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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS E SAÚDE ANA PAULA WEBER AVALIAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS Dissertação de Mestrado Joaçaba 2017

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS E SAÚDE

ANA PAULA WEBER

AVALIAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS

Dissertação de Mestrado

Joaçaba

2017

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Ana Paula Weber

AVALIAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Biociências e Saúde - PPGBS, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Biociências e Saúde, da Universidade do Oeste de Santa Catarina.

Orientadora: Dra. Vilma Beltrame

Joaçaba

2017

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W373a Weber, Ana Paula

Avaliação da independência funcional de idosos. / Ana

Paula Weber. UNOESC, 2017.

91 f.; 30 cm.

Orientadora: Profª. Dra. Vilma Beltrame

Dissertação (Mestrado) – Universidade do Oeste de

Santa Catarina. Programa de Mestrado em Biociências e

Saúde, Joaçaba, SC, 2017.

Bibliografia: f. 56 – 66.

1. Idosos. 2. Envelhecimento. 3. Doenças crônicas. I.Título

CDD- 305.26

Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Alvarito Baratieri – CRB-14º/273

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ANA PAULA WEBER

AVALIAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS

Esta dissertação foi julgada e aprovada como requisito parcial para a obtenção do

grau de Mestre em Biociências e Saúde no Programa de Mestrado em Biociências e

Saúde da Universidade do Oeste de Santa Catarina

Joaçaba, ____ de ____________ de 2017.

________________________________ Prof. Dr. Jovani Steffani

Coordenador do Programa

BANCA EXAMINADORA

____________________________ _________________________ Prof.ª Dr.ª Vilma Beltrame Prof.ª Dr.ª Fátima Ferréti

Orientadora UNOCHAPECÓ Examinador Externo

___________________________ __________________________ Prof.ª Dr.ª Sirlei Favero Cetolin Prof.ª Dr.ª Carina Rossoni UNOESC UNOESC Examinador Interno Examinador Interno

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus por abençoar e iluminar o meu caminho.

Aos meus pais, meus maiores exemplos de honestidade, humildade e persistência.

E por sempre me incentivarem a seguir os meus sonhos e não desistir diante das

dificuldades.

Aos meus irmãos Rafael e Joel por me apoiarem e me incentivarem nessa jornada.

A minha orientadora Dra. Vilma Beltrame pela maestria que conduziu este trabalho

com seus ensinamentos valiosos e pela sua paciência perante minhas dificuldades.

Ao meu primo Lucas Steinmetz por toda ajuda com a parte estatística.

As minhas colegas de estrada Paula Cristina Tasca e Leidimar Meneghini por todos

os momentos que passamos juntas que com certeza contribuíram para essa jornada

ser mais fácil e mais divertida.

Aos meus amigos por todo o companheirismo e por compreenderem as minhas

constantes ausências.

Aos meus colegas do Mestrado pelo companheirismo e pelas amizades que

construímos durante essa caminhada.

Aos professores do Mestrado por todos os ensinamentos e por me instigarem a ser

uma pesquisadora.

A Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC pela oportunidade de fazer

e concluir mais uma etapa na minha jornada acadêmica e profissional.

Aos profissionais da Secretaria de Saúde do município de Santa Helena – SC pelo

apoio para a realização dessa pesquisa.

Aos idosos e seus familiares por me receberem em suas residências e contribuírem

com a pesquisa através de suas participações.

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte dessa jornada.

A todos vocês minha eterna gratidão. Muito obrigada.

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Envelhecer é uma dádiva que deve ser

encarada não como uma perda de

habilidades, mas como uma oportunidade

para transmitir os conhecimentos adquiridos

ao longo da vida. (Autor Desconhecido).

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RESUMO

Introdução: O envelhecimento humano é acompanhado de importantes alterações funcionais, porém essas alterações podem variar de um indivíduo para o outro conforme as características pessoais, culturais e sociodemográficas de cada um. Com isso, observa-se a importância de estudos com o intuito de mensurar a independência funcional dos idosos como também mapear as condições de saúde dessa população. Objetivo: Avaliar o grau de independência funcional de idosos na realização das tarefas diárias por meio do instrumento de avaliação de Medida de Independência Funcional (MIF). Método: Estudo epidemiológico realizado nas residências de 141 idosos do município de Santa Helena –SC no período de junho a agosto de 2016. Primeiramente foi feito o preenchimento da Ficha de Identificação com os dados pessoais e características sociodemográficas, histórico de fraturas e listados as morbidades auto relatadas, em seguida os idosos foram questionados como executam as 13 tarefas motoras avaliadas pela escala de Medida de Independência Funcional – MIF. Os dados foram analisados com o programa IBM SPSS. Para a comparação de variáveis foi usado o teste do Qui quadrado e as variáveis foram expressadas por seus valores médios ± desvio padrão e o nível de significância utilizado foi de 5% (p<0,05). Resultados: Na avaliação com a MIF constatou-se que os idosos avaliados apresentam maior limitação nas tarefas da sub escala Transferências, na tarefa Banho, demostrando maior comprometimento nas tarefas da sub escala Locomoção, principalmente na tarefa escada. Averiguou-se que dos participantes 91,5% são independentes e que fatores como idade, trabalho, fraturas e doenças crônicas e degenerativas, apresentam diferença significativa, para a independência funcional dos avaliados. Conclusão: Conclui-se que os idosos estudados estão mantendo a sua independência funcional cada um com a sua limitação, porém algumas características pessoais e individuais, como a idade e histórico de fraturas e presença de doenças interferem na execução das atividades com eficácia, comprometendo a independência funcional dos idosos.

Palavras-Chave: Idosos; Envelhecimento; Doenças crônicas; Atividades Diárias.

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ABSTRACT

Introduction: Human aging is followed by important function alterations,

however these alterations may vary depending on personal, cultural or sociodemographic characteristics from each person. Thereby we can notice the importance of having studies with the aim of measuring the functional independency of elderly as well as mapping the population’s health condition. Objective: Assessing the elderly’s functional independency level relating to daily activities development by using the Functional Independency Measure (FIM) technique. Method: Epidemiological study made in the homes of 141 elderly in the county of Santa Helena – SC from June to August/2016. Firstly the filling of identification card was made containing personal data, sociodemographic characteristics, bone fracture historical and having the self reported morbidity listed, soon after the elderly were questioned how they execute the 13 motor tasks assessed by the Functional Independency Measure (FIM) rate. The damages were analyzed by using the “IBM SPSS” program. In order to compare variables the Qui-square test was used and the variables were expressed by their average values ± standard deviation and the significance level used was 5% (p<0,05). Outcome: In the assessment with FIM, it was found that the elderly assessed had a greater limitation on the tasks of the sub-scale transfers, in the bath task, demonstrating greater commitment in the tasks of the sub-scale Locomotion, especially in the ladder task. It was found that out of the participants 91.5% are independent and that factors such as age, work, fractures and chronic and degenerative diseases, present a significant difference, for the functional independency of the evaluated ones. Conclusion: We can conclude that the evaluated elderly are maintaining their functional independence each with its limitation, however some personal and individual characteristics such as age, history of bone fractures and presence of diseases interfere in the execution of activities with effectiveness, compromising the elderly’s functional independency. Key-words: Elderly; Aging; Chronic Diseases; Daily Activities.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Perfil e Características sociodemográficas dos idosos do município de

Santa Helena-SC, em 2016 ...................................................................................... 26

Tabela 2 – Relação das morbidades auto-referidas pelos idosos do município de

Santa Helena-SC, em 2016 ...................................................................................... 28

Tabela 3 – Histórico de fraturas dos idosos do município de Santa Helena-SC, em

2016 .......................................................................................................................... 30

Tabela 4 – Níveis de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub

escala de Autocuidado dos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016 ... 31

Tabela 5 – Níveis de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub

escala de Controle de Esfíncteres dos idosos do município de Santa Helena-SC, em

2016 .......................................................................................................................... 32

Tabela 6 – Nível de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub

escala de Transferências dos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016..34

Tabela 7 – Nível de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub

escala de Locomoção dos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016 ..... 35

Tabela 8 – MIF Motora de Dependência/Independência Funcional dos idosos do

município de Santa Helena-SC, em 2016 ................................................................ 36

Tabela 9 – Correlação entre as variáveis MIF Motora com o perfil e características

sociodemográficas dos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016 .......... 37

Tabela 10 – Correlação entre as variáveis MIF Motora e Fraturas dos idosos do

município de Santa Helena-SC, em 2016 ................................................................ 38

Tabela 11 – Correlação entre as variáveis MIF Motora e Morbidades dos idosos do

município de Santa Helena-SC, em 2016 ................................................................ 39

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 10

1.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ..................................................... 11

1.2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ........................................................ 12

1.3 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS – DCNT ......................... 13

1.4 CAPACIDADE E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL .................................... 14

1.4.1. Medida de Independência Funcional ................................................... 16

1.5 INTERDISCIPLINARIDADE ........................................................................ 16

1.5.1 Equipe Interdisciplinar e Papel do Fisioterapeuta .............................. 18

2 OBJETIVOS................................................................................................... 20

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................... 21

3.1 TIPO DE PESQUISA ................................................................................... 21

3.2 POPULAÇÃO .............................................................................................. 21

3.3 AMOSTRA ................................................................................................... 21

3.3.1 Critérios de Inclusão .............................................................................. 22

3.3.2 Critérios de Exclusão ............................................................................. 22

3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................. 22

3.5 COLETA DE DADOS ................................................................................... 23

3.6 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................... 24

3.7 ASPECTOS ÉTICOS ................................................................................... 24

3.8 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA .................................. 24

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4 RESULTADOS ............................................................................................... 26

4.1 PERFIL E CARACTERISTICAS DOS IDOSOS AVALIADOS ..................... 26

4.2 NÍVEIS DE DEPENDÊNCIA E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE

ACORDO COM A MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – MIF ........... 30

5 DISCUSSÃO .................................................................................................. 41

6 CONCLUSÃO ................................................................................................. 52

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A RESPEITO DA INTERDISCIPLINARIDADE. 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................... 56

APÊNDICE ........................................................................................................

ANEXOS ............................................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

A presente Dissertação está vinculada a linha de pesquisa Promoção e

Gestão em Saúde e tem a finalidade de expor um estudo realizado para a obtenção

do título de mestre em Biociências e Saúde pela Universidade do Oeste de Santa

Catarina (Unoesc). O tema escolhido para o estudo é sobre o envelhecimento

humano e as alterações corporais podem comprometer a independência funcional

dos idosos.

O número de idosos está crescendo de forma expressiva, como resultado da

queda da natalidade e da mortalidade (PEREIRA; NOGUEIRA; SILVA, 2015). No

ano de 2015 o Brasil contava com mais de 13 milhões de mulheres idosas e mais de

10 milhões de homens idosos, totalizando mais de 23,9 milhões de pessoas acima

de 60 anos (BRASIL, 2015). Entretanto o crescimento populacional não está

ocorrendo somente no Brasil e sim em nível mundial. Estima-se que até o ano 2050

o número de idosos chegará a dois bilhões, representando 20% da população

mundial (ONU, 2014).

A conquista da maior longevidade é acompanhada por importantes alterações

físicas e funcionais que são típicas do envelhecimento humano, porém essas

alterações podem variar de um indivíduo para outro, conforme as características

individuais de cada um (LOPES; SANTOS, 2015). Além das características

individuais, o processo do envelhecimento também sofre influência das

características culturais e sociodemográficas, podendo desta forma, interferir na

funcionalidade de cada pessoa de maneira específica e individual (FREITAS et al.,

2012).

O envelhecimento vem acompanhado de várias alterações e limitações, e de

acordo com Veras (2012) os maiores desafios relacionados ao envelhecimento será

prevenir e retardar doenças, como também, manter a independência e autonomia da

população. Desta forma, é indispensável políticas sociais e de saúde voltadas a

promoção e a manutenção da capacidade funcional dos idosos. A manutenção da

capacidade funcional depende de vários fatores e componentes corporais, como a

qualidade dos músculos, ossos, tendões, ligamentos e articulações e qualquer

deficiência em alguns desses tecidos pode resultar na diminuição da mobilidade,

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provocando a dependência física (MCGREGOR; CAMERON-SMITH; POPPITT,

2014).

A avaliação da capacidade funcional de idosos é importante para a

compreensão das consequências geradas pelas alterações que ocorrem no

processo do envelhecimento. Sendo também importantes estudos com o intuito de,

não somente mensurar a independência funcional, como também mapear as

condições de saúde e a realidade desta população no Brasil. Através das avaliações

e mapeamento é possível formar uma base completa e criar um planejamento de

ações para prevenir complicações de saúde e proporcionar adequado

acompanhamento das pessoas idosas (FREITAS et al., 2012; SANTOS et al., 2013).

