universidade do minho - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da filosofia que queiram...

61
CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM EDUCAÇÃO, ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO DOSSIÊ INTERNO Escola Proponente: INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA (IEP) Março de 2008 PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO DO MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A Departamento de Pedagogia UNIVERSIDADE DO MINHO

Upload: vukhanh

Post on 25-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

 

CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM EDUCAÇÃO,

ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

DOSSIÊ INTERNO

Escola Proponente: INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA (IEP)

Março de 2008

PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO DO MESTRADO MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ÁREA DE

ESPECIALIZAÇÃO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

A

a

Dep

arta

men

to d

e Pe

dago

gia

UNIVERSIDADE DO MINHO  

Page 2: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

ÍNDICE

1. Enquadramento e Justificação do Ciclo de Estudos 3

2. Objectivos do Ciclo de Estudos 4

3. Perfil de Formação 5

4. Resultados de Aprendizagem 6

5. Estrutura e Plano Curricular do Ciclo de Estudos 8

6. Recursos Humanos e Materiais 10

7. Encargos 10

8. Programas das Unidades Curriculares 10

Anexos

Anexo 1 - Mapa de afectação de docentes ao Ciclo de Estudos 48

Anexo 2 - Minuta da Resolução do Senado Universitário 51

Anexo 3 - Plano de Estudos de Acordo com o Ponto 11 do Formulário da DGES 55

Anexo 4 - Condições de Candidatura e Critérios de Selecção 58

Parecer do Departamento de Filosofia e Cultura – ILCH 60

Deliberação do Conselho Académico 62

Page 3: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

1. Enquadramento e Justificação do Ciclo de Estudos

O Mestrado em Educação, área de especialização em Filosofia da Educação, foi

criado pela Portaria nº 405/86, de 26 de Junho. Tinha, então, a duração de três

semestres lectivos e um semestre de dissertação.

Porém, dois diplomas legais posteriores àquela data suscitaram a necessidade de

alterar o modelo inicial do mestrado. Por um lado, a Lei de Autonomia das Universidades

(Lei nº 108/1988, de 24 de Setembro) atribuiu às universidades, entre outras,

autonomia pedagógica, tendo, por outro lado, o Decreto-Lei nº 216/92, de 13 de

Outubro, reenquadrado o processo de obtenção dos graus de mestre e doutor nas

universidades portuguesas. O Mestrado em Educação, área de especialização em

Filosofia da Educação, foi, então, reformulado, a fim de corresponder às novas exigências

legais.

Assim, em 1993, pela Resolução SU-21/1993, de 14 de Junho, o Senado

Universitário da Universidade do Minho criou este curso de mestrado, cujo novo plano de

estudos viria a ser aprovado pelo Despacho RT/C-113/1995, de 10 de Abril, prevendo-

se, agora, quatro semestres curriculares, os dois iniciais dedicados à leccionação e os

restantes à dissertação.

Todavia, quer a experiência adquirida ao longo de mais de uma década de vigência

do curso de mestrado a pós a sua reformulação dos anos noventa, quer a recente

adopção de um modelo de ensino superior inspirado no Processo de Bolonha, exigem

uma nova reformulação.

O presente mestrado continuar-se-á a designar Mestrado em Educação, área de

especialização em Filosofia da Educação, e manter-se-á como um mestrado de cariz

académico.

Permanece a duração de quatro semestres, sendo os dois primeiros destinados à

leccionação e os restantes à elaboração da dissertação. Diminui-se, contudo, a carga

horária.

O elenco disciplinar é alterado, tendo em vista não só acolher áreas de estudo

emergentes da Filosofia da Educação, como possibilitar a especialização neste domínio a

Page 4: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

alunos procedentes de formações graduadas diferentes da Filosofia, ou em cujo currículo

a Filosofia, mormente a Filosofia da Educação, tinha um peso não substancial.

Com esta última alteração se relaciona uma outra: o acesso ao mestrado passa a

ser possível não só a portadores de uma licenciatura em Filosofia, ou com uma forte

componente filosófica, mas também a licenciados das áreas do Ensino e da Educação e,

ainda, aos detentores de outras licenciaturas relevantes.

Pretende-se, assim, que o mestrado continue a ser um espaço para acolhimento

dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas

capacidades de reflexão filosófica sobre a educação. Mas pretende-se, também, que os

licenciados nas áreas do Ensino e da Educação que, na sua formação graduada, ao

terem tomado contacto com o saber científico-educacional o tiveram também com a

Filosofia da Educação, possam ter oportunidade de desenvolver as competências

próprias do questionamento fundamental sobre a educação.

Justifica-se, assim, a adequação agora proposta de acordo com o Despacho nº

7287 – B/2006 (2ª série) do Diário da República de 31 de Março de 2006.

2. Objectivos do Ciclo de Estudos

O presente Curso de Mestrado em Educação é um mestrado académico em dimensões

centrais da competência profissional de professores, técnicos superiores de educação e de

outros grupos socioprofissionais, decorrentes da concepção do actor educativo como um

profissional capaz de se adaptar às características e desafios das situações singulares em

função das especificidades dos públicos e dos contextos escolares e sociais em que actua.

Neste entendimento, serão objectivos do Curso, por referência principal à Área de

Especialização em Filosofia da Educação:

i. Promover o conhecimento das perspectivas teóricas relevantes para a

compreensão filosófica dos fenómenos educacionais;

ii. Desenvolver competências teóricas e metodológicas de investigação no âmbito da Filosofia da Educação;

iii. Valorizar e ampliar os lugares de memória da pedagogia europeia, incluindo a

portuguesa;

Page 5: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

iv. Dinamizar processos de reflexão filosófica aplicada aos problemas educativos em ordem a contribuir para a sua posterior resolução

v. Equacionar e interpretar problemas educacionais, culturais, sociais,

económicos e políticos contemporâneos, manifestando abertura a diversas áreas do saber e construindo uma visão crítica do conhecimento e da realidade;

vi. Promover a participação no debate público sobre as questões da educação, em

lugares e modalidades de diversa ordem;

vii. Valorizar a participação no desenho, desenvolvimento, avaliação e disseminação de projectos que propiciem a compreensão e a mudança das práticas educativas.

3. Perfil de Formação

O Mestre em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação, será detentor de

uma visão crítica, reflexiva e fundamentada das dimensões profissional, social e ética da

educação, mas também possuirá as capacidades necessárias para contribuir activamente para a

sua mudança, quando esta se impuser. No caso do Mestre em Educação, Área de

Especialização em Filosofia da Educação, que exerça a profissão docente, as dimensões da sua

formação adequam-se igualmente ao perfil do professor construído na base da regulamentação

legal existente, em particular o Decreto-Lei n° 240 de 30 de Agosto de 2001, relativo à definição

do perfil geral de desempenho profissional dos educadores de infância e dos professores dos

ensinos básico e secundário, e o Decreto-Lei n° 43/2007, de 22 de Fevereiro, DR n° 38, l'

série, que define as condições necessárias para a obtenção de habilitação profissional para a

docência.

Vivendo-se hoje numa era da informação e da comunicação, do conhecimento e da

aprendizagem, na qual se jogam forças e lógicas conflituais, exige-se do professor e do técnico

superior de educação um conjunto alargado de competências (conhecimentos, capacidades,

atitudes, valores) que lhe permitam desempenhar um papel relevante na formação de cidadãos

informados, críticos e actuantes no quadro de instituições de ensino formal e não-formal. Assim,

também os respectivos actores devem ser profissionais informados, críticos e actuantes, capazes

de reconstruir o seu pensamento e acção ao longo da vida. Ensinar e formar implicará, desta

perspectiva, estruturar, monitorizar e avaliar aprendizagens socialmente relevantes, no quadro do

Page 6: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

desenvolvimento integral dos indivíduos e da sua inclusão plena na escola e na sociedade. Neste

sentido, o saber educativo do professor e do técnico superior de educação apoia-se em

qualificações culturais, éticas, científicas, pedagógicas, organizacionais e técnicas, que lhe

permitam desenvolver uma acção consciente, deliberada e responsável nos contextos da prática

profissional.

Neste contexto, identifica-se de seguida um conjunto de competências-chave que devem

integrar o perfil do Mestre em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação:

i. Investigar a realidade educacional e contribuir para a definição do seu rumo

futuro; ii. Produzir conhecimento filosófico-educacional em ordem à compreensão e à

resolução dos problemas educacionais actuais dentro e fora do sistema educativo formal;

iii. Definir escalas de valores pedagógicos e delinear a sua implementação; iv. Ter um papel activo na construção, devidamente fundamentada, de projectos

educativos; v. Equacionar, interpretar e questionar filosoficamente a educação, a cultura e, de

um modo geral, a realidade sociopolítica contemporânea, manifestando abertura a diversas áreas do saber e construindo uma visão crítica e multidisciplinar do conhecimento e da realidade;

vi. Contribuir para a intervenção ética e cívica, de formação inclusiva e de

intervenção social, no quadro de uma educação para a cidadania democrática;

vii. Implicar-se no seu desenvolvimento pessoal e profissional, numa perspectiva de formação permanente;

viii. Participar no debate público sobre as questões da educação formal e não-

formal.

4. Resultados de Aprendizagem

Os resultados esperados da aprendizagem têm em consideração o Perfil geral de

desempenho profissional do educador de infância e dos professores do ensino básico e

secundário {aprovado pelo Decreto-Lei n.' 240/2001, de 30 de Agosto e tomado como

Page 7: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

referência pelo Decreto-Lei 43/2007, de 22 de Fevereiro}, e de outros grupos sócio-

profissionais, nomeadamente ao nível:

i. da dimensão profissional, social e ética, valorizando a promoção de

aprendizagens curriculares, fundamentando a prática profissional num saber específico resultante da produção e uso de diversos saberes integrados em função das acções educativas concretas;

ii. da dimensão de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem,

valorizando a promoção de aprendizagens no âmbito de um currículo, no quadro de uma relação pedagógica de qualidade, integrando, com critérios de rigor científico e metodológico, conhecimentos das áreas que o fundamentam;

iii. da dimensão da participação na escola e de relação com a comunidade,

valorizando o exercício integrado da actividade profissional, no âmbito das diferentes dimensões da escola como instituição educativa e no contexto da comunidade em que ela se insere;

iv. da dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida,

valorizando a formação como elemento constitutivo da prática profissional, construindo-a a partir das necessidades e realizações de que toma consciência, envolvendo, neste processo, o recurso à investigação.

