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Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Letras e Artes Programa de Pós-graduação em Literatura e Diversidade Cultural Caderno de Resumos Grupo de Estudos Literários Contemporâneos: da Literatura de Jornal ao sistema literário

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Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento de Letras e Artes Programa de Pós-graduação em Literatura e Diversidade Cultural

Caderno de Resumos

Grupo de Estudos Literários Contemporâneos:

da Literatura de Jornal ao sistema literário

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E

DIVERSIDADE CULTURAL

Caderno de Resumos

Feira de Santana

2012

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Reitor

.José Carlos Barreto de Santana

Vice-Reitor

Genival Corrêa de Souza

Pró-Reitor de Graduação Rubens Edson Alves Pereira

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação

Marluce Maria Araújo Assis

Pró-Reitora de Extensão

Maria Helena da Rocha Besnosik

Pró-Reitor de Administração e Finanças

Rossine Cerqueira da Cruz

Diretora do Departamento de Letras e Artes Mávis Dill Kaipper

Coordenador do Programa de Pós-graduação em

Literatura e Diversidade Cultural Aleilton Santana da Fonseca

Universidade Estadual de Feira de Santana

Avenida Transnordestina, S/N

Bairro: Novo Horizonte Tel.: (75) 3161-8000 CEP: 44.036-900 Feira de Santana-BA

www.uefs.br

ORGANIZAÇÃO

Prof. Dr. Adeítalo Manoel Pinho

Prof. Dr. Aleilton Santana da Fonseca

Elis Angela Franco Ferreira Santos (mestranda/UEFS) Mariana Barbosa Batista (mestranda/UEFS)

Danilo Cerqueira Almeida (mestrando/UEFS)

WEB DESIGNER

Danilo Cerqueira Almeida (mestrando/UEFS)

ASSESSORIA WEB

Elis Angela Franco Ferreira Santos (mestranda/UEFS) Mariana Barbosa Batista (mestranda/UEFS)

EDITORAÇÃO

Danilo Cerqueira Almeida (mestrando/UEFS)

REVISÃO

Elis Angela Franco Ferreira Santos (mestranda/UEFS)

Mariana Barbosa Batista (mestranda/UEFS)

GELC Grupo de Estudos Literários Contemporâneos:

da Literatura de Jornal ao sistema literário

Site (evento): http://www2.uefs.br/dla/romantismoliteratura/coloquiogrupodeestudos2011/xsemppgldc.htm

E-mails (evento): [email protected], [email protected]

Sumário

Programação ........................................................................... 5

Sessões de Comunicação ........................................................ 6

Resumos .......................................................... ...................... 13

5

Programação

UEFS

20 de junho de 2012

Anfiteatro (módulo 2)

9h às 9h50: Palestra

Literatura baiana: questões contemporâneas.

Prof. Dr. Adeítalo Manoel Pinho (UEFS).

10h às 11h30: Mesa A trajetória do romance: da ideia à edição do livro.

Escritores Adelice Souza, Állex Leilla e Carlos Ribeiro.

14h às 16h: Sessões de comunicação

16h: Palestra Cinco autores e uma cidade: imagens de Salvador no conto

contemporâneo.

Prof. Dr. Carlos Ribeiro (ALB/UFRB).

16h30: Lançamento e relançamentos

6

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO

7

SESSÃO 1

Local: Anfiteatro - Módulo II. Horário: Das 13h50 às 15h50.

Coordenador: Joelson Santiago Santos.

AS INCERTEZAS DO SER NA POESIA DE ANTONIO

BRASILEIRO

(Analúcia Andrade Costa/mestranda/UEFS)

MIRANTES DA MODERNIDADE (Joelson Santiago Santos/mestrando UNEB)

DOS RETORNOS E OLHARES POSSÍVEIS: CORPO, CIDADE E REALIDADE NA POÉTICA DE MAYRANT GALLO

(Marcela Rodrigues Soares/Mestre/Colégio Gênesis/SEC-BA)

CÓDIGOS SECRETOS NA POÉTICA DE IRMA AMORIM (Maria do Socorro Helena Conserva Dias/Aluna especial

Mestrado Desenho UEFS)

ASPECTOS METAPOÉTICOS NA POESIA DE PAULO

GARCEZ DE SENA

(Ricardo Emanuel Lago e Silva/mestrando UEFS)

A RECORRÊNCIA DO TEMA A TERRA DESOLADA NA

POESIA DE ROBERVAL PEREYR (Wellington Freire/mestrando UEFS)

8

SESSÃO 2

Local: Sala de eventos do Mestrado em Literatura. Horário Das 13h50 às 15h50.

Coordenadora: Mariana Barbosa Batista.

FICÇÃO E HISTÓRIA: BAHIA SEISCENTISTA NA NARRATIVA DE ALTAMIRANDO REQUIÃO

(Cristiane Tavares Santos Melo/mestranda UEFS)

UM OLHAR (N)A CIDADE: UMA LEITURA MEMORIALISTA EM MARCUS VINÍCIUS RODRIGUES

(Mariana Barbosa Batista/mestranda UEFS)

IMAGENS DA BAHIA NA POESIA DE FRANKLIN MAXADO

(Roberto dos Reis Cruz/mestrando UEFS)

A CIDADE DA BAHIA: REPRESENTAÇÕES URBANAS NA

POESIA DE MYRIAM FRAGA

(Verônica Almeida Trindade/mestranda UEFS)

SOB O CÉU DE SAMARCANDA: MEMÓRIA E POESIA DE RUY ESPINHEIRA FILHO

(Gabriela Lopes Vasconcellos de Andrade/graduanda IC-UFBA)

O REGISTRO DO MOMENTO HISTÓRICO NA LITERATURA DE CORDEL: ANÁLISE DE ALGUNS FOLHETOS DE

FRANKLIN MAXADO (Érica Azevedo Santos/mestranda UEFS)

9

SESSÃO 3

Local: Sala de aula do Mestrado em Literatura (sala 18). Horário: Das 13h50 às 15h50.

Coordenadora: Elis Angela Franco Ferreira Santos.