Diante do exposto, o presente estudo visa avaliar o grau de independência

funcional de idosos, considerando as habilidades e as dificuldades na execução das

atividades, como também identificar quais são os fatores que influenciam e que

comprometem o desempenho nas atividades de vida diária (AVD).

1.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

A população está envelhecendo e no Brasil, em cerca de 50 anos, o número

de idosos subiu de 3 milhões para 20 milhões, totalizando um aumento de

aproximadamente 700% (VERAS, 2009). De acordo com o Ministério da Saúde o

envelhecimento populacional que vem acontecendo há anos é o resultado de

algumas mudanças nos indicadores de saúde, como a queda da fecundidade e da

mortalidade e consequentemente do aumento da expectativa de vida (BRASIL,

2006). Para Freitas e Py (2016) o envelhecimento populacional é resultado da

manutenção de taxas de crescimento da população idosa que vem ocorrendo por

um período de tempo razoavelmente longo.

O aumento do número de idosos é consequência da maior expectativa de

vida da população, onde teve um acréscimo de 3,1 anos em uma década, passando

de 70 anos para 73,1 anos em 2010 (LOURENÇO, 2011) e isso pode ser revertido

com o aumento da fecundidade (FREITAS; PY, 2016). O aumento da expectativa de

vida apresenta dois lados, um atinge as mudanças culturais e a melhora das

condições de vida, por outro lado, a pessoa mais velha pode ser acometida por

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doenças crônicas e degenerativas que podem prejudicar a sua autonomia, tornando-

se dependente de cuidados oferecidos por outra pessoa (KÜCHEMANN, 2012).

Embora o envelhecimento da população ser um fenômeno mundial, segundo

Baldoni e Perreira (2011), em todos os países esse processo não ocorre de forma

igualitária, onde o tempo de envelhecimento depende do contexto histórico,

socioeconômico e político de cada país. Para Berlezi et al. (2016) os fatores que

contribuem para o envelhecimento da população brasileira são distintos de outras

nações, devido a heterogeneidade social, econômica, cultural e ambiental,

características próprias do Brasil. Assim o envelhecimento populacional deve ser

amparado por uma política de saúde com ênfase na promoção da saúde e a

prevenção de doenças e não somente em ações curativas, que é a realidade

encontrada no envelhecimento populacional brasileiro (BERLEZI et al., 2016).

1.2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Alguns conceitos tentam explicar o processo de envelhecimento. O conceito

biológico relaciona o envelhecimento com alterações moleculares, teciduais e

orgânicos de cada indivíduo. Já o conceito psíquico relaciona com as dimensões

cognitivas e psicoafetivas que acabam interferindo na personalidade e afeto do idoso

(FACHINE; TROMPIERI, 2012).

Segundo Fachine e Trompieri (2012) o envelhecimento é visto de diversas

maneiras, onde alguns caracterizam como um processo que interfere na capacidade

da vida diária, outros o caracterizam como uma fase de crescente vulnerabilidade e

com maior dependência de familiares e ainda há pessoas que encaram a velhice

como o ponto mais alto de sabedoria, bom senso e serenidade.

Conforme Rabelo e Neri (2016) para os idosos e seus familiares, os principais

desafios enfrentados estão relacionados com o declínio fisiológico que ocorre

durante o processo de envelhecimento, como também relacionados com as

limitações e riscos que afetam a saúde dessa população. Além disso, enfrentam

também o isolamento e relativo afastamento dos idosos da vida social e das

alterações entre as relações com as demais pessoas, seja do convívio familiar como

social (RABELO; NERI, 2016).

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Para Freitas e Py (2016) os idosos apresentam vulnerabilidades físicas,

cognitivas e mentais, pois durante o processo de envelhecimento ocorre o

agravamento de doenças crônicas e degenerativas, inversão de papéis parentais,

proximidade da morte, entre outras alterações funcionais e sociais, porém, o

envelhecimento é um processo natural que todos os seres vivos passarão se

viverem para tal (FIGLIOLINO et al., 2009)

Entretanto envelhecimento não é sinônimo de doença e Lai, Chan e Chin

(2014) consideram o idoso saudável aquele que não apresenta doenças limitantes e

que permanece independente nas suas atividades diárias. Já para Veras, Caldas,

Cordeiro (2013) para um idoso ser considerado saudável, o mesmo deve manter a

sua autodeterminação necessitando ou não de ajuda no seu cotidiano, mesmo

apresentando uma ou mais doenças crônicas. O que se espera é que a velhice

saudável possa ser desfrutada pela maioria da população idosa, permitindo que os

mesmos tenham uma vida plena, com saúde, segurança e participação social,

econômica, cultural e política. (PAPALÉO NETTO; KITADAI, 2015).

1.3 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS - DCNT

Como consequência do aumento de idosos no mundo, está ocorrendo

aumento do número de doenças crônicas e degenerativas, nas quais comprometem

as habilidades físicas e afetam a qualidade de vida dos idosos e de seus cuidadores

(TALMELLI et al., 2015). As doenças crônicas estão relacionadas com múltiplas

causas, com longa ou incerta duração. Podem também apresentar períodos de

agravo, e como consequência, gerar incapacidades (BRASIL, 2012).

As DCNT formam o maior problema de saúde em nosso país, podendo atingir

qualquer indivíduo, afetando principalmente pessoas mais vulneráveis como idosos

e pessoas de baixa escolaridade e renda (MALTA et al., 2011). De acordo com

Ministério da Saúde as doenças crônicas correspondem a 72% das causas de

mortes e comprometem a qualidade de vida, que tende a diminuir conforme o

agravamento da doença (BRASIL, 2012).

Analisando a incidência de problemas crônicos e agudos através de uma

análise do perfil da saúde dos idosos, verifica-se o predomínio das doenças crônicas

e de suas complicações, que geram uma maior procura dos serviços de saúde,

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enquanto os problemas agudos geralmente são resolvidos rapidamente, seja através

da cura ou do óbito (SILVA et al., 2013). E no Brasil, durante o envelhecimento, a

possibilidade do indivíduo apresentar alguma doença crônica aumenta ainda mais

pela falta de programas voltados a promoção da saúde e prevenção de doenças

(PINTO et al., 2009).

De acordo com o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das

DCNT é necessário incentivar os idosos a adquirirem hábitos saudáveis como a

prática de atividades físicas regulares e alimentação adequada, bem como implantar

programas e ações que visam a promoção da saúde, prevenção e atenção integral

com profissionais capacitados para o atendimento, acolhimento e cuidado com as

pessoas idosas e pessoas com doenças crônicas (BRASIL, 2011). As diversas

alterações físicas e doenças crônicas afetam significativamente na qualidade de vida

do idoso, comprometendo a execução das suas atividades de vida diárias, uma vez

que são consideradas essenciais para a autopreservação e sobrevivência do

indivíduo (MORAES, 2012).

1.4 CAPACIDADE E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL

Para Gratão et al. (2013, p 138) dependência funcional pode ser definida

como “a incapacidade de manter as habilidades físicas e mentais necessárias a uma

vida independente e autônoma”. Papaléo Netto e Kitadai (2015, p. 128) definem a

capacidade funcional como “a habilidade do individuo em desempenhar de forma

independente suas atividades cotidianas, as quais são esessencias para a

manutenção do seu bem-estar, sendo a independência um dos pricipais

determinates para a qualidade de vida do idoso“. Já Berlezi et al. (2016) trás o

conceito de capacidade funcional como sendo a capacidade do indivíduo manter as

funções físicas e mentais que são necessárias para manter a sua autonomia e

independência. E segundo o autor a capacidade funcional está entre os principais

estudos na gerontologia, devido ao fato de seu declínio gerar sofrimento pessoal e

familiar como consequência da dependência e pelo aumento da procura de serviços

médicos e sociais.

A capacidade funcional é fundamental na saúde do idoso sendo necessário

fazer parte da avaliação da saúde dessa população, principalmente em indivíduos

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com doenças incapacitantes, uma vez que as limitações físicas têm forte impacto em

suas vidas, sendo importante identificar e compreender os fatores que afetam a

mobilidade e que geram como consequência a incapacidade funcional dos mesmos

(TALMELLI et al., 2015; THORPE JÚNIOR et al., 2011). Alguns estudos

demonstram que o grau de dependência para o desempenho na execução das

atividades de vida diárias (AVD’s) tem a tendência de aumentar aproximadamente

5% nos indivíduos na faixa etária de 60 anos e cerca de 50% entre os idosos com 90

anos ou mais (BRASIL, 2006).

Em um estudo realizado por Keeler et al. (2010) foi verificado que homens e

mulheres sem limitações físicas possuem uma maior espectativa de vida, onde

apresentam cinco anos a mais do que os individuos que possuem limitações para

realizar as AVD e cerca de um ano à mais do que aqueles que tem somente

dificuldades na mobilidade.

Sendo assim considera-se imprescindível o bem-estar funcional dos idosos

que ocorre através da manutenção da qualidade de vida que está diretamente ligada

à autonomia e a independência funcional. Por isso, evidencia-se a necessidade de

adequadas avaliações do grau de autonomia e independência, pois desta forma é

possível quantificar a saúde do idoso. (PAPALÉO NETTO; KITADAI, 2015). Com

isso observa-se a importância da avaliação da capacidade funcional para verificar a

saúde dos idosos, pois a capacidade de realizar as atividades de vida diária (AVD) é

considerado o principal e mais importante indicador de funcionalidade em idosos,

consequentemente necessário para mensurar o nível de dependência dos mesmos

(LOPES; SANTOS, 2015).

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa preconiza a avaliação

funcional dos idosos como uma forma objetiva de avaliar se o idoso é ou não capaz

de desempenhar as atividades e cuidar de si mesmo, e caso não seja capaz,

quantifica a ajuda que necessita, em seu maior ou menor grau. Desta forma, à

avaliação funcional possibilitará determinar se o idoso precisa de ajuda e quais os

tipos de cuidados necessários, tornando-se essencial para ofertar uma assistência

adequada durante o processo de envelhecimento (BRASIL, 2006).

Através da avaliação funcional é possível formar um banco de dados

padronizado para ser usado em pesquisas como também para proporcionar

comunicação interdisciplinar entre os profissionais de saúde (GRANGER et al.,

1986). No Caderno de Atenção Básica sobre Envelhecimento e Saúde da Pessoa

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Idosa o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) recomenda métodos de avaliação

funcional para os idosos e entre eles a Medida de Independência Funcional – MIF,

que será usada nesse estudo.

1.4.1 Medida de Independência Funcional

Diante da importância da avaliação do grau de dependência física precoce,

vários testes e escalas foram criadas. O instrumento de Medida de Independência

Funcional (MIF) foi criado por professores universitários norte americanos nos anos

80 com o intuito de mensurar as consequências e a gravidade da deficiência

(GRANGER et al., 1986). Para seus criadores, avaliar a capacidade que o indivíduo

apresenta para executar suas tarefas diárias, contribui para o profissional de saúde

concentrar-se não somente na doença, mas também em suas consequências,

podendo desta forma, eleger tratamentos adequados conforme o seu desempenho

funcional apresentado durante a avaliação (GRANGER et al., 1986).

A MIF foi traduzida e adaptada no Brasil no ano de 2000 e tem por objetivo

avaliar e quantificar o quanto uma pessoa com alguma limitação necessita de ajuda

de terceiros para realizar uma série de tarefas motoras e cognitivas de vida diária

(RIBERTO et al., 2004). Na avaliação é observado a maneira e o desempenho que a

pessoa apresenta para realizar um conjunto de 18 tarefas motoras e cognitivas,

divididas em 13 atividades motoras e 5 atividades cognitivas. De acordo com o seu

tradutor e adaptador brasileiro Riberto et al. (2001), a aplicação da MIF se faz

através de uma entrevista e não de uma auto-aplicação. Cada atividade é avaliada e

conforme o desempenho apresentado durante a execução das tarefas recebe uma

pontuação que pode variar entre 1 (dependência total) a 7 (independência total), ou

seja, a pontuação ficará entre 18 a 126 pontos (RIBERTO et al., 2004).

Segundo Riberto et al. (2004), a MIF como instrumento de avaliação funcional

tem a capacidade de pontuar e classificar as pessoas com incapacidade de forma

adequada, identificando o grau de dependência de ajuda de terceiros, tornando-se

única na sua forma de avaliação.

1.5 INTERDISCIPLINARIDADE

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17

As informações coletadas através de uma adequada avaliação dos idosos,

podem contribuir para a criação de ações e estratégias, como também para um

melhor atendimento, de uma equipe interdisciplinar, com o intuito de proporcionar

um envelhecimento saudável a esses idosos, para tanto torna-se imprescindível

entender o que é interdisciplinaridade e como pode-se efetivá-la.