Mais concretamente, espera-se que, no final do Curso, o Mestre em Educação,

Área de Especialização em Filosofia da Educação, seja capaz de:

i. Compreender a problemática fundamental subjacente à Filosofia da

Educação;

ii. Analisar as teorias fundamentais da História da Pedagogia;

iii. Identificar e compreender problemas concretos no âmbito da

educação e da pedagogia em função de saberes adquiridos;

iv. Operacionalizar projectos de investigação no âmbito da Filosofia da

Educação;

v. Equacionar as implicações culturais, sociais e educacionais da

Filosofia da Educação na sociedade contemporânea;

vi. Revelar conhecimento de perspectivas actuais da Filosofia da

Educação, associadas à investigação realizada neste domínio;

Page 8: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

vii. Dominar os saberes filosófico-educacionais relevantes para o exercício

profissional no domínio de docência.

5. Estrutura e Plano de Curricular do Ciclo de Estudos

O plano de estudos organiza-se em unidades curriculares distribuídas por 4 semestres, com

um total de 120 Créditos e estrutura-se em 4 áreas científicas: Filosofia da Educação (HE),

Filosofia (F), História da Pedagogia (HP) e Metodologias da Investigação (MI), com unidades

curriculares obrigatórias e opcionais.

A área científica da Filosofia da Educação (FE) inclui as seguintes unidades curriculares

obrigatórias: Filosofia da Educação: temas e problemas; Epistemologia do Discurso

Pedagógico; Filosofia do Imaginário Educacional; Ética e Deontologia na Educação e no

Ensino. A área científica de Filosofia (F) integra a unidade curricular obrigatória de Temas de

História da Filosofia. A área científica de História da Pedagogia (HP) integra a unidade

curricular obrigatória de Autores e Sistemas da Pedagogia Fundamental. A área científica de

Metodologias da Investigação (MI) está representada através da unidade curricular obrigatória.de

Metodologia da Investigação em Filosofia da Educação

No concernente às unidades curriculares opcionais, intituladas Temas de Filosofia em

Portugal e Fundamentos de Educação para a Cidadania, elas pertencem, respectivamente, às

áreas científicas de Filosofia da Educação (FE) e de Filosofia (F).

A estrutura curricular integra 8 unidades curriculares nos dois primeiros semestres,

perfazendo num total 10 horas semanais no primeiro semestre e de 8 horas semanais no

segundo semestre, totalizando 60 Créditos no conjunto destes semestres. Os dois últimos

semestres dizem respeito à realização da Dissertação (com 60 créditos), que constituem

condição essencial para a obtenção do grau de Mestre em Educação.

Page 9: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

 

Área de Especialização em Filosofia da Educação

Opção – Temas de Filosofia em Portugal (DFil e Cultura)

– Fundamentos de Educação para a Cidadania (DPed)

SEMESTRE ÁREA CENTÍFICA

DEPARTAMENTO UNIDADES CURRICULARES

HORAS

(TOTAL)

HORAS

(CONTACTO) CRÉDITOS

S1

Filosofia da Educação (FE)

DPed Filosofia da Educação: temas e problemas

196 40 7

Filosofia da Educação (FE)

DPed Epistemologia do Discurso Pedagógico

196 40 7

História da Pedagogia (HP)

DPed Autores e Sistemas da Pedagogia Fundamental

252 60 9

Filosofia da Educação (FE)

DPed Ética e Deontologia na Educação e no Ensino

196 40 7

Subtotal 30

S2

Filosofia da Educação (FE)

DPed Filosofia do Imaginário Educacional

224 40 8

Filosofia (F) DFil e Cultura

Temas de História da Filosofia

252 60 9

Metodologias da Investigação (MI)

DPed Metodologia da Investigação em Filosofia da Educação

196 40 7

Filosofia da Educação (FE)

DPed

Opção

168 40 6

Subtotal 30

S3 e S4 Filosofia da Educação (FE)

DPed Dissertação 1680 80 60

Subtotal 60

TOTAL

120

Page 10: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

10 

 

6. Recursos Humanos e Materiais

A área de especialização em Filosofia da Educação do Curso de Mestrado em Educação

será assegurada por docentes dos departamentos de Pedagogia (IEP) e de Filosofia e Cultura

(ILCH), os quais contam, de momento, com um total de 15 docentes doutorados: 9 do

Departamento de Pedagogia e 6 do Departamento de Filosofia e Cultura.

Em termos de recursos materiais, o Instituto de Educação e Psicologia (IEP) encontra-se

bem apetrechado em instalações e equipamentos de apoio ao Curso e tem à sua disposição

uma biblioteca de referência no domínio da Educação, compreendendo monografias

especializadas e periódicos nacionais e estrangeiros no âmbito da Filosofia da Educação.

7. Encargos

Das despesas decorrentes do funcionamento do Curso, não se prevê que os novos modos

de trabalho pedagógico, em ambiente de investigação, acarretem encargos adicionais para a

Universidade do Minho.

8. Programas das Unidades Curriculares

Nas páginas que se seguem faz-se uma descrição detalhada, ainda que sucinta, dos

programas das diferentes Unidades Curriculares que integram o Plano de Estudos da Área de

Especialização em Filosofia da Educação do Curso do Mestrado em Educação, tendo em conta

os seguintes aspectos: Breve apresentação e objectivos; Resultados esperados da aprendizagem;

Tópicos programáticos; Bibliografia básica; Organização do processo de ensino-aprendizagem e

Avaliação. Para cada programa foi preenchida uma ficha com a indicação, onde consta uma

listagem de resultados de aprendizagem, da distribuição das horas lectivas imputadas

distribuídas do seguinte modo: Horas de contacto com o docente, Horas de trabalho

independente e Horas de avaliação.

Page 11: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

11 

 

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO: TEMAS E PROBLEMAS

1. Apresentação e objectivos

A unidade curricular designada Filosofia da Educação: Temas e problemas insere-se no plano de

estudos do Mestrado em Educação – especialidade de Filosofia da Educação e pretende reflectir

criticamente, numa perspectiva histórica e cultural os temas e os problemas que constituem a sua razão

de ser no sentido de levar o Homem à maior perfectibilidade possível, quer a nível individual, quer a nível

colectivo, bem como o tratamento dado aos mesmos em Portugal.

2. Resultados esperados de aprendizagem

a. Apreender a complexidade da condição humana

b. Reflectir o lugar da Filosofia no campo da educação

c. Questionar os conceitos de filosofia, educação e pedagogia

d. Problematizar o lugar do homem educado enquanto sujeito crítico

e. Identificar questões filosóficas da educação e da prática pedagógica

f. Equacionar o sentido e a evolução da educação portuguesa ao longo da história.

g. Construir atitudes críticas sobre a temática da filosofia da educação em Portugal e no mundo

3. Tópicos programáticos

a. História da Filosofia vs História da Educação

b. Homem, sociedade e cultura

c. Reflexão filosófica, educação e prática pedagógica

d. Unidade e diversidade humanas

e. O objectivo e o subjectivo em educação

f. Utilitarismo, pragmatismo e cepticismo

g. Democracia, participação e complexidade

h. Pós modernidade e educação

i. Limiares éticos e antropológicos da educação

j. Utopia, imaginário e educação

Page 12: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

12 

 

4. Bibliografia básica

AA. VV. (dir. Jean Houssaye) (1999). Éducation et philosophie, approches contemporaines. Paris:

ESF.

AA. VV. (2006). Itinerários de filosofia da educação, nros 3 e 4

AA. VV. (dir. Adalberto Dias de Carvalho) (2007). Dicionário de filosofia da educação. Porto:

Porto Editora.

ANTUNES, Manuel, S.J. (2005). Obra completa: Paideia – Educação e Sociedade, tomo II.

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

CARVALHO, Adalberto Dias de (2001). Filosofia da educação: temas e problemas. Porto:

Afrontamento.

CASULO, José Carlos (2000). Contributos para o estudo da Pedagogia Portuguesa

Contemporânea. CEED-IEP/UM: 2000..

FULLAT, Octavi (1979). Filosofias de la educacion, 2ª ed.. Barcelona: Ceac.

HAMELINE, D. (2000). Courants et contre-courants dans la pedagogie contemporaine. Paris:

ESF.

MANSO, Artur (2008). Para uma educação estética. Porto: Marânus.

MORIN, Edgar (2002). Repensar a reforma, reformar o pensamento – a cabeça bem feita, trad..

Lisboa: Instituto Piaget.

PATRÍCIO, Manuel Ferreira (2000). "Filosofia da educação em Portugal no século XX", em AA VV

(dir. Pedro Calafate) História do Pensamento Filosófico Português, Vol V - tomo 2. Lisboa:

Caminho, pp. 71-134.

QUINTANA CABANAS, José Maria (2002). Teoria da educação, trad.. Porto: Asa.

VEIGA, Manuel Alte da (1998). Vida, violência, escola, família. Braga: APPACDM.

5. Organização do processo de ensino e aprendizagem

As aulas são de natureza teórica e teórico-prática. As aulas teóricas são de exposição e

comentário participado (professor/alunos) dos tópicos programáticos. As aulas teórico-práticas destinam-

se à discussão e aprofundamento dos tópicos programáticos, bem como à elaboração de trabalhos

individuais e em grupo.

6. Avaliação das aprendizagens

A avaliação é contínua, feita de acordo com as normas e regulamentos vigentes na Universidade

do Minho, distribuída equitativamente (50% + 50%) pela componente teórica e pela componente teórico-

prática, reflectindo, ainda, a participação dos alunos no decurso das mesmas, quer a nível individual,

quer a nível colectivo.

Page 13: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

13 

 

CURSO – Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR – Filosofia da Educação: Temas e problemas ÁREA CIENTÍFICA – Filosofia da Educação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 7 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Dominar, de modo abrangente e aprofundado, os debates epistémicos, as temáticas e perspectivas filosóficas da educação mais significativas ao longo dos tempos

8 5 0,5 19 10 6 1 49.5

Revelar ampla informação bibliográfica especializada no âmbito da Filosofia da Educação

4 5 0.5 10 10 10 1 40.5

Possuir capacidades de planificar e desenvolver uma Dissertação no domínio científico da Filosofia da Educação

3 5 1 10 10 19 1 49

Demonstrar capacidade de redigir, com base na investigação realizada, um trabalho científico adequado, do ponto de vista formal e material.

