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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
MARCIO OGIBOWSKI
GRAU DE MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA CONSTRUTORA DE ÂNGELO LTDA
São José 2007
MARCIO OGIBOWSKI
GRAU DE MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA CONSTRUTORA DE ÂNGELO LTDA
Trabalho de Conclusão de Estagio - pesquisa teórico-empírica
- apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Administração da Universidade do Vale do
Itajaí.
Professora Orientadora: Bianca Jorge de Campos Manara
São José
2007
MARCIO OGIBOWSKI
GRAU DE MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA CONSTRUTORA DE ÂNGELO LTDA
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final
pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em (dia, mês
e ano constante da ata de aprovação – defesa)
Professora MSc. Luciana Merlin Bervian UNIVALI – Campus São José
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora:
Professora MSc. Bianca Jorge de Campos Manara
UNIVALI – Campus São José Professor Orientador
Professora MSc. Evelize Mara de Souza Gomes Martins
UNIVALI – Campus São José Membro
Professora MSc. Kellen da Silva Coelho
UNIVALI – Campus São José Membro
Ao chegar ao final de mais uma etapa na minha
vida, primeiramente quero agradecer a Deus por ter
me dado força, a meu pai in memorian, Ivonir Luiz
Ogibowski, a minha mãe Teresa Maliska
Ogibowski, a minha irmã Mara Lucia Ogibowski, a
minha esposa Ângela Adriana Gund, pelo apoio
dado em todas as horas, que sempre acreditaram e
lutaram comigo para que eu chegasse, com sucesso,
ao final desta etapa, e também a meus filhos Ana
Julia Ogibowski e Guilherme Ogibowski que fazem
parte deste sucesso.
Agradeço à Construtora de Ângelo Ltda pela oportunidade de
desenvolver este trabalho. Agradeço em especial à Professora
Bianca Jorge de Campos Manara, e também a Professora
Carolina Gomes Costa Masseli, a Professora Evelize Mara de
Souza Gomes Martins e a Professora Kellen da Silva Coelho,
pelas orientações, atenções, colaborações, paciência prestada
para realização deste trabalho. Agradeço também a todo o corpo
docente da Univali que contribuiu direta ou indiretamente para
o desenvolvimento deste trabalho.
“Fica estabelecida a possibilidade de sonhar
coisas impossíveis e de caminhar livremente em
direção aos sonhos.”
Luciano Luppi
RESUMO
O tema motivação dentro do trabalho vem crescendo dentro das organizações. Em meio a esse crescimento surge à necessidade das organizações, estarem cientes de, até que ponto, o seu funcionário está motivado. Funcionário sem motivação não produz e não alcança os objetivos das organizações. Por esse motivo o presente estudo tem como objetivo analisar o grau de motivação dos funcionários da Construtora de Ângelo Ltda, verificar junto aos funcionários as necessidades para compreensão e entendimento do tema motivação, identificar o grau de motivação dos funcionários na execução das atividades na empresa, identificar os fatores que influenciam a motivação dos funcionários e descrever os fatores que possibilitam a ação motivacional na empresa. A pesquisa bibliográfica buscou fundamento teórico sobre a Administração, suas escolas e teorias, Administração de Recursos Humanos com estudo do comportamento humano e Gestão de Pessoas, importância do trabalho e motivação. Para obtenção dos dados, foi elaborada e aplicado um questionário com os funcionários contratados da empresa. Os dados obtidos apontaram um grau de satisfação dos funcionários, num índice mediano que mostra uma estagnação dos mesmos. Conclui-se dessa forma, que a empresa necessita criar uma política motivacional para reverter este quadro e ter funcionários motivados com suas atividades e com empenho para o desenvolvimento da empresa.
Palavras-chave: Motivação. Gestão. Organização.
ABSTRACT
The theme motivation in the workplace, growing within organizations. In the midst of this growth comes the need of organizations to be aware of, to what extent, your employee is motivated. Employee without motivation does not produce and does not meet the goals of the organizations. Hence the present study aims to examine the degree of motivation of the staff of Angelo Construtora Ltda, check with the officials to understand the needs and understanding of the subject motivation, identify the degree of motivation of staff in the implementation of activities in the company, identify the factors that affect the motivation of staff and describe the factors that enable the motivational share in the company. The research literature on the theoretical foundation sought Administration, their schools and theories, Office of Human Resources to study of human behavior and Management of People, importance of the work and motivation. To obtaining of data, was developed and applied a questionnaire with officials hired the company. The data indicated a degree of satisfaction of officials, in a median index showing a stagnation of them. It follows therefore, that the company needs to create a motivational policy to reverse this table and having employees motivated with its activities and commitment to the development of the company..
Keywords: Motivation. Management. Organization.
Lista de Ilustrações
Quadro 1– Diferenças das Teorias X e Y. ................................................................................21
Figura 1 Hierarquia das necessidades, de Maslow. ..................................................................24
Figura 2 Modelo de Expectação de Motivação (mencionado por Vroom, segundo Chiavenato
(2003). ..............................................................................................................................26
Lista de Gráficos
Gráfico 1 – Em relação ao trabalho executado.........................................................................33
Gráfico 2 – Em relação às atividades desenvolvidas................................................................33
Gráfico 3 – Em relação a autonomia na realização das tarefas ................................................34
Gráfico 4 – Em relação á segurança e estabilidade profissional ..............................................35
Gráfico 5 – Em relação as regras adotadas...............................................................................35
Gráfico 6 – Com relação às recompensas financeiras ..............................................................36
Gráfico 7– Com relação aos incentivos e recompensas ...........................................................37
Gráfico 8 – Com relação as normas e procedimentos ..............................................................37
Gráfico 9 – Em relação aos seus superiores (diretores, gerentes, supervisores) ......................38
Gráfico 10 – Em relação aos padrões de segurança .................................................................39
Gráfico 11 – Em relação ao local de trabalho ..........................................................................39
Gráfico 12 – Em relação as condições de higiene e conservação do seu local de trabalho .....40
Gráfico 13 – Em relação a execução de tarefas além das suas funções ...................................41
Gráfico 14 – Em relação aos índices motivacionais ligados a sua permanência na empresa...41
Gráfico 15 – Em uma análise geral como você se sente em trabalhar nesta empresa..............42
Lista de tabelas
Tabela 1 - Divisão de Departamento ........................................................................................31
Tabela 2 - Perfil dos Funcionários - Idade, sexo e tempo de serviço ......................................32
Tabela 3 - Indicaria a empresa para outra pessoa....................................................................43
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA ................................................................................... 2
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................................................ 2
1.3 PERGUNTAS DE PESQUISA OU HIPÓTESES DE PESQUISA .......................................................... 2
1.4 OBJETIVOS............................................................................................................................. 3
1.4.1 Objetivo geral.......................................................................................................................3
1.4.2 Objetivos específicos...........................................................................................................3
1.5 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 3
1.6 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO .................................................................................. 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
2.1 ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................... 5
2.1.1 Escolas e teorias das organizações ...................................................................................6
2.1.1.1 Escola da Administração Científica 7
2.1.1.2 Escola Clássica 8
2.1.1.3 Escola das Relações Humanas 8
2.1.1.4 Escola Estruturalista 9
2.1.1.5 Teoria da Burocracia 10
2.2 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS ......................................................................... 10
2.2.1 Comportamento Humano ..............................................................................................12
2.2.1.1 TEORIA COMPORTAMENTAL ......................................................................................... 13
2.2.2 GESTÃO DE PESSOAS......................................................................................................... 13
2.3. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO .......................................................................................... 14
2.4. MOTIVAÇÃO ....................................................................................................................... 16
2.4.1. Teorias motivacionais ...................................................................................................19
2.4.1.1. Teoria X e Teoria Y 19
2.4.1.2 TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES ............................................................... 23
2.4.1.3 Teoria dos dois fatores de Herzberg 24
2.4.1.4 Teorias da expectativa de Vroom 25
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 27
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ......................................................................................... 27
3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES............................................................................................... 28
3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .................................................. 28
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................. 29
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 30
4.1 DADOS DA EMPRESA ............................................................................................................ 30
4.2 APRESENTAÇÃO DE DADOS ................................................................................................... 32
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 42
REFERÊNCIAS 48
APÊNDICES 51
1
1 INTRODUÇÃO
A partir da década de 70, todos os países passaram e vêm passando por mudanças nas
relações de emprego que modificam o comportamento da empresas e dos empregados.
Podem-se citar diversas causas que provocam tal mudança, entre elas: o acirramento da
competição entre empresas e mercados, a globalização, as crises econômicas, a compreensão
da remuneração, a informalidade das relações de emprego, as alterações na economia e os
avanços tecnológicos.
Como causas principais dessas mudanças devem-se destacar a globalização da
economia e a abertura dos mercados, que ocasiona uma acirrada concorrência entre produtos e
preços. A globalização sem dúvida alguma trouxe benefícios, mas se podem destacar que
muitas conseqüências foram nocivas no campo do trabalho, pois elevou o índice de
desemprego, que é uma das grandes problemas sociais da sociedade atual. Assim, a
globalização obriga as organizações a reverem seus conceitos e paradigmas, para atualizarem-
se frente às transformações impostas pela realidade mundial, entendendo que a nova
conjuntura do mercado é de mudanças rápidas e constantes. Isso faz com que as decisões
devam ser tomadas pontualmente, para que atrasos nas demandas de decisões não causem
prejuízos irreversíveis, devido à perda das oportunidades no momento em que os fatos
ocorrem.
Devido à globalização, a economia tornou-se mais competitiva, com isso as
organizações foram obrigadas a reduzir custos, introduzindo programas de incentivos e
recompensas - atrativos para que seus funcionários obtenham mais produção em menor tempo
ou com menor custo. Bergamini (1990) reconhece a influência das políticas de recursos
humanos na motivação de seus funcionários, com o objetivo de alcançar excelente
desempenho no mercado, podendo enfrentar a concorrência de modo competitivo.
Para esses funcionários trabalharem, produzirem, alcançando os objetivos, necessita
estar motivados, pois a motivação é o que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma
ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico, podendo
este estímulo externo ser proveniente do ambiente ou também ser gerado internamente, nos
processos mentais do indivíduo. (CHIAVENATO, 1999).
2
A motivação é um conceito que procura explicar as variações dos comportamentos
humanos. Importante para entender a motivação, é verificar a necessidade que desperta este
comportamento.
1.1 Descrição da situação problema
Análise da motivação dos funcionários de uma empresa em estudo: Empresa
Construtora de Ângelo Ltda, empresa de pequeno porte, atuante no ramo da Construção Civil,
Construção de obras públicas e viárias, Incorporação de imóveis, Loteamentos,
Industrialização e Comércio de Artefatos de Cimento, Serralheria e Programação Visual,
tendo iniciado suas atividades em 01 de Agosto de 2000, constando com um quadro de oito
funcionários.
Com base na aplicação do Instrumento Diagnóstico, verificaremos os fatores que
influenciam na motivação dos funcionários.
1.2 Problema de pesquisa
Quais os fatores motivacionais presentes na organização que favorecem aos seus
funcionários um maior empenho na realização das suas atividades?
1.3 Perguntas de pesquisa ou hipóteses de pesquisa
Quais os fatores que motivam os funcionários dentro da empresa?
Os funcionários sentem-se motivados a trabalhar na empresa?
Que mudanças os funcionários sugerem para melhorar sua motivação?
3
1.4 Objetivos
Neste capítulo são apresentados os objetivos da pesquisa de forma simples, este
trabalho pretende analisar os problemas através dos estudos e da pesquisa realizados e buscar
uma solução do problema identificado na pesquisa.
1.4.1 Objetivo geral
Analisar o grau de motivação dos funcionários da Construtora de Ângelo Ltda.
