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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES CURSO DE ENFERMAGEM STEFANY CAROLINY DE SOUZA PREVALÊNCIA DE SINTOMAS ANSIOSOS E DEPRESSIVOS EM ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR CÁCERES, MT 2018

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES

CURSO DE ENFERMAGEM

STEFANY CAROLINY DE SOUZA

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS ANSIOSOS E DEPRESSIVOS EM ESTUDANTES

DO ENSINO SUPERIOR

CÁCERES, MT

2018

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES

CURSO DE ENFERMAGEM

STEFANY CAROLINY DE SOUZA

Monografia apresentado à disciplina de Trabalho de

Conclusão de Curso III do Curso de Enfermagem da

Universidade do Estado de Mato Grosso, executado

como parte dos requisitos para aprovação da disciplina.

Orientadora: Dr.ª Poliany Cristiny de Oliveira

Rodrigues

CÁCERES, MT

2018

SOUZA, Stefany Caroliny.

Prevalência de sintomas ansiosos e depressivos em estudantes do ensino

superior. Stefany Caroliny de Souza. Cáceres – MT. UNEMAT, 2018.

36 fls.

Monografia (Graduação) – Apresentada como parte dos requisitos para

obtenção do título de Bacharel em Enfermagem da Universidade do Estado de Mato

Grosso. UNEMAT.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Poliany Cristiny de Oliveira Rodrigues.

1. Transtornos psicológicos; 2. Estudante universitário; 3. Saúde Mental.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família que sempre me ajudou em tudo e em especial à

minha mãe Edivane Nunes de Souza e minha vovó Madalena Nunes de Souza, que nunca

mediram esforços para me criar e sustentar, me direcionando nos caminhos do Senhor, e me

auxiliando nas minhas escolhas. Tenho certeza que retribuirei a vocês, todos os esforços.

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus que tem me sustentado e me fortalecido, sempre me

proporcionando graça e sabedoria em todos os momentos da minha vida, mesmo com todas as

minhas falhas.

Segundamente, agradeço grandemente a minha mamãe Edivane que sempre esteve ao

meu lado, pois é meu porto seguro, sempre trabalhou para me sustentar desde quando nasci,

sendo uma mãe em dobro, minha mãe e meu pai, e posteriormente a mãe e pai da minha irmã.

Obrigada mãe, por nunca ter desistido de mim.

Agradeço também a minha família “Nunes de Souza” - como eu sempre chamo, minha

vovó Madalena, meu avô Cecílio (que chamo de pai), minha irmã Elisiane e minha tia Eliane -

por sempre terem me ajudado direta ou indiretamente em quaisquer situações, me apoiando e

colaborando em tudo, pois família de verdade é assim. No meu jeito, amo vocês.

A meu padrasto Ezequiel (in memoria), que há três anos Deus o chamou para descansar,

quero agradecer por ter me ensinado muitas coisas, principalmente a persistência mesmo sendo

da minha personalidade este requisito. Sei que se ele estivesse aqui, estaria muito feliz por mim

e por toda a família.

Agradeço eternamente a irmã Rosilene Jacobina, que sempre me ajudou, principalmente

nos momentos mais difíceis da minha vida.

Aos meus amigos de infância e que constituí na faculdade, pois direta ou indiretamente

sempre me ajudaram com palavras de ajuda ao longo da minha vida pessoal e acadêmica. Em

especial à minha amiga Magda, que em todos os momentos esteve ao meu lado, sendo eles bons

e ruins, (choramos e sorrimos juntas), esta amizade guardarei eternamente em meu coração.

Não esqueço quando meu padrasto faleceu, ela (Magda) e a Josiele esteve conosco, nos dando

palavras amigas e de fortalecimento aos nossos corações que estavam despedaçados.

À dona Maria Luíza ou tia Luíza (mãe da Magda) – pelo carinho, lanches deliciosos,

conversas de madrugadas e outros, sempre falando “meninas vão descansar e dormir”, mesmo

com os problemas de saúde, estava sempre nos auxiliando e nos motivando.

