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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DR. HEITOR VIEIRA DOURADO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL DOUTORADO EM DOENÇAS TROPICAIS E INFECCIOSAS COMBINAÇÃO DE DOSE FIXA DE ARTESUNATO-AMODIAQUINA VERSUS CLOROQUINA PARA O TRATAMENTO DE FASE SANGUÍNEA DE INFECÇÃO NÃO- COMPLICADA DE PLASMODIUM VIVAX: ENSAIO CLÍNICO DE FASE 3 RANDOMIZADO, ABERTO, DE NÃO- INFERIORIDADE ANDRÉ MACHADO DE SIQUEIRA MANAUS 2014

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Page 1: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS FUNDAÇÃO DE … · À equipe de professores de DIP da UEA, pelo companheirismo, compreensão e ... durante o início da instalação da enfermaria

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DR. HEITOR VIEIRA DOURADO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL

DOUTORADO EM DOENÇAS TROPICAIS E INFECCIOSAS

COMBINAÇÃO DE DOSE FIXA DE ARTESUNATO-AMODIAQUINA VERSUS CLOROQUINA PARA O TRATAMENTO DE FASE SANGUÍNEA DE INFECÇÃO NÃO-

COMPLICADA DE PLASMODIUM VIVAX: ENSAIO CLÍNICO DE FASE 3 RANDOMIZADO, ABERTO, DE NÃO- INFERIORIDADE

ANDRÉ MACHADO DE SIQUEIRA

MANAUS

2014

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ANDRE MACHADO DE SIQUEIRA

COMBINAÇÃO DE DOSE FIXA DE ARTESUNATO-AMODIAQUINA VERSUS CLOROQUINA PARA O TRATAMENTO DE FASE SANGUÍNEA DE INFECÇÃO NÃO-COMPLICADA DE PLASMODIUM VIVAX: ENSAIO

CLÍNICO DE FASE 3 RANDOMIZADO, ABERTO, DE NÃO-INFERIORIDADE

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas em Convênio com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, para obtenção grau de Doutor em Doenças Tropicais e Infecciosas.

Orientador: Prof. Marcus VinÍcius Guimarães de Lacerda

MANAUS

2014

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Ficha Catalográfica

S618cSiqueira, André Machado. Combinação de dose fixa de artesunato-amodiaquinaversus

cloroquina para o tratamento de fase sanguínea de infecção não-complicada de Plasmodiumvivax: ensaio clínico de fase 3 randomizado, aberto, de não-inferioridade ./ André Machado de Siqueira-- Manaus : Universidade do Estado do Amazonas, Fundação de Medicina Tropical, 2014.

xix,264f. : il. Tese (Doutorado) apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas – UEA/FMT, 2014.

Orientador: Prof. Dr. Marcus Vinícius Guimarães da Lacerda 1.Malária vivax2. Cloroquina3. Resistência4. Artesunato-

amodiaquinaI. Título. CDU:616.936(043)

Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Maria Eliana N Silva,lotada na Escola Superior de Ciências da Saúde - UEA

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FOLHA DE JULGAMENTO

COMBINAÇÃO DE DOSE FIXA DE ARTESUNATO-AMODIAQUINA VERSUS CLOROQUINA PARA O TRATAMENTO DE FASE

SANGUÍNEA DE INFECÇÃO NÃO-COMPLICADA DE PLASMODIUM VIVAX: ENSAIO CLÍNICO DE FASE 3 RANDOMIZADO, ABERTO, DE

NÃO-INFERIORIDADE

ANDRÉ MACHADO DE SIQUEIRA

“Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de Doutor em Doenças

Tropicais e Infecciosas, aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-

Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas em

convênio com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado”.

Banca Julgadora:

______________________________________ Presidente

_____________________________________ Membro

______________________________________ Membro

______________________________________ Membro

______________________________________ Membro

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DEDICATÓRIA

Às populações que habitam a imensidão da região amazônica, permanecendo longe dos olhos e

interesses de governantes e do restante do Brasil. De nada terá servido este trablaho se os frutos de

seus resultados e, principalmente, o direcionamento da trajetória deste aspirante a pesquisador não

contribuírem para amenizar seu sofrimento e proporcionar-lhes dias mais iluminados e felizes.

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AGRADECIMENTOS

Este trabalho não teria sido realizado e concluído não fossem as inúmeras

contribuições diretas e indiretas que o favoreceram, que remontam a períodos longíquos

que culminaram na possibilidade que tão fortuito grupo de pessoas se convergesse para

poder concretizá-lo. Assumo a certeza de que deixarei de mencionar vários personagens

importantes, mas memória e gratidão (ou a falta destas) são suplantadas pela verdade viva

de seus resultados.

Ao professor Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, que me deu mais

oportunidades do que sempre pude imaginar e ensinamentos infindáveis. Mais do que

orientador, tem sido educador, colega, incentivador, promotor, e, sobretudo e mais

importantemente, amigo. Seu exemplo de racionalidade e determinação em aplicar o

método científico com afinco irrepreensível, justifica a grande admiração que lhe é dirigida

em âmbito local e internacional, porém não sem relativo ônus. Ônus este que é fruto de seu

profissionalismo e rigor, que desviam a atenção de seus impressionantes atributos de

generosidade, sensibilidade e compaixão e dedicação aos mais necessitados.São tantas

as portas abertas que não seria capaz de listá-las.

À professora Maria das Graças Costa Alecrim, diretora da FMT-HVD, por

proprorcionar condições acima das ideais para a realização deste projeto, bem como para

a atuação nesta instituição reconhecida internacionalmente pelo seu comprometimento em

prover assistência de qualidade e evidências científicas para amenizar o sofrimento de

população tão negligenciada.

Ao professor Cleinaldo de Almeida Costa, excelentíssimo reitor da Universidade do

Estado do Amazonas, e professor Darlisom Sousa Ferreira, diretor da Escola Superior de

Ciências da Saúde da UEA, pela manutenção e em lutar para melhoria desta importante

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instituição, a que tanto me afeiçoei e onde tive a oportunidade fabulosa de atuar como

professor. Também por manter o apoio ao Programa de Pós-Graduação em Medicina

Tropical.

Ao PPGMT-UEA, na pessoa das profa. Maria das Graças Barbosa Guerra, por

propiciar todas as condições para o desenvolvimento deste doutorado. A ConceiçãoTufic e

Altariza Freitas pela disponibilidade em ajudar e tornar sempre o caminho menos sinuoso.

Ao professor Carlos Médicis Morel e à equipe do INCT em Doenças Negligenciadas,

pela oportunidade de realização do Masters em Epidemiologia na London School of

Hygiene & Tropical Medicne, onde importantes conhecimentos e habilidades para a

condução deste projeto e minha formação foram obtidos.

Aos Professores Pedro Alonso e Quique Bassat, pelo acolhimento durante dois

períodos no CRESIB, em Barcelona, onde pude vivenciar o cotidiando de um grupo de

imenso destque no cenário da saúde global.

À equipe de professores de DIP da UEA, pelo companheirismo, compreensão e

ensinamentos na convivência.

À Maria Paula Gomes Mourão, pela amizade e pela sensibilidade excepcional,

sempre atenta e companheira em qualquer situação.

Ao Marcelo Cordeiro dos Santos, um dos melhores infectologistas que habita este

planeta, pela amizade, bom-humor e companheirismo.

À Romina do Socorro Marques de Oliveira, Marilú Barbieri Victoria, Lucilaide Oliveira

dos Santos e Iran Mendonça da Silva, pelo exemplo e esmeiro de educadores e médicos

excepcionais.

Ao professor Hernando del Portillo, pela acolhida em seu laboratório e pela

agradabilíssima experiência de redação conjunta de estudo do baço de paciente com

malária não-tratada.

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Ao professor Cláudio Daniel Tadeu-Ribeiro, pelas conversas e ensinamentos e pela

oportunidade de participar do Seminário Laveran & Deane, no início desta caminhada,

além da coordenação deste projeto.

Ao professor José Maria de Souza e professora Valéria Rolla, pelas contribuições ao

melhoramento deste estudo dadas na qualificação.

À Aline Cristiane de Alencar, grande médica, amiga e uma das pessoas mais

fantásticas que conheci, por além de compartilhar os atendimentos médicos neste projeto,

contagiar a todos com seu alto-astral e bom humor.

À Belisa Maria Lopes Magalhães, com quem tive o prazer de conviver intensamente

durante o início da instalação da enfermaria de pesquisa clínica e posteriormente no

doutorado, pelo exemplo ético e convivência fraterna, bem como pela condução dos

trâmites de aprovação ética deste projeto.

À Gisely Cardoso de Melo, com quem aprendi muito sobre determinação e foco,

demonstrando como o tempo é o grande catalizador de sabedoria e aperfeiçoamento.

À Monica Regina Costa Manso, por além de manter e administrar a Gerência de

Malária com grande competência, por ter tido papel fundamental na organização dos

procedimentos laboratoriais deste projeto.

À Andrea Kühn e Omaira Vera Lizcano, pela realização e contribuição na

genotipagem dos parasitos para este estudo.

À Márcia de Araújo de Almeida Alexandre, pela calma e por sempre estar disponível

para ajudar com suas palavras meigas.

Ao Wellington Pinto da Silva, por ser o grande recrutador e responsável pela

manutenção dos pacientes no estudo, além de grande amigo e fotógrafo entusiasta.

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À Maria Raimunda Costa, a Raimundinha, grande revelação do projeto, pelo

profissionalismo exemplar, candura no trato com todos, grande fonte de inspiração e

incentivo.

Ao Kim Machado, pela serenidade e profissionalismo, além dos agradáveis diálogos.

Ao Aristóteles Alencar, pelo grande exemplo profissional e humanístico, contribuindo

imensamente com a leitura dos eletrocardiogramas.

À Flávia Regina Moura de Lima, pela gentileza e profissionalismo constantes,

sempre a serviço de executar o trabalho com esmero destacável, essencial para

manutenção dos participantes.

Ao Wuelton Marcelo Monteiro, pela amizade, postura irrepreensivel, caráter

impecável e amizade.

À Marly Marques, pela expertise em HPLC e por realizar as dosagens de cloroquina

na Universidade Federal do Pará e por tantos almoços agradáveis.

Ao professor José Luiz Vieira, a Universidade Federal do Pará, pela contribuição nas

reações de dosagem das drogas, inestimáveis para este estudo.

À professora Ingrid Felger, do Swiss Tropical and Public Health Institute, pela

cessão do laboratório e auxílio na realização dos procedimentos moleculares.

Ao Elcimar Cavalcante Neves Júnior, Paula Vincentin e Eckner Falcão pela

competência na adminsitração do projeto, prestatividade em todas as funções e amizade.

À toda equipe de técnicos da Gerência de Malária pela competência e disposição

para o trabalho, diretamente ao seu Eckner, Vanessa e Aldo pela leitura das lâminas e

Mauro Coelho, por todo auxílio na retenção dos pacientes.

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Ao professor. Pedro Luis Tauil, pelo exemplo de serenidade e compromisso com a

saúde pública e por ter despertado a paixão pela epidemiologia aplicada às doenças

infecciosas.

Ao professor Carlos Eduardo Tosta da Silva, pela amizade, pela disciplina de

imunologia que considero um marco na minha formação, por ter ampliado o campo de

visão a dimensões muito além das preconizadas no curso e pelas inúmeras oportunidades

de diálogo e reflexão para atuação holística.

Ao professor Luiz Fernando Junqueira Junior, pela orientação na iniciação científica

e pelas conversas edificadoras nas quais muito aprendi por exemplo de como me portar

como cientista.

A meus supervisores na residência no Hospital das Clínicas da FMUSP, na pessoa

da professora Maria Aparecida Shikanai-Yasuda, da professora Marta Heloisa Lopes, Ana

Catarina Santos e Melissa Maschereti, pelas oportunidades, ensinamentos e experiência

para que torna-se um médico infectologista bem formado.

Aos colegas de residência, Hermes Riyoti Higashino, Silvia Vidal Campos, Alan

Neves, Felipe Tuon, Andre Machado Luiz, Luciana Campos, Ralcyon Francis Teixeira da

Cruz, Juliana Yamashiro, Maria Esther Graf e Margareth Vicentine, pelo companheirismo

nos momentos nem sempre suaves da residência e exemplos de profissionais competentes

e comprometidos.

À Dra Silvia Vidal Campos, por me apontar os caminhos que viria a seguir neste

empenho de tornar-me um médico tropicalista com as habilidades e conhecimentos

necessários.

À Sheila Vitor-Silva, Roberto Reyes-Lecca, seu Jubal, e toda a equipe do projeto no

Careiro, pela agradável experiência de atividade de campo naquela comunidade tão

afeiçoável.

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Aos colegas do CIPCLIM, Silvana Gomes Benzecry, Vanderson de Souza Sampaio,

Siuellen Rocha, Fernando Val, Raquel Tapajós, Anne Cristine Gomes de Almeida, Marcelo

Augusto Mota Brito, Keillen Monick Martins Campos, Larissa Wanderley Brasil e Raimunda

Ericilda, pelas discussões sempre proveitosas

À Helena Coelho, pela amizade e serenidade e por sempre manter o bom-humor e

atitude positiva.

À Camila Botto Menezes, pela amizade e exemplo profissional, com discussões

sempre engrandeçedoras.

Aos muitos colegas e parceiros que tive o prazer de conhecer e trabalhar durante

estes anos, ampliando a rede de contribuições e partilhando dos meus objetivos e ideais,

especialmente ao professor Fábio Costa, Letusa Albrecht e Stefanie Lopes.

Ao seu Nelson Fé e a Gerência de Entomologia pelo conhecimento impressionante

sobre os vetores da região e ensinamentos mais que proveitosos.

Aos motoristas da FMT-HVD, mencionado aqui Diogo, Assis e Elcimar, pelo

transportes sempre atencioso e cuidado e a convivência agradável.

À equipe da DENPE, Wal Fernandes, Eduardo Jorge Serrão, dona Esmeralda e

dona Cleonice, por sempre proporcionarem o caminho mais suave para a realização dos

trabalhos, sempre com serenidade e gentileza formidáveis,além claro, das pausas para o

café.

À equipe do ambulatório da FMT-HVD, na pessoa da enfermeira Almada e do

senhor Jonas, dando plenas condições para o exercício das atividades de assistência no

setor.

Aos médicos que tive o prazer de conviver e admirar inicialmente como estudante no

ano de 2003 e depois tornar-me colega e muito aprender com seus exemplos, Jorge

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Guerra, Flor Ernestina Martinez Espinosa, Franklin Santana, Mauricio Borborema,.Silvio

Fragoso e Antonio Magela.

Aos colegas dos anos de estudante, pela companhia na prazerosa trajetória para o

amudericmento e desenvolvimento humanístico e profissional nos espaços formais e

informais, incluindo a particiapação no movimento estudantil, que possibilitou a ampliação

da visão e compromisso social com esta área, nos quais menciono, Fabiano Alves Gomes,

Bruno Guedes, Lívia Vanessa Ribeiro Gomes, Maria Helena Oliveira, Giliate Cardoso

Coelho e Jerzey Timoteo Ribeiro dos Santos.

Às minhas alunas de iniciação científica Elyana Almeida e Lisiane Risia, pelo

entusiasmo e oportunidade de perceber a necessidade de aprimorar a habilidade de

transmitir o conhecimentos e auxiliar o desenvolvimento de potenciais pesquisadoras.

Aos alunos e residentes com quem tive o prazer de conviver e aprender neste

período, sempre com questionamentos e ânsia de aprendizado e aplicação do

conhecimento.

Aos diversos colegas e mestres que compartilham o compromisso com a medicina

tropical e cujas discussões são sempre engradecedoras, Julio Croda, Gustavo Romero,

João Barberino, entre tantos outros.

Ao Programa Nacional de Controle da Malária, mencionando a Dra Ana Carolina

Santelli, pela oportunidade de contribuir ao combate desta doença no país.

À Sanofi-Aventis, por financiar e possibilitar este trabalho.

Aos meus irmãos, Tiago Machado de Siqueira e Marilia Machado de Siqueira

Camelo, pelo companheirismo e amizades incondicionais e compartilhamento de princípios

e afetos. E às minhas sobrinhas, Gabriela Siqueira Camelo e Daniela Siqueira Camelo,

pela profusão de alegria e beleza que irradiam a cada dia mais.Aos meus avós e tios, pelos

exemplos e base moral.

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À minha esposa, Juliana Montibeller Furtado e Silva, pelo companheirismo

constante, que transcende qualquer barreira física, afeto incondicional e exemplo ético e

moral de quem eu considero a melhor médica que conheço. Sua determinação é

inspiradora e motivadora. Obrigado por sempre ser inspiração e força para buscar o

caminho.

Aos meus pais, Antonio Rodrigues de Siqueira Neto e Maria Montserrat Loureiro

Machado de Siqueira, por todo o apoio e dedicação que sempre tiveram em todos os

aspectos da minha formação e por me educarem e disciplinarem com tanto cuidado e

afeto. Não obstante a situação sempre me senti apoiado e ao mirar seus exemplos sempre

tive a melhor indicação de como agir da forma mais correta. Não chegaria a nenhum lugar

sem seu auxílio incondicional e o exemplo mais que de profissionais respeitados, de seres

humanos fabulosos.

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AGRADECIMENTO ÀS AGÊNCIAS FINANCIADORAS

À FAPEAM, CAPES e CNPq, por financiar a pesquisa na instituição e PPGMT,

possibilitando o desenvoviemento científico e tecnológico local.

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EPÍGRAFE

“Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo

vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muitos vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros

como o sofrimento dos homens.“

João Guimarães Rosa

‘No hay problemas pequeños. Los problemas que aparecen pequeños són grandes problemas que no se entienden”

Santiago Ramon y Cajal

“Mas eles ainda não tremem: frio mesmo frio vai ser d'aqui a pouco. ...

- Ei, Primo, aí vem ela...

- Danada!...

- Olh'ele aí... o friozinho nas costas...

E a maleita é a 'danada' ...

- Está custando, Primo Argemiro...

- É do remédio... Um dia ele ainda há-de dar conta da danada!... ...

Mas eles estão esperando é a febre, mais o tremor.”

João Guimarães Rosa

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RESUMO Introdução. Com o aumento nos níveis de resistência do Plasmodium vivax à cloroquina

(CQ) em diferentes partes do mundo é fundamental estudar novas alternativas terapêuticas

para combater este parasito. Não há estudos publicados comparando a utilização de ACTs

com CQ contra P. vivax na América Latina, onde esta espécie predomina, como ainda não

houve avaliação de artesunato-amodiaquina (ASAQ) com CQ. Objetivo. O objetivo deste

estudo foi avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade da combinação em dose-fixa de

ASAQ em comparação com CQ para o tratamento de monoinfecção por P. vivax na cidade

de Manaus. Métodos Ensaio clínico de fase 3, randomizado, aberto, de não-inferioridade.

O desfecho primário foi a resposta clínica e parasitológica (ACPR) após 28 dias de

seguimento corrigida por PCR, sendo desfechos secundários a resposta terapêutica após

14, 28 e 42 dias com e sem correção, além de desfecho relacionados a presença de

gametócitos e parâmetros de segurança.Resultados. Durante janeiro de 2012 e maio de

2013, foram incluídos 380 pacientes (190 CQ; 189 ASAQ - uma exclusão por infecção

mista). Considerando a população por protocolo, foi observada superioridade de ASAQ na

prevenção de recorrências parasitárias até D28 (ASAQ =100% vs CQ=93.6%; p=0.002) e

D42 (ASAQ=97.4% vs CQ=77.7%; p<0.001), além de mais rápido clareamento parasitário

e diminuição do carreamento de gametócitos (p<0.001, ambas análises). CQ apresentou

melhor recuperação hematológica (p<0.001). Houve proporções semelhantes de pacientes

apresentando eventos adversos (EAs) nos dois grupos (ASAQ=41.6% vs CQ=44.7%).

Nenhum paciente no braço CQ apresentou EA sério versus 3 pacientes no grupo ASAQ

requerendo internação por vômitos. Não houve mortes. Correlacionados com dosagens

séricas de CQ e desetil-CQ, estimou-se a prevalência de resistência à CQ em 11.2%

(IC95%=7.1-16.6). Conclusão. Foi observada alta eficácia do ASAQ para o tratamento de

P. vivax na região do estudo. Protocolos comparativos com seguimento prolongado podem

fornecer estimativas mais precisas de resistência à CQ. Deve-se avaliar os benefícios de

substituição da CQ do ponto de vista de tratamento e controle desta infecção.

Palavras Chaves: Plasmodium vivax, cloroquina, artesunato, amodiaquina, ensaio clínico, resistência.

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ABSTRACT

Background. The evidence of increasing Plasmodium vivax resistance to chloroquine (CQ)

in distinct endemic regions makes it essential to evaluate suitable alternatives to treat this

parasite. There are no published studies comparing ACTs to chloroquine for P. vivax

treatment in Latin America, where this parasite in predominant, as there are no studies

comparing the vastly used combination artesunate-amodiaquine (ASAQ) to CQ. Aim. The

aim of this study was to evaluate the efficacy, safety and tolerability of the fixed-dose

combination of ASAQ to that of CQ against uncomplicated P. vivax monoinfection in

Manaus, Brazil. Methods. This was a phase 3 randomized, open-label, non-inferiority

clinical trial; The primary endpoint was the PCR-corrected adequate parasitological and

clinical response (ACPR) rates at day 28 of follow-up, with the secondary endpoints of

therapeutical response at days 14 , 28 and 42, with and without PCR correction,

gametocyte carriage and safety and tolerability parameters. Results. From January 2012

and May 2013 380 patients were enrolled (190 in CQ, 189 in ASAQ – one excluded due to

mixed infection). Considering the per protocol population, ASAQ presented superuir efficacy

at preventing parasite recurrences at D28 (ASAQ =100% vs CQ=93.6%; p=0.002) and D42

(ASAQ=97.4% vs CQ=77.7%; p<0.001), as also did in promoting faster parasitemia

clearance and reducing gametocyte carriage (p<0.001 for both analyses). CQ presented

superior haematological recovery (p<0.001). Similar proportion of patients form both arms

presented adverse events (AEs) (ASAQ=41.6% vs CQ=44.7%). No patients in the CQ

group presented serioes AEs, while three in the ASAQ arm required hospital admission due

to vomiting. There were no deaths. Considering the CQ and desetyl-CQ blood level

measurements, the CQ resistance in the study population was of 11. 2% (95%CI=7.1-16.6).

Conclusion. High efficacy of ASAQ for the treatment of P. vivax was observed.

Comparative studies with longer follow-up period may have the capacity to provide more

accurate estimates of chloroquine resistance.The benefits of substituting CQ as first-line of

therapy must be considered from the treatment and transmission control points of view.

Keywords: Plasmodium vivax, chloroquine, artesunate, amodiaquine, clinical trial, resistance.

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RESUMO LEIGO

A malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, havendo cinco diferente

espécies de parasitos do gênero plasmódio que podem causar doença em humanos. No

Brasil, onde mais que 99% da malária é transmitidida na região amazônica, a espécie que

predomina é o Plasmodium vivax. Recentemente, tem sido observado um aumento na

resistência deste parasito à seu tratamento habitual, baseado pelos últimos 60 anos no

uso da cloroquina (CQ). Tal fato leva à necessidade de avaliação de alternativas para o

tratamento da malária na região. Foi realizado estudo comparando o uso de uma

combinação de artesunato com amodiaquina (ASAQ) com a CQ para o tratamento de

malária vivax em Manaus. Foram incluídos 380 pacientes designados aleatoriamente para

cada grupo (190 por tratamento), que receberam tratamento supervisionado de acordo

com o peso. Observou-se que o ASAQ foi mais efetivo na prevenção de novos episódios

de malária vivax no período de 42 dias. A resistência à CQ foi estimada em 11%. Não

houve diferença entre os grupos na ocorrência de eventos adversos. Conclui-se que o

ASAQ é uma alternativa eficaz para malária vivax e que as autoridades devem discutir

qual a melhor opção para o tratamento desta doença.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Ilustração do ciclo biológico de desenvolvimento do plasmódio em humanos. ..... 6

Figura 2 - Ilustração esquemática do paroxismo malárico (adaptado de Kitchen & Puttnam: J Natl Malaria Soc 1946;5:57–78). ......................................................................................... 7

Figura 3 - Relação entre o ciclo biológico do parasita e os paroxismos febris da malária (modificado de Neva and Brown, Basic Clinical Parasitology, 6ª ed., 1994). ......................... 8

Figura 4 Espectro clínico relacionado à exposição ao parasito em área de alta transmissão de malária (extraído da referência (29))............................................................................... 10

Figura 5 - Limites de transmissão de P. falciparum no ano de 2010 (fonte: (44)). ............... 11

Figura 6- Limites de transmissão de P. vivax no ano de 2010 (fonte: (45)). ........................ 12

Figura 7 - Mapa da América Latina destacando a área da Amazônia brasileira, onde ocorre a transmissão de malária e as três cidades com maior incidências de malária. .................. 14

Figura 8- Número absoluto total e por espécie de casos no Brasil no período entre 1961-2011 (Fonte: SIVEP). ........................................................................................................... 16

Figura 9 - Mapas ilustrando a transmissão da malária na região amazônica. API = Incidência Parasitária Anual (número de episódios/1000 pessoas-ano) (SIVEP). ............... 18

Figura 10- Risco de recorrência de P. vivax de acordo com a meia-vida de eliminação da droga esquizonticida (preta: curta; cinza escura: intermediária; cinza clara: longa). ........... 26

Figura 11 - Diagrama esquemático das visitas e respectivos procedimentos realizados no estudo. ................................................................................................................................. 42

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xx

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diferenças no ciclo biológico das diferentes espécies

causando malária humana.....................................................

3

Tabela 2: Características da cloroquina e das formulações de ACTs

atualmente disponíveis...........................................................

25

Tabela 3: Descrição de ensaios clínicos comparativos avaliando o uso

de ACTs para tratamento de malária vivax...............................

32

Tabela 4: Esquemas de tratamento de Artesunato-Amodiaquina

(ASAQ) e de Cloroquina a serem utilizados no estudo

conforme o peso do paciente...................................................

40

Tabela 5: Sumário da distribuição das visitas e respectivos

procedimentos realizados.........................................................

45

Tabela 6: Características dos marcadores genéticos polimórficos

escolhidos para análise de genotipagem................................. 48

Tabela 7: Composição da reação primária PCR para na FMT-HVD e

STPH........................................................................................ 49

Tabela 8: Condições de ciclagem para PCR primária aplicadas na

FMT-HVD e STPH.................................................................... 50

Tabela 9: Composição da reação de PCR aninhada para FMT-HVD e

STPH realizada como reação simplex para cada marcador

genético....................................................................................

50

Tabela 10: Condições de ciclagem da PCR aninhada aplicadas............... 50

Tabela 11: Sequências dos iniciadores utilizados nas reações de PCR

primárias e aninhadas.............................................................. 51

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LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E UNIDADES DE MEDIDA

µL Microlitro

ACPR Resposta clínica e parasitológica adequada (adequate

clinical and parasitological response)

ACT Terapia combinada com derivados de artemisinina

(Artemisinin-based Combination Therapy)

AM Estado do Amazonas

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

AOR Razão de chances ajustada (adjusted odds ratio)

API Incidência Parasitária Anual (Annual Parasite Incidence)

ART-LUM Artemeter-lumefantrina

ASAQ Artesunato-Amodiaquina

AS-PIR Artesunato-pironaridina

AS-SP Artesunato-sulfadoxina-pirimetamina

ASMQ Artesunato-Mefloquina

AUC Area sob a curva (area under the curve)

BPC Boas Práticas Clínicas

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino

Superior

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico

CONEP Conselho Nacional de Ética em Pesquisa

CQ Cloroquina

CRF Formulário de relato de caso (clinical report form)

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xxii

CYP-450 Citocromo P450

DCQ Desetilcloroquina

dH2O Água destilada

DHAP Dihidroartemisinina-piperaquina

DNA Ácido desoxirribonucleico Deoxyribonucleic acid

DNDi Drugs for Neglected Diseases initative

DOI identificador de objeto digital (digital object identifier)

DSAQ Desetilamodiaquina

DSCQ Desetilcloroquina

EA Evento adverso

EAS Evento adverso sério

EASI Evento adverso de interesse especial

ECG Eletrocardiograma

ETF Falha terapêutica precoce (early treatment failure)

FAPEAM Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas

FMT-HVD Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado

G6PD Glicose-6-fosfato desidrogenase

GEE Equação de estimação generalizada (generalized estimating

equation)

HPLC Cromatografia liquida de alta performance (high-performance

liquid chromatography)

IC / CI intervalo de confiança (confidence inteval)

ITT intenção de tratamento (intention-to-treat)

kg Quilograma

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xxiii

L Litro

LCF falha clínica tardia (late clinical failure)

LPF falha parasitologica tardia (late parasitological failure)

mg Miligrama

mL Mililitro

MMV Medicines for Malaria Venture

MPC Concentração Parasiticida Mínima (minimum parasiticidal

concentration)

MS2 Microsatélite 2 de P. vivax

MS8 Microsatélite 8 de P. vivax

Msp1F3 Microsatélite 21, bloco 10 de P. vivax

ng Nanograma

OMS / WHO Organização Mundial de Saúde / World Health Organization

OR razão de chances (odds ratio)

P. falciparum Plasmodium falciparum

P. knowlesi Plasmodium knowlesi

P. malariae Plasmodium malariae

P. ovale Plasmodium ovale

P. vivax Plasmodium vivax

pb Pares de bases

PCR Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain

Reaction)

PICM Plano de Intensificação do Controle da Malária

POP Procedimento Operacional Padrão

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xxiv

PNCM Programa Nacional de Controle da Malária

PP por protocolo (per protocol)

PQ Primaquina

QT Intervalo QT

QTc Intervalo QT corrigido

RDT Teste diagnóstico rápido Rapid diagnostic test

RRR Taxa de Redução Parasitária (Parasite Reduction Rate)

SIVEP Sistema de Informação em Vigilância Epidemiológica

STPH Swiss Tropical Medicine Institute

SUS Sistema Único de Saúde

TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido

UEA Universidade do Estado do Amazonas

VIH Vírus da imunodeficiência humana

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xxv

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

1.1. MALÁRIA .................................................................................................................... 1 1.1.1. DOENÇA CAUSADA PELO PLASMODIUM .................................................................. 1 1.1.2. CICLO BIOLÓGICO DO PLASMÓDIO ......................................................................... 2 1.1.3. ESPECTRO CLÍNICO DA INFECÇÃO PLASMODIAL ...................................................... 6

1.2. A DIMENSÃO MUNDIAL DA MALÁRIA ............................................................................ 10 1.3. EPIDEMIOLOGIA DA MALÁRIA NO BRASIL .................................................................... 13

1.3.1. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ............................................................................. 18 1.4. MALÁRIA POR PLASMODIUM VIVAX ............................................................................. 20 1.5. PRINCÍPIOS DE TERAPÊUTICA ANTIMALÁRICA ............................................................... 23 1.6. TRATAMENTO DA MALÁRIA VIVAX ............................................................................... 25

1.6.1. CLOROQUINA E DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA ............................................. 27 1.7. ACTS PARA MALÁRIA VIVAX ...................................................................................... 30 1.8. COMBINAÇÃO ARTESUNATO-AMODIAQUINA (ASAQ) .................................................... 34 1.9. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 35

2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 36

2.1. OBJETIVO PRIMÁRIO ................................................................................................. 36 2.2. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS ......................................................................................... 36

3. MÉTODOS .................................................................................................................... 37

3.1. LOCAL DE ESTUDO .................................................................................................... 37 3.2. DESCRIÇÃO DO ESTUDO ............................................................................................ 37 3.3. PACIENTES ............................................................................................................... 37

3.3.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ..................................................................................... 38 3.3.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO .................................................................................... 38 3.3.3. CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA .................................................................. 39

3.4. TRATAMENTOS ......................................................................................................... 39 3.5. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO .................................................................................... 40

3.5.1. RECRUTAMENTO E ALOCAÇÃO DO TRATAMENTO ................................................... 40 3.5.2. PROCEDIMENTOS DE SEGUIMENTO ....................................................................... 41

3.6. PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS .............................................................................. 46 3.6.1. MICROSCOPIA .................................................................................................... 46 3.6.2. MÉTODOS DE BIOLOGIA MOLECULAR (PCR): ........................................................ 47 3.6.3. EXAMES DE HEMATOLOGIA E BIOQUÍMICA ............................................................. 52 3.6.4. DOSAGEM DOS NÍVEIS SÉRICOS DAS DROGAS EM ESTUDO ...................................... 52

3.7. COLETA E REGISTRO DAS INFORMAÇÕES .................................................................... 53 3.8. DEFINIÇÕES DOS DESFECHOS ANALISADOS ................................................................. 53

3.8.1. VARIÁVEIS DE EFICÁCIA ...................................................................................... 53

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xxvi

3.8.2. VARIÁVEIS DE SEGURANÇA .................................................................................. 54 3.8.3. RESISTÊNCIA À CLOROQUINA............................................................................... 55

ENTRE PACIENTES NO GRUPO DE CLOROQUINA, AMOSTRA FOI CLASSIFICADA COMO RESISTENTE

A CLOROQUINA CASO NO MOMENTO DA DETECÇÃO DA RECORRÊNCIA PARASITÁRIA A SOMA DOS

NÍVEIS SÉRICOS DE CQ/DCQ ESTIVESSE ACIMA DE 100NG/ML, COMO PREVIAMENTE DESCRITO

(68, 137). PARA DETECTAR PREVALÊNCIA DE RESISTÊNCIA DE 10%, COM 80% DE PODER E

PRECISÃO DE 6,5% NO IC95% FOI CALCULADA A NECESSIDADE DE ACOMPANHAR 190

PACIENTES NO BRAÇO DE CLOROQUINA. ............................................................................... 55 3.9. SEGURANÇA ............................................................................................................. 55

3.9.1. TOLERABILIDADE CLÍNICA ................................................................................... 55 3.9.2. TOLERABILIDADE PARACLÍNICA ........................................................................... 55 3.9.3. TOLERABILIDADE BIOLÓGICA ............................................................................... 55 3.9.4. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA............................................................................... 56 3.9.5. MONITORAMENTO DOS EVENTOS ADVERSOS ........................................................ 56 3.9.6. DEFINIÇÕES DE EVENTO ADVERSO (EA) E EVENTO ADVERSO SÉRIO (EAS) ........... 56

3.10. ANÁLISE ESTATÍSTICA ............................................................................................ 57 3.11. MONITORIA E ANÁLISE DE ÍNTERIM .............................................................................. 59 3.12. ASPECTOS ÉTICOS ................................................................................................. 60 3.13. ESTUDOS COMPLEMENTARES ................................................................................. 61

4. RESULTADOS.............................................................................................................. 62

4.1. ARTIGO 1 ................................................................................................................. 62 4.1.1. FIXED-DOSE ARTESUNATE-AMODIAQUINE COMBINATION VERSUS CHLOROQUINE FOR

TREATMENT OF UNCOMPLICATED BLOOD-STAGE P. VIVAX INFECTION IN THE BRAZILIAN

AMAZON: A RANDOMIZED, OPEN-LABEL, PHASE 3, NON-INFERIORITY TRIAL ...................... 62 4.2. ARTIGO 2 ............................................................................................................... 112

4.2.1. SLOW CLEARANCE OF PLASMODIUM VIVAX WITH CHLOROQUINE AMONGST CHILDREN

BELOW SIX MONTHS OF AGE IN THE BRAZILIAN AMAZON ................................................... 112 4.3. ARTIGO 3 ............................................................................................................... 120

4.3.1. PREVALENCE AND RISK FACTORS ASSOCIATED TO PRURITUS IN PLASMODIUM VIVAX

PATIENTS USING CHLOROQUINE IN THE BRAZILIAN AMAZON .............................................. 120 4.4. ARTIGO 4 ............................................................................................................... 126

4.4.1 INFLUENCE OF AGE ON THE HAEMOGLOBIN CONCENTRATION OF MALARIA-INFECTED

PATIENTS IN A REFERENCE CENTRE IN THE BRAZILIAN AMAZON ......................................... 127 4.5. ARTIGO 5 ............................................................................................................... 136

4.5.1. CHARACTERIZATION OF PLASMODIUM VIVAX-ASSOCIATED ADMISSIONS TO

REFERENCE HOSPITALS IN BRAZIL AND INDIA: IS SEVERE DISEASE THE SAME EVERYWHERE? 136

4.6. ARTIGO 6 ............................................................................................................... 176 4.6.1. SPLEEN RUPTURE IN A CASE OF UNTREATED PLASMODIUM VIVAX INFECTION ......... 177

5. DISCUSSÃO ............................................................................................................... 186

5.1. AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS PARA P. VIVAX .................................... 186 5.2. SIGNIFICÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA .................................................................... 192

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xxvii

5.3. PERSPECTIVAS ....................................................................................................... 195

6. REFERÊNCIAS........................................................................................................... 197

ANEXOS ............................................................................................................................ 232

ANEXO A: DOCUMENTO RELACIONADO À AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS PRIMÁRIOS DE EFICÁCIA .. 233 ANEXO B: DIRETRIZES PARA A GRADUAÇÃO DE ACHADOS EM EXAMES FÍSICOS ..................... 234 ANEXO C: NORMAS PARA A GRADUAÇÃO DE RESULTADOS LABORATORIAIS: ......................... 238 ANEXO D: CRITÉRIOS PARA A MALÁRIA GRAVE (OMS, 2010) ............................................. 242 ANEXO E: TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ............................................ 242

1. TCLE PAR ADULTOS ............................................................................................... 242 2. TCLE PARA CRIANÇAS ............................................................................................ 250

ANEXO F: CARTA DE APROVAÇÃO FINAL DO PROJETO NO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ...... 261 ANEXO G: APROVAÇÃO DE PROJETO NA ANVISA .............................................................. 263 ANEXO H: POP DE PREPARO E LEITURA DE LÂMINAS PARA DIAGNÓSTICO DE MALÁRIA E

QUANTIFICAÇÃO DE PARASITEMIA ....................................................................................... 265 ANEXO I: POP DE ESTUDOS MOLECULARES ........................................................................ 274 ANEXO J: LISTA DE PRODUÇÃO ESCRITA DURANTE O PERÍODO ............................................. 279

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1

1. INTRODUÇÃO

1.1. MALÁRIA

1.1.1. DOENÇA CAUSADA PELO PLASMODIUM

A malária, causada por parasitos do gênero Plasmodium e transmitida por

mosquitos do gênero Anopheles, é considerada a doença parasitária mais importante no

mundo. A descrição desta enfermidade, caracterizada pelo padrão de febre intermitente,

é extremamente antiga, com relatos de sua ocorrência descritos desde o século VI A.C.

(1, 2) e com importantes relatos no Ocidente tendo sido realizados por Hipócrates na

Grécia antiga (1, 3, 4). Com o advento de instrumentos que viabilizassem a microscopia

e com a presença de pigmentos no sangue de indivíduos sofrendo desta enfermidade

sendo observados por proeminentes pesquisadores como Meckel, Virchow e Frerichs

(4), o médico francês Charles Alphonse Laveran foi o primeiro a descobrir e descrever o

agente causador desta doença em 1893 (5, 6). Em 1897 Ronald Ross fez a importante

descoberta da transmissão da malária por mosquitos do gênero Anopheles por Ronald

Ross (7). A estas fundamentais descobertas seguiu-se grande número de importantes

novos achados, como a descrição das diferentes espécies causando infecção em

humanos e animais, da presença de estágio hepático no ciclo do parasito e de

mecanismos fisiopatogênicos do parasito, entre outros (2, 6).

Atualmente reconhece-se a existência de quatro espécies causadoras de malária

entre humanos: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. ovale e P. malariae (8).

Recentemente, tem sido descrito um aumento no número de casos causados pelo

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2

parasito de macacos P. knowlesi no sudeste asiático. (9), ainda classificada como

zoonose pela ainda não comprovação de manutenção da transmissão sem a presença

de primatas não-humanos. Diversas outras espécies de Plasmodium com

especificidades de infectar animais são conhecidas, cujo estudo em modelos

experimentais desde em aves até roedores e primatas não humanos, tem prestado

grande contribuição ao entendimento da biologia e imunopatogenia da malária (10-12).

1.1.2. CICLO BIOLÓGICO DO PLASMÓDIO

A malária se caracteriza pela infecção dos eritrócitos pelo plasmódio, cujo ciclo

biológico, porém, caracteriza-se por grande complexidade e particularidades relativas a

cada espécie do parasito, durante as quais este passa por diversas formas evolutivas.

De forma resumida, pode-se descrever o ciclo biológico do plasmódio como tendo três

estágios: i) estágio pré-eritrocítico; ii) estágio eritrocítico assexuado: e iii) estágio sexual

e desenvolvimento no mosquito (4).

O estágio pré-eritrocítico inicia-se no momento da picada com a inoculação de

esporozoítos presentes na salivas de fêmeas de mosquitos anofelinos. Estima-se que

em condições habituais, quantidade inferior a 50 esporozoítos é inoculada em cada

picada (13), com a grande maioria dos parasitos permanecendo na pele e o restante

atingindo a circulação por meio de invasão de capilares ou de vasos linfáticos (14). Em

cerca de 45 minutos os esporozoítos que atingiram a circulação conseguem dar

prosseguimento ao ciclo ao invadir as células parenquimatosas do fígado ou são

clareados. No interior do vacúolo parasitóforo dos hepatócitos, o plasmódio inicia fase de

reprodução assexuada tecidual ao fim da qual há a liberação de grande quantidade de

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3

merozoítos à corrente sanguínea por meio de complexas estruturas provenientes da

manipulação da membrana pelo parasito, os merossomos (14, 15). Importante variação

existe entre as diferentes espécies de plasmódio tanto na duração deste ciclo hepático

quanto na quantidade de merozoítos resultantes do processo (4), brevemente descritas

na Tabela 1. Importante destacar a particularidade de alguns dos parasitos de P. vivax e

P. ovale podem diferenciar-se após a infecção dos hepatócitos em formas latentes,

chamadas hipnozoítos, que têm a propriedade de reativar-se e causar novos episódios

de infecção clínica sem a necessidade de novas picadas, o que merecerá atenção mais

detalhada em outra seção (16).

Tabela 1. Diferenças no ciclo biológico das diferentes espécies causando malária

humana.

P. falciparum P. vivax P. ovale P. malariae P. knowlesi

Ciclo hepático

(média de dias) 5,5 8 15 6-7 ?

Ciclo eritrocítico

(média de dias) 2 2 2 3 1

Hipnozoítos

(recaídas) Não Sim Sim Não Não

Merozoítos por

esquizonte

tecidual

30.000 10.000 15.000 2.000 ?

Preferência por

hemácias Todas as idades Reticulócitos Reticulócitos

Hemácias

antigas ?

