismo de visualização cartográfica, o que

permite uma nova proposta metodológica.

Com o programa Google Earth, o professor poderá trabalhar os conteúdos da área

física da Geografia como localização, Cartografia e a sua evolução ao comparar mapas

antigos com as atuais imagens de satélite, escala cartográfica, relevo, vegetação,

desmatamento, hidrografia e topografia; já quanto aos aspectos humanos, poderá trabalhar a

distribuição entre zona urbana e zona rural, limites e fronteiras, demografia bem como a

questão cultural das civilizações visualizando monumentos e construções realizadas por povos

de determinada localidade.

As Escolas Públicas do Estado do Paraná dispõem atualmente, de tv pen drive,

laboratório de informática, e a utilização desses recursos no ensino da Geografia tem o intuito

de melhor compreensão da realidade e, consequentemente, do espaço geográfico.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996) cita que o dever do

governo com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de padrões

mínimos de qualidade de ensino, definido como a variedade e quantidade mínimas por aluno,

de materiais indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem como

um todo. Assim, torna-se inquestionável o uso da informática no processo de ensino e

aprendizagem nas escolas.

1.4 O Google Earth como Recurso Tecnológico Didático no Ensino de Geografia

É possível a instalação e utilização do Google Earth nos computadores do laboratório

de informática das escolas? Os professores utilizam este recurso (Google Earth) nas aulas de

Geografia?

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O Google Earth está disponível numa versão gratuita para uso privado e em versões

licenciadas para o uso comercial. Pode ser acessado na página da Google, no endereço

eletrônico: <http://earth.google.com>. Existem duas versões disponíveis, a saber: a) Google

Earth – versão livre (gratuita) para downloads e o usuário tem acesso a todo o banco de dados

(database) do Google, podendo navegar por todo o planeta utilizando as mesmas informações

que as demais versões possuem, mas sem máximo desempenho; e, b) Google Earth Pro –

versão profissional (paga) que disponibiliza todas as ferramentas desenvolvidas para esse

programa como, por exemplo, impressão com qualidade, maior velocidade de conexão com o

banco de dados, possibilitando um nível maior de velocidade na utilização.

O banco de dados do Google Earth é formado por uma mescla de imagens

provenientes de sensores de diversas resoluções, dispostas de maneira a formar uma imagem

contínua de todo o planeta.

A técnica da pirâmide reduz a resolução e o tamanho da imagem devido ao nível de

aproximação (zoom) aplicado, formando uma pirâmide da imagem com diferentes tipos de

zoom. Essa pirâmide é utilizada na maioria dos softwares de processamento de imagens, pois

constitui um mecanismo que realiza a decomposição da imagem em diferentes níveis de

resolução, otimizando o carregamento da imagem em função do zoom requerido pelo usuário

do programa.

A interface do Google Earth é composta pela janela principal, que exibe as imagens

do planeta e contém botões de navegação em forma de bússola sobrepostos no canto superior

direito; barra lateral que oferece campos de busca e seletores de placemarks1 e camadas; barra

superior que contém ferramentas que expandem as funcionalidades do aplicativo; a barra

inferior apresenta informações adicionais como localização exata e altitude.

A janela principal do aplicativo apresenta ao usuário o planeta virtual que serve de

base para todas as outras funcionalidades do Google Earth. A navegação por este globo virtual

pode ser realizada utilizando o mouse ou os controles de navegação, que oferecem comandos

de zoom, rotação, inclinação e direção. O mesmo também pode ser feito por meio de

“atalhos” no teclado. Outra forma de “navegar” o globo é por meio da função de busca

presente na barra lateral. Um dos principais diferenciais do Google Earth é a possibilidade de

visualizar e interagir com suas camadas de informações conforme apresentado na sequencia.

Na imagem 1 apresenta-se a janela inicial do programa com os detalhes para maior

visualização do manuseio.

1Essa opção permite marcar os lugares de interesse por meio de marcadores.

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Imagem 1 – Interface do Google Earth

Fonte: Google Earth, 2013

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Também é possível expandir a visualização adquirindo um campo maior de visão das imagens (Imagem 2).

Imagem 2 – Interface do Google Earth expandida

Fonte: Google Earth, 2013

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31

Outra forma de navegar é através da função de busca presente na barra lateral, chamada “voar”. Ao digitar “Francisco Beltrão - PR”, o

município é localizado no globo (Imagem 3).

Imagem 3 – Resultado da busca: Francisco Beltrão, PR

Fonte: Google Earth, 2013

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Ao se aproximar a imagem gradativamente, diminuindo a altitude do ponto de visão, chega-se próximo ao centro da cidade, onde se

pode visualizar, inclusive, o nome das ruas (Imagem 4).

Imagem 4 – Centro da Cidade de Francisco Beltrão, PR, ponto de visão 2.37 Km

Fonte: Google Earth, 2012

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33

É possível distinguir prédios e avenidas, localizar endereços, realizando visualização ao nível do solo (Imagem 5).

Imagem 5 – Rua União da Vitória, Francisco Beltrão, PR

Fonte: Google Earth, 2011

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34

O Google Earth integra um Sistema de Informações Geográficas (SIG) que

possibilita visualizar camadas de informação sobrepostas ao globo virtual. Quando

habilitadas, apresentam ao usuário dados ou placemarks que complementam as imagens de

satélite e as transformam em representações espaciais. Um SIG funciona como uma base de

dados que facilita a representação do espaço e dos fenômenos que nele acontecem,

permitindo, por exemplo, a visualização de localização exata, modelos e clusters2 indicando

dinâmicas em determinada região ou o cálculo de rotas entre um ponto e outro no mapa.

Estes dados do SIG, assim como as próprias imagens de satélite, são acessados on

demand3 nos servidores do GE. Isso significa que as informações não estão armazenadas no

computador do usuário, mas sim “baixadas” quando necessário. Tal sistema tem a vantagem

de reduzir o espaço em disco utilizado na instalação do GE, porém requer uma conexão

permanente à internet. Ao mesmo tempo, permite uma atualização dinâmica, possibilitando a

implementação de camadas com informações em tempo real como dados de trânsito e

previsão do tempo.

É importante salientar que as camadas não estão divididas nestes grupos específicos

dentro do aplicativo, porém tal classificação facilitará a compreensão das muitas

possibilidades de uso desta ferramenta: a) Camadas que oferecem renderizações 3D dos

acidentes geográficos do planeta e também das construções. É possível observar, por

exemplo, a torre da catedral na praça central do município de Francisco Beltrão - PR (imagem

6). As visualizações de terreno estão disponíveis em todo o planeta, porém as camadas de

prédios em 3D ainda não estão disponíveis em sua totalidade; b) Camadas de navegação que

sobrepõem ao globo mapas de cidades, rodovias, estradas de ferro e aeroportos, além de

nomes de rios, lagos e montanhas. Por meio destes mapas é possível buscar endereços exatos

ou indicações de caminhos de um ponto a outro dentro da cidade ou do país (imagem 7); c)

Camadas de serviços que indicam a localização de estabelecimentos como restaurantes, hotéis

e lojas, bem como órgãos públicos, parques e igrejas (imagem 8). Algumas ferramentas,

acessíveis pela barra superior ou pelos menus, complementam e expandem as funcionalidades

do Google Earth. É possível salvar pontos de interesse com a localização exata e também

selecionar ícones e descrições para aquele local. Há também uma ferramenta para medir

distâncias no globo, além de botões para imprimir ou enviar imagens por e-mail. O Google

Earth pode também ser integrado a um dispositivo de posicionamento global (GPS),

revelando latitude e longitude exatas do usuário.

2 Sistema que compreende dois ou mais computadores ou sistemas que trabalham em conjunto.

3 Servidores compartilhados e interligados por meio da Internet.

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Imagem 6 – Torre da Catedral na praça central da cidade de Francisco Beltrão, PR

Fonte: Google Earth, 2012

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Imagem 7 – Ruas da cidade de Francisco Beltrão, PR

Fonte: Google Earth, 2012

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Imagem 8 – Terminal de ônibus urbano de Francisco Beltrão, PR

Fonte: Google Earth, 2011

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Por meio do Google Earth é possível identificar os mais variados lugares do planeta.

Obter visualização bidimensional e tridimensional da paisagem bem como localizar

fenômenos e objetos geográficos. Essas são algumas das geotecnologias mais comuns e que

estão disponíveis para o uso social.

As imagens do Google Earth, pela alta qualidade visual desempenham importante

função pedagógica em sala de aula, pois a participação dos alunos é mais satisfatória, no

sentido da atenção, uma vez que a percepção é a capacidade que cada indivíduo tem de

apreender o que está ao seu redor. A imagem de satélite do programa constitui um importante

recurso de análise espacial, cartográfica e ambiental. Sua utilidade para as aulas de Geografia

é inquestionável, desde que seja um processo pedagógico capaz de orientar o aluno no

desenvolvimento de suas potencialidades, conjugando uma série de atividades para

desenvolver sua capacidade crítica.

1.5 Desafios Encontrados

Existem pesquisas publicadas sobre este assunto. No quadro seguinte apresenta-se a

síntese dos trabalhos com título, autoria, instituição de ensino onde foram desenvolvidos. Tais

pesquisas fazem parte da revisão de literatura que compõe o corpo desta investigação.

Quadro 1 – Síntese dos trabalhos

Autor Nível/Título Nível Instituição Ano

Márcio Greyck

Guimarães

Correa

Os avanços tecnológicos na

educação: o uso das

geotecnologias no ensino de

geografia, os desafios e a

realidade escolar

Artigo Universidade Estadual de

Maringá, PR

2009

Elisabete Maria

Pacheco de

Freitas

Ver para aprender com o

Google Earth

Mestrado Universidade do Minho

Instituto de Educação

(Portugal)

2010

Mariane

Mayumi

Gracia Takeda

Ensino de

Geoprocessamento em

ambientes virtuais de

aprendizagem

Mestrado Universidade Estadual de

Londrina, PR

2010

Ana Paula

Covalite

Discussões preliminares

sobre o uso de softwares

Google Earth e World Win

como ferramentas de auxílio

ao ensino de Geografia

Artigo VI EPCT – Encontro de

produção científica e

tecnológica. Faculdade

Estadual de Ciências e Letras

de Campo Mourão, PR

2011

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Gabriel Gomes

Pillar

Cidades Híbridas: um estudo

sobre o Google Earth como

ferramenta de escrita virtual

sobre a cidade

Monografia

Graduação

Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, Porto Alegre,

RS

2006

João

Vanderley

Azevedo

O uso das salas de

tecnologias educacionais no

ensino de Geografia:

desafios e perspectivas

Mestrado Universidade Federal da

Grande Dourados, MS

2009

André Marciel

Bonini

Ensino de Geografia –

Utilização de Recursos

Computacionais

(Google Earth) no Ensino

Médio

Doutorado Universidade Estadual

Paulista – UNESP/Rio Claro,

SP

2009

Israel da Silva

Filho

O uso de imagens de satélite

no ensino de Geografia:

possibilidades e limitações

na educação básica

Mestrado Pontífica Universidade

Católica – PUC, SP

2008

Celia Inez

Zatta

O uso de imagens como

recurso metodológico para

estudar

Geografia

Artigo UNIOESTE, Francisco

Beltrão, PR

2008

Elaborado por Fábio Strey, 2013.

Conforme Correa et al (2010), os avanços tecnológicos na educação, o uso das

geotecnologias no ensino de Geografia, os desafios e a realidade escolar confirmam que as

geotecnologias estão sendo veiculadas no sistema educacional, especialmente no Ensino

Médio, na disciplina de Geografia.

O autor realizou um estudo em duas escolas, uma da rede estadual e a outra da rede

privada de ensino. Na metodologia, utilizou como instrumento investigativo o questionário

semiestruturado, respondido pelos alunos da terceira série do Ensino Médio da cidade de

Maringá, Estado do Paraná. Concluiu que a geotecnologia, nos últimos anos, embora

divulgada e conhecida, é pouco utilizada no ensino de Geografia.

Constatou que seu uso restringe-se mais ao software do Google Earth. Todavia, o seu

acesso não acontece no espaço escolar. Dessa maneira, verificou que a escola oferece

computadores, mas falta estrutura e adequação para o uso do SIG (GIS) e do Google Earth,

além de outros equipamentos como o GPS.

Declara que um dos fatos observáveis que chamou sua atenção foi a discrepância de

resultados sobre o conhecimento da terminologia ‘geotecnologia’. A maioria dos alunos

(89,2%) respondeu que não sabiam. E, em relação aos instrumentos utilizados nas

geotecnologias, tais como SIG, GPS, Google Earth e ou similares, todos os alunos

responderam que o Google Earth era o mais conhecido.

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A pesquisa de Correa (2010) veio comprovar a hipótese de que o software livre da

Google, o Google Earth, acessado por meio da internet, é a principal fonte de informação

entre as geotecnologias. Desta maneira, 80,4% dos alunos confirmaram que a internet vem

sendo muito utilizada pelos jovens estudantes.

Em relação ao acesso às geotecnologias, em sala de aula, ficou eminente, contudo,

que a escola não está acompanhando o desenvolvimento tecnológico. Essa situação reflete-se

nos dados, ou seja, 71,8% dos alunos alegam que a escola não tem oferecido infraestrutura

tecnológica e, quando tem o hardware, falta a instalação do software e manutenção adequada.

Somado a isso, 84,9% dos professores também não trabalharam o conteúdo em sala de aula,

segundo a opinião dos alunos. Embora haja grande avanço tecnológico, não se pode esquecer

que muitos ainda não têm acesso às tecnologias, nem na escola, nem em casa. Vale ressaltar a

importância dessas geotecnologias no processo de ensino-aprendizagem como ferramenta

necessária para se dinamizar as aulas e subsidiá-las com recursos tecnológicos para que o

aluno se aproprie do conhecimento historicamente acumulado pela sociedade.

Freitas (2010), com a pesquisa cujo título é: “Ver para aprender com o Google

Earth”, diagnosticou que, a tecnologia instiga o interesse e a atenção das crianças. Esta

vontade genuína de conhecer impulsiona e facilita naturalmente a aprendizagem.

De acordo com o autor, os nossos alunos, nativos digitais (aqueles que nascem com a

tecnologia), anseiam por interatividade, por uma resposta imediata para cada uma de suas

ações. No entanto, na escola estas exigências não são, muitas vezes, satisfeitas criando-se,

certa dictomia entre a Escola Tradicional e o mundo destes alunos. Consequentemente são

necessárias novas abordagens educativas para correspondermos as suas expectativas

(PRENSKY, 2001) e não continuarmos a fomentar a educação de ontem para as crianças de

amanhã.

Os resultados levaram o autor a acreditar que programas como o Google Earth, ao

providenciar e servir de apoio à visualização de conceitos deu-lhes vida, por meio do

conhecimento construído em ambiente significativo, pessoal e presumivelmente perdurável,

uma vez que os alunos tomaram, em certa medida, as rédeas da sua aprendizagem (FREITAS,

2010).

O trabalho colaborativo foi um dos pontos essenciais para a boa concretização dos

desafios propostos. Os alunos, ao trabalharem em equipe, tiveram oportunidade de se

ajudarem mutuamente, quer na utilização do software, quer na análise e discussão de ideias

para a construção dos conceitos que estavam a visualizar e, assim, solucionaram de forma

independente os desafios apresentados.

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O conhecimento dos objetivos e dos passos que percorreriam na atividade e o fato de

não existir uma avaliação formal, permitiu-lhes desenvolver o trabalho num ambiente

colaborativo. Aprenderam os conceitos dos elementos básicos do meio físico envolvente nas

formas de relevo num contexto trazido pelo computador e pelo Google Earth. Estas

ferramentas que, por si só geravam entusiasmo e atração pela atividade, apresentaram-se

como uma oportunidade para a criança explorar, interagir e desenvolver conceitos sobre o

meio que a rodeia.

O Google Earth, ao apoiar a visualização dos conceitos, gerou sentimentos, trouxe

conhecimentos, permitindo-lhes relacionar e comparar essa informação com aquilo que viam,

facilitando, assim, a estruturação do seu pensamento e a compreensão desses conceitos. O

conhecimento adquirido dessa forma tem mais significado e é lembrado por mais tempo

porque foi experienciado.

Como resultado, concluiu que é possível as crianças aprenderem com mais facilidade

os conceitos dos elementos básicos do meio físico envolvendo as Formas de Relevo, por meio

da visualização, utilizando como suporte o Google Earth. É preciso estar atento às novas

necessidades de aprendizagem dos alunos, conhecer as ferramentas disponíveis e adequá-las,

se necessário, aos objetivos que se pretende atingir.

Takeda (2010), em sua dissertação de mestrado, “Ensino de geoprocessamento em

ambientes virtuais de aprendizagem”, diagnosticou que tecnologias de informação e

comunicação estão sendo inseridas na educação. Contudo, poucos estudos analisam suas reais

contribuições no ensino e aprendizagem. Investigou o processo de implantação do ambiente

virtual de aprendizagem MOODLE na disciplina Geoprocessamento e avaliou a receptividade

dos alunos do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina – UEL. Além disso,

associou o ambiente MOODLE ao ensino presencial, como alternativa de qualificação do

processo de aprendizagem dos alunos e permitiu concluir que o uso pedagógico dessa

tecnologia favoreceu e incentivou o estudo e a aprendizagem, auxiliou no processo de ensino

em relação à avaliação e possibilitou a disponibilização e democratização de material

didático.

O autor fez algumas considerações, principalmente para a Universidade Estadual de

Londrina, Departamento de Geociências, no sentido de ampliar a utilização de ambientes

virtuais de aprendizagem como, por exemplo, o ambiente MOODLE. Além disso, forneceu

subsídios para novas pesquisas em EAD e em ambientes virtuais de aprendizagem.

Apresentou detalhadamente todo o processo de implantação do ambiente de

aprendizagem MOODLE no curso de Geoprocessamento do Departamento de Geociências da

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UEL, além de confirmar a aceitabilidade dos alunos da nova associação, ou seja, da aula

presencial aliada ao ambiente virtual de aprendizagem.

Considerações importantes foram realizadas com a implantação do ambiente de

aprendizagem na disciplina Geoprocessamento, o qual trouxe alguns benefícios para os

alunos, como: a oportunidade de acesso às aulas fora do horário da disciplina; maior interação

entre alunos do período noturno e matutino (através dos fóruns); acessibilidade a sites e links

confiáveis; atendimento do corpo docente via ambiente MOODLE; visualização de vídeos

educativos; possibilidade de leituras complementares; a melhor acessibilidade dos materiais,

por estar no formato digital e, consequentemente, menor dificuldade para manuseá-los; mais

tempo disponível para a realização e compreensão das atividades desenvolvidas (possibilidade

de realizá-las em casa); maior participação dos alunos, verificado pela utilidade do ambiente

MOODLE, o que torna a disciplina mais atrativa e estimulante.

Nesse sentido, Takeda (2010) avaliou que a implantação do ambiente virtual de

aprendizagem MOODLE associado à disciplina presencial de Geoprocessamento contribuiu

para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem de alunos e professores. Os alunos

demonstraram receptividade em relação a essa implantação, o que deve motivar o

Departamento de Geociências e a instituição a continuarem este processo. Mesmo

enfrentando algumas dificuldades no processo de implantação, como a gravação dos vídeos e

o pequeno número de computadores disponíveis para os alunos durante as aulas, foi possível

verificar que a associação é viável e benéfica, pois, além das análises dos questionários, foi

observada uma grande mudança nas atitudes dos alunos e da professora durante o

acompanhamento da disciplina, pois mostraram-se visivelmente estimulados no processo de

ensino e aprendizagem, segundo relatos dos participantes.

Takeda (2010) concluiu que o ambiente virtual de aprendizagem MOODLE, aplicado

no ensino presencial de Geoprocessamento, configura alternativa favorável no processo de

aprendizagem dos alunos. A avaliação, por meio dos três questionários aplicados durante o

desenvolvimento da disciplina, permitiu inferir que o uso pedagógico de ambientes virtuais

favorece e incentiva o estudo; auxilia no processo de ensino e aprendizagem e possibilita

melhor disponibilização de materiais didáticos.

Colavite (2011), com a pesqusia com o título “Discussões preliminares sobre o uso

dos softwares Google Earth e World Wind como ferramentas de auxilio ao ensino de

Geografia”, analisou alternativas tecnológicas inovadoras aplicadas ao ensino de conteúdos da

Geografia, evidenciando a importância dos mecanismos de visualização cartográfica e de

multimídia no processo de ensino e aprendizagem. Dessa maneira, adotou como objeto de

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análise os softwares livres Google Earth (produzido pela Google) e World Wind (produzido

pela NASA), evidenciando como podem servir de ferramenta didática auxiliar nas aulas de

Geografia do ensino básico, com aplicação no ensino dos conteúdos constantes nas Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná da 5ª série do Ensino Fundamental. Iniciou com análise das

necessidades estruturais para o seu funcionamento identificando a menor configuração

necessária em termos de sistema operacional e sistema de hardware, seguindo, então, para

análise das funções e qualidade das imagens de satélite disponíveis em cada um dos softwares

envolvidos na pesquisa, para então correlacioná-los com os conteúdos da 5ª série do Ensino

Fundamental em que podem ser aplicados (Cartografia, meio ambiente, geografia urbana,

entre outros).

Por meio da comparação realizada entre o software Google Earth e NASA World

Wind, Colavite (2011), torna-se nítido que o programa de computador produzido pela Google

é mais eficiente, possui maior número de ferramentas, está traduzido para o português, requer

menor capacidade de armazenamento no computador, é mais rápido seu funcionamento na

máquina e suas imagens de satélite e fotografias aéreas são de boa resolução.

Dessa maneira, para exemplificações de determinados conteúdos é um excelente

programa de computador para auxiliar o professor na sala de aula. Já o programa

desenvolvido pela NASA possui funcionamento mais lento na máquina, está disponível

apenas em inglês, suas ferramentas são mais limitadas e complexas e, portanto, para o uso

didático, o software NASA World Wind mostrou-se pouco dinâmico.

Em relação ao funcionamento do Software Google Earth, a problemática encontrada

dá-se pelo fato da conexão de internet de baixa velocidade que torna o software “pesado”,

lento e com sucessivas quedas na conexão, resultando no péssimo funcionamento do

programa.

Pilar (2006), com “Cidades Híbridas: um estudo sobre o Google Earth como

ferramenta de escrita virtual sobre a cidade” estudou o aplicativo Google Earth como uma

forma de escrita colaborativa sobre o urbano. Com base nos dados da Google Earth

Community sobre a cidade de Toronto, no Canadá, propôs uma nova tipologia para a análise

do conteúdo publicado no aplicativo. Revela também duas tendências principais, de espelho e

de narrativa, no uso da Google Earth Community de modo a aumentar o espaço físico e

reforçar identidades comunitárias e locais na rede mundial de computadores.

Desse modo, é possível territorializar-se na rede global ao mesmo tempo que se

criam territórios e identidades locais. O transitar por entre o território-rede e o território-zona

conduz à noção de multiterritorialidades atenta para uma estrutura social que está em

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constante e recursiva transformação. De acordo com Pilar (2006), o virtual e o cyber

envolvem a metrópole e criam uma nova topologia conectiva das cidades onde o cidadão pode

não apenas conectar-se à rede mas também refletir sua identidade, construir narrativas e

fomentar laços com seus espaços e comunidades. O Google Earth, além de ser um aplicativo

de consulta e exploração de informações geográficas, propicia um recurso de criação à

medida que qualquer pessoa pode compartilhar suas próprias realidades por meio da Google

Earth Community (GEC). Esta pesquisa demonstrou que, em sua maioria, as pessoas estão

escrevendo na GEC sobre os espaços do seu dia-a-dia, utilizando GE para recriar seus lugares

físicos na rede, para compartilhar histórias, sugerir lugares e assim criar suas próprias

territorializações. Seja como placemark-espelho ou placemark-memória, estão, referenciando

os lugares locais, seus laços e narrativas. Nessa perspectiva, é um uso que reforça a

colaboração no âmbito social, colocando nas mãos do cidadão a construção dos espaços à sua

volta, transformando-o em “vivenciador” de suas próprias funções e experiências. É também

um uso que constrói uma memória coletiva, a partir da qual os habitantes criam suas próprias

significações para os espaços e relações sociais.

Apesar da participação na GEC ainda estar em estágios iniciais, há um processo

muito mais amplo que está acontecendo também em outros sistemas que entrecruzam e

emaranham o tecido virtual com o urbano. Desse modo, a colaboração ultrapassa as fronteiras

da internet e insere-se na cidade, tornando possível especular se será no isolamento dos

computadores pessoais, ou (e principalmente) no coletivo das ruas e dos espaços reais da

comunidade que ocorrerão as grandes transformações do novo século. Não é mais possível

tratar a rede como um lugar à parte, mas sim considerá-la integrada ao espaço urbano. Ao que

tudo indica os bordões situacionistas ainda farão bastante sentido na análise, contestação e

apropriação das cidades: começa aqui, enfim, a conquista da vida cotidiana.

Azevedo (2009), com “O uso das salas de tecnologias educacionais no ensino de

Geografia: desafios e perspectivas”, analisou o atual estágio de formação da Sociedade da

Informação e seus reflexos na sociedade contemporânea. Para tanto, estudou os princípios

propagados pelas instituições multilaterais que adotam o uso das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) como principal via para o desenvolvimento econômico, político e cultural

das nações. Concomitantemente, o governo brasileiro desenvolve ações de efetivação do uso

das TIC na educação, a partir da instalação de Salas de Tecnologias Educacionais (STE) no

ambiente escolar, o que traz novos desafios didático-pedagógicos. A discussão teórica

apresentada em sua pesquisa é resultado de uma aproximação entre a produção teórica

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elaborada pela Ciência Geográfica e demais Ciências Humanas e as práticas desenvolvidas no

cotidiano da sala de aula e STE de cinco professores da rede pública de Dourados-MS.

Como resultado, declara que a presença da STE no ambiente escolar está atrelada ao

discurso propagado pelas instituições multilaterais, elaborado a partir das referidas

conferências internacionais, que visam a definir as políticas de uso das TICs, contando com a

participação de mais de 166 países, incluindo o Brasil como signatário e executor. Assim, o

discurso de implementação que visa ao uso das TICs no atual período técnico-científico-

informacional pode ser entendido como principal meio para o desenvolvimento econômico,

político e cultural das nações e que tem na educação escolar a principal via para tal

acontecimento.

Contudo, ainda há muitas questões a serem resolvidas devido às diferenças

socioeconômicas entre os países, ou seja, de um lado, tem-se a posição dos países grandes

produtores e consumidores de tecnologia e, do outro, os países que fazem parte do mercado

tecnológico como meros consumidores. Desse modo, a compra de computadores realizada

pelos governos de países como o Brasil, por exemplo, torna-se um importante filão das

indústrias ligadas ao ramo da tecnologia.

As políticas que visam à implementação das TICs na sociedade brasileira estão

centradas no Programa PROINFO (1997), representado nos Estados pelo NTE, órgão

encarregado de administrar instalação e dar suporte técnico-pedagógico para o funcionamento

das STE nas escolas. Soma-se a isso também a estruturação dos telecentros, ligados ao Projeto

Casa Brasil, e a diminuição de impostos de equipamentos tecnológicos (computadores) pelo

Programa “Computador para Todos”. Pode-se dizer que esses programas governamentais

contemplam o acesso ao computador, porém deixam lacunas no tocante às questões didático-

pedagógicas vivenciadas por professores e alunos. Alem disso, os telecentros, que têm como

proposta a inclusão digital dos habitantes dos bairros pobres na Sociedade da Informação, não

garantem a inclusão social, entendida aqui como uma somatória de elementos culturais e

estruturais, como escola de qualidade, saneamento básico, segurança e saúde públicas etc.

Enfim, o acesso à informação não pode ser entendido como principal elemento de inclusão.

A vivência dos professores com as TICs e, em particular, o computador trouxe à tona

situações limites para o professor, como o medo de estragar a máquina, a falta de domínio das

técnicas de uso, necessidade de organizar sua prática pedagógica tendo como ferramenta o

computador, lidar com os alunos que cada vez mais são usuários de tecnologia.

De acordo com Azevedo (2009), em países desenvolvidos, como a França e Estados

Unidos, que contam com altos índices de acesso às TICs, a implantação de tecnologias na

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educação e seu acesso pela escola não implicou necessariamente uma mudança no seu

cotidiano, mas provocou a necessidade de elaboração de uma nova forma de abordagem

pedagógica que valorize a construção do conhecimento a partir do seu uso.

Em se tratando da função da tecnologia como meio para formação do conhecimento

no ambiente escolar, o autor constatou que professores e alunos são os principais agentes de

transformação do processo de ensino-aprendizagem, mesmo que exista um longo caminho a

ser percorrido, pois a existência das TICs na escola não garante por si só a melhoria da

educação, todavia podem ser utilizadas como aliadas no processo de formação do

conhecimento.

De acordo com Azevedo (2009), o discurso geográfico a partir da temática Sociedade

da Informação vem ganhando novas dimensões devido à expansão dos objetos técnicos e aos

valores culturais amplamente divulgados pela mídia. Assim, interpretar questões como a de

geração de empregos, a melhoria real da qualidade de vida da população, maior locomoção de

objetos e pessoas ou até mesmo o valor social da informação configura-se um novo campo de

atuação da Ciência Geográfica em prol da construção de argumentos que expliquem a

sociedade. Também é importante relacionar a essa discussão o surgimento de neologismos

como cibercultura e ciberespaço, desenvolvidos a partir das concepções de comunicação em

rede baseada em objetos técnicos e tendo a internet como principal via para transmissão ou

produção da informação. Esses aspectos sugerem aos geógrafos novas temáticas de discussão

na tentativa de esclarecer para a sociedade as várias faces da Sociedade da Informação.

Segundo o autor, os professores demonstraram entusiasmo em relação ao uso das

TICs no ensino e aprendizagem de Geografia. Contudo, sua utilização restringe-se a

atividades básicas como digitação de prova, ou mesmo pesquisas pontuais pela internet,

levando-se em conta que 02 dos entrevistados alegaram estar conectados.

Para que ocorra o “bom uso” de uma STE, de fato, é preciso que o professor tenha

maior tempo para planejamento das ações, pois os afazeres pré-estabelecidos no cotidiano

escolar como: preparar aulas, corrigir provas, trabalhos já o oneram em demasia. Quase

sempre essas atividades são realizadas em casa, de modo que pensar em utilizar uma STE

torna-se um novo desafio, porém é preciso ressaltar que muitos professores apresentam

resistência ao uso da tecnologia, o que sugere a necessidade de reformulação das práticas

pedagógicas desenvolvidas na escola. Também existem outras questões como a falta de

investimento na educação, baixo salário, condição de trabalho precária, superlotação de salas,

entre outras, colocando em cheque não só a tão esperada efetivação do uso da tecnologia na

educação, mas as próprias políticas educacionais (AZEVEDO, 2009).

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No processo de entrevista, os professores demonstraram preocupação com o pouco

material didático disponível em suas escolas, um antigo desafio para o ensino de Geografia.

Apesar de o conteúdo de Geografia adaptar-se bem ao uso das STE, faz-se necessário o uso de

outros materiais como mapas, planetários, aula de campo, enfim, atividades que permitam ao

aluno construir sua concepção de espaço. Como se vê, os problemas da escola são bem

maiores e mais antigos do que o que se apresenta – a utilização da STE pelo professor de

Geografia – e estão longe de serem resolvidos.

Contudo, o uso das TICs apresenta novas perspectivas, embora também novos

problemas. Um deles, contemplado na pesquisa, relaciona-se à quantidade de computadores

por STE: em média 12 por sala. Ficou evidente a insatisfação de professores e alunos, pois

turmas em geral contam com 35 alunos, obrigando, quando da utilização da STE, a formação

de grupos de 03 ou 04 alunos por máquina, o que diminui as perspectivas dos professores em

relação à qualidade do ensino, comprometendo a avaliação das atividades (AZEVEDO,

2009).

Sobre a capacitação voltada à tecnologia na educação, a encargo dos Núcleos de

Tecnologia Educacionais, alguns pontos devem ser ressaltados: os núcleos dão prioridade à

realização dos cursos para professores que ainda não o fizeram. O propósito é abranger um

número cada vez maior de docentes capacitados, o que se revela uma boa estratégia. Outro

fator interessante é a realização de capacitações voltadas para as áreas específicas de ensino,

que permite melhor apropriação do conteúdo técnico-didático, além da interação entre colegas

de mesma área. Contudo, persiste o desafio para o professor relacionado à falta de tempo,

tanto em capacitações presenciais quanto a distância, pois muitos trabalham quarenta horas

semanais e, caso queiram, só podem fazer capacitação no terceiro período. Em relação aos

professores que participaram desta pesquisa, 03 alegaram já terem realizado capacitação

elaborada pelo NTE, os demais possuem habilidade adquirida a partir do uso cotidiano

(AZEVEDO, 2009).

Bonini (2009), com “Ensino de Geografia – Utilização de recursos computacionais

(Google Earth) no Ensino Médio”, afirma que o aluno da atualidade convive com a

massificação do uso da internet e a perspectiva de contato cada vez mais maciça com

microcomputadores no ambiente doméstico. Com isso, verificou que a internet, o micro e os

softwares educacionais, combinados, abrem para milhares de estudantes possibilidades

inesgotáveis de aprendizado.

O objetivo geral do trabalho foi desenvolver abordagens metodológicas para o ensino

de Geografia com a utilização de recursos computacionais, além de proporcionar aos alunos

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de nível médio a aprendizagem de conceitos geográficos visando a uma educação de maior

qualidade.

O desenvolvimento do trabalho baseou-se em uma Análise Comparativa de Caráter

Experimental e Indutivo. O Ensino foi fundamentado no Construtivismo, buscando uma

aprendizagem significativa, centrada no aluno e, em alguns casos, baseada em problemas do

cotidiano local, regional ou global. A avaliação ocorreu no modelo somativo e formativo, com

os dados da pesquisa sendo coletados de forma qualitativa (Observação dos Participantes com

a elaboração de relatórios com a avaliação pessoal do professor acerca da evolução do

processo de ensino e aprendizagem dos alunos) e quantitativa.

Como resultado, Bonini (2009) declara que a utilização de novas tecnologias pode

colaborar com o processo de ensino e aprendizagem, com ressalvas. Os alunos que receberam

aula com apoio tecnológico obtiveram resultados melhores em comparação com aqueles que

construíram seus conhecimentos sem a utilização de tais recursos, porém houve interferências

que podem ter influído no resultado final. Os alunos avaliados eram de anos distintos, com

relação ao 2º ano de 2006 e, posteriormente, 3º ano de 2007, portanto eles reviram a matéria,

uma vez que o 3º ano é uma revisão dos anos subsequentes. O mesmo ocorreu com alunos de

classes diferentes, como no caso do 2º e 3º anos do Ensino Médio de 2008, em que alunos do

3º ano já tinham tido contato com o conteúdo programático abordado. Portanto, os resultados

podem ser melhores, não pelo apoio tecnológico, mas pela igualdade do conteúdo.

Contudo, pela observação do professor, diante dos relatos realizados durante as aulas

no ano letivo de 2008, os alunos conseguiram aprender melhor os conceitos que lhes foram

apresentados com o uso dos recursos tecnológicos, o que pode ter contribuído para o

desenvolvimento de competências e de atitudes que não foram notadas nos mesmos alunos em

anos anteriores.

Bonini (2009) menciona que os objetivos específicos de proporcionar aos alunos de

nível médio a aprendizagem de conceitos geográficos visando a uma educação de maior

qualidade e desenvolver habilidades de utilização de sistemas computacionais de modo a

incluir tecnologias no cotidiano escolar, com o intuito de estudo podem ter sido atingidos já

que nenhum aluno reprovou na disciplina de Geografia nos terceiros anos do Ensino Médio de

2007 e 2008 (no 2º ano de 2008 houve 7 reprovações na disciplina).

A avaliação quantitativa do uso de novas tecnologias na educação como recurso

didático, tendo como o exemplo o sistema Google Earth, foi prejudicada pelas interferências

já retratadas e a pequena diferença nos resultados em relação às turmas que não receberam

aulas com recursos tecnológicos chama a atenção, o que pode ser explicado pelo próprio

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cotidiano escolar do aluno daquela instituição de ensino, já que esta habituado a aulas com

recursos tecnológicos.

Os alunos que passam na internet mais tempo relacionado com os estudos pertencem

ao 3º ano do Ensino Médio, o que pode significar a pressão exercida pelos pais e por si

próprios, já que eles encontram-se na série final e o vestibular é o foco principal da maioria.

De acordo com Bonini (2009), não se pode afirmar que a simples introdução das

chamadas novas tecnologias na escola provocam naturalmente modificações válidas e

proveitosas na organização educacional, no currículo, e no trato das questões pedagógicas.

Não se trata simplesmente de modificar a estrutura administrativa e curricular da escola,

informatizando o processo já existente, sem um entendimento mais apurado do que se deseja

realmente mudar. Em tais situações, muda-se usualmente apenas a forma, não a essência do

processo, vindo a tecnologia simplesmente disfarçar os mecanismos tradicionais, dando-lhes

‘ar de modernidade’: passa-se, por exemplo, da "aula-cópia e copiada" para a "aula-cópia

informatizada e copiada", reforçando-se as relações de poder que permeiam a prática. “Deve-

se levar em consideração que a simples introdução de novas técnicas de ensino não dinamiza

a aprendizagem. Se as técnicas inovadoras forem tratadas mecanicamente, mesmo com

conteúdos relevantes, sem levar-se em consideração o pensamento reflexivo, o objetivo não

será atingido” (CUNHA, 2002, p.18). E continua: “uma nova tecnologia não deve

disponibilizar gráficos, figuras, desenhos que falem por si mesmos, mas remetam a uma

análise crítica, como agente facilitador de consultas no âmbito do ensino e aprendizagem; o

recurso deve levar o aluno a levantar questionamentos” (CUNHA, 2002, p.19), a modificar

seus hábitos e a conscientizá-lo da importância e do apoio que tais recursos no auxilio de seu

cotidiano escolar.

Para Bonini (2009), a introdução da tecnologia – e de todas as suas novas vertentes –

deve ser provocada, em suas origens, pela necessidade constatada de uma real mudança no

processo educacional. A necessidade da mudança, da reconstrução do processo educacional,

deve ser a causa e não a consequência da introdução dos recursos informatizados na escola.

Tendo o conhecimento de que uma aula diferente seria aplicada, quando o ato de aprender

deveria ser natural e espontâneo, os alunos desenvolviam um comprometimento maior e os

conceitos, então, foram construídos com a participação de todos os envolvidos, com trocas

constantes de conhecimento durante o processo.

Filho (2008), em “O uso de imagens de satélite no ensino de Geografia:

Possibilidades e limitações na educação básica”, analisou encaminhamentos didáticos que

revelam possibilidades e limitações do uso das imagens de satélite no Ensino de Geografia. O

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acesso relativamente fácil às imagens de satélite, disponíveis em diferentes sites da internet, e

a utilização desses recursos nas aulas de Geografia não têm recebido por parte do professor de

Geografia um tratamento didático coerente que ajude os estudantes a compreenderem a

dimensão geográfica dos fenômenos observados. Aliado a esse fato, há questões de ordem

didática, política e econômica que revelam um cenário bastante diversificado quanto ao uso

das Novas Tecnologias no ensino e merecem ser destacados: valorização exacerbada das

novas tecnologias como resolução de problemas na escola ou, em contra partida, repúdio

gratuito e dificuldade de trabalhar com essas ferramentas.

Como as imagens de satélite tem especificidades em relação a outros recursos

didáticos tradicionalmente utilizados no ensino, elas são ressaltadas no desenvolvimento de

duas atividades elaboradas para as sétimas series do Ensino Fundamental para mostrar

aspectos do espaço que são pouco visíveis nos mapas disponíveis na escola. No decorrer do

trabalho, são enfatizados alguns cuidados que os professores precisam tomar para que o uso

das imagens de satélite seja feito em sintonia com a organização pedagógica do professor que,

cotidianamente, prepara os alunos para a leitura, interpretação e transformação da realidade

em que vivem.

No contexto em que os Parâmetros Curriculares (PCNs) foram elaborados, o debate

que envolvia a utilização das Novas Tecnologias no ensino já estava bastante avançado, de

modo que tal documento ressaltou a importância dos estudantes entenderem o distanciamento

cognitivo entre os indivíduos. A autora aponta a escola como responsável pelo acesso dos

alunos à informação.

Zatta (2009), em “O uso de imagens como recurso metodológico para estudar

Geografia”, relatou os resultados da implementação do PDE – Programa de Desenvolvimento

Educacional, 2008, parceria interinstitucional entre SEED. (Secretaria de Estado da

Educação) e SETI (Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior) bem

como o processo de aplicação das atividades de implementação pedagógica realizada no

Colégio Estadual de Renascença, no município de Renascença, em quatro turmas de 6ª série

do Ensino Fundamental, no primeiro semestre de 2009. A implementação teve como tema “O

Uso de Imagens como Recurso Metodológico para Estudar Geografia”, enfatizando que, na

atualidade, vive-se numa era midiática, em que é inquestionável a importância das imagens e

por isso, não se pode ignorar o seu uso no processo educacional bem como recurso

metodológico para a aprendizagem dos conteúdos de Geografia.

Como resultado, Zatta (2009) aborda que, no estudo da Geografia, a utilização de

imagens desempenha um importante papel para o entendimento do espaço geográfico; As

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tecnologias presentes na maioria das escolas públicas do Estado do Paraná, como laboratórios

de informática, tv pen drive, representam importantes ferramentas, ou recursos que os

professores podem explorar para desenvolver melhor os conteúdos a serem estudados pelos

alunos, objetivando uma aprendizagem mais significativa.

Segundo a autora, durante o desenvolvimento da implementação pedagógica, quando

se utilizam imagens que retratam aspectos das diversidades regionais do Brasil, enfatizando as

diversas realidades do país, percebe-se que, a partir delas, os alunos mostraram-se mais

atentos e curiosos na busca do conhecimento, fazendo associações da teoria com as imagens

visualizadas, o que contribuiu para a ampliação de conhecimentos sobre Geografia do Brasil e

também na formação de conceitos sobre o espaço geográfico brasileiro.

No decorrer das atividades desenvolvidas com os alunos, percebeu-se um fascínio

muito grande pela tecnologia, principalmente pela informática; alguns educandos

desinteressados, inquietos, com dificuldades de concentração e até alguns tímidos,

transformam-se quando envolvidos em algumas atividades com tecnologias, no caso

específico, o computador.

De acordo com a autora, para trabalhar com imagens, além das que estão disponíveis

nos livros didáticos, jornais e revistas, é necessário tempo e planejamento; seleção de

imagens, montar slides, fazer recortes de filmes, trabalhar com tv pen drive, com o programa

Linux, (presente nos computadores das escolas públicas do Paraná). São atitudes que

requerem certa afinidade e conhecimento em relação à informática. Percebe-se que a

formação do professor e mesmo as capacitações ofertados pelos CRTEs, dos Núcleos

Regionais de Educação, estão sendo insuficientes para capacitar o professor para usufruir das

tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.

No entanto, segundo Zatta (2009), alguns educadores que possuem mais afinidade

com as tecnologias estão desenvolvendo trabalhos nos laboratórios de informática, com tv pen

drive, de forma cada vez mais assídua, podendo ampliar e variar os recursos utilizados, o que,

acredita-se, poderá melhorar a qualidade do trabalho docente e o interesse dos alunos pelo

conhecimento.

Assim, o uso escolar de imagens de satélite de alta resolução pode propiciar a

construção de novos ambientes de aprendizagem que viabilizam interpretações e leituras

críticas das informações espaciais e a apropriação dessa linguagem, com o objetivo de

facilitar os processos de autoesclarecimento de sujeitos e grupos em busca de orientações para

suas ações e de ampliar o processo democrático de inclusão e inserção do aluno e cidadão

numa sociedade informatizada e globalizada.

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Ao analisar as pesquisas/trabalhos realizados percebe-se que os autores apontam que,

ao se trabalhar com imagens por meio da tecnologia, os alunos mostraram-se mais atentos e

curiosos na busca do conhecimento, fazendo associações da teoria com as imagens

visualizadas, o que contribuiu para a ampliação de conhecimentos e formação de conceitos

sobre o espaço geográfico. No decorrer das atividades desenvolvidas, percebe-se que alguns

alunos desinteressados, inquietos, com dificuldades de concentração, mudam de atitude

quando envolvidos com atividades utilizando-se as tecnologias, neste caso, o Google Earth.

Os trabalhos já desenvolvidos acerca do tema em questão ressaltam a importância do

Google Earth como recurso didático no processo de ensino e aprendizagem. Porém seus

autores constatam que o seu acesso não acontece no espaço escolar. A escola possui

computadores disponíveis, todavia há falta de estrutura e adequação para o uso do programa;

poucos estudos analisam suas reais contribuições no ensino; problemática encontrada na

conexão, internet com conexão de baixa velocidade torna o software “pesado”, lento e com

sucessivas quedas, resultando no mau funcionamento do programa.

Esta pesquisa diferencia-se das anteriormente apresentadas porque indica a categoria

contradição como norteadora do processo. Ela existe fortemente entre a importância do

Google Earth como recurso didático no processo de ensino e aprendizagem e sua utilização,

uma vez que não é usado, pois os laboratórios de informática das escolas estaduais do

município de Francisco Beltrão, PR, apresentam problemas de cunho estrutural em

equipamentos, computadores e acesso à internet de qualidade, impossibilitando a utilização de

recursos como Google Earth, Street View, Google Maps e Maplink, disponíveis na internet.

Ao questionar a comunidade escolar se ocorre o uso, as respostas são afirmativas, todavia isso

não acontece por falta de estrutura.

Nesse sentido, o Google Earth e suas imagens não são utilizados, no cotidiano, como

recurso didático para o ensino de Geografia uma vez que os laboratórios de informática não

dispõem de equipamentos com configurações adequadas nem internet de qualidade,

necessária para instalação e acesso ao Google Earth. Conforme pode ser visualizado no

próximo capítulo. Nele apresentam-se dados sobre a utilização do Google Earth nas escolas

do município de Francisco Beltrão levantados por meio de questionário semiestruturado,

realizado com vinte e dois professores do NRE de Francisco Beltrão, assim como informações

realtivas à realidade dos laboratórios de informática das escolas públicas do Paraná como

tipos de laboratórios, quantidade e configuração dos computadores, velocidade e banda da

internet das escolas, entre outros.

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II IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA E DOS RECURSOS NO ENSINO DA

GEOGRAFIA

2.1 Princípios Educativos e o Uso das Tecnologias em Sala de Aula

É objetivo inicial deste capítulo compreender a importância dos recursos didáticos

para o processo ensino e aprendizagem. Para falar do processo educativo e das novas

tecnologias no ensino é mister reportar aos ensinamentos de Comenius (1592 – 1670). Para

tanto é importante voltar ao século XVII e lançar um olhar para a sua obra Didática Magna,

publicada em 1640, que contém ensinamentos sobre a autonomia da educação e afirmações

sobre a necessidade de transformar a Pedagogia e dar-lhe um caráter científico de pensamento

a partir de critérios gnosiológicos e epistemológicos.

