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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
OPERA - SISTEMA DE TRIAGEM DE INFORMAÇÕES PARA FORMAÇÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS, PARA O SETOR DE INTELIGÊNCIA DA
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - SC
Área de Sistemas de Informação
por
Ademir Miguel Evaristo Júnior
Carlos Henrique Bughi, Bel. Orientador
Itajaí (SC), dezembro de 2006
i
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
OPERA - SISTEMA DE TRIAGEM DE INFORMAÇÕES PARA FORMAÇÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS, PARA O SETOR DE INTELIGÊNCIA DA
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - SC
Área de Sistemas de Informação
por
Ademir Miguel Evaristo Júnior Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: Carlos Henrique Bughi, Bel.
Itajaí (SC), dezembro de 2006
ii
DEDICATÓRIA
À minha esposa e companheira, Carine,
Aos meus pais Ademir e Lourdete.
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me abençoado e proporcionado sucesso em tudo aquilo que
me proponho a trabalhar com perseverança.
A minha esposa Carine Dallagnol de Campos Evaristo, que sem dúvida foi quem mais me suportou
nas horas de dedicação a este projeto, e me deu forças nas horas difíceis.
Aos meus pais Ademir Miguel Evaristo e Lourdete Evaristo, que sempre acreditaram no meu
potencial.
Ao meu orientador neste projeto Carlos Henrique Bughi, pelos momentos de esclarecimento e
escolha do melhor caminho a seguir em momentos difíceis, e pelas idéias sempre contundentes e
alinhadas ao projeto.
Aos meus colegas de trabalho Fabiano Girardi, Alan Edgar Sultowski e Luís Felipe Pereira que
sempre me ajudaram quando foi preciso.
Ao LCA - G10 (Laboratório de Computação Aplicada da Univali), pela ajuda dedicada a este
projeto.
Ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, que não mediu esforços para a
realização do projeto, cabe aqui um agradecimento a todas as pessoas envolvidas: do Núcleo de
Inteligência: Tarcísio Floriano Silva Júnior, Paulo Roberto (Deitos), Alberto Guesser, do Núcleo de
Operações Especiais: Adalto Gomes, do Núcleo de Informática: Gedson Lanzarin, Bruno Venturin,
Lourival da Cunha Borba, da Seção de Policiamento e Fiscalização: Arcelino Antônio de Campos, e
ao Superintendente: Ademar Paes.
Por fim, a todos os companheiros que de alguma forma contribuíram com suas idéias e sugestões.
iv
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................vii LISTA DE FIGURAS..............................................................................viii LISTA DE TABELAS ...............................................................................ix
RESUMO.....................................................................................................x
ABSTRACT................................................................................................xi 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................1 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................... 3 1.1.1 Formulação do Problema .............................................................................. 3 1.1.2 Solução Proposta ............................................................................................ 3 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 4 1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................ 4 1.2.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 4 1.3 METODOLOGIA............................................................................................. 5 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................7 2.1 SEGURANÇA PÚBLICA ................................................................................ 7 2.1.1 Análise Histórica ............................................................................................ 7 2.1.2 O Estado e a Segurança Pública.................................................................... 8 2.1.3 Entendimento do conceito de Segurança Pública....................................... 13 2.1.4 Sociedade e Segurança Pública.................................................................... 17 2.2 GEOPROCESSAMENTO ............................................................................. 18 2.2.1 Mapa e Carta................................................................................................ 19 2.2.2 Escala ............................................................................................................ 19 2.2.3 Sistemas de Informação Geográfica (SIG) ................................................. 20 2.2.4 Mapeamento da Criminalidade................................................................... 22 2.2.5 Conceito de WebMapping ........................................................................... 24 2.2.6 Aplicação com suporte geoespacial na área de Segurança Pública ........... 25 2.3 BANCO DE DADOS GEOGRÁFICO .......................................................... 26 2.3.1 Representação de Informações Geográficas ............................................... 27 2.3.2 Tipos de Arquitetura.................................................................................... 30 2.3.3 Aplicações de Dados Geográficos ................................................................ 31 2.4 APLICAÇÕES WEB COM SOFTWARE LIVRE....................................... 32 2.4.1 Sistemas de Informação Baseado na Web .................................................. 33 2.4.2 Software Livre (Open Source)..................................................................... 34 2.5 TECNOLOGIAS ADOTADAS PARA O PROJETO .................................. 35 2.5.1 Apache Web Server...................................................................................... 35 2.5.2 PHP ............................................................................................................... 36
v
2.5.3 MapServer / MapScript ............................................................................... 36 2.5.4 MapServer Guarani ..................................................................................... 37 2.5.5 PostgreSQL / PostGIS.................................................................................. 39 2.6 ANÁLISE DE SOLUÇÕES SIMILARES..................................................... 40 2.6.1 Projeto Delegacia Legal ............................................................................... 41 2.6.2 Programa Delegacia Eletrônica................................................................... 44 2.6.3 THEMIS – Sistema de Apoio a Segurança Pública.................................... 46 2.6.4 Comparação dos Sistemas Similares com o Sistema Proposto .................. 48
3 PROJETO.............................................................................................50 3.1 MODELAGEM DO SISTEMA ..................................................................... 50 3.2 REQUISITOS ................................................................................................. 51 3.2.1 Requisitos Funcionais .................................................................................. 51 3.2.2 Requisitos Não-Funcionais .......................................................................... 54 3.2.3 Regras de Negócio ........................................................................................ 54 3.2.4 Diagrama de Classe...................................................................................... 56 3.2.5 Diagrama de Casos de Uso........................................................................... 57 3.2.6 Análise de Riscos .......................................................................................... 60
4 DESENVOLVIMENTO ......................................................................62 4.1 MODELAGEM ENTIDADE RELACIONAMENTO.................................. 62 4.2 CRIAÇÃO DA BASE DE DADOS ................................................................ 65 4.3 FRAMEWORK DE DESENVOLVIMENTO............................................... 65 4.3.1 Framework ScriptCase ................................................................................ 66 4.3.2 Framework MapServer Guarani ................................................................ 67 4.4 SISTEMA........................................................................................................ 70 4.4.1 Módulo de Acesso......................................................................................... 71 4.4.2 Módulo de Cadastros ................................................................................... 72 4.4.3 Módulo de Ocorrências/Denúncias ............................................................. 73 4.4.4 Módulo de Geoprocessamento..................................................................... 75 4.4.5 Módulo de Relatórios ................................................................................... 75 4.4.6 Testes, Ajustes e Validações do Sistema...................................................... 76 4.5 PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS ..................................... 77
5 TRABALHOS FUTUROS ..................................................................79
6 CONCLUSÕES ....................................................................................80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................82
GLOSSÁRIO.............................................................................................86
A APÊNDICE DE REUNIÕES ..............................................................88 A.1 ATA 01/2006 ................................................................................................... 88 A.2 ATA 02/2006 ................................................................................................... 91 A.3 ATA 03/2006 ................................................................................................... 93 A.4 ATA 04/2006 ................................................................................................... 96
vi
A.5 ATA 05/2006 ................................................................................................... 98
B BASE DE DADOS................................................................................99 B.1 SCRIPT DE CRIAÇÃO DA BASE DE DADOS .......................................... 99
C PROJETO...........................................................................................106
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
ANSI American National Standard Institute ASF Apache Software Foundation CAD Computer Assisted Design CTTMAR Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar DPRF Departamento de Polícia Rodoviária Federal DPRF-SC Departamento de Polícia Rodoviária Federal do Estado de Santa Catarina ESG Escola Superior de Guerra GIS Geographic Information System GPS Global Positioning System HTML Hyper Text Markup Language HTTP Hiper Text Transmission Protocol HTTPD Hiper Text Transmission Protocol Daemon IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LCA Laboratório de Computação Aplicada OGR Opensource Graphical Reader ORDBMS Sistema de Banco de Dados Objeto-Relacional OSS/FS Open Source Software / Free Software PDF Portable Document Format PHP Hypertext Preprocessor PRF Policial Rodoviário Federal SAD Sistema de Apoio a Decisão SCO Sistema de Controle Operacional SIG Sistema de Informação Geográfica SIW Sistema de Informação Web SQL Structure Query Language SSP-RJ Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro UML Unified Modeling Language UMN University of Minnesota UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Estrutura geral de um Sistemas de Informação Geográfica..............................................21 Figura 2. Arquitetura webmapping.................................................................................................24 Figura 3. Evolução do mapeamento ...............................................................................................25 Figura 4. Representação raster (matricial) vetorial de um mapa temático .......................................29 Figura 5. Representação da arquitetura dual...................................................................................30 Figura 6. Representação da arquitetura integrada ...........................................................................31 Figura 7. Arquitetura do sistema proposto .....................................................................................35 Figura 8. Interface do framework MapServer Guarani ...................................................................39 Figura 9. Delegacia Legal – Tela de suporte e consulta de dados ...................................................43 Figura 10. Delegacia Legal – Localização no mapa da ocorrência..................................................43 Figura 11. Delegacia Eletrônica – Tela inicial do sistema ..............................................................45 Figura 12. Delegacia Eletrônica – Tela de registro de denúncia anônima .......................................46 Figura 13. THEMIS – Tela de análise espacial de ocorrências em bairros do Rio de Janeiro..........47 Figura 14. THEMIS – Tela de consulta com base na análise espacial mostrada..............................48 Figura 15. Diagrama de classes do sistema ....................................................................................57 Figura 16. Diagrama de casos de uso do sistema............................................................................59 Figura 17. Caso de uso do módulo de ocorrências..........................................................................59 Figura 18. Caso de uso do módulo geoespacial ..............................................................................60 Figura 19. Interface principal DBDesigner 4..................................................................................63 Figura 20. Diagrama de entidade relacionamento...........................................................................64 Figura 21. Interface principal Framework ScriptCase. ...................................................................67 Figura 22. Ferramenta administrativa MapServer Guarani .............................................................68 Figura 23. Análise geoespacial ......................................................................................................69 Figura 24. Tela de acesso ao sistema OPERA................................................................................70 Figura 25. Menu do sistema OPERA .............................................................................................71 Figura 26. Manter nível de acesso..................................................................................................72 Figura 27. Manter superintendência...............................................................................................73 Figura 28. Manter ocorrência/denúncia..........................................................................................74 Figura 29. Controle de pessoas com diferentes envolvimentos. ......................................................74 Figura 30. Manter pessoas .............................................................................................................75 Figura 31. Relatório de ocorrências/denúncias por enquadramento ................................................76 Figura 32. Trecho de código da layer superintendência..................................................................78
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Resultados operacionais de 2005 ......................................................................................2 Tabela 2. Tipos de representações de informações geográficas ......................................................28 Tabela 3. Comparação entre sistemas similares e o sistema proposto .............................................49
x
RESUMO
EVARISTO JR., Ademir Miguel. OPERA - Sistema de Triagem de Informações para Formação de Operações Especiais, para o Setor de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal - SC. Itajaí, 2006. 127 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação)–Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2006. A área de segurança pública, geralmente é uma das maiores preocupações dos governantes, seu principal objetivo é assegurar que os direitos dos cidadãos não sejam violados. Na prática, levando-se em conta o aumento dos índices de violência, a garantia de proteção ao cidadão estar cada vez mais comprometida e os recursos necessários investidos nesta área estarem cada vez mais escassos, surgiu a proposta do mapeamento das ocorrências policiais e das denúncias, para assim determinar os pontos críticos de maior incidência dos acontecimentos, auxiliando os órgãos responsáveis, a prestar serviço de uma maneira mais eficiente, utilizando conceitos de webmapping e fazendo o georeferenciamento das ocorrências e denúncias policiais de maior expressão. Diante dessa idéia surgiu o sistema OPERA – Sistema de Triagem de Informações para Formação de Operações Especiais, para o Setor de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal SC – que tem como principal objetivo, auxiliar os gestores responsáveis no combate as maiores incidências de crimes e denúncias, viabilizando a investigação, a formação de operações especiais, e tomar conhecimento das reais necessidades dos usuários das rodovias. Este projeto teve como base informações fornecidas por autoridades policiais. Com base nestes dados, foi gerada uma interface geoespacial por meio de mapas, e de acordo com a necessidade da investigação, poderá se investigar determinada área, ou simplesmente averiguar as regiões de maior acúmulo de crimes ou denúncias de maior destaque, auxiliando a tomada de decisão das autoridades. O sistema faz uso de tecnologia open source, banco de dados geoespacial PostgreSQL/PostGIS; ambiente Web, ferramenta de desenvolvimento PHP; e servidor de mapas MapServer. Palavras-chave: Sistemas de Informação. Sistema de Informação Geográfica. Segurança Pública.
xi
ABSTRACT
The public security area is usually one of the biggest concerns of the government, this main objective is to assure that the rights of the citizens are not violated. In a real situation, observing the increase of violence rates, the protection rights of the citizen being ignored and the necessary resources invested in this area decreasing every time, it has appeared the proposal of the police occurrences and denunciations mapping, thus to determine the critical points of the high incidence, assisting the responsible agencies to work in efficient way, using concepts of webmapping and making the geo-referencing of the occurrences and police denunciations of bigger expression. Ahead of this idea appeared the system OPERA - System of Information Selection for Formation of Special Operations, for the Intelligence of Road Federal Police SC area - that has as main objective to assist the responsible managers in the combat of the biggest crimes and denunciations incidences, making possible the inquiry, the formation of special operations, and to get information of the real necessities of the highway users. This project was based on the information supplied by police authorities. Based on these data, a geospacial interface using maps was generated, according to the necessity of the inquiry, it will be possible to investigate determined area, or simply to inquire the regions with high rates of crimes or denunciations, assisting the authorities decision making. The system uses open source technology, geospacial data base PostgreSQL/PostGIS; Web environment, development tool PHP; map server MapServer. Keywords: Information Systems. Geographic Information Systems. Public Security.
1 INTRODUÇÃO
O DPRF (Departamento de Polícia Rodoviária Federal), desde sua fundação em 1928, vem
trabalhando para garantir o cumprimento da legislação de trânsito nas rodovias e estradas federais,
elaborando atividades para assegurar a regularidade, segurança e fluência no trânsito, proteger os
bens patrimoniais e a eles incorporados, bem como fazer respeitar os regulamentos relativos à faixa
de domínio das rodovias federais e suas travessias para fins de prestação de serviços de
patrulhamento ostensivo e de utilidade pública (PORTÃO, 2005).
Dentre as principais atividades da instituição, destaca-se a análise das informações
estratégicas feitas pelo Núcleo de Inteligência da DPRF, objetivando combater os diversos tipos de
infrações e crimes realizados, principalmente dentro do perímetro das rodovias e estradas federais.
Como exemplos podem-se citar:
• Contrabando;
• Tráfico de entorpecentes, de menores;
• Prostituição Infantil;
• Furto de veículos;
• Desmanche de veículos;
• Roubo de cargas;
• Jogos de azar;
• Porte ilegal de armas; e
• Crimes contra a vida, o patrimônio, a ecologia e o meio ambiente.
O Núcleo de Inteligência do DPRF tem como principais competências: (a) identificar,
acompanhar e avaliar as ameaças reais ou potenciais à área de atuação das Superintendências
Regionais e Postos Rodoviários; (b) mobilizar o pessoal necessário para investigação e tratamento
das ocorrências; (c) garantir a integridade da denúncia e resguardar as fontes de informação de
qualquer responsabilidade; e (d) coletar informações necessárias às investigações, junto aos órgãos
de inteligência de segurança pública, como os serviços reservados das polícias militar, civil, federal
e exército brasileiro (BRASIL, 2004).
2
Na atualidade, os motivos para se mobilizar uma operação especial para investigar e
combater os diversos tipos de crimes são através de denúncias populares encaminhadas aos
Policiais Rodoviários, através de boletins de ocorrências elaborados pelos postos e delegacias
regionais e também pela comunicação de acontecimentos por telefone ou escrita.
Na Tabela 1, pode-se verificar a incidência de algumas denúncias onde foram mobilizadas
operações especiais de busca e apreensão com sucesso.
Tabela 1. Resultados operacionais de 2005
Apreensões Através de Operações Especiais Drogas Contrabando Armas Maconha: 238 toneladas CDs: 1.054.959 unidades De fogo: 1.312 unidades Cocaína: 2.4 toneladas Cigarro: 1.659.809 pacotes Munições: 87.808 unidades
Fonte: Adaptado de DPRF (2006).
Entre as principais atribuições do Núcleo de Operações Especiais do DPRF estão: (a)
gerenciamento das atividades de policiamento rodoviário, e operações realizadas relacionadas com
a segurança pública; (b) executar e controlar operações especiais desencadeadas pelas unidades
regionais, que envolvam missões que exijam táticas, armamento e ações especiais; e (c) promover
operações de prevenção e repreensão de ações que infrinjam a lei. (DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO,
2004).
A execução e desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso de Ciência da
Computação justifica-se por contemplar o levantamento de requisitos, análise e desenvolvimento de
uma solução computacional que faz utilização de diversas tecnologias, conceitos, conhecimentos e
teorias como: (a) utilização de ambiente Internet e servidor Web Apache; (b) banco de dados
PostgreSQL, com módulo geoespacial PostGIS; (c) utilização de um Servidor de Mapas MapServer
para análise geoespacial; (d) utilização do conceito de webmapping; e (e) Utilização da linguagem
PHP.
3
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
1.1.1 Formulação do Problema
O procedimento utilizado pelo Núcleo de Inteligência do DPRF para triagem das
informações, é totalmente manual e não sistêmico dependente da experiência e do conhecimento
específico das pessoas responsáveis envolvidas, tornando-se um processo moroso devido a fatores
como a indisponibilidade da linha telefônica, o extravio de formulários que acontecem
freqüentemente, a credibilidade da denúncia e falta de recurso humano.
Na existência de uma denúncia ou ocorrência de destaque, o Policial Rodoviário
responsável pela região onde ocorreu o fato aciona a Superintendência Regional do DPRF-SC,
sediada em Florianópolis, via linha telefônica; formulário escrito ou via e-mail este, por sua vez,
aciona o Núcleo de Inteligência para averiguar fatores para triagem da ocorrência como o grau de
veracidade do fato e o grau de idoneidade da fonte da denúncia. Se for constatado que a denúncia
tem fundamento, se inicia a fase investigativa, que é composta, de várias etapas, entre elas, estudo
de campo de ação, acompanhado de um monitoramento detalhado do local, e conforme o grau de
dificuldade de investigação há envolvimento de policiais disfarçados, utilização de escutas
telefônicas e definição do armamento e equipamento a ser utilizado, para posterior ação do Núcleo
de Operações Especiais, onde são formados os mais variados tipos de missões, que tem como
objetivo fazer o necessário para extinguir o foco da criminalidade, agindo com pessoal altamente
treinado do próprio núcleo, ou de forma integrada com outras polícias.
1.1.2 Solução Proposta
A solução proposta tem como objetivo a informatização e controle do processo, desde a
formação das ocorrências de maior ênfase, análise investigativa, operações idealizadas e executadas
mediante estudo dos setores responsáveis, tornando um procedimento confiável. Também
aproveitando-se do fato de que hoje a DPRF já atinge aproximadamente o índice de 80% (oitenta
por cento) de postos informatizados e conectados via rede, o Sistema proposto torna-se um
importante aliado para proporcionar fonte de informação confiável e comunicação eficiente via
Internet, contribuindo para o sucesso da ação policial, e auxiliando o gestor do processo na tomada
de decisão correta, através de fatos e dados visualizados de forma espacial através de mapas que
compreendam a circunscrição de abrangência das rodovias e estradas federais; postos rodoviários;
delegacias regionais e cidades envolvidas e ponto de referência, em escalas variadas, onde o usuário
4
poderá fazer uma análise mais precisa tendo em vista a quantidade de ocorrências de denúncias em
determinada região ou trecho das rodovias ou estradas, que poderá ser um fator determinante para
formação das operações especiais.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral do projeto é o desenvolvimento de um Sistema de Triagem de Informações
para Formação de Operações Especiais (OPERA), baseado em ambiente Web, utilizando banco de
dados geoespacial, tecnologia open source, e servidor de mapas MapServer, que será utilizado
como uma ferramenta de auxílio aos gestores do Núcleo de Inteligência atual do DPRF no que se
refere ao auxílio na tomada de decisão para formação de operações especiais.
1.2.2 Objetivos Específicos
Como objetivos específicos deste projeto estão:
• Pesquisa de soluções similares;
• Definição dos requisitos funcionais e não funcionais;
• Estudo de funcionamento e conceitos de tecnologias necessárias para a implementação
de Sistemas na Internet;
• Estudo de funcionamento de linguagem de programação baseada na Internet;
• Estudo de funcionamento e tecnologias utilizadas pelo Servidor MapServer;
• Estudo de funcionamento de banco de dados geoespacial;
• Modelagem dos processos do Sistema;
• Modelagem dos dados do Sistema;
• Construção do Sistema;
• Testes, ajustes, e validação do Sistema; e
• Documentação de desenvolvimento.
5
1.3 Metodologia
Para um melhor entendimento do trabalho, o mesmo foi dividido em etapas, embora estas
etapas não sejam baseadas em uma metodologia específica, seguem o modelo proposto pelo Curso
de Ciência da Computação. Com esse modelo as etapas podem ser refeitas se houver necessidade. O
trabalho foi dividido nas seguintes fases:
• O levantamento de bibliografias e materiais de apoio foi feito através de artigos,
trabalhos científicos, teses, livros e internet. O objetivo foi reunir o maior número de
materiais necessários para definir adequadamente o problema, aprofundando o
conhecimento de vários conceitos de segurança pública, sistemas de informação
geográfica, banco de dados geoespaciais, software livre entre outros.
• Foi feita uma triagem de materiais, levando-se em conta apenas aqueles considerados de
maior importância, a análise temporal também foi requisito, mas isto não descartou a
utilização de materiais de datas um pouco mais antigas, para agregar valor ao
documento. De posse destes materiais, iniciou-se o processo de estudo e redação dos
capítulos que fazem parte deste documento do Trabalho de Conclusão de Curso.
No princípio da pesquisa científica, foram estudados diversos materiais sobre segurança
pública, um dos temas conceituais mais importantes do trabalho, e sem dúvida um assunto dos mais
complexos a se abordar.
Na seqüência, foi feito um estudo sobre principais conceitos envolvendo geoprocessamento;
sistemas de informação geográfica; webmapping e banco de dados geográfico, para maior
conhecimento nas tecnologias.
A seguir, são abordados assuntos relativos a conceitos de software livre, tecnologias, e
ferramentas escolhidas para execução deste projeto, que seguem o principio de código aberto,
descrevendo as principais características de cada uma das ferramentas utilizadas. Finalizando a fase
de fundamentação teórica é feito um comparativo de algumas soluções similares existentes.
Na modelagem, foram utilizados conceitos sobre UML (Unified Modeling Language –
Linguagem de Modelagem Unificada), apresentando como resultados os requisitos funcionais e não
funcionais, bem como os principais diagramas gerados pela ferramenta de modelagem. Essa etapa
6
tem como objetivo representar da melhor forma possível o sistema proposto, facilitando a posterior
implementação do mesmo.
1.4 Estrutura do Trabalho
O trabalho está estruturando em quatro capítulos:
1. Introdução: Composta pela problematização, formulação do problema, solução proposta
e objetivos geral e específicos;
2. Fundamentação Teórica: Composta por vários sub-capítulos, sobre segurança pública,
geoprocessamento, banco de dados geográfico, aplicações web com software livre,
tecnologias adotadas para o projeto e análise de soluções similares;
3. Projeto: Composto pelas etapas de análise de requisitos funcionais e não funcionais,
modelagem conceitual, com apresentação das principais funcionalidades e diagramas do
projeto.
4. Desenvolvimento: Composto pela metodologia aplicada, ferramentas utilizadas na
modelagem, desenvolvimento e ambiente operacional, documentação dos principais
programas desenvolvidos.
5. Trabalhos Futuros: Composto por recomendações e oportunidades de melhorias para
trabalhos futuros, que poderão aprimorar inda mais o projeto.
6. Conclusões: Principais considerações sobre o projeto, facilidade, e dificuldades
encontradas no decorrer do trabalho acadêmico, oportunidades para trabalhos futuros
possíveis de serem realizados.
O texto ainda inclui apêndices que complementam as informações apresentadas no decorrer
do trabalho.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 SEGURANÇA PÚBLICA
2.1.1 Análise Histórica
Por volta de 1940, a população brasileira era predominantemente rural, os freios sociais
funcionavam, a religiosidade do povo reprimia excessos e os coronéis conduziam os submissos, a
violência da época não era exposta devido à falta de preparo da imprensa, a incidência da
criminalidade era baixa e denominada formal ou informalmente pela polícia. Surgiu então a
estrutura básica da Justiça, do Ministério Público, do sistema prisional e da Polícia Judiciária que se
organizaram para atender ao modelo proposto, para a época a Segurança Pública era satisfatória
para sua demanda.
Nos anos 50, época do governo de Juscelino Kubitschek, as mudanças começaram a
acontecer. A era rádio chegou ao interior, as rodovias facilitaram o trânsito e a migração para as
cidades teve início. Os freios sociais começaram a afrouxar e, com isso, a criminalidade passou a
tomar nova feição e a exigir mais das instituições, mas apesar de tantos fatos novos, a atuação do
poder policial-judiciário penal, continuou a mesma (SOARES, 1997).