COISAS, CAUSOS, CONTOS FORMAS LITERÁRIAS E A

OBRA DE ODILON PINTO

(Aquilino Paiva Lins Junior/mestrando UEFS)

A REPRESENTAÇÃO DA LITERATURA AFRO-BRASILEIRA

CONTEMPORÂNEA EM RONDA: MEMÓRIA, RELIGIOSIDADE E ALTERIDADE

(Débora Gouveia de Melo Mateus/mestranda UEFS)

PRÁTICA RELIGIOSA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL: A

LEGITIMAÇÃO DO ESPAÇO QUILOMBOLA, EM RONDA, DE

ORDEP SERRA (Elis Angela Franco Ferreira Santos/mestranda UEFS)

A PROSA CONTEMPORÂNEA NA BAHIA: UM PASSEIO PELA CONTÍSTICA DE MAYRANT GALLO (Lidiane Carvalho Nunes/mestranda UEFS)

UM POSSÍVEL DIÁLOGO ENTRE “O TRONO DO

DESENGANADO”, DE ELIESER CESAR, E “A TERCEIRA

MARGEM DO RIO”, DE GUIMARÃES ROSA (Vagner da Silva Ferreira/mestrando UEFS)

O SUJEITO MODERNO E SEU (DES) LOCAMENTO NA

CIDADE CONTEMPORÂNEA, ATRAVÉS DA ANÁLISE DE CONTOS DO LIVRO “O ESCRITOR PREMIADO E OUTROS

CONTOS”, DE RAFAEL RODRIGUES

(Eduardo Reis Dourado/mestrando UEFS)

10

SESSÃO 4

Local: Sala de Aula do Mestrado em Linguística. Horário: Das 13h50 às 15h50.

Coordenador: Danilo Cerqueira Almeida.

JOÃO PARAGUAÇU E “AS AULAS DE BENJAMIN” N’O

IMPARCIAL DA BAHIA: MEMÓRIA, CULTURA E SOCIEDADE EM LITERATURA

(Danilo Cerqueira Almeida/mestrando UEFS/Bolsista FAPESB)

AS INTERFACES DA ADAPTAÇÃO: O ROMANCE GRITO DA

TERRA E SUA TRANSPOSIÇÃO FÍLMICA

(Dinameire Oliveira Carneiro Rios/mestranda UEFS)

ANTÔNIO TORRES PARA ALÉM DO CANÔNE

(Jaqueline Cardoso/mestranda UEFS)

BAHIA: TERRITÓRIO DA ARTE

(Josimeire dos Santos Brazil/mestranda UEFS)

NHÔ GUIMARÃES E O PÊNDULO DE EUCLIDES, DE

ALEILTON FONSECA: POR ENTRE AS VEREDAS DE UM SER TÃO

(Maria David Santos/mestranda UEFS)

LITERATURA E CULTURA EM AFRÂNIO COUTINHO (Patrike Wauker Pereira da Silva/graduando IC-UEFS)

11

SESSÃO 5

Local: Sala de reuniões do Mestrado em Literatura Próximo à Secretaria do Mestrado.

Horário: Das 13h50 às 15h50. Coordenadora: Bárbara Cecília dos Santos Neves.

INFÂNCIA SUBALTERNA: REPRESENTAÇÃO DO ABANDONO SOCIAL EM CAPITÃES DA AREIA

(Bárbara Cecília dos Santos Neves/mestranda UEFS)

A TRÍADE DO CACAU: O HOMEM, A TERRA E A LUTA. A

CONSTRUÇÃO DA NAÇÃO GRAPIÚNA NAS

OBRAS MEMÓRIAS DE LÁZARO, CORPO VIVO E OS SERVOS DA MORTE DE ADONIAS FILHO

(Gleide Conceição de Jesus/mestranda UEFS)

O DISCURSO VISUAL EM “A MORTE E A MORTE DE

QUINCAS BERRO D’ÁGUA”, DE JORGE AMADO

(Tatiane Almeida Ferreira/mestranda UEFS)

“MOÇA FORMOSA E ATREVIDA”: A SUBVERSÃO

FEMININA EM JORGE AMADO (Meg Heloise Bomfim da Silva/mestranda UEFS)

PROTAGONISMO DE ANTI-HERÓIS NOS ROMANCES DE JORGE AMADO

(Maria Angélica Rocha Fernandes/mestranda UEFS)

CORPO VIVO E MEMÓRIAS DE LÁZARO: A RENOVAÇÃO DO GÊNERO TRÁGICO NOS ROMANCES MODERNOS DE

ADONIAS FILHO

(Maria Fernanda Arcanjo de Almeida/mestranda UEFS)

12

SESSÃO 6

Local: PAT 29 - Módulo II. Horário: Das 13h50 às 15h50.

Coordenadora: Profa Dra. Maria da Conceição Pinheiro Araújo.

A COLUNA DE SIMÃO NO TRIBUNA DA BAHIA

(Profa. Ma. Catiane Rocha Passos de Souza)

O LARGO DA PALMA: OS CONTOS DE ADONIAS FILHO E

O BAIRRO, MEMÓRIAS DO DIZER, VELHAS E OUTRAS ESTÓRIAS

(Profa. Dra. Edite Luzia de Almeida Vasconcelos/GELC/IFBA)

AFRICANIDADE E AFRO-BRASILIDADE NA REV. EXU E A

TARDE CULTURAL

(Profa. Dra. Maria da Conceição Pinheiro Araujo/GELC/IFBA)

REPRESENTAÇÕES DA BAHIA NA OBRA DE RAUL SEIXAS

(Profa. Esp. Marijane de oliveira Correia)

A MEMÓRIA DE IRECÊ ATRAVÉS DE

PERIÓDICOS (Nathielly Gadelha da Silva/graduanda/Bolsista PIBIT/Cnpq-UEFS)

ECHOS: CULTURA E IDENTIDADE DE FEIRA DE SANTANA NA LITERATURA DE JORNAL

(Cíntia Portugal de Almeida/graduanda IC-UEFS)

13

RESUMOS

14

AS INCERTEZAS DO SER NA POESIA DE

ANTONIO BRASILEIRO

Analúcia Andrade Costa (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: O presente trabalho analisará na poesia de

Antonio Brasileiro as marcas da modernidade, a situação

social do poeta, os elementos estilísticos que subsidiam a construção do texto poético. Assim sendo, espera-se

discutir a “matéria-prima” que nutre e alimenta a poesia

moderna (inquietações, medo, solidão, decepção,

desamor, individualismo) presente nas relações humanas no século XXI, constatada na produção escrita através do

poeta “observador do mundo” e artífice da palavra ao

refletir acerca da condição da existência humana no

mundo moderno.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia. Modernidade. Cidade.