E por fim, à minha orientadora prof.ª Dr.ª Poliany Rodrigues por ter me auxiliado nesta

experiência que põe a prova a nossa saúde mental, mas orientando e sempre respeitando os

limites da ética para que no final, tudo ocorresse bem.

“Tudo posso Naquele que me fortalece”

(Filipenses, c.4, v.13)

RESUMO

SOUZA, Stefany Caroliny de. Prevalência de sintomas ansiosos e depressivos em estudantes

do ensino superior. 2018. 36 fls. Artigo (Trabalho de Conclusão de Curso) –

Faculdade de Ciências da Saúde, Curso de Enfermagem, Universidade do Estado de Mato

Grosso, Cáceres, 2018.

De acordo com o estresse sofrido na universidade, o estudante tem uma vulnerabilidade em

desenvolver algum transtorno mental, principalmente de ansiedade e/ou depressão. Objetivo:

Analisar a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão nos estudantes matriculados na

Universidade do Estado de Mato Grosso. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional

com delineamento transversal, realizado com os estudantes matriculados na Universidade do

Estado de Mato Grosso. A amostra foi composta por 654 participantes. Os dados foram

coletados por meio de um questionário autoaplicável online, onde foram enviados nos e-mail

dos universitários, sendo questões socioeconômicas e hábitos de vida. No que tange aos

indicadores de sintomas sugestivos a ansiedade e depressão, foram usados a Escala Hospitalar

de Ansiedade e Depressão, que avalia o sofrimento psíquico do universitário. Os dados foram

analisados através de estatística descritiva, com abordagem quantitativa, usando o programa

SPSS Statistics 20.0. A média de ansiedade foi de 10,78 pontos e depressão 8,10, apresentando

sintomas possíveis a ambos os distúrbios. Os universitários apresentam idade na faixa etária de

23 anos (média), predominantemente no sexo feminino (78,8% ansiedade e 84,6% depressão),

os que mudaram de cidade, 62,2% apresentaram ansiedade e 56,6% depressão. 62,2% que

trabalham manifestam ansiedade e 67,6% que não trabalham, depressão. O campus de Cáceres,

a FACIS e o curso de Enfermagem caracterizam prevalência em ambos os distúrbios nos dois

anos analisados. Assim, os universitários apresentam sintomas sugestivos de ansiedade e

depressão. Este estudo corrobora para que a universidade conheça a realidade da saúde mental

dos discentes e assim, possa subsidiar ações psicossociais aos mesmos.

Palavras-chave: Transtornos psicológicos; Estudante universitário; Saúde Mental.

ABSTRACT

SOUZA, Stefany Caroliny de. Prevalence of anxiety and depressive symptoms in students

of higher education. 2018. 36 fls. Article (Course Completion Work) - Faculty of Health

Sciences, Nursing Course, State University of Mato Grosso, Cáceres, 2018.

According to the stress undergone at the university, the student has a vulnerability in developing

some mental disorder, mainly of anxiety and / or depression. Objective: To analyze the

prevalence of anxiety and depression symptoms in students enrolled at the State University of

Mato Grosso. This is an observational epidemiological study of a cross-sectional design, carried

out with students enrolled at the State University of Mato Grosso. The sample consisted of 654

participants. The data were collected through an online, self-administered questionnaire, where

they were sent by e-mail from university students, being socioeconomic issues and life habits.

Regarding the indicators of symptoms suggestive of anxiety and depression, we used the

Hospital Anxiety and Depression Scale, which evaluates the psychic suffering of university

students. The data were analyzed by means of descriptive statistics, with quantitative approach,

using SPPS Statistics 20.0. The mean anxiety was 10.78 points and depression 8.10, presenting

possible symptoms for both disorders. The students had a mean age of 23 years, predominantly

female (78.8% anxiety and 84.6% depression), those who changed their city, 62.2% had anxiety

and 56.6% had depression. 62.2% who work show anxiety and 67.6% who do not work,

depression. The campus of Cáceres, FACIS and the Nursing course characterize prevalence in

both disorders in the two years analyzed. Like this, university students present symptoms

suggestive of anxiety and depression. This study corroborates so that the university knows the

reality of the mental health of the students and thus, can subsidize psychosocial actions to them.