1 5 2 10 10 28 1 57

TOTAL 16 20 4 49 40 63 4 196

Page 14: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

14 

 

EPISTEMOLOGIA DO DISCURSO PEDAGÓGICO

1. Apresentação e objectivos da unidade curricular

A área curricular que aqui se apresenta propõe-se interrogar o saber pedagógico quanto à sua

origem, à sua natureza e aos seus limites. No que respeita à origem, podemos investigá-la a partir da

questão ‘como se conhece os fenómenos de aprendizagem e de educação?’. A natureza do

conhecimento identifica-se tendo por base a pergunta ‘que conhecimento é aquele que possuímos (ou

acreditamos possuir) dos fenómenos de aprendizagem e educativos?’; por fim, os limites investigam-se

em função da interrogação ‘até que ponto conhecemos os fenómenos de aprendizagem e de educação?’.

Pretende-se que esta unidade curricular forneça aos mestrandos uma capacidade reflexiva capaz

de identificar padrões paradigmáticos existentes entre as várias ciências, nomeadamente entre as

ciências sociais e as de educação, ainda fortemente vinculadas ao mecanicismo newtoniano.

A dimensão crítica sobre os fundamentos da produção do saber educativo coloca esta unidade

para além da descrição pretensamente neutral da ciência moderna, aproximando-a do papel

historicamente reconhecido à Pedagogia, enquanto disciplina fiosófica que se dedicava à dimensão

educativa.

O posicionamento ideológico desta unidade assume que todo o conhecimento educacional é um

discurso elaborado num contexto histórico, comunitário e cultural específico, no qual se defende a

elaboração de textos e práticas pedagógicas em que as divisões nas quais assentava a epistemologia (e a

ciência) clássica deixa de ter sentido.

Esta unidade curricular tem como objectivos:

- Dotar os mestrandos com um saber sobre a evolução do discurso pedagógico inseridos em

alguns paradigmas epistemológicos;

- Explicar a especificidade do discurso científico no ocidente;

- Identificar os pressupostos, dogmas e crenças dos discursos científicos das ciências sociais;

- Construir quadros referenciais de produção de conhecimento pedagógico para além de divisões

dualistas (eg.:sujeito/objecto; teoria/prática).

Page 15: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

15 

 

2. Resultados esperados da aprendizagem:

No final do semestre lectivo, os alunos deverão conseguir:

- Identificar o significado etimológico e histórico da Pedagogia e da Pedagogia Prática;

- Caracterizar o saber científico das Naturwissenschaften e das Geistwissenschaften;

- Questionar o estatuto epistemoológico da(s) Ciência(s) da Educação;

- Reflectir sobre a natureza, origem e limites do conhecimento educacional.

3. Tópicos programáticos

A Pedagogia como disciplina filosófica. Episteme, Scientia e modernidade. Positivismo comtiano

e surgimento das ciências sociais. Crise paradigmática em novecentos e o retorno das questões

filosóficas. Ciência(s) da Educação e Pedagogia Prática: em direcção à transdisciplinaridade em

Educação.

4. Bibliografia básica

Carvalho, A. Dias (1992). A Educação como Projecto Antropológico. Porto. Afrontamento.

Giroux, H., (1998) Teachers as Intellectuals. Towards a Critical Pedagogy of Learning. Massach.:

Begin and Garvey.

Hameline, D. (1986). L’Éducation et ses Propos. Paris. PUF.

Jarvis, P., (1999) The Practitioner-Researcher - Developing Theory from Practice. São Francisco:

Jossey-Bass.

Oliveira, Clara Costa (1999). A Educação como Processo Auto-organizativo – Fundamentos

Teóricos para uma Educação Permanente e Comunitária. Lisboa: Instituto Piaget.

Oliveira, Clara Costa (2000). Holismo: Aprender e Educar. Diversidade e Diferença. Porto.

Faculdade de Letras - Universidade do Porto, pp. 287-292.

Oliveira, Clara Costa (2003). A Lógica da Observação – Contributos para o Esclarecimento do

Conceito de Construtivismo”. In DiaCrítica, nº 17/3, pp. 339- 349.

Polkingorne, D., E., (1988) Narrative Knowing and the Human Sciences. Nova Iorque: Sunny

Press.

Rorty, R., (1989) Contingency, Irony and Solidarity. Cambridge: University Press.

Page 16: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

16 

 

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

Nesta unidade curricular, o processo de ensino-aprendizagem abrange horas de contacto com os

docentes, segmentadas em sessões teóricas, teórico-práticas e em tutórias. Inclui horas de trabalho

independente do aluno, quer em estudo, quer na elaboração de trabalhos individuais/grupais, quer em

momentos de auto e hetero-avaliação.

6. Avaliação

O sistema de avaliação da unidade curricular será contínuo e formativo, assentando nos

seguintes parâmetros:

-Elaboração de trabalhos individuais;

- Participação na elaboração de trabalhos de grupo;

- Prestação na apresentação e discussão de trabalhos;

-Frequência e participação pertinente nas sessões presenciais.

O exame será uma excepção, a ponderar em situações extraordinárias.

Page 17: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

17 

 

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR: Epistemologia do Discurso Pedagógico ÁREA CIENTÍFICA: Filosofia da Educação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 7 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Identificar o significado etimológico e histórico da Pedagogia e da Pedagogia Prática

4 - 3 30 12 1 50

Caracterizar o saber científico das Naturwissenschaften e das Geistwissenschaften

2 6 3 20 10 1 42

Questionar o estatuto epistemológico da(s) Ciência(s) da Educação

2 6 3 14 5 1 31

Reflectir sobre a natureza, origem e limites do conhecimento educacional

2 6 3 45 16 1 73

TOTAL 6 22 ------- ------ ------- 12 109 43 ------- 4 196h

Page 18: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  18

AUTORES E SISTEMAS DA PEDAGOGIA FUNDAMENTAL

1. Apresentação e objectivos

A unidade curricular de Autores e Sistemas da Pedagogia Fundamental situa-se no 1º semestre

curricular do Mestrado em Educação, área de especialização em Filosofia da Educação. A sua carga

horária semanal é de três horas lectivas.

Num mestrado em Filosofia da Educação aberto a estudantes de proveniência académica, ao

nível da sua formação graduada, não exclusivamente da área da Filosofia, seria forçoso a presença de

uma disciplina que, sem perder de vista o essencial da problemática filosófico-educacional, acentuasse a

teorização pedagógica que dela decorre

Por outro lado, não seria aceitável que, num curso desta natureza, se negligenciasse a vertente

da evolução histórica da reflexão filosófica sobre a educação e as propostas daí resultantes, incluindo na

compreensão do conceito de “evolução histórica da reflexão filosófica sobre a educação e as propostas

daí resultantes” a evolução histórica da reflexão filosófica sobre a educação em Portugal e as propostas

daí resultantes.

A unidade curricular de Autores e Sistemas da Pedagogia Fundamental pretende responder a

estas duas exigências. Assim, ela aborda, numa perspectiva cronológica, o estudo do pensamento sobre

educação dos principais autores e sistemas da cultura ocidental, particularizando o caso português, numa

perspectiva de tratar as teorias pedagógicas à luz da problemática que as fundamenta.

2. Resultados esperados de aprendizagem

- Compreender a evolução histórica do pensamento pedagógico-fundamental;

- Conhecer os principais autores e sistemas da pedagogia ocidental;

- Conhecer o pensamento pedagógico fundamental português;

- Analisar textos da História da Pedagogia Fundamental.

3. Tópicos programáticos

Módulo I – Autores e Sistemas da Pedagogia Fundamental

1. Época Antiga e Medieval

1.1. Pré-socráticos e sofística. Sócrates, Platão e Aristóteles. Civilização helenístico-romana

.St.º Agostinho e a Patrística

1.2. Autores e correntes da Alta Idade Média. Escolástica e misticismo

Page 19: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  19

2. Época Moderna e Contemporânea

2.1. Renascimento e humanismo. Do realismo ao iluminismo. Rousseau e o naturalismo.

2.2. Autores e sistemas da Pedagogia Fundamental no séc. XIX. A Educação Nova. Autores e

sistemas recentes.

Módulo II – Pensamento pedagógico-fundamental português

1. Problemática e fontes da História do Pensamento Pedagógico-fundamental em Portugal

2. Grandes períodos de referência da História do Pensamento Filosófico-educacional em

Portugal e respectivos autores e sistemas

3. A Ontagogia de Portugal

4. Bibliografia básica

Abbagnano, N./Visalberghi, A., História da Pedagogia, 4 vols., trad. de Glicínia Quartin, Livros

Horizonte, Lisboa

Andrade, António Alberto Banha de, Contributos para a História da Mentalidade Pedagógica

Portuguesa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1982

Bowen, James/ Hobson, Peter, Teorias de la educación: innovaciones importantes en el

pensamiento educativo occidental, trad de M. Arboli, Limusa, México, 1979

Cambi, Franco, Storia Della Pedagogía, G. Laterza & Figli, Bari,1995

Casulo, José Carlos, Contributos para o estudo da Pedagogia Portuguesa Contemporânea,

CEEP/IEP-UM, Braga, 2001

Chateau, J. (dir. de), Os grandes pedagogos, trad. de Maria Emília F. Moura, Livros do Brasil,

Lisboa, s/d

Deusdado, Manuel Ferreira, Educadores Portugueses, 2ª ed., Lello & Irmão Editores, Porto, 1995

[1ª ed.: 1905]

Fernandes, Rogério, A pedagogia portuguesa contemporânea, ICP, Lisboa, 1979

Rorty, Amélie Ocksenberg, Philosophers on Education: new historical perspectives, Routledge,

London/New York, 1998

Page 20: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  20

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

As horas lectivas semanais desta unidade curricular serão distribuídas entre teóricas (uma hora)

e teórico-práticas (duas horas).