15

COISAS, CAUSOS, CONTOS FORMAS

LITERÁRIAS E A OBRA DE ODILON

PINTO

Aquilino Paiva Lins Junior (mestrando/UEFS)

RESUMO: O trabalho pretende realizar uma discussão

acerca da questão da classificação das formas narrativas

através de um olhar sobre a obra do escritor Odilon Pinto.

O autor, em seus textos, publicados inicialmente em jornais da cidade de Itabuna e depois reunidos em livros,

intitula-os, na coluna do jornal, como “Coisas da vida”.

Apesar da linguagem próxima à crônica, essa obra

apresenta narrativas e personagens que remetem ao conto, bem como às narrativas orais comumente

denominada “casos”. Com base nas abordagens teóricas

sobre as formas narrativas, pretende-se realizar uma

leitura da obra desse autor, bem como dialogar sobre a questão das terminologias dos gêneros literários.

PALAVRAS-CHAVE: Narrativas. Formas. Gêneros.

16

INFÂNCIA SUBALTERNA:

REPRESENTAÇÃO DO ABANDONO

SOCIAL EM CAPITÃES DA AREIA

Bárbara Cecília dos Santos Neves (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: Enfatizando o contexto histórico da efetivação de leis para menores de idade, pretende-se a

partir da obra Capitães da Areia de Jorge Amado analisar

a representação da injustiça social, o abandono sofrido

por crianças e adolescentes em situação de risco; sobrepondo a luta pela liberdade e a resistência para

sobreviver nas ruas. Na narrativa os Capitães da Areia

percorrem a Cidade Baixa e a Cidade Alta de Salvador, o

brilho e poeticidade estão presentes na obra criando um espaço romanesco e paradoxal de liberdade e opressão,

prazer e dor, diversão e tristeza, e acima de tudo de

revolução na luta por dias melhores.

PALAVRAS-CHAVE: Criança. Adolescente. Leis de

Proteção. Subalternidade.

17

A COLUNA DE JOSÉ SIMÃO NO JORNAL

TRIBUNA DA BAHIA

Profa. Ma. Catiane Rocha Passos de Souza (IFBA) [email protected]

RESUMO: Os efeitos de sentido possíveis em um texto

estão relacionados às condições de produção, que

transcendem os recursos linguísticos, no entanto somente reconhecidas por meio destes. Neste trabalho,

procuramos desenvolver, perspectivas voltadas para o

trabalho crítico com a leitura do humor midiático da

coluna diária de José Simão, publicada no Jornal Tribuna da Bahia, relacionando a materialização do discurso com

interdiscursos constituintes, ou seja, uma investigação

pautada na reflexão da relação dialética do sujeito e das

condições de produção representadas pelo discurso, e assim evidenciando os possíveis efeitos de sentido. Os

resultados do estudo apontam para influências

ideológicas imbricadas no Corpus, que por sua vez

refletem as crenças e valores, impressos na/pela sociedade, principalmente, para manutenção do poder.

PALAVRAS-CHAVE: Humor. Discurso. Análise.

Tribuna da Bahia. Simão.

18

ECHOS: CULTURA E IDENTIDADE DE

FEIRA DE SANTANA NA LITERATURA

DE JORNAL

Cíntia Portugal de Almeida (graduanda/UEFS/Probic) [email protected]

RESUMO: O presente estudo investiga como a identidade da comunidade de Feira de Santana é

representada no Echo Feirense, periódico noticioso de

1878. Para isso, analisou-se o imaginário romântico, as

manifestações históricas, econômicas, sociais e a sua relação com Echos de outros tempos e lugares como São

Paulo (Echo Phonográfico) e Santo Amaro (Echo

Sant`Amarense), onde marcaram um tempo e podem ser

consideradas fontes de grande importância a relação entre a formação identitária e a comunicação com os leitores,

enquanto produto social e cultural de uma época. Este

estudo tem a fundamentação de ideias teóricas de Stuart

Hall, Adeítalo Pinho, Poppino, Antonio Cândido e outros.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura de Jornal. Sales

Barbosa. Echo Feirense. Cultura.

19

FICÇÃO E HISTÓRIA: BAHIA

SEISCENTISTA NA NARRATIVA DE

ALTAMIRANDO REQUIÃO

Cristiane Tavares Santos Melo (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: Jornalista e escritor de importante participação política e intelectual, no cenário baiano e

nacional, Altamirando Requião acompanhou a virada do

século XIX para o século XX e vivenciou momentos

importantes da vida cultural baiana. O romance O Baluarte é o primeiro da série histórica do autor e narra

episódios e contradições que permearam o contexto das

Invasões Holandesas na Bahia. Neste romance, o autor

tece um panorama sobre o momento cultural da Bahia no século XVII, nos anos de 1623 e 1624, trazendo

informações acerca da arquitetura predominante na

cidade de Salvador, das transformações urbanas ocorridas

nesse período, da participação dos jesuítas no cenário da guerra, dos interesses políticos e familiares durante o

conflito. Neste trabalho, pretendemos estudar a relação

entre literatura e história sob a luz da História Cultural e

da Metaficção Historiográfica.

PALAVRAS-CHAVE: O Baluarte. Altamirando Requião.

História.

20

JOÃO PARAGUAÇU E “AS AULAS DE

BENJAMIM” N’O IMPARCIAL DA BAHIA:

MEMÓRIA, CULTURA E SOCIEDADE EM

LITERATURA

Danilo Cerqueira Almeida (mestrando/UEFS/bolsista FAPESB) [email protected]

Prof. Dr. Adeítalo Manoel Pinho (orientador/UEFS)

RESUMO: A crônica “As aulas de Benjamin” foi publicada na página 2, coluna “Vida Social”, da edição

3901 do jornal baiano O Imparcial em 18 de fevereiro de

1943. Escrito por João Paraguassú (também garfado

como Paraguaçu), pseudônimo do político, jornalista e cronista baiano Manoel Paulo Teles de Matos Filho (M.

Paulo Filho), o texto será apresentado como um exemplo

de produção literária de jornal que dialoga diretamente

com a história e a memória nacionais. Com o auxílio de aportes teóricos que proporcionam um elo entre a

Literatura e o estilo e suporte jornalísticos presentes na

crônica (Ciência da Literatura Empírica), analisar-se-á,

através do texto, como essa relação está apresentada na cultura e suas manifestações por meio de uma escrita

pautada na memória.