Nas décadas seguintes as mudanças sociais aceleraram. No regime militar as comunicações
se desenvolveram, os índices de violência aumentaram, e ainda assim o modelo de Segurança
Pública continuou o mesmo. A Constituição inovou em todas as áreas exceto na de segurança
pública. A questão principal está no modelo, pois a forma dos procedimentos, os passos a serem
seguidos, enfim o “modus operandi” foi disciplinado em 1942, para um Brasil diferente do atual,
onde a oferta dava vazão à demanda. Hoje o momento é outro, ou os governantes atualizam o
modelo atual, e com ele se reestruture as instituições para seu novo papel, ou cada vez mais
deixaremos a desejar na finalidade última do Estado (SETTE CÂMARA, 2002).
A impunidade que tantos culpam a polícia decorre dos fatores já apresentados, pequenos
conflitos que poderiam ser facilmente mediados, e delitos de menor ofensividade que chegam a ser
registrados na polícia, raramente chegam ao sistema, levando ao descrédito o Estado. Os juizados
de pequenas causas, criados para atender essa carência, foram rapidamente atacados pela brutal
demanda e se tornaram obsoletos, especialmente na área criminal.
8
O aparato policial-judiciário-penal está sob responsabilidade dos Estados, a União zela
apenas pelos seus bens, serviços e interesses. Os recursos orçamentários destinados
constitucionalmente pelos Estados ao Ministério Público e à Justiça está muito abaixo do
necessário, gerando limitações da folha de pagamento, desproporção de Juízes em relação à
população, o executivo é pressionado pelas demandas dos demais setores e sequer pode aumentar os
efetivos da própria polícia (SANTIAGO, 1993).
A questão da segurança pública é muito maior que a questão policial, e sua solução requer a
quebra de paradigmas consagrados, mas apesar de parecer óbvio o que deve ser feito, as resistências
às mudanças são grandes. Porém a solução da crise da insegurança requer disposição, coragem,
ousadia e criatividade, para que os municípios assumam a responsabilidade direta e encargos de
uma parcela da segurança pública.
2.1.2 O Estado e a Segurança Pública
Os gregos estudavam o Estado mais como uma abstração do que uma realidade, e o
analisaram mais pelas características que deveria apresentar para que fosse propício à realização de
uma vida confortável, do que pelas características que pudessem diferenciar os Estados entre si. O
enfoque que davam a seus estudos era moral e ético.
Os romanos, embora responsáveis pela instituição do Direito e de códigos que
influenciariam os séculos seguintes, não contribuíram com avanços significativos em relação ao
pensamento político construído pelos gregos. Mesmo se referenciarmos a ascensão do cristianismo
e a primazia dos assuntos religiosos sobre vários aspectos da vida humana e sobre a formulação de
novos valores e princípios, a contribuição dos romanos se notabilizou mais pelo debate em torno
dos poderes dos soberanos e da autoridade espiritual do Papa. “Até o século XV, as teorias políticas
eram concebidas como formas adequadas de criação de 90 (noventa) leis justas e instituições legais
que pudessem garantir correção e justiça nas decisões” (LOPES, 1990).
A Constituição Federal de 1988 referencia no art. 144, a segurança pública, como sendo
dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
A falta de segurança é uma preocupação que as pessoas tem constantemente devido às
ameaças a que estão sujeitas, cabe ao Estado proporcionar ao cidadão uma prestação de serviço de
9
qualidade, e exercer o poder de polícia, para garantir o cumprimento dos deveres individuais e
coletivos, cabe ao cidadão exigir seus direitos e contribuir para o bem comum da sociedade.
Segundo Sette Câmara (2002), segurança é um estado de espírito, ou seja, é uma sensação
influenciada por fatores externos. Um bom exemplo é a diferença entre caminhar numa rua limpa e
bem iluminada e num beco escuro. O risco de ser atacado existe em ambos. A diferença está na
probabilidade de que tal ocorra, transformando o risco em perigo.
Para Santiago (1993), o conceito de Segurança Pública pode ser entendido como sendo: O
grau relativo de tranqüilidade que compete ao Estado proporcionar ao cidadão, garantido-lhe os
direitos de locomoção, vida, propriedade e zelando pela manutenção dos costumes e dos princípios
de moral social. Ou em outras palavras, é a manifestação do poder do Estado fundamentada na
ordem jurídica, objetivando o exercício da força na garantia do direito.
Para Silva (1984) segurança, qualquer que seja sua aplicação, insere o sentido de tornar a
coisa livre de perigos, livre de incertezas, assegurada contra danos ou prejuízos, afastada de todo
mal. Traduz, portanto, a qualidade ou condição de estar seguro, livre de perigos e riscos, de estar
afastado dos danos ou prejuízos eventuais. Para Lazzarini (1999), ela será, em termos genéricos, a
certeza de que tudo trabalha, coordenadamente, na atividade humana considerada, ou seja, com
plena capacidade para enfrentar, com êxito, disfunções.
Para Moreira Neto (1989), segurança representa, sem dúvida, um campo muito amplo, além
de ser antiga preocupação do Estado. O atendimento à segurança pública extravasa as possibilidades
administrativas e demanda atuações de natureza política, judicial e social. Esse autor considera
segurança um valor social a ser mantido ou alcançado, em que o interesse coletivo pela existência
da ordem jurídica e pela incolumidade do Estado e dos indivíduos esteja atendido, a despeito de
comportamento e situações adversas. Ele afirma que, para manter ou alcançar esta situação, o
Estado deverá atuar preventiva ou repressivamente em quase todos os setores da atividade humana,
devido à multiplicidade de fatores, comportamentos e situações de risco envolvidas.
No entender de Lazzarini (1999), o conceito de segurança pública é o afastamento, por meio
de organizações próprias, de todo o perigo, ou de todo o mal que possa afetar a ordem pública, em
prejuízo da vida, da liberdade ou do direito de propriedade do cidadão. A segurança pública,
portanto, é limitadora das liberdades individuais, estabelecendo que a liberdade do indivíduo, em
fazer aquilo que a lei não lhe veda, não pode ir além da liberdade assegurada aos demais.
10
É importante destacar o entendimento que a doutrina da Escola Superior de Guerra (ESG)
tem sobre segurança, pois ela está refletida na organização policial brasileira, particularmente no
que diz respeito às policias militares. A segurança, segundo a doutrina de Siqueira Neto (1978),
pode ser individual, comunitária e nacional:
• A segurança individual se refere à necessidade que o homem tem de sentir-se interna e
externamente seguro, seja pela proteção aos seus direito fundamentais de liberdade,
propriedade, locomoção, proteção contra o crime, etc., seja pela garantia de solução dos
seus problemas como saúde, educação, subsistência, moradia e oportunidade social;
• A segurança comunitária representa a garantia dos elementos que dão estabilidade ao
grupo social, inclusive disciplinando as relações entre propriedade, capital e trabalho,
para sua plena utilização no interesse comum. As seguranças individual e comunitária se
realizam através da manutenção da ordem pública, que as compreende. Mas o Estado,
além disso, deve proteger todo o corpo social contra quaisquer obstáculos que se
anteponham à concretização dos interesses e aspirações nacionais; fala-se aqui da
segurança nacional cuja doutrina marcou profundamente a organização, operação e o
emprego das organizações encarregadas da segurança pública em nosso país; e
• A segurança nacional se exerce pela garantia das expressões do poder nacional que lhe
dão suporte, as quais se situam nos campos políticos, econômico, psicossocial e militar.
O grau de garantia da nação guarda relação com o nível de segurança de cada uma
dessas expressões. A preservação da capacidade de ação das expressões do poder
nacional é função dessa segurança.
Os setores responsáveis pela segurança pública em nosso país, que efetuavam a manutenção
da ordem pública através de ações que garantissem a segurança individual e comunitária, ficaram
indelevelmente marcadas pela doutrina da segurança nacional, no que se refere a sua organização,
forma de operação e emprego, principalmente as corporações policiais militares.
Segurança Pública quer dizer segurança da coletividade, ou seja, trata-se de um fenômeno
social e um elemento de equilíbrio essencial à manutenção da vida em comum. Ela traz implícita a
idéia do direito que tem o cidadão de sentir-se resguardado de lesões a sua pessoa e a seu
patrimônio. Implica a obrigação, que cabe ao Estado, de criar condições que proporcionem aos
cidadãos a garantia de existência, livre de ameaças ou restrições abusivas a seus direitos, dentro do
seu objetivo amplo de promover o bem estar geral. Essa garantia está baseada na ordem jurídica,
11
que compreende as normas coercitivas ditadas pelo Poder Público para regular as relações e
proteger os interesses dos cidadãos entre si ou dele próprio em relação a eles. Entre essas normas,
no campo da segurança pública, tem especial relevo as que coíbem as práticas mais diretamente
nocivas e ameaçadoras ao convívio social, ou seja, às leis penais. Da forma como essas leis são
respeitadas, ou é imposta sua obediência pelo Estado, resulta o estado de garantia que configura a
segurança pública. Nem só da estrita observância ou imposição da lei, contudo, depende a
segurança pública. Suas necessidades vão muito além disso, estendendo-se ao poder de polícia, pelo
qual o Estado, no objetivo de preservar a ordem pública, impõe, discricionariamente, limitações e
restrições aos direitos individuais, no interesse do bem comum. É o caso, por exemplo, da atuação
do Estado na área da saúde pública, com as atividades de vigilância sanitária, ou na área de proteção
ambiental.
No entender de Lazzarini (1999), o conceito de segurança pública é o afastamento, por meio
de organizações próprias, de todo o perigo, ou de todo o mal que possa afetar a ordem pública, em
prejuízo da vida, da liberdade ou do direito de propriedade do cidadão. A Segurança Pública,
portanto, é limitadora das liberdades individuais, estabelecendo que a liberdade do indivíduo, em
fazer aquilo que a lei não lhe veda, não pode ir além da liberdade assegurada aos demais.
Moreira Neto (1989) conceitua segurança pública como o conjunto de processos políticos e
jurídicos destinados a garantir a ordem pública na consciência das pessoas em sociedade. Ele
entende, ainda que a segurança pública possa ser analisada em diversos níveis, conforme a natureza
jurídica e seus órgãos de atuação. Distingue, em princípio, três níveis: o policial, o judicial, e o
político.
O nível policial vale-se do poder de polícia do Estado e é executado por órgãos da
Administração Pública: a polícia administrativa da ordem pública que realiza a prevenção e a
repressão imediata, atuando em nível individual ou coletivo; e a polícia judiciária, que apura as
infrações pessoais e auxilia o Poder Judiciário, realizando repressão imediata, atuando em nível
individual. Na atuação administrativa de segurança pública o que se busca de imediato é a
preservação da ordem pública, nela incluído o seu pronto restabelecimento.
O nível judicial detém o poder punitivo do Estado e é efetuado pelos órgãos do Poder
Judiciário, aplicando sanções penais contra os infratores, na defesa mediata e individual da ordem
pública. Na atuação judiciária e de polícia judiciária de segurança pública o que se busca de
12
imediato é a repressão ao infrator da ordem pública e, conseqüentemente a preservação da ordem
pública.
O nível político de segurança pública vai além da ordem pública, por se fixar na ordem
política. O art. 144 da Constituição Federal de 1988 referencia a ordem pública em relação à defesa
do Estado e das instituições democráticas. Isso indica que o valor jurídico tutelado não é apenas a
ordem pública, pois, para preservá-la basta, em princípio as funções policiais. Para preservar a
ordem pública, portanto, é necessário que o Estado, através do Poder Executivo, desenvolva outras
funções com a colaboração política direta do Congresso Nacional, que podem inclusive envolver até
situações de defesa ou de estado de sítio.
Para Medauar (1992), segurança pública é o estado antidelitual que resulta da lei das
contravenções penais, sendo que as ações que promovem a segurança pública são ações preventivas
típicas, seguidas da repressão imediata, para restabelecer automática e necessariamente a ordem
pública violada, e depois, após pela repressão policial consubstanciada nas medidas de polícia
judiciária, para apuração do ilícito criminal que violou a ordem pública, para levar o acusado à
justiça criminal, detentora do monopólio do poder de punir do Estado. A Segurança Pública pode
resultar da simples ausência, mesmo temporária, dos delitos e contravenções penais. A segurança
pública ideal seria aquele estado utópico em que os delitos houvessem desaparecido.
Segurança Pública é, em resumo, um complexo de atividades exercidas pela administração,
no sentido de evitar a ocorrência de atos ou comportamentos ilícitos ou de apontar ao Poder
Judiciário os seus autores, ou, ainda, de proteger a população contra sinistros ou calamidades de
qualquer natureza.
Contudo ainda que as questões relacionadas à Segurança Pública possam parecer tão óbvias,
tão evidentes, não é isto que se obtém da prática, justamente pelo fato de que apresentam contornos
que demonstram um outro lado, até então desconhecido: o da complexidade. Falar de segurança
pública é falar de polícia, e vice-versa, pois os órgãos policiais, estatais por natureza, são
instrumentos indispensáveis dos administradores (federais, estaduais ou municipais), para realizar a
tarefa de manter a ordem, fazer que se cumpra a lei e garantir a tranqüilidade no ambiente social,
verifica-se a cada dia a importância da organização policial, para manter a ordem, mesmo que as
vezes os recursos investidos no aperfeiçoamento da área policial, por parte dos governantes
deixarem ainda um pouco a desejar.
13
2.1.3 Entendimento do conceito de Segurança Pública
2.1.3.1 Ordem Pública
Entre os papéis que competem ao Estado exercer, encontra-se o da defesa e manutenção da
tranqüilidade pública, segurança pública e salubridade pública. A sociedade necessita dessa
proteção e de que ela seja fornecida a cada uma das pessoas que a integram, independentemente do
seu sexo, raça ou situação econômica. É nessa pluralidade real ou ideal dos seres, partes ou
propriedades, que o conceito de ordem deve ser introduzido.
Segundo Lazzarini (1999), a ordem pública só pode ser nacional. Ela varia no tempo e no
espaço, de um país para outro, e, em um mesmo país, de uma época para outra. A noção de ordem
pública é mais fácil de ser sentida do que definida e resulta de um conjunto de princípios de ordem
superior, políticos, econômicos, morais, e por vezes religiosos, aos quais uma sociedade se acha
vinculada, e que se presta à existência e conservação da organização social estabelecida.
Cretella Jr. (1989) entende que a ordem pública compreende a ordem pública propriamente
dita, a saúde, a segurança, a moralidade e a tranqüilidade pública, assim como a boa fé nos
negócios. É, ainda, a ausência de desordem, de atos de violência contra as pessoas, os bens do
próprio Estado. Ele afirma que a noção de ordem pública é extremamente vaga e ampla, não se
tratando apenas da manutenção material da ordem na rua, mas também da manutenção de certa
ordem moral, o que é básico em direito administrativo, porque a ordem pública é constituída por um
mínimo de condições essenciais para uma vida social conveniente, dando fundamento à segurança
dos bens e das pessoas, à salubridade e à tranqüilidade, influenciando decisivamente a vida
econômica (luta contra carestia, monopólios, etc.) e preservando espaços públicos.
Meirelles (1992) destaca que o tema da ordem pública é importante quando se trata da
administração pública, porque nele se compreende o da própria ordem administrativa, ou seja, a
normal execução do serviço público, o regular andamento das obras públicas e o devido exercício
das funções da administração pelas autoridades constituídas. Lembremos que a administração
pública é disciplinada por um conjunto de princípios jurídicos que formam o moderno direito
administrativo.
Como afirma Cretella Jr. (1989), a idéia de Estado é inseparável da idéia de polícia e de
poder de polícia, que é um poder instrumental da administração pública; é o fundamento da ação de
polícia. Na realização do bem comum, deve o Estado ter a sua polícia, a quem caberá assegurar a
14
sua segurança e a de sua respectiva comunidade, através da proteção e da garantia fornecida a cada
uma das pessoas que a integram, abrangendo, assim, uma segurança pública de sentido coletivo e
individual.
2.1.3.2 O Poder de Polícia
Poder de polícia é a faculdade atribuída ao Estado de restringir discricionariamente o
exercício dos direitos individuais, em benefício do interesse da coletividade, ou seja, é a
compatibilização do exercício dos direitos individuais com os interesses comunitários.
A expressão “poder de polícia” utilizada no país é a tradução de “police power” empregada
pela primeira vez em 1827 pela Suprema Corte dos Estados Unidos. Ela está vinculada ao poder dos
Estados-Membros daquele país, de poderem editar leis relativas a atender diversos tipos de disputas
ocorridas em território sob sua jurisdição, implementar tributos, desapropriar bens particulares,
utilizar força para garantir a ordem, tudo em benefício do interesse público. Seu emprego, hoje,
naquele país, foi ampliado para disciplinar inclusive atividades econômicas, com fundamento no
bem-estar comum.
No caso do Brasil, já a Constituição de 1824, no art. 169, atribuía uma lei disciplinar as
funções municipais das Câmaras e a formação das suas posturas policiais. Em 1828, a lei
denominada “Primeiro Regulamento das Câmaras Municipais” possuía um capítulo denominado
“Posturas Policiais”, que atribuía às Câmaras tudo o que dizia respeito à polícia e à vida econômica
da população.
As atividades próprias de segurança pública decorrem do poder de polícia, que é um poder
instrumental da administração pública. Em sua essência, a expressão “poder de polícia” pode ser
traduzida como uma atividade da administração pública, que impõe limites a direitos e liberdades.
Caetano (1977) afirma que o modo de atuar da autoridade administrativa, que consiste em
intervir no exercício das atividades individuais susceptíveis de fazer perigarem interesses gerais,
tem por objetivo evitar que se produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais que as leis
procuram evitar.
Para Cretella Jr. (1989), a ação da polícia deverá sempre estar baseada no poder de polícia,
com o objetivo de alcançar, através de suas ações, o bem comum, que é a missão primordial do
Estado. É missão a ser desenvolvida por meio de uma legislação adequada, de instituições e
15
serviços capazes de controlar, ajudar e regular as atividades privadas e individuais de toda a
sociedade, fazendo-as convergir para o bem comum.
No dizer de Siqueira Neto (1978), a expressão “poder de polícia” significa a faculdade de
velar abusos de direitos individuais ou impedir o exercício anti-social desses direitos em função do
bem comum, este considerado como o fim último do Estado e da própria sociedade.
Para Medauar (1992), é possível citar algumas características básicas do poder de polícia:
• É uma atividade administrativa, ou seja, um conjunto de atos, fatos e procedimentos
realizados pela Administração e, portanto, uma atuação subordinada à ordem jurídica, ou
seja, não é eminente, nem superior, mas regida pelo ordenamento vigente, sobretudo
pelos princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade;
• Acarreta limitação direta dos direitos reconhecidos aos particulares pelo poder de
polícia, a Administração enquadra uma atividade do particular, do qual o Estado não
assume a responsabilidade;
• O limite ao direito particular, de regra, significa um obstáculo ao seu exercício pleno, ou
a retirada de uma faculdade pertinente ao conteúdo do direito ou obrigação de fazer. Em
virtude do poder de polícia há, portanto, uma disparidade entre o conteúdo abstrato do
direito, em sentido absoluto, e a possibilidade de seu exercício concreto;
• Na atual configuração da Administração Pública, dividida entre uma face de autoridade
e face prestadora de serviço, o poder de polícia se situa na face da autoridade, atuando
por meio de prescrições, diferentemente da atuação de serviço público, que opera por
meio de prestações; e
• Envolve o controle da observância das prescrições e a imposição de sanções, em caso de
desatendimento.
Nos últimos anos o conceito de poder de polícia ampliou-se a ponto de abranger
praticamente todo o campo do exercício dos direitos individuais. Sua aplicação é bastante extensa,
compreendendo, além da segurança dos cidadãos e do próprio Estado, a moral e os bons costumes,
a saúde pública, a segurança dos transportes e a proteção do meio ambiente.
16
O objeto do poder de polícia é, portanto, qualquer bem, direito ou atividade que possa pôr
em perigo a segurança, ou prejudicar interesse coletivo, devendo, por isso, ser submetido à
regulamentação, contenção ou controle por parte da Administração Pública.
É importante destacar, entretanto, que, a bem do interesse social, o poder de polícia não
pode ser invocado ilimitadamente, para não cair no terreno do arbítrio. As barreiras naturais, e por
vezes intransponíveis, dos direitos e garantias individuais, e as liberdades públicas são as legítimas
forças, asseguradas pela ordem jurídica, que colocam seu emprego dentro dos limites aceitos pela
sociedade.
Polícia e poder de polícia são institutos que não se confundem, mas guardam íntima relação,
uma vez que aquele poder encontra na atividade policial, porque exercida através de limitações das
liberdades coletivas e individuais, um campo muito vasto para sua utilização.
Segundo Lazzarini (1995), a proteção às pessoas físicas, ao seu povo, seus bens e atividades,
há de ser exercida pela Polícia ostensiva, na preservação da ordem pública, entendendo-se polícia
ostensiva a instituição policial que tenha o seu agente identificado de plano na sua autoridade
pública, simbolizada na farda, equipamento, armamento ou viatura.
Vale ressaltar o papel da polícia na segurança pública, pois é o órgão que detém o poder
para intervir sob qualquer ameaça que ponha em risco o bem estar individual ou coletivo, cabe a ela
apurar os acontecimentos para que sejam julgados posteriormente, sua presença é um ato de
prevenção para garantir a segurança e tranqüilidade tanto para a coletividade quanto ao indivíduo.
Afirma Tuma (2000) que a polícia nada mais é do que os ouvidos e os olhos da Justiça. A
polícia sobrevive a qualquer regime, a qualquer sistema de governo. Ela é insubstituível.
Numa ótica mais tradicionalista, a função maior do Estado é prestar segurança (do latim
secure, significa "sem medo") aos seus cidadãos, garantindo-lhes a sua incolumidade física e moral,
reflexo de uma convivência pacífica e harmoniosa entre os indivíduos. Sob esse prisma, o conceito
de segurança pública está ligado ao de poder de polícia. O poder de polícia sofreu limitações, mas
preocupando-se com todos os campos da vida humana, em níveis nacional e internacional. O poder
de polícia, que incorporou valores sociais, passou a ser definido como:
Atividade administrativa do Estado que tem por fim limitar e condicionar o exercício das
liberdades e direitos individuais visando a assegurar, em nível capaz de preservar a ordem pública,
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o atendimento de valores mínimos da convivência social, notadamente a segurança, a salubridade, o
decoro e a estética. (MOREIRA NETO, 1989).
Em síntese, segurança pública seria a garantia dada pelo Estado de uma convivência social
isenta de ameaça de violência, permitindo a todos o gozo dos seus direitos assegurados pela
Constituição, por meio do exercício do poder de polícia. Em todo caso, percebe-se sempre
manifesta as noções de manutenção do estado de ordem e repressão a tudo o que ameace a paz
social. Da mesma forma, o elemento Estado se faz presente em todas as conceituações, sendo a
polícia o único agente capaz de combater a violência e a única responsável por garantir a segurança.
Para Souza (2002), a maioria das instituições policiais do País atua no contexto da política
ultrapassada de capturar criminosos, demonstram a incapacidade de prever os problemas da
comunidade e de planejar técnicas preventivas, da mesma forma que falham por não trabalharem
em conjunto com essa mesma comunidade.
O tema, sem dúvida é um dos mais discutidos e que afeta diretamente as pessoas, porém
poucos se dão conta que a responsabilidade para sua resolução é tanto do estado envolvendo os
poderes executivo, legislativo e judiciário, quando de todos os segmentos da sociedade civil
organizada, com certeza um problema para ser resolvido em conjunto.
2.1.4 Sociedade e Segurança Pública
De acordo com Sette Câmara (2002), na verdade precisa-se entender melhor segurança
pública. Esta passa, necessariamente, pelo fortalecimento da cidadania, pela participação ativa da
sociedade, individual e coletivamente, na solução dos seus conflitos e pela percepção exata do papel
das diversas instituições colocadas pelo Estado à sua disposição. A constituição federal é bem clara
ao dispor que “segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos” e este
mandamento precisa sair do papel e passar para a realidade.
Diante do exposto, pode-se pensar, “mas eu cidadão que devo fazer para participar da
resolução dos problemas envolvendo segurança pública?”, pois tem-se o hábito de esperar que os
problemas que afligem a comunidade sejam resolvidos por alguém, como se não fossemos parte do
problema. É certo que cabe as autoridades fazerem sua parte e orientar os procedimentos, mas sem a
participação individual ou coletiva do cidadão, não há solução. Com certeza existem vários meios
de colaboração individual e coletiva do cidadão, como por exemplo:
18
• Proteger sua casa, criando condições de proteção física;
• Estimular a solidariedade entre vizinhos, descubra a força da comunidade organizada;
• Criação de organizações para identificar situações de risco da população local e articular
ações para neutralizá-las;
• Evitar situações que ponham em risco a integridade física ou a vida; e
• Dirigir com segurança, respeitando as leis de trânsito.