A hora teórica terá um carácter expositivo, e, fundamentalmente, revestirá a forma de lição.

As horas teórico-práticas serão dedicadas a trabalho de grupo e individual por parte dos alunos,

sob orientação e acompanhamento do docente.

6. Avaliação

É necessária a frequência de dois terços das aulas efectivamente dadas para se obter aprovação

à disciplina.

Sem prejuízo do regulamentarmente disposto quanto ao recurso a exame final, a avaliação da

componente teórica far-se-á através de um teste escrito, constando a avaliação da componente teórico-

prática de um trabalho escrito de análise de um ou, desde que ligados entre si, mais textos.

Os resultados obtidos numa e noutra componente terão igual peso na ponderação da

classificação final.

Page 21: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  21

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR: Autores e Sistemas da Pedagogia Fundamental ÁREA CIENTÍFICA: História da Pedagogia UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 9 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA)

Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Compreender a evolução histórica do pensamento pedagógico-fundamental

5 9

1 32

15

1 63

Conhecer os principais autores e sistemas da pedagogia ocidental

5

9

1 32

15

1 63

Conhecer o pensamento pedagógico fundamental português

5

9

1 32

15

1 63

Analisar textos da História da Pedagogia Fundamental

5 9

1 32

15

1

63

TOTAL 20 36 4 128 60 4 252

Page 22: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

22 

 

ÉTICA E DEONTOLOGIA NA EDUCAÇÃO E NO ENSINO

1. Apresentação e objectivos da unidade curricular

A unidade curricular Ética e Deontologia na Educação e no Ensino inscreve-se no plano geral de estudos

do Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação. Pretende esta unidade

curricular abordar um dos problemas pertinente à educação e ao ensino, a saber: em que valores se

estruturam as diferentes articulações entre a ética e a deontologia na educação e no ensino. Procurar-se-á,

a partir de uma reflexão critica, obter respostas que permitam esclarecer que tipo de implicações uma

relação como esta pode proporcionar no âmbito da díade educação/ensino. Pretende-se assim, pensar uma

articulação equilibrada entre a existência de um código de direitos e deveres, bem como, a base valorativa

em que se sustenta a própria acção educativa. Uma reflexão crítica sobre a importância da ética e da

deontologia permitir-nos-á contextualizar e compreender a necessidade de um compromisso pedagógico

entre os diferentes agentes da educação. As implicações pedagógicas desse compromisso reflectir-se-ão

numa educação que promova o entrecruzamento entre o saber ser e o saber estar. Revelando-se, deste

modo, a pertinência e a actualidade desta unidade curricular, cujas temáticas fazem transparecer o carácter

dinâmico que as questões de natureza educacional, essenciais ao aprofundamento do sentido da educação

do ser humano, trazem à nossa contemporaneidade.

2. Resultados de aprendizagem:

(1) Definir conceitos essenciais: ética, deontologia, moral, valores, dever, educação, ensino;

(2) Reflectir sobre a relação ética/deontologia;

(3) Confrontar os conceitos educação/ensino no âmbito da responsabilidade da acção educativa;

(4) Compreender a importância da relação entre o binómio ética/deontologia e o binómio

educação/ensino;

(5) Problematizar o entrecruzamento entre saber ser e saber estar;

3. Tópicos programáticos:

Conceitos básicos; o como e o quê da educação ética; pressupostos filosóficos do sentido moral; a

primazia da acção responsável e a questão do dever; a formação de escalas de valor; o desenvolvimento

pessoal e social e o binómio educação/ensino;

Page 23: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  23

4. Bibliografia básica:

BAUMAM, Z. (1997). Ética Pós-Moderna. São Paulo: Paulus.

BLASQUEZ, N. (1986). “DEONTOLOGIA DE LA EDUCACIÓN”, IN REVISTA ESPAÑOLA DE PEDAGOGÍA,

174, XLIV.

CUNHA, P. (1996). “PARA UMA NOVA DEONTOLOGIA DA PROFISSÃO DOCENTE”, “PARA UMA

DEONTOLOGIA DA CARREIRA DOCENTE”, IN ÉTICA E EDUCAÇÃO. LISBOA: U.C.P EDITORA.

ESTRELA, M.T. (1991). “DEONTOLOGIA E FORMAÇÃO MORAL DOS PROFESSORES”, IN CIÊNCIAS DE

EDUCAÇÃO EM PORTUGAL. PORTO: EDIÇÕES AFRONTAMENTO.

MONTEIRO, A. R. (2004). EDUCAÇÃO & DEONTOLOGIA. LISBOA: ESCOLAR EDITORA.

PATRÍCIO, MANUEL (1993). “DEONTOLOGIA EDUCACIONAL”, IN LIÇÕES DE AXIOLOGIA

EDUCACIONAL. LISBOA: UNIVERSIDADE ABERTA.

RUIZ, D.J. (1994). ÉTICA Y DEONTOLOGIA DOCENTE. MADRID: EDICIONES BRAGA.

VIDAL, M. (1981). LA EDUCACION MORAL EN LA ESCUELA – PROPUESTAS Y MATERIALES. MADRID:

EDICIONES PAULINAS.

5. Organização do processo de ensino/aprendizagem

Apresentação e discussão dos tópicos programáticos nas aulas Teóricas. Análise crítica de textos e

exposição dos resultados, por parte dos alunos, nas aulas Teórico-Práticas.

6. Avaliação

Uma avaliação periódica assente em testes escritos com componentes teórica e teórico-prática e na

apresentação oral de trabalhos individuais sobre textos estudados nas aulas, tendo estes dois elementos de

avaliação igual ponderação na determinação da classificação final.

Page 24: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  24

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR: Ética e Deontologia na Educação e no Ensino ÁREA CIENTÍFICA: Filosofia da Educação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 7 créditos (ECTS) Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laboratoriais T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Definir conceitos essenciais: ética, deontologia, moral, valores, dever, educação, ensino;

5 5 1 15 21 1 48

Reflectir sobre a relação ética/deontologia;

1 1 0,5 8 12,5 0,5 23,5

Confrontar os conceitos educação/ensino no âmbito da responsabilidade da acção educativa;

4 4 0,5 10 15,5 1 35

Compreender a importância da relação entre o binómio ética/deontologia e o binómio educação/ensino;

5 5 1 13 21 1 46

Problematizar o entrecruzamento entre saber ser e saber estar;

3 3 1 13 19 0,5 39,5

TOTAL

18

18

4

59

93

4

196

Page 25: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

25 

 

FILOSOFIA DO IMAGINÁRIO EDUCACIONAL

 

1. Apresentação e objectivos da unidade curricular

A Filosofia do Imaginário Educacional é uma Unidade Curricular semestral do 1º Ano (2º

Semestre) do Curso de Mestrado em Educação na área de especialização de Filosofia da Educação do

Departamento de Pedagogia do Instituto de Educação e Psicologia (IEP) da Universidade do Minho. Nesta

unidade curricular pretende-se que os alunos/as se dêem conta que a Imaginação não é um simples

efeito de “mimesis” que, ao distinguir-se da percepção e da própria fantasia, nos obriga quer a pensar

mais, à semelhança da noção de “símbolo” em Paul Ricoeur, quer a recusar o estatuto de actividade

auxiliar ou bastarda do espírito. Aquilo que pretendemos pois dizer, é que a noção de Imaginário por nós

proposta se reclama da tradição romântica alemã que vê na Bildungskraft (imaginação produtiva e

criadora) uma imaginação produtiva a priori. É pois nesta perspectiva que acentuamos o complexo

imaginário do discurso educativo, procurando nele a rede de metáforas, de símbolos, utópicas e míticas.

A este conjunto de figuras que impregnam a tradição educativa ocidental, é por nós designada de

Imaginário Educacional. Contudo, esta unidade curricular ficaria incompleta se somente nos ativesse-mos

a mapear, ainda que de uma forma exaustiva, as referidas figuras, por isso procura-se reflectir, à luz de

uma hermenêutica simbólica, na mais valia que elas representam para a formação (“bildung”) do sujeito.

Assim sendo, espera-se que o Imaginário Educacional nos faça não só encontrar as imagens

fundamentais e orientadoras das narrativas educativas, mas que encontre com urgência a “função de

eufemização” (Gilbert Durand) própria da coisa educativa.

Decorrente do atrás exposto, constituem objectivos desta unidade curricular: 1º - Iniciar os

alunos/as à temática do Imaginário, à sua história e ao seu vocabulário; 2º - Evidenciar que a tradição

educativa ocidental, com os seus textos, ideias, actores e práticas, não pode ser pensada fora de um

imaginário educacional constituído fundamentalmente por metáforas que, por sua vez, abrem para o

mundo dos símbolos, dos mitos e das utopias; 3º - Estudar a importância e o contributo das diferentes

figuras do imaginário educacional para melhor pensar a formação dos sujeitos; 4º - Explicitar uma

espécie de cartografia de temas passíveis de se afirmarem como núcleos duros do Imaginário

Educacional: o exemplo do “Romance de Formação”.

2. Resultados esperados da aprendizagem

No final da Unidade Curricular, os alunos devem ser capazes de: 1º- Conhecer aprofundadamente

a temática do Imaginário, a sua história e o seu vocabulário; 2º - Saber que a tradição educativa

ocidental, com os seus textos, ideias, actores e práticas, não pode ser pensada fora de um imaginário

educacional constituído fundamentalmente por metáforas que, por sua vez, se abrem para o mundo dos

Page 26: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

26 

 

símbolos, dos mitos e das utopias; 3º - Reflectir sobre a importância e o contributo das diferentes figuras

do imaginário educacional para melhor pensar a formação dos sujeitos; 4º - Elaborar uma espécie de

cartografia de temas passíveis de se afirmarem como temas fortes do Imaginário Educacional: o exemplo

do “Romance de Formação”.

3. Tópicos programáticos

1º- A Filosofia do Imaginário Educacional: um desafio hermenêutico no contexto das Ciências

Humanas;

2º- O Imaginário e a sua história: estatuto, vocabulário, fundadores e diferentes sensibilidades;

3º- Os teóricos do Imaginário Educacional: Gaston Bachelard, Bruno Duborgel, Georges Jean;

Kieran Egan, Paolo Mottana;

4º - A natureza do Imaginário Educacional e as suas figuras constitutivas: metáforas, símbolos,

mitos e utopias;

5º - O modelo hermenêutico do Imaginário Educacional: a Mitanálise;

6º - As metáforas da luz, da navegação, hortícolas, entre outras;

7º - Propostas temáticas sobre o Imaginário Educacional: o Romance de Formação; as imagens

da infância na Educação Nova; Mito e Educação: as figuras míticas de Prometeu, de Hermes e de

Pigmalião.