PALAVRAS-CHAVE: João Paraguaçu. Literatura. Memória.

21

A REPRESENTAÇÃO DA LITERATURA

AFRO-BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

EM RONDA: MEMÓRIA, RELIGIOSIDADE

E ALTERIDADE

Débora Gouveia de Melo Mateus dé[email protected]

RESUMO: Um dos principais intentos da presente

comunicação é discutir, sumariamente, o papel de

literaturas negras e afro-brasileiras na construção da

identidade e alteridade cultural nacional, a partir das memórias do narrador Venan, personagem do romance

Ronda: oratório malungo, do baiano Ordep Serra.

Buscamos assim analisar como a memória, a

religiosidade; o papel e a presença das identidades culturais participam da formação da nação afro-brasileira

e como esses elementos pelas vias de produções que a

tematizam têm sido contempladas, pensadas e avaliadas

na contemporaneidade. O lócus dessas discussões tem a intenção de promover o reconhecimento das mesmas no

que concerne a sua contribuição para a formação de uma

sociedade multicultural, e portanto rica, fecunda (parte

indissociável do mosaico de identidades culturais que compõem a gênese cultural do Brasil), e para os Estudos

Culturais.

PALAVRAS-CHAVE: Memória. Religiosidade. Identidade.

22

AS INTERFACES DA ADAPTAÇÃO: O

ROMANCE GRITO DA TERRA E SUA

TRANSPOSIÇÃO FÍLMICA

Dinameire Oliveira Carneiro Rios (mestranda/UEFS/FAPESB) [email protected]

Claudio Cledson Novaes (Orientador)

RESUMO: O objetivo deste trabalho é apresentar uma

análise do romance Grito da terra (1963), do escritor

baiano Ciro de Carvalho Leite em contraponto à sua transposição para o cinema realizada pelo cineasta Olney

São Paulo através do filme homônimo produzido em

1964, durante o movimento do Cinema Novo. Utilizando

como principal referência os estudos da canadense Linda Hutcheon (2011) em Uma teoria da adaptação

apresentamos os processos críticos da adaptação de uma

obra literária para o cinema, utilizando como objeto de

análise o romance supracitado.

PALAVRAS-CHAVE: Adaptação. Literatura. Cinema.

Romance Grito da terra.

23

O LARGO DA PALMA: OS CONTOS DE

ADONIAS FILHO E O BAIRRO,

MEMÓRIAS DO DIZER, VELHAS E

OUTRAS ESTÓRIAS

Profa. Dra. Edite Luzia de Almeida Vasconcelos (GELC/IFBA) [email protected]

RESUMO: No trabalho O Largo da Palma: Os Contos

de Adonias Filho e O Bairro, Memórias do Dizer,

Velhas e Outras Estórias, busca-se relacionar as histórias do livro “O Largo da Palma” com o histórico

bairro de Salvador, trazendo as suas memórias, através

do funcionamento da linguagem do lugar. Assim, é

possível identificar referências de lugares, dentro e fora da narrativa, destacando o espaço e demonstrando como

as histórias, as memórias e as relações interpessoais são

dinamizadas no espaço urbano onde se desenrolam.

Desse modo, percebe-se que o espaço urbano de convívio é um aspecto recorrente na narrativa “O Largo da

Palma”, podendo mesmo funcionar como mecanismo

para compreender sobre a construção de identidade do

sujeito, bem como os modos de significar a cidade. A análise apoia-se em Teorias da Linguística,

particularmente, na Análise do Discurso.

PALAVRAS-CHAVE: O Largo da Palma. Espaço urbano. Identidade sujeito

24

O SUJEITO MODERNO E SEU

(DES) LOCAMENTO NA CIDADE

CONTEMPORÂNEA, ATRAVÉS DA

ANÁLISE DE CONTOS DO LIVRO “O

ESCRITOR PREMIADO E OUTROS

CONTOS”, DE RAFAEL RODRIGUES

Eduardo Reis Dourado (mestrando/UEFS)

[email protected] Prof. Dr. Roberto Henrique Seidel (orientador/UEFS)

RESUMO: Este texto tem por finalidade apresentar marcas da modernidade alternativa na literatura baiana, a

partir da análise dos contos “Ponto de Partida”, “Sem

saída” e “Desamarrando nós”, os quais compõem o livro

“O escritor premiados e outros contos” de Rafael Rodrigues. Os objetivos propostos foram: a) identificar e

discutir os aspectos que definiram as marcas da

modernidade alternativa na América Latina, como

desmembramento da modernidade eurocêntrica; b) analisar a narrativa contemporânea baiana com seus

novos paradigmas de representar o sujeito e a cidade; c)

mapear os conflitos culturais como alternativas da (re)

construção dos paradigmas modernos na cidade. Definimos como procedimento metodológico a revisão

bibliográfica do aporte teórico sobre modernidade, cidade

e literatura aliado à representação do sujeito moderno no

tempo e no espaço contemporâneo perfilados na literatura baiana do século XXI, através da análise dos contos já

mencionados. Como base teórica, selecionamos autores

como Karl Eric Schollammer, Mário de Andrade,

25

Aleilton Fonseca, Eneida Maria de Souza, Roberto

Henrique Seidel, entre outros. Os resultados obtidos

apontam para o (des)locamento do sujeito moderno e sua respectiva angústia depressiva diante das transformações

urbanas nos espaços citadinos nos quais tal sujeito (re)

encontra suas condições de sobrevivência.

26

PRÁTICA RELIGIOSA E ORGANIZAÇÃO

SOCIAL: A LEGITIMAÇÃO DO ESPAÇO

QUILOMBOLA, EM RONDA, DE ORDEP

SERRA

Elis Angela Franco Ferreira Santos (mestranda/UEFS/CAPES) [email protected]

RESUMO: No presente trabalho, analisaremos o

romance Ronda (2011), do escritor baiano, Ordep Serra,

sob a perspectiva de um texto que destaca as marcas

identitárias de um grupo étnico estabelecido no Recôncavo baiano, e sua luta por legitimação do espaço

quilombola, núcleo importante para o exercício da

religiosidade e costumes afro-brasileiros. Desse modo,

buscaremos identificar como o escritor representa tais marcas, e qual a importância desse romance para os

debates culturais, visto que a conjuntura atual

problematiza o apagamento das culturas oprimidas e

propõe a igualdade de direitos e tratamentos que deem conta das diferentes necessidades de cada grupo.