Keywords: Psychological disorders; University student; Mental health.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Distribuição das variáveis sociodemográficas dos estudantes universitários da

UNEMAT, 2017 e 2018. .......................................................................................................... 18

Tabela 2. Distribuição da média das pontuações de ansiedade e depressão dos universitários da

UNEMAT, 2017 e 2018. .......................................................................................................... 20

Tabela 3. Distribuição das variáveis sociodemográficas de acordo com o diagnóstico de

ansiedade e depressão dos universitários da UNEMAT, 2017 e 2018. .................................... 21

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Prevalência de sintomas ansiosos em estudantes dos cursos da Faculdade de

Ciências da Saúde, UNEMAT, 2017 e 2018. ........................................................................... 22

Figura 2 – Prevalência de sintomas depressivos em estudantes dos cursos da Faculdade de

Ciências da Saúde, UNEMAT, 2017 e 2018. ........................................................................... 23

LISTA DE ABREVIATURA

CEP – Comitê de Ética em Pesquisa

CNS – Conselho Nacional de Saúde

FACIS – Faculdade de Ciências da Saúde

EHAD – Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão

OMS – Organização Mundial de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13

2. METODOLOGIA ........................................................................................................... 15

3. RESULTADOS ................................................................................................................ 18

3.1. Perfil da população de estudo .................................................................................... 18

3.2. Diagnósticos de ansiedade e depressão...................................................................... 19

4. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 24

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 29

ANEXO .................................................................................................................................... 32

ANEXO 1 - Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (EHAD) – Avaliação do Nível de

Depressão e Ansiedade ......................................................................................................... 32

APÊNDICES ........................................................................................................................... 34

APÊNDICE A – Termo De Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) online ................ 34

APÊNDICE B – Exemplos de Mensagem de feedback (preliminar) ................................... 35

13

1. INTRODUÇÃO

A prevalência de transtornos mentais está aumentando mundialmente. Segundo a

Organização Mundial de Saúde1, entre 2005 – 2015 houve um aumento de 18,4% da população

mundial com distúrbio depressivo, e atualmente existem 322 milhões de pessoas que convivem

com este transtorno mental.

A OMS1 classifica a depressão como o maior contribuinte da deficiência incapacitante

global, que em 2015 registrou 7,5% da população mundial, sendo também o principal fator

contribuinte para o suicídio, apresentando cerca de 800.000 casos por ano. Já os transtornos de

ansiedade estão em 6º lugar com 3,4%. Esta situação também é uma realidade no Brasil, onde

a prevalência de depressão é de 5,8% e os distúrbios ansiosos de 9,3%.

A taxa de prevalência mundial da depressão é mais comum no sexo feminino (5,1%),

do que no masculino (3,6%). Atingi pessoas na faixa etária de 55-74 anos, sendo 7,5% mulheres

e 5,5% homens, ocorrendo também em crianças, adolescentes e jovens, sendo a segunda causa

de morte em indivíduos de 15-29 anos.2

A ansiedade pode ser considerada um estado emocional, incluindo componentes

psicológicos e fisiológicos que contribuem para as experiências humanas com reações naturais

e essenciais para a autopreservação, permitindo a adaptação do organismo às diversas situações

de perigo.3,4

A ansiedade pode ser denominada como um estado fisiológico do organismo, sendo

tratado antigamente como um sistema de alarme à situação de perigo. Este sinal de alerta, surge

quando a pessoa se sente ameaçada, podendo se tornar mal adaptativo ou mesmo não

adaptativo, quando vivido de forma persistente, intensa e inadequada, interferindo, às vezes,

negativamente na vida do indivíduo bem como na produtividade, qualidade de vida e bem-

estar.4,5

Cada pessoa enfrenta a situação de forma diferente, sendo elas percebidas por algumas

como uma forma ameaçadora e por outras, como não ameaçadora e isso, depende da avaliação

pessoal da situação e das experiências pregressas que determinam o contexto, de cunho

ameaçador ou não.5

A depressão é uma perturbação do humor, caracterizada por alterações do estado de