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4

Os merozoítos liberados na corrente sanguínea procedem à invasão de

hemácias, dando início ao estágio eritrocitário assexuado do plasmódio. Tal processo de

invasão ocorre por meio de receptores específicos presentes no complexo apical do

merozoíto que se ligam a proteína da membrana dos eritrócitos, causando a invaginação

do parasito, que é interiorizado para a célula dentro de um vacúolo parasitóforo. Durante

o desenvolvimento intra-eritrocitário, que varia geralmente entre 36 e 72 horas a

depender da espécie infectante, o parasito sofre diversas modificações. Nos estágios

iniciais, formas similares a “anéis”, com denso núcleo de cromatina. À medida que

consome o conteúdo citoplasmático da hemácia, o parasito se desenvolve e aumenta

progressivamente de tamanho. Durante este processo, no qual o parasito é denominado

trofozoíto maduro, é necessário que o heme resultante da degradação da hemoglobina

seja sintetizada para uma forma menos tóxica ao parasito, a hemozoína (17),

reconhecida à microscopia pela característica coloração acastanhada. Em cerca de 36

horas (54 horas para P. malariae), o parasito realiza intenso processo de divisão nuclear,

no qual passar a preencher praticamente todo o volume da célula em estágio conhecido

como esquizonte (ou meronte, como proposto por alguns). Ao fim deste processo a

membrana da hemácia é rompida, liberando entre 6 e 36 merozoítos que rapidamente

invadem outras células dando continuidade ao ciclo, levando a progressão logarítmica

da parasitemia (4). A duração do ciclo assexuado conforme a espécie infectante; 24

horas para P. knowlesi, 48 horas para P. falciparum, P. vivax e P. ovale, e 72 horas para

P. malariae.

Uma subpopulação de parasitos infectando as hemácias sofre diferenciação para

as formas sexuadas, responsáveis pelo início do estágio sexual e desenvolvimento no

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5

mosquito. Este processo inicial de diferenciação é chamado de gametocitogonia pela

geração de gametócitos macho e fêmea, distinguidos entre si e das formas assexuadas

pela morfologia peculiar, sendo estas as únicas formas capazes de se desenvolver nos

mosquitos. Seguindo sua ingestão após a picada, os gametócitos passam por ativação

no intestino do inseto, com divisão nuclear do gametócito masculino, gerando até 8

microgametas flagelados, com cada um destes procurando um macrogameta feminino

(18). A fusão e meiose ocorrem dando origem ao zigoto, caracteristicamente diploide,

que em 24 horas assume mobilidade e sendo determinado então oocineto, que penetra

a parede do estômago do mosquito onde se incesta. Em seguida, a forma denominada

oocisto se expande intensamente por divisão azoada, gerando grande quantidade de

esporozoítos que são liberados na cavidade celômica do mosquito e migram para a

glândula salivar onde aguardam a inoculação com a picada em novo hospedeiro. O

processo de desenvolvimento no mosquito é chamado esporogonia e sua duração pode

variar entre 8 e 35 dias a depender das espécies de plasmódio e mosquito envolvidas

(18). Os passos envolvidos no ciclo do parasito são sumariamente expressos na Figura

1.

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6

Figura 1 - Ilustração do ciclo biológico de desenvolvimento do plasmódio em humanos (MMV).

1.1.3. ESPECTRO CLÍNICO DA INFECÇÃO PLASMODIAL

Como brevemente já mencionado, a infecção plasmodial se caracteriza

tipicamente por suas manifestações febris; porém, há um vasto espectro de

manifestações clínicas que podem ser observados, desde a infecção assintomática até

importantes complicações em diversos sistemas resultando no desfecho fatal (8, 19).

Entre os fatores que determinam as manifestações clínicas resultantes da infecção,

encontram-se fatores do hospedeiro, como idade, imunidade prévia ao parasito e

condições clínicas associadas, como comorbidades agudas e crônicas, gestação e

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7

desnutrição; fatores do parasito, como espécie infectante e virulência da cepa específica;

e do ambiente, como intensidade de transmissão e estrutura do sistema de saúde local

(8, 20-23).

Figura 2 - Ilustração esquemática do paroxismo malárico (adaptado de Kitchen & Puttnam: J Natl Malaria Soc 1946;5:57–78).

O período de incubação inicial tem duração média de 14 dias, podendo variar

entre 8 dias até mesmo anos a depender da espécie e região onde a infecção ocorre (4,

24). Após este período, sintomas inespecíficos, como cefaleia, mialgia, desconforto

abdominal, hiporexia e fadiga, podem manifestar-se antecedendo o característico

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8

paroxismo malárico. Os episódios febris caracterizam-se por rápida elevação da

temperatura, geralmente acima de 39ºC, acompanhada de intensas cefaleia e mialgia,

seguidas de calafrios, durando entre 30 e 90 minutos, ao fim do qual há intensa

vasodilatação periférica e sudorese profusa, com a defervescência ocorrendo

usualmente entre 4 e 8 horas (4, 25), como mostrado na Figura 2. A descrição clássica

de paroxismos maláricos intermitentes em intervalos definidos (48 horas para P. vivax,

P. falciparum e P. ovale; 72 horas para P. malariae) guarda relação com o ciclo biológico

do parasita (Figura 3), com a febre ocorrendo como consequência da produção de

citocinas pelo hospedeiro resultante da liberação de merozoítos e produtos parasitários

como glicofosfatidil-inositol (25). Porém, tal padrão intermitente só é habitualmente

observado quando a infecção encontra-se sincronizada, o que pode levar alguns dias,

sendo, portanto, cada vez mais raro com a provisão de diagnóstico e tratamento

precoces (4).

Figura 3 - Relação entre o ciclo biológico do parasita e os paroxismos febris da malária (modificado de Neva and Brown, Basic Clinical Parasitology, 6ª ed., 1994).

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9

Quando o tratamento ocorre de forma rápida e eficiente, tais sintomas são

usualmente abreviados sem maiores consequências ao doente. Porém, em proporção

variável dos casos, o indivíduo pode apresentar graves complicações clínicas, sendo

mais comumente descritas, anemia grave, malária cerebral e complicações pulmonares

e renais, com consequências muitas vezes fatais, requerendo cuidados médicos

intensivos para sua recuperação . Tais complicações são geralmente mais frequentes

em infecções pelo P. falciparum e em áreas onde os sistemas de saúde e condições

socioeconômicas apresentam situações precárias (19, 26-28).

No outro extremo do espectro de manifestações clínicas encontra-se a infecção

plasmodial assintomática (29-32). Tal condição ocorre geralmente em indivíduos com

prévia exposição intensa ao plasmódio, sendo esta imunidade clínica reversível com a

ausência prolongada de contato com o parasito (11), como observável na figura 4. Este

fator explica o fato de que em áreas de transmissão estável de malária, praticamente

apenas crianças apresentam complicações e morte pela doença e muitos adultos

infectados não têm sintomas de doença. Apesar da não presença de sintomas e

consequências clínicas marcantes nestes indivíduos, sua detecção e tratamento faz-se

necessária diante de sua importante contribuição para a manutenção da dinâmica de

transmissão local e a possibilidade de a malária agir como um cofator na presença de

outras co-morbidades agudas e crônicas (18, 33-35). É importante ainda destacar outras

manifestações não necessariamente clínicas, mas de grande significância para ilustrar a

carga de doença pela malária, como é o caso de sua associação com baixo

desempenho escolar e prejuízo da função cognitiva (36, 37). Há ainda muito a ser

investigado no que diz respeito aos fatores relacionados à expressão clínica e

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10

imunopatogênese da infecção malárica que não são aqui abordados, cuja investigação é

essencial para maior esclarecimento e fundamentação de novas ferramentas ao seu

combate.

Figura 4 Espectro clínico relacionado à exposição ao parasito em área de alta transmissão de malária (extraído da referência (29)).

1.2. A DIMENSÃO MUNDIAL DA MALÁRIA

A malária é um grave problema de saúde público mundial, havendo em 2013, 97

países com transmissão ativa de malária, resultando na existência de aproximadamente

3,4 bilhões de pessoas sob risco de infecção (38). Apesar de a intensificação nas ações

de controle da transmissão terem apresentado importantes resultados em reduzir os

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11

números tanto de casos clínicos quanto de óbitos por esta doença, as estimativas de

que 207 milhões de episódios (incerteza: 135-287 milhões) e 627 mil mortes (incerteza:

473-789 mil) teriam ocorrido no ano 2012 demonstram a ainda enorme carga de doença

associada à infecção humana por plasmódio (38). A maioria dos países onde a

transmissão ocorre ativamente está localizados em regiões tropicais ou subtropicais

onde as condições socioeconômicas e os serviços de saúde são precários e em que a

malária age tanto como produto como causador de um ciclo de perpetuação de pobreza

(39-42). A maior proporção desta carga é atribuída à infecção por P. falciparum,

ocorrendo na África, embora nos últimos anos a importância do P.vivax tenha sofrido

considerável valorização diante de sua maior abrangência geográfica e mais lenta

resposta às medidas de controle (38, 43). A diferença na epidemiologia destas duas

espécies pode ser vista nas Figuras 5 e 6.

Figura 5 - Limites de transmissão de P. falciparum no ano de 2010 (fonte: (44)).

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12

Figura 6- Limites de transmissão de P. vivax no ano de 2010 (fonte: (45)).

Estima-se que os custos diretos da malária sejam em torno de 12 bilhões de

dólares, porém, os prejuízos socioeconômicos seriam substancialmente maiores,

decorrentes do atravancamento ao desenvolvimento tanto em termos regionais quanto

pessoais (41, 46, 47), o que pode ser minimamente exemplificado pelo pior desempenho

escolar de crianças acometidas por malária (36).

A expressiva redução no número de casos e mortes observados na última década

(25% e 42%, respectivamente) é resultado em grande parte do redirecionamento da

agenda global para o objetivo de erradicação da malária, com a intensificação das ações

de controle, o desenvolvimento de novas ferramentas e o comprometimento de gestores

de saúde e o surgimento de novos atores no cenário global, destacando-se o papel da

Fundo Global contra VIH, Malária e Tuberculose e a Fundação Bill & Melinda Gates (48-

50). Porém, o imenso desafio de eliminar a transmissão de malária do planeta ainda

encontra-se distante, esbarrando em grandes desafios, como o financiamento

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13

insuficiente e a falta de ferramentas mais efetivas que possam ser empregadas com este

fim, além da inexistência de sistemas de saúde capazes de desempenhar ações mais

exitosas em muitas das áreas endêmicas (51-53). A comunidade científica tem

respondido ativamente ao identificar lacunas de conhecimento e ferramentas que

precisam ser desenvolvidas para que o objetivo de erradicação seja atingido (43, 52, 53).

1.3. EPIDEMIOLOGIA DA MALÁRIA NO BRASIL

O Brasil é o maior país da América Latina, com extensão territorial acima de 8,5

milhões de quilômetros quadrados e população ultrapassando os 200 milhões de

habitantes, se caracterizando por vasta variedade demográfica e ambiental (54). A maior

parte do território brasileiro encontra-se em área tropical, propiciando receptividade

elevada para doenças transmitidas por vetores, como é o caso de dengue, febre amarela

e malária (55).

A história da malária no Brasil é composta de importantes sucessos, bem como

de significativos desafios e barreiras. Até a primeira metade do século 20, a transmissão

da malária ocorria na maior parte de seu território, chegando-se a registrar cerca de 6

milhões de episódios por ano. O fortalecimento do programa de controle da malária, que

ocorre em paralelo com a Campanha Global de Erradicação da Malária, foi capaz de

atingir a interrupção da transmissão da malária nas regiões Sul e Nordeste do país,

incluindo o sucesso notável de eliminar o Anopheles gambiae da região Nordeste (56).

Desta forma, na década de 1960 registrou-se o menor número de casos, abaixo de 53

mil casos por ano, com a transmissão sendo quase inteiramente restrita à região Norte,

que até os dias atuais tem a maior proporção de sua área ocupada pela floresta

amazônica, apresentando áreas de densidade populacional muito baixa e significativas

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14

dificuldades logísticos para transporte e fornecimento de medidas eficazes de saúde e

controle de doenças. Em grande parte, o baixo número de casos nesta época era reflexo

tanto da baixa densidade populacional da região quanto da reduzida mobilidade das

populações localmente estabelecidas (56).

No entanto, houve grande mudança a partir dos anos 1970, quando duas

iniciativas do governo federal (a criação do parque industrial na zona franca de Manaus;

e um vasto programa de assentamento agrícola) levaram a uma enorme e desordenada

migração de pessoas para a região amazônica. A maioria da população era proveniente

de áreas não endêmicas de malária, sem imunidade prévia, e que, ao se instalar em

condições habitacionais precárias e com abundância de vetores, proporcionaram

condições ideais para um aumento rápido e sustentado do número de casos de malária

(56, 57).

Figura 7 - Mapa da América Latina destacando a área da Amazônia brasileira, onde ocorre a transmissão de malária e as três cidades com maior incidências de malária.

No Brasil são reportados cerca de 45% dos episódios de malária nas Américas

(38), com transmissão da malária atualmente sendo quase inteiramente restrita à região

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Norte, onde a maior parte do território é coberto pela floresta amazônica, com a

ocupação humana caracterizada pela dispersão de cidades e áreas de assentamento

rural, resultando em um baixa densidade populacional de cerca de 2.85 habitantes/km² .

A expansão dos centros urbanos e uma série de evoluções econômicas, como as novas

hidrelétricas e campos de petróleo e gás na região, levam a cenários socioeconômica e

ambientalmente dinâmicos, com dificuldades consideráveis para o controle de doenças

infecciosas transmissíveis (55).

No Brasil, são três as espécies causadoras de malária humana, P. falciparum, P.

vivax e P. malariae, esta última de incidência extremamente baixa. A evolução dos casos

anuais de malária, demonstrando a rápida ascensão durante as décadas de 1970 e

1980, é ilustrado na Figura 8. Observa-se claramente que até o final dos anos 1990, as

proporções de P. vivax e P. falciparum eram aproximadamente as mesmas, com cerca

de 50% de casos por cada uma das espécies. A partir da década de 1990, é possível

observar um declínio constante da proporção de casos devido a P. falciparum, com P.

vivax tornando-se a espécie predominante causando malária, responsável por mais de

90% dos casos em 2011. As razões para esta ocorrência não são totalmente

compreendidos, embora alguns marcos importantes na história da saúde pública

brasileira possam ter contribuído para a sua ocorrência. A primeira é a criação do

Sistema Único de Saúde (SUS), que apontando para prestar cuidados de saúde

universal e gratuito a toda a população (55), pode ter contribuído para melhorar o acesso

ao diagnóstico e tratamento e, sendo P. falciparum mais sensível às medidas de

controle, explicar ao menos parcialmente a diminuição da razão Pf:Pv. Durante a

segunda metade da década de 1990, o Ministério da Saúde implementou o Programa de

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Intensificação do Controle da Malária (PICM), que se baseou principalmente na

expansão e melhoria do diagnóstico e tratamento da malária, com foco na redução do

tempo para iniciar o tratamento, resultando no expressivo resultado de mais de 50% dos

casos sendo tratados dentro de 48 horas de sintomas. Durante este período, a

proporção de P. vivax atingiu um pico de 80% do total em 1999, apesar de um aumento

importante no número total de casos (atingindo mais de 630 mil casos) naquele ano.

Figura 8- Número absoluto total e por espécie de casos no Brasil no período entre 1961-2011 (Fonte: SIVEP).

Durante os seis anos seguintes, embora o número de casos tenha diminuído

consideravelmente, houve uma queda menor na proporção de P. vivax, com sua menor

proporção atingindo 73% em 2005. Isso coincidiu com a decisão do PNCM em modificar

a primeira linha de tratamento de P. falciparum para ACTs, mediante evidência de

aumento da resistência ao esquema de primeira linha prévio que consistia de quinino e

doxiciclina. Observa-se que, em paralelo com a diminuição global do número de

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episódios relatados, a proporção de P. falciparum diminuiu de forma consistente, com P.

vivax respondendo por mais de 86% dos casos desde 2011. Outra decisão de grande

relevância é a recomendação nacional do uso de primaquina em uma dose única (0,75

mg/kg) em infecções por P. falciparum, como uma droga gametocitocida.

O efeito da mudança na epidemiologia da malária em uma área específica da

região amazônica brasileira no Sul ocidental na fronteira com o Peru na sequência da

adoção de combinação em dose fixa de artesunato-mefloquina (ASMQ) para P.

falciparum no estado do Acre, demonstrado em um recente publicação (58). Nessa área,

uma redução substancial no número de casos pode ser claramente demonstrado, com

um efeito ainda mais importante na redução da razão Pf:Pv e, como consequência, as

taxas de hospitalização. Um aspecto interessante observado pelos autores é que, após a

introdução de ASMQ, o pico sazonal característico de transmissão na região foi reduzido

significantemente, possivelmente como resultado do aumento da proporção de casos de

recidivas, devido a P. vivax, embora isto não tenha sido investigado (58) e pode, pelo

menos em parte, dever-se à proliferação de tanques de piscicultura na região (59).

O progresso no controle de malária pode também ser acompanhado na figura 9.

O mapa demonstra como vem ocorrendo uma redução tanto na extensão territorial

quanto na intensidade de transmissão dentro da região amazônica, caracterizada por um

menor número de municípios nas regiões orientais e boreais, estando as porções

ocidentais e áreas fronteiriças apresentando maior intensidade de transmissão. Tal

sucesso tem levado o PNCM a discutir ativamente novas estratégias focando em médio

prazo a eliminação de P. falciparum, estimulado pelas baixas proporções desta espécie

em grande parte do território.

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Figura 9 - Mapas ilustrando a transmissão da malária na região amazônica. API = Incidência Parasitária Anual (número de episódios/1000 pessoas-ano) (SIVEP).

1.3.1. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Como parte das ações de controle da malária, houve uma priorização na

prestação de diagnóstico e tratamento na maioria das áreas, com mais de 3.000

unidades de diagnóstico de microscopia na região, que realizaram em 2011 mais de 2,5

milhões de gota espessa em 2011 (60). As ações de diagnóstico da malária consistem

na detecção passiva e ativa de casos e, embora a cerca de 75% de casos positivos

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sejam detectados através da detecção passiva, a partir de 2007, a maioria das lâminas

de sangue foram realizados como parte da detecção ativa (55,9% em 2010), o que

demonstra a extensão das atividades de vigilância e controle da malária. Mais de 55%

dos casos de malária sintomáticos são tratados dentro de 48 horas de sintomas, o que

tem sido atribuído como um dos principais motivos para atingir uma redução acentuada

na proporção de casos por P. falciparum.

A maior proporção do diagnóstico da malária no Brasil ainda é realizada por meio

de microscopia. Os fatores que determinam esta opção são a alta cobertura de unidades

de saúde equipadas com diagnóstico microscópico, treinamento constante e avaliação

dos microscopistas, e a confiança no método. Testes de diagnóstico rápido (RDT), que

deve ser capaz de identificar infecção por plasmódio não-falciparum, também foram

incluídos no sistema de diagnóstico, mas seu uso tem sido restringido a áreas de difícil

acesso, onde não há microscopia, e para a área extra-amazônica, onde a falta de

experiência e formação pessoal pode levar ao retardo diagnóstico.

O tratamento da malária no Brasil está disponível apenas através de unidades de

saúde governamentais, com a necessidade de um teste confirmatório positivo para

dispensação. Não há antimalárico disponível para compra em farmácias como forma de

evitar o uso inapropriado e retardar o desenvolvimento de resistência aos

medicamentos. A recomendação de tratamento da malária por P. vivax é a cloroquina

(25mg/kg divididos em três dias) e primaquina (3.5mg/kg em 7 ou 14 dias), esta última

não prescrita para mulheres grávidas e crianças com menos de seis meses de idade

(61) . Não há recomendação para avaliar o estado deficiência de G6PD do paciente

antes de prescrever primaquina. A adesão ao tratamento com base na contagem de

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pílulas em posse do paciente no final do tratamento em um local sul da Amazônia foi

estimado em cerca de 86% (62), mas as avaliações representativas de diferentes áreas

onde ocorre a transmissão da malária ainda é necessária.

Ambos os medicamentos usados contra P. vivax são produzidos em

Farmanguinhos, a fábrica de medicamentos para saúde pública brasileira, o que reduz

consideravelmente os custos. As infecções por P. falciparum são tratados com

artemeter-lumefantrina (ART-LUM) e primaquina na região amazônica ou artesunato-

mefloquina (ASMQ), que é dada apenas fora da região amazônica. Nem quimioprofilaxia

nem administração de medicamentos em massa são adotadas no Brasil. Desde meados

dos anos 1990, artesunato ou artemeter são recomendados para malária grave, o que

também contribuiu para a diminuição da mortalidade, em conjunto com o diagnóstico

precoce.

1.4. MALÁRIA POR PLASMODIUM VIVAX

A agenda de pesquisadores e gestores envolvidos com malária sempre foi

dominada pelo P. falciparum, compreensível devido à maior carga de doença e

gravidade associadas à infecção por este parasito. Porém, recentemente tem havido

uma reavaliação da importância da infecção por P. vivax causada principalmente pela

nova campanha de erradicação da malária, pela desconstrução do caráter de

benignidade atribuída à doença e, ainda, o aumento na resistência medicamentosa por

este parasito (63-68).

Estimativas recentes apontam que aproximadamente 2,85 bilhões de indivíduos

vivem sob risco de infecção por P. vivax, caracterizando-o como a espécie mais

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amplamente distribuída e causando cerca de 300 milhões de episódios anualmente (45,

67, 69, 70). Os relatos de diversas experiências prévias de localidades onde a malária foi

controlada demonstram que este parasito é relativamente mais difícil de ser eliminado

que o P. falciparum (43, 71). Entre as particularidades envolvidos na maior dificuldade de

eliminação desta espécie estão a existência do hipnozoíta e a produção precoce de

gametócitos (66).

O ciclo de vida do P. vivax apresenta a particularidade, apenas compartilhada

com o P. ovale entre as espécies infectando humanos, de ter uma forma dormente

hepática que recebe o nome de hipnozoíta, o que determina a ocorrência de recaídas da

infecção (72). Tais recaídas ocorrem em intervalos variáveis a depender da região onde

a infecção se dá e à terapia esquizonticida utilizada (24, 73, 74). A não existência de um

marcador que indique a presença do hipnozoíta e o fato de que o único tratamento

efetivo contra esta forma parasitária ser a primaquina, droga com que potencialmente

pode levar a hemólise grave em portadores de deficiência da enzima glicose-6-fosfato

desidrogenase (G6PD) (75, 76), complicam enormemente o controle da transmissão

deste parasito (74, 77, 78).

Adicionalmente, os gametócitos, a forma infectante para o mosquito, de P. vivax

são transmitidos mais eficientemente para os mosquitos (79) e são produzidos mais

precocemente na infecção por P. vivax do que na infecção por P. falciparum, com uma

proporção significativamente maior de casos apresentando-se com gametócitos

detectáveis ao diagnóstico (18, 80, 81). Desta forma, a estratégia de diagnóstico e

tratamento precoce dos casos, capaz de reduzir expressivamente a transmissão de P.

falciparum ao impedir a progressão para as formas infectantes, como pode ser visto no

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caso brasileiro, tem um impacto significantemente menor na transmissão de P. vivax (43,

78).

O caráter de benignidade atribuído a este parasito, cuja doença foi por muito

habitualmente denominada “febre terçã benigna”, foi progressivamente desconstruído

por diversos relatos de diversas partes do mundo de manifestações clínicas complicadas

da infecção por este parasito (82-85). Tal fenômeno vem despertando grande interesse

da comunidade científica internacional, com o questionamento se tem havido algum fator

relacionado ao aumento de gravidade desta doença, como, por exemplo, uma

associação com resistência (82), ou se o que ocorre é uma percepção maior da

gravidade dos casos (86). Observações prévias provenientes da Fundação de Medicina

Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), na cidade de Manaus, já apontavam um

aumento no número de internações por P. vivax (87) e, concomitantemente, casos de

malária complicada sem que houvesse simultaneamente qualquer indício de resistência

medicamentosa (84). Estudos de nosso grupo tem realizado grande contribuição ao

demonstrar que as complicações associadas à infecção por P. vivax já vinham sendo

relatadas na “literatura cinza” há alguns anos (21), com uma importante associação com

outras comorbidades. Também foi possível descrever a mais extensa série de autópsias

relacionadas à infecção por P. vivax (88), detalhando as alterações patológicas e

condições mais associadas à morte na presença deste parasito. A necessidade de um

melhor entendimento dos mecanismos fisiopatológicos da infecção por P. vivax vem

sendo seguidamente destacada (66, 86); e as evidências de que genes associados à

gravidade possam estar sendo mais expressos em pacientes com manifestações de

gravidade (89) e também a demonstração da capacidade de adesão de hemácias

parasitadas (90, 91), com a possibilidade de sequestro de parasitos no baço (92),

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23

apontando importantes nichos a serem mais investigados quanto à sua significância

clínica.

1.5. PRINCÍPIOS DE TERAPÊUTICA ANTIMALÁRICA

Os objetivos do tratamento antimalárico são: proporcionar a cura do paciente;

evitar a progressão da infecção para formas graves; diminuir a transmissão da doença; e

impedir ou retardar o desenvolvimento de resistência medicamentosa (93-95). Os

primeiros dois objetivos são diretamente relacionados com parâmetros farmacocinéticos

e farmacodinâmicos: (1) a concentração mínima do antimalárico capaz de produzir a

máxima redução de parasitos, Concentração Parasiticida Mínima (MPC); a taxa de

redução parasitária (RRR), que quantifica a fração de parasitas removida em cada ciclo

parasitário; meia-vida de eliminação e área sob a curva (AUC), são parâmetros

farmacocinéticos diretamente relacionados com o sucesso do tratamento (96). Para que

um tratamento seja efiaz, é necessário que a droga encontre-se acima da MPC por pelo

menos 4 ciclos do parasito, usualmente 8 dias (96).

A artemisinina e seus derivados, como artesunato e artemeter, entre outros,

assumiram na última década posição de absoluto destaque no arsenal antimalárico.

Estas drogas se destacam pela alta eficácia antimalárica com alta RRR, levando a

clareamento da parasitemia mais rapidamente do que qualquer outra opção terapêutica,

em decorrência de sua janela terapêutica proporcionar a atuação sobre mais fases do

ciclo do parasito (97), o que fez com que se tornassem rapidamente a primeira linha de

tratamento contra malária grave, inicialmente em adultos (38, 98) e, sequencialmente em

crianças (99, 100).

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Os derivados de artemisinina possuem meia-vida extremamente curta, sendo

quase que completamente eliminados em 24 horas (97, 101, 102). Esta característica

praticamente inviabiliza seu uso como monoterapia da malária não complicada, já que

exige o uso por no mínimo sete dias para adequadamente eliminar todos os parasitos da

circulação (103, 104). De forma a obter os benefícios de ação rápida e baixa resistência

dos derivados da artemisinina sem submeter o paciente a um esquema posológico

prolongado que poderia comprometer a adesão e levar ao desenvolvimento de

resistência, optou-se por administra-los em combinação com outras drogas de

eliminação mais lenta, configurando a terapia combinada contendo artemisinina (ACT)

(105-107).

As diferentes combinações de ACT compartilham o fato de terem alta eficácia e

bom perfil de segurança, apesar de ainda serem escassos os estudos durante o primeiro

trimestre de gestação e em crianças menores de seis meses de idade (108, 109). Em

suas últimas diretrizes a OMS recomenda que a primeira linha do tratamento de P.

falciparum contenha um ACT, estando atualmente cinco formulações em dose-fixa pré-

qualificadas para uso: artemeter-lumefantrina, artesunato-amodiaquina, artesunato-

mefloquina, dihidroartemisinina-piperaquina e artesunato-sulfadoxina-pirimetamina (100).

As principais características sobre a posologia dos ACTs e da cloroquina são descritas

na tabela 2. Em cada país a decisão a respeito de que esquema utilizar depende do

custo e da existência de resistência à droga-parceira. Além do benefício direto que os

ACTs proporcionam pela rápida eliminação do parasito da circulação, o fato de que

estas medicações impedem o desenvolvimento dos gametócitos faz com que tenham um

significativo impacto na redução da transmissão, configurando-as como importantes

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ferramentas de controle (109-111), como já constatado em diversas experiências desde

a sua implementação em larga escala (58, 112, 113).

Tabela 2 . Características da cloroquina e das formulações de ACTs atualmente disponíveis

Formulação de ACT Meia-vida terminal¶

Posologia (3 dias)

Custo médio/ tratamento (R$)

Artemeter + Lumefantrina

3,6 dias 4 comprimidos; 12/12h 4,05

Artesunato + Amodiaquina

11 dias 2 comprimidos; 24/24h 2,08

Dihidroartemisinina + Piperaquina

28 dias 3 comprimidos; 24/24h 1,06

Artesunato + Mefloquina

14 dias 2 comprimidos; 24/24h 6,45

Artesunato + Suldoxina-Pirimetamina

6,7 dias SP – 1 dia; Artesunato (1

vez/dia; 3 dias) 3,12

Cloroquina 30-60 dias

Dia 1: 4 comprimidos; dias 2 e 3: 3 comprimidos

0,09

¶ No caso dos ACTs, baseado na droga parceira com maior meia-vida; * custo baseado em referência (114) e cotação do dólar estadunidense em R$ 2,26 de 25/7/2014.

1.6. TRATAMENTO DA MALÁRIA VIVAX

O tratamento da malária causada pelo P. vivax apresenta a peculiaridade já citada

de apresentar recaídas, exigindo, portanto, que ao tratamento do estágio sanguíneo seja

também administrada droga capaz de eliminar o hipnozoíta, para o qual atualmente a

única opção disponível é a primaquina (66, 115), que apresenta a dificuldade de

necessitar um curso longo, entre 7 e 14 dias, para ser efetiva (62, 116, 117), e tem o

problema de causar hemólise em indivíduos com deficiência de G6PD (75, 76, 118). O

problema da deficiência de G6PD é algo que leva a grande preocupação por

profissionais de saúde e pelos formuladores das políticas de saúde, principalmente em

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regiões onde a prevalência das formas mais graves desta alteração é elevada (119,

120). Mais recentemente, estudos publicaram importantes achados com implicações

para o entendimento da eficácia desta droga: (1) a constatação de que indivíduos com

mutação específica no gene CYP-450 apresentam níveis mais baixos da droga na

corrente sanguínea (121); e que a coadministração com a cloroquina leva a aumento nos

níveis de droga atingidos na circulação (122). O desenvolvimento e demonstração da

eficácia da tafenoquina para a prevenção de recaídas com a administração de dose

única (123), apresentam uma perspectiva importante de nova ferramenta para o

combate desta infecção. Outro aspecto que tem sido apontado como de grande

importância na escolha de terapias contra malária vivax tem sido a capacidade de o

antimalárico permanecer na corrente sanguínea por período de tempo suficiente para

permitir novos episódios decorrentes de recaídas ou re-infecções, chamada de profilaxia

pós-tratamento e diretamente relacioanda com a meia-vida da droga (76, 124), como

demonstrado na figura 10.

Figura 10- Risco de recorrência de P. vivax de acordo com a meia-vida de eliminação da droga esquizonticida (preta: curta; cinza escura: intermediária; cinza clara: longa).

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1.6.1. CLOROQUINA E DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA

Desde seu desenvolvimento na década de 1940, durante a Segunda Guerra

Mundial, a cloroquina tem se mantido como a primeira linha do tratamento contra o

estágio assexuado de P. vivax. A cloroquina apresenta diversas propriedades que a

alçaram a uma posição de destaque no arsenal de combate a malária nas áreas

endêmicas: baixo custo, posologia simplificada de poucos dias, longo período de ação e

baixa toxicidade, sendo segura inclusive para gestantes e crianças pequenas (68). A

cloroquina é rapidamente absorvida após ingestão oral e usualmente leva a clareamento

da parasitemia em até 72 horas após a primeira dose (125). Sua longa meia-vida

plasmática de 50 horas determina a persistência de níveis séricos terapêuticos por um

período de 21 a 35 dias após o início de tratamento determina que tenha um efeito de

profilaxia pós-tratamento prolongado (126, 127) e, como consequência, suprimiria o

primeiro episódio de recaída, o que não ocorre com drogas de meia-vida mais curta

como o quinino (68). O desenvolvimento e disseminação da resistência do P. falciparum

à cloroquina, que ocorreu quase simultaneamente no Sudeste Asiátio e América do Sul

(4, 128, 129), levou a uma situação extremamente grave de aumento do número de

casos e, principalmente de mortes por malária, com a necessidade de rápida criação de

novas alternativas (130-132).

Diante da inexistência de uma droga ainda capaz de rivalizar com as

propriedades da cloroquina especialmente em relação ao perfil de segurança para

crianças e gestantes e do paralelo do ocorrido com P. falciparum, a preocupação com o

aumento dos relatos de resistência do P. vivax a cloroquina faz-se inteiramente

justificável (68, 133, 134). Desde o primeiro relato de resistência proveniente da ilha de

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Papua na Indonésia, diversas outras localidades já reportaram taxas de falha terapêutica

maiores que 10%, principalmente no Sudeste Asiático e Oceania (63, 135, 136).

Comparativamente a P. falciparum, existem maiores dificuldades para a

realização dos estudos de eficácia em P. vivax, principalmente a capacidade deste

parasito em causar recaídas; a inexistência de ferramentas que permitam caracterizar os

episódios de recorrência de malária vivax como recrudescências, recaídas ou re-

infecções, e a falta tanto de marcadores moleculares associados a resistência quanto de

cultura para testes de resistência in vitro (68). A monitoração da resistência à cloroquina

tem sido feita principalmente por meio de protocolos in vivo de seguimento de pacientes

por 28 dias, nos quais se caracteriza a resistência como a recorrência de parasitos na

presença de níveis séricos da soma de cloroquina e seu metabólito ativo

desetilcloroquina acima de 100 ng/mL (68, 76, 137). Esta abordagem tem sido adotada

amplamente por seu rigor na definição de resistência e por minimizar a influência de

possíveis recaídas já que em áreas tropicais estas costumam ocorrer geralmente após o

dia 21 de seguimento (68, 138), porém pode-se criticá-la por falhar em detectar

episódios de resistência ocorrendo mais tardiamente, especialmente em áreas de baixa

transmissão, de forma a retardar a detecção mais precoce do desenvolvimento de

resistência. Alguns novos estudos tem tentado desenvolver e aplicar metodologias

baseadas na genotipagem de microssatélites de P. vivax, semelhantemente ao já

adotado para P. falciparum (139), de modo a caracterizar com maior precisão os

episódios de falha terapêutica (140-142), feito com relativo sucesso, porém maior

utilização faz-se ainda necessária para harmonização dos critérios. Alguns métodos para

avaliação in vitro também tem sido explorados (143-147), porém sua aplicação ainda

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carece de melhor padronização e harmonização, além de métodos de cultura de longa

duração ainda inexistentes.

No Brasil, o esquema de tratamento em uso na região amazônica consiste na

administração de cloroquina durante 3 dias (total de 25mg/kg ou 1500mg) associado à

primaquina durante 7 dias (0.5mg/kg/dia), o que tende a atenuar as taxas de falha

decorrentes da resistência à cloroquina (61, 68, 148). O primeiro relato de resistência do

P. vivax a cloroquina foi feito em Manaus, com a falha ocorrendo em uma criança que

recebeu tratamento com cloroquina (25mg/kg) supervisionado (149), seguido de estudo

mais completo também em Manaus, com 166 pacientes, que encontrou taxa de

resistência de 10,1% após 28 dias de seguimento em indivíduos usando cloroquina

isoladamente e com medidas adequadas dos níveis séricos de cloroquina (150). Em

estudo realizado na mesma área, a detecção de falha terapêutica foi consideravelmente

menor quando a cloroquina foi administrada juntamente com primaquina, demonstrando

a sinergia desta droga como esquizonticida (151). Faltam, no entanto, estudos de maior

representatividade e distribuição geográfica, já que parece haver considerável

heterogeneidade na prevalência de resistência no país (134).

A OMS recomenda a substituição dos esquemas de primeira linha quando estes

atingem um nível de resistência de 10% (100), portanto, colocando o Brasil em situação

de extrema cautela em relação aos resultados obtidos e determinando a necessidade

tanto da confirmação destes dados em novos estudos prospectivos, quanto no estudo de

alternativas terapêuticas que possam efetivamente substituir a cloroquina se este for o

caso.

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1.7. ACTS PARA MALÁRIA VIVAX

A adoção de ACTs na primeira linha de tratamento de P. vivax atualmente é

restrita a cinco países da Ásia e Pacífico onde a resistência à cloroquina já atingiu níveis

mais elevados (38, 135). As informações sobre a eficácia dos ACTs contra P. vivax

ainda pode ser considerada escassa e restrita a certas regiões de Ásia e Oceania (152-

156). Os estudos existentes demonstram a esperada eficácia dos ACTs, com rápido

clareamento parasitário, redução da biomassa de gametócitos e, em áreas onde a

cloroquina ainda é considerada efetiva, com a mesma eficácia na redução de

recorrências até o dia 28 (135, 155). A escassez de informação sobre a eficácia das

diferentes formulações de ACT contra P. vivax e da real magnitude da resistência à

cloroquina nas diversas áreas endêmicas para este parasito, bem como a falta de

estudos de custo-efetividade desta iniciativa, fazem com que tal estratégia ainda não

seja amplamente recomendada (135). Na América Latina, onde P. vivax é responsável

por mais de 75% dos episódios de malária e cloroquina ainda é a primeira linha de

tratamento esquizonticida, há apenas um estudo não comparativo com uso de ACT para

P. vivax (157), apesar de relatos do desenvolvimento de resistência deste parasito à

cloroquina (134, 150, 158-160). Desta forma, é fundamental a realização de novos

estudos com ACTs para P. vivax, preferencialmente comparativos com a primeira-linha

de tratamento em cada localidade, além, obviamente da produção de evidências que

possam melhor responder questões como a adoção de terapia unificada para P.

falciparum e P. vivax, o efeito que a associação com a primaquina tem sobre as recaídas

e toxicidade e a custo-efetividade da implementação de ACTs para P. vivax mesmo com

um limiar de resistência mais baixo do que o atualmente recomendado pela OMS.

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31

Características de estudos que avaliaram o uso de ACTs para tratamento de malária

vivax em comparação entre ACTs ou com cloroquina, baseados em atualização de

revisão sistemática prévia (155) estão descritas na tabela 3.

Entre as opções disponíveis de ACTs, vários fatores devem ser levados em conta

sobre qual utilizar caso se decida substituir a cloroquina. Remontando à tabela 2, além

da facilidade de posologia, custo e, obviamente, medidas de eficácia, a meia-vida

prolongada tem sido defendida como um elemento essencial, devido à possibilidade de

profilaxia pós-tratamento (76, 161).

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32

Tabela 3. Descrição de estudos comparativos avaliando o uso de ACTs para tratamento de malária vivax

Local Intervenções† Primaquina n time of

follow-up Proporção de

recorrências até D28 Proporção total de

recorrências

Studies with a Chloroquine comparator arm

Awab et al, 2010 (154)

Afeganistão DHAP No 536 56 0 2,9 (1,4-5,9)

CQ 0 9,1 (6,1-13,3)

Kolaczinski et al, 2007 (162)

Afeganistão AS-SP* No 190 42 1,1 (0,2-6,9) 24,4 (16,7-34,8)

CQ 4,4 (1,7-10,9) 45,6 (35,1-56,4)

Krudsood et al, 2007 (163)

Tailândia ART-LUM No 98 28 2,6 (0,5-13,5) -

CQ

0 -

Phyo et al, 2011 (164)

Tailândia DHAP No 500 63 2,2 (0,9-5,0) 113/205

CQ

6,7 (4,3-10,3) 155/193

Poravuth et al, 2011 (165)

Cambodia, Tailândia, India, Indonesia

AS-PIR No 456 42 2,9 (1,3-6,2) 9/199

CQ

2,0 (0,8-5,1) 15/190

Hwang et al, 2013 (166)

Etiópia ART-LUM No 242 42 75,7 (66,8-82,5) 41,6 (32,8-50,8)

CQ

90,8 (83,6-94,9) 31,8 (23,5-41,0)

Studies with a Chloroquine comparator arm

Karunajeewa et al, 2008 (156)

Tailândia AS-SP* No 195 42 51,5 (35,2-67,5) 64,1 (48,4-77,3)

DHAP

15,8 (7,4-30,4) 27,8 (15,9-44,0)

ART-LUM

48,7 (33,9-63,8) 69,7 (52,7-82,6)

CQ-SP*

45,1 (32,3-58,6) 76,1 (62,1-86,1)

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33

Studies comparing ACTs

Ashley et al, 2004 (167)

Tailândia DHAP No 32 63 0 0

ASMQ*

0 0

Ashley et al, 2005 (168)

Tailândia DHAP No 47 63 0 0

ASMQ*

7,1 (1,2-31,5) 7,1 (1,2-31,5)

Hasugian et al, 2007 (169)

Indonesia DHAP No 114 42 0 16,0 (6,3-26,0)

ASAQ*

Nov-43 48,0 (35,0-61,0)

Hutagalung et al, 2005 (170)

Tailândia ART-LUM No 24 28 50,0 (21,5-78,5) 50,0 (21,5-78,5)

ASMQ*

0 0

Ratcliff et al, 2007 (171)

Indonesia DHAP No 175 42 1,5 (0,3-8,2) 1,5 (0,3-8,2)

ART-LUM

25,7 (17,1-36,7) 25,7 (17,1-36,7)

Smithuis et al, 2006 (172)

Mianmar DHAP No 87 42 0 0

ASMQ*

6,5 (2,2-17,5) 6,5 (2,2-17,5)

Smithuis et al, 2010 (173)

Mianmar DHAP No 66 63 0 0

ASAQ

0 0

ART-LUM

62,5 (38,6-83,7) 62,5 (38,6-83,7)

ASMQ¶

0 0

Sutanto et al, 2013 (174)

Indonesia Quinine+PQ Yes 116 28/163 0 19,4 (9,8-35,0)

DHAP

0 5,6 (1,5-18,1)

Pasaribu et al, 2013 (175)

Indonesia DHAP+PQ Yes 331 42 - 42 dias: 0,6 (0,01-

3,4); 1 ano: 9,1 (4,9-15,0)

ASAQ* + PQ

-

42 dias: 0; 1 ano: 11,5 (6,6-18,3)

† Drogas em combinação de dose fixa ao menos que indicado; * combinação não fixa; ¶ tanto em dose fixa quanto não.

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34

1.8. COMBINAÇÃO ARTESUNATO-AMODIAQUINA (ASAQ)

A amodiaquina é 4-aminoquinoleína relacionada à cloroquina, compartilhando

com esta ação antimalárica potente (inclusive contra P. falciparum resistente à

cloroquina) e ótimo perfil de segurança (176). Apenas 2% da amodiaquina é excretada

via urinária, já que rapidamente após a ingestão ocorre a biotransformação para o

metabólito ativo desetilamodiaquina. A desetilamodiaquina, por sua vez, apresenta meia-

vida longa, com níveis séricos acima da concentração efetiva mínima durante 9 a 18 dias

após a primeira dose (126, 127).