PALAVRAS-CHAVE: Marcas identitárias. Ronda.

Ordep Serra.

27

O REGISTRO DO MOMENTO HISTÓRICO

NA LITERATURA DE CORDEL: ANÁLISE

DE ALGUNS FOLHETOS DE FRANKLIN

MAXADO

Érica Azevedo Santos (mestranda/UEFS/CAPES) [email protected]

RESUMO: Os autores de literatura de cordel sempre

estiveram imbuídos de representar o momento sócio-histórico de seu povo, de sua produção. Em muitos casos

seus versos assumiram o compromisso de levar à

comunidade os fatos ocorridos. Como se sabe, na época

em que os meios de comunicação ainda eram restritos a lugares e pessoas, esse tipo de literatura cumpria tal

função. Mas como as discussões relacionadas às questões

contemporâneas são trabalhadas na literatura de cordel

em nossos dias? Objetiva-se, no presente trabalho, através da análise de alguns folhetos de Franklin

Maxado, discutir sobre tal questão.

PALAVRAS-CHAVE: Franklin Maxado. Momento sócio-histórico. Literatura de cordel.

28

SOB O CÉU DE SAMARCANDA:

MEMÓRIA E POESIA DE RUY

ESPINHEIRA FILHO

Gabriela Lopes Vasconcellos de Andrade (graduanda/UFBA/IC) Profa. Dra. Antonia Torreão Herrera (orientadora/UFBA)

RESUMO: O artigo Sob o céu de Samarcanda: memória e poesia de Ruy Espinheira Filho vinculado ao projeto de

iniciação científica Escritor e Seus Múltiplos: Migrações,

propõe-se, a partir da leitura do livro Forma &

Alumbramento: Poética e poesia de Manuel Bandeira (2004) de Ruy Espinheira Filho, fazer recortes

das concepções de poesia do autor, presentes em seu

estudo da obra de Manuel Bandeira e vincular esses

conceitos literários a obra poética através de poemas do livro Sob o céu de Samarcanda (2009). Desse modo,

demarca-se o lugar de múltiplo de Ruy Espinheira Filho

em suas variadas atuações e contemporâneo. A partir

disso, propõe-se a analisar as marcas e as imagens poéticas no texto de Ruy Espinheira Filho pelo fio

condutor da memória, cruzando com suas concepções

sobre poesia, sua filiação literária, o seu resgate das

várias etapas da vida.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia. Memória. Múltiplo.

29

A TRÍADE DO CACAU: O HOMEM, A

TERRA E A LUTA. A CONSTRUÇÃO DA

NAÇÃO GRAPIÚNA NAS OBRAS

MEMÓRIAS DE LÁZARO, CORPO VIVO E

OS SERVOS DA MORTE DE ADONIAS

FILHO

Gleide Conceição de Jesus (mestranda/UEFS)

Prof. Dr. Benedito José de Araújo Veiga (Orientador/UEFS)

RESUMO: O homem, o meio que o cerca e a luta pela

sobrevivência são fatores preponderantes dentro das

obras adonianas, pois estas retratam como se deu a

construção de uma sociedade marcada pelas lutas sanguinárias que se espalhou por toda região cacaueira,

onde os interesses dos grandes latifundiários e coronéis

sobrepunham à necessidade de um povo humilde que ali

estava entre este duelo capitalista que visava demarcar e fincar uma sociedade altamente comercial e

extremamente desigual, restando para os oprimidos

enganchar-se nessa batalha para garantir ainda que

longínqua, a existência de sua prole, a presente comunicação tem por objetivo principal mostrar como os

problemas sociais engendrados pela população da zona

cacaueira e o seu desenvolvimento cultural são fatores

preponderantes discutidos dentro das obras supracitadas, evidenciando assim o importante papel da literatura como

instrumento denunciador e analítico de nossa sociedade.

PALAVRAS- CHAVE: O homem. Luta. Sociedade.

30

ANTÔNIO TORRES PARA ALÉM DO

CANÔNE

Jaqueline Cardoso (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: O presente trabalho se propõe a analisar

como a obra do escritor baiano Antônio Torres encontra-

se situado em relação ao cânone literário brasileiro. Para tal investigaremos como se dar a formação do cânone,

qual é a sua relevância e atuação junto à literatura.

Sabemos que a crítica literária é um campo importante

que possibilita ascensão ou queda de obras e autores, é por meio dela que pretendemos analisar o lugar ocupado

pela obra Torresiana na crítica contemporânea, bem

como a importância ou não de perpetuar um cânone

literário. Serão tomados como aportes teóricos autores como: BLOOM, Harold. O cânone ocidental, REIS,

Roberto. Cânon, COMPAGNON, Antoine, Literatura

para quê? Além da fortuna crítica de Antônio Torres.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Cânone. Texto

contemporâneo.

31

MIRANTES DA MODERNIDADE

Joelson Santiago Santos (mestrando/UNEB)

[email protected]

RESUMO: No presente trabalho, pretende-se analisar poemas da obra Mirantes de Roberval Pereyr sob a ótica

da modernidade, a qual considera o homem com um ser

múltiplo e consciente da sua temporalidade e o poeta,

consequente, como um ser imerso num mundo veloz, fragmentado em suas identidades, de rupturas, mas

também de retorno à(s) tradição(ões). Dentro dessa

perspectiva, serão considerados os poemas que

tematizam questões como: os dilemas humanos, as lacunas da subjetivação do sujeito, a busca pela unidade

homem/palavra/mundo através da poesia. Para tanto, será

necessário uma breve discussão sobre o próprio processo

de construção da lírica na modernidade, a construção de sujeito, bem como as peculiaridades da linguagem

poética.

PALAVRAS-CHAVE: Modernidade. Poesia. Roberval Pereyr.

32

BAHIA: TERRITÓRIO DA ARTE

Josimeire dos Santos Brazil (mestranda/UEFS)

[email protected]

RESUMO: O presente trabalho visa Compreender as manifestações artísticas, políticas, ideológicas calcadas

na perspectiva de expressão da cultura baiana, mas que se

afasta do caráter de homogeneidade, e de permanência de

contextos únicos. Desta forma, é indispensável apontar a importância de se entender o processo narrativo nas

concepções ideológicas através da linguagem. Tal

procedimento reforça a ideia de compreensão das

culturas, através de sua unidade de formação com base nas suas expressões artísticas e contemporâneas. Sendo

assim, é pertinente propor uma investigação crítica a

respeito da literatura com outras artes. Para tanto, nos

serviremos da obra do contista baiano Vasconcelos Maia e da narrativa cinematográfica do documentarista,

também baiano, Agnaldo Azevedo Siri. O que nos

permitirá mostrar a força criadora de um projeto de

representação da cultura e da arte baiana comungada por esses artistas.