1.4.2 Objetivos específicos
� Verificar junto aos funcionários as necessidades para compreensão e entendimento
do tema motivação.
� Identificar o grau de motivação dos funcionários na execução das atividades na
empresa.
� Identificar os fatores que influenciam a motivação dos funcionários.
� Descrever os fatores que possibilitam a ação motivacional na empresa.
1.5 Justificativa
A compreensão sobre a motivação dos funcionários nas organizações aumentou
substancialmente nas últimas décadas. As teorias de que o homem trabalhava primeiramente
por dinheiro e por gratificações sociais foram substituídas por teorias mais complexas sobre a
natureza humana.
Motivação envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento
profissional, manifestados por meios do exercício das tarefas e atividades que oferecem
suficiente desafio e significativo para o trabalho. Quando os fatores motivacionais são bons,
elevam-se as satisfações, quando são precários ocorre carência de satisfação. Outros fatores
são: as condições de benefícios sociais, políticas da empresa, o clima entre funcionários, o
regulamento interno, as oportunidades existentes de promoção de cargos e salários.
4
Para a empresa Construtora de Ângelo Ltda e para as demais organizações, este projeto
foi importante, pois foi possível identificar os fatores que motivam os funcionários e
possibilitam à empresa a implementação de estratégias motivacionais na busca de satisfazer as
necessidades da empresa e se seus funcionários. Sendo assim, a pesquisa é fator importante
neste processo, pois possibilitará identificar as estratégias motivacionais que foram
desenvolvidas ao ponto de satisfazer os proprietários e funcionários. Nunca tinha sido feito um
trabalho sobre esse tema na empresa e há facilidade de acesso às informações necessárias para
a elaboração deste trabalho.
Para a Univali, este tema poderá ser estudado por outros acadêmicos e até mesmo serem
desenvolvidos estudos sobre a motivação dos acadêmicos nas universidades.
Para o acadêmico foi importante porque ele poderá relacionar a teoria apreendida ao
longo dos semestres com a realidade empresarial.
1.6 Apresentação geral do trabalho
A Introdução contem a identificação do problema de pesquisa e a justificativa.
O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica que aborda a administração,
apresentando as teorias da Administração e Administração de Recursos Humanos. Relata também
a importância do trabalho e finaliza com os conceitos sobre motivação que é o foco principal do
desenvolvimento desta pesquisa.
O terceiro capítulo destaca os procedimentos metodológicos que foram aplicados na
realização da pesquisa, necessários para assegurar o trabalho científico e validar a pesquisa.
O quarto capítulo foi para analisar os dados coletados através da pesquisa realizada.
O quinto capítulo fica reservado para as considerações finais.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo limita-se à apresentação dos principais conceitos teóricos necessários ao
desenvolvimento deste trabalho. Sendo assim, propõe-se a apresentar os conceitos e os
paradigmas da Administração de Empresas, da Administração de Recursos Humanos, bem
como a motivação e as teorias motivacionais.
2.1 Administração
Devido às evoluções ocorridas nos últimos anos, algumas organizações começaram a
preocupar-se com o bem-estar de seus funcionários, pois viram que diversas mudanças
ocorreram no comportamento humano. Chiavenato (1994, p.3) relata que “a palavra
administração tem sua origem no latim ad (direção para, tendência) minister (comparativo de
inferioridade; e sufixo ter, que serve como termo de comparação, significando subordinação
ou obediência, isto é, aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele
que presta um serviço a outro) e seu significado original implica subordinação e serviços”.
Em sua origem, a palavra administração se refere a uma função que se desenvolve sob o
comando de outro, de um serviço que se presta a outro (CHIAVENATO, 1994).
Conforme Chiavenato (1994, p. 3):
A tarefa da Administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial através de planejamento, de organização, de direção e de controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos.
Para Silva, (2002, p. 11), a administração “é um conjunto de atividades dirigidas à
utilização eficiente e eficaz, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas
organizacionais”.
Administrar, segundo Montana e Charnow (1999, p.1) é “o ato de trabalhar com e
através de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização como dos membros”. A
administração é tanto uma ciência como uma arte e as atividades da administração são:
6
planejar, organizar, selecionar, recrutar, coordenar, motivar, liderar e controlar, obter
resultado eficaz através de pessoas por meio do processo de delegação. (MONTANA E
CHARNOW, 1999). Montana e Charnow (1999, p. 2) ressaltam que “precisamos olhar para o
administrador como se olha para um indivíduo, para que possamos distinguir entre seu papel
gerencial e seu papel técnico seguindo uma carreira vocacional”.
Koontz e O’donnell (1998, p.7) destacam que “a administração é crucial na mobilização
eficiente de recursos humanos e materiais”. Ela é quem determina a maneira de fomentar as
oportunidades de desempenho, a sua atuação é fundamental no estabelecimento de uma
atmosfera condizente com um bom estado de espírito. Koontz e O’donnell (1998, p. 9)
definem ainda que “a administração seja essencial em toda a cooperação organizada, é
essencial também em todos os níveis de organização de um empreendimento”.
Uma organização, seja ela de qualquer ramo, tem como principal força de trabalho as
pessoas, e para ter melhores resultados essa organização possui na área de recursos humanos
estratégias e técnicas para distribuir e selecionar as pessoas, podendo desta forma aproveitá-
las, visando ao melhor desempenho de cada uma, em sua determinada função. Dentro da
organização o patrimônio humano é o principal, e sem as pessoas a organização não funciona,
essas pessoas impulsionam a competitividade, independentemente do cargo que elas ocupam.
(CHIAVENATO, 1999).
2.1.1 Escolas e teorias das organizações
As teorias das organizações podem ser entendidas como um conjunto de princípios e
prescrições que visam a facilitar a realização dos objetivos das organizações e serão mais ou
menos válidas na medida em que isso efetivamente ocorrer. (LACOMBE e HEILBORN,
2003). Lacombe e Heilborn (2003, p.37) relatam que “o administrador precisa conhecê-las
para poder tomar decisões adequadas, referindo-se às teorias que completam, abordam
ângulos e ampliam a visão dos administradores para solução de problemas e aproveitamento
de oportunidades”.
7
2.1.1.1 Escola da Administração Científica
Segundo Lacombe e Heilborn (2003, p.37), a primeira teoria administrativa foi à
chamada escola da administração científica, iniciada pelo engenheiro americano Frederick
Winslow Taylor. Esta teoria era baseada na divisão do trabalho em tarefas elementares e
praticamente indivisíveis e na especialização das pessoas na execução dessas tarefas, visando
obter ganhos de produtividade. Ribeiro (2005, p.13) ressalta que “para compreender a
estrutura empresarial moderna e agir com precisão, o administrador precisa conhecer o
processo evolutivo das organizações nos últimos cem anos. Antes de estudar a
Administração Científica é conveniente analisar suas origens”. Elas estão ligadas às
conseqüências geradas pela Revolução Industrial, principalmente duas delas: o crescimento
acelerado e a desorganização das empresas, que geraram um aumento da complexidade da
administração, exigindo, conseqüentemente, uma abordagem científica, substituindo a
improvisação por métodos racionais de trabalho; e também a necessidade que as empresas
passaram a ter de aumentar a eficiência e a competitividade. (RIBEIRO, 2005).
Lacombe e Heilborn (2003, p.37) relatam que como Henry Gantt, Franck e Lílian
Gilbreth, Henry Ford e muitos outros seguiram a mesma linha de Taylor, que baseava-se no
princípio de que os operários deveriam fazer sempre a mesma coisa (especialização), de modo
a viabilizar seu treinamento na execução de tarefas simples, conseguindo produzir melhor e
mais depressa. Esta escola atendia as necessidades do final do século XIX e início do século
XX nos países desenvolvidos, uma vez que a indústria se expandia rapidamente, empregando
pessoal com baixo nível de qualificação, sendo a maioria oriunda da zona rural. Embora
outras escolas tinham aberto novas vias para o entendimento da administração, a escola da
administração científica continuou sendo aperfeiçoada e utilizada durante muitos anos.
(LACOMBE e HEILBORN 2003).
Segundo Ribeiro (2005, p.37), “Taylor fundamentou a Administração Científica nos
seguintes aspectos: estudo do movimento e tempos; fragmentação de tarefas; especialização
do trabalho; definição de cargos e salários; incentivos salariais de produção; e convicção de
que o salário é a única fonte de motivação do trabalhador”.
8
2.1.1.2 Escola Clássica
A Escola Clássica é baseada na teoria que estabelece uma forma de administrar dando
ênfase à maneira correta de se estabelecer a estrutura organizacional e as responsabilidades
dos administradores, por meio da compreensão precisa e metódica do trabalho. (LACOMBE e
HEILBORN, 2003).
Lacombe e Heilborn (2003, p.39) completam que:
Contribuíram à teoria clássica os autores Luther Gulick que estudou pela primeira vez os critérios de departamentalização, Lyndall F. Urwick, que incorporou a experiência das organizações militares, Ernest Dale e James Moorey, entre muitos outros. Podem ser incluídos nessa escola autores mais recentes como William Newman, Harold Konntz, Cyril O’Donnel e Louis Allen, que publicaram suas obras nas décadas de 1950 e 1960, com ênfase também na estrutura organizacional e nas funções do administrador.
Enfatizando a estrutura organizacional e as funções do administrador, destaca-se que o
engenheiro francês Henri Fayol teve o mérito de, pela primeira vez, separar as funções do
administrador das funções dos que não têm subordinados e são responsáveis pela execução
das atividades. Fayol identificou, enumerou e definiu as funções do administrador e estudou
em profundidade as atividades que devem ser exercidas nas empresas. (LACOMBE E
HEILBORN 2003).
2.1.1.3 Escola das Relações Humanas
Nos anos 20, surge a Escola das Relações Humanas, que acompanha o
desenvolvimento do pensamento de Freud. Ele afirmava que o comportamento humano
poderia ser explicado biologicamente. Existiria um antagonismo básico entre homem e
sociedade. A esta caberia o enquadramento dos instintos humanos, através do processo de
socialização, já que o homem, por natureza, seria anti-social e dominado pelos instintos.
(MOTTA e VACONCELOS, 2005).
O movimento de valorização das relações humanos no trabalho surgiu a partir da
constatação da necessidade de considerar a relevância dos fatores psicológicos e sociais na
produtividade. As bases desses movimentos foram dadas pelos estudos desenvolvidos pelo
psicólogo americano Elton Mayo (1890-1949). (GIL, 1994).
9
Há uma crítica à Escola de Relações Humanas no que diz respeito à participação no
processo decisório. Para os estruturalistas, o conflito social quando visto como uma patologia
contribui para uma manipulação dos empregados, atribuindo um caráter ilusório à
participação destes nas decisões da organização. (MOTTA e VASCONCELOS, 2005). O que
à primeira vista pode parecer um processo democrático, para esta escola, é na verdade: "uma
forma de fazer com que os subordinados acatem decisões previamente tomadas, em função de
uma ilusão de participação e de poder, geralmente criada pela delegação de autoridade para
decidir em assuntos absolutamente indiferentes para a alta cúpula administrativa". (MOTTA e
VASCONCELOS, 2005).
Conforme Gil (1994), a importância das relações humanas passou a ser mais
reconhecida no âmbito das organizações de maior porte e complexidade. Nelas, as relações
tendiam a ser cada vez mais impessoais e ficava claro que essa situação conduzia a
conseqüências bastante desfavoráveis no campo da administração de pessoal.
2.1.1.4 Escola Estruturalista
Para Lacombe e Heilborn (2003), a teoria estruturalista surgiu a partir das críticas à
rigidez e impessoalidade da teoria da burocracia de Weber, que tendia a transformar uma
organização num sistema fechado.