4. Bibliografia básica

ARAÚJO, Alberto Filipe & BAPTISTA, Fernando Paulo (Coord.) (2003). Variações Sobre O

Imaginário. Domínios, Teorizações, Práticas Hermenêuticas. Lisboa: Instituto Piaget.

ARAÚJO, Alberto Filipe (2004). Da Criança Mítica às Imagens da Infância. Maia: Instituto

Superior da Maia.

ARAÚJO, Alberto Filipe; Joaquim Machado de Araújo (2004). Figuras do Imaginário Educacional.

Para um Novo espírito Pedagógico. Lisboa: Instituto Piaget.

WUNENBURGER, Jean- Jacques; ARAÚJO, Alberto Filipe (2006). Educação e Imaginário.

Introdução a uma filosofia do imaginário educacional. S. Paulo: Cortez Editora.

ARAÚJO, Joaquim Machado de; ARAÚJO, Alberto Filipe (2007). Utopia, Cidade e Educação.

Lisboa: Instituto Piaget.

BACHELARD, Gaston (1984). La Poétique de la Rêverie. 8e éd.. Paris: PUF.

BAPTISTA, Fernando Paulo (2007). A rede Lexical do « Imaginário”. Clave para uma leitura deste conceito.

Lisboa: Instituto Piaget.

BOIA, Lucien (1998). Pour une histoire de l’imaginaire. Paris: Les Belles Lettres.

Page 27: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

27 

 

CHARBONNEL, Nanine (1991). Les Aventures de la Métaphore. III Vol..Strasbourg: Presses

Universitaires de Strasbourg.

DROUIN-HANS, Anne Marie (2004). Éducation et utopies. Paris: Vrin.

DUBORGEL Bruno (1995). Imaginário e Pedagogia. Pref. de Gilbert Durand; trad. de Maria João

Batalha Reis. Lisboa: Instituto Piaget.

DURAND, Gilbert (1994). L’imaginaire. Essai sur les sciences et la philosophie de l’image. Paris : Hatier.

EGAN, Kieran (1992). Imagination in Teaching and Learning. Ages 8 to 15. London: Routledge.

GENNARI, Mário (1995). Storia della Bildung. Brescia : La Scuola.

HAMELINE, Daniel (1986). L’Éducation, ses Images et son Propos. Paris : ESF.

JEAN, Georges (1991 – nova ed.). Pour une pédagogie de l’imaginaire. Paris : Casterman.

MOTTANA, Paolo (2002). L’opera dello sguardo. Braci di pedagogia immaginale. Bergamo:

Moretti & Vitali.

MOTTANA, Paolo (2004). La Visione Smeraldina. Introduzione alla pedagogia immaginale.

Milano: Mimesis.

PASSMORE, John (1980). The Philosophy of Teaching. Cambridge: Harvard University Press.

REBOUL, Olivier (1984). Le langage de l’éducation. Paris : PUF.

TEIXEIRA, Maria Cecília Sanchez (2006). Pedagogia do Imaginário e Função Imaginante. Redefinindo o

sentido da educação. Revista Olhar de Professor, vol. 9 (2), 215-227.

THOMAS, Joël (sous la dir. de) (1998). Introduction aux Méthodologies de l’Imaginaire. Paris : ellipses.

WUNENBURGER Jean-Jacques (2003). L’Imaginaire.Paris : PUF.

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

O processo de ensino-aprendizagem será organizado em aulas teóricas (a cargo do docente) e

teórico-práticas (dinamizadas pelo docente e estudantes) com recurso à realização de análise de textos.

Serão também realizadas sessões tutórias. No que se refere às horas d e trabalho independente, o

referido processo será organizado com base em estudo e realização um trabalho individual. Nesta

unidade curricular o processo de ensino-aprendizagem contempla a seguinte carga horária:

- Horas de contacto com o docente: 40 horas, assim distribuídas: 20 horas T, 12 horas TP e 3 Horas de

avaliação;

- Horas de trabalho independente: 184 horas, assim distribuídas: 100 horas para o Estudo dos

alunos e 84 horas para o Trabalho de grupo.

Page 28: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

28 

 

6. Avaliação

A avaliação será de tipo contínuo e terá como elementos a participação dos alunos nas sessões

e um trabalho escrito. Este trabalho, cuja extensão se deverá situar entre as 10 e as 12 páginas,

desenvolverá um dos tópicos do programa. Excepcionalmente, será igualmente considerada a

possibilidade de realização de um Exame Escrito.

 

 

 

 

Page 29: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

29 

 

CURSO – Mestrado Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR – Filosofia do Imaginário Educacional ÁREA CIENTÍFICA – Filosofia da Educação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 8 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA)

Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Conhecer aprofundadamente a temática do Imaginário, a sua história e o seu vocabulário

5 3 2 30 15 1 56

Saber que a tradição educativa ocidental, com os seus textos, ideias, actores e práticas, não pode ser pensada fora de um imaginário educacional constituído por metáforas, símbolos, mitos e utopias

5 2 2 30 15 1 55

Reflectir sobre a importância e o contributo das diferentes figuras do imaginário educacional para melhor pensar a formação dos sujeitos

5 2 2 20 15 0,5 44,5

Elaborar uma espécie de cartografia de temas passíveis de se afirmarem como temas fortes do Imaginário Educacional: o exemplo do “Romance de Formação”

5 5 2 20 36 0,5 68,5

TOTAL 20 12 8 100 81 3 224

Page 30: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

30 

 

TEMAS DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA

1. Apresentação e objectivos da unidade curricular

A área de especialização em Filosofia da Educação, correspondendo ao 2º ciclo de estudos em

Educação, requer uma fundamentação filosófica das opções temáticas e epistemológicas tomadas, com o

aprofundamento das referências nucleares de que a História da Filosofia é ilustrativa ao longo dos

tempos, para que as diversificadas problematizações e solicitações críticas sejam sustentadas numa

maturação própria deste ciclo de estudos e propicie os horizontes críticos adequados.

Nesta ordem de ideias, a explanação dos conteúdos desta Unidade Curricular atenderá mais a

uma visão sincrónica dos temas (2º ciclo) que a uma visão diacrónica (mais própria do 1º ciclo), sendo

esta por norma sobredeterminada por aquela. Assim, como exemplo desta opção, privilegiar-se-á, por

exemplo, a problemática relativa à “dialéctica” entre a modernidade e a contemporaneidade, não

relegando as aportações nela subsumidas ao longo dos tempos, mas atendendo especialmente quer à

“antitética transcendental” como lógica da aparência enquanto se refere ao uso da Razão que transcende

os limites da experiência (na Crítica da Razão Pura), bem como ao novo paradigma hegeliano enquanto

crítico do kantiano, assim como aos percursos da “dialéctica hegeliana”, mormente os configurados n’A

Fenomenologia do Espírito.

A programação, tendo como ponto de partida a problemática acabada de sintetizar, prolongar-se-á

com a analítica dos paradigmas contrapostos a essa visão, em especial os que se desenvolveram no 2º

quartel do século XX, em torno do conceito nuclear de “estrutura”, normalmente designados por

“estruturalismos” (em especial Claude Lévi-Strauss, Jacques Lacan, Michel Foucault), mas sobretudo, e

em realce com os tópicos anteriores, os que se lhe sucederam, como são as várias modulações do neo-

estruturalismo e da última geração da “teoria crítica”. Sendo nuclear que este Curso incida sobre

aspectos e dimensões da intervenção educativa, é mister que nesta Unidade Curricular se desenvolva e

problematize as reflexões que no âmbito filosófico lhes subjazem.

A Unidade Curricular, que se articula segundo esta dimensão epistémica, prossegue os seguintes

objectivos:

- Promover o conhecimento dos principais fundamentos que se expressam no debate educativo e

de práticas educativas na contemporaneidade;

- Conhecer os vários paradigmas tensivos que esse debate e práticas reclamam;

- Comparar e valorar, através do recurso constante às fontes, das posições que se expressam num

conjunto de pensadores e respectivas obras e susceptíveis de incidência nos fluxos entre posições que

marcam a sociedade hodierna;

Page 31: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

31 

 

- Discutir criticamente as justificações ou posições que se reclamam das teorias que se

desenvolvem em torno da “ética discursiva” (Jürgen Habermas), do “pós-modernismo”, de uma leitura

dos dispositivos sociais e os seus reflexos numa nova óptica do poder (Michel Foucault) e das opções

descontrutivistas (Jacques Derrida).

2. Resultados esperados da aprendizagem

À saída do itinerário formativo, o aluno deverá ser capaz de:

- Interpretar a concepção de “dialéctica” segundo o paradigma kantiano.

- Interpretar a concepção de “dialéctica” segundo o paradigma hegeliano.

- Conhecer os paradigmas analíticos acerca da questão “dialéctica-estrutura”, do último quartel

do século XX aos nossos dias.

- Estabelecer relações entre esses paradigmas analíticos.

- Desenvolver investigação pessoal sobre um desses paradigmas.

- Discutir criticamente sobre vários paradigmas

3. Tópicos programáticos

I. A “dialéctica”, entre a modernidade e a contemporaneidade – significação e paradigmas.

II. A dialéctica em Kant:

(a) a “antitética transcendental” como lógica da aparência enquanto se refere ao uso da Razão

que transcende os limites da experiência possível;

(b) significação da “dialéctica transcendental”.

III. A dialéctica em Hegel:

(a) da crítica kantiana ao novo paradigma;

(b) da necessidade da contradição, não limitada à natureza da Razão;

(c) percursos da dialéctica hegeliana.

IV. A problemática da “dialéctica” e da “estrutura” na filosofia contemporânea e paradigmas

analíticos:

(a) o existencialismo;

(b) o estruturalismo;

(c) o neo-estruturalismo;

(d) o pós-modernismo;

(e) as recentes modulações da “teoria crítica”.