Ser cidadão é se envolver com os problemas da sociedade, dividir participar, exigir seus
direitos, assumir seus deveres, pois para se ter mais segurança é necessário abrir mão de algumas
comodidades ou, até mesmo, da liberdade de fazer o que quiser.
2.2 GEOPROCESSAMENTO
A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, propriedades,
animais e plantas sempre foi uma parte importante das atividades das sociedades organizadas. Até
recentemente, no entanto, isto era feito apenas em documentos e mapas em papel; isto impedia uma
análise que combinasse diversos mapas e dados. Com o desenvolvimento simultâneo, na segunda
metade deste século, da tecnologia de Informática, tornou-se possível armazenar e representar tais
informações em ambiente computacional, abrindo espaço para o aparecimento do
Geoprocessamento.
Geoprocessamento é o uso automatizado de informação que de alguma forma está vinculada
a um determinado lugar no espaço, seja por meio de um simples endereço ou por coordenadas.
(FATOR GIS, 2006).
Segundo Assad e Sano (1998), o termo Geoprocessamento denota a disciplina do
conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação
geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de
Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. As
ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de SIG - Sistemas de Informação
Geográfica, permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar
bancos de dados georeferenciados. Tornam ainda possível automatizar a produção de documentos
cartográficos.
19
Pode-se dizer, de forma genérica, “Se onde é importante para seu negócio, então
Geoprocessamento é sua ferramenta de trabalho”. Sempre que o onde aparece,dentre as questões e
problemas que precisam ser resolvidos por um sistema informatizado, haverá uma oportunidade
para considerar a adoção de um SIG.
Num país de dimensão continental como o Brasil, com uma grande carência de informações
adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais, o
Geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado em tecnologias de
custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja adquirido localmente.
2.2.1 Mapa e Carta
Segundo Oliveira (1993), os conceitos de mapa e carta não possuem uma distinção rígida. O
termo mapa era usado antigamente de modo a designar exclusivamente as representações terrestres,
sendo adotado o termo carta para denominar representações marítimas.
Os mapas são representações gráficas aproximadas da superfície terrestre, que projetam cada
ponto do globo terrestre em uma superfície plana, para isso utiliza-se os sistemas de projeções
cartográficas. Já a carta é uma representação dos aspectos naturais ou artificiais da terra, destinadas
a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e a
localização geográfica de pontos áreas e detalhes (CÂMARA et al. 1996).
2.2.2 Escala
Escala é a relação entre as dimensões dos elementos representados em um mapa e a
grandeza correspondente, medida sobre a superfície da terra. A escala é uma informação obrigatória
para qualquer mapa, e geralmente esta representada de forma numérica. As escalas numéricas ou
fracionárias, são descritas por frações cujos denominadores representam as dimensões naturais e os
numeradores as que lhes correspondem no mapa.
A escala de 1 para 50.000, (notação 1:50.000 ou 1/50.000), por exemplo, indica que uma
unidade de medida no mapa equivale a 50.000 unidades na mesma medida sobre o terreno. Ou seja,
1 cm no mapa corresponde a 50.000 cm no terreno.
20
2.2.3 Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
Os primeiros Sistemas de Informações Geográficas surgiram na década de 60, no Canadá,
como parte de um programa governamental para criar um inventário de recursos naturais. No
decorrer dos anos 80, a evolução dos computadores pessoais e dos sistemas gerenciadores de
bancos de dados relacionais, ocorreu uma grande difusão do uso de SIG (Sistemas de Informação
Geográfica). A incorporação de muitas funções de análise espacial proporcionou também um
alargamento do leque de aplicações de SIG (CÂMARA et al. 2004).
Segundo Atta e Bezerra (2001), um SIG é uma ferramenta de software para produzir mapas
e analisar o que existe e os eventos que acontecem na Terra. A tecnologia SIG integra operações
correntes de gestão de base de dados, como inquirição e análise estatística, com os benefícios de
visualização e de análise geográfica única proporcionada pela utilização de mapas.
Componentes do SIG:
• Banco de dados espacial e de atributos;
• Sistema de visualização cartográfica;
• Sistema de digitalização de mapa;
• Sistema de análise geográfica; e
• Sistema de processamento de imagens;
Estas capacidades fazem com que o SIG se torne uma ferramenta poderosa para um grande
número de empresas públicas e privadas, sendo utilizada para explicar eventos, prever resultados e
planejar estratégias. Na Figura 1, está apresentada a estrutura básica de um SIG.
21
Figura 1. Estrutura geral de um Sistemas de Informação Geográfica
Fonte: CÂMARA et al. (1996).
O aspecto fundamental dos dados tratados em um SIG é a natureza dual da informação: um
dado geográfico possui uma localização geográfica e atributos descritivos. Outro aspecto muito
importante é que os dados geográficos não existem sozinhos no espaço: tão importante quanto
localizá-los é descobrir e representar as relações entre os diversos dados.
O nome SIG é muito utilizado e em muitos casos é confundido com geoprocessamento. O
geoprocessamento é o conceito mais abrangente e representa qualquer tipo de processamento de
dados georreferenciados, enquanto um SIG processa dados gráficos e não gráficos (alfanuméricos)
com ênfase a análises espaciais e modelagens de superfícies (SPRING, 2003).
As operações de consulta e manipulação de dados geográficos constituem a essência de um
SIG, ao diferenciar o Geoprocessamento de tecnologias como Cartografia Automatizada e Projeto
Auxiliado por Computador.
O que distingue um SIG de outros tipos de sistemas de informação são aquelas funções que
possibilitam a realização de análises espaciais que utilizam os atributos espaciais e não espaciais das
entidades gráficas armazenadas na base de dados espaciais; buscando fazer simulações sobre os
fenômenos do mundo real, seus aspectos ou parâmetros.
22
2.2.4 Mapeamento da Criminalidade
Considera-se o mapeamento da criminalidade como sendo uma atividade científica, ou seja,
uma aplicação do campo mais amplo da cartografia, com aplicações em campos tão diversos como
pesquisas, navegações de todos os tipos (inclusive orientação e mapeamento de vias rodoviárias),
geologia, exploração espacial, gerenciamento ambiental, turismo e planejamento urbano. Hoje, no
entanto, a cartografia se torna uma ferramentas de grande amplitude de aplicações, o que reflete o
propósito mais importante dos mapas que é o de transmitir informações (HARRIES, 1999).
Com mapas pode-se fazer: formulação de hipóteses, coleta de dados, análise, revisão dos
resultados e avaliação da hipótese inicial como aceita ou rejeitada em prol de uma versão
modificada. Este ciclo, conhecido como processo hipotético-dedutivo, é utilizado por toda a ciência
como ferramenta fundamental. É um paradigma universal, ou modelo, de investigação científica.
Normalmente, os mapas são pensados apenas como ferramentas de exibição. Na realidade,
os mapas desempenham um papel importante no processo de pesquisa, análise e apresentação. O
mapeamento é mais eficaz quando suas múltiplas capacidades são reconhecidas e utilizadas em toda
sua extensão. O mapa é o produto final de um processo que começa com o primeiro relatório
policial, que passa pela equipe do processamento de dados, é introduzido no banco de dados, e
finalmente transformado em um símbolo no papel. Segundo esta interpretação estreita, o mapa é
meramente uma ilustração ou parte do banco de dados. Mas os mapas podem ser úteis de outras
formas.
Devido à infinidade de combinações possíveis entre as condições relacionadas ao crime
ilustráveis nos mapas, é possível combinar tipos de mapas para aumentar a informação presente em
um mesmo mapa. Pode-se combinar, por exemplo, dados nominais e de proporção, como um mapa
estatístico do crime relacionado à droga por ronda de patrulha, e acrescentar a localização dos
mercados de tráfico no mesmo mapa.
Ao realizar um mapeamento deve-se estar atento para a possibilidade de combinar os
diferentes tipos de mapas temáticos, contanto que o resultado não fique sobrecarregado de
informação, ou mesmo incompreensível. Um mapa sobrecarregado conterá tanta informação que a
visão será incapaz de absorvê-la por completo. Isto impedirá que o leitor distinga entre o que é e o
que não é importante.
23
Neste contexto, a geocodificação é vital para o mapeamento da criminalidade, uma vez que
é a maneira mais difundida de introduzir dados sobre os crimes. O registro dos crimes se dá quase
sempre através do endereço ou algum atributo locacional, e é esta a informação que permite fazer a
conexão entre o banco de dados e o mapa.
A combinação dos dados no espaço geográfico proporciona oportunidade de exploração e
análise dos dados que não existem quando faltam dados geográficos. Embora estas informações
possam se encontrar em bancos de dados diferentes, ambas podem ser combinadas, e as
localizações, submetidas á análise. As possibilidades proporcionadas por este tipo de análise
espacial são praticamente ilimitadas: análise das zonas quentes, da direção e distância da
recuperação de imóveis roubados, identificação dos territórios de gangues, cálculo de taxas
específicas para a área, construção da “superfície” da criminalidade, análise de redes, determinação
de fronteiras, entre outras.
Hoje a perspectiva predominante é que um público informado pode auxiliar no controle do
crime, uma vez que a polícia não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo e que o
policiamento será mais eficaz quando realizado em um ambiente no qual o público oferece apoio
ativo.
É difícil de subestimar ou superestimar o ritmo da mudança e o impacto de longo prazo das
transformações tecnológicas no policiamento, inclusive no mapeamento do crime. Embora os
avanços presentes e futuros prometam dar maior apoio substantivo ao controle do crime, devemos
nos lembrar que tecnologias como o mapeamento do crime são somente ferramentas e, como tais,
produzem benefícios à sociedade dependendo dos agentes humanos que as controlam.
O simples mapeamento das ocorrências policiais ainda não é suficiente para que essas
informações façam sentido para os usuários. É necessário que a tecnologia de utilização dessas
informações seja informada teoricamente de tal maneira que possamos relacionar as diferentes
características do espaço urbano com distintos tipos de crimes, sugerindo explicações e estratégias
de controle em vizinhanças e grupos de risco.
Se a informação geográfica é útil em um contexto de controle do crime, normalmente é
possível representá-la em um mapa. Os dados geográficos sobre a criminalidade não são, em si,
suficientes para criar um mapa significativo, já que estes devem ser combinados com um mapa-base
ou com outros dados que os tornem interessantes. Todos os dias, no entanto, cresce a demanda por
24
dados “geograficamente capacitados” à medida que negócios, governos e organizações começam a
reconhecer o valor dos mapas e da análise espacial (HARRIES, 1999).
2.2.5 Conceito de WebMapping
O principal conceito de webmapping é a capacidade de um sistema em proporcionar ao
usuário, navegar através da utilização de mapas para localizar as informações na Internet. Ou seja, o
uso de servidores de mapas através da Internet para divulgação de informações de forma dinâmica
com geração de consultas espaciais (SPERB et al. 2002). A arquitetura webmapping, é representada
através da Figura 2.
Figura 2. Arquitetura webmapping
Fonte: LCA (2006).
Conforme Silva e Zaidan (2004), webmapping, representa muito mais que a simples
visualização de mapas digitalizados pela Internet, representa um serviço que proporciona aplicação
de análise espacial para diversos casos de estudo, utilizando mapas dinâmicos, aliados a dados
armazenados sobre os mais variados temas com a utilização da interface Web. Embora até há pouco
tempo o serviço se resumisse na disponibilização de mapas simplesmente para visualização de
consultas pré-determinadas, hoje as opções são mais poderosas de forma que a implantação de
webmapping em servidores de mapas já se tornou uma necessidade para aplicações SIG atuais que
tendem a ter aplicações Web com capacidade de recuperar, administrar, filtrar e visualizar as
informações espaciais.
25
Em webmapping, diferentemente da navegação através de links, existe o conceito de
navegação por mapas utilizando marcadores espaciais como referência. O usuário, além de navegar
pelo mapa, pode também escolher quais informações deseja consultar, gerando as mais diversas
associações entre os dados para obter o resultado visual que deseja.
2.2.6 Aplicação com suporte geoespacial na área de Segurança Pública
O uso de aplicações geoespaciais como ferramenta de visualização, análise e interpretação
dos dados coletados pelos órgãos responsáveis pela Segurança Pública, torna-se um importante
aliado na questão segurança. Neste contexto, esses ambientes podem ser utilizados como pólos
geradores de informações, imprescindíveis para o planejamento, otimização e funcionamento dos
órgãos que combatem a criminalidade.
A introdução da análise geoespacial na Segurança Pública permitiu, por exemplo, a
substituição dos famosos mapas de alfinetes que cobriam grandes extensões nas paredes pela
versatilidade dos mapas digitais dinâmicos acessíveis num microcomputador (HARRIES, 1999),
conforme pode ser visto na Figura 3.
Alfinetes
Digital
Figura 3. Evolução do mapeamento
Fonte: Adaptado de Harries (1999).
Os mapas digitais normalmente são vistos apenas como uma melhoria na exibição das
ocorrências. Entretanto, estes desempenham um papel primordial no processo de apresentação,
pesquisa e análise. O mapeamento é mais eficaz quando suas múltiplas capacidades são
reconhecidas e utilizadas em toda sua extensão. O mapa é o produto final de um processo que
26
começa com o primeiro relatório policial, que passa pela equipe do processamento de dados, é
introduzido no banco de dados, e finalmente transformado em um símbolo no papel. Segundo esta
interpretação estreita, o mapa é meramente uma ilustração ou parte do banco de dados (HARRIES,
1999).
Seguindo o princípio do processo de descoberta de conhecimento, o mapeamento digital em
Segurança Pública permitirá a execução das etapas:
• Visualização exploratória;
• Desenvolvimento de hipótese(s);
• Desenvolvimento de métodos para teste da(s) hipótese(s)
• Análise dos dados;
• Avaliação dos resultados; e
• Decisão e reavaliação da hipótese original.
Segundo Silva e Zaidan (2004), os sistemas com suporte geoespacial possibilitam uma
visualização próxima da realidade, fazendo com que a identificação e o tratamento das ocorrências
tenham mais chance de serem analisados, pois utilizam o potencial humano para gerenciar
informações interpretando imagens. Os mapas e todo o aparato gráfico utilizado nos sistemas
geralmente representam com fidelidade a realidade. Existe um ditado: “Uma imagem vale mais que
mil palavras”, e esta é a diferença fundamental entre os sistemas que utilizam suporte geoespacial
para os demais.
2.3 Banco de Dados Geográfico
A necessidade de armazenamento de grandes quantidades de dados fez surgir os sistemas
gerenciadores de bando de dados, ou SGBD que de maneira estruturada, facilitaram o
armazenamento e utilização, tanto de dados espaciais, como também de atributos não espaciais
relacionados a geo objetos.
De acordo com Silva (2002), o termo “banco de dados geoespaciais” é utilizado sempre que
os dados a serem armazenados possuem características espaciais, ou seja, possuem propriedades
que descrevem a sua localização no espaço (latitude/longitude) e a sua forma de representação. Um
27
banco de dados geoespacial necessita, além de controlar grandes quantidades de dados espaciais
armazenados, acessar e manipular atributos não espaciais.
Segundo Silberschatz et al. (1999), os bancos de dados espaciais armazenam informações
relacionadas a localizações espaciais e fornecem suporte eficiente para consultas e indexações com
base nessas localizações espaciais. O diferencial da utilização de bancos de dados espaciais são
comandos e ações especiais que em bancos de dados comuns não são possíveis.
Para consultar em um conjunto de polígonos armazenados em um banco de dados quais
interceptam em um determinado polígono, para obter uma resposta eficiente não se pode utilizar
uma estrutura de índices igual utilizadas em bancos de dados não-espaciais, são necessárias
estruturas específicas de bancos de dados espaciais.
Para Silberschatz et al. (1999), dois tipos de bancos de dados são particularmente
importantes:
• Bancos de dados de projetos: são os bancos de dados para projetos assistidos por
computador (CAD), que utilizam banco de dados espaciais para armazenar informações
de projetos, informações de como objetos, prédios, carros, aviões e outros, são
construídos. Projetos de circuitos integrados e dispositivos eletrônicos são outros
exemplos importantes de aplicação de um banco de dados de projetos; e
• Banco de dados geográficos: são bancos de dados espaciais utilizados para armazenar
informações geográficas, como mapas. Os bancos de dados geográficos são
freqüentemente chamados de SIG.
2.3.1 Representação de Informações Geográficas
As informações geográficas, para Silberschatz et al. (1999), podem ser representadas de
várias maneiras diferentes. A Tabela 2 mostra alguns tipos de representações.
28
Tabela 2. Tipos de representações de informações geográficas
Nome Objeto Representação
Segmento de Linha
{(x1,y1), (x2,y2)}
Triângulo
{(x1,y1), (x2,y2), (x3,y3)}
Polígono
{(x1,y1), (x2,y2), (x3,y3), (x4,y4),
(x5,y5)}
Polígono
{(x1,y1), (x2,y2), (x3,y3), ID1}
{(x1,y1), (x2,y2), (x3,y3), ID1}
{(x1,y1), (x2,y2), (x3,y3), ID1}
Fonte: Fonte alterada de Silberschatz et al. (1999).
Para Câmara (1995), o universo de representação de um SIG tem como entidade básica um
banco de dados geográfico. Este banco é composto por um plano de informação. Por geo-objetos e
por objetos não-espaciais onde:
• Geo-campo: representa a distribuição espacial de uma variável que possui valores em
todos os pontos de uma região geográfica;
• Geo-objeto: É um elemento único que possui atributos descritivos, está associado a
múltiplas localizações geográficas;
• Objeto não-espacial: Engloba qualquer tipo de informação que não seja georreferenciada
e que se queira agregar a um SIG;
• Objeto cadastral: Um objeto que agrupa geo-objeto para uma dada projeção cartográfica
e regiões geográficas, sendo instâncias da classe cadastral; e
• Plano de informação: É a generalização dos conceitos de geo-campo e de objeto
cadastral.
29
Os dados geográficos são espaciais por natureza, mas diferem dos dados de projeto em
alguns aspectos. Mapas e imagens de satélites são exemplos típicos de dados geográficos.
Os mapas fornecem mais do que apenas informações de localização (fronteiras, rios e
estradas, etc.), mas, também, informações mais detalhadas sobre as localidades (elevação, tipo de
solo, vegetação, etc.).
Segundo Silberschatz et al. (1999), os dados geográficos podem ser categorizados em dois
tipos:
• Dados matriciais (raster): Consistem em mapas de bits ou mapas de pixels em duas ou
mais dimensões. Geralmente utilizado para imagem de rastreamento de satélite da
cobertura das nuvens, em que cada pixel armazena a visão da nuvem em uma área
particular; e
• Dados vetoriais: Dados vetoriais são construídos a partir de objetos geométricos básicos,
como pontos, segmentos de linha, triângulos e outros polígonos bidimensionais; e
cilindros, esferas, cubóides e outros poliedros em três dimensões.
Dados de mapas são freqüentemente representados em formato vetorial. Os rios e estradas
podem ser representados como a união de múltiplos segmentos de linha. Os estados e países são
representados por polígonos, na Figura 4, pode-se perceber a diferença das duas representações.
Figura 4. Representação raster (matricial) vetorial de um mapa temático
Fonte: Adaptado de Soares (2004).
30
2.3.2 Tipos de Arquitetura
Dentre os principais tipos de arquitetura para banco de dados geográficos estão duas
soluções de armazenamento distintas, citamos: uma que propõe o armazenamento dos dados
espaciais e convencionais em locais diferentes existindo, porém, um identificador único para cada
objeto comum as duas bases; e outra que propõe o armazenamento conjunto dos dados, utilizando-
se para tal um sistema gerenciador próprio para manipular esse novo tipo de dados.
2.3.2.1 Arquitetura Dual
A arquitetura dual tenta solucionar o problema de gerenciamento de dados geográficos
integrando os dados convencionais e espaciais, armazenados em bases de dados distintas, através de
identificadores comuns as duas bases. Nesta abordagem existem duas maneiras de tratamento para a
base de dados convencional, ou pode vir integrada a ferramenta SIG ou pode ser uma base de dados
externa a essa ferramenta e conectar-se a ela através de um software utilizado para esse fim.
Segundo Silva (2002), a utilização da segunda abordagem permite uma maior flexibilidade ao
usuário, possibilitando que essa escolha a base de dados convencional a ser utilizada.
Ocorre que a arquitetura Dual tem um ponto fraco, que é a dificuldade em garantir a
integridade entre as partes geométrica e descritiva da representação do objeto geográfico. Na
maioria dos casos, existe a possibilidade de um usuário desavisado acessar o banco de dados
alfanumérico e modificar algo sem que a estrutura de dados geográficos tenha conhecimento do fato
Davis Jr. (2001). Na Figura 5, podemos entender melhor como funciona a arquitetura dual
Figura 5. Representação da arquitetura dual
Fonte: INPE (2006).
31
2.3.2.2 Arquitetura Integrada
A arquitetura Integrada utiliza-se de SGBD (Sistema Gerenciados de Banco de Dados)
Objeto-Relacional para integrar dados espaciais e dados alfanuméricos, já que estes oferecem
suporte a manipulação de dados complexos e a criação de novos tipos de dados.
Devido a isso os dados espaciais se beneficiam das características dos SGBD convencionais,
que na arquitetura Dual eram desfrutadas apenas pelos dados descritivos: integridade, segurança,
backup e recuperação dos dados. O Modelo Integrado por se tratar de uma proposta que se utiliza de
tipos de dados definidos pelo usuário necessita de implementações que se preocupem com a melhor
forma de armazenamento e recuperação.
Além desses benefícios, com o armazenamento dos dados em uma mesma base a consulta
fica facilitada, já que apenas se necessita realizar uma única consulta a base para retornar os dados
desejados, ao contrário disso na arquitetura dual para se retornar a localização de um objeto e sua
descrição era necessário acessar a base espacial e convencional, Silva (2002). Na Figura 6, tem-se
melhor entendimento do funcionamento da arquitetura integrada.
Figura 6. Representação da arquitetura integrada
Fonte: INPE (2006).
2.3.3 Aplicações de Dados Geográficos
Os bancos de dados geográficos possuem grande variedade de utilizações, como, sistema de
navegação de veículos, informações de redes de distribuição de empresas de serviços públicos,
32
sistemas de telefone, energia elétrica e abastecimento de água, informações de utilização da terra
para ecologistas e estrategistas, etc. (SILBERSCHATZ et al. 1999).
Sistemas de navegação de veículos armazenam informações sobre estradas e serviços para
uso dos motoristas. Estas informações englobam dados para visualização gráfica das estradas,
condições das estradas, as conexões entre elas e as restrições de mão única, podendo ser gerados
mapas on-line.
Um benefício importante desse tipo de mapa é a facilidade de alterar a escala do mapa para
o tamanho desejado. Com essas informações adicionais sobre as estradas os mapas podem ser
usados para a definição automática de roteiros de viagens. Os usuários podem consultar serviços de
informações para localizar, por exemplo, hotéis, postos de gasolina ou restaurantes com as
informações de ofertas e condições de pagamento desejadas.
Os sistemas de navegação de veículos são móveis e podem ser montados no painel de um
veículo. Um complemento útil para o sistema móvel de informações geográficas e uma unidade de
GPS (Global Position System - Sistema de Posicionamento Global), que usa as informações
transmitidas por satélites GPS para determinar a localização atual com a precisão de dezenas de
metros. A unidade GPS determina a localização em termos de {latitude, longitude e elevação} e o
banco de dados geográfico pode ser consultado para encontrar onde e em qual estrada o veículo está
no momento.
2.4 APLICAÇÕES WEB COM SOFTWARE LIVRE
Segundo GNU (2006), o software livre propicia a liberdade de execução, cópia, distribuição,
estudo, alteração e aperfeiçoamento. Este tipo de software constitui-se num programa de código
fonte aberto, o que permite a realização de alterações.
Para Freitas e Teles (2002), o uso do software livre pode contribuir com a disseminação do
uso da tecnologia na educação, devido as vantagens oferecidas no que diz respeito, principalmente,
a flexibilidade e ao custo para implantação e para utilização.
As vantagens de se utilizar a tecnologia de software livre são inúmeras: (a) formação de
comunidades de apoio; (b) superior qualidade tecnológica; (c) liberdade para executar programas;
(d) acesso ao código fonte para customizações e cópias sem pagamento de licenças; e (e)
33
portabilidade. Quanto as desvantagens podemos citar (a) resistência dos usuários e (b) suporte
técnico não garantido (INFO, 2004);
2.4.1 Sistemas de Informação Baseado na Web
A Web é um dos principais serviços que mais contribui para o sucesso da Internet. Sendo
originalmente um sistema hipermídia distribuído para navegação e consulta de informação
fracamente estruturada, cedo começaram as primeiras investidas dos utilizadores e das organizações
para introdução de novas capacidades e funcionalidades que já existiam nos sistemas de informação
tradicionais, tais como formulários (para introdução de informação), e interligação a sistemas de
bases de dados.
Com estas finalidades, a Web evoluiu para um servir de base a vários sistemas de
informação, mais ou menos especializados, mas acessíveis à escala mundial ou à escala interna (de
um grupo restrito de utilizadores).
Para O’Brien (2002), as tecnologias e sistemas de informação baseados na Internet estão
rapidamente se tornando um ingrediente necessário ao sucesso empresarial no dinâmico ambiente
globalizado de negócios de hoje.