Ribeiro (2005, p. 105) comenta que “a Escola Estruturalista é uma alternativa dentro
da corrente da teoria administrativa que se desenvolveram a partir de estudos sobre as
limitações e a rigidez do modelo burocrático, introduzindo o conceito de sistema aberto aliado
ás contribuições de outras duas escolas: Escola Clássica e Escola de Relações Humanas”.
Ainda segundo Ribeiro (2005): “assim como a Burocrática, a Escola Estruturalista percebeu o
conflito entre a Escola Clássica e a Escola de Relações Humanas. Procurou então determinar
uma teoria mais abrangente, que levasse em consideração tanto a organização formal estudada
pela primeira, como a teoria informal estudada pela segunda”.
10
2.1.1.5 Teoria da Burocracia
De acordo com Ribeiro (2005), um dos traços marcantes das sociedades modernas é o
seu caráter burocrático e limitado. Apesar de a burocracia ter sido idealizada para normatizar
e legalizar os procedimentos de ordem administrativa, os sucessivos desdobramentos e
desvirtuamentos de suas atribuições vieram a comprometer esses propósitos. Ribeiro (2005)
relata que a origem desta escola é proveniente do antagonismo existente entre a Teoria
Clássica e a Teoria das Relações Humanas que não conseguiam apresentar uma visão geral da
organização.
Lacombe e Heilborn (2003, p.39), destacam que:
A burocracia enfatiza a formalização (obediência a normas, rotinas, regras e regulamentos), divisão do trabalho, hierarquia (obediência às ordens dos supervisores e conferência de status às posições hierárquicas elevadas), impessoalidade e profissionalização e competência técnica dos funcionários. A burocracia ideal de Weber procura ser uma meritocracia, em que a promoção deve ser feita com base no mérito. Weber dizia ser a burocracia o exemplo ideal da racionalidade administrativa e superior aos demais tipos de denominação, por diminuir o arbítrio pessoal.
Ribeiro (2005) afirma que o objetivo real da burocracia foi adotar a
administração em geral de um modelo gerencial racional e sistematizado, com acentuadas
características de formalidade, impessoalidade e profissionalismo. Ribeiro (2005, p.86)
ressalta ainda que Max Weber é considerado o pai da teoria da burocracia. Burocracia esta
cujo sentido não é aquele atribuído pejorativamente pela sociedade, mas o e efetivamente
atender à organização formal dentro de padrões de racionalidade e eficiência.
2.2 Administração de Recursos Humanos
A riqueza e a profundidade das análises sobre as diferentes formas de relacionamentos
entre as pessoas no contexto do trabalho poderão ampliar-se, à medida que formos capazes de
identificar os contornos da dimensão da Administração de Recursos Humanos sob uma
perspectiva global e sistêmica. É somente através desse enfoque mais abrangente sobre a
problemática de RH, que é possível transcender em relação ao lugar-comum resultante das
11
interpretações fundamentadas na visão tradicional das atividades administrativas,
normalmente, encontradas no cotidiano organizacional (GIL, 1994).
Quando se avaliam as dificuldades de atuação encontradas pela área de Recursos
Humanos, uma das constatações mais freqüentes diz respeito à crescente descaracterização
das atividades inerentes às funções clássicas de atrair, recrutar, manter, desenvolver e demitir
pessoas. E, em alguns casos, os especialistas também se deparam com a falta de definição
clara do seu papel nessa nova realidade empresarial. Evidentemente que há diferentes
possibilidades para a explicação desses fatos. Algumas apontam para a informatização, outras
para o avanço da TI - Tecnologia da Informação e, ainda outras, como provável decorrência
das anteriores apontam para a transferência e descentralização da execução das atividades de
RH para as unidades operacionais, ocasionando o temido esvaziamento da área de RH. Como
se não bastasse, já há alguns anos, os trabalhadores estão sendo negativamente afetados pelo
fenômeno do desemprego. Nada autoriza a especular que essas tendências se detenham. Pelo
contrário, os indicadores disponíveis reforçam a projetar que se acelerem. Os efeitos de tudo
isso sinalizam para a necessidade de buscarem-se modelos motivacionais mais adequados à
transitoriedade da gestão das pessoas nas organizações.
Quanto mais industrializada for à sociedade, tanto mais numerosas e complexas se
tornam as organizações. Estas passam a criar um tremendo e duradouro impacto sobre as
vidas e sobre a qualidade de vida dos indivíduos. As organizações são constituídas de pessoas.
Por outro lado, as organizações constituem para as pessoas um meio pelo qual podem
alcançar muitos e variados objetivos pessoais com um mínimo de custo, de tempo, de esforço
e de conflito, os quais não poderiam ser alcançados apenas através de esforço individual.
(CHIAVENATO, 1999).
Gil (1994, p.13) destaca que “a Administração de Recursos Humanos é o ramo
especializado da ciência da administração que envolve todas as ações que têm como objetivo
a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade. É,
pois, a área que trata de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, manutenção,
controle e avaliação de pessoa”l. A Administração de Recursos Humanos surge em
decorrência do crescimento das organizações e do aumento da complexidade das tarefas de
gestão de pessoal. Seu desenvolvimento confunde-se com a própria história da administração
e pode ser apresentado segundo algumas etapas que vêem descritas a seguir. (GIL, 1994).
12
Gil (1994, p.16) destaca que “A moderna administração valoriza as atividades de
recursos humanos. Só que as vê de maneira menos setorizada, pois todos os profissionais que
ocupam posições de liderança e têm encargos de pessoas são vistos como gerentes de recursos
humanos, não importando a área que atuam”. Um perfil para os profissionais de recursos
humanos, que possuem uma visão generalista: atualização, habilidade de negociar,
preocupação com os resultados finais da empresa, atenção preferencial para a qualificação da
empresa e motivação de pessoas. (GIL, 1994).
2.2.1 Comportamento Humano
O comportamento humano nas organizações é sempre complexo, pois depende de
fatores internos e externos. Motivos internos são as necessidades, aptidões, interesses e
habilidades do indivíduo, que o fazem capaz de realizar certas tarefas e não outras que o
fazem sentir-se atraído por certas coisas e evitar outras, o que o fazem valorizar certos
comportamentos e menosprezar outros. Podem ser definidos ainda como os impulsos
interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores sociológicos:
necessidades, frustrações, aptidões, habilidades, atitudes e interesses. Motivos externos são os
estímulos ou incentivos que o ambiente oferece, ou objetivos que a pessoa persegue porque
satisfazem a uma necessidade, desperta um sentimento de interesse porque representam a
recompensa a ser alcançada. Os motivos externos podem ser divididos em duas categorias
principais – o trabalho e as condições de trabalho – segundo uma classificação feita numa
teoria proposta por Frederick Herzberg, que exerceu grande influência nos estudos sobre a
motivação. (MAXIMIANO, 1995).
Baseado-se em Chiavenato (1998, p. 76 e 77), “podem ser definidas três suposições
para explicar o comportamento humano, pois elas estão intimamente relacionadas com o
processo de motivação. O comportamento humano é causado, ou seja, existe uma causalidade
do comportamento. Tanto a hereditariedade como o meio ambiente influencia, decisivamente
sobre o comportamento das pessoas. O comportamento é causado por estímulos internos ou
externos”.
Para Maximiano (1995, p.326), “o comportamento é motivado, ou seja, há uma
finalidade em todo comportamento humano. O comportamento não é causal, nem aleatório,
mas sempre orientado e dirigido para algum objetivo. O comportamento não é causado
13
apenas, mas é também causa de algo, a saber: o objetivo a alcançar”. O comportamento
humano é orientado para objetivos pessoais. Subjacente a todo comportamento existe sempre
um impulso, um desejo, uma necessidade, uma tendência, expressões que servem para
designar os motivos do comportamento. (MAXIMIANO, 1995).
2.2.1.1 Teoria Comportamental
A Teoria Comportamental marca a mais profunda influência das ciências do
comportamento na administração. Surgiu em 1947 nos Estados Unidos, dentro de uma
fundamentação amplamente democrática. Todo indivíduo é um tomador de decisão,
baseando-se nas informações que recebe do seu ambiente, processando-as de acordo com suas
convicções e assumindo atitudes, opiniões e pontos de vista em todas as circunstâncias. A
organização neste sentido é vista como um sistema de decisões. (KOONTZ E O’DONNELL
,1998)
Segundo Chiavenato (1997, p. 160) “Em 1935, Kurt Lewin já se referia em suas
pesquisas sobre o comportamento social ao importante papel da motivação. Para melhor
explicar a motivação do comportamento, elaborou a teoria de campo, que se baseia em suas
suposições fundamentais”.
A teoria de campo psicológico formulada por Lewin, afirma que as variações
individuais do comportamento humano com relação á norma são condicionadas pela tensão
entre as percepções que o individuo tem de si mesmo e pelo ambiente psicológico em que se
insere o espaço vital (CHIAVENATO, 1997)
2.2.2 Gestão de pessoas
Gestão de pessoas é um tema muito importante, primeiramente, porque é no interior
das empresas que se passa a maior parte do tempo de que dispomos. Em segundo lugar,
porque as empresas podem ser tudo, mas nada serão se não houver pessoas a definir-lhes a
visão e o propósito, a escolher estruturas e estratégias, a realizar esforços de marketing, a
14
administrar recursos financeiros, a estabelecer metas de produção, a definir preços e tantas
outras decisões e ações. (VERGARA, 2000).
Corroborando Vergara, 2000, Chiavenato (1999, p. 4) “destaca que além de as pessoas
passarem boa parte de suas vidas no interior das organizações, estas dependem daquelas para
poderem funcionar e alcançar sucesso”. A gestão de pessoas é uma área muito sensível à
mentalidade e posturas que predominam nas organizações. Ela é contingencial e situacional,
pois depende de vários aspectos como a cultura que existe em cada organização, a estrutura
organizacional adotada, as características do contexto ambiental, o negócio da organização, a
tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variáveis importantes.
(CHIAVENATO, 1999).
Chiavenato (1999, p.8) destaca que:
As pessoas constituem o principal ativo da organização. Daí a necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas a seus funcionários. As organizações bem sucedidas estão percebendo que somente podem crescer, prosperar e manter sua continuidade se foram capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros, principalmente o dos empregados.
Dutra (2001, p.19) define a gestão de pessoas como o conjunto de políticas, práticas,
padrões atitudinais, ações e instrumentos empregados por uma empresa, para interferir no
comportamento humano e direcioná-lo no ambiente de trabalho.
Do ponto de vista empresarial, tais iniciativas são provenientes de diferentes instâncias
organizacionais e mesclam-se com as estratégias e práticas dos próprios empregados. Pode-se
incluir nesta categoria, por exemplo, os projetos de engenharia que interferem nas formas de
organização do processo do trabalho.
2.3. A importância do trabalho
Para Lacombe e Heilborn (2003), o trabalho é o principal fator de produção de
riqueza. O próprio capital resulta, em última instância, de uma remuneração de fatores de
produção que foi reinvestida para aumentar a eficiência ou o volume da produção.
15
O processo de reconhecimento da tarefa bem executada e pelo esforço desempenhado
pelo trabalhador, acontece quando a recompensa dada ao empregado é valorizada pela
organização (DEJOURS, 2003).
Dejours (2003, p.34), destaca que.
O reconhecimento não é uma reivindicação secundária dos que trabalham. Muito pelo contrário, mostra-se decisivo na dinâmica da mobilização subjetiva da inteligência e da personalidade no trabalho, o que é classicamente designado em psicopatologia pela expressão “motivação no trabalho”). O reconhecimento do trabalho, ou mesmo da obra, pode depois ser reconduzido pelo sujeito ao plano da construção de sua identidade. E isso se traduz afetivamente por um sentimento de alívio, de prazer, às vezes de leveza d’alma ou até de elevação.