A interdisciplinaridade teve origem na metade do século XX e foi

caracterizada pelo surgimento de subdisciplinas conceituais e especializadas em

novos objetos, apresentando novos métodos de investigação e novas perspectivas

teóricas (LUZ, 2009). Para Petri (2006) a interdisciplinaridade é um processo de

pensamentos e ações que estão voltados para o conhecimento e para a pesquisa,

sendo efetivada através dos encontros, do diálogo e da troca simultânea de

conhecimento e das experiências entre os indivíduos.

Segundo Dias et al. (2016) as universidades brasileiras ainda mantêm um

padrão de ensino uniprofissional e tradicional, não dando muita enfâse na

interdisciplinaridade. Afirma ainda que as universidades brasileiras devem reformular

as grades currriculares dos cursos do ensino superior para desta forma ensinar e

estimular os futuros profissionais a trabalharem em equipe com profissionais com

conhecimento distintos e de diversas áreas.

O trabalho de uma equipe interdisciplinar implica em relacionamentos

voltados à hierarquia institucional, à gestão, à divisão e à organização do trabalho,

como também a relação estabelecida entre os trabalhadores e com os usuários

(MATOS; PIRES DE PIRES; SOUSA CAMPOS, 2009). Afirmam que em uma

equipe, o trabalho individualista, onde cada profissional realiza o seu trabalho sem

uma relação com os demais profissionais de outras áreas, é o principal fator que

compromete a qualidade do trabalho em saúde, tanto para os profissionais como

para os usuários.

Para poder proporcionar a adequada assistência aos idosos, os profissionais

de saúde necessitam libertar-se do padrão de cuidado isolado, paternalista e

autoritário e, desta forma, adotar um método de trabalho em equipe interdisciplinar,

enxergando o idoso como um todo, considerando as suas características pessoais e

sociais (MARIN et al., 2010). Entretanto o trabalho interdisciplinar não é fácil, onde

enfrenta-se desafios com os encontros e desencontros da equipe, dificultando o

adequado trabalho interdisciplinar na saúde coletiva (SANTOS; KILLINGER, 2011).

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18

A assistência ao idoso deve envolver ações de uma equipe interdisciplinar

com atenção integral, prestando assistência não somente ao idoso como também a

sua familiar e/ou cuidador. Os profissionais integrantes dessa equipe devem estar

voltados para as necessidades do idoso de forma humanizada, considerando

sempre as alterações que podem vir em consequência do envelhecimento humano,

não focando somente nas morbidades já apresentadas por eles e, com isso,

proporcionar um melhor e mais favorável atendimento para os idosos. Segundo Silva

e Mura (2007) esses profissionais devem ter percepção do seu papel nessa equipe,

para desta forma contribuir em propostas e ações, com uma mesma linguagem, para

o alcance de objetivos comuns e resultados significativos.

1.5.1 Equipe Interdisciplinar e Papel do Fisioterapeuta

Como já mencionado, a expectativa de vida aumentou gradativamente nos

últimos anos, entretanto para Vicente e Santos (2013) é necessário que esse

aumento da expectativa de vida seja acompanhado de melhorias das condições,

para que desta forma os idosos possam desfrutar de uma velhice ativa e saudável

por um maior período. Porém um dos desafios enfrentados no Sistema Único de

Saúde (SUS) é a falta de profissionais de saúde competentes e preparados para

lidar com situações reais, postas pelos serviços de saúde (LUCCHESE; VERA;

PEREIRA, 2010).

Visando atender a necessidade da população brasileira foi criado a Estratégia

de Saúde da Família (ESF). Com essa proposta aumentou-se a cobertura

assistencial, possibilitando as equipes identificarem as necessidades gerais da

população. No entanto, percebeu-se a necessidade da inserção de outros

profissionais, além dos que constituem a equipe mínima (FORMIGA; RIBEIRO,

2012) e com isso criaram o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (Nasf). E um dos

profissionais que está sendo inseridos no Nasf é o profissional fisioterapeuta. De

acordo com Formiga e Ribeiro (2012) a inserção do fisioterapeuta na Atenção

Básica está ainda em processo de construção, considerando que as universidades

começaram a formar e preparar os profissionais para atuarem na saúde pública.

O profissional fisioterapeuta pode contribuir na assistência a população geral,

através da atuação de práticas voltadas para a reabilitação, recuperação, promoção,

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19

prevenção e manutenção da saúde, centrando a integralidade da atenção e

assistência que é proposta pela ESF, seguindo desta forma os princípios do modelo

atual de saúde, no entanto a inclusão do fisioterapeuta na saúde pública ainda é

limitada em algumas regiões do Brasil (BORGES et al., 2010).

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20

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o grau de independência funcional na realização das tarefas diárias de

idosos do município de Santa Helena – SC por meio do instrumento de avaliação de

Medida de Independência Funcional (MIF).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar as habilidades funcionais de idosos do município de Santa Helena –

SC segundo a MIF.

Identificar as dificuldades apresentadas pelos idosos para a realização das

suas atividades de vida diárias.

Relacionar as características pessoais, sociodemográficas, fraturas e as

morbidades encontradas com os níveis de dependência e independência

funcional.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 TIPO DE PESQUISA

Trata-se de um estudo epidemiológico. Estudos epidemiológicos tem o intuito

de identificar fatores de risco e os efeitos da exposição a esses fatores na saúde das

pessoas expostas. Esse tipo de estudo é o mais adequado para ter conhecimento da

realidade da saúde de uma determinada população e para o planejamento de ações

de prevenção (MARTINS et al., 2014).

3.2 POPULAÇÃO

A população de Santa Helena do Estado de Santa Catarina é composta de

2.351 pessoas, apresentando 221 idosos com idade ≥ 65 anos (9,42%), sendo 113

(51,13%) mulheres idosas e 108 (48,87%) homens idosos (IBGE, 2012). Tendo uma

população de 221 idosos e, considerando um erro de 5%, com intervalo de

confiança de 95% e uma distribuição de resposta de 50% foi necessário uma

amostra de 141 idosos para este estudo (SANTOS, 2015).

3.3 AMOSTRA

Inicialmente foi obtido uma lista dos idosos cadastrados na Unidade de ESF

após, foi verificado as idades dos mesmos, sendo eliminados os idosos com menos

de 65 anos. Foi optado por realizar a pesquisa somente com idade ≥ 65 anos para

comparar os resultados com estudos internacionais. Com os idosos selecionados, os

nomes dos mesmos foram transcritos no programa Excel 2013, onde foi realizado

um sorteio aleatório para compor a amostra do estudo, respeitando os critérios de

inclusão e exclusão. Foram sorteados aleatoriamente 141 idosos. Os idosos que

apresentaram 1 ou mais critérios de exclusão foram excluídos do estudo. Durante a

pesquisa 3 idosos faleceram, 4 idosos não estavam presentes em suas residências

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em duas visitas e 1 idoso se recusou a participar da pesquisa, sendo então,

realizados outros sorteios para compor a amostra total.

3.3.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Pessoas acima de 65 anos;

Residentes no município de Santa Helena -SC.

3.3.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Idosos que não estejam presente na sua residência em duas tentativas

para a coleta de dados.

Idosos que não aceitarem participar do estudo.

3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

A fim de contemplar os objetivos propostos, foram utilizados os seguintes

instrumentos para a coleta de dados:

Ficha de Identificação (Apêndice A): Esta ficha de identificação que foi

formulada pela pesquisadora, conta com perguntas abertas e fechadas, onde foram

questionados os hábitos de vida, histórico de fraturas, presença de morbidades,

como também, as características sociodemográficas dos idosos. Foi considerado

como trabalho, tanto o trabalho remunerado como também os trabalhos/atividades

laborais. Para definir o estado nutricional, os idosos foram dispostos, de acordo com

a classificação para idosos preconizada pela World Health Organization (1995), em

Magreza (<22), Eutrofia (22-27) e Excesso de Peso (>27). O intuito da ficha de

identificação é investigar se o idoso apresenta alguma doença e/ou dor que cause

limitação de movimento para relacionar os problemas apresentados com as

habilidades e inabilidades funcionais.

Escala de Medida de Independência Funcional- MIF (Anexo A): A MIF é um

instrumento que tem por objetivo avaliar a independência funcional verificando o

desempenho da pessoa idosa para a realização das suas atividades de vida diária.

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A MIF pode ser utilizada em duas partes separadas (motor e cognitivo). Somente foi

utilizada a parte da MIF motora, onde foi questionado de que forma é realizado um

conjunto de 13 tarefas, referentes às sub escalas de autocuidado, transferências,

locomoção e controle de esfíncteres. O resultado classifica o idoso em 7 níveis

(BRASIL, 2006; RIBERTO, 2013):

INDEPENDÊNCIA:

Nível 7 = Independência completa (todas as tarefas realizadas em segurança,

sem ajuda técnica e em tempo normal);

Nível 6 = Independência modificada (tarefas executadas com ajuda ou órteses

e com um pouco mais de tempo);

DEPENDÊNCIA MODERADA (COM AJUDA):

Nível 5 = Supervisão ou preparação (tarefas executadas através de

encorajamento ou ajuda com preparação de objetos ou órteses);

Nível 4 = Assistência Mínima (pessoa 75%; tarefas executadas com maior

parte do esforço, mas com ajuda tátil);

Nível 3 = Assistência Moderada (pessoa 50%; tarefas executadas com

metade do esforço e com mais ajuda);

DEPENDÊNCIA COMPLETA:

Nível 2 = Assistência Máxima (pessoa 25%; tarefas executas com menos

esforço e com mais ajuda, mas auxilia para a realização da tarefa);

Nível 1 = Assistência Total (pessoa 0%; tarefas executadas sem esforço,

necessitando de ajuda total).

3.5 COLETA DE DADOS

A pesquisa foi realizada no município de Santa Helena-SC e os dados foram

coletados pela pesquisadora por meio da aplicação do instrumento de pesquisa nas

residências dos idosos, depois de agendamento por contato telefônico, no período

de junho a agosto de 2016.

Na residência do idoso primeiramente foram apresentados os objetivos, riscos

e benefícios do estudo. A aplicação do instrumento da pesquisa foi feita somente

após a aceitação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Apêndice B) e do preenchimento da Ficha de Identificação (Apêndice A).

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Em seguida, o idoso ou seu cuidador (quando o idoso não conseguiu

responder) foram questionados como executam as 13 tarefas motoras avaliadas

pela escala de Medida de Independência Funcional – MIF (Anexo A), para verificar

as principais dificuldades e o grau de dependência funcional para a realização de

suas atividades de vida diárias. As 13 tarefas avaliadas são referentes à

alimentação, higiene pessoal, banho, vestir-se acima e abaixo da cintura, uso do

vaso sanitário, controle de urina e das fezes, transferências (leito, cadeira, cadeira

de rodas, vasos, chuveiro, banheira) e locomoção. As perguntas foram feitas para

todos os idosos/cuidadores, somente pela pesquisadora para seguir um parâmetro.

3.6 ANÁLISE DOS DADOS

Após a coleta, os dados foram organizados em banco de dados em Excel

2013 e analisados com o programa IBM SPSS (Statistical Package for the Social

Sciences), sendo apresentados em tabelas e analisados por meio de estatística

descritiva (percentagens).

Para a comparação de variáveis entre os grupos de idosos com e sem

incapacidade funcional foi usado o teste do Qui quadrado. As variáveis foram

expressadas por seus valores médios ± desvio padrão e o nível de significância

utilizado foi de 5% (p<0,05).

Os resultados foram apresentados através de tabelas.

3.7 ASPECTOS ÉTICOS

Inicialmente o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc, seguindo os princípios éticos

da resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado sob

registro CEP n. 1.592.477. O Secretário Municipal de Saúde do município de Santa

Helena-SC assinou uma declaração (Apêndice C) e todos os participantes do estudo

assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice B).

3.8 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA

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Os dados serão divulgados através de produção de artigo e a dissertação

estará disponível na biblioteca da Unoesc.

Como forma de dar continuidade, os dados encontrados serão apresentados

aos gestores municipais e aos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de

Santa Helena-SC, com o intuito de divulgar a realidade dos idosos como também as

dificuldades apresentadas por eles, para assim proporcionar adequada intervenção

e melhor atendimento aos idosos com uma equipe interdisciplinar.

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4. RESULTADOS

4.1 PERFIL E CARACTERÍSTICAS DOS IDOSOS AVALIADOS.

Foram avaliados 141 idosos residentes no município de Santa Helena-SC.