A associação em dose fixa contendo artesunato e amodiaquina em um único

comprimido é fruto de parceria público-privada entre a empresa Sanofi-Aventis e a

Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) de forma a otimizar a

relação peso-para-idade (177, 178). Esta combinação incorre na formulação de blísteres

com um estabilizador de pH separando as duas drogas para melhorar a estabilidade e

biodisponibilidade da droga, com proporções fixas da droga (178, 179). A elevada

eficácia antimalárica desta formulação foi demonstrada em diversos ensaios clínicos

conta P. falciparum em comparações de superioridade com drogas em monoterapia ou

em estudos de não-inferioridade com outras combinações de ACT (173, 180-186),

credenciado sua inclusão como opção terapêutica de primeira linha pela OMS (100).

Esta formulação, recebendo o nome de Coarsucam™ apresenta o considerável

benefício de apresentar formulações específicas de acordo com o peso do paciente, o

que simplifica significativamente a posologia ao reduzir o número de comprimidos que

necessitam ser ingeridos (177), fato de suma importância ao considerar a

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35

vulnerabilidade de crianças para sofrerem as consequências tanto de subadministração

de droga quanto de falha terapêutica (187, 188).

Apenas dois ensaios clínicos avaliaram a associação de artesunato e

amodiaquina (porém sem combinação em dose-fixa) contra P. vivax, ambas em

comparação com outro ACT (dihidroartemisinina-piperaquina) em área de alta

resistência à cloroquina (169, 175). Em ambos estudos, ASAQ demonstrou boa eficácia

contra os estágios sanguíneos de P. vivax, porém houve mais falhas tardias sem a

coadmnistração de primaquina (169), com desempenho semelhante ao comparador

quando esta foi combinada (175), levando a considerar a influência tanto da alta

intensidade de transmissão quando da taxa de recaídas nas regiões estudadas (76,

138), onde o efeito profilático pós-tratamento assume grande importância. Foi

demonstrado que o grupo recebendo ASAQ apresentou maiores taxas de

recrudescência do que o comparador, bem como maior proporção de pacientes portando

gametócitos. Nenhum estudo comparando ASAQ com cloroquina foi conduzido em áreas

onde esta ainda é utilizada para o tratamento de P. vivax foi realizado.

1.9. JUSTIFICATIVA

Diante do exposto, este estudo é justificado pela grande carga de doença e

socioeconômica mundial da malária e, particularmente, sua grande importância na saúde

pública da região amazônica; bem como pela necessidade de maior conhecimento sobre

o comportamento e resposta terapêutica da infecção por P. vivax. Partindo-se da

realização de estudos para caracterizar a resposta terapêutica deste parasito, pretende-

se contribuir para o desenvolvimento de estratégias que levem a mais efetivo tratamento

e controle desta infecção.

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36

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO PRIMÁRIO

O objetivo deste estudo é demonstrar a não-inferioridade da resposta clínica e

parasitológica ajustada por PCR em D28 de ASAQ em comparação à cloroquina.

2.2. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS

2.2.1. Avaliar a não-inferioridade como critério principal quanto ao índice de cura

em D28 antes da correção por PCR; e os índices de cura em D14 e D42

antes e após correção por PCR.

2.2.2. Avaliar a eficácia no clareamento de parasitemia sexuada empregados para

tratamento de malária vivax.

2.2.3. Avaliar a eficácia no clareamento de gametócitos, bem como a prevenção

de seu aparecimento, de acordo com os tratamento empregados.

2.2.4. Comparar a segurança e tolerabilidade clínica e biológica dos tratamentos

empregados para tratamento de malária vivax.

2.2.5. Estimar a prevalência de resistência do P. vivax à cloroquina quando usada

em monoterapia.

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37

3. MÉTODOS

3.1. LOCAL DE ESTUDO

O estudo foi realizado nas dependências da Fundação de Medicina Tropical Dr.

Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), localizada na cidade de Manaus, no estado do

Amazonas. A FMT-HVD é unidade de referência para doenças infecciosas no estado

do Amazonas, configurando-se como instituição de excelência para o estudo de

doenças endêmicas da região amazônica. No ano de 2009, tomado como base para o

desenho deste estudo, foram relatados e tratados 5438 casos de malária por P.vivax

e 423 casos de malária por P.falciparum.

A FMT-HVD apresenta enfermaria de pesquisa clínica de 14 leitos e equipe

treinada de acordo com as normas de Boas Práticas Clínicas (BPC), com experiência

na condução de pesquisa clínica.

3.2. DESCRIÇÃO DO ESTUDO

Foi conduzido ensaio clinico de fase III, randomizado, aberto, de não-

inferioridade, comparando a combinação de dose fixa de Artesunato-Amodiaquina

Coarsucam™ com Cloroquina. O protocolo foi elaborado de acordo com as diretrizes

para avaliação de eficácia de antimaláricos formulada pela OMS (189), com tempo de

seguimento de 42 dias.

3.3. PACIENTES

Foram incluídos pacientes procurando atendimento na FMT-HVD diagnosticados

com monoinfecção por P. vivax por microscopia com idade superior a 6 meses e peso

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38

superior a 5kg de ambos os sexos. Foram aplicados os seguintes critérios de inclusão e

exclusão:

3.3.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Adultos e Crianças com idade acima de 6 meses (peso corporal >5 kg).

Condições de ser tratado por via oral.

Temperatura axilar ≥ 37,5°C ou história de febre durante os últimos 2 dias.

Monoinfecção sintomática por Plasmodium vivax confirmada biologicamente

com parasitemia entre 250 e 100.000 parasitas assexuados /µl de sangue

Consentimento informado por escrito dos pacientes e; para crianças,

consentimento informado por escrito dos pais / representante legal das

crianças. As crianças capazes de entender os objetivos e riscos do estudo

assinavam um termo de assentimento.

3.3.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Planos conhecidos de deixar a área do centro de pesquisas durante o

período de acompanhamento (42 dias).

Paciente que esteja participando de outro estudo clínico em andamento.

Hipersensibilidade a um dos produtos medicinais experimentais ou qualquer

um dos excipientes.

Ingestão de tratamento antimalárico nos últimos 30 dias.

História de comprometimento hepático e (ou) hematológico durante o

tratamento com amodiaquina.

Visão embaçada sugerindo retinopatia.

Presença de pelo menos um sinal de alerta e gravidade de malária (anexo

D): história recente de convulsões (1-2 dentro de 24h), estado inconsciente,

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39

letargia, incapaz de beber ou receber aleitamento, vômito constante, incapaz

de se levantar/sentar devido à fraqueza.

Mulheres gestantes ou lactantes.

Mulheres em idade fértil que não estejam dispostas a usar (um) método(s)

anticoncepcional(is) eficaz(es) durante o estudo. A necessidade de um

método eficiente será exigida da paciente (e representante legal) pelo

investigador.

Conhecida doença grave concomitante ou de base, como porfiria ou

psoríase ou distúrbios conhecidos do equilíbrio eletrolítico, como

hipocalemia ou hipomagnesemia.

3.3.3. CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA

O cálculo do tamanho da amostra foi realizado baseado em teste de não-

inferioridade na comparação entre o Coarsucam™ e Cloroquina. Para tanto,

estabeleceu-se a margem de não-inferioridade aceitável () de 5%, precisão de 97,5%

de teste uni-caudado (/2 = 2,5%) e poder de 90% (= 10%).

Com base na predição de taxa de sucesso do tratamento com cloroquina de 90%

(150), sob a hipótese de taxa de sucesso de 95% com o uso de ASAQ, determinou-se a

necessidade de 145 pacientes por grupo. Considerando-se a possibilidade de perda de

seguimento de 15% dos incluídos e um risco de detecção por PCR de 10% e infecção

mista, este número aumenta para 190 pacientes por grupo, resultando em uma amostra

total de 380 indivíduos.

3.4. TRATAMENTOS

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40

Ambos os tratamentos foram administrados de forma supervisionada durante 3

dias, em intervalos de 24 horas entre as doses. O esquema posológico administrado

variou de acordo com o peso do paciente, de acordo com a tabela 4. Tratamentos

concomitantes foram devidamente registrados, especialmente em relação ao uso de

antipiréticos. Se necessário, paracetamol foi prescrito para fins de analgesia e

antipirexia.

Tabela 4 – Esquemas de tratamento de Artesunato-Amodiaquina (ASAQ) e de Cloroquina utilizados no estudo conforme o peso do paciente

ASAQ Dose

1 dose/dia Peso do paciente

Cloroquina dose (150mg)

1 dose/dia

1 comp. de 25/67,5 mg ≥ 5kg e <9kg Dia1 : ½ comp.

Dia2 e Dia 3 : ¼ comp.

1 comp. de 50/135 mg

≥ 9kg e<10kg

≥ 10kg e <15kg Dia1 : 1 comp. Dia2 e Dia3 : ½ comp.

≥ 15kg e <18kg Dia1 : 1 comp. Dia2 : 1 comp. Dia3 : 1 comp.

1 comp. de 100/270 mg

≥ 18 kg e < 25 kg

≥ 25 kg e < 35 kg Dia1, Dia2 e Dia3 : 2 comp.

≥ 35 kg e < 36 kg Dia1 : 3 comp.

Dia2 e Dia3 : 2 comp. 2 comp. de 100/270 mg

≥ 36 kg e <50 kg

≥ 50 kg Dia1 : 4 comp. Dia2 e Dia3 : 3 comp.

A primaquina foi prescrita apenas ao final do seguimento (D42), ou quando fosse

detectada falha, na dose de 0,5mg/kg/dia durante 7 dias como recomendado (61).

3.5. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO

3.5.1. RECRUTAMENTO E ALOCAÇÃO DO TRATAMENTO

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41

Indivíduos com diagnóstico de malária por P. vivax preenchendo os critérios de

elegibilidade foram convidados a participar do estudo após a assinatura do termo de

consentimento livre e esclarecido (TCLE) pelo paciente, ou, no caso de menores, por

um representante legal. Tendo consentido, os participantes passaram por avaliação

clínica e laboratorial minuciosa e, caso não tenha sido constatada nenhuma contra-

indicação à participação no estudo, receberam um código de estudo individual.

Em seguida, os pacientes foram randomizados para um dos dois regimes de

tratamento na proporção 1:1. A lista de randomização foi gerada por computador

previamente ao início do estudo. Cada código de randomização correspondia a um

dos dois grupos de tratamento, com a lista associando cada número de estudo do

paciente a uma superfície opaca escondendo a alocação do grupo de tratamento e

permaneceu disponível apenas para os enfermeiros, responsáveis únicos pela

alocação e administração do tratamento.

3.5.2. PROCEDIMENTOS DE SEGUIMENTO

Para ambos os braços o tratamento foi administrado de forma supervisionada

na FMT-HVD durante três dias em intervalos de 24 horas entre as doses. O período

de acompanhamento pós-tratamento foi de 39 dias, sendo o tempo de seguimento

total de 42 dias. Para a duração do esquema do estudo, foi considerado que um

paciente concluiu o estudo no momento em que tivesse concluído a última visita em

D42, incluindo o parâmetro primário de eficácia em D28. Para o comparecimento às

visitas de seguimento o número de visitas programado e os procedimentos realizados

em cada uma delas podem ser visibilizados na tabela 5 e figura 11, seguida de

descrição detalhada dos procedimentos em cada visita.

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42

Figura 11 - Diagrama esquemático das visitas e respectivos procedimentos realizados no estudo.

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43

3.5.2.1. Esquema das visitas

3.5.2.1.1. Visita de inclusão: D0

Foram realizados os seguintes procedimentos:

Exame físico, coleta do histórico médico, tratamentos concomitantes e dados

demográficos (idade, sexo), além de peso e altura,

Teste de gravidez para mulheres em idade reprodutiva. Se o resultado fosse

negativo, discutido método anticoncepcional mais apropriado a ser utilizado

durante todo o estudo,

Sinais vitais: pressão arterial, frequência respiratória e de pulso em repouso,

temperatura axilar

Sinais e sintomas clínicos

Análises hematológicas e bioquímicas e glicemia

Exame da gota espessa e coleta de sangue em papel filtro

ECG no período basal (apenas pacientes ≥ 10 anos de idade)

Administração do tratamento

3.5.2.1.2. Visitas em D1 e D2, e D3

Exame físico

Sinais vitais: pressão arterial, frequência respiratória e de pulso em repouso,

temperatura axilar

Sinais clínicos e sintomas

Exame da gota espessa

Em D1 e D2: administração do tratamento

Em D3: controle do primeiro ECG (apenas pacientes ≥ 10 anos de idade)

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Tratamentos concomitantes

Registro de eventos adversos

3.5.2.1.3. Visitas de acompanhamento pós-tratamento em D7 (+/-1), D14

(+/-1), D28 (+/- 2) e no final do estudo em D42 (+/- 2)

Exame físico

Sinais vitais: pressão arterial, frequência respiratória e frequência de pulso em

repouso, temperatura axilar

Sinais clínicos e sintomas

Análises hematológicas e bioquímicas em D7 e D14 (caso sejam obtidos

resultados anormais em D7) e em D28 e D42 (caso sejam obtidos resultados

anormais em D28)

Coleta de sangue em papel filtro para a dosagem de CQ e DSCQ ou DSAQ em

caso de parasitemia positiva de D4 a D28

Exame da gota espessa (e coleta de sangue em papel filtro para análise de

PCR). Em caso de gota espessa positiva de D4 a D42, será feita uma análise

de PCR na amostra de sangue correspondente.

Tratamentos concomitantes

Eventos adversos

D28: Segundo controle do ECG (apenas pacientes > 10 anos de idade)

D42: Teste de gravidez para mulheres em idade reprodutiva

O protocolo pressupôs ajuda de custeio para que o paciente não arcasse com

os gastos para o transporte para a FMT-HVD a cada visita, sendo ainda

disponibilizado carro com motorista para o transporte de pacientes e seus

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45

acompanhantes para o comparecimento às visitas do estudo de forma a minimizar a

ocorrência de perdas de seguimento, caso solicitado.

Tabela 5 – Sumário da distribuição das visitas e respectivos procedimentos

realizados

PARÂMETROS DO ESTUDO D0 V1

Visita de Inclusão

D1 V2

D2 V3

D3 V4

D71d V5

D141d V6

D282d V7

D422d V8

Visita não

programada

História clínica x

Exame clínico/ Sinais vitais/Temperatura axilar

x x x x x x x x x

Gota espessa para determinação inicial da espécie, quantificação da parasitemia e detecção de gametócito

x

x x x x x x x x

Papel filtro para PCR de Plasmodium

x (x) (x) (x) (x) (x)

Papel filtro para DSAQ ou dosagem de CQ no dia da recorrência clínica

x (x) (x) (x)

Hemoglobina, eritrócitos, plaquetas e leucócitos, neutrófilos

x x x x x x

Exames de bioquímica para monitorar eventos adversos

x x X x x

Teste de gravidez para mulheres em idade fértil

x x

ECG (pacientes com idade igual ou acima de 10 anos)

x x x

Administração do tratamento esquizonticida do estudo

x x x

(x) –realizado em caso de recorrência de parasitemia.

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46

3.6. PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS

3.6.1. MICROSCOPIA

Foram coletadas amostras de sangue dos pacientes para exame da gota

espessa nos dias 0, 1, 2, 3, 7, 14, 28 e 42 ou em qualquer dia em que o paciente

procurou assistência durante o período de acompanhamento. Os exames de gota

espessa obtidos de amostras de sangue coletadas por punção digital foram corados

pela técnica de Giemsa e analisados por técnicos laboratoriais experientes que não

diretamente envolvidos no cuidado do paciente de acordo com técnicas bem

estabelecidas (190) e procedimento operacaional padrão (POP) seguido em nosso

laboratório (anexo G).

Determinando uma lâmina como negativa

O microscopista lê a lâmina até que 200 campos tenham sido contados. A

lâmina apenas foi determinada negativa quando nenhum parasito foi

encontrado em 200 campos.

Caso sejam vistas formas assexuadas de Plasmodium spp.

O microscopista conta parasitos até que o número de 500 leucócitos ou 500

parasitos fosse alcançado.

Este método foi aplicado tanto para infecções únicas ou mistas por

Plasmodium. No segundo caso, os parasitos de cada espécie deveriam ser

contados separadamente.

Para determinação da densidade parasitária em parasitos por μl, a seguinte

fórmula foi utilizada:

Nº de parasitos X Nº de leucócitos do paciente/ Nº de leucócitos lidos = parasitos/μl

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47

3.6.2. MÉTODOS DE BIOLOGIA MOLECULAR (PCR):

No momento da inclusão e em caso de resultado positivo no exame da gota

espessa, também foram coletadas amostras em papel filtro (Whatman FTA, cartão

clássico). As amostras foram coletadas por punção venosa ou digital. O sangue foi

colocado sobre um papel filtro em alíquotas de aproximadamente 25 µl por amostra.

As amostras foram identificadas, secas ao ar e armazenadas em pequenas bolsas

seladas, à temperatura ambiente, na presença de agente dessecante. A técnica de

PCR foi realizada na FMT-HVD (anexo H).

3.6.2.1. Genotipagem das amostras

Amostras analisadas

O DNA genômico extraído de papel de filtro das 46 amostras pareadas via

nested-PCR, seguida de eletroforese capilar. Para oito pacientes com recorrência,

amostras de DNA genômico estavam disponíveis para apenas um ponto no tempo, não

sendo permitida a correlação de genótipos. As análises de PCR foram realizadas tanto

na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em Manaus,

quanto no Swiss Tropical and Public Health Institute (STPH), na Suíça (laboratório da

professora Ingrid Felger). Todas as 92 amostras foram analisadas na FMT-HVD, com 35

amostras tendo sido adcionalmente analisadas no STPH, a fim de assegurar a

comparabilidade e qualidade com laboratório que vem servindo como referência para

este tipo de análise em vários estudos multicêntricos (140, 141, 191, 192).

Escolha de marcadores genéticos polimórficos

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48

Regiões de genes altamente polimórficos de P. vivax foram escolhidos de acordo

com a diversidade genética publicado anteriormente na América do Sul. A tabela 6

mostra o número de alelos e a heterozigose esperada (HE, a probabilidade de que um

par de alelos obtidos aleatoriamente a partir de uma amostra da população seja distinto),

determinada em diversos estudos. Os marcadores microssatélites MS2 e MS8 foram

escolhidos devido a seu alto valor de HE. Apesar da diversidade moderada, msp1F3

(também conhecido como o bloco msp1 10), que codifica uma região altamente

polimórfica da proteína de superfície de merozoíto 1 foi incluído devido à reduzida

ocorrência de artefatos de PCR deste marcador (191). Além da diversidade genética, é

importante que os marcadores estejam localizados em regiões genômicas distintas

(193). Este é o caso para os marcadores genéticos escolhidos, como msp1F3 está

localizado no cromossomo 7, MS2 no cromossomo 3 e MS8 no cromossomo 13 (194).

Tabela 6. Características dos marcadores genéticos polimórficos escolhidos para análise de genotipagem.

Marcador Número de alelos

HE

n Origem Referência

msp1F3a 10 0.569 59 Brazil (Manaus) (195)

12 0.886 30 Brazil (196)

MS2 10 0.681 30 Brazil (196)

7 0.634 99 Brazil (197)

8 0.487 53 Brazil (194)

13 0.82 107 Venezuela (198)

12 0.833b 57 Brazil (Manaus) (195)

MS8 12 0.804 99 Brazil (197)

7 0.783 30 Brazil (196)

9 0.758 53 Brazil (194)

14 0.82 107 Venezuela (198)

15 0.874 65 Brazil (Manaus) Marín-Menendez et al., não publicado.

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49

PCR para genotipagem

A PCR foi realizada como descrito por Koepfli et al. (140), com pequenas

modificações. A reação de PCR primária foi realizada como uma reação multiplex para

MS2 e msp1F3 (FMT-HVD) ou para os três marcadores genéticos (STPH). A PCR

aninhada foi realizada como reações simplex. A composição de reacções de PCR está

listado nas tabelas 7 e 9 e os nucleotídeos na tabela 11. Em ambos os laboratórios

foram utilizados reagentes doa fornecedores. As variações das condições de mistura de

reação e ciclagem entre laboratórios são devidas a ajustes aos respectivos

termocicladores. Os iniciadores PCR aninhada foram marcados com um corante

fluorescente para permitir a detecção por meio de eletroforese capilar. As condições dos

ciclos para os diferentes tipos de PCR estão listadas nas tabelas 8 e 10. Se nenhum

produto de PCR era obtido, a quantidade de template para a PCR interna foi aumentado

para 3-3,5 L. Para ambas as PCR vários controles negativos contendo dH2O ao invés

de DNA foram realizadas em paralelo. Os produtos de PCR foram analisados num gel de

agarose a 2%. As amostras foram armazenadas a 4 ºC no escuro até o embarque para

Macrogen Inc., Coréia do Sul, para eletroforese capilar.

Tabela 7. Composição da reação primária PCR na FMT-HVD e STPH.

Componente Concentração Volume FMT Volume STPH

ddH2O - 6.55 uL 21.72 µL Tampão B (Solis Biodyne) 10x 1.5 L 5.0 µL

MgCl2 25 mM 1.2 L 7.0 µL

dNTPs 2.5 mM 1.8 L 6.0 µL

Primer msp1F3 F+R 10 m cada 0.4 L 1.25 µL

Primer MS2 F+R 10 m cada 0.4 L 1.25 µL

Primer MS8 F+R 10 m cada 0.4 L 1.25 µL

Taq FirePol (Solis Biodyne) 5 U/ l 0.75 L 2.0 µL

DNA genômico - 2.0 L 3.0 µL

TOTAL 15.0 L 50.0 L

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50

Tabela 8. Condições de ciclagem para PCR primária aplicadas.

FMT-HVD

STPH

Passo Temperatura Tempo (min)

Ciclos

Passo Temperatura Tempo (min)

Ciclos

1 95°C 01:00 1

1 94°C 05:00 1

95°C 00:30

94°C 00:15

2 59°C 00:45 30

2 59°C 00:30 30

72ºC 01:00

72ºC 00:40

3 72ºC 05:00 1

3 72ºC 05:00 1

4 8ºC espera 1

4 8ºC espera 1

Tabela 9. Composição da reação de PCR aninhada para FMT-HVD e STPH realizada como reação simplex para cada marcador genético.

Componente Concentração Volume FMT Volume STPH

ddH2O - 9.5 uL 15.9 µL Tampão B (Solis Biodyne) 10x 1.5 L 2.5 µL

MgCl2 25 mM 1.2 L 2.0 µL

dNTPs 2.5 mM 1.2 L 2.0 µL

Primer nested F+R 10 m each 0.375 L 0.6 µL

Taq FirePol (Solis Biodyne) 5 U/ l 0.225 L 0.5 µL

Produto da PCR primária - 1.0 L 1.0 µL

TOTAL 15.0 L 25.0 L

Tabela 10. Condições de ciclagem da PCR aninhada aplicadas.

FMT-HVD

STPH

Passo Temperatura Tempo

Ciclos

Passo Temperatura Tempo

Ciclos (min) (min)

1 95°C 01:00 1

1 94°C 05:00 1

95°C 00:30

94°C 00:15

2 59°C 00:45 25

2 59°C 00:30 35

72ºC 01:00

72ºC 00:30

3 72ºC 05:00 1

3 72ºC 05:00 1

4 8ºC espera 1

4 8ºC espera 1

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51

Tabela 11. Sequências dos iniciadores utilizados nas reações de PCR primárias e aninhadas.

Marcador Primer Sequência 5' - 3' Marcador fluorescente

Referência

MS2 primário a diante AGCACGACCAACAAGAGAGG (199) aninhado a diante GAGCTAGCCAAAGGTTCAACA 6-FAM

(200) reverso TGGGGAGAGACTCCCTTTTC

MS8 primário a diante AAACGTAAAACCTTTGGCGG (199) aninhado a diante AGAGGAGGCAGAAATGCAGA 6-FAM

(200) reverso ctgtcttAGCCCCTTTGCGTTCTTTAT

msp1F3 primário a diante GGAGAACATAAGCTACCTGTCC (140)

primário reverse GTTGTTACTTGGTCTTCCTCCC aninhado a diante CAAGCCTACCAAGAATTGATCCCCAA VIC

(140) aninhado reverso

ATTACTTTGTCGTAGTCCTCGGCGTAGTCC

Eletroforese capilar e análise dos dados

Os produtos de PCR foram enviados para Macrogen Inc., Coréia do Sul, para

realização da eletroforese capilar. Foram enviados para a análise 15 l do produto da

PCR, suplementado com 5 mL de dH2O. Como padrão de tamanho de 500-LIZ foi

fornecido e adicionado às amostras pela Macrogen Inc.

Os dados foram analisados usando GeneMarker versão 2.4.2 (SoftGenetics).

Perfis eletroforéticos foram analisadas visualmente para cada amostra em relação ao

comprimento do amplicon e abundância relativa (altura do pico). Os diferentes alelos

detectados foram agrupados em caixas de acordo com o respectivo comprimento de

repetição (msp1F3 - 3 pb, MS2 - 4 pb, MS8 - 3 pb). Picos abaixo de 150 bp não foram

considerados, pois muitas vezes podem ser resultado de dímeros de primers residuais e

estariam abaixo dos tamanhos esperados dos produtos de PCR de 226-372 pb para

Msp1F3, 182-226 pb para MS2 e 222-306 pb para MS8 (140, 200). O valor de corte

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mínimo para a altura do pico foi definido como 500 unidades de fluorescência relativas, a

fim de excluir os picos resultantes do ruído de fundo.

Classificação dos resultados de genotipagem

Os resultados de eletroforese capilar das duas amostras de cada par (D0,

amostra antes do tratamento e DR, amostra da recorrência) foram comparados com

software GeneMarker. Alelos emparelhados foram classificados como iguais para uma

diferença máxima de tamanho de alelo de 1 pb. De acordo com as orientações da OMS

uma amostra foi classificada como igual (considerado de forma livre para esta análisee

como indicativo de recrudescência ou recaída), se pelo menos um alelo para cada loci

investigado foi detectado em duas amostras pareadas (139, 141). Seguindo as

orientações, classificou-se como genótipo distinto (reinfecção) se todos os alelos para

um gene marcador fossem distintos entre D0 e DR. Caso o status de genótipo distinto

fosse designado a pelo menos um dos marcadores/locus, a amostra foi classificada

como genótipo diferente no resultado global (139).

3.6.3. EXAMES DE HEMATOLOGIA E BIOQUÍMICA

Exames de hematologia e bioquímica foram realizados no Laboratório de

Análises Clínicas da FMT-HVD por meio de métodos automatizados ((Sysmex KX-

21N® e Dimension AR®, respectivamente) como parte do processo de avaliação de

elegibilidade e avaliação de segurança e toxicidade da droga.

3.6.4. DOSAGEM DOS NÍVEIS SÉRICOS DAS DROGAS EM ESTUDO

No caso de parasitemia positiva, foram coletados sobre o papel filtro 50µL de

sangue coletado por punção digital. Foram avaliados os níveis de CQ e Desetil-CQ

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53

para verificar a quantidade residual do medicamento do estudo e para caracterizar

resistência à cloroquina. Foram utilizados os métodos de dosagem por HPLC como

previamente descritos (201, 202), com as dosagens sendo realizadas no Laboratório

de Toxicologia da Universidade Federal do Pará (Belém, Pará). Por problemas

técnicos, as amostras de desetilamodiaquina (DSAQ) não puderam ser dosadas

conforme planejado.

3.7. COLETA E REGISTRO DAS INFORMAÇÕES

Os dados clínicos e laboratoriais dos pacientes foram registrados em

formulários clínicos (CRFs) eletrônicos. Os CRFs foram preenchidos no momento da

realização do atendimento ao paciente ou, no caso de exames laboratoriais, assim

que os resultados estivessem disponíveis. Conforme as normas de BPC, todas as

informações dos CRFs deveriam corresponder ao registrado nos documentos-fonte,

no caso, o prontuário de cada paciente na instituição.

3.8. DEFINIÇÕES DOS DESFECHOS ANALISADOS

3.8.1. VARIÁVEIS DE EFICÁCIA

3.8.1.1. Principais variáveis de eficácia

O critério principal adotado foi resposta adequada ao tratamento em D28 para ambos

os grupos de tratamento após correção por PCR segundo as normas preconizadas

pela OMS para avaliação da resposta ao tratamento (189), podendo ser aplicadas as

seguintes classificações de desfecho (anexo A):

ETF (Falha Precoce do Tratamento),

LPF (Falha Parasitológica Tardia)

LCF (Falha Clínica Tardia)

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54

ACPR (Resposta Clínica e Parasitológica Adequada)

3.8.1.2. Variáveis secundárias de eficácia

Avaliação das variáveis principais no D28 antes da taxa de cura corrigida

por PCR

Avaliação das variáveis principais nos D14 e D42 antes e depois da taxa

de cura corrigida por PCR

Comparação dos grupos de tratamento em termos de:

o Proporção de pacientes aparasitêmicos em 24, 48 e 72 horas

o Proporção de pacientes sem febre em 24, 48 e 72 horas

o Evolução do número de portadores de gametócitos durante os 42

dias de acompanhamento

o Evolução da média de gametócitos durante os 42 dias de

acompanhamento

o Proporção de pacientes com recidiva entre D28 e D42

o Evolução do valor de hemoglobinas para cada paciente (entre D0 e

D7, D0 e D28).

3.8.2. VARIÁVEIS DE SEGURANÇA

Eventos adversos

Eventos adversos registrados durante o acompanhamento

Eventos adversos sérios

Mortes

Variáveis laboratoriais de segurança

ECG (QTc) (D0, D3, D28) em pacientes com 10 anos de idade ou mais.

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55

3.8.3. RESISTÊNCIA À CLOROQUINA

Entre pacientes no grupo de Cloroquina, amostra foi classificada como resistente

a cloroquina caso no momento da detecção da recorrência parasitária a soma dos níveis

séricos de CQ/DCQ estivesse acima de 100ng/mL, como previamente descrito (68, 137).

Para detectar prevalência de resistência de 10%, com 80% de poder e precisão de 6,5%

no IC95% foi calculada a necessidade de acompanhar 190 pacientes no braço de

cloroquina.

3.9. SEGURANÇA

3.9.1. TOLERABILIDADE CLÍNICA

Foram coletados dados sobre incidência e severidade dos eventos adversos. Em

cada visita, o investigador questionou o paciente ou, no caso de menor, o responsável

pelo paciente se ele/ela apresentou qualquer evento adverso desde a visita anterior

(anexo B).

3.9.2. TOLERABILIDADE PARACLÍNICA

Todos os pacientes com idade igual ou acima de 10 anos foram submetidos a um

ECG de 12 derivações para determinação de QTc em D0, D3 e D28.

3.9.3. TOLERABILIDADE BIOLÓGICA

Foram programadas as realizações de avaliações de hematologia e bioquímica

clínica nos dias 0, 7 e 28. Tais avaliações poderiam ser realizadas em qualquer outro dia

se o médico se julgados necessários pelo médico para o cuidado do paciente. As

amostras sanguíneas para hematologia e bioquímica clínica foram obtidas dos pacientes

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por punção venosa, sendo coletados cerca de 10 ml de sangue de cada paciente para

bioquímica clínica/hematologia durante as visitas (anexo C).

3.9.4. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

A segurança e a tolerabilidade dos tratamentos foram avaliadas a partir do

registro dos Eventos Adversos (EAs) e da classificação das avaliações laboratoriais e

dos sinais vitais. Uma escala de classificação de gravidade, com base nas escalas de

classificação de toxicidade desenvolvida pela OMS e pelos Institutos Nacionais de

Saúde, Divisão de Microbiologia e Doenças Infecciosas, será usada para classificar a

severidade de todos os sintomas, achados do exame físico e resultados de

hemoglobina.

Todas as anormalidades laboratoriais com Grau 2 ou maior para dados biológicos

ou com anormalidades clinicamente significativas (independente do grau) deveriam ser

acompanhadas até a sua resolução ou até estabilização da sua progressão.

3.9.5. MONITORAMENTO DOS EVENTOS ADVERSOS

Todos os eventos devem ser controlados e relatados em conformidade com todas

as regulamentações aplicáveis e incluídas no relatório final do estudo clínico.

Todos os sintomas físicos/clínicos descritos em cada visita foram registrados

como um evento adverso se incidentes ou agravados durante o estudo e fossem

considerados como relacionados ao medicamento do estudo.

3.9.6. DEFINIÇÕES DE EVENTO ADVERSO (EA) E EVENTO ADVERSO SÉRIO (EAS)

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Foi considerado Evento Adverso (EA) qualquer ocorrência médica não desejada

em um paciente ou participante de estudo clínico a quem se administre um produto

farmacêutico, mesmo que essa ocorrência não necessariamente tenha relação causal

com o tratamento.

Foi considerado evento adverso sério (EAS) qualquer ocorrência médica não

desejada que, em qualquer dose:

o Resultando em morte ou;

o impondo risco à vida ou;

o exigindo a hospitalização do paciente ou o prolongamento de uma hospitalização

já existente ou;

o resultando em invalidez/incapacidade persistente ou significativa ou;

o sendo um defeito de nascimento ou uma anomalia congênita;

o constituindo um evento importante do ponto de vista clínico conforme julgamento

clínico.

3.10. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados demográficos e parâmetros registrados na inclusão foram

descritos de forma descritiva de acordo com os grupos de tratamento da população

de segurança. As avaliações utilizadas como valores do período basal foram as

das últimas avaliações realizadas antes da administração do tratamento.

Para fins de análise, foram definidas duas populações de acordo com a

aplicação do protocolo:

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População conforme o protocolo (PP): todos os pacientes da população que

completaram o tratamento experimental de acordo com o protocolo do estudo e

que passaram por todas as avaliações especificadas sem infecção mista e sem

violações graves. Essa população foi utilizada para a análise principal.

Intenção de tratamento (ITT): todos os pacientes randomizados que

comprovadamente receberam pelo menos uma dose do tratamento (excluindo-se

os pacientes que rejeitaram ou vomitaram por duas vezes na primeira ingestão).

Todos os testes estatísticos foram realizados com nível de significância de

5% e bilaterais, com exceção da análise de não-inferioridade (intervalo de

confiança uni-caudado). As distribuições de parâmetros foram apresentadas por

média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo. Tais distribuições foram

comparadas por meio do teste t de Student se a hipótese de distribuição normal for

confirmada. Caso contrário, as distribuições foram comparadas com o teste não

paramétrico de Wilcoxon. tabelas de contingência indicando frequências e as

porcentagens correspondentes foram utilizadas para descrever variáveis

categóricas. Para esses parâmetros, foi feito um teste de qui-quadrado (substituído

pelo teste exato de Fisher se a frequência prevista em qualquer das células da

tabela de contingência fosse menor do que cinco).

Para demonstrar a não-inferioridade de ASAQ em comparação com a

Cloroquina, foi determinado intervalo de confiança de 95% (IC9%) da diferença

observada entre as taxas de sucesso dos dois tratamentos. O da diferença

observada na taxa de sucesso entre os dois grupos de tratamento não deve ser

maior que -5%. A não-inferioridade foi demonstrada se o limite inferior do IC 95%

for superior a -0,05, para um risco unilateral de 2,5% (/2). A análise principal foi

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59

definida como a análise de não-inferioridade. Se a não-inferioridade fosse

constatada, foi realizada análise exploratória de superioridade com teste bi-

caudado para comparação da eficácia entre os grupos.

Para a análise de recorrências entre a inclusão e o fim do seguimento, foi

feita análise utilizando o estimador de Kaplan-Meier e curvas de sobrevida.

Diferenças foram comparadas pelo teste de log-rank. Para as demais análises foi

utilizado teste de qui-quadrado bi-caudado. Em relação à gametocitemia, foi ainda

realizada análise do risco de desenvolvimento de gametocitemia após o início do

tratamento, análise por meio de curva de sobrevida e teste de log-rank com o

estimador de Kaplan-Meier. Adicionalmente, foi feita análise da densidade de

gametócitos por pessoas-semana utilizando modelo com equações de estimação

generalizada (GEE).

Para análise de segurança e tolerabilidade, a população definida foi a de

todos os indivíduos randomizados para o estudo. A ocorrência de eventos adversos

foi descrita por meio de frequências e mudança nos valores em relação ao basal.

3.11. MONITORIA E ANÁLISE DE ÍNTERIM

A monitoria do estudo foi realizada por pessoa contratada pelo patrocinador. O

papel do monitor foi observar o seguimento das normativas de BPC, com base na

avaliação de cumprimento do protocolo e das medidas para proteção dos sujeitos da

pesquisa. Foi estabelecido, ainda, Comitê de Monitoramento de Dados e Segurança,

constituído por membros com conhecida expertise na condução de estudos com

antimaláricos. Tal comitê teve caráter independente e a função de inicialmente avaliar o

protocolo do estudo e, de acordo com cronograma pré-estabelecido, avaliar o

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seguimento do estudo. Foi prevista uma análise de ínterim após a inclusão dos primeiros

190 pacientes em que a estimativa de 10% de infecção mista seria avaliada com a

possibilidade de recálculo do tamanho da amostra, não julgado necessário pela

inexistência de infecção mista pela PCR até aquele momento. O comitê seria convocado

no caso da ocorrência de qualquer evento adverso grave para discutir se há algum

indício de relação causal com a droga em estudo. Sendo um estudo de não-inferioridade

não foram estabelecidas regras de término precoce deste ensaio clínico.

3.12. ASPECTOS ÉTICOS

O estudo foi aprovado tanto pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FMT-HVD

quanto pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Os indivíduos

elegíveis a participar do estudo foram abordados por um dos membros da equipe de

estudo, que explicou todos os procedimentos do ensaio clínico enfatizando a total

liberdade do indivíduo em decidir participar, bem como se disponibilizando a

responder qualquer questionamento que o paciente apresentasse. Para inclusão no

estudo aceitar assinar o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) pelo

paciente ou um representante legal (Anexo E). Em todos os momentos fez-se clara a

total liberdade do paciente optar por retirar seu consentimento em qualquer etapa do

estudo sem qualquer prejuízo quanto ao acompanhamento clínico. Era previsto direito

a indenização de acordo com a Resolução 196 /96 do Conselho Nacional de Saúde

no caso de qualquer prejuízo ao paciente, o que, no entanto, não foi necessário.

O protocolo deste estudo foi aprovado na ANVISA e registrado na base

www.clinicaltrials.gov sob o número identificador NCT01378286.

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3.13. ESTUDOS COMPLEMENTARES

Adicionalmente ao estudo principal aqui descrito (artigo 1), serão apresentados

nos resultados artigos publicados e em fase avançada para submissão de estudos

realizados de forma complementar. Tais estudos compreendem a avaliação de aspectos

relacionados ao tratamento da malária vivax: (i) eficácia da cloroquina em crianças

(artigo 2); (ii) e a descrição de frequência de prurido após uso de cloroquina (artigo 3); e

sobre aspectos clínicos, epidemiológicos e fisiopatogênicos desta infecção: efeito de

idade e gênero na concentração de hemoglobina relativa ao estado de infecção por P.

vivax e P. falciparum (artigo 4); descrição das manifestações clínicas e fatores

relacionados à malária grave por P. vivax (artigo 5); e estudo da imunopatogênese da

infecção não tratada no baço (artigo 6).

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4. RESULTADOS

4.1. ARTIGO 1

4.1.1. FIXED-DOSE ARTESUNATE-AMODIAQUINE COMBINATION VERSUS

CHLOROQUINE FOR TREATMENT OF UNCOMPLICATED BLOOD-STAGE P.

VIVAX INFECTION IN THE BRAZILIAN AMAZON: A RANDOMIZED, OPEN-

LABEL, PHASE 3, NON-INFERIORITY TRIAL

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63

Title Page

Fixed-Dose Artesunate-Amodiaquine Combination versus Chloroquine for

Treatment of Uncomplicated Blood-Stage P. vivax Infection in the Brazilian

Amazon: A Randomized, Open-Label, Phase 3, Non-Inferiority Trial

Authors: Andre M. Siqueira1,2, MD; Aline C. Alencar1,2, MD; Gisely C. Melo1,2,

MSc; Belisa L. Magalhaes1,2, PhD; Kim Machado1, MSc; Andrea Kuehn1,3, PhD;

Omayra Vera,4, PhD; Marly M. Marques1, MSc; Monica Costa Manso1, MSc;

Valerie Lameyre5, MD; Claudio T. Daniel-Ribeiro6, PhD; Marcus V. G. Lacerda1,2,

PhD.

Affiliations: 1 Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, Av.

Pedro Teixeira, 25 - Manaus, AM, Brazil; 2 Universidade do Estado do Amazonas,

Av. Pedro Teixeira, 25 - Manaus, AM, Brazil; 3 Barcelona Centre for International

Health Research (CRESIB, Hospital Clínic - Universitat de Barcelona), Barcelona,

Spain; 4 UNICAMP; 5 Access to Medicines Department, Sanofi Aventis Group,

Paris, France. 6 Laboratório de Pesquisa em Malária, Instituto Oswaldo Cruz,

Fiocruz, Rio de Janeiro, Brazil.

Corresponding authors: Andre M Siqueira - Fundação de Medicina Tropical Dr.

Heitor Vieira Dourado, Av. Pedro Teixeira, 25 - Manaus, AM, Brazil –

[email protected] ; Tel: +55(92) 21273443; and Marcus VG Lacerda -

Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, Av. Pedro Teixeira, 25 -

Manaus, AM, Brazil – [email protected]; TEL: +55(92)2127-3557

Funding: Sanofi

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ABSTRACT

BACKGROUND: Plasmodium vivax is the main species causing malaria in Latin

America and despite increasing evidence of the development of Chloroquine

(CQ) resistance, there have been no trials comparing its efficacy with that of

artemisinin-combined therapies (ACTs).

METHODS: This phase 3, randomized, open-label, noninferiority trial compared

the antischizontocidal efficacy and safety of 3-days supervised treatment of the

fixed-dose artesunate-amodiaquine Winthrop® (ASAQ) versus CQ for treatment

of uncomplicated P. vivax infection in patients older than 6 months in the

Brazilian Amazon. Patients were randomly assigned. Treatment was concealed

from doctors and laboratory personal responsible for the assessments and

patients followed for 42 days. Primary endpoint was genotype-adjusted adequate

clinical and parasitological response (ACPR) rates at day 28. Non-inferiority of

ASAQ was defined as the lower limit of the two-sided 95% CI for the difference in

ACPR of -5% or higher. If non-inferiority was achieved, superiority was to be

concluded if the lower limit of the 95% CI was greater than 0%. This trial is

registered with ClinicalTrials.gov, number NCT01378286. CQ and

desetylchloroquine (DCQ) blood levels were measured on the day of recurrence

in the CQ arm.