Dejours (1987, p. 133) afirma que “a organização do trabalho exerce sobre o homem
uma ação específica, cujo impacto é o aparelho psíquico”. O trabalhador, em relação ao
trabalho, desenvolve experiências assumidas pelo aparelho psíquico que lhe proporciona
satisfações e em certas condições podem gerar sofrimento. O trabalho é um campo de
inúmeros paradoxos. Portanto, ao mesmo tempo em que dá origem a processos de sofrimento
e angústia, pode “ser também um possante instrumento a serviço da emancipação, bem como
do aprendizado e da experimentação da solidariedade e da democracia”. (DEJOURS, 2003).
Arendt (2007, p.108) “entende que o trabalho é todo tipo de atividade voltada às
necessidades naturais do homem, aquelas realizadas no convívio familiar, destinadas a saciar
a fome, a sede, enfim, toda a sorte de exigências da condição animal do ser humano”.
Diferentemente do labor e da ação, o trabalho humano tem por traço distintivo a relação meio-fim. Se o labor visa às necessidades fisiológicas do homem e à ação aos anseios políticos, o trabalho não visa objetivamente nada no próprio ser humano, a não ser produzir um meio para se atingir outros fins, ou mesmo novos meios. O resultado do trabalho é passível de determinação objetiva: o produto ou bem de uso ou consumo. Além disso, o produtor se distingue do resultado de seu trabalho. Se na ação e no labor seus produtos se incorporam à sociedade e ao homem, respectivamente, no trabalho o produto se destaca do produtor e, como principal característica, passa a incorporar o mundo, dividindo-o com o próprio homem. O trabalho é, pois, naturalmente violento na medida em que traz ao mundo do homem algo que a ele não pertencia, deturpando e violentando também a natureza original. (Arendt 2007, p. 189):
A motivação no trabalho é uma das engrenagens possíveis de transformação do
sofrimento em prazer. Quando a qualidade do trabalho é reconhecida, também todo esforço,
angústia, dúvidas, desânimos adquirem sentidos. O reconhecimento do trabalho, ou mesmo da
obra, pode depois ser reconduzido pelo sujeito ao plano da construção de sua identidade. E
16
isso se traduz afetivamente por um sentimento de alívio, de prazer, às vezes de leveza d’alma
ou até de elevação. (DEJOURS, 2003).
2.4. Motivação
“Motivar alguém é induzi-lo a agir de uma maneira desejada. É possível fazer objetos
inanimados executarem determinadas funções com certo grau de segurança, mediante a aplicação
direta de uma força”. (KOOTZ e O’DONNELL, 1998, p. 395).
Pode-se projetar no futuro que a concorrência entre as organizações será mais acirrada
do que já é atualmente, passando a ser uma concorrência sem fronteiras. Com essas mudanças
o fator humano nas organizações passa a ser mais importante, e ter um funcionário motivado,
trabalhando com vontade, passa a ser um fator a mais, e muito importante para o crescimento
da organização.
As organizações dependem das pessoas para dirigi-las, organizá-las, controlá-las, e
fazê-las funcionar. Quanto melhor e mais motivadas estiverem essas pessoas, melhor estarão
funcionando essas organizações. Com a evolução que está ocorrendo nos sistemas de
informação, muitos estudiosos e cientistas acreditam que num futuro próximo as organizações
serão virtuais, ou seja, com funcionários trabalhando em lugares diferentes e responsáveis por
seu próprio serviço, sem supervisores diretos e respondendo por resultados. Daí a necessidade
de colaboradores motivados e trabalhando com vontade. (NEWSTROM e DAVIS, 1998).
A motivação leva o funcionário em direção a um objetivo, para chegar a esse objetivo
tem que haver persistência na ação, essa persistência acontece por causa da motivação. A
motivação é a força impulsionadora em direção ao objetivo.
A motivação acontece a partir da necessidade, ela impulsiona o indivíduo a um
objetivo, então ele está motivado a alcançar esse objetivo e persiste nisso. Embora algumas
atividades humanas aconteçam sem motivação, praticamente quase todos os comportamentos
conscientes são motivados ou possuem uma causa. (NEWSTROM e DAVIS, 1998).
Nas relações humanas trabalhadores felizes são trabalhadores produtivos. Os cientistas
comportamentais consideram que a compreensão do comportamento humano é o meio mais
importante para se chegar a objetivos e eficiência. Quando um empregado estiver dotado
17
generosamente de todas as qualidades necessárias ao desempenho do cargo, e tiver as
ferramentas necessárias, terá um bom ambiente de trabalho, mas isso não garantirá, de
antemão, que ele executará a contento sua tarefa, terá de haver a motivação como “motor
propulsor” (MINICUCCI, 1995).
“Só conseguimos motivar os outros quando estamos motivados!” (CASTRO, 1999).
Castro Píer (1999) aborda aspectos ligados “à automotivação, e apesar de ser um tema muito
interessante, existe pouca bibliografia e exercícios sobre a automotivação, que podem ser
utilizados individualmente, em trabalhos de grupo (dinâmicas), ou em reuniões de
treinamento”.
Para Terra Cyrineu (1994), a criatividade estaria muito relacionada aos aspectos
motivacionais: o que realmente distingue as pessoas criativas é uma motivação intrínseca para
o trabalho; são pessoas que “trabalham duro”; preferem definir seu próprio caminho, lutam
para ser originais e mostram grande flexibilidade na resolução de problemas. Por isso, devem
ser levados em consideração no momento da seleção de pessoal. A questão da motivação para
o trabalho é um dos assuntos centrais das teorias organizacionais, e como visto fundamental
para o processo criativo.
Para Heller (2001, p.28) “a arte de motivar pessoas começa com a descoberta de
como influenciar o comportamento de cada uma delas. Motivação é a força que nos estimula a
agir. Com isso, aumentam as oportunidades de alcançar os resultados esperados pela
empresa”.
No passado, acreditava-se que essa força precisava ser “injetada” nas pessoas. Hoje se
sabe que cada indivíduo tem motivações próprias, geradas por fatores distintos. No ambiente
de trabalho, deve-se estimular a equipe a aliar as motivações pessoais às necessidades da
empresa. Para obter o máximo resultado (desempenho) dos funcionários, as empresas têm
trocado a tática do “comando” pela teoria da “informação e consenso”. Fazem isso baseado na
descoberta de que o reconhecimento pelo bom trabalho funciona mais do que a reprimenda
por tarefas malsucedidas (HELLER, 2001).
Tentar motivar as pessoas é muito difícil por causa das diferenças individuais e de
como elas interagem com sua própria personalidade e motivação. Deve-se se orientar, sempre,
para o mesmo objetivo: obter o maior rendimento de todos.
Para que haja a motivação, avalia-se cada integrante do grupo. Isso permite formar
uma idéia, ainda que vaga, sobre a melhor maneira de motivar cada um a atingir seu potencial
máximo.
18
Devem-se observar as pessoas sem preconceitos; concentrar a atenção no desempenho,
na personalidade, nos hábitos ou na aparência física fica em segundo plano. Um líder deve
apreciar a todos e não favorecer a ninguém. Eleger “favoritos” desmotiva os preteridos e
expõe os eleitos à animosidade dos colegas. Nunca se deve assumir a postura ou o papel de
juiz nos conflitos entre os membros da equipe.
Heller (2001) relata, ainda, que o comportamento das pessoas muda quando elas estão
num grupo, o que pode levar tanto à histeria coletiva como ao espírito de união. A motivação
da equipe começa no suprimento de suas necessidades e na fixação de estratégias para se
alcançar objetivos.
Os administradores influenciam diretamente no desempenho das pessoas subordinadas
a eles. Assim, os funcionários farão melhor o seu trabalho, quando seus gerentes estiverem
mais bem preparados para ajudá-los. Infelizmente, programas formais de treinamento
geralmente ensinam muito pouco sobre a arte de influenciar pessoas positivamente, e menos
ainda sobre como conseguir as melhores idéias ou estimular a criatividade – ou até mesmo
cooperação – dos funcionários. (BLOHOWIAK, 1997).
A maior parte da literatura e do ensino sobre administração parece obcecada com a
melhoria do processo, onde a cura para os desafios é assumida como sendo do domínio de
técnicas cada vez mais sofisticadas e eficientes. Esta mentalidade sugere que os duros
desafios vindouros precisam meramente das ferramentas certas. (BLOHOWIAK, 1997).
Conforme Penna (2001), a motivação responderia apenas pelo processo de
organização e direção do comportamento, sendo seus diversos padrões caracterizados por
componentes medicionais. Em primeiro lugar, parece que um segmento do sistema nervoso
está mais particularmente relacionado com a motivação: trata-se do sistema de ativação do
tronco cerebral. Desde que se iniciaram as pesquisas, tanto clínicas quanto experimentais,
sobre motivação, muitas foram às teorias elaboradas que tinham o objetivo de cobrir e
disciplinar a massa de fatos observados. Dentre as mais importantes, convém citar a do drive
ou impulso, especificamente vinculada aos behavioristas e comportando diferenças de
tonalidade em função dos vários sistemas que foram por eles edificados; a psicanalítica, que
construiu três versões foi, a gestalista, que se expressou através de quatro modelos principais:
(HEIDER,1960); a teoria da atividade intrinsecamente motivada, centrada nas atividades de
exploração e curiosidade (BERLYNE, 1960; WOODWORTH, 1947); e a relacional, de base
fenomenológico-existencial, ligada ao nome de J. Nuttin (1950,1965).
19
Weiss, (1991) enfatiza que as pessoas esperam que os supervisores sejam, entre outras
coisas “motivadores”. Porém, isso não é tão simples quanto pode parecer, não só porque o
material com que você vai trabalhar pode não ser adaptável à motivação, mas também porque
talvez não seja realmente possível motivar os outros.
Motivar é como dirigir uma torcida (incitar, animar), mas muitas vezes, os “chefes de
torcida” desanimam mais do que animam as pessoas. Além disso, essa atitude tem somente
um efeito a curto prazo. É importante que, em vez de assumir o papel de “chefe de torcida”, o
motivador deva ter um comportamento positivo de apoio e um entusiasmo sensato.
Bergamini (1997) relata que antes da Revolução Industrial, a principal maneira de
motivar consistia no uso de punições, criando dessa forma, um ambiente generalizado de
medo. Tais punições não eram unicamente de natureza psicológica, podendo aparecer sob
forma de restrições financeiras, chegando até a se tornar reais sob forma de prejuízos de
ordem física. A autora completa também que quanto mais se aprofunda o estudo do
comportamento motivacional humano, mais claramente se percebe que a motivação de cada
um está ligada a um aspecto que lhe é muito caro, aquele que diz respeito à sua própria
felicidade pessoal. E como se observa, a motivação inclui uma gama de formas
comportamentais, sendo que os diversos interesses expressados pelos indivíduos permite
inferir que eles não fazem as mesmas coisas pelos mesmos motivos. É dentro dessa
diversidade, por mais contraditória que possa parecer, que se situa a principal fonte de
informações relacionada ao comportamento motivacional.
2.4.1. Teorias motivacionais
2.4.1.1. Teoria X e Teoria Y
Chiaventato (2003, p.148) destacou que “McGregor propôs que o comportamento
organizacional fosse regido por duas visões distintas: uma negativa, a qual ele deu o nome de
teoria X e outra positiva que deu o nome de Teoria Y”. Chiavenato (2003, p.148) “completa
que McGregor considerou que a visão que os executivos têm de seus funcionários se baseiam
nas premissas da teoria X, e acabam moldando seu próprio comportamento com relação aos
seus funcionários de acordo com elas”.
20
Segundo Chiavenato (2003), “administrar é um processo de criar oportunidades,
libertar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento, proporcionar orientação. É
uma administração por objetivos em vez de uma administração por controles”.
O quadro I mostra as principais diferenças entre as teorias X e Y.