Segundo Travis (2000), Os recursos da tecnologia Web, são utilizados como infra-estrutura
de acesso a sistemas de informação. Dessa forma, os usuários interagem com os sistemas através
dos próprios navegadores Web, fornecendo informações aos servidores, os quais processam e geram
respostas (páginas Web) dinamicamente.
Atualmente a tecnologia para desenvolvimento e suporte de SIW (Sistemas de Informação
para a Web), é foco de um enorme interesse e investimento porque permite conjugar as vantagens
dos sistemas de informação tradicionais com todas as vantagens da Web, entre elas podemos citar
conforme (Info, 2006), como características básicas:
• Interatividade;
• Resposta imediata;
• Conectividade;
• Interoperabilidade;
34
• Multimídia; e
• Facilidade de uso.
2.4.2 Software Livre (Open Source)
Segundo Sperb et al. (2002), o conceito de OSS (Open Source Software – Software de
Código Fonte Aberto) ou FS (Free Software – Software Livre) são sistemas cujas licenças
(OSS/FS) garantem ao usuário a liberdade de utilizar um sistema computacional para qualquer
propósito, permitindo a modificação do código fonte e redistribuição do programa original ou da
versão modificada sem imposições financeiras ou restrições na forma de distribuição.
Acadêmicos, técnicos e entusiastas têm desenvolvido colaborativamente sistemas
computacionais, ferramentas de suporte e aplicações com as mais variadas funcionalidades
utilizando-se da filosofia OSS/FS para suprir, gratuitamente, as necessidades de comunidades
científicas, empresas, e a sociedade em geral, (ibidem).
O fato de possuir código livre dá ao desenvolvedor a capacidade de incluir outras
funcionalidades ao software adequando à sua necessidade, podendo até mesmo ser incorporado ao
código original, dependendo de sua contribuição para evolução do software, beneficiando a
comunidade de usuários.
Segundo Info (2006), 74% (setenta e quatro porcento) das 100 (cem) maiores empresas
usuárias de tecnologia no país, utilizam software livre. Grandes empresas e órgãos governamentais
como Casas Bahia; Shop Tour; Stefanini Soluções; Serpro; Exercito Brasileiro e Companhia do
Metropolitano de São Paulo – Metrô, também aderiram à tecnologia open source.
A utilização das tecnologias adotadas para este projeto: (a) Web Server Apache; (b)
linguagem PHP; (c) banco de dados com suporte espacial PostgreSQL/PostGIS e (d) servidor de
mapas MapServer são exemplos de tecnologias OSS/FS, que são utilizados na arquitetura proposta
por este trabalho.
Em contrapartida, conforme Veja (2006), a utilização de software livre, pode ser uma ilusão,
o código fonte pode ser modificado por qualquer um e em principio pode ser obtido gratuitamente
na internet, em teoria pode ser uma boa idéia utilizar e não pagar. Na prática, talvez seja um
problema, sobretudo se o uso se transformar em obrigação. Ao optar por programas é preciso pesar
35
os pros e contras no que se diz respeito a manutenção. Segundo pesquisa feita no ano de 2005 e
2006, chegou a seguinte conclusão: Ao fim de cinco anos, o custo de manutenção do software livre
é mais alto que o preço do software pago.
2.5 TECNOLOGIAS ADOTADAS PARA O PROJETO
Dentre as tecnologias adotadas para este Trabalho de Conclusão de Curso, optou-se por
escolher ferramentas onde, já são desenvolvidos vários sistemas no LCA (Laboratório de
Computação Aplicada) da UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí), que detém inúmeros projetos
implantados e mantém amplo conhecimento técnico nas ferramentas que serão utilizadas no projeto
listadas conforme Figura 7. A questão de compatibilidade, acessibilidade também foi levada em
conta, haja visto que todas as ferramentas e ambientes são compatíveis com a proposta do projeto.
Figura 7. Arquitetura do sistema proposto
Fonte: Adaptado de Alves (2002).
2.5.1 Apache Web Server
Apache, é a designação para o servidor Web da ASF (Apache Software Foundation –
Fundação de Software Apache), disponível em licença estilo OSS/FS em diversas plataformas de
hardware e software. Com base no httpd (Hiper Text Transmission Protocol Daemon – Protocolo de
Transmissão de Hiper Texto), o Apache implementa o serviço de acesso a páginas Web utilizando o
protocolo HTTP/1. 1 (SPERB et al. 2002).
36
O Apache é desenvolvido por colaboradores de todo o mundo, integrantes do Apache
Group. O sistema proposto irá utilizar-se do servidor Web Apache, configurado com as extensões
PHP (Hypertext PreProcessor). Atualmente ocupa o posto de Web Server mais usado na Internet
(NETCRAFT, 2005).
2.5.2 PHP
PHP, que significa "PHP: Hypertext Preprocessor", é uma linguagem de programação de
ampla utilização, interpretada, que é especialmente interessante para desenvolvimento para a Web e
pode ser mesclada dentro do código HTML (PHP, 2006).
O objetivo principal da linguagem é permitir a desenvolvedores escrever páginas que serão
geradas dinamicamente, adicionando recursos que com o HTML não são possíveis.
O PHP foi criado por Rasmus Lerdorf em 1994 com o objetivo de monitorar quem estava
espiando seus arquivos. Por ser uma ferramenta Freeware e de um grande poder, outras pessoas se
interessaram pela linguagem e a mesma foi ganhando recursos adicionais, como bibliotecas e
módulos tornando-a cada vez mais eficaz.
A versão atual, PHP4, se baseia no sistema de processamento de scripts Zend, que é parte do
pacote PHP e mantém o registro de requisições, processa arquivos scripts e manipula variáveis e
recursos. Este sistema de processamento de scripts foi projetado desde o inicio para poder ser
facilmente incorporado aos aplicativos diferentes (PHP, 2006).
Uma série vantagens faz do PHP uma das linguagens Web mais utilizadas. Seus scripts são
processados no servidor mostrando apenas o resultado no browser do cliente, tornando a execução
mais rápida, outras características são: a portabilidade do PHP, a integração com a maioria dos
bancos de dados existentes é uma ferramenta gratuita com o código aberto, permite a criação e
manipulação de arquivos PDF (Portable Document Format – Formado de Documento Portável) em
tempo de execução, entre outras.
2.5.3 MapServer / MapScript
MapServer é uma tecnologia que permite a criação de aplicações para geração de mapas via
Web. O software segue a licença OSS/FS, e é construído com base em outros pacotes que utilizam o
37
conceito de software livre como Shapelib, GD, Freetype, OGR, Proj. 4, libTiff, regex, e outros
(MAPSERVER, 2003).
O Projeto MapServer foi originalmente desenvolvido pela UMN - Universidade de
Minnesota para o projeto ForNet, em cooperação com a NASA e o Departamento de Recursos
Naturais de Minnesota. Atualmente, é fomentado pelo projeto TerraSIP, patrocinado via NASA e
mantido pela UMN.
Segundo Sperb et al. (2002), MapServer é integrado à linguagem PHP via MapScript,
interface desenvolvida pela empresa canadense DM Solutions Group que também segue a linha
OSS/FS. MapScript fornece um ambiente rico para personalizar aplicações baseadas na tecnologia
MapServer. O uso de MapServer/MapScript é de fundamental importância para apresentação de
mapas dinâmicos.
As imagens, denominadas de mapas dinâmicos, são apresentadas como conteúdo em uma
interface Web, desenvolvida para facilitar a navegação do usuário nas áreas de interesse do mapa,
com opções de zoom in, procedimento que permite a aproximação da imagem do mapa, zoom out,
procedimento que permite o afastamento do mapa e reinicialização, procedimento para que o mapa
volte para seu estado inicial.
2.5.4 MapServer Guarani
Segundo o Laboratório de Computação Aplicada (LCA) da UNIVALI, o MapServer
Guarani constitui-se de um Framework para MapServer que foi desenvolvido para permitir a
elaboração de sistemas voltados para webmapping, incluindo funcionalidade de interação através de
mapas e de navegação.
De acordo com Bughi (2005), as funcionalidades disponibilizadas são para sistemas SIG
para Web, e permitem que múltiplos usuários possam compartilhar das mesmas ferramentas a partir
de um único sistema. Algumas dessas funcionalidades são:
• Conexão com banco de dados: Permite a conexão com o PostgreSQL e Oracle, também
com as extensões espaciais PostGIS e Oracle Spatial;
• Entrega de mapas sob demanda: Permite a entrega de mapas, gerados pelo MapServer,
através das requisições do usuário;
38
• Navegação aprimorada: Permite aos usuários meios de navegar no mapa através de
funções simples, como: (a) zoom aleatório; (b) aproximação do mapa (zoom in); (c)
afastamento (zoom out); e (d) movimentação (pan);
• Cálculo de distância: Permite ao usuário definir dinamicamente pontos na tela e calcular
as distâncias entre os mesmos em diversos sistemas métricos;
• Análise espacial: Disponibiliza a capacidade do usuário definir a área de interesse no
mapa e pesquisar quais as informações dos objetos geoespaciais inclusos nessa área;
• Análise de vizinhança: Permite ao usuário do sistema escolher um objeto geoespacial
aleatório do sistema e definir um raio para busca dos vizinhos a esse que se encontram
inclusos dentro do perímetro; e
• Pesquisa por atributos: Método de análise espacial que permite ao usuário definir de
forma dinâmica qual a pesquisa, as restrições, que serão aplicadas sobre os objetos
geoespaciais, demonstrando o resultado das pesquisas por atributos através do mapa.
A ferramenta foi desenvolvida de forma modular e possibilita que novas funcionalidades
sejam adicionadas ou removidas do sistema sem interferir no funcionamento dos outros módulos do
aplicativo, as funcionalidades, e a interface principal é mostrada na Figura 8.
39
Figura 8. Interface do framework MapServer Guarani
Fonte: Bughi (2005).
O MapServer Guarani é desenvolvido nas linguagens PHP e JavaScript, utiliza como fonte
geradora de mapas o MapServer, através de sua API PHP/Mapscript. O uso de linguagem de
conhecimento público no desenvolvimento do aplicativo facilita a utilização, manutenção e
aprendizado da ferramenta que atualmente está em sua terceira versão.
Alguns projetos do LCA, que já utilizam o framework como interface para webmapping,
entre eles: (a) Pesca Tijucas; (b) Sistema de Monitoramento de Mamíferos Marinhos (SIMMAM);
(c) BioEnsaios; e (d) Sistema de Rastreador Geográfico.
2.5.5 PostgreSQL / PostGIS
O PostgreSQL é um gerenciador de banco de dados Objeto Relacional (ORDBMS) derivado
do Postgres, é um banco de dados baseado no padrão ANSI-SQL. O ANSI-SQL, por sua vez, é o
padrão internacional utilizado pela grande maioria das implementações de sistemas de bases de
dados (POSTGRESQL, 2006).
40
O PostgreSQL surgiu de uma adaptação do Ingres, com o objetivo da criação de um banco
de dados orientado a objetos, foi coordenado pelo professor Michael Stonebraker em uma
Universidade da Califórnia. Em 1995 dois estudantes da mesma universidade, Jolly Chen e Andrew
Yu, resolveram adicionar a linguagem SQL.
Hoje, o código fonte do PostgreSQL está protegido e registrado como open source (código
aberto) pela Universidade da Califórnia/EUA, é mantido e atualizado por universitários e
programadores experientes e por empresas como a PostgreSQL Inc., que entre muitas outras,
oferece suporte comercial a este produto (POSTGRESQL, 2006).
As principais vantagens do PostgreSQL é uma base de dados de livre distribuição e com
código fonte aberto, sendo extremamente flexível, podendo ser integrado com módulo externos, e
portável, sendo possível rodar na maioria dos sistemas operacionais atuais.
PostGIS é uma extensão ao sistema objeto-relacional da base de dados de PostgreSQL que
permite que os objetos de SIG (Sistemas de Informação Geográficas) sejam armazenados na base de
dados. Também inclui a sustentação para índice espacial GiST- baseados da Árvore - R, e as
funções para a análise básica de SIG (RAMSEY, 2006).
O PostGIS é liberado sob licença de GNU, e foi desenvolvido pela Refractions Search Inc.,
como um projeto de pesquisa na tecnologia base de dados espaciais de fonte aberta.
O PostGIS adiciona suporte para objetos geográficos ao banco de dados objeto-relacional
PostgreSQL. Na realidade, sua função é habilitar espacialmente o banco de dados PostgreSQL,
permitindo que ele seja usado como um banco de dados espacial.
Os dados de PostGIS podem ser exportados para diversos formatos da saída, utilizando as
ferramentas da biblioteca. Naturalmente toda a linguagem que puder trabalhar com PostgreSQL
pode trabalhar com PostGIS (RAMSEY, 2006).
2.6 ANÁLISE DE SOLUÇÕES SIMILARES
Hoje no mercado, são poucos os sistemas similares, que focam a área de análise espacial de
ocorrências policiais. Em consulta a sites da internet, contato via e-mail e telefone, foram
encontrados três sistemas que possuem alguma relevância no assunto:
41
• O Projeto Delegacia Legal da SSP-RJ - Secretaria de Segurança Pública do Estado do
Rio de Janeiro;
• O Programa Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina; e
• Projeto THEMIS – Sistema de Apoio a Segurança Pública, da UNIVALI - Universidade
do Vale do Itajaí.
Alguns aplicativos analisados são de propriedade restrita, dos respectivos órgãos
competentes, portanto nem sempre foi possível obter todas as informações desejadas devido a
proteção das informações das entidades envolvidas.
2.6.1 Projeto Delegacia Legal
O Projeto Delegacia Legal idealizado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio
de Janeiro é um sistema de informação geográfica, que permite a visualização e análise da
distribuição das ocorrências policiais. Visa auxiliar a tomada de decisão, dos delegados e
investigadores policiais, orientando as ações de combate ao crime nas áreas de jurisdição das
delegacias. Tem como idéia saber onde os crimes acontecem, de que forma e por quem. O principal
objetivo é identificar relações entre variáveis como método, data-hora, local e instrumentos
utilizados por criminosos, entre outras possibilidades, para se chegar à descoberta e prisão dos
autores de delitos e implantar novos preceitos como a análise criminal tática, com a identificação
imediata de tendências e padrões da criminalidade (CAMPOS, 2004).
Aí estariam incluídas as freqüências de ocorrências, bem como os pontos geográfico-
espaciais de rápida acumulação de delitos, mais conhecidos como pontos quentes, (ibidem).
Foram desenvolvidos alguns sistemas computacionais para dar suporte à nova proposta. Os
principais foram o SCO (Sistema de Controle Operacional) e o LOCUSWeb. O SCO é responsável
pela entrada, manutenção e processamento de todas as ocorrências criminais identificadas pelas
unidades policiais do programa Delegacia Legal. Os dados destas ocorrências são armazenados em
uma base de dados Oracle, possibilitando a produção de estatísticas e análises a respeito das
ocorrências policiais do estado do Rio de Janeiro. O sistema LOCUSWeb é responsável pela
produção e disponibilização de mapas de incidência de ocorrências policiais. Estes mapas são
construídos através de consultas parametrizadas por classe, grupo, subgrupo, dia da semana,
42
horário, datas, municípios entre outros parâmetros, realizadas sobre a base de dados de ocorrências
criminais.
Estes dois sistemas em conjunto provêm, aos usuários do programa Delegacia Legal,
ferramentas de análise tática criminal, identificando de forma precisa o local e período de uma
determinada tipologia de ocorrência policial.
As principais características do projeto são:
• Localização espacial da ocorrência no momento do registro;
• Codificação e armazenamento das ocorrências policiais no Banco de Dados Central da
Secretaria de Segurança Pública;
• Alimentação diária de um banco de dados criado para gerenciar as informações extraídas
do banco de dados central e necessárias ao sistema; e
• Acesso remoto via intranet pelos delegados e investigadores a um servidor de mapas
para a construção e visualização de cartogramas temáticos.
Para conhecer um pouco mais sobre o Programa Delegacia Legal, são apresentadas algumas
interfaces nas Figura 9 e Figura 10.
43
Figura 9. Delegacia Legal – Tela de suporte e consulta de dados
Fonte: Delegacia Legal (2002).
Figura 10. Delegacia Legal – Localização no mapa da ocorrência
Fonte: Delegacia Legal (2002).
44
2.6.2 Programa Delegacia Eletrônica
O Programa Delegacia Eletrônica, criado pela Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, é
um serviço de registro de ocorrências disponibilizado ao cidadão via Internet (através do
endereço)1. Através dele a Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, proporciona este serviço de
auto-atendimento à medida que é o próprio cidadão quem efetua o registro. Seu objetivo é fornecer
comodidade ao cidadão no registro de alguns tipos de ocorrência por meio de um microcomputador
conectado à Internet, sem a necessidade de deslocamento até uma Delegacia de Polícia.
O serviço atende as seguintes modalidades de ocorrências: Perda de Documentos, Perda de
Objetos, Furto de Celular, Denúncia, Denúncia Anônima e Ameaça (estas três últimas serão
encaminhadas à Delegacia da área para as providências cabíveis). Entretanto, o atendimento do
registro efetuado é informado ao cidadão através de e-mail ou do telefone (fixo ou celular)
preenchido no registro. Uma vez homologado o registro, o cidadão, de posse do número de
protocolo gerado, poderá imprimi-lo através do próprio site.
Serão ignorados automaticamente os registros em que o local onde ocorreu o fato, a
residência e o documento do comunicante forem de outros Estados da Federação. Neste caso, o
comunicante deverá registrar sua ocorrência no próprio Estado da Federação onde ocorreu o fato
DELEGACIA ELETRÔNICA (2002).
Para conhecer um pouco mais sobre o Programa Delegacia Eletrônica, são apresentadas
algumas interfaces nas Figura 11 e Figura 12.
1 Maiores informações relativas ao Projeto Delegacia Eletrônica são disponibilizada no site: http://www.policiacivil.sc.gov.br/delegacia_eletronica.htm acesso em 26 apr. 2006.
45
Figura 11. Delegacia Eletrônica – Tela inicial do sistema
Fonte: Delegacia Eletrônica (2002).
46
Figura 12. Delegacia Eletrônica – Tela de registro de denúncia anônima
Fonte: Delegacia Eletrônica (2002).
2.6.3 THEMIS – Sistema de Apoio a Segurança Pública
O THEMIS – Sistema de Apoio a Segurança Pública – é o resultado do esforço conjunto
entre a renomada empresa de banco de dados ORACLE e o Laboratório de Computação Aplicada
do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Universidade do Vale do
Itajaí. O Sistema pode ser acessado como modo de demonstração (através do endereço na internet)2.
O objetivo do desenvolvimento do THEMIS é de criar uma ferramenta de apoio ao
monitoramento, planejamento e tomada de decisão em segurança pública, para a cidade do Rio de
Janeiro.
A ferramenta permite visualizar espacialmente no mapa a ocorrência de delitos, permitindo
com o auxilio de um SAD (Sistema de Apoio à Decisão), integrado no sistema, uma melhor tomada
de decisão quanto as medidas de policiamento cabíveis para amenizar tais problemas. Os delitos
2 Endereço de acesso via Internet do Sistema THEMIS: http://200.169.63.95/themis/, Acesso em 30 maio 2006.
47
interagem com o mapa através de dados georreferenciados cadastrados em um banco de dados
geográfico assim que ocorrem novos casos.
Como principais características do THEMIS, podem-se destacar, utilização de banco de
dados Oracle com o pacote espacial Oracle Spatial, webmapping, interface via internet, cadastro de
ocorrências com análise geoespacial, abrangendo, diversas modalidades de ocorrências criminais.
Com a utilização da tecnologia SIG os usuários do THEMIS conseguem visualizar dados no
mapa de uma forma mais amigável, conseguindo observar focos de delitos que em maneira de
relatórios dificilmente seriam observadas.
O protótipo apresentado emprega apenas uma pequena parcela dos conceitos e ferramentas
potencialmente aplicáveis em semelhantes sistemas.
Para conhecer um pouco mais sobre o Projeto THEMIS, é apresentada a interface principal
na Figura 13 e Figura 14.
Figura 13. THEMIS – Tela de análise espacial de ocorrências em bairros do Rio de Janeiro
Fonte: LCA (2006).
48
Figura 14. THEMIS – Tela de consulta com base na análise espacial mostrada
Fonte: LCA (2006).
2.6.4 Comparação dos Sistemas Similares com o Sistema Proposto
Para uma melhor compreensão das diferenças do sistema proposto em relação às soluções
similares, foi criada a Tabela 3.
49
Tabela 3. Comparação entre sistemas similares e o sistema proposto
Variável Analisada Delegacia Legal Delegacia Eletrônica THEMIS Sistema Proposto Interface de Acesso Web/Rede SSPRJ Web/Rede PCSC Web Web Finalidade Principal Auxílio na tomada
de decisão dos responsáveis orientando nas ações de crime nas áreas de jurisdição das delegacias. Foca saber onde os crimes acontecem, de que forma e por quem.
Tornar a investigação policial mais ágil e eficaz, padronizando as rotinas policiais através de registros de ocorrência via Internet de pessoas que de alguma forma necessitem de ajuda policial.
Sistema de apoio a Segurança Pública. Análise de ocorrências de crimes no estado do Rio de Janeiro.
Análise de ocorrências para auxílio na tomada de decisão e formação de operações especiais para atuar no combate aos crimes na circunscrição das rodovias e estradas federais
Análise Geoespacial (Mapas)
Sim Não Sim Sim
Restrições Restrito a rede da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro
As ocorrências são restritas ao Estado de Santa Catarina
O protótipo foi construído como demonstração de utilização de tecnologia.
Restrição ao estado de Santa Catarina
Quem utiliza Funcionários da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro
Qualquer indivíduo residente em Santa Catarina
Por se tratar de um protótipo, ninguém utiliza.
Autoridade DPRF habilitado para trabalhar com informações de inteligência
Tecnologias de desenvolvimento
(Ferramentas proprietárias) não informadas.
Internet Information Server; Banco de dados MS SQL Server 7.0; Visual Studio, Visual Interdev 98, ASP.
Web Server Apache Linguagem PHP; Servidor de mapas MapServer; Banco de dados Oracle Spatial
Servidor Web Apache; Linguagem PHP; Servidor de mapas MapServer; Banco de dados PostgreSQL/PostGIS
3 PROJETO
Este projeto propõe o desenvolvimento de um Sistema de Triagem de Informações para
Formação de Operações Especiais (OPERA), que auxilie os gestores do Núcleo de Inteligência do
DPRF, no que se refere ao auxílio na tomada de decisão para formação de operações especiais,
otimizando os recursos humanos disponíveis.
O sistema proposto permite aos policiais rodoviários federais das delegacias regionais
pertencentes a superintendência estadual, que tenham habilitação para trabalhar com informações
restritas de inteligência, criar ocorrências georeferenciadas, para triagem e análise do Núcleo de
Inteligência do DPRF na superintendência estadual. As informações serão visualizadas em mapas
dinâmicos, e armazenadas em um banco de dados geoespacial, permitindo alterações e consultas,
utilizando recursos de sistemas de informações geográficas orientado a Web.
As tecnologias, assim como suas justificativas, que são utilizadas no projeto já foram
referenciadas na sessão: 2.5 Tecnologias adotadas para o Projeto, do capítulo: 2 Fundamentação
Teórica.
3.1 MODELAGEM DO SISTEMA
A modelagem do sistema mostra os aspectos lógicos e relacionais fazendo uma transcrição
das informações reais para modelos lógicos de solução. O objetivo é mostrar em uma representação
conceitual as classes básicas, as associações e funções que farão com que o módulo proposto seja
implementado.
Foi utilizada a modelagem orientada a objetos UML (Unified Model Language), onde foram
utilizados os diagramas considerados importantes no processo de desenvolvimento do projeto de
software.
Segundo Pender (2004), a UML foi projetada para atender a alguns objetivos bastante
específicos, para que possa verdadeiramente ser um padrão que resolva as necessidades práticas da
comunidade de desenvolvimento de software.
“A UML disponibiliza uma forma padrão de modelagem de projetos de Sistemas, incluindo
seus aspectos conceituais tais como processos de negócios e funções do sistema, além de itens
51
concretos como as classes escritas em determinada linguagem de programação, processos de banco
de dados e componentes de software reutilizáveis” (ALMEIDA e DAROLT, 2001).
A ferramenta utilizada para modelagem conceitual do sistema é a Enterprise Architect (EA),
produzida pela empresa Sparx System3. A ferramenta suporta os padrões UML, cobrindo todos os
diagramas previstos, além da facilidade no uso interface amigável e padronizada
3.2 REQUISITOS
Um requisito de software é uma descrição dos principais recursos de um produto de
software, seu fluxo de informações, comportamento e atributos. Em suma, um requisito de software
fornece uma estrutura básica para o desenvolvimento de um produto de software. O grau de
compreensibilidade, precisão e rigor da descrição fornecida por um documento de requisito de
software tende a ser diretamente proporcional ao grau de qualidade do produto resultante (PETERS
E PEDRYCZ, 2001).
Para Pfleeger (2004), um requisito é uma característica do sistema ou a descrição de algo
que o sistema é capaz de realizar, para atingir os seus objetivos.