FINDINGS: Between January 2012 and May 2013, 380 patients were included in

the trial of whom 190 were randomly assigned to receive one of the two

treatment arms. Baseline characteristics were similar between arms with dropout

rates slightly higher in the ASAQ arm compared to CQ. In the per-protocol (PP)

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analysis, adjusted-ACPR was achieved in 100% and 93.6% of patients in the

ASAQ and CQ arm (difference 64%, 95% CI 27%; 101%) at day 28 and in

974% and 777%, respectively (difference 197%, 95% CI 129%; 265%), at day

42. Superiority of ASAQ on ACPR was consistent in all genotype-adjusted or

crude analyses conducted. Blood drug levels and genotyping results confirmed

that the difference between treatments was related to a high prevalence of CQ

resistance. In the CQ arm, 19 patients presented CQ/DCQ blood levels above

100ng/mL, resulting in an estimated resistance prevalence of 115% (95%CI: 75-

173). Occurrence of emergent adverse events (AEs) was similar in both arms

(CQ= 117; ASAQ= 111). Although five serious adverse events in 3 patients were

reported in the ASAQ arm, none led to sequelae or treatment discontinuation,

with a safety profile consistent with the previous clinical trial data.

INTERPRETATION: Fixed-dose ASAQ exhibits high efficacy against CQ

resistant P. vivax and should be considered as an alternative in endemic areas.

Comparative protocols with follow-up longer than 28 days and genotype-

adjustment can improve detection of P. vivax resistance to CQ. The clinical and

control benefits of substituting CQ as first-line therapy need to be considered in

endemic areas.

FUNDING: Sanofi

Keywords: P. vivax; malaria; chloroquine; clinical trial; fixed-dose artesunate-

amodiaquine combination

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Introduction

Despite the impressive reduction on the number of cases and related deaths in

recent years, malaria remains a major public health problem in tropical regions

with estimated 207 million episodes and 627,000 deaths in 2012.1 Plasmodium

vivax is the causing parasite species with the widest geographical distribution,

with around 2.85 billion people at risk2 and characterized by a remarkable

tolerance to the currently available control measures even in areas where P.

falciparum could be eliminated.2,3 Alongside with increasing reports of severe

clinical manifestations, these features have contributed to considerably raise the

interest on this parasite,4-8 especially in a context of renewed commitment

towards malaria eradication.9,10 Antimalarials have two fundamental roles in the

fight against this disease: first, to provide cure for infected individuals;11 and

second, to reduce disease transmission by decreasing the parasite reservoir.12

The emergence and dissemination of resistance to antimalarials is, therefore, a

major barrier for elimination, requiring intense and constant monitoring of its

occurrence and the development and evaluation of effective alternatives.13,14

The mainstay of P. vivax treatment for more than 50 years has been a

combination of chloroquine (CQ) as blood schizontocide, with primaquine (PQ),

the only available drug capable of killing hypnozoites and preventing

relapses.15,16 This association’s synergistic schizontocidal effect associated with

the parasite’s usually lower biomass and shorter duration of gametocytes, may

have contributed to the slower development of chloroquine resistance compared

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to P. falciparum,16 however there has been increasing number of reports of CQ

resistance (CQR) in the diverse regions endemic to this parasite,17-20 especially

in Southeast Asia and the Pacific region,21-23 emphasizing the need to develop

and evaluate alternative therapies. Artemisinin combination therapies (ACTs),

now widely implemented against P. falciparum, have demonstrated to provide

faster P.vivax clearance compared to CQ and similar performance in preventing

recurrence during 28 days of follow-up in areas where CQ remains effective.24

Due to high levels of CQR, five endemic countries in the Pacific region have

already adopted ACT as first-line to treat P. vivax-infected patients.1 In Latin

America, where P. vivax is the more prevalent species causing malaria,1 CQ

remains the first line recommended treatment in spite of available evidence of

CQR,18,19,25-27 no studies comparing the efficacy of ACTs to that of CQ have

been conducted, highlighting the urgent need to assess alternative treatments in

the region.

The combination of artesunate-amodiaquine (ASAQ) has been adopted against

P. falciparum in many countries with remarkable efficacy.28 The coadministration

of artesunate and amodiaquine against P. vivax infection has been compared to

other ACTs in two studies conducted in Southeast Asia, with favourable results.

These studies used one fixed-dose combination (FDC), with PQ 29 and a loose

dose one without PQ.30 The ASAQ FDC tested in the present study has been

co-developed with four weigh-band specific formulations by DNDi and Sanofi-

Aventis. These new formulations have additional benefits for both compliance

and reduced risk of emergence of resistance linked to monotherapy. 31,32 with

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analyses showing them to be superior in parasite clearance compared to the

loose combination.28 We conducted this clinical trial in order to evaluate the

efficacy and safety of FDC ASAQ compared to that of CQ against uncomplicated

P. vivax infection.

Methods

Study site and design

Our study was undertaken at Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira

Dourado (FMT-HVD), a tertiary care centre for infectious diseases located in

Manaus, in the Brazilian Western Amazon region. Malaria transmission in this

region is restricted to the rural areas, of moderate transmission of malaria, where

P. vivax is the predominant species and Anopheles darlingi is the main vector.

Antimalarials are not available for purchase in drug stores and are only provided

in health units upon confirmation of infection by either a thick blood smear (TBS)

or rapid diagnostic test. Current guidelines recommend CQ (25mg/kg over three

days) and PQ (0.5mg/kg/day during seven days) for P. vivax infection

treatment.33 Previous studies in the region have reported therapeutic failure in 28

days as high as 17.4% with CQ monotherapy,18 and lower rates at 5.2% with

concomitant use of PQ.34

We conducted an open-label randomized non-inferiority trial comparing the

efficacy and safety against uncomplicated P. vivax blood stage infection of a

fixed-dose ASAQ combination (ASAQ Winthrop® / Coarsucam™; Sanofi-Aventis,

Morocco) and CQ (Farmanguinhos, Brazil). The study was based on the WHO

antimalarial drug efficacy protocols modified for P. vivax.35,36 Patients were

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followed up for 42 days using a standardized electronic clinical report form (CRF)

to assess drug efficacy and safety.

The primary endpoint was genotype-adjusted adequate cure and parasitological

response (ACPR) rates for both treatment arms at day 28. Secondary endpoints

included the ACPR before genotype adjustment on Day 28 and ACPR before

and after genotype adjustment on days 14and 42 of follow-up, the risk of P. vivax

recurrence, prevalence and incidence of positive asexual parasitaemia and

gametocyte carriage, haemoglobin changes from baseline, and the incidence of

adverse events, including laboratorial and electrocardiographic tolerability.

The study was approved by the Ethics Review Board (ERB) of FMT-HVD

(0426/2011) and the National Brazilian Committee of Ethics (CONEP)

(16532/2011). Written informed consent was obtained from all adult patients and

legal guardians of enrolled children. The trial was registered with clinicaltrials.gov

(NCT01378286).

Patients

Individuals older than 6 months of age and body weight above 5kg with slide-

confirmed P. vivax monoinfection with parasite density between 250 and 100,000

parasites /µL and axillary temperature ≥ 37.5°C or history of fever in the last 48

hours were considered for enrolment. Exclusion criteria comprised the following:

pregnancy or breast-feeding women; plan of leaving the study area in the

following 42 days; known hypersensitivity to one of the investigational products or

any of the excipients; history of hepatic or haematological impairment during

treatment with amodiaquine; blurred vision suggesting retinopathy; presence of

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at least one danger sign of malaria;37 known severe concomitant or underlying

disease; and women of childbearing potential unwilling to use an effective

contraceptive method during the study.

Randomisation and concealment

Eligible patients were randomly assigned to one of the treatment arms by one of

the study nurses through a computer-generated list linking each patient’s

individual study number to an opaque zone concealing the assigned treatment

arm. Once the patient was enrolled, the attending nurse uncovered the

respective designed treatment area and stored the list in an opaque envelope.

Neither the study doctors nor the laboratory personal responsible for reading the

slides and the PCR test had access to the list, remaining blind to the patient’s

allocation throughout the duration of the study.

Procedures

After enrolment, the patient was submitted to a complete clinical and laboratory

assessment by one of the study doctors in which a CRF was filled containing

demographic information, clinical history, signs and symptoms and laboratory

data. The laboratory assessment included total blood cell count, bilirubin,

glycaemia, aspartate aminotransferase (AST), alanine aminotransferase (ALT),

creatinine and a blood pregnancy test for women of childbearing age, and an

electrocardiogram (ECG) for individuals above 10 years of age. If no exclusion

criterion was identified the patient was led to the nurses’ office in order to be re-

weighed and to receive the first supervised dose of the assigned medication.

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For both arms all doses were administered supervised by one of the study

nurses, with 24 hours intervals according to body weight as described in table 1.

If necessary, tablets were dissolved in water and administered in a syringe to

minimize the risk of underadministrating the drug for children. Primaquine was

withheld until day 42 or earlier in case of recurrence of infection or patient

withdrawal from the study. Patients were observed for 30 minutes after taking the

drug and the dose was repeated once if vomiting occurred. Patients would return

on the following three days for clinical and microscopy assessments, with further

scheduled follow-up visits on days 7, 14, 28 and 42 after enrolment. Laboratory

blood assessments were repeated on days 7 and 28 and the ECG was done on

days 2 and 28, with additional tests requested at physician’s discretion. Dried

blood spots on filter paper were collected for molecular studies on day zero and

on the day that a recurrence was detected on the blood slide; with additional

samples collected on day 7 and the day of recurrence for the dosage of CQ and

desetylchloroquine (DCQ) blood levels. The latter were determined by high-

performance liquid chromatography (HPLC) as previously described.38

If recurrence was detected during follow-up, patients were treated with fixed-

dose artesunate-mefloquine combination (ASMQ, Farmanguinhos, Brazil).

The microscopic examination was performed by two experienced technicians

who counted the parasites in 500 leukocytes or 500 parasites, whichever was

achieved first. A slide was only considered negative if no parasite was seen in

200 high power fields. Any major discrepancy was resolved by a third read by an

independent technician. The parasite density was calculated using the white cell

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count from the most recent total blood cell count (usually from day 1, day 7 or

day 28). All ECG records were evaluated by a cardiologist and data regarding

heart rate, QT interval and any abnormality was registered with posterior

correction of the QT interval by both the Bazzet and Fridericia formulae.

Molecular analyses

Real-time PCR was performed from filter-paper samples from the day of

inclusion in order to confirm P. vivax monoinfection according to previously

described protocols.39 For the genotyping procedures comparing filter-paper

sample taken at D0 and day of failure, three highly polymorphic gene regions

were chosen according to previously published genetic diversity in the region,

namely, msp1F3, MS2 and MS8.40-42 Initially samples were amplified for each

marker through PCR at the FMT-HVD and at the Swiss Tropical and Public

Health Institute (STPH) in Basel, Switzerland (under supervision of Prof. Ingrid

Felger). For each sample, 15L of the PCR product was sent with 5L of distilled

water to Macrogen Inc. (Korea) for capillary electrophoresis. Data were then

analyzed using GeneMaker version 2.4.2 (SoftGenetics), and resulting

electrophoretic profiles were analyzed visually according to amplicon length and

relative abundance (peak height). Results of both samples for each patient

presenting recurrence were compared and classified as the same genotype if a

maximum difference of allele size of 1 base pair was observed. The samples

were therefore classified as of the same genotype if at least one allele for each

loci investigated was detected in both paired samples; samples were classified

as distinct genotypes if all alleles for a given marker were different between days

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of collection. If no comparison was available for analysis due to lack of sample or

no product was amplified after two reactions, the genotype result was classified

as indefinite. Further detail of the molecular characterization reactions and

results is provided in the Supplemental file 1.

Statistical analysis

On the basis of local data,18 we assumed an efficacy for CQ within 28 days of

follow-up of 90%, defining the non-inferiority margin at 5%. Considering alpha at

25% for the unilateral test and power of 90%, a sample size of 145 individuals

per treatment arm was obtained, which was increased to 171, considering a 15%

lost to follow-up. After taking into account the risk of 10% of mixed infections after

PCR species correction, a required sample size of 190 patients per arm was

defined for the study resulting in a totalling 380 patients.

Three populations were defined for the analyses: the per protocol (PP)

population, consisting of patients who completed a full course of study

medication with a known outcome in each of the evaluated timepoints and for

whom no protocol deviation possibly compromising the efficacy assessment

occurred (i.e. lack of assessment of the primary efficacy endpoint at D28, or

received forbidden medication before or during study, or presented parasite

density at enrolment below 250 parasites/L)the intention-to-treat (ITT)

population, consisting of all patients randomized, regardless of completing

treatment and/or all study procedures, and the safety population: defined as all

randomised patients who received at least one dose of treatment, including

patients with double vomiting or rejection at the first intake.

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The primary endpoint of the study was the assessment of non-inferiority of the

genotype-adjusted efficacy of cure at day 28 in the PP population, as defined in

the protocol and the analysis plan. Non-inferiority was demonstrated if the lower

bound of the 95%CI of the risk difference between the two arms was superior to -

005. Patients with different genotypes were considered as ACPR in a first

moment, with a sensitive analysis censoring these observations also being

performed. Patients with recurrence and indefinite genotype were classified as

failures. If non-inferiority was shown, a superiority test with two-sided 2-test or

Fisher test (if one of the cells of the contingency tables had less than five

observations) was performed. The same statistical approach was adopted for the

analyses with the PP and ITT populations with and without genotype adjustment

to analyse the proportion of patients with ACPR at days 14, 28 and 42. Time to

parasitaemia recurrence and cumulative risk of developing patent

gametocytaemia were assessed by survival curves using the Kaplan-Meier

estimator and logrank tests. The proportion of patients with negative blood slides

for both asexual and sexual parasites and fever clearance was analysed at days

1, 2 and 3. Analyses of the secondary outcomes were performed considering a

5% significance level, using the 2-test or Fisher test for assessing proportions of

categorical variables and the Student t-test for continuous variables with normal

distribution, and the Wilcoxon test for non-normal distributed variables.

Additionally, a general estimating equation (GEE)-model was used to compare

the person-week gametocyte density during follow-up between treatments.

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Descriptive statistics were used for the safety endpoints, which included adverse

events and abnormalities in the laboratory and electrocardiographic evaluations.

Serious adverse events were defined as events resulting in death or life

threatening, required hospitalization, resulted in persistent or significant disability

or incapacity, caused a birth defect or congenital abnormality, or classified as

medically important by the investigators. Incident neutropenia and increase of

ALT were considered as adverse events of special interest (AESIs), according to

the following criteria: (1) neutrophils count below 400/mm3 for children aged 3

months to 12 years old, or below 750/mm3 for children above 12 years-old and

adults; (2) ALT increase exceeding 5 times the upper limit of normality (ULN), or

ALT 3 times above the ULN if ALT higher than the ULN at baseline, and ALT

exceeding ULN combined with total bilirubin above 2 times ULN; (3) pregnancy.

Anaemia was graded according to WHO references.43 The relationship of each

AE with the drug was evaluated according to the temporal relation, improvement

after drug discontinuation and laboratory data. The decision to discontinue the

medication or to withdraw the patient from the study was made by the

investigators and evaluated by the Independent Data Monitoring Committee.

Independent Data Monitoring Committee

The study employed an Independent Data Monitoring Committee for the purpose

of providing an independent advice on the safety of the treatments tested. The

committee was comprised three renowned experts in tropical medicine including

P. vivax malaria. The committee reviewed the study protocol prior to

implementation of the trial and was convened when necessary to review the

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progress of the study. It was notified regularly of study progress and of the

occurrence of any serious adverse events (SAEs). The committee reviewed any

CRFs containing conflicting or questionable efficacy or safety data under blind

conditions and, if necessary, evaluated the potential causal relationship of each

SAE with the study treatments. The committee had the authority to suspend

inclusions in all or part of the study groups. The committee reviewed the

Statistical Analysis Plan and the interim analysis and arbitrated any potential

protocol deviations before database lock. The committee also reviewed this

clinical study report.

Role of the funding source

The study sponsors and study site principal investigators developed the protocol,

interpreted the data, and developed the report. The investigators were

responsible for data collection, all clinical and laboratory assessments, review of

SAP, oversight of the statistical analyses and writing of the manuscipt. Monitoring

was performed by the sponsor. All authors had access to the primary and

analysed data, take responsibility for accuracy and completeness of data

reporting, and had final responsibility for the decision to submit for publication.

Results

Patient enrolment was performed between January 2012 and June 2013 and the

trial profile is shown on Figure 1. Most exclusions occurred due to lack of

possibility to be followed for the study period or presenting parasite densities

below 250 parasites/L of blood. The latter occurred mainly due to imprecision of

the semi-quantitative method used to estimate parasitemia in routine

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assessments and considered for initial screening, which was changed for the

more precise parasite count method during the study. One patient was

retrospectively excluded of the analyses for presenting a mixed infection

detected by PCR at baseline. This patient received ASAQ and was included in

the safety analyses. 908% of the enrolled patients completed the study as

planned, with follow-up for at least forty days or until treatment failure ( 884% in

ASAQ group and 932% in the CQ group). The principal reason for premature

study discontinuation was loss to follow-up, accounting for 29 (82.9%) of the 35

cases. There was a predominance of males (over 70%) and a low proportion of

children (9-11%) in both arms. 905% of patients were resided in Manaus urban

area, which has not active malaria transmission, and acquired malaria during

leisure or work-related activities in surrounding rural and riverine areas (Table 2).

In the PP population, genotype-adjusted ACPR rates at day 28 were of 100% in

the ASAQ arm and 936% in the CQ arm. As non-inferiority of the risk difference

was achieved (975%CI lower-bound = 274), superiority of ASAQ was then

demonstrated for both the genotype-adjusted (risk-difference = 64% 95% CI: 27;

101) and non-adjusted (risk-difference = 76% 95% CI: 36; 115) analyses. The

difference between treatments increased substantially with longer follow-up as

demonstrated by the ACPR rates at D42 (Table 3), as a result of most

recurrences occurring between days 28 and 42. For the ITT population analyses,

the trend was similar and superiority could be demonstrated for the D28 and D42

timepoints (Table 4)

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The Kaplan-Meier analysis was performed to investigate the rates of recurrence

according to treatment in both the PP and ITT populations, also demonstrating

better performance of ASAQ compared to CQ (Figure 2). Considering the ITT

population, the six recurrences in the ASAQ group occurred between days 40

and 44 of follow-up, while in the CQ group 13 out of the 54 failures (241%)

occurred within the first 28 days of follow-up. Using the genotype classification

criteria648% (35/54) parasite samples of patients with recurrence in the CQ arm

(ITT population) had the same genotype, especially for those occurring above 28

days, compared to half (3/6) of patients in the ASAQ arm (Figure 3A and Table

4). From the 54 recurrences in the CQ arm, 19 presented CQ/DCQ blood level

above 100ng/mL at the day of recurrence , which based on this criterion would

result on a CQ resistance prevalence of 115% (95%CI: 75 - 173). This result

was further substantiated by parasites with the same genotype emerging in the

circulation with CQ/DCQ blood levels up to 533ng/mL (Figure 3B).

The proportion of patients clearing parasitaemia was significantly higher for the

ASAQ group during the three first days of follow-up, as was the proportion of

patients clearing fever at day 1 (tables 3 and 4). Considering the ITT population,

at baseline respectively 55.6% and 60% were gametocyte carriers in ASAQ and

CQ groups. From D7 only 2.4% of patient treated with ASAQ and 14.7% in the

CQ group presented microscopically-detected gametocytes during follow-up

(p<0001). The GEE-model also demonstrated a lower overall gametocyte-

positive density in the ASAQ arm compared to that of CQ (47 vs 122

gametocyte-positive-slides/100-person-week, respectively; rate ratio = 039

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95%CI [029-052]; p<0001). Considering the development of gametocytaemia

after treatment initiation in patients with no gametocytes detected at the day of

inclusion (n= 83 in the ASAQ arm and 76 in the CQ arm), there was a

considerable higher risk (p<0.001) in patients receiving CQ (figure 4).

Haemoglobin (Hb) levels were systematically measured at baseline and days 7

and 28 (figure 5). Overall there was a relative decrease of Hb between the day of

inclusion and day 7 for all patients (-25 [SD=84]), with a higher reduction

observed for the ASAQ arm compared to CQ (-42 [74] vs - 09[90]; p<0001), in

the ITT population. This, however, did not result on a higher proportion of

patients presenting grade 2 or higher anaemia at day 7 (3 [16%] vs 2 [11%],

respectively for the ASAQ and CQ arms). At day 28, patients in the ASAQ group

presented a more modest change from baseline of Hb levels compared to the

CQ group (03 [132] vs 37 [120]; p=0005) and there was no difference between

the number of patients presenting anaemia grade 2 or higher (5 [28%] vs 6

[34%]).

Reported adverse events are shown in table 5. No deaths occurred during follow-

up and no patient discontinued the medication due to either vomiting or other

adverse event. Four patients in each arm presented vomiting within 30 minutes

of the first dose requiring the dose to be repeated with no patient presenting

vomiting within 30 minutes of the drug administration on days 0, 1 and 2. Five

serious AEs occurred amongst three patients, all in the ASAQ group. All these

patients were adults and presented vomiting after initiation of the medication

requiring treatment with IV anti-emetic drugs. One patient with chronic gastritis

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had non-ulcerous mucosal inflammation observed in a gastroscopy and was

additionally treated with ranitidine. One patient presented extra-pyramidal

symptoms after medicated with metoclopramide, which was reversed with

promethazine. None of these events required discontinuation of the study

medication and the follow-up was conducted as established. Regarding the pre-

defined AEs of special interest, neutropenia at day 7 was observed in only one

patient in the CQ arm, recovering to the normal levels spontaneously without

clinical consequences. Elevation of alanine aminotransferase (ALT) was detected

in eight (42%) in the ASAQ arm and nine (47%) in the CQ group, being

attributed to a concomitant disease in two and one patients, respectively. One

patient in the ASAQ group got pregnant but decided to terminate it for personal

reasons. Sinus bradycardia was the most frequent drug-related AE, with higher

incidence in the ASAQ group, with no patient, however, presenting any

associated symptoms and with reversion occurring in most cases. This AE was

not associated with increase on QTc, for which a preference was made to

consider the Fridericia formula of correction, due to its better performance in

extremes of heart rate.44

Discussion

This study demonstrates high efficacy of FDC ASAQ against CQ-resistant P.

vivax for the genotype-adjusted and non-adjusted ACPR rates at days 28 and 42.

Likewise, ASAQ performed better than CQ at clearing parasitaemia and fever.

This is the first study comparing the ASAQ combination to chloroquine against P.

vivax infection and also the first trial comparing an ACT to CQ in Latin America,

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where P. vivax is the main species causing malaria and CQ is still the

recommended first-line therapy.1

The most surprising result of this study is probably the high efficacy of ASAQ at

day 42, as the parasitological efficacy assessment results up to day 28 could

have been expected based on the high potency of ACTs to clear parasitaemia of

all human malaria parasites,45,46 and previous estimates of CQ resistance from

the study area.18,34 The interpretation of P. vivax failures occurring after day 28 is

troubled due to the possibility of relapses and re-infections and the lack of

reliable tools to distinguish between them. 16,35 In this context, the capacity of

suppressing future clinical episodes, believed to be associated with the drug’s

elimination half-life and referred to as post-treatment prophylactic effect, has

been praised as an important property of antimalarials against P. vivax.16

Considering the larger half-life of chloroquine and its metabolite compared to that

of amodiaquine,46 and the fact that no primaquine (PQ) was administered until

the end of follow-up, it would be reasonable to expect the number of recurrences

after day 28 to be higher in the arm with shorter half-life as a consequence of

less protection against relapses and re-infections. Indeed, this was reported by a

previous trial in Indonesia without co-administering primaquine; ASAQ showed

lower efficacy against later recurrences when compared to dihydroartemisinin-

piperaquine (DHP), an ACT with considerably longer half-life.29,30 However, we

observed the opposite, with a considerably higher number of recurrences in the

CQ arm compared to ASAQ (for which all recurrences were observed after day

40). Our main hypothesis for such observation is the existence of low-level

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resistance to CQ, which would supress, but not eliminate, asexual parasitemia

below microscopy-detection threshold, which would then return to patent parasite

density with CQ/DCQ blood levels below 100ng/mL. This hypothesis is based in

two important assumptions: (1) very low risk of re-infection, as most patients

(75.6%) in our study resided in Manaus’ urban area where there is no active

malaria transmission; and (2) negligible contribution of relapses to the observed

recurrences. The first assumption is supported by local epidemiological data and

by the low proportion of recurrences presenting genotypes different from baseline

– taking into consideration the limitation of this approach for P. vivax as this

same finding could be due to same genotype early relapses. The second

assumption is based on the lack of activity of the investigational drugs against

hypnozoites and reports of relapses usually occurring after day 35 in the

region.41,47,48

Regarding the gametocyte-related efficacy endpoints, ASAQ had a better

performance in clearing patent gametocytaemia and, most importantly,

preventing post-treatment gametocyte appearance. Patients in the CQ arm

without gametocytes at baseline presented considerably higher incidence of

gametocytaemia in the first days of treatment (figure 4). In the light of strong

evidence demonstrating reduction on P. falciparum transmission after

deployment of ACT,12,49 these findings are of special importance considering the

lack of novel tools against P. vivax transmission and the impossibility of routinely

administering primaquine in many endemic areas, with the additional interest to

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evaluate if associating ACT+PQ will result in even higher gametocytocidal effect

against P. vivax in Latin America.

Patients in the ASAQ group presented a more pronounced reduction in

haemoglobin levels between baseline and day seven. The reasons for its

occurrence are not clear but could be related to a higher inflammatory response

and/or oxidative stress associated to treatment.45 Unfortunately no specific

investigations were performed to assess these hypotheses or other possible

associated conditions (i.e. helminthic infection, and glucose-6-phosphate

dehydrogenase deficiency). Most importantly, no severe anaemia occurred and

the final haemoglobin levels were similar in both groups.

The safety and tolerability of ASAQ was consistent with previous studies using it

as fixed-dose combination. Sinus bradycardia occurred without symptoms or

clinical complications, as was reported by a study with African children with

ASAQ loose-dose combination,50 what suggests the need for further

investigation. There was no difference compared to CQ in the incidence of the

pre-define AESIs, thus ASAQ presented a very favourable safety profile in our

population.

We have used the genotype-adjusted ACPR rates as endpoint in an attempt to

apply a more rigorous case-definition of CQ resistance, although there are clear

limitations. Unlike for P. falciparum, there are no reliable molecular markers

criteria that can differentiate recrudescence from re-infection and relapse,35 and

the use of genotyping in previous P. vivax efficacy assessments has been done

only on an exploratory basis.51,52 The consistency of the estimates demonstrates

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that this can be a useful approach for future studies, especially in areas where

the risk of reinfection can be minimized.

A limitation of our study was the low number of children included. This population

is of special interest as they suffer complications more frequently and are

subjected to a higher risk of treatment failure, especially with the lack of specific

paediatric formulation in the study area.{Siqueira, 2014 #7667;Ursing, 2014

#5855} It would have been interesting to evaluate if the treatment effect would

be distinct in the younger population, for which we propose future studies to

consider stratified sampling. We have not been able to assess the

pharmacokinetic profile of amodiaquine, which should be evaluated as a larger

elimination half-life in this population could be a reason for its efficacy against

late recurrences.

By not co-administering PQ we have not been able to evaluate its potentially

synergistic effect and safety of the combination in an area where it is routinely

administered for P. vivax-infected patients. However this approach allowed us to

perform a more reliable evaluation of the schizontocidal effect of CQ and to

estimate its resistance rate, which at 115% is worryingly high and should prompt

actions by policy makers. Most studies of P. vivax efficacy have restricted follow-

up to 28 days in order to minimize the contribution of relapses and considering

the CQ/DCQ elimination half-life, what can lead to underestimation of resistance

and should guide future studies.

P. vivax has been receiving increased attention lately, requiring the development

of new strategies and tools.4,5 Particularly P. vivax infections require treatment of

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hypnozoites, for which the possible single-dose treatment with tafenoquine would

be attractive when compared to the related 8-aminoquinoline primaquine which

requires 7-14 days regimens.53 The choice of an effective schizontocidal drug,

however, cannot be underestimated. Although CQ is still the first-line therapy in

most endemic countries, resistance is a growing problem, probably

underestimated by co-administration with primaquine and misclassification of

recrudescence as relapses. The decision to substitute chloroquine for an ACT as

the drug of choice to treat P. vivax infections is a complex one, which should be

based on different variables including the prevalence of chloroquine resistant

parasites; the current treatment adopted for P. falciparum; the efficacy of the

partner drug; the interaction of the ACT with primaquine; and, additionally, the

impact it could have in reducing transmission locally.21,54 Policy makers need to

actively discuss the available evidence in order to make decision and define

strategies to accelerate the path towards malaria eradication.

Conflict of Interest Statements

V.L.is employed by Sanofi-Aventis. The other authors declare that they have no

conflicts of interest.

Acknowledgements

We acknowledge the Director-President of FMT-HVD, Prof. Maria Alecrim for the

institutional support and all the personal from the Malaria Laboratory for

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contribution with running the trial. We thank the patients and their families for

taking part in the study.

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94

Tables

Table 1. Treatment administration regimens according to bodyweight

Drug formulation Body weight Daily dose*

Artesunate (AS) – Amodiauqine (AQ) arm

Tablet: AS 25mg/AQ

675mg ≥5 and <9 kg 1 tablet/day/3 days

Tablet: AS 50mg/AQ 135mg ≥9 and <18 kg 1 tablet/day/3 days

Tablet: AS 100mg/AQ 270mg

≥18 and <36 kg 1 tablet/day/3 days

Tablet: AS 100mg/AQ 270mg

≥36 kg 2 tablets/day/3 days

Chloroquine (CQ)

Tablet: 150mg ≥5 and <10 kg day 1= ½ tablet; day 2 = ¼ tablet; day 3 = ¼ tablet

Tablet: 150mg ≥10 and <15 kg day 1= 1 tablet; day 2 = ½ tablet; day 3 = ½ tablet

Tablet: 150mg ≥15 and <25 kg day 1= 1 tablet; day 2 = 1 tablet; day 3 = 1 tablet

Tablet: 150mg ≥25 and <35 kg day 1= 2 tablets; day 2 = 2 tablets; day 3 = 2 tablets

Tablet: 150mg ≥35 and <50 kg: day 1= 3 tablets; day 2 = 2 tablets; day 3 = 2 tablets

Tablet: 150mg ≥50 kg Day 1=4 tablets; day 2 = 3 tablets; day 3 = 3 tablets

*When administering a fraction of a tablet, this was crushed and dissolved in 10mL of water and the appropriate fraction was administered (i.e. ½ tablet:

5mL; ¼ tablet: 25mL).

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Table 2. Demographic and disease characteristics at baseline (ITT population)

Artesunate-amodiaquine

(n=189)

Chloroquine

(n=190)

Male patients 136 (720%) 144 (758%)

Age (years) 357 (1-68; 16·4) 347 (1-74; 15·9)

< 6 years 7 (37%) 7 (37%)

6-14 years 10 (53%) 14 (74%)

> 14 years 172 (910%) 169 (889%)

Weight 688 (85-1179; 188) 684 (95-1110; 203)

Concomitant illness 25 (132%) 28 (147%)

Residing in Manaus urban area

170 (895%) 174 (916%)

Temperature (C) 372

(349-401; 13)

371

(350-400; 13)

Temperature ≥ 375C 85 (450%) 77 (405%)

Geometric mean

parasite density per L (95%CI)

1746

(1475-2068)

1643

(1412-1912)

Positive gametocytaemia

105 (556%) 114 (600%)

Haemoglobin (g/dL) 133 (73-183; 19) 132 (78-173; 17)

Data are expressed as percentage or mean (range; SD), unless specified otherwise; * for those with positive gametocytaemia.

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Table 3. Adequate clinical and parasitological response (ACPR) by timepoint (per-

protocol population) Artesunate-

amodiaquine (n=165)

Chloroquine (n=172)

Difference (95%CI) p value

Day 28 Genotype-adjusted ACPR

165 (100%) 161 (936%) 64% (27 to 101) 0001

Total Failures 0 11 (6

Late Clinical Failure 0 4 (23%)

Late Parasitological Failure

0 7 (41%)

Genotype classification of failures

Same genotype 0 10 (58%)

Different genotype 0 2 (12%)

Indeterminate 0 1 (06%)

Unadjusted ACPR 165 (1000%) 159 (924%) 76% (36 to 115) <0001

Total Failure 0 13 (75%)

Total Failure 0 4 (23%)

Late Parasitological Failure

0 9 (52%)

Day 42 n=155 n=166

Genotype-adjusted ACPR

151 (974%) 129 (777%) 197% (129 to 265) <0001

Total Failures 4 (26%) 37 (223%)

Late Clinical Failure 2 (13%) 14 (84%)

Late Parasitological Failure

2 (13%) 23 (139%)

Genotype classification of failures*

Same genotype 3(19%) 31 (201%)

Different genotype 2 (13%) 7 (42%)

Indeterminate PCR 1 (07%) 6 (36%)

Unadjusted ACPR 149 (961%) 122 (735%) 226% (153 to 300) <0001

Total Failure 6 (39%) 44(369%)

Late Clinical Failure 2 (13%) 17 (102%)

Late Parasitological Failure

4 (26%) 27 (163%)

Parasite and fever clearance

Parasite cleared at D1 33 (200%) 4 (23%) <0001

Parasite cleared at D2 144 (873%) 77 (448%) <0001

Parasite cleared at D3 164 (994%) 138 (802%) <0001

Fever cleared at D1 164 (994%) 154 (895%) <0001

*Genotyping detailed data available in Table S1.

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Table 4. Efficacy assessments at days 28 and 42 (ITT population). Artesunate-

amodiaquine (n=189)

Chloroquine (n=190)

Difference (95%CI)

p value

Day 28

Genotype-adjusted ACPR

177 (937%) 172 (905%) 31% (-23 to 85) 0.342

Total Failures 12 (63%) 18 (95%)

Late Clinical Failure 0 (00%) 4 (21%)

Late Parasitological Failure

0 (00%) 7 (37%)

Missing data* 12 (63%) 7 (37%)

Genotype classification of failures

Same genotype 0 10 (58%)

Different genotype 0 2 (12%)

Indeterminate PCR 0 1 (06%)

Unadjusted ACPR 177 (937%) 170 (895%) 42% (-14 to 98) 0195

Total Failure* 12 (63%) 20 (105%)

Late Clinical Failure 0 4 (21%)

Late Parasitological Failure

0 9 (47%)

Day 42

Genotype-adjusted ACPR

162 (857%) 136 (716%) 141% (60 to 223) <0001

Total Failures 27 (143%) 54 (284%)

Late Clinical Failure 2 (11%) 15 (79%)

Late Parasitological Failure

2 (11%) 26 (137%)

Missing data* 23 (122%) 13 (68%)

Genotype classification of failures

Same genotype 3 (16%) 35 (184%)

Different genotype 2 (11%) 7 (37%)

Indeterminate PCR 1 (05%) 7 (37%)

Unadjusted ACPR 160 (847%) 129 (679%) 168% (84 to 252) <0001

Total Failure 29 (155%) 61 (321%)

Late Clinical Failure 2 (11%) 18 (95%)

Late Parasitological Failure

4 (21%) 30 (158%)

Parasite and fever clearance

Parasite cleared at D1 38 (201%) 9 (47%) <0001

Parasite cleared at D2 162 (857%) 89 (468%) <0001

Parasite cleared at D3 184 (974%) 153 (805%) <0001

Fever cleared at D1 184 (974%) 168 (884%) <0001

. *Genotyping detailed data available in Table S1.

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Table 5Most frequent adverse events reported in the safety population

Artesunate-amodiaquine

(n=190*)

Chloroquine (n=190)

All adverse events¶

Patients with at least one event 79 (416%) 85 (447%)

Cardiac disorders 35 (184%) 21 (111%)

Skin disorders Infections and infestations

14 (74%)

16 (8.4%)

23 (121%)

21 (11.1%)

Gastrointestinal disorders 16 (84%) 15 (79%)

Psychiatric disorders/Insomnia 8 (42%) 12 (63%)

Oral herpes 9 (47%) 7 (37%)

Drug-related adverse events†

Patients with at least one 59 (311%) 47 (147%)

Sinus bradycardia 28 (147%) 11 (58%)

Pruritus 13 (68%) 19 (100%)

Alanine aminotransferase increased 9 (47%) 8 (42%)

Gastritis 8 (42%) 5 (26%)

Insomnia 2 (11%) 4 (21%)

Vomiting 2 (11%) 1 (05%)

Diarrhoea 2 (11%) 0 (00%)

At least one event of special interest 8 (42%) 9 (47%)

Alanine aminotransferase increase 8 (42%) 8 (42%)

Neutropenia 0 1 (05%)

Serious adverse events¶

Patients presenting at least one SAE* 3 (16%) 0

Vomiting 3 0

Severe gastritis 1 0

Extra-pyramidal syndrome 1 0

¶ Only shown AEs affecting at least 4% in each group; † only shown events affecting at least 1% of the population in each group; *the patient with mixed infection detected by PCR was included in the safety

analyses¶All events classified as SAEs based on the need for IV medication to alleviate the symptoms – there was no investigational product discontinuation nor deaths in the study.

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99

99

Figures

Figure 1 – Flowchart of the study. PP – per-

protocol; ITT, intention-to-treat. *some patients

had more than 1 reason for exclusion.

959 patients diagnosed with P. vivax screened

380 patients enrolled and randomized

573 did not meet the eligibility criteria

252 unable to attend all visits

151 parasitemia < 250/L

85 with underlying illness or abnormal lab results

29 antimalarial treatment in the previous 30 days

17 pregnant or breastfeeding women

17 refusals to participate

7 below 6 months-old

1 with severe malaria

1 mixed infection

3052 not screened for eligibility

189 assigned to the ASAQ arm

(intention-to-treat-population) 190 assigned to the CQ arm (intention-to-treat-population)

165 (86.8%) patients in D28 PP population

155 (82.0%) patients in D42 PP population

1 excluded for mixed infection on PCR

24 patients excluded of the PP analysis 12 patients lost to follow-up

(4 incomplete course of treatment)

12 protocol deviations

172 (90.5%) patients in D28 PP population 166 (87.4%) patients in D42 PP population

18 patients excluded of the PP analysis 7 patients lost to follow-up (1 incomplete course of treatment) 11 protocol deviations

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100

100

Figure 2- Kaplan-Meier estimates for time to recurrence. A- PCR-corrected per-protocol (PP) population; B- crude

estimate PP population; C- PCR-corrected intention-to-treat population; D- crude estimate ITT population. P-value

from log-rank test.

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101

101

Figure 3. A – Genotype of failures in both arms is shown as same (red diamonds) or distinct (black dots) genotype according to day of follow-up (lines show the median day of failure); B – CQ/DCQ blood levels on the day of failure from patients in the CQ arm according to genotype classification (line demarks the 100ng/mL threshold).

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Figure 4 – Cumulative risk of gametocyte incidence for patients without

gametocytes at baseline. A- per-protocol population; B- intention-to-treat

population. P-value from the log-rank test.

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Figure 5- Change of haemoglobin levels. Haemoglobin concentrations are shown

for D0, D7 and D28 for each treatment arm (Mean; Error bars – 95% confidence

interval).

D0

D7

D28

12

13

14

15

ASAQ

CQ

Me

an

ha

em

og

lob

in c

on

ce

ntr

ati

on

(g

/dL

)

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Supplement 1. Methods and results of the molecular characterization and

classification of samples from patients presenting recurrence of parasitaemia.

DNA Extraction

Genomic DNA was extracted from filter paper The extraction of total DNA from whole

blood was performed using the QIAamp DNA Blood Mini Kit (Qiagen®, USA), according

to the manufacturer’s protocol.

PCR analyses for genotyping

46 paired samples (D0, sample before treatment and DR, sample at reappearance) were

analysed regarding size polymorphisms of genetic markers. The microsatellite markers

MS2 and MS8 had been shown high genetic diversity in South America previously [1–5].

Msp1F3, a highly polymorphic region of the merozoite surface protein 1 was including

due to reduced occurrence of PCR artefacts of this marker [6].

Nested or semi-nested PCR was carried out as described by Koepfli et al. [7] with small

modifications. Primary PCR reaction was performed as a multiplex reaction, nested PCR

was carried out as simplex reactions. PCR analyses were repeated up to two times if

after the first run no PCR product was obtained. The primary PCR reaction volume was

15 µL containing 1.5 µL of Buffer B (Solis BioDyne), 2 mmol/L MgCl2, 0.3 mmol/L dNTPs

(supplier), 0.27 µmol/L of each primer and 3.75 U of Taq DNA polymerase (Firepol [Solis

BioDyne]). 1 µL of genomic DNA was used as template. In nested PCR reactions 0.2

mmol/L dNTPs were used, 0.25 µmol/L of each primer, 1.125 U of DNA polymerase and

1 µL of primary PCR product as template. Cycling conditions for primary PCR were as

follows: initial denaturation for 1 min at 95°C followed by 30 cycles of 30 sec at 95°C, 45

sec at 59°C and 1 min at 72°C. Final elongation was for 5 min at 72°C. For each

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experiment at least two negative controls containing dH2O instead of water were

included. Nested PCR was carried out at the same cycling conditions with the exception

of only 25 cycles being carried out. For repetitions, reaction volume was increased to 50

µL for primary PCR and 25 µL for nested PCR, DNA template was increased to 3 - 3.5 µL

and number of cycles was increased to 35 in nested PCR. PCR products were stored at

4ºC in the dark until being analysed.

Capillary electrophoresis and data interpretation

Successful amplification of region of interest was tested by 2 % agarose gel

electrophoresis. PCR products were diluted by adding 5 µL of mQH2O and samples were

sent to Macrogen Inc. (South Korea) for capillary electrophoresis. As size standard 500-

LIZ was applied. Data were analysed with GeneMarker version 2.4.2 (SoftGenetics).

Electrophoretic profiles were evulated visually for each sample with regard to amplicon

length and relative abundance (peak height). Peaks below 150 bp were not considered

and the minimal cut-off value for peak height was set to 500 relative fluorescence units

(rfu) in order to exclude peaks resulting from background noise. So called “stuttering”

(“shadow”) peaks [8] were not considered.

Capillary electrophoresis results of both samples of each pair (D0 and DR) were

compared with GeneMarker software. Alleles of paired sampled were classified as equal

for a maximum difference of allele size of 1 bp. According to WHO guidelines a sample

was classified as recrudescence or relapse if at least one allele for each loci investigated

was detected in both paired samples [9, 10]. The guidelines classify post- treatment

occurring parasitemia as new infection (reinfection) if all alleles for one marker gene are

distinct between D0 and DR. A new infection detected for only one locus investigated

was therefore classified as “new infection” as the overall outcome [9].

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1. Rezende AM, Fontes CJF, Souza JM, Couto ADA, Carvalho LH: Microsatellite loci :

determining the genetic variability of Plasmodium vivax. 2010, 15:718–726.

2. Marín-Menéndez A, Bardají A, Martínez-Espinosa FE, Bôtto-Menezes C, Lacerda M V,

Ortiz J, Cisteró P, Piqueras M, Felger I, Müeller I, Ordi J, del Portillo H, Menéndez C,

Wahlgren M, Mayor A: Rosetting in Plasmodium vivax: a cytoadhesion phenotype

associated with anaemia. PLoS Negl Trop Dis 2013, 7:e2155.