PALAVRAS-CHAVE: Representação baiana. Literatura.

Cinema.

33

A PROSA CONTEMPORÂNEA NA BAHIA:

UM PASSEIO PELA CONTÍSTICA DE

MAYRANT GALLO

Lidiane Carvalho Nunes (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: O conto, narrativa ficcional curta, é uma forma literária muito cultivada por escritores e leitores,

notadamente considerada a mais adequada para expressar

a velocidade do mundo moderno. Mesmo considerado,

durante anos, como um gênero menor, teóricos têm se debruçado sobre o conto na tentativa de melhor defini-lo.

No entanto, o conto na contemporaneidade apresenta,

cada vez mais, características novas, ainda que continue

bebendo da tradição. Um exemplo de autor baiano que cultua a narrativa curta é Mayrant Gallo, que estreou

como contista, em 1999, com Pés quentes nas noites

frias. Seus contos se desenvolvem numa atmosfera

urbana, com personagens que passam por momentos de crise ou de estoicismo, evidenciando a dura realidade da

existência humana. Neste artigo, a proposta é apresentar

uma leitura crítica da obra de Mayrant Gallo, discutindo

o conto como um dos gêneros textuais mais cultuados na contemporaneidade.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Baiana. Conto

Contemporâneo. Mayrant Gallo.

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DOS RETORNOS E OLHARES POSSÍVEIS:

CORPO, CIDADE E REALIDADE NA

POÉTICA DE MAYRANT GALLO

Ma. Marcela Rodrigues Soares (Colégio Gênesis/SEC-BA) [email protected]

RESUMO: Esse trabalho pretende apresentar as singularidades poéticas do escritor Mayrant Gallo, a

partir da leitura de alguns poemas nos quais a densidade

lírica coexiste com a ênfase na experiência cotidiana,

apresentando um índice de referencialidade do real que causa estranhamento. A discussão será norteada pelos

estudos acerca do retorno do real, evidenciado nos

poemas através dos elementos citadinos e da presença do

corpo físico.

PALAVRAS-CHAVE: Mayrant Gallo. Corpo. Cidade.

Realidade.

35

PROTAGONISMO DE ANTI-HERÓIS NOS

ROMANCES DE JORGE AMADO

Maria Angélica Rocha Fernandes (UNEB – Campus XX/mestranda/UEFS)

[email protected]

RESUMO: A nascente da crítica do autor Jorge Amado

surge de várias fontes: literatos, antropólogos, sociólogos, dedicam-se a estudos desse autor, desde as

suas primeiras publicações, até a contemporaneidade. A

prosa e a ficção brasileira têm sido brindadas com uma

criação artística que transcende os limites entre a realidade e a ficção. Valendo-se de elementos oriundos

da realidade factual, o referido autor edifica os pilares de

sua construção artística a partir de seus princípios de

cunho ideológico e social, tecendo, através deles, uma obra que instrumentaliza a representação e interpretação

da sociedade brasileira. Os heróis seriam, então,

vagabundos, boêmios, frequentadores de prostíbulos,

jogadores, enfim, indivíduos de conduta nada gloriosa, no entanto livres, sendo assim, compreende-se uma

postura anti-heróica desses protagonistas.

PALAVRAS-CHAVE: Anti-heróis. Crítica. Jorge Amado.

36

AFRICANIDADE E AFRO-BRASILIDADE NA

REV. EXU E A TARDE CULTURAL

Profa. Dra. Maria da Conceição Pinheiro Araujo (GELC/IFBA) [email protected]

RESUMO: Na comunicação apresentarei os primeiros resultados de dois projetos de pesquisa, desenvolvido no

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da

Bahia/Campus Salvador, desde 2009. A pesquisa

pretende dar visibilidade aos textos que privilegiam a temática da africanidade, encontrados no Suplemento

Cultural do periódico baiano “A Tarde Cultural” (1990-

2011) e na Revista EXU (1987-1997). O objetivo inicial

dos projetos foi catalogar e digitalizar essa produção literária (textos literários, artigos, resenhas de livros, etc.)

publicada nos periódicos, desde os seus primeiros

números. Assim, os projetos pretendem imprimir estudo

no sentido de identificar a penetração e influência da cultura afro-brasileira e africana nos periódicos.

Privilegiando os estudos em periódicos baianos,

pretendemos promover uma discussão sobre o papel

ideológico do periódico no que concerne à valorização das culturas afro-brasileira e africana. A motivação dos

projetos deu-se a partir da discussão no Grupo de

Pesquisa Linguagem e Representação (IFBA/Salvador)

sobre a necessidade de colocar em prática a lei 10.639/03 visto que o documento “Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e

para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana”, no tópico “Ações educativas de combate ao

37

racismo e a discriminações” delega o ensino de história e

Cultura Afro-Brasileira e Africana para algumas

disciplinas, entre elas a literatura.

38

NHÔ GUIMARÃES E O PÊNDULO DE

EUCLIDES, DE ALEILTON FONSECA:

POR ENTRE AS VEREDAS DE UM SER

TÃO

Maria David Santos (mestranda/PPGLDC/UEFS) [email protected]

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo analisar

os romances Nhô Guimarães (2006) e O pêndulo de

Euclides (2009), do escritor baiano Aleilton Fonseca. Em

nosso estudo destacaremos o percurso traçado pelo autor, desde a nascente ideia a partir de contos até chegar aos

romances supracitados dentro da perspectiva narrativa de

romance-homenagem, respectivamente, aos já

consagrados escritores brasileiros João Guimarães Rosa e Euclides da Cunha. Ao dar a vez aos personagens

centrais ― a anciã octogenária de Nhô Guimarães e o

senhor Zé Ozébio de O pêndulo de Euclides ― a voz

sertaneja assume o lugar principal da narrativa, para em torno dos temas trabalhados apresentar outras nuanças e

compreensões dos fatos culturais e históricos do sertão.

PALAVRAS-CHAVE: Romance-homenagem. Memória. Sertão.