3.2.1 Requisitos Funcionais
Um requisito funcional descreve uma interação entre o sistema e seu ambiente, descrevem
como o sistema deve se comportar, considerando um certo estímulo. As questões trazidas pelos
requisitos funcionais têm respostas que são independentes da implementação de uma solução para o
problema, descrevemos o que o sistema fará, sem discutir sobre que computador específico e
linguagem de programação serão utilizados, as estruturas de dados internas envolvidas
(PFLEEGER, 2004).
Os requisitos funcionais apresentados neste projeto, são resultados de reuniões feitas com as
pessoas responsáveis do DPRF, envolvidas no projeto, que foram listadas nas atas de reunião
especificamente na Ata 03/2006 no Apêndice de reuniões.
3 Sparx System, é uma empresa australiana, que desenvolve soluções para utilização da representação UML, site na internet: http://www.sparxsystems.com.au/. Acesso em: 10 jun. 2006.
52
• Acesso ao sistema por níveis de restrição para policiais rodoviários federais, sob
supervisão do NUINT-SC;
• Cadastro de superintendência, delegacia regional, jurisdição, posto rodoviário, com
vários atributos entre eles as coordenadas geográficas;
• Cadastro de denúncias e ocorrências policiais, com vários atributos como local, policial
responsável e auxiliar, grau de idoneidade da fonte, enquadramento do fato,
encaminhamento, pessoas envolvidas;
• Cadastro de rodovias, municípios e pontos de referência com vários atributos entre eles
as coordenadas geográficas;
• Inserir as ocorrências no mapa, por ponto de referência ou cidades, definindo os locais e
horários críticos para otimização dos recursos disponíveis, utilizando-os no combate e
prevenção;
• Visualização das ocorrências cadastradas no mapa;
• Mostrar as incidências de pontos coincidentes no mapa para o auxílio na tomada de
decisão, facilitando o planejamento de ações de operações específicas;
• Tipificar as ocorrências visualmente através de ícones, padronizando nomenclaturas;
• Visualização (detalhamento) dos dados das ocorrências registradas;
• Relatórios de quantidade de ocorrências por município; região; delegacia regional; posto
rodoviário;
• Relatório estatístico das ocorrências cadastradas, por município; delegacia regional.
Posto rodoviário;
• Relatório de dados para análise de informações de inteligência, permitindo a orientação
nas ações de repressão, combate e prevenção à criminalidade;
• Fornecer dados das ocorrências para a área operacional adotar procedimentos
padronizados na ação ostensiva, na coleta de dados e provas;
• Gerar um relatório impresso da ocorrência, com assinatura do PRF responsável, e
auxiliar;
53
• Associação de pessoas com diferentes níveis de envolvimento nas
ocorrências/denúncias.
54
3.2.2 Requisitos Não-Funcionais
Os requisitos não-funcionais servem para colocar restrições nos sistema. Isto é, os requisitos
não funcionais descrevem uma restrição no sistema que limita nossas opções para criar uma solução
para o problema. Essas restrições geralmente limitam nossa seleção referente a linguagem,
plataforma, técnicas ou ferramentas de implementação (PFLEEGER, 2004).
Os requisitos não funcionais apresentados neste projeto, são resultado de reuniões feitas com
as pessoas responsáveis do DPRF, envolvidas no projeto, que foram listadas nas atas de reunião
especificamente na Ata 02/2006 no Apêndice de reuniões.
• Servidor Pentium III de 800 MHZ;
• Sistema Operacional Windows 2000;
• Web Server Apache;
• Servidor de mapas MapServer;
• Interpretador de scripts PHP;
• Sistema Gerenciador de Banco de Dados PostgreSQL, com extensão espacial PostGIS;
• Browser navegador de páginas Internet Explorer, Netscape ou Mozilla atualizado; e
• O sistema somente deve permitir login de usuários habilitados e cadastrados.
3.2.3 Regras de Negócio
As regras de negócio podem ser definidas sob duas perspectivas, a do negócio e a de
sistemas de informação. Do ponto de vista do negócio, uma regra destina-se a influenciar ou guiar o
comportamento do negócio, como suporte a uma política que é formulada em função de uma
oportunidade e ameaças do ambiente no qual a organização está inserida. Segundo a perspectiva de
sistemas de informação, uma regra de negócio é uma sentença que define ou qualifica algum
aspecto do negócio, representando o conhecimento dos especialistas do negócio. Através das regras
de negócio é possível garantir a estrutura do negócio ou influenciar o comportamento do mesmo
(ROSS, 2000).
55
As regras de negócio apresentadas neste projeto, são resultado de reuniões feitas com as
pessoas responsáveis do DPRF, envolvidas no projeto, que foram listadas nas atas de reunião
especificamente na Ata 03/2006 no Apêndice de reuniões:
• As ocorrências ou denúncias somente poderão serem cadastradas por policiais
habilitados a trabalhar com informações de inteligência policial;
• Nenhuma ocorrência pode deixar de ser cadastrada pela falta de informações das partes
envolvidas;
• O sistema só poderá ser acessado por usuário habilitado cadastrado, verificando-se nível
de acesso e senha;
• Uma superintendência terá uma ou várias delegacias regionais, uma delegacia regional
terá um ou vários postos rodoviários federais;
• Para cadastros de superintendência, delegacia regional, posto rodoviário, municípios, km
de rodovia e pontos de referência, será obrigatório a informação de coordenada
geográfica;
• No cadastro de policial rodoviário federal, terá que se informar a qual delegacia regional
o mesmo pertence, assim como informações sobre sua graduação;
• As análises espaciais, assim como a visualização do mapeamento das ocorrências,
ficarão a cargo das pessoas com nível de acesso de Administrador;
• As ocorrências serão georeferenciadas visualmente no mapa, conforme os critérios de
segmento de rodovia, ponto de referência, ou cidades;
• Os relatórios, envolvendo análise de inteligência policial serão restritos a níveis de
acesso de Administrador;
• O sistema deverá permitir a visualização dos detalhes das ocorrências ou denúncias
através do mapa, e a análise da vizinhança da ocorrência ou denúncia através da
definição de um raio para busca dos vizinhos inclusos dentro do perímetro;
• As ocorrências deverão aparecer tipificadas visualmente no mapa através de legenda, por
enquadramento do fato. Será criado um ícone representativo;
• As ocorrências deverão aparecer no mapa e serão disponibilizadas para visualização e
consulta;
56
• Após a terceira tentativa sem sucesso de acesso ao sistema, o usuário deverá ser
bloqueado, e sua liberação só poderá ser feita mediante liberação de um usuário
administrador;
• As ocorrências deverão armazenar o usuário responsável pelo registro da mesma; e
• O sistema deverá permitir o cadastramento de pessoas com diferentes níveis de
envolvimento nas ocorrências.
3.2.4 Diagrama de Classe
Conforme Stefanes (2002), os diagramas de classes são a essência da UML, são eles que
definem a estrutura lógica e estática do sistema. Nesse modelo são representadas as classes,
juntamente com os tipos de conteúdos, métodos e relações. Os diagramas de classe têm grande
importância no sistema, devido a enorme quantidade de elementos que podem ser visualizados para
o entendimento do sistema.
Para Almeida e Darolt (2001), no diagrama de classes modela-se: a visão estratégica do
sistema, o conjunto de classes, interfaces, colaboração e seus relacionamentos. Nestes
relacionamentos deve-se ter muita atenção aos quatro principais tipos que são: generalização,
agregação, associação, e dependência. Na definição das classes podem-se usar para definir os
nomes substantivos, para os métodos usamos verbos e para os atributos usamos propriedades da
classe. A atenção em todos os detalhes desenvolvidos neste diagrama, será de grande influência na
construção de um bom sistema.
O diagrama de classes esta no núcleo do processo de modelagem de objetos. Ele modela as
definições de recursos essenciais à operação correta do sistema. Todos os outros diagramas de
modelagem descobrem informações sobre esses recursos como valores de atributos, estado e
restrições no comportamento (PENDER, 2004). Na Figura 15, está representado um esboço do
diagrama de classes a ser implementado.
57
Figura 15. Diagrama de classes do sistema
3.2.5 Diagrama de Casos de Uso
De acordo com Stefanes (2002), os diagramas de casos de uso são uma forma para descrever
uma visão externa do sistema apresentando através de descrições narrativas as interações do sistema
com o mundo exterior. Os diagramas representam uma visão macro do sistema mostrando a relação
do mesmo com as ações do usuário.
Para Almeida e Darolt (2001), o caso de uso, define a funcionalidade do sistema
desempenhada pelos atores do sistema (usuários). O caso de uso apresenta uma visão central do
58
sistema, já que seu conteúdo serve como base para o desenvolvimento de outros diagramas do
sistema.
Caso de uso é uma descrição de interações típicas entre os usuários de um sistema e o
sistema propriamente dito. Eles representam a interface externa do sistema e especificam um
conjunto de exigências do que o sistema deve fazer.
Um diagrama use-case é um ponto que exige bastante comunicação entre a equipe de
desenvolvimento e o usuário, portanto deverá ser simples e de fácil entendimento. Sua definição
deve ser clara deixando bem transparente a idéia do sistema. Deve-se definir o nome do diagrama
use-case sempre o relacionando com seu propósito. Então se relaciona o diagrama use-case com
seus respectivos atores. Deve-se documentar cada diagrama desenvolvido (ALMEIDA E DAROLT,
2001).
O diagrama de Caso de Uso (Use Case) modela as expectativas do usuário para usar o
sistema. As pessoas e os sistemas que interagem com o sistema alvo são chamados atores. Os
recursos do sistema que os atores utilizam são chamados casos de uso. Alguns casos de uso
interagem com outros casos de uso, um relacionamento modelado por meio de setas de dependência
Pender, 2004. Na Figura 16, estão representados todos os diagramas de casos de uso do sistema
subdivididos em módulos, as principais descrições estão nos Apêndices. Nas Figura 17 e Figura 18,
estão representados os principais casos de uso do sistema.
59
cd 3.1 Diagrama de pacotes
PCT01 - Acesso
+ Policial Administrador
+ UC01.01 - Manter Usuário
+ UC01.02 - Manter Nível de Acesso
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT02 - Cadastro
+ Policial Administrador
+ UC02.01 - Manter Superintendência
+ UC02.02 - Manter Delegacia Regional
+ UC02.03 - Manter Rodoviário Federal
+ UC02.04 - Manter Jurisdição
+ UC02.05 - Manter Rodovia
+ UC02.06 - Manter Ponto de Referência
+ UC02.07 - Manter Cidade
+ UC02.08 - Manter Local Evento
+ UC02.09 - Manter Policial
+ UC02.10 - Manter Grau de Idoneidade da Fonte
+ UC02.11 - Manter Enquadramento
+ UC02.12 - Manter Encaminhamento
+ UC02.13 - Manter Tipo Encaminhamento
+ UC02.14 - Manter Graduação
+ UC02.15 - Manter Tipo Envolvido
+ UC02.16 - Manter Arma de Fogo
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT04 - Geoespacial
+ Policial Administrador
+ UC04.01 - Realizar consulta geoespacial de ocorrências no mapa
+ UC04.02 - Cargas e visualização do acervo de cartas temáticas
+ UC04.03 - Realizar operações básicas de visualização
+ UC04.04 - Realizar cálculo de distância entre dois ou mais pontos
+ UC04.05 - Realizar análise de vizinhança
+ UC04.06 - Realizar consulta por atributos da ocorrência
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT03 - Ocorrência
+ Policial
+ UC03.01 - Manter Ocorrência
+ UC03.03 - Manter Pessoa
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT05 - Relatórios
+ Policial
+ UC05.01 - Imprime relatório quanti tativo
+ UC05.02 - Imprime relatório de análise de inteligência policial
+ UC05.03 - Imprime relatório estatístico
+ UC05.04 - Imprime relatório de ocorrência
+ UC05.05 - Imprime Organograma
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
Figura 16. Diagrama de casos de uso do sistema
No caso de uso representado na Figura 17, o policial habilitado para trabalhar com
informações de inteligência policial mantém ocorrências ou denúncias policiais, e cadastra pessoas
envolvidas podendo ser vítimas; testemunhas entre outros.
ud PCT03 - Ocorrência
Policial
UC03.01 - Manter Ocorrência
UC03.03 - Manter Pessoa
Figura 17. Caso de uso do módulo de ocorrências
60
No caso de uso abaixo o policial administrador, poderá trabalhar com informações
geoespaciais como: (a) carga do acervo de ocorrências nas cartas temáticas com registros
espacializados de acordo com o enquadramento do fato; (b) cálculo de distâncias entre dois ou mais
pontos que poderá ser útil na análise da criminalidade; (c) consulta por atributos, ou seja
visualização de determinado tipo de enquadramento no estado de Santa Catarina.
ud PCT04 - Geoespacial
Policial Administrador
UC04.01 - Realizar consulta geoespacial
de ocorrências no mapa
UC04.02 - Cargas e v isualização do acerv o
de cartas temáticas
UC04.03 - Realizar operações básicas de
v isualização
UC04.04 - Realizar cálculo de distância entre dois ou mais
pontos
UC04.06 - Realizar consulta por atributos
da ocorrência
UC04.05 - Realizar análise de v izinhança
Figura 18. Caso de uso do módulo geoespacial
3.2.6 Análise de Riscos
Como análise de riscos envolvidos no projeto, podem-se citar:
• Informações que não possuem coordenadas, por falta de coleta dos dados por parte do
DPRF. A possível solução seria agilizar o processo de mapeamento das coordenadas
onde se fizer necessário;
• A validação dos modelos construídos pode não ser possível, indicando que o método
genérico pode não ser adequado para esta situação. A solução seria especificar mais o
sistema, dando maior detalhamento e uma área de abrangência menor, enfatizando os
sistemas computacionais;
61
• Problemas referentes a análise, identificados em conversas com futuros usuários ou
especialistas, podem surgir muito tarde, impossibilitando a correção do software em
tempo hábil. Nesse caso, a solução seria manter um contato constante com especialistas
apresentando as funcionalidades do software;
• A realização de testes empíricos, sem metodologia, pode fazer com que em alguns casos
específicos de erro, não sejam detectados a tempo, e que ocorram apenas em situações
específicas, dificultando sua resolução. Como uma forma de contornar esse problema,
poderiam ser utilizados métodos mais eficazes na realização dos testes;
• Os mapas cartográficos podem de alguma forma não serem cedidos pelo DNIT
(Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre). Nesse caso poderíamos utilizar
um mapa fornecido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística);
• Devido ao tamanho do sistema a ser desenvolvido, algumas funcionalidades podem não
serem desenvolvidas neste primeiro momento devido ao tempo hábil para execução
deste TCC, ficando em aberto para futuros trabalhos de conclusão de curso, ou sob
responsabilidade do DPRF, dar continuidade a este projeto.
4 DESENVOLVIMENTO
A etapa de desenvolvimento teve inicio com base no diagrama de classes gerado, vide
(Figura 15), juntamente com as principais regras de negócio definidas, requisitos funcionais do
sistema e várias reuniões envolvendo os responsáveis pelo projeto, um modelo de dados (entidade e
relacionamento), para o posterior desenvolvimento do sistema vide Figura 20, a partir dessa fase,
deu-se inicio a busca por um Framework que contemplasse as tecnologias envolvidas no projeto
assim como a infra-estrutura utilizada pelo DPRF, para agilizar e padronizar o sistema. Por fim,
buscou-se as cartas e mapas necessários para o desenvolvimento do módulo de georeferenciamento
do sistema assim como a utilização do Framework MapServer Guarani.
4.1 MODELAGEM ENTIDADE RELACIONAMENTO
Na modelagem entidade relacionamento foi utilizada a ferramenta DBDesigner4, distribuída
na internet pela tabFORCE.net4. Como diferenciais da ferramenta podemos destacar uma
distribuição desenvolvida pelo Laboratório de Computação Aplicada da Univali, em que integra a
aplicação ao banco de dados PostgreSQL e PostGIS (módulo espacial).
A ferramenta é de fácil utilização, intuitiva e auto explicativa, trabalhando com diversas
representações de entidades e relacionamentos. O software foi adaptado para trabalhar com banco
de dados PostgreSQL / PostGIS, sendo necessário alguns ajustes manuais nos scripts de criação das
tabelas para campos relacionados com chave estrangeira.
Na Figura 19, é apresentada a interface principal do DBDesigner versão 4, onde podemos
visualizar algumas entidades do sistema e seus relacionamentos.
4 A tabFORCE.net, é uma comunidade de software livre na internet. Endereço na na internet: http://fabforce.net/. Acesso em: 28 out. 2006
63
Figura 19. Interface principal DBDesigner 4
Utilizando o software DBDesigner 4, foi desenvolvido o modelo de entidade relacionamento
que contempla o projeto. Na Figura 20, é apresentada o modelo. Nota-se que a ferramenta já esta
preparada para trabalhar com atributos geométricos, como pontos linhas entre outros.
64
Figura 20. Diagrama de entidade relacionamento
65
4.2 CRIAÇÃO DA BASE DE DADOS
Tendo a modelagem de entidade relacionamento finalizada, o próximo passo foi gerar os
scripts para a criação da base de dados, sendo esta atividade realizada de maneira segmentada,
criando a base de dados aos poucos. Após essa fase, realizou-se o download da Carta Internacional
ao Milionésimo no site do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística5, buscando os
mapas envolvendo a região do Estado de Santa Catarina, que foram convertidos para a base de
dados PostgreSQL/PostGIS, gerando os dados necessários para a tabela de cidades. Para realizar a
conversão de shapefile para o banco de dados PostgreSQL foi utilizado o programa SHP2PGSQL,
disponível juntamente com o módulo PostGIS e que tem função de ler arquivos no formato
shapefile e gerar um arquivo intermediário para ser importado para o banco de dados. Na seqüência,
foi gerado o script para criação da base de dados do sistema que se encontra no Anexo B.
4.3 FRAMEWORK DE DESENVOLVIMENTO
Os frameworks vem ganhando seu espaço a medida que o tempo para desenvolvimento de
uma solução é cada vez mais curto, seguindo este conceito e considerando o curto prazo para o
desenvolvimento deste projeto, a utilização de um framework é ideal para aumentar a velocidade de
implementação e padronização de código, garantindo assim maior grau de paralelismo e facilitando
o desenvolvimento com baixo desacoplamento (MUNDO OO, 2006).
Contudo se faz necessário a utilização de um framework compatível para o desenvolvimento
da aplicação e que atenda os requisitos de hardware e software exigidos pelo DPRF. Em pesquisa
realizada para avaliação dos frameworks existentes, destacaram-se: (a) Zend Framework6; (b)
symfony7 e (c) ScriptCase. Todos os frameworks analisados são compatíveis com a linguagem PHP,
mas a maioria não dava suporte à dados espaciais e também não era possível a utilização no sistema
operacional Windows.8 A única ferramenta que contemplou todos os requisitos necessários para o
desenvolvimento do sistema foi o Framework ScriptCase, da empresa NetMake9,
5 Site do IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/download/arquivos/index2_shp.shtm?c=2. Acesso em: 01 nov. 2006. 6 O Zend Framework pode ser obtido através do endereço: http://framework.zend.com. Aceso em 08 nov. 2006. 7 Podem ser obtidos maiores detalhes sobre o symfony-project Framework em: http://www.symfony-project.com. Acesso em 08 nov. 2006. 8 Requisito exigido pela DPRF. 9 Site da Empresa NetMake: http://www.netmake.com.br. Acesso em: 02 nov. 2006.
66
Uma vez definida a utilização do Framework, foi feito um estudo detalhado das suas
principais funções e características através de manuais disponíveis na internet, tutoriais da própria
ferramenta e algumas aplicações de exemplo existentes.
4.3.1 Framework ScriptCase
O ScriptCase é um ambiente completo de desenvolvimento para construção de aplicações
Web de forma rápida e eficiente, com redução de tempo para o desenvolvimento, manutenção e
distribuição, permite a criação de novos sistemas com formulários, consultas gerenciais e relatórios.
As aplicações do ScriptCase são geradas na linguagem PHP com Javascript, o ambiente de
desenvolvimento é acessado diretamente pelo navegador, podendo o mesmo rodar em qualquer
outra máquina que tenha o serviço HTTP, sem a necessidade de instalação da ferramenta
(NETMAKE, 2006)
O ScriptCase tem suporte para todos os bancos de dados relacionais largamente utilizados
no mercado como Oracle, DB2, SQL Server, MySQL, PostGreSQL, Sybase, MS Access, entre
outros. As aplicações criadas no ScriptCase são totalmente independentes da ferramenta para rodar
e são compatíveis com ambientes Windows e Linux. O ScriptCase é uma ferramenta que
proporciona agilidade e flexibilidade no desenvolvimento e manutenção de seus sistemas
diminuindo o tempo de implantação dos projetos.
A utilização da ferramenta neste projeto, justifica-se pela compatibilidade com o banco de
dados e as tecnologias envolvidas. O ScriptCase pode ser obtido através da internet, sob licença
acadêmica.
Na figura 21, é apresentada a interface principal do Framework ScriptCase.
67
Figura 21. Interface principal Framework ScriptCase.
4.3.2 Framework MapServer Guarani
O framework MapServer Guarani, utilizado para a criação do módulo WegGIS do sistema
OPERA, foi inicialmente configurado através da sua ferramenta administrativa, sendo feitos todos
os ajustes necessárias conforme Figura 22, onde estão todas as variáveis que seviram de base para o
funcionamento correto da ferramenta.
68
Figura 22. Ferramenta administrativa MapServer Guarani
A seguir foi configurado o mapfile para integrar o mapa aos dados recuperados da base de
dados espacial, conforme podemos perceber na Figura 23, através das superintendências e
delegacias regionais cadastradas.
69
Figura 23. Análise geoespacial
Entre os dados do WebGIS, estará disponível no mapa as superintendências, delegacias
regionais, postos rodoviários, rodovias federais de Santa Catarina e as ocorrências/denúncias
referenciadas de acordo com suas associações como ponto de referência, cidade, rodovia ou
segmento de rodovia.
Dentre as principais funcionalidades disponíveis destaca-se: (a) Análise espacial de
ocorrências, que permite ao usuário definir determinada área no mapa e pesquisar as informações de
ocorrências/denúncias inclusos nesta área; (b) Pesquisa por atributos, onde após definida a forma e
as restrições para pesquisa estas são exibidas através do mapa; e (c) Cálculo de distâncias, onde é
possível informar pontos no mapa e verificar as distâncias entre eles em vários sistemas métricos.
70
4.4 SISTEMA
O sistema OPERA, começou a ser desenvolvido de acordo com a modelagem de entidade
relacionamento proposta, tendo em vista as principais regras de negócio definidas. Utilizando o
Framework ScriptCase, primeiramente foi desenvolvido o módulo de acesso ao sistema, onde é
apresentado uma tela de login em que o usuário entra com sua identificação no sistema conforme
Figura 24.
Figura 24. Tela de acesso ao sistema OPERA
Após validado o usuário, o sistema apresenta o menu principal de acordo com a Figura 25,
onde o menu é montado conforme seu nível de acesso para as aplicações do usuário identificado.
71
Figura 25. Menu do sistema OPERA
O sistema esta dividido em seis módulos, são eles:
• Acesso: Onde serão cadastrados os usuários, programas e níveis de acesso ao sistema;
• Cadastros: Cadastros básicos do sistema, como superintendência, delegacias, postos
rodoviários, cidades, policiais e graduações;
• Ocorrências/Denúncias: Módulo principal do sistema, onde são cadastradas
ocorrências/denúncias policiais, pessoas envolvidas nas ocorrências, idoneidade, tipo de
envolvimento, ponto de referência, enquadramento do fato, segmento de rodovia, arma
de fogo e encaminhamento;
• Geoprocessamento: Opção para entrada no módulo de geoprocessamento (MapServer
Guarani);
• Relatórios: Relatórios com base nas ocorrências e pessoas envolvidas e relatórios da
estrutura gerada; e
• Sobre: Tela de informações, responsáveis e tecnologias utilizadas no projeto.
4.4.1 Módulo de Acesso
No módulo de Acesso, podemos cadastrar usuários, os diversos programas onde se deseja
obter controle, definir níveis de acesso onde o nível será associado ao usuário. Na figura 26 é
apresentada a tela de programas cadastrados para determinado nível de acesso.
72
Figura 26. Manter nível de acesso
4.4.2 Módulo de Cadastros
Associado a este módulo, temos os cadastros básicos do sistema que serão utilizados nos
módulos principais. Alguns cadastros permitem informar a coordenada para referência espacial.
Dentre os principais cadastros básicos, pode-se destacar a tela de Manter Superintendência (Figura
27), onde é cadastrada a superintendência estadual. Nesta tela existe uma associação com uma
cidade e também os campos de coordenadas responsáveis por armazenar a localização da
superintendência.
73
Figura 27. Manter superintendência
4.4.3 Módulo de Ocorrências/Denúncias
O módulo de ocorrências/denúncias permite o controle de pessoas com diferentes
envolvimentos nas ocorrências/denúncias conforme Figura 29, controle para manter informações de
indivíduos conforme Figura 30, encaminhamentos, pontos de referência, segmento de rodovias e o
módulo de cadastro das ocorrências/denúncias, com suas respectivas associações, conforme pode-se
observar nas Figura 28.