Page 32: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

32 

 

4. Bibliografia básica

Immanuel Kant, Crítica da Razão Pura (1781, 1787), trad. port., Lisboa, Fundação Calouste

Gulbenkian.

G.W.F. Hegel, Phénoménologie de l’Esprit (1807), t. I, trad. fr., Paris, Aubier.

Jean-Paul SARTRE, Critique de la Raison Dialectique, Paris, Gallimard, 1960.

Claude Lévi-Strauss, Anthropologie Structurale, Paris, Plon, 1958.

Jürgen HABERMAS, Teoría de la Acción Comunicativa (1981), 2 vols., trad. esp., Madrid, Taurus,

1992.

Jürgen HABERMAS., O Discurso Filosófico da Modernidade (1985), trad. port., Lisboa, Dom

Quixote (caps. IX-XII).

Jacques DerridA, L’Écriture et la Différence, Paris, Seuil, 1967.

Acílio Silva Estanqueiro ROCHA, Problemática do Estruturalismo: linguagem, estrutura,

conhecimento, Lisboa, INIC, 1988.

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

Estão previstas horas de contacto com o Professor, abrangendo aulas teóricas, aulas teórico-

práticas e sessões em tutoria, onde haverá ensejo para a exposição teórica e o debate. Inclui ainda horas

de trabalho autónomo por parte do aluno, quer em estudo individual quer grupal.

6. Avaliação

A avaliação far-se-á continuamente, com base nos seguintes parâmetros:

- Apresentação oral de, pelo menos, um texto (fonte) previamente definido;

- Elaboração de um trabalho ensaístico e monográfico escrito;

- Discussão do trabalho ensaístico e monográfico escrito, em sessão especial.

Page 33: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  33

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR: Temas de História da Filosofia ÁREA CIENTÍFICA: Filosofia UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de _9_ créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Interpretar a concepção de “dialéctica” segundo o paradigma kantiano. 8 0,5 15 23,5

Interpretar a concepção de “dialéctica” segundo o paradigma hegeliano 8 5 1 21 35

Conhecer os paradigmas analíticos acerca da questão “dialéctica-estrutura”, do último quartel do século XX aos nossos dias.

8 9 1 23 22 63

Estabelecer relações entre esses paradigmas analíticos. 12 1 20 33

Desenvolver investigação pessoal sobre um desses paradigmas. 1 25 46 3 75

Discutir criticamente sobre vários paradigmas. 5 0,5 15 2 22,5

TOTAL 36 19 5 119 68 5 252

Page 34: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  34

METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

1. Apresentação da unidade curricular

A unidade curricular de Metodologia da Investigação em Filosofia da Educação é leccionada no

2º semestre do Mestrado em Educação, área de especialização em Filosofia da Educação. A sua carga

horária semanal é de duas horas lectivas.

Um mestrado de natureza académica não poderia deixar de apresentar no seu quadro curricular

uma unidade dedicada à metodologia da investigação da especialidade científica em causa. Assim

acontece no mestrado em Educação, área de especialização em Filosofia da Educação, sendo essa

função cumprida pela unidade curricular de Metodologia da Investigação em Filosofia da Educação.

Os alunos terão, aqui, a possibilidade de estudarem os diferentes métodos a empregar no

trabalho do texto filosófico, especificamente no trabalho do texto filosófico-educacional, bem como de

conhecerem, sistematicamente, os vários passos a dar, e as técnicas a ter em conta, para a elaboração

de uma dissertação académica, desde a escolha do tema até à apresentação escrita final do trabalho.

Terão, por fim, a oportunidade de aplicarem os conhecimentos adquiridos a um caso delimitado, que

poderá ter em vista, ou não, a dissertação a cuja realização se entregarão a partir do 3º semestre

curricular.

2. Resultados esperados de aprendizagem

- Eleger, fundamentadamente, temas da investigação;

- Pesquisar e identificar material para investigação;

- Trabalhar, aplicando metodologias próprias, os materiais seleccionados;

- Conhecer e utilizar técnicas de redacção de um trabalho científico;

3. Tópicos programáticos

1. O trabalho científico em Filosofia da Educação: natureza, características e temáticas

2. Fontes e heurística de materiais filosófico-educacionais;

3. Planificação do trabalho

4. O trabalho do texto: interpretação fenoménica, análise, síntese e comparação

5. Fichas e apontamentos

6. A redacção e a produção do documento final

Page 35: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  35

4. Bibliografia básica

Aguilar Jimenez, C., Teoria y practica del comentário de texto filosófico, Ed. Sintesis, Madrid,

1996

Carvalho, João S., A metodologia nas humanidades: subsídios para o trabalho científico,

Inquérito, Mem Martins, 1994

Fernandes, A. J., Métodos e regras para elaboração de trabalhos académicos e científicos, 2ª

ed., Porto Editora, Porto, 2002

Klappenbach Minotti, A. A., Como estudar filosofia y comentar um texto filosófico, Ed. Edinumen,

Madrid, 1993

Sousa, Gonçalo de V., Metodologia da investigação, redacção e apresentação de trabalhos

científicos, 2ª ed., Civilização, Porto, 2003

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

As horas lectivas semanais desta unidade curricular serão distribuídas entre teóricas (uma hora)

e teórico-práticas (uma hora).

A hora teórica terá um carácter expositivo, e, fundamentalmente, revestirá a forma de lição.

As horas teórico-práticas serão dedicadas a trabalho de grupo e individual por parte dos alunos

tendo em vista a familiarização com métodos e técnicas do trabalho académico e respectiva aplicação

prática.

6. Avaliação

É necessária a frequência de dois terços das aulas efectivamente dadas para se obter aprovação

à disciplina.

Sem prejuízo do regulamentarmente disposto quanto ao recurso a exame final, a avaliação da

unidade curricular será feita com base num projecto de investigação elaborado por cada aluno

individualmente, e por um trabalho escrito individual que exemplifique o resultado de uma pequena parte

do projecto.

Os resultados obtidos numa e noutra componente terão igual peso na ponderação da

classificação final.

Page 36: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  36

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação· UNIDADE CURRICULAR: Metodologia da Investigação em Filosofia da Educação ÁREA CIENTÍFICA: Metodologias da Investigação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 7 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA)

Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Eleger,fundamentadamente, temas da investigação

4 4

1 12

9

14 1 45

Pesquisar e identificar material para investigação

4

4

1 12 9

14 1 45

Trabalhar, aplicando metodologias próprias, os materiais seleccionados

5

5

1 12

9

20 1 53

Conhecer e utilizar técnicas de redacção de um trabalho científico

5 5

1 12

9

20 1

53

TOTAL 18 18 4 48 36 68 4 196

Page 37: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  37

TEMAS DE FILOSOFIA EM PORTUGAL

1. Apresentação e objectivos da unidade curricular

O curso de 2º ciclo na área de especialização em Filosofia da Educação tem uma matriz

epistemológica marcadamente académica, tanto na linha do aprofundamento de saberes e

conhecimentos sobre a educação enquanto domínio fundante de cariz antropológico, como na

linha do alargamento de horizontes críticos sobre os fundamentos dessa dimensão, contempla

um vasto campo de temáticas e problematizações que se afiguram necessárias ao bom exercício

da intervenção educativa em contextos formais e não formais.

Num tempo em que a multiculturalidade e a interculturalidade são não só uma vertente

de pensamento, mas também e sobretudo uma exigência prática, torna-se indispensável o

contacto com as ideias, e os valores a elas ligados, que nortearam e informam hoje –

temporalmente nos dois últimos séculos - a idiossincrasia portuguesa. É essa a pertinência de

integrar uma unidade curricular como a de Temas de Filosofia em Portugal neste curso.

A unidade curricular que se articula e ganha visibilidade epistémica nesse roteiro

temático, persegue os seguintes objectivos:

- Promover o conhecimento das principais linhas de pensamento em Portugal nos

séculos XIX - XX.

- Conhecer as principais tensões filosóficas em Portugal nos últimos dois séculos.

- Comparar as duas principais linhas de tensão teodiceia-positivismo.

- Reflectir sobre a problemática “filosofia portuguesa”- “filosofia em Portugal”.

2. Resultados esperados da aprendizagem

À saída do itinerário formativo, o aluno deverá ser capaz de:

- Identificar as principais tensões filosóficas em Portugal no oitocentismo finissecular.

- Distinguir as orientações filosóficas das principais correntes em Portugal nos séculos

XIX e XX.

- Comparar a linha positivista e a linha teodiceica nos séculos XIX e XX.

- Discutir criticamente as ideias filosóficas subjacentes à problemática “filosofia

portuguesa” – “filosofia em Portugal”.

Page 38: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  38

3. Tópicos programáticos

As tensões filosóficas no oitocentismo finissecular português (Antero de Quental, Basílio

Teles, Sampaio Bruno); 2. Do ideário republicano à República das ideias (Raul Proença, António

Sérgio); 3. A «aventura» teodiceica (Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva); 4. Problemática e

contexto do debate “filosofia portuguesa”-“filosofia em Portugal”.

4. Bibliografia básica

CALAFATE, Pedro (Dir.) (2004 E 2000). História do Pensamento Filosófico Português,

vols. IV (2 Tomos) e V (2 Tomos). Lisboa: Caminho.

MARINHO, José (1976). Verdade, Condição e Destino no Pensamento Português

Contemporâneo. Porto: Lello.

MOURA, José Barata (1998). Estudos de Filosofia Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho.

QUENTAL, Antero (1991). Filosofia, Org., introd. e notas de Joel Serrão, Lisboa: Editorial

Comunicação.

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

Nesta unidade curricular o processo de ensino-aprendizagem abrange horas de contacto

com o docente, abrangendo aulas teóricas, aulas teórico-práticas e sessões de tutória, onde

haverá lugar à exposição teórica e ao debate. Inclui também horas de trabalho independente do

aluno, quer em estudo individual, quer de grupo.

6. Avaliação

O sistema avaliativo da unidade curricular será contínuo, assentando nos seguintes

elementos:

- Apresentação oral de, pelo menos, um texto previamente definido;

- Elaboração de um trabalho ensaístico e monográfico escrito.