Primeiramente foi feito uma distribuição quanto à idade, sexo e IMC dos idosos,

dados estão expostos na tabela 1. Dos entrevistados 54,6% eram do sexo feminino

e 45,4% do sexo masculino. Os idosos avaliados foram divididos em três grupos

etários de acordo com a idade, sendo que 60,3% dos idosos entrevistados ficaram

no grupo etário 65-75 anos, seguido do grupo etário 76-85 anos com 31,2% e 8,5%

dos idosos tem idade superior a 85 anos. A média de idade foi 74,35 (± 6,806) e as

idades variaram de 65 anos a 93 anos.

Os idosos foram questionados a respeito do seu estado nutricional. Os

mesmos auto-referiram o seu peso e altura e através dos dados relatados foram

realizados os cálculos de IMC (Índice de Massa Corporal). Com isso 13,5% dos

idosos enquadraram-se na Magreza, 44,7% apresentaram IMC considerado

adequado (Eutrofia) e 41,8% estão acima do peso.

Como possível verificar dos idosos avaliados, 49,6% residem na zona rural e

50,4% na zona urbana. Também sendo possível observar que 9,2% moram

sozinhos e 90,8% moram com o (a) companheiro (a) ou com algum outro familiar.

Verificando também que 58,2% relataram que ainda estão trabalhando. Nesse grupo

foram enquadrados também os idosos que realizam os serviços domésticos.

Tabela 1 – Perfil e características sociodemográficas dos idosos do município de Santa Helena – SC, em 2016.

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Variáveis Frequência

(n=141)

Percentual

(100 %)

Grupo Etário:

65 - 75 Anos

76 - 85 anos

Acima de 85 Anos

85

44

12

60,3%

31,2%

8,5%

Sexo:

Masculino

Feminino

64

77

45,4%

54,6%

IMC:

Magreza

Eutrofia

Excesso de Peso

19

63

59

13,5%

44,7%

41,8%

Residência:

Rural

Urbano

70

71

49,6%

50,4%

Mora Sozinho (a):

Sim

Não

13

128

9,2%

90,8%

Continua.

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Conclusão

Variáveis Frequência (n=141)

Percentual

(100 %)

Trabalha:

Sim

Não

82

59

58,2%

41,8%

Total 141 100

Fonte: Dados da pesquisa.

As morbidades auto-referidas pelos idosos avaliados são apresentadas na

tabela 2. Como possível verificar, a morbidade mais referida foi a Hipertensãp

Arterial Sistêmica (72,3%) seguido das doenças reumatológicas e/ou ortopédicas

(45,4%), tendo como principais queixas problemas e/ou dores nos joelhos e na

coluna vertebral e os demais problemas relatados estão relacionados com

osteoporose, fibromialgia, esclerose múltipla, gota e dores em outras áreas do

corpo. Neste grupo não foram considerados os traumas como entorses e luxações

devido os mesmos geralmente serem agudos e por afetar as atividades por um curto

período de tempo, não comprometendo a independência dos mesmos. Depois das

doenças reumatológicas e/ou ortopédicas, as principais morbidades relatadas estão

sucessivamente relacionadas com a Labirintite (29,8%), doenças cardíacas (22,0%),

Diabetes (17%), doenças neurológicas (12,1%) e doenças pulmonares (11,3%),

considerando que os idosos com doenças pulmonares relataram ter DPOC (Doença

Pulmonar Obstrutiva Crônica) e todos eram fumantes.

Tabela 2 – Relação das morbidades auto-referidas pelos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016.

Doenças Frequência (n=141) Percentual (100%)

Hipertensão 102 72,3%

Continua.

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Conclusão.

Doenças Frequência (n=141) Percentual (100%)

Diabetes 24 17,0%

Labirintite 42 29,8%

Parkinson 10 7,1%

Alzheimer 6 4,3%

Doenças Pulmonares 16

11,3%

Doenças Cardíacas 31

22,0%

Doenças Neurológicas 17

12,1%

Doenças

Reumatológicas/Ortopédicas

64

45,4%

Doenças Urológicas/Sistema

Reprodutor

9

6,4%

Doenças Endócrinas

6

4,3%

Doenças

Digestivas/Gástricas

9

6,4%

Doenças Oncológicas

10

7,1%

Doenças e Alterações

Visuais

3

2,1%

Doenças e Alterações

Auditivas

3

2,1%

Doenças Psiquiátricas 5

3,5%

Fonte: Dados da pesquisa Notas: Alguns idosos relataram apresentar mais que uma morbidade. *A mesma morbidade pode estar distribuída em mais que um sistema do corpo humano

Quando questionados se já sofreram alguma fratura, 32,6% idosos relataram

ter tido uma ou mais fraturas, sendo que 57,1% dos idosos relataram fraturas

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ocorridas antes dos 60 anos e 42,9% depois dos 60 anos. O maior número de

fraturas ocorreu no antebraço (10,2%), seguido de fratura na coxa/fêmur (6,8%),

como demonstrado na tabela 3.

Tabela 3 – Histórico de fraturas dos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016.

Fraturas Frequência Percentual

Fratura Antebraço 15 10,2%

Fratura Caixa Torácica 1 0,7%

Fratura Cintura Escapular 4 2,7%

Fratura Coluna Vertebral 1 0,7%

Fratura Coxa 10 6,8%

Fratura Face 1 0,7%

Fratura Crânio 1 0,7%

Fratura Mãos e Dedos 4 2,7%

Fratura Braço 1 0,7%

Fratura Pés e Dedos 4 2,7%

Fratura Perna 8 5,7%

Total 50 35,5%

Fonte: Dados da Pesquisa. Nota: Os idosos podem apresentar o histórico de uma ou mais fraturas.

4.2 NÍVEIS DE DEPENDÊNCIA/INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE ACORDO COM

A MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL - MIF.

Os resultados encontrados nas tarefas referentes a sub escala de

autocuidado estão expostos na tabela 4. Como possível verificar, a tarefa que

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apresentaram mais dificuldade foi no Banho, sendo que dos idosos avaliados 14,9%

foram classificados como dependentes (dependência modificada e dependência

completa) e 85% como independentes. A tarefa que expuseram ter menos

dificuldades foi na Alimentação, onde 95,8% dos idosos não apresentam

dificuldades e 4,2% deles apresentaram algum grau de dependência para a

alimentação.

Devido os idosos apresentarem menor dificuldade para alimentar-se a tarefa

Alimentação apresentou média mais alta de 6,86 (± 0,487) que as demais tarefas da

subescala. Já na tarefa Banho apresentaram maior dificuldade para executar,

consequentemente e com isso, esta atividade ficou com a menor média de 6,40 (±

1,373).

Tabela 4 – Níveis de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub escala de Autocuidado dos idosos do município de Santa Helena, em 2016.

Autocuidado Frequência

(n=141)

Percentual

(100%)

Média ± DP

Alimentação

Nível 4

Nível 5

1 0,7%

6,86 ± 0,487 5 3,5%

Nível 6 7 5,0%

Nível 7 128 90,8%

Higiene

Pessoal

Nível 1 3 2,1%

Nível 2 1 0,7%

Nível 3 1 0,7%

Nível 4 1 0,7% 6,75 ± 1,057

Nível 5 1 0,7%

Nível 6 3 2,1%

Nível 7 131 92,9%

Banho

Nível 1 2 1,4%

Nível 2 3 2,1%

Nível 3 7 5,0%

Nível 4 2 1,4% 6,40 ± 1,373

Nível 5 7 5,0%

Nível 6 10 7,0%

Nível 7 110 78,0%

Continua.

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Conclusão.

Autocuidado Frequência

(n=141)

Percentual

(100%)

Média ± DP

Vestir-se

acima da

cintura

Nível 1 1 0,7%

6,70 ± 1,062 Nível 2 3 2,1%

Nível 3 3 2,1%

Nível 5 1 0,7%

Nível 6 8 5,7%

Nível 7 125 88,6%

Vestir-se

abaixo da

cintura

Nível 1 1 0,7%

Nível 2 3 2,1%

Nível 3 3 2,1%

Nível 4 1 0,7% 6,52 ± 1,119

Vestir-se abaixo da

cintura

Nível 5 4 2,8%

Nível 6 23 16,3%

Nível 7 106 75,2%

Uso vaso

sanitário

Nível 1 4 2,8%

Nível 2 1 0,7%

Nível 4 2 1,4% 6,65 ± 1,153

Nível 5 1 0,7%

Nível 6 13 9,2%

Nível 7 120 85,1%

Total 141 100

Fonte: Dados da pesquisa. Nota: As diferenças entre soma das parcelas e respectivos totais são provenientes do critério de arredondamento.

Já na sub escala Controle de Esfíncteres, as duas tarefas apresentaram

prevalências diferentes entre elas, como possível observar na tabela 5. Na tarefa

controle de fezes 2,8% dos idosos apresentaram alguma dificuldade, e na tarefa

controle de urina 6,3% apresentaram alguma limitação em controlar a urina.

Como já mencionado, o desempenho no controle de urina foi melhor e com

isso apresentou média 6,28 (±1,220) enquanto o controle de fezes a média foi de

6,82 (± 0,875).

Tabela 5 – Níveis de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub escala de Controle de Esfíncteres dos idosos do município de Santa Helena, em 2016.

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Controle de Esfíncteres Frequência

(n=141)

Percentual

(100%)

Média ± DP

Controle de

Fezes

Nível 1 2 1,4%

Nível 2 1 0,7%

Nível 4 1 0,7% 6,82 ± 0,875.

Nível 6 6 4,3%

Nível 7 131 92,9%

Controle de

Urina

Nível 1 4 2,8%

Nível 2 2 1,4%

Nível 3 1 0,7%

Nível 4 1 0,7% 6,28 ± 1,220

Nível 5 1 0,7%

Nível 6 59 41,8%

Nível 7 73 51,8%

Total 141 100

Fonte: Dados da pesquisa. Nota: As diferenças entre soma das parcelas e respectivos totais são provenientes do critério de arredondamento.

As tarefas transferência leito-cadeiras-cadeira de rodas e transferência

chuveiro apresentaram 90,7% dos idosos como independentes e a tarefa

transferência vaso sanitário apresentou 91,4% dos idosos independentes, como

possível visualizar na tabela 6.

A tarefa transferência vaso sanitário apresentou idosos com menor grau de

dependência que as demais transferências, onde 2,1% necessitam de assistência

total para entrar e sair do chuveiro/banheira, 0,7% necessitam de assistência

máxima, 5,7% precisam de supervisão e 11,3% levam um tempo maior ou

necessitam de um instrumento como auxilio para sair do chuveiro/banheira e 80,1%

não necessitam de ajuda. Nas três tarefas de Transferência nenhum idoso foi

classificado em nível 3 ou 4, respectivamente assistência moderada e assistência

mínima.

As tarefas da sub escala Transferências foram às tarefas com menor

distribuição entre os níveis. A tarefa transferência chuveiro foi onde teve a média de

6,55 (±1,222), um pouco menor que a média apresentada nas transferências leito-

cadeira-cadeira de rodas e transferência vaso sanitário, onde apresentaram a

mesma média de 6,61 (±1,040 e ±1.068).

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Tabela 6 – Nível de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub escala de Transferências dos idosos do município de Santa Helena, em 2016.

Fonte: Dados da pesquisa. Nota: As diferenças entre soma das parcelas e respectivos totais são provenientes do critério de arredondamento.

A quarta e última sub escala avaliada foi a Locomoção, e os resultados das

tarefas da mesma estão expostas na tabela 7. A tarefa locomoção apresentou

resultados parecidos com as tarefas da sub escala Transferências, onde na

locomoção 1,4% dos idosos não conseguem locomover-se, então foram

classificados no nível de assistência total, 2,1% conseguem locomover-se numa

distância menor de 17 metros, 5,0% deles necessitam de supervisão para

locomover-se por uma distância de 50 metros ou conseguem locomover-se sozinho

e sem ajuda por mais de 17 metros, 11,3% necessitam de dispositivo auxiliar como

muletas, andador e bengala para locomover-se por uma distância de 50 metros, já

80,1% dos idosos avaliados locomovem-se numa distância maior que 50 metros

sem ajuda e sem dispositivo auxiliar. Como nas tarefas de Transferências, na tarefa

Transferências Frequência

(n=141)

Percentual

(100%)

Média ± DP

Transferência

(leito-cadeira-

cadeira de rodas)

Nível 1 2 1,4%

Nível 2 2 1,4%

Nível 5 9 6,4% 6,61 ± 1,040

Nível 6 15 10,6%

Nível 7 113 80,1%

Transferência

(vaso sanitário) Nível 1 3 2,1%

Nível 2 1 0,7%

Nível 5 8 5,7% 6,61 ± 1.068

Nível 6 16 11,3%

Nível 7 113 80,1%

Transferência

(chuveiro) Nível 1 4 2,8%

Nível 2 2 1,4%

Nível 5 7 5,0% 6,55 ± 1,222

Nível 6 16 11,3%

Nível 7 112 79,4%

Total 141 100

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Locomoção nenhum idoso foi classificado em assistência moderada (nível 3) ou

assistência mínima (nível 4).