Busca-se compreender em Comenius o conceito de educação bem como mostrar que

a didática ainda se constitui em importante campo do saber. Desde o século XVII responde

pedagogicamente às necessidades humanas. Constitui-se como arte pertinente para comunicar

às novas gerações a universalidade do novo tempo. Naquele século Comenius defendia o uso

do jogo e das brincadeiras como recursos para tornar eficaz o processo de ensino e de

aprendizagem. Quatro séculos depois tais recursos continuam sendo utilizados nas salas de

aula, porém com o enfoque e as ferramentas tecnológicas a apontar para a importância de se

usar os recursos tecnológicos.

Comenius, em sua obra, desenvolveu suas principais ideias sobre educação e

conhecimento. Aprofundou um dos grandes problemas epistemológicos do seu tempo, que era

a questão do método (JAPIASSÚ e MARCONDES, 2005). Também é de sua autoria o

primeiro livro pedagógico ilustrado, conhecido como Orbis Pictus (1650).

A proposta da Didática Magna foi a reforma da escola com vistas ao ensino e à

aprendizagem, a aplicação de um método que forme um indivíduo cidadão a partir de sua

inserção na vida comunitária e religiosa sem perder de vista as leis fundamentais e a estrutura

da natureza.

Ser criatura racional significa ser capaz de indagar, de dar nomes às coisas e

de classifica-lás, isto é, conhecer, poder designar e entender todas as coisas

do mundo, como é evidente no gênese (II, 19). Ou então, como enumera

Salomão (Sb VII, 17): Saber a constituição do universo e a força dos

elementos, o princípio, o fim e o meio dos tempos, a alternância dos

solstícios e as mudanças das estações, as transformações anuais e as posições

dos astros, as naturezas dos animais e os instintos das feras, os poderes dos

espíritos e os pensamentos dos homens, as variedades das plantas e as

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virtudes das raízes. Numa palavra, todas as coisas, secretas ou patentes etc.;

nisto estão inclusos também o conhecimento das técnicas e a arte homilética

para que, como diz o Eclesiástico, em coisa alguma, pequena ou grande, haja

nada de desconhecido (Ecle V, 18). Só assim, realmente, poderá conservar o

título de animal racional, isto é, se conhecer as razões de todas as coisas

(COMENIUS, 2006, p. 53-54).

Comenius defendia que as reformas sociais seriam possíveis por meio da educação.

Para Comenius ela servia de instrumento ideal para libertação das classes e salvação do povo,

pois concebe o homem enquanto imagem e semelhança divina, porém capaz de se construir

pelo trabalho. A renovação estava, por um lado, na

[...] ênfase na memorização, na diretividade total do professor, na exposição

docente do conteúdo, na passividade do aluno a quem cabe apenas ouvir,

destaca-se, por outra parte, como nova forma de ensino, a imitação da

natureza, a observação e a experimentação, os processos das artes

mecânicas, os métodos da nova forma de trabalho e da ciência (GASPARIN,

1994, p. 41).

O processo de mudança e de transformação que marcaram a metade do século XVII

estimulou o pensamento de Comenius, que olhava para o ser humano como um todo e

afirmava a urgência de uma reforma educativa diante da realidade vivida pelo

desenvolvimento urbano e industrial da época. Seu projeto educacional estava voltando para o

atendimento de todas as classes sociais, indiferente de gênero e de idade com o intuito de tirar

o sujeito da ignorância e colocá-lo em liberdade. Porém a salvação dar-se-ia pela fé e pela

religião.

Comenius defendia a igualdade, pois “[...] para ele a educação era a base para se

atingir uma sociedade perfeita, por isso investiu tanto tempo na reforma escolar, pois

acreditava que ela era o ponto de partida de qualquer trabalho em favor da humanidade”

(AHLERT, 2003, p. 99). A mudança social nessa perspectiva só se daria pela educação. As

alterações dos modelos educacionais da época e as propostas apresentadas exigiam um novo

modelo educativo. Ao falar da prática, defendia que todo conhecimento deveria ser conhecido

e comprovado através da prática (experimentação).

Segundo Japiassú e Marcondes (2005), Comenius tinha três princípios filosóficos

fundamentais, baseando-se o primeiro na igualdade dos seres humanos, numa sociedade

universal e numa escola aberta sem distinção sexual. O segundo, que a educação tinha um

papel humanizante e, o terceiro, que tudo se aprende pelo sensível, pela interação do ser

humano com as coisas, o método e o tempo.

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Entre as inúmeras ideias de Comenius, a constante busca do desenvolvimento do

indivíduo e do grupo destacavam-se, juntamente em tornar mais fácil e agradável o ensino

escolar, transformando os seus métodos. Para ele, a didática era, ao mesmo tempo, processo e

tratado.

Nesse sentido, a didática de Comenius era pautada em:

Tudo o que se deve saber deve ser ensinado; qualquer coisa que se ensine

deverá ser ensinada em sua aplicação prática, no seu uso definido; deve-se

ensinar de maneira direta e clara; ensinar a verdadeira natureza das coisas,

partindo de suas causas; explicar primeiro os princípios gerais; ensinar as

coisas em seu devido tempo; não abandonar nenhum assunto até sua perfeita

compreensão; dar a devida importância às diferenças que existem entre as

coisas (SUCHODOLSKI, 2004, p. 25).

Por meio desses princípios didáticos de Comenius, é possível concluir que suas

ideias sobre o processo de ensino e aprendizagem passam basicamente por três elementos:

compreensão, retenção e práticas. Luta-se até hoje para que isso aconteça de fato, pois há

muita informação e pouca compreensão.

É necessário aprender uma coisa de cada vez, com ordem, dominando bem

um conteúdo antes de passar a outro. Em sua didática, exercícios constantes

para todas as matérias, até que o aprendido se torne uma segunda natureza,

hábito, por meio do qual o aluno possa agir naturalmente. Nada se obrigue

uma criança a recitar de cor uma lição, sem ter a certeza de que ela a

compreendeu (COMENIUS, 2002, p.243).

Sem excluir a preocupação com teoria e prática deve-se pensar a educação para além

da transmissão do conhecimento; a aprendizagem deve ser significativa porque o aluno

aprende vendo, brincando e fazendo. A educação deve apresentar sua dimensão

integralizadora no sentido de formar o homem nas diversas dimensões: cultural, intelectual,

espiritual e profissional. Assim, os conteúdos devem estar articulados com a prática conforme

destaca:

Por isso, nas escolas deverão ser ensinadas não só as letras, mas também a

moral e a piedade. As letras refinam o intelecto, a língua e a mão do homem,

para que ele possa contemplar, falar e obrar de modo racional em todas as

coisas úteis. Se for esquecida uma dessas funções, haverá hiato que não só

será pernicioso para a instrução, mas também será capaz de infirmar a

solidez do processo educativo. Porque nada pode ser sólido se não for

coerente em todas as suas partes (COMENIUS, 2011, p.186).

Assim, a educação tem duplo caráter, ou seja, o sujeito e a sociedade. O primeiro é

importante para a escola quando se propõe um método de ensino capaz de ensiná-lo a ampliar

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seus conhecimentos e possa aprender os conceitos e a realidade em que vive. Nessa linha de

pensamento, a escola precisa utilizar recursos didáticos para o processo de ensino e

aprendizagem:

[...] a escola precisa aproveitar essa riqueza de recursos externos, não para

reproduzi-los em sala de aula, mas para polarizar essas afirmações, orientar

as discussões, preencher as lacunas do que não foi apreendido, ensinar os

alunos a estabelecer distâncias críticas com o que é veiculado pelos meios de

comunicação (KENSKI, 1996, P.143).

Os recursos didáticos são utilizados com o intuito de auxiliar o desenvolvimento da

aprendizagem e da necessidade de que o educando assuma uma postura crítica e reflexiva

sobre o que aprende. Para Comenius (2011), os métodos de ensino, nas escolas, são

ineficientes, pois os procedimentos adotados para ensinar estão na contramão dos princípios

gerais da didática. Afirma, ainda, que existe desorganização dos conteúdos, pois:

Em suas obras, a natureza não procede confusamente, mas de modo claro.

[...]. Assim o arquiteto, quando assenta as fundações, não constrói ao mesmo

tempo as paredes e muito menos põe o teto, mas faz cada uma dessas coisas

em seu devido tempo e lugar. [...] nas escolas, porém, há uma grande

confusão que deriva de se querer abarrotar as mentes dos alunos com muitos

conhecimentos ao mesmo tempo (COMENIUS, 2011, p.112).

A falta de uma metodologia de ensino que considere como ponto de partida o que já

é conhecido pelo aluno e o uso de tecnologias, na escola, são causas, já apontadas no século

XVII, da educação desmotivadora e alienada; “[...] muitos se espantarão e se indignarão por

existirem homens que ousam censurar as escolas, os livros e os métodos até agora usados por

suas imperfeições e prometer algo inusitado e superior a qualquer imaginação” (COMENIUS,

2011, p. 112). As novas tecnologias, novos métodos, novos recursos precisam ser levados à

prática em especial no ensino de Geografia.

As novas formas de viver, de trabalhar e de se relacionar proporcionadas pelas novas

tecnologias devem ser usadas nas escolas como recursos que estimulem o aprender:

Portanto, as escolas contrariam essa ordem quando ensinam o desconhecido

por meio do próprio desconhecido, como acontece: 1) quando a principiantes

são ensinadas, em latim, regras em hebraico, árabe etc.; 2) quando também a

principiantes é oferecido como auxiliar um léxico latino-vulgar, quando

deveria ser ao contrário; isso porque eles não aprendem o vernáculo através

do latim, mas precisam aprender o latim através da língua materna, que se

conhecem [...]; 3) quando se confia um aluno a um estrangeiro, que não

conhece a língua materna do aluno; pois, se não dispõem de um instrumento

comum para conversarem e só podem discutir através de sinais e conjeturas,

o que edificariam senão as nações [...] (COMENIUS, 2011, p. 173).

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Quando as escolas não disponibilizam os novos recursos tecnológicos aliados ao

processo de ensino e aprendizagem a situação torna-se maçante e desestimuladora assim

como a aprendizagem da língua ressaltada por Comenius.

É fundamental que, diante de todas as inquietações trazidas pelas novas tecnologias

do mundo moderno, a escola possa oferecer aos seus estudantes novos recursos para aprender

e para formar o sujeito como um todo e torná-lo capaz de atuar de forma consciente no mundo

contemporâneo. Nos quatro séculos após a obra de Comenius, a sociedade continua dividida

em donos dos meios de produção e os que vendem sua mão de obra, mas é pelo trabalho que o

homem vai-se constituindo. “[...] o trabalho material possibilitava que fossem captados e

aceitos os novos pensamentos. Começava a instalar-se o observável, o experimental, a dúvida

sobre as certezas absolutas [...]” (GASPARIN, 1992, p. 34)

Assim, a obra de Comenius revela que ele teve preocupação com o conhecimento

humano quando destaca que

O homem, que por toda a vida, tem infinitas coisas para conhecer,

experimentar e fazer deve abrir a tempo seus sentidos à contemplação das

coisas. [...]quem quiser tornar-se bom copista, pintor, alfaiate, músico, etc.,

deverá aplicar-se ao ofício desde os primeiros anos (quando a imaginação

ainda é ágil e os dedos flexíveis), pois de outro modo não atingirá seus fins

[...], (COMENIUS, 2011, p. 78).

No período em que Comenius viveu, a religião influenciava consideravelmente o

pensamento das pessoas. Era dotado de um humanismo ímpar, e tinha muita sensibilidade e

compaixão pelos seres humanos, tentando sempre aproximá-los de Deus.

Tanto quanto possível, os homens devem ser ensinados, não a ir buscar a

ciência aos livros, mas ao céu, a terra, aos carvalhos e as faias, isto é, a

conhecer e perscrutar as próprias coisas, e não apenas as observações e os

testemunhos alheios acerca das coisas (COMENIUS, 2002, p. 259).

Como Comenius viveu num momento de transição do modo de produção feudal para

o capitalista, ele atribuiu à escola um papel importante na educação do homem para o

trabalho, evitando, assim, a ociosidade. E, ao executar as atividades, o aprendiz deve ser

capaz de utilizar aquilo que aprendeu, compreendeu e por isso o papel do ensino tem função

primordial como destaca: “[...] jamais a arte de ensinar ocupara posição social tão destacada.

Por outro lado, ele se colocara no campo popular, o que, com certeza, lhe valeria muitas

críticas, deveria enfrentar muitas polêmicas, pois equivalia a romper com o monopólio de uma

elite e com uma determinada linha de ensino e de conteúdo [...]” (GASPARIM, 1992, p. 68).

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Comenius foi um educador com visão globalizante e bem à frente do seu tempo;

mantinha interesse por todas as esferas do conhecimento e, assim, sonhou em construir uma

Pansofia4, que, segundo Santana (2008), seria uma sabedoria universal abrangendo a

totalidade.

A educação é a “[...] arte de fazer germinar as sementes interiores as quais não se

desenvolverão a não ser que sejam solicitados por oportunas experiências, variadas e ricas”.

(COMENIUS, 2006, p. 185). A educação se desenvolveria pela vida toda, e os homens

tinham que conhecer, experimentar e executar muitas coisas; enfim, ela deveria ser

permanente, inclusiva e libertadora. Defendia também que o tempo de cada um aprender tinha

que ser respeitado e que todos tinham condição de se desenvolver intelectualmente e

moralmente.

A escola deve formar o aluno de forma integral e prepará-lo para os enfrentamentos

da vida moderna. Porém, na sala de aula, existem diferentes níveis de desenvolvimento do

estudante, tanto na idade como na aprendizagem. Comenius trabalha com os diferentes graus

de desenvolvimento dos estudantes salientando que existem os principiantes, os adiantados e

os mais adiantados. Dessa forma, os recursos didáticos a serem utilizados devem respeitar os

diferentes níveis de desenvolvimento dos estudantes. Defende que “os livros devem ter essas

características universais absolutas porque eles, por meio da educação, são os instrumentos da

reforma do mundo, servindo nas escolas universais para que tudo seja ensinado a todos, e

todos sejam educados universalmente” (GASPARIM, 1994, p. 131).

Mesmo com o uso dos livros, há necessidade de um profissional que auxilie no

manuseio e na utilização deles bem como é preciso que existam outros instrumentos para que,

de fato, ocorra aprendizagem. A ideia de avançar no conteúdo sem que o estudante tenha

aprendido o anterior é improdutivo. “[...] é quase impossível que todos tenham o mesmo

método, provindo daí a distração dos espíritos ainda tenros e os obstáculos à formação”

(COMENIUS, 2011, p. 167).

Para que, de fato, isso aconteça no cotidiano da sala de aula, a escola, por meio do

professor, precisa dar significado ao conteúdo ensinado, contribuindo para que o aluno

perceba as aplicações práticas do conteúdo em seu dia a dia, para que o que aprendeu na

escola possa interferir de forma consciente e contribuir para melhorar a forma e a qualidade

de vida em sociedade. Então, destaca:

4Estudo de todos os conhecimentos do universo; Ciência universal; todo o saber.

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Utilizar recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem é

importante para que o aluno assimile o conteúdo trabalhado, desenvolvendo

sua criatividade, coordenação motora e habilidade de manusear objetos

diversos que poderão ser utilizados pelo professor na aplicação de suas aulas

(SOUZA, 2007, p. 112-113).

O uso de metodologias de ensino diferenciadas é uma alternativa para que a

aprendizagem aconteça e tenha sentido na vida do estudante. Diante disso,“[...] o modo de

saber não só o que foi aprendido, mas muito mais, não só repetindo com habilidade os juízos

hauridos dos preceptores e dos autores, mas também formulando pessoalmente sólidos juízos

a respeito das coisas” (COMENIUS, 2011, p. 183).

Pensar o sistema de ensino educacional e as mudanças necessárias na escola para

que, realmente, o que se aprende possa ter sentido prático na vida do estudante deve-se pensar

o uso de metodologias capazes de tornar o conteúdo de sala de aula atraente para o aluno. “O

professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos disponíveis e

muita criatividade” (SOUZA 2007, p. 111). Ao utilizar os recursos disponíveis o professor

precisa compreender a função dos recursos didáticos que está usando.

O uso de materiais didáticos no ensino escolar deve ser sempre

acompanhado de uma reflexão pedagógica quanto a sua verdadeira utilidade

no processo de ensino e aprendizagem, para que se alcance o objetivo

proposto. Não se pode perder em teorias, mas também não se deve utilizar

qualquer recurso didático por si só sem objetivos claros (SOUZA, 2007, p.

113).

A aprendizagem pode ser significativa quando os recursos didáticos são utilizados

com segurança pelo professor.

[...] é necessário que o professor esteja preparado, capacitado, ter

criatividade para explorar os recursos que estão ao seu alcance, com o

objetivo de aproveitar todos os benefícios que os mesmos possam

proporcionar. O professor deve se planejar para que a aplicação desses

recursos não se torne meramente uma ação recreativa, eles devem ser usados

dentro do processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para assimilação

do conteúdo ministrado na disciplina, por parte dos alunos (SILVA et al.

2012, p. 3).

Em relação à organização escolar e os planos de estudos, Comenius dizia que os

conteúdos deveriam ser trabalhados de forma a iniciar pela base e ir aprofundando, conforme

ocorre a compreensão, muito semelhante ao que é definido como currículo em espiral nos dias

de hoje.

Comenius afirmava também que o currículo, o conteúdo e a didática utilizados nas

escolas deveriam fazer com que os alunos entendessem as articulações das coisas, juntamente

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com o processo de criação, seus fins, meios e métodos de utilização. E que todos fossem

capazes de dominar a linguagem para expressar o pensamento e distinguir as coisas essenciais

para o desenvolvimento de uma vida feliz (GONÇALVES 2007).

Assim, cada vez mais, faz-se necessário um currículo que ofereça a formação

necessária para o enfrentamento da realidade e sua transformação social, econômica e

política. Gramsci, influenciado por Comenius, também defendia uma educação na qual o

espaço de conhecimento na escola deveria ser equivalente à ideia de atelier-biblioteca-oficina,

em favor de uma formação, a um só tempo humanista e tecnológica (DCNS, 2008, p. 20).

Assim, considerando os ensinamentos de Comenius, os recursos tecnológicos para

ensinar Geografia precisam ser usados com o intuito de “atelier-biblioteca-oficina” sugerido

por Gramsci, ou seja, que sejam utilizados de forma coerente dentro de uma proposta de

trabalho que incentive os alunos a procurar respostas para os problemas apresentados em sala

de aula.

Por exemplo, ao trabalhar com as imagens do Google Earth, elas não devem estar

dissociadas do conteúdo; o professor precisa preparar a aula com vistas a uma pesquisa que se

fundamente nas categorias de análise do espaço geográfico e nos fundamentos teóricos

conceituais da Geografia e não apenas na utilização do programa como ilustração de alguma

coisa ou daquilo que o professor explicou.

Ainda, ao se trabalhar com imagens de algum ponto do espaço geográfico, este

precisa ser analisado na sua totalidade, nas contradições existentes, na aparência e na essência

da produção historicamente construído do local. Essa forma de trabalhar pertence ao método

dialético que defende que nenhum fenômeno pode ser entendido isoladamente.

O processo de apropriação e construção do conhecimento dá-se a partir da

intervenção intencional da prática docente, mediante um planejamento com clareza do que,

como e porque ensinar determinado conteúdo, considerando o conhecimento prévio dos

alunos para relacioná-lo com o científico de forma contextualizada. Isso significa que o

professor terá que criar uma situação problema, instigante e provocativa para envolver os

alunos no processo de ensino e aprendizagem.

Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares dos

conteúdos, porém sem perder a especificidade da Geografia. Esse processo deve acontecer de

forma dialogada, possibilitando aos alunos questionar, criticar, analisar e compreender como e

porque ocorreu tal fenômeno.

Dessa forma, o professor, para trabalhar com imagens, precisa fazer uso da didática,

que pode ser entendida ou traduzida como a arte ou técnica de ensinar, fazendo opção pela

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teoria pedagógica que melhor embase sua prática, considerando o contexto da aprendizagem e

as metodologias selecionadas. A didática favorece a reflexão, a análise e a avaliação do

processo de ensino e aprendizagem, intervindo de forma mais eficiente na realidade da sala de

aula.

Assim, para se utilizar as tecnologias como recursos didáticos nas escolas, faz-se

necessário um planejamento das atividades, considerando os quatro elementos básicos:

objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação. De acordo com o momento histórico e

político, esses elementos mudam e tomam importância diferenciada.

Ao se trabalhar com as tecnologias, muitas possibilidades se abrem no campo

escolar, contudo, é preciso que o professor conheça os recursos que tem a sua disposição se

quiser que o aprendizado aconteça de fato. O uso das tecnologias na escola, além de

disponibilizar um laboratório de informática, implica aliar métodos e metodologias na busca

de uma didática mais interativa e com sentido.

A didática precisa ser reinventada porque, hoje o mundo é tecnológico. Entretanto a

maioria dos professores continua a dar aulas da mesma forma como foram educados. Essa

dualidade gera um grande desconforto, pois ninguém oferece aquilo que não tem. Porém,

integrar o uso de tecnologias na sala de aula é fator determinante para acompanhar as

mudanças.

É um desafio para os docentes utilizar as tecnologias de forma que facilitem o

desenvolvimento integral dos alunos. Para isso, para ensinar, o professor precisa da teoria e de

práticas que ensinem a pensar, que ajudem a desenvolver o senso crítico e o raciocínio lógico,

que auxiliem a aprender a pesquisar, a buscar informações nos diferentes meios, que possam

realizar inúmeras abordagens com o mesmo conteúdo.

A escola e, consequentemente, o ensino da Geografia, passam por sensíveis

transformações, mas muito ainda precisa ser modificado e transformado, já que o século XXI

exige formação constante, devido às rápidas e inevitáveis mudanças nos processos produtivos,

nas técnicas, nos equipamentos, nos métodos e nas formas como as sociedades se organizam,

já que os sujeitos são frutos do seu tempo histórico e das relações sociais em que estão

inseridos.

Segundo as DCNS, os conteúdos de Geografia devem ser tratados na escola de modo

contextualizado, estabelecendo entre eles relações interdisciplinares e colocando sob suspeita

tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade

atemporal dado a eles. Sobre o currículo as DCNS, dizem:

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Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar

de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é

especialmente importante para os estudantes das classes menos

favorecidas, que tem nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de

acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica

e do contato com a arte (DCNS, 2008, p.14).

As DCNS propõem que os conhecimentos de Geografia não sejam apenas técnicos e

tradicionais, mas que eles sejam trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar e que

contribuam para que os alunos façam a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas

presentes nas estruturas da sociedade.

Para Mészáros (2006), a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada

em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem

(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e alunos conscientizarem-se da

necessidade de uma educação emancipadora.

Que a educação deve ser sempre continuada, permanente ou não é educação.

Defende a existência de práticas educacionais que permitam aos educadores

e alunos trabalharem as mudanças necessárias para a construção de uma

sociedade na qual o capital não explore mais o tempo de lazer, pois as

classes dominantes impõem uma educação para o trabalho alienante, com o

objetivo de manter o homem dominado. Já a educação libertadora teria como

função transformar o trabalhador em um agente político, que pensa, que age,

e que usa a palavra como arma para transformar o mundo (MÉSZÁROS,

2006, p. 12).

Assim, as mudanças na educação precisam ser qualitativas para que elas possam

romper com a lógica do capital e transformar as relações humanas. Para Gramsci “educar é

colocar fim a separação entre Homo faber e Homo sapiens” (MÉSZÁROS, 2006, p. 09). É

resgatar o sentido estruturante da educação e de sua relação com o trabalho, as suas

possibilidades criativas e emancipatórias. Transformar essas ideias e princípios em práticas

concretas é uma tarefa a exigir ações que vão muito além dos espaços das salas de aula.

Desde a década de noventa, as escolas vem incorporando nas suas estruturas físicas,

espaços para o uso da tecnologia como sala de vídeos, laboratórios de informática, projetores

multimídias, tv pen drive e, atualmente, as lousas digitais como forma de tentar modernizar o

espaço escolar.

No entanto, é perceptível a falta de preparação de grande parte dos professores para

desenvolver estratégias de ensino que utilizem esses recursos para trabalhar os conteúdos de

forma que levem os alunos a pensar e de fato aprender. As tecnologias disponíveis nas escolas

ainda servem, com frequência, para reproduzir um modelo tradicional, com aulas expositivas

e pouca construção coletiva do conhecimento.

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Há diversos meios de empregar tecnologia na sala de aula, mas o mais recomendado

por Resnick (2014) é usá-la para criar abordagens inovadoras de ensino e aprendizagem e

levar os alunos a serem pensadores criativos e críticos, desenvolvendo-se por meio de

trabalhos coletivos que envolvam a experimentação e a construção de novas formas de

aprendizagem e de se relacionarem com o mundo.

Porém, a cultura das aulas expositivas está muito presente no cotidiano das escolas, e

as mudanças demoram; elas são processuais e só acontecem quando são frutos de longas

discussões e internalização. A situação é que há professores formados e preparados para uma

realidade que não existe mais e alunos de outra geração que esperam algo novo do

conhecimento gerado no ambiente escolar.

O uso da tecnologia de forma coerente poderia auxiliar a romper com essa realidade

discutida e estabelecida. É preciso inovar as aulas, com metodologias diferenciadas, em que

os alunos entrem em contato com o conhecimento histórico produzido pelas sociedades e que

a partir disso possam criar novas ideias e desenvolver abordagens originais que levem ao

aprendizado com sentido.

Diante das tecnologias, o ensino precisa permitir uma aprendizagem que possibilite o

indivíduo a viver e compreender a dinâmica social de forma ampla, profunda e emancipadora.

Como as tecnologias ainda são pouco utilizadas no meio escolar, há desconforto entre os

profissionais da educação que, na maioria das vezes, não conseguem superar as dificuldades e

limitações para o uso didático. Ao romper com o velho pode-se alcançar vários benefícios

com a utilização de novos recursos didáticos para o ensino da Geografia. Comenius destaca

que

[...] na escola latina, os alunos deviam lutar durante anos com as palavras,

sem as coisas, e assim os anos da adolescência passavam-se no estudo da

gramática, enquanto os estudos filosóficos ficavam reservados para a idade

mais madura. Além disso, ordenava-se aos jovens que aprendessem, nunca

que ensinassem, enquanto todas essas coisas (ler e escrever, palavras e

coisas, aprender e ensinar) devem ser simultâneas, assim como a corrida,

levantar e abaixar os pés, na conversação perguntar e responder, no jogo de

bola pegá-la e jogá-la (COMENIUS, 2011, p. 204) .

As novas tecnologias utilizadas na escola devem servir para que o aluno aprenda com

maior disposição o conteúdo ensinado, pois existe uma cobrança muito grande, por parte da

escola para que o aluno estude muito e estude tudo, acreditando que, conforme Comenius,

“[...] quanto maior o número de autores lidos, maiores seriam os progressos feitos; na

realidade, porém, eram maiores as distrações do espírito [...] sem usar muitos meios quando

bastarem poucos para atingir o objetivo” (COMENIUS, 2011, p. 206).

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Fazer a transposição didática do conhecimento para esta abordagem metodológica

sugerida não é tão simples nem tão rápida, mas é possível, e passa pela formação dos

professores que precisam refletir e fundamentar-se para poder apoiar e praticar metodologias

orientadas por uma participação ativa e criativa de todos os envolvidos no processo ensino e

aprendizagem.

Nesse sentido, os componentes centrais das obras de Comenius relacionam-se com a

universalização do ensino, com a máxima de “ensinar tudo a todos”, juntamente com as ideias

de inclusão, a seriação, o dever do Estado com a educação e a defesa em relação às inovações

pedagógicas que se fazem necessárias e permanentes no âmbito escolar.

A produção de Comenius foi muito audaciosa para seu tempo, era um visionário. Já

abordava as questões da inclusão num período que o conhecimento era apenas para nobres e

religiosos.

Devem ser confiados à escola não só os filhos dos ricos ou das pessoas mais

importantes, mas todos em igualdade, de estirpe nobre ou comum, ricos ou

pobres, meninos e meninas, em todas as cidades, aldeias, povoados,

vilarejos....(COMENIUS, 2006, p. 89).

Comenius propôs uma escola inclusiva e acessível, quase perfeita, que ainda no

século XXI luta-se para ter. Defendia que os alunos aprendessem com um método mais fácil e

prático e que encontrassem nos estudos um prazer tão grande quanto o que sentem quando

estão fora da escola.

Ao levar em consideração os ensinamentos de Comenius, o professor pode contribuir

para uma nova fase na educação contemporânea e para o progresso intelectual de seus

estudantes. Tenta-se construir essa escola pensada por Comenius, com metodologias

diferenciadas para atender a todos, mas o processo é lento, embora deva ser permanente.

2.2 Os Recursos Didáticos na Abordagem Docente

Para pensar a sala de aula e o processo de ensino e de aprendizagem, é necessário

olhar para os recursos didáticos utilizados pelos professores no dia a dia da escola. O aluno,

ao se dirigir para escola, espera aprender o conteúdo de forma descontraída e motivadora. No

entanto, na maioria das vezes, depara-se com conteúdos trabalhados de forma

descontextualizada, fragmentada e sem conexão com a sua realidade, tornando o processo de

aprendizagem difícil e desmotivador. Assim, o “recurso didático é todo material utilizado

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como auxílio no ensino e aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor

a seus alunos” (SOUZA, 2007, p. 11).

Grande diversidade de instrumentos e recursos pode ser utilizada no decorrer da aula

para que o aluno se sinta motivado e interessado em aprender determinado conteúdo, pois

“[...] os recursos didáticos são de fundamental importância no processo de desenvolvimento

cognitivo do aluno” (POLINARSKI, 2009, p. 2).

Com o uso de recursos didáticos no contexto da aula, professor e aluno podem

dialogar com maior tranquilidade sobre o conteúdo que está sendo ensinado e aprendido.

Atualmente, existem inúmeros recursos que podem ser utilizados na sala de aula como

softwares, filmes, ilustrações, documentários, internet, celulares, entre outros que contribuem

para maior dinamicidade.

O uso de diferentes recursos didáticos tornam a aula mais interessante para o aluno e

estimulam o processo de aprendizagem.

[...] os recursos didático-pedagógicos surtem maior efeito nas aulas

apresentadas aos alunos do ensino fundamental (séries iniciais), por serem

ainda crianças e se interessarem muito mais por aulas diferentes torna-se

mais fácil para uma criança se envolver mais durante a aula com recurso

pelo espírito de brincadeira que ela ainda possui (POLINARSKI, 2009, p. 4).

Ao planejar o uso de recursos didático-pedagógicos o professor deve considerar as

diferentes faixas etárias de seus alunos, pois cada fase da vida possui suas preferências com

jogos, filmes, brincadeiras, figuras, ilustrações, documentários, novas tecnologias, entre

outros.

Hoje, são lançadas novas mídias constantemente e os estudantes inserem-se nelas

com grande rapidez e facilidade.

Nesta sociedade do futuro que se inicia agora, as máquinas inteligentes

povoarão cada vez mais o cotidiano e, por consequência, o campo da

educação. Esta sociedade povoada de máquinas inteligentes já existe, [...]

utilizando com crescente intensidade computadores ligados em rede para

trabalhar ou estudar, comunicar-se, resolver problemas da vida cotidiana

(BELLONI, 2009, p. 17).

A evolução tecnológica chega às escolas e os professores são instigados a se

adaptarem a esta nova realidade, pois seus alunos já estão inseridos nelas. Assim, “[...] a

maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar no processo educativo [...] a presença de

uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o

ensino” (KENSKI, 2008, P. 44). De acordo com a autora citada, as novas tecnologias

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inseridas no cotidiano da sala de aula, em especial a televisão e os computadores, “[...]

movimentaram a educação e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, a

compreensão do aluno e o conteúdo veiculado” (KENSKI, 2008, p. 45).

A inserção desses recursos didáticos no contexto da aula é importante, pois a nova

geração de estudantes é apegada a aparelhos como tablets, iphone, aparelhos celulares e estão

conectados diariamente nas redes sociais aproximando-os de diferentes realidades, em

diferentes lugares do mundo. Assim, cabe à escola saber utilizar tais recursos de forma a

mudar de postura, pois a sala de aula assume uma nova organização, ou seja, “[...] na

configuração do espaço da sala de aula, do tempo, do número de alunos em cada turma e dos

objetivos que se pretenda alcançar” (KENSKI, 2008, p. 45).

O uso de novas tecnologias oportuniza “[...] maior flexibilidade, criatividade,

dinamicidade, interação e comunicação no processo ensino-aprendizagem, estimulando a

participação ativa do educando” (SANTOS, 2013, p. 7).

O uso de recursos didático-pedagógicos em sala de aula são de fundamental

importância, no entanto, a escola precisa preparar seus professores para que possam adequar-

se à nova realidade. Comenius (2011) já falava das tecnologias no ensino há quatro séculos.

Há um despreparo e certa resistência ao novo por parte dos professores em sala de aula quanto

ao uso das novas tecnologias como recursos didático-pedagógicos.

A sociedade está em constante transformação e em acelerado processo de inovações

tecnológicas, as quais refletem diretamente no contexto da educação. Esta

[...] é uma atividade que não se casa com a incerteza, a desordem, mas, ao

revés, pressupõe a ordenação dos elementos processuais, e isso não de

maneira mecânica, mas com a interferência de um projeto que é

essencialmente político, segue-se que ela é intencional e que é necessário

pesquisar e refletir sobre o processo de formação, de explicitação e de

colocação em ação das intenções educativas (CASTANHO, 2006, p. 37).

O processo educativo é permeado de possibilidades de uso de novas tecnologias no

cotidiano da sala de aula. Atualmente, a disseminação da internet em todos os espaços torna-a

uma ferramenta utilizada em prol da aprendizagem e pode contribuir muito para que o aluno

aprenda em qualquer espaço. A internet, como ferramenta de ensino, é poderosa, pois ao

estimular o uso dela em sala de aula, o professor pode cativar o estudante a aprender de forma

prazerosa, além de buscar exemplos atuais para o conteúdo. Dessa forma, é importante

ressaltar que, se o aluno for estimulado a participar de fóruns de debate, grupos de estudos, no

facebbok, divulgar informações no twiter, ver os vídeos no yotube, criar blogs informativos,

entre outros, estará motivando o uso da ferramenta em prol da aprendizagem. Entende-se que:

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[...] o ensino através da internet, como qualquer processo de ensino-

aprendizagem possui vantagens e desvantagens. Dentre as principais

vantagens destacam-se: 1. Distribuição do conhecimento em larga escala; 2.

Redução dos custos de distribuição, pois pela internet não há custos de

impressão e transporte. 3. São possíveis diversas técnicas de ensino, tais

como: texto, imagens, comunicação entre professores, professores e alunos e

entre os alunos. Com relação às desvantagens deste recurso pedagógico

pode-se relacionar: 1. A impessoalidade na relação entre professor e o aluno;

e 2. Restrição de aceso de pessoas carentes ao meio informatizado

(LOMBARDO, 2004, p. 1).

Se, de um lado, a internet é um excelente aplicativo para aprender, por outro, pode

transformar-se em grande vilã para o estudante que acessa os endereços eletrônicos não

relacionados aos conteúdos estudados. Ou então, usa os recursos de maneira a distrair-se sem

considerar o seu processo formativo. Para Moran:

Ensinar utilizando a internet exige uma forte dose de atenção do professor.

Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais

sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a

dispersar-se diante de tantas conexões possíveis e de endereços dentro de

outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente

(MORAN, 2000, p. 64).

Entre a sala de aula em que o professor tem como recurso o quadro e o giz e outra em

que o professor lança mão de diversos recursos didáticos, é possível dizer que a tendência de

que o aluno sinta-se mais motivado em aprender seja com o professor que se utiliza de

diferentes recursos didáticos.

Quando o professor consegue associar teoria e prática, ou dar significado ao

conteúdo trabalhado em sala de aula, por meio de recursos didático-pedagógicos

significativos para seus alunos, a motivação para o estudo poderá ser maior e o interesse em

aprender uma constante. O método utilizado pelo professor é um elemento instigador à

aprendizagem. Na mesma linha de pensamento, Moran reforça que é possível pensar o uso

dos meios de comunicação na escola em três dimensões:

Organizacional - escola mais participativa, menos centralizadora, menos

autoritária [...]; De conteúdo - uma escola que fale mais da vida, dos

problemas que afligem os jovens. Tem que preparar para o futuro [...] buscar

nos meios de comunicação abordagens do quotidiano e incorporá-las

criteriosamente nas aulas; Comunicacional - conhecer e incorporar todas as

linguagens e técnicas utilizadas pelo homem contemporâneo. Valorizar as

linguagens audiovisuais, junto com as convencionais (MORAN, 2007, p.

163).

O uso de recursos audiovisuais proporcionados pelas novas tecnologias no ensino

pode significar também lazer e entretenimento de maneira que possam ser utilizadas para

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aprender o conteúdo de sala de aula de forma menos maçante. Ao discutir a linguagem do

vídeo e da televisão em sala de aula, é importante saber que:

As linguagens da tv e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da

grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à

afetividade do que à razão. O jovem lê o que pode visualizar, precisa ver

para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e

abstrata. Lê, vendo. A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes

perceptivas: solicita constantemente a imaginação e reinveste a afetividade

com um papel de mediação primordial no mundo, enquanto a linguagem

escrita desenvolve mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica

(MORAN, 1995, p. 28).

Quando o processo de ensino e de aprendizagem considera como ponto de partida o

conhecimento que o aluno possui e alia a ele os conteúdos a serem ensinados de forma

contextualizada, interessante e de forma motivadora os resultados serão melhores, pois:

[...] é a partir de sua experiência com o mundo objetivo e do contato com as

formas culturalmente determinadas de organização do real (e com os signos

fornecidos pela cultura) que os indivíduos vão construir seu sistema de

signos, o qual consistirá numa espécie de “código” para decifração do

mundo (OLIVEIRA, 1997, p. 37).

No processo de ensinar e aprender, a função do professor é imprescindível, pois deve

estimular o estudante a ir além daquilo que ele é capaz de aprender sozinho. Assim, os

recursos didáticos podem dar significado aos conteúdos facilitando a evolução dos conceitos e

a superação das dificuldades.

O professor precisa planejar o uso de diferentes ferramentas e recursos em sala de

aula para que o estudante possa assimilar o conhecimento científico de forma a dar

significado e conseguir associá-lo à sua realidade social. A escolha das metodologias depende

das metas traçadas pelo professor em seu planejamento e da proposta pedagógica da escola.

Para o uso de recursos didáticos e metodologias adequadas a essas práticas, deve-se avaliar as

necessidades, desafios e diferentes possibilidade de resultados bem como suas limitações para

o uso de determinado recurso.

Ao analisar o uso do vídeo em sala de aula, é necessário destacar que “[...] a

tecnologia do vídeo oferece grandes possibilidades de realizar atividades didáticas, nas quais

não conta tanto a qualidade do produto, mas o trabalho realizado, o processo desenvolvido”

(FERRÉS, 1996, p. 40).

Várias são as possibilidades de uso de recursos didático-pedagógicos que possam

auxiliar no ensino. No entanto, o que se percebe, na maioria das vezes, é o uso inadequado o

que, em vez de auxiliar na aprendizagem, acaba transformando-se em recurso desfavorável.

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Inúmeras contradições são percebidas nas salas de aula, como a resistência da escola

às inovações. A fragmentação dos conteúdos poderia ser superada diante da possibilidade de

lançar mão de diferentes recursos didáticos. Porém, determinadas resistências, presentes no

cotidiano da sala de aula podem ser expressas de diferentes formas, pois a escola “representa

o primeiro passo para que os estudantes atuem como cidadãos engajados, dispostos a

questionar e confrontar a base estrutural e a natureza da ordem social” (GIROUX, 1986, p.

262).

O professor deve lançar mão de diferentes metodologias no ensino bem como

valorizar o conhecimento do aluno. O empenho no uso dos recursos tecnológicos é

imprescindível, pois, a televisão o vídeo, o computador, o aparelho de som, o celular,

softwares e outras inovações são importantes recursos com grande valor didático quando

utilizada de forma clara, objetiva e planejada. “É preciso que o professor vença sua

dificuldade em utilizá-los, sem cair em seu fascínio pelo modismo ou pelo apelo ao

sofisticado, e se aproprie deles como ferramentas auxiliares em seu trabalho”

(CAVALCANTI, 2002, p. 84).

A exploração dos recursos didáticos e das novas tecnologias no ensino da Geografia

exige do professor conhecimento intelectual e habilidade didática. Ao se referir ao processo

de ensino da Geografia, Cavalcanti afirma que é um processo com componentes fundamentais

“[...] e entre eles há de se destacar os objetivos, os conteúdos e os métodos” (CAVALCANTI,

2002, p. 12).

O processo de ensino da Geografia contribui para o aluno compreender a realidade

em que vive de forma holística e, ao mesmo tempo, possibilite interferir de forma a melhorar

o meio em que vive. Para que o ensino provoque mudanças, a escola deve possibilitar amplo

conhecimento aos estudantes, de forma que possam agir conscientemente em busca de uma

transformação social.

2.3 Google Earth nas Escolas do Município de Francisco Beltrão

Como as escolas disponibilizam, em seus laboratórios de informática, equipamentos

tecnológicos e internet, adequados e compatíveis, que suportem a utilização do Google Earth

é a questão que norteia este capítulo. Nele levantam-se dados, informações sobre a

disponibilidade e utilização desses recursos didáticos. Na representação a seguir, a localização

do município no contexto nacional e estadual.

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70

Representação 1 – Mapa do Brasil e do Paraná com a localização do município de

Francisco Beltrão

Base cartográfica: Exército, 2006 e IBGE, 2010. Org. Fábio Strey, 2013

A pesquisa foi efetivada com 22 (vinte e dois) professores de escolas estaduais que

integram o Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, nos municípios de Francisco

Beltrão, Renascença e Capanema, via questionário enviado por endereço eletrônico (e-mail)

aos professores e por meio de contato com as escolas. Na primeira tentativa, enviou-se o

questionário para cinco professores; destes, somente três responderam.

Com a intenção de levantar maior número de sujeitos, buscou-se outra maneira, por

meio do NRE de Francisco Beltrão, com apoio da professora coordenadora da disciplina de

Geografia, disponibilizou-se o questionário de modo digital. Ela enviou novamente e-mail

funcional (SEED) para todos os 143 professores efetivos de Geografia. Neste universo,

apenas dois professores contribuíram respondendo ao questionário; ou seja, os sujeitos

aumentaram para cinco.

Outra alternativa, a terceira, os questionários foram entregues pela professora

coordenadora da disciplina de Geografia, na concentração de professores, em que acontecia a

formação continuada nos municípios de Francisco Beltrão, Renascença e Capanema - PR. No

polo de Renascença, ocorreu no Colégio Padre José Vicente, em Renascença, no dia 18 de

Representatividade geográfica do

município no contexto nacional e

estadual

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junho de 2014, reunindo professores de diversos municípios como Manfrinópolis, Salgado

Filho, Enéas Marques, Verê, Flor da Serra do Sul, Marmeleiro e Renascença. No polo de

Capanema, aconteceu no dia 20 de junho de 2014, no Colégio Estadual Rocha Pombo,

reunindo professores dos municípios de Capanema, Santo Antônio do Sudoeste, Pérola

d'Oeste, Planalto e Pranchita. Em Francisco Beltrão, ocorreu no dia 14 de junho de 2013, pois

concentra grande quantidade de professores deste núcleo. Obteve-se a contribuição de

dezessete professores, totalizando, então vinte e dois sujeitos na pesquisa.

O questionário, composto por dezesseis questões (Apêndice A), trouxe os principais

problemas e dificuldades enfrentados para ensinar Geografia. O resultado bem como os

relatados dos sujeitos professores estão sistematizados no quadro a seguir:

Quadro 2 - Problemas e dificuldades para ensinar Geografia

Categoria Quantidade professores Percentual

Indisciplina e desinteresse 9 41%

Interpretação de cartas cartográficas 1 4,5%

Falta de material e estrutura física 4 18%

Falta de leitura, escrita e políticas 1 4,5%

Muito conteúdo 1 4,5%

Não responderam 6 27,5% Elaborado por Fábio Strey, 2013

Entre as dificuldades e problemas apresentados pelos professores destacam-se:

indisciplina, falta de interesse dos alunos, falta de concentração e interpretação dos alunos,

dificuldade de realizar aulas de campo e, ainda, deficiência de material didático e recursos.

Em relação à utilização de recursos tecnológicos, computadores, internet e utilização

de aplicativos, neste caso, o Google Earth, verificou-se que, entre os principais problemas e

dificuldades, destaca-se a precariedade estrutural em relação aos laboratórios de informática.

As escolas possuem apenas um laboratório para todas as disciplinas e turmas. Em sua maioria,

os laboratórios possuem poucos computadores, com configurações ultrapassadas e internet de

péssima qualidade, não sendo possível sua utilização, para outra finalidade a não ser pesquisar

no Google e digitar trabalhos. Sobre os recursos menos e mais utilizados:

Quadro 3 - Os recursos didáticos menos utilizados

Categoria (menos utilizados) Quantidade professores Percentual

Laboratório de informática 7 31,5%

Filmes e multimídia 5 23,5%

Tv pen drive 3 13,5%

Aula de campo e maquetes 2 9%

Cartazes 1 4,5%

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Livro didático 1 4,5%

Não responderam 3 13,5% Elaborado por Fábio Strey, 2013

O laboratório de informática é o local da escola menos utilizado pelos professores

(31,5%). Eles alegam ser – principalmente pela baixa disponibilidade de computadores em

condições de utilização bem como pela precariedade na internet – inadequada. As condições

dos computadores e a qualidade da internet impossibilita o trabalho com programas como o

Google Earth. Para isso é necessário configuração mínima atrelada a uma boa

conexão/velocidade de internet.

Atrelado à falta de computadores em condições de uso e de internet inadequada, as

escolas do Estado do Paraná possuem bloqueio de servidor, controlado pela Secretaria de

Estado da Educação (SEED), por meio da central em Curitiba, PR, o que impossibilita a

instalação de qualquer programa ou aplicativo e muitos professores, por nunca utilizarem o

laboratório de informática, desconhecem tal informação.

Quadro 4 - Os recursos didáticos mais utilizados

Categoria (mais utilizados) Quantidade professores Percentual

Livro didático 9 41%

Tv pen drive 9 41%

Imagens e mapas 3 13,5%

Quadro branco 1 4,5% Elaborado por Fábio Strey, 2013

O percentual de 41% dos professores utilizam o livro didático e a tv pen drive como

principal recurso em suas aulas. Porém, mesmo com o segundo recurso disponível há tempo

nas escolas, há professores que não o utilizam pelo fato de não conseguirem converter o

material/conteúdo desejado (vídeos, imagens) para o formato adequado para a tv. As imagens

e mapas são pouco utilizados, apenas 13,5% dos professores os utilizam.

No Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação tem desenvolvido projetos

que visam à integração de mídias com a finalidade de proporcionar a inclusão e o acesso de

alunos e professores da rede pública estadual a essas tecnologias. A tv pen drive foi

implantada em 2007, no Governo Roberto Requião, pelo então Secretário de Estado da

Educação Maurício Requião de Mello e Silva.

Cada professor da rede estadual de ensino recebeu um pen drive por ocasião da

implantação do projeto. O pen drive é um dispositivo portátil e o escolhido pela Secretaria de

Educação, com memória de 2G. Ele se ajusta ao computador e ao televisor – desenvolvido

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exclusivamente para o Estado do Paraná, com entrada USB e conexão universal, ou seja, as

informações do pen drive podem ser visualizadas na tela da tv pen drive e de computadores

(SEED, 2007).

Os áudios e vídeos – produzidos pela TV Paulo Freire e desenvolvidos pelos

multimeios – dos acervos de domínio público disponíveis na internet e catalogados pelo

portal, além dos acervos digitais diversos adquiridos pela Secretaria de Estado de Educação –

disponíveis no Portal Dia-a-dia Educação do Estado do Paraná, no endereço

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br – podem complementar e apoiar o processo de ensino e

aprendizagem (SEED, 2007).

Os dados no site da Secretaria de Estado de Educação5 estabelecem possível forma

de integração dos projetos, envolvem tecnologia educacional (mídia digital) bem como os

demais projetos da Secretaria que estão em mídia impressa, como o Livro Didático Público.

Na imagem a seguir, o modelo da tv pen drive.

Imagem 9 – Tv pen drive

Fonte: Google, 2013

Muitos professores não utilizam a tv pen drive pelo fato de que todo e qualquer

arquivo de texto, imagem ou vídeo a ser utilizado deve ser convertidos para formato

equivalente, ou seja, algum arquivo de texto ou apresentação de slide do Power Point deve ser

convertido para o formato jpeg para ser compatível e consequentemente ser utilizado no

5Site SEED – http://www.educacao.pr.gov.br/index.php

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equipamento. Alem de tempo, é necessário conhecimento para fazer a conversão dos

arquivos, sendo este o principal fator dos professores não o utilizarem.

Outro fator importante a ressaltar é o local, na sala onde a tv foi instalada. Em muitas

escolas, devido a questões estruturais, foi colocada no fundo da sala, em sentido oposto ao

quadro. Para sua utilização, os alunos precisavam sentar de costas para o quadro, ou seja, o

professor não consegue passar o conteúdo na tv e ao mesmo tempo, usar o quadro para

exemplificações, pois ficam em sentidos opostos. Na imagem 10, pode-se verificar a posição

ao fundo da sala onde foi instalada a tv pen drive.

Imagem 10 – Posição da tv pen drive na sala de aula

Fonte: Google, 2013

O recurso que mais facilita ou auxilia o professor no processo de ensino e

aprendizagem da Geografia, (quadro 5) a tv pen drive foi deixada de lado pelos professores,

sendo um dos fatores, a posição em que foi instalada e outro, pela dificuldade que os

professores encontram em converter os arquivos (fotos, vídeos, imagens, slides) para o

formato adequado.

Quadro 5 - Recurso didático que mais facilita e auxilia no processo de ensino e

aprendizagem de Geografia

Categoria (recurso didático adequado) Quantidade

Professores Percentual

Mapas 5 23,5%

Imagens 3 13,5%

Tv pen drive 2 9%

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Vídeos e data show 2 9%

Livro didático 2 9%

Recursos didáticos que envolvam ferramentas ligadas a

tecnologias 1 4,5%

Qualquer um a critério do professor 1 4,5%

Quadro negro e Atlas 1 4,5%

Não respondeu 1 4,5%

Jogos educativos 1 4,5%

Internet 1 4,5% Recursos audiovisuais 1 4,5% Exposição oral 1 4,5%

Elaborado por Fábio Strey, 2013

Em relação ao recurso didático que os professores julgam mais proveitoso, perpetua-

se a prática da exposição oral, uso do quadro negro, giz, livro didático, mapas e atlas. Entre os

recursos didáticos, os mapas aparecem como os mais utilizados, com 18% dos professores. A

tv pen drive foi considerada o recurso mais utilizado entre os professores, porém, apenas

13,5% deles julgaram-na o recurso que facilita e auxilia o processo de ensino e aprendizagem

de Geografia, conforme quadro 5. O laboratório de informática bem como os recursos que

utilizam ferramentas ligadas à tecnologia, utilização de programas e aplicativos ainda são

desconhecidos, ou deixados de lado pelos professores. As imagens pouco são utilizadas;

apenas (14%) fazem uso desse recurso. Em relação às necessidades para trabalhar conteúdos

de Geografia, 14% dos professores desejam mais tempo para preparar as aulas bem como

mais horas para a realização de atividades diferenciadas.

Quadro 6 - Carência e necessidades didáticas para trabalhar conteúdos de Geografia

Categoria Quantidade professores Percentual

Falta de materiais diversos 8 36%

Laboratório e computadores 5 23,5%

Equipamento (data show) 3 13,5%

Falta de tempo para planejar e preparar as aulas 2 9%

O que há na escola é suficiente e satisfatório 2 9%

Salas com mesas adequadas 1 4,5%

Não respondeu 1 4,5% Elaborado por Fábio Strey, 2013

Em relação à falta ou insuficiência de recursos didáticos para o ensino e

aprendizagem de Geografia, 36,5% dos professores estão insatisfeitos quanto à

disponibilidade desses recursos nas escolas. Apenas 9% dos professores se posicionam como

satisfeitos. Em relação aos laboratórios de informática e computadores, para 23% dos

professores a dificuldade é a insuficiência de computadores nas escolas bem como as

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configurações ultrapassadas. Outra questão levantada por 9% dos professores é a falta de

tempo ou poucas horas atividades para preparar e planejar suas aulas. No tocante à utilização

de imagens como recurso didático, observa-se no quadro abaixo, que são utilizadas pelos

professores nas aulas de Geografia. Ressalta-se que o mapa entra na categoria imagem.

Gráfico 1 – Tipos de imagens que os professores utilizam como recurso didático

Elaborado por Fábio Strey, 2013

As imagens dos livros didáticos, fotografias, mapas, revistas e jornais são os tipos de

imagens mais utilizadas nas aulas de Geografia, pela facilidade de acesso para o professor.

Entre os professores, 36,5% utilizam o mapa como imagem e recurso didático para o ensino

de Geografia. Nenhum professor abordou o uso das imagens do Google Earth como recurso

didático.

No Google Earth, há diversidade de imagens para trabalhar com vários conteúdos,

diversos aspectos com uma grande proporção da realidade. As imagens do Google Earth, por

mais que não sejam do exato momento em que estão visualizadas, são imagens recentes do

local pesquisado/estudado, entre dois ou três anos. Porém, os professores não utilizam o

Google Earth por falta de conhecimento e capacitação bem como pela precariedade dos

computadores e internet e até mesmo pela falta ou insuficiência dos mesmos nas escolas.

Sobre isso observe-se os dados abaixo.

Quadro 7 – Utilização de imagens do Google Earth como recurso didático

Categoria utilizaram (conteúdos/finalidades) Quantidade professores Percentual

Não responderam 11 50%

Localização geográfica 6 27,5%

Cartografia e projeções 2 9%

36,5

%

32%

13,5

%

9%

9%

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Mapas Fotografias Revistas Tv pen drive Livro didático

Quan

tidad

e P

rofe

ssore

s

Respostas

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Transformação do espaço geográfico 1 4,5%

Relevo 1 4,5%

Paisagens 1 4,5% Elaborado por Fábio Strey, 2013

Em relação à utilização das imagens do Google Earth para trabalhar os conteúdos de

Geografia, 50% dos professores responderam que as utilizam para trabalhar a localização

geográfica, Cartografia e projeções, para explicar as transformações no espaço geográfico, no

relevo, nas paisagens e com conteúdos diversos. A incógnita é a contradição, pois, se os dados

levantados acima indicam que, nos laboratórios de informática das escolas não há

computadores com configuração adequada, nem internet que possibilitem instalar o programa

Google Earth e no gráfico 1 não constam dados/índices referentes a utilização de imagens do

Google Earth como recurso didático, de que forma esses professores realizam o trabalho?

Quadro 8 – Utilização de imagens do Google Earth como recurso didático

Categoria não utilizaram (motivos) Quantidade professores Percentual

Não responderam 14 64%

Falta de preparo e carência de recursos

tecnológicos adequados

3 13,5%

Não utilizou e não especificou motivo. 2 9%

Os alunos não conseguem entender as imagens. 1 4,5%

As imagens são muito confusas. 1 4,5%

Pouco tempo 1 4,5% Elaborado por Fábio Strey, 2013

Entre os professores, 18% responderam que não utilizaram o recurso Google Earth

em suas aulas por motivos diversos, como: falta de preparo, carência de recursos tecnológicos

adequados, pouco tempo de aula, ou seja, más condições do laboratório de informática,

equipamentos e internet que travam. Já 9% dos professores responderam que as imagens são

muito confusas e que os alunos não conseguem entender esse tipo de imagem. Os 9%

restantes não o utilizaram bem como não especificaram os motivos.

Com isso ficam os seguintes questionamentos: os professores já usaram ou ao menos

tentaram fazer uso do Google Earth no laboratório de informática de suas escolas? As

imagens do Google Earth são realmente confusas? Para quem, professor ou aluno, ou para

ambos? Os alunos não conseguem entender este tipo de imagem ou o professor não sabe

utilizá-las de forma adequada? As escolas possuem problemas estruturais bem como falta e

insuficiência de equipamentos em seu laboratório de informática?

Entre os 50% dos professores que dizem utilizar as imagens do Google Earth,

percebe-se, conforme quadro 9, que os resultados alcançados com a utilização deste recurso

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são extremamente positivos uma vez que pode ser utilizado para trabalhar diversos conteúdos,

desperta o interesse e prende a atenção do aluno, melhorando, dessa forma, a aprendizagem.

Quadro 9 – Resultados das aulas de professores que utilizam/utilizaram as imagens do

Google Earth como metodologia

Categoria (resultados) Quantidade

Professores Percentual

Não responderam 13 59,5%

Muito positivo, os alunos conseguiram criar suas próprias

conclusões a respeito do tema, só que demorou mais que o

tempo previsto

1 4,5%

Os alunos adoram e as possibilidades de estudos geográficos

são inúmeros 1 4,5%

As atividades práticas são indispensáveis para o processo

ensino e aprendizagem, visto que facilitam a compreensão dos

educandos mediante a visualização da realidade. Eles

demonstram maior compreensão e melhor assimilação dos

conteúdos

1 4,5%

Excelentes, os alunos participam muito desse tipo de atividade 1 4,5%

Bons 1 4,5%

Muito bons, os alunos se empolgam com a atividade 1 4,5%

Prende a atenção do aluno 1 4,5%

Bons, melhorando a aprendizagem 1 4,5%

Interessantes, os alunos gostaram muito de ver a área onde

moram através do programa 1 4,5%

Elaborado por Fábio Strey, 2013

Deixaram de responder ao questionamento em relação aos resultados 59,5% dos

professores; o que leva a interpretar que não usam o Google Earth em suas aulas. Os demais

40,5% professores responderam que os alunos adoram este tipo de atividade, criando suas

próprias conclusões, visualizando a realidade e, dessa forma, melhorando a aprendizagem. Em

relação aos objetivos do uso das imagens do Google Earth no processo de ensino e

aprendizagem da Geografia, 87% dos professores consideram-no recurso importante, que

facilita o entendimento dos conteúdos, proporcionando aos alunos a ideia de dimensão

espacial. Analisando o quadro 9, 10 e 11, percebe-se contradições nas respostas dos

professores. Eles consideram o Google Earth e suas imagens um recurso muito importante

didaticamente para o ensino de Geografia, ao mesmo tempo, dizem que os laboratórios de

informática encontram-se em péssimas condições: poucos computadores, configurações

ultrapassadas, internet de baixa qualidade, falta de preparo para trabalhar ou utilizar tal

recurso com os alunos. Os professores sabem da importância do Google Earth como recurso

didático no processo de ensino e aprendizagem, porém não o utilizam, pois os laboratórios de

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informática das escolas não oferecem as condições mínimas para tal. A seguir apresentam-se

os motivos:

Quadro 10 – Objetivo no uso de imagens do Google Earth

Categoria (motivos) Quantidade

Professores Percentual

Não responderam 6 28%

Facilita o entendimento de conteúdos, mas precisamos ter

melhores condições de trabalho e mais tempo 1 4,5%

Para a visualização mais dinâmica do espaço além de

aproximar lugares, com nível considerável de detalhamento

daquilo que esta sendo representado

1 4,5%

Para mediador do processo de ensino e aprendizagem 1 4,5%

Para trabalhar os conceitos de outra forma, como

aprendíamos quando não tínhamos acesso ao Google Earth 1 4,5%

Alia tecnologia e educação ampliando o aprendizado 1 4,5%

Auxilia na compreensão de vários conceitos geográficos 1 4,5%

Visualiza bem as paisagens 1 4,5%

Não usa porque os alunos não conseguem coordenar as

imagens com a realidade

1 4,5%

Pelo fato de o aluno visualizar o que está sendo transmitido

pelo professor

1 4,5%

Facilita o acesso às imagens em tempo real 1 4,5% Alia os conceitos às visualizações 1 4,5% Enriquece o conteúdo 1 4,5% Tempo e área real 1 4,5% Para interpretação dos conceitos de paisagem, lugar,

território

1 4,5%

Mostra a realidade em tempo real 1 4,5% Proporciona aos alunos a ideia de dimensão espacial 1 4,5%

Elaborado por Fábio Strey, 2013

Em relação à importância das imagens do Google Earth para o ensino de Geografia,

28% dos professores não responderam. Para 4,5% não é importante uma vez que, para eles, os

alunos não conseguem coordenar as imagens com a realidade. Os outros 67,5% dos

professores responderam que é um recurso muito importante para o ensino aprendizado da

Geografia, pelo fato de possibilitar uma visualização mais dinâmica do espaço e além de

aproximar lugares, facilita o entendimento dos conteúdos, pode ser mediador do processo, alia

tecnologia e educação ampliando o aprendizado, auxilia na compreensão de vários conceitos

geográficos, porém há limitações e dificuldades nas escolas para a utilização das imagens do

Google Earth. Muitos professores não utilizam imagens do Google Earth pelas seguintes

dificuldades: insuficiência de computadores, precariedade de configuração, internet

desfavorável e lenta e, em alguns casos, pela falta de conhecimento em relação à utilização

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bem como dos recursos que o programa disponibiliza. A seguir são apresentadas as

dificuldades:

Quadro 11 – Dificuldades para a utilização de imagens do Google Earth na escola

Categoria (motivos) Quantidade

Professores Percentual

Não responderam 5 23,5%

Baixar as imagens com qualidades e reproduzi-las em

número suficiente para os alunos 1 4,5%

A falta de preparo para trabalhar com esse tipo de ferramenta

e a precarização dos aparatos tecnológicos existentes na

escola

1 4,5%

Inúmeras: muitos alunos poucos computadores, horário

limitado para o trabalho, computadores sem manutenção e

que não funcionam, entre outras

1 4,5%

Internet que funcione efetivamente, vontade e conhecimento

do professor para utilizar tal recurso 1 4,5%

Os laboratórios estão sempre congestionados e, muitas

vezes, não há equipamento para todos 1 4,5%

Laboratório, nem sempre a internet está com bom acesso 1 4,5%

Acesso a internet 1 4,5%

Desconhecimento pelos alunos 1 4,5%

Laboratório com dificuldade de acesso e tv multimídia com

limitações 1 4,5%

Conexão da internet 1 4,5% Internet lenta, trava 1 4,5% Quantidade de computadores e em funcionamento, internet

de qualidade que funcione

1 4,5%

Tempo para pesquisa 1 4,5% Internet sem fio 1 4,5% Os equipamentos possuem ferramentas limitadas, os

laboratórios na maioria das escolas possuem sinal limitado

1 4,5%

Problema com internet, ruim 1 4,5% As imagens não são compatíveis com a tv pen drive 1 4,5%

Elaborado por Fábio Strey, 2013

As dificuldades para a utilização do Google Earth estão praticamente atreladas às

questões estruturais: insuficiência de computadores, internet inadequada, entre outros. Os

professores justificam a falta de preparo para trabalhar com esse tipo de ferramenta. Apontam

também a questão da necessidade de conhecimento do professor para trabalhar com este tipo

de ferramenta. Outros apresentam como dificuldade o desconhecimento por parte dos alunos.

Preparar atividades, ou aula, no laboratório de informática requer tempo, tanto para a

preparação quanto para execução (prática). Esta dificuldade é justificada pelos professores

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devido à diminuição da carga horária da disciplina de Geografia e a necessidade de ministrar

os conteúdos mínimos aos alunos.

Em relação à carga horária da disciplina de Geografia, 95,5% dos professores

alegaram ser insuficiente para trabalhar com imagens e com o Google Earth. Há precariedade

quanto à carga horária da disciplina que, segundo os professores, é questão fundamental para

utilizar esse recurso. Apenas o professor 10 coloca que a carga horária é suficiente (4,5%).

Praticamente todas as escolas possuem laboratório de informática, porém, os professores

alegam que a carga horária, no caso da disciplina de Geografia, não contempla a utilização do

mesmo, pois há necessidade de carga horária adequada para preparação e realização de

atividade prática principalmente quando esta se der pela utilização de computadores.

Sobre os laboratórios de informática, um professor que disse: “Sim, há laboratório,

mas com precariedade visto que a biblioteca encontra-se na mesma sala; ambos, laboratório

de informática e biblioteca ocupam o mesmo espaço e isso acaba limitando de forma

considerável o uso dos computadores (professor 2)”. Eis um problema estrutural que dificulta

e até mesmo impossibilita certas atividades.

Os professores declaram que o laboratório de informática varia de uma para outra

escola com quantidades diferentes de equipamentos de acordo com a escola. Professores não

sabem ao certo a quantidade que possui em sua escola (4%). Os demais 96% dos professores

afirmam que a média é de vinte e três computadores. Considerando que a maioria das turmas

de Ensino Médio possui mais de 40 alunos, para a utilização do laboratório de informática a

previsão é de dois alunos para cada computador.

Um dado importante a ressaltar é que, em alguns casos, devido à insuficiência de

equipamentos e computadores, há necessidade de três alunos por computador, o que dificulta

a utilização e, em consequência, a aprendizagem, uma vez que o ideal seria um computador

por aluno. Isso não justifica, porém, a falta de uso do Google Earth, nem do número de aulas.

Quanto à existência de limitações para utilização dos computadores bem como do

laboratório de informática, 23% dos professores responderam que não há limitação, porém,

em suas respostas, abordaram o gerenciamento e bloqueio do servidor controlado pela SEED

bem como a necessidade de agendamento na escola. Os 78% dos professores responderam

que existem muitas limitações para utilização do laboratório: agendamento, más condições

dos equipamentos, apenas um laboratório por escola para todas as disciplinas, preferência

para alunos do técnico e a maioria das páginas não podem ser acessadas. O gerenciamento de

rede por meio do servidor realiza o bloqueio automático programado para determinados sites

como também impossibilita a utilização de determinados programas e aplicativos. Esse

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gerenciamento ocorre nos NRE por meio das CRTE e no Estado pelo NII da SEED. Os

computadores utilizam em seu sistema operacional o Mozila educacional. Esse sistema por ser

limitado, não oferece os requisitos mínimos para instalação de determinados aplicativos e

programas, neste caso, o Google Earth. Não é possível realizar a instalação de programas nos

computadores dos laboratórios de informática devido ao gerenciamento de rede e servidor.

Toda e qualquer instalação deve ser solicitada às CRTE dos NRE, os quais encaminham tais

solicitações ao NII da SEED.

Em relação a bloqueio da internet, 9% responderam que não há bloqueio pelo

servidor. Os 87% dos professores restantes responderam que o bloqueio é controlado pela

SEED. Alguns professores nem sabem disso. Apenas 27% dos professores responderam que

não existe a possibilidade de utilizar o Google Earth por problemas de bloqueio de servidor,

problema de internet e problemas de configuração/programas instalados nos computadores;

73% dos professores declararam que é possível utilizar o aplicativo Google Earth nas escolas.

Essas considerações levam a entender que os professores que responderam “sim” é pela falta

de conhecimento das possibilidades e das condições do laboratório de informática da sua

escola, uma vez que, no Estado do Paraná, o servidor é controlado por uma central em

Curitiba, não permitindo a instalação do aplicativo Google Earth pelo fato do servidor não

suportar vários computadores utilizando o programa ao mesmo tempo. Há contradição em

algumas respostas dos professores, o que indica desconhecimento do fato. Na realidade, e por

saberem da importância pedagógica, dizem que usam, o que não se concretiza na prática.

Anunciado pelo ministro Aloizio Mercadante6 o MEC

7 lançou, em 2012, o projeto

Educação Digital – Política cujo objetivo era o uso de computadores interativos e tablets, isto

é, oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas públicas para o uso

intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino e

aprendizagem (MEC, 2012).

Conforme o ministro, o mundo evolui em direção à sociedade do conhecimento e a

escola tem que acompanhar esse processo. “É muito importante que a gente construa uma

estratégia sólida para que a escola possa formar e preparar essa nova geração para o uso de

tecnologias da informação” (MERCADANTE, 2012). Para o ministro, esse é um processo

que governo federal quer acelerar sem atropelos. “É evidente que a tecnologia não é um

objetivo em si, nada substitui a relação professor-aluno” (MERCADANTE, 2012). A

tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto maiores forem os cuidados pedagógicos

6Aloizio Mercadante - Ministro da Educação

7 MEC - http://portal.mec.gov.br

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e quanto maior for o envolvimento dos professores no processo. “Estamos definindo que, na

educação, a inclusão digital começa pelo professor” (MERCADANTE, 2012).

O projeto compreende o computador interativo – equipamento desenvolvido pelo

MEC, que reúne projeção, computador, microfone, dvd, lousa e acesso à internet, e o tablet.

Os computadores interativos já foram distribuídos para as escolas do Ensino Médio e, no

segundo semestre de 2012, chegaram os tablets. Esses tablets são nos modelos de 7 ou 10

polegadas, bateria com duração de 6 horas, colorido, peso abaixo de 700 gramas, tela

multitoque, câmera e microfone para trabalho multimídia, saída de vídeo, conteúdos pré-

instalados, entre outras características. Aos computadores serão integradas as lousas

eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao computador interativo

(equipamento com computador e projetor, ofertado pelo MEC aos estados e municípios),

permitirão ao professor trabalhar os conteúdos disponíveis em uma parede ou quadro rígido,

sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador (MEC, 2012).

Além de enviar equipamentos, o MEC oferece cursos de formação aos professores.

Segundo Mercadante, mais de 300 mil professores já fizeram o curso do PROINFO e, agora

os 600 mil que lecionam no Ensino Médio tem à disposição um curso de 360 horas para

trabalhar com as novas mídias.

Os técnicos das Coordenações Regionais de Tecnologia da Educação dos Núcleos

Regionais passaram por um curso de formação no mês de janeiro de 2013, em Curitiba, para

orientar os professores do Ensino Médio que passaram a fazer os registros de classe on-line,

por meio de acesso à internet em sala de aula e com o uso de tablets. (SEED, janeiro de

2013)8.

O sistema para registro de classe on-line foi desenvolvido pela Secretaria da

Educação em parceria com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do

Paraná (Celepar). O programa está em implantação e permite que professor faça todo o

procedimento do livro de classe, com a frequência dos alunos e o registro de anotações e

acesso a conteúdos disponíveis na internet, no Portal Dia a Dia Educação e no Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), como livros didáticos (SEED, 2013).

Porém a realidade mostra que a chegada deles na escola não é suficiente. A questão

permanece: qual a finalidade dos tablets, uma vez que os computadores não contemplam a

utilização de determinados programas pela precariedade de configuração e dos problemas

com internet? Serão os tablets utilizados apenas como livros digitais?

8SEED - http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br

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Quando o computador chegou às escolas, no final da década de 1980, ficava restrito

às atividades administrativas. O equipamento começou a ser inserido no cotidiano dos alunos

por meio dos laboratórios de informática, sem acesso à internet. Esses computadores

permaneceram até os dias atuais e são máquinas ultrapassadas, muitas vezes, sem condições

de uso tendo em vista que a configuração não suporta a maioria dos programas e aplicativos

atuais. Ocorreu a disponibilização da internet, porém de péssima qualidade transformando sua

utilidade ou finalidade em fonte de consulta, digitação de trabalhos e para reprodução.

Conforme Levy (2011) apressaram-se em colocar dentro da sala as primeiras

máquinas que chegaram, sem a preocupação com a qualidade, sem analisar as transformações

cognitivas. Em vez de conduzir um verdadeiro projeto político, ao mesmo tempo

acompanhando e usando a evolução técnica, quiseram mostrar a imagem da modernização

sem obterem efetivamente nada, além de imagens.

Em plena era digital, a promessa é que, em pouco tempo, os tablets estejam nas mãos

dos alunos disputando espaço com o quadro negro, livros e cadernos. Para isso, o Ministério

da Educação (MEC) lançou edital de pregão eletrônico nº 81/2011(Anexo A), com data de

abertura em 23/01/2012, para que as redes de ensino adquiram o equipamento a custo mais

baixo, como fez com os laptops do programa um computador por aluno (UCA). Sobre isso,

Sérgio Gotti, diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação

Básica do MEC explica9:

Estamos definindo as características do aparelho, vai depender muito

inclusive do custo. Não soltamos ainda o edital porque precisa ter uma

definição clara dos pré-requisitos do equipamento. Tem que ter

acessibilidade, ser resistente e rodar qualquer conteúdo (GOTTI, 2012).

Considerando o total de matrículas na rede pública no Ensino Fundamental e Médio,

o número de estudantes que têm acesso ao computador, em sala de aula, representa menos de

2% das matrículas se cada máquina estiver sendo utilizada individualmente, como previa o

projeto original. Segundo Gotti10

(2012), a intenção não é de universalizar o programa e levar

os laptops a todos os alunos. Os tablets não têm a finalidade de substituir os laptops, mas

complementar as tecnologias existentes nas escolas. Explica o diretor do MEC:

As políticas na verdade se complementam e a gente espera universalizar a

tecnologia unindo os tablets, os laptops e os computadores de mesa. As

tecnologias se somam e a gente trabalha com as alternativas disponíveis

dentro da melhor realidade de cada ambiente (GOTTI, 2012).

9 Informações obtidas por meio de publicação de matéria internet página Agência Brasil, 2012

10 Diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do MEC

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O projeto um computador por aluno (UCA)11

começou a ser pensado em 2005, mas

demorou a sair do papel, e as máquinas só chegaram aos estudantes em 2009. Os primeiros

computadores foram distribuídos pelo MEC para alguns municípios e, na segunda fase, as

próprias prefeituras adquiriram os aparelhos por meio de um edital organizado pelo governo

que reduziu os custos.

Todos os estados selecionaram escolas da rede pública estadual e municipal de

ensino nos municípios indicados. Apresenta-se abaixo um quadro com os critérios utilizados

para selecionar as escolas.

Quadro 12 – Critérios de seleção das escolas

Critério Requisito

Alunos e professores Cada escola deverá ter entorno de 500 (quinhentos) alunos e

professores;

Estrutura das escolas

as escolas deveriam possuir, obrigatoriamente, energia elétrica

para carregamento dos laptops e armários para armazenamento

dos equipamentos;

Localização das escolas

preferencialmente, deveriam ser pré-selecionadas escolas com

proximidade a Núcleos de Tecnologias Educacionais - NTE - ou

similares, Instituições de Educação Superior públicas ou

Escolas Técnicas Federais. Pelo menos uma das escolas deverá

estar localizada na capital do estado e uma na zona rural;

Assinatura do termo de

adesão

as Secretarias de Educação Estaduais ou Municipais de cada

uma das escolas selecionadas deverão aderir ao projeto através

do envio de ofício ao MEC (Ministério da Educação) e

assinatura de Termo de Adesão, no qual manifesta-se

solidariamente responsável e comprometida com o projeto;

Anuência do corpo docente

para cada escola indicada, a Secretaria de Educação Estadual ou

Municipal deverá enviar ao MEC um ofício, onde o(a)

diretor(a) da escola, com a anuência do corpo docente, aprova a

participação da escola no projeto. Elaborado por Fábio Strey, 2014 – Fonte: http://www.uca.gov.br

O principal critério é a estrutura das escolas, que devem possuir obrigatoriamente

energia elétrica e armários para guardar os laptops. Em momento algum entra em discussão a

questão da disponibilidade de internet como requisito. Nenhuma escola que possua menos de

500 (quinhentos) indivíduos, entre alunos e professores, será contemplada com o projeto. Os

outros requisitos prendem-se a assinatura de termo de adesão e envio de ofício aprovando a

participação da escola no projeto. Apresentamos na sequencia um quadro das escolas

beneficiadas com projeto no Estado do Paraná, um total de 17 escolas, 408 professores e 5458

alunos.

11

UCA - http://www.uca.gov.br

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Quadro 13 – Escolas do Paraná contempladas com o UCA

Município Escola Data Prof Alunos

Almirante Tamandaré E.E. Floripa Teixeira de Faria 30/11/10 26 455

Apucarana E. Municipal Padre Antônio Vieira 15/12/10 17 193

Boa Ventura de São Roque E. Municipal Nossa Senhora Aaparecida - 26 398

Campo Largo Escola Municipal Mauro Portugal - 18 494

Cerro Azul E.E Augusto da Paixão - 18 422

Curitiba

E.E. Gottlieb Mueller 30/11/10 44 792

Escola Municipal Julio Moreira - 56 565

Secretaria Estadual de Educação - - -

Universidade Federal do Paraná - - -

Engenheiro Beltrão Escola Municipal Castelo Branco - 10 50

E.Municipal Maria Aparecida Medeiros - 35 279

Reserva E.E. Teofila Nassar Jangada 30/11/10 26 456

Santa Cecília do Pavão

Colégio Estadual Jerônimo Martins 21/10/10 40 527

E.E. Vicente Galvão 21/10/10 12 26

Escola Municipal Cícero Rodrigo 21/10/10 37 370

Escola Municipal Manoel Ribas 21/10/10 5 21

São Jerônimo da Serra E.E. São Jorge 29/11/10 38 410 Elaborado por Fábio Strey, 2014 – Fonte: http://www.uca.gov.br

No Estado do Paraná, foram contempladas com o projeto UCA 17 escolas, 408

professores e 5458 alunos.

Conforme notícia publicada no site da Agência Brasil12

(2012), foram levantados

problemas e dificuldades nas escolas, pois além da internet lenta, outra falha estrutural

dificulta a utilização dos laptops: faltam armários nas salas de aula para guardar os

equipamentos. No projeto original, cada sala seria equipada com armários específicos para

acomodar os computadores. Mas os móveis não chegaram e por isso a escola armazena quase

metade dos equipamentos em um armário com cadeado que fica no laboratório. Com isso, as

máquinas que eram para ser de uso individual são divididas pelas turmas do turno da manhã e

da tarde. Sousa13

afirma:

Nós tivemos que fazer algumas adaptações. Como não tínhamos onde

guardar, nós pegamos parte dos computadores e deixamos no armário que

tem cadeado. No começo, todos os dias, nós trazíamos do laboratório para a

sala de aula e devolvíamos no final, mas a gente perdia muito tempo nesse

trânsito. Por isso pelo menos 100 computadores dos 470 que recebemos

ficam guardados lá sem uso (SOUSA, 2012).

Segundo ela, a experiência é, às vezes, frustrante – tanto para professores como para

alunos:

12

Agência Brasil - http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil 13

Claudia Sousa – Supervisora pedagógica do Centro de Ensino 10 da Ceilândia, cidade da periferia de Brasília

– DF

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Acho que poderia ser muito mais rico. Tem dia que a internet não funciona e

às vezes o professor preparou uma aula e sai todo mundo frustrado porque o

trabalho não pôde ser feito. O professor, na verdade, tem a faca e o queijo na

mão porque embora alguns tenham resistência ao uso do computador, os

alunos caminham com as próprias pernas. Só que a gente esbarra nos

problemas (SOUSA, 2012).

O sucesso do uso das tecnologias em educação não depende apenas da plataforma

utilizada, mas da forma como a escola irá inserir essas ferramentas no aprendizado e também

dos conteúdos digitais disponíveis.

De acordo com informações do site da Secretaria de Estado da Educação (2013),

professores da rede estadual de ensino do Estado do Paraná estão sendo capacitados para usar

tablets em sala de aula. As orientações acontecem em várias regiões de Estado e contam com

apoio das Coordenações Regionais de Tecnologia na Educação (CRTE). Com os tablets, os

professores poderão, por exemplo, planejar o trabalho, utilizar ferramentas e aplicativos,

organizar arquivos, ter livros digitais, facilitar o registro de classe e acessar a internet. Além

disso, estarão disponíveis conteúdos para aulas de disciplinas como Física, Matemática,

Biologia e Química.

Para Ozélia Nesi Lavina, chefe do Núcleo Regional de Educação de Francisco

Beltrão, o tablet distribuído em parceria com o Governo Federal, é parte de um projeto do

Governo Beto Richa, para tornar a educação paranaense cada vez melhor no cenário brasileiro

(SEED-NRE/FB, 2013)14

.

Com o uso dos tablets, o governo pretende implantar um registro de classe online,

dinamizando o trabalho docente ao registrar as presenças dos alunos, os conteúdos

ministrados, avaliações, notas e geração de média automática, o que facilita o

acompanhamento pedagógico da escola. Na sala de aula e em tempo real, esse registro está

diretamente ligado ao SERE – Sistema Estadual de Registro Escolar – o que promoverá e

agilizará o repasse dos dados (SEED-NRE/FB, 2013).

Essa ação do Governo do Estado visa incentivar o uso de tecnologia no cotidiano

escolar. Os professores receberam capacitação para utilizar os novos equipamentos.

Esse projeto piloto está em andamento em 16 escolas no Estado do Paraná, no Núcleo

Regional de Francisco Beltrão, o projeto está acontecendo no Colégio Estadual Cecília

Meireles, no município de Ampére. Na região de abrangência do NRE de Francisco Beltrão,

foram entregues 690 Tablets em 2013 e 711 em 2014 (SEED-NRE/FB, 2013). Na imagem 11,

o modelo do tablet distribuído aos professores que foram contemplados com o projeto.

14

http://www.nre.seed.pr.gov.br/franciscobeltrao

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Imagem 11 – Projeto tablet (modelo)

Fonte: Secretaria de Estado da Educação (SEED), 2013

O projeto tablet está distribuindo os equipamentos para os professores que precisam

necessariamente passar por uma capacitação técnica para sua utilização. Inicialmente tem a

finalidade de familiarizar os professores no manuseio do equipamento para, aos poucos,

perceberem as ferramentas e recursos nele disponíveis. Conforme abordado anteriormente,

por meio do questionário diagnóstico realizado com os professores, verificou-se que os

laboratórios de informática das escolas encontram-se em más condições, sem possibilidades

de instalar e baixar programas nos computadores, pois a rede possui servidor controlado pelas

CRTE dos NREs e NII da SEED. A internet disponível nas escolas, além de ser de baixa

qualidade é distribuida/enviada aos computadores por meio de cabos, ou seja, as escolas não

possuem sistema de internet sem fio (Wireles). Percebe-se que se quer mostrar apenas uma

imagem de modernização, sem haver estrutura mínima necessária para que os tablet possam

ter realmente uma finalidade educacional.

2.4 A Realidade dos Laboratórios de Informatica das Escolas Públicas do Paraná

No ano de 2013, foi realizado contato por meio de questionário (Apêndice C),

enviado via e-mail ao senhor Claudio Aparecido de Oliveira15

, coordenador do Núcleo de

Informática e Informações da Secretaria de Estado de Educação do Estado do Paraná.

15

Coordenador do Núcleo de Informática e Informações da Secretaria de Estado e Educação do PR.

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Questionado sobre a configuração dos computadores e as diferenças entre o PRD e o

PROINFO, ele respondeu: “quanto aos computadores do PROINFO não se tem informação a

respeito da configuração, ela muda de um pregão para outro que é realizado pelo FNDE e

entregue diretamente nas escolas. Teria que saber qual o pregão que cada escola foi

contemplada para saber a configuração pelo edital de licitação do FNDE. O PROINFO é

gerenciado pela Coordenação de apoio ao uso de Tecnologias” 16

.

O PROINFO é o Programa Nacional de Informática na Educação que promove o uso

pedagógico da informática na rede pública de ensino de todo o país, disponibilizando para as

escolas computadores, recursos multimídia e conteúdos educacionais. A infraestrutura dos

laboratórios de informática é mantida pelas secretarias de Educação dos estados e municípios.

O PROINFO foi implantado em 1996 pelo Governo Federal do Brasil, com a colaboração do

Ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação

(CONSED) e dos governos estaduais, por meio das secretarias de Educação.

Já o Paraná Digital (PRD) é uma das maiores e mais inovadoras experiências de

inclusão digital do país, e consiste numa ação conjunta da Secretaria de Estado da Educação,

da Secretaria de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em parceria

com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a Companhia de Informática do Paraná

(CELEPAR) e com a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (COPEL). Quanto ao PRD,

apresenta-se, na sequência, quadro com a configuração e tamanho dos laboratórios.

Quadro 14 – Configuração dos laboratórios do PRD

Turmas Tipo Laboratório Terminais

Acima de 45 turmas no

maior período

Laboratório tipo 4 Terminais Pedagógicos = 60

Terminais Administrativos = 12

Entre 22 a 44 turmas no

maior período

Laboratório tipo 3 Terminais Pedagógicos = 40

Terminais Administrativos = 8

Entre 10 a 21 turmas no

maior período

Laboratório tipo 2 Terminais Pedagógicos = 20

Terminais Administrativos = 04

Menos de 10 turmas no

maior período

Laboratório tipo 1 Terminais Pedagógicos = 12

Terminais Administrativos = 04 Fonte: Núcleo de informática e informações, SEED/PR, 2013

Quanto aos dados, o tipo de laboratório (1, 2, 3 e 4) refere-se à quantidade de

terminais que a escola recebeu; o menor laboratório é o tipo 1 e o que possui a maior

quantidade de terminais (60 pedagógicos e 12 administrativos) é o tipo 4. O Servidor tem sua

capacidade de processamento aumentada de acordo com a quantidade de terminais, por

16

Informações obtidas por e-mail.

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exemplo, no tipo 1 que tem 12 terminais o servidor possui 2 GB de memória, e no tipo 4 que

tem 60 terminais pedagógicos o servidor possui 6 GB de memória.

Em seguida apresenta-se a configuração de cada laboratório.

Quadro 15 – Configuração dos computadores dos laboratórios tipos 1 a 4

Laboratório tipo 1

Equipamento (servidor mono processado) Quantidade/ Velocidade

Hard disk 2 x 70

Processador 1 x 1.6 ghz

Memória 2 gb

Switch 24 portas gerenciável 1

Terminais pedagógicos 12

Terminais administrativos 4

Móveis 12

Impressoras 2

Pontos rede elétrica e lógica 12

Laboratório tipo 2

Equipamento (servidor dual processado) Quantidade/ Velocidade

Hard disk 2 x 140

Processador 2 x 1.6 ghz

Memória 4 gb

Switch 24 portas gerenciável 1

Terminais pedagógicos 20

Terminais administrativos 4

Móveis 24

Impressoras 4

Pontos rede elétrica e lógica 24

Laboratório tipo 3

Equipamento (servidor dual processado) Quantidade/ Velocidade

Hard disk 2 x 140

Processador 2 x 1.6 ghz

Memória 4 gb

Switch 24 portas gerenciável 2

Terminais pedagógicos 40

Terminais administrativos 8

Móveis 48

Banda Internet em MB/s 2,4

Impressoras 4

Pontos rede elétrica e lógica 48

Laboratório tipo 4

Equipamento (servidor dual processado) Quantidade/ Velocidade

Hard disk 4 x 140 GB

Processador 2 x 1.6 Ghz

Memória 6 gb

Switch 24 portas gerenciável 3

Terminais pedagógicos 60

Terminais administrativos 12

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Móveis 72

Banda Internet em MB/s 3,6

Impressoras 6

Pontos rede elétrica e lógica 72 Fonte: Núcleo de informática e informações, SEED/PR, 2013

Em relação à configuração dos computadores, é importante ressaltar que a banda de

internet não está relacionada ao tipo de laboratório, depende da localização da escola. As

escolas que estão na região urbana e a conexão é por fibra, a velocidade varia de 4 até 20 Mb

dependendo da quantidade de alunos da escola. As escolas que estão em regiões rurais ou

pequenos municípios que são atendidos por satélite, a velocidade varia de 256 até 1000 Kbps.

A seguir, a lista das escolas com o tipo de laboratório; o tipo (0) significa que a

escola não foi contemplada com o Projeto. Essa situação pode conter divergência na escola,

pelo fato de que algumas escolas optaram por desmontar o PRD e instalar um laboratório

PROINFO (mais novo) no lugar.

Quadro 16 – Tipos de laboratórios

Estabelecimento Município NRE Tipo

E. E. Água Boa Vista Ampere Francisco Beltrão 1

E. E. Antônio Vieira Ampere Francisco Beltrão 0

E. E. Candido Portinari Ampere Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Cecília Meireles Ampere Francisco Beltrão 2

E. E. Nossa Senhora Aparecida Ampere Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Novo Horizonte Ampere Francisco Beltrão 2

E. E. Vargem Bonita Ampere Francisco Beltrão 1

E. E. Padre Anchieta Barracão Francisco Beltrão 1

E. E. Professor Leonor Castellano Barracão Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Dr. Mario A.T. de Freitas Barracão Francisco Beltrão 2

E. E. Santa Emilia Barracão Francisco Beltrão 1

E. E. São Roque Barracão Francisco Beltrão 1

E. E. Sen Teotônio Vilela Barracão Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Santo Antão Bela Vista Caroba Francisco Beltrão 2

E. E. Albino J. Calcagnotto Bom Jesus Do Sul Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Bom Jesus Bom Jesus Do Sul Francisco Beltrão 2

Casas Familiares Rurais Bom Jesus Do Sul Francisco Beltrão 0

E. E. Presidente Tancredo A.Neves Bom Jesus Do Sul Francisco Beltrão 1

E. E. Xv De Novembro Bom Jesus Do Sul Francisco Beltrão 1

E. E. Antonio Francisco Lisboa Capanema Francisco Beltrão 1

Casas Familiares Rurais Capanema Francisco Beltrão 0

E. E. Castelo Branco Capanema Francisco Beltrão 1

Ceebja Capanema Capanema Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Padre Cirilo Capanema Francisco Beltrão 2

E. E. Duas Barras Capanema Francisco Beltrão 1

E. E. Pinheiro Capanema Francisco Beltrão 1

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Colégio Estadual Rocha Pombo Capanema Francisco Beltrão 2

E. E. Rui Barbosa Capanema Francisco Beltrão 1

E. E. Santa Cruz Capanema Francisco Beltrão 1

E. E. São Cristovão Capanema Francisco Beltrão 1

Casas Familiares Rurais Enéas Marques Francisco Beltrão 0

Colégio Estadual Castro Alves Enéas Marques Francisco Beltrão 2

E. E. Pinhalzinho Enéas Marques Francisco Beltrão 1

E. E. Vista Alegre Enéas Marques Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Barão do Rio Branco Flor Da Serra Do Sul Francisco Beltrão 2

E. E. Tatetos Flor Da Serra Do Sul Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Arnaldo F.Busato Francisco Beltrão Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Beatriz Biavatti Francisco Beltrão Francisco Beltrão 1

E. E. da Cango Francisco Beltrão Francisco Beltrão 1

Centro Detenção Ressocialização Francisco Beltrão Francisco Beltrão 0

Ceebja Francisco Beltrão Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

Centro Apoio Ped.At.Pes.Def.Vis.Fco Beltrão Francisco Beltrão Francisco Beltrão 0

Centro Est.Educ.Prof.Sudoeste do PR Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

E. E. Cristo Rei Francisco Beltrão Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Dr Eduardo Virmond Suplicy Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Industrial Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

E. E. João Paulo II Francisco Beltrão Francisco Beltrão 1

E. E. Leo Flach Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Mario De Andrade Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Paulo Freire Francisco Beltrão Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Reinaldo Sass Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual São Miguel Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Tancredo Neves Francisco Beltrão Francisco Beltrão 2

Casas Familiares Rurais Francisco Beltrão Francisco Beltrão 0

E. E. Rui Barbosa Manfrinópolis Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual São Cristovão Manfrinópolis Francisco Beltrão 2

Casas Familiares Rurais Manfrinópolis Francisco Beltrão 0

Colégio Estadual Bom Jesus Marmeleiro Francisco Beltrão 2

Casas Familiares Rurais Marmeleiro Francisco Beltrão 0

Colégio Estadual de Marmeleiro Marmeleiro Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Telmo Octavio Muller Marmeleiro Francisco Beltrão 2

E. E. Castelo Branco Perola Do Oeste Francisco Beltrão 1

E. E. de Esquina Gaucha Perola Do Oeste Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Padre Reus Perola Do Oeste Francisco Beltrão 2

Casas Familiares Rurais Pérola Do Oeste Francisco Beltrão 0

Colégio Estadual Presidente Vargas Pinhal De Sao Bento Francisco Beltrão 2

E. E. Duque de Caxias Planalto Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual João Z. Paraná Planalto Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Jose De Anchieta Planalto Francisco Beltrão 2

E. E. Irmão Miguel Planalto Francisco Beltrão 1

E. E. Sagrada Família Planalto Francisco Beltrão 1

E. E. São Valério Planalto Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Julio Giongo Pranchita Francisco Beltrão 2

E. E. Barão do Rio Branco Pranchita Francisco Beltrão 1

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E. E. de Vista Gaucha Pranchita Francisco Beltrão 1

E. E. Dom Carlos Eduardo Realeza Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Doze de Novembro Realeza Francisco Beltrão 2

E. E. de Flor Da Serra Realeza Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual João Paulo II Realeza Francisco Beltrão 2

E. E. de Saltinho Realeza Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual de Renascença Renascença Francisco Beltrão 2

Colégio Estadual Padre Anchieta Salgado Filho Francisco Beltrão 2

E. E. Duque de Caxias Salgado Filho Francisco Beltrão 1

E. E. Anunciação Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 1

Casas Familiares Rurais Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 0

Colégio Estadual Guilherme de Almeida Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 2

E. E. Jacutinga Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 1

E. E. Marques de Marica Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 2

E. E. Nova Estrela Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 1

E. E. São Judas Tadeu Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 1

E. E. São Pedro Santa Izabel Oeste Francisco Beltrão 1

E. E. Antônio Schiebel Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

Ceebja Sto Antônio Sudoeste Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 2

E. E. Marques do Herval Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

Colégio Estadual Humberto Campos Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 3

E. E. Km 10 Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

E. E. Interventor Manoel Ribas Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

E. E. Nova Riqueza Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

E. E. Dom Pedro II Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

E. E. Rodolfo G.da Silva Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

E. E. Rui Barbosa Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 1

Casas Familiares Rurais Sto Antônio Sudoeste Francisco Beltrão 0

Colégio Estadual Arnaldo Busato Verê Francisco Beltrão 2

E. E. Marechal Deodoro Da Fonseca Verê Francisco Beltrão 1

E. E. Regente Feijó Verê Francisco Beltrão 1

E. E. Tancredo Neves Verê Francisco Beltrão 1 Fonte: Núcleo de informática e informações, SEED/PR, 2013

Ao ser questionado sobre a internet sem fio (Wireles), o senhor Cláudio Aparecido

de Oliveira disse: “Atualmente o Estado do Paraná possui 16 escolas com conexão sem fio

que fazem parte do projeto Piloto Registro de Classe Online”. Segue, na tabela abaixo a lista

das 16 escolas no Estado.