Page 39: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  39

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR: Temas de Filosofia em Portugal ÁREA CIENTÍFICA: Filosofia da Educação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA OPCIONAL X Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de _6_ créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente

Horas de

avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-

riais

T. de

campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº

grupo

Trabº

projecto

T

TP

PL

TC

S

OT

E

Identificar as principais tensões filosóficas em

Portugal no oitocentismo finissecular. 3 3 1 20 1 28

Distinguir as orientações filosóficas das

principais correntes em Portugal nos séculos

XIX e XX.

8 8 1 57 1 74

Comparar a linha positivista e a linha

teodiceica nos séculos XIX e XX. 5 5 1 35 1 49

Discutir criticamente as ideias filosóficas

subjacentes à problemática “filosofia

portuguesa” – “filosofia em Portugal”.

2 2 1 11 1 17

TOTAL 18 18 4 123 4 168

Page 40: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  40

FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

1. Apresentação e objectivos da unidade curricular

A Área de Especialização em Filosofia da Educação, correspondendo a um 2º Ciclo de

estudos em Educação com uma matriz epistemológica marcadamente académica, quer na linha

do aprofundamento de saberes e conhecimentos sobre a educação enquanto prática de ajuda ao

desenvolvimento humano sustentado, quer na linha do alargamento de horizontes críticos sobre

os fundamentos dessa prática, contempla um vasto campo de temáticas e problematizações que

se afiguram necessárias ao bom exercício da intervenção educativa em contextos formais e não

formais, precisamente numa altura em que os requerimentos sociais em matéria educativa se

renovam e reformulam, em particular na área da sociabilidade.

O pedido social de educação para a cidadania é um dado incontornável e configura uma

dessas problemáticas cujos fundamentos devem ser esclarecidos junto dos técnicos de

educação, tanto fora como dentro do sistema de ensino. Importa deslindar a panóplia de

significados em torno da educação para a cidadania e que razões ou justificações se convocam

para lhe dar esta ou aquela orientação. Ou seja, trata-se de ir ao encontro dos fundamentos em

que se sustenta a educação para a cidadania, escrutinando posições filosóficas e teorias

políticas, pois é nesse âmbito que tais fundamentos se constituem como lugares de repouso

temporário.

A Unidade Curricular que se articula e ganha visibilidade epistémica nesse roteiro

temático, persegue os seguintes objectivos:

- Promover o conhecimento dos principais fundamentos de educação para a cidadania.

- Discutir criticamente as justificações sócio-políticas de educação para a cidadania

tomando em conta as correntes do pensamento político contemporâneo.

- Lançar um olhar epistémico às articulações entre a teoria dos fundamentos de

educação para a cidadania e as práticas correspondentes.

- Desenvolver a profissionalidade dos agentes educativos sobre os quais impende o

requerimento de educação para a cidadania, nomeadamente em termos de

consciencialização e de obrigações pedagógicas.

Page 41: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  41

2. Resultados esperados da aprendizagem

À saída do itinerário formativo, o aluno deverá ser capaz de:

- Identificar os principais fundamentos de educação para a cidadania relacionando-os

com as principais doutrinas políticas contemporâneas.

- Discutir, com espírito crítico, a natureza, o valor e os limites das justificações filosóficas

que se atribuem à educação do cidadão.

- Correlacionar a teoria dos fundamentos de educação para a cidadania com as práticas

institucionalizadas de formação de cidadãos.

- Compreender o requerimento social de educação para a cidadania e o seu impacto em

termos de obrigações profissionais.

3. Tópicos programáticos

Educação e fundamentos: do biológico ao antropológico. Fundamentos de educação

para a cidadania: liberais, comunitários e republicanos. A cidadania nas correntes políticas

contemporâneas: hermenêutica e analítica crítica das principais controversias. Teorias da

cidadania, imagens de cidadão e práticas de cidadanização em contextos formais e não formais.

As obrigações profissionais de educação para a cidadania num mundo em mudança. A

reformulação da cidadania, os fundamentos e os novos cenários de cidadanização: problemas e

desafios.

4. Bibliografia básica

BARBOSA, Manuel (2006). Educação e cidadania. Renovação da pedagogia. Amarante:

Labirinto.

BEATEN, André; DA SILVEIRA, Pablo; POURTOIS, Hervé. (1997). Libéraux et

communautariens. Paris: PUF.

BOLÍVAR, Antonio; GUARRO, Amador (coords.) (2007). Educación y cultura

democráticas. Madrid: Wolters Kluwer.

DÍAZ-POLANCO, Héctor (2006). Elogio de la diversidad. Globalización, multiculturalismo

y etnofagia. Madrid: Siglo XXI.

ESPADA, João Carlos; ROSAS, João Cardoso (orgs.) (2004). Pensamento político

contemporâneo. Lisboa: Bertrand.

Page 42: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  42

GIMENO SACRISTÁN, José (2001). Educar y convivir en la cultura global. Madrid:

Morata.

KYMLICKA, Will (2001). Politics in the vernacular: nationalism, multiculturalism, and

citizenship. Oxford: Oxford University Press.

PECES-BARBA, Gregorio (2007). Educación para la ciudadanía y derechos humanos.

Madrid: Espasa Calpe.

PÉREZ TAPIAS, José Antonio (2007). Del bienestar a la justicia. Aportaciones para una

ciudadanía intercultural. Madrid: Trotta.

RUBIO-CARRACEDO, José; MARÍA ROSALES, José; TOSCANO MÉNDEZ, Manuel (2002).

Retos pendientes en ética y política. Madrid: Trotta.

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

Nesta unidade curricular o processo de ensino-aprendizagem abrange horas de contacto

com o docente, segmentadas em aulas teóricas, aulas teórico-práticas e em tutórias. Engloba

horas de trabalho independente do aluno, quer em estudo, quer em trabalho de grupo, e ainda

tempos de auto e hetero-avaliação onde os mestrandos assumem protagonismo.

6. Avaliação

O sistema avaliativo da unidade curricular será contínuo e formativo e assente nos

seguintes parâmetros:

- Participação na realização de tarefas no âmbito de trabalhos de grupo;

- Prestação individual na apresentação e discussão do trabalho de grupo;

- Memorando individual de aprendizagens.

O exame será uma excepção, quer para aferir resultados de aprendizagem em situações

pontuais, quer para alunos que não possam participar nos trabalhos de grupo.

Page 43: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  43

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR. Fundamentos de Educação para a Cidadania ÁREA CIENTÍFICA: Filosofia da Educação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA OPCIONAL X Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de _6_ créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Identificar os principais fundamentos de educação para a cidadania relacionando-os com as principais doutrinas políticas contemporâneas.

5 5 1 11 21 1 44

Discutir, com espírito crítico, a natureza, o valor e os limites das justificações filosóficas que se atribuem à educação do cidadão.

4 4 1 10 20 1 40

Correlacionar a teoria dos fundamentos de educação para a cidadania com as práticas institucionalizadas de formação de cidadãos.

5 5 1 11 21 1 44

Compreender o requerimento social de educação para a cidadania e o seu impacto em termos de obrigações profissionais.

4 4 1 10 20 1 40

TOTAL 18 18 4 42 82 4 168

Page 44: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  44

DISSERTAÇÃO

1. Apresentação e Objectivos A unidade Curricular de Dissertação mobiliza e aprofunda conhecimentos adquiridos nos dois primeiros

semestres do curso e tem dois objectivos essenciais: 1) promover o desenvolvimento de competências de

investigação supervisionada na área da Filosofia da Educação; 2) gerar conhecimento nesta mesma área.

Concretiza-se na concepção, desenvolvimento e avaliação de um projecto de investigação.

2. Resultados esperados da aprendizagem

a) evidenciar conhecimentos teóricos e metodológicos aprofundados no domínio da Filosofia da Educação;

b) discutir trabalhos de investigação em Filosofia da Educação;

c) elaborar projectos de investigação em Filosofia da Educação;

d) realizar uma dissertação na área científica do mestrado.

3. Tópicos programáticos

Desenvolvimento de projectos de investigação.

4. Bibliografia básica

Dependente da investigação a realizar

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

Trabalho independente dos alunos, combinado com sessões de orientação tutória que se destinam a

orientar o mestrando na elaboração do sua dissertação.

6. Avaliação

A realizar em sessão pública de defesa da dissertação.

Page 45: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  45

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação UNIDADE CURRICULAR: Dissertação ÁREA CIENTÍFICA: Filosofia da Educação

UC – ANUAL x SEMESTRAL TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA x Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de _60_créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Evidenciar conhecimentos teóricos e metodológicos aprofundados no domínio da Filosofia da Educação

0 0 0 0 10 10 0 160 0 0 0 44

Discutir trabalhos de investigação em Filosofia da Educação

0 0 0 0 10 10 0 20 0 0 0 40

Elaborar projectos de investigação em Filosofia da Educação

0 0 0 0 10 10 0 250 0 350 3 44

Realizar uma dissertação na área científica do mestrado

0 0 0 0 10 10 0 610 0 207 0 40

TOTAL 0 0 0 0 40 40 0 1040 0 557 3 1680

Page 46: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  46

ANEXOS

Page 47: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  47

ANEXO 1

MAPA DE AFECTAÇÃO DE DOCENTES AO CICLO DE ESTUDOS

Page 48: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  48

Área de Exercício Duração

Doutor Filosofia da Educação 14 anos Filosofia do Imaginário Educacional

Dissertação

Filosofia da Educação: Temas e ProblemasDoutor Filosofia da Educação 1 anos Dissertação

Doutor História da Filosofia anos Temas de História da Filosofia

Autores e Sistemas da PedagogiaDoutor Filosofia da Educação 13 anos Dissertação

Metodologias da Investigação em Filosofia Doutor Filosofia da Educação 12 anos da Educação

Dissertação

Doutor Filosofia da Educação 12 anos Opção II - Fundamentos de Educação paraa Cidadania

Opção I - Temas de Filosofia em PortugalDoutor Cultura e Filosofia em Portugal 15 anos Dissertação