A locomoção escadas é a tarefa que mais exige esforço físico dos idosos e foi

onde os avaliados apresentaram maior dificuldade para realiza-la, sendo a única

tarefa onde não teve mais idosos classificados em independência completa que os

demais níveis.

Como possível verificar na tabela 7, na tarefa locomoção escadas 28,4%

dessa população executam a tarefa sem dificuldade e sem necessitar de apoio ou

ajuda (nível 7). Nessa tarefa 4,3% dos idosos declararam que não conseguem subir

ou descer 4 a 6 degraus, 5,0% sobem ou descem os 4 a 6 degraus mais necessitam

de ajuda de duas pessoas, 3,5% não conseguem subir ou descer de 12 a 14

degraus, 2,8% necessitam de ajuda para subir ou descer 12 a 14 degraus, 8,5%

precisam apenas de supervisão para subir os 12 a 14 degraus, o maior número de

idosos classificados (47,5%) encontram-se no nível 6, onde conseguem subir ou

descer 12 a 14 degraus necessitando somente de apoio em corrimão e somente

28,4% conseguem subir ou descer os 12 a 14 degraus sem dificuldade. Todos os

idosos que apresentaram alguma limitação ou que necessitam de apoio para a

tarefa locomoção escadas relataram maior dificuldade em descer os degraus do que

subir os mesmos.

A tarefa locomoção escadas apresentou a média de 5,62 (±1,593), sendo a

média mais baixa encontrada em todas as tarefas e a única tarefa que apresentou

média inferior a 6 comparado com as demais tarefas das quatro sub escalas.

Tabela 7 – Nível de Dependência/Independência Funcional nas tarefas da sub escala de Locomoção dos idosos do município de Santa Helena, em 2016.

Locomoção Frequência

(n=141)

Percentual

(100%)

Média ± DP

Locomoção

Nível 1 2 1,4%

Nível 2 3 2,1%

Nível 5 7 5,0% 6,60 ± 1,095

Nível 6 16 11,3%

Nível 7 113 80,1%

Continua.

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Conclusão.

Locomoção Frequência

(n=141)

Percentual

(100%) Média ± DP

Locomoção

– escadas

Nível 1 6 4,3%

Nível 2 7 5,0%

Nível 3 5 3,5%

Nível 4 4 2,8% 5,62 ± 1,593

Nível 5 12 8,5%

Nível 6 67 47,5%

Nível 7 40 28,4%

Total 141 100

Fonte: Dados da pesquisa. Nota: As diferenças entre soma das parcelas e respectivos totais são provenientes do critério de arredondamento.

Das tarefas avaliadas, os idosos apresentaram respectivamente melhor

desempenho e menor dificuldade no Controle Fezes (97,2% independentes),

Alimentação (95,8%), Higiene Pessoal (95%), Uso do Vaso Sanitário (94,3%), Vestir-

se acima da cintura (94,3%), Controle Urina (93,6%), Vestir-se abaixo da cintura

(91,5%), Locomoção (91,4%), Transferência (vaso sanitário - 91,4%), Transferência

(chuveiro - 90,7%), Transferência (leito-cadeira-cadeira de rodas - 90,7%), Banho

(85%) e declararam maior limitação na tarefa Escadas (75,9%).

Com a soma dos resultados encontrados nas tarefas das sub escalas, os

idosos foram classificados de acordo com o seu nível de

dependência/independência. Como possível verificar na tabela 8, a maioria dos

idosos (79,4%) foram classificados em independência completa, 12,1% em

independência modificada, 2,1% dos idosos necessitam de supervisão/preparação,

3,5 % de assistência mínima, 2,1% de assistência moderada e 0,7% de assistência

total para executar as tarefas avaliadas. Nenhum idoso analisado foi classificado no

nível 2 (assistência máxima). Com isso a média apresentada por essa população foi

de 6,60 (±0,985).

Tabela 8 – MIF Motora de Dependência/Independência Funcional dos idosos do município de Santa Helena, em 2016.

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Fonte: Dados da pesquisa. Nota: As diferenças entre soma das parcelas e respectivos totais são provenientes do critério de arredondamento.

Correlacionando a variável MIF motora com as variáveis do perfil e

características sociodemográficas foi identificado diferenças estatisticamente nas

variáveis Grupo Etário (p=0,000) e Trabalha (p=0,000) mostrando que esses fatores

influenciam na capacidade para executar as tarefas. Em contrapartida, as demais

variáveis não apresentaram diferenças estatísticas, evidenciando que as mesmas

não comprometem a independência dos idosos. Analisando o coeficiente da

correlação (R) observa-se que a correlação da MIF Motora com as variáveis Grupo

Etário e Trabalha apresentaram correlação negativa. Com isso comprova-se que

quanto maior a idade menor o nível de independência, entretanto, o idoso

independente tende a trabalhar menos, como demostrado na tabela 9.

Tabela 9 – Correlação entre as variáveis MIF Motora com o perfil e características sociodemográficas dos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016.

Variáveis Valor do R Valor do p (p<0,05)

Grupo Etário - 0,385* 0,000

Sexo 0,023 0,511

IMC - 0,77 0,325

Residência 0,046 0,578

Mora sozinho (a) 0,004 0,960

Conclusão

MIF Motora Frequência

(n=141)

Percentual

(100%)

Média ± DP

Nível 1 1 0,7%

Nível 3 3 2,1%

Nível 4 5 3,5% 6,60 ± 0,985

Nível 5 3 2,1%

Nível 6 17 12,1%

Nível 7 112 79,4%

Total 141 100

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38

Continuação.

Variáveis Valor do R Valor do p

(p<0,05)

Trabalha - 0.421* 0.000

Fonte: Dados da pesquisa. Notas: *A correlação é significativa no nível 0,05 (2 extremidades).

Na correlação da variável MIF motora com as Fraturas foi identificado

diferenças estatísticas nas fraturas Coxa (p=0,039), Caixa Torácica (p=0,026) e

Antebraço (p=0,039) mostrando que essas fraturas influenciam na capacidade para

executar as tarefas. Em contrapartida, as outras fraturas apresentaram p>0,05, não

havendo diferenças estatísticas, evidenciando que as mesmas não comprometem a

independência dos idosos. Observa-se que a correlação da MIF Motora com a

fratura de Antebraço foi negativa demonstrando que conforme aumenta o nível de

independência consequentemente diminui a possibilidade de ter este tipo de fratura,

entretanto a MIF Motora obteve correlação positiva com a fraturas da Caixa Torácica

e Coxa, mostrando que se o idoso apresenta nível mais alto de independência corre

um maior risco de ter estas fraturas, como possível visualizar na tabela 10.

Tabela 10 – Correlação entre as variáveis MIF Motora e Fraturas dos idosos do município de Santa Helena-SC, em 2016.

Fraturas Valor do R Valor do p (p<0,05)

Fratura Antebraço - 0,169* 0,039

Fratura Coxa 0,278** 0,001

Fratura Perna 0,116 0,159

Continua.

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39

Conclusão.

Fraturas Valor do R Valor do p (p<0,05)

Fratura Caixa Torácica 0,183* 0,026

Fratura Coluna Vertebral - 0,041 0,613

Fratura Cintura Escapular 0,009 0,909

Fratura Face 0,143 0,081

Fratura Crânio 0,143 0,081

Fratura Mãos e Dedos 0,009 0,909

Fratura Braço - 0,41 0,613

Fratura Pés e Dedos - 0,84 0,307

Fonte: Dados da pesquisa Notas: *A correlação é significativa no nível 0,05 (2 extremidades) ** A correlação é significativa no nível 0,01 (2 extremidades)

Já na comparação das variáveis MIF Motora com as Morbidades, é possível

observar que das doenças auto relatadas, 5 das 16 doenças demostraram que

comprometem a independência dos idosos (tabela 11). A morbidade que teve maior

influência sobre a execução das atividades foi o Alzheimer (p = 0,000) seguido das

Doenças Neurológicas (p = 0,004) Doenças Reumatológicas e Ortopédicas (p =

0,009), Parkinson (p = 0,014) e Diabetes (p = 0,043). As demais doenças

apresentaram p>0,05, não havendo diferenças estatísticas, demostrando que as

mesmas não comprometem o desempenho dos idosos para realizar as atividades

avaliadas. Considerando a correlação da MIF Motora com essas 5 doenças,

somente as Doenças Reumatológicas e Ortopédicas apresentaram correlação

negativa, evidenciando que quanto maior o grau de independência menor a

possibilidade de ter problemas reumatológicos e ortopédicos. As demais doenças

apresentaram correlação positiva.

Tabela 11 – Correlação entre as variáveis MIF Motora e Morbidades dos idosos do município de Santa Helena, em 2016.

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Morbidades Valor do R Valor do p (p<0,05)

Hipertensão 0,060 0,462

Diabetes 0,166* 0,043

Labirintite - 0,038 0,641

Parkinson 0,201* 0,014

Alzheimer 0,423** 0,000

Doenças Pulmonares 0,112 0,171

Doenças Cardíacas 0,121 0,139

Doenças Neurológicas 0,239** 0,004

Doenças

Reumatológicas/Ortopédicas - 0,213** 0,009

Doenças Urológicas/Sist.

Reprodutor 0,022 0,788

Doenças Endócrinas - 0,027 0,744

Doenças Digestivas/Gástricas 0,062 0,451

Doenças Oncológicas 0,045 0,581

Doenças/Alterações Visuais 0,072 0,378

Doenças/Alterações Auditivas - 0,72 0,378

Doenças Psiquiátricas - 0,010 0,899

Fonte: Dados da pesquisa. Notas: * A correlação é significativa no nível 0,05 (2 extremidades). ** A correlação é significativa no nível 0,01 (2 extremidades).

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5 DISCUSSÃO

A população analisada constituiu-se na sua maior parte em idosos do sexo

feminino (54,6%), e 60,3% dos idosos foram enquadrados no grupo etário de 65-75

anos, em consonância com a realidade da população brasileira. Segundo IBGE

(2013a), no Brasil projeta-se que a população idosa seja maior que 24 milhões no

ano de 2016, sendo que, dessa população 55,74% são do sexo feminino e 44,26%

do sexo masculino e que há mais idosos com idade inferior a 75 anos do que

superior, ou seja, conforme a faixa etária vai aumentando, o número de idosos vai

diminuindo. A mesma realidade é encontra no estado de Santa Catarina, onde

apresenta mais de 87 mil idosos distribuídos em 54,58% mulheres e 45,42%

homens, estando também à maioria com idade igual ou inferior a 75 anos (IBGE,

2013a).

O IMC foi calculado com base nos dados relatados de peso e altura para

avaliar o estado nutricional da população pesquisada. Dos avaliados, 44,7%

encontram-se eutróficos, 41,8% com excesso de peso e 13,5% em estado de

magreza. Em um estudo realizado em um município de Minas Gerais onde 13,6%

dos 621 idosos avaliados foram classificados com estado de magreza, porém a

prevalência foi maior com idosos com excesso de peso, onde 45% dos avaliados

estavam com essa condição (NASCIMENTO et al., 2011). O mesmo foi encontrado

em um estudo efetuado em 2010 com 195 idosos de uma cidade de pequeno porte

do Rio Grande do Sul, onde foi constatado que 46% da população avaliada

encontrava-se com excesso de peso (SCHERER; VIEIRA, 2010). Já em um estudo

realizado na Coréia com 1.131 idosos com idade igual ou superior a 65 anos foi

encontrado prevalência de obesidade em 60% dos idosos e 5,5% foram

classificados com magreza e, 34,5% com peso normal (JANG, 2015). Nos Estados

Unidos em 24 anos (1988-2012), nos indivíduos com idade de 20 a 74 anos o

número de pessoas obesas do sexo feminino aumentou de 20,2% para 34,6% e no

sexo masculino passou de 25,5% para 35,9% (AHA, 2015).