21
TEORIA X TEORIA Y
1. As pessoas não gostam do trabalho e o
evitarão, sempre que isso esteja ao seu
alcance.
2. Toda a organização tem uma série de
objetivos e, para que sejam abrangidos,
as pessoas que nela trabalham, devem
ser compelidas, controladas e mesmo
ameaçadas com punições, para que seus
esforços sejam orientados no sentido
daqueles objetivos.
3. As pessoas preferem ser dirigidas a
dirigir.
4. As pessoas procuram evitar as
responsabilidades sempre que possível.
5. As pessoas médias tem relativamente
pouca ambição.
6. As pessoas preocupam-se, acima de
tudo, com a própria segurança.
Esses seis itens constituem a essência da
Teoria X. Ao se observar bem as
afirmações acima, verificam-se que elas
concluem pela impossibilidade da
motivação positiva para o trabalho. Essa
teoria já teve ampla aceitação e ainda hoje
não são poucos os que a defendem.
1. O trabalho pode ser uma fonte de
satisfação ou de sofrimento,
dependendo de certas condições
controláveis.
2. O controle externo e as ameaças de
punição não são os únicos meios de
estimular e dirigir os esforços. As
pessoas podem exercer autocontrole e
auto dirigir-se, desde que possam ser
convencidas no sentido de se
comprometerem a fazê-lo.
3. As recompensas do trabalho estão em
ligação direta com os compromissos
assumidos. A satisfação do ego e da
necessidade de auto-realização pode
ser recompensa de esforços dirigidos
no sentido dos objetivos da
organização.
4. As pessoas podem aprender a aceitar
e assumir responsabilidade.
5. A imaginação, a criatividade e a
engenhosidade podem ser largamente
encontradas na população.
6. A potencialidade intelectual do ser
humano médio está longe de ser
totalmente utilizada. Uma utilização
muito maior pode ser conseguida.
Quadro 1– Diferenças das Teorias X e Y.
Fonte: CHIAVENATO (2003, P. 151)
22
McGregor (1980, p. 45) enfatiza que “o trabalho, com base na administração científica, atende
as necessidades básicas do indivíduo, mas oferece poucas oportunidades da satisfação das
necessidades egoístas, principalmente para as pessoas situadas nos níveis inferiores da
hierarquia”.
Conforme Chiavenato (2003), a Teoria Y propõe um estilo de administração
fracamente participativo e democrático, baseado nos valores humanos. McGregor recomenda
uma séria de idéias renovadoras e plenamente voltadas para a aplicação da Teoria Y.
Sobre a Teoria X, as quatro premissas dos executivos são:
• Os funcionários, por natureza, não gostam de trabalhar e, sempre que possível,
tentarão evitar o trabalho;
• Como eles não gostam de trabalhar, precisam ser coagidos, controlados ou ameaçados
com punições para que atinjam as metas;
• Os funcionários evitam responsabilidades e buscam orientação formal sempre que
possível;
• A maioria dos trabalhadores coloca a segurança acima de todos os fatores associados
ao trabalho e mostra pouca ambição.
Em contraste com essas premissas negativistas, McGregor listou quatro premissas
positivas, a qual chamou Teoria Y:
• Os funcionários podem achar, o trabalho algo tão natural quanto descansar ou se
divertir;
• As pessoas demonstrarão auto-orientação e autocontrole se estiverem comprometidas
com os objetivos;
• As pessoas, na média, podem aprender a aceitar, ou até a buscar, a responsabilidade;
• A capacidade de tomar decisões inovadoras pode estar em qualquer pessoa, não sendo
um privilégio exclusivo daquelas em posições hierárquicas mais altas.
Ribeiro (2003) ressalta que, segundo McGregor, a motivação, o potencial e a
capacidade de assumir responsabilidade estão presentes em cada pessoa. A empresa, porém
precisa criar condições para que elas desenvolvam essas características.
23
2.4.1.2 Teoria da Hierarquia das Necessidades
Para Lacombe e Heilborn (2003) a teoria sobre a hierarquia das necessidades surgiu no
início da década de 1940 com Abraham Maslow, a partir da qual é possível inferir o que
motiva cada pessoa. Segundo Maslow o princípio básico da motivação é: a necessidade
satisfeita não é um motivador de comportamento.
Para Maslow, as necessidades humanas obedecem a uma ordem de importância e
podem ser dispostas numa hierarquia como em uma pirâmide: na base estão as necessidades
básicas e no topo, as mais importantes são necessidades fisiológicas, necessidades de
segurança, necessidades socais, necessidades de auto-estima, necessidades de realização do
potencial. (RIBEIRO, 2005).
Chiavenato (2003) destaca que a hierarquia das necessidades, demonstrado na figura 1
foi elaborada por Abraham Maslow, e afirma que todo o ser humano, possui uma hierarquia
de necessidades que precisam ser supridas. A cada nível suprido da hierarquia, o indivíduo
procura preencher a necessidade do nível superior. As necessidades são as seguintes:
1. Fisiológicas: ar, comida, repouso, abrigo, etc;
2. Segurança: proteção contra o perigo ou privação;
3. Sociais: amizade, incluindo-se em grupos, etc;
4. Estima: reputação, reconhecimento, auto-respeito, amor, etc;
5. Auto-Realização: realização do potencial, utilização plena dos talentos
individuais, etc;
24
Figura 1 Hierarquia das necessidades, de Maslow.
Maslow separou as cinco necessidades em patamares mais altos e mais baixos. As
necessidades fisiológicas e de segurança são consideradas necessidades primárias, enquanto
aquelas relacionadas a auto-realização são denominadas necessidades secundárias. Apesar
de ser ainda amplamente utilizada, esta teoria ainda possui pouco embasamento empírico,
pois ainda não se chegou a conclusão de que as necessidades dos indivíduos se organizam de
acordo com as dimensões propostas por Maslow, de que as necessidades não satisfeitas levam
à motivação ou de que uma necessidade atendida ativa um movimento em direção a um novo
nível de necessidade. (LACOMBE e HEILBORN, 2003).
2.4.1.3 Teoria dos dois fatores de Herzberg
Frederick Herzberg estudou de que forma e em que grau diversos fatores motivam os
empregados. Existem dois tipos de fatores: os motivacionais e os fatores higiênicos.
(LACOMBE e HEILBORN, 2003).
Segundo Ribeiro (2005) esta teoria de Frederick Herzberg, que trata da motivação no
trabalho, é uma das mais discutidas. São composta por fatores externos e internos, os externos
ligados aos fatores motivacionais e os internos ligados aos fatores higiênicos.
Fisiológicas
Segurança
Sociais
Estima
Auto-Realização
25
Chiavenato (2003) destaca que enquanto Maslow fundamenta sua teoria da motivação
nas diferentes necessidades humanas (abordagem intra-orientada), Herzberg alicerça sua
teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo (abordagem extra-orientada).
Herzberg considera que tanto o ambiente externo como o trabalho em si são fatores
importantes na motivação humana, contudo, apenas o ambiente em que o empregado trabalha
e as circunstâncias externas que o envolvem têm sido enfatizados pela maioria das políticas de
ARH das organizações. Herzberg, em função da pesquisa, cuja validade tem sido
amplamente discutida, define a teoria com dois fatores. (CHIAVENATO, 2003).
Fatores higiênicos: referem-se às condições que rodeiam o empregado enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho: o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os empregados, os regulamentos internos, as oportunidades existentes, etc. Correspondem à perspectiva ambiental. Constituem os fatores tradicionalmente utilizados pelas organizações para se obter motivação dos empregados.
Fatores motivacionais: referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e sãos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores motivacionais que produzem um efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis normais. O termo motivação para Herzberg, envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional manifestado por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalhador. (Chiavenato, 2003, p. 96 e 97)
Para Chiavenato (2003) durante muito tempo a concepção de motivação foi baseada
nos modelos de Maslow e Herzberg, essas teorias amplamente aceitadas e divulgadas,
careciam de verificação empírica. Pesquisas recentes têm demonstrado que a teoria de
Maslow apresenta evidência empírica relativamente pequena, enquanto a de Herzberg
continua cheia de controvérsias.
2.4.1.4 Teorias da expectativa de Vroom
Chiavenato (2003) destaca que Vroom desenvolveu uma teoria de motivação que
rejeita noções preconcebidas e que reconhece as diferenças acima (teorias de Herzberg). A
teoria de Vroom é atualmente a mais aceita pelos psicólogos e sociólogos contemporâneos.
26
Chiavenato (2003) relata ainda que esta teoria seja bastante parecida com a teoria
desenvolvida por Atkinson e Edwards na Psicologia Experimental e por Peak, Rosenberg e
Fishbein na Psicologia Social.
Para Ribeiro (2005, p. 82)
A atitude do indivíduo depende da expectativa que ele tem de ver seu esforço retribuído; a maior ou menor participação está intimamente ligada à possibilidade de promoção, sem o que seu desempenho será sofrível. Em estruturas organizacionais competitivas também as exigências com relação às condições de trabalho oferecidas são diretamente proporcionais aos resultados a serem alcançados, contribuindo ou não para eles; nesse caso, frustradas as expectativas do profissional, ele fica desmotivado e a própria empresa perde.
Vergara (2000) define que a teoria da expectativa de Vroom relaciona o desempenho
com a recompensa. Isso quer dizer que o indivíduo considera que fazer algo lhe trará
recompensas desejadas, então não medirá esforços para poder conquistá-las.
Para Chiavenato (2003) o modelo de motivação de Vroom apóia a teoria da
motivação de objetos gradativos, desenvolvida anteriormente por alguns autores. È
denominado modelo de expectação de motivação (conforme figura 2). Chiavenato (2003)
destaca ainda que esse modelo seja baseado na hipótese de que a motivação é um processo
que governa escolhas entre comportamentos. O indivíduo percebe as conseqüências de cada
alternativa de ação como um conjunto de possíveis resultados provenientes de seu particular
comportamento.
Figura 2. Modelo de expectação aplicado de Vroom.
Figura 2 Modelo de Expectação de Motivação (mencionado por Vroom, segundo Chiavenato (2003).
EXPECTAÇÃO
ATIVIDADES DO
INDIVÍDUO
• ESFORÇO
• CAPACIDADE PRODUTIVIDADE
ELEVADA
RESULTADO DO PRIMEIRO
NÍVEL
RESULTADOS FINAIS
DINHEIRO
BENEFICIOS SOCIAIS
APOIO DO SUPERVISOR
PROMOÇÃO
ACEITAÇÃO DO
GRUPO
27
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
3.1 Caracterização da pesquisa
Este estudo trata-se de uma pesquisa, pois primeiramente utiliza-se da teoria para
depois relacionar os fatores motivacionais adotados pela empresa Construtora de Ângelo Ltda.
A abordagem da pesquisa devido à natureza do problema apresenta-se de forma qualitativa e
descritiva.
Para Santos (1999) a pesquisa descritiva tem como interesse principal descrever um
fato ou as características de um fenômeno. Desta forma este tipo de pesquisa constitui-se de
um levantamento das características, dos conhecimentos (fato, fenômeno, problema), que
auxiliam na compreensão dos fatores motivacionais da Construtora de Ângelo Ltda. Para Gil
(1999), o método descritivo tem como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
Segundo Cervo e Brevian (1996), a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e
correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a
precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com
outros, sua natureza e características.
Para Richardson (1999) a abordagem qualitativa define-se por ser uma forma
adequada para entender a natureza de um fenômeno social, sendo que não pretende-se
enumerar ou medir unidades ou categorias homogêneas.
De acordo com Haguette (1999), o método qualitativo enfatiza as especialidades de
um fenômeno em termos de suas origens e de sua razão de ser, pois refere-se à descrição dos
tipos, finalidades, métodos, procedimentos que definem a pesquisa a ser realizada, em
alinhamento com o objeto/problema já delimitado.