Quadro 17 – Escolas que possuem internet sem fio (Wireles)

Estabelecimento de ensino Município NRE

Colégio Estadual Princesa Isabel Araruna Campo Mourão

Colégio Estadual Castro Alves Rondon Cianorte

Colégio Estadual Maria J P Souza Leopolis Cornélio Procópio

Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross Nova Fátima Cornélio Procópio

Colégio Estadual Aline Picheth Curitiba Curitiba

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Colégio Estadual Ângelo Trevisan Curitiba Curitiba

Colégio Estadual Cecília Meireles Ampere Francisco Beltrão

Colégio Estadual João XXIII Janiopolis Goioere

Colégio Estadual Carlos Gomes Tomazina Ibaiti

Colégio Estadual Urbano Pedroni Florai Maringá

Colégio Estadual Vercindes G Dos Reis Paicandu Maringá

Colégio Estadual Dr Camargo Doutor Camargo Maringá

Colégio Estadual Castelo Branco Itapejara Do Oeste Pato Branco

Colégio Estadual São Jose Tapira Umuarama

Colégio Estadual Papa João XXIII Alto Piquiri Umuarama

Colégio Estadual Malba Tahan Altonia Umuarama Fonte: Núcleo de informática e informações, SEED/PR, 2013

Solicitou-se via e-mail, ao senhor Cláudio Aparecido Oliveira informações se havia

critérios e quais seriam eles para escolha das escolas que possuem internet sem fio; ele

respondeu que as 16 escolas no Estado do Paraná, em que foi implantada a rede sem fio são as

escolas selecionadas para fazer parte do projeto piloto do Registro de Classe Online - RCO.

Essas escolas foram selecionadas a partir dos seguintes critérios:

1) possuir apenas o ensino médio regular;

2) possuir conexão de rede por fibra ótica;

3) possuir prédio próprio e sem dualidade com o município;

4) não ser contemplada com recurso via fundo rotativo para adequação de infraestrutura

naquele ano.

Inicialmente, eram 122 escolas no Estado que ofertam apenas o Ensino Médio;

depois de vários filtros, considerando os critérios expostos e aceitação da direção da escola,

chegou-se a essas 16 escolas. Exceto Curitiba, que não tem escolas que ofertam apenas o

Ensino Médio, foram selecionadas duas escolas que ofertam apenas o Ensino Fundamental e

enquadram-se nos demais critérios, pois havia necessidade de ter escolas próximas para

acompanhamento do projeto e que fossem escolas pequenas (até 8 salas).

Ele justifica o Ensino Médio porque “os tablets enviados pelo governo federal

seriam destinados a professores do Ensino Médio e utilizados para acesso ao sistema do

Registro de Classe Online – RCO”.

Em relação à velocidade e banda da internet disponível nas escolas, apresenta-se o

seguinte rol:

Quadro 18 – Velocidade e banda da internet das escolas

Estabelecimento Município Código Topologia Banda

E. E. Água Boa Vista Ampere Prd.1419 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Candido Portinari Ampere Prd.1581 Óptico/elétrico 4Mbits/s

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C. E. Cecília Meireles Ampere Prd.1580 Óptico/elétrico 8Mbits/s

E. E. Padre Antônio Vieira Ampere Prd.2168 Vsat + Satélite 768 kbps

E. E. Nossa Senhora Aparecida Ampere Prd.1407 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Novo Horizonte Ampere Prd.1521 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Vargem Bonita Ampere Prd.1406 Vsat + Satélite 1 Mbps

E. E. Padre Anchieta Barracão Prd.1339 Óptico/elétrico 4Mbits/s

Ceebja Barracão Prd.2004 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Prof Leonor Castellano Barracão Prd.1763 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Mario A.T. de Freitas Barracão Prd.1590 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Santa Emília Barracão Prd.2035 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. São Roque Barracão Prd.1376 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Sen. Teotônio Vilela Barracão Prd.1372 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Santo Antão Bela Vista da Caroba Prd.2057 Vsat + Satélite 768 kbps

E. E. Albino J. Calcagnotto Bom Jesus do Sul Prd.1337 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Bom Jesus Bom Jesus do Sul Prd.1335 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Presidente Tancredo Neves Bom Jesus do Sul Prd.2036 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. XV de Novembro Bom Jesus do Sul Prd.1353 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Antonio Francisco Lisboa Capanema Prd.1776 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Castelo Branco Capanema Prd.1975 Vsat + Satélite 256 kbps

Ceebja Capanema Prd.1904 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Padre Cirilo Capanema Prd.1903 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Duas Barras Capanema Prd.1775 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Pinheiro Capanema Prd.1976 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Rocha Pombo Capanema Prd.1595 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Rui Barbosa Capanema Prd.1977 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Santa Cruz Capanema Prd.1905 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. São Cristovão Capanema Prd.1906 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Castro Alves Enéas Marques Prd.1601 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Pinhalzinho Enéas Marques Prd.1371 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Vista Alegre Enéas Marques Prd.1385 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Barão do Rio Branco Flor da Serra do Sul Prd.2019 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Tatetos Flor da Serra do Sul Prd.2018 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Arnaldo F. Busato Francisco Beltrão Prd.2094 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Beatriz Biavatti Francisco Beltrão Prd.0109 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. da Cango Francisco Beltrão Prd.0587 Óptico/elétrico 4Mbits/s

Ceebja Francisco Beltrão Prd.0289 Óptico/elétrico 10Mbits/s

Centro Est.Educ.Prof.Sud. PR Francisco Beltrão Prd.0390 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Cristo Rei Francisco Beltrão Prd.0111 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Dr. Eduardo V.Suplicy Francisco Beltrão Prd.0113 Óptico/elétrico 8Mbits/s

E. E. João Paulo II Francisco Beltrão Prd.1645 Óptico/elétrico 8Mbits/s

C. E. Industrial Francisco Beltrão Prd.0174 Óptico/elétrico 8Mbits/s

E. E. Leo Flach Francisco Beltrão Prd.0586 Óptico/elétrico 8Mbits/s

C. E. Mario de Andrade Francisco Beltrão Prd.0065 Óptico/elétrico 10Mbits/s

Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão Prd.0188 Óptico/elétrico 10Mbits/s

C. E. Paulo Freire Francisco Beltrão Prd.2106 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Reinaldo Sass Francisco Beltrão Prd.0066 Óptico/elétrico 10Mbits/s

C. E. São Miguel Francisco Beltrão Prd.0276 Óptico/elétrico 8Mbits/s

C. E. Tancredo Neves Francisco Beltrão Prd.0281 Óptico/elétrico 10Mbits/s

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C. E. Tancredo Neves-Subsede I Francisco Beltrão Prd.0282 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Rui Barbosa Manfrinópolis Prd.2103 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. São Cristovao Manfrinópolis Prd.2102 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Bom Jesus Marmeleiro Prd.2032 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Marmeleiro Marmeleiro Prd.1788 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Telmo Octavio Muller Marmeleiro Prd.2031 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Nestor Victor Pérola Prd.1609 Óptico/elétrico 10Mbits/s

E. E. Dona Perola Byington Pérola Prd.1965 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Presidente Vargas Pinhal São Bento Prd.1532 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Duque de Caxias Planalto Prd.1482 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. João Z. Paraná Planalto Prd.1909 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. José de Anchieta Planalto Prd.1908 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Irmão Miguel Planalto Prd.1978 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Sagrada Família Planalto Prd.1473 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. São Valério Planalto Prd.1471 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Julio Giongo Pranchita Prd.0295 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Bar do Rio Branco Pranchita Prd.1979 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Vista Gaucha Pranchita Prd.1980 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Dom Carlos Eduardo Realeza Prd.1750 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Doze de Novembro Realeza Prd.1602 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. de Flor da Serra Realeza Prd.1796 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. João Paulo II Realeza Prd.1748 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. de Saltinho Realeza Prd.1463 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. de Renascença Renascença Prd.2058 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Padre Anchieta Salgado Filho Prd.2049 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Duque de Caxias Salgado Filho Prd.2048 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Anunciação Santa Izabel Oeste Prd.1628 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Guilherme de Almeida Santa Izabel Oeste Prd.1547 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Jacutinga Santa Izabel Oeste Prd.1413 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Marques de Marica Santa Izabel Oeste Prd.1537 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Nova Estrela Santa Izabel Oeste Prd.1414 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. São Judas Tadeu Santa Izabel Oeste Prd.1415 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Sao Pedro Santa Izabel Oeste Prd.1416 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Antonio Schiebel Sto Antônio Sudoeste Prd.1422 Óptico/elétrico 4Mbits/s

Ceebja Sto Antônio Sudoeste Prd.2107 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Marques do Herval Sto Antônio Sudoeste Prd.1423 Óptico/elétrico 4Mbits/s

C. E. Humberto de Campos Sto Antônio Sudoeste Prd.1587 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Km 10 Sto Antônio Sudoeste Prd.1640 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Interventor Manoel Ribas Sto Antônio Sudoeste Prd.1424 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Nova Riqueza Sto Antônio Sudoeste Prd.1425 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Dom Pedro II Sto Antônio Sudoeste Prd.1403 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Rodolfo G.Da Silva Sto Antônio Sudoeste Prd.1401 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Rui Barbosa Sto Antônio Sudoeste Prd.1417 Vsat + Satélite 256 kbps

C. E. Arnaldo Busato Verê Prd.1584 Óptico/elétrico 4Mbits/s

E. E. Mal Deodoro da Fonseca Verê Prd.1802 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Regente Feijó Verê Prd.1427 Vsat + Satélite 256 kbps

E. E. Tancredo Neves Verê Prd.1428 Óptico/elétrico 4Mbits/s Fonte: Núcleo de informática e informações, SEED/PR, 2013

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97

Para saber se e em qual escola do município de Francisco Beltrão pode ser instalado

o Google Earth nos computadores do PROINFO, foi realizada uma avaliação nas escolas, para

verificar a viabilidade técnica para instalação do programa nos computadores do laboratório

do PROINFO, conforme segue.

Quadro 19 – Quantidade de computadores

Estabelecimento Pregão Computadores

1 - C. E. Mário de Andrade 45/2007 09

2 - C. E. Tancredo Neves - 02

3 - C. E. Reinaldo Sass 38/2006 08

4 - Centro Est.Educ.Prof.Sud. PR 38/2006 08

5 - E. E. Beatriz Biavatti 71/2010 -

6 - C. E. Arnaldo F. Busato 71/2010 - Fonte: Núcleo de informática e informações, SEED/PR, 2013

Nas unidades de ensino de 1 a 4, os equipamentos são referentes ao pregão 2006 e

2007 do FNDE e não possuem as configurações mínimas necessárias para instalação do

Google Earth. Considerando que os equipamentos do pregão de 2010 existentes nas unidades

5 e 6 possuem configurações mais atualizadas, foi realizado pelo assessor técnico da

Coordenação Regional de Tecnologia na Educação (CRTE), do Núcleo Regional de Educação

de Francisco Beltrão, a instalação e teste nos equipamentos. Os vídeos demonstrativos do

teste de instalação estão disponíveis em (https://www.youtube.com/watch?v=S7rEHXsoCM8)

e (www.youtube.com/watch?v=pimrs02ppZQ&feature=youtu.be).

A instalação nos equipamentos do pregão 2010 ocorreu normalmente, no entanto, seu

desempenho e execução não são satisfatórios, mesmo no servidor do PROINFO com 4GB de

memória RAM. A lentidão para execução do programa deve-se ao alto consumo de memória

de vídeo. No site da Google Earth solicita-se a seguinte configuração para Linux, conforme

indicado na sequência. A recomendação do desenvolvedor do programa é utilizar

equipamentos mínimo de DirectX 9 e 3D, com 256 MB de VRAM.

Os equipamentos do PROINFO, mesmo do pregão 2010, não atendem a esse

requisito, o que inviabiliza o uso desse programa com desempenho adequado à sua utilização.

Ainda, ressalta-se que é premissa básica para qualquer projeto avaliar a infraestrutura

necessária para implantação e os recursos disponíveis. Os testes de instalação do Google

Earth foram realizados nos laboratórios de informática das escolas (unidades de ensino 1 a 6),

justificando a contradição entre os dados levantados por meio do questionário diagnóstico

junto aos professores e a realidade dos equipamentos disponíveis nas escolas. O quadro a

seguir, apresenta as configurações mínimas e recomendadas para a instalação do GE (Linux).

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98

Quadro 20 – Configuração de sistema Linux para instalação do Google Earth

Configuração mínima

Kernel: 2.4 ou posterior

Glibc: 2.3.2 com NPTL ou posterior

XFree86-4.0 ou x.org R6.7 ou posterior

CPU: Pentium 3 de 500 Mhz

Memória de sistema (RAM): 512 MB

Disco rígido: 500 MB de espaço livre

Velocidade de rede: 128 Kbits/s

Placa gráfica: DirectX 9 e 3D, com 64 MB de VRAM

Configuração recomendada

Kernel: 2.6 ou posterior

Glibc 2.3.5 com NPTL ou posterior

X.org R6.7 ou posterior

Memória do sistema (RAM): 1 GB

Disco rígido: 2 GB de espaço livre

Velocidade de rede: 768 Kbits/s

Placa gráfica: DirectX 9 e 3D, com 256 MB de VRAM

Tela: 1280 x 1024, cores de 32 bits

Fonte: https://support.google.com/earth/answer/20701?hl=pt-BR

Praticamente todas as escolas que compõem o NRE de Francisco Beltrão possuem

laboratório de informática, com diferentes quantidades e qualidades tanto de computadores

quanto de internet. Verificou-se, por meio do questionário diagnóstico aplicado junto aos

professores de Geografia, que o Google Earth não é utilizado como recurso didático em suas

aulas, muitas vezes por questões estruturais das escolas, porém, na maioria dos casos, pelo

desconhecimento individual dos professores em relação ao Google Earth.

As geotecnologias surgem concomitantemente a partir do desenvolvimento dos

computadores e se difundem especialmente com a divulgação maciça da Internet a partir da

década de 1980.

Em relação ao acesso, disponibilidade de computadores e internet de qualidade, ficou

eminente, contudo, que a escola não está acompanhando o desenvolvimento tecnológico por

que vem passando a sociedade. É evidente que não se deve descartar que as escolas,

especificamente as públicas, carecem de investimentos e quando o têm, muitas vezes faltam-

lhes profissionais adequados, formação de professores e auxílio técnico.

No próximo capítulo, será abordada a aplicação prática do Google Earth, por meio do

desenvolvimento de uma atividade, sob orientação deste mestrando, de instalação e utilização

de suas principais ferramentas e funcionalidades, com os alunos do primeiro ano do curso de

Licenciatura de Geografia da UNIOESTE, campus de Francisco Beltrão.

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99

III POSSÍVEL USO DE INSTRUMENTAL TECNOLÓGICO NO ENSINO DE

GEOGRAFIA

3.1 O Google Earth como Recurso Didático na Abordagem Docente: a Realidade de sua

Utilização na Sala de Aula

Neste capítulo objetiva-se apresentar o uso de imagens de satélite de alta resolução

como recurso de aprendizagem na escola, disponibilizadas pelo “Google Earth” e Street View

na internet bem como de mapas por meio do Google Maps e Maplink, focalizando as

dificuldades e as potencialidades de leitura e manipulações para a compreensão da

configuração sócioespacial nas aulas de Geografia do Ensino Médio.

Assim, a utilização de imagens de satélite no ensino de Geografia, num primeiro

momento, parece não fazer parte do repertório do professor e, ao mesmo tempo, parece estar

distante da realidade dos alunos.

O instrumental tecnológico disponível na internet – como o Google Earth, Google

Maps, Google Street View, entre outros – são importantes recursos que podem ser usados

pelos professores no processo de ensino e aprendizagem da Geografia. Por meio deles

podemos obter mapas rodoviários, mapas urbanos, traçar rotas, entre outros recursos

disponíveis.

A utilização de mapa é fundamental para contextualizar o aluno no âmbito espacial

geográfico, proporcionando o dimensionamento de proporção, de direção, de distância. A

utilização de recursos cartográficos permite ao aluno identificar fatores relacionados ao

cotidiano, contudo a Cartografia representa graficamente a realidade (imagem 12A), e a

imagem de satélite (imagem 12B), a face da superfície terrestre em determinado momento -

como a representação contida na imagem de sensoriamento remoto de alta resolução -

propicia ao aluno visualizar o mundo real por meio de associações cognitivas presentes no seu

cotidiano.

As imagens, a seguir, mostram essa diferença de informações obtidas por meio da

visualização da superfície do mesmo local, porém com a utilização de recursos diferentes,

neste caso o Maplik e o Google Earth. Na imagem 12 A, a representação de parte do Rio

Marrecas, no município de Francisco Beltrão, PR, por meio da utilização do Maplink. Na

imagem 12 B, a visualização do mesmo local, porém pelo Google Earth. Tais imagens servem

para verificar que diferentes recursos disponibilizam diferenças nos detalhes apresentados nas

imagens.

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100

Imagem 12 – Comparação entre o mapa e a imagem de sensoriamento remoto de alta

resolução aos arredores do Rio Marrecas na cidade de Francisco Beltrão, PR

Imagem 12A

Imagem 12B

Fonte: Imagem 12A (Maplink, 2013); Imagem 12B (Google Earth, 2013)

A utilização de imagens de satélite de alta resolução permite a representação da

superfície terrestre de forma que a escala da imagem pode ser simulada, propiciando também

ao aluno a comparação dos objetos geográficos em diferentes escalas (imagem 15). Nesta

imagem, à medida que é simulada a escala, as feições geográficas do mapa ampliam de

tamanho (imagem 13A e 13C). Contudo quando se efetua o mesmo procedimento na imagem

de satélite de alta resolução (imagem 13B e 13D), as feições geográficas além de ampliarem

em tamanho, o nível de detalhe é realçado.

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101

Imagem 13 – Comparação dos objetos geográficos contidos num mapa e numa imagem de satélite de alta resolução: Estádio Anilado, na

cidade de Francisco Beltrão, PR

Imagem 13A

Imagem 13B

Imagem 13C

Imagem 13D

Fonte: Imagem 13A e 13C (Maplink, 2014); Imagem 13B e 13D (Google Earth, 2013)

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102

A distinção entre os objetos dependerá do interesse do tema a ser abordado pelo

professor, pois a imagem de satélite oferece uma gama muito maior de variáveis a serem

estudadas e interrelacionadas do que as disponibilizadas no mapa. Ou seja, a configuração dos

objetos representados na imagem é fundamental, pois dela dependerá a complexidade da

interpretação das feições geográficas, revelando os detalhes ou não do espaço. Por outro lado,

o estudo comparativo entre as duas formas de representação revela-se complementar, uma vez

que às múltiplas variáveis da imagem é trazida a clareza e objetividade dos mapas, fazendo

com que o excesso de informações das imagens não permita perder a capacidade de ver e

compreender a geografia dos lugares.

O objetivo foi trabalhar com os alunos do primeiro ano do curso de Licenciatura em

Geografia, por terem cursado recentemente o Ensino Médio e, principalmente, porque serão

futuros professores de Geografia, apresentando as possibilidades de utilização do Google

Earth como recurso didático em suas aulas.

O primeiro ano do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do

Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão, tem 40 alunos matriculados e, porém, apenas

26 cursando. A maioria são trabalhadores provenientes de escola pública.

A atividade realizou-se no laboratório de informática da Universidade Estadual do

Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Francisco Beltrão. Seguiu um cronograma

específico apresentado aos alunos no primeiro encontro. Num primeiro momento, realizou-se

diagnóstico por meio de questionário, no sentido de levantar informações relativas à pesquisa

bem como as experiências e conhecimentos de cada aluno em relação aos recursos digitais,

especificamente o Google Earth, de forma a identificar aspectos importantes, verificando,

assim, a dificuldade individual para, dessa forma, oportunizar o conhecimento e para que tais

recursos possam ser utilizados nas aulas de Geografia.

Iniciou-se a atividade com a instalação do programa até a exploração de todos os

recursos que ele disponibiliza em sua plataforma e finalizar-se-á com a apresentação de

algumas propostas de utilização do Google Earth para trabalhar os conteúdos de Geografia

especificamente do primeiro ano do Ensino Médio. Dividiu-se a apresentação e aplicação do

Google Earth em etapas que seguirão de acordo com o quadro abaixo.

Quadro 21 – Principais tópicos a serem discutidos em cada um dos encontros

ENCONTROS TEMAS/ASSUNTOS

1ª Etapa

Apresentação pessoal e da atividade; aplicação do questionário

diagnóstico inicial; instalação do Google Earth; apresentação das

ferramentas e funcionalidades do programa;

2ª Etapa Continuação da apresentação das ferramentas e funcionalidades do

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103

programa; apresentação do Google Maps e Maplink e suas principais

diferenças em relação ao Google Earth; distribuição e explicação dos

trabalhos referente à atividade avaliativa;

3ª Etapa Desenvolvimento da atividade sugerida; aplicação do questionário

diagnóstico final e término das atividades;

4ª Etapa Análise dos questionários diagnósticos iniciais;

5ª Etapa Análise dos questionários diagnósticos finais;

6ª Etapa Conclusão. Elaborado por Fábio Strey, 2014

Na primeira etapa, num período de 4 horas aulas, estiveram presentes somente 10

alunos devido ao feriado e recesso. Apresentou-se em que consistia a atividade, a metodologia

a ser utilizada durante as aulas e, principalmente, como seria a prática no laboratório de

informática da universidade. Por meio de questionário realizou-se o diagnóstico com a

finalidade de levantar informações da pesquisa.

Nos dois diagnósticos, na 1ª e 2ª etapas, houve a participação de vinte e seis alunos

respondendo o questionário referente ao Google Earth. Os dados e informações levantados

por meio do questionário (Apêndice D) são apresentados nos gráficos seguintes:

Gráfico 2 – Já utilizou ou utiliza o Google Earth

Elaborado por Fábio Strey, 2014

Em relação à utilização do Google Earth as justificativas são: os 15 alunos (57%) que

responderam sim utilizaram-no em atividade voltada para o trabalho; por curiosidade e para

conhecer outros lugares; para visualizar as cidades; localizar pontos e endereços de interesse;

localizar caminho até uma cidade; para localização e ver a própria casa; para distração e

passatempo. Já os outros 11 alunos (43 %) que responderam não justificaram porque não

conheciam e nunca tiveram acesso ao programa; já conhecia o programa, mas nunca o

58%

42%

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

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104

utilizou; nunca usou, pois não achava necessário e, ainda, não sabia sequer da existência do

programa; não houve necessidade e interesse na utilização. Em relação à utilização prática do

Google Earth apresentam-se os dados na sequência:

Gráfico 3 – Conhecimento e utilização prática do Google Earth

Elaborado por Fábio Strey, 2014

Em relação ao conhecimento prático do Google Earth, entre as respostas dos alunos,

(19%) não possuem conhecimento algum em relação ao programa por nunca o terem utilizado

ou ainda por não saberem de sua existência; 11 alunos (43%) possuem conhecimento regular;

apenas 6 alunos (48%) responderam que possuem conhecimento bom, muito bom e ótimo.

Nesta análise, percebeu-se que 62% dos alunos não possuem o conhecimento mínimo

necessário para utilização do Google Earth.

Gráfico 4 – O Google Earth como recurso didático no Ensino Médio

Elaborado por Fábio Strey, 2014

43%

23%

4%

11%

0%

19%

0

2

4

6

8

10

12

Regular Bom Muito Bom Ótimo Excelente Outros

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

15%

85%

0

5

10

15

20

25

Sim Não

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

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105

Em relação à utilização do Google Earth como recurso didático durante o Ensino

Médio, as respostas dos alunos foram de que o programa praticamente não é utilizado;

segundo 22 alunos (85%), seus professores não fizeram uso do Google Earth durante o Ensino

Médio. Já os outros 4 alunos (15%) responderam que o Google Earth foi utilizado pelos

professores durante o Ensino Médio. As dificuldades para a utilização do Google Earth são

praticamente atreladas às questões estruturais, conforme levantado nos quadros 5 e 6,

referentes às condições dos laboratórios de informática bem como da quantidade de

computadores disponíveis.

Em relação à utilização do laboratório de informática da escola, verificou-se que

apenas 3 alunos (11%) não utilizaram o laboratório de informática durante o Ensino Médio.

Outros 23 alunos (89%) utilizaram-no em praticamente todas as disciplinas. Comparando

estes dados com o quadro 3 percebemos que, entre os 89 % de alunos que responderam ter

utilizado o laboratório de informática apenas 15% responderam que essa utilização ocorreu

com o Google Earth. O laboratório é utilizado nas diversas disciplinas, porém o programa, em

si, como recurso didático principalmente para o ensino da Geografia, não. Os recursos que

utilizam ferramentas ligadas à tecnologia, com programas e aplicativos ainda são

desconhecidos ou deixados de lado por parte dos professores.

Gráfico 5 – Condições do laboratório de informática da escola

Elaborado por Fábio Strey, 2014

Em relação às condições do laboratório de informática, 13 alunos (50%) consideram

regular o laboratório de informática das escolas, 11% não conhecem as condições; os outros

50%

19,5

%

19,5

%

0%

0%

0%

11%

0

2

4

6

8

10

12

14

Regular Bom Muito

Bom

Ótimo Excelente Outro Não

Conhece

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

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106

39% ficaram divididos entre bom e ótimo. A realidade dos laboratórios de informática das

escolas está diretamente ligada à baixa disponibilidade de computadores em condições de

utilização bem como a precariedade e falta de internet adequada para o funcionamento e

utilização. Outro problema em relação aos laboratórios de informática das escolas está na

quantidade de computadores disponíveis em condições de utilização. Analisando o gráfico a

seguir, e de acordo com as respostas dos alunos pode-se verificar que nenhuma escola

disponibiliza um computador por aluno uma vez que as turmas são compostas geralmente por

40 alunos ou mais.

Gráfico 6 – Disponibilidade de computadores no laboratório de informática da escola

Elaborado por Fábio Strey, 2014

Em relação à quantidade de computadores disponíveis no laboratório de informática

das escolas em que concluíram o Ensino Médio, segundo as respostas dos alunos, 18 escolas

(70%) possuem no máximo 20 computadores no laboratório de informática, apenas 15%

possuem entre 20 e 30 computadores e uma escola possui mais de 30. Dos 26 alunos, 03 não

sabiam se a escola possuía laboratório de informática e muito menos quantos computadores.

Praticamente 89% das escolas possuem laboratório de informática, porém com quantidades de

computadores insuficientes para trabalhar com uma turma de 40 alunos. Levando-se em

consideração que, para um bom rendimento na utilização do Google Earth, é necessário um

computador por aluno para prática e acompanhamento individual, pelas quantidades

disponíveis já haveria um primeiro fator dificultador. Outro fator relevante é, sem dúvida, a

internet. Esse foi um dos problemas que se enfrentou no laboratório de informática da própria

31%

39%

15%

4%

11%

0

2

4

6

8

10

12

Até 10 10 e 20 20 e 30 Mais de 30 Não sabe

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

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107

universidade (UNIOESTE) onde foi desenvolvida a atividade com o Google Earth com os

alunos do primeiro ano do curso de Licenciatura em Geografia. Durante as aulas, ocorriam

queda e oscilação no sinal quebrando, assim, o raciocínio sequencial, perdendo tempo,

esperando o retorno da qualidade do sinal bem como de reiniciar a atividade. Preparar

atividades e aulas no laboratório de informática requer maior tempo, tanto para a preparação

quanto para a execução (prática) e, devido aos problemas e dificuldades encontrados, o

rendimento das aulas apresenta-se abaixo do esperado.

Os alunos avaliaram da seguinte maneira:

“Há uma necessidade de conhecimento do Google Earth por parte dos

professores para que seja utilizado no apoio àconstrução do conhecimento

geográfico” (Aluno 2).

“Considero muito importante a utilização do Google Earth como forma de

aproximar o aluno da realidade” (Aluno 3)

“Muito importante a utilização do Google Earth principalmente para

facilitar a compreensão do conteúdo pelos alunos do Ensino Fundamental e

Médio” (Aluno 7).

“Considero a pesquisa importante como forma de verificar as dificuldades

e problemas encontrados no processo de ensino” (Aluno 9).

“Considero a pesquisa muito importante principalmente por sua utilidade

na cartografia, tornando enriquecedor o aprendizado” (Aluno 11).

“Os professores deveriam utilizar o Google Earth como um instrumento

metodológico, pois auxilia na compreensão do espaço, localização e

conhecimento/visualização de novos lugares” (Aluno 13).

“É importante conhecer outros métodos tecnológicos para utilizar com os

alunos, pois nos dias atuais, a tecnologia se torna cada vez mais presente na

realidade escolar” (Aluno 14).

“Importante aprofundar os conhecimentos referentes ao Google Earth” (Aluno 20).

“O domínio do Google Earth é extremamente benéfico e auxiliará na futura

docência” (Aluno 21).

“O Google Earth é muito importante e nos possibilita aprender muito em

relação ao conhecimento geográfico e outros aspectos” (Aluno 23).

“A internet e o Google Earth são ótimas ferramentas para fins escolares e

educacionais” (Aluno 25).

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108

Os alunos ressaltaram a importância da utilização do Google Earth no ensino,

justificam que auxilia na compreensão do espaço, localização e conhecimento, aproximando o

aluno da realidade e tornando enriquecedor o aprendizado. Nas afirmações houve

preocupação dos alunos em relação ao conhecimento e domínio principalmente por parte dos

professores de forma que estes utilizem o Google Earth corretamente, dentro dos objetivos

propostos, possibilitando uma aproximação do aluno à realidade bem como a compreensão do

espaço geográfico. Os alunos 1, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 15, 16, 17, 18, 19 e 26 não responderam ou

nada sugeriram.

Discutiram-se as possibilidades didáticas do Google Earth, primeiramente com a

demonstração do programa com projeção do data show no quadro e, em seguida, por meio da

prática individual orientada, diretamente nos computadores do laboratório de informática.

Iniciou-se a prática orientada com a instalação do Google Earth nos computadores do

laboratório. Houve dificuldades em relação ao desenvolvimento do trabalho, pois a instalação

do programa nos computadores só foi possível com a utilização da senha do administrador da

rede, um funcionário técnico da universidade. Apresenta-se, a seguir, o quadro com a

sequência das ações desenvolvidas para a instalação do Google Earth.

Quadro 22 – Etapas das ações para instalação do Google Earth

ETAPAS AÇÕES

1ª Abrir o navegador Mozilla (Firefox) ou Explorer

2ª Acessar o site http://www.google.com.br/earth/download/ge/agree.html

3ª Desmarcar a caixa incluir Google Chrome

4ª Clicar em concordar e fazer o download

5ª O navegador vai direcionar para o download automático para ser

executado. Clicar em download.

6ª Abrir a pasta de download do computador ou notebook clicar com o botão

esquerdo do mouse duas vezes.

7ª Vai abrir uma caixa: tem certeza que deseja executar

“GoogleEarthSetup(3).exe”? Clicar em Ok

8ª Abrirá outra caixa solicitando se deseja executar este arquivo. Clicar em

executar

Abrirá uma nova janela solicitando se deseja permitir que o programa a

seguir faça alterações em seu computador? Clicar sim. O programa será

instalado e inicializado automaticamente criando atalho na área de trabalho

do computador ou no notebook.

10ª Abrirá a página inicial do Google Earth com as dicas de inicialização. Elaborado por Fábio Strey, 2014

Na sequência apresenta-se imagens referentes às etapas de instalação; executadas

passo a passo, conforme o quadro acima.

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Imagem 14 – Página de instalação Google Earth: Etapas (1, 2, 3 e 4)

Fonte: Google.com.br/earth, 2014

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110

Imagem 15 – Página de instalação Google Earth: Etapa (5)

Fonte: Google.com.br/earth, 2014

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111

Imagem 16 – Página de instalação Google Earth: Etapa (6 e 7)

Fonte: Google.com.br/earth, 2014

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112

Imagem 17 – Página de instalação Google Earth: Etapa (8)

Fonte: Google.com.br/earth, 2014

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113

Imagem 18 – Página de visualização inicial do Google Earth: Etapa (9 e 10)

Fonte: Google.com.br/earth, 2014

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114

A partir da visualização da tela página inicial, o Google Earth está pronto para ser

usado com todos os seus recursos disponíveis. A janela principal do programa exibe imagens

do planeta e contém botões de navegação em forma de bússola. A barra lateral oferece

campos de busca e camadas. A barra superior contém ferramentas que expandem as

funcionalidades do aplicativo e, a barra inferior apresenta informações adicionais como

coordenadas e altitude. Na tela inicial, aparece uma caixa com a informação de inicialização e

disponibiliza algumas orientações sobre como navegar no Google Earth, como navegar no

Street View, localizar residências, como pesquisar lugares, como visualizar camadas, como

usar passeios, como visualizar o passado. Convém lembrar que, para fechar, clica-se no ícone

correspondente ou se preferir que esta caixa não apareça cada vez que inicializar o Google

Earth é só desmarcar a caixa “mostrar dicas na inicialização”.

Durante o desenvolvimento, e orientados com projeção simultânea no projetor e com

acompanhamento dos alunos nos computadores, trabalhou-se o programa nas suas

funcionalidades e funções. Os computadores, por diversas vezes, travaram e desconectaram

automaticamente. De acordo com o técnico responsável, este problema ocorre devido à

oscilação constante da internet e incompatibilidade de resolução do projetor para o programa.

Depois de instalado, é possível acessar o programa por um atalho na área de trabalho

(Desktop) do Windows, ou pelo menu iniciar, no item Google Earth. Uma vez que o Google

Earth tenha sido carregado, a tela abaixo (imagem 19) é exibida. Note-se que a visualização

foi dividida em sete partes para facilitar a explicação dos recursos do programa.

A parte 1 da imagem 19 – a seguir – contém os menus do programa permitem o

acesso a funcionalidades básicas do Google Earth. A parte 2 refere-se a ferramentas para

medição ou marcação de lugares que são, na realidade, atalhos para utilitários das pastas,

ferramentas e visualizar; a parte 3 contém os recursos de localização, sendo possível usar eles

por meio dos botões pesquisar/voar para; a parte 4 mostra os lugares predefinidos em atalhos

pelo programa ou pelo usuário que podem ser visitados sendo possível acessar rapidamente os

marcadores e as pastas definidas pelo usuário; a parte 5 são os layers ou camadas que podem

ser incluídos nas imagens, como rodovias, fronteiras e outros. Ela permite visualizar a

localização de uma série de estabelecimentos como bancos, bares, cinemas, estádios, parques,

estradas, aeroportos etc.; a parte 6 é a mais interessante, pois mostra as imagens capturadas e

todos os ícones de camadas aparecem aqui. Se qualquer dos pontos indicados receberem dois

cliques seguidos do mouse, o Google Earth imediatamente aproxima a imagem daquele local.;

e a parte 7 são os controles de navegação como de zoom, inclinação e direção das imagens.

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115

Imagem 19 – Divisão em partes dos recursos do Google Earth

Fonte: Google Earth, 2014, adaptado por Fábio Strey

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116

Parte 1: MENUS

Imagem 20 – Menus Google Earth

Fonte: Google Earth, 2014, adaptado por Fábio Strey

Os menus permitem o acesso a funcionalidades básicas do Google Earth. A versão

usada neste tutorial contém as seguintes opções:

Arquivo: dá acesso aos botões para salvar uma determinada localização (salvar e

salvar como) por meio de um marcador (explicado mais adiante); contém o botão reverter,

usado para voltar pelo caminho que o programa exibiu para chegar de um ponto a um lugar;

oferece o botão salvar imagem para salvar a imagem vista atualmente (somente no formato

Jpeg); dá acesso ao botão de impressão e ao botão envio de imagem por email, que permite

enviar por email uma foto ou as coordenadas de uma localização através de um arquivo de

extensão .kmz (quem receber esse arquivo, poderá ver o local rapidamente ao abri-lo no

Google Earth); há ainda o botão sair do servidor, para desconectar o programa dos servidores

do Google e o botão sair, para encerrar o aplicativo.

Editar: dá acesso às opções de recortar, copiar, colar, excluir, renomear e atualizar

lugares ou outros marcadores; contém o botão apagar conteúdos, que permite apagar o

conteúdo de pastas (vistas mais adiante) criadas pelo usuário; oferece o recurso salvar meus

locais, que permite adicionar a lista de marcadores do usuário lugares já "pré-marcados" pelo

Google Earth (por exemplo, os pontos em vermelho); contém o botão propriedades, que

permite mudar os parâmetros de um lugar ou de outro marcador após sua seleção;

disponibiliza o botão limpar histórico de pesquisa, que apaga o histórico de pesquisa de

locais; oferece o recurso localizar, para buscar localidades na lista do usuário.

Visualizar: oferece as opções de visualização do Google Earth. Com o item tela

cheia (também acessível pelo botão F11 do teclado), é possível ver a imagem capturada em

tela inteira; através do item tamanho da visualização é possível escolher resoluções de

visualização; o botão bússola mostra e esconde uma bússola no canto inferior esquerdo da

área de imagens do programa; o botão barra de status exibe e esconde a barra de status; o item

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117

grade exibe e esconde linhas de grade com informações de latitude e longitude; e o botão

mapa de visão geral mostra, em formato de mapa, o globo terrestre no canto inferior direito.

Adicionar: a opção adicionar permite adicionar marcadores às localizações

encontradas no Google Earth. Assim, é possível acessar rapidamente as imagens de seus

locais preferidos. As opções são:

- Marcadores: essa opção permite marcar os locais de seu interesse. Por exemplo, a

localização de determinada escola, lago, ponto turístico do município etc. Usando essa opção,

uma janela (apresentada na sequência, imagem 21) permitirá adicionar uma marcação, onde

se pode inserir um nome, uma descrição e uma pasta onde o lugar ficará marcado. Clicando

em avançar, é possível personalizar a marcação através da guia estilo, onde se pode alterar a

cor, inserir ícones, etc. Ainda em avançado, há a guia localização e visão, que permitem obter

informações da localização, tal como latitude e longitude;

- Folder: por meio de Folders (pastas), é possível agrupar as localizações por meio de

uma classificação. Por exemplo, pode-se criar uma pasta de nome "Estádios" para guardar

todos os marcadores de estádios de futebol encontrados;

- Superposição de Imagens: suponha que tenha achado o prédio da empresa em que

se trabalha. Se tiver autorização, pode-se inserir uma imagem próxima ao local com o

logotipo da companhia; Pode-se colocar a imagem que quiser, desde que esteja em uma das

seguintes extensões: jpg, bmp, tif, png, tga ou gif;

- Link de Rede: permite adicionar ao programa um link que direciona para um

arquivo local, em rede ou na internet que contenha parâmetros de uma determinada

localização. Por exemplo, suponha que o site de uma universidade disponibilize um arquivo

para que os alunos possam localizar rapidamente as imagens do campus da instituição. Basta

clicar em link de rede e, na caixa que surgir, inserir o link do arquivo no campo localização;

- Caminho: permite traçar um caminho sobre o mapa.

- Polígono: permite a utilização de polígonos para definir marcações mais detalhadas.

Na sequência com a imagem 21 pode-se visualizar a marcação de um ponto/lugar

utilizando a janela de marcadores disponíveis no Google Earth, na função adicionar.

Adicionou-se marcador no Lago do Bairro Alvorada, município de Francisco Beltrão, PR. A

janela de marcadores possibilita inserir um nome/descrição para a marcação podendo

personalizar a mesma por meio da guia estilo selecionando a forma e a cor da marcação além

de detalhar as informações de localização tal como latitude e longitude do ponto marcado

(coordenadas geográficas).

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118

Imagem 21 – Lago Alvorada, Francisco Beltrão, PR

Fonte: Google Earth, 2013

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119

Ferramentas: essa opção permite ativar/desativar as ferramentas do Google Earth.

No item medidas, é possível traçar uma linha ou um caminho em qualquer ponto da imagem

visualizada e o Google Earth retorna a medida, que pode ser em metros, quilômetros, milhas,

entre outros. É um recurso interessante para saber a distância de um lugar ao outro ou para

saber o tamanho de determinada localidade. Em GPS, é possível usar seus recursos (Global

Positioning System). Em ferramentas também é possível configurar o Google Earth de acordo

com o gosto de cada um por meio das opções;

Ajuda: exibe informações adicionais do Google Earth, com atalhos do teclado, dicas

de inicialização, licença de uso, ajuda, além de uma opção (notas de versão) que permite

checar se há novas versões do programa.

Parte 2 – Barra de Ferramentas

Esta parte refere-se à barra de ferramentas que são, na realidade, atalhos para

utilitários das pastas, ferramentas e visualizar já citados anteriormente, como adicionar

marcador, polígono, caminho, régua, impressão e envio por email.

Imagem 22 – Barra ferramentas do Google Earth

Fonte: Google Earth, 2014, adaptado por Fábio Strey

Parte 3 – Pesquisar

Imagem 23 – Pesquisar do Google Earth

Fonte: Google Earth, 2014, adaptado por Fábio Strey

Na parte 3, é possível usar os recursos de localização através dos botões "voar para".

Em "voar para", há um único campo onde se deve digitar o nome de uma localidade. Ao clicar

em procurar, o Google Earth exibirá a imagem do local, caso a localize. Também é possível

localizar determinado lugar através da indicação da cidade, província ou estado mais o país,

separando-os por vírgula. Por exemplo: Curitiba, Paraná. Ainda, pode-se localizar

determinados pontos com precisão através de coordenadas em latitude e longitude. Por

exemplo, ao digitar 32 40'34.19"N 117 9' 27.58"W e ver-se-á o lugar curioso que é exibido.

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120

Imagem 24 – Edifício com forma de símbolo nazista

Fonte: Google Earth, 2014

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121

Parte 4 – Lugares

A parte denominada lugares contém a lista de pastas e marcadores do usuário. É

possível acessar rapidamente os marcadores e as pastas definidas pelo usuário. Por exemplo,

suponha que se encontraram todas as estações do Metrô de São Paulo e foram organizadas

numa pasta chamada "Metrô de São Paulo". Ao se desejar ver a imagem da estação Tatuapé,

basta clicar na pasta e, em seguida, no nome da estação. Imediatamente o Google Earth

direciona-se ao local.

Quando se faz buscas por um determinado lugar, o Google Earth mostra lugares

próximos ou semelhantes.

Imagem 25 – Lugares do Google Earth

Fonte: Google Earth, 2014, adaptado por Fábio Strey

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122

Parte 5 – Camadas

A parte 5, camadas, é muito interessante. Ela permite visualizar a localização de uma

série de estabelecimentos como bancos, bares, cinemas, estádios, parques, estradas,

aeroportos etc.

Imagem 26 – Camadas do Google Earth

Fonte: Google Earth, 2014, adaptado por Fábio Strey

Parte 6 – Globo Virtual

A parte 6 é a área do Google Earth que exibe as imagens capturadas. Nela, os

círculos vermelhos indicam cidades, clicando-se neles são mostradas informações sobre o

local, como na imagem 27. Além disso, todos os ícones de camadas aparecem aqui. Se

qualquer dos pontos indicados receberem dois cliques seguidos do mouse, o Google Earth

imediatamente aproxima a imagem daquele local.

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123

Imagem 27 – Imagem da cidade de Curitiba obtida pelo globo virtual

Fonte: Google Earth, 2014

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124

Parte 7 – Bússola

O botão A permite a visualização da localidade de maneira lateral, ou seja, em vez de

uma visão vertical, clicando-se no botão inferior, o ponto de vista vai aproximando-se da área

visualizada de forma como se se estivesse visualizando de forma oblíqua, isto é, a imagem é

demonstrada em 3 D.

Imagem 28 – Bússola Google Earth

Fonte: Google Earth, 2014, adaptado por Fábio Strey

O botão A funciona como zoom, ou seja, clicando-se no sinal de mais (+) a imagem

visualizada é aproximada; tal resultado pode ser alcançado também se utilizar o mouse (botão

esquerdo, movendo para frente e para trás). O contrário ocorre se o sinal negativo (-) for

pressionado. O botão B é composto por um conjunto de quatro setas que permite ir para os

lados, para cima e para baixo na visualização das áreas (utilizando-se o mouse com o botão

esquerdo pressionado o efeito é o mesmo). Por meio do botão C, é possível girar o ponto de

vista, fazendo com que as localidades possam ser vistas em diferentes sentidos.

Uma questão importante a ressaltar é que a maioria das pessoas pensa que as

imagens que o Google Earth exibe são em tempo real, mas isso não ocorre. De acordo com o

Google elas podem ter até três anos de existência, variando de acordo com a região.

Na segunda etapa, num período de 4 horas aulas, com a presença de 26 alunos, fato

este complicador, pois houve a necessidade de realizar uma retomada inicial do que já se

B

C

A

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125

havia abordado, com o objetivo de obter um bom rendimento e entendimento de todos acerca

do trabalho desenvolvido. Para tal, realizou-se novamente diagnóstico com a finalidade de

levantar informações prévias para a pesquisa, totalizando, assim, 26 sujeitos. No segundo

encontro, enfrentaram-se os mesmos problemas citados anteriormente em relação à instalação

nos demais computadores, internet e projetor. Foram interrompidas várias vezes as atividades,

solicitando a presença do técnico responsável para auxiliar; após diversas tentativas

conseguiu-se instalar o programa na maioria dos computadores. Como em alguns

computadores isso não foi possível, os alunos utilizaram notebook particular para desenvolver

e acompanhar o andamento do trabalho.

Abordaram-se aspectos sobre as diferenças entre o Google Earth e o Google Earth

Pro. Trabalhou-se um vídeo demonstrativo de como são captadas as imagens do Google Street

View, presente no link: https://www.youtube.com/watch?v=PBlI72B3OCo. O Google Street

View disponibiliza imagens feitas com várias câmeras simultaneamente e permite “viajar” por

lugares como se o olhar estivesse ao nível do solo. Essas imagens são capturadas percorrendo

as ruas com veículos da Google contendo um sistema com computadores, câmeras, lasers e

dispositivo GPS no topo.

O Google Street View é um recurso do Google Maps e do Google Earth que

disponibiliza vistas panorâmicas de 360° na horizontal e 290° na vertical e permite que os

usuários vejam partes de regiões do mundo ao nível do chão /solo. Mostra fotos tiradas por

uma frota de veículos do modelo Chevrolet Cobalt nos Estados Unidos, Opel Astra na Europa

e Austrália, Toyota Prius no Japão e Fiat Stilo/Chevrolet Captiva no Brasil. Em áreas de

pedestres, ruas estreitas e outros lugares que não podem ser acessados por carros são usadas

as Google Bikes. As imagens podem ser navegadas usando tanto o mouse quanto o teclado.