Doutor Filosofia da Educação 11 anos Epistemologia do Discurso Pedagógico

UNIVERSIDADE DO MINHOInstituição

Curso

Estabelecimento

MESTRADO EM EDUCAÇÃO-ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

ExclusividadeCiências de Educação

ExclusividadeCiências de Educação

Alberto Filipe Ribeiro de Abreu Araújo

Fernando Augusto Machado

Artur Manuel Sarmento Manso

Exclusividade Filosofia

José Carlos de Oliveira Casulo ExclusividadeCiências de Educação

Laura Ferreira dos Santos ExclusividadeCiências de Educação

Manuel Gonçalves Barbosa ExclusividadeCiências de Educação

Maria Clara Faria da Costa Oliveira ExclusividadeCiências da Educação

Manuel Rosa Gonçalves Gama Exclusividade Filosofia

Mapa do corpo docente afecto ao ciclo de estudos

Prática ProfissionalDocente Área de EspecializaçãoGrau Regime de

Serviço

Ciclo de Estudos 2º Ciclo

Unidade Curricular

 

 

 

Page 49: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  49

Instituição

Unidade Orgânica

Denominação

N.º D.Exclusiva Integral Parcial6 6 0 02 2 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 0

8

142 - Ciências da Educação

0

UNIVERSIDADE DO MINHO

Áreas de Especialização dos Docentes (*) TotalRegime de Serviço

142 - Ciências da Educação

Áreas Científicas Predominantes do Ciclo de Estudos

226 - Filosofia

MESTRADO EM EDUCAÇÃO - ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Mestre

MESTRECiclo de Estudos conducente ao grau de

Grau

Doutor

226 - Filosofia

Licenciado

Especialista

0

0

Page 50: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  50

ANEXO 2

MINUTA DA RESOLUÇÃO DO SENADO UNIVERSITÁRIO

Page 51: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  51

Resolução SU-xx/2008

Sob proposta do Instituto de Educação e Psicologia;

Ouvido o Conselho Académico, nos termos da alínea g) do nº 2 do artigo 24º dos Estatutos da

Universidade do Minho;

Ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 7º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro; no nº 1 do artigo 1º do

Decreto-Lei nº 155/89, de 11 de Maio; no Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro; no Decreto-Lei 74/2006,

de 24 de Março, e no nº 2 do artigo 20º dos Estatutos da Universidade do Minho:

O Senado Universitário da Universidade do Minho, em sessão plenária de xxx de xxxxxxx de 2008,

determina:

(Adequação de curso e mudança de designação)

1 - O curso de Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação, criado pela

Resolução SU-21/1993, de 14 de Junho, e cujo plano de estudos foi aprovado pelo Despacho RT/C-113/1995, de

10 de Abril, é adequado de acordo com a presente resolução.

2 - O curso de Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da Educação, passa a

designar-se por Ciclo de Estudos Conducentes ao Grau de Mestre em Educação, Área de Especialização em Filosofia

da Educação.

(Organização do curso)

O Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Educação, Área de Especialização em Filosofia da

Educação, adiante simplesmente designado por ciclo de estudos, organiza-se pelo sistema de unidades de crédito

europeus (ECTS).

(Estrutura curricular)

A estrutura curricular do ciclo de estudos, consta em anexo à presente Resolução.

(Plano de estudos)

O plano de estudos do ciclo de estudos, será fixado por despacho do Reitor, sob proposta do Conselho

Académico, a publicar na II série do Diário da República.

Page 52: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  52

(Habilitações de acesso)

1 - São admitidos à candidatura à matrícula:

a) Os titulares de licenciatura, ou habilitação equivalente, em Filosofia, em Histórico-

Filosóficas, Ensino, Educação, Ciências da Educação ou áreas afins;

b) Os titulares de licenciatura ou equivalente, que sejam educadores de infância ou

professores profissionalizados nos ensino básico e secundário;

c) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro, conferido na sequência de

um 1º ciclo de estudos em Filosofia, Histórico-Filosóficas, Ensino,Educação, Ciências da Educação ou

áreas afins, organizado de acordo com os princípios do processo de Bolonha por um Estado Aderente

a este processo;

d) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como

satisfazendo os objectivos do grau de licenciado em Filosofia, Histórico-Filosóficas, Ensino, Educação,

Ciências da Educação ou áreas afins, pelo Conselho Científico do Instituto de Educação e Psicologia;

e) Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja reconhecido

como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo Conselho Científico do

Instituto de Educação e Psicologia.

(Condições de acesso)

1 - A matrícula e inscrição no curso estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar anualmente pelo Reitor.

2 - O despacho a que se refere o nº 1 deste artigo estabelecerá o número mínimo de inscrições

indispensável ao funcionamento do Curso.

(Certificado do ciclo de estudos)

1 - Os alunos que obtenham aprovação nas unidades curriculares que integram o Plano de Estudos do

Curso e no Estágio têm direito a uma carta magistral que certifica o grau de Mestre.

2 – Os alunos que terminem com aproveitamento a parte escolar do Curso têm direito a um diploma de

especialização.

(Início do funcionamento)

O início do funcionamento do ciclo de estudos será fixado por despacho do Reitor depois de verificada a

existência de recursos humanos e materiais à sua concretização.

Universidade do Minho, em xx de xxxxxxxx de 2008

O Presidente do Senado Universitário,

António Guimarães Rodrigues

Page 53: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  53

Anexo Resolução SU-xx/2008

1 Área científica do curso Educação 2 Duração normal do curso 4 semestres 3 Número de unidades de crédito necessários para a obtenção do grau 120 créditos (ECTS) 4 Áreas Científicas e distribuição das unidades de crédito Áreas científicas obrigatórias Filosofia da Educação (FE): 89 créditos (ECTS)

Filosofia (F): 9 créditos (ECTS)

História da Pedagogia (HP): 9 créditos (ECTS)

Metodologias da Investigação (MI): 7 créditos (ECTS)

Áreas Científicas Opcionais Filosofia da Educação: 6 créditos (ECTS) 5 Taxa de matrícula e propinas

Estes montantes serão fixados pelo Conselho Académico nos termos dos Estatutos da Universidade do Minho.

Page 54: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  54

ANEXO 3

PLANO DE ESTUDOS DE ACORDO COM O PONTO 11 DO FORMULÁRIO DA DGES

Page 55: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  55 

UNIVERSIDADE DO MINHO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Semestres 1 e 2 (1º Ano), 3 e 4 (2º Ano)

QUADRO Nº 2

UNIDADES CURRICULARES ÁREA

CIENTÍFICA

TIPO TEMPO DE TRABALHO (HORAS)

CRÉDITOS OBSERVAÇÕES TOTAL

CONTACTO

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)

Filosofia da Educação: temas e problemas FE S1 196 T: 16; TP: 20; OT:4; Total: 40 7 ECTS

Epistemologia do Discurso Pedagógico FE S1 196 T: 6; TP: 22; OT: 12; Total: 40 7 ECTS

Autores e Sistemas da Pedagogia Fundamental HP S1 252 T: 20; TP: 36;OT: 4; Total: 60 9 ECTS

Ética e Deontologia na Educação e no Ensino FE S1 196 T: 18; TP: 18; OT: 4; Total: 40 7 ECTS Filosofia do Imaginário Educacional FE S2 224 T: 20; TP: 12; OT: 8;Total: 40 8 ECTS

Temas de História da Filosofia F S2 252 T: 36; TP: 19; OT: 5; Total: 60 9 ECTS

Metodologia de Investigação em Filosofia da Educação

MI S2 196 T: 18; TP: 18; OT: 4; Total: 40

7 ECTS

Temas de Filosofia em Portugal F S2 168 T: 18; TP: 18; OT: 4; Total: 40 6 ECTS Opcional

Fundamentos de Educação para a Cidadania FE S2 168 T: 18; TP: 18;OT: 4; Total: 40 6 ECTS Opcional Dissertação FE S3 e S4 1680 S: 40; OT: 40; Total: 80 60 ECTS

Page 56: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  56

ANEXO 4

CONDIÇÕES DE CANDIDATURA E CRITÉRIOS DE SELECÇÃO

Page 57: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  57

Condições de Candidatura

São admitidos à candidatura ao Mestrado em Educação, Área de Especialização em Filosofia da

Educação,

a) Os titulares de licenciatura, ou habilitação equivalente, em Filosofia, Histórico-

Filosóficas, Ensino, Educação, Ciências da Educação ou áreas afins;

b) Os titulares de licenciatura ou equivalente, que sejam educadores de infância ou

professores profissionalizados nos ensino básico e secundário.

c) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro, conferido na sequência de um

1º ciclo de estudos em Filosofia, Histórico-Filosóficas, Ensino, Educação, Ciências da Educação ou

áreas afins, organizado de acordo com os princípios do processo de Bolonha por um Estado Aderente

a este processo.

d) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como

satisfazendo os objectivos do grau de licenciado em Filosofia, Histórico-Filosóficas, Ensino, Educação,

Ciências da Educação ou áreas afins, pelo Conselho Científico do Instituto de Educação e Psicologia.

e) Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja reconhecido

como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo Conselho Científico do

Instituto de Educação e Psicologia.

Critérios de Selecção

Os candidatos serão seleccionados de acordo com os seguintes critérios:

a) Licenciatura e respectiva classificação final.

b) Outros graus/diplomas relevantes obtidos pelo candidato.

c) Experiencia profissional na área do Curso.

d) Curriculum académico e científico

Page 58: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  58

PARECER DO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CULTURA

Page 59: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  59

Page 60: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  60

DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO

Page 61: UNIVERSIDADE DO MINHO - cac.uminho.pt · dos licenciados na área da Filosofia que queiram aprofundar, especializando-se, as suas capacidades de reflexão filosófica sobre a educação

  61

 

   

 

Conselho Académico 

Campus de Gualtar 

4710‐229 Braga – P 

 

 

 

 

DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO 

O plenário do Conselho Académico da Universidade do Minho, no âmbito da competência que  lhe é conferida 

pela alínea f) do artigo nº 24º dos Estatutos, reunido ordinariamente no dia xx de xxxxxx de dois mil e oito, tendo 

apreciado a proposta de adequação do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Educação, área de 

especialização em Filosofia da Educação, deu parecer favorável, por xxxxxxxxxxxxxxx, à proposta apresentada, a 

qual vai ser presente ao Senado Universitário. 

 

O Vice‐Presidente do Conselho Académico 

 

 

Rui Manuel Costa Vieira de Castro 

(Professor Catedrático)