28
3.2 Contexto e participantes
A população desta pesquisa são 08 (oito) funcionários contratados da Construtora de
Ângelo Ltda. Segundo Vergara (1998) população é um conjunto de elementos (empresas,
produtos, pessoas, por exemplo), que possuem as características que serão objeto de estudo.
A população representa o total de funcionários contratados da empresa e que realizam
atividades administrativas.
Por ser um número pequeno de funcionários, foi decidido realizar a pesquisa com
todos. Tal escolha favorece o objetivo da pesquisa, pois terá dados de todos os funcionários da
empresa.
3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados
A coleta de dados foram por meio de questionário, que é uma ferramenta que apóia o
pesquisador, onde são levantados questionamentos, análises e relatórios que auxiliam no
resultado do trabalho. Gil (1999) define questionário como a técnica de investigação composta
por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo
como objetivo o conhecimento de opiniões, crenças e sentimentos.
O questionário foi aplicado pelo pesquisador primeiramente para os funcionários dos
setores administrativo, financeiro e engenharia totalizando 04 (quatro) funcionários,
posteriormente aplicado para os funcionários do setor de obras que foram reunidos na sede da
empresa totalizando 04 (quatro) funcionários, o questionário foi aplicado no dia 23 de outubro
de 2007.
Mattar (2001) define ainda que o instrumento de coleta de dados seja o documento
através do quais as perguntas e questões serão apresentadas aos respondentes e onde são
registradas as respostas e dados obtidos.
O questionário será aplicado a todos os funcionários da empresa em estudo.
O questionário foi formulado com base nas teorias motivacionais de dos dois fatores
de Herzberg e da Hierarquia das Necessidades de Maslow. Porque para Maslow, as
necessidades humanas obedecem a uma ordem de importância e podem ser dispostas numa
hierarquia como em uma pirâmide: na base estão as necessidades básicas e no topo, as mais
importantes são necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades socais,
necessidades de auto-estima, necessidades de realização do potencial. (RIBEIRO, 2005), e
29
para Frederick Herzberg estudou de que forma e em que grau diversos fatores motivam os
empregados. Existem dois tipos de fatores: os motivacionais e os fatores higiênicos.
(LACOMBE e HEILBORN, 2003).
3.4 Tratamento e análise dos dados
Os dados coletados por meio de questionários e nos documentos e informações obtidas
na empresa foram organizados e posteriormente foram representados, por meio de tabelas e
gráficos, apresentando assim uma porcentagem exata para a compreensão dos mesmos.
Gil (1999) define que a análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de
forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para
investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura de sentido mais amplo das
respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.
30
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Apresenta-se a análise da pesquisa realizada com os funcionários da empresa
Construtora de Ângelo Ltda, onde se trabalha a explicação dos resultados obtidos. Esta
análise busca interpretar e fornecer respostas ao problema de pesquisa proposto. Sendo assim
os dados apresentados foram interpretados buscando como critérios os objetivos da pesquisa.
4.1 Caracterização da Empresa
O dados apresentados a seguir foram levantados através de documentos apresentados
pela empresa como por exemplo Contrato Social, Certidão Simplificada da Junta Comercial e
por informações obtidas através dos sócios-proprietários.
A empresa Construtora de Ângelo Ltda, foi fundada em 01 de Outubro de 2000, atua
no ramo da construção civil, focada para o mercado de obras públicas. Nesses sete anos de
existência a empresa já reformou e construiu diversas salas de aulas em diversas escolas do
estado, reformou e construiu diversos leitos em hospitais da região.
A empresa iniciou as suas atividades quando o Sr Paulo Motta um dos proprietários
resolveu explorar esse ramo com seu amigo o Sr Agostinho Nesio de Melo, ficaram sócios
durante dois anos, após esses dois anos com a saída do Sr Agostinho o Sr Paulo continuou a
frente dos negócios como acontece até dos dias de hoje.
A empresa está localizada a Rua Pedro Bunn, 43 – Bairro Barreiros, no Município de
São José, esta instalada em uma casa comercial própria, onde funciona a administração e parte
do depósito de materiais, o restante dos materiais encontram-se em outro depósito da empresa
situado às margens da SC 407.
A empresa Construtora de Ângelo Ltda possui em seu corpo funcional um total de
nove funcionários e participaram da pesquisa oito funcionários, devido o outro funcionário ser
o autor da pesquisa. Participaram da pesquisa somente os funcionários contratados, que estão
devidamente registrados na empresa.
Esses funcionários estão distribuídos em diversos departamentos na empresa,
conforme tabela 1;
31
Departamento Número de Funcionários
Financeiro 1
Administrativo 2
Engenharia 2
Obras 4
TOTAL FUNCIONÁRIOS 9
Tabela 1 - Divisão de Departamento
Fonte: dados primários (2007)
A tabela 2 apresenta o perfil de cada funcionário, onde podemos perceber que na sua
maioria são do sexo masculino, com idades variadas entre eles. Apresenta também o tempo
de serviço de cada funcionário, ressaltando que o funcionário que tem mais tempo de serviço
ocupa o Cargo de Gerente Administrativo e foi um dos não respondeu o questionário, por ser
o autor da pesquisa.
Idade Sexo Tempo de Serviço
32 anos Feminino 7 meses
18 anos Feminino 4 meses
36 anos Masculino 4 anos e 2 meses
26 anos Masculino 1 ano e 2 meses
46 anos Masculino 3 anos e 4 meses
65 anos Masculino 1 ano e 11 meses
46 anos Masculino 1 anos e 6 meses
38 anos Masculino 9 meses
43 anos Masculino 3 anos e 10 meses
32
Tabela 2 - Perfil dos Funcionários - Idade, sexo e tempo de serviço
Fonte: Dados primários (2007)
Todos os departamentos se reportam a Diretoria que é composta de 02 (dois) diretores,
que não estão apresentados na tabela.
A empresa tem como Missão “Construir empreendimentos públicos e privados com
alta tecnologia e qualidade, a preços competitivos propiciando a qualidade de vida e o bem
estar social em benefício da sociedade” e como Visão “Continuar realizando obras públicas de
qualidade, buscando o reconhecimento e a satisfação de nossos clientes e parceiros,
destacando-se cada vez mais entre as melhores empresa do setor”.
4.2 Apresentação de dados
Foram aplicadas no questionário perguntas referentes ao grau de motivação de cada um desses
funcionários, onde se pode constatar que a maioria deles responderam que estão satisfeitos
com que envolve a pergunta, e muitos deles levam em questão a sua permanência na empresa
o pagamento de salários em dia. De certa forma pode-se concluir que estes funcionários estão
estagnados.
No gráfico 1 é apresentada a porcentagem em relação ao trabalho executado. Sendo
que 74% dos funcionários estão satisfeitos, 13% muito satisfeitos e 13% pouco satisfeitos.
Isso reflete que esses funcionários não estão motivados, estariam motivados se os índices de
muito satisfeitos chegassem a 100%, ou quase isso, com esses índices apresentados a empresa
tem que ficar atenta a motivação de seus funcionários, porque satisfação não e sinônimo de
motivação.
33
74%
13%
13%muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 1 – Em relação ao trabalho executado
Fonte: dados primários, 2007.
Verificou-se em relação às tarefas desenvolvidas (gráfico 2), que o índice de muito
satisfeito elevou-se para 25% sendo que os satisfeitos continuam sendo a maioria com 62% e
os poucos satisfeitos com 13%. Este resultado reforça a conclusão do gráfico anterior que os
funcionários apresentam-se estagnados, o que enfatiza a conclusão que não há motivação.
25%
13%62%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 2 – Em relação às atividades desenvolvidas
Fonte: dados primários, 2007.
Em relação à autonomia na realização das tarefas, novamente é apresentado os
mesmos índices que o gráfico 3. Pode-se perceber um alto índice do grau satisfeito, isto
reflete diretamente no momento que se delegam tarefas a esses funcionários, porque se o
funcionário não tiver automonia para exercer as tarefas ficará limitado. Devem se levar em
34
consideração que esta automonia fique limitada as suas tarefas, que não faça com que os
funcionários queiram exercer o papel de líder sobre os outros. Heller (2001) relata que deve-
se observar as pessoas sem preconceitos, concentrar a atenção no desempenho, na
personalidade nos hábitos ou na aparência física em segundo plano. Um líder deve apreciar a
todos e não favorecer ninguém. Eleger “favoritos” desmotiva os pretendidos e expõe os
eleitos á animosidade dos colegas.
25%
13%62%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 3 – Em relação a autonomia na realização das tarefas
Fonte: dados primários, 2007
De acordo com os índices em relação à segurança e estabilidade profissional (gráfico
4), pode-se constatar um alto índice de satisfeitos e com pequenos índices de pouco
satisfeitos, índices que caracterizam a falta de motivação, este dado faz com que acreditemos
que esta falta de credibilidade na segurança profissional deve-se aquela situação onde caso o
funcionário seja demitido encontrará outra empresa esperando pelos seus serviços. Fato esse
que relata a acomodação desses funcionários.
35
0% 13%
87%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 4 – Em relação á segurança e estabilidade profissional
Fonte: dados primários, 2007
Em resposta a pergunta referente às regras adotadas pela empresa o índice de
satisfeitos ficou em 75% e dos poucos satisfeitos em 25%, isto não quer dizer que após a
empresa adotar regras não podem ser alteradas, pelo contrário as regras são feitas para o bom
desenvolvimento do trabalho dos funcionários, para nortear o trabalho, mas motivados, bem
diferente do que relata Bergamini (1997) que antes da Revolução Industrial a principal
maneira de motivar consistia no uso de punições. Criando dessa forma, um ambiente
generalizado de medo. Conforme mostra o gráfico 5.
0%
25%
75%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 5 – Em relação as regras adotadas
Fonte: dados primários, 2007
Com relação às respostas apresentadas no gráfico 6, sobre recompensas financeiras, os
índices apresentados foram 87% satisfeitos e 13% pouco satisfeitos.
36
0% 13%
87%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 6 – Com relação às recompensas financeiras
Fonte: dados primários, 2007
E em relação aos incentivos e recompensas gráfico 7, 75% estão satisfeitos e 25%
poucos satisfeitos, essas duas perguntas se relacionam porque envolvem um assunto muito
discutido, mas empresas, e até mesmo na empresa onde foi realizada a pesquisa, que nada
mais é do que os salários, os benefícios às gratificações. Este assunto é muito discutido
porque se todos os funcionários trabalhassem com prazer, motivados os recebimentos mensais
seriam recompensas. Porém os funcionários pesquisados enfatizam que trabalham pensando
em chegar o final do mês para poder receber o seu salário, muitas vezes nem se importando se
a empresa passa por uma situação favorável ou desfavorável, se o seu colega que trabalha ao
seu lado esta passando por momentos difíceis. Isso mostra que há necessidade de mudar esse
panorama. Vergara (2000) define que a teoria da expectativa de Vroom relaciona o
desempenho com a recompensa. Isso quer dizer que o indivíduo considera que fazer algo lhe
trará recompensa desejadas, então não medirá esforços para poder conquistá-las. Os
resultados enfatizam, nesse caso, a necessidade de haver uma maior motivação aos
funcionários, para realizarem suas tarefas com esforço, e não só aguardando o pagamento
mensal.
37
0%
25%
75%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 7– Com relação aos incentivos e recompensas
Fonte: dados primários, 2007
Outro fator identificado nessa pesquisa em relação ás normas e procedimentos
adotados pela empresa, gráfico 8, apresentaram-se um índice de 50% poucos satisfeitos e
50% de satisfeitos. Mas será que a empresa esta adotando normas e procedimentos que
prejudicam os seus funcionários ou não seria o contrário? Se existissem normas e
procedimentos os funcionários não estariam prejudicando o desenvolvimento na realização
das tarefas estipuladas pela empresa. Devido o este índice de 50% de poucos satisfeitos pode-
se concluir que a empresa adotou normas e procedimentos muito difíceis de entender e
trabalhar ou que os funcionários não se motivam com as normas e procedimentos adotados
pela empresa.