Com esses dispositivos, as fotos podem ser vistas em diferentes tamanhos, a partir de

qualquer direção e de diversos ângulos. As linhas que surgem na rua que está sendo ser

exibida indicam a direção seguida pelo carro com a câmera do street view.

Trabalhou-se ainda, com outro vídeo demonstrativo presente no link:

https://www.youtube.com/watch?v=2DvYn4L9_uU, sobre o Google Earth Pro Life, que

consiste em projeto que está sendo desenvolvido por universitários do “Georgia Institute of

Technology” dos Estados Unidos e tem por objetivo e finalidade apresentar conteúdo ao vivo

na plataforma. Parece ficção científica, mas é a pura realidade. Com o sistema, vai ser

possível ver jogos de futebol, carros trafegando nas cidades e rodovias, pessoas andando nas

ruas. Tudo funciona com uma combinação de realidade aumentada e câmeras de vídeos reais.

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126

3.2 O Google Earth e o Google Earth Pro

O Google Earth é disponibilizado gratuitamente na internet, podendo ser baixado e

instalado por qualquer pessoa. Já o Google Earth Pro é um programa mais completo para

pesquisa, visualização e apresentação de locais. Além do acesso a mapas, plantas e fotos de

satélite da Terra, pode-se exportar arquivos de alta qualidade, além de criar vídeos de suas

interações no programa.

O Google Earth Pro oferece recursos avançados de mapeamento e importação de

dados de GIS (Sistema de Informação Geográfica), tornando-se assim uma ferramenta de

grande utilidade para órgãos de Governo Federal, Estadual e Municipal, além de organizações

não-governamentais (ONGs).

Ações na área de segurança e defesa exigem firmeza e rapidez na tomada de

decisões. O Google Earth dispõe de recursos simples de serem entendidos e utilizados por

qualquer pessoa. Essa facilidade em trabalhar com dados geográficos resulta em soluções

mais ágeis e eficientes.

O Google Pro é um programa de pesquisa e apresentação de dados geográficos.

Possui vários recursos avançados para visualizar e compartilhar informações como plantas de

terreno, listas de propriedades, endereços de clientes, entre outros. É a versão do Google Earth

mais adequada para empresas ou organizações.

Quadro 23 – Diferenças entre a versão Pro e gratuita

Características Google Earth gratuito Google Earth Pro

Licença Versão gratuita

para uso pessoal

Versão profissional

para uso comercial

Preço Grátis R$1.165,00

Banco de dados de imagens Principal Principal

Desempenho - Máximo

Voar para qualquer lugar do planeta ou

explorar o espaço

Procurar escolas, parques, restaurantes e hotéis

Ver o trajeto até o destino

Explorar os destaques

Inclinar e girar a visualização em 3D

Imprimir imagens 1000 pixels 4800 pixels

Salvar imagens 1000 pixels 4800 pixels

Ferramentas de traçado

Importação de dados de GPS (somente para

leitura) -

Controle por GPS em tempo real -

Importação de dados de planilha - 2500 pontos

Publicidade de empresas locais Opcional

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127

Suporte Somente sites Sites e e-mail

Ferramentas para medição de área -

Movie Maker -

Importação de dados GIS -

Fonte: http://www.maplinkearthpro.com.br/oque_diferencas.php

As vantagens do Google Earth Pro é porque tem: ferramenta para medição de área

(em metros quadrados, quilômetros, hectares, etc.); importação de até 2.500 localidades por

meio de endereços ou coordenadas de latitude e longitude; possui a mais alta resolução para

impressão e recursos de salvamento; permite impressões maiores e mais nítidas de imagens de

até 28x43 cm (4.800 pixels); Movie Maker; permite exportar filmes de zoom e passeios;

importa dados do GIS, que permite arrastar e soltar arquivos como SHP, GeoTiffs, etc e

oferece suporte ao cliente por meio de e-mail.

Acerca da atividade desenvolvida com os alunos, além dos problemas técnicos

enfrentados, observou-se, durante o desenvolvimento conjunto, que alguns alunos tinham

domínio sobre a informática e também sobre o programa, já outros não possuíam muita

habilidade com a informática e muito menos com o programa Google Earth. Os problemas

técnicos ocorriam constantemente e o ritmo das aulas foi um pouco abaixo do planejado. A

previsão era de oito horas aulas, mas houve a necessidade de expansão para 12 horas aulas.

Com os programas Google Earth, Maps e Maplink, os alunos observaram as

diferenças na visualização de cada um. O Google Earth permite ter noções de latitude e

longitude, orientação, reconhecer biomas e relevos, identificar problemas ambientais e

especulação imobiliária em áreas de proteção ambiental, além de explorar as diversas

ferramentas e funcionalidades que o Google Earth disponibiliza salvando as imagens nos

computadores e notebook. As aulas possibilitavam ao aluno a confecção de mapas utilizando

o Google Earth, Google Maps e Maplink.

O programa Google Street View, pelo seu aspecto visual e pela interatividade, foi o

que mais chamou a atenção dos alunos. Eles ficaram fascinados com a possibilidade de fazer

um tour virtual por cidades onde nunca estiveram, e verificaram as inúmeras possibilidades de

sua utilização nas aulas de Geografia como forma de aproximação da realidade.

A terceira etapa contou com 4 horas aulas, destinada ao desenvolvimento da

atividade distribuída aos alunos no final do segundo encontro. A atividade consistiu em

possibilitar ao aluno realizar a prática com o programa proposto. Explicou-se como deveria

ser desenvolvida para que eles obtivessem o resultado desejado. Foram trabalhadas 8 horas

aulas com as funções e ferramentas do Google Earth, Google Maps, Maplink e Street View, e

os alunos estavam capacitados a desenvolver a atividade. Cinco alunos realizaram a atividade

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128

em casa, trazendo-a concluída. Outros iniciaram em casa deixando para concluir durante a

aula. A maioria dos alunos iniciou a atividade por ocasião do terceiro encontro. A atividade

foi proposta conforme quadro abaixo.

Quadro 24 – Atividade sugerida

Nr Atividade Informações Entregar Ex

1

Confeccionar mapa manualmente do trajeto

casa/universidade (alunos residentes em

Francisco Beltrão) e universidade/ponto de

Francisco Beltrão a critério (alunos residentes

em outras cidades);

identificação; título;

legenda; indicação do

norte;

papel A4; Imagem

29

2

confeccionar mapa utilizando o Google Maps

ou Maplink do trajeto casa/universidade

(alunos residentes em Francisco Beltrão) e

universidade/ponto de Francisco Beltrão a

critério(alunos residentes em outras cidades);

identificação; título;

legenda; indicação do

norte; distância em

metros entre os dois

pontos;

impresso,

colorido

papel A4;

Imagem

30

3

confeccionar mapa utilizando o Google Earth

do trajeto casa/universidade (alunos residentes

em Francisco Beltrão) e universidade/ponto de

Francisco Beltrão a critério(alunos residentes

em outras cidades);

identificação; título;

legenda; indicação do

norte; coordenadas

geográficas e

distância em metros

entre os dois pontos;

impresso,

colorido

papel A4;

Imagem

31

4

Selecionar três imagens a escolha utilizando o

Street View.

imagem ao nível do

solo do ponto

escolhido pelo aluno;

impresso,

colorido

papel A4;

Imagens

32 a 34

5

localizar os lugares curiosos do Google Earth

através das coordenadas:

(48º21'10.18"N/11º43'56.72"E)

(32º40'34.19"N/117º9'27.58"W)

(43º38’42.98”N/115º59’35.08”W)

(28º27’9.65”N/81º42’10.21” W)

(43º22’38.75”N/8º 26’04.86”W)

(37º24’5.06”N/116º52’4.19”W);

imagem do local

referente à

coordenada

geográfica; impresso,

colorido

papel A4;

Imagens

35 a 40

6

perímetro em metros da quadra da Unioeste

campus de Francisco Beltrão – PR;

imagem com

marcação e perímetro

total em metros,

variação (10 metros);

impresso,

colorido

papel A4.

Imagem

41

7

levantar as coordenadas geográficas

identificando a latitude e longitude dos

seguintes pontos do município de Francisco

Beltrão:

centro do Lago Alvorada; Cristo; Santa Fé

clube de campo; Terminal Rodoviário;

Centro de Eventos do parque de exposições;

imagem do local

solicitado com a

referida coordenada

geográfica do mesmo,

variação considerada

(02’);

impresso,

colorido

papel A4.

Imagem

42 a 46

Elaborado por Fábio Strey, 2014

A seguir, apresenta-se uma sequencia/amostra de cada mapa e imagem realizados

pelo aluno 2, o qual foi selecionado aleatoriamente.

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129

Imagem 29 – Atividade 1: mapa do trajeto residência-universidade (Manual)

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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130

Imagem 30 – Atividade 2: mapa do trajeto residência-universidade (Google Maps)

Legenda

Minha casa

Unioeste

Trajeto casaaté Unioeste- extensão de 4,7 km

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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131

Imagem 31 – Atividade 3: mapa do trajeto residência-universidade (Google Earth)

Distância entre minha casa e a Unioeste

NORTE

LEGENDA

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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132

Imagem 32 – Atividade 4: Teatro Amazonas, Manaus (Google Street View)

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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133

Imagem 33 – Atividade 4: Praça das Araras, Campo Grande, MS (Google Street View)

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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134

Imagem 34 – Atividade 4: Fronteira Brasil, Pacaraima, RR e Venezuela, Santa Elena (Google Street View)

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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135

Imagem 35 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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136

Imagem 36 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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137

Imagem 37 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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138

Imagem 38 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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139

Imagem 39 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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140

Imagem 40 – Atividade 5: lugares curiosos do Google Earth por meio de coordenadas

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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141

Imagem 41 – Atividade 6: perímetro em metros da quadra da Unioeste campus Francisco Beltrão, PR

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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142

Imagem 42 – Atividade 7: coordenadas geográficas do Lago Alvorada do município de Francisco Beltrão, PR

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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143

Imagem 43 – Atividade 7: coordenada geográfica do Cristo do município de Francisco Beltrão, PR

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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144

Imagem 44 – Atividade 7: coordenada geográfica do Santa Fé Clube de Campo do município de Francisco Beltrão, PR

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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145

Imagem 45 – Atividade 7: coordenada geográfica do Terminal Rodoviário do município de Francisco Beltrão, PR

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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146

Imagem 46 – Atividade 7: coordenada geográfica do Centro de Eventos do parque de exposições do município de Francisco Beltrão, PR

Elaborado pelo aluno 2, do 1º ano do curso de Licenciatura em Geografia da Unioeste, Francisco Beltrão, PR, 2014

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147

Ao final da terceira etapa, na atividade prática, realizou-se o diagnóstico final, por

meio de questionário (Apêndice E), com a finalidade de levantar dados e informações

relevantes referentes à atividade desenvolvida bem como dos resultados atingidos. Houve a

participação de 22 sujeitos no questionário diagnóstico final. No gráfico a seguir, apresenta-se

um levantamento do conhecimento e da prática que os alunos possuíam em relação ao Google

Earth antes do desenvolvimento da atividade:

Gráfico 7 – Conhecimento e prática do Google Earth antes das aulas

Elaborado por Fábio Strey, 2014

Há 10 alunos, a maior porcentagem, regulares em relação ao conhecimento e prática

do Google Earth, 5 alunos com bons conhecimentos e apenas 1 aluno ótimo. Para excelente não

houve ocorrência; Entre os alunos 36% responderam outros, justificando suas respostas pelo

motivo de não conhecer o Google Earth ou por nunca ter o utilizado. No gráfico a seguir,

apresenta-se o nível de conhecimento e utilização prática após o desenvolvimento da atividade.

Gráfico 8 – Conhecimento e prática do Google Earth após as aulas

Elaborado por Fábio Strey, 2014

40%

20%

4%

0%

36%

0

2

4

6

8

10

12

Regular Bom Ótimo Excelente Outros

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

0%

48%

40%

12%

0%

0

2

4

6

8

10

12

14

Regular Bom Ótimo Excelente Outro

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

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148

Verifica-se que há diferença na evolução dos níveis de conhecimento em relação ao

Google Earth antes e depois do trabalho desenvolvido. Enquanto no gráfico 6 havia 76% dos

alunos que apresentavam regular e outro, no gráfico 7 há 0%. Ótimo passou de 1 para 10

alunos e excelente de 0 para 3 alunos. Em relação ao rendimento e resultado da atividade

realizada, os dados constam no gráfico seguinte:

Gráfico 9 – Rendimento e resultados do trabalho

Elaborado por Fábio Strey, 2014

Em relação ao rendimento e resultados do trabalho desenvolvido com o Google Earth,

16% atribuíram conceito excelente; 36% conceito ótimo e 48% conceito bom. Os alunos que

responderam bom justificaram seu conceito devido aos problemas técnicos, de equipamentos e

internet que ocorreram no laboratório de informática por ocasião do desenvolvimento do

trabalho. De acordo com as justificativas dos 12 alunos que responderam bom, “esse

rendimento poderia ter sido melhor se não tivéssemos a ocorrência dos problemas e

dificuldades que tivemos”. Esses problemas, além de pausar o trabalho, obrigava a retomar

muitos procedimentos que estavam quase concluídos, causando, dessa forma, utilização

desnecessária do tempo. Por esses motivos alterou-se o planejamento inicial de 8 para 12 horas

aulas de forma a atingir o objetivo e concluir o trabalho. Questionou-se os alunos, como futuros

professores de Geografia, se consideram que o Google Earth pode ser utilizado como recurso

didático no processo de ensino devendo justificar as respostas e obteve-se as seguintes

respostas:

“Possui muitos recursos para serem explorados” (Aluno 1).

0%

48%

36%

16%

0%

0

2

4

6

8

10

12

14

Regular Bom Ótimo Excelente Outros

Quan

tidad

e de

alunos

Respostas

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149

“O Google Earth trabalha algumas vertentes da Cartografia de forma mais

didática e interativa permitindo uma fácil compreensão do espaço

geográfico” (Aluno 2).

“Desenvolve o conhecimento e disponibiliza informações importantes” (Aluno 3).

“Aproxima os alunos da realidade” (Aluno 4).

“Pode ser utilizado para obter conhecimento de outros lugares” (Aluno 5).

“Disponibiliza várias ferramentas e funções para realização de atividades” (Aluno 6).

“Podemos trabalhar diversos conteúdos de Geografia” (Aluno 7).

“Recurso excelente, porém necessita de estrutura adequada como internet” (Aluno 8).

“Não conhecia. É um recurso maravilhoso para o ensino” (Aluno 9).

“Podemos trabalhar coordenadas, distância, porém há necessidade de

estrutura adequada como internet e computadores” (Aluno 10).

“Recurso prático que facilita o processo de ensino” (Aluno 11).

“Podemos trabalhar localização, traçar rota estimulando o aprendizado” (Aluno 12).

“Podemos trabalhar localização e facilitar aos alunos a compreensão do

espaço geográfico” (Aluno 13).

“É um recurso que desperta interesse por estar ligado à tecnologia,

disponibilizando diversas ferramentas para trabalhar coordenadas,

distância e compreensão do espaço” (Aluno 14).

“Os alunos vão navegar em outros sites, os computadores são péssimos e o

tempo é pouco para muito conteúdo e prática” (Aluno 15).

“Podemos explorar os diferentes lugares do planeta facilitando a

compreensão do espaço geográfico” (Aluno 16).

“Podemos trabalhar com facilidade as coordenadas, além de despertar

interesse e curiosidade por parte dos alunos” (Aluno 17).

“Possibilita uma visão global, trabalhar com latitude e longitude,

distâncias, conhecer e explorar lugares diferentes” (Aluno 18).

“Possibilita noção de espaço, latitude e longitude, conhecer e explorar os

diferentes lugares do planeta” (Aluno 19).

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150

“Aproxima o aluno da realidade com informações dinâmicas” (Aluno 20).

“Podemos trabalhar orientação e localização possibilitando ainda uma

visão global” (Aluno 21).

“Facilita as atividades práticas permitindo o entendimento e compreensão

dos conteúdos pelos alunos” (Aluno 22).

“Aproximação da realidade e riqueza de detalhes” (Aluno 23).

“Podemos trabalhar a localização e orientação no espaço geográfico” (Aluno 24).

“Podemos traçar rotas, conhecer pontos turísticos, trabalhar com facilidade

as coordenadas” (Aluno 25).

Em relação à importância do Google Earth como recurso didático, apenas o aluno 15

considera que o Google Earth não pode ser utilizado como recurso didático no processo de

ensino e justifica pela falta de estrutura encontrada, possibilidade de acesso a outros sites

durante a aula e pouco tempo para muito conteúdo e prática. Entre os alunos, 96% consideram

que o Google Earth é um recurso muito importante e rico de detalhes e informações,

possibilitando trabalhar diversos conteúdos de Geografia, facilitando a aprendizagem e

melhorando a compreensão do espaço geográfico, aproximando, dessa forma, o aluno da

realidade. Em relação à utilização do Google Earth como recurso didático apresentam-se os

dados no gráfico a seguir.

Gráfico 10 – Aprovação do Google Earth como recurso didático

Elaborado por Fábio Strey, 2014

Apenas 3 alunos (12%) não utilizariam o Google Earth como recurso didático em suas

aulas pelas seguintes justificativas: falta de tempo, questões estruturais relativas a

88%

12% 0

5

10

15

20

25

Sim Não

Quan

tiad

e de

alu

nos

Respostas

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151

configurações de computadores e qualidade de internet e possível dificuldade de entendimento

por parte dos alunos. Dos 25 alunos, 88% consideram o Google Earth recurso importante para

o processo de ensino e ressaltam sua utilização nas aulas.

As possibilidades e limitações de uso das imagens de satélite como recursos

didáticos nas aulas de Geografia estão relacionadas aos objetivos e metas almejados pelo

professor. Um passo importante é capacitar os professores, não apenas para que eles tenham

conhecimentos básicos necessários para manipular a máquina, mas também para que sejam

capazes de organizar suas aulas utilizando programas como o Google Earth.

A atividade desenvolvida com os alunos do primeiro ano de Licenciatura em

Geografia possibilitou diagnosticar que a grande maioria não conhecia o Google Earth e

nunca o havia utilizado. A orientação proporcionou a eles entender que há possibilidade de

utilizar o programa em suas aulas.

A utilização do Google Earth no ensino de Geografia capacita o aluno na

compreensão do espaço geográfico. Trata-se de um estímulo ao aprendizado pela Geografia,

muitas vezes desvalorizado pelos alunos por ensinar apenas por meio de textos, o contrario do

que deveria ocorrer, já que a Geografia manifesta-se principalmente por meio de observações

e imagens. O programa deverá, com o passar do tempo, revolucionar todo o ensino de

Geografia. A partir de tal recurso, o aluno é capaz de extrair dados relevantes do espaço em

escala local ou global e formular hipóteses reais com as informações de que dispõe em um

mapa.

A atividade foi muito importante, pois contribuiu não só para os alunos

demonstrarem grande interesse no uso do Google Earth na Geografia bem como para a

presente pesquisa. O programa possibilitou mostrar, em tempo real, visualizações de bússola,

indicações de latitude e longitude, atmosfera, Sol, imagens históricas, limites geográficos,

fotos e imagens de lugares diversos, entre outros elementos essenciais para a compreensão do

espaço geográfico. Assim, esta atividade contribuiu de forma significativa ao colocar à

disposição dos alunos o conhecimento de novas tecnologias disponíveis e sua utilização como

recurso didático no ensino.

O ensino da disciplina Geografia será significativamente modificado, devendo, em

pouco tempo, adquirir nova forma de ser ensinado aos alunos do Ensino Fundamental e

Médio. Para tanto, os professores precisam atualizar-se diariamente para acompanhar os

alunos. O sentido do ensino, principalmente no caso da Geografia, deverá modificar-se:

enquanto o aluno era obrigado a “correr” para “acompanhar” o professor, agora é o professor

que deverá “correr” para “acompanhar” seus alunos.

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152

CONSIDERAÇÕES

A proposta inicial desta pesquisa consistiu na análise pedagógica da utilização do

Google Earth, no laboratório de informática, nas escolas públicas, com o intuito de trabalhar

os conteúdos de Geografia com os alunos do Ensino Médio, por meio das atividades mediadas

pelo professor, numa sequência didática específica para este fim, e teve como objetivo

levantar como os conceitos geográficos são entendidos pelos alunos por meio das

representações cartográficas disponíveis mediante este recurso.

Após o primeiro diagnóstico, realizado na etapa inicial da pesquisa, por meio da

observação da estrutura física e operacional dos laboratórios de informática das escolas,

obteve-se avaliação e depoimentos dos professores, mediante questionário. O diagnóstico

verificado foi de que não seria possível a realização desta prática investigativa, devido a

problemas técnicos no funcionamento dos computadores por causa da configuração e do

bloqueio de servidor bem como da falta de qualidade da internet, que impossibilitaram a

instalação e a execução do Google Earth nos computadores das escolas públicas. Isso não é

divulgado e poucos sabem da realidade, da falta de possibilidade de uso na escola.

Diante disso, realizou-se contato com a Coordenação Regional de Tecnologia na

Educação (CRTE) do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão, responsável

pelo suporte técnico dos equipamentos, um técnico foi até a escola para tentar realizar a

instalação. De imediato, informou que não seria possível realizar a ação, pois era necessário

enviar solicitação formal, por escrito, à Coordenação Regional de Tecnologia na Educação

(CRTE) de Curitiba. Encaminhada a solicitação por e-mail e realizado contato telefônico

abordando o assunto, obteve-se resposta informando que não era possível instalar o Google

Earth nos computadores dos laboratórios de informática devido a questões técnicas e que o

problema não é exclusivamente do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco

Beltrão, mas de todas as escolas do estado do Paraná. A grande surpresa!

Elaborou-se outra – solicitação, agora via questionário, enviada por e-mail, com a

finalidade de levantar dados técnicos e maiores informações sobre esta realidade – à

Coordenação Regional de Tecnologia na Educação (CRTE) do Núcleo Regional de Educação

(NRE) de Francisco Beltrão. Na resposta, informa-se que a CRTE não possuía autonomia para

repassar tais informações. Solicitaram que o pedido fosse enviado à Coordenação Regional de

Tecnologia na Educação (CRTE) de Curitiba.

Tal pedido foi feito por e-mail, conforme orientação do Núcleo Regional de

Educação (NRE) de Francisco Beltrão, e a resposta dizia que não seria possível informar, nem

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153

responder ao questionamento. Realizou-se, então, contato via e-mail e telefônico com a Chefe

do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão esclarecendo e solicitando

algum retorno em relação à dificuldade de informações necessárias e encaminhou-se o mesmo

questionário por e-mail, obtendo a mesma resposta, que não poderia repassar as informações

solicitadas e informando o telefone para contato com a Diretoria de Tecnologia Educacional –

DITEC.

Realizou-se contato telefônico com o chefe do Núcleo de Informática e Informações

da Secretaria de Estado de Educação (SEED/NII) e ele passou seu e-mail pessoal e funcional

para o encaminhamento do questionário (Apêndice C). As informações obtidas por meio

desse questionário resultaram um diagnóstico que confirmando os dados levantados

anteriormente e no questionário realizado com os professores, bem como na constatação nos

laboratórios de informática. Ou seja, há baixo número de computadores em condições de uso

nos laboratórios; as configurações dos equipamentos estão ultrapassadas; a internet é de

péssima qualidade e o sistema operacional instalado é o Mozila Educacional, interligado ao

bloqueio automático do servidor controlado pelas CRTEs dos NREs e NII do Estado, não

permitindo a instalação de programas para utilização como recurso didático.

O objetivo inicial era propor uma sequência didática utilizando as imagens do

Google Earth para trabalhar os conteúdos e, consequentemente, os conceitos de Geografia.

Porém, pelos problemas estruturais encontrados, não foi possível prosseguir com esse

objetivo. Outro fator relevante constatado, por meio do questionário aos professores,

evidenciou a categoria contradição. Entre as respostas obtidas em relação à utilização do

Google Earth e a realidade dos laboratórios de informática, a principal contradição é que,

embora digam que é trabalhado no laboratório com este recurso, na realidade, ele nem pode

ser instalado. A maioria dos professores desconhecem a realidade e o funcionamento do

laboratório de informática. Este não oferece condições mínimas para instalação e utilização do

programa, nem equipamentos para tal. O servidor é controlado pelas CRTEs dos NREs e pelo

NII do Estado bloqueando automaticamente a instalação de qualquer programa, entre outros

fatores. Isso se dá pelo fato desses professores nunca terem utilizado o laboratório de

informática em suas aulas. Ao levantar-se esse questionamento, os professores afirmam, em

suas respostas, a importância metodológica do Google Earth enquanto recurso didático,

entretanto não o utilizam pela falta de condições dos laboratórios. Com base em tais questões

estruturais e, principalmente, na falta de conhecimento e de utilização do Google Earth,

idealizou-se uma sequência para trabalhar com os alunos do 1º ano do curso de Licenciatura

em Geografia da Unioeste, desde a instalação do programa até a exploração de sua

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funcionalidade e ferramentas, encerrando com a prática orientada mediante atividade

proposta. A elaboração e desenvolvimento de tal ação com o Google Earth buscou averiguar

se, caso possível trabalhar com o programa, sua utilização traria benefício aos alunos e

professores.

O resultado da atividade desenvolvida trouxe perspectivas importantes para o ensino

e aprendizagem, pois demonstrou ser uma via possível para aprimorar os conhecimentos dos

alunos. Por meio da prática, eles conseguiram detalhar as ferramentas e as funcionalidades

que o programa disponibiliza, demonstrando, nos resultados com os trabalhos realizados,

diversas possibilidades de trabalhar os conteúdos de Geografia utilizando o Google Earth

como recurso didático.

Apresentar as novas tecnologias e os recursos didáticos disponíveis na internet aos

alunos da Licenciatura foi fundamental (objetivo-metodologia-resultado). As dificuldades e

problemas estruturais referentes aos laboratórios de informática das escolas também fazem

parte do cotidiano universitário. Durante o desenvolvimento da atividade com os alunos no

laboratório de informática da Unioeste - campus Francisco Beltrão, ocorreram problemas em

relação à configuração dos computadores e qualidade da internet, dificultando as aulas,

interrompendo o raciocínio sequencial e ocorrendo perda de tempo para retomar a atividade.

As atividades desenvolvidas durante a pesquisa possibilitaram uma reflexão sobre a

importância de retomar questões didáticas metodológicas, ligadas ao ensino de Geografia e da

Cartografia. Na atualidade, ensinar requer planejamento e reestruturação dos temas que serão

abordados, para que estes supram as necessidades dos alunos de graduação, principalmente

porque os acadêmicos serão futuros professores de Geografia.

O uso escolar de imagens de satélite de alta resolução pode propiciar a construção de

novos ambientes de aprendizagem, viabilizando interpretações e leituras críticas das

informações espaciais e a apropriação de linguagem específica com o objetivo de facilitar os

processos de autoesclarecimento de sujeitos e grupos em busca de orientações para suas

ações, além de ampliar o processo democrático de inclusão e inserção do aluno-cidadão em

uma sociedade informatizada e globalizada.

Assim, considerando os ensinamentos de Comenius, os recursos tecnológicos para

ensinar Geografia precisam ser usados com o intuito de “atelier-biblioteca-oficina” sugerido

por Gramsci, ou seja, que sejam utilizados de forma coerente dentro de uma proposta de

trabalho que incentive os alunos a procurar respostas para os problemas apresentados em sala

de aula.

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Por exemplo, ao trabalhar com as imagens do Google Earth, elas não devem estar

dissociadas do conteúdo; o professor precisa preparar a aula com vistas a uma pesquisa que se

fundamente nas categorias de análise do espaço geográfico e nos fundamentos teóricos

conceituais da Geografia e não apenas na utilização do programa como ilustração de algo

coisa ou daquilo que o professor explicou.

Ainda, ao se trabalhar com imagens de algum ponto do espaço geográfico, este

precisa ser analisado na sua totalidade, nas contradições existentes, na aparência e na essência

da produção historicamente construída do local. Tal forma de trabalhar pertence ao método

dialético que defende que nenhum fenômeno pode ser entendido isoladamente.

Ao se trabalhar com as tecnologias, abrem-se muitas possibilidades no campo

escolar, contudo, é preciso que o professor conheça os recursos que tem a sua disposição se

quiser que o aprendizado aconteça de fato. O uso das tecnologias na escola, além de

disponibilizar um laboratório de informática, implica aliar métodos e metodologias na busca

de uma didática mais interativa e com sentido.

As imagens do Google Earth, Maps e Street View, pelo alto apelo visual, contribuem

para a função pedagógica de ensinar em sala de aula, pois constatou-se, por meio da análise

dos trabalhos desenvolvidos pelos licenciandos, que a capacidade de percepção e localização

dos alunos teve evolução significativa, aumentou a capacidade de cada indivíduo perceber o

que está ao seu redor, pois as imagens de satélite dos programas constituem importante

recurso didático para o professor de Geografia.

As ações com os programas Google Earth, Maps e Street View demonstraram que

são instrumentos práticos na localização espacial e sua utilidade para as aulas de Geografia é

inquestionável, podendo também servir como ferramenta catalisadora da aprendizagem de

outras áreas, num contínuo e dinâmico processo de ensino.

A incógnita que prevalece é a contradição entre a realidade dos laboratórios de

informática das escolas e as respostas dos professores levantadas por meio de questionário

diagnóstico por eles respondido. Percebe-se que os professores têm conhecimento da

importância metodológica do Google Earth como recurso didático, objetivo primordial e

principal desta pesquisa, ao mesmo tempo em que desconhecem as condições dos laboratórios

de informática das escolas em que trabalham.

Assim, a utilização do programa Google Earth como recurso didático no ensino de

Geografia é de fundamental importância, porém é preciso que políticas públicas educacionais

comprometidas em resolver questões estruturais, disponibilizando laboratórios de informática

e internet de qualidade a fim de que propiciem o uso dos recursos tecnológicos disponíveis.

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162

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, Treinamento prepara professores para

usarem tablets. Disponivel em

<http://www.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4528&tit=Treinamento-

prepara-professores-para-usarem-tablets>. Acesso em: 02 de jul de 2014.

SILVA, Maria do Amparo dos Santos Silva et al. Utilização de recursos didáticos no

processo de ensino e aprendizagem de ciências naturais em turmas de 8º e 9º anos de

uma escola pública de Teresina no Piauí. VII Connepi. Disponível em:

<http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/3849/2734>. Acesso em: 16

de jul de 2014.

SOUZA, Salete Eduardo de. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I Encontro de

Pesquisa em Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XII Semana de Pedagogia da UEM:

“Infância e Práticas Educativas”. Arq Mudi. 2007. Disponível em:

<http:/www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_1/suplemento_02/artigos/019.df

Aceso em: 12 de jul de 2014.

<www.youtube.com/watch?v=pimrs02ppZQ&feature=youtu.be>. Acesso: 10 de out de 2013.

<www.youtube.com/watch?v=S7rEHXsoCM8>. Acesso em: 10 de out de 2013.

<http://www.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1547/1372678609agelotablet18.jpg>.

Acesso em 29 de jul de 2013.

<https://www.youtube.com/watch?v=2DvYn4L9_uU>. Acesso em: 05 de jun de 2014.

<https://www.youtube.com/watch?v=PBlI72B3OCo>. Acesso em: 05 de jun de 2014.

<http://www.uca.gov.br/institucional/escolasProjetoImplantado.jsp>. Acesso em 05: de abr de

2014.

<http://www.uca.gov.br/institucional/projeto.jsp>. Acesso em: 29 de jul de 2013.

<http://www.uca.gov.br/institucional/escolasBeneficiadas.jsp>. Acesso em: 05 de abr de

2014.

<http://www.nre.seed.pr.gov.br/apucarana/arquivos/File/CRTE/apostila.pdf>. Acesso em: 29

de jul de 2013.

<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_tvpendrive.pdf>.

Acesso em: 29 de jul de 2013.

<http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-01-30/mec-quer-tablets-nas-escolas-

mas-programa-anterior-que-entregou-laptops-chegou-menos-de-2-dos-alunos>. Acesso em:

15 de abr de 2013.

<http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/38876/MEC-avan%C3%A7a-em-projeto-de-

tablets-nas-escolas-tablet-em-sala-de-aula;-tablet-na-escola;-aulas-interativas.htm>. Acesso

em: 15 de abr de 2013.

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APÊNDICE

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164

Questionário diagnóstico realizado com Professores do Ensino Médio

Nome:_______________________________________Escola:_________________________

1. Quais os principais problemas/dificuldades enfrentados para ensinar Geografia?

2. Em relação à utilização de recursos didáticos:

a) Quais são mais usados em suas aulas?

Por que?

b) Quais são menos usados em suas aulas?

Por que?

3. Existe alguma carência/necessidade didática para trabalhar conteúdos de Geografia?

( ) Sim. Qual(is)?

( ) Não. Justifique!

4. Utiliza imagens como recurso didático para o ensino-aprendizagem da Geografia?

( ) Sim. Quais?

( ) Não. Por que?

5. Na sua opinião qual é o recurso didático que melhor facilita/auxilia no aprendizado de

Geografia?

6. Já utilizou imagens do Google Earth como recurso didático ao trabalhar/explicar

algum conteúdo de Geografia?

( ) Sim. Para quais conteúdos?

Quais foram os resultado(s)?

( ) Não. Motivo(s)?

7. O uso de imagens do Google Earth é um recurso didático importante/necessário para a

interpretação/apropriação de conceitos e categorias da Geografia?

(Apêndice A)

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165

( ) Sim. Por que?

( ) Não. Desconhece.

8. Quais as possíveis dificuldades para a utilização do Google Earth/imagens nas aulas

de Geografia?

9. A carga horária da disciplina é suficiente para utilizar/trabalhar a partir de imagens os

conteúdos específicos da Geografia?

( ) Sim

( ) Não. Justificar

10. A escola onde atua possui sala de informática?

11. Quantos computadores existem em condições de utilização?

12. O espaço do laboratório comporta quantos alunos?

13. O laboratório de informática/escola possui internet de boa qualidade?

14. Existe algum tipo de limitação para utilização dos computadores?

15. Existe algum tipo de bloqueio através servidor para determinados sites ou programas?

16. Nas escolas onde atua é possível utilizar o aplicativo/programa Google Earth na sala

de informática?

( ) Sim

( ) Não. Justificar

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(Apêndice B)

B) B)

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Pesquisa intitulada: As imagens no Google Earth como recurso didático no ensino da

Geografia. O objetivo do questionário é especificamente para fins didáticos, no sentido de

buscar/levantar informações acerca do assunto.

1. Todas as escolas públicas possuem laboratório de informática?

2. Todos os laboratórios de informática das escolas públicas do Estado do Paraná possuem

internet?

3. Qual seria a conexão em megas?

4. Essa conexão é por NRE ou para todas as escolas do Estado?

5. O que é o projeto Paraná Digital?

6. Qual a diferença entre os computadores do proinfo (pretos) dos outros?

7. Os computadores mais recentes foram disponibilizados em que ano?

8. Qual é a configuração desses computadores: Memória, processador, HD?

9. Qual programa que estes computadores utilizam?

( ) Windons. Versão?

( ) Linux. Versão?

( ) Unix. Versão?

10. Qual o nome do sistema operacional?

11. Como funciona o servidor?

( ) Por escola

( ) Por NRE

12. Existe algum tipo de limitação para utilização dos computadores em relação à instalação

de programas/aplicativos?

(Apêndice C)

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13. Existe algum tipo de bloqueio através servidor para determinados sites ou para instalação

de aplicativos/programas?

14. Há acesso ao Google Earth nos computadores?

( ) Sim. Como funciona?

( ) Não. Porque?

15. As escolas possuem instalado ou acesso para instalar o Google Earth nos computadores

da sala de informática?

( ) Sim

( ) Não. Justificar

16. Como funciona o sistema/gerenciamento da rede e do servidor das escolas como um

todo?

17. O núcleo de educação de Francisco Beltrão tem alguma autonomia/controle do servidor

ou tudo fica condicionado a Curitiba?

18. Quem é responsável pela manutenção dos computadores nas escolas?

19. Quais programas/aplicativos podem ser instalados?

( ) Google Earth

( ) Ocad

( ) Autocad

( ) Photoshop

20. Como funciona a autorização para instalar programas ou aplicativos nos computadores

nas escolas públicas do Paraná?

21. Qual seria o trâmite para de instalação de programa do Google Earth?

22. Existe algum problema referente ao servidor não suportar a instalação do Google Earth

ou seria problema com a configuração dos computadores das escolas? Se possível fazer

uma explicação extremamente detalhada e de fácil entendimento.

23. A internet das escolas suporta a utilização de quantos tablets conectados ao mesmo tempo

utilizando o Google Earth?

24. Os professores estão recebendo algum tipo de treinamento para utilização do tablet?

Se tiver algum comentário (ou mesmo documento) que nos ajude a entender o

processo de tecnificação nas escolas do Paraná, aceitamos e agradecemos.

Fábio Strey

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Questionário diagnóstico realizado com os alunos antes do desenvolvimento da atividade.

NOME:_____________________________________________________________________

1) Já utilizou ou utiliza o Google Earth?

( ) Sim. Para qual atividade/finalidade?

_____________________________________________________________________

( ) Não. Justifique!

_____________________________________________________________________

Como você considera seu conhecimento e utilização prática em relação ao Google

Earth?

( ) Regular

( ) Bom

( ) Muito bom

( ) Ótimo

( ) Excelente

( ) Outro.

Qual?________________________________________________________________

2) Durante o Ensino Médio, algum professor utilizou o Google Earth como recurso

didático?

( ) Sim, em qual disciplina?______________________________________________

( ) Não.

3) Voce utilizou/conheceu o laboratório de informática da escola onde concluiu o Ensino

Médio?

( ) Sim, em qual disciplina?______________________________________________

( ) Não. Justifique_______________________________________________________

4) Quais as condições do laboratório de informática da escola que concluiu o Ensino

Médio?

( ) Regular

( ) Bom

( ) Muito bom

( ) Ótimo

( ) Excelente

( ) Outro.

Qual?________________________________________________________________

( ) Não conhece.

6) Quantos computadores o laboratório de informática da escola possuía em condições

de utilização?

( ) até 10 computadores

( ) entre 10 e 20 computadores

( ) entre 20 e 30 computadores

( ) mais de 30 computadores

( ) Não sabe.

7) Se tem algum comentário ou sugestão para contribuir com este tema da pesquisa, por

favor, se manifeste:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

(Apêndice D)

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Questionário diagnóstico realizado com os alunos após o desenvolvimento da atividade.

NOME:_____________________________________________________________________

1) Seu conhecimento e utilização prática do Google Earth antes do trabalho desenvolvido

em sala?

( ) Regular

( ) Bom

( ) Ótimo

( ) Excelente

( ) Outro.

Qual?________________________________________________________________

2) Seu conhecimento e utilização prática em relação ao Google Earth após realizar

trabalho desenvolvido em sala?

( ) Regular

( ) Bom

( ) Ótimo

( ) Excelente

( ) Outro.

Qual?________________________________________________________________

3) Como considera o rendimento/resultado do trabalho realizado?

( ) Excelente.

Justifique!_____________________________________________________________

( ) Ótimo.

Justifique!_____________________________________________________________

( ) Bom.

Justifique!_____________________________________________________________

( ) Outro.

Qual?________________________________________________________________

4) Como futuro (a) professor (a) de Geografia você considera que o Google Earth pode

ser utilizado como recurso didático no processo de ensino? Justifique sua resposta

citando três motivos/fatores principais.

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

5) Atuando como professor (a) de Geografia utilizará o Google Earth como recurso

didático em suas aulas?

( ) Sim.

Justifique!_____________________________________________________________

( ) Não.

Justifique!_____________________________________________________________

6) Descreva um conteúdo de Geografia para ser trabalhado utilizando o Google Earth em

sua aula. Explique detalhadamente passo a passo como seria desenvolvida a

aula/atividade.

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

(Apêndice E)

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ANEXOS

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1

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 81/2011 - REGISTRO DE PREÇOS

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 23034.025046/2011-1

O FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE, com sede no Setor Bancário Sul, Quadra 02, Bloco “F”, Edifício Áurea, na cidade de Brasília-DF, inscrito no CNPJ sob o nº 00.378.257/0001-81, torna público que fará realizar licitação, na modalidade de PREGÃO ELETRÔNICO PARA REGISTRO DE PREÇOS, do tipo MENOR PREÇO POR ITEM, de acordo com o descrito neste Edital e seus Anexos e de conformidade com as disposições contidas na Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, no Decreto n° 5.450, de 31 de maio de 2005, Decreto nº 2.271/97, a IN nº 02/2008, alterada pela IN nº 03/2009, no que for cabível, o Decreto nº 7.174/2010, a IN nº 04/2010, Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, observando o Decreto nº 6.204, de 05 de setembro de 2007, e, subsidiariamente, na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com suas alterações.

Na data, horário e endereço eletrônico abaixo indicados, far-se-á a abertura da Sessão Pública de Pregão, por meio de Sistema Eletrônico:

DATA: 23/01/2012

HORÁRIO: 9h30

ENDEREÇO ELETRÔNICO: www.comprasnet.gov.br

Não havendo expediente, ou ocorrendo qualquer fato superveniente que impeça a abertura do certame na data marcada, a sessão será, automaticamente, transferida para o primeiro dia útil subseqüente, no mesmo horário e local estabelecidos no preâmbulo deste Edital, desde que não haja comunicação do Pregoeiro em contrário.

1. DO OBJETO

Constitui objeto deste Termo de Referência compor o Edital do Pregão Eletrônico para Registro de Preços com vistas à eventual aquisição, POR ITEM, de equipamentos do tipo TABLET doravante denominado Tablet Educacional, para atendimento de escolas públicas do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO) no âmbito do Programa Um Computador por Aluno (PROUCA), a serem entregues configurados, com suporte e garantia de 24 (vinte e quatro) meses, nos Estados, Municípios e no Distrito Federal, conforme as especificações técnicas e condições constantes deste Termo de Referência. A proposta considera, em perspectiva mais abrangente, as bases de investimentos na área educacional, com ênfase em infraestrutura de tecnologias educacionais, em particular as aplicadas ao projeto UM pra UM, conforme apresentado no PROUCA, onde o atendimento passa a ser personalizado por alunos e professores.

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2

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�� �����1.1 PARTICIPANTES DO PROJETO

1.1.1 Fornecedor: Empresa fornecedora do bem, de acordo com as especificações e condições estipuladas no Edital do Pregão Eletrônico (CONTRATADA);

1.1.2 Órgão Gerenciador: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/FNDE, responsável pela regulamentação desta aquisição e executor do Pregão Eletrônico para o Registro de Preços.

1.1.3 Interessados: Governos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal e Estabelecimento de Ensinos;

1.1.4 Contratante Ministério da Educação, FNDE ou Interessados

1.2 Quantitativo Estimado:

1.3.1. O fornecimento será executado em grupos de abrangência (divisão em Regiões de fornecimento) e por ITEM;

1.3.2. Composição dos Grupos de Abrangência e ITENS

ITEM

DESCRIÇÃO

EQUIPAMENTO

QTDE GRUPO

ABRANGENCIA

GRUPO

ABRANGÊNCIA

1 Tablet Tipo 1 250.000

2 Tablet Tipo 2 250.000

REGIÕES:

• CENTRO-OESTE

• NORTE • SUDESTE

3 Tablet Tipo 1 200.000

4 Tablet Tipo 2 200.000

REGIÕES:

• NORDESTE • SUL

1.3.3. As especificações técnicas dos Tablets Educacionais estão definidas no item 3 (ESPECIFICAÇÃO).

1.3.4. A Empresa contratada para um determinado Grupo de Abrangência somente poderá fornecer para Unidades Federativas e seus Municípios vinculados ao Grupo de Abrangência do qual foi vencedora.

1.3.5. A partir da assinatura da Ata de Registro de Preços, o licitante registrado se obriga a cumprir, na sua íntegra, todas as condições estabelecidas, ficando sujeito, inclusive, às penalidades legais pelo descumprimento de qualquer de suas cláusulas.

1.3.6. A existência de preços registrados não obriga o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, e as Unidades Participantes a firmar as contratações que deles poderão advir ficando-lhes facultada a realização de licitações para aquisição de um ou mais itens, nem mesmo nas quantidades estimadas no Termo de Referência – Anexo I, hipótese em que, em igualdade de condições, o beneficiário do registro terá preferência, nos termos do § 4º, do Artigo 15, da Lei nº. 8.666/93 e do Artigo 7º, do Decreto nº. 3.931/01.

1.3 Acompanham este Edital os seguintes Anexos:

Anexo I – Termo de Referência;

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�� �����Anexo II – Modelo da Proposta de Preços;

Anexo III – Ata de Registro de Preços;

Anexo IV – Minuta de Contrato.

2. DA IMPUGNAÇÃO DO ATO CONVOCATÓRIO

2.1. Até 02 (dois) dias úteis antes da data fixada para abertura da Sessão Pública, ou seja, até dia 19/01/2012, qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório deste Pregão, na forma eletrônica, encaminhando a impugnação para o e-mail [email protected], no horário de 8h às 12h e de 14h às 18h.

2.1.1. O recebimento da impugnação deverá ser confirmado pelo licitante que a encaminhar. Os pedidos encaminhados após o horário estipulado (após as 18 h) passarão a ter seu prazo computado somente a partir das 8 horas do próximo dia útil.

2.2. Caberá ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, decidir sobre a impugnação no prazo de até vinte e quatro horas.

2.3. Acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será designada nova data para a realização do certame.

3. DAS CONDIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO

3.1.Poderão participar deste PREGÃO ELETRÔNICO as empresas que:

3.1.1. atendam às condições deste Edital e seus Anexos, inclusive quanto à documentação, e estiverem devidamente credenciadas na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação - SLTI, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através do Site www.comprasnet.gov.br.;

3.1.2. são estrangeiras autorizadas a funcionar no país;

3.2. Não poderão participar deste PREGÃO ELETRÔNICO as empresas que:

3.2.1. se encontrem em regime de concordata ou com falência decretada, concurso de credores, processo de insolvência, dissolução, liquidação, em recuperação judicial ou em processo de recuperação extrajudicial;

3.2.2. tenham sido declaradas inidôneas por órgão da Administração Pública, Direta ou Indireta, Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, por meio de ato publicado no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição, ou quando punidas com suspensão de licitar ou impedimento de contratar com o FNDE;

3.3.Se a licitante for constituída por Consórcio deverá apresentar, ainda:

a) Termo de Compromisso Público, subscrito pelos consorciados, com o devido reconhecimento de suas firmas em Cartório, indicando os produtos ofertados por cada consorciada em relação ao objeto desta licitação, definindo assim a respectiva participação de cada consorciado; e

b) Indicação da Empresa-Líder do Consórcio, que deverá responsabilizar-se pela coordenação do objeto e representação junto à Contratante, bem como pela apresentação da garantia.