74
Figura 28. Manter ocorrência/denúncia
Figura 29. Controle de pessoas com diferentes envolvimentos.
75
Figura 30. Manter pessoas
4.4.4 Módulo de Geoprocessamento
Neste módulo, o usuário terá acesso ao MapServer Guarani para análise espacial baseada nas
informações do banco de dados conforme Figura 23 já apresentada. Vale ressaltar que este módulo
só será acessado por usuários com nível de acesso administrador.
4.4.5 Módulo de Relatórios
Nesta seção estão alguns relatórios utilizados para análise dos dados alimentados no sistema,
entre eles: (a) Quantidade de ocorrências por município, região, delegacia, posto; (b) Relatório de
ocorrência por tipo; (c) Ocorrência impressa com assinatura dos policiais envolvidos. Na Figura 31
76
é apresentado um relatório de ocorrências e denúncias por tipo de enquadramento. Os relatórios
gerados são em formado PDF10.
Figura 31. Relatório de ocorrências/denúncias por enquadramento
4.4.6 Testes, Ajustes e Validações do Sistema
Para cumprir esta importante etapa do projeto, foram realizados testes no sistema pelos
gestores responsáveis do Núcleo de Inteligência do DPRF em máquina local que já estava com o
ambiente pré configurado e o sistema instalado. Não foi possível, neste primeiro momento,
implantar o sistema nos servidores do DPRF, pois havia uma migração dos servidores. O objetivo
10 O formado PDF, significa: (Portable Document Format).
77
era validar o sistema simulando com dados fictícios e em contrapartida analisando o comportamento
do sistema.
Quanto a validação, os resultados obtidos pelo sistema foram satisfatórios, haja visto que as
funções básicas atingiram os resultados esperados, embora os relatórios e o módulo de
geoprocessamento ainda estão incompletos.
4.5 PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS
Ao longo do projeto, foram encontradas algumas dificuldades, em que se tentou resolver da
melhor forma possível entre elas pode-se citar:
• Compreensão das metodologias de desenvolvimento do Framework ScriptCase, para
construção do sistema: Para isso foi necessário estudar o tutorial da ferramenta, e os
manuais de funcionamento e a documentação disponível;
• Controle de acesso ao sistema: Onde um usuário é associado a um nível de acesso, e este
nível de acesso, pode executar apenas as aplicações cadastradas para o nível, para assim
ser montado o menu principal da aplicação;
• Tipo de dado geometry: Ao consultar o campo utilizando as funções de banco de dados
espacial y(cd_coordenada), x(cd_coordenada) convertemos o campo geometry em latitude
e longitude, em contrapartida, para se inserir a informação no campo geometry utiliza-se
a função de banco de dados espacial GeomFromText('POINT({cd_longitude} {cd_latitude})')
tendo como base a informação de latitude e longitude, vale salientar que para este
procedimento, adaptou-se as funções existentes no PostGIS ao framework, para assim
manipular os dados espaciais;
• Configuração do ambiente MapServer Guarani no módulo administrativo: Onde através
de bibliografias, manuais encontrados na internet, e com a ajuda o Laboratório de
Computação Aplicada da Univali foi possível acertar a configuração e criação do
mapfile para recuperar informações da base de dados, onde podemos destacar a instrução
conforme Figura 31.
78
# Superintendencia LAYER CONNECTIONTYPE postgis NAME "superintendencia" CONNECTION "user = XXXXXXX password = XXXXXXX dbname = XXXXXXX host = XXXXXXX" DATA "cd_coordenada FROM (SELECT cd_coordenada, cd_superintendencia, ds_superintendencia FROM superintendencia) as MAP USING UNIQUE cd_superintendencia" STATUS ON TYPE point LABELITEM ds_superintendencia CLASS COLOR 0 0 255 OUTLINECOLOR 0 0 0 SYMBOL "alfinete" LABEL COLOR 0 0 0 OUTLINECOLOR 255 255 255 ANTIALIAS ON POSITION AUTO BUFFER 2 END END END
Figura 32. Trecho de código da layer superintendência.
5 TRABALHOS FUTUROS
O sistema desenvolvido pode ser considerado como o começo de uma série de melhorias
que podem ser feitas a partir das tecnologias e métodos utilizados neste projeto. Desta forma ficam
algumas recomendações que poderão aprimorar ainda mais o sistema, assim como o processo de
geocodificação de dados.
Uma oportunidade real de trabalhos futuros é o módulo de geoprocessamento, podendo ser
melhorado através da criação de pesquisas espaciais relacionado com os dados pré-informados,
realização da análise de vizinhança para os registros georeferenciados, identificação de
ocorrências/denúncias múltiplas, no caso de envolver mais de um município ou ponto de referência.
O cronograma apertado e o prazo curto para o desenvolvimento de um sistema desta natureza
influenciaram para a não implantação de algumas funcionalidades.
No módulo de relatórios, também existem outras oportunidades de melhoria como uma
melhor parametrização nos filtros dos relatórios cruzando mais informações existentes na base de
dados, histórico de envolvimento de determinada pessoa em ocorrências/denúncias para
rastreamento do indivíduo, principalmente quando se leva em conta que após a utilização do
sistema por parte do DPRF surgirão novas necessidades de análise.
Integração do sistema OPERA com os sistemas utilizados pelo DPRF como o BRBrasil
(Módulo de Gerenciamento), BAT (Boletim de Acidente de Trânsito) e ALERTA (Roubo de
carros).
Criação de um módulo de apreensões, vinculadas a ocorrência ou denúncia para
especificação de apreensão de drogas, mercadorias, armamento entre outros.
Este projeto trará muitas outras idéias que poderão se beneficiar do que já foi desenvolvido,
para desenvolver outras importantes funcionalidades, tendo em vista que é inédito no Setor de
Inteligência do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.
80
6 CONCLUSÕES
O principal objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um Sistema de Triagem de
Informações para Formação de Operações Especiais (OPERA), baseado em ambiente Web,
utilizando banco de dados geoespacial, tecnologia open source e servidor de mapas MapServer.
Este sistema será utilizado como uma ferramenta de auxílio aos gestores do Núcleo de Inteligência
atual do DPRF no que se refere ao auxílio na tomada de decisão para formação de operações
especiais.
Na primeira fase deste projeto (Fundamentação Teórica), foram pesquisados vários
conceitos sobre segurança pública para proporcionar uma ampla visão do que trata o tema, que sem
duvida é um dos mais complexos, aumentando a relevância do objetivo do projeto, também foram
apresentadas as ferramentas e tecnologias que foram adotadas para a realização deste trabalho. Na
fase de Projeto, foi realizada a modelagem preliminar do sistema proposto, sendo apresentados os
diagramas considerados relevantes a descrição do funcionamento do sistema.
Os principais problemas encontrados durante esta fase foram:
• A complexidade do tema segurança pública;
• Entendimento das idéias expostas por parte da DPRF, as descrições eram vagas;
• Dificuldade dos responsáveis em focar a descrever as principais funções do sistema;
• Dificuldade de dedicação integral ao projeto, devido ao emprego.
Já na segunda fase (Desenvolvimento), iniciou-se a construção do sistema, foi gerado um
modelo de dados (entidade e relacionamento) para o posterior desenvolvimento do sistema, uma
forte pesquisa na busca por um Framework que contemplasse as tecnologias e infra-estruturas
envolvidas no projeto. Por fim, buscou-se as cartas e mapas necessários para o desenvolvimento do
módulo de georeferenciamento do sistema assim como a utilização do Framework MapServer
Guarani.
Contudo, foram encontrados alguns problemas como já ressaltado no Capitulo 4, Seção 6,
assim como oportunidades de melhorias em trabalhos futuros, conforme Capitulo 5. O cronograma
para desenvolvimento do sistema foi subestimado, fazendo com que parte das funcionalidades
propostas no módulo de geoprocessamento tenham ficado fora do contexto devido ao curto prazo.
81
Entretanto, o objetivo principal do trabalho foi atingido. Com o sistema é possível fazer todo
cadastramento dos dados, manter ocorrências/denúncias, pessoas envolvidas, a análise espacial
referenciando a base de dados e relatórios operacionais.
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86
GLOSSÁRIO
Consulta Espacial Consulta a bando de dados com suporte a objetos espaciais que utiliza como parâmetros dados relativos à localização do objeto.
Espacialização Tornar os dados localizáveis em formado de latitude e longitude.
Freeware Software gratuito sem custos de licença.
Open Source Software livre de código aberto.
Pontos Quentes pontos de criminalidade de rápida acumulação de delitos.
APÊNDICES
A APÊNDICE DE REUNIÕES
As atas de reunião foram redigidas e aprovadas por toda a equipe da DPRF envolvida no
projeto, nelas estão varias definições que são imprescindíveis para a compreensão do estudo.
A.1 ATA 01/2006
Ata de Reunião 01/2006
Data: 13/10/2005
Local: 8°°°° Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal
Cidade: Florianópolis - SC
Assunto: Apresentação do sistema OPERA
Participantes: Ademir M. Evaristo Jr. (CTTMAR – UNIVALI);
Arcelino Antônio de Campos. (PRF – NOE – SC);
Tarcisio Floriano Silva Júnior. (PRF – NUINT – SC).
Exposição do trabalho sistema OPERA;
Foi feita a exposição da idéia, ao decorrer da reunião e apresentação utilizando o software
PowerPoint, com pessoal do NI - Núcleo de Inteligência e do NOE – Núcleo de Operações
Especiais, na Superintendência da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina. Segundo análise do
pessoal responsável pela operacionalização e investigação das ocorrências/crimes o sistema
proposto, trará grandes benefícios, e agilidade no processo atual. Sendo uma importante ferramenta
de análise da ação criminal nas rodovias e estradas federais do estado de Santa Catarina.
Abrangência, viabilidade e custo do projeto;
Como foi demonstrado grande interesse pelos órgãos envolvidos no projeto, o grau de
viabilidade é grande, e em primeiro momento a abrangência será ao estado de Santa Catarina,
podendo se estender ao território nacional, foram feitas algumas restrições financeiras, e
questionamentos quanto ao custo do projeto, mas num primeiro momento, foi esclarecido que
inicialmente o projeto não teria nenhum custo associado, por utilizar o conceito de software livre.
Integrações com outros cadastros/sistemas existentes, policiais, postos etc.;
Conforme definição das pessoas responsáveis envolvidas, o sistema não manterá nenhuma
integração com os atuais sistemas existentes na PRF, devido a segurança e restrição dos dados, os
cadastros, como de policiais, delegacias regionais e postos rodoviários, serão mantidos conforme a
89
necessidade da utilização do sistema, que ficará sob responsabilidade do Núcleo de Inteligência da
PRF-SC.
Alimentação de dados;
A alimentação de dados, conforme definido, estará aberta a policiais rodoviários federais,
delegados regionais, e foi lançada a idéia para amadurecimento, de que indivíduos usuários das
rodovias federais, poderão acessar o sistema via internet, para formalizar ocorrências. A idéia, é
formatar uma tela de fácil utilização, para que haja agilidade no cadastro das informações.
Mapas rodoviários de Santa Catarina;
Ficou definido que o DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre) será
contatado para verificar a possibilidade de fornecer os mapas, necessários dando ênfase ao estado
de Santa Catarina, e as rodovias e estradas federais.
Qual vai ser o método utilizado para e analisar os resultados do sistema;
Conforme análise do NI – DPRF, a melhor forma de se fazer à análise dos resultados seria
por Delegacia Regional, que estão hoje divididas em 9 unidades, com seus respectivos postos
rodoviários, dando foco as rodovias federais, e também as cidades que tem algum envolvimento
com as rodovias. Gerou-se a idéia do sistema gerar gráficos das ocorrências, por delegacia regional,
onde se possa visualizar os totalizadores das ocorrências.
Segue abaixo a relação dos postos rodoviários federais de Santa Catarina, e sua localização:
ITAPEMA ITAPEMA BR 101 KM 152 (047) 368-6543
SERRARIA SERRARIA BR 101 KM 199 (048) 258-0402
PENHA PAULO LOPES BR 101 KM 267 (048) 253-0222
TUBARÃO TUBARÃO BR 101 KM 341 (048) 622-0918
ARARANGUA ARARANGUA BR 101 KM 417 (048) 522-0411
PIRABEIRABA JOINVILLE BR 101 KM 26 (047) 464-1282
BARRA VELHA BARRA VELHA BR 101 KM 88 (047) 446-1190
GUARAMIRIM GUARAMIRIM BR 280 KM 55 (047) 373-0121
BLUMENAU BLUMENAU BR 470 KM 53 (047) 338-1882
RIO DO SUL RIO DO SUL BR 470 KM 134 (047) 825-0976
PONTE ALTA PONTE ALTA BR 116 KM 200
VACAS GORDAS CAPÃO ALTO BR 116 KM 279
ITAIOPOLIS ITAIOPOLIS BR 116 KM 42
SANTA CECILIA SANTA CECILIA BR 116 KM 119 (049) 983-5019
RIO NEGRINHO RIO NEGRINHO BR 280 KM 129 (047) 644-2913
CAMPOS NOVOS CAMPOS NOVOS BR 282 KM 355 (049) 592-8000
VARGEM BONITA VARGEM BONITA BR 282 KM 432
CONCÓRDIA CONCÓRDIA BR 153 KM 92 (049) 442-5239
90
AGUA DOCE AGUA DOCE BR 153 KM 28
XANXERÊ XANXERÊ BR 282 KM 509 (049) 433-2478
CUNHA PORÃ CUNHA PORÃ BR 282 KM 597 (049) 891-9005
SÃO JOSÉ DO CEDRO S. JOSÉ DO CEDRO BR 163 KM 104 (049) 843-0400
Segue abaixo a relação das delegacias regionais federais de Santa Catarina, e sua localização:
DELEGACIAS REGIONAIS
SÃO JOSE SÃO JOSE BR 101 KM 205 (48) 246-8177
TUBARÃO TUBARÃO BR 101 KM 336 (48) 622-1737
JOINVILLE JOINVILLE BR 101 KM 039 (47) 453-1512
RIO DO SUL RIO DO SUL BR 470 KM 141, 6500 (47) 825-1351
LAGES LAGES R. GETULIO VARGAS, 515 (49) 222-0271
MAFRA MAFRA AV. JOSE SEVERIANO MAIA, 111 (47) 642-0411
JOAÇABA JOAÇABA BR 282 KM 391 (49) 522-3777
CONCÓRDIA – DES. CONCÓRDIA BR 153 KM 092 (49) 442-5239
CHAPECÓ CHAPECÓ BR 282 KM 534 (49) 728-0020
Dados estatísticos referentes a mobilização de operações;
Estas informações serão cedidas, referentes ao ano de 2005, junto ao setor de comunicação
social da PRF, para fins de dados para agregar valores à monografia.
Ademir M. Evaristo Jr. Arcelino Antônio de Campos Tarcísio Floriano Silva Jr.
Acadêmico Univali Núcleo Operações Especiais DPRF SC Núcleo de Inteligência DPRF SC
91
A.2 ATA 02/2006
Ata de Reunião 02/2006
Data: 20/04/2006
Local: 8°°°° Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal
Cidade: Florianópolis – SC
Assunto: Definições do sistema OPERA
Participantes: Ademir M. Evaristo Jr.
Carlos Henrique Bughi
Tarcisio Floriano Silva Júnior
Paulo Roberto
Gedson Lanzarin
Bruno Venturim
Lourival da Cunha Borba
(CTTMAR – UNIVALI)
(LCA - UNIVALI)
(PRF – NUINT – SC)
(PRF – NUINT – SC).
(PRF – NUINF - SC)
(PRF – NUINF - SC)
(PRF – NUINF - SC)
Requisitos mínimos do sistema e requisitos não funcionais (Software e Hardware).
Inicialmente, a proposta do sistema foi repassada para as pessoas que não estavam na
primeira reunião, foram apresentados os requisitos mínimos de software para funcionamento do
sistema OPERA, entre eles: Servidor WEB Apache; Banco de dados PostgreSQL/PostGIS;
MapServer; Interpretador de códigos PHP e sistema operacional Windows. Por parte da PRF-SC, a
configuração do Servidor seria um Pentium III de 800 MHZ, as aplicações estão passando por uma
fase de migração, de banco de dados SQL Server 2000 para PostgreSQL, e existe uma tendência
para aplicações WEB, inclusive já existem aplicações desenvolvidas em Java (ASP), mas não existe
nenhuma restrição na utilização do PHP.
Análise de ocorrências
Dentro da análise de ocorrências, foi discutida a implantação do BR Brasil, sistema nacional
de ocorrências via WEB, que será implantado na PRF a nível nacional para controle das ocorrências
substituindo o sistema atual (BAT - Boletim de Acidentes de Trânsito). Foi questionada, uma
possível integração entre o BR Brasil e o sistema proposto, a fim de agilizar o processo de criação
das ocorrências que interessam ao setor de inteligência, mas conforme posição da PRF, o sistema
BR Brasil, não permite integração de dados.
92
Foi discutido, com o pessoal envolvido, que as ocorrências de maior potencial, é que são de
interesse para análise do núcleo de inteligência, e que policiais com especialização em informações
para inteligência, nas delegacias regionais do estado, estarão responsáveis por informá-las.
Verificou-se a impossibilidade de abrir o acesso ao público devido a restrições existentes por
parte da PRF, porém pode-se estudar a possibilidade do sistema contemplar esta funcionalidade.
Pontos de referência
Para fins de localização geográfica, existem vários pontos de referência, sendo cadastrados
ao longo das rodovias, para melhorar a localização, esta sendo incluído informações de latitude e
longitude nos pontos de referência como: hotéis; postos de combustível; principais trevos de acesso;
postos rodoviários entre outros.
Definições de requisitos funcionais
Ficou definido que o setor de inteligência iria definir as principais funções do sistema, assim
como os principais requisitos, ou seja, o que o sistema terá que oferecer aos usuários desde os
cadastros; consultas; principais entradas saídas e análises.
Ademir M. Evaristo Jr. Carlos Henrique Bughi Tarcísio Floriano Silva Jr.
Acadêmico Univali Orientador Núcleo de Inteligência DPRF SC
Paulo Roberto Gedson Lanzarin Bruno Venturin
Núcleo de Inteligência DPRF SC Núcleo de Informática DPRF SC Núcleo de Informática DPRF SC
Lourival da Cunha Borba
Núcleo de Informática DPRF SC
93
A.3 ATA 03/2006
Ata de Reunião 03/2006
Data: 27/05/2006
Local: 8°°°° Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal
Cidade: Florianópolis – SC
Assunto: Definições do sistema OPERA
Participantes: Ademir M. Evaristo Jr.
Tarcisio Floriano Silva Júnior
Arcelino Antônio de Campos
(CTTMAR – UNIVALI)
(PRF – NUINT – SC)
(PRF – SPF – SC)
Definições de Requisitos Funcionais
- Restrição de Acesso;
• Cadastro de acesso de policiais, sob supervisão do NUINT-SC;
• Níveis de aceso ao sistema (Administrador; Operacional).
- Superintendência;
• Cadastro de superintendências (Nome; Cidade; Telefone; Coordenadas);
- Delegacia Regional;
• Cadastro de Delegacias Regionais (Nome, Cidade, Telefone; Coordenadas);
• Pertencem a uma Superintendência;
• Várias Delegacias pertencem a Superintendência;
- Posto Rodoviário;
• Cadastro de Posto Rodoviário (Nome, Cidade, Telefone; Coordenadas);
• Está vinculada a uma Delegacia Regional;
• Vários postos pertencem a uma Delegacia Regional;
- Boletim de Ocorrência Policial;
• Cadastro de Ocorrência (Nr. Ocorrência, Local da ocorrência, Narrativa, Rodovia Km;
Trecho; Data e Hora; Policial Responsável/auxiliar; Município; Ponto de Referência;
Enquadramento do fato);
• Número de ocorrência;
• Local da ocorrência (na rodovia, fora da rodovia);
o Justificativa (texto para justificar o local de ocorrência);
• Narrativa (Texto descrevendo o acontecimento em detalhes);
94
• Especificar campo para nr. do registro se houver no BR Brasil.
- Identificação do policial na ocorrência
• Cadastro de Policial (Matricula, Nome, Graduação);
• PRF Responsável (Policial que atendeu a ocorrência); (Nome; Matricula.);
• PRF Auxiliar (Policial auxiliar que atendeu a ocorrência); (Nome; Matrícula.);
• Disparo de arma de fogo para PRF Responsável e Auxiliar (Sim / Não); Quantidade;
Calibre;
• Grau de idoneidade da fonte;
- Local do evento da ocorrência
• Cadastro de Rodovias (Nr. Rodovia, Nome rodovia);
• Cadastro de Municípios UF (Nr. Município, Nome Município, Latitude; Longitude);
• Cadastro de Pontos de Referência (Nr Ponto, Nome Ponto, Latitude; Longitude);
- Enquadramento do Fato da ocorrência
• Cadastro de Enquadramento do Fato (Nr. Enquadramento, Nome Enquadramento.);
• Encontro de cadáver; Homicídio; Tentativa de roubo; Roubo a ônibus; Roubo veiculo de
carga; Tráfico de drogas; Porte ilegal de armas; Furto/Roubo de veículos; Contrabando;
Lesões corporais; Crimes contra o meio ambiente; Crimes contra o patrimônio;
Falsificações; Crime tributário; Descaminho.
- Encaminhamento da ocorrência
• Cadastro de Encaminhamento (Nr. Enc. Nome Enc.);
• Cadastro de Tipo Encaminhamento;
• Prisão;
o Resistência (Sim/Não);
• Termo Circunstanciado (nr. Termo; Comarca);
• Apreensão;
o Drogas (Maconha; Crack; Cocaína; Merla; Lança perfume, outros...); Quantidade;
o Arma de Fogo (Revolver; Pistola; Carabina; Submetralhadora; Armas Brancas);
Calibre da arma (12; 22; 38 etc.); Quantidade;
o Munição (Vários calibres); Quantidade;
o Dinheiro (Notas; Moedas; outros...); Quantidade;
o Documentos (CNH/RG/Passaporte; Cartão de crédito; outros...); Quantidade
o Meio Ambiente (Flora/Fauna, Madeiras m3, carvão, substancia tóxica); Quantidade.
95
- Envolvidos na ocorrência
• Cadastro de Envolvidos (Nome; Alcunha; Filiação (Pai e Mãe); Data Nasc.; Naturalidade
UF; Nacionalidade; CPF; RG; UF do RG; Sexo; Estado Civil; Nível de instrução;
Ocupação; Habilitação; Registro da CNH; UF da CNH; Data da 1.a CNH; Validade da
CNH; Categoria da CNH; Logradouro (Endereço); Nr.; Complemento; Bairro; Município;
UF; CEP; País; Telefone; E-Mail.)
• Cadastro de Tipos de Envolvidos da ocorrência (Nr. Tipo; Tipo envolvido)
o Autor (Quantidade);
o Vítima (Quantidade);
o Testemunha (Quantidade);
- Principais Funções:
• Inserir as ocorrências no mapa, por ponto de referência ou cidades, definindo os locais e
horários críticos para otimização dos recursos disponíveis, utilizando-os no combate e
prevenção;
• Visualização das ocorrências cadastradas no mapa;
• Mostrar as incidências de pontos coincidentes no mapa para o auxílio na tomada de decisão,
facilitando o planejamento de ações de operações específicas;
• Tipificar as ocorrências visualmente, padronizando nomenclaturas;
• Visualização (detalhamento) dos dados das ocorrências registradas;
- Principais Relatórios
• Relatórios de quantidade de ocorrências por município; região; delegacia regional; posto
rodoviário;
• Relatório estatístico das ocorrências cadastradas, por município; delegacia regional. Posto
rodoviário;
• Relatório de dados para análise de informações de inteligência, permitindo a orientação nas
ações de repressão, combate e prevenção à criminalidade;
• Fornecer dados das ocorrências para a área operacional adotar procedimentos padronizados
na ação ostensiva, na coleta de dados e provas.
• Gerar um relatório impresso da ocorrência, com assinatura do PRF responsável, e auxiliar.
Ademir M. Evaristo Jr. Arcelino Antônio de Campos Tarcísio Floriano Silva Jr.
Acadêmico Univali Seção de Policiamento e Fiscalização DPRF SC Núcleo de Inteligência DPRF SC
96
A.4 ATA 04/2006
Ata de Reunião 04/2006
Data: 04/09/2006
Local: 8°°°° Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal
Cidade: Florianópolis – SC
Assunto: Apresentação da modelagem de dados e definição do framework
Participantes: Ademir M. Evaristo Jr.
Tarcisio Floriano Silva Júnior
Arcelino Antônio de Campos
Alberto Guesser
Lourival Borba
(CTTMAR – UNIVALI)
(PRF – NUINT – SC)
(PRF – SPF – SC)
(PRF – NUINT – SC)
(PRF – NUINF – SC)
Modelagem de dados
Foi apresentada, discutida e questionada a modelagem de dados do sistema desde suas
tabelas de cadastros básicos, até as tabelas de movimentação. Como principais pontos em que a
modelagem estava incorreta destacaram-se que um policial, pode acumular graduações, com isso foi
criada uma tabela intermédiaria na modelagem. Os trechos de rodovias são divididos em lado
crescente e decrescente de acordo com a quilometragem da rodovia. No controle de acesso ao
sistema, determinado usuário terá um nível de acesso que será associado a quais aplicações aquele
nível de acesso vai ter. Cada segmento de rodovia pode ter vários pontos de referência e um posto
rodoviário pode ter vários segmentos de rodovias sob sua jurisdição.