39

CÓDIGOS SECRETOS NA POÉTICA DE

IRMA AMORIM

Maria do Socorro Helena Conserva Dias [email protected]

RESUMO: O trabalho a ser apresentado pretende

enfocar a produção intelectual da poeta baiana Irma

Amorim, no seu livro Lenço perfumado, (lançado em 2009 com revisão de Roberval Pereyr). Os poemas

revelam códigos secretos. Introspecto, viceral,

trespassado de intensas lembranças. Esse trabalho

procura interpretar as relações que se estabelecem entre as imagens e o discurso poético.

PALAVRAS-CHAVE: Poemas. Códigos. Imagens

40

CORPO VIVO E MEMÓRIAS DE LÁZARO: A

RENOVAÇÃO DO GÊNERO TRÁGICO

NOS ROMANCES MODERNOS DE

ADONIAS FILHO

Maria Fernanda Arcanjo de Almeida (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: Este trabalho será realizado com o intuito de

mostrar a importância da ficção de Adonias Filho e as

contribuições desta para a Literatura Baiana e Brasileira.

Através dos romances Corpo Vivo e Memórias de Lázaro, analisar-se-á as pretensões deste autor ao retomar

elementos constituintes das tragédias gregas em

romances modernos, levando em consideração as teorias

que sustentam a ideia de que os romances modernos, em geral, caracterizam-se por tentar mostrar as fraquezas, a

alienação e a fragmentação do homem, ao passo que, no

gênero trágico o homem é dependente dos deuses e o

herói tem caráter firme e grandioso.

PALAVRAS-CHAVE: Adonias Filho. Gênero Trágico.

Romances.

41

TRABALHO: REPRESENTAÇÕES DA

BAHIA NA OBRA DE RAUL SEIXAS

Profa. Esp. Marijane de Oliveira Correia (IFBA) [email protected]

RESUMO: O presente trabalho de pesquisa analisa uma

obra “raulseixista” denominada “Rock’n’Roll”, do último

álbum do autor intitulado “A panela do diabo” de 1989, visando alavancar questões relacionadas à cultura e

sociedade, em finais das décadas de 70 e 80, em especial

na Bahia. Para isso, utilizam-se dos estudos Linguísticos

na análise textual, destacando como o compositor apresenta aspectos socioculturais da sociedade baiana.

Dessa forma, é possível constatar que os resultados

iniciais mostram que, mesmo muito criticado, Raul deixa

contribuições para estudiosos de diversas áreas, pois aborda assuntos que perpassam pelo comportamento

social e cultural de uma época.

PALAVRAS-CHAVE: Raul Seixas. Cultura. Bahia.

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UM OLHAR (N)A CIDADE: UMA

LEITURA MEMORIALISTA EM MARCUS

VINÍCIUS RODRIGUES

Mariana Barbosa Batista (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: Em meio às cidades surgem as multidões, seus ruídos e inquietações. Essa constante movimentação

leva esse homem moderno a questionamentos, as

recordações transfiguram um novo olhar inquieto e

melancólico diante dessa urbe caótica. Marcus Vinícius Rodrigues, escritor baiano, no conto “Sobre as árvores”

consegue, com sua linguagem simples, mas marcante e,

de certo modo, irônica, mostrar ao leitor essa cidade

projetada através do olhar melancólico da personagem, que na ânsia de permanecer no passado faz com que esta

tente negar a modernidade diante de seus olhos e todas as

moléstias que a acompanha. Personagem essa que olha a

urbe literalmente do alto do seu apartamento, de forma distanciada, mas que paradoxalmente se sente parte

integrante dessa observação.

PALAVRAS-CHAVE: Conto. Marcus Vinícius Rodrigues. Cidade.

43

“MOÇA FORMOSA E ATREVIDA”: A

SUBVERSÃO FEMININA EM JORGE

AMADO

Meg Heloise Bomfim da Silva (mestranda/UEFS) [email protected]

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo analisar a representação feminina nas obras Gabriela

cravo e canela e Tieta do Agreste do escritor Jorge

Amado. A representação da imagem feminina na

literatura amadiana gera inúmeras inquietações e evoca novos olhares, a confluência entre Literatura e o Estudo

de Gênero permite novas interpretações acerca das

personagens femininas criadas pelo escritor Jorge

Amado. Mulheres que se apresentam subversivas, transgridem as moralidades patriarcais e se emancipam

enquanto sujeitos ativos sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Literatura amadiana. Emancipação feminina.

44

A MEMÓRIA DE IRECÊ ATRAVÉS DE

PERIÓDICOS

Nathielly Gadelha da Silva (Graduanda/UEFS/PIBIT) [email protected]

Profa. Dra. Maria da Conceição Pinheiro de Araujo (orientadora)

RESUMO: O trabalho “Memória Cultural de Irecê Através de Periódicos” visa resgatar a memória cultural

de Irecê e cidades circunvizinhas. O Boca do Inferno

torna-se, portanto objeto de estudo. O caderno cultural

teve treze anos de existência, publicado entre os anos de 1998-2011, sendo as publicações divididas em versões

impressa e on-line, 37 e 66 respectivamente. Os textos se

dividem em dois níveis: o político e o literário, sendo

esse último subdividido em prosa e poesia e tendo, em ambos, como cenário dos textos a própria cidade de

Uibaí. Todo o conteúdo do caderno se encontra

digitalizado e catalogado para posteriormente serem

feitos os devidos estudos no intuito de seguir como plano de trabalho da pesquisadora.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Periódicos. Cidade

de Irecê.

45

LITERATURA E CULTURA EM AFRÂNIO

COUTINHO

Patrike Wauker Pereira da Silva (Graduando/UEFS) [email protected]

Prof. Dr. Adeítalo Manoel Pinho (Orientador/UEFS)

RESUMO: O presente trabalho busca demonstrar a concepção de cultura que o teórico e crítico literário

baiano Afrânio Coutinho deixou no jornal O Imparcial

da Bahia. A partir daí, intercalar essa concepção cultural

com os seus textos de crítica literária deixados no jornal já citado. Assim, essa discussão se dará através de textos

do já citado escritor como A questão da cultura,

Actualidades de Shakespeare, Alma para o mundo, O

valor da cultura, O Medalhão, Conferências de Robert

Garric, Itinerário de um intelectual, Nosso destino, O

que morre e o que nasce (de Daniel Rops) e Uma hora

com Papini coletados pelo orientador desta pesquisa,

Adeítalo Manoel Pinho, na sua tese de doutorado Uma história da literatura de Jornal: O Imparcial da Bahia .