3. De Araujo FCF, de Rezende AM, Fontes CJF, Carvalho LH, Alves de Brito CF:

Multiple-clone activation of hypnozoites is the leading cause of relapse in

Plasmodium vivax infection. PLoS One 2012, 7:e49871.

4. Orjuela-Sánchez P, da Silva NS, da Silva-Nunes M, Ferreira MU: Recurrent

parasitemias and population dynamics of Plasmodium vivax polymorphisms in

rural Amazonia. Am J Trop Med Hyg 2009, 81:961–8.

5. Chenet SM, Schneider K a, Villegas L, Escalante A a: Local population structure of

Plasmodium: impact on malaria control and elimination. Malar J 2012, 11:412.

6. Koepfli C, Ross A, Kiniboro B, Smith TA, Zimmerman PA, Mueller I, Felger I:

Multiplicity and diversity of Plasmodium vivax infections in a highly endemic

region in Papua New Guinea. PLoS Negl Trop Dis 2011, 5:1–7.

7. Koepfli C, Mueller I, Marfurt J, Goroti M, Sie A, Oa O, Genton B, Beck H-P, Felger I:

Evaluation of Plasmodium vivax genotyping markers for molecular monitoring in

clinical trials. J Infect Dis 2009, 199:1074–1080.

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8. Oda S, Oki E, Maehara Y, Sugimachi K: Precise assessment of microsatellite

instability using high resolution fluorescent microsatellite analysis. Nucleic Acids

Res 1997, 25:3415–20.

9. WHO: METHODS AND TECHNIQUES FOR CLINICAL TRIALS ON ANTIMALARIAL

DRUG EFFICACY : genotyping to identify parasite populations. WHO, Geneva 2008.

10. Barnadas C, Koepfli C, Karunajeewa H a, Siba PM, Davis TME, Mueller I:

Characterization of treatment failure in efficacy trials of drugs against Plasmodium

vivax by genotyping neutral and drug resistance-associated markers. Antimicrob

Agents Chemother 2011, 55:4479–81.

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Table S1. Results of the PCR genotyping procedures and classification of parasites presenting at recurrences according

to the baseline genotypes.

Msp1F3 MS2 MS8 (bp)

Outcome all

markers

SampleID Individual/time point

Amplicon Length (bp)

Outcome Amplicon

Length (bp) Outcome

Amplicon Length (bp)

Outcome

002_D0 1 D0 271 Re/Re

216 Re/Re

235 Re/Re Re/Re

002_DR 1 DR 271 216 235

005_D0 2 D0 230/298 Re/Re

193/213 Re/Re

n/a no result Re/Re

005_DR 2 DR 230 193 293

014_D0 3 D0 271 Re/Re

197 Re/Re

235 Re/Re Re/Re

014_DR 3 DR 271 197 235

015_D0 4 D0 230/271 Re/Re

193/216 Re/Re

235/293 Re/Re Re/Re

015_DR 4 DR 230/271 193/216 235/293

043_D0 5 D0 263 Re/Re

193 Re/Re

224 no result Re/Re

043_DR 5 DR 230/263 193 n/a

065_D0 6 D0 230 Re/Re

193 Re/Re

293 Re/Re Re/Re

065_DR 6 DR 230 193 293

099_D0 7 D0 271 Re/Re

228 Re/Re

287 no result Re/Re

099_DR 7 DR 271 228 n/a

105_D0 8 D0 230 Re/Re

193 Re/Re

293 Re/Re Re/Re

105_DR 8 DR 230 193 293

106_D0 9 D0 230/271 Re/Re

193 Re/Re

224 Re/Re Re/Re

106_DR 9 DR 230 193 224

114_D0 10 D0 230 Re/Re

193 Re/Re

293/232 Re/Re Re/Re

114_DR 10 DR 230 193 293

118_D0 11 D0 230/271 Re/Re

193 New infection

n/a no result New infection

118_DR 11 DR 230 212 259

135_D0 12 D0 230 no result

267 no result

259 no result no result

135_DR 12 DR n/a n/a n/a

137_D0 13 D0 230 Re/Re 193/212 Re/Re 285/293 no result Re/Re

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137_DR 13 DR 230 193 n/a

149_D0 14 D0 272 Re/Re

260/263 Re/Re

296 Re/Re Re/Re

149_DR 14 DR 272 263 296

151_D0 15 D0 230 Re/Re

213 New infection

n/a no result New infection

151_DR 15 DR 230/299 162/197 n/a

157_D0 16 D0 272 Re/Re

213/263 Re/Re

n/a no result Re/Re

157_DR 16 DR 272 263 296

159_D0 17 D0 230/280 Re/Re

201 Re/Re

224 no result Re/Re

159_DR 17 DR 181/230 202/209/21

3 n/a

169_D0 18 D0 272 Re/Re

224 Re/Re

218 Re/Re Re/Re

169_DR 18 DR 272 224 218/244

178_D0 19 D0 230/271 Re/Re

193 New infection

235/293 New infection

New infection 178_DR 19 DR 272 263 296

184_D0 20 D0 271 Re/Re

216 Re/Re

235 Re/Re Re/Re

184_DR 20 DR 271 173/216 235/262/288

185_D0 21 D0 271 Re/Re

216 Re/Re

235 Re/Re Re/Re

185_DR 21 DR 271 216 235

186_D0 22 D0 271 Re/Re

216 Re/Re

n/a no result Re/Re

186_DR 22 DR 271 217 n/a

193_D0 23 D0 230 Re/Re

197 Re/Re

293 Re/Re Re/Re

193_DR 23 DR 230 197 293

206_D0 24 D0 230 Re/Re

212 Re/Re

258 Re/Re Re/Re

206_DR 24 DR 230 212 258

207_D0 25 D0 230/271 Re/Re

197 Re/Re

235 Re/Re Re/Re

207_DR 25 DR 271 197 235

209_D0 26 D0 272 New infection

205/263 New infection

296 no result New infection

209_DR 26 DR 182/230 209/213 n/a

211_D0 27 D0 271 New infection

194/263 Re/Re

n/a no result New infection

211_DR 27 DR 230 194 n/a

213_D0 28 D0 217/224/230 Re/Re

193 Re/Re

n/a no result Re/Re

213_DR 28 DR 230 193 293

227_D0 29 D0 230/272 Re/Re 197/228/26 New 235/296 Re/Re New infection

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3 infection

227_DR 29 DR 230 212 235

233_D0 30 D0 272 Re/Re

197/260 Re/Re

296 New infection

New infection 233_DR 30 DR 272 225/260 218

238_D0 31 D0 230/272 Re/Re

212/267/276 Re/Re

n/a no results Re/Re

238_DR 31 DR 230 276 225/258

246_D0 32 D0 263/313 Re/Re

193 Re/Re

224 Re/Re Re/Re

246_DR 32 DR 263/271 193 224/250

248_D0 33 D0 230 Re/Re

209 Re/Re

299 Re/Re Re/Re

248_DR 33 DR 230 209 299

249_D0 34 D0 230 Re/Re

193 Re/Re

293 Re/Re Re/Re

249_DR 34 DR 230 193 293

265_D0 35 D0 230 Re/Re

202 Re/Re

224 Re/Re Re/Re

265_DR 35 DR 230 202 224

267_D0 36 D0 272 Re/Re

259 Re/Re

296 Re/Re Re/Re

267_DR 36 DR 272 259 296

276_D0 37 D0 230/276/280 Re/Re

212 Re/Re

235 Re/Re Re/Re

276_DR 37 DR 230/273/280 212 235

282_D0 38 D0 273/299 Re/Re

197 Re/Re

218 Re/Re Re/Re

282_DR 38 DR 299 197 218

283_D0 39 D0 298 Re/Re

197 Re/Re

218 New infection

New infection 283_DR 39 DR 298 197 235

285_D0 40 D0 272 Re/Re

197 Re/Re

236 Re/Re Re/Re

285_DR 40 DR 272 197 235

295_D0 41 D0 230 Re/Re

271/275 no result

259 no result Re/Re

295_DR 41 DR 230/271 213/275/27

9 n/a

314_D0 42 D0 n/a no result

n/a no result

n/a no result no result

314_DR 42 DR 230/270 213 258

322_D0 43 D0 230 Re/Re

213 Re/Re

236 Re/Re Re/Re

322_DR 43 DR 230/272 213 236

331_D0 44 D0 272 Re/Re 240 Re/Re 302 no result Re/Re

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331_DR 44 DR 272 240 n/a

335_D0 45 D0 257 Re/Re

208 Re/Re

273 Re/Re Re/Re

335_DR 45 DR 257 208 273

343_D0 46 D0 230 Re/Re

194 Re/Re

296 no result Re/Re

343_DR 46 DR 230/272 194 n/a

349_D0 47 D0 230 Re/Re

201 Re/Re

287 Re/Re Re/Re

349_DR 47 DR 230 201 288

371_D0 48 D0 263/268

New infection

209

Re/Re

255 New

infection New infection

371_DR 48 DR 181/257/230/

272 119/213/20

9 294

n/a - no PCR product obtained Re/RE - relapse or recrudescence

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112

4.2. ARTIGO 2

4.2.1. SLOW CLEARANCE OF PLASMODIUM VIVAX WITH CHLOROQUINE

AMONGST CHILDREN BELOW SIX MONTHS OF AGE IN THE BRAZILIAN

AMAZON

Siqueira, A. M., L. I. Coutinho, R. L. Gurgel, W. C. S. Su, L. M. Carvalho, S. G.

Benzecry, A. C. C. Alencar, M. A. A. Alexandre, M. G. C. Alecrim and M. V. G.

Lacerda (2014). "Slow clearance of Plasmodium vivax with chloroquine amongst

children below six months of age in the Brazilian Amazon." Memorias do Instituto

Oswaldo Cruz [Aceito], DOI: 10.1590/0074-0276130068.

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120

4.3. ARTIGO 3

4.3.1. PREVALENCE AND RISK FACTORS ASSOCIATED TO PRURITUS IN

PLASMODIUM VIVAX PATIENTS USING CHLOROQUINE IN THE BRAZILIAN

AMAZON Ballut, P. C., A. M. Siqueira, A. C. Orlando, M. A. Alexandre, M. G. Alecrim and M.

V. Lacerda (2013). "Prevalence and risk factors associated to pruritus in

Plasmodium vivax patients using chloroquine in the Brazilian Amazon." Acta

Tropica 128(3): 504-508.[DOI: 10.1016/j.actatropica.2013.07.008].

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121

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127

4.4. ARTIGO 4

4.4.1 INFLUENCE OF AGE ON THE HAEMOGLOBIN CONCENTRATION OF MALARIA-INFECTED PATIENTS IN A REFERENCE CENTRE IN THE BRAZILIAN AMAZON

Siqueira, A. M., Cavalcante, J. A., Vitor-Silva, S., Reyes-Lecca, R. C., Alencar, A. C.,

Monteiro, W. M., Alexandre, M. A. A., Mourão, M. P. G., Guinovart, c., Bassat, Q.,

Alecrim, M. G. C., and M. V. G. Lacerda (2014). “Influence of age on the haemoglobin

concentration of malaria-infected patients in a reference centre in the Brazilian Amazon."

Memorias do Instituto Oswaldo Cruz [Aceito].

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128

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135

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136

4.5. ARTIGO 5

4.5.1. CHARACTERIZATION OF PLASMODIUM VIVAX-ASSOCIATED ADMISSIONS

TO REFERENCE HOSPITALS IN BRAZIL AND INDIA Artigo submetido para BMC Medicine em 18/07/2014. Aceito em 222/2015

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137

Characterization of Plasmodium vivax-associated admissions to reference hospitals in Brazil and India

André M Siqueira1,2,3 Email: [email protected]

Marcus VG Lacerda1,2,4,* Email: [email protected]

Belisa M L Magalhães1,2 Email: [email protected]

Maria PG Mourão1,2 Email: [email protected]

Gisely C Melo1,2 Email: [email protected]

Márcia AA Alexandre1,2 Email: [email protected]

Maria GC Alecrim1,2 Email: [email protected]

Dhanpat Kochar5 Email: [email protected]

Sanjay Kochar5 Email: [email protected]

Abhishek Kochar5 Email: [email protected]

Kailash Nayak5 Email: [email protected]

Hernando del Portillo6,7 Email: [email protected]

Caterina Guinovart6,8 Email: [email protected]

Pedro Alonso6,8 Email: [email protected]

Quique Bassat6,8 Email: [email protected]

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138

1 Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical, Universidade do Estado do Amazonas, Av. Pedro Teixeira, 25, Manaus, AM, 69040-000, Brazil

2 Gerência de Malaria, Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado, Av. Pedro Teixeira, 25, Manaus, AM, 69040-000, Brazil

3 Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Av. Brasil, 4365, Rio de Janeiro, RJ, 21040-360, Brazil

4 Centro de Pesquisas Leônidas e Maria Deane, Fundação Oswaldo Cruz, Rua Teresina, 476, Manaus, AM, 69027-070, Brazil

5 Sardar Patel Medical College, SP Medical College Road, PBM Hospital, Bikaner, Rajasthan 334001, India

6 ISGlobal, Barcelona Institute for Global Health, Hospital Clínic - Universitat de Barcelona, Carrer Rosselló 132, 5º2ªE, 08036, Barcelona,, Spain

7 Institució Catalana de Recerca i Estudis Avançats (ICREA), Passeig Lluís Companys, 23, 08010, Barcelona, Spain

8 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), Vila da Manhiça, Bairro Cambeve, Rua 12, Distrito da Manhiça, 1929, Maputo, Mozambique

* Corresponding author. Centro de Pesquisas Leônidas e Maria Deane, Fundação Oswaldo Cruz, Rua Teresina, 476, Manaus, AM, 69027-070, Brazil

Abstract

Background

The benign character formerly attributed to Plasmodium vivax infection has been

dismantled by the increasing number of reports of severe disease associated with

infection with this parasite, prompting the need for more thorough and

comprehensive characterization of the spectrum of resulting clinical complications.

Endemic areas exhibit wide variations regarding severe disease frequency. This

study, conducted simultaneously in Brazil and India, constitutes, to our knowledge,

the first multisite study focused on clinical characterization of P. vivax severe

disease.

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Methods

Patients admitted with P. vivax mono-infection at reference centers in Manaus

(Amazon - Brazil) and Bikaner (Rajasthan - India), where P. vivax predominates,

were submitted to standard thorough clinical and laboratory evaluations in order to

characterize clinical manifestations and identify concurrent co-morbidities.

Results

In total, 778 patients (88.0% above 12 years old) were hospitalized at clinical

discretion with PCR-confirmed P. vivax mono-infection (316 in Manaus and 462 in

Bikaner), of which 197 (25.3%) presented at least one severity criterion as defined

by the World Health Organization (2010). Hyperlactatemia, respiratory distress,

hypoglycemia, and disseminated intravascular coagulation were more frequent in

Manaus. Noteworthy, pregnancy status was associated as a risk factor for severe

disease (OR = 2.03; 95%CI = 1.2-3.4; P = 0.007). The overall case fatality rate was

0.3/1,000 cases in Manaus and 6.1/1,000 cases in Bikaner, with all deaths occurring

among patients fulfilling at least one severity criterion. Within this subgroup, case

fatality rates increased respectively to 7.5% in Manaus and 4.4% in Bikaner.

Conclusion

P. vivax-associated severity is not negligible, and although lethality observed for

complicated cases was similar, the overall fatality rate was about 20-fold higher in

India compared to Brazil, highlighting the variability observed in different settings.

Our observations highlight that pregnant women and patients with co-morbidities

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140

need special attention when infected by this parasite due to higher risk of

complications.

Keywords

Plasmodium vivax, Severe malaria, Clinical complications, India, Brazil

Background

Malaria is a major public health problem in most tropical regions, and despite

impressive reductions in the number of cases and deaths in the last decades,

malaria resulted in an estimated 207 million episodes and 627,000 deaths in 2012

[1]. Although the attention of the scientific community has focused in past decades

on the burden and consequences of P. falciparum infections [2,3], in recent years

there has been a renewed interest in P. vivax-associated morbidity, as a result of the

increasing report of its potential hazards to health [4-7].

P. vivax is the most geographically widespread parasite causing malaria in humans,

with over 2.5 billion individuals exposed to the risk of infection; it is the predominant

species in Latin America and some areas of the Asian and Pacific regions [1,8]. In a

context of renewed and intensified commitment of the international community

towards malaria eradication [4,9,10], a surge of interest has emerged regarding this

species, possibly because of the major challenges posed for its control, ensuing from

its poorly understood ability to present clinical relapses [5,10], but also due to its

capacity to cause a more complicated disease [11-13]. P. vivax benign clinical

course has now been completely reconsidered, as the evidence of life-threatening

disease has been reported from diverse endemic areas, such as Latin America

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141

[7,14,15], India [16,17], and Southeast Asia and the Pacific regions [18,19]. In spite

of the World Health Organization (WHO) recognition as early as 2006 of the potential

of P. vivax to cause severe disease [20], there are still several gaps in knowledge to

be filled [5,11,21,22].

The diverse range and rate of occurrence of clinical complications associated to P.

vivax infection widely differ according to reports from different endemic regions,

suggesting that many unaccounted factors, including those related to the parasite,

the host, or the context in which the infection is produced may interact in causing the

clinical presentation [12]. Indeed not all endemic areas have been reporting severity

attributed to infection with this parasite, such as the Thailand-Myanmar border,

where severity was reported only very recently [23]. In the absence of adequate

experimental models, or the paucity of postmortem samples to further elucidate the

pathophysiology of this infection [5,13,24], systematic multisite clinical studies

become a unique opportunity to better understand this geographic variability and

characterize the severe vivax malaria syndrome. Indeed, comprehensive reviews of

the literature demonstrate that severe vivax malaria occurrence is an old, and not

infrequent, phenomenon that was not being properly recognized [12,25,26].

We have used a common protocol in order to prospectively follow vivax malaria

patients admitted to two distinct reference centers located in Brazil and India, aiming

to comprehensively characterize and compare the clinical complications of P. vivax

infection.

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142

Methods

Study sites

The enrollment of cases was performed at two different reference tertiary hospitals

located in Brazil and India. Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado

(FMT-HVD) is located in the city of Manaus, in the Brazilian Western Amazon, with

150 beds for hospitalization. This hospital is the reference tropical medicine and

infectious disease center for the area, and receives patients from all over the

Amazonas state, referred or not to this service. Admission is free of charge, and

admission criteria for malaria patients are any clinical complications suggestive of

severe malaria, or complications impacting proper antimalarial treatment, such as

severe vomiting. Six other hospitals in town are the reference for pediatric diseases.

Anopheles darlingi is the major malaria vector in the region, with transmission

occurring continuously throughout the year with peaks in the beginning of the dry

and the wet season. In recent years there has been a decrease in the number of

reported episodes paralleled to an increase in the proportion of cases attributed to P.

vivax, which is now responsible for more than 90% of cases of malaria in the region

[27]. Sardar Patel Medical College (SPMC) hospital is located in Bikaner in the

Rajasthan state of India, where, as a result of environmental and climatic reasons,

malaria transmission has a well-defined seasonal pattern with practically no cases

being reported during the dry season, and P. vivax is responsible for 50% of the

cases [28]. An. stephensi, An. culifascies, and An. annularis are the major malaria

vectors in the region (Figure 1). The hospital includes around 500 beds for

hospitalization in general, and a specific malaria ward, which remains closed except

for the duration of the malaria season. The hospital receives referrals from the entire

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143

Rajasthan state, although other hospitals (including private ones) are also available

for patients in the area. Admission is free with the exception of certain subsidized

procedures, and during the malaria season most of the patients are routinely

admitted to this ward, often because they are being referred. Neither of the two

hospitals is a specifically pediatric referral center, although pediatric patients may be

admitted in both.

Figure 1. Epidemiological profile of the two studied sites: P. vivax 2010 annual

parasite index in Brazil (A) and India (B) (reproduced from the Malaria Atlas

Project [8]); malaria transmission scenarios in the rainforest, Manaus, Brazil

(C) and in the desert, Bikaner, India (D); reference tertiary care center façades

in Manaus (E) and Bikaner (F).

Study design and patient selection

This was a hospital-based study of patients admitted with vivax malaria at the two

study centers, regional references mostly for the adult population. Enrollment in

Manaus occurred in two distinct periods (between April 2009 and March 2010, and

between January 2011 and December 2011), while in Bikaner patients were

recruited between August 2009 and October 2010. All initial microscopy-confirmed

P. vivax infections (or patients with negative thick blood smears (TBSs) but with

history of previous recent diagnosis in use of antimalarials) requiring admission, at

clinician’s discretion (for example, for the presence of jaundice, thrombocytopenia,

bleeding, vomiting, diarrhea, abdominal pain, non-lithiasic cholecystitis, spleen

rupture, or overall compromised clinical status), regardless of age, were eligible for

enrollment provided patients or their legal representatives signed an informed

consent. All enrolled patients were hospitalized in separate wards designed for

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144

clinical research and were followed and evaluated daily until discharge, when the

final outcome of each case was registered after consensual discussion performed by

the clinical team involved in the study.

The same protocol for clinical and laboratory investigations was applied at both sites,

including standard operating procedures (SOPs) and questionnaires. The study

procedures were standardized and supervised by co-investigators from both sites

and supervised by study monitors from ISGlobal (authors QB and CG) to minimize

potential discrepancies in their application.

Clinical evaluation and management

At enrollment all patients underwent an initial comprehensive clinical assessment

based on a clinical history and physical examination. Data were prospectively

collected using a standardized questionnaire, which included the description of the

duration and intensity of the clinical symptoms, a thorough clinical examination, and

complementary tests (complete blood cell count and biochemical analyses). The

history of previous malaria infections and antimalarial use was obtained through

medical history and health surveillance and health unit records revision. Blood

samples were collected for PCR confirmation of P. vivax mono-infection and for a

detailed evaluation of coexisting acute and chronic morbidities, when suspected by

the clinicians, while women of reproductive age were additionally tested routinely for

their pregnancy status. When available at each site, and according to individual

clinical presentation, imaging exams were performed, such as abdominal or trans-

vaginal ultrasound, computerized tomography, and fundoscopy. Treatment was

provided according to WHO recommendations and national guidelines, with the use

of chloroquine (25 mg/kg over 3 days) in non-complicated patients, or parenteral

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145

artemether or artesunate in patients with suspicion of severe malaria or severe

vomiting, followed by primaquine (3.5 mg/kg over 7 days in Brazil, and over 14 days

in India) [29,30]. In India, patients with severe criteria were also systematically

prescribed wide spectrum antibiotics upon admission. Clinical assessments and TBS

were performed on a daily basis. Additional and follow-up laboratory tests were

performed at the physician’s discretion.

Diagnosis of malaria

For the diagnosis and quantification of parasitemia, the TBS was prepared as

recommended by the Walker technique [31]. In addition to the reading performed for

patients’ diagnosis, each blood slide was analyzed independently by two

microscopists. A slide was recorded as negative if no parasite was detected in the

200-field reading. If parasites were detected on the slide, quantification was

performed by counting the number of asexual and sexual parasites until either 500

leukocytes or 500 parasites were counted (whichever occurred first). In case of

discordance (species-specific, or in the density quantification whenever discrepancy

was higher than 10%), a third reading was performed by a different microscopist.

The parasite density was calculated by the arithmetic mean of two concordant

readings and the white blood cell count obtained from the total blood count analysis

as previously described [32]. In addition, species-specific real-time PCR for

Plasmodium was performed to confirm P. vivax mono-infection status and exclude P.

falciparum co-infection. P. malariae was not tested considering previous data from

both sites confirming the absence of circulation of this species in the study areas.

The extraction of total DNA from whole blood was performed using the QIAamp DNA

144 Blood Mini Kit® (Qiagen, USA), according to the manufacturer’s protocol, and

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146

amplification was done in an Applied Biosystems 7500 Fast System® using primers

and TaqMan fluorescence labeled probes [33].

Case definitions and classification

Patients were classified in relation to their clinical symptomatology and laboratory

results. The presence of the WHO-defined severe malaria criteria and syndromes

was systematically assessed at admittance and during the whole length of

hospitalization at both sites, with cases being classified accordingly to the criteria

described in Table 1 [30]. The results for the worst tests were recorded in the Case

Report Form (CRF) and the last results were used for case closure purposes. The

systematic assessment at admission consisted of full blood count, biochemistry

analyses (creatinine, urea, bilirubin, aspartate aminotransferase, alanine

aminotransferase, gamma-glutamyltransferase, albumin, and venous lactate), urine

analysis, pregnancy tests for women between 12 and 50 years of age, and chest X-

rays. We also classified patients according to the number of severe criteria fulfilled

as a proxy of higher severity, for which more specific and easier applicable criteria

[7] were used: severe anemia (hemoglobin <7 g/dL in adults and <5 g/dL in children);

respiratory distress/acute lung injury; circulatory shock (systolic blood pressure < 90

mmHg refractory to fluid); acute renal failure; and cerebral malaria. A cut-off was

decided to categorize cases as more severe if they presented three or more severe

criteria.

Table 1. Demographic and epidemiological characteristics of enrolled patients at both sites

Severe N = 197

Non-severe N = 518

P

Female sex 133 (55.5%) 225 (43.5%) 0.003

Age < 12 years old 10 (5.1%) 23 (5.0%) 0.422

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147

Duration of fever (days): Mean (SD) 5.4 (3.8) 5.7 (7.1) 0.453*

First malarial infection 27 (12.7%) 88 (16.5%) 0.187

Antimalarials in the preceding 30 days 41 (18.6%) 78 (14.2%) 0.030

Geometric mean P. vivax density on admission (parasites/mm3; 95%CI) ¶

2,267 (1,872-2,745)

1,902 (1,667-2,169)

<0.001

Pregnancy (among females of reproductive age)

37/114 (32.5%) 97/227 (18.5%)

0.004

Any co-morbidity 31 (15.9%) 92 (17.8%) 0.527

Heart rate (beats/min): Mean (SD) 87.1 (12.8) 85.0 (11.8) 0.032*

Respiratory rate (breaths/min): Mean (SD) 18.8 (4.0) 19.4 (4.9) 0.126*

Temperature (°C): Mean (SD) 37.9 (1.1) 37.5 (1.1) <0.001*

Hepatomegaly 47 (21.6%) 141 (25.8%) 0.217

Splenomegaly 68 (31.2%) 131 (24.0%) 0.041

Hemoglobin (g/dL): Mean (SD) 7.7 (3.1) 10.9 (2.6) <0.001*

White blood cell count (x 1,000 cells/mm3): Mean (SD)

8.6 (10.4) 6.5 (3.8) <0.001*

Platelets (x 1,000 cells/mm3): Mean (SD) 74.1 (88.9) 72.5 (90.9) 0.824*

Creatinine (mg/dL): Mean (SD) 1.4 (1.6) 0.9 (0.4) <0.001*

Urea (mg/dL) : Mean (SD) 51.2 (49.7) 38.9 (20.3) <0.001*

Total bilirubin (mg/dL): Mean (SD) 2.9 (5.9) 2.2 (3.5) 0.0498*

ALT (U/L): Mean (SD) 50.5 (85.6) 42.2 (81.3) 0.222*

Lactate (mmol/L): Mean (SD) 5.0 (13.4) 2.0 (2.5) 0.010*

P-value obtained by chi-square test or Student t test with the latter identified (*); ¶ restricted to patients without prior exposure to antimalarials (P-value derived from Poisson regression).

Table 2. Description of chronic and acute co-morbidities diagnosed in P. vivax-infected patients admitted to two reference centers in Brazil and India

n

Chronic co-morbidities* 84

Arterial hypertension 34

Diabetes 28

Chronic hepatitis C infection1 14

HIV/AIDS2 8

Chronic hepatitis B infection3 8

Chronic renal failure 2

Acute co-morbidities and investigations 87

Blood culture

Dengue fever4 68

Pneumonia 9

Enteric fever 3

Lepstopirosis5 2

Hepatitis A infection6 2

Varicella-zoster virus meningoencephalitis 1

Sickle cell disease crisis 1

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148

Diphteria 1 1Defined by positive anti-HCV serology; 2defined by serology; 3defined by positive HBsAg; 4defined by positive PCR and/or NS1 test; 5defined by positive IgM; 6defined by positive IgM anti-HAV. *Uncertain denominators as investigations were made at attending physician’s discretion.

The performance of additional investigations for co-morbidities was triggered either

for specific manifestations and/or at the physician’s discretion. These criteria

included: i) severe anemia: hemoglobinopathies investigation and glucose-6-

phosphate dehydrogenase (G6PD) assessments, and abdominal ultrasound; ii)

respiratory distress: chest X-rays, blood gas, chest computerized tomography (CT)

scan, and blood cultures; iii) ALT. 200 U/L: serology against hepatitis A, hepatitis E

(only in India), and dengue; iv) creatinine > 3 mg/dL: renal ultrasound, 24-h

proteinuria measurement and creatinine clearance; v) cerebral malaria: CT scan and

lumbar puncture (if not contraindicated); and vi) severe abdominal pain: abdominal

ultrasound. HIV testing (serology) was conducted for all admitted patients.

Additionally, co-infection with dengue fever (by serology and PCR), and leptospirosis

(serology) were systematically investigated in all admitted patients in Manaus. Blood

cultures were performed in Bikaner, although samples were collected after patients

had been started on antibiotics, a practice which is routine among patients with

severity criteria. In Manaus, two blood culture samples were drawn for all admitted

patients with severe criteria (10 mL of blood). Chronic co-morbidities were

determined based on patients’ provided information and assessment of medical

records. For these analyses, patients admitted due to primaquine-induced hemolysis

(only observed in Manaus) were excluded, and the details concerning its

presentation and outcomes will be presented in a separate publication (in

preparation).

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149

Statistical analysis

All the data were double entered in forms designed in the Open Clinica® online

platform, with the discordances and inconsistencies corrected according to a pre-

established protocol. Only hospitalized patients with PCR-confirmed P. vivax mono-

infection were included for the analyses. The demographic and clinical

characteristics of patients were described in terms of proportions and compared

using the chi-square or Fisher test as appropriate. Unadjusted simple logistic

regression analyses were also performed considering different outcomes, especially

the fulfillment of WHO severe criteria for P. falaciparum [20] and death. Further

description and analyses were performed for each of the main severe complications

observed in order to provide a broader picture of the clinical spectrum of this

infection. Unadjusted linear regression was undertaken to explore the association

between number of severe criteria and risk factors. Multiple analyses were not

performed, because the sample size did not offer sufficient power for that purpose.

The diagnostic performance of laboratorial parameters for identifying severity or

multiplicity of severity criteria was assessed by means of receiver operating

characteristic (ROC) curves. The analyses were performed using SPSS® version

16.0 for Windows (SPSS Inc. ® Chicago, IL, USA) and Stata version 13.1

(StataCorp®, College Station, TX, USA).

Ethical considerations

The study was approved by the Ethics Review Board (ERB) of Hospital Clínic,

Barcelona, Spain (4510/2008), the ERB of Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor

Vieira Dourado, Manaus, Brazil (1943/2008), the National Brazilian Committee of

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150

Ethics (CONEP) (343/2009), and the ERB of Sardar Patel Medical College &

Associated Groups of Hospitals, Bikaner, India (24/12/2008).

Results

Study subjects

During the study period, 316 and 462 patients were admitted with vivax malaria in

Manaus and Bikaner respectively (Figure 2) with three and seven associated

fatalities per site. Among the patients with fatal outcome, there was a predominance

of women (eight patients), four of them pregnant, with patients from Manaus

presenting higher age and number of co-morbidities compared to Bikaner. The

characteristics of the 10 patients with fatal outcome are presented in Additional file 1:

Table S1. Only in Manaus was P. falciparum/P. vivax co-infection seen in one patient

with severe criteria. Among patients without WHO criteria, no deaths were observed.

On admission, 24 patients had a negative TBS, all of them having initiated

antimalarials in other health units, of which PCR was positive for P. vivax in 14 of

them. There were 47 patients admitted in Manaus due to primaquine-associated

hemolysis and associated complications, all of them with G6PD deficiency, with no

patient being diagnosed with this condition in Bikaner.

Figure 2. Number of diagnosed, hospitalized, severe, and deceased patients

with P. vivax malaria, during the study period in Manaus (A) and Bikaner (B).

{AU Query: Please see 2 lines below in the next paragraph. Instead of Table 1,

should we refer to Table 3?} – Yes, thank you!

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151

Regardless of the frequency of specific complications, in Manaus more patients with

co-morbidities were admitted, however with similar proportion of deaths (Table 3).

Antibiotics were administered to 24 patients in Manaus, for treatment of pneumonia

in 16 patients, cellulitis in 4 patients, amebiasis in 2, and enteritis in 2. Although

blood and urine cultures were obtained from all these patients prior to therapy, only

in one patient was a microorganism identified (Staphylococcus aureus associated

with cellulitis). In Bikaner, antibiotics were administered to 230 patients (with 62.7%

of those with at least one severe criterion receiving them). Additional investigations

were performed, as aforementioned, at physicians’ discretion or triggered by specific

manifestations, limiting the estimation of its occurrence within the study population.

The main chronic and acute co-morbidities diagnosed in these patients are

described in Table 3. Dengue fever co-infection, due to its high occurrence and

public health importance in Manaus, has been described in another publication [34].

Table 3. Epidemiological and clinical characteristics of P. vivax patients admitted to tertiary care centers in Brazil and India, with the diagnosis of severe malaria according to WHO criteria

Manaus (Brazil) Bikaner (India) P

Demographic and epidemiological characteristics

Female sex 16/40 (40.0%) 98/157 (62.4%) 0.010

Age <12 years old 7/40 (17.5%) 3/157 (1.9%) <0.001

First malarial infection 25/40 (62.5%) 149/150 (99.3%)

<0.001

Pregnancy (among females of reproductive age)

11/16 (68.8%) 67/98 (68.4%) 0.976

Clinical characteristics

Severe anemia (Hb < 5 g/dl if age < 12 and Hb < 7 if age ≥ 12)

19/40 (47.5%) 83/157 (53.2%) 0.519

Acute renal failure (Creatinine > 3 mg/dL and/or urinary output < 0.5 ml/kg/h for 6 hours)

9/40 (22.5%) 18/157 (11.5%) 0.073*

Hyperlactatemia (lactate > 5 mmol/L)

5/40 (15.2%) 4/157 (2.6%) 0.343*

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152

Respiratory distress (PaO2/FiO2 ≤ 300 mmHg and/or bilateral opacities on X-ray)

7/40 (17.5%) 5/157 (3.2%) 0.002*

Hypoglycemia (blood glucose < 40 mg/dL)

4/40 (10.0%) 1/157 (0.7%) 0.001*

Shock (SBP > 90 mmHg refractory to fluid resuscitation)

3/40 (7.6%) 7/157 (4.6%) 0.463*

DIC (prolonged aPTT, platelet < 50x109/L and elevated FDP)

2/40 (5.0%) 0/157 (0%) 0.005*

Cerebral malaria GCS ≤ 9 in adults or BCS ≤ 2 in children and/or repeated convulsions)

1/40 (2.5%) 5/157 (3.2%) 0.817*

Two or more complications 20/40 (50.0%) 75/157 (47.8%) 0.801

Three or more complications 5/40 (12.5%) 16/157 (10.2%) 0.673*

Presence of any other acute co-morbidity 6/40 (15.0%) 6/157 (0.6%) <0.001*

Presence of any chronic co-morbidity 14/40 (35.0%) 4/157 (2.5%) <0.001*

Death 3/40 (7.5%) 7/157 (4.4%) 0.434*

P-value obtained by chi-square test or Fisher test with the latter identified (*); Hb, hemoglobin; PaO2, partial pressure of arterial oxygen; FiO2, fraction of inspired oxygen; SBP, systolic blood pressure; DIC, disseminated intravascular coagulation; aPTT, activated partial thromboplastin time; FDP, fibrinogen degradation product; GCS, Glasgow Coma Scale; BCS, Blantyre Coma Scale.

Clinical manifestations and severity

Patients presented a varied array of clinical complications associated with P. vivax

mono-infection, including atypical complications seen only on imaging exams.

Anemia was the more frequent complication at both sites, followed by acute renal

failure. Respiratory distress, hyperlactatemia, hypoglycemia, and disseminated

intravascular coagulation, although rare, were mostly seen in Manaus (Table 2).

There was a higher proportion of patients presenting with three or more

complications in Bikaner compared to Manaus (16.2% versus 10.7%, respectively; P

= 0.063), with no further discrepancies observed between sites.

For the outcome of presenting at least one of the WHO severe malaria criteria, there

was association with female gender, first malarial infection, and pregnancy. For

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153

multiple severity criteria, the only variable showing evidence of association was the

presence of chronic co-morbidity, with borderline evidence for an association with

both pregnancy status and female gender. There was evidence of association of

female gender as a risk factor for death among P. vivax admitted patients, and

although the proportions of individuals with chronic co-morbidities and non-pregnant

women were higher among the patients who died, the differences were not

meaningful and the lack of power needs to be taken into consideration (Table 4).

Similar findings resulted when the same analysis was performed per site (data not

shown). Further characterization of specific manifestations is shown below. An

additional linear regression analysis on the association with the number of severe

criteria in each patient with the same investigated risk factors was also undertaken,

with the only variables with significant association being female gender (coefficient =

0.45; P = 0.001), pregnancy status (coefficient = 0.81; P = 0.002), and the presence

of any chronic co-morbidity (coefficient = 0.45; P = 0.049).

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154

Table 4. Univariate analysis of risk factors associated to WHO severe disease, three or more severity criteria, and death, in P. vivax patients admitted to two tertiary care centers in Brazil and India

Severe n/N (%) Non-severe n/N (%)

OR (95%CI) P Presence of three or more severe criteria n/N (%)

Absence of three or more severe criteria n/N (%)

OR (95%CI) P Dead n/N (%) Survived n/N (%)

OR (95%CI) P

Female gender 114/197 (57.9) 230/518 (44.4) 1,7 (1.2-2.4) 0.001 14/21 (66.7) 330/694 (47.6) 1.7 (1.1-2.7) 0.022 8/10 (80.0) 336/705 (47.7) 2.6 (0.8-8.4) 0.119

Age < 12 years old 10/197 (5.1) 21/518 (4.0) 1.3 (0.6-2.9) 0.476 2/21 (9.5) 25/694 (3.6) 1.3 (0.4-4.5) 0.647 0/10 (0) 27/705 (3.8) - 0.440

First malarial infection 174/190 (91.6) 431/501 (86.0) 1.8 (1.1-3.1) 0.044 3/20 (15.0) 83/671 (12.4) 1.0 (0.5-2.2) 0.725 7/10 (70.0) 598/681 (87.8%)

0.3 (0.1-1.3) 0.090

Pregnancy¶ 36/114 (31.6) 40/230 (17.4) 2.3 (1.3-3.8) 0.003 8/14 (57.1) 65/330 (19.7) 3.2 (1.7-6.1) <0.001 4/8 (50.0) 78/336 (23.3) 2.6 (0.7-10.1) 0.157

Peripheral parasitemia >5,110 parasites/mm3*

18/98 (18.4) 43/149 (28.9) 0.6 (0.3-1.0) 0.063 10/46 (21.7) 51/201 (25.4) 0.8 (0.4-1.8) 0.607 4/9 (44.4) 57/238 (24.0) 2.5 (0.7-9.8) 0.175

Duration of fever prior to admission >7 days

32/197 (16.5) 156/517 (30.3) 0.5 (0.3-0.8) 0.008 2/21 (12.0%) 157/694 (22.7) 0.5 (0.2-1.2) 0.098 1/10 (10.0) 184/705 (26.2) 0.4 (0.1-2.9) 0.329

Presence of any acute co-morbidity 7/197 (3.6) 31/518 (6.0) 0.7 (0.3-1.6) 0.439 4/21 (19.0) 38/694 (5.5) 1.3 (0.4-3.9) 0.648 2/10 (20.0) 38/705 (5.4) 5.3 (0.7-24.0) 0.084

Presence of any chronic co-morbidity

18/197 (9.1) 60/518 (11.6) 0.9 (0.5-1.4) 0.349 6/21 (28.6) 72/674 (10.4) 1.1 (0.5-2.0) 0.008 3/10 (30.0) 75/705 (10.6) 4.0 (1.2-13.3) 0.051*

¶ Analysis restricted to women of reproductive age (12-50 years-old); * restricted to patients not in use of antimalarials at the initial assessment (5,110 parasites/mm3 was the

lower limit of the highest quartile).

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155

Severe anemia

Severe anemia was the most common clinical complication at both sites, occurring

among 102 (51.8%) of the admitted patients, with a higher proportion of females

compared to males (18.6% versus 5.0%; P < 0.001), with more pregnant women

presenting severe anemia (37.2% versus 19.1%; P = 0.001). Surprisingly, age, chronic

co-morbidities, previous malaria history, and report of antimalarial use in the preceding

30 days were not associated with severe anemia. The proportion of patients presenting

with jaundice, splenomegaly, and hepatomegaly did not differ between patients with and

without severe anemia. No hemoglobinopathies were detected among our cohort,

reflecting the low prevalence in both study areas. Blood transfusions were administered

to 69 patients, corresponding to 67.6% of individuals fulfilling the severe anemia criteria,

illustrating its effectiveness in identifying the most severe cases. Six patients with severe

anemia experienced fatal outcomes (fatality rate = 6.0%).

Acute renal failure

Acute kidney injury was characterized in a total of 27 patients from both sites, 26 above

the age of 12. A similar proportion of both genders was affected, with only two pregnant

women presenting this complication. The mean creatinine at presentation for these

patients was 4.1 mg/dL (SD = 2.8), with 41.1% presenting abnormal renal ultrasound

characterized by hyperechogenicity in the cortex, usually associated with interstitial

nephritis. Dialysis therapy was undertaken in 11 (40.7%) of these patients, with a total of

nine patients being admitted to the ICU and five patients with this complication dying

(fatality rate = 18.5%).

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156

Respiratory distress

Respiratory distress in our series was observed with considerably higher frequency in

Manaus (Table 3). Major changes in chest X-rays were observed for eight patients

(66.7%), mainly characterized by bi-basal interstitial opacities. No children presented with

acute respiratory distress syndrome (ARDS), and there was no association with gender

or pregnancy status in its occurrence. There was, however, strong evidence of

association of ARDS with having initiated antimalarials previously to admission. Six of the

patients presented respiratory distress upon admission, which was characterized as

acute lung injury, and of these five had begun antimalarials within the preceding 72

hours. Two patients developed ARDS as part of a systemic inflammatory response

syndrome with multi-organ dysfunction and subsequent death. One hundred nineteen

patients arrived with the previous diagnosis of P. vivax infection and use of chloroquine

(with or without primaquine) prescribed at other health services. Considering the clinical

presentation on admission, patients who used antimalarials in the preceding 72 hours

were more likely to present with respiratory distress (OR = 10.7; 95%CI 2.1-55.9). Four

patients with ARDS died, resulting in a fatality rate of 33.3%.