Definição do framework
Foi questionada a possibilidade da utilização do Linux nos servidores da PRF, para assim
utilizar o framework symfony-project, mas o Linux está fora do contexto. Com isso foi definido a
utilização do framework ScriptCase como gerador das telas do sistema em código PHP e
JavaScript, vale ressaltar que o mesmo foi obtido por uma versão acadêmica junto a empresa
NetMake (www.netmake.com.br).
Testes do sistema
Ficou definido que as aplicações serão testadas em maquina local, devidamente configurada
para acesso ao sistema, pois devido a transição dos servidores da DPRF, num primeiro momento
97
não seria possível a implantação direta nos servidores, portanto o projeto passará pos uma fase de
homologação pelas pessoas responsáveis.
Ademir M. Evaristo Jr. Arcelino Antônio de Campos Tarcísio Floriano Silva Jr.
Acadêmico Univali Seção de Policiamento e Fiscalização DPRF SC Núcleo de Inteligência DPRF SC
Alberto Guesser Lourival Borba
Núcleo de Inteligência DPRF SC Núcleo de Informática DPRF SC
98
A.5 ATA 05/2006
Ata de Reunião 05/2006
Data: 20/10/2006
Local: 8°°°° Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal
Cidade: Florianópolis – SC
Assunto: Apresentação protótipo do sistema
Participantes: Ademir M. Evaristo Jr.
Tarcisio Floriano Silva Júnior
Arcelino Antônio de Campos
(CTTMAR – UNIVALI)
(PRF – NUINT – SC)
(PRF – SPF – SC)
Apresentação do sistema OPERA
Apresentaram-se as telas principais do protótipo do sistema OPERA, os principais pontos
positivos foram:
• Segmentação, e clareza das informações dos cadastros;
• Segurança nos diversos níveis de acesso existentes por usuário, e por programa;
• Facilidade no preenchimento dos registros de ocorrência / denúncia;
• Clareza nas Legações das opções ao cadastros básicos.
Como pontos negativos, ressaltam-se a implantação do sistema, que num primeiro momento
terá que funcionar apenas para as pessoas responsáveis pelo Núcleo de Inteligência da PRF.
Foi ressaltado que o sistema necessita de uma bateria maior de testes, por parte dos usuários da
PRF, após a conclusão da etapa do módulo de geoprocessamento.
Testes do sistema
As aplicações que fazem parte do protótipo foram testadas em máquina local como estava
definido em reunião anterior. O sistema comportou-se bem dentro do esperado pela PRF.
Ademir M. Evaristo Jr. Arcelino Antônio de Campos
Acadêmico Univali Seção de Policiamento e Fiscalização DPRF SC
Alberto Guesser Tarcísio Floriano Silva Jr.
Núcleo de Inteligência DPRF SC Núcleo de Inteligência DPRF SC
99
B BASE DE DADOS
B.1 SCRIPT DE CRIAÇÃO DA BASE DE DADOS --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- MODULO DE ACESSO --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Table: programa -- DROP TABLE programa; CREATE TABLE programa ( cd_programa varchar(50) NOT NULL, nm_programa varchar(50), CONSTRAINT pk_programa_01 PRIMARY KEY (cd_programa) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE programa OWNER TO administrador; -- Table: nivel_acesso -- DROP TABLE nivel_acesso; CREATE TABLE nivel_acesso ( cd_nivel_acesso serial NOT NULL, ds_nivel_acesso varchar(20) NOT NULL, CONSTRAINT pk_nivel_acesso_01 PRIMARY KEY (cd_nivel_acesso) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE nivel_acesso OWNER TO administrador; -- Table: usuario -- DROP TABLE usuario; CREATE TABLE usuario ( cd_usuario serial NOT NULL, cd_nivel_acesso int4 NOT NULL, nm_usuario varchar(50) NOT NULL, id_situacao char(1) NOT NULL, ds_login varchar(8) NOT NULL, ds_senha varchar(8) NOT NULL, nr_tentativa int2 DEFAULT 0, CONSTRAINT pk_usuario_01 PRIMARY KEY (cd_usuario), CONSTRAINT fk_usuario_01 FOREIGN KEY (cd_nivel_acesso) REFERENCES nivel_acesso (cd_nivel_acesso) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE usuario OWNER TO administrador; -- Table: nivel_acesso_programa -- DROP TABLE nivel_acesso_programa; CREATE TABLE nivel_acesso_programa ( cd_nivel_acesso serial NOT NULL, cd_programa varchar(50) NOT NULL, CONSTRAINT pk_nivel_acesso_programa_01 PRIMARY KEY (cd_nivel_acesso, cd_programa), CONSTRAINT fk_nivel_acesso_programa_01 FOREIGN KEY (cd_nivel_acesso) REFERENCES nivel_acesso (cd_nivel_acesso) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_nivel_acesso_programa_02 FOREIGN KEY (cd_programa) REFERENCES programa (cd_programa) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE nivel_acesso_programa OWNER TO administrador; --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- MODULO DE CADASTROS BÁSICOS --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Table: arma_fogo -- DROP TABLE arma_fogo; CREATE TABLE arma_fogo ( cd_arma serial NOT NULL, ds_arma varchar(45) NOT NULL, qt_arma numeric, nr_calibre varchar(45), CONSTRAINT pk_arma_fogo_01 PRIMARY KEY (cd_arma) ) WITHOUT OIDS;
100
ALTER TABLE arma_fogo OWNER TO administrador; -- Table: cidade -- DROP TABLE cidade; CREATE TABLE cidade ( cd_cidade int4 NOT NULL DEFAULT nextval('map_cidade_gid_seq'::regclass), ind_nomenc varchar, md_longitu varchar, md_latitud varchar, geocodigo varchar, estado varchar, uf_estado varchar, nm_cidade varchar, the_geom geometry, CONSTRAINT map_cidade_pkey PRIMARY KEY (cd_cidade), CONSTRAINT enforce_dims_the_geom CHECK (ndims(the_geom) = 2), CONSTRAINT enforce_geotype_the_geom CHECK (geometrytype(the_geom) = 'POINT'::text OR the_geom IS NULL), CONSTRAINT enforce_srid_the_geom CHECK (srid(the_geom) = -1) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE cidade OWNER TO administrador; * Esta tabela foi gerada via commando shp2pgsql, através de arquivos shapefile baixados do IBGE -- Table: encaminhamento -- DROP TABLE encaminhamento; CREATE TABLE encaminhamento ( cd_encaminhamento serial NOT NULL, ds_encaminhamento varchar(45), CONSTRAINT pk_encaminhamento_01 PRIMARY KEY (cd_encaminhamento) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE encaminhamento OWNER TO administrador; -- Table: enquadramento_fato -- DROP TABLE enquadramento_fato; CREATE TABLE enquadramento_fato ( cd_enquadramento serial NOT NULL, ds_enquadramento varchar(45), id_icone varchar(255) NOT NULL, CONSTRAINT pk_enquadramento_fato_01 PRIMARY KEY (cd_enquadramento) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE enquadramento_fato OWNER TO administrador; -- Table: graduacao -- DROP TABLE graduacao; CREATE TABLE graduacao ( cd_graduacao serial NOT NULL, nm_graduacao varchar(45), CONSTRAINT pk_graduacao_01 PRIMARY KEY (cd_graduacao) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE graduacao OWNER TO administrador; -- Table: idoneidade -- DROP TABLE idoneidade; CREATE TABLE idoneidade ( cd_idoneidade serial NOT NULL, ds_idoneidade varchar(45), CONSTRAINT pk_idoneidade_01 PRIMARY KEY (cd_idoneidade) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE idoneidade OWNER TO administrador; -- Table: tipo_envolvido -- DROP TABLE tipo_envolvido; CREATE TABLE tipo_envolvido ( cd_tipo_envolvido serial NOT NULL, nm_tipo_envolvido varchar(45) NOT NULL, CONSTRAINT pk_tipo_envolvido_01 PRIMARY KEY (cd_tipo_envolvido) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE tipo_envolvido OWNER TO administrador; -- Table: superintendencia -- DROP TABLE superintendencia; CREATE TABLE superintendencia (
101
cd_superintendencia serial NOT NULL, cd_cidade int4 NOT NULL, ds_superintendencia varchar(50) NOT NULL, nr_telefone varchar(20), cd_coordenada numeric, CONSTRAINT pk_superintendencia_01 PRIMARY KEY (cd_superintendencia), CONSTRAINT fk_superintendencia_01 FOREIGN KEY (cd_cidade) REFERENCES cidade (cd_cidade) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT uq_superintendencia_01 UNIQUE (cd_cidade) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE superintendencia OWNER TO administrador; -- Table: delegacia -- DROP TABLE delegacia; CREATE TABLE delegacia ( cd_delegacia serial NOT NULL, cd_superintendencia int4 NOT NULL, cd_cidade int4 NOT NULL, ds_delegacia varchar(50), nr_telefone varchar(20), cd_coordenada numeric, CONSTRAINT pk_delegacia_01 PRIMARY KEY (cd_delegacia), CONSTRAINT fk_delegacia_01 FOREIGN KEY (cd_cidade) REFERENCES cidade (cd_cidade) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_delegacia_02 FOREIGN KEY (cd_superintendencia) REFERENCES superintendencia (cd_superintendencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE delegacia OWNER TO administrador; -- Table: posto -- DROP TABLE posto; CREATE TABLE posto ( cd_posto serial NOT NULL, cd_delegacia int4 NOT NULL, cd_cidade int4 NOT NULL, ds_posto varchar(50) NOT NULL, nr_telefone varchar(20), cd_coordenada numeric, CONSTRAINT pk_posto_01 PRIMARY KEY (cd_posto), CONSTRAINT fk_posto_01 FOREIGN KEY (cd_cidade) REFERENCES cidade (cd_cidade) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_posto_02 FOREIGN KEY (cd_delegacia) REFERENCES delegacia (cd_delegacia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE posto OWNER TO administrador; -- Table: policial -- DROP TABLE policial; CREATE TABLE policial ( cd_policial serial NOT NULL, cd_delegacia int4 NOT NULL, nm_policial varchar(45), CONSTRAINT pk_policial_01 PRIMARY KEY (cd_policial), CONSTRAINT fk_policial_01 FOREIGN KEY (cd_delegacia) REFERENCES delegacia (cd_delegacia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE policial OWNER TO administrador; -- Table: segmento_rodovia -- DROP TABLE segmento_rodovia; CREATE TABLE segmento_rodovia ( cd_rodovia serial NOT NULL, cd_cidade int4 NOT NULL, nm_rodovia varchar(45), km_rodovia varchar(45), id_lado_rodovia varchar(15), cd_coordenada numeric, CONSTRAINT pk_segmento_rodovia_01 PRIMARY KEY (cd_rodovia), CONSTRAINT fk_segmento_rodovia_01 FOREIGN KEY (cd_cidade) REFERENCES cidade (cd_cidade) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT
102
) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE segmento_rodovia OWNER TO administrador; * Esta tabela foi gerada via commando shp2pgsql, através de arquivos shapefile baixados do IBGE -- Table: rodovia -- DROP TABLE rodovia; CREATE TABLE rodovia ( gid serial NOT NULL, ind_nomenc varchar, md_extensa numeric, nm_sigla varchar, nm_rodovia varchar, cd_num_via varchar, cd_alinham varchar, cd_classe varchar, cd_tipo_pa varchar, cd_cond_tr varchar, cd_situaca varchar, cd_adminis varchar, the_geom geometry, CONSTRAINT rodovia_pkey PRIMARY KEY (gid), CONSTRAINT enforce_dims_the_geom CHECK (ndims(the_geom) = 2), CONSTRAINT enforce_geotype_the_geom CHECK (geometrytype(the_geom) = 'MULTILINESTRING'::text OR the_geom IS NULL), CONSTRAINT enforce_srid_the_geom CHECK (srid(the_geom) = -1) ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE rodovia OWNER TO administrador; -- Table: trecho -- DROP TABLE trecho; CREATE TABLE trecho ( cd_posto int4 NOT NULL, cd_rodovia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_trecho_01 PRIMARY KEY (cd_posto, cd_rodovia), CONSTRAINT fk_trecho_01 FOREIGN KEY (cd_posto) REFERENCES posto (cd_posto) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_trecho_02 FOREIGN KEY (cd_rodovia) REFERENCES segmento_rodovia (cd_rodovia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE trecho OWNER TO administrador; -- Table: ponto_referencia -- DROP TABLE ponto_referencia; CREATE TABLE ponto_referencia ( cd_ponto_referencia serial NOT NULL, cd_rodovia int4 NOT NULL, nm_ponto_referencia varchar(45), cd_coordenada numeric(20), CONSTRAINT pk_ponto_referencia_01 PRIMARY KEY (cd_ponto_referencia), CONSTRAINT fk_ponto_referencia_01 FOREIGN KEY (cd_rodovia) REFERENCES segmento_rodovia (cd_rodovia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE ponto_referencia OWNER TO administrador; --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- MODULO DE OCORRENCIA --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Table: ocorrencia -- DROP TABLE ocorrencia; CREATE TABLE ocorrencia ( cd_ocorrencia serial NOT NULL, cd_delegacia int4 NOT NULL, ds_narrativa varchar(256), dt_ocorrencia date NOT NULL, hr_ocorrencia time, id_tipo_ocorrencia char(2) NOT NULL, dt_cancelamento date, hr_cancelamento time, cd_brbrasil varchar(20), ds_login varchar(8), CONSTRAINT pk_ocorrencia_01 PRIMARY KEY (cd_ocorrencia) ) WITHOUT OIDS;
103
ALTER TABLE ocorrencia OWNER TO administrador; -- Table: encaminhamento_ocr -- DROP TABLE encaminhamento_ocr; CREATE TABLE encaminhamento_ocr ( cd_encaminhamento int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_encaminhamento_ocr_01 PRIMARY KEY (cd_encaminhamento, cd_ocorrencia), CONSTRAINT fk_encaminhamento_ocr_01 FOREIGN KEY (cd_encaminhamento) REFERENCES encaminhamento (cd_encaminhamento) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_encaminhamento_ocr_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE encaminhamento_ocr OWNER TO administrador; -- Table: enquadramento_fato_ocr -- DROP TABLE enquadramento_fato_ocr; CREATE TABLE enquadramento_fato_ocr ( cd_enquadramento int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_enquadramento_fato_ocr_01 PRIMARY KEY (cd_enquadramento, cd_ocorrencia), CONSTRAINT fk_enquadramento_fato_ocr_01 FOREIGN KEY (cd_enquadramento) REFERENCES enquadramento_fato (cd_enquadramento) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_enquadramento_fato_ocr_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE enquadramento_fato_ocr OWNER TO administrador; -- Table: arma_fogo_ocr -- DROP TABLE arma_fogo_ocr; CREATE TABLE arma_fogo_ocr ( cd_arma int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_arma_fogo_ocr_01 PRIMARY KEY (cd_arma, cd_ocorrencia), CONSTRAINT fk_arma_fogo_ocr_01 FOREIGN KEY (cd_arma) REFERENCES arma_fogo (cd_arma) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_arma_fogo_ocr_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE arma_fogo_ocr OWNER TO administrador; -- Table: cidade_ocr -- DROP TABLE cidade_ocr; CREATE TABLE cidade_ocr ( cd_cidade int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_cidade_ocr_01 PRIMARY KEY (cd_cidade, cd_ocorrencia), CONSTRAINT fk_cidade_ocr_01 FOREIGN KEY (cd_cidade) REFERENCES cidade (cd_cidade) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_cidade_ocr_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE cidade_ocr OWNER TO administrador; -- Table: segmento_rodovia_ocr -- DROP TABLE segmento_rodovia_ocr; CREATE TABLE segmento_rodovia_ocr ( cd_rodovia int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_segmento_rodovia_ocr_01 PRIMARY KEY (cd_rodovia, cd_ocorrencia), CONSTRAINT fk_segmento_rodovia_ocr_01 FOREIGN KEY (cd_rodovia) REFERENCES segmento_rodovia (cd_rodovia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_segmento_rodovia_ocr_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS;
104
ALTER TABLE segmento_rodovia_ocr OWNER TO administrador; -- Table: ponto_referencia_ocr -- DROP TABLE ponto_referencia_ocr; CREATE TABLE ponto_referencia_ocr ( cd_ponto_referencia int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_ponto_referencia_ocr_01 PRIMARY KEY (cd_ponto_referencia, cd_ocorrencia), CONSTRAINT fk_ponto_referencia_ocr_01 FOREIGN KEY (cd_ponto_referencia) REFERENCES ponto_referencia (cd_ponto_referencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_ponto_referencia_ocr_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE ponto_referencia_ocr OWNER TO administrador; -- Table: policial_ocr -- DROP TABLE policial_ocr; CREATE TABLE policial_ocr ( cd_policial int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_policial_ocr_01 PRIMARY KEY (cd_policial, cd_ocorrencia), CONSTRAINT fk_policial_ocr_01 FOREIGN KEY (cd_policial) REFERENCES policial (cd_policial) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_policial_ocr_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE policial_ocr OWNER TO administrador; -- Table: policial_graduacao -- DROP TABLE policial_graduacao; CREATE TABLE policial_graduacao ( cd_policial int4 NOT NULL, cd_graduacao int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_policial_graduacao_01 PRIMARY KEY (cd_policial, cd_graduacao), CONSTRAINT fk_policial_graduacao_01 FOREIGN KEY (cd_policial) REFERENCES policial (cd_policial) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_policial_graduacao_02 FOREIGN KEY (cd_graduacao) REFERENCES graduacao (cd_graduacao) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE policial_graduacao OWNER TO administrador; --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- MODULO DE PESSOA --------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Table: pessoa -- DROP TABLE pessoa; CREATE TABLE pessoa ( cd_pessoa serial NOT NULL, cd_idoneidade int4 NOT NULL, nm_pessoa varchar(45), nm_pai varchar(45), nm_mae varchar(45), dt_nascimento date, nr_cpf varchar(12), nr_identidade varchar(20), uf_identidade char(2), id_sexo char(2), id_estado_civil char(2), id_nivel_instrucao char(2), id_ocupacao char(2), nr_registro_cnh varchar(25), uf_cnh char(2), dt_primeira_cnh date, dt_validade_cnh date, tp_categoria_cnh char(2), ds_endereco varchar(50), ds_complemento varchar(45), ds_bairro varchar(45), cd_cep varchar(10), id_nacionalidade char(2), id_pais char(2),
105
nr_telefone varchar(20), ds_email varchar(45), CONSTRAINT pk_pessoa_01 PRIMARY KEY (cd_pessoa), CONSTRAINT fk_pessoa_01 FOREIGN KEY (cd_idoneidade) REFERENCES idoneidade (cd_idoneidade) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE pessoa OWNER TO administrador; -- Table: pessoa_ocorrencia -- DROP TABLE pessoa_ocorrencia; CREATE TABLE pessoa_ocorrencia ( cd_pessoa int4 NOT NULL, cd_ocorrencia int4 NOT NULL, cd_tipo_envolvido int4 NOT NULL, CONSTRAINT pk_pessoa_ocorrencia_01 PRIMARY KEY (cd_ocorrencia, cd_pessoa, cd_tipo_envolvido), CONSTRAINT fk_pessoa_ocorrencia_01 FOREIGN KEY (cd_pessoa) REFERENCES pessoa (cd_pessoa) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_pessoa_ocorrencia_02 FOREIGN KEY (cd_ocorrencia) REFERENCES ocorrencia (cd_ocorrencia) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT, CONSTRAINT fk_pessoa_ocorrencia_03 FOREIGN KEY (cd_tipo_envolvido) REFERENCES tipo_envolvido (cd_tipo_envolvido) MATCH SIMPLE ON UPDATE RESTRICT ON DELETE RESTRICT ) WITHOUT OIDS; ALTER TABLE pessoa_ocorrencia OWNER TO administrador; -- Um trecho do arquivo gerado via SHP2PGSQL. BEGIN; CREATE TABLE "map_cidade" (gid serial PRIMARY KEY, "ind_nomenc" varchar, "md_longitu" varchar, "md_latitud" varchar, "geocodigo" varchar, "estado" varchar, "uf" varchar, "nm_nome" varchar); SELECT AddGeometryColumn('','map_cidade','the_geom','-1','POINT',2); INSERT INTO "map_cidade" ("ind_nomenc","md_longitu","md_latitud","geocodigo","estado","uf","nm_nome",the_geom) VALUES ('SG-22','-53:18:48','-27:54:02','431370605','RIO GRANDE DO SUL','RS','Palmeira das Missões','010100000098A432C51CA84AC0B613252191E63BC0'); INSERT INTO "map_cidade" ("ind_nomenc","md_longitu","md_latitud","geocodigo","estado","uf","nm_nome",the_geom) VALUES ('SG-22','-53:06:37','-27:54:27','431349005','RIO GRANDE DO SUL','RS','Novo Barreiro','010100000056815A0C1E8E4AC04694F6065FE83BC0');
106
C PROJETO
cd 1. Introdução
1.1 Objetivos deste documento
Descrever e especificar necessidades do Departamento de Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, que devem ser atendidas em relação ao sistema OPERA - Sistema de Triagem de Informações para Formação de Operações Especiais para o Setor de Intel igência da Polícia Rodoviária Federal - SC, bem como definir requisitos funcionais, não funcionais, diagramas de classe, casos de uso, seqüência e atividades.
Publico Alvo: Policiais Rodoviários Federais de Santa Catarina, habili tados a trabalharem com informações de intel igência policial; Núcleo de Inteligência Estadual.
1.2 Materiais de Referência
Referências: Atas de reuniões e entrevistas com policiais rodoviários federais envolvidos no projeto;Verificação do processo de ocorrências policiais nas rodovias e estradas federais.
Relatório: Proposta de projeto do Sistema OPERA.
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cd 2.1 Informações do Produto
2.1.4 Limitações do produto
O sistema OPERA não fará integração com outros sistemas como: BR Brasil, BAT(Boletim de Acidentes de Trânsito);O sistema estará restrito iniciamente as ocorrências do estado de Santa Catarina;
2.1.2 Benefícios do produto
1. Maior agil idade no processo de registro de ocorrência e denúncias de interesse ao Núcleo de Inteligencia da DPRF. (Essencial);
2. Análise espacial de ocorrências, para identificação de pontos coincidentes de determinada área através de mapas dinâmicos, visualizando o detalhamento de dados. (Essencial);
3. Maior agil idade, eficiência e embasamento na tomada de decisões para formação de operações especiais. (Essencial);
4. Armazenamento de dados para histórico de ocorrências, visando análises gerenciais retroativas. (Essencial);
5. Definir os locais e horários críticos para otimização dos recursos disponíveis, uti lizando-os no combate e prevenção (Desejável);
6. Identificar a quantidade de ocorrências por município; região; delegacia regional; posto rodoviário (Essencial);
7. Estatístico das ocorrências cadastradas, por município; delegacia regional. Posto rodoviário (Essencial);
8. Orientação nas ações de repressão, combate e prevenção à criminalidade (Desejável);
9. Fornecer dados das ocorrências para a área operacional adotar procedimentos padronizados na ação ostensiva, na coleta de dados e provas (Desejável).
2.1.3 Escopo do Produto
O sistema OPERA deve ser composto dos seguintes módulos:- Módulo de Acesso: Composto pelo usuário e senha da aplicação e definição dos níveis de acesso por usuários, que compreende: Compreende toda parte de cadastro de usuários, níveis de acesso.
- Módulo de Cadastros: Cadastros basicos do sistema como: cadastro de superintendência, delegacia regional, jurisdição, posto rodoviário, rodovias, municípios e pontos de referencia, tipo de ocorrência, policiais, pontos de referência;
- Módulo de Ocorrências: compreende todo o controle de cadastro de ocorrências policiais, será o principal módulo do sistema, onde poderão ser informadas as ocorrências ou denúncias policiais, com vários atributos como local, policial responsável e auxil iar, grau de idoneidade da fonte, enquadramento do fato, encaminhamento, pessoas envolvidas;
- Módulo Geoespacial: Onde compreende toda análise espacial, que o usuário deseja elaborar, como inserir as ocorrências no mapa, por ponto de referênciaou cidades, visualização das ocorrências cadastradas no mapa; mostrar as incidências de pontos coincidentes no mapa; visualização das ocorrencias através de ícones, padronizando nomenclaturas; visualização (detalhamento) dos dados das ocorrências registradas; diversas funcionalidades para manipulação do mapa como aproximação, afastamento, aproximação por seleção, e consulta de dados
- Módulo de Relatórios: Relatórios de quantidade de ocorrências por município; região; delegacia regional; posto rodoviário; Relatório estatístico das ocorrências cadastradas, por município; delegacia regional. Posto rodoviário; Relatório de dados para análise de informações de inteligência; Fornecer relatório com dados das ocorrências para a área operacional adotar procedimentos padronizados na ação ostensiva, na coleta de dados e provas; Gerar um relatório impresso da ocorrência, com assinatura do PRF responsável, e auxil iar.