ânimo, que ocasionam prejuízos para vida psíquica e para o comportamento funcional do

indivíduo, afetando negativamente o modo de agir, pensar e sentir.6

14

Há uma classificação de sintomas emocionais que são divididos em quatro categorias:

emocionais, cognitivas, físicas e motivacionais. Dentre os sintomas emocionais encontram-se

a tristeza, diminuição ou perda total de prazer nas atividades anteriormente executadas com

satisfação; no cognitivo, há pensamentos negativos sobre si mesmo, causando-lhe baixa

autoestima, desesperança do futuro, baixa concentração e memória; no físico, há cansaço

excessivo, alterações de apetite e sono (vegetativo) e mal-estar; e por último, os motivacionais,

onde o indivíduo apresenta falta de iniciativa à situação.4,7

No que se refere especificamente aos universitários, há uma vulnerabilidade a

desenvolver algum transtorno mental, pois vivenciam constantemente com situações

estressoras, desde o início da faculdade, como mudanças de caráter pessoal, acadêmica,

institucional e principalmente social.3,7

Quando o acadêmico não desenvolve mecanismo de adaptação a estas situações, se torna

suscetível a desenvolver uma sobrecarga psicológica, podendo desencadear algum transtorno

mental, como ansiedade e/ou depressão.8

A longa jornada de trabalho e estudos geram uma sobrecarga nos estudantes

universitários, afetando o sono. Essa influência da noite anterior, juntamente com o acúmulo

dos fatores estressantes vivenciados diariamente, podem comprometer tanto o desempenho

físico, quanto intelectual e consequentemente no âmbito universitário e trabalhista.9,10

Foi comprovado que os transtornos mentais, principalmente os ansiosos e depressivos

estão aumentando na população mundial e nos acadêmicos que estão vulneráveis a estas

comorbidades. Desta forma, este estudo teve como objetivo principal de analisar a prevalência

de sintomas ansiosos e depressivos dos universitários da Universidade do Estado de Mato

Grosso, campus de Cáceres, Mato Grosso, no ano de 2018.

15

2. METODOLOGIA

Foi realizado um estudo epidemiológico observacional, com delineamento transversal.

No método observacional, o investigador observa as características da doença ou

transtorno, sem manipular os fatores relacionados à aquisição ou progresso dos mesmos,

possibilitando através do estudo transversal, estimar a prevalência de doença ou evento com

foco numa população específica. Este estudo epidemiológico observa simultaneamente os

fatores de risco e a doença em um determinado momento ou tempo, não permitindo comprovar

relações de causalidade.11

O estudo foi realizado na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), aos

universitários que aceitaram as condições estabelecidas no Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) e responderam ao questionário online. A amostra foi composta por 654

participantes, sendo classificada de forma intencional e mista.

Como critérios de inclusão, definiu-se: estudantes universitários regularmente

matriculados na UNEMAT, que aceitaram participar da pesquisa de forma voluntária e

aceitaram os termos de pesquisa aderindo ao TCLE. Como critérios de exclusão: ter vivenciado

alguma situação de luto no ano da pesquisa e desistência do participante.

Os dados foram coletados por meio de questionário autoaplicável online nos anos de

2017 a julho de 2018, sendo construído na plataforma gratuita google form e enviado no e-mail

de cada estudante, sendo os e-mails disponibilizados pelos departamentos dos cursos, e alguns

foram enviados pelo aplicativo de mensagem WhatsApp. O instrumento foi composto por

questões objetivas, referente a sinais e sintomas (comportamentais, cognitivas e fisiológicas)

de depressão, ansiedade e outros indicadores de sofrimento psíquico, assim como variáveis

sociodemográficas e de hábitos de vida.

Os questionários sociodemográficos, socioeconômicos e de hábitos de vida foram

elaborados, com base na literatura, para selecionar variáveis e indicadores adequados ao

seguimento de análise. Sendo levados em consideração os seguintes aspectos: idade, sexo,

procedência, com quem mora, renda, prática de atividade extracurricular, lazer, religiosidade,

grau de satisfação com o curso, grau de satisfação com o trabalho, uso de álcool e drogas ilícitas,

uso de drogas psicoativas para tratamento psiquiátrico e/ou medicamentoso, diagnóstico

médico de transtorno mental, entre outros.