Durante o processo de envelhecimento ocorrem alterações biopsicossociais

que acabam deixando o idoso nutricionalmente mais vulnerável (SILVA; MURA,

2007). No decorrer desse processo ocorre um declínio no consumo de alimentos

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decorrente de alterações no paladar e olfato e relaxamento do fundo gástrico entre

outros fatores. Com isso ocorre a perda de peso, deixando o idoso mais susceptível

as infecções, redução da qualidade de vida, estando associado também ao aumento

da mortalidade (PAPALÉO NETTO; KITADAI, 2015). Em contrapartida o aumento de

peso está relacionado com a hipertensão, diabetes, hipercolestemia e

hipertrigliceridemia que influenciam no surgimento de doenças cardiovasculares que

podem levar ao óbito (FREITAS; PY, 2016). Além das doenças, a obesidade traz

alterações físicas como a sarcopenia, cifose dorsal e redução dos espaços

intervertebrais (FREITAS; PY, 2016) fatores que contribuem para o idoso ter

limitações e assim perder a sua independência. Por esses motivos é importante para

o idoso manter o estado nutricional recomendado (eutrofia) para prevenir doenças e

agravos, manter o estado físico adequado, consequentemente manter a sua

funcionalidade e qualidade de vida.

Através dos dados sociodemográficos, constatou-se que 50,4% dos idosos

avaliados residem na zona urbana e 49,6% na zona rural. Também verificou-se que

90,8% dos avaliados dividem sua residência com o conjugue ou com algum outro

familiar e 58,2% dos idosos relataram que ainda trabalham e/ou realizam algum tipo

de serviço doméstico. De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicilio

(PNAD) 80,9% das pessoas acima de 60 anos residem na zona urbana na região sul

do Brasil e 38,6% dos idosos com idade superior a 65 anos continuam a realizar

algum trabalho (IBGE, 2013b, 2013c). Segundo PNAD a região sul é a região do

país onde tem um percentual maior de idosos que moram sozinhos em suas

residências, desses 16,9% vivem sozinhos e 83,1% dos idosos dividem a residência

com o conjugue, familiar e/ou cuidadores (IBGE, 2013d).

Houve pouca diferença na prevalência de idosos que vivem na zona urbana e

na zona rural. Morar na zona rural pode trazer algumas restrições dificultando a vida

dos idosos devido ao fato de viverem mais afastados de hospitais, postos de saúde,

comércios etc, como também pelo fato de na zona rural as residências dos vizinhos

não serem tão próximas contribuindo para os mesmos não terem tanto convívio

social. Em contrapartida, os idosos da zona rural podem continuar fazendo

atividades que faziam em todo o decorrer da sua vida, como cuidar dos animais, das

suas plantações e hortas, no qual trazem prazer para o idoso e desta forma

colaborando para o mesmo se sentir útil e livre. Um pouco mais da metade dos

idosos avaliados relataram que ainda trabalham e/ou fazem seus serviços

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domésticos. O trabalho, além de ser mais uma fonte de renda, está relacionado com

a sensação de ser útil e de estar vivo, onde o idoso que não consegue realizar

algum tipo trabalho pode se sentir incapaz, inútil e um fardo para a família. O poder

trabalhar estimula o idoso a continuar a executar as tarefas e a se cuidar mais,

contribuindo para o seu bem-estar físico, psicológico e social. Poucos idosos

relataram viverem sozinhos, contribuindo para que o idoso não se sinta sozinho,

isolado e desamparado. Entretanto, os idosos que moram sozinhos se sentem

obrigados a fazer as suas atividades influenciando para que os mesmos se

mantenham ativos e, desta forma, preservando a sua autonomia e independência.

Na investigação das morbidades, a população estudada apresentou maior

prevalência de Hipertensão, seguido da Labirintite e Diabetes, onde 72,3%, 29,8% e

17% dos idosos declararam fazer uso de medicamentos para o controle da pressão

arterial sistêmica, labirintite e diabetes, respectivamente. É comum encontrar

pessoas acima de 60 anos com hipertensão (BRASIL, 2013) e estima-se que ela

seja responsável por 12,8% das mortes no mundo (WHO, 2009).

De acordo com a Associação Americana de Saúde (AHA), 62% dos idosos e

67,9% das idosas americanas com idade entre 65-74 anos apresentam Hipertensão,

aumentando significativamente entre os idosos com idade ≥ 75 anos, onde 76,4%

dos idosos e 79,9% das idosas americanas sofrem com a pressão arterial elevada. E

segundo AHA (2015) a diabetes é apontada como a 5ª principal causa de morte em

homens e a 6ª causa de morte em mulheres no país. A Organização Mundial de

Saúde traz a hipertensão e a diabetes como dois dos cinco principais riscos globais

responsáveis por 33% das mortes. Nesse grupo estão inclusos o tabagismo,

sedentarismo e obesidade (WHO, 2009).

Na averiguação de outras morbidades, os principais relatos foram a respeito

de problemas reumatológicos e ortopédicos (45,4%) seguidos sucessivamente por

doenças cardíacas (22,0%), doenças neurológicas (12,1%) e doenças pulmonares

(11,3%), sendo possível relaciona-las com os riscos globais apresentados pela

Organização Mundial da Saúde, como exposto a cima. E em consonância com

outros estudos no Brasil, no qual as morbidades mais auto relatadas foram a

Hipertensão Arterial Sistêmica e alterações do sistema músculo esqueléticos

(MACEDO et al., 2012; DANTAS et al., 2013).

Em uma pesquisa realizada em São Paulo constatou-se que os idosos que

relataram ter mais de uma doença demonstraram duas vezes mais chances de

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44

apresentar algum grau de incapacidade funcional (TRIZE et al., 2014). Porém

Papaléo Netto e Kitadai (2015) afirmam que uma única doença pode gerar grandes

consequências como o comprometimento da função ou restrição da atividade.

Entretanto uma doença pode desencadear uma cadeia de reações e rede de

acontecimentos, onde um problema pode gerar outros que desta forma contribui

para o idoso se sentir mal e doente, afetando a capacidade de executar

determinadas tarefas. Diante disto, ratifica-se a importância de que os mesmos

mantenham uma alimentação balanceada, um estilo de vida saudável e ativo, para

desta forma prevenir doenças e suas complicações, que resultam no

comprometimento da independência funcional.

Durante a verificação do histórico de fraturas, as principais fraturas

encontradas foram no antebraço e coxa, onde 10,2% dos idosos relataram que

fraturaram a ulna e/ou o rádio e 6,8% tiveram fratura de fêmur. Em estudo realizado

no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas da USP

(MONTEIRO; FARO, 2010) com 34 idosos vítimas de fraturas, a incidência maior foi

de fratura do fêmur (67,6%).

Através da MIF foi possível observar as principais limitações dos idosos e

quais as tarefas diárias que os mesmos apresentam mais dificuldade para executar.

Nas tarefas da sub escala Autocuidado, os idosos executam com mais

facilidade a tarefa Alimentação, apresentando mais dificuldade na tarefa Banho. O

mesmo resultado foi encontrado em um estudo realizado com 125 idosos residentes

de três Instituições de Longa Permanência para Idosos na cidade de Monte Carlos-

MG. No respectivo estudo, 86,4% dos idosos foram classificados como

independentes na Alimentação e na atividade Banho foi onde apresentaram mais

dificuldade, sendo que 68,8% deles foram considerados dependentes nesta

atividade (MARINHO et al., 2013). Os idosos também demostraram ter maior

facilidade na Alimentação em outro estudo efetuado no município de Pelotas-RS

com 598 idosos avaliados, porém, neste estudo a atividade Banho ficou com o

terceiro pior desemprenho (91,1% independentes) ficando atrás do Controle de

Urina/Evacuação e Vestir-se (DEL DUCA; SILVA; HALLAL, 2009). Já em uma

pesquisa realizada na Universidade Federal do Pará, os 124 idosos avaliados

apresentaram o mesmo desempenho nas atividades banho e alimentação (LOPES;

SANTOS, 2015) entretanto nesses três estudos foi utilizado a Escala de Katz.

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Na pesquisa foi observado que a sub escala que os avaliados tiveram melhor

desempenho foi na sub escala Autocuidado, corroborando com um estudo realizado

em dois hospitais universitários onde foi constatado que os idosos avaliados

obtiveram melhores resultados nestas tarefas (LOURENÇO et al., 2014).

A tarefa que os idosos apresentaram menos dificuldade foi no Controle de

Fezes, onde 2,8% dos idosos relataram ter alguma dificuldade para controlar a

evacuação fecal. Já a tarefa controle de urina foi a sexta tarefa com menor números

de dependentes, sendo que 6,3% dos idosos expuseram ter dificuldade para

controlar a urina. Dados não compatíveis encontrados em uma pesquisa realizada

em um abrigo de idosos de um município do Pará, onde os 47 idosos avaliados

apresentaram o segundo pior desempenho nas atividades de Controle de

Esfíncteres (FERREIRA et al., 2011). O mesmo foi encontrado em um estudo em

Pelotas-RS, onde os idosos avaliados expuseram ter mais dificuldade no controle de

esfíncteres (PINTO et al., 2016)

Nas tarefas das sub escalas Transferências e Locomoção foram onde os

idosos apresentaram mais limitação. Entretanto Moraes (2012) afirma que as

atividades de transferências, continência e alimentar-se são funções vegetativas

simples, sendo mais difíceis de serem perdidas, em contrapartida as atividades

banhar-se, vestir-se e o uso do banheiro são mais complexas e mais fáceis de

serem perdidas. Em uma pesquisa realizada no Estados Unidos, os avaliados

obtiveram pior desempenho na subescala Locomoção (BINDAWAS et al., 2014).

A tarefa locomoção-escadas foi onde os idosos avaliados relataram ter mais

dificuldade. Nessa atividade 24,1% dos idosos apresentaram alguma limitação para

executá-la. Em outros estudos realizados no Paraná (YONAMINE et al., 2016;

LOURENÇO et al., 2014) e em Minas Gerais (MACHADO; MACHADO; SOARES,

2013), adultos e idosos também apresentaram mais dificuldade para subir e descer

escadas que as demais tarefas motoras.

Com base nos dados encontrados no desempenho de execução das tarefas

da MIF Motora, observou-se independência na maioria dos idosos, onde 91,5% são

classificados em independência (níveis 7 e 6), 7,7% dos idosos apresentaram

dependência moderada (níveis 5, 4 e 3) e somente 1 idoso (0,7%) apresentou

dependência completa (nível 1). Esses dados são semelhantes aos encontrados em

outros estudos, um realizado no Japão (GOTO et al., 2016) e outros no Brasil

(GRATÃO et al., 2013; SPOSITO et al., 2010; LOURENÇO et al., 2014), neles

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também houve a prevalência de idosos classificados como independentes na MIF

Motora.

Em outro estudo, a maioria dos idosos foram classificados como

independentes (FERREIRA et al., 2012), em contrapartida há estudos onde o

número de independentes foi menor, tendo como a maioria dos idosos nos níveis de

dependência modificada e/ou dependência completa (NARDI; SAWADA; SANTOS,

2013; DANTAS et al., 2013), porém nesses estudos os idosos foram classificados de

acordo com a escore da MIF Total (motora e cognitiva), portanto não podendo ser

feitas comparações reais devido a presente pesquisa ter sido feita somente com a

MIF motora.

Diante dos resultados da MIF é possível observar que os idosos

apresentaram mais dificuldade em realizar atividades que exigem mais equilíbrio,

coordenação motora e força muscular. Durante o processo de envelhecimento vai

ocorrendo diminuição da força muscular devido a diminuição da massa muscular,

onde o indivíduo perde 15% dela por década a partir dos 50 anos, aumentando para

30% por década aos anos 70 e perdendo praticamente a metade da massa

muscular aos 80 anos e a adequada função muscular é necessária para a

manutenção da postura, locomoção, respiração e digestão (FREITAS; PY, 2016).

Portanto a instabilidade muscular como consequência do envelhecimento afeta o

equilíbrio, coordenação motora e força muscular, tão necessários para o idoso

deambular adequadamente sem sofrer quedas e desta forma evitar a dependência.

A partir disto é possível apontar a necessidade de intervir com esses idosos,

sendo cabível visitas domiciliares para averiguar a situação real da residência, onde

o profissional fisioterapeuta junto com o engenheiro civil e/ou arquiteto podem

realizar orientações ergonômicas e de possíveis adaptações funcionais para desta

forma tornar o dia-a-dia dos idosos mais fácil e mais acessível e assim poder evitar

quedas e possíveis complicações e agravos de saúde.

Devido ao fato da capacidade funcional ser influenciada por fatores internos,

externos, físicos, culturais e ambientais (PEREIRA; BESSE, 2011), a qualidade de

execução das atividades pode variar de um indivíduo para o outro e com isso

podemos encontrar dois idosos com a mesma idade e com características

semelhantes, porém com diferente grau de dependência e/ou independência para

realizar as atividades de vida diária. Essa diferença no desempenho para executar

as atividades pode ser consequência de diversos fatores como a idade e a presença

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de morbidades, fatores esses que podem influenciar na capacidade funcional,

levando o idoso a necessitar de ajuda de outra pessoa.