2.1.1 Visão Geral
A Polícia Rodoviária Federal-SC deseja implementar um sistema de triagem de informações para formação de operações especiais, para o setor de inteligência, que chamar-se-á de OPERA, possibil i tando aos policiais habil i tados manterem ocorrências de interesse a inteligência policial para posterior análise espacial para verificação dos pontos coicidentes, e dados fundamentados para formação de operações especiais.
O novo sistema deverá proporcionar a PRF georeferenciamento das ocorrências e anáise espacial para uma maior eficiência na formação de operações especiais e no combate ao crime;
O sistema terá níveis de acesso sob supervisão do nucleo de inteligencia da DPRF, onde haverá restrição de acesso as informações;Para melhor organização das informações se faz necessários cadastros de superintendência, delegacia regional, jurisdição, posto rodoviário, com vários atributos entre eles as coordenadas;Para o cadastro de denúncias e ocorrências policiais, existem com vários atributos como local, policial responsável e auxiliar, grau de idoneidade da fonte, enquadramento do fato, encaminhamento, pessoas envolvidas;Para uma melhor referencia da ocorrência ou denúncia e georeferenciamento da informação, se faz necessário cadastro de rodovias, municípios e pontos de referencia com vários atributos entre eles as coordenadas;O usuário podera inserir as ocorrências no mapa, por ponto de referência ou cidades, e definir os locais e horários críticos para otimização dos recursos disponíveis, uti l izando-os no combate e prevenção. Visualização das ocorrências cadastradas no mapa, Consultar as incidências de pontos coincidentes no mapa para a tomada de decisão, facil i tando o planejamento de ações de operações específicas; Visualizar as ocorrências através de ícones, padronizando nomenclaturas; e o detalhamento dos dados das ocorrências registradas; O sistema deverá fornecer relatórios de quantidade de ocorrências por município; região; delegacia regional; posto rodoviário; relatório estatístico das ocorrências cadastradas, por município; delegacia regional. Posto rodoviário; relatório de dados para análise de informações de inteligência, permitindo a orientação nas ações de repressão, combate e prevenção à criminalidade; Relatorio de dados das ocorrências para a área operacional adotar procedimentos padronizados na ação ostensiva, na coleta de dados e provas; relatório impresso da ocorrência, com assinatura do PRF responsável, e auxil iar.
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cd 2.2.1 Requisitos Funcionais
RF03 - O sistema deverá permitir manter níveis de usuários para acesso ao sistema.
RF11 - O sistema deverá permitir manter envolvidos na ocorrência
RF13 - O sistema deverá manter grau de idoneidade/confiabil idade da fonte
RF04 - O sistema deverá permitir manter superintendências envolvidas.
RF06 - O sistema deverá permitir manter postos rodoviários e sua jurisdição.
RF07 - O sistema deverá permitir manter policiais.
RF08 - O sistema deverá permitir manter locais de evento da ocorrência
RF09 - O sistema deverá permitir manter enquadramento do fato da ocorrência
RF10 - O sistema deverá permitir manter encaminhamento de ocorrência.
RF12 - O sistema deverá permitir manter condição de envolvimento do envolvido na ocorrência (Autor; Vítima ou Testemunha)
RF05 - O sistema deverá permitir manter delegacias regionais e sua jurisdição
RF14 - O sistema deverá permitir manter segmento de rodovias
RF15 - O sistema deverá permitir manter municípios
RF16 - O sistema deverá permitir manter ponto de referência.
RF01 - O sistema deverá consistir usuário e senha de acesso.
RF02 - O sistema deverá permitir manter de usuários.
RF18 - O sistema deverá permitir a inserção das ocorrências no mapa, por ponto de referência ou cidades.
RF19 - O sistema deve permitir a visualização das ocorrências cadastradas no mapa.
RF20 - O sistema deverá mostrar as incidências de pontos coincidentes no mapa.
RF21 - O sistema deverá tipificar as ocorrências visualmente através de ícones definidos por enquadramento do fato
RF22 - O sistema deverá permitir a visualização (detalhamento) dos dados das ocorrências registradas.
RF23 - O sistema deverá gerar um relatório de quantidade de ocorrências por município; delegacia regional ou posto rodoviário, a partir da região espacial definida pelo usuário
RF24 - O sistema deverá gerar relatório estatístico das ocorrências cadastradas, por município; delegacia regional. Posto rodoviário.
RF25 - O sistema deverá gerar um relatório impresso da ocorrência, com assinatura do PRF responsável e auxil iar
RF17 - O sistema deverá permitir manter ocorrências com todas as informações pertinentes.
RF26 - O sistema deverá separar o cadastro de ocorrência diferenciando o que ocorrência e o que é denuncia
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cd 2.2.2 Requisitos Não Funcionais
RNF05 - Interpretador de código PHP.
RNF04 - Servidor de mapas MapServer, para geração dinâmica de mapas na internet.
RNF07 - Navegador de páginas Internet explorer, Netscape ou Mozil la atualizado.
RNF02 - O sistema operacional deverá ser Windows NT / XP / 2000 ou Linux
RNF06 - Banco de dados PostgreSQL, com a extensão espacial PostGIS.
RNF08 - O sistema somente deve permitir login de usuários habili tados e cadastrados
RNF01- Servidor Pentium III 800 mhz
RNF03 - Web server Apache
110
cd 2.2.3 Regras de Negócio
RN01. As ocorrências ou denúncias somente poderão ser cadastradas por policiais habili tados com informações de inteligência policial
RN02. Nenhuma ocorrência pode deixar de ser cadastrada pela falta de informações das partes envolvidas.
RN03 - O sistema só poderá ser acessado por usuário habil itado cadastrado, verificando-se seu nivel de acesso e senha.
RN04 - Uma superintendência terá uma ou várias delegacias regionais.
RN05 - Uma delegacia regional, terá um ou varios postos rodoviários federais.
RN06 - Para cadastros de superintendência, delegacia regional, posto rodoviário, municipios, km de rodovia e pontos de referencia, será obrigatório a informação de coordenada geográfica.
RN07 - No cadastro de policial rodoviário federal, terá que se informar a qual seçao o mesmo pertence (Posto rodoviario; Delegacia Regional, Superintendência).
RN08 - As análises espaciais, assim como a visualização do mapeamento das ocorrências, ficarão a cargo das pessoas com nível de acesso de Administrador.
RN09 - As ocorrências serão georeferenciadas visualmente no mapa, conforme os criterios de segmento de rodovia, ou ponto de referência, ou cidades.
RN10 - Os relatórios, envolvendo os dados do sistema serão restri tos a níveis de acesso de Administrador.
RN11 - O sistema deverá permitir a visual ização dos detalhes das ocorrências através do mapa.
RN12 - As ocorrências deverão aparecer tipificadas visualmente no mapa através de legenda, por enquadramento do fato. Será criado um ícone representativo.
RN13 - As ocorrências deverão aparecer no mapa e serem disponibi lizadas para visual ização e consulta.
RN14 - Após a terceira tentativa sem sucesso de acesso ao sistema, o usuário deverá ser bloqueado.
RN15 - As ocorrências deverão armazenar o usuário responsável pelo registro da mesma.
RN16 - O sistema deverá considerar: pontos de referência, segmento de rodovia e cidade, respectivamente nesta ordem para a referencia espacial
111
cd 3.1 Diagrama de pacotes
PCT01 - Acesso
+ Policial Administrador
+ UC01.01 - Manter Usuário
+ UC01.02 - Manter Nível de Acesso
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT02 - Cadastro
+ Policial Administrador
+ UC02.01 - Manter Superintendência
+ UC02.02 - Manter Delegacia Regional
+ UC02.03 - Manter Rodoviário Federal
+ UC02.04 - Manter Jurisdição
+ UC02.05 - Manter Rodovia
+ UC02.06 - Manter Ponto de Referência
+ UC02.07 - Manter Cidade
+ UC02.08 - Manter Local Evento
+ UC02.09 - Manter Policial
+ UC02.10 - Manter Grau de Idoneidade da Fonte
+ UC02.11 - Manter Enquadramento
+ UC02.12 - Manter Encaminhamento
+ UC02.13 - Manter Tipo Encaminhamento
+ UC02.14 - Manter Graduação
+ UC02.15 - Manter Tipo Envolvido
+ UC02.16 - Manter Arma de Fogo
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT04 - Geoespacial
+ Policial Administrador
+ UC04.01 - Realizar consulta geoespacial de ocorrências no mapa
+ UC04.02 - Cargas e visualização do acervo de cartas temáticas
+ UC04.03 - Realizar operações básicas de visualização
+ UC04.04 - Realizar cálculo de distância entre dois ou mais pontos
+ UC04.05 - Realizar análise de vizinhança
+ UC04.06 - Realizar consulta por atributos da ocorrência
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT03 - Ocorrência
+ Policial
+ UC03.01 - Manter Ocorrência
+ UC03.03 - Manter Pessoa
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
PCT05 - Relatórios
+ Policial
+ UC05.01 - Imprime relatório quantitativo
+ UC05.02 - Imprime relatório de análise de intel igência policial
+ UC05.03 - Imprime relatório estatístico
+ UC05.04 - Imprime relatório de ocorrência
+ UC05.05 - Imprime Organograma
(from 3.2 Diagrama de casos de uso)
ud PCT01 - Acesso
UC01.01 - Manter Usuário
Policial AdministradorUC01.02 - Manter Nív el de
Acesso
112
ud PCT02- Cadastro
UC02.02 - Manter Delegacia Regional
UC02.01 - Manter Superintendência
Policial Administrador
UC02.03 - Manter Rodov iário Federal
UC02.04 - Manter Jurisdição
UC02.05 - Manter Rodov ia
UC02.06 - Manter Ponto de
Referência
UC02.07 - Manter Cidade
UC02.08 - Manter Local Ev ento
UC02.09 - Manter Policial
UC02.10 - Manter Grau de
Idoneidade da Fonte
UC02.11 - Manter Enquadramento
UC02.12 - Manter Encaminhamento
UC02.13 - Manter Tipo
Encaminhamento
UC02.14 - Manter Graduação
UC02.15 - Manter Tipo Envolv ido
UC02.16 - Manter Arma de Fogo
113
ud PCT03 - Ocorrência
Policial
UC03.01 - Manter Ocorrência
UC03.03 - Manter Pessoa
ud PCT04 - Geoespacial
Policial Administrador
UC04.01 - Realizar consulta geoespacial
de ocorrências no mapa
UC04.02 - Cargas e v isualização do acerv o
de cartas temáticas
UC04.03 - Realizar operações básicas de
v isualização
UC04.04 - Realizar cálculo de distância entre dois ou mais
pontos
UC04.06 - Realizar consulta por atributos
da ocorrência
UC04.05 - Realizar análise de v izinhança
114
ud PCT05 - Relatórios
Policial
UC05.01 - Imprime relatório quantitativ o
UC05.02 - Imprime relatório de análise de
inteligência policial
UC05.04 - Imprime relatório de ocorrência
UC05.03 - Imprime relatório estatístico
UC05.05 - Imprime Organograma
115
cd TEL0000
«web page»
TEL0000 - Acesso ao Sistema
CD_USUARIO
DS_SENHA
Acessar Cancelar Sair
«web page»
TEL0000.01 - Tela Inicial
Acesso Cadastros Ocorrência Geoespacial Relatórios
Sair
Usuário
Nível Acesso
Superintendência
Del. Regional
Posto Rodoviário
Jurisdição
Rodovia
Ponto Referência
Cidade
Local Evento
Policial
Idoneidade
Enquadramento
Encaminhamento
Tipo Encaminhamento
Tipo Envolvido
Graduação
Arma Fogo
Pessoa
Ocorrência
Cons. Ocorrência Mapa Quantitativo
Anál. Intel igência Policial
Estatístico
Ocorrências
cd TEL0001
«web page»
TEL0001 - Usuário
CD_USUARIO NM_USUARIO ID_SITUACAO
Incluir Alterar Excluir
CD_NIVEL_ACESSO DS_NIVEL_ACESSO
Consultar
AtivoInativo
Salvar
CD_USUARIO NM_USUARIO ID_SITUACAO CD_NIVEL_ACESSO DS_NIVEL_ACESSO
CD_USUARIO NM_USUARIO ID_SITUACAO CD_NIVEL_ACESSO DS_NIVEL_ACESSO
Cadastro Nível Acesso TEL0002
DS_SENHA
DS_SENHA
DS_SENHA
116
cd TEL0002
«web page»
TEL0002 - Nível de Acesso
CD_NIVEL_ACESSO NM_NIVEL_ACESSO
Incluir Alterar Excluir Consultar Salvar
CD_NIVEL_ACESSO
CD_NIVEL_ACESSO
NM_NIVEL_ACESSO
NM_NIVEL_ACESSO
cd TEL0003
«web page»
TEL0003 - Superintendência
Inserir Alterar Excluir
CD_SUPERINTENDENCIA
DS_SUPERINTENDENCIA
NR_TELEFONE
CD_LATITUDE
CD_LONGITUDE
CD_CIDADE DS_CIDADE
Consultar Salvar
Cadastro Cidade TEL0007
117
cd TEL0004
«web page»
TEL0004 - Delegacia Regional
Alterar ExcluirIncluir
CD_DELEGACIADS_DELEGACIA NR_TELEFONE CD_LATITUDE CD_LONGITUDE CD_CIDADEDS_CIDADE
Consultar Salvar
CD_DELEGACIA
CD_DELEGACIA
DS_DELEGACIA
DS_DELEGACIA
NR_TELEFONE
NR_TELEFONE
CD_LATITUDE
CD_LATITUDE
CD_LONGITUDE
CD_LONGITUDE
CD_CIDADE
CD_CIDADE
DS_CIDADE
DS_CIDADE
Cadastro Cidade TEL0007
CD_SUPERINTENDENCIA
CD_SUPERINTENDENCIA
CD_SUPERINTENDENCIA
DS_SUPERINT.
DS_SUPERINT.
DS_SUPERINT.
Cadastra Superint. TEL0003
ud TEL0005
«web page»
TEL0005 - Posto Rodov iário
Inserir Alterar Excluir
CD_POSTODS_POSTO NR_TELEFONECD_LATITUDECD_LONGITUDECD_CIDADEDS_CIDADE
Alterar Salvar
CD_POSTO
CD_POSTO
DS_POSTO
DS_POSTO
NR_TELEFONE
NR_TELEFONE
CD_LATITUDE
CD_LATITUDE
CD_LONGITUDECD_CIDADEDS_CIDADE
CD_LONGITUDECD_CIDADEDS_CIDADE
Cadastro Cidade TEL0007
CD_DELEG.
CD_DELEG.
CD_DELEG.
DS_DELEG.
DS_DELEG.
DS_DELEG.
Cadastro Del. Reg. TEL0004
CD_TRECHO
CD_TRECHO
CD_TRECHO
DS_TRECHO
DS_TRECHO
DS_TRECHO
Cadastro Trecho TEL0006
ud TEL0006
«web page»
TEL0006 - Trecho Jurisdição
Inserir Alterar Excluir
CD_TRECHO NM_TRECHO
Alterar Salvar
CD_TRECHO
CD_TRECHO
NM_TRECHO
NM_TRECHO
118
ud TEL0007
«web page»
TEL0007 - Cidade
Inserir Alterar Excluir
CD_CIDADE NM_CIDADE CD_LATITUDE CD_LONGITUDE ID_ESTADO
Alterar Salvar
CD_CIDADE NM_CIDADE CD_LATITUDE CD_LONGITUDE ID_ESTADO
CD_CIDADE NM_CIDADE CD_LATITUDE CD_LONGITUDE ID_ESTADO
SPPRRS
cd TEL0008
«web page»
TEL0008 - Enquadramento Fato
Inserir Alterar Excluir
CD_ENQUADRAMENTO DS_ENQUADRAMENTO
Consultar Salvar
CD_ENQUADRAMENTO DS_ENQUADRAMENTO
CD_ENQUADRAMENTO DS_ENQUADRAMENTO
ID_ICONE
ID_ICONE
ID_ICONE
cd TEL0009
«web page»
TEL0009 - Arma de Fogo
Inserir Alterar Excluir
CD_ARMA DS_ARMA DT_ARMA NR_CALIBRE
Consultar Salvar
CD_ARMA
CD_ARMA
CD_ARMA
CD_ARMA
DT_ARMA
DT_ARMA
NR_CALIBRE
NR_CALIBRE
119
cd TEL0010
«web page»
TEL0010 - Rodov ia
Inserir Alterar Excluir
CD_RODOVIA NM_RODOVIA KM_RODOVIA CD_LATITUDE CD_LONGITUDE
Consultar Salvar
CD_RODOVIA
CD_RODOVIA
NM_RODOVIA
NM_RODOVIA
KM_RODOVIA
KM_RODOVIA
CD_LATITUDE CD_LONGITUDE
CD_LATITUDE CD_LONGITUDE
cd TEL0011
«web page»
TEL0011 - Ponto Referência
Inserir Alterar Excluir
CD_PONTO_REFERENCIA NM_PONTO_REFERENCIA CD_LATITUDE CD_LONGITUDE
Consultar Salvar
CD_PONTO_REFERENCIA
CD_PONTO_REFERENCIA
NM_PONTO_REFERENCIA
NM_PONTO_REFERENCIA
CD_LATITUDE
CD_LATITUDE
CD_LONGITUDE
CD_LONGITUDE
120
cd TEL0012
«web page»
TEL0012 - Encaminhamento
Inserir Alterar Excluir
CD_ENCAMINHAMENTO
DS_ENCAMINHAMENTO
CD_TIPO_ENCAMINHAMENTODS_TIPO_ENCAMINHAMENTO
Consultar Salvar
Cadastro Tipo Encaminhamento TEL0014
cd TEL0013
«web page»
TEL0014 - Tipo Encaminhamento
Inserir Alterar Excluir
CD_TIPO_ENCAMINHAMENTO DS_TIPO_ENCAMINHAMENTO
Consultar Salvar
CD_TIPO_ENCAMINHAMENTO
CD_TIPO_ENCAMINHAMENTO
DS_TIPO_ENCAMINHAMENTO
DS_TIPO_ENCAMINHAMENTO
cd TEL0014
«web page»
TEL0014 - Policial
Inserir Alterar Excluir
CD_POLICIAL NM_POLICIAL CD_GRADUACAO NM_GRADUACAO
Consultar Salvar
CD_POLICIAL
CD_POLICIAL
NM_POLICIAL
NM_POLICIAL
CD_GRADUACAO
CD_GRADUACAO
NM_GRADUACAO
NM_PATENTE
CD_DELEGACIA
CD_DELEGACIA
CD_DELEGACIA
NM_DELEGACIA
NM_DELEGACIA
NM_DELEGACIA
Cadastra Delegacia TEL0004
121
cd TEL0015
«web page»
TEL0015 - Graduação
Inserir Alterar Excluir
CD_GRADUACAO NM_GRADUACAO
Consultar Salvar
CD_GRADUACAO
CD_GRADUACAO
NM_GRADUACAO
NM_GRADUACAO
cd TEL0016
«web page»
TEL0016 - Idoneidade
Inserir Alterar Excluir
CD_IDONEIDADE DS_IDONEIDADE
CD_IDONEIDADE
CD_IDONEIDADE
DS_IDONEIDADE
DS_IDONEIDADE
Consultar Salvar
cd TEL0017
«web page»
TEL0017 - Tipo Env olv ido
CD_TIPO_ENVOLVIDO DS_TIPO_ENVOLVIDO
Inserir Alterar Excluir Consultar Salvar
CD_TIPO_ENVOLVIDO
CD_TIPO_ENVOLVIDO
DS_TIPO_ENVOLVIDO
DS_TIPO_ENVOLVIDO
122
cd TEL0018
«web page»
TEL0018 - Pessoa
Inserir Alterar Excluir Consultar Salvar
CD_PESSOA NM_PESSOA
NM_PAI
NM_MAE
DT_NASCIMENTO CPF IDENTIDADE UF ID_SEXO ID_ESTADO_CIVIL
ID_OCUPACAO ID_NIVEL_INSTRUCAO
NR_REGISTRO_CNH UF DT_PRIMEIRA_CNH DT_VALIDADE_CNH TP_CATEGORIA_CNH
ENDERECO COMPLEMENTO
BAIRRO CEP
ID_NACIONALIDADE ID_PAIS NR_TELEFONE DS_EMAIL
CD_IDON. DS_IDONEIDADE
CD_IDON. DS_IDONEIDADE
CD_TP_ENV.
CD_TP_ENV.
DS_TIPO_ENVOLVIDO
DS_TIPO_ENVOLVIDO
Cadastro Idoneidade TEL0017 Cadastro Tipo Envolvido TEL0018
123
cd TEL0019
«web page»
TEL0019 - Ocorrência
CD_OCORRENCIA
DS_NARRATIVA
DT_OCORRENCIA HR_OCORRENCIANR_OCORRENCIA_BRBRASIL ID_TIPO_OCORRENCIA
CD_CIDADE NM_CIDADE
OcorrênciaDenúncia
CD_ENQ. DS_ENQUADRAMENTO
CD_ENQ. DS_ENQUADRAMENTO
CD_LOC_EV. DS_LOCAL_EVENTO
CD_POLICIAL NM_POLICIAL
CD_POLICIAL NM_POLICIAL
CD_ENC.
CD_ENC.
DS_ENCAMINHAMENTO
DS_ENCAMINHAMENTO
CD_ARMA DS_ARMA
CD_ARMA DS_ARMA
CD_RODOVIA NM_RODOVIA CD_PONTO DS_PONTO_REFERENCIA
CD_PESSOA NM_PESSOA
CD_PESSOA NM_PESSOA
CD_PESSOA NM_PESSOA
CD_ENC. DS_ENCAMINHAMENTO CD_ARMA DS_ARMA
CD_ENQ. DS_ENQUADRAMENTO CD_POLICIAL NM_POLICIAL
Cadastro Encaminhamento TEL0013
Cadastro Enquadramento TEL0008 Cadastro Policial TEL0015
Cadastro Arma de Fogo TEL0009
Cadastro Pessoa TEL0019
Cadastro Cidade TEL0007 Cadastro Local Evento TEL0012
Cadastro Rodovia TEL0010 Cadastro Ponto Referência TEL0011
Incluir Alterar Excluir Consultar Salvar
124
cd TEL0020
«web page»
TEL0020 - Consulta Ocorrências no Mapa
Mapa
Enquadramento
Controles
125
cd 4.2 Diagrama de classes
USUARIO
- CD_USUARIO: - NM_USUARIO: - ID_SITUACAO: - DS_SENHA:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
NIVEL_ACESSO
- CD_NIVEL_ACESSO: - DS_NIVEL_ACESSO:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
SUPERINTENDENCIA
- CD_SUPERINTENDENCIA: - DS_SUPERINTENDENCIA: - NR_TELEFONE: - CD_LATITUDE: - CD_LONGITUDE:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
CIDADE
- CD_CIDADE: - NM_CIDADE: - CD_LATITUDE: - CD_LONGITUDE: - ID_ESTADO:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
POLICIAL
- CD_POLICIAL: - NM_POLICIAL:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
DELEGACIA_REGIONAL
- CD_DELEGACIA: - DS_DELEGACIA: - NR_TELEFONE: - CD_LATITUDE: - CD_LONGITUDE:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
POSTO_RODOVIARIO
- CD_POSTO: - DS_POSTO: - NR_TELEFONE: - CD_LATITUDE: - CD_LONGITUDE:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
TRECHO_JURISDICAO
- CD_TRECHO: - NM_TRECHO:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
ENQUADRAMENTO_FATO
- CD_ENQUADRAMENTO: - DS_ENQUADRAMENTO: - ID_ICONE:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
ENCAMINHAMENTO
- CD_ENCAMINHAMENTO: - DS_ENCAMINHAMENTO:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
OCORRENCIA
- CD_OCORRENCIA: - DS_NARRATIVA: - DT_OCORRENCIA: - HR_OCORRENCIA: - NR_OCORRENCIA_BRBRASIL: - ID_TIPO_OCORRENCIA:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
GRADUACAO
- CD_GRADUACAO: - NM_GRADUACAO:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
IDONEIDADE
- CD_IDONEIDADE: - DS_IDONEIDADE:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
SEGMENTO_RODOVIA
- CD_RODOVIA: - NM_RODOVIA: - KM_RODOVIA: - CD_LATITUDE: - CD_LONGITUDE:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
PONTO_REFERENCIA
- CD_PONTO_REFERENCIA: - NM_PONTO_REFERENCIA: - CD_LATITUDE: - CD_LONGITUDE:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
TIPO_ENCAMINHAMENTO
- CD_TIPO_ENCAMINHAMENTO: - DS_TIPO_ENCAMINHAMENTO:
+ Inserir() : void+ Alterar() : void+ Excluir() : void+ Consultar() : void+ Salvar() : void
ARMA_FOGO
- CD_ARMA: - DS_ARMA: - QT_ARMA: - NR_CALIBRE:
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PESSOA
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