Para coletar dados referentes aos indicadores de sofrimento psíquico foi utilizada a

Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (EHAD). A EHAD (Anexo 1), possui 14 questões

16

que avaliam sintomas sugestivos de ansiedade e depressão. Essa escala diminui a influência das

patologias somáticas, uma vez que, não utiliza manifestações clínicas inespecíficas, tais como:

perda de peso, anorexia, insônia, fadiga, cefaleia, tontura, entre outros, e/ou sintomas

relacionados a doenças físicas. Assim, o sofrimento psíquico é determinado por sintomas

psicológicos, já que estes sobressaem em relação às manifestações somáticas.

Os escores da EHAD variam de 0 a 21 para cada subescala, sendo que os participantes

com escores menores que 07 são considerados sem sinais clínicos significativos para

ansiedade/depressão, entre 08 e 10 com sintomas possíveis (falso-positivos), e acima de 10,

sintomas sugestivos de distúrbio. Este instrumento é gratuito, autoaplicável, de curta duração e

foi validado no Brasil para utilização em indivíduos não hospitalizados, indivíduos sem

diagnóstico de transtorno mental e para estudantes e docentes universitários.

Os dados foram importados para um banco de dados e analisados inicialmente através

de estatística descritiva, com abordagem quantitativa. A estatística descritiva consiste em

resumir adequadamente as informações, para interpretar os dados, destacando as características

mais relevantes da população específica estudada.11

A partir da abordagem quantitativa, foram construídas tabelas e gráficos para ilustrar a

distribuição de frequências das variáveis em estudo para os acadêmicos, todos tabulados no

Programa Microsoft Excel 2010. Para os cálculos de frequência absoluta e percentual e relação

entre as variáveis, foi utilizado o programa estatístico IBM SPSS Statistics 20.0.

Para a análise de prevalência de ansiedade e depressão, foram utilizadas as seguintes

variáveis: ano de coleta (2017 e 2018), idade, sexo, se trabalha (sim/não), mudou-se de cidade

por causa da faculdade (sim/não), Campus (Cáceres e outros), faculdade de ciências da saúde e

outras faculdades agrupadas, cursos da FACIS (Educação Física, Enfermagem e Medicina) e

escores de pontuação de ambos os distúrbios.

O presente estudo foi embasado no projeto matricial de extensão, denominado “Saúde

Mental é Essencial”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNEMAT, parecer

de nº 1.851.630, cumprindo com os princípios éticos determinados na Resolução 466 de 12 de

Dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que consiste em respeitar, garantir,

ponderar entre riscos e benefícios, assegurar a confiabilidade e a privacidade dos participantes

da pesquisa científica envolvendo seres humanos.

Foi solicitado ao participante que aceitasse os termos da pesquisa, por meio do TCLE

(Apêndice A) antes que o mesmo respondesse ao questionário autoaplicável online. Cabe

ressaltar que os estudantes universitários participantes receberam o resultado do teste

17

respondido por ele após sua resolução completa, proporcionando ao indivíduo um indicativo

do grau de estresse compatível com suas respostas (Apêndice B).

Os riscos para os participantes desta pesquisa foram relacionados aos direitos de

privacidade e anonimato, porém todas as medidas de segurança de identificação dos indivíduos

sucederam rigorosamente. Uma delas é a agregação dos dados na realização das análises e na

divulgação dos resultados de pesquisa.

O principal benefício desta pesquisa foi proporcionar ao participante um feedback

imediato sobre seu nível de ansiedade e depressão, possibilitando o autoconhecimento e

permitindo que o acadêmico encontre e avalie estratégias pessoais para lidar com o seu próprio

estresse. Além disso, a pesquisa pode auxiliar na prevenção da evolução para um quadro grave

e na detecção de casos.

Este trabalho é embasado em formato de artigo, que posteriormente, com os

apontamentos da banca examinadora, será adequado nas normas de uma revista que está sendo

analisada, assim o mesmo será submetido à publicação. As referências deste artigo estão no

estilo Vancouver, pois algumas revistas selecionadas adotam essa norma.