Quando correlacionada a MIF Motora com o Grupo Etário, foi encontrado

diferenças estatísticas (p =0,000), indicando que conforme a idade vai aumentando,

consequentemente o grau de dependência também aumenta. Já na análise

comparativa da MIF Motora com o Sexo, não houve diferenças estatísticas

significantes (p=0,782), evidenciando semelhança entre as mulheres e os homens

no desempenho da execução das atividades. Condizendo com outro estudo

realizado com idosos institucionalizados, onde a idade também influenciou no grau

de dependência dos avaliados, em contrapartida, foi encontrado que o sexo não

afeta o desempenho nas AVD (MARINHO et al., 2013). Também não foi encontrado

diferença significativa entre os sexos em um estudo realizado no Japão (NARUISHI

et al., 2014). Porém em um estudo realizado no Rio Grande do Sul observou que os

homens tiveram um melhor desempenho nas atividades avaliadas, sendo

considerados mais independentes que as mulheres (PINTO et al., 2016).

Outro fator que demostrou ter influência sobre a independência funcional dos

idosos foi a sua ocupação, ou seja, se os mesmos realizam algum tipo de trabalho

(p=0.000). O mesmo foi encontrado em um estudo realizado no Paraná (RIBEIRO et

al., 2015), onde os idosos avaliados que mantem alguma ocupação apresentaram

melhor desempenho nas AVD avaliadas pela MIF quando comparados com os

idosos que não trabalham.

Entre as fraturas, a fratura de fêmur foi a que demostrou ter maior impacto

sobre a funcionalidade consequentemente prevalência de idosos dependentes.

Conforme Fernandes et al. (2011) as fraturas de fêmur apresentam alto índice de

morbidade e letalidade, por tanto, consideradas as mais graves e limitantes na

velhice.

A presença ou sequela de alguma doença crônica ou trauma pode interferir

na capacidade funcional do idoso. Na pesquisa, 5 doenças (Alzheimer, Parkinson,

diabetes, doenças neurológicas e ortopédicas) mostraram ter impacto na vida dos

mesmos. Já em uma pesquisa realizada em Minas Gerais, onde das 172 doenças

relatadas pelos 109 idosos avaliados não mostraram ter influência sobre a

funcionalidade (MACHADO; MACHADO; SOARES, 2013).

Mesmo que o número de idosos com o Mal de Alzheimer (p = 0,000) foi

pequeno, essa foi a doença que teve maior significância estatística, mostrando ter

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maior comprometimento nas AVD, seguido das Doenças Neurológicas (p = 0,004)

Doenças Reumatológicas e Ortopédicas (p = 0,009), Parkinson (p = 0,014) e

Diabetes (p = 0,043).

De acordo com Santos e Borges (2015) na Doença de Alzheimer vai

ocorrendo uma perda cognitiva progressiva, e como consequência, o indivíduo vai

tendo um declínio funcional e perdendo gradualmente a sua autonomia, e assim

gerando dependência total de outras pessoas. Nos portadores de Alzheimer é

possível observar que os mesmos não apresentam grande problemas físicos, porém

devido à perda cognitiva, não conseguem realizar as atividades por não saberem

e/ou não lembrarem como deve realiza-las.

Na respectiva pesquisa somente 2 idosos foram classificados no nível 6

(independência modificada) podendo ser considerados independentes, isso é

possível ser justificado pelo fato desses idosos estarem na fase intermediária da

demência, não apresentando um grande déficit cognitivo e motor, preservando ainda

uma parte da sua autonomia. Diferente de uma pesquisa realizada em Ribeirão

Preto –SP onde dos 67 idosos avaliados, nenhum com a demência foi considerado

independente (TALMELLI et al., 2010).

A Doença de Alzheimer tem grande impacto na vida do idoso, porém as

outras doenças neurológicas também podem gerar grande comprometimento nas

AVD, afetando a vida dos idosos. Dos idosos com doenças neurológicas, maioria

deles em algum momento da vida sofreram Acidente Vascular Encefálico (AVE). O

AVE pode vir acompanho de várias e importantes sequelas cognitivas e/ou motoras,

podendo comprometer os movimentos, a deglutição, controle de esfíncter como

também o raciocínio e a comunicação, entre outros. A dimensão das sequelas

depende do local e da extensão da lesão, implicando em pequenas ou grandes

sequelas e, com isso, podendo tornar o indivíduo dependente de outras pessoas

para realizar as atividades consideradas básicas, como tomar banho, deambular, se

vestir e se alimentar, entre outras atividades. De acordo com Marzona (2012) o AVE

pode gerar declínio funcional através de mecanismos intermediários resultantes da

doença.

Em um estudo realizado na Lituânia com 226 pessoas que sofreram AVE, foi

verificado que a maioria dos avaliados necessitam de assistência moderada na

execução das atividades da MIF (MILINAVIČIENĖ; RASTENYTĖ; KRIŠČIŪNAS,

2011). E em uma pesquisa efetuada na Sérvia em 2012-2013, com 50 adultos com

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sequelas do AVE avaliados pela MIF, foi constatado que as principais limitações

foram nas atividades de Locomoção e Controle de Esfíncter (ARSIC et al., 2016). O

mesmo foi encontrado em uma pesquisa realizada em um Hospital Universitário da

Finlândia em 2012-2013 com adultos que sofreram AVE. Os avaliados apresentaram

mais limitação para Locomoção e Controle de Esfíncter, demostrando menor

dificuldade para alimentar-se (TARVONEN-SCHRÖDER et al., 2015).

Segundo Freitas e Py (2016) o acidente vascular encefálico tem alta

prevalência em todo o mundo, sendo a segunda causa de morte mundial e

apresenta como fatores de riscos causas não modificáveis e modificáveis. Nos

fatores não modificáveis encontram-se a idade, o sexo, raça e hereditariedade, já

entre os fatores de risco modificáveis o principal é a hipertensão arterial (HA) que

aumenta o risco do AVE isquêmico e/ou hemorrágico. A HA representa um dos

principais fatores de incapacidade e de morte prematura no mundo. Para prevenir o

AVE é necessário a identificação e o controle dos fatores modificáveis, com isso

percebe-se a importância de manter pressão arterial dentro dos níveis normais,

considerando que através da redução da PA diastólica e sistólica é possível diminuir

em 36% o risco de idoso sofrer um AVE. Para o controle da HA é necessário

mudança no estilo de vida e nos hábitos alimentares. Deve-se reduzir o peso

corporal, diminuir o consumo de sódio e bebidas alcoólicas e praticar exercícios

físicos regulares (FREITAS; PY, 2016; PAPALÉO NETTO; KITADAI, 2015).

Também foi encontrado significância estatística na correlação das Doenças

Reumatológicas e Ortopédicas com a MIF Motora, que comprometem a execução

das atividades avaliadas. Corroborando com outro estudo onde demonstrou a

influência que os problemas osteoarticulares tem sobre a realização das atividades

diárias, interferindo na independência dos idosos (DANTAS et al., 2013). Além dos

problemas relatados, nesse grupo estão incluídas as queixas de dores. Sabe-se que

as dores influenciam muito no desempenho das atividades onde muitas vezes

limitam e comprometem a realização de determinadas tarefas. Em um estudo

realizado nos Estados Unidos foi constatado que a dor foi um fator importante e

determinante, que comprometeu a independência dos 245 idosos participantes

(RODRIGUEZ et al., 2015).

A doença de Parkinson é caracterizada pelos tremores em repouso, rigidez,

bradicinesia e instabilidade postural, comprometendo a independência do idoso e

afetando principalmente a locomoção do indivíduo. Conforme Barbosa et al. (2016) a

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marcha é caracterizada por instabilidade postural, comprimento dos passos mais

curtos, diminuição do movimento dos braços e do tronco durante a deambulação.

Em um estudo realizado no Hospital das Clinicas da Universidade Estadual de

Londrina – PR, foi observado que as 10 mulheres avaliadas apresentaram

dificuldade e lentidão ao vestir-se necessitando algumas vezes de ajuda, mobilidade

diminuída no leito, alterações posturais e festinação durante a marcha (SOUZA;

BARRETO; SANTOS, 2010).

Outra doença que demostrou ter influência sobre a independência funcional

foi a Diabetes. Em um estudo realizado no Ceará, foi constatado que idosos

diabéticos sedentários apresentaram redução da capacidade funcional (DANIELE et

al., 2013). Também o estudo realizado na Sérvia evidenciou que a Diabetes

compromete o cognitivo dos idosos (ARSIC et al., 2016). Além de afetar a

independência funcional, a Diabetes é considerada um fator de risco que pode gerar

e agravar outras doenças crônicas, ou seja, propiciam o surgimento de

complicações que podem interferir no grau de dependência e qualidade de vida das

pessoas idosas. Uma das principais complicações referentes a diabete é a

neuropatia periférica. Com a neuropatia periférica o idoso está mais susceptível a

sofrer quedas e lesões e, na pessoa diabética pequenas lesões podem se tornar

uma úlcera e como consequência, muitas vezes sendo necessário a amputação do

membro afetado decorrente da má cicatrização e necrose do local. Sabe-se que as

amputações geram grandes limitações nos indivíduos, comprometendo

principalmente a locomoção sobretudo em indivíduos não protetizados.

As demais doenças não apresentaram diferenças estatísticas significantes,

entretanto foram encontrados na literatura estudos nacionais e internacionais que

apresentaram indivíduos com redução da capacidade funcional como consequência

das Doenças Pulmonares (PASQUA et al., 2009) Doenças Oncológicas (KHAN et

al., 2014; FORTIN et al., 2015) e das Doenças Cardíacas (PINTO et al., 2016),

evidenciando que as mesmas interferem no desempenho da execução das

atividades de vida diária. Em contrapartida foram encontrados estudos que

demostraram que as doenças cardíacas não influenciam na independência funcional

(MARZONA, et al., 2012; RODRIGUES et al., 2015).

Como demostrado, as doenças crônicas e as fraturas apresentam grande

impacto sobre a funcionalidade do idoso, umas com mais influencias e outras com

menos, mas cada uma com suas particularidades que afetam a vida do idoso de

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formas distintas, porém limitantes. Com isso, percebe-se o quanto é necessário

intervir com esses idosos para que ocorra uma prevenção de quedas e controle

dessas morbidades para desta forma evitar a evolução da doença e

consequentemente piora no quadro funcional.

Portanto, nota-se a necessidade de profissionais capacitados na Atenção

Básica para atuarem no processo de envelhecimento, respeitando as características

individuais dos idosos. Um dos profissionais que devem intervir com essa população

especifica é o profissional fisioterapeuta que aos poucos está sendo inserido na

Atenção Básica (FORMIGA; RIBEIRO, 2012). Além dos atendimentos

individualizados e voltados para a reabilitação, o profissional fisioterapeuta é

capacitado para atuar na educação em saúde e contribuir efetivamente através de

ações voltadas para a estimulação da prática de atividades físicas, realizar

orientação aos cuidadores desses idosos como também proporcionar orientações

das adequadas adaptações das residências dos idosos, principalmente com os que

já apresentam alguma limitação. Ações essas que contribuem para evitar o

agravamento das doenças e evitar fraturas consequentes de quedas e através disto

melhorar a qualidade de vida e manter a independência funcional desses idosos.

Ressalta-se que muitos fatores podem afetar a independência dos idosos,

porém mesmo com histórico de fraturas e doenças crônicas é importante para o

idoso continuar a realizar as atividades de vida diária, pois isso não afeta somente a

parte física, mas também a parte psicológica e emocional dos mesmos. A

dependência contribui para a baixa da auto estima dos idosos, onde os mesmos

podem se sentirem inúteis e como se fossem um peso para a família e para a

sociedade. Desta forma, contribuindo para os mesmos se isolarem, ficarem

deprimidos e com vergonha da sua ‘inutilidade’.

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6 CONCLUSÃO

Diante dos resultados, conclui-se que 91,5% dos idosos são independentes,

7,7% dos idosos apresentam dependência moderada e 0,7% apresentaram

dependência total. Dos 141 idosos avaliados, 20,6% foram classificados no nível 7

em todas as tarefas os outros 79,4% apresentaram limitação na execução de uma

ou mais tarefas.

Os idosos avaliados apresentaram pior desempenho nas tarefas

Transferência, Banho e Locomoção, atividades nas quais exigem mais equilíbrio,

coordenação motora e força muscular. Sendo possível também justificar a

dificuldade para realizar essas tarefas devido as barreiras arquitetônicas de suas

residências, das ruas e comércios não adaptados adequadamente.