Cerebral malaria

Cerebral malaria was characterized, following the WHO guidelines, as impaired

conscience or repeated convulsions. It was more common in India, affecting five patients,

while only one was diagnosed in Brazil (Table 3). Of the six patients with central nervous

system syndromes, four were male, and their ages ranged from 17 to 75 years of age. All

patients had impaired consciousness on admission, with one 22-year-old Indian female

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157

patient also presenting with repeated seizures. Lumbar puncture was performed on three

patients without significant changes in any of them. In one male patient from Manaus,

varicella-zoster virus was identified in the cerebrospinal fluid (there were no changes in

the cerebrospinal fluid analysis). CT scans were performed for three patients without

pathological findings.

Other syndromes

Besides the aforementioned severity criteria, patients also presented with

hyperlactatemia, hypoglycemia, and disseminated intravascular coagulation (Table 3).

Furthermore, clinical complications outside the WHO severe criteria definitions were also

characterized among the admitted patients, such as mild hepatitis (ALT > 200u/mL) in 20

patients, acalculous cholecystitis in 9 patients, and splenic rupture or infarction in 3

patients. From the three cases with spleen-related complications, two were diagnosed

with spleen rupture characterized by very low hemoglobin concentrations (4.7 mg/dL and

4.2 mg/dL) and spleen hematoma observed at the CT scan, while the patient with spleen

infarction, as characterized by both abdominal ultrasound and CT scan, presented with

intense upper right quadrant abdominal pain, with none of them presenting any other

severe manifestation, such as circulatory shock. All of them were managed

conservatively and recovered without further sequelae.

All pregnant women were submitted to obstetric ultrasound and appropriate testing, and

were followed up to determine the pregnancy outcome through a parallel ongoing study

protocol. Apart from one patient presenting subchorionic hematoma with subsequent

abortion at 12 weeks of pregnancy, no other pregnancy-associated complications were

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158

observed on admission. Among the 36 pregnant women with severe manifestations, with

the most common complications being severe anemia (28), ARDS (6), cerebral malaria

(2) and acute kidney injury (2). All four pregnant women who died presented with ARDS,

with three of them also presenting with anemia and one of them also presenting with

acute kidney injury and circulatory shock. Although no autopsies were performed, no

additional causes of death were suggested.

Discriminant performance

The performance of laboratorial tests (hematology, biochemistry, and parasitemia) to

discriminate severe cases, deaths, or cases with multiple severity criteria was assessed

using ROC curves. Except for total serum bilirubin, which presented a reasonable

discriminative performance (AUC = 0.743; 95% CI = 0.611-0.875; P < 0.001), with values

above 2.5 mg/d presenting a sensitivity of 47.0% and a specificity of 96.3%, resulting in

an overall accuracy of 76.7% (Figure 3) no other parameters presented good accuracy

for any of the evaluated outcomes. Parasite density among patients who had not

received antimalarials prior to admission presented a very poor accuracy to discriminate

patients with three or more severity criteria (AUC = 0.538; 95% CI = 0.421-0.657; P >

0.05), as did platelet counts and alanine aminotransferase (AUC = 0.417 and 0.499,

respectively), indicating that these parameters should not be used as criteria to identify

patients with P. vivax-associated complications.

Figure 3. ROC curves depicting the discriminatory performance of peripheral

parasitemia before the use of antimalarials (A) (AUC = 0.538; 95% CI = 0.421-0.657;

P > 0.05); and serum total bilirubin (B) (AUC = 0.743; 95% CI = 0.611-0.875; P <

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159

0.001) for differentiating P. vivax-associated three or more criteria of severity. AUC:

area under the curve; green line: reference.

Discussion

This is, to our knowledge, the first multisite study conducted in two very distinct

geographical areas, trying to comprehensively describe severe vivax malaria cases after

an adequate diagnosis, with PCR confirmation of exclusive P. vivax mono-infection as an

important strength. Through additional investigations, we have been able to identify a

high number of associated co-morbidities, although by not performing a systematic

investigation in all admitted cases from both sites, there was an important limitation on

estimating the prevalence of their occurrence and association with severe syndromes, an

important issue to consider [35,36]. Furthermore, although we have tried to ascertain the

presence of previous chronic co-morbidities through medical interviews and patient

record revisions, the possibility of underreporting and underdiagnosis must be

considered. Indeed, one of the main concerns of the protocol was to exclude

misdiagnosis and co-infection with P. falciparum by applying validated and standardized

molecular methods [33], as microscopy can frequently miss out or even misdiagnose a

varied proportion of cases. Our data provide yet again a robust confirmation of the

potential of this species to cause significant morbidity and even mortality, a fact now

widely recognized by the scientific community and by WHO in its recently published

severe malaria monograph [37]. Indeed, the associated case fatality rate (CFR) among

admitted patients to the study in the Brazilian Amazon (0.9%) and Indian Rajasthan

(1.5%) is not negligible, and is comparable to CFRs previously described in Papua New

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160

Guinea [38] and Indonesia [18], and not too dissimilar to those for P. falciparum in Africa

[2]. These findings must be taken cautiously, as the low incidence of P. falciparum in the

study areas and the hospital-based design can limit comparisons and estimates of

community CFRs. However, when compared the overall hospitalization and fatality rates,

a striking difference could be observed between Manaus and Bikaner, as the latter

presented much higher rates, up to 20-fold higher for fatality.

Conducting multisite studies allows for an active comparison of the different clinical

complications and associated rates that would be expected by the very distinct

demographic, socioeconomic characteristics, health systems features, and, especially,

the local malaria transmission dynamics in the different P. vivax endemic areas. The

influence of these factors could already be observed by comparing the descriptions of

clinical epidemiology of complications associated with this infection from different sites,

showing that in areas of higher transmission intensities, children are the most frequently

affected population [18,19,39,40], while in areas of moderate and low intensities, adults

contribute more to the proportion of severe cases [7,14,41]. Our study highlighted many

of these differences. For instance, when comparing patients hospitalized at both sites,

there was evidence that the higher proportion of patients being admitted in India was

secondary to a higher frequency of first malarial infections in that location, reflecting

distinctive transmission dynamics, including a differential pattern of relapse rates that

could contribute to some degree of clinical immunity among Brazilian patients [42,43].

The spectrum of clinical complications in both sites was broadly similar, with severe

anemia being by far the most frequent of the complications, as previously described in

other P. vivax endemic settings [14,17,18,44], and followed by acute renal failure, a

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161

complication that seems to be particularly frequent in the two countries where the study

was conducted albeit rare elsewhere [37]. The presence of three or more severity criteria

was also frequent and common at both sites. The proportion of severe malaria cases with

acute lung injury/respiratory distress was, however, significantly higher among Brazilian

patients. This particular difference could be due to a number of factors, including a higher

proportion of Indian patients being systematically treated with antibiotics, or differences in

parasite virulence or host genetics, which could not be assessed in this study and should

be considered in future studies. However, our data point to the beginning of antimalarial

treatment as a triggering phenomenon of respiratory distress, which needs further

investigation. There were only six episodes of cerebral malaria among our patients, with

one of them presenting co-infection with varicella-zoster virus (VZV) isolated by PCR

from the CSF, in agreement with data from other settings showing low rates of

occurrence [45].

There were 10 deaths among our admitted patients’ series, and although there was low

power for assessment of prognostic factors, there was evidence that female gender

(probably confounded by the risk conferred by pregnancy) and chronic co-morbidities

were associated with a higher risk of dying. One of the most striking findings in this study

was the confirmation that pregnancy seems to be a clear risk factor for severe vivax

malaria and even for death (despite being only borderline significant). It has been argued

that, unlike P. falciparum, P. vivax rarely causes severe malaria in pregnant women

[37,46-48]; however, our series confirms a very high and almost identical proportion

(above 2/3 in both sites) of pregnancies among the cases of severe malaria occurring in

women of reproductive age, and four maternal deaths (all occurring in Bikaner). Pregnant

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162

women were systematically evaluated for obstetric complications, allowing us to diagnose

an abortion occurring as a consequence of a subchorionic hematoma which we attributed

to a malaria-related complication, leading us to hypothesize that further studies aimed at

this population could properly detect and estimate the pregnancy-related burden of P.

vivax infection. We were also able to detect the frequent occurrence of pregnancy-related

complications such as subchorionic hematoma. On the other hand, the histopathological

evidence in the literature points to minor damage of P. vivax-infected placentas [49,50].

Ongoing studies specifically targeting malaria in pregnancy in malaria endemic areas

should help clarify the specific contribution of this parasite in causing maternal morbidity

and death.

The occurrence of co-morbidities has been associated with higher morbidity of malaria in

different African locations, starting with HIV infection but also including other viral and

bacterial co-infections [51-54], stressing the importance of investigating their occurrence

and possibly promoting joint management strategies for common concurrent conditions in

many tropical areas [55]. Bacterial systemic concurrent infections were rarely observed in

Manaus, which could be a potential reflection that among adult patients the concomitant

occurrence of bacterial infection seems much rarer than that among P. falciparum-

infected children [56]. Yet other studies have reported similar rates affecting both age

groups [57], in which factors associated with each setting could be playing a higher role,

a topic we could not explore due to the systematic use of antibiotics in Bikaner. There

were, however, important differences in the prevalence of co-morbidities in Manaus and

Bikaner, with the former presenting considerably higher frequencies of both acute and

chronic illnesses. The difference in the observed proportions of co-morbidities between

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malaria endemic areas is a reflection of the local epidemiology influenced by the

demographic and socioeconomic structures, and also of the health systems’ capacities to

diagnose and detect concomitant illnesses. Previous studies from the Brazilian Amazon

region had already described the joint occurrence of malaria simultaneously with other

health conditions, either acting as a contributing factor for severe manifestation or

eventually being an incidental finding in patients with other severe diseases leading to

critical illness or even fatal outcomes [14,25, 58]. In a scenario where many tropical

regions are facing epidemiological transition, the occurrence of P. vivax infection in

individuals with chronic diseases is likely to become an important problem in these areas

[59-61], putting a great deal of stress on and requiring effective recognition and

management by local health systems.

We have been able to characterize a diverse range of clinical complications among the

included patients, including a higher risk for death among the patients developing ARDS,

which was more frequent in patients who had started antimalarials prior to hospitalization,

similar to previously described cases [12,62]. Other clinical syndromes were also

observed to occur with considerable frequency, noteworthy anemia requiring transfusion

and acute renal failure, with cerebral malaria remaining a rare and intriguing

manifestation within this infection [45]. The WHO severe malaria criteria were initially

developed to identify individuals with P. falciparum infection at higher risk of death [63],

and there have been discussions among experts on the need to define specific severity

criteria to be applied for P. vivax infection. Our study demonstrates that the application of

the WHO criteria can reliably identify the patients at higher risk of complications, who

therefore require more urgent and intensive care, which further agrees with previous

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164

pediatric data from the same research group [15]. A comprehensive analysis of the array

of complications observed among the patients in our study and in the published literature

provides reassurance of these findings by demonstrating that the spectrum of clinical

manifestations is broadly covered by these definitions [12, 25], with unusual

manifestations being rarely reported. However, it seems important to highlight that

severity derived from the use of primaquine among G6PD-deficient individuals, or splenic

rupture, two well-known complications mostly seen in vivax infections [58,64], are not

included in the current WHO definitions and should be carefully considered by clinicians

working in vivax endemic areas. Furthermore, one must consider that in primary and

community healthcare units, the characterization of the fulfillment of all WHO criteria is

not possible due to the unavailability of laboratory facilities. More easily applicable

guidelines to identify severely ill patients regardless of etiology must be used by health

professionals to assist with decisions on referral or more aggressive management.

Although it is not currently possible to reliably estimate the total parasite biomass in P.

vivax infection due to the difficulty of assessing the extent of cytoadhesion [65] and

spleen sequestration [66], we were able to observe that parasite densities within the

higher quartile were associated with higher risk of severity. Among the clinical and

laboratory markers, only total bilirubin presented a high discriminative performance to

identify more than three criteria of severe disease, showing that although jaundice was

justifiably excluded from the WHO severe malaria criteria, it still has an important

prognostic value and should not be dismissed by health professionals in their initial

assessment of P. vivax-infected patients. Intense abdominal pain and low hemoglobin

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165

levels should prompt health professionals to consider the diagnosis of spleen rupture or

infarction and take the appropriate diagnostic and management procedures [64].

Our study has some clear limitations that need to be addressed. We decided to focus on

providing a more comprehensive description of the clinical manifestations and

complications associated with P. vivax infection in detriment to comparing disease

expression between sites due to lack of adequate power and heterogeneity of

procedures, undermining what could have been an important output from this study. The

unrepresentativeness of children at both sites probably reflects the fact that neither of the

sites is a reference center for pediatric populations, albeit publications from both locations

have previously described severe manifestation among P. vivax-infected children [15,16].

The fact that the decisions to admit patients were made at the attending physician’s

discretion may have resulted in added selection bias, which we tried to minimize by

applying the WHO severe malaria criteria and determining the occurrence of more than

three criteria (as a surrogate for more severe disease). Note also that there are important

differences in the health system organization as well as particular disparities in the

management of cases, such as for example the systematic use of antibiotics upon

admission in India. Ensuring that both sites followed the common protocol proved also to

be challenging, and in some cases probably hinders some of the comparisons in this

study, especially regarding the presence of co-morbidities, such as malnutrition and other

co-infections. Also, by not systematically measuring some immune molecules that have

been associated with clinical complications of this infection, such as superoxide

dismutase-1 [67], an opportunity was missed to properly evaluate the prognostic value of

some promising biomarkers that could be of potential utility for future case management.

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166

Conclusions

This study has provided robust evidence asserting the role of P. vivax as a cause of

severe human disease and death. Indeed, this infection commonly progresses with

severe manifestations, and the development of severe symptomatology seems to be

more frequent among females, pregnant women, individuals presenting with their first

malarial infection, and those with acute or chronic co-morbidities. Although the overall the

overall fatality rates are in consonance with findings from other P. vivax endemic areas,

we observed differences between sites on specific disease manifestations and outcomes,

which still require further and more comprehensive studies to be conducted to better

elucidate the mechanisms and factors influencing disease expression. Only by

understanding the underlying pathophysiological mechanisms by which this species

initiates and modifies organ functions, ultimately leading to clinical disease, as well as the

role of the socioeconomic and health systems, will we be able to start answering the

many pending questions related to this never-to-be-called-again benign parasite.

Competing interests

The authors declare that they have no competing interests.

Authors’ contributions

Conceived and designed the study: MVGL, DK, HP, CG, PA, and QB. Performed the experiments: AMS, BMLM, MPGM, GCM, MAAA, MGCA, SK, AK, and KN. Enrolled patients: AMS, BMLM, MAAA, SK, AK, and KN. Analyzed the data: AMS, MVGL, and

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QB. Wrote the first draft of the manuscript: AMS and MVGL. All authors read and approved the final manuscript.

Acknowledgments

The Clinical Research Ward in Manaus, where patients from this study were hospitalized, was supported by the Brazilian Network of Clinical Research (RNPC), the Projects and Studies Funding Agency (FINEP), and the Innovation in Neglected Diseases National Institute of Science and Technology (INCT-IDN), coordinated by Dr. Carlos Morel. Thanks to Prof. Simon Hay, for providing the P. vivax malaria maps used in this publication (Malaria Atlas Project: http://www.map.ox.ac.uk/) from India and Brazil. This paper is dedicated to El Molí de Vent (Sant Andreu de Llavaneres, Catalonia, Spain).

Funding

This work was mainly supported by Fundació Cellex, and also by PRONEX Malaria Network, funded by the Brazilian Ministry of Science and Technology (MCT), the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), the Brazilian Ministry of Health (DECIT/SCTIE/MS), and the Research Support Foundation of Amazonas (FAPEAM) (grant 555.666/2009-3). MVGL is a level 1 CNPq fellow and HAP is also funded by Science without Borders (CsF), from CNPq. QB has a fellowship from the program Miguel Servet of the ISCIII (grant number: CP11/00269). The funders had no role in the study design, data collection and analysis, decision to publish, or preparation of the manuscript.

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Figures

Figure 1. Epidemiological

profile of the two studied

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sites: P. vivax 2010 Annual Parasite Index in Brazil (A) and India (B); malaria

transmission scenarios in the rainforest, Manaus, Brazil (C) and in the desert, Bikaner,

India (D); reference tertiary care centers’ façades in Manaus (E) and Bikaner (F).

Figure 2. Number of diagnosed, hospitalized, severe and deceased patients with P. vivax

malaria, during the period of the study, in both Manaus (A) and Bikaner (B).

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Figure 3. ROC curves depicting the discriminatory performance of peripheral parasitemia

before the use of antimalarials (A) (AUC=0.538; 95% CI=0.421-0.657; p>0.05); and

serum total bilirubin (B) (AUC=0.743; 95% CI=0.611-0.875; cut-off=2.5mg/dL; p<0.001)

for differentiating P. vivax-associated three or more criteria of severity. AUC: area under

the curve; green line: reference.

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Supplementary Table 1 . Demographic and clinical characteristics of patients admitted with P. vivax infection that presented fatal outcome

Gender Parasite density at arrival (parasites/mm3)

Previous malaria infection

Days of disease previous to admission

Number of severe WHO criteria

Previous Comorbidities / Concomitant Conditions

Days from admission to death

Presumed mechanism of death

Manaus, Brazil

M Negative * Yes 9 2 No 0.5 SA and ARF F 41251.6 Yes 3 9 Hypertension 14 Subarachnoid

hemorrhage F 995.2 Yes 3 12 Pneumonia 1 MODS

Bikaner, India

F 4850.2 No 10 9 No 6 MODS

M 22140.0 No 5 5 No 2 ARF, MODS

F 11537.8 No 4 4 Pregnant 6 ARDS, ARF

F 804.3 No 4 10 Pregnant 19 ARDS, ARF

F 11443.6 No 4 4 Pregnant 1 ARDS, CM

F 1633.8 No 5 8 Pregnant 10 ARDS, CM

F 8318.0 No 5 4 No 0 ARDS, MODS

The age range of patients was 21-75 years of age (individual data suppress to preserve anonymity); * Received antimalarial previous to admission; SA- severe anemia; MODS – multiple organ dysfunction syndrome; ARF – acute renal failure; CM – cerebral malaria

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4.6. ARTIGO 6

4.6.1. SPLEEN RUPTURE IN A CASE OF UNTREATED PLASMODIUM VIVAX INFECTION

Machado Siqueira, A., B. M. Lopes Magalhaes, G. Cardoso Melo, M. Ferrer, P. Castillo, L. Martin-Jaular, C. Fernandez-

Becerra, J. Ordi, A. Martinez, M. V. Lacerda and H. A. del Portillo (2012). "Spleen rupture in a case of untreated

Plasmodium vivax infection." PLoS Negl Trop Dis 6(12): e1934.

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Table S1. Phenotypic in situ characterization of cells in the spleen of the P. vivax

patient.

MARKER APPLICATION MAIN FINDINGS

CD20, CD79a B-cell lineage Mild follicular hyperplasia

CD10, bcl-6 Follicular center cells Mild follicular hyperplasia

CD68 KP1 Monocytes,

macrophages and

myeloid cells

Expansion monocytes and

macrophages

CD138 Plasma cells Plasma cells and plasmablasts

expansion in subcapsular and

perivascular areas

MUM-1 Plasma cells and

activated T-cells

Plasma cells and plasmablasts

expansion in subcapsular and

perivascular areas

Ki67 Proliferating cells Expression in subcapsular and

perivascular areas

IgD Delta-chains of human

IgD

Main expression in B-cells

IgA Alpha-chains of human

IgA

No expression

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IgM Mu-chains of human

IgM

Main expression in B-cells

IgG Gamma-chain human

IgG

Main expression in plasma cells

Lambda-light

chains

Lambda light chain Polytipic expression in plasma

cells

Kappa-light chains Lambda light chain Polytipic expression in plasma

cells

Granzyme B Cytotoxic granules No significant changes

CD2,CD3,CD5,CD7 T-cell lineage Mild cord hyperplasia

CD4 T-helper cells and

antigen presenting cells

No significant changes

CD8 T-cytotoxic cells, littoral

cells of the spleen

No significant changes

CD16 NK cells, histiocytes No significant changes

CD31 Endothelial cells No significant changes

CD33 Myeloid and monocytic

cells

No significant changes

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CD34 Endothelial cells, stem

cells

No significant changes

CD56 Natural killer (NK) cells No significant changes

CD57 T follicular helper cells No significant changes

CD61 Megakariocytes No significant changes

CD123 Plasmocytoid dendritic

cells

No significant changes

FOX P3 T-regulatory cells No significant changes

TCR beta Alpha-beta T-cells No significant changes

Myeloperoxidase Neutrophil granulocytes

and monocytes

No positive cells

CD235a,

glycophorin A

Normal erythroid cells at

all differentiation stages

No positive erythroid precursors

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5. DISCUSSÃO

5.1. AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS PARA P. VIVAX

Neste estudo foi possível demonstrar a alta eficácia da combinação em dose fixa

de artesunato-amodiaquina contra malária vivax em uma área de transmissão baixa a

moderada de malária. Comparativamente à cloroquina, o ASAQ apresentou melhor

desempenho em todos os parâmetros de eficácia com exceção da recuperação nos

níveis de hemoglobina, apresentando também resultados favoráveis do ponto de vista de

segurança e tolerabilidade. Acreditamos que estes resultados prestam grande

contribuição tanto a melhor caracterização da resposta terapêutica do P. vivax na região

bem como ao entendimento de aspectos relacionados à avaliação da eficácia de

antimaláricos e sua relação com aspectos do parasito e da epidemiologia local. Nossas

estimativas da resistência de P. vivax à cloroquina acrescentam à evidência disponível

de dados prévios da região que devem ser considerados na interpretação.

O uso de antimaláricos eficazes e de forma apropriada é fundamental para reduzir

a carga de doença malárica e para que se possa perseguir de forma contundente e

sustentável o objetivo de eliminação de sua transmissão (78, 203, 204). Neste contexto a

emergência e dispersão de resistência aos antimaláricos (205), bem como a alta

quantidade de medicamentos falsos nas áreas onde a malária tem transmissão mais

elevada (206-208), são importantes desafios a serem superados e que para tanto

exigem o engajamento da comunidade científica no desenvolvimento tanto de métodos

mais eficazes de monitoramento da eficácia de drogas quanto na descoberta de novas

alternativas terapêuticas (209, 210).

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Os derivados de artemisinina compõem a classe de medicamentos mais potente

contra todas as espécies de malária (211), proporcionando rápida redução da

parasitemia e, por conseguinte, reduzindo tanto o desenvolvimento de manifestações de

gravidade, bem como prejudicando a gametocitogênese (212, 213), impactando desta

maneira tanto nas taxas de hospitalização quanto na redução da transmissão da malária.

Sua associação com drogas parceiras de meia-vida mais longa visa tanto melhorar a

posologia, e, portanto aderência ao tratamento, como prevenir e retardar o

desenvolvimento de resistência a esta classe (105-107). O problema de resistência aos

antimaláricos historicamente tem sido mais intenso na infecção por P. falciparum, devido

provavelmente a sua maior biomassa no hospedeiro, sendo, portanto mais difícil eliminar

todos os parasitos se a droga não permanecer na corrente sanguínea acima da MPC

pelo tempo necessário, e por uma maior capacidade de mutação conferindo tolerância

às medicações utilizadas (128, 214). Igualmente interessante é constatar que a

resistência aos antimaláricos, e verdadeiramente, também para outros antibióticos, tem

muito frequentemente tido a região do Sudeste Asiático e Pacífico como epicentro de

surgimento e intensidade (68), no quais fatores genéticos de parasitos e hospedeiros,

bem como o mercado negro de drogas falsificadas, podem justificar tal peculiaridade,

ainda a ser mais bem esclarecida (128, 215, 216).

Embora a cloroquina venha sendo empregada como a primeira linha de

tratamento esquizonticida contra P. vivax por quase sete décadas, o surgimento e

disseminação da resistência, novamente mais intensa naquela região do mundo (68),

ressaltam a necessidade do desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas. Por

óbvios motivos, sempre houve prioridade no desenvolvimento de novas drogas e

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ferramentas voltadas para P. falciparum, com o atraso na pesquisa possibilitando o

maior entendimento da biologia e epidemiologia do P. vivax tendo sido classificado por

muitos autores como negligência (65, 70, 217, 218). Tais movimentos andaram em

paralelo com o estabelecimento de novas parcerias entre a comunidade científica

identificando prioridades na pesquisa relacionada a este parasito (66, 86).

No campo da terapêutica, grande destaque tem sido dado à criação de

alternativas à primaquina, principalmente voltadas a contornar dois de seus grandes

fatores limitantes: o longo-curso de tratamento e a toxicidade (115, 117, 118). Em

relação ao primeiro ponto, a maior esperança está relacionada aos favoráveis resultados

da fase 2 da tafenoquina, demonstrando que esta droga administrada em dose única

tem eficácia similar à da primaquina na prevenção de recaídas (123). A fase 3

atualmente sendo conduzida certamente fornecerá evidência mais consistente para a

avaliação de sua utilização como primeira linha contra este parasito (219, 220). Porém,

sendo a tafenoquina também uma 8-aminoquinoleína, a preocupação com os potenciais

riscos de toxidade, especialmente de hemólise grave em indivíduos deficientes de

G6PD, uma das mutações genéticas mais comuns no mundo (221), permanecerá um

problema de difícil solução por um período ainda prolongado (118), prejudicando ações

de controle (71). Tal fator é ainda mais complicado pela ausência de um teste que possa

identificar indivíduos com a deficiência no campo (222), o que leva a muitos países e

profissionais de saúde a não prescrever a primaquina para não colocar potenciais

portadores sob risco. Tais fatos levam a uma ainda maior importância na necessidade de

aperfeiçoar as ferramentas disponíveis, o que leva à necessidade de avaliação de

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terapias esquizonticidas contra P.vivax, já que há um grande número de alternativas

entre as formulações de ACTs já padronizadas para P. falciparum.

O método preferencial para estimar a prevalência da resistência à cloroquina tem

sido a condução de estudos in vivo do tipo de coorte, geralmente com duração de 28

dias em que se correlaciona a ocorrência de recorrência parasitária com os níveis

séricos de cloroquina e desetilcloroquina. Convencionou-se classificar resistência como

o surgimento de parasita na presença de nível sérico acima de 100ng/mL (76, 137). Tal

abordagem caracteriza-se por considerável rigor, pois desta forma é capaz de minimizar

a influência de recaídas nas estimativas de falha terapêutica, especialmente em áreas

onde tanto reinfecção quanto recaídas ocorrem com intervalo curto do ataque primário.

Há, porém, limitações quanto a esta abordagem, como, acreditamos, nossos achados

demonstraram.

Em nossa opinião, comparado aos métodos tradicionais de monitoração de

resistência de resistência do P. vivax à cloroquina, o ensaio clínico com grupos paralelos

ao comparar dois ou mais tratamentos, apresenta a vantagem de proporcionar

estimativas mais relevantes dos pontos de vista tanto clínicos quanto epidemiológico. Tal

afirmativa é embasada em nossos achados, que de forma surpreendente demonstraram

que o melhor desempenho do ASAQ deu-se especialmente no período entre os dias 28

e 42. Caso a estimativa de resistência tivesse sido realizada de forma tradicional,

certamente se subestimaria a prevalência de resistência à cloroquina, já que os

episódios mais tardios seriam atribuídos a recaídas decorrentes da não administração da

primaquina. Porém, realizando o estudo comparativo com ensaio clínico randomizado,

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190

podermos levantar outras hipóteses para tal ocorrência, sob a afirmativa de que a

resistência à cloroquina vem sendo subestimada nos estudos de monitoramento.

Nosso achado vem em direção oposta à nossa hipótese prévia baseada no

potencial de profilaxia pós-tratamento esperada para cada um dos braços do estudo.

Tendo a cloroquina meia-vida de eliminação superior a 28 dias, consideravelmente maior

do que a da amodiaquina e seu metabólito de 211 horas (127, 181, 223), seria razoável

esperar que durante o período mais tardio de seguimento poderia haver uma

aproximação das eficácias de ASAQ e cloroquina devido a maior contribuição de

recaídas e re-infecções, com vantagem para a última que preveniria de forma mais

eficiente, inclusive, novos episódios com parasitas sensíveis. Nossa hipótese é que a

resistência à cloroquina na região é relativamente de baixo grau, na qual haveria uma

supressão da parasitemia a níveis submicroscópicos que em momento mais tardio, ao

haver a redução do nível plasmático de CQ/DCQ, deixaria de ser inibida levando a seu

aumento e a novo ataque clínico. Tais episódios não seriam, no entanto, caracterizados

com seguimento de apenas 28 dias, nem tampouco, com o rigor da associação de níveis

de droga acima de 100ng/mL no momento da detecção do parasito. Idealmente, esta

hipótese deveria ser confirmada com a utilização de métodos moleculares

ultrassensíveis que permitissem detectar parasitemias subpatentes durante o

seguimento clínico do paciente, o que, infelizmente, não fomos capazes de realizar até o

momento.

Uma fortuita confluência de fatores nos possibilitou constatar tais fenômenos que

talvez não fossem facilmente observados em outros locais. Primeiro, nos beneficiamos

do fato de uma considerável proporção de indivíduos com diagnóstico de malária

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191

procurando a FMT-HVD é habitante da área urbana de Manaus (dados pessoais, FVS-

AM), onde não há transmissão ativa de malária, minimizando desta forma, o risco de

reinfecções em nossa coorte de pacientes. Outro fato positivo, apesar de os dados

existentes serem escassos, diz respeito à possibilidade de que as recaídas em nossa

área ocorram com intervalo maior do que 35 dias, diferentemente de outras áreas

tropicais em que ocorrem em intervalos consideravelmente mais curtos (138, 169). À luz

dos estudos previamente realizados na mesma localidade (150, 151), as estimativas de

resistência à cloroquina que encontramos são consistentes. A comparação realizada por

meio de ensaio clínico randomizado com alternativa altamente eficaz proporcionou

adcionalmente, minimizar a contribuição de recaídas e reinfecções no nosso cenário e

abrir uma nova perspectiva na interpretação de dados de falha terapêutica.

No que diz respeito à segurança e tolerabilidade, verificou-se um bom perfil para o

ASAQ. Apesar de cinco eventos adversos sérios terem sido registrados neste grupo,

todos foram reversíveis sem consequências e sua causalidade com o tratamento é difícil

de ser diretamente estabelecida. Quanto à queda mais pronunciada de hemoglobina

entre os dias zero e sete de tratamento no grupo de ASAQ comparado ao de cloroquina,

nossos dados se assemelham com dados prévios de comparação entre cloroquina e

artesunato-pironaridina (165). Uma das hipóteses para tal ocorrência seria a de que a

rápida redução da biomassa parasitária e, portanto, das hemácias infectadas, mediaria o

processo fisiopatogênico da redução mais acentuada da hemoglobina (224), bem como

um possível efeito do derivados de artemisinina em inibirem a eritropoiese na medula

óssea (224, 225). Tais hipótese no entanto vão em direção contrária a estudo em

crianças infectadas com P. falciparum, no qual a redução de hemoglobina foi maior no

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grupo tratado com amodiaquina do que nos grupos tratados com aretsunato e com a

combinação artesunato-amodiaquina (226), ressaltando a necessidade de maior

investigação dos fatores associados com este fenômeno. Apesar da queda mais

acentuada da hemoglobina, não houveram casos de anemia grau 3 ou 4 em nenhum

dos grupos.

Nossas hipóteses, se comprovadas, têm, a nosso ver, duas implicações

importantes para estudos futuros. Primeiro a de relativizar o efeito profilático pós-

tratamento em áreas de baixa a média transmissão e onde o intervalo de recaídas é

prolongado. Segundo, apresentar importante proposta de mudança na abordagem de

avaliação de eficácia da cloroquina em áreas endêmicas.

5.2. SIGNIFICÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA

Recentemente a importância da infecção por P. vivax tem sido redimensionada e

obtido maior atenção por parte de cientistas, financiadores e gestores públicos (45, 66,

227), se refletindo, por exemplo, na inédita formulação de uma Estratégia Global contra

P. vivax, liderada pela OMS a ser lançada em 2015. Sendo a espécie mais frequente a

causar malária em áreas como a América Latina (38), o desenvolvimento de estratégias

mais efetivas ao se controle pode significar a eliminação da malária da maior parte do

globo terrestre. Estudos conduzidos na FMT-HVD tem prestado grande serviço a

demonstrar a grande carga de doença e social da malária na região amazônica (36, 228,

229), explorando de forma minuciosa as manifestações clínicas e condições associadas

(21, 88, 230, 231), além da elucidação de importantes aspectos fisiopatogênicos desta

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infecção (90, 91, 232). Tais contribuições ressaltam a importância desta infecção no

contexto regional e global e a necessidade de fortalecimento das ações de combate.

No que diz respeito ao tratamento, as descrições de resistência do P. vivax aos

antimaláricos data de 1999 (233), seguida de novos estudos de eficácia de cloroquina

com e sem associação com primaquina (150, 151). No âmbito deste estudo, fomos

capazes de descrever de forma retrospectiva que crianças abaixo de 6 meses têm pior

resposta à cloroquina (187), o que pode ser devido tanto à subadministração da droga,

fatores farmacocinéticos relacionados à distribuição de líquido e droga no organismo

(188), e, a imaturidade da resposta imune, o que deixaria esta população mais suscetível

a parasitos com grau de resistência baixa (234). Diante destes achados, defendemos

que a população pediátrica deve receber especial atenção em estudos de resposta

terapêutica, especialmente considerando-se a falta de formulações pediátricas de

cloroquina que a expõe a maior risco de subdosagem (187, 188).

A preocupação com a adesão ao tratamento já havia sido levantada e investigada

em área da Amazônia brasileira (62), tendo importância tanto relacionada ao controle de

transmissão quanto ao desenvolvimento de resistência. Neste aspecto, é importante

ressaltar a facilidade posológica como uma grande vantagem do ASAQ, com dose fixa

diária, bem como a existência de formulações infantis com boa aceitação.

Para o entendimento dos processos envolvidos na adesão ao tratamento, é

importante investigar os fatores relacionados, entre eles a ocorrência de eventos

adversos. Tivemos a oportunidade nestes dois estudos de mensurar a ocorrência dos

eventos adversos relacionados à cloroquina e ao ASAQ. Foi possível descrever que o

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prurido relacionado à cloroquina, bem descrito em populações africanas (235-237),

ocorre com frequência não desprezível em nossa região (238). A discrepância entre os

nossos achados iniciais e os obervados neste estudo ressaltam a preferência por

ensaios clínicos prospectivos, já que há o risco de viés de observação e seleção que

pode ter elevado à superestimação da prevalência (238). O conhecimento dos eventos

adversos mais frequentes é importante para que os profissionais de saúde estejam

preparados para o seu reconhecimento e condução apropriados.

Do ponto de vista de saúde pública e o impacto da política de tratamento na

efetividade das ações de controle de transmissão, são inúmeras as evidências

demonstrando que medicamentos mais efetivos apresentam maior impacto na redução

(58, 111, 239-241). A redução no carreamento de gametocitemia patente observada no

grupo de pacientes que receberam ASAQ, em consonância com achados prévios (213),

pode ter um importante impacto na transmissão, com destaque potencial para o início do

tratamento, já que indivíduos infectados são mais atraentes para mosquitos

transmissores (242).

A decisão de mudança do tratamento de primeira linha é complexa e envolve

considerações relativas à prevalência de parasitos resistentes; eficácia da droga

parceira; associação com a primaquina; e, adicionalmente, estimativas do possível

impacto na redução de transmissão (133, 161). Sobre este último aspecto, um

importante estudo ressalta a importância de parâmetros de farmacocinética e

farmacodinâmica no possível impacto em reduzir a transmissão, neste caso

demonstrando em Uganda que num período de quatro anos houve expressiva redução

da incidência de malária e internações entre crianças randomizadas para receber

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dihidroartemisinina-piperaquina comparada com artemeter-lumefantrina (243). A grande

extensão territorial, heterogeneidade das estimativas de resistência (134), e complexas

fronteiras são fatores complicadores destas decisões no contexto brasileiro. Pessoas

envolvidas nas esferas de decisão devem ter todos estes elementos à disposição para

embasar a formulação de políticas e estratégias que sejam as mais efetivas acelerando

o progresso em direção à eliminação da malária.

5.3. PERSPECTIVAS

Os resultados deste estudo nos levam a recomendar que onde a cloroquina ainda

é utilizada como primeira linha para o tratamento de P. vivax, que se priorize a

realização de estudos comparativos com ACTs para minimizar o risco de subestimação

da real prevalência de resistência a esta droga. Deve ainda considerar-se a sinergia

exercida pela primaquina e sua capacidade de ao promover melhor resposta terapêutica,

de mascarar a prevalência de resistência à cloroquina, com desconhecidas

consequências a médio e longo prazo.

Novos estudos atualmente sendo realizados na região amazônica brasileira, com

outros ACTs com e sem coadministração de primaquina, além da condução da fase 3 da

tafenoquina, vão fornecer uma quantidade consideravelmente maior de alternativas

terapêuticas e estimativas de eficácia a serem consideradas pelo programa nacional de

controle da malária.

O desenvolvimento de novas ferramentas que possam melhor caracterizar

recrudescências e diferenciá-las de recaídas e reinfecções, por meio tanto de métodos

moleculares quanto sorológicos, deve ser perseguida e sua obtenção em muito auxiliará

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a obtenção de estimativas mais precisas da eficácia de antimaláricos contra P. vivax. Foi

demonstrada, neste estudo, a aplicabilidade destas ferramentas em nosso contexo, no

qual a comparação proporcionada por ensaio clínico comparativo, ao nosso ver, é capaz

de reforçar seu valor. Tais estudos são ainda importantes na exploração de marcadores

moleculares de resistência à cloroquina, ainda incipiente em nossa região.

O maior entendimento da resposta terapêutica do P. vivax a diferentes

alternativas, bem como a avaliação e produção de evidência de qualidade também

relacionada a estratégias inovadoras e efetivas de manejo desta infecção são essenciais

para que se possa caminhar para o controle sustentável com diminuição do número de

pessoas que sofre esta doença devastadora com o objetivo de eliminação de sua

transmissão na região com vistas a atingir a erradicação de forma mais acelerada.

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ANEXOS

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233

ANEXO A: DOCUMENTO RELACIONADO À AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS PRIMÁRIOS DE

EFICÁCIA

Normas para avaliação da resposta ao tratamento – métodos da OMS para a vigilância da eficácia de fármacos contra a malária, 2009.

Falha precoce do tratamento (ETF)

- Sinais de perigo ou malária grave nos dias 1, 2 ou 3, juntamente com parasitemia;

- Parasitemia no dia 2 maior que no dia 0, independentemente da temperatura axilar;

- Parasitemia no dia 3 com temperatura axilar ≥ 37,5 °C; e

- Parasitemia no dia 3 ≥ 25% do valor no dia 0.

Falha clínica tardia (LCF)

- sinais de perigo ou malária grave na presença de parasitemia em qualquer dia entre o dia 4 e o dia 28 (dia 42) em pacientes que anteriormente não preencheram nenhum dos critérios de falha precoce do tratamento; e

- presença de parasitemia em qualquer dia entre o dia 4 e o dia 28 (dia 42) com temperatura axilar ≥ 37,5° C em pacientes que anteriormente não preencheram nenhum dos critérios de falha precoce do tratamento.

Falha parasitológica tardia (LPF)

Presença de parasitemia em qualquer dia entre o dia 7 e o dia 28 (dia 42), com temperatura axilar < 37,5°C em pacientes que anteriormente não preencheram nenhum dos critérios de falha precoce do tratamento ou falha clínica tardia.

Resposta clínica e parasitológica adequada (ACPR)

Ausência de parasitemia no dia 28 (dia 42), independentemente da temperatura axilar, em pacientes que anteriormente não preencheram nenhum dos critérios de falha precoce do tratamento, falha clínica tardia ou falha parasitológica tardia.

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234

ANEXO B: DIRETRIZES PARA A GRADUAÇÃO DE ACHADOS EM EXAMES FÍSICOS Grau 1

LEVE Grau 2 MODERADO

Grau 3 GRAVE

Grau 4 AMEAÇA À VIDA

Fraqueza

Leve diminuição das atividades, ainda brincando

Diminuição moderada das atividades, brincando pouco

Não participa das atividades habituais, não brinca

Letargia

Dores mus-culares e/ou articulares *

Queixas leves localizadas

Queixas leves difusas Fraqueza objetiva; funções restritas

N/A

Dor de

cabeça*

Leve, sem necessidade de tratamento

Passageira, moderada; necessidade de medicação

Grave; responde a tratamento inicial com narcótico

Intratável; requer tratamento constante com narcótico

Anorexia

Diminuição do apetite, mas ainda aceita alimentos sólidos

Diminuição do apetite, evitando alimentos sólidos

Recusa a amamentação, apetite bastante diminuído, não ingere sólidos nem líquidos (< 2 anos ≤ 12 horas; > 2 anos ≤ 24 horas)

Recusa a amamentação, apetite bastante diminuído, não ingere sólidos nem líquidos (< 2 anos ≤ 12 horas; > 2 anos ≤ 24 horas)

Náusea*

Leve desconforto; mantém razoável ingestão

Desconforto moderado; diminuição significativa da ingestão; algumas atividades limitadas

Forte desconforto; não se observa ingestão significativa; atividades restritas

Mínima ingestão de líquidos

Vômito

Emese passageira

Vômitos ocasionais ou moderados

Hipotensão ortostática ou necessidade de soro EV

Choque hipotensivo ou hospitalização necessária para soro EV

Dor abdominal *

Leve

Moderada – sem necessidade de tratamento

Necessidade de tratamento moderada a forte

Grave – hospitalização para tratamento

Diarréia

Passageira 3-4 evacuações anormais/dia

5-7 evacuações anormais /dia

Hipotensão ortostática ou > 7 evacuações líquidas /dia ou necessidade de soro IV

Choque hipotensivo ou hospitalização necessária para soro EV

Tosse

Passageira – sem necessidade de tratamento

Contínua, com necessidade de tratamento

Descontrolada

Cianose, estridor, grave falta de ar

Prurido

Prurido sem erupções cutâneas

Erupções cutâneas pruríticas, prurido sem erupções cutâneas que perturba o sono

Leve urticária

Urticária grave, anafilaxia, angioedema

Zumbido*

Leve som de campainha ou ruídos

Som de campainha ou ruídos moderados

Som forte de campainha ou ruídos com perda auditiva associada

N/A

Alterações comporta-

Leve dificuldade de concentração; leve confusão ou agitação;

Confusão ou agitação moderada; certo grau de limitação das

Grave confusão ou agitação; necessidade de auxílio nas atividades

Psicose tóxica; necessidade de

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235

mentais atividades do cotidiano não comprometidas; sem tratamentot

atividades do cotidiano; tratamento mínimo

do cotidiano; necessidade de tratamento

hospitalização

“Gripe” (URI viral)

Leve congestão nasal, leve rinorréia, sem tosse

Congestão nasal moderada, rinorréia moderada, tosse presente

N/A (se grave, classificar sintomas individuais)

N/A (se impuser risco à vida, classificar sintomas individuais)

Convulsão N/A N/A Episódio localizado ou generalizado

Estado epilético

* Avaliar apenas em crianças > 3 anos de idade. Responder N/A para crianças e pessoas incapazes de responder.