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4

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�� �����3.4.As empresas consorciadas responderão, solidariamente, pelos atos praticados pelo Consórcio em

que se constituírem, desde a fase da licitação até a final execução do Contrato.

3.5.Em caso de Consórcio, cada empresa participante terá que apresentar, individualmente, toda a documentação de habilitação definida por esse Edital e seus Anexos.

3.6.A comprovação da capacidade técnica do Consórcio será determinada pelo somatório dos quantitativos de cada consorciado, na forma estabelecida neste Edital e seus Anexos.

3.7.Só poderão participar do certame Consórcios cuja liderança seja, obrigatoriamente, exercida por empresa brasileira, quando em Consórcio formado por empresas brasileiras e estrangeiras, observado o disposto na alínea “a”, do subitem 3.3, acima.

3.8. É obrigatória a constituição e o registro do Consórcio, antes da celebração do Contrato.

3.9. O licitante que participar desta licitação em Consórcio, não poderá, também, participar de forma isolada ou como membro de mais de um Consórcio.

3.10. A Empresa-Líder do Consórcio será a responsável pela obtenção da senha de acesso junto ao Provedor do Sistema, ficando responsável pela oferta dos lances, durante o certame, em nome do Consórcio.

3.11. A SLTI atuará como órgão provedor do sistema eletrônico.

3.12. Como requisito para participação no Pregão Eletrônico, o licitante deverá manifestar, em campo próprio do sistema eletrônico, que cumpre plenamente os requisitos de habilitação e que sua proposta está em conformidade com as exigências do instrumento convocatório.

3.13. Para participar do Pregão Eletrônico, o licitante deverá se credenciar no sistema “PREGÃO ELETRÔNICO”, através do sítio eletrônico www.comprasnet.gov.br.

3.14. O uso da senha de acesso ao sistema eletrônico é de inteira e exclusiva responsabilidade do licitante, incluindo qualquer transação efetuada diretamente, ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao FNDE, promotor da licitação, responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros.

4. DA HABILITAÇÃO

4.1. A habilitação dos licitantes poderá ser verificada por meio do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF, na forma do Parágrafo Único, do Art. 14, do Decreto nº 5.450/2005.

4.1.1. Os licitantes que não optarem pelo cadastramento no SICAF deverão comprovar a sua regularidade fiscal apresentando, quando solicitado pelo Pregoeiro, durante o certame, cópias autenticadas ou originais das certidões negativas fornecidas pela Fazenda Federal, Estadual e Municipal, pelo INSS, no que diz respeito à seguridade social, pela Caixa Econômica Federal, no que diz respeito ao FGTS, conforme o disposto no Art. 29, da Lei nº 8.666/1993.

4.1.2. A comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de contratação, e não como condição para participação na licitação.

4.1.2.1 Para fazer jus ao tratamento favorecido introduzido pela Lei Complementar 123/06, a(s) Microempresa(s) e Empresa (s) de Pequeno Porte deverão declarar em campo próprio do sistema, que atende aos requisitos do Art. 3º da citada lei.

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5

�����

�����

�� �����4.1.2.2 A identificação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte na sessão pública do

pregão eletrônico só deve ocorrer após o encerramento dos lances (parágrafo único, Art. 11 do Decreto 6.204/2007).

4.1.3. Na fase de habilitação, deverá ser apresentada e conferida toda a documentação da microempresa ou empresa de pequeno porte titular do lance vencedor, e, havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 02 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento de débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. A declaração do vencedor, nesse caso, dar-se-á no momento imediatamente posterior à fase de habilitação.

4.1.4. A não-regularização da documentação no prazo previsto acima implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei nº 8.666/93, sendo facultado à administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, ou revogar a licitação, conforme previsto no art.43, § 2º, da Lei Complementar nº 123/2006 e do art.4º, § 4º, do Decreto nº 6.204/2007.

4.2.Para fins de habilitação, deverão ser apresentados, ainda:

4.2.1. Atestado(s)/declaração(ões) de capacidade técnica dos licitantes, fornecido(s) por empresas distintas, públicas ou privadas, em papel timbrado da pessoa jurídica, que comprove(m) a venda e entrega, configuração e garantia mínima de 1 (um) ano de equipamentos de informática compatíveis ou similares, tais como computadores e notebooks, com o objeto desta licitação e em quantidade igual ou superior a 5% (cinco por cento) do item para o qual foi titular do lance vencedor, a ser encaminhada na forma do Edital;

4.2.1.1 A comprovação de que trata o subitem 4.2.1 poderá ser feita por meio da apresentação de Nota(s) Fiscal(is) de Saída de bens e mercadorias.

4.2.2. Declaração de Inexistência de Fato Impeditivo à Habilitação, atestando a inexistência de circunstâncias que impeçam a empresa de participar do processo licitatório, a ser declarada no sistema, quando do lançamento da proposta, a qual será visualizada pelo pregoeiro na fase de habilitação, dispensando-se assim, o envio do documento por meio de fax ou via original.

4.2.3. Declaração do licitante de que não possui em seu quadro de pessoal empregado(s) menor(es) de 18 (dezoito) anos em trabalho noturno, perigoso ou insalubre e de 16 (dezesseis) anos em qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos, nos termos do inciso XXXIII, do art. 7º, da Constituição Federal de 1988, a ser declarado no sistema quando do lançamento da proposta, a qual será visualizada pelo pregoeiro na fase de habilitação, dispensando-se assim, o envio do documento por meio de fax ou via original.

4.2.4. Declaração, sob as penas da lei, a ser apresentada pela microempresa ou empresa de pequeno porte de que se enquadra nas condições do Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte instituído pela Lei complementar nº 123, de 14.12.2006, de que cumprem os requisitos legais para a qualificação como microempresa ou empresa de pequeno porte, estando aptas a usufruir do tratamento favorecido estabelecido por aquela Lei, a ser declarado no sistema quando do lançamento da proposta, a qual será visualizada pelo pregoeiro na fase de habilitação, dispensando-se assim, o envio do documento por meio de fax ou via original.

4.2.5. Declaração de Elaboração Independente de Proposta, a ser declarada no sistema, quando do lançamento da proposta, a qual será visualizada pelo pregoeiro na fase de habilitação, dispensando-se assim, o envio do documento por meio de fax ou via original.

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�� �����4.2.6. Declaração do licitante, fazendo referência ao edital de pregão, declarando que prestará a

assistência técnica durante o período de garantia dos equipamentos, e que possui ou instalará, no prazo de 30 dias, a contar da assinatura do Contrato, rede de assistência técnica, dentro da região abrangida, para efeito de cumprimento das obrigações de garantia na região do fornecimento.

4.2.6.1 No prazo estabelecido no subitem 4.2.6, deverá ser encaminhada a relação dos pontos de atendimento, contendo endereço e telefone, organizados em ordem de Estados e Municípios, com pelo menos um representante para cada Estado.

4.2.7. Declaração do licitante, indicando o endereço web de suporte técnico aos equipamentos, contendo serviços de download de drivers de dispositivos e sistema operacional mais recente, chat online ou off-line, bem como o número 0800, para suporte aos equipamentos. Os serviços deverão estar disponíveis em até 30 (trinta) dias, após a assinatura do Contrato; Além disso, esses serviços deverão ter a capacidade de garantir o fornecimento, através de venda direta, dos insumos necessários ao funcionamento dos equipamentos, garantindo com isso que todos os beneficiários desses equipamentos terão acesso a esses componentes, independente de sua localização geográfica;

4.2.8. Manuais e documentos técnicos (folhetos, encartes, folders etc.) em que conste, explicitamente, a característica exigida nas especificações técnicas, apontando a compatibilidade do equipamento ofertado com o sistema operacional Android.

4.2.8.1 Caso as informações não constem explicitamente dos documentos indicados no subitem 4.2.8, poderá ser apresentada declaração do fabricante indicando a característica ou funcionalidade do equipamento.

4.2.9. Declaração do licitante de que prestará garantia dos equipamentos, pelo período mínimo de 24 (vinte e quatro) meses, de acordo com o item 7 (Sobre a Garantia), nos locais de entrega dos equipamentos, quando for o caso, com reposição de peças e equipamentos, constando o prazo de reparo de, no máximo 30 (trinta) dias úteis, conforme previsto no item 7.2.2.1.

4.2.10. Comprovação de possuir patrimônio líquido não inferior a 5% (cinco por cento) do valor da proposta, conforme § 3º do art. 31 da Lei 8.666/93.

4.2.10.1 A comprovação de que trata o subitem 4.2.10 será feita por meio de balanço patrimonial do exercício de 2010.

4.2.11. Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas - CNDT, em cumprimento ao disposto no Inciso V, do Art. 29, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

4.3. Os documentos exigidos para habilitação, quando estiverem desatualizados no SICAF ou quando não estiverem nele contemplados, bem como a proposta de preço da melhor classificada, ajustada ao valor do lance dado ou negociado, e demais documentos e comprovações a serem anexados à proposta, deverão ser encaminhados ao Pregoeiro, no prazo máximo de 02 (duas) horas contadas a partir de sua solicitação no Sistema Eletrônico, para o e-mail [email protected], e excepcionalmente, pelo Fac-símile nº (0xx61) 2022-4060. Os originais ou cópias autenticadas por meio de cartório competente deverão ser apresentados no prazo de 05 (cinco) dias úteis contados do final da Sessão.

5. DA PROPOSTA DE PREÇOS

5.1. A participação no pregão eletrônico dar-se-á por meio da digitação da senha privativa do licitante e subseqüente encaminhamento da Proposta de Preço, no valor do(s) item(ns) cotado(s), a partir da data da liberação do presente Edital no sítio eletrônico www.comprasnet.gov.br, até o

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�� �����horário limite de início da Sessão Pública. Durante este período o licitante poderá incluir ou excluir proposta.

5.1.1. Fica vedado ao licitante identificar-se, no Sistema Eletrônico, quando do registro de sua proposta, sob pena de desclassificação do certame pelo Pregoeiro.

5.1.2. A Proposta de Preço contendo as especificações detalhadas do objeto ofertado, inclusive a Planilha de Composição de Preços, se for o caso, deverá ser formulada e enviada como anexo exclusivamente por meio do Sistema Eletrônico, apenas pelo licitante convocado pelo pregoeiro, após a disputa (etapa de lances), para apresentar a proposta, ajustada ao respectivo lance, observada a ordem de classificação.

5.1.3. Para a formulação da proposta de preços o licitante deverá se valer das quantidades estimadas, constantes do Termo de Referência - Anexo I deste Edital.

5.2. O licitante responsabilizar-se-á por todas as transações que forem efetuadas em seu nome no Sistema Eletrônico, assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas, assim como os lances inseridos durante a Sessão Pública.

5.3. Incumbirá ao licitante acompanhar as operações no Sistema Eletrônico durante a Sessão Pública do Pregão Eletrônico, ficando responsável pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de qualquer mensagem emitida pelo sistema ou de sua desconexão.

5.4. O licitante deverá obedecer, rigorosamente, aos termos deste Edital e seus Anexos.

5.5. Na Proposta de Preço a ser enviada ao Pregoeiro, conforme o disposto no item 4.3, e na forma do modelo ANEXO II deste Edital, deverá constar:

a) razão social e CNPJ da empresa, endereço completo, telefone, fax e endereço eletrônico (e-mail), este último se houver, para contato, bem como nome do proponente ou de seu representante legal, CPF, RG e cargo na empresa, Banco, agência, número da conta-corrente e praça de pagamento;

b) prazo de validade de no mínimo 120 (cento e vinte) dias corridos, a contar da data da sessão deste pregão eletrônico;

c) prazo de entrega na forma estabelecida no item 9 do Termo de Referência – Anexo I, deste Edital;

d) cotação de preços em moeda corrente nacional, expressos em algarismo e por extenso. Em caso de divergência entre o valor expresso em algarismo e por extenso será considerado este último;

e) preços unitários ajustados ao valor do lance vencedor ou negociado;

f) que nos preços estão incluídas todos os custos e despesas, tais como: custos diretos e indiretos, fretes, tributos incidentes, taxa de administração, materiais, serviços, encargos sociais, trabalhistas, seguros, embalagem, garantia contratual e dos serviços, lucro e outros necessários ao cumprimento integral do objeto deste Edital e seus Anexos.

5.6. O preço será fixo e irreajustável, expresso em real.

5.7. Não serão admitidas retificações ou alterações nas propostas apresentadas, uma vez aceito o lance vencedor ou negociado e finalizada a Sessão Eletrônica.

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�� �����5.8. Não sendo a(s) empresa(s) vencedora(s) convocada(s) para assinar a Ata, dentro do prazo de validade da proposta vencedora, esta poderá ser prorrogada por, no mínimo, 120 (cento e vinte) dias, se o proponente, consultado pelo FNDE, assim concordar.

5.9. Quaisquer tributos, custos e despesas, diretos ou indiretos, omitidos na proposta ou incorretamente cotados, serão considerados como inclusos nos preços, não sendo considerados pleitos de acréscimos, a esse ou a qualquer título, devendo os respectivos serviços ser fornecidos ao FNDE, sem ônus adicionais.

6. DA SESSÃO PÚBLICA

6.1. O início da Sessão Pública se dará pelo Pregoeiro, via Sistema Eletrônico, a partir da data e horário previstos neste Edital e realizar-se-á de acordo com o Decreto nº 5.450, de 31/05/2005, com a divulgação das propostas de preços recebidas em conformidade com o item 5.1, e que deverão estar em perfeita consonância com as especificações detalhadas, no presente Edital e seus Anexos.

6.2. A identificação das microempresas ou empresas de pequeno porte na Sessão Pública só deve ocorrer após o encerramento dos lances de acordo com o Parágrafo Único do art. 11 do Decreto nº 6.204/2007.

7. DA COMPETITIVIDADE (FORMULAÇÃO DE LANCES)

7.1. Classificadas as propostas, será aberta a etapa competitiva, ocasião em que os licitantes poderão encaminhar lances, exclusivamente por meio do Sistema Eletrônico, sendo o licitante imediatamente informado do seu recebimento e respectivo horário de registro e valor.

7.1.1. Assim como as propostas, os lances serão ofertados pelo VALOR DO ITEM.

7.2.Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observando o horário fixado e suas regras de aceitação.

7.3. O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo Sistema.

7.4. Em havendo mais de um lance de igual valor, prevalecerá aquele que for registrado em primeiro lugar.

7.5. Durante a Sessão Pública do Pregão Eletrônico, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, vedada a identificação do seu detentor.

7.6. A etapa de lances será encerrada, automaticamente, após o interstício de 30 minutos do aviso aos licitantes de seu fechamento iminente, por meio do Sistema Eletrônico, nos moldes do § 7º, do art. 24, do Decreto nº 5.450/2005.

7.7. No caso de desconexão do Pregoeiro, no decorrer da etapa competitiva do Pregão Eletrônico, o Sistema Eletrônico poderá permanecer acessível aos licitantes para a recepção dos lances, retomando o Pregoeiro, quando possível, sua atuação no certame, sem prejuízo dos atos realizados.

7.7.1. Quando a desconexão persistir por tempo superior a 10 (dez) minutos, a Sessão do Pregão Eletrônico será suspensa e terá reinício, somente após a comunicação aos participantes, no endereço eletrônico utilizado para divulgação.

8. DO JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

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�� �����8.1. Será assegurado, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.

8.1.1. Entende-se por empate aquelas situações em que as ofertas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até cinco por cento superiores ao menor preço.

8.1.2. Tal Critério de desempate somente se aplicará quando a melhor oferta válida não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte.

8.1.3. Ocorrendo o empate, na forma acima, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor classificada poderá apresentar a proposta de preço inferior aquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado o objeto em seu favor.

8.1.4. Na hipótese da não contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, com base no subitem 8.1.3, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem em situação de empate, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito.

8.1.5. Após o encerramento dos lances, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de cinco minutos, sob pena de preclusão.

8.2.Também será assegurada preferência na contratação, nos termos do disposto no art. 3º da Lei nº 8.248, de 1991, regulado pelo art. 5º e 8º, do Decreto nº 7.174/2010.

8.3.Após o fechamento da etapa de lances, o Pregoeiro efetuará o julgamento das propostas de MENOR PREÇO POR ITEM, e poderá encaminhar, pelo Sistema Eletrônico, contrapropostas, diretamente ao licitante que tenha apresentado o lance de menor valor, para que seja obtido preço melhor, bem como decidir sobre a sua aceitação.

8.4.O Pregoeiro verificará as propostas apresentadas, desclassificando, de forma fundamentada, aquelas que não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos neste Edital (§ 2º, do Art. 22, do Decreto nº 5.450/2005).

8.5.Após análise e aceitação da proposta, o Pregoeiro anunciará o licitante vencedor imediatamente após o encerramento da etapa de lances da Sessão Pública ou, quando for o caso, após negociação e decisão acerca do valor.

8.6.Na hipótese da proposta ou lance de menor valor não ser aceito ou se o licitante vencedor desatender as exigências habilitatórias, o Pregoeiro examinará a proposta ou lance subseqüente, verificando a sua aceitabilidade e procedendo à sua habilitação na ordem de classificação, segundo o critério do MENOR PREÇO POR ITEM, e, assim, sucessivamente, até a apuração de uma proposta ou lance que atenda ao Edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor e a ele adjudicado o objeto do certame.

8.6.1. Ocorrendo a hipótese anterior, o Pregoeiro poderá, ainda, negociar com o licitante, no sentido de se obter preço melhor.

9. DOS RECURSOS

9.1. Existindo a intenção de interpor recurso, o licitante deverá manifestá-la ao Pregoeiro por meio eletrônico, em formulário próprio, expressando sucintamente suas razões, exclusivamente pelo site www.comprasnet.gov.br, imediatamente após a divulgação do vencedor.

9.2. Será concedido ao licitante que manifestar a intenção de interpor recurso, o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso.

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�� �����9.3. Os demais licitantes ficam, desde logo, intimados a apresentar contra-razões, no mesmo prazo, a contar do término do prazo do recorrente, exclusivamente pelo site www.comprasnet.gov.br, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos, conforme o disposto no subitem 9.7, adiante

9.4. A falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito de recurso.

9.5. O acolhimento do recurso importará a invalidação, apenas, dos atos insuscetíveis de aproveitamento.

9.6. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos procedimentais, a Autoridade Competente homologará a adjudicação, para determinar a assinatura da ata de Registro de Preços.

9.7. Os autos do processo permanecerão com vista franqueada aos interessados, no FNDE, localizado no Setor Bancário Sul, Quadra 02, Bloco “F” – Edifício FNDE – 1º Subsolo – Sala nº 05 - Brasília/DF, no horário de 08h00 as 12h00 e das 14h00 as18h00.

10. DA ASSINATURA DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

10.1. Homologada a licitação pela Autoridade Competente, o FNDE, respeitada a ordem de classificação e a quantidade de fornecedores a serem registrados, por grupo, convocará os licitantes vencedores para, no prazo máximo de 03 (três) dias úteis, a contar da data do recebimento da convocação, assinar a Ata de Registro de Preços que, depois de cumpridos os requisitos de publicidade, terá efeito de compromisso de fornecimento nas condições estabelecidas, com validade de 12 (doze) meses, a partir da data de sua assinatura.

10.1.1. Em não comparecendo, tempestivamente, para a assinatura da Ata de Registro de Preços, o licitante convocado decairá do seu direito à contratação, conforme preceitua o Art. 4º, incisos XXII e XXIII, da Lei nº 10.520/2002, e o § 1º, do Art. 27, do Decreto nº 5.450/2005.

10.1.2. O prazo para a assinatura da Ata de Registro de Preços, de até 03 (três) dias úteis, definido no item 10.1 anterior, poderá ser prorrogado uma vez, desde que solicitado por escrito, durante o prazo transcurso, e ocorra motivo justificado e aceito pela Administração.

10.2. A Ata de Registro de Preços é um documento vinculativo, obrigacional, com característica de compromisso para futura contratação do FNDE ou dos Interessados, e destina-se ao registro dos preços e a subsidiar o acompanhamento destes. A Ata indicará o fornecedor, o órgão contratante e as condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas neste Edital, grupo a grupo.

10.2.1. Com a assinatura da Ata de Registro de Preços, a empresa que teve o seu preço registrado assume o compromisso de atender, durante o prazo de sua vigência, os pedidos realizados, observado os quantitativos estimados.

10.2.2. A contratação com os fornecedores registrados será formalizada por intermédio de instrumento contratual, emissão de empenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento similar, conforme disposto no art. 62 da Lei nº 8.666/93, diretamente com os interessados.

10.2.2.1. O licitante registrado fica obrigado a atender a todos os pedidos efetuados durante a vigência da Ata de Registro de Preços, desde que não ultrapassem a estimativa de quantitativos de unidades a serem pedidas, acrescida de 25% (vinte e cinco por cento).

10.3. Como condição para assinatura da Ata de Registro de Preços, o licitante vencedor deverá manter as mesmas condições de habilitação.

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�� �����10.4. Conforme estabelece o art. 27, § 3, do Decreto nº 5.450, de 31/05/2005, se o licitante vencedor não apresentar situação regular no ato da assinatura da Ata de Registro de Preços, ou recusar-se a assinar o referido instrumento, injustificadamente, será convocado outro licitante, observada a ordem de classificação, para assinar a referida Ata, e assim sucessivamente, sem prejuízo das multas previstas no edital e no contrato e das demais cominações legais.

11. DA REVISÃO DE PREÇOS

11.1. A Ata de Registro de Preços poderá sofrer alterações, obedecidas às disposições contidas no art. 65, da Lei nº 8.666/93.

11.1.1. O preço registrado para cada grupo poderá ser revisto em face de eventual redução daqueles praticados no mercado, ou de fato que eleve o custo dos bens registrados.

11.2. Quando o preço inicialmente registrado para cada grupo, por motivo superveniente, tornar-se superior ao preço praticado no mercado, o FNDE convocará o licitante registrado visando à negociação para redução de preços e sua adequação àquele praticado pelo mercado.

11.2.1. Frustrada a negociação, o fornecedor será liberado do compromisso assumido.

11.2.2. Na hipótese do subitem anterior, o FNDE convocará os demais fornecedores, na ordem de classificação do processo licitatório para o item em questão, visando igual oportunidade de negociação.

11.3. Quando o preço de mercado para determinado grupo tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor registrado, mediante requerimento devidamente comprovado, não puder cumprir o compromisso, o FNDE poderá:

11.3.1. Liberar o fornecedor do compromisso assumido, sem aplicação de penalidade, confirmando a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados, desde que o requerimento ocorra antes do pedido de fornecimento.

11.3.2. Convocar os demais fornecedores classificados para o grupo, visando igual oportunidade de negociação.

11.4. Não havendo êxito nas negociações, o FNDE procederá à revogação do grupo em questão, da Ata de Registro de Preços, adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais vantajosa.

12. DO CANCELAMENTO DO REGISTRO DE PREÇO

12.1. O licitante registrado terá seu registro cancelado quando:

12.1.1. Descumprir as condições da Ata de Registro de Preços;

12.1.2. Não retirar a respectiva Nota de Empenho ou instrumento equivalente, no prazo estabelecido pela Administração, sem justificativa aceitável;

12.1.3. Não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese de este se tornar superior àqueles praticados no mercado;

12.1.4. Tiver presentes razões de interesse público.

12.2. O cancelamento de registro, nas hipóteses previstas, assegurados o contraditório e a ampla defesa, será formalizado por despacho da Autoridade Competente do FNDE.

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�� �����12.3. O fornecedor poderá solicitar o cancelamento do seu registro de preço, na ocorrência de fato superveniente que venha comprometer a perfeita execução contratual, decorrente de caso fortuito ou força maior devidamente comprovado.

13. DA ADESÃO À ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

13.1. Poderá utilizar-se da Ata de Registro de Preços qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal que não tenha participado do certame objeto deste Edital, mediante prévia consulta ao FNDE, desde que devidamente comprovada a vantagem.

13.1.1. Os órgãos e entidades que não participaram do Registro de Preços, quando desejarem fazer uso da Ata de Registro de Preços, deverão manifestar seu interesse junto ao FNDE, para que este indique os possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida a ordem de classificação.

13.1.2. Caberá aos fornecedores beneficiários da Ata de Registro de Preços, observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não do fornecimento aos interessados que ainda irão aderir à Ata de Registro de Preços, independentemente dos quantitativos registrados em ata, desde que este fornecimento não prejudique as obrigações anteriormente assumidas.

13.1.3. As aquisições ou contratações adicionais por outros órgãos/entidades não poderão exceder, por órgão/entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços.

14. DAS OBRIGAÇÕES DO(S) LICITANTE (S) REGISTRADOS

14.1. Compete aos licitantes registrados envidar todo o empenho e a dedicação necessários ao fiel e adequado cumprimento dos encargos que lhe são confiados, e ainda a:

14.2. Assinar a Ata de Registro de Preços;

14.2.1. Manter durante toda a execução do objeto da presente licitação, em compatibilidade com as obrigações assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no Edital e seus Anexos;

14.2.2. Responsabilizar-se pelo fornecimento e entrega do objeto deste Termo de Referência, respondendo civil e criminalmente por todos os danos, perdas e prejuízos que, por dolo ou culpa sua, de seus empregados, prepostos, ou terceiros no exercício de suas atividades, vier a, direta ou indiretamente, causar ou provocar à CONTRATANTE;

14.2.3. Tomar todas as providências necessárias para o fiel cumprimento das disposições contidas no Termo de Referência, no Edital e na Ata de Registro de Preços;

14.2.4. Responder pelas despesas relativas a encargos trabalhistas, seguro de acidentes, contribuições previdenciárias, impostos e quaisquer outras que forem devidas e referentes aos serviços executados por seus empregados, uma vez que os mesmos não têm nenhum vínculo empregatício com a CONTRATANTE;

14.2.5. Executar todos os serviços com mão-de-obra qualificada, devendo a CONTRATADA estar ciente das normas técnicas da ABNT, correspondente às demandas descritas no Termo de Referência (Anexo I do Edital);

14.2.6. Manter sigilo absoluto sobre informações, dados e documentos provenientes da execução do Contrato e também às demais informações internas da CONTRATANTE, a que a CONTRATADA tiver conhecimento;

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�� �����14.2.7. Para as aquisições realizadas pelo MEC/FNDE a CONTRATADA deverá alocar equipe para ser capacitada nos sistemas de gestão (SIGETEC) do MEC/FNDE. Considerando que todo o trâmite de documentação para pagamento é realizado por sistema, faz-se necessária a capacitação de pessoas para a operação do mesmo. Todas as capacitações serão realizadas em Brasília/DF e as despesas com passagem, hospedagem, deslocamento, alimentação, etc. correrão por conta da CONTRATADA;

14.2.8. Entregar o(s) bem(ns) de acordo com as especificações no(s) prazo(s) máximo(s) determinado(s) no Termo de Referência – Anexo I, deste Edital;

14.2.9. Reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, as partes do objeto deste Edital e seus Anexos, em que se verificarem vícios, defeitos, ou incorreções resultantes dos produtos empregados ou da execução de serviços;

14.2.10. Responder, integralmente, por perdas e danos que vier a causar aos CONTRATANTES, a usuários participantes ou a terceiros, em razão de ação ou omissão dolosa ou culposa, sua ou dos seus prepostos, independentemente de outras cominações contratuais ou legais a que estiver sujeita;

14.2.11. Não efetuar, sob nenhum pretexto, a transferência de responsabilidade para outros, sejam fabricantes, técnicos ou quaisquer outros;

14.2.12. Informar ao FNDE ou ao Interessado, a ocorrência de fatos que possam interferir direta ou indiretamente, na regularidade do fornecimento.

15. DAS OBRIGAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO

15.1. Compete ao FNDE - ÓRGÃO GERENCIADOR DO REGISTRO DE PREÇOS:

15.1.1. A prática de todos os atos de controle e administração do Sistema de Registro de Preços -SRP;

15.1.2. Efetuar o registro do licitante fornecedor e firmar a correspondente Ata de Registro de Preços, conforme modelo Anexo – IV;

15.1.3. Gerenciar a Ata de Registro de Preços, providenciando a indicação, sempre que solicitado, dos fornecedores, para atendimento às necessidades da Administração, obedecendo a ordem de classificação e os quantitativos de contratação definidos;

15.1.4. Conduzir os procedimentos relativos a eventuais renegociações dos preços registrados;

15.1.5. Aplicar as penalidades por descumprimento do pactuado na Ata de Registro de Preços;

15.1.6. Proporcionar todas as facilidades indispensáveis à boa execução do(s) fornecimento(s).

16. DA ENTREGA DOS EQUIPAMENTOS

16.1. A(s) empresa(s) licitante(s) participante(s) do Registro de Preços deverá(ão) efetuar a entrega dos equipamentos ao FNDE ou aos Interessados, na forma, quantidades e prazos acordados no(s) Contrato(s), não podendo ultrapassar os prazos limites estabelecidos no Termo de Referência - Anexo I deste Edital.

16.1.1. No caso de adesão à Ata de Registro de Preços por outras instituições Interessadas, a contratação com o fornecedor registrado, após indicação pelo órgão gerenciador do Registro de Preços, será formalizada pelo órgão Interessado por intermédio de Instrumento Contratual ou outro dispositivo similar nos termos do art. 62 da Lei 8.666/93.

16.2. O prazo a que se refere o subitem 16.1 iniciar-se-á após a respectiva Autorização de Entrega de acordo com o item 5.1.3 do Termo de Referência – Anexo I.

16.3. Para aceite do recebimento e posterior encaminhamento ao pagamento, deverão ser apresentados os documentos conforme item 6 do termo de referência – Anexo I.

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�����

�����

�� �����16.3.1. Independentemente da aceitação no recebimento, a Contratada deverá garantir a qualidade

do serviço e produtos fornecidos pelo prazo estabelecido nas especificações e nas condições constantes deste Termo de Referência; obrigando-se a corrigir aquele que apresentar erro ou defeito, no prazo estabelecido pelo Contratante.

16.4. Fica assegurado ao FNDE e/ou aos Interessados, o direito de rejeitar, no todo ou em parte, os serviços e fornecimentos executados em desacordo com o disposto neste Termo de Referência. Se, após o recebimento provisório, constatar-se que os serviços e fornecimentos foram executados em desacordo com o especificado, com defeito ou incompleto, os responsáveis da Contratante notificarão, por escrito, à Contratada, interrompendo-se os prazos de recebimento, e ficando suspenso o pagamento até que seja sanada a situação

16.5. O licitante vencedor se obriga a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, as suas expensas, as partes do produto desta contratação em que se verificarem vícios, defeitos, ou incorreções resultantes dos materiais empregados ou da execução dos fornecimentos, na forma estabelecida no Termo de Referência – Anexo I e seus Encartes;

17. DO PAGAMENTO 17.1. O pagamento será efetuado pela Contratante, no prazo de até 20(vinte) dias, após o atesto da correspondente documentação comprobatória da entrega, considerando o disposto no item 6.1.2. do Termo de Referência – Anexo I.

18. DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

18.1. Por tratar-se de Registro de Preços, os custos correrão à conta dos Interessados/Contratantes.

19. DOS ACRÉSCIMOS E SUPRESSÕES

19.1. A quantidade inicialmente contratada poderá ser acrescida e/ou suprimida dentro dos limites previstos no § 1º do artigo 65 da Lei n.º 8.666/93, podendo a supressão exceder tal limite, nos termos do § 2º, inciso II do mesmo artigo.

20. DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

20.1. O contratado sujeitar-se-á, no caso de inadimplemento de suas obrigações, às seguintes sanções graduadas conforme a gravidade da infração, de acordo com o Artigo 7º, da Lei 10.520/02 e dos Artigos 77 a 80 e 86 a 88, da Lei 8.666/93, após o prévio processo administrativo, garantidos a ampla defesa e o contraditório constitucionais:

20.2. A recusa injustificada da(s) empresa(s) em assinar a Ata de Registro de Preços ou o contrato dentro do prazo estabelecido pelo FNDE, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas.

20.3. Pela inexecução total ou parcial do objeto definido neste Termo de Referência a Contratante poderá, garantida a prévia defesa, aplicar à Contratada, as sanções a seguir de acordo com o grau do prejuízo causado pelo descumprimento das respectivas obrigações:

I. advertência escrita - Quando se tratar de infração leve, a juízo da fiscalização, no caso de descumprimento das obrigações e responsabilidades assumidas no contrato ou, ainda, no caso de outras ocorrências que possam acarretar prejuízos à Contratante, desde que não caiba a aplicação de sanção mais grave;

II. - multas:

a) Será aplicada multa de 0,03% (três centésimos por cento) por dia, sobre o valor dos

equipamentos entregues com atraso. Decorridos 60 (sessenta) dias de atraso a

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�� �����CONTRANTANTE poderá decidir pela continuidade da multa ou pela rescisão, em razão de inexecução contratual;

b) Será aplicada multa de 1% (um por cento) por dia, sobre o valor de 1 (um) equipamento para os casos de descumprimento e atrasos na prestação da garantia e assistência técnica descrita no item 7 (CONDIÇÕES DE GARANTIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA). Decorridos 60 (sessenta) dias de atraso a CONTRANTANTE poderá decidir pela continuidade da multa ou pela rescisão, em razão de inexecução contratual. A multa será aplicada sobre o valor do equipamento não reparado;

c) Será aplicada multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor global atualizado do contrato, pela não manutenção das condições de habilitação e qualificação exigidas no instrumento convocatório;

d) Será aplicada multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor do contrato, nas hipóteses de rescisão contratual por inexecução do contrato, caracterizando-se quando houver reiterado descumprimento de obrigações contratuais, se a entrega for inferior a 50% (cinquenta por cento) do contratado, caso o atraso ultrapassar o prazo limite de trinta dias, estabelecido na alínea “b”.

III. - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a Administração, pelo prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV. - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública

enquanto perdurarem os motivos que determinaram sua punição ou até que seja promovida a sua reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

20.4. Quem convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, e será descredenciado no SICAF, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º da Lei nº 10.520/2002, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

20.5. O valor correspondente a qualquer multa aplicada à CONTRATADA, garantida a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, poderá ser descontado, caso a mesma seja credora de valor suficiente, ou ainda, a critério da CONTRATANTE, via GRU – Guia de Recolhimento da União, informando a UG 153173, a GESTÃO: 15253; o CÓDIGO: 28852-7 e o CNPJ da CONTRATADA, em até 10 (dez) dias após o recebimento da notificação, ficando a CONTRATADA obrigada a comprovar o recolhimento, mediante a apresentação da cópia da referida guia. O formulário da GRU poderá ser obtido no sítio da STN, www.stn.fazenda.gov.br/siafi/index_GRU.asp.

20.6. As multas não têm caráter indenizatório e seu pagamento não eximirá a empresa licitante de ser acionada judicialmente pela responsabilidade civil derivada de perdas e danos junto ao FNDE decorrentes das infrações cometidas.

21. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

21.1. É facultada ao Pregoeiro ou à autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar no ato da sessão pública.

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�� �����21.2. Fica assegurado ao FNDE o direito de revogar esta licitação em face de razões de interesse público, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de qualquer pessoa, mediante ato escrito e fundamentado.

21.3. Os proponentes assumem todos os custos de preparação e apresentação de suas propostas e o FNDE não será, em nenhum caso, responsável por esses custos, independentemente da condução ou resultado do processo licitatório.

21.4. Os proponentes são responsáveis pela fidelidade e legitimidade das informações e dos documentos apresentados em qualquer fase da licitação.

21.5. Após apresentação da proposta, não caberá desistência, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pelo Pregoeiro.

21.6. As penalidades serão registradas no SICAF e, no caso de suspensão do direito de licitar, o licitante deverá ser descredenciado por igual período, sem prejuízo das multas, previstas no Edital, e das demais cominações legais.

21.7. Na contagem dos prazos estabelecidos neste Edital e seus anexos, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento. Só se iniciam e vencem os prazos em dias de expediente no FNDE.

21.8. O desatendimento a exigências formais, não essenciais, não importará no afastamento do licitante, desde que sejam possíveis as aferições de suas qualificações e as exatas compreensões da sua proposta, durante a realização da sessão pública de Pregão.

21.9. O licitante que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar a ata de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital, apresentar documentação falsa, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de contratar com a Administração, e será descredenciado no SICAF, pelo prazo de até 05 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e das demais cominações legais.

21.10. As normas que disciplinam este pregão serão sempre interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados, sem comprometimento da segurança da futura contratação.

21.11. O Edital e seus anexos, além de poderem ser lidos e retirados através da Internet, nos sites: www.comprasnet.gov.br e http://www.fnde.gov.br/index.php/editlic-pregoes-eletronicos, estarão disponíveis também no FNDE, localizado no Setor Bancário Sul, Quadra 02, Bloco “F” - Edifício FNDE – 1º subsolo, sala nº 05, no horário das 8h00 as 12h00 e de 14h00 às 18h00.

21.11.1. Qualquer pedido de esclarecimento, em relação a eventuais dúvidas na interpretação do presente Edital e seus anexos, deverá ser enviado ao Pregoeiro, impreterivelmente, até 03 (três) dias úteis anteriores a data fixada para abertura da Sessão Pública, exclusivamente por meio eletrônico via Internet, no e-mail [email protected]. As informações e/ou esclarecimentos serão prestados pelo Pregoeiro através do site: www.comprasnet.gov.br, ficando os licitantes obrigados a acessá-lo para obtenção das informações prestadas pelo Pregoeiro.

21.12. A homologação do resultado desta licitação não implicará direito à contratação.

21.13. Aos casos omissos aplicar-se-ão as demais disposições constantes da legislação vigente.

21.14. O foro para dirimir questões relativas ao presente Edital será o Foro da Seção Judiciária do Distrito Federal, com exclusão de qualquer outro.

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Brasília-DF, 11 de janeiro de 2012.

LEILANE MENDES BARRADAS

COORDENADORA GERAL DE COMPRAS E CONTRATOS

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 81/2011 REGISTRO DE PREÇOS

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 23034.025046/2011-1

ANEXO I

TERMO DE REFERÊNCIA

1 – OBJETO

Constitui objeto deste Termo de Referência compor o Edital do Pregão Eletrônico para

Registro de Preços com vistas à eventual aquisição, POR ITEM, de equipamentos do tipo TABLET doravante denominado Tablet Educacional, para atendimento de escolas públicas do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO) no âmbito do Programa Um Computador por Aluno (PROUCA), a serem entregues configurados, com suporte e garantia de 24 (vinte e quatro) meses, nos Estados, Municípios e no Distrito Federal, conforme as especificações técnicas e condições constantes deste Termo de Referência. A proposta considera, em perspectiva mais abrangente, as bases de investimentos na área educacional, com ênfase em infraestrutura de tecnologias educacionais, em particular as aplicadas ao projeto UM pra UM, conforme apresentado no PROUCA, onde o atendimento passa a ser personalizado por alunos e professores. 2 - ESCOPO DO FORNECIMENTO

2.1. O fornecimento será executado em grupos de abrangência (divisão em Regiões de fornecimento) e por ITEM;

2.2. Composição dos Grupos de Abrangência e ITENS

ITEM

DESCRIÇÃO

EQUIPAMENTO

QTDE GRUPO

ABRANGENCIA

GRUPO

ABRANGÊNCIA

1 Tablet Tipo 1 250.000

2 Tablet Tipo 2 250.000

REGIÕES:

• CENTRO-OESTE • NORTE • SUDESTE

3 Tablet Tipo 1 200.000

4 Tablet Tipo 2 200.000

REGIÕES:

• NORDESTE • SUL

2.2.1. As especificações técnicas dos Tablets Educacionais estão definidas no item 3

(ESPECIFICAÇÃO).

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�� �����2.3. A Empresa contratada para um determinado Grupo de Abrangência somente poderá

fornecer para Unidades Federativas e seus Municípios vinculados ao Grupo de Abrangência do qual foi vencedora.

2.4. Participantes do Programa Para efeito deste Termo de Referência, têm-se como participantes do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo):

2.4.1. Fornecedor: Empresa fornecedora do bem, de acordo com as especificações e condições estipuladas no Edital do Pregão Eletrônico (CONTRATADA);

2.4.2. Órgão Gerenciador: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/FNDE executor do Pregão Eletrônico para o Registro de Preços;

2.4.3. Interessado: Governos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal e Estabelecimentos de Ensino;

2.4.4. Contratante: Ministério da Educação, FNDE ou Interessados.

Os participantes descritos acima serão citados ao longo deste Termo de Referência, portanto, deve-se ter atenção na compreensão da função de cada um, pois possuem papeis diferenciados na execução das diversas ações descritas.

3 – ESPECIFICAÇÃO 3.1. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

3.1.1. Não serão aceitos protótipos de equipamentos, nem projetos inacabados;

3.1.2. Nenhum componente dos equipamentos especificados poderá apresentar qualquer conexão, fios, jumpers ou outros elementos que indiquem erro ou imprecisão de projeto da parte do fabricante ou do montador/integrador;

3.1.3. Deverão ser fornecidos e instalados apenas componentes novos, sendo vedado, em quaisquer circunstâncias, o uso de produtos recondicionados, reciclados, enfim, provenientes de reutilização de material já empregado;

3.1.4. Todos os equipamentos entregues durante a vigência do contrato deverão ser iguais entre si e à respectiva amostra aprovada nos testes de aderência (mesmo modelo, marca, componentes e versão). Durante a vigência do contrato poderá haver, a pedido da CONTRATADA, atualização tecnológica dos equipamentos. Neste caso será obrigatória a apresentação de nova amostra do equipamento para aprovação por parte dos técnicos do ÓRGÃO GERENCIADOR, observando-se, ainda, o seguinte:

a) A atualização não poderá imputar aumento de custos para a CONTRATANTE;

b) A atualização tecnológica somente poderá ser realizada para os seguintes casos:

• comprovação de descontinuidade produtiva do equipamento com comprometimento comprovado da cadeia produtiva. Neste caso somente serão aceitos equipamentos equivalentes ou superiores aos anteriores;

• atualizações para equipamento com superioridade tecnológica comprovada sobre o anterior.

c) A comprovação, por parte da CONTRATADA, da equivalência ou superioridade tecnológica deverá ser feita mediante documentação técnica acompanhada da

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�� �����respectiva justificativa técnica para a alteração. Estes documentos deverão ser enviados juntamente com as amostras do novo equipamento;

e) A atualização somente poderá ser executada após a realização de testes de aderência e emissão de documento oficial pelo ÓRGÃO GERENCIADOR ou seus prepostos;

f) O ÓRGÃO GERENCIADOR reserva-se o direito de rejeitar, no todo ou em parte, as atualizações tecnológicas propostas pela CONTRATADA;

g) O ÓRGÃO GERENCIADOR reserva-se o direito, caso necessário, de proceder, por laboratórios ou técnicos devidamente qualificados, a seu exclusivo critério, testes das amostras para comprovação das especificações de qualquer componente;

3.1.5. Considerando as condições usuais de fornecimento de energia elétrica no Brasil, no que trata à tensão de entrada, serão considerados atendidas por qualquer valor entre 100 e 127V, inclusive, as exigências de 110 e 115V; analogamente, serão consideradas atendidas por qualquer valor entre 200 e 220V, inclusive, as exigências de 220V;

3.1.6. Para as aquisições realizadas pelo MEC/FNDE, com a finalidade de facilitar a identificação dos equipamentos nos processos de vistorias e acompanhamento das etapas de execução e pós-execução do contrato, os Tablets Educacionais devem ter:

a) Gravados, preferencialmente na cor verde (padrão bandeira do Brasil) ou outra indicada pelo FNDE, em suas partes frontais ou superiores, os seguintes dizeres: MEC-FNDE - Pregão: FNDE ___/2011

• A gravação será mediante processo serigráfico ou equivalente, utilizando-se tinta eletrostática ou qualquer outra tecnologia/solução que evite o desgaste prematuro da gravação e aumente sua resistência à remoção por abrasivos e/ou raspagem, não sendo aceita a utilização de etiquetas adesivas;

• Os equipamentos destinados aos testes de aderência (amostras) não necessitam desta gravação;

• A CONTRATADA deverá fornecer, em até 10 (dez) dias após a assinatura do contrato, amostra do equipamento contendo a gravação dos dizeres. A amostra deverá ser aprovada pela MEC-FNDE em até 10 (dez) dias após o seu recebimento;

3.1.7. Todos os softwares/utilitários embarcados no Tablet Educacional devem estar em Português do Brasil e com seus licenciamentos e atualizações, quando for o caso, cobertos plenamente pelos custos apresentados na proposta da CONTRATADA;

3.1.8. Todos os drivers e softwares que forem necessários ao funcionamento do hardware deverão ser cotados levando-se em conta, quando for o caso, o seu respectivo licenciamento.

3.2. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DETALHADAS

3.2.1 TABLET – TIPO 1

3.2.1.1 Unidade de processamento:

a) Processador com clock mínimo de 1 GHz; b) Capaz de executar arquivos de áudio e vídeo e demais aplicações educacionais; c) As funções de decodificação de áudio e vídeo devem ser aceleradas por hardware. d) Possuir decodificação por hardware para pelo menos os seguintes formatos: H263, H264

e MPEG4.

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�����

�� �����e) Como procedimento de aferição do desempenho do equipamento ofertado, os Tablet

deverão possuir no software Quadrant (http://www.aurorasoftworks.com/products/quadrant), a seguinte pontuação mínima:

INDÍCE VALOR

MÍNIMO Total 1820 CPU 4000 Memory throughput (taxa de transferência) 1300 I/O (filesystem access and database) 930 2D 120 3D 280

3.2.1.2 Memória RAM:

a) Mínimo de 512 MB (quinhentos e doze megabytes);

3.2.1.3 Tela:

a) Tela colorida e construída com tecnologia LCD ou OLED, com retroiluminação e com tamanho mínimo de 7 (sete) e máximo de 8,9 (oito virgula nove) polegadas;

b) Multitoque (capacitiva); c) Possuir PPI (Pixels Per Inch) mínimo de 90; d) Possuir contraste dinâmico mínimo de 400:1; e) Possuir brilho mínimo de 180cd/m2; f) Resolução mínima: 1024x600.

3.2.1.4 Armazenamento:

a) Interno do tipo flash; b) Capacidade mínima de 16 GB (dezesseis gigabytes); c) Possuir Slot para cartão de memória padrão SDHC (Secure Digital High Capacity)

para expansão do armazenamento interno, compatível com cartões de até 16 GB (dezesseis gigabytes).

3.2.1.5 Conectividade (integrada ao equipamento sem a utilização de acessórios externos):

a) WiFi padrão IEEE 802.11 b/g/n; b) Bluetooth versão 2.1 ou superior.

3.2.1.6 Interfaces:

a) Microfone e alto-falante integrados ao gabinete; b) Saída para fone de ouvidos para conector padrão P2 de 3,5 mm e com 3 (três) pontos

de contato (terra, áudio direito e esquerdo); c) Porta USB ou micro-USB padrão 2.0;

3.2.1.7 Câmera frontal e traseira:

a) Integrada ao equipamento; b) Câmera traseira com resolução mínima de 2 MP (dois megapixel), possuir ajuste de

foco e zoom digital; c) Câmera frontal com resolução mínima VGA (640x480); d) Ambas câmeras devem permitir filmar e tirar fotos.