Buscar-se-á também intercalá-los com os de outros

autores como o de Jacques Maritain, e demonstrar a

influência que estes tiveram na obra de Afrânio Coutinho.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura de Jornal. Jacques

Maritain. Crítica Literária.

46

ASPECTOS METAPOÉTICOS NA POESIA

DE PAULO GARCEZ DE SENA

Ricardo Emanuel Lago e Silva (mestrando/UEFS)

RESUMO: O poeta baiano Paulo Garcez de Sena em sua precoce existência realizou uma poesia irreverente que

resultou numa espécie de lirismo irônico. Este aspecto

está certamente associado ao caráter inquietante do autor,

marcado por um alto grau de angustia e por um senso crítico aguçado. Paulo Garcez atuou no período das

décadas de 70 e 80, deixando ao público leitor o livro de

poesia, Escritura da palavra do som. Sua obra poética é

marcada pelo dialogo intertextual e pela metapoesia. Postula-se que a poesia do autor em questão apresenta

uma sintonia com a produção contemporânea em alguns

dos seus aspectos mais representativos.

PALAVRAS-CHAVE: Paulo Garcez. Poesia Baiana.

Metapoesia.

47

IMAGENS DA BAHIA NA POESIA DE

FRANKLIN MAXADO

Roberto dos Reis Cruz (Mestrando/UEFS) [email protected]

RESUMO: O Livro intitulado Negramafricamente

(1970) do autor baiano Franklin Maxado, poemas que

tematizam à mulher negra e ao mesmo tempo revela nos seus versos um lirismo amoroso, caracterizado como uma

linguagem própria. Neste livro, em alguns poemas,

busca-se analisar algumas imagens da cidade de Salvador

bem como as cidades da Bahia representadas, através do passado histórico e interpretar os seus diversos aspectos

sistemáticos, o que para Myrian Fraga atribui dos

sentidos líricos às paisagens naturais e urbanas. Deste

modo, a pesquisa debruça-se sobre a tematização da cidade enquanto foco e corpus do discurso poético numa

perspectiva da literatura moderno contexto histórico em

que o autor descreve esse tempo, espaço e lugar. Os

poemas escolhidos: Bahia de todos os Pecadores, Farol da Barra retratam a escravidão, mas exaltam e criticam a

Bahia.

PALAVRAS-CHAVE: Imagens. Discurso poético. Cidade.

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O DISCURSO VISUAL EM “A MORTE E A

MORTE DE QUINCAS BERRO D’ÁGUA”, DE JORGE AMADO.

Tatiane Almeida Ferreira (mestranda/UEFS)

[email protected]

RESUMO: Esta comunicação tem como proposta discutir a imagem como fonte narrativa, verbal e visual,

na relação hipertextual entre a ilustração e a obra

literária. Tomamos como objeto de análise para este

estudo, a ilustração de Floriano Teixeira na obra A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água (1987) de Jorge

Amado, presente na página 19. Tomamos como aporte

teórico as ideias desenvolvidas por Sônia Maria van

Dijck Lima e Italo Calvino .

PALAVRAS- CHAVE: Narrativa. Imagem. Hipertexto.

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UM POSSÍVEL DIÁLOGO ENTRE “O

TRONO DO DESENGANADO”, DE

ELIESER CESAR, E “A TERCEIRA

MARGEM DO RIO”, DE GUIMARÃES

ROSA

Vagner da Silva Ferreira (Mestrando/UEFS) [email protected]

RESUMO: A literatura contemporânea apresenta o

termo “fantástico” para designar as obras que retratam a realidade sob um olhar incrível, aparentemente absurdo.

Os contos “O trono do desenganado”, de Elieser Cesar, e

“A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa, são

exemplos de textos que seguem a tendência fantástica. Entre esses contos podem-se perceber aspectos

confluentes, sobretudo na construção das narrativas sobre

o signo do fantástico, é desse modo que se pode apontar

um possível diálogo entre eles. Essa abordagem será fundamentada em diversos teóricos, como Todorov e

Bella Josef.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Fantástica. Guimarães Rosa. Elieser Cesar.

50

A CIDADE DA BAHIA:

REPRESENTAÇÕES URBANAS NA

POESIA DE MYRIAM FRAGA

Veronica Almeida Trindade (mestranda/UEFS) [email protected]

Prof. Dra. Rosana Maria Ribeiro Patrício (orientadora/UEFS)

RESUMO: Na modernidade o poeta viu-se deslocado,

"fora do mundo" e entrou em crise existencial. Expulso

da metrópole, procura exprimir em uma voz dissonante que resiste e inscreve uma poesia de observação. Das

ruas, do movimento dos carros, do olhar as multidões

passarem apressadas, o poeta busca flagrar o instante e

restaurar seu ofício lírico e sua pertença na metrópole. A poesia da experiência urbana sob o olhar do flâneur

circunscreve a modernidade e as cidades ocupam posição

de destaque como locus ideal da poesia e ficção. Nessa

perspectiva inaugurada por Baudelaire, Myriam Fraga, poeta baiana “canta” a cidade do Salvador através de sua

lírica e rememora imagens urbanas (o feminino, a

paisagem) através do poema “A cidade” onde nota-se, “a

captação do instante”, o fascínio e o dilema do poeta presentes no poema “Sonho parisiense” (“Rêve

parisien”) de Charles Baudelaire.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia. Cidade. Myriam Fraga.

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A RECORRÊNCIA DO TEMA A TERRA

DESOLADA NA POESIA DE ROBERVAL

PEREYR

Wellington Freire (mestrando/UEFS) [email protected]

RESUMO: O presente trabalho ocupa-se do tema da terra desolada, que remonta ao mito do rei-pescador e

ganhou sua primeira forma escrita no romance de

cavalaria Perceval, do escritor medieval Crethien de

Troyes. Trata-se de um tema/símbolo que é retomado por T.S. Eliot, no âmbito da poesia moderna e que se

relaciona a uma situação que se estende até a

contemporaneidade, sob a forma de uma crise de valores

de amplas dimensões. É o que pode ser verificado na obra de inúmeros artistas, a exemplo da produção poética

de Roberval Pereyr, em que a imagem de um mundo em

ruínas se configura de maneira ampla e profunda.

PALAVRAS-CHAVE: Roberval Pereyr. Crise de

valores. Poesia contemporânea.

Universidade Estadual de Feira de Santana