Mesmo que foi encontrado uma maior prevalência de idosos independentes, é

imprescindível que os profissionais de saúde estejam atentos as suas limitações,

principalmente nas tarefas banho e locomoção-escadas, onde os mesmos

apresentaram maiores dificuldades, porém muitas vezes passam despercebidos

devido ao fato de realizarem as demais tarefas sem dificuldades.

Com a pesquisa também foi identificado que a idade e o trabalho influenciam

negativamente na qualidade do desempenho das AVD. Outro dado observado foi a

respeito do impacto das fraturas da caixa torácica, antebraço e fêmur e das

morbidades neurológicas, ortopédicas, Alzheimer, Parkinson e diabetes, sobre a

execução das atividades.

Considerando que cada indivíduo apresenta suas próprias limitações durante

o processo de envelhecimento, evidencia-se a importância e necessidade de mais

estudos epidemiológicos com a população idosa. Os estudos com idosos, são na

sua maioria, com idosos com determinadas doenças ou características especificas,

como por exemplo idosos institucionalizados ou hospitalizados, encontrando poucos

estudos com idosos considerados ativos na sociedade.

Esta investigação foi importante, pois com os dados encontrados nesta

pesquisa foi possível destacar as principais dificuldades apresentadas e também

evidenciar quais são os fatores limitantes que contribuem para a redução do

desempenho nas atividades básicas de vida diária levando o idoso a ser dependente

de outros. E com isso, é possível criar ações que vão repercutir mudanças e

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melhorias na realidade do idoso, tanto no âmbito familiar como social, contribuindo

desta forma para que os mesmos apresentam uma melhor qualidade de vida e uma

velhice mais tranquila. Além disso, esses dados podem subsidiar ações voltadas a

promoção e prevenção de saúde e agravos e, desta forma melhorar as condições de

vida desta população e proporcionar um envelhecimento ativo e saudável.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A RESPEITO DA

INTERDISCIPLINARIDADE

Diante do aumento de número de idosos no mundo e das importantes

alterações que ocorrem no processo de envelhecimento, nota-se a importância de

ter profissionais preparados e qualificados para atender esta população. Essa

qualificação deve ser iniciada desde a graduação, onde as Universidades precisam

reformular toda a estrutura curricular para formar profissionais capacitados para

intervirem no processo de envelhecimento.

Uma das dificuldades encontradas no Sistema Único de Saúde está nos

profissionais formados com visão centrada nas práticas curativas com dificuldades

de desenvolvimento de ações mais integrais, como também a dificuldade em

trabalhar em equipe, realizar atividades de promoção e prevenção em saúde (REIS,

ARAÚJO, CECÍLIO). Segundo Santos e Killinger (2011) é necessário uma

reestruturação da arquitetura curricular implicando uma estrutura modular,

interdisciplinar, flexível e progressiva, e com isso, preparar profissionais com

formações distintas mas que saibam manter uma linguagem unificadora,

socializando e refletindo os saberes, teorias e métodos que devem ser empregados

em cada situação. Para eles a riqueza da equipe interdisciplinar está no diálogo e na

diferença.

Com isso percebe-se que para proporcionar adequada assistência aos

idosos, é necessário uma equipe interdisciplinar, onde cada profissional, com o seu

conhecimento e a sua experiência, contribua para que o idoso seja visto e cuidado

como um ser todo e não tratando isoladamente as suas doenças. Como também,

através de uma equipe interdisciplinar com visão mais completa e integrada é

possível contribuir para que não ocorra agravamento do quadro funcional,

colaborando para que os idosos se mantenham ativos e independentes.

Para Loch-Neckel et al. (2009) em todos os níveis de atenção à saúde é

imprescindível o trabalho interdisciplinar, sendo que, a partir dessa equipe será

possível alcançar abordagem integral sobre os fatores que influenciam na saúde da

população. A equipe interdisciplinar e multiprofissional envolve profissionais de

diversas áreas que devem garantir o conhecimento teórico e prático da sua área. E

essa equipe pode ser composta não somente por profissionais da saúde e da

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assistência social, como também por profissionais da engenharia e arquitetura, onde

os mesmos poderão contribuir com atuações voltadas mais para prevenções através

das adaptações necessárias nas residências dos idosos e dos locais públicos, para

desta forma, evitar possíveis quedas e complicações de saúde. Todavia todos estes

profissionais devem ter uma articulação competente, sensibilizada e com dedicação,

para desta forma proporcionar ações humanizadas direcionadas aos idosos

(FREITAS; PY, 2016).

É possível considerar que falta assistência interdisciplinar para a população,

com profissionais com os mesmos objetivos, considerando também que os

atendimentos da população idosa necessitam ser aperfeiçoados para desta forma,

proporcionar qualidade de vida durante a velhice.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Ficha de Identificação.

Ficha de Identificação

Classificação da MIF -

Quem Responde? ____________________________________________________

DADOS PESSOAIS:

Identificação: ________________________________________________________

DN: ___________ Idade:_________ Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

Profissão: _____________________ Telefone/Celular: _________________

Peso: _____________ Altura: ______________ IMC: _____________

Trabalha: Sim ( ) Não ( ) --- Com o que? _________________________________

Mora sozinho (a): Sim ( ) Não ( ): --- Mora com quem? _____________________

HÁBITOS DE VIDA:

Tabagismo: Sim ( ) Não ( ) ---------- Cigarros/dia: _____________________

---------- Parou de fumar há: ________________

Etilismo: Sim ( ) Não ( ) ------------- Tempo/dias: ______________________

Sedentarismo: Sim ( ) Não ( ) ------- Tempo/dias: _____________________

------------- Atividade Física: __________________

HISTÓRIA:

Apresenta alguma doença?: Sim ( ) Não ( ) --- Qual?___________________

Hipertensão: Sim ( ) Não ( )

Diabetes: Sim ( ) Não ( )

Labirintite: Sim ( ) Não ( )

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Parkinson: Sim ( ) Não ( )

Alzheimer: Sim ( ) Não ( )

Doença Pulmonar: Sim ( ) Não ( ) --- Qual? __________________________

Doença Cardíaca: Sim ( ) Não ( ) --- Qual? __________________________

Doença Neurológica: Sim ( ) Não ( ) --- Qual?_________________________

Doença Reumatológica: Sim ( ) Não ( ) --- Qual?______________________

--- Local? ________________________

Fratura: Sim ( ) Não ( ) – Local? ___________________________________

--- Há quanto tempo? _________________________

RESULTADO DA MIF:

Tarefas

Grau de Independência/Dependência

1 2 3 4 5 6 7

Alimentação

Higiene Pessoal

Banho

Vestir-se acima da cintura

Vestir-se abaixo da cintura

Uso do vaso sanitário

Controle de urina I

Controle de urina II

Controle de fezes I

Controle de fezes II

Transferências – leito,

cadeira, cadeira de rodas

Transferência – vaso

sanitário

Transferência – chuveiro

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Locomoção

Locomoção – escadas

Classificação Final

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APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa: Avaliação da independência funcional de idosos do município de Santa Helena-SC.

A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que leva a propor este estudo é da importância de avaliar e identificar a realidade dos idosos e suas possíveis limitações, a pesquisa se justifica na importância de compreender melhor de que forma a velhice compromete a vida do idoso e quais as suas consequências perante a independência e a qualidade de vida dos mesmos. O objetivo desse projeto é de avaliar o grau de independência funcional na realização das tarefas diárias de idosos. O(os) procedimento(s) de coleta de dados terá 3 etapas: 1ª e 2ª etapa: Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Preenchimento da Ficha de Identificação. 3ª etapa: Responder de que forma executa 13 tarefas apresentadas no instrumento de avaliação de Medida de independência Funcional (MIF), com o objetivo de verificar o desemprenho na execução de atividades de vida diária, para assim, classificar o idoso em seu grau de independência ou dependência funcional.

DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS: A sua participação neste estudo não irá gerar algum tipo de desconforto e riscos para a sua saúde física e mental.

GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE SIGILO: Você poderá solicitar esclarecimento sobre a pesquisa em qualquer etapa do estudo. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação na pesquisa a qualquer momento, seja por motivo de constrangimento e ou outros motivos. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. A pesquisadora irá tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. O resultado da pesquisa será enviado para você e permanecerão confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificado (a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Este consentimento está impresso e assinado em duas vias, uma cópia será fornecida a você e a outra ficará com a pesquisadora responsável. CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO: A participação no estudo, não acarretará custos para você e não será disponibilizada nenhuma compensação financeira. ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA: Se você apresentar algum problema será encaminhado (a) para atendimento na Unidade Básica de Saúde do município.

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DECLARAÇÃO DO SUJEITO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO SUJEITO PARTICIPANTE:

Eu, ................................................., fui informado (a) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e ou retirar meu consentimento. A responsável pela pesquisa acima, certificou-me de que todos os meus dados serão confidenciais. Em caso de dúvidas poderei chamar a pesquisadora responsável Ana Paula Weber, Rua Juarez Tavora, nº 320, Bairro Centro, Descanso-SC, Fone: (49) 91065994 ou ainda entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Unoesc e Hust, Rua Getúlio Vargas, nº 2125, Bairro Flôr da Serra, 89600-000- Joaçaba – SC, Fone: 49-3551-2012. Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.

Assinatura do sujeito pesquisado ou impressão dactiloscópica.

Assinatura:..................................................................................................

Nome legível:..............................................................................................

Endereço:....................................................................................................

RG...............................................................................................................

Fone:...........................................................................................................

Data _______/______/______

................................................................................

Assinatura da pesquisadora responsável

Data _______/______/______

I m p r e s s ã o

d a c t i l o s c ó p i c a

I m p r e s s ã o

d a c t i l o s c ó p i c a

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APÊNDICE C – Declaração do Secretário Municipal de Saúde de Santa Helena-

SC.

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ANEXOS

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ANEXO A – Medida de Independência Funcional (MIF).

Medida de Independência Funcional – MIF

(BRASIL,2006)

Níveis de dependência motora:

INDEPENDÊNCIA (SEM AJUDA) – não é necessária a ajuda de outra pessoa para

realizar as atividades.

7. INDEPENDÊNCIA COMPLETA – todas as tarefas descritas que constituem a

atividade em questão são realizadas com segurança, sem modificação, sem ajuda

técnica e em tempo razoável.

6. INDEPENDÊNCIA MODIFICADA – a atividade requer uma ajuda técnica,

adaptação, prótese ou órtese, um tempo de realização demasiado elevado, ou não

pode ser realizada em condições de segurança suficientes.

DEPENDENTE (COM AJUDA): é necessária outra pessoa para supervisão ou ajuda

física, sem esta, a atividade não pode ser realizada.

5. SUPERVISÃO OU PREPARAÇÃO – a pessoa só necessita de um controle, ou

uma presença, ou uma sugestão, ou um encorajamento, sem contato físico. Ou

ainda o ajudante (a ajuda) arranja ou prepara os objetos necessários ou coloca-lhe a

órtese ou prótese (ajuda técnica).

4. ASSISTÊNCIA MÍNIMA – o contato é puramente “tátil”, com uma ajuda leve, a

pessoa realiza a maior parte do esforço (pessoa 75%) .

3. ASSISTÊNCIA MODERADA – a pessoa requer mais que um contato leve, uma

ajuda mais moderada, realiza um pouco da metade do esforço requerido para a

atividade (pessoa 50%).

DEPENDÊNCIA COMPLETA – a pessoa efetua menos da metade do esforço

requerido para a atividade. Uma ajuda máxima ou total é requerida, sem a qual a

atividade não pode ser realizada. Os níveis são:

2. ASSISTÊNCIA MÁXIMA – a pessoa desenvolve menos da metade do esforço

requerido, necessitando de ajuda ampla ou máxima, mas ainda realiza algum

esforço que ajuda no desempenho da atividade (pessoa 25%).

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1. ASSISTÊNCIA TOTAL – a pessoa efetua esforço mínimo, necessitando de ajuda

total para desempenhar suas atividades (pessoa 0%).

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Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Alimentação

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78

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Higiene Pessoal

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79

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Banho

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80

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Vestir-se acima da

cintura

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81

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Vestir-se abaixo

da cintura

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82

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Uso do vaso

sanitário

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83

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Controle da Urina

– Parte 1

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84

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Controle da Urina

– Parte 2

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85

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Controle das fezes

– Parte 1

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86

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Controle das fezes

– Parte 2

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Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Transferências:

leito, cadeira e cadeira de rodas

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Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Transferências:

vaso sanitário

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89

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Transferências:

chuveiro ou banheira

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Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Locomoção

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91

Medida de Independência Funcional – Árvore de Decisões – Locomoção:

escadas