3.2.1.8 Bateria:

a) Interna e recarregável; b) Lítio-ion ou polímero de lítio;

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�� �����c) Vida útil: pelo menos 250 (duzentos e cinquenta) ciclos de carga/descarga com

capacidade de carga igual a 80% da original ao final deste tempo; d) Capacidade mínima da bateria: 3000 mA/h (três mil miliampéres hora); e) Tempo de recarga: máximo de 3 (três) horas. Permitir que o Tablet seja utilizado

enquanto a bateria estiver carregando; f) Possuir pelos menos os seguintes mecanismos de segurança:

i. Circuito para interromper a conexão da bateria em casos de sobrecorrente e sobrecarga;

ii. Com carregador conectado à energia, o tablet deve poder ser deixado conectado ao carregador, mesmo após a carga total da bateria, sem riscos de sobreaquecimento ou de acidentes decorrentes de sobrecarga;

3.2.1.9 Gabinete:

a) O gabinete não poderá apresentar saliências, pontas ou estruturas externas perfurantes ou cortantes;

b) Resistência a impactos dinâmicos a uma altura de pelo menos 60 (sessenta) centímetros em piso rígido (tipo cerâmico). Caso o equipamento ofertado necessite de capa protetora para atender a exigência deste item, o fornecedor deverá se ater aos seguintes requisitos:

i. A soma do peso da capa protetora mais o do tablet não poderá ultrapassar o peso máximo exigido no item 3.2.1.10 (abaixo);

ii. A capa protetora deverá, obrigatoriamente, ser fornecida para cada tablet a ser entregue para os interessados;

iii. A capa protetora deverá permitir acesso a todas as interfaces descritas no item 3.2.1.6 e pelo menos aos botões de volume e liga/desliga do tablet sem a necessidade de remoção da mesma.

c) Deve possuir teclas para controle de volume do som;

3.2.1.10 Peso máximo com bateria: 600g (seiscentos gramas);

3.2.1.11 Funcionalidades:

a) Possuir acelerômetro; b) Funcionar como “USB Mass Storage” sem a necessidade de instalação de drivers ou

outro software”; c) Sensor de luz ambiente com capacidade para ajuste automático do brilho da tela; d) Permitir a mudança da orientação da tela e o bloqueio da posição; e) Recursos de vídeo:

i. Gravação com resolução de pelo menos 640x480. Esta exigência somente se aplica à Câmera traseira;

ii. Formatos mínimos de reprodução: H.263, H.264 e MPEG-4;

3.2.1.12 Sistema Operacional:

a) Sistema operacional Android 2.3 ou superior, com suporte a flash player versão 10.1 ou superior;

b) Idioma em Português do Brasil; c) Aplicações: agenda, calendário, relógio com horário mundial, alarme, calculadora,

cronômetro; d) Permitir a decodificação dos seguintes formatos de arquivos:

• mp3; • 3gp (AMR, AAC, H263, H264 e MPEG4); • mp4 (AAC e H264); • ogg (Vorbis áudio); • wav (PCM).

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�� �����e) Software para ebook compatível com pelos menos epub e pdf. Permitir o uso de DRM

(Digital Rights Management – Gerenciamento de Direitos Digitais); f) Software para visualização de documentos compatível com os padrões: ppt, pptx, doc,

docx, xls, xlsx, odt, ods, odp, pdf,etc. g) Software para email compatível com gmail e Microsoft Exchange, POP3/IMAP; h) Navegador web com suporte a flash player, ECMAScrip (Javascript) e HTML 4.01

com CSS2; i) Software cliente para conexão remota (vnc player); j) Software para reprodução de vídeo, áudio e fotografias digitais, pelo menos nos

formatos exigidos neste Termo de Referência; k) Software de mensagem instantânea; l) Software para gravação de vídeo, áudio e fotografias digitais; m) Software de mapas (Google maps); n) Software para acesso ao Youtube. O software deve permitir o ajuste da resolução da

imagem, controle de volume e adição de vídeo produzido pelo usuário no próprio tablet;

o) Software para escrita (uso integrado com caneta especifica para tablet); p) Software para desenho com pelo menos recursos de desenho de figuras geométricas,

linhas retas e curvas, pintura e preenchimento de figuras com pelo menos 256 cores. Deverá trabalhar com arquivos de imagem nos formatos jpeg e png.

3.2.1.13 Acessórios:

a) Cabo de dados com conector para USB e comprimento mínimo de 1,5 (um vírgula cinco) metros. Possuir conectores em plástico injetado ou material semelhante atóxico, com protetores contra dobras;

b) Carregador bivolt com seleção automática de voltagem e cabo com pelo menos 1,5 (um vírgula cinco) metros de comprimento. Possuir conectores em plástico injetado ou material semelhante atóxico, com protetores contra dobras;

c) Capa para transporte: em poliéster ou poliuretano ou nylon, impermeável e em cor escura. Esta capa não deve ser confundida com a capa protetora exigida no item 3.2.1.9 letra “b”;

3.2.1.14 Certificação:

a) ANATEL; b) Possuir certificado de conformidade, avaliado segundo a norma ABNT NBR IEC

60529:2009, para grau IP-41 de proteção contra sólidos e líquidos. O certificado deverá ser emitido por entidade acreditada pelo INMETRO;

c) O equipamento deverá possuir as certificações abaixo, sendo que a comprovação será por meio de certificado emitido por laboratório acreditado pelo INMETRO: • Diretiva RoHS; • ISO/IEC 60950-1.

3.2.2 TABLET – TIPO 2

3.2.2.1 Unidade de processamento:

a) Processador com clock mínimo de 1 GHz; b) Capaz de executar arquivos de áudio e vídeo e demais aplicações educacionais; c) As funções de decodificação de áudio e vídeo devem ser aceleradas por hardware. d) Possuir decodificação por hardware para pelo menos os seguintes formatos: H263,

H264 e MPEG4.

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�� �����e) Como procedimento de aferição do desempenho do equipamento ofertado, os Tablet

deverão possuir no software Quadrant (http://www.aurorasoftworks.com/products/quadrant), a seguinte pontuação mínima:

INDÍCE VALOR

MÍNIMO Total 1820 CPU 4000 Memory throughput (taxa de transferência) 1300 I/O (filesystem access and database) 930 2D 120 3D 280

3.2.2.2 Memória RAM:

a) Mínimo de 512 MB (quinhentos e doze megabytes);

3.2.2.3 Tela:

a) Tela colorida e construída com tecnologia LCD ou OLED, com retroiluminação e com tamanho mínimo de 9 (nove) e máximo de 10.1 (dez vírgula uma) polegadas;

b) Multitoque (capacitiva); c) Possuir PPI (Pixels Per Inch) mínimo de 90; d) Possuir contraste dinâmico mínimo de 400:1; e) Possuir brilho mínimo de 180cd/m2; f) Resolução mínima: 1024x600

3.2.2.4 Armazenamento:

a) Interno do tipo flash; b) Capacidade mínima de 16 GB (dezesseis gigabytes); c) Possuir Slot para cartão de memória padrão SDHC (Secure Digital High Capacity)

para expansão do armazenamento interno, compatível com cartões de até 16 GB (dezesseis gigabytes).

3.2.2.5 Conectividade (integrado ao equipamento sem a utilização de acessórios externos):

a) Wi-Fi padrão IEEE 802.11 b/g/n; b) Bluetooth versão 2.1 ou superior;

3.2.2.6 Interfaces:

a) Microfone e alto-falante integrados ao gabinete; b) Saída para fone de ouvidos para conector padrão P2 de 3,5 mm e com 3 (três) pontos

de contato (terra, áudio direito e esquerdo); c) Porta USB ou micro-USB padrão 2.0;

3.2.2.7 Câmera frontal e traseira:

a) Integrada ao equipamento; b) Câmera traseira com resolução mínima de 2 MP (dois megapixel), possuir ajuste de

foco e zoom digital; c) Câmera frontal com resolução mínima VGA (640x480); d) Ambas as câmeras devem permitir filmar e tirar fotos.

3.2.2.8 Bateria:

a) Interna e recarregável; b) Lítio-ion ou polímero de lítio; c) Vida útil: pelo menos 250 (duzentos e cinquenta) ciclos de carga/descarga com

capacidade de carga igual a 80% da original ao final deste tempo;

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�����

�� �����d) Capacidade mínima da bateria: 4000 mA/h (quatro mil miliampéres hora); e) Tempo de recarga: máximo de 3 (três) horas. Permitir que o Tablet seja utilizado

enquanto a bateria estiver carregando; f) Possuir pelos menos os seguintes mecanismos de segurança:

i. Circuito para interromper a conexão da bateria em casos de sobrecorrente e sobrecarga;

ii. Com carregador conectado à energia, o tablet deve poder ser deixado conectado ao carregador, mesmo após a carga total da bateria, sem riscos de sobreaquecimento ou de acidentes decorrentes de sobrecarga.

3.2.2.9 Gabinete:

a) O gabinete não poderá apresentar saliências, pontas ou estruturas externas perfurantes ou cortantes;

b) Resistência a impactos dinâmicos a uma altura de pelo menos 60 (sessenta) centímetros em piso rígido (tipo cerâmico). Caso o equipamento ofertado necessite de capa protetora para atender a exigência deste item, o fornecedor deverá se ater aos seguintes requisitos:

i. A soma do peso da capa protetora mais o do tablet não poderá ultrapassar o peso máximo exigido no item 3.2.2.10 (abaixo);

ii. A capa protetora deverá, obrigatoriamente, ser fornecida para cada tablet a ser entregue para os interessados;

iii. A capa protetora deverá permitir acesso a todas as interfaces descritas no item 3.2.2.6 e pelo menos aos botões de volume e liga/desliga do tablet sem a necessidade de remoção da mesma.

c) Deve possuir teclas para controle de volume do som;

3.2.2.10 Peso máximo com bateria: 700g (setecentos gramas);

3.2.2.11 Funcionalidades:

a) Possuir acelerômetro; b) Funcionar como “USB Mass Storage” sem a necessidade de instalação de drivers ou

outro software”; c) Sensor de luz ambiente com capacidade para ajuste automático do brilho da tela; d) Permitir a mudança da orientação da tela e o bloqueio da posição; e) Recursos de vídeo:

i. Gravação com resolução de pelo menos 640x480. Esta exigência somente se aplica à Câmera traseira;

ii. Formatos mínimos de reprodução: H.263, H.264 e MPEG-4.

3.2.2.12 Sistema Operacional:

a) Sistema operacional Android 3.x ou superior. b) Suporte a flash player versão 10.1 ou superior; c) Idioma em Português do Brasil; d) Suporte a configuração de proxy para rede WiFi. Este suporte deve ser integrado à a

aplicação de configuração de rede sem fio e sem a necessidade de aplicativos ou softwares extras;

e) Aplicações: agenda, calendário, relógio com horário mundial, alarme, calculadora, cronômetro;

f) Permitir a decodificação dos seguintes formatos de arquivos: • mp3; • 3gp (AMR, AAC, H263, H264 e MPEG4); • mp4 (AAC e H264); • ogg (Vorbis áudio); • wav (PCM).

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�� �����g) Software para ebook compatível com pelos menos epub e pdf. Permitir o uso de DRM

(Digital Rights Management – Gerenciamento de Direitos Digitais); h) Software para visualização de documentos compatível com os padrões: ppt, pptx, doc,

docx, xls, xlsx, odt, ods, odp, pdf,etc. i) Software para email compatível com gmail e Microsoft Exchange, POP3/IMAP; j) Navegador web com suporte a flash player, ECMAScrip (Javascript) e HTML 4.01

com CSS2; k) Software cliente para conexão remota (vnc player); l) Software para reprodução de vídeo, áudio e fotografias digitais, pelo menos nos

formatos exigidos neste Termo de Referência; m) Software de mensagem instantânea; n) Software para gravação de vídeo, áudio e fotografias digitais; o) Software de mapas (Google maps); p) Software para acesso ao Youtube. O software deve permitir o de ajuste de resolução

de imagem, controle de volume e adição de vídeo produzido pelo usuário no próprio tablet”.

3.2.2.13 Acessórios:

a) Cabo de dados com conector para USB e comprimento mínimo de 1,5 (um vírgula cinco) metros. Possuir conectores em plástico injetado ou material semelhante atóxico, com protetores contra dobras;

b) Carregador bivolt com seleção automática de voltagem e cabo com pelo menos 1,5 (um virgula cinco) metros de comprimento. Possuir conectores em plástico injetado ou material semelhante atóxico, com protetores contra dobras;

c) Capa para transporte: em poliéster ou poliuretano ou nylon, impermeável e em cor escura. Esta capa não deve ser confundida com a capa protetora exigida no item 3.2.2.9 letra “b”;

3.2.2.14 Certificação:

a) ANATEL; b) Possuir certificado de conformidade, avaliado segundo a norma ABNT NBR IEC

60529:2009, para grau IP-41 de proteção contra sólidos e líquidos. O certificado deverá ser emitido por entidade acreditada pelo INMETRO;

c) O equipamento deverá possuir as certificações abaixo, sendo que a comprovação será por meio de certificado emitido por laboratório acreditado pelo INMETRO: • Diretiva RoHS; • ISO/IEC 60950-1.

4. APROVAÇÃO DAS AMOSTRAS E CONTROLE DE QUALIDADE 4.1 CONDIÇÔES GERAIS: A aprovação das amostras constitui quesito fundamental para a aceitabilidade dos equipamentos e, por conseguinte, da habilitação, no que trata a qualificação técnica, da licitante. Neste sentido, com o intuito de se verificar a conformidade da proposta e da oferta dos equipamentos aos requisitos técnicos e funcionais exigidos neste Termo de Referência, a empresa classificada em primeiro lugar em cada ITEM, na fase de lances, deverá fornecer 10 (dez) Tablets, que servirão de amostra e base para os testes de aderência. Abaixo são descritas as condições a serem seguidas para a realização da aprovação:

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�� �����a) Os testes serão realizados somente durante a fase de habilitação e antes da homologação da

licitação. Os procedimentos para a entrega das amostras e as condições para a realização dos testes de aderência deverão seguir o disposto no ENCARTE “A”;

b) A aprovação da amostra será em 2 (duas) etapas e dar-se-á por intermédio da realização de testes de aderência. Para cada etapa a licitante fornecerá 10 (dez) equipamentos como amostra;

c) Os prazos para entrega da documentação e das amostras exigidas em cada etapa deverá atender ao seguinte: i. A documentação da primeira etapa deverá ser encaminhada em até 5 (cinco) dias úteis

após o encerramento da fase de lances e da convocação do pregoeiro. Os seguintes documentos serão obrigatórios:

• Cópia completa da proposta de preços; • Documentação técnica contendo as especificações detalhadas do equipamento e

ainda constar marca e modelo do equipamento; • Tabela de apontadores indicando o documento/manual/catálogo, incluindo o item e

a página, que contém a prova de atendimento aos requisitos exigidos no item 3 (Especificação) deste Termo de Referência;

• Declaração de compatibilidade com o sistema operacional Android (ver item 12.1.4);

ii. A amostra da primeira etapa deverá ser encaminhada em até 10 (dez) dias úteis após a aprovação da documentação descrita no item anterior e da convocação do pregoeiro. A entrega deverá obedecer ao disposto no ENCARTE “A”;

iii. A amostra e a respectiva documentação da segunda etapa deverão ser encaminhadas em até 15 (quinze) dias úteis contados do encerramento da primeira etapa de testes e da convocação do pregoeiro. A entrega da amostra deverá obedecer ao disposto no ENCARTE “A”;

d) Caso a documentação exigida não esteja aderente aos requisitos técnicos previstos no edital, ou seja, apontando, de forma clara, que o equipamento atende a todas as exigências editalícias, a licitante será desclassificada, não havendo, portanto, a necessidade de realização da etapa seguinte;

e) Caso a amostra não seja aprovada em uma das etapas a empresa será desclassificada não havendo, portanto, a necessidade de realização da etapa seguinte;

f) A aprovação da amostra dar-se-á por intermédio da realização de testes de aderência; g) Em caso de desclassificação, o FNDE poderá convocar o segundo colocado, e assim

sucessivamente. h) Ficará o FNDE com a responsabilidade de identificar de forma indelével as amostras

entregues e retê-las sob sua guarda para confrontação quando da entrega do produto ofertado e/ou quando necessário;

i) O FNDE reserva-se o direito de realizar quaisquer testes, a seu exclusivo critério, para a comprovação das especificações de qualquer componente, inclusive com a convocação de entidades e/ou especialistas, que julgue necessário;

j) Durante a aderência a equipe técnica do FNDE poderá submeter os equipamentos a testes complementares, além daqueles descritos no caderno de testes, ou examinar por intermédio de pesquisas na internet, consultas à documentação técnica, exame técnico dos equipamentos e componentes, bem como a exploração detalhada do funcionamento dos softwares e equipamentos;

k) A Licitante fica obrigada a prestar, quando solicitada pela equipe técnica do FNDE, toda e qualquer informação acerca do funcionamento dos equipamentos e softwares utilizados;

l) Os equipamentos e softwares que por ventura necessitem de licenciamento deverão estar totalmente licenciados e registrados para os testes de aderência;

m) Durante os testes de aderência os equipamentos, componentes ou materiais entregues permanecerão sob a guarda do FNDE;

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�����

�� ����� 4.2. ETAPAS DE APROVAÇÃO 4.2.1 Primeira Etapa:

4.2.1.1 Considerações a) O prazo máximo para realização dos testes desta etapa será de 30 (trinta) dias. Neste

período serão realizados todos os testes e averiguações necessários ao cumprimento desta etapa;

b) Caso os itens exigidos para esta etapa teste não sejam aprovados, a empresa será desclassificada não havendo, portanto, a necessidade de realização da etapa seguinte;

c) Caso entenda necessário, o FNDE poderá solicitar ajustes no projeto do produto. Esses ajustes serão devidamente documentados e encaminhados, por ofício, para a licitante classificada em primeiro lugar no certame;

d) A amostra será analisada e submetida aos testes necessários à aferição da sua qualidade e compatibilidade com as especificações contidas neste Termo de Referência;

e) Caso a licitante seja aprovada na primeira etapa, a mesma deverá fornecer nova amostra para a realização da aprovação na segunda e última etapa. Essa amostra deverá refletir todas as alterações apontadas na amostra da primeira etapa.

4.2.1.2 Dos Testes da Primeira Etapa a) Os testes serão realizados com base no Caderno de Testes descrito no ENCARTE “B”. Os

itens constantes do Caderno são os mesmos descritos nas especificações técnicas (item 3 deste Termo de Referência) acrescidos de itens com a documentação técnica;

b) O Caderno de Testes está dividido, segundo sua relevância, em dois grupos:

I. Grupo 1: apresenta os itens considerados de cumprimento obrigatório. Caso a Licitante deixe de atender a qualquer dos itens constantes deste grupo a mesma será desclassificada;

II. Grupo 2: composto de itens relevantes ao projeto, mas com possibilidade de ajustes por parte da Licitante. Para esse grupo será tolerada a inconformidade de itens para posterior correção. Abaixo segue tabela com a quantidade máxima de inconformidades, por tipo de tablet, a serem toleradas:

EQUIPAMENTO QTDE MÁXIMA DE ITENS INCONFORMES

- Tablet Tipo 1 17

- Tablet Tipo 2 17

c) Os itens não atendidos (inconformes) deverão ser corrigidos e apresentados na amostra da segunda etapa, ou seja, 10 (dez) dias úteis após a conclusão dos testes da primeira etapa. Caso a Licitante, na primeira etapa, ultrapasse a quantidade máxima de itens inconformes, a mesma será desclassificada;

d) Os itens abaixo somente serão avaliados na segunda etapa:

i. Certificação Anatel;

ii. Certificado de conformidade com a norma ABNT NBR IEC 60529:2009, para grau IP-41 de proteção contra sólidos e líquidos;

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�� �����iii. Certificação ISO/IEC 60950-1;

iv. Manuais;

v. Todas as exigências referentes à Diretiva RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances, Restrição de Certas Substâncias Perigosas).

4.2.2 Segunda Etapa: 4.2.2.1 Nesta etapa, a licitante classificada em cada item, deverá fornecer 10 (dez) equipamentos

como amostra para que sejam realizados todos os testes e análises necessárias à aferição da sua qualidade e compatibilidade com as especificações contidas neste Termo de Referência. Todos os itens já verificados na primeira etapa também serão conferidos nesta etapa;

4.2.2.2 A amostra e a respectiva documentação da segunda etapa deverão ser encaminhadas em até 10 (dez) dias úteis contados do encerramento da primeira etapa de testes e da convocação do pregoeiro. A entrega deverá obedecer ao disposto no ENCARTE “A”;

4.2.2.3 Os equipamentos entregues como amostra nesta etapa deverão representar o modelo definitivo de produção, ou seja, aquele que será entregue após a assinatura do contrato;

4.2.2.4 Estes equipamentos deverão incorporar os ajustes identificados e solicitados pelo FNDE, resultantes da revisão da amostra apresentada na primeira etapa;

4.2.2.6 A amostra deverá possuir as mesmas características das aprovadas na primeira etapa, acrescidas dos ajustes solicitados pelo FNDE, resultantes da revisão da amostra apresentada na primeira etapa.

4.2.2.7 Comprovações técnicas não exigidas na primeira etapa:

a) Todos os itens não verificados anteriormente serão averiguados e comprovados nesta etapa, são eles:

i. Certificação Anatel;

ii. Certificado de conformidade com a norma ABNT NBR IEC 60529:2009, para grau IP-41 de proteção contra sólidos e líquidos;

iii. Certificação ISO/IEC 60950-1;

iv. Manuais;

v. Todas as exigências referentes à Diretiva RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances, Restrição de Certas Substâncias Perigosas).

4.4 CONTROLE DE QUALIDADE

Todos os equipamentos fornecidos pela CONTRATADA estão sujeitos à realização de Controle de Qualidade, a qualquer tempo, durante a vigência do Registro de Preços e/ou dos contratos firmados com o FNDE e/ou com os INTERESSADOS. As amostras poderão ser coletadas tanto junto ao CONTRATANTE quanto durante o processo de produção, sem custos adicionais para o CONTRATANTE.

5 – CONDIÇÕES DE ENTREGA 5.1 Regras para aquisições realizadas pelo Ministério da Educação ou FNDE:

5.1.1. Nos primeiros 10 (dez) dias úteis do período de vigência do Contrato, serão marcadas, pela CONTRATANTE, reuniões com a CONTRATADA para:

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�� �����a) Formalizar os documentos e arquivos eletrônicos para troca de informações entre

CONTRATANTE e CONTRATADA;

b) Geração, pelos técnicos da CONTRATANTE, juntamente com a equipe técnica designada pela CONTRATADA, de todas as imagens (mídias contendo sistema operacional e aplicativos – Padrão de Instalação MEC/FNDE), necessárias para a completa instalação dos equipamentos;

c) Detalhar o processo de entrega dos equipamentos, do qual resultará em um CRONOGRAMA DE ENTREGA, observando os procedimentos e prazos definidos neste Termo de Referência, e compreendendo o repasse, pela CONTRATANTE para a CONTRATADA, do endereçamento dos locais de entrega dos equipamentos;

d) Definir a emissão de AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA pela CONTRATANTE, o que deverá ocorrer a cada repasse de endereçamento dos locais de entrega, conforme o Cronograma de Entrega. A emissão e entrega da primeira AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA por parte da CONTRATANTE definirá o início da contagem do prazo de execução do Contrato;

5.1.2. Todas as AUTORIZAÇÕES DE ENTREGA conterão no mínimo o seguinte:

• numeração própria e seqüencial;

• no mínimo 15% dos endereços definidos e no máximo 30%;

• designação das entidades beneficiadas e seus respectivos prepostos e endereços (locais de entrega);

• data e assinatura do Gestor da CONTRATANTE e do Preposto da CONTRATADA.

5.1.2.1. As AUTORIZAÇÕES DE ENTREGA terão, no máximo, 60 (sessenta) dias de diferença entre si;

5.1.2.2. O prazo máximo para entrega dos equipamentos referentes aos endereços constantes de cada AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA será de 90 (noventa) dias corridos;

5.1.2.3. A primeira AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA será encaminhada em data a ser definida junto com o CRONOGRAMA DE ENTREGA;

5.1.2.4. A última AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA deverá ser emitida e entregue pela CONTRATANTE com no máximo 90 (noventa) dias de antecedência do término do prazo de execução do contrato, caso contrário este prazo será considerado como automaticamente prorrogado na mesma proporção do atraso da AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA;

5.1.2.5. Estão previstas no mínimo 4 (quatro) AUTORIZAÇÕES DE ENTREGA, durante o prazo de execução do contrato. A última AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA não possuirá limite mínimo de endereços.

5.1.3. Prazo de Entrega:

5.1.3.1. Todos os equipamentos devem ser entregues em no máximo 90 (noventa) dias após a emissão da sua respectiva AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA;

5.1.4. Para cada conjunto de equipamentos entregues em uma unidade educacional deverá conter uma CARTA DE APRESENTAÇÃO descrevendo quais e quantos equipamentos fazem parte do conjunto, bem como informações sobre suporte/assistência técnica, incluindo o número 0800, e sobre o programa. A carta de apresentação deverá ser aprovada pelo MEC/FNDE e ser impressa pela CONTRATADA em papel A4.

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�� �����5.2 Regras para a aquisição de pelos demais INTERESSADOS

5.2.1. Caberá aos INTERESSADOS juntamente com a CONTRATADA detalhar:

a) O processo de entrega dos equipamentos;

b) A preparação do padrão de instalação dos tablets.

5.2.2. Prazo de Entrega:

5.2.2.1. Todos os equipamentos devem ser entregues em no máximo 90 (noventa) dias após a emissão da sua respectiva AUTORIZAÇÃO DE ENTREGA;

5.3. Correrão por conta da CONTRATADA todo o serviço de logística de produção e entrega

das encomendas aos destinatários beneficiados, bem como as despesas de embalagem, seguros, transporte, carga, descarga, tributos, encargos trabalhistas e previdenciários, dentre outras, decorrentes da produção e entrega dos equipamentos.

6 – CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO E PAGAMENTO 6.1 Regras para aquisições realizadas pelo Ministério da Educação ou FNDE: 6.1.1 Da documentação comprobatória da entrega dos equipamentos:

6.1.1.1 A efetiva entrega dos equipamentos deverá ser comprovada, pela CONTRATADA, mediante a entrega para a CONTRATANTE, das Notas Fiscais de Venda, Notas Fiscais de Simples Remessa e do TERMO DE RECEBIMENTO (ENCARTE “C”);

6.1.1.2. O TERMO DE RECEBIMENTO deverá ser emitido em 2 (duas) vias, sendo uma para a unidade beneficiada e outra para a CONTRATANTE;

6.1.1.3. O TERMO DE RECEBIMENTO deverá ser enviado para a CONTRATANTE também em formato digital e inserido no sistema de gerenciamento do MEC/FNDE (SIGETEC). O documento digital contendo o TERMO DE RECEBIMENTO deverá possuir pelo menos 200 DPI e possuir nitidez suficiente de modo a ser analisado pelos fiscais e gestores do contrato. Documentos ilegíveis não serão aceitos;

6.1.1.4. Todos os documentos citados acima deverão ser encaminhados, pela CONTRATADA para a CONTRATANTE;

6.1.2.5. Todos os documentos serão analisados pela CONTRATANTE que atestará a sua conformidade formal e a execução do objeto quanto às especificações e condições deste Termo de Referência, do Edital e do Contrato. Após esta etapa o Gestor da CONTRATANTE atestará e enviará ao setor de pagamento para possa proceder com a quitação das respectivas parcelas;

6.1.2. Do Pagamento: 6.1.2.1. O pagamento será realizado pela CONTRATANTE somente para a CONTRATADA,

em conta corrente bancária de sua titularidade, no prazo de até 20 (vinte) dias, após o atesto da correspondente documentação comprobatória da entrega, uma vez que tenham sido cumpridos todos os critérios estabelecidos neste Termo de Referência, no Edital e no Contrato;

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�� �����6.1.2.2. A CONTRATANTE fará a união entre Nota Fiscal de Venda e o TERMO DE

RECEBIMENTO (ENCARTE “C”), atestando a sua conformidade formal e a execução do objeto quanto às especificações e condições deste Termo de Referência, do Edital e do Contrato, encaminhando apenas uma via (original) de cada documento, para o Gestor da CONTRATANTE, que atestará e enviará ao setor de pagamento para pagamento de 100% (cem por cento) do valor das notas fiscais dos equipamentos entregues;

6.1.1.3. O MEC/FNDE, após o início das entregas, realizará visitas de auditoria nos pontos de entrega para averiguar se os equipamentos estão de acordo com as exigências editalícias. Os pontos de entrega serão escolhidos por amostragem e de acordo com critérios definidos pelo MEC/FNDE;

6.1.3. Considerações gerais sobre o preenchimento dos documentos comprobatórios: a) Todos os documentos aqui exigidos fazem parte do processo de pagamento, sendo que

aqueles que estiverem em desacordo com as exigências descritas nas CONDIÇÕES DE PAGAMENTO (item 6) serão devolvidos à CONTRATADA e, por consequência, a suspensão do pagamento até que sejam sanadas as pendências. Vale salientar que a suspensão do pagamento somente se aplicará ao conjunto de documentos com problema;

b) Não serão aceitos documentos com rasuras de qualquer espécie;

c) Todos os campos constantes dos documentos deverão estar devidamente preenchidos e assinados. Aos documentos com campos sem preenchimento será aplicada a mesma regra descrita no item 6.1.3 letra “a” deste Termo de Referência;

d) Não serão aceitos documentos de comprovação de entrega em desacordo com as Notas Fiscais de Venda/Fatura;

e) O custo de impressão dos documentos constate dos encartes correrão por conta da CONTRATADA;

f) Os documentos descritos nos referidos encartes são modelos e, portanto, poderão sofrer adequações por parte da CONTRATANTE e constarão em ata de reunião realizada entre as partes;

6.1.4. Sobre o gerenciamento das informações das aquisições realizadas pelo MEC/FNDE:

6.1.4.1. No caso dos equipamentos adquiridos pelo MEC/FNDE, todas as informações relativas à documentação de entrega deverão ser inseridas em sistema informatizado do FNDE (SIGETEC);

6.1.4.2. A inserção das informações referidas no item acima deverá ser comprovada por ocasião da apresentação da cobrança, sendo esta uma condição para o pagamento;

6.1.4.3. Após a firmatura do contrato, a CONTRATADA deverá enviar/disponibilizar técnico(s) ao FNDE, na cidade de Brasília/DF, para que seja(m) capacitado(s) no uso do sistema informatizado referido, com duração prevista de até 3 (três) dias.

7 – CONDIÇÕES DE GARANTIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA 7.1. Sobre a Garantia 7.1.1 Para a solução envolvida na contratação, a CONTRATADA deverá prestar garantia de

funcionamento dos equipamentos durante o período de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da entrega dos mesmos. Vale salientar que para fins de garantia da bateria será

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�� �����considerada a exigência de vida útil da mesma e não o prazo de garantia de 24 (vinte e quatro) meses;

7.1.2 Prazo de Garantia de Funcionamento é o período em meses, dentro do qual, nas condições registradas na Proposta Técnica e constantes do respectivo Termo de Garantia, a CONTRATADA compromete-se em manter os equipamentos por ela fornecidos em perfeito funcionamento, configurados da forma especificada e nas condições e configurações constantes deste Termo de Referência.

7.1.3 A garantia prestada será na modalidade “Balcão”. Entende-se por modalidade “balcão”, como sendo o local reservado para atendimento aos clientes dentro das dependências das assistências técnicas autorizadas. A prestação desta garantia deverá seguir as seguintes condições:

a) Os custos de transporte do(s) equipamento(s) para execução da garantia, nos primeiros 12 (doze) meses, correrão por conta da CONTRATADA. O prazo será contado a partir da data constante do comprovante de entrega dos equipamentos. Para os 12 (doze) meses seguintes os custos correrão por conta da CONTRATANTE;

b) Os custos de transporte a que se refere o item anterior devem contemplar o envio para a assistência técnica a partir da unidade educacional (ponto de entrega), bem como o retorno até a mesma após o reparo ou substituição do equipamento;

c) O prazo máximo para resolução do problema é de 30 (trinta) dias úteis. Passado este período a CONTRATADA deverá substituir, imediatamente, o equipamento por um novo.

7.1.4 No período de garantia é admitida a troca de equipamentos defeituosos por outros iguais ou de tecnologia superior, desde que aprovado pelo ÓRGÃO GERENCIADOR um Plano de Atualização Tecnológica apresentado pela CONTRATADA, conforme descrito no item 3.1.4 deste Termo de Referência;

7.1.5 A CONTRATADA deverá disponibilizar, de segunda à sexta-feira, das 8 às 18 horas, exceto feriados, serviço de suporte telefônico por meio de número exclusivo e gratuito, do tipo 0800, com as seguintes características:

a) O número 0800 deverá ser dedicado aos atendimentos de suporte e assistência técnica dos equipamentos descritos neste Termo de Referência, não sendo permitido o compartilhamento com outros serviços da CONTRATADA;

b) O serviço deverá aceitar ligações originadas de aparelhos celulares;

c) Possuir equipe capacitada para lidar com problemas dos equipamentos fornecidos;

d) Possuir gerenciamento centralizado de chamados para facilitar o acompanhamento. Este gerenciamento deverá possuir informações sobre o andamento da manutenção dos equipamentos, inclusive com a previsão de tempo para resolução do problema;

e) Fornecer, para a CONTRATANTE, relatório detalhado sobre os chamados abertos e fechados. O nível de detalhamento será definido pelo FNDE;

7.2.1. Condições Gerais:

7.2.1.1 Atendimento Técnico é a presença, no local de entrega dos equipamentos, de técnico da CONTRATADA ou de seus prepostos;

7.2.1.2 Chamado Técnico é a solicitação feita pela CONTRATANTE ou por seu preposto, através de telefone ou de outra forma acordada com a CONTRATADA, para a realização de um Atendimento Técnico;

7.2.1.3 Consulta Técnica é qualquer contato feito através de telefone, fax ou rede de computadores, para consulta, esclarecimento ou orientação;

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�����

�� �����7.2.1.4 Prestadora de Serviços é a própria CONTRATADA ou uma empresa legalmente

constituída, por ele contratada, especializada na prestação de serviços de assistência técnica e/ou montagem/integração de equipamentos e aplicativos;

7.2.1.5 Help-Desk é uma instalação da CONTRATADA ou de empresa autorizada por esta, capaz de atender imediatamente (on-line) consultas e chamados técnicos por telefone, obrigatoriamente, fax ou rede de computadores, que deve estar disponível todos os dias úteis de 07:00 às 20:00, horário de Brasília/DF;

7.2.1.6 Horário de Assistência Técnica é o período das 8:00 às 18:00, de acordo com o horário de cada unidade da federação, durante o qual um serviço está disponível para o público, de segunda-feira a sexta-feira;

7.2.1.7 Manutenção Corretiva é o conjunto de ações realizadas para recolocar os equipamentos em seu perfeito estado de uso, compreendendo substituições de peças, ajustes e reparos, incluindo a reinstalação de sistema operacional e aplicativos, quando esta necessidade decorrer de problema de hardware;

7.2.1.8 Preposto da CONTRATADA é um representante da mesma, devidamente constituído, com poderes para executar qualquer tipo de serviço técnico ou tomar decisões de caráter administrativo em relação à garantia do objeto desta licitação.

7.2.2. Condições Específicas:

7.2.2.1 Prazo de Reparo é o período, em dias úteis, transcorrido entre o Chamado Técnico e o efetivo restabelecimento do funcionamento dos equipamentos, isto é, o prazo no qual a CONTRATADA compromete-se a restabelecer o funcionamento dos equipamentos, que forneceu nas condições deste Termo de Referência, do Edital de Pregão e do Contrato.

a) O recebimento do Chamado Técnico por preposto da CONTRATADA implica no início da contagem do prazo de reparo.

b) O Prazo de Reparo não poderá exceder a 30 (trinta) dias úteis.

7.2.2.2 Os Chamados Técnicos devem ser precedidos de tentativa de diagnóstico por intermédio de consulta aos técnicos especialistas dos Estados, Municípios e no DF.

7.2.2.3 Para todo Atendimento Técnico deverá ser feito um relatório detalhado, através de consulta em página da WEB, que ficará à disposição da CONTRATANTE, pelo prazo de vigência do Contrato, com a facilidade de download das informações, do qual conste, no mínimo:

• Local no qual a assistência técnica foi acionada;

• Nomes dos responsáveis pelo chamado, pelo atendimento e pela comprovação do restabelecimento de funcionamento, com as assinaturas de todos;

• Descrição do(s) equipamento(s) envolvido(s), inclusive com modelo, número de série e outros códigos identificadores;

• Descrição da(s) anormalidade(s) observada(s);

• Providências tomadas e reparos efetuados;

• O status final do atendimento da assistência técnica que foi prestada.

• Mensalmente deverá ser fornecido a CONTRATANTE arquivo eletrônico com todos os chamados técnicos realizados no período, juntamente com um relatório analítico (com as informações citadas acima) e sintético (estatística por tipo de atendimento e relação de pendências) por Estado, demonstrando os

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�� �����Atendimentos Técnicos, impresso e em mídia magnética, em formato a ser acordado entre as partes.

• Esses relatórios poderão ser substituídos por página de serviços de informações na Web, desenvolvida pela CONTRATADA, desde que forneça as mesmas informações e que permita o download dos arquivos mencionados.

7.2.2.4 Os atendimentos técnicos deverão ser realizados durante o horário de assistência técnica. Poderão ser executados em outros dias e horários, dependendo de prévio acordo entre a CONTRATANTE e CONTRATADA;

7.2.2.5 É facultado à CONTRATADA elaborar planos de manutenção e suporte que incluam treinamento especializado para os locais onde os equipamentos foram entregues, visando maximizar a eficiência das Consultas Técnicas, minimizar necessidade de Chamados Técnicos etc., desde que tais treinamentos não impliquem ônus para a CONTRATANTE. Mediante acordo prévio, as instalações das unidades beneficiadas poderão ser colocadas à disposição da CONTRATADA para realização dos treinamentos em tela;

8 – OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE A CONTRATANTE, durante a vigência do respectivo Contrato, compromete-se a:

a) Proporcionar todas as facilidades para a CONTRATADA executar o fornecimento do objeto do presente Termo de Referência, permitindo o acesso dos profissionais da CONTRATADA às suas dependências. Esses profissionais ficarão sujeitos a todas as normas internas da CONTRATANTE, principalmente as de segurança, inclusive àquelas referentes à identificação, trajes, trânsito e permanência em suas dependências;

b) Efetuar o pagamento à CONTRATADA, de acordo com o estabelecido no item 6 (CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO E PAGAMENTO);

c) Promover o acompanhamento e a fiscalização da execução do objeto do presente Termo de Referência, sob o aspecto quantitativo e qualitativo, anotando em registro próprio as falhas detectadas;

d) Fornecer à CONTRATADA todo tipo de informação interna essencial à execução do objeto;

e) Comunicar prontamente à CONTRATADA, qualquer anormalidade no objeto deste instrumento de Contrato, podendo recusar o recebimento, caso não esteja de acordo com as especificações e condições estabelecidas, no Termo de Referência – Anexo I do Edital de Pregão Eletrônico e no Contrato;

f) Notificar previamente à CONTRATADA, quando da aplicação de penalidades;

g) Conferir toda a documentação técnica gerada e apresentada durante a execução dos serviços, efetuando o seu atesto quando a mesma estiver em conformidade com os padrões de informação e qualidade exigidos;

h) Proceder consulta “ON LINE” a fim de verificar a situação cadastral da CONTRATADA no SICAF – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores, devendo o resultado dessa consulta ser impresso, sob a forma de extrato, e juntado aos autos, com a instrução processual necessária;

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�����

�� �����9 – OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA

A CONTRATADA, durante a vigência do respectivo Contrato, compromete-se a:

a) Manter as condições de habilitação e qualificação exigidas durante toda a vigência do Contrato, informando à CONTRATANTE a ocorrência de qualquer alteração nas referidas condições;

b) Responsabilizar-se pelo fornecimento e entrega do objeto deste Termo de Referência, respondendo civil e criminalmente por todos os danos, perdas e prejuízos que, por dolo ou culpa sua, de seus empregados, prepostos, ou terceiros no exercício de suas atividades, vier a, direta ou indiretamente, causar ou provocar à CONTRATANTE;

c) Atender as demais condições descritas neste Termo de Referência;

d) Responder pelas despesas relativas a encargos trabalhistas, seguro de acidentes, contribuições previdenciárias, impostos e quaisquer outras que forem devidas e referentes aos serviços executados por seus empregados, uma vez que os mesmos não têm nenhum vínculo empregatício com a CONTRATANTE;

e) Executar todos os serviços com mão-de-obra qualificada, devendo a CONTRATADA estar ciente das normas técnicas da ABNT, correspondente às demandas descritas no Termo de Referência (Anexo I do Edital);

f) Manter sigilo absoluto sobre informações, dados e documentos provenientes da execução do Contrato e também às demais informações internas da CONTRATANTE, a que a CONTRATADA tiver conhecimento;

g) Para a aquisições realizadas pelo MEC/FNDE a CONTRATADA deverá alocar equipe para ser capacitada nos sistemas de gestão (SIGETEC) do MEC/FNDE. Considerando que todo o trâmite de documentação para pagamento é realizado por sistema, faz-se necessária a capacitação de pessoas para a operação do mesmo. Todas as capacitações serão realizadas em Brasília/DF e as despesas com passagem, hospedagem, deslocamento, alimentação, etc. correrão por conta da CONTRATADA;

10 – SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

Pela inexecução total ou parcial do objeto definido neste Termo de Referência, a CONTRATANTE poderá, garantida a prévia defesa, aplicar à CONTRATADA, as penalidades impostas neste Termo de Referência e no Edital, bem como aquelas previstas na legislação pertinente.

Serão aplicadas as sanções previstas no Edital e no Contrato sobre a(s) parcela(s) de pagamento referente ao TERMO DE RECEBIMENTO, conforme o caso.

I. advertência escrita: quando se tratar de infração leve, a juízo da fiscalização, no caso de

descumprimento das obrigações e responsabilidades assumidas neste contrato ou, ainda, no caso de outras ocorrências que possam acarretar prejuízos à CONTRATANTE, desde que não caiba a aplicação de sanção mais grave;

II. multas: a) Será aplicada multa de 0,03% (três centésimos por cento) por dia, sobre o valor dos

equipamentos entregues com atraso. Decorridos 60 (sessenta) dias de atraso a CONTRANTANTE poderá decidir pela continuidade da multa ou pela rescisão, em razão de inexecução contratual;

b) Será aplicada multa de 1% (um por cento) por dia, sobre o valor de 1 (um) equipamento para os casos de descumprimento e atrasos na prestação da garantia e assistência técnica descrita

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�� �����no item 7 (CONDIÇÕES DE GARANTIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA). Decorridos 60 (sessenta) dias de atraso a CONTRANTANTE poderá decidir pela continuidade da multa ou pela rescisão, em razão de inexecução contratual. A multa será aplicada sobre o valor do equipamento não reparado;

c) Será aplicada multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor global atualizado do contrato, pela não manutenção das condições de habilitação e qualificação exigidas no instrumento convocatório;

d) Será aplicada multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor do contrato, nas hipóteses de rescisão contratual por inexecução do contrato, caracterizando-se quando houver reiterado descumprimento de obrigações contratuais, se a entrega for inferior a 50% (cinquenta por cento) do contratado, caso o atraso ultrapassar o prazo limite de trinta dias, estabelecido na alínea “b”;

III. suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a Administração, pelo prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV. declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos que determinaram sua punição ou até que seja promovida a sua reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

11 - TERMO DE CONTRATO

O Contrato deverá ter vigência iniciando-se na data de sua assinatura e com duração de 12 (doze) meses.

12 – CONDIÇÕES GERAIS

12.1. Da Documentação de Habilitação e Declarações 12.1.1. Declaração do licitante, fazendo referência ao edital de pregão, declarando que prestará a

assistência técnica durante o período de garantia dos equipamentos, e que possui ou instalará, no prazo de 30 dias, a contar da assinatura do Contrato, rede de assistência técnica, dentro da região abrangida, para efeito de cumprimento das obrigações de garantia na região do fornecimento.

12.1.1.1. No prazo estabelecido no subitem 12.1.1, deverá ser encaminhada a relação dos pontos de atendimento, contendo endereço e telefone, organizados em ordem de Estados e Municípios, com pelo menos um representante para cada Estado.

12.1.2. Atestado(s)/declaração(ões) de capacidade técnica dos licitantes, fornecido(s) por empresas distintas, públicas ou privadas, em papel timbrado da pessoa jurídica, que comprove(m) a venda e entrega, configuração e garantia mínima de 1 (um) ano de equipamentos de informática compatíveis ou similares, tais como computadores e notebooks, com o objeto desta licitação e em quantidade igual ou superior a 5% do item para o qual foi titular do lance vencedor, a ser encaminhada na forma do Edital;

12.1.3. Declaração do licitante, indicando o endereço web de suporte técnico aos equipamentos, contendo serviços de download de drivers de dispositivos e sistema operacional mais recente, chat online ou off-line, bem como o número 0800, para suporte aos equipamentos. Os serviços deverão estar disponíveis em até 30 (trinta) dias, após a assinatura do Contrato; Além disso, esses serviços deverão ter a capacidade de garantir o fornecimento, através de

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�� �����venda direta, dos insumos necessários ao funcionamento dos equipamentos, garantindo com isso que todos os beneficiários desses equipamentos terão acesso a esses componentes, independente de sua localização geográfica;

12.1.4. Manuais e documentos técnicos (folhetos, encartes, folders etc.) em que conste, explicitamente, a característica exigida nas especificações técnicas, apontando a compatibilidade do equipamento ofertado com o sistema operacional Android.

12.1.4.1 Caso as informações não constem explicitamente dos documentos indicados no subitem 12.1.4, poderá ser apresentada declaração do fabricante indicando a característica ou funcionalidade do equipamento.

12.1.5. Declaração do licitante de que prestará garantia dos equipamentos, pelo período mínimo de 24 (vinte e quatro) meses, de acordo com o item 7 (Sobre a Garantia), nos locais de entrega dos equipamentos, quando for o caso, com reposição de peças e equipamentos, constando o prazo de reparo de, no máximo 20 (vinte) dias corridos, conforme previsto no item 7.2.2.1.

12.2. Da Proposta de Preço (ajustada ao valor do lance vencedor ou negociado)

A proposta de preço ajustada ao valor do lance vencedor, a ser apresentada pela licitante vencedora, deverá seguir a forma definida no ENCARTE “D”, observando o seguinte: 12.2.1. Apresentação dos demonstrativos de Preço Total e de Preços Unitários, na forma do

ENCARTE “D”;

12.2.2. Deverá ser anexada descrição do(s) produto(s) que está(ão) sendo proposto(s),

informando nome, tipo, fabricante, marca, modelo, dentre outras informações que permitam à CONTRATANTE ter conhecimento técnico do que será fornecido;

12.3. Dos critérios de seleção do fornecedor O julgamento das propostas de preços será pelo critério do MENOR PREÇO por ITEM.