0%
50%50%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 8 – Com relação as normas e procedimentos
Fonte: dados primários, 2007
38
O gráfico 9 trata da relação dos funcionários com seus superiores (diretores, gerentes,
supervisores), em resposta a pergunta apresentou-se os seguintes índices muito satisfeito de
25%, pouco satisfeitos 13% e a maioria com 62% satisfeitos. Esses índices retratam um bom
relacionamento entre os funcionários e seus superiores, e tem-se que levar em questão que
esses superiores devem estar motivados. Como relata Castro (1999) “Só conseguimos motivar
os outros quando estamos motivados” e Blohowiak (1997) define que os administradores
influenciam no desempenho de seus subordinados. Assim, os funcionários executarão o seu
trabalho, quando seus gerentes estiveram mais bem preparados para ajudá-los.
25%
13%62%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 9 – Em relação aos seus superiores (diretores, gerentes, supervisores)
Fonte: dados primários, 2007.
Sobre os padrões de segurança, gráfico 10, no trabalho houve uma totalidade em
relação ao grau de satisfação onde apresentou-se um resultado de 100% de satisfeitos. Este
índice revela que mesmo não tendo tido escolha para o grau muito satisfeito, podemos
constatar que os funcionários sentem-se seguros com os padrões de segurança no trabalho.
Referente à motivação, pode-se concluir que há segurança para realização das atividades e
que favoreceria iniciativas dos funcionários, assim como aspectos que demonstrassem maior
satisfação e motivação com as atividades e com a empresa.
39
0%0%
100%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 10 – Em relação aos padrões de segurança
Fonte: dados primários, 2007.
No gráfico 11 tratou-se do local de trabalho e na sua maioria 62% escolheram o grau
de satisfeitos, 13% optaram pelo muito satisfeito e 25% pelo pouco satisfeito. Esse índice nos
revela a necessidade da empresa dar maior ênfase ao local de trabalho dos seus funcionários,
fazer adequações que propiciem um trabalho num ambiente mais confortável. Segundo
Ribeiro (2005) a teoria de Frederick Herzberg trata da motivação no trabalho, é uma das mais
discutidas. Composta por fatores externos e internos, os externos ligados aos fatores
motivacionais e os internos ligados aos fatores higiênicos. Como próprio Ribeiro relata é uma
das teorias mais discutidas, isso reflete a importância desta teoria e também da empresa
proporcionar um ambiente de trabalho que apresente boas condições para os funcionários
exercer suas tarefas.
13%
25%
62%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 11 – Em relação ao local de trabalho
Fonte: dados primários, 2007
40
Outro índice importante que tem que se levar em questão é o das condições de higiene
e conservação do seu local de trabalho, representada no gráfico 12, onde 38% apresentaram-se
pouco satisfeitos e 62% satisfeitos. Isso reflete novamente que a empresa necessita maior
ênfase na questão das condições de higiene e conservação do local de trabalho, porque se a
empresa não se preocupa em dar um local de acordo para seus funcionários exercerem as suas
atividades, ficará mais difícil o funcionário apresentar bons resultados. Porque ambientes
inadequados e sem higiene adequada geram desmotivação e funcionários desmotivados são
infelizes não produzem como deveriam. Nas relações humanas, trabalhadores felizes são
trabalhadores produtivos (MINICUCCI, 1995).
0%
38%
62%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 12 – Em relação as condições de higiene e conservação do seu local de trabalho
Fonte: dados primários, 2007
A respeito da execução de tarefas além das funções, gráfico 13, por solicitação da
empresa 38% poucos satisfeitos e 62% satisfeitos, esse índice retrata a desmotivação dos
funcionários porque se estivessem motivados estariam exercendo funções além das suas, para
a empresa alcançasse melhores resultados. As organizações dependem das pessoas para dirigi-
las, organizá-las, controlá-las, e fazê-las funcionar. Quanto melhor e mais motivadas
estiverem essas pessoas, melhor estarão funcionando essas organizações. Com a evolução que
está ocorrendo nos sistemas de informação, muitos estudiosos e cientistas acreditam que num
futuro próximo as organizações serão virtuais, ou seja, com funcionários trabalhando em
lugares diferentes e responsáveis por seu próprio serviço, sem supervisores diretos e
respondendo por resultados. Daí a necessidade de colaboradores motivados e trabalhando com
vontade. (NEWSTROM e DAVIS, 1998).
41
0%
38%
62%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 13 – Em relação a execução de tarefas além das suas funções
Fonte: dados primários, 2007
Este gráfico 14 retrata o assunto desta pesquisa, a motivação, e apresenta índices que
nos fornecem dados para uma análise de suma importância em relação aos incentivos
motivacionais interferindo na permanência dos funcionários na empresa, sendo que 25% estão
muito satisfeito, 13% pouco satisfeito e 62% satisfeito, isso prova a importância das empresas
incentivarem seus funcionários e apresentarem a eles programas que procuram despertar a
motivação dentro de cada um deles. A motivação acontece a partir da necessidade, ela
impulsiona o indivíduo a um objetivo, então ele está motivado a alcançar esse objetivo e
persiste nisso. Embora algumas atividades humanas aconteçam sem motivação, praticamente
quase todos os comportamentos conscientes são motivados ou possuem uma causa.
(NEWSTROM e DAVIS, 1998).
25%
13%62%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 14 – Em relação aos índices motivacionais ligados a sua permanência na empresa
Fonte: dados primários, 2007
42
Em relação a uma análise geral de como o funcionário se sente em trabalhar na
empresa 25% apresentam-se muito satisfeitos e 75% satisfeitos. Com esses dados podemos
concluir que a maioria gosta de trabalhar na empresa, sendo que para melhorar a satisfação
dos funcionários não basta apenas ocorrerem mudanças por parte da empresa os funcionários
também deverão mudar e desta forma juntos poderem alcançar seus objetivos, conforme
gráfico 15 a seguir..
25%
0%
75%
0%0%
muito satisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
nada satisfeito
insatisfeito
Gráfico 15 – Em uma análise geral como você se sente em trabalhar nesta empresa
Fonte: dados primários, 2007
Em resposta a pergunta se o funcionário indicaria a empresa para outras pessoas todos os
entrevistados responderam que sim, justificativa para essa resposta predominante foi que a
empresa cumpre com seus compromissos em relação aos pagamentos de salários em dia. Isso
mostra o compromisso firmado pela empresa de tentar proporcionar uma melhor motivação
para seus funcionários. Outro fator que foi apresentado nesta pergunta tem a ver com o bom
relacionamento entre os funcionários da empresa. Muitos colocaram esse bem estar entre seus
colegas como fator de indicação para virem trabalhar na empresa. Esses fatores representam
para a empresa a satisfação dos funcionários trabalharem nela, mas para esses mesmo
funcionários continuarem trabalhando algumas medidas deverão ser tomadas. Alguns pontos
foram levantados nesta análise como é o caso das condições de trabalho e esse e muitos outros
são fatores relevantes e que fazem com que os Diretores analisem este levantamento e
projetem mudanças para um melhor desenvolvimento da empresa e de seus funcionários.
43
Nº de funcionários Indicaria a empresa
(sim ou não)
Motivos
04 Sim Porque a empresa cumpre o
pagamento dos salários e
benefícios em dia
02 Sim Devido o bom
relacionamento entre os
colegas de trabalho
02 Sim Não responderam
Tabela 3 - Indicaria a empresa para outra pessoa
Fonte: Dados primários
44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A motivação leva o ser humano a se comportar de maneiras específicas e relacionadas
diretamente às suas necessidades, sejam necessidades de nível fisiológico ou psicológico, o
que faz com que os motivos que tornam um indivíduo motivado sejam bastante complexos,
subjetivos e relacionados à personalidade de cada pessoa. Dessa maneira, todas as ações
humanas estão relacionadas a motivos, porque motivação é exatamente o motivo que nos leva
a praticar esta ou aquela ação. São as forças chamadas impulso ou instinto que levam as
pessoas a agirem de determinados modos.
Não importa que definição atribui-se à motivação humana, mas o importante é que não
se pode deixar de estudar sua aplicação ao comportamento humano, especialmente nos
ambientes sociais e organizacionais (empresas).
O desenvolvimento do potencial de cada indivíduo numa empresa vai depender, em
grande medida, da sua motivação para desenvolver o trabalho. Empregados que trabalham
apenas por pressão ou sob pressão, serão sempre insatisfeitos com seus serviços, e estarão
condenados a não apresentarem todo o seu potencial, ao contrário daquele que desenvolve seu
trabalho primando por um constante aperfeiçoamento. O mesmo pode-se dizer para
funcionários que apresentam estagnação no trabalho realizando suas atividades com o único
objetivo de receber salário.
A pirâmide de Maslow (CHIAVENATO, 2003), mostra nítido exemplo da
classificação das necessidades de um indivíduo, sejam fisiológicas ou de auto-realização. O
indivíduo deve ser sempre estimulado a fazer ou não fazer algo. Por meio deste estímulo, o
indivíduo se sentirá cada vez mais impulsionado a atingir os mais altos níveis de excelência
em suas atividades.
A motivação é tema sempre atual e em constante estudo, não só pela psicologia, mas
também pela moderna administração, pois ambas trabalham em conjunto, no intuito de ajudar
o ser humano a galgar, cada vez mais, novos degraus, cada vez mais altos - em níveis de
necessidades - chegando ao objetivo que é o do nível de auto-realização, o que proporciona
um estado de satisfação. Assim, quando suas necessidades de auto-realização estão satisfeitas,
novas necessidades surgem, o que dá novo impulso ao indivíduo em sua jornada de vida. Os
45
funcionários de uma empresa são motivados, tomando como base o conteúdo de suas
atividades profissionais, ou seja, aquilo que executam no seu dia-a-dia.
Após analisarem-se as respostas apresentadas pelos funcionários, verificou-se que a
empresa não possui uma política motivacional. Apresenta-se, dessa forma, a necessidade da
empresa criar uma política motivacional, por meio de programas de motivação, procurar
discutir com seus funcionários o motivo pelo qual eles estão estagnados, procurarem entender
porque ocorreu um índice tão elevado satisfação o que pode-se entender como estagnação.. È
importante enfatizar que tal indicie, mostra que os funcionários não estão motivados. Ao
analisar a resposta da pergunta em relação a exercer alguma função além da sua a maioria
optou pelo satisfeito, mas o índice de pouco satisfeito também foi grande isso mostra mais
uma vez que estes funcionários estão desmotivados. Outro fator que a empresa tem que
analisar é em relação às regras, normas e procedimentos o índice de poucos satisfeitos chegou
a 50% isso revela que algo não está correto, que a empresa deve rever estes itens, pois seus
funcionários não estão aceitando tais procedimentos, não os reconhece e não os realiza.
A empresa deve também se preocupar com relação às condições de higiene e
conservação do local de trabalho, porque novamente apresentou-se um índice elevado de
funcionários poucos satisfeitos, de acordo com Herzberg (CHIAVENATO, 2003) trata a
teoria motivacional e composta de dois fatores os fatores higiênicos que referem-se ás
condições que rodeiam o empregado enquanto trabalha, englobando as condições físicas e
ambientais de trabalho, e o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de
supervisão recebido, o clima de relação entre a direção e os empregados, os regulamentos
internos, as oportunidades existentes, etc, correspondem á perspectiva ambiental. Constituem
os fatores tradicionalmente pela organização para se obter motivação dos empregados. Essa
teoria trata de todos os itens analisados anteriormente e revela que se não estiverem de acordo
não haverá funcionários motivados e seus funcionários motivados não haverá progresso
satisfatório na empresa.