† Referência – Baseado na Escala de Graduação da Toxicidade da OMS para a Determinação da Gravidade de Eventos Adversos.

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236

ANEXO B (CONT) DIRETRIZES PARA A GRADUAÇÃO DE ACHADOS EM EXAMES FÍSICOS

Grau 1 LEVE

Grau 2 MODERADO

Grau 3 GRAVE

Grau 4 AMEAÇA À VIDA

Temperatura* (membrana timpânica)

38,0 – 38,4C

38,5 – 40,0C

> 40,0C

Febre persistente igual ou superior a 40,0C

por mais de 5 dias

Desidratação **

Turgescência e toque normais da pele, membranas mucosas úmidas, presença de lágrimas, olhos normais, moleira lisa, SNC – consolável, pulso regular, produção

normal de urina

Pele seca com perda de elasticidade, membranas mucosas secas, olhos fundos, diminuição das lágrimas, moleira plana, SNC – irritável, pulso levemente

aumentado, diminuição da produção de urina

Pele pegajosa com falta de turgescência, membranas mucosas ressecadas/rachadas, olhos muito fundos, ausência de lágrimas, moleira afundada, SNC – letargia, pulso elevado, sem produção de urina

Edema facial

Presente, leve inchaço dos olhos

Inchaço moderado dos olhos e da face

Grave inchaço comprometendo os olhos, face e membranas mucosas; incapacidade de abrir os olhos

Comprometimento das vias aéreas

Icterícia Leve amarelamento da esclerótica e conjuntiva

Amarelamento moderado da esclerótica e conjuntiva, amarelamento das membranas mucosas

Grave amarelamento da esclerótica e da conjuntiva, amarelamento da pele

N/A

Tórax Pequeno aumento da RR (para idade, temperatura), sons

pulmonares adventícios passageiros ou localizados

Moderado aumento da RR, sons pulmonares adventícios difusos ou

persistentes

Rápida RR (< 2 meses > 60, 2-12 meses > 50, 1-5 anos > 40, adultos >

30)* alargamento do nariz, retrações

Cianose

Abdome Sons intestinais normais, sensibilidade leve e localizada, e/ou fígado palpável 2-4 cm abaixo da margem costal direita (RCM), e/ou baço palpável, e/ou hérnia umbilical presente

Sons intestinais normais ou com pequena anormalidade, sensibilidade moderada ou difusa; e/ou fígado levemente ou moderadamente aumentado (4-6 cm abaixo da RCM) e/ou baço palpável até a metade entre o umbigo e a sínfise púbica

Sons intestinais bastante anormais, forte sensibilidade à palpação. Indícios de irritação peritoneal e/ou aumento significativo do fígado (> 6 cm abaixo da RCM) e/ou baço palpável em mais de metade entre o umbigo e a sínfise púbica

Ausência de sons intestinais. Rigidez involuntária

Pele† Erupções cutâneas

localizadas, eritema, ou prurido

Erupções cutâneas

difusas, maculopapulares, descamação seca

Vesiculação, descamação

úmida, ou ulceração

Dermatite exfoliativa,

envolvimento das membranas mucosas ou eritema multiforme ou suspeita de Stevens-Johnson ou necrose com necessidade de cirurgia

* Referência - DMID Pediatric Toxicity Tables, May 2001, Drug Fever (Rectal) ** Referência – The Harriet Lane Handbook, 15th edition, 2000 † Referência – Escala de Graduação da Toxicidade para a Determinação da Gravidade de Eventos Adversos – OMS.

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237

DIRETRIZES PARA A GRADUAÇÃO DOS ACHADOS EM EXAMES FÍSICOS

Grau 1 LEVE

Grau 2 MODERADO

Grau 3 GRAVE

Grau 4 AMEAÇA À VIDA

Audição < 4 anos: N/A ≥ 4 anos: Diminuição da audição em um ouvido

< 4 anos: N/A ≥ 4 anos: Diminuição da audição em ambos os ouvidos ou grave comprometimento de um ouvido

< 4 anos: Qualquer indício de comprometimento da audição ≥ 4 anos: Grave comprometimento de ambos os ouvidos

N/A

Teste do comprimido

Dificuldade de segurar o comprimido, mas capaz de pegá-lo

Incapacidade de pegar o comprimido sem derrubar

Incapacidade de segurar o comprimido

N/A

Sintomas / sinais clínicos (não especificados de outro modo)

Sem tratamento; observar o quadro

Pode necessitar de mínima intervenção e monitoria

Requer cuidados médicos e possível hospitalização

Requer intervenção médica ativa, hospitalização, ou tratamento em asilo

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238

ANEXO C: NORMAS PARA A GRADUAÇÃO DE RESULTADOS LABORATORIAIS:

TABELAS DE TOXICIDADE PEDIÁTRICA (ACIMA DE 3 MESES DE VIDA)

Grau 1 Leve

Grau 2 Moderado

Grau 3 Grave

Grau 4 Ameaça à vida

Hemoglobina para crianças com mais de 6 meses e menos de 2 anos de idade

9,0-9,9 gm/dL 7,0-8,9 gm/dL

< 7,0 gm/dL Insuficiência cardíaca decorrente de anemia

Hemoglobina para crianças com mais de 2 anos de idade

10-10,9 gm/dL 7,0-9,9 gm/dL

< 7,0 gm/dL Insuficiência cardíaca decorrente de anemia

Contagem Absoluta de Neutrófilos

750-1200/mm3 400-749/mm3

250-399/mm3 < 250/mm3

Plaquetas ------- 50.000-75.000/mm3

25.000 – 49.999/mm3

< 25.000/mm3

Bilirrubinas (quando acompanhado de aumento de qualquer outro teste de função hepática)

1,1 - < 1,25 x ULN

1,25 - < 1,5

x ULN

1,5 – 1,75 x

ULN

> 1,75 x ULN

Bilirrubinas (quando os demais testes de função hepática estão dentro da faixa normal)

1,1 - < 1,5 x ULN

1,5 - < 2,0 x

ULN

2,0 – 3,0 x

ULN

> 3,0 x ULN

AST (SGOT) 1,1 - <2,0 x ULN

2,0 – <3,0 x

ULN

3,0 – 8,0 x

ULN

> 8 x ULN

ALT (SGPT)

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239

1,1 - <2,0 x ULN 2,0 – <3,0 x ULN

3,0 – 8,0 x ULN

> 8 x ULN

CREATININA

3 meses - 2 anos de idade

0,6-0,8 x ULN 0,9-1,1 x ULN 1,2-1,5 x ULN

> 1,5 x ULN

2 - 12 anos de idade

0,7-1,0 x ULN 1,1-1,6 x ULN 1,7-2,0 x ULN

> 2,0 x ULN

Mais de 12 anos

de idade 1,0-1,7 x ULN 1,8-2,4 x ULN 2,5-3,5 x

ULN > 3,5 x ULN

Outros valores laboratoriais não especificados na tabela

Anormais, mas sem necessidade

de intervenção imediata;

acompanhamento

Anormalidade suficiente para se avaliar a

causalidade e talvez realizar

leve intervenção terapêutica, mas não tão grave que justifique

alterações imediatas no medicamento experimental

Gravidade suficiente para se realizar

avaliação e tratamento, incluindo-se a suspensão pelo menos temporária

do medicamento experimental

Gravidade com ameaça à vida,

exigindo avaliação imediata,

tratamento e em geral

hospitalização; o medicamento deve

ser suspenso imediatamente e

não deve ser reiniciado até que se verifique com

certeza que a anormalidade foi

causada por outro mecanismo e não pelo medicamento

experimental

DIVISÃO DE MICROBIOLOGIA E DOENÇAS INFECCIOSAS (DMID) Tabelas de toxicidade pediátrica, Novembro 2007

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DIRETRIZES PARA A GRADUAÇÃO DE RESULTADOS LABORATORIAIS: ADULTOS

HEMATOLOGIA

Grau 1 Leve

Grau 2 Moderado

Grau 3 Grave

Grau 4 Ameaça à vida

Hemoglobina

9,5 - 10,5 g/dL

8,0 - 9,4g/dL

6,5 - 7,9 g/dL

< 6,5 g/dL

Contagem Absoluta de Neutrófilos

1.000 - 1.500/mm3

750 - 999/mm3

500 - 749/mm3

< 500/mm3

Plaquetas

75.000 - 99.999/mm3

50.000 - 74.999/mm3

20.000 - 49.999/mm3

< 20.000/mm3

Leucócitos 11.000 - 13.000/ mm3

13.000 - 15.000 /mm3

15.000 - 30.000/mm3

> 30.000 ou < 1.000 /mm3

PERFIL BIOQUÍMICO

Grau 1

Leve

Grau 2

Moderado

Grau 3

Grave

Grau 4

Ameaça à vida

Hiperbilirrubinemia (quando acompanhada de aumento em qualquer outro teste de função hepática)

1,1 - < 1,25 x ULN

1,25 - < 1,5 x ULN

1,5 - < 1,75 x ULN

> 1,75 x ULN

Hiperbilirrubinemia (quando os demais testes de função hepática estiverem na faixa normal)

1,1 - < 1,5 x ULN

1,5 - < 2,0 x ULN

2,0 - < 3,0 x ULN

> 3,0 x ULN

Creatinina

1,1 - < 1,5 x ULN

1,6 - < 3,0 x ULN

3,1 - < 6 x ULN

> 6 x ULN ou necessidade de diálise

ENZIMAS

Grau 1 Leve

Grau 2 Moderado

Grau 3 Grave

Grau 4 Ameaça à vida

AST (SGOT)

1,1 - < 2,0 x ULN

2,0 – < 3,0 x ULN

3,0 – 8,0 x ULN

> 8 x ULN

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241

ALT (SGPT) 1,1 - < 2,0 x ULN

2,0 – < 3,0 x ULN

3,0 – 8,0 x ULN

> 8 x ULN

DIVISÃO DE MICROBIOLOGIA E DOENÇAS INFECCIOSAS (DMID) TABELA DE TOXICIDADE DE ADULTOS Novembro 2007 COMO ESTIMAR A GRAVIDADE Para anormalidades NÃO encontradas nas Tabelas de Toxicidade, use a escala abaixo para estimar a gravidade: GRAU 1 Leve: Desconforto passageiro ou leve (< 48 horas); sem intervenção

médica / necessidade de medicação GRAU 2 Moderada: Limitação leve a moderada das atividades – pode haver a

necessidade de algum auxílio; nenhuma ou mínimaa intervenção médica / necessidade de medicação

GRAU 3 Grave: Limitação acentuada das atividades, podendo ser necessário algum auxílio; intervenção médica / necessidade de medicação, hospitalizações possíveis

GRAU 4 Ameaça à vida: Limitação extrema das atividades, auxílio significativo necessário; necessidade de intervenção médica / tratamento significante, provável hospitalização ou tratamento em asilo.

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ANEXO D: CRITÉRIOS PARA A MALÁRIA GRAVE (OMS, 2010) Malária Grave Características clínicas: – inconsciência ou coma irreversível – prostração, isto é, fraqueza generalizada que impossibilita o paciente de andar ou se levantar sem auxílio – incapacidade de se alimentar – convulsões múltiplas – mais de dois episódios em 24 horas – respiração profunda, angústia respiratória (respiração acidótica) – colapso ou choque circulatório, pressão arterial sistólica < 70 mm Hg em adultos e < 50 mm Hg em crianças – icterícia clínica mais indícios de outra disfunção em órgão vital – hemoglobinúria – sangramento anormal espontâneo – edema pulmonar (radiológico) Achados laboratoriais: – hipoglicemia (glicose no sangue < 2,2 mmol/l ou < 40 mg/dl) – acidose metabólica (bicarbonato no plasma < 15 mmol/l) – anemia normocítica grave (Hb < 5 g/dl, volume do concentrado de eritrócitos < 15%) – hemoglobinúria – hiperparasitemia (> 2%/100.000/μl em áreas de baixa intensidade de transmissão ou > 5% ou 250.000/μl em áreas de alta porém estável intensidade de transmissão da malária) – hiperlactatemia (lactato > 5 mmol/l) – comprometimento renal (creatinina sérica > 265 μmol/l).

ANEXO E: TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

1. TCLE PAR ADULTOS

Título do estudo: UM ESTUDO RANDOMIZADO COMPARATIVO PARA AVALIAR A EFICÁCIA E TOLERABILIDADE DE TRATAMENTOS ESQUIZONTICIDAS SANGUÍNEOS COM ARTESUNATO AMODIAQUINA WHINTROP® / COARSUCAM (ASAQ) VERSUS CLOROQUINA (CQ) PARA MALÁRIA NÃO COMPLICADA POR MONOINFECÇÃO DE PLASMODIUM VIVAX.

Número do Estudo: ARAMF_C_05370

Composto: Coarsucam™ / Artesunato Amodiaquina da Winthrop® (uma associação de dose fixa de artesunato com amodiaquina)

Patrocinador do Estudo: Grupo Sanofi-aventis

Nome do Investigador Principal: Dr. Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda

Instituição: Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (Gerência de Malária)

Endereço: Av. Pedro Teixeira, 25 - Manaus - Amazonas - Brasil – CEP: 69040-000

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 243

Favor leia estas informações com atenção. Tome o tempo necessário para fazer as perguntas que você quiser. A equipe do estudo explicará qualquer palavra ou informação que você não entenda claramente.

INTRODUÇÃO

Você está sendo convidado para participar de um estudo clínico. O seu médico do estudo (o médico que vai conduzir o estudo) acha que você tem as condições iniciais para poder participar deste estudo. Antes de concordar em participar neste estudo, é muito importante que você entenda o que a sua participação envolverá, entendendo as informações fornecidas neste documento. Este termo descreve o objetivo, os procedimentos, os benefícios, os riscos, os desconfortos e as precauções do estudo. Também descreve os procedimentos alternativos que estão disponíveis para você e seus direitos de se retirar do estudo a qualquer momento.

Você deve ser bem sincero com o médico a respeito do seu histórico de saúde, incluindo o uso anterior e atual de outras medicações. Caso contrário, você poderá prejudicar a si mesmo com a participação neste estudo. O médico do estudo lhe fará perguntas sobre o seu histórico de saúde. Será necessário que você converse sobre o uso anterior e atual de outras medicações.

Se você não puder ler ou escrever, uma testemunha, que é uma pessoa independente do patrocinador e do médico, lerá este documento para você. Se você concordar em participar, a sua impressão digital (carimbo do seu dedo polegar) substituirá a sua assinatura.

OBJETIVO DO ESTUDO

Você apresenta sinais de malária. A malária é uma doença causada por 4 diferentes tipos de parasitas (todos da mesma família), transmitidos por picadas de mosquitos. Um destes tipos de parasita foi encontrado no seu sangue.

A malária pode causar febre, dor de cabeça, dor e fraqueza. Pode ser muito séria e pode até levar à morte se não tratada correta e imediatamente.

Atualmente, um dos tratamentos recomendados pelas autoridades de saúde internacionais contém artesunato amodiaquina; esta medicação combinada é conhecida pelo nome de Artesunato

Amodiaquina da Winthrop® /Coarsucam (ASAQ). Este medicamento, ainda não aprovado para uso no Brasil, demonstrou a sua eficácia e segurança contra outro parasita da malária (Plasmodium falciparum) na África e na Colômbia. Este estudo tem o objetivo de juntar ainda mais informações sobre o medicamento, por isso a eficácia e segurança de ASAQ contra outro parasita da malária (Plasmodium vivax) será comparada a um medicamento anti-malária comumente utilizado no Brasil, chamado cloroquina.

DESCRIÇÃO DO ESTUDO

Este estudo clínico será realizado em um centro de saúde em Manaus - Estado do Amazonas (Brasil) com aproximadamente 380 pacientes com mais de 6 meses de idade.

Se você concordar em participar deste estudo e se você tiver as condições para ser selecionado, você será tratado com artesunato amodiaquina (ASAQ) ou cloroquina. Você será sorteado para receber um destes tratamentos (semelhante à retirada de um número de um chapéu). A duração do tratamento será de 3 dias e o acompanhamento durará 39 dias. Você deverá ir ao centro de saúde pelo menos 7 vezes, além de hoje.

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 244

Se você não tiver as condições de seleção, ou se escolher não participar do estudo, não haverá nenhum problema para receber o tratamento padrão contra malária; você receberá a mesma qualidade de tratamento por parte do pessoal do centro de saúde.

PROCEDIMENTOS DO ESTUDO

Se você concordar em participar do estudo, o médico realizará um exame físico, coleta de amostra e

verificará o seu histórico médico, também as medicações anteriores e atuais, para determinar se

você pode participar do estudo.

Visitas

Nos 3 primeiros dias, você virá ao centro todas as manhãs para receber o seu tratamento oral (pela

boca).

A partir daí, você retornará ao centro no 4º, 8º, 15º, 29º e 43º dias.

Ao final de cada visita, o seu médico marcará a data da próxima visita.

Exames

Em cada visita, será realizado um exame clínico e físico, incluindo medir sua temperatura corporal e a pressão do sangue.

Na 1ª visita e durante as visitas sem coleta de amostra de sangue para exame laboratorial, uma pequena quantidade de sangue será retirada por meio de uma picada no dedo para pesquisar os parasitas da malária e outra amostra de sangue será coletada e guardada em papel de filtro para análises complementares.

Nas visitas do 1º dia, 8º dia e 29º dia, uma amostra de sangue, igual a uma colher de café, será coletada de uma veia do seu braço para exames laboratoriais e para a análise complementar. Uma coleta de sangue adicional poderá ser realizada no 15º e no 43º dia, dependendo do seu estado, ou se os resultados anteriores forem anormais. A equipe buscará reduzir a uma coleta de sangue por visita.

Análises complementares são:

Uma para confirmar a espécie de malária do qual você foi infectado, realizado no primeiro dia e no dia que você tiver um novo sinal de malária (se isso ocorrer).

Outra para estudar a dosagem do medicamento no dia 7 e no dia que você tiver um novo sinal de malária (se isso ocorrer). Especificamente para a dosagem do medicamento artesunato de amodiaquina, a sua amostra de sangue será analisada num país estrangeiro, mantendo a sua confidencialidade adequadamente, conforme requerido pelos regulamentos internacionais e nacionais.

Um exame será realizado para uma análise complementar no futuro. Esta amostra de sangue será tomada no primeiro dia ou no dia em que seu médico achar que você está doente novamente. Esta amostra de sangue será usada no futuro para ajudar a ter um melhor conhecimento sobre os

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 245

parasitas da malária. Sua amostra de sangue poderá ser armazenada por 5 anos, de acordo com as leis do Brasil, no hospital, sob responsabilidade da instituição e do médico do estudo.

Atenção: Para estas análises complementares, nenhum sangue extra será retirado de você se forem realizados no mesmo dia do teste de laboratório. Mas se não forem, estas análises serão feitas de uma pequena picada onde apenas uma gota será obtida.

Estes exames não atrasarão o início do tratamento da doença.

O tratamento neste estudo não é recomendado durante os primeiros três meses da gravidez. Por este motivo, se você for uma mulher que pode engravidar, deverá concordar em utilizar um método contraceptivo eficaz durante o estudo, conforme indicado pelo seu médico do estudo. Além disso, no primeiro dia você realizará um teste de gravidez pela urina. Se este teste for negativo, você poderá participar deste estudo.

Em caso de teste de gravidez positivo, você receberá o tratamento recomendado nas diretrizes das Autoridades de Saúde utilizadas no Brasil para o tratamento de malária em uma mulher grávida.

Um segundo teste de gravidez será realizado no 43º dia; caso seja positivo, a sua saúde e a do seu bebê serão acompanhadas até o final da sua gravidez e nascimento, pelo tempo necessário.

Na visita no 1º, 3º e 29º dia, será realizado um eletrocardiograma, que é um exame do coração com equipamento especial, que não penetra no corpo. Este exame não causa dor.

Todos os resultados destes exames serão comunicados a você e permanecerão confidenciais.

Se o tratamento dado a você não estiver funcionando bem, um novo tratamento será imediatamente administrado, sem custos para você.

RISCOS OU INCONVENIÊNCIAS RAZOAVELMENTE PREVISÍVEIS

Nos estudos anteriores, não foram informados sinais de intolerância graves em relação a estes tratamentos; mas, caso você sinta algo incomum, favor informar ao seu médico assim que possível. Não interrompa o tratamento por sua própria vontade. Todos os sinais listados abaixo em geral são reversíveis e leves.

O uso de ASAQ pode envolver os efeitos colaterais a seguir:

- Eventos mais freqüentes: perda de apetite (fome), dificuldade para dormir, sono, dor de barriga, náusea (enjôo), fraqueza, cansaço, tosse.

- Eventos não comuns: bronquite aguda, problema no estômago, diminuição na contagem de celular vermelhas do sangue (anemia), hipoglicemia (pouco açúcar no sangue), alucinação, formigamento e dormência dos membros, amarelamento do olho, tontura, distúrbios do batimento do coração, diarréia, vômito, coceira, feridas na pele, inchaço da face, problemas na pele, dor nas juntas, inchaço dos membros, febre.

Efeitos colaterais que podem estar ligados à amodiaquina, um dos ingredientes ativos de ASAQ:

- Baixa contagem de células brancas do sangue (que podem lhe tornar mais sujeito a infecções), problemas graves da função do fígado, problemas de visão, cor cinza na pele, especialmente dos dedos e das partes mucosas (dentro da sua boca), problemas no sistema nervoso e muscular.

O uso de Cloroquina pode envolver os efeitos a seguir:

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 246

- Eventos freqüentes: visão anormal ou embaçada, dor de cabeça, problema no estômago, náusea (enjôo), vômito, dor de barriga, coceira.

- Eventos menos freqüentes: cansaço, nervosismo, ansiedade, fraqueza, coloração azul da boca, das unhas e da pele, branqueamento do cabelo, perda de cabelo, feridas na pele.

- Eventos raros: irritabilidade, agitação, agressividade, confusão, alteração da consciência (efeitos sobre o comportamento), alteração da saúde do coração pelo resultado do exame de eletrocardiograma, baixa contagem de alguns tipos de células do sangue, fraqueza muscular, problemas de audição.

A coleta de sangue pode causar algum desconforto, sangramento ou mancha roxa, mas raramente causa tontura. Antes de cada amostra de sangue, o braço ou o dedo será desinfetado e uma nova seringa e agulha serão utilizadas para coletar o sangue.

Durante o período do estudo, você poderá apresentar efeitos colaterais ou desconfortos que não estão listados neste termo. Informe o médico ou a equipe do estudo imediatamente se você apresentar algum problema. Você receberá assistência médica adequada.

BENEFÍCIOS RAZOAVELMENTE ESPERADOS

Este estudo clínico oferece benefício individual direto para o participante, porque o medicamento em teste já está aprovado em alguns países e a sua eficácia já é conhecida. Os exames laboratoriais permitirão que o Médico do estudo determine se você está ou não infectado pelo parasita da malária. Se você estiver infectado, este tratamento poderá melhorar a sua saúde e você será monitorado de perto por 42 dias.

Além disso, você deverá retornar à clínica para avaliação adicional e/ou tratamento se for verificado que você está doente. Outras doenças relacionadas ao estudo que ocorram durante o período do estudo serão tratadas.

A sua participação nos ajudará a entender melhor esta medicação e a atingir os objetivos do estudo. A sua comunidade também poderá se beneficiar dos resultados deste estudo no futuro.

PROCEDIMENTOS OU TRATAMENTOS ALTERNATIVOS

Mesmo se você decidir não participar do estudo, você receberá um tratamento adequado. Se você tiver dúvidas a respeito de suas alternativas de tratamento, favor fazer as suas perguntas ao seu médico do estudo. Você e o seu médico podem decidir qual tratamento é o melhor para você.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA NO ESTUDO - RETIRADA DO ESTUDO

A sua participação neste estudo é totalmente voluntária. Você tem o direito de sair deste estudo a

qualquer momento e por qualquer motivo. A recusa em participar ou se você sair do estudo não

afetará o seu tratamento médico, nem causarão uma perda de benefícios aos quais você tem direito,

de outra forma. A recusa não afetará a sua relação com o seu médico.

A sua participação neste estudo será interrompida pelos motivos a seguir, você concorde ou não:

Se você não seguir os procedimentos do estudo,

Se, na opinião do médico do estudo, for o melhor para você,

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 247

Se o patrocinador do estudo encerrar o estudo por qualquer motivo,

Se as autoridades regulatórias responsáveis, ou o Comitê de Ética, decidir encerrar o estudo.

Caso ocorra uma interrupção, o Comitê de Ética Institucional será informado sobre as razões do

término do estudo, para que possa aprovar esta interrupção. A interrupção deste estudo, por

qualquer razão, não prejudicará de forma alguma o acompanhamento médico ao qual você tem

direito.

CASO SEJA NECESSÁRIO CONTINUAR O SEU TRATAMENTO CONTRA MALÁRIA APÓS O FINAL DO ESTUDO, O MÉDICO DO ESTUDO IRÁ GARANTIR O SEU RETORNO AOS CUIDADOS USUAIS PRATICADOS NESSA INSTITUIÇÃO.

O ACESSO AO MEDICAMENTO EM TESTE LHE SERÁ ASSEGURADO CASO O ESTUDO COMPROVE QUE ELE É MELHOR DO QUE O TRATAMENTO CONVENCIONAL E VOCÊ TENHA PRESCRIÇÃO DE SEU INVESTIGADOR PRINCIPAL PARA USÁ-LO.

Caso você se retire do estudo antes da sua conclusão, solicitamos que participe dos procedimentos programados (exame físico, coleta de sangue, etc.), para a sua própria segurança.

Antes de sua participação no estudo clínico, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá ser pessoalmente assinado e datado por você, ou por uma testemunha independente do médico se você não puder ler ou escrever (neste caso você fornecerá sua impressão digital) e pela pessoa que conversou sobre o consentimento livre e esclarecido. Antes de assinar este termo (ou de deixar a sua impressão digital como assinatura), você deverá fazer todas as perguntas que tiver sobre o que você não entender. A equipe responsável pelo estudo responderá às suas perguntas.

Você receberá uma via deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e poderá solicitar informações adicionais, a qualquer momento durante o estudo, do médico no centro, ou poderá entrar em contato no número de telefone que neste termo.

RESPONSABILIDADES DO PACIENTE/ RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS

A partir do primeiro dia e até o final do estudo, você não deverá tomar qualquer outra medicação sem conversar antes com o médico. Se você atualmente toma outros medicamentos, é importante que informe ao médico.

Se você faltar a uma consulta, uma pessoa do centro de saúde lhe visitará em casa para verificar porque você faltou à consulta e lhe trará ao centro de saúde para avaliação.

CUSTOS, NÃO REMUNERAÇÃO E COMPENSAÇÃO

O(s) medicamento(s) do estudo, COARSUCAM™(artesunato amodiaquina da Winthrop®) e CLOROQUINA, se necessário PRIMAQUINA, serão dados a você sem nenhum custo durante o estudo. O patrocinador do estudo, sanofi-aventis, arcará com as despesas relacionadas a todos os exames requeridos pelo estudo. Portanto, sua participação neste estudo não terá nenhum custo para você. Quando for necessário, os custos de transporte até o hospital e os custos para sua alimentação nos dias de visita ao centro de estudos serão ressarcidos. No entanto, sua participação neste estudo não será remunerada.

Se você/sua parceira é mulher em idade fértil, e caso seja necessário, o método contraceptivo indicado será fornecido gratuitamente pelo patrocinador do estudo, mediante prescrição médica.

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 248

Mesmo assim, se você/sua parceira engravidar durante o estudo, você deve informar o médico do estudo imediatamente, e ele irá lhe orientar sobre os procedimentos/cuidados necessários. Seu médico do estudo será responsável por acompanhar e assistir você ou sua parceira até o final da gravidez e avaliar você/sua parceira e o estado do recém nascido. Se necessário, a assistência médica apropriada será fornecida pelo seu médico para você e/ou seu bebê.

A sanofi-aventis possui um seguro para cobrir riscos relacionados à participação no estudo.

Caso ocorra algum dano, mencionado ou não neste termo, que tenha sido resultante de sua participação no estudo, a sanofi-aventis lhe assegura o tratamento e acompanhamento médico necessário, bem como uma eventual compensação.

CONFIDENCIALIDADE

A garantia de sigilo e privacidade dos seus dados, de acordo com as normas brasileiras, será assegurada.

Toda informação obtida durante este estudo, incluindo os registros médicos, dados pessoais e da pesquisa são confidenciais. Sua identidade pessoal, quer dizer, seu nome, endereço e outros dados, permanecerão sob sigilo, no centro de estudos. A forma de garantir este sigilo será identificá-lo(a) através de um código numérico e data de nascimento. Somente a equipe do estudo será capaz de ligar o código numérico ao seu nome completo. Durante sua participação neste estudo clínico, seu médico irá coletar seus dados pessoais e os dados sobre sua saúde. Estes dados serão repassados ao patrocinador do estudo de forma codificada. Estas informações serão guardadas por pelo menos 15 anos.

Você tem o direito de acessar seus dados junto ao médico do estudo e pedir correções, caso estes estejam errados ou incompletos.

Caso você seja acompanhado por um médico pessoal, e caso você concorde com isso, o médico do estudo informará este médico sobre sua participação no estudo.

O patrocinador irá analisar os dados estatisticamente para determinar a eficácia e a segurança do COARSUCAM™ / ARTESUNATO AMODIAQUINA DA WINTHROP®, assim como obter informações gerais sobre sua doença. Além disto, seus dados codificados podem ser usados em publicações científicas.

NOVAS INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS

VOCÊ SERÁ INFORMADO PELO SEU MÉDICO O QUANTO ANTES DE TODA NOVA INFORMAÇÃO RELEVANTE QUE SE TORNE DISPONÍVEL NO DECORRER DESTE ESTUDO E QUE POSSA AFETAR SUA DECISÃO EM PARTICIPAR. SEU MÉDICO DISCUTIRÁ COM VOCÊ SE VOCÊ DESEJA OU NÃO CONTINUAR NO ESTUDO. SE VOCÊ DECIDIR SE RETIRAR, SEU MÉDICO TOMARÁ PROVIDÊNCIAS PARA QUE VOCÊ CONTINUE RECEBENDO OS CUIDADOS MÉDICOS NECESSÁRIOS.

OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES

O Investigador Principal deste estudo, médico do estudo, é o Dr. Marcus V. G. de Lacerda, que pode ser encontrado no seguinte endereço: Av. Pedro Teixeira, 25 - Manaus - Amazonas - Brasil – CEP: 69040-000 e telefone (horário comercial e fora do horário comercial) (92) 2127 3537 Celular (92) 9114 7633.

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 249

EM QUALQUER FASE DO ESTUDO, VOCÊ TERÁ ACESSO AO INVESTIGADOR E SUA EQUIPE PARA COMUNICAR SINTOMAS INESPERADOS E NÃO HABITUAIS DURANTE O ESTUDO, ESCLARECER DÚVIDAS OU PEDIR INFORMAÇÕES ADICIONAIS.

ESTE ESTUDO FOI APROVADO POR UM COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS E ESTÁ DE ACORDO COM AS NORMAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS PARA SUA REALIZAÇÃO. SE VOCÊ TIVER ALGUMA DÚVIDA OU QUISER ALGUMA INFORMAÇÃO ADICIONAL SOBRE SEUS DIREITOS COMO SUJEITO DE PESQUISA OU SOBRE OS ASPECTOS ÉTICOS DO ESTUDO, ENTRE EM CONTATO COM O COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DO AMAZONAS NO ENDEREÇO AV. PEDRO TEIXEIRA, 25 - MANAUS - AMAZONAS – CEP: 69040-000 E TELEFONES (92) 2127-3402 / (92) 2127-3432.

1. Eu li ou leram para mim o termo de consentimento livre e esclarecido para esse estudo. Recebi

todas as explicações sobre a natureza, objetivo, duração, efeitos e riscos previsíveis do estudo, assim como sobre as minhas responsabilidades. As minhas perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

2. Concordo em participar desse estudo. Concordo em cooperar totalmente com o médico do estudo e entrarei em contato com ele/ela imediatamente caso eu apresente quaisquer sintomas inesperados ou não usuais durante o estudo. Durante o período do estudo, eu informarei ao médico do estudo sobre quaisquer outros tratamentos médicos que eu possa vir a precisar.

3. Informei ao médico do estudo sobre todas as minhas doenças e medicações que venho usando, além de informar sobre todas as minhas consultas médicas recentes.

4. Informei também ao médico do estudo sobre qualquer participação minha em outros estudos clínicos no último ano.

5. Estou ciente de que se não cooperar com os pedidos e as orientações do médico do estudo, posso vir a me prejudicar ao participar deste estudo.

6. Entendo que minha participação no estudo é voluntária e que posso me recusar a participar ou posso sair do estudo a qualquer momento. Caso eu recuse participar deste estudo, não serei penalizado de nenhuma forma e minha decisão não prejudicará qualquer cuidado médico ao qual tenho direito. Entendo ainda que quaisquer informações que possam surgir durante a condução do estudo, que possam afetar minha decisão em participar, me serão passadas assim que possível.

7. Representantes do patrocinador, Comitê de Ética em Pesquisa e autoridades regulatórias nacionais e ou internacionais poderão examinar e copiar meus registros médicos para verificar as informações neles coletadas. Ao assinar este documento, autorizo este uso de meus registros.

8. Receberei uma via assinada deste consentimento. Nome do paciente: ______________________________________________________________ (a ser preenchido pelo paciente - ou representante legal/ testemunha, quando aplicável)

Assinatura do paciente: _____________________________________________ Data:________ (ou impressão digital, ou nome e assinatura do representante legal, se aplicável)

Nome da testemunha:_____________________________________________________________ (a ser preenchido pela testemunha, quando aplicável)

Assinatura da testemunha:____________________________________________ Data:________ (se aplicável)

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ADULTOS 250

Razão para a necessidade de testemunha:____________________________________________ (se aplicável)

Investigador/Sub-investigador ou pessoa que conduziu a discussão sobre o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Confirmo que expliquei pessoalmente a natureza, propósito, duração, efeitos e riscos previsíveis do estudo ao paciente acima mencionado. Nome: _______________________________________________________ Assinatura: ________________________________________ Data:_________

2. TCLE PARA CRIANÇAS

Título do estudo: UM ESTUDO RANDOMIZADO COMPARATIVO PARA AVALIAR A EFICÁCIA E TOLERABILIDADE DE TRATAMENTOS ESQUIZONTICIDAS SANGUÍNEOS COM ARTESUNATO AMODIAQUINA WHINTROP® / COARSUCAMTM (ASAQ) VERSUS CLOROQUINA (CQ) PARA MALÁRIA NÃO COMPLICADA POR MONOINFECÇÃO DE PLASMODIUM VIVAX.

Número do Estudo: ARAMF_C_05370

Composto: Coarsucam™ / Artesunato Amodiaquina da Winthrop® (uma associação de dose fixa de artesunato com amodiaquina)

Patrocinador do Estudo: Grupo Sanofi-aventis

Nome do Investigador Principal: Dr. Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda

Instituição: Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (Gerência de Malária)

Endereço: Av. Pedro Teixeira, 25 - Manaus - Amazonas - Brasil – CEP: 69040-000

Por favor, leia estas informações com atenção. Tome o tempo necessário para fazer as perguntas que você quiser. A equipe do estudo explicará qualquer palavra ou informação que você não entenda claramente.

INTRODUÇÃO

Seu filho(a) está sendo convidado(a) a participar de um estudo clínico. O médico do estudo (o médico que conduz o estudo) acha que seu filho(filha) tem as condições iniciais para poder participar do estudo. Antes de concordar que seu filho (a) participe do estudo, é muito importante que você entenda o que participação dele envolverá, entendendo as informações fornecidas neste documento. Este termo descreve o objetivo, os procedimentos, os benefícios, os riscos, os desconfortos e as precauções do estudo. Descreve também os procedimentos alternativos que estão disponíveis para seu filho(a) e seu direito para se retirar do estudo a qualquer momento.

Você deve ser bem sincero com seu médico a respeito do histórico de saúde de seu filho(a), incluindo o uso anterior e atual de outras medicações. Caso contrário, seu filho(a) poderá ser prejudicado ao participar desse estudo. O médico do estudo lhe fará perguntas sobre o histórico da saúde de seu filho(a). Será necessário que você fale sobre o uso anterior e atual de outras medicações.

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA REPRESENTANTE LEGAL DE MENORES DE IDADE

251

Se não puder ler ou escrever, uma testemunha, que é uma pessoa independente, do patrocinador e do médico lerá este documento para você. Se concordar com a participação de seu filho(a), sua impressão digital (carimbo do seu dedo polegar) substituirá a sua assinatura.

OBJETIVO DO ESTUDO

Seu filho(a) apresenta sinais de malária. A malária é uma doença causada por 4 diferentes tipos de parasitas (todos da mesma família) transmitidos por picadas de mosquitos. Um desses tipos de parasita foi encontrado no sangue de seu filho(a).

A malária pode causar febre, dor de cabeça, dor e fraqueza. Pode ser muito séria e até levar à morte se não for tratada correta e imediatamente.

Atualmente, um dos tratamentos recomendados pelas autoridades de saúde internacionais contém artesunato de amodiaquina; essa medicação combinada é conhecida pelo nome de Artesunato Amodiaquina Winthrop® / CoarsucamTM (ASAQ). Esse medicamento, ainda não está aprovado para uso no Brasil, demonstrou sua eficácia e segurança contra outro parasita da malária (Plasmodium falciparum) na África e na Colômbia. Este estudo tem o objetivo de juntar ainda mais informações sobre o medicamento, por isso a eficácia e segurança de ASAQ contra outro parasita da malária (Plasmodium vivax) será comparada a um medicamento anti-malária comumente utilizado no Brasil, chamado cloroquina.

DESCRIÇÃO DO ESTUDO

Este estudo clínico será realizado em um centro de saúde em Manaus – Estado do Amazonas (Brasil) com aproximadamente 380 pacientes com mais de 6 meses de idade.

Se você concordar que seu filho(a) participe desse estudo e se ele tiver as condições para ser selecionado, ele será tratado com artesunato amodiaquina (ASAQ) ou cloroquina. Seu filho(a) será sorteado para receber um desses tratamentos (como se fosse tirar um número de um chapéu). A duração do tratamento será de 3 dias e o acompanhamento durará 39 dias. Seu filho(a) deverá ir ao centro de saúde pelo menos 7 vezes, além de hoje.

Se seu filho(a) não tiver as condições de seleção ou se você escolher para que ele(a) não participe do estudo, não haverá nenhum problema para seu filho receber o tratamento padrão contra malária; ele terá direito a receber a mesma qualidade de tratamento por parte do pessoal do centro de saúde.

PROCEDIMENTOS DO ESTUDO

Se você concordar com a participação de seu filho(a) no estudo, o médico realizará um exame físico e coleta de amostra de seu filho(a) e verificará seu histórico médico, bem como as medicações anteriores e atuais, a fim de determinar se ele pode participar do estudo.

Visitas

Nos 3 primeiros dias, seu filho(a) deverá comparecer ao centro todas as manhãs para receber o tratamento oral (pela boca).

A partir daí, ele deverá retornar ao centro nos dias 4º, 8º, 15º, 29º e 43º.

Ao final de cada visita, seu médico marcará a data da próxima visita.

Exames

Em cada visita, será realizado um exame clínico e físico, incluindo medir temperatura corporal e a pressão do sangue do seu filho(a).

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Na primeira visita e durante as visitas sem coleta de amostra de sangue para exames laboratoriais, uma pequena quantidade de sangue será retirada por meio de uma picada no dedo para pesquisar os parasitas da malária e outra amostra de sangue será coletada e guardada em papel-filtro para análises complementares.

Nas visitas dos dias 1, 8 e 29, uma amostra de sangue igual a uma colher de café será coletada de uma veia do seu braço para exames laboratoriais e análise complementar. Uma coleta de sangue adicional poderá ser realizada nos dias 15 e 43 dependendo do estado de seu filho(a) ou se os resultados anteriores forem anormais. A equipe buscará reduzir a uma coleta de sangue por visita.

Análises complementares são:

Uma para confirmar a espécie de malária do qual seu filho (a) foi infectado, realizado no primeiro dia e no dia que ele/ela tiver um novo sinal de malária (se isso ocorrer).

Outra para estudar a dosagem do medicamento no dia 7 e no dia que ele/ela tiver um novo sinal de malária (se isso ocorrer). Especificamente para a dosagem do medicamento artesunato de amodiaquina, a amostra de sangue será analisada num país estrangeiro, mantendo a confidencialidade adequadamente, conforme requerido pelos regulamentos internacionais e nacionais.

Um Exame será realizado para uma análise complementar no futuro. Esta amostra de sangue será tomada no primeiro dia ou no dia em que o médico achar que seu filho (a) está doente novamente. Esta amostra de sangue será usada no futuro para ajudar a ter um melhor conhecimento sobre os parasitas da malária. A amostra de sangue poderá ser armazenada por 5 anos, de acordo com as leis do Brasil, no hospital, sob responsabilidade da instituição e do médico do estudo.

Atenção: Para estas análises complementares, nenhum sangue extra será retirado de você se forem realizados no mesmo dia do teste de laboratório. Mas se não forem, estas análises serão feitas de uma pequena picada onde apenas uma gota será obtida.

Esses exames não atrasarão o início do tratamento da doença.

O tratamento nesse estudo não é recomendado durante os primeiros três meses de gravidez. Por este motivo, se sua filha for uma moça jovem que pode engravidar, ela deverá concordar em usar um método contraceptivo eficaz durante o estudo, como indicado pelo seu médico do estudo. Além disso, no primeiro dia sua filha deverá fazer um teste de gravidez pela urina. Se este teste for negativo, sua filha poderá participar desse estudo. Em caso de teste de gravidez positivo, sua filha receberá o tratamento recomendado pelas diretrizes das Autoridades de Saúde usadas no Brasil para o tratamento de malária em uma mulher grávida.

Um segundo teste de gravidez será realizado no 43º dia; caso seja positivo, a saúde de sua filha e do bebê serão acompanhadas até o final da gravidez e nascimento, pelo tempo necessário.

Se seu filho(a) tiver 10 anos de idade ou mais, nas consultas dos dias 1, 3 e 29 será realizado um eletrocardiograma, que é um exame do coração com equipamento especial que não penetra no corpo Este exame não causa dor.

Todos os resultados desses exames serão comunicados a você e permanecerão confidenciais.

Se o tratamento dado ao seu filho(a) não estiver funcionando bem, um novo tratamento será imediatamente administrado, sem custos para você.

RISCOS OU INCONVENIÊNCIAS RAZOAVELMENTE PREVISÍVEIS

Nos estudos anteriores, não foram informados sinais de intolerância graves em relação a esse tratamento; mas, caso seu filho(a) sinta algo incomum , favor informar ao seu médico assim que possível. Não interrompa o tratamento por sua própria vontade. Todos os sinais listados abaixo em geral são reversíveis e leves.