12.4. Da adequação orçamentária A aquisição será executada pela modalidade de Pregão com Sistema de Registro de Preços não sendo necessária a qualificação da dotação orçamentária para a referida aquisição.

12.5. Do Acompanhamento/Gestão do Contrato Para as aquisições realizadas pelo MEC-FNDE, o acompanhamento e a fiscalização da

execução do Contrato serão realizados pela Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação – MEC/FNDE, Fiscal da CONTRATANTE e pelo FNDE, Gestor do Contrato, obedecidas as disposições da Resolução/CD/FNDE nº 020, de 23 de julho de 2010.

O acompanhamento e a fiscalização da execução do Contrato pela CONTRATANTE

conforme acordos firmados dentro de suas legislações pertinentes que disponham sobre as competências na gestão de contratos firmados.

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�� �����O ÓRGÃO GERENCIADOR reserva-se o direito de testar e avaliar, por meio de visitas à

linha de produção/distribuição, os equipamentos e/ou os conjuntos objeto desta licitação, para verificação pontual de aderência às exigências deste Termo de Referência.

O ÓRGÃO GERENCIADOR reserva-se o direito de vistoriar e testar qualquer conjunto

entregue nos Estados, Municípios e no Distrito Federal, às suas expensas, sendo tais testes amostrais e podendo ser feitos a qualquer tempo;

ENCARTE A – Procedimentos para entrega das amostras e condições para a realização

dos testes de aderência

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�� �����1. Procedimentos para a entrega das amostras:

1.1 A licitante classificada em primeiro lugar em cada ITEM, na fase de lances, deverá instalar e configurar, na Diretoria de Tecnologia do FNDE, SBS Quadra 02 Bloco F 2º Subsolo, CEP 70.070-929, Brasília/DF, nas seguintes condições:

1.1.1 A amostra deverá ser entregue após a convocação pelo Pregoeiro. A convocação será publicada no site www.comprasnet.gov.br;

1.1.2 A licitante que for classificada em primeiro lugar no mesmo ITEM em diferentes Grupos de Abrangência, não necessitará entregar a quantidade de amostras em dobro. Esta regra somente se aplicará se o(s) equipamento(s) ofertados pela licitante forem os mesmos descritos em ambas propostas de preços;

1.1.4 A amostra deverá refletir o ofertado na proposta de preços, ou seja, não poderá haver discrepância entre o ofertado na proposta de preços e a amostra;

1.1.5 A amostra deverá estar acompanhada de todos os cabos de conexão lógica e elétrica necessários à instalação e configuração;

1.1.6 A amostra será utilizada como base para os testes de verificação de aderência.

1.2 A entrega da amostra deverá ser documentada por meio de recibo e o mesmo deverá conter o descritivo dos volumes, quantidade, data e hora da entrega, bem como ser assinado pela licitante e também por responsável técnico do MEC/FNDE;

1.3 Os equipamentos da amostra deverão atender aos requisitos técnicos exigidos neste termo de referência e corresponder aos descritos na proposta encaminhada pela licitante classificada em primeiro lugar em cada lote, após a fase de lances;

1.4 Os equipamentos entregues serão guardados em ambiente seguro e suas embalagens somente serão abertas no ato da realização dos testes de aderência;

1.5 A amostra ficará em poder da CONTRATANTE e será utilizada, como referência, nas averiguações de campo que vierem a ser executadas pela equipe gestora do Contrato. Em caso de desclassificação da licitante a amostra será devolvida em até 3 (três) meses após o encerramento ou cancelamento do certame;

2. Condições para a realização dos testes de aderência: 2.1 Os Testes de Aderência visam constatar a adequação da proposta e da oferta dos

equipamentos aos requisitos técnicos e funcionais exigidos no Termo de Referência, bem como avaliar se os mesmos possuem a qualidade necessária;

2.2 Os testes de aderência serão realizados em data, hora e local informados pelo Pregoeiro no site www.comprasnet.gov.br;

2.3 Durante os testes de aderência só será permitida a presença de 1 (um) representante de cada concorrente do certame e, no máximo, 2 (dois) técnicos da empresa classificada em primeiro lugar. A Licitante classificada em primeiro lugar deverá indicar ao Pregoeiro, no momento em que for argüida, os responsáveis e técnicos a serem credenciados para acompanhar os testes, sendo vedada a entrada de pessoas não credenciadas na área delimitada para a execução dos testes;

2.3.1 A licitante poderá, em caso de força maior, substituir o credenciado a qualquer momento, solicitando aprovação prévia ao Pregoeiro;

2.3.2 Empresas que não concorreram no certame não poderão acompanhar os testes.

2.4 Qualquer tipo de manifestação por parte da licitante classificada em primeiro lugar, durante o período dos testes, deverá ser dirigida ao Pregoeiro, por escrito, para que possam ser respondidas;

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�� �����2.5 O representante de cada licitante concorrente poderá acompanhar os testes de aderência

acomodado em local definido pelo MEC/FNDE. Será vedada qualquer tipo de manifestação dos licitantes convidados, à equipe técnica do MEC/FNDE, durante o período dos testes. Qualquer manifestação sobre os testes deverá ser dirigida ao Pregoeiro, por escrito, para que possam ser respondidas;

2.6 Ao final dos Testes de Aderência a equipe técnica do MEC/FNDE elaborará relatório técnico com o resultado dos testes e com as observações que se fizerem necessárias. O relatório, depois de concluído, será encaminhado para o Pregoeiro para que o mesmo possa divulgar o resultado no site www.comprasnet.gov.br;

2.7 O horário de realização dos testes será das 09 às 18 horas, em dias úteis. O MEC/FNDE poderá alterar os horários previstos para os testes, caso seja imprescindível ao bom andamento dos trabalhos, mediante comunicação formal a todos os Licitantes. A divulgação de alterações de horário, caso ocorra, será feita no site www.comprasnet.gov.br;

2.8 O MEC/FNDE, por intermédio de sua equipe técnica, reserva-se o direito de fotografar todos os equipamentos, inclusive suas partes internas. As fotografias poderão, caso seja necessário, fazer parte do relatório técnico descrito no item anterior. Vale salientar que o relatório do teste de aderência é parte integrante do processo de compra e, portanto, público;

2.9 O MEC/FNDE reserva-se o direito, caso entenda ser necessário, de mandar proceder, por laboratórios ou técnicos devidamente qualificados, a seu exclusivo critério, testes das amostras para comprovação das especificações de qualquer componente.

2.10 O MEC/FNDE reserva-se o direito de convidar/convocar quaisquer técnicos ou especialistas que julgar necessário para o acompanhamento e realização dos testes.

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�� �����ENCARTE B – CADERNO DE TESTES

O ENCARTE “B” está disponível no site do FNDE

(http://www.fnde.gov.br/index.php/editlic-pregoes-eletronicos), na parte de compras e editais, junto às informações referentes ao Pregão.

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ENCARTE C – TERMO DE RECEBIMENTO

TERMO DE RECEBIMENTO – (Modelo)

CÓDIGO INEP:

Nome da Escola:

Município:

UF:

CARIMBO

Endereço:

CEP:

Resp. informações: Em: / /

Cargo/ Função: Telefone: ( )

Email: Fax: ( )

Declaro que: a) Os itens destinados a essa unidade, constantes das Notas Fiscais de Simples Remessa, conforme listadas abaixo, foram entregues em ______ (..........................) volumes pela empresa ........................................................................................................ no endereço da unidade, nas condições exigidas pelo Pregão nº ___/2011

Notas de Simples Remessa (discriminar os números das notas recebidas)

Notas Fiscais de Venda ( Discriminar o número das notas informadas que estão informadas nas NF de Simples Remessa)

Declaro que o ambiente onde os equipamentos serão instalados encontra-se com as seguintes condições estruturais: 1.1 – Protegido de forma adequada contra agentes agressivos (areia, poeira, chuva, etc.) e vandalismo.

Sim Não Em Andamento 1.2 – Piso adequado – madeira, pedra, cimento liso, vinil, cerâmica ou equivalente, sem desníveis, ressaltos ou batentes.

Sim Não Em Andamento 1.3 – Janelas resistentes, que possam ser trancadas por dentro, reforçadas externamente por grades de aço fixadas à parede.

Sim Não Em Andamento 1.4 – Entrada única para a sala, fechada por porta em madeira resistente com fechadura com travamento rápido interno. Se porta externa, uma segunda porta, em grade de aço e cadeado.

Sim Não Em Andamento 1.5 – Mobiliário adequado às instalações do laboratório

Sim Não Em Andamento

1.6 – Esquema de vigilância permanente.

Sim Não Em Andamento 1.7 – Quadro de distribuição de energia elétrica, exclusivo para os equipamentos de informática (independente de quaisquer outros aparelhos elétricos).

Sim Não Em Andamento 1.8 – Fiação distribuída em canaletas

Sim Não Em Andamento 1.9 – Aterramento adequado

Sim Não Em Andamento 1.10 – Fiação Lógica Instalada adequadamente

Sim Não Em Andamento 1.11 – Sistema de alarme.

Sim Não Em Andamento 1.12 – Ar Condicionado instalado

Sim Não Em Andamento

Por essas informações afirmo que a previsão de para preparação da infraestrutura é:

Imediata 15 dias 30 dias ........................................................................ ........................................................................ (local e data) (nome e assinatura do preposto da Contratante)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 81/2011 - REGISTRO DE PREÇOS

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 23034.025046/2011-1

ANEXO II

MODELO DE PROPOSTA DE PREÇOS

Modelos do Demonstrativo do Preço Global por Item e da Planilha de Preços Unitários por Item: Nº Processo 23034.025046/2011-1 Licitação Nº xxxx/2011 Dia ___/___/_____ às ___:___ horas

DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS (dados referentes à contratação)

• Data de apresentação da proposta (dia/mês/ano); • Município/UF; • Ano Acordo, Convenção ou Sentença Normativa em Dissídio Coletivo, se for o caso; • Tipo de serviço; • Unidade de medida; • Quantidade (total) a contratar (em função da unidade de medida); • Nº de meses de execução contratual;

PROPOSTA DE PREÇO

DISCRIMINAÇÃO

Quantidade Quantidade Total

Valor

Unitário

Valor

Total

- Tablet Tipo

VALOR TOTAL DA PROPOSTA

Observação: Na proposta de preços deverão estar inclusos todos os custos, taxas, impostos, etc., inclusive aqueles com embalagem, rotulação, transporte e entrega dos materiais.

O prazo de validade de nossa proposta é de 120 (cento e vinte) dias corridos, contados da data

da abertura da licitação.

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�� �����Declaramos que estamos de pleno acordo com todas as condições estabelecidas no Edital e seus

anexos, bem como aceitamos todas as obrigações e responsabilidades especificadas no Termo de Referência.

Declaramos que nos preços cotados estão incluídas todas as despesas que, direta ou indiretamente, façam parte da prestação dos serviços, tais como gastos da empresa com suporte técnico e administrativo, impostos, seguro, taxas, ou quaisquer outros que possam incidir sobre gastos da empresa, sem quaisquer acréscimos em virtude de expectativa inflacionária e deduzidos os descontos eventualmente concedidos.

Caso nos seja adjudicado o objeto da licitação, comprometemos a assinar o Contrato no prazo determinado no documento de convocação, e, para esse fim, fornecemos os seguintes dados:

Razão Social:________________________________________________

CNPJ/MF:______________Endereço:____________________________

Tel/Fax:_____________CEP:_______________Cidade:______ UF: ____

Banco: _____________Agência: _______________ c/c: _____________

Dados do Representante Legal da Empresa para assinatura do Contrato: Nome:______________________________________________________

Endereço:___________________________________________________

CEP:__________________Cidade:_______________________UF:_____

CPF/MF:________________________Cargo/Função:________________

Cart.ldent nº:_________________________Expedido por: ____________ Identificação e assinatura.

Naturalidade:____________________Nacionalidade:________________

Local e data.

OBS:

1 – caso ocorra qualquer divergência nas planilhas de identificação dos itens, especificações e quantidades, constantes do edital e termo de referência, no que se refere à sequência dos itens, deverá ser rigorosamente observada, para efeito de cotação, a disposição constante da publicação no comprasnet.

2 - Na proposta de preços deverão estar inclusos todos os custos, inclusive aqueles com embalagem, rotulação, transporte e postagem/entrega dos materiais.

3 - Nos preços deverão estar incluídos também todos os custos de produção, frete, tributos, taxas, contribuições e seguros incidentes, no que couber, e todas e quaisquer despesas incorridas até a completa execução do objeto.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 81/2011 REGISTRO DE PREÇOS

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 23034.025046/2011-1

ANEXO III

ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº XX/2011

Aos XX dias do mês de XXXXX de 2011, de um lado o FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE, Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Educação - MEC, criada pela Lei nº 5.537/68 de 21 de novembro de 1968, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 872/69, com sede e foro na Capital da República, localizada à S.B.S. - Quadra 02 - Bloco “F” em Brasília/DF, inscrita no C.N.P.J./MF sob o nº 00.378.257/0001-81, neste ato representado pelo Presidente, o Sr. JOSÉ CARLOS WANDERLEY DIAS DE FREITAS, brasileiro, portador da Carteira de Identidade nº 2628324, SSP/PE, CPF nº 388.266.584-04, nomeado por meio da Portaria n.º 1.290, de 1º de agosto de 2011 da Casa Civil da Presidência da República, publicada no D.O.U de 02/08/2011, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 16, do Anexo I, do Decreto n.º 7.481, de 16 de maio de 2011, publicado no D.O.U de 17/05/2011, que aprova a estrutura regimental do FNDE, neste ato denominado simplesmente ÓRGÃO GERENCIADOR DO REGISTRO DE PREÇOS, realizado por meio do PREGÃO ELETRÔNICO Nº XX / 2011, e de outro lado, a empresa adjudicatária nos itens abaixo, homologada em XX/XX/2011, doravante denominada FORNECEDOR, tem entre si, justo e avençado a presente Ata que, quando publicada, terá efeito de compromisso de fornecimento, nos termos do Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, que regulamenta o art. 15 da Lei nº 8.666/93, com as alterações do Decreto nº 4.342, de 23 de agosto de 2002, observada as condições estabelecidas no ato convocatório e consoante as cláusulas que se seguem:

1 – DO FORNECEDOR REGISTRADO: A partir desta data, fica registrado neste FNDE, o preço do fornecedor registrado a seguir relacionado, objetivando a eventual aquisição, POR ITEM, de equipamentos do tipo TABLET doravante denominado Tablet Educacional, para atendimento de escolas públicas do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) de acordo com as especificações, nas condições estabelecidas no ato convocatório.

ITEM XX

___________________________________________________________ (Nome da Empresa),

CNPJ nº _______________________, telefone nº ____________, FAX nº ________________,

com sede à ___________________________________________________________

__________, representada por ________________________________, RG nº ___________,

CPF nº __________________, Endereço E-Mail __________________________________.

Item Descrição Unidade de Fornecimento

Quantidade

Valor Unitári

o

Valor Global

Marca/

Fabricante

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2 – DA EXPECTATIVA DO FORNECIMENTO: O ajuste com o fornecedor registrado será formalizado pelo FNDE ou Interessados mediante assinatura de Contrato, observadas as disposições contidas no Edital do Pregão Eletrônico nº. XX / 2011.

2.1 – O compromisso de entrega e execução só estará caracterizado mediante Contrato, decorrente desta Ata de Registro de Preços e Edital de Pregão Eletrônico nº. XX / 2011.

2.2 – O fornecedor registrado, dentro dos quantitativos estimados, fica obrigado a atender todos os pedidos efetuados durante a validade desta Ata de Registro de Preços.

2.3 – A entrega do(s) item(ns) deverá ser efetuada após a respectiva publicação do Contrato, de acordo com o item 5 do Termo de Referência – Anexo I.

3 - DO CONTROLE DOS PREÇOS REGISTRADOS: O FNDE adotará a prática de todos os atos necessários ao controle e administração da presente Ata.

3.1 – Os preços registrados e a indicação do respectivo fornecedor detentor da Ata serão divulgados em meio eletrônico.

3.2 - Nos termos do art. 15º, § 4º da Lei nº 8.666/93, e do Art. 7º do Decreto nº 3.931/2001, o FNDE e os Órgão Participantes não estão obrigados a adquirir exclusivamente por intermédio desta Ata, durante o seu período de vigência, os produtos cujos preços nela estejam registrados, podendo adotar para tanto, uma licitação específica, assegurando-se, todavia, a preferência de fornecimento aos registrados, no caso de igualdade de condições.

3.3 - A presente Ata de Registro de Preço poderá ser usada pelo Órgão Gerenciador (OG) e pelos Órgãos Participantes, ou qualquer órgão e entidade da Administração que não tenha participado do certame mediante prévia consulta ao órgão gerenciador da Ata, desde que devidamente comprovada a vantagem.

4 – DOS PREÇOS: A Ata de Registro de Preços poderá sofrer alterações, obedecidas as disposições contidas no art. 65, da Lei nº 8.666/93.

4.1 - O preço registrado para cada item poderá ser revisto em face de eventual redução daqueles praticados no mercado, ou de fato que eleve o custo dos bens registrados.

4.1.1. - Quando o preço inicialmente registrado para cada item, por motivo superveniente, tornar-se superior ao preço praticado no mercado, o FNDE convocará o licitante registrado visando à negociação para redução de preços e sua adequação àquele praticado pelo mercado.

4.1.2. - Frustrada a negociação, o fornecedor será liberado do compromisso assumido.

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�� �����4.1.2.1 - Na hipótese do subitem anterior, o FNDE convocará os demais fornecedores, na ordem de classificação do processo licitatório para o item em questão, visando igual oportunidade de negociação.

4.2. - Quando o preço de mercado para determinado item tornar-se superior aos preços registrados e, o fornecedor registrado, mediante requerimento devidamente comprovado, não puder cumprir o compromisso, o FNDE poderá:

4.2.1. - Liberar o fornecedor do compromisso assumido, sem aplicação de penalidade, confirmando a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados, desde que o requerimento ocorra antes do pedido de fornecimento.

4.2.2. - Convocar os demais fornecedores classificados para o item, visando igual oportunidade de negociação.

4.3. - Não havendo êxito nas negociações, o FNDE procederá à revogação do item em questão, da Ata de Registro de Preços, adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais vantajosa.

4.4. – Durante o período de validade da Ata de Registro de Preços, os preços não serão reajustados ressalvada a superveniência de normas federais aplicáveis à espécie.

4.5. – O diferencial de preço entre a proposta inicial do fornecedor detentor da Ata e a pesquisa de mercado efetuada pelo FNDE à época da licitação, bem como eventuais descontos por ela concedidos, serão sempre mantidos.

5 – DA VALIDADE DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS: A presente Ata terá validade de 12 (doze) meses contada a partir da data de sua assinatura.

6 - DA DIVULGAÇÃO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS: A publicação resumida desta Ata de Registro de Preços na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pelo Órgão Gerenciador até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data.

7 – DO FORO: O Foro para dirimir questões relativas ao presente compromisso de fornecimento será o Foro da Seção Judiciária do Distrito Federal, com prejuízo a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

E, por estarem assim justos e contratados, assinam o presente instrumento em 02 (duas) vias de igual teor e forma, para todos os fins previstos em direito, na presença das duas testemunhas abaixo identificadas, que a tudo assistiram e que também o subscrevem.

_________________________________________________

JOSÉ CARLOS WANDERLEY DIAS DE FREITAS

Presidente do FNDE – Órgão Gerenciador

_____________________________

Fornecedor

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 81/2011

REGISTRO DE PREÇOS

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 23034.025046/2011-1

AANNEEXXOO IIVV

MINUTA DO CONTRATO

CONTRATO N.º ______/2011, QUE ENTRE SI CELEBRAM ______________________E A (O)_______________________, PARA OS FINS QUE SE ESPECIFICA.

Aos dias do mês de de 20XX, de um lado o _____________________, com sede e foro em _____________, localizada à __________________, inscrita no C.N.P.J./MF sob o nº _________________, neste ato representado Sr. ________ nomeado por meio de _______________, portador da Carteira de Identidade nº _________, CPF nº _____________, no uso da atribuição que lhe confere o ________________, neste ato denominado simplesmente CONTRATANTE, e a empresa ____________________________, inscrita no CNPJ sob o n° _______________-____, estabelecida à ______________________-____, neste ato representada(o) por seu/sua ______________________, Srª/Sº. ___________________________________, portador(a) da carteira de identidade n° _________, expedida pela SSP/__, CPF n° _________, doravante denominada CONTRATADA, em vista o constante e decidido no processo administrativo n° 23034.025046/2011-1, resolvem celebrar o presente contrato, decorrente de licitação na modalidade de PREGÃO ELETRÔNICO, para Registro de Preços, conforme descrito no Edital e seus Anexos, que se regerá pela Lei n.º 8.666/93, de 21 de junho de 1993, pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 e pelo Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, mediante as condições expressas nas cláusulas seguintes.

DO OBJETO CLÁUSULA PRIMEIRA – O presente contrato tem como objeto a contratação de eventual aquisição, POR ITEM, de equipamentos do tipo TABLET doravante denominado Tablet Educacional, para atendimento de escolas públicas do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo).

DO PREÇO

CLÁUSULA SEGUNDA - O valor atribuído individualmente pela aquisição objeto da presente contratação será o seguinte:

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Item Código Descrição Quantidade Valor Unitário

em R$

Valor Total em R$

DA VINCULAÇÃO AO EDITAL E À PROPOSTA

CLÁUSULA TERCEIRA – Vincula-se a este Contrato o Edital de Pregão Eletrônico nº _____/2011, seus Anexos e a Ata de Registro de Preços.

DA VIGÊNCIA CLÁUSULA QUARTA – O presente Contrato terá vigência de 12 (doze) meses, a partir da data de sua assinatura, podendo ser prorrogado, tudo em conformidade com o disposto no Art. 57, da Lei nº 8.666/1993.

DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO

CLÁUSULA QUINTA - O acompanhamento da execução desse Contrato ficará a cargo do ______________________ Contratante), mediante nomeação de servidor especialmente designado para este fim, nos termos do art. 67 da Lei nº 8.666/93.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Os servidores designados anotarão em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução deste Contrato, sendo-lhe assegurada à prerrogativa de:

I. fiscalizar e atestar o fornecimento, de modo que sejam cumpridas integralmente as condições estabelecidas neste Contrato;

II. comunicar eventuais falhas no fornecimento, cabendo à CONTRATADA adotas as providências necessárias;

III. garantir à CONTRATADA toda e qualquer informação sobre ocorrências ou fatos relevantes relacionados com o fornecimento.

IV. emitir pareceres em todos os atos da Administração relativos à execução do contrato, em especial aplicações de sanções e alterações do mesmo.

PARÁGRAFO SEGUNDO - A fiscalização exercida pela CONTRATANTE não excluirá ou reduzirá a responsabilidade da CONTRATADA pela completa e perfeita execução do objeto contratual.

DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE

CLÁUSULA SEXTA - A CONTRATANTE, durante a vigência deste Contrato, compromete-se a:

I. Proporcionar todas as facilidades para a Contratada executar o fornecimento do objeto do presente deste contrato e Termo de Referência – Anexo I, permitindo o acesso dos profissionais da Contratada às suas dependências. Esses profissionais ficarão sujeitos a todas as normas internas da Contratante, principalmente as de segurança, inclusive àquelas referentes à identificação, trajes, trânsito e permanência em suas dependências;

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�� �����II. Efetuar o pagamento no prazo previsto, de acordo com a Cláusula Nona deste Contrato.

III. Promover o acompanhamento e a fiscalização da execução do objeto do presente contrato e Termo de Referência – Anexo I, sob o aspecto quantitativo e qualitativo, anotando em registro próprio as falhas detectadas;

IV. Fornecer à Contratada todo tipo de informação interna essencial à realização dos fornecimentos e dos serviços;

V. Comunicar prontamente à CONTRATADA, qualquer anormalidade no objeto deste instrumento de Contrato, podendo recusar o recebimento no todo ou em parte, caso não esteja de acordo com as especificações e condições estabelecidas, no Termo de Referência do Edital de Pregão Eletrônico e no presente Contrato;

VI. Notificar previamente à CONTRATADA, quando da aplicação de penalidades.

VII. Conferir toda a documentação técnica gerada e apresentada durante a execução dos serviços, efetuando o seu atesto quando a mesma estiver em conformidade com os padrões de informação e qualidade exigidos;

VIII. Proceder consulta “ON LINE” a fim de verificar a situação cadastral da CONTRATADA no SICAF – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores, devendo o resultado dessa consulta ser impresso, sob a forma de extrato, e juntado aos autos, com a instrução processual necessária.

IX. Acompanhar, fiscalizar, conferir, avaliar as obrigações do licitante vencedor, através do Servidor designado pela Autoridade competente do Órgão.

X. Informar ao Órgão Gerenciador, quando da sua ocorrência, a recusa do fornecedor em atender as condições estabelecidas no edital, firmadas na ata de registro de preços, as divergências relativas na entrega, as características e origens dos bens licitados e a recusa do mesmo em assinar contrato para o fornecimento ou prestação de serviços, conforme o caso;

XI. Homologar os serviços prestados, quando os mesmos estiverem de acordo com o especificado no Termo de Referência;

DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA CLÁUSULA SÉTIMA - A CONTRATADA, durante a vigência deste Contrato, compromete-se a:

I. Atender a todas as condições descritas no Termo de Referência e respectivo Contrato;

II. Responsabilizar-se pelo fornecimento do objeto deste Contrato e Termo de Referência – Anexo I, respondendo civil e criminalmente por todos os danos, perdas e prejuízos que, por dolo ou culpa sua, de seus empregados, prepostos, ou terceiros no exercício de suas atividades, vier a, direta ou indiretamente, causar ou provocar à Contratante;

III. Responsabilizar-se pelas despesas e quaisquer impostos, encargos trabalhistas, previdenciários, comerciais, taxas, fretes, seguros, deslocamento de pessoal, prestação de garantia e quaisquer outros que incidam ou venham a incidir sobre os serviços e produtos ofertados.

IV. Manter durante a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação, nos termos do art. 55, inciso XIII, da Lei nº. 8.666/93, informando à CONTRATANTE a ocorrência de qualquer alteração nas referidas condições.

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�� �����V. Executar todos os serviços com mão-de-obra qualificada, devendo a Contratada estar ciente das normas técnicas da ABNT, correspondente às demandas descritas neste Termo de Referência;

VI. Manter sigilo absoluto sobre informações, dados e documentos provenientes da execução do Contrato e também às demais informações internas da Contratante, a que a Contratada tiver conhecimento;

VII. Para a aquisições realizadas pelo MEC/FNDE a CONTRATADA deverá alocar equipe para ser capacitada nos sistemas de gestão (SIGETEC) do MEC/FNDE. Considerando que todo o trâmite de documentação para pagamento é realizado por sistema, faz-se necessária a capacitação de pessoas para a operação do mesmo. Todas as capacitações serão realizadas em Brasília/DF e as despesas com passagem, hospedagem, deslocamento, alimentação, etc. correrão por conta da CONTRATADA;

VIII. Obter todas as autorizações, aprovações e franquias necessárias à execução dos fornecimentos e dos serviços, pagando os emolumentos prescritos por lei e observando as leis, regulamentos e posturas aplicáveis. É obrigatório o cumprimento de quaisquer formalidades e o pagamento, à sua custa, das multas porventura impostas pelas autoridades, mesmo daquelas que, por força dos dispositivos legais, sejam atribuídas à Administração Pública;

IX. Não ceder ou transferir, total ou parcialmente, parte alguma do contrato. A fusão, cisão ou incorporação só serão admitidas com o consentimento prévio e por escrito da Contratante;

X. Abster-se, qualquer que seja a hipótese, de veicular publicidade ou qualquer outra informação acerca das atividades objeto do Contrato, sem prévia autorização da Contratante;

XI. Dar ciência, imediatamente e por escrito, de qualquer anormalidade que verificar na execução do objeto, bem como, prestar esclarecimentos que forem solicitados pela Contratante;

XII. Não deixar de executar qualquer atividade necessária ao perfeito fornecimento do objeto, sob qualquer alegação, mesmo sob pretexto de não ter sido executada anteriormente qualquer tipo de procedimento;

XIII. Prestar qualquer tipo de informação solicitada pela Contratante sobre os fornecimentos e sobre os serviços contratados, bem como fornecer qualquer documentação julgada necessária ao perfeito entendimento do objeto deste Termo de Referência;

XIV. Elaborar e apresentar documentação técnica dos fornecimentos e serviços executados, nas datas aprazadas, visando homologação da mesma pela Contratante;

XV. Implementar rigorosa gerência de contrato com observância a todas as disposições constantes deste Termo de Referência;

DA ENTREGA E DO RECEBIMENTO CLÁUSULA OITAVA – Os equipamentos deverão ser entregues na forma estabelecida no Anexo I (Termo de Referência) do Edital.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Os equipamentos serão considerados como definitivamente recebidos depois de confirmado em comparação com as especificações ofertadas pela Contratada em sua proposta, e atestados pelos gestores das unidades para tal fim.

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�� �����PARÁGRAFO SEGUNDO – Em conformidade com os artigos 73 e 75 da Lei nº 8.666/93, o objeto do presente Contrato será recebido pelo setor competente da Contratante, no(s) local (is) que consta (m) na Autorização de Entrega.

DO PAGAMENTO CLÁUSULA NONA – O pagamento será efetuado pela CONTRATANTE somente para a CONTRATADA, em conta corrente bancária de sua titularidade, no prazo de até 20 (vinte) dias corridos, contados do atesto da correspondente documentação comprobatória da entrega e da instalação pelo Fiscal do Contrato, uma vez que tenham sido cumpridos, no que couber, todos os critérios estabelecidos neste Termo de Referência e nos seus respectivos Encartes, no Edital e no Contrato juntamente com os documentos de aceite de cada tipo de serviço.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – O Fiscal do Contrato verificará a conformidade dos serviços e/ou da entrega e da documentação requerida e, no caso de estarem conformes, atestará a Nota Fiscal e encaminhará para pagamento; no caso de não estarem conformes, as devolverá, com as ressalvas devidas, para a Contratada providenciar a sua conformidade e novo encaminhamento.

PARÁGRAFO SEGUNDO - A CONTRATANTE fará a união entre Nota Fiscal de Venda e o TERMO DE RECEBIMENTO (ENCARTE “C”), atestando a sua conformidade formal e a execução do objeto quanto às especificações e condições deste Termo de Referência, do Edital e do Contrato, encaminhando apenas uma via (original) de cada documento, para o Gestor da CONTRATANTE, que atestará e enviará ao setor de pagamento para pagamento de 100% (cem por cento) do valor das notas fiscais dos equipamentos entregues;

PARÁGRAFO TERCEIRO – A CONTRATANTE pagará as faturas somente à CONTRATADA, vedada sua negociação com terceiros ou sua colocação em cobrança bancária.

PARÁGRAFO QUARTO – No caso dos serviços e/ou entregas em não conformidade, a contagem dos prazos aqui estabelecidos será reiniciada a contar da data do saneamento das ressalvas pela Contratada, devidamente certificadas pelo Fiscal do Contrato

PARÁGRAFO QUINTO – O não pagamento nos prazos previstos nesta Cláusula acarretará multa à Contratante, mediante a aplicação da fórmula a seguir:

EM = N x VP x I, onde:

EM = encargos moratórios

N = Número de dias entre a data prevista para o pagamento e a do efetivo pagamento

VP = Valor da parcela em atraso

I = índice de atualização financeira, assim apurado:

I = (TX/100)/365

TX = Percentual da taxa anual do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, do IBGE.

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(CLÁUSULA VÁLIDA SOMENTE PARA AS COMPRAS REALIZADAS PELO FNDE/MEC)

CLÁUSULA DÉCIMA – Como garantia do cumprimento integral de todas as obrigações contratuais ora assumidas, inclusive indenizações a terceiros e multas que venham a ser aplicadas, a CONTRATADA se obriga a prestar garantia, no prazo máximo de 10 dias a contar da assinatura do contrato, no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do valor do Contrato, na modalidade de caução em dinheiro ou seguro garantia ou fiança bancária.

§1º - Encerrado os serviços de implantação, o valor da garantia proporcional a tais serviços poderá ser recolhido, permanecendo o valor da garantia proporcional aos serviços pós-implantação;

§2º - O valor da garantia será atualizado nas mesmas condições do valor contratual.

§3º - A garantia ficará à responsabilidade e à ordem da Diretoria Financeira da CONTRATANTE e somente será restituída após o integral cumprimento de todas as obrigações contratuais.

§4º - Se a garantia prestada pela CONTRATADA for na modalidade de caução em dinheiro, esta será atualizada monetariamente e poderá ser retirada/levantada pela CONTRATANTE, total ou parcialmente, para fins de cobertura de pagamento das multas previstas na Cláusula Décima Terceira deste contrato.

§5º - Se o valor da garantia for utilizado, total ou parcialmente, em pagamento de qualquer obrigação, inclusive indenização a terceiros ou pagamento de multas contratuais, a CONTRATADA se compromete a fazer a respectiva reposição no prazo de 03 (três) dias úteis contados da data em que for notificada pela CONTRATANTE, mediante ofício entregue contra recibo.

§6º - Na hipótese de rescisão do Contrato com base no inciso I do Parágrafo Primeiro da Cláusula Décima Quarta, a CONTRATANTE executará a garantia contratual para seu ressarcimento, nos termos do art. 80, III, da Lei nº 8.666/93 e alterações posteriores.

DO VALOR E DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

CLÁUSULA DÉCIMA – Atribui-se ao presente contrato o valor global de R$ ____________,__ (________________________________________).

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Estão inclusas no valor acima todas as despesas necessárias, tais como: mão-de-obra, tributos, emolumentos, despesas indiretas, encargos sociais ou quaisquer outros gastos não especificados, necessários ao perfeito cumprimento das obrigações constantes neste contrato;

PARÁGRAFO SEGUNDO – Os recursos serão alocados neste exercício, à conta da CONTRATANTE, na seguinte classificação orçamentária:

PROGRAMA DE TRABALHO

FONTE DE RECURSOS

ELEMENTO DE DESPESA

NÚMERO DE EMPENHO

DATA DE EMPENHO VALOR (R$)

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PARÁGRAFO TERCEIRO – O empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do valor corrigido do Contrato não caracterizam sua alteração, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento, consoante faculdade inserta no art. 65, § 8º da Lei nº 8.666/93.

DOS ACRÉSCIMOS E SUPRESSÕES

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – A CONTRATADA obriga-se a aceitar os acréscimos ou supressões do objeto deste Contrato que se fizerem necessários, até o limite facultado pela regra do Parágrafo 1º, artigo 65 da Lei nº 8.666/93 e alterações posteriores, podendo a supressão exceder tal limite, desde que resultante de acordo entre os celebrantes, nos termos do Parágrafo 2º, Inciso II do mesmo artigo, conforme redação introduzida pela Lei nº 9.648/98.

SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – Pela inexecução total ou parcial deste instrumento de contrato, a CONTRATANTE poderá, garantida a prévia defesa, aplicar à CONTRATADA as seguintes sanções, segundo a gravidade da falta cometida:

V. advertência escrita - Quando se tratar de infração leve, a juízo da fiscalização, no caso de descumprimento das obrigações e responsabilidades assumidas no contrato ou, ainda, no caso de outras ocorrências que possam acarretar prejuízos à Contratante, desde que não caiba a aplicação de sanção mais grave;

VI. - multas:

a) Será aplicada multa de 0,03% (três centésimos por cento) por dia, sobre o valor dos

equipamentos entregues com atraso. Decorridos 60 (sessenta) dias de atraso a CONTRANTANTE poderá decidir pela continuidade da multa ou pela rescisão, em razão de inexecução contratual;

b) Será aplicada multa de 1% (um por cento) por dia, sobre o valor de 1 (um) equipamento para os casos de descumprimento e atrasos na prestação da garantia e assistência técnica descrita no item 7 (CONDIÇÕES DE GARANTIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA). Decorridos 60 (sessenta) dias de atraso a CONTRANTANTE poderá decidir pela continuidade da multa ou pela rescisão, em razão de inexecução contratual. A multa será aplicada sobre o valor do equipamento não reparado;

c) Será aplicada multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor global atualizado do contrato, pela não manutenção das condições de habilitação e qualificação exigidas no instrumento convocatório;

d) Será aplicada multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor do contrato, nas hipóteses de rescisão contratual por inexecução do contrato, caracterizando-se

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�� �����quando houver reiterado descumprimento de obrigações contratuais, se a entrega for inferior a 50% (cinquenta por cento) do contratado, caso o atraso ultrapassar o prazo limite de trinta dias, estabelecido na alínea “b”.

VII. - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a Administração, pelo prazo não superior a 2 (dois) anos;

VIII. - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração

Pública enquanto perdurarem os motivos que determinaram sua punição ou até que seja promovida a sua reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – Quem convocado dentro do prazo de validade da sua

proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º da Lei nº 10.520/2002, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

PARÁGRAFO SEGUNDO – O valor correspondente a qualquer multa aplicada à CONTRATADA, garantida a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, poderá ser descontado de acordo com o parágrafo quarto desta Cláusula, ou ainda, a critério da CONTRATANTE, via GRU – Guia de Recolhimento da União, informando a UG xxxxxxx, a GESTÃO: xxxxxxxx; o CÓDIGO: xxxxxx e o CNPJ da CONTRATADA, em até 10 (dez) dias após o recebimento da notificação, ficando a CONTRATADA obrigada a comprovar o recolhimento, mediante a apresentação da cópia da referida guia. O formulário da GRU poderá ser obtido no sítio da STN, www.stn.fazenda.gov.br/siafi/index_GRU.asp.

PARÁGRAFO TERCEIRO – Decorrido o prazo de 10 (dez) dias para o recolhimento da multa, o débito será acrescido de 1% (um por cento) de mora por mês/fração, inclusive referente ao mês da quitação/consolidação do débito, limitado o pagamento com atraso em até 60 (sessenta) dias após a data da notificação, e, após este prazo, o débito será cobrado judicialmente.

PARÁGRAFO QUARTO – No caso de a CONTRATADA ser credora de valor suficiente, a CONTRATANTE poderá proceder ao desconto da multa devida na proporção do crédito.

PARÁGRAFO QUINTO - Se a multa aplicada for superior ao valor dos pagamentos eventualmente devidos, responderá a CONTRATADA pela sua diferença, podendo ser esta cobrada judicialmente.

PARÁGRAFO SEXTO – As sanções previstas nos incisos I, III e IV desta Cláusula poderão ser aplicadas juntamente com as do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de cinco dias úteis, nos termos do § 2º do artigo 87 da Lei nº 8.666/93.

PARÁGRAFO SÉTIMO – A sanção estabelecida no inciso IV desta Cláusula é de competência exclusiva do Senhor Ministro de Estado da Educação, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 02 (dois) anos de sua aplicação, nos termos do § 3º, do artigo 87 da Lei nº 8.666/93.

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�� �����PARÁGRAFO OITAVO – As multas não têm caráter indenizatório e seu pagamento não eximirá a CONTRATADA de ser acionada judicialmente pela responsabilidade civil derivada de perdas e danos junto à CONTRATANTE, decorrentes das infrações cometidas.

DA RESCISÃO

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – A inexecução total ou parcial do contrato enseja sua rescisão pela CONTRATANTE, Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos, assegurando o contraditório e a ampla defesa, com as conseqüências previstas abaixo.

PARÁGRAFO PRIMEIRO – A rescisão contratual poderá ser:

I - determinada por ato unilateral e escrito da CONTRATANTE e precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do art. 78 da Lei nº 8.666/93.

II - amigável, por acordo entre as partes, mediante autorização escrita e fundamentada da autoridade competente, reduzida a termo no processo de licitação, desde que haja conveniência da CONTRATANTE.

III – judicial, nos termos da legislação.

PARÁGRAFO SEGUNDO – Constituem motivos para rescisão do contrato os previstos no art. 78 da Lei nº 8.666/93;

PARÁGRAFO TERCEIRO - Em caso de rescisão prevista nos incisos XII a XVII do art. 78 da Lei nº 8.666/93, sem que haja culpa da CONTRATADA, será esta ressarcida dos prejuízos regulamente comprovados, quando os houver sofrido;

PARÁGRAFO QUARTO - A rescisão contratual de que trata o inciso I do art. 79 acarreta as conseqüências previstas no art. 80, incisos I a IV, ambos da Lei nº 8.666/93.

DOS CASOS OMISSOS

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – A execução deste contrato, bem assim os casos nele omissos, regulam-se pelas cláusulas contratuais e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios de teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado, na forma do artigo 54 da Lei nº 8.666/93.

DA ANÁLISE CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – A minuta do presente Contrato foi devidamente analisada e aprovada pela Procuradoria Federal no FNDE, conforme determina a legislação em vigor.

DA PUBLICAÇÃO CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – A publicação resumida deste instrumento, na Imprensa Oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela CONTRATANTE até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de 20 (vinte) dias a partir daquela data, nos termos do parágrafo único do art. 61 da Lei n° 8.666/93.

DO FORO

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�� �����CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – O Foro para dirimir questões relativas à presente contratação será o Foro da Seção Judiciária do ________________, com prejuízo a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

E, por estarem assim justos e contratados, assinam o presente instrumento em 03 (três) vias de igual teor e forma, para todos os fins previstos em direito, na presença das duas testemunhas abaixo identificadas, que a tudo assistiram e que também o subscrevem.

________________________________ _________________________________

P/ CONTRATANTE

P/ CONTRATADA

TESTEMUNHAS: 1 ._______________________________ 2. _______________________________

Nome: Nome:

CPF : CPF :

R.G. : R.G :

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CRONOGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO DOS TABLETS - 2014

Município Escolas Horário Data Entrega será Distribuição

Verê

10

11hC.E. Tancredo Neves 3C.E. Regente Feijó 2C.E. Mal. Deodoro da Fonseca 2C.E. Castro Alves 13

13h 15min C.E. Castro AlvesC.E. Vista Alegre 2C.E. Pinhalzinho 1

CAPANEMA

CEEBJA 3

11h E.E. São Cristóvão

C.E. Padre Cirilo 10

E.E. Santa Cruz 8

E.E. São Cristóvão 6

C.E. Rocha Pombo 7

C.E. Rui Barbosa 1

C.E. Duas Barras 2

C.E. Castelo Branco 3

C.E. Antônio Francisco Lisboa 3

C.E. Pinheiro 1

PLANALTO

C.E. João Z. Paraná 7

13h 15min C.E. José de Anchieta

C.E. José de Anchieta 10C.E. Irmão Miguel 3C.E. Duque de Caxias 1C.E. São Valério 4C.E. Sagrada Família 1

BOM JESUS SUL

C.E. Bom Jesus do Sul 8

11h C.E. Bom Jesus do Sul C.E. XV de Novembro 2

BARRACÃO

C.E. Mário A.T. de Freitas 15

13h 15min

16

C.E. Anchieta 1

2

C.E. São Roque 22

C.E. Barão do Rio Branco 1116h 30min

C.E. Flor da Serra 1

PRANCHITA9

11hC.E. Vista Gaucha 3C.E. Rio Branco 1CEEBJA 2

13h 15min

C.E. Humberto de Campos 1613

C.E. Nova Riqueza 3C.E. Herval 1C.E. Km 10 5C.E. Manoel Ribas 10C.E. Rui Barbosa 1

1C.E. Rodolfo G. da Silva 1C.E. Presidente Vargas 4

16h 30min C.E. Presidente Vargas

Qtde tablets

C.E. Arnaldo Busato

11/04/2014 (sexta-feira)

C.E. Arnaldo Busato

Dirceu / Fábio / Rosani

ENÉAS MARQUES

11/04/2014 (sexta-feira)

Paulo Henrique / Leandro / Fernanda

11/04/2014 (sexta-feira)

Gilvane / Paulo / ElianeC.E. Profª Leonor

Castellano

C.E. Profª Leonor Castellano

C.E. Santa Emilia

C.E. Sen. Teotonio Vilela

FLOR DA SERRA SUL

C.E. Barão do Rio Branco

C.E. Júlio Giongo

11/04/2014 (sexta-feira)

C.E. Júlio Giongo

Caroline / Adelir / Everton

STO ANTÔNIO DO SUDOESTE C.E. Antônio Schiebel

C.E. Antônio Schiebel

C.E. PedroII

PINHAL DE SÃO BENTO

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RENASCENÇAC.E Pe. J J Vicente - Renascença 16 11h

MARMELEIRO

C.E. De Marmeleiro 16

13h 15minC.E. Bom Jesus 89

C.E. Guilherme de Almeida 3

11h C.E. Marquês de Maricá

C.E. Marquês de Maricá 16C.E. São Judas Tadeu 4C.E Anunciação 1C.E Nova Estrela 1

REALEZA

C.E. Doze de Novembro 7

13h 15min C.E. D. Carlos EduardoC.E. João Paulo II 13C.E. D. Carlos Eduardo 18C.E. Saltinho 3

C.E. São Cristóvão 3

11h C.E. São CristóvãoC.E. Rui Barbosa 3C.E. Padre Anchieta 9C.E. Duque de Caxias 1

AMPÉRE

E.E. Água Boa Vista 3

13h 15min C.E. Cândido Portinari

91

C.E. Cândido Portinari 15C.E. N. Sra. Aparecida 4C.E . Vargem Bonita 2

C.E. Padre Réus 10

11h C.E. Padre RéusC.E. Esquina Gaucha 2C.E. Castelo Branco 5

C.E. Santo Antão 7 13h 15min C.E. Santo Antão

10

16h

C.E. Cristo Rei 81919

C.E. Tancredo Neves 25CEEBJA - FB 12CEEBJA - Novos Horizontes 5

14C.E. Industrial 8

1384

C.E. João Paulo II 11C.E. Mário de Andrade 14C.E. Paulo Freire 4E.E. Cango 8

14/04/2014 (segunda-feira

)

C.E. Pe. J .J V. - Renascença

Dirceu / Fábio / RosaniC.E. Telmo Octavio

MullerC.E. Telmo Octavio Muller

SANTA IZABEL D'OESTE

14/04/2014 (segunda-feira

)

Paulo Henrique / Leandro / Fernanda

MANFRINÓPOLIS / SALGADO

FILHO

14/04/2014 (segunda-feira

)

Gilvane / Paulo / Eliane

C.E. Nereu PerondiC.E. Pe. Antonio Vieira

PÉROLA D'OESTE 14/04/2014

(segunda-feira)

Caroline / Adelir / Everton

BELA VISTA DA CAROBA

FRANCISCO BELTRÃO

C.E. Dr. Eduardo V. Suplicy

15/04/2014 (terça-feira)

AMSOP - Rua Peru 1301 - Bairro Miniguaçu -

F.B.

Chefia / Assessores

C.E. Profº Vicente de Carli

C.E. Reinaldo Sass

C.E. Beatriz Biavatti

C.E. Léo Flach

C.E.E.Prof. Sudoeste do PR

C.E. Arnaldo F. Busato