Esta pesquisa foi realizada para a empresa poder analisar os fatores que motivam os
funcionários dentro da empresa, se esses funcionários sentem-se motivados a trabalhar na
empresa e que pontos são sugeridos para serem melhorados. Como foi possível perceber pelos
dados obtidos, há nitidamente uma estagnação dos funcionários, demonstrando dessa forma
falta de motivação dos mesmos. Apresentado-se satisfeito, não há o que melhorar, não há
porque melhorar. Modificar essa estagnação apresentou-se como necessidade emergente da
empresa. Mudanças essas que terão que ser analisadas até mesmo com os funcionários para
46
verificar até que ponto a empresa necessita se adequar suas regras, normas e procedimentos e
até que ponto os funcionários devem mudar a forma de pensar e agir em seu trabalho. Muito
pouco foi levantado em relação aos fatores motivacionais oferecidos pela empresa, até mesmo
porque o índice sempre foi de satisfação, talvez se houvesse um índice de insatisfação elevado
poder-se-ia perceber melhor quais seriam os fatores motivacionais que deveriam ser alterados.
Sendo que os fatores que ocorre maior satisfação são em relação ao trabalho executado, sobre
as tarefas desenvolvidas, autonomia na realização das tarefas, segurança e estabilidade
profissional, incentivos e recompensas, tratamento com seu superiores, padrões de segurança,
incentivos motivacionais interferindo na permanência na empresa, e em relação geral de como
você se sente em trabalhar nesta empresa. O os fatores que obtiveram maior índice de pouco
satisfeito foram em relação as regras adotadas pela empresa, normas e procedimentos
adotados pela empresa, local de trabalho, higiene e conservação do seu local de trabalho e em
relação a execução de outras tarefas além das suas funções.
Referente à interpretação junto aos funcionários em relação a sua compreensão e
entendimento sobre o tema motivação o índice apresentação é de satisfatório. Tal índice de
satisfação apresentado nos resultados da pesquisa indicam que todos os fatores pesquisados
devem ser estudados e trabalhados de forma motivacional, com o objetivo de alavancar os
funcionários e proporcionar maior progresso para a empresa. Motivação é um conceito que
procura explicar as variações dos comportamentos humanos, e para entender a motivação, é
necessário verificar a necessidade que desperta este comportamento. Para (MAXIMIANO,
1995) o comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento
humano. O comportamento não é causal, nem aleatório, mas sempre orientado e dirigido para
algum objetivo. O comportamento não é causado apenas, mas é também causa de algo, a
saber: o objetivo a alcançar. O comportamento humano é orientado para objetivos pessoais.
Subjacente a todo comportamento existe sempre um impulso, um desejo, uma necessidade,
uma tendência, expressões que servem para designar os motivos do comportamento.
Analisado esse fundamento teórico chega-se a conclusão que talvez seja necessário a
empresa considerar as alterações do comportamento humano como o princípio para que os
funcionários possam se tornar mais motivados. Gerando, porém consideração que a
motivação no trabalho é uma das engrenagens possíveis de transformação do sofrimento em
prazer. Quando a qualidade do trabalho é reconhecida, também todo esforço, angústia,
dúvidas, desânimos adquirem sentidos. O reconhecimento do trabalho, ou mesmo da obra,
pode depois ser reconduzido pelo sujeito ao plano da construção de sua identidade. E isso
47
traduz afetivamente por um sentimento de alivio, de prazer, às vezes de leveza d´alma ou até
de elevação (DEJOURS, 2003). Pode-se concluir também que talvez haja necessidade da
empresa reconhecer mais o seu funcionário, isso faz com que eles se motivem cada vez mais
no trabalho.
Algumas medidas deverão ser tomadas pela empresa para alterar o grau de motivação
de seus funcionários, analisando e verificando qual a melhor forma a ser tomada. Várias são
essas formas e pode-se destacar a criação de uma política motivacional e o treinamento como
uma maneira de reverter esse quadro de estagnação. Esses trabalhos devem priorizar a
princípio os pontos que estão mais críticos, como por exemplo, as regras, normas e
procedimentos da empresa que pela análise da pesquisa nos mostra que os funcionários não
estão compreendendo essas regras, normas e procedimentos ou não querem aceitá-las. Outro
aspecto e em relação a hierarquia na empresa, e por final a questão de cargos funções e
salários, que deve ter maior clareza na definição da função que cada um exerce, saber quais as
tarefas que ele vai desenvolver e porque dessas tarefas, desta forma ficará mais claro para o
funcionário identificar o que determina a sua função, e suas atividades inclusive o que se
espera dele.
Compreendendo e trabalhando mais esclarecido sobre estes pontos poderão ocorrer
mudanças no seu grau de motivação, que foi apresentado como a necessidade da empresa.
Este trabalho não termina agora, pois será apresentada a diretoria da empresa, que tomará as
medidas cabíveis em relação a este assunto, mas que faz-se necessário os diretores analisarem
detalhadamente este trabalho, pois a empresa corre risco de permanecer com este grau de
estagnação de seus funcionários e consequentemente provocando uma estagnação na empresa.
48
REFERÊNCIAS
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DAVIS, Keith & Newstrom, John. Comportamento humano no trabalho: uma abordagem psicológica. São Paulo: Pioneira, 1998.
49
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DRUCKER, Peter Ferdinand. Aprendizado organizacional: gestão de pessoas para a inovação. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1988.
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HAGUETE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. 5. ed. Petrópolis, 1997.
HELLER, Robert. Como motivar pessoas. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 1999.
HERSEY, Paul; BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia para administradores de empresas. 2. ed. São Paulo: MEC/EPU, 1985.
IANNI, Octavio. Nacionalismo, regionalismo e globalismo. In: Bolano, César R.S. Globalização e regionalização das comunicações. São Paulo: EDUC/UFS, 1999.
KOONTZ, Harold e O’DONNELL, Cyril. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Paulo: Livraria Pioneira, 1981.
LACOMBE, F; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
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MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada a administração. 1976.
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MONTANA, Patrick J., CHARNOW, Bruce H. Administração. São Paulo: Saraiva, 1999.
MOTTA, Fernando C. Prestes e VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Thonson, 2005.
PENNA, Antônio Gomes. Introdução à motivação e emoção. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 2001.
RICHARDSON, R.J. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.
VERGARA, Sílvia C. Projeto e relatório de pesquisa em administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
WEISS, Donald H. Motivação e resultados. ed. São Paulo: Nobel, 1996.
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APÊNDICES
Apêndices A: Questionário aplicado aos funcionários da empresa Construtora de
Ângelo Ltda.
Apêndices B: Questionário aplicado aos funcionários da empresa Construtora de
Ângelo Ltda com levantamento de respostas obtidas .
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Apêndices A: Questionário aplicado aos funcionários da empresa Construtora de
Ângelo Ltda.
Questionário de avaliação:
Este questionário faz parte de uma pesquisa, para avaliar o grau de motivação dos funcionários da
Construtora de Ângelo Ltda.
Tendo em mente sua motivação no trabalho, procure ler atentamente as questões e responder com toda a
sinceridade cada uma delas, pois NÃO E NECESSÁRIO COLOCAR SEU NOME.
1) Em relação ao trabalho que você executa, esta dentro das suas expectativas?
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
2)Em relação às tarefas desenvolvidas você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
3) Em relação à autonomia na realização das suas tarefas você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
4) Em relação à segurança e estabilidade profissional você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
5) Em relação às regras adotadas pela empresa você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
6) Em relação às recompensas financeiras você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
7) Em relação aos incentivos e recompensas você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
8) Em relação às normas e procedimentos adotadas pela empresa você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
9) Em relação aos seus superiores (diretores, gerentes, supervisores) você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
53
10) Em relação aos padrões de segurança no trabalho você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
11) Em relação ao local de trabalho você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
12) Em relação às condições de higiene e conservação do seu local de trabalho você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
13) Quando você é solicitado a executar alguma tarefa além das funções que você já exerce na empresa você fica:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
14) Você acha que os incentivos motivacionais estão ligados a sua permanência na empresa:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
15) E um análise geral, como você se sente em trabalhar nessa empresa:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
16) Você indicaria sua empresa para alguém trabalhar?
( ) Sim ( ) Não Por quê? _______________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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Apêndices B: Questionário aplicado aos funcionários da empresa Construtora de
Ângelo Ltda com levantamento de respostas obtidas .
Questionário de avaliação:
Este questionário faz parte de uma pesquisa, para avaliar o grau de motivação dos funcionários
da Construtora de Ângelo Ltda.
Tendo em mente sua motivação no trabalho, procure ler atentamente as questões e responder
com toda a sinceridade cada uma delas, pois NÃO E NECESSÁRIO COLOCAR SEU NOME.
TOTAL DE FUNCIONÁRIOS ENTREVISTADOS (8)
1) Em relação ao trabalho que você executa, esta dentro das suas expectativas?
( 1 ) muito satisfeito ( 1 ) pouco satisfeito ( 6 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
2) Em relação às tarefas desenvolvidas você se sente:
( 2 ) muito satisfeito ( 1 ) pouco satisfeito ( 5 ) satisfeito ( ) nada satisfeito( ) insatisfeito
3) Em relação à autonomia na realização das suas tarefas você se sente:
( 2 ) muito satisfeito ( 1 ) pouco satisfeito ( 5 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
4) Em relação à segurança e estabilidade profissional você se sente:
( ) muito satisfeito ( 1 ) pouco satisfeito ( 7 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
5) Em relação às regras adotadas pela empresa você se sente:
( ) muito satisfeito ( 2 ) pouco satisfeito ( 6 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
6) Em relação às recompensas financeiras você se sente:
( ) muito satisfeito ( 1 ) pouco satisfeito ( 7 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
7) Em relação aos incentivos e recompensas você se sente:
( ) muito satisfeito ( 2 ) pouco satisfeito ( 6 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
55
8) Em relação às normas e procedimentos adotadas pela empresa você se sente:
( ) muito satisfeito ( 4 ) pouco satisfeito ( 4 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
9) Em relação aos seus superiores (diretores, gerentes, supervisores) você se sente:
( 2 ) muito satisfeito ( 1 ) pouco satisfeito ( 5 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
10) Em relação aos padrões de segurança no trabalho você se sente:
( ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( 8 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
11) Em relação ao local de trabalho você se sente:
( 1 ) muito satisfeito ( 2 ) pouco satisfeito ( 5 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
12) Em relação às condições de higiene e conservação do seu local de trabalho você se sente:
( ) muito satisfeito ( 3 ) pouco satisfeito ( 5 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
13) Quando você é solicitado a executar alguma tarefa além das funções que você já exerce na empresa você fica:
( ) muito satisfeito ( 3 ) pouco satisfeito ( 5 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
14) Você acha que os incentivos motivacionais estão ligados a sua permanência na empresa:
( 2 ) muito satisfeito ( 1 ) pouco satisfeito ( 5 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
15) E um análise geral, como você se sente em trabalhar nessa empresa:
( 2 ) muito satisfeito ( ) pouco satisfeito ( 6 ) satisfeito ( ) nada satisfeito ( ) insatisfeito
16) Você indicaria sua empresa para alguém trabalhar?
( 8 ) Sim ( ) Não Por quê?
DIVERSOS MOTIVOS:
NA SUA MAIORIA FORAM RESPONDIDOS EM RELAÇÃO À EMPRESA EFETUAR
SEUS PAGAMENTOS DE SALARIO EM DIA.
OUTRA QUESTAO LEVANTADA FOI O COMPANHEIRISMO ENTRE OS
FUNCIONÁRIOS.