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O uso do ASAQ pode envolver os seguintes efeitos colaterais:

- Eventos mais frequentes: perda do apetite (fome), dificuldade para dormir, sono, dor de barriga, náusea (enjôo), fraqueza, cansaço, tosse.

- Eventos não comuns: bronquite aguda, problema no estômago e intestino, fungo oral, diminuição na contagem de células vermelhas do sangue (anemia), hipoglicemia (pouco açúcar no sangue), alucinações, formigamento e dormência dos membros, amarelamento dos olhos, tontura, distúrbios do batimento do coração, diarréia, vômitos, coceira, feridas na pele, inchaço na face, problemas na pele, dor nas juntas, inchaço dos membros, febre.

Efeitos colaterais que podem estar ligados à amodiaquina, um dos ingredientes ativos do ASAQ:

- Baixa contagem de células brancas do sangue (que podem lhe tornar mais sujeito a infecções), problemas graves da função do fígado, problemas de visão, cor cinza na pele, especialmente dos dedos e partes mucosas (dentro da sua boca), problemas no sistema nervoso e muscular.

O uso de Cloroquina pode envolver os seguintes efeitos:

- Eventos frequentes: Visão anormal ou embaçada, dor de cabeça, problemas no estômago e intestino, náuseas (enjôo), vômitos, dor de barriga, coceira.

- Eventos menos frequentes: cansaço, nervosismo, ansiedade, fraqueza, coloração azul da boca, unhas e pele, branqueamento dos cabelos, perda de cabelo, feridas na pele.

- Eventos raros: irritabilidade, agitação, agressividade, confusão, alteração da consciência (efeitos sobre o comportamento), alteração da saúde do coração pelo resultado do exame de eletrocardiograma , contagem baixa de alguns tipos de células do sangue, fraqueza muscular, problemas de audição.

A coleta de sangue pode causar algum desconforto, sangramento ou mancha roxa, mas, raramente causa tonturas. Antes de cada coleta de amostra de sangue, o braço ou dedo será desinfetado e será usada uma nova seringa e agulha para coletar o sangue.

Durante o período do estudo, seu filho(a) pode apresentar efeitos colaterais ou desconfortos que não estão listados neste termo. Informe ao médico ou à equipe do estudo imediatamente se seu filho(a) apresentar algum problema. Seu filho(a) receberá assistência médica adequada.

BENEFÍCIOS RAZOAVELMENTE ESPERADOS

Esse estudo clínico oferece benefício individual direto para os participantes porque o medicamento em teste já está aprovado em alguns países e sua eficácia já é conhecida. Os exames laboratoriais realizados permitirão ao médico do estudo determinar se seu filho(a) está ou não infectado pelo parasita da malária. Se seu filho(a) estiver infectado, esses tratamentos poderão melhorar sua saúde e seu filho(a) será monitorado de perto por 42 dias.

Além disso, você deverá retornar à clínica para futuras avaliações e/ou tratamentos se seu filho(a) estiver doente. Outras doenças relacionadas ao estudo que ocorram durante o período do estudo serão tratadas.

A participação de seu filho(a) nos ajudará a entender melhor essa medicação e atingir os objetivos do estudo. A sua comunidade também poderá se beneficiar dos resultados deste estudo no futuro.

PROCEDIMENTOS OU TRATAMENTOS ALTERNATIVOS

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Mesmo se você decidir que seu filho(a) não deve participar do estudo, ele receberá um tratamento adequado. Se tiver dúvidas a respeito das alternativas de tratamento, favor fazer as suas perguntas ao seu médico do estudo. Você e seu médico podem decidir qual o melhor tratamento para seu filho(a).

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA NO ESTUDO – RETIRADA DO ESTUDO

A participação de seu filho(a) neste estudo é totalmente voluntária. Você tem o direito de retirar a participação de seu filho(a) a qualquer momento e por qualquer razão. Recusar-se a participar ou descontinuar o estudo não afetará a assistência médica ao seu filho(a) ou perda de benefícios aos quais ele tenha direito de outra forma. A recusa não afetará sua relação com o seu médico.

A participação de seu filho(a) neste estudo será interrompida pelos motivos a seguir , você concorde ou não:

Se seu filho(a) não seguir os procedimentos do estudo,

Se, na opinião do médico do estudo, for o melhor para seu filho(a),

Se o patrocinador do estudo encerrar o estudo, por qualquer motivo,

Se as autoridades regulatórias responsáveis ou o Comitê de Ética decidir encerrar o estudo.

Caso ocorra uma interrupção, o Comitê de Ética Institucional será informado sobre as razões do término do estudo, para que possa aprovar esta interrupção. A interrupção deste estudo, por qualquer razão, não prejudicará de forma alguma o acompanhamento médico ao qual seu filho(a) tem direito.

Caso seja necessário continuar o seu tratamento contra malária após o final do estudo, o médico do estudo irá garantir o seu retorno aos cuidados usuais praticados nessa instituição.

O acesso ao medicamento em teste lhe será assegurado caso o estudo comprove que ele é melhor do que o tratamento convencional e você tenha prescrição de seu investigador principal para usá-lo.

Caso você retire a participação de seu filho(a) no estudo antes da sua conclusão, solicitamos que ele/ela participe dos procedimentos programados (exame físico, amostra de sangue, etc.) para a própria segurança de seu filho(a).

Antes da participação de seu filho(a) no estudo clínico, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deve ser pessoalmente assinado e datado por você, ou por uma testemunha independente do médico, se você não puder ler ou escrever (neste caso você fornece sua digital) e pela pessoa que conversou sobre o consentimento livre e esclarecido. Se seu filho(a) for capaz de entender esse estudo, ele/ela deverá assinar um termo de assentimento após ler (ou ouvir quando o documento for lido) ou, se não souber ler, deve imprimir a digital. Antes de assinar esse termo (deixar sua impressão digital como assinatura), você deverá fazer todas as perguntas que tiver sobre o que você não entendeu. A equipe responsável pelo estudo responderá suas perguntas.

Você receberá uma via deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e poderá solicitar informações adicionais a qualquer momento durante o estudo, do médico no centro ou poderá entrar em contato no número de telefone que está neste termo.

RESPONSABILIDADES DO PACIENTE/RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS

A partir do primeiro dia e até o final do estudo, seu filho(a) não deverá tomar qualquer outra medicação sem conversar antes com o médico. Se atualmente seu filho(a) estiver tomando outros medicamentos é importante que você informe ao médico .

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Se seu filho(a) faltar a uma consulta, uma pessoa do centro de saúde lhe visitará em casa para verificar porque ele/ela faltou à consulta e trará você e seu filho(a) ao centro de saúde para avaliação.

CUSTOS, NÃO REMUNERAÇÃO E COMPENSAÇÃO

O(s) medicamento(s) do estudo, COARSUCAM™(artesunato amodiaquina da Winthrop®) e CLOROQUINA, se necessário PRIMAQUINA, serão dados a você sem nenhum custo durante o estudo. O patrocinador do estudo, sanofi-aventis, arcará com as despesas relacionadas a todos os exames requeridos pelo estudo. Portanto, a participação de seu filho(a) neste estudo não terá nenhum custo para você. Quando for necessário, os custos de transporte até o hospital e os custos para alimentação nos dias de visita ao centro de estudos serão ressarcidos. No entanto, a participação de seu filho(a) neste estudo não será remunerada.

Se sua filha/parceira de seu filho é uma jovem mulher em idade fértil, e caso seja necessário, o método contraceptivo indicado será fornecido gratuitamente pelo patrocinador, mediante prescrição médica.

Mesmo assim, se sua filha/parceira de seu filho engravidar durante o estudo, vocês devem informar o médico do estudo imediatamente, e ele irá orientar sobre os procedimentos/cuidados necessários. Seu médico do estudo será responsável por acompanhar e assistir sua filha ou parceira de seu filho até o final da gravidez e avaliar sua filha/parceira de seu filho e o estado do recém nascido. Se necessário, a assistência médica apropriada será fornecida pelo seu médico para você e/ou seu bebê.

A sanofi-aventis possui um seguro para cobrir riscos relacionados à participação no estudo.

Caso ocorra algum dano, mencionado ou não neste termo, que tenha sido resultante de sua participação no estudo, a sanofi-aventis lhe assegura o tratamento e acompanhamento médico necessário, bem como uma eventual compensação.

CONFIDENCIALIDADE

A garantia de sigilo e privacidade dos dados de seu filho(a), de acordo com as normas brasileiras, será assegurada.

Toda informação obtida durante este estudo, incluindo os registros médicos, dados pessoais e da pesquisa são confidenciais. A identidade pessoal de seu filho(a), quer dizer, seu nome, endereço e outros dados, permanecerão sob sigilo, no centro de estudos. A forma de garantir este sigilo será identificá-lo(a) através de um código numérico e data de nascimento. Somente a equipe do estudo será capaz de ligar o código numérico ao nome completo. Durante sua participação neste estudo clínico, seu médico irá coletar dados pessoais e os dados sobre a saúde de seu filho(a). Estes dados serão repassados ao patrocinador do estudo de forma codificada. Estas informações serão guardadas por pelo menos 15 anos.

Você tem o direito de acessar os dados de seu filho(a) junto ao médico do estudo e pedir correções, caso estes estejam errados ou incompletos.

Caso seu filho(a) seja acompanhado por um médico pessoal, e caso você concorde com isso, o médico do estudo informará este médico sobre a participação de seu filho(a) no estudo.

O patrocinador irá analisar os dados estatisticamente para determinar a eficácia e a segurança do COARSUCAM™ / ARTESUNATO AMODIAQUINA DA WINTHROP®, assim como obter informações

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gerais sobre sua doença. Além disto, seus dados codificados podem ser usados em publicações científicas.

NOVAS INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS

Você será informado pelo seu médico o quanto antes de toda nova informação relevante que se torne disponível no decorrer deste estudo e que possa afetar sua decisão em seu filho(a) participar. Seu médico discutirá com você se seu filho(a) deseja ou não continuar no estudo. Se você decidir retirar seu filho(a), seu médico tomará providências para que ele/ela continue recebendo os cuidados médicos necessários.

OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES

O Investigador Principal deste estudo, médico do estudo, é o Dr. Marcus V. G. de Lacerda, que pode ser encontrado no seguinte endereço: Av. Pedro Teixeira, 25 - Manaus - Amazonas - Brasil – CEP: 69040-000 e telefone (horário comercial e fora do horário comercial) (92) 2127 3537 Celular (92) 9114 7633.

Em qualquer fase do estudo, você terá acesso ao investigador e sua equipe para comunicar sintomas inesperados e não habituais durante o estudo, esclarecer dúvidas ou pedir informações adicionais.

Este estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos e está de acordo com as normas nacionais e internacionais para sua realização. Se você tiver alguma dúvida ou quiser alguma informação adicional sobre seus direitos como sujeito de pesquisa ou sobre os aspectos éticos do estudo, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas no endereço Av. Pedro Teixeira, 25 - Manaus - Amazonas – CEP: 69040-000 e telefones (92) 2127-3402 / (92) 2127-3432.

1. Eu li ou leram para mim o termo de consentimento livre e esclarecido para esse estudo. Recebi todas as explicações sobre a natureza, objetivo, duração, efeitos e riscos previsíveis do estudo, assim como sobre as minhas responsabilidades. As minhas perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

2. Concordo que meu filho(a) participe desse estudo. Concordo em cooperar totalmente com o médico do estudo e entrarei em contato com ele/ela imediatamente caso meu filho(a) apresente quaisquer sintomas inesperados ou não usuais durante o estudo. Durante o período do estudo, eu informarei ao médico do estudo sobre quaisquer outros tratamentos médicos que meu filho(a) possa vir a precisar.

3. Informei ao médico do estudo sobre todas as doenças de meu filho(a) e medicações que ele/ela usa, além de informar sobre todas as consultas médicas recentes.

4. Informei também ao médico do estudo sobre qualquer participação de meu filho(a) em outros estudos clínicos no último ano.

5. Estou ciente de que se não cooperar com os pedidos e as orientações do médico do estudo, meu filho(a) pode vir a se prejudicar ao participar deste estudo.

6. Entendo que a participação de meu filho(a) no estudo é voluntária e que ele/ela pode recusar a participar ou sair do estudo a qualquer momento. Caso ele/ela recuse participar deste estudo, não será penalizado de nenhuma forma e esta decisão não prejudicará qualquer cuidado médico ao qual meu filho(a) tenha direito. Entendo ainda que quaisquer

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informações que possam surgir durante a condução do estudo, que possam afetar minha decisão em meu filho(a) participar, me serão passadas assim que possível.

7. Representantes do patrocinador, Comitê de Ética em Pesquisa e autoridades regulatórias nacionais e ou internacionais poderão examinar e copiar registros médicos de meu filho(a) para verificar as informações neles coletadas. Ao assinar este documento, autorizo este uso dos registros de meu filho(a).

8. Receberei uma via assinada deste consentimento.

Anexo – INFORMAÇÕES PARA PACIENTES MENORES DE IDADE

O médico descobriu que você está com uma doença chamada malária.

Essa doença é causada por um parasita (parasita é um bichinho muito pequeno, microscópico, que vive em seu corpo) e que entrou em seu sangue por uma picada de mosquito.

Já existem medicamentos para essa doença, mas, alguns não são totalmente eficazes, por isso devemos continuar a procurar por medicamentos que possam funcionar melhor.

O médico que sabe muito a respeito dessa doença gostaria de convidá-lo a experimentar um novo medicamento chamado Artesunato Amodiaquina (ASAQ). Esse tratamento ainda não é utilizado no Brasil. Outros pacientes, em outros países, particularmente na África, já foram tratados com esse medicamento e ele demonstrou sua eficácia e segurança contra um outro parasita responsável pela malária. O parasita que foi encontrado em seu corpo é da mesma família daquele que existe na África. A eficácia e a segurança do ASAQ serão comparadas neste estudo com um remédio para malária comumente utilizado em seu país, chamado de cloroquina.

Sempre que os pacientes estejam testando esse medicamento, e mesmo depois, eles serão acompanhados por um médico. Terão a assistência de outras pessoas que conhecem tudo sobre a malária e sobre experimentos com medicamentos.

Existem leis e regulamentos muito precisos que protegem os pacientes que estão testando os medicamentos; que serão seguidos pelo médico e o pessoal que organizou este estudo.

O médico já falou com seus pais (ou com a pessoa que cuida de você) a respeito deste estudo.

Ele explicou, com detalhes, como será realizado este teste.

Seus pais concordaram que seu médico falasse com você a respeito deste teste e sabem que também estamos solicitando seu consentimento.

Se você concorda em participar do estudo, o médico realizará alguns exames na primeira consulta:

Retirada de uma amostra de sangue, o que significa que o médico usará uma agulha para retirar uma pequena quantidade de sangue de uma veia em seu braço e irá coletá-la em um pequeno tubo. Esse sangue será examinado mais tarde para medir as coisas que contêm. Você poderá sentir alguma dor na área onde a agulha picar e, às vezes, poderá aparecer uma pequena mancha roxa.

Quando não for coletada nenhuma amostra de sangue, umas poucas gotas de sangue

serão retiradas de seu dedo. Você poderá sentir um pouco de dor ou ter medo quando seu dedo for picado. O sangue será colocado sobre um pequeno vidro e sobre um pequeno pedaço de papel. Isso será usado para estudar a malária em seu corpo.

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A temperatura de seu corpo e sua pressão sanguínea serão medidas. Exames da saúde do coração serão realizados com equipamentos especiais que não

entram no seu corpo e não causam dor (esse teste só será realizado em pacientes com 10 anos de idade ou mais).

Se você é uma moça jovem que pode engravidar, o médico pedirá que você use um método anticoncepcional durante o estudo e faça um exame de urina para verificar se você está grávida ou não, porque o tratamento desse estudo não é recomendado durante o primeiro trimestre da gravidez. Se o resultado do teste for negativo, será possível que você participe do estudo.

Um segundo teste de gravidez será feito no 43º dia; caso o resultado seja positivo, será realizado um acompanhamento até o fim da sua gravidez para verificar sua saúde e a do seu futuro bebê.

Após estes testes, o médico decidirá se você pode tomar o medicamento.

Para decidir qual tratamento você vai receber no estudo, se ASAQ ou cloroquina, será feito como um sorteio. A cada manhã, nos primeiros 3 dias do estudo, você visitará o médico para tomar o medicamento pela boca.

Você deverá retornar ao médico 7 vezes após esta primeira visita, para verificar se tudo está indo bem. Durante cada visita de acompanhamento, o médico repetirá alguns dos exames realizados na primeira visita. O sangue colhido com uma picada no dedo será retirado no máximo 7 vezes. Será necessária uma pequena amostra de sangue que será retirada de seu braço. Isto acontecerá somente duas vezes. Sua temperatura será medida em cada visita. Se você tiver até 10 anos de idade, faremos dois exames do coração.

Após 42 dias, o estudo será encerrado.

Se o médico decidir que você não pode tomar este medicamento, você será tratado com outro tratamento padrão para malária e receberá a assistência de seu médico com a mesma qualidade.

As vantagens e as desvantagens dos medicamentos utilizados neste estudo são conhecidas. Você pode sentir-se um pouco mal e ter enjôos, vômitos, dor de barriga, perda de apetite, dor de cabeça, tontura, problemas no sono, tosse, problemas de visão, sentir cansado e nervoso, coceira, feridas na pele, cor azulada da boca, unhas e pele.

Mas o medicamento poderá apresentar alguns efeitos indesejáveis ou alguns efeitos que ainda não sabemos. Se algo fora do normal acontecer com você, não deixe de informar aos seus pais, ao médico ou à sua equipe. Você tem liberdade para informar seus pais e seu médico, a qualquer momento, quanto às suas preocupações ou dúvidas. O médico também forneceu informações aos seus pais sobre o que fazer caso você tenha algum problema ou fique doente durante o estudo.

Se alguma coisa não estiver clara para você ou se não entendeu tudo, faça todas as perguntas que quiser ao seu médico (ou a alguém da equipe dele), até que você tenha entendido tudo.

Se você decidir participar do estudo, seus pais (ou a pessoa que cuida de você) também deverão concordar.

Se você não concorda em participar desse estudo, poderá dizer não sem qualquer problema, mesmo se seus pais tenham concordado. A escolha é sua. O médico continuará a cuidar de você e ninguém ficará preocupado ou chateado com você. Você não tem que participar desse estudo para ser tratado pelo médico.

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA REPRESENTANTE LEGAL DE MENORES DE IDADE

259

Se você concordar em participar, o médico pedirá que assine um termo de assentimento (que lhe será apresentado após ter lido estas informações), ou para ser assinado com seu nome ou para fazer sua impressão digital (carimbo do polegar).

Entretanto, mesmo se disser agora que concorda, poderá mudar de idéia a qualquer momento e dizer que não quer mais participar do estudo.

Você deve discutir a respeito com seus pais (ou com a pessoa que cuida de você) e com o médico, para que possa ser tratado de outra forma.

O médico estará autorizado a falar com você a respeito da sua participação nesse estudo, apenas com você, seus pais (ou a pessoa que cuida de você) ou com as pessoas que trabalham no estudo. O médico não falará a respeito com ninguém mais, só se você ou seus pais (ou a pessoa que cuida de você) concordarem. As informações sobre você que serão coletadas do estudo serão guardadas e ninguém, exceto o médico e sua equipe, poderá vê-las. Qualquer informação a seu respeito receberá um número no lugar do seu nome. Apenas o médico e sua equipe saberão qual é o seu número.

Quando tivermos terminado a pesquisa, informaremos a você e aos seus pais o que foi aprendido.

Use o tempo que precisar para pensar a respeito antes de tomar sua decisão e não hesite em falar sobre este estudo com seus pais (ou a pessoa que cuida de você) ou com qualquer pessoa de sua confiança.

Nome do Paciente: ___________________________________________________________

(a ser preenchido pelo paciente ou seu representante legal/testemunha, se aplicável)

Assinatura do Paciente: ______________________________________________Data:___________ (assinatura do paciente ou impressão digital, se aplicável)

Nome do Representante Legal: _______________________________________________________ (a ser preenchido pelo representante legal ou testemunha, se aplicável)

Assinatura do Representante Legal: ____________________________________Data:__________ (assinatura do representante legal ou impressão digital, se aplicável)

Nome da Testemunha: ____________________________________________________ (a ser preenchido pela testemunha, se aplicável)

Assinatura da Testemunha: __________________________________________Data:___________ (se aplicável)

Razão da necessidade de Testemunha: ______________________________________ (se aplicável)

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA REPRESENTANTE LEGAL DE MENORES DE IDADE

260

Pesquisador/Sub-pesquisador ou pessoa que liderou as discussões a respeito do Termo de Consentimento Informado/ Consentimento

Confirmo que expliquei, pessoalmente, a natureza do estudo, seu propósito, sua duração, seus riscos e seus efeitos previsíveis para o paciente acima mencionado.

Nome: _______________________________________________________________

Assinatura:__________________________________________ Data: ____________

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261

ANEXO F: CARTA DE APROVAÇÃO FINAL DO PROJETO NO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA

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262

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263

ANEXO G: APROVAÇÃO DE PROJETO NA ANVISA

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264

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265

ANEXO H: POP DE PREPARO E LEITURA DE LÂMINAS PARA DIAGNÓSTICO DE MALÁRIA

E QUANTIFICAÇÃO DE PARASITEMIA

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266

POP_MAL_LB_001_v01_PT

Procedimento Operacional Padrão

Gerência de Malária

Código POP POP_MAL_LB_001_v01_PT

Título Preparo e leitura de lâminas para detecção de Plasmodium spp.

Idioma da versão original Português

Escrito ou traduzido por: Revisado por: Aprovado por: Data de aplicação:

André M. Siqueira; Camila

Menezes

Data & assinatura

Data & assinatura Data da próxima

Data & assinatura

revisão:

Emenda Razão da emenda

1 OBJETIVOS Descrever os procedimentos para preparo, coloração, leitura e registro de resultado de lâminas para detecção de Plasmodium spp. utilizando gota espessa.

1. DEFINIÇÕES Não se aplica.

7. APLICÁVEL A Todas as lâminas coletadas para detecção de Plasmodium spp. durante os estudos PregVAx, “Epidemiologia da Malária no Município do Careiro, Amazonas” e “Caracterização Clínica da Malária Complicada por Plasmodium vivax”.

15. RESPONSABILIDADES Pessoal encarregado da coleta das amostras, técnicos e microscopistas, chefia do laboratório.

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267

24. POP'S RELACIONADOS Seguimento dos participantes no estudo “Epidemiologia da Malária no Município do Careiro, Amazonas” (versão atual do POP_MAL_TC_002). Triagem e seguimento dos pacientes no estudo de malária grave por Plasmodium vivax (versão atual do POP_MAL_HO_001). 6 PROCEDIMENTOS

6.1 Coleta e identificação das amostras

A depender do protocolo do estudo, em cada local (campo, unidade básica de saúde ou hospital) serão coletadas:

duas gotas espessas por indivíduo; ou quatro lâminas por pessoa - duas com duas gotas espessas na mesma lâmina e duas com esfregaço.

Após limpar a polpa do dedo anelar com algodão embebido em álcool a 70%. Fazer a punção digital com lanceta estéril. Comprimir o dedo suavemente. Duas gotas espessas serão preparadas na mesma lâmina, alternativamente a uma gota espessa e um esfregaço. Confeccionar uma gota espessa homogênea de 1,5 x 1,0 cm na lâmina de vidro. Uma etiqueta de identificação, contendo código de barras e números únicos, será colada na margem da lâmina, como segue:

IIII

IIII

IIII

II

I 00

55

00

11

1

IIII

IIII

IIII

II

I 00

55

00

11

1

Gota Gota espessa 1 espessa 2

Os três formulários seguintes serão preenchidos no momento da coleta da lâmina no hospital, na unidade básica de saúde ou no campo:

Uma Ficha de amostras de laboratório Cada estudo tem uma diferente Ficha de amostras de laboratório, onde os tipos de amostras coletadas de cada estudo são especificados. Uma etiqueta de identificação de amostra será pregada e o nome o número de identificação no estudo de cada paciente será preenchido.

Um formulário de Resultado da primeira leitura de lâmina (versão atual do POP_MAL_LB_001_A01) e de Resultado da segunda leitura de lâmina (versão atual do POP_MAL_LB_001_A02).

Uma etiqueta de identificação será colada em cada formulário, que também será preenchido com nome e número de identificação permanente (NIP) do paciente no estudo, além da data de coleta da lâmina.

6.2 Recepção de amostras no laboratório

As lâminas serão levadas inicialmente para o laboratório mais próximo ao local da coleta (campo, unidade básica de saúde ou hospital) onde serão devidamente coradas (seção 6.3) e será realizada a leitura rápida. Para leitura de densidade parasitária, as lâminas serão enviadas ao laboratório da Gerência de Malária acompanhadas de:

Uma Ficha de amostras de laboratório para cada paciente, acompanhada de:

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Um formulário de Resultado da primeira leitura de lâmina (versão atual do POP_MAL_LB_001_A01) e um de Resultado da segunda leitura de lâmina (versão atual do POP_MAL_LB_001_A02) para cada paciente

Quando as amostras chegarem ao laboratório, a pessoa encarregada da recepção checará se todas as amostras registradas na Ficha de amostras de laboratório foram entregues.

A Ficha de amostras de laboratório será preenchida no local da coleta em ordem de data. Após a recepção, caso não sejam realizada a leitura da densidade parasitária no mesmo momento da chegada, estas serão aramazenadas conforme procedimento descrito na seção 8.

6.3 Coloração 6.3.1 Reagentes

Azul de metileno fosfatado Solução alcoólica de Giemsa estoque Solução alcoólica de Giemsa diluída 1:10 Água tamponada

6.3.1.1 Preparação

Azul de metileno fosfatado

Azul de metileno medicinal em pó 16H

18ClN

3S 200 mg

Fosfato de sódio monobásico NaH2PO4 600 mg Fosfato de potássio bibásico K2HPO4 200 mg Água destilada H2O 250 mL Filtrar para retirar as impurezas

Solução alcoólica de Giemsa estoque Corante Giemsa em pó C14H14ClN3S 750 mg Álcool metílico PA CH3OH 65 mL Glicerina PA CH2(OH)CH(OH)CH2OH 35 mL Agitar bem (várias vezes por dia) em garrafa contendo pérolas de vidro.

Manter o recipiente tampado em forma de estoque.

Filtrar quando necessário.

Solução alcoólica de Giemsa diluída 1:10 Solução alcoólica de Giemsa estoque 1 gota Água tamponada 1mL

Água tamponada Fosfato bibásico de sódio Na2HPO4 6 g Fosfato monobásico de potássio KH2PO4 4 g Misturar em gral de porcelana.

Diluir 1 g da mistura em 1000 mL de água destilada.

6.3.1.2 Armazenamento dos reagentes

Os reagentes utilizados nesse procedimento devem ser armazenados em temperatura ambiente.

6.3.2 Procedimento 1ª fase: Desemoglobinização pela solução hipotônica de azul de metileno.

Aplicar a solução de azul de metileno fosfatado sobre a gota espessa de sangue, por dois segundos.

Enxaguar a lâmina com água tamponada (sem jato forte).

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269

2ª fase: Coloração pela solução de Giemsa para coloração da gota espessa.

As lâminas devem ser coradas dentro de 72 horas com uma solução de Giemsa a 10% com água tamponada.

Colocar a lâmina com o lado da gota voltada para a superfície da placa de coloração. Preparar uma solução de Giemsa na proporção de uma gota de corante para 1ml (1 gota) de água tamponada. Homogeneizar Aplicar esta solução na placa côncava de coloração, sob a lâmina invertida. Deixar corar por 10 minutos. Enxaguar com água tamponada (sem jato forte). Secar ao calor suave ou sob ventilação.

3ª fase: Coloração do esfregaço método de Giemsa

Fixar o esfregaço com álcool metílico por um minuto. Deixar secar.

Colocar a lâmina invertida sobre a placa de coloração. Despejar a diluição do corante de Giemsa na proporção de uma gota do corante para 1ml de água tamponada.

Deixar corar por 20 a 30 minutos. Enxaguar com jato forte de água tamponada. Secar ao calor suave ou sob ventilação.

4ª fase: Montagem das lâminas (no caso de a leitura da densidade parasitária não for realizada no mesmo dia da coloração, realizar a montagem, como segue):

Pingar duas a três gotas de Entelan® em cada lâmina. Colocar uma lamínula sobre as gotas.

Deixar secar sob temperatura ambiente. 6.4 Controle de qualidade da coloração de lâminas

A solução de Giemsa deve ser controlada antes do uso. Isto é realizado preparando a solução de Giemsa 1:10 que será usada e corando uma lâmina sabidamente positiva. Não deve haver coloração das hemácias.

Cada nova preparação de Giemsa deve ser submetida a controle de qualidade. O tampão de pH deve ser checado utilizando pHmetro ou fita, estando o pH a 7,2. O pH deve ser ajustado se necessário. O tampão deve ser analisado ao menos duas vezes por semana se for preparado em grandes quantidades.

6.5 Leitura

Antes do início da contagem, o equivalente a 0.25 Ml de sangue (aproximadamente 100 campos utilizando uma ocular de 10X e uma objetiva de 100X) deverá ser examinado para determinar a espécie do parasito e estágios que possam estar presentes.

Coloque uma gota de óleo de imersão sobre a lamínula. Ligue o microscópio. Cheque a presença de ocular de 10X.

Com o condensador elevado, a lâmina corada é colocada no suporte e a fonte de luz é ajustada visibilizando pela ocular e pela objetiva de 100X.

POP_MAL_LB_001_v01_PT

Ao mover lentamente a objetiva de imersão, uma camada de óleo será formada entre a lâmina e a lente. O ajuste fino é usado para focar o campo; a lente não deve tocar a lâmina. O exame microscópico deve ser sistemático e padronizado. Ele deve iniciar pela extremidade esquerda da lâmina. A leitura é iniciada da periferia do campo e termina no centro. Quando o campo

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270

está lido, move-se a lâmina longitudinalmente para examinar os campos adjacentes. Move-se a lâmina verticalmente para que outra fileira/largura seja lida. Há cerca de 100 campos em um eixo de 2 cm da lâmina; No início será realizada a leitura rápida das lâminas para guiar o tratamento e, após, será feita a quantificação da densidade parasitária para determinar o resultado final.

6.5.1 Leitura rápida

As lâminas serão lidas imediatamente após a coleta para guiar o tratamento. Tal leitura será realizada tanto no posto de saúde / hospital, quanto para as lâminas que sejam levadas diretamente para o laboratório.

A leitura rápida será realizada conforme a prática padrão em cada centro. Os resultados da leitura rápida serão transcritos no formulário apropriado de cada estudo (versões atuais de POP_MAL_TC_002_A01, POP_MAL_TC_002_A02, POP_MAL_HO_002_A01, POP_MAL_HO_002_A02)

6.5.2 Leitura da densidade parasitária: parasitos por l

Uma vez coradas, as lâminas serão colocadas em caixas e distribuídas com o formulário de primeira leitura de lâmina (versão atual de POP_MAL_LB_001_A01) ao microscopista que realizará a primeira leitura. Para contagem de parasitos e leucócitos separadamente, dois contadores devem ser usados, um para as formas assexuadas do parasito e outro para os leucócitos. Caso detecte-se infecção mista, outro contador deverá ser utilizado para a contagem de formas da outra espécie.

Determinando uma lâmina como negativa O microscopista irá ler a lâmina até que 200 campos tenham sido contados.

A lâmina apenas será determinada negativa quando nenhum parasito for encontrado em 200 campos.

Caso sejam vistas formas assexuadas de Plasmodium spp. O microscopista contará parasitos até que o número de 500 leucócitos ou 500 parasitos seja alcançado. Caso o microscopista já tenha contado 500 leucócitos ou mais quando o primeiro parasito for visto, a leitura será interrompida. A contagem de parasitos ou leucócitos não será interrompida até que o campo inteiro seja lido. Este método será usado tanto para infecções únicas ou mistas por Plasmodium. No segundo caso, os parasitos de cada espécie deverão ser contados separadamente. A contagem parasitária em relação à contagem de leucócitos pode ser convertida a parasitos

por l usando a seguinte fórmula matemática:

Nº de parasitos X 8000 / Nº de leucócitos = parasitos por l

Está fórmula será calculada para cada espécie de parasito encontrada. Caso o número de leucócitos para cada participante seja conhecido ( ex: estudo de malária vivax grave), a densidade pode ser calculada mais precisamente com a seguinte fórmula:

Nº de parasitos X Nº de leucócitos / Nº de leucócitos = parasitos por l

A contagem de gametócitos será feita de forma específica para cada espécie. Este procedimento é semelhante aos métodos diagnósticos preconizados pelas diretrizes do CLSI do CDC (contagem superior a 500 parasitos ou 1000 leucócitos) e também similar às diretrizes da OMS (que para densidades < 10 parasitos por 200 leucócitos propõe contar acima de 500 leucócitos, mas que para densidades superiores a 10 parasitos por 200 leucócitos propõe parar a contagem ao atingir 200 leucócitos). Após a primeira leitura, as lâminas serão mantidas na mesma ordem na bandeja ou caixa para serem lidas posteriormente por outro microscopista. As lâminas serão entregues conjuntamente com o formulário de segunda leitura de lâmina (versão atual de POP_MAL_LB_001_A02) ao microscopista

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que realizará a segunda leitura, assegurando-se que não seja a mesma pessoa que realizou a primeira leitura e que esta pessoa não tenha acesso aos resultados no formulário de primeira leitura de lâmina.

6.6 Registro dos resultados

O microscopista registrará os resultados da leitura em l nos formulários de primeira e segunda leitura de lâmina. A primeira seção do formulário, incluindo a etiqueta de identificação da amostra, já haverá sido preenchida no momento da coleta da amostra. A seção de Resultados será preenchida pelo microscopista com a seguinte informação:

Caso a lâmina for negativa, o número de campos examinados será registrado (deve ser 200) e o número de parasitos deverá ser 0 para todas as espécies. Caso a lâmina for positiva, o número de leucócitos contados e o número de formas assexuadas de parasitos contados para cada espécie deverão ser registrados.

O número de gametócitos para cada espécie também deverá ser registrado. Caso a lâmina não possa ser lida, o motivo deverá ser registrado (não encontrada, quebrada, má qualidade). O microscopista assinará e datará o formulário com a data da leitura e registrará seu código do estudo. O microscopista que realizar a primeira leitura registrará os resultados no formulário de primeira leitura de lâmina (versão atual de POP_MAL_LB_001_A01) e o que realizar a segunda leitura registrará os resultados no formulário de segunda leitura de lâmina (versão atual de POP_MAL_LB_001_A02). Os formulários Resultado de primeira leitura e Resultado de segunda leitura serão enviados diariamente ao centro de registro de dados para serem inseridos nas bases de dados. Tais formulários serão então armazenados pelos investigadores.

7 CÁLCULO DA DENSIDADE PARASITÁRIA E CONTROLE DE QUALIDADE INTERNA

Todas as lâminas serão lidas duas vezes independentemente e os resultados registrados em diferentes formulários de resultados de leitura de lâmina (primeira e segunda leituras), que serão inseridos nas bases de dados.

As lâminas que NÃO caírem nos seguintes critérios deverão ser lidas uma terceira vez: Ambas as lâminas positivas, tendo ambas as leituras > 400 parasitos por l e a proporção de densidades de ambas as leituras (maior contagem / menor contagem) < 2. Ambas as lâminas positivas e uma ou ambas tem contagem < 400 parasitos por l e a maior contagem é menos que um log 10 superior à menor contagem.

Ambas as lâminas negativas. Um programa de computador gerará uma lista com as lâminas que devem ser lidas uma terceira vez, baseado na proporção das densidades das duas primeiras leituras. No centro de dados o programa produzirá impresso que será a ficha de Resultado de terceira leitura de lâmina e incluirá o número de identificação de amostra, o número de identificação permanente, a posição na caixa e os códigos dos microscopistas que realizaram as primeira e segunda leituras. No laboratório a lâmina será retirada da posição na caixa correspondente e será lida a terceira vez por um microscopista. O microscopista que realiza a terceira leitura registrará os resultados no impresso, que será então devolvido ao centro de dados e inserido nas bases de dados. O resultado definitivo (após a segunda leitura no caso de concordância ou após a terceira leitura caso não haja concordância entre as duas primeiras) será calculado por um programa de computador e levará em conta os seguintes critérios:

Caso ambas as leituras sejam negativas, o resultado final será negativo. Caso as duas lâminas sejam positivas e haja concordância, o resultado final será a média geométrica das duas leituras. Caso uma leitura seja positiva e a outra negativa e a terceira leitura seja positiva, o resultado final será a média geométrica das duas densidades positivas. Caso a terceira leitura seja

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negativa, o resultado final será negativo. Caso as três leituras sejam positivas, o resultado final será a média geométrica das duas leituras com densidades mais próximas.

Todos os resultados de leituras de lâminas serão armazenados pelos investigadores.

8 ARMAZENAMENTO DAS LÂMINAS

As lâminas serão levadas a um(a) técnico(a) de laboratório designado(a). Este deverá conferir conjuntamente com o investigador que as trouxe a presença das lâminas e o correto preenchimento dos formulários correspondentes. No caso de a lâmina não haver sido montada com o Entelan® após a coloração, tal procedimento deverá ser realizado, após a leitura do segundo microscopista para que a lâmina seja armazenada. Em seguida as lâminas deverão ser armazenadas nas caixas apropriadas, sendo o local de cada lâmina registrado nos formulários de Resultado de primeira leitura de lâmina e Resultado de segunda leitura de lâmina (versão atual de POP_MAL_LB_001_A01 e POP_MAL_LB_001_A02).

As caixas serão numeradas à medida que forem preenchidas. As datas das lâminas que ocuparem a primeira e a última posição em cada caixa deverão estar escritas no exterior da caixa. A partir do registro da posição das lâminas nas caixas, o microscopista retirará as lâminas à medida que realizar as leituras de densidade parasitária. O segundo microscopista deverá atentar para o número da caixa e a posição da lâmina detalhados na ficha de Resultado de segunda leitura de lâmina (versão atual de POP_MAL_LB_001_A02) para recolocar a lâmina na posição correta após a leitura. Caso uma terceira leitura seja necessária, a lâmina será retirada da caixa e colocada novamente na mesma posição quando a terceira leitura for encerrada. As duplicatas das lâminas serão mantidas em uma caixa de lâminas distinta e armazenadas no laboratório, sendo usadas apenas no caso de perda ou quebra da primeira lâmina. As datas das lâminas que ocuparem a primeira e a última posição em cada caixa deverão estar escritas no exterior da caixa. As caixas de armazenamento devem ser mantidas num local trancado no laboratório, sob condições apropriadas de temperatura e umidade e protegidas de luz direta.

9 REFERÊNCIAS

WHO manual for malaria diagnostic in developing countries. Diagnoses and management of severe falciparum malaria. WHO/CDS/CPE/SMT/2000.4

Diagnostic procedures for blood specimens. Diagnostic for Parasitic Diseases, CDC, Atlanta. Manual de diagnóstico laboratorial da malária. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde; 2005.

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POP_MAL_LB_01_A1

Gerência de Malária Projeto COARSUCAM

1. Data da coleta (dd/mm/aa) |__|__|/|__|__|/|__|__|

2. Número de identificação no estudo |__|__|__|

3. Nome |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|

4. Sobrenome |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|

5. Número de leucócitos ou campos lidos |__|__|__|

6. P. vivax Número de parasitos assexuais |__|__|__| Gametócitos |__|__|__|

7. P. falciparum Número de parasitos assexuais |__|__|__| Gametócitos |__|__|__|

8. P. malariae Número de parasitos assexuais |__|__|__| Gametócitos |__|__|__|

9. Se a lâmina não foi lida, motivo (1=não encontrada, 2=qualidade inadequada, 3=quebrada, 9=não se aplica) |__|

10. Número da caixa |__|__|__|

11. Posição na caixa |__|__|__|

12. Iniciais, assinatura e data da leitura |__|__|__| __________________ |__|__|/|__|__|/|__|__|

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ANEXO I: POP DE ESTUDOS MOLECULARES

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ANEXO J: LISTA DE PRODUÇÃO ESCRITA DURANTE O PERÍODO

1. Lista de artigos publicados

1. Rawlinson, T., Siqueira, A.M., Fontes, G., Beltrao, R.P., Monteiro, W.M., Martins, M.,

Silva-Junior, E.F., Mourao, M.P., Albuquerque, B., Alecrim, M., and Lacerda, M.V., From

haiti to the Amazon: public health issues related to the recent immigration of haitians to

Brazil. PLoS Negl Trop Dis, 2014. 8(5): p. e2685.

2. Lopes, S.C., Albrecht, L., Carvalho, B.O., Siqueira, A.M., Thomson-Luque, R.,

Nogueira, P.A., Fernandez-Becerra, C., Del Portillo, H.A., Russell, B.M., Renia, L.,

Lacerda, M.V., and Costa, F.T., Paucity of Plasmodium vivax Mature Schizonts in

Peripheral Blood Is Associated With Their Increased Cytoadhesive Potential. J Infect

Dis, 2014. 209(9): p. 1403-7.

3. Andrade, F.G., Furtado-Silva, J.M., Goncalves, B.A., Thuler, L.C., Barbosa, T.C.,

Emerenciano, M., Siqueira, A., Pombo-de-Oliveira, M.S., and Brazilian Collaborative

Study Group of Infant Acute, L., RAS mutations in early age leukaemia modulated by

NQO1 rs1800566 (C609T) are associated with second-hand smoking exposures. BMC

Cancer, 2014. 14: p. 133.

4. Santana, M.S., Monteiro, W.M., Siqueira, A.M., Costa, M.F., Sampaio, V., Lacerda,

M.V., and Alecrim, M.G., Glucose-6-phosphate dehydrogenase deficient variants are

associated with reduced susceptibility to malaria in the Brazilian Amazon. Trans R Soc

Trop Med Hyg, 2013. 107(5): p. 301-6.

5. Pohlit, A.M., Lima, R.B., Frausin, G., Silva, L.F., Lopes, S.C., Moraes, C.B., Cravo, P.,

Lacerda, M.V., Siqueira, A.M., Freitas-Junior, L.H., and Costa, F.T., Amazonian plant

natural products: perspectives for discovery of new antimalarial drug leads. Molecules,

2013. 18(8): p. 9219-40.

6. Coelho, H.C., Lopes, S.C., Pimentel, J.P., Nogueira, P.A., Costa, F.T., Siqueira, A.M.,

Melo, G.C., Monteiro, W.M., Malheiro, A., and Lacerda, M.V., Thrombocytopenia in

Plasmodium vivax malaria is related to platelets phagocytosis. PLoS One, 2013. 8(5): p.

e63410.

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2. Produção adcional selecionada

1. Produção de Panorama da malaria vivax no Brasil (“Brazil Plasmodium vivax Landscape

Brief”) a ser integrada ao Plano Estratégico Global para P. vivax 2016-2025 da OMS.

2. Colunista do site MalariaWorld (www.malariaworld.com) desde janeiro de 2014.