18

3. RESULTADOS

3.1 Perfil da população de estudo

Participaram da pesquisa um total de 654 indivíduos, com faixa etária entre 17 e 57

anos, com média de 23,34 anos e desvio padrão de 4,016. Cerca de 74,0% foi do sexo feminino,

67,7% se declaram não brancos, 85,8% são predominantemente solteiros/separados. Cerca de

85,2% declararam-se heterossexuais, 46,5% católicos e 27,2% evangélicos. Aproximadamente

55,8% dos universitários mudaram de cidade por causa da faculdade, 73,1% não trabalham e

26,9% tem uma dupla jornada, conciliando estudos e trabalho.

A faculdade que teve uma maior representatividade nesta pesquisa foi a FACIS, com

60,2% (n=394) e outras faculdades com 39,8% (n=260). Os cursos que consequentemente

tiveram mais representatividade foram os de Ciências da Saúde, 1º Enfermagem (33,8%), 2º

Medicina (17,0%), 3º Educação Física (10,7%) e outros cursos agrupados, com 38,5%,

conforme demonstrado na tabela 1.

Tabela 1. Distribuição das variáveis sociodemográficas dos estudantes universitários da

UNEMAT, 2017 e 2018.

Variáveis Frequência absoluta (n) Percentual (%)

Sexo

Masculino

Feminino

170

484

26,0

74,0

Raça/cor/etnia

Branca

Não branca

211

443

32,3

67,7

Estado civil

Solteiro/separado

Casado/união estável

561

93

85,8

14,2

Orientação sexual

Assexual

Heterossexual

Homossexual

Bissexual

Pansexual

02

557

56

37

02

3,0

85,2

8,6

5,7

3,0

19

Continuação da tabela 1

Religião

Sem religião/ateu

Católico

Evangélico

Cristão

Outros

134

304

178

10

28

20,5

46,5

27,2

1,5

4,3

Mudou-se de

Cidade

Sim

Não

365

289

55,8

44,2

Trabalha

Sim

Não

176

478

26,9

73,1

Faculdade

FACIS

Outras

394

260

60,2

39,8

Curso

Ed. Física

Enfermagem

Medicina

Outros

70

221

111

252

10,7

33,8

17,0

38,5

Total 654 100

3.2 Diagnósticos de ansiedade e depressão

A média da pontuação para ansiedade foi de 10,78, variando entre 1 a 20, com desvio

padrão de 4,245. Para a depressão, a média foi de 8,10, variando de 0 a 19 pontos, apresentando

desvio padrão de 3,811 (Tabela 2). Segundo a EHAD, estas pontuações são classificadas como

sintomas possíveis a distúrbios – ansiedade e depressão, ou falsos positivos.

20

Tabela 2. Distribuição da média das pontuações de ansiedade e depressão dos universitários

da UNEMAT, 2017 e 2018.

Pontuação Média Moda Mediana DP Máximo Mínimo

Ansiedade 10,78 10,0 11,0 4,245 20 1

Depressão 8,10 8,0 8,10 3,811 19 0

A média das idades dos universitários em relação à gravidade de diagnóstico foi

consideravelmente parecida, na faixa etária de 23 anos, apresentando uma moda de 21 e 22 anos

nos diagnósticos possíveis e prováveis à ansiedade e depressão.

Observou-se que o sexo feminino é dominante em todos os níveis de gravidades de

ambos os diagnósticos, sendo predominante no diagnóstico provável de depressão com 84,6%

(n=115) e 78,8% (n=227) provável a ansiedade (tabela 3).

Verificou-se também, que 62,2% (n=179) dos que mudaram de cidade por causa da

faculdade, manifestam sintomas prováveis a ansiedade e 58,0% (n=181) são improváveis s à

depressão.

Dos estudantes universitários que trabalham, 62,2% (n=179) apresentaram sintomas

sugestivos à ansiedade. Já os que não trabalham, 74,7% (n=233) indicam sintomas improváveis

à depressão, 74,3% (n=153) possíveis e 67,6% (n=92) sintomas prováveis à depressão.

Em relação ao campus, identificou-se que os participantes são predominantemente de

Cáceres, 89,4% (n=185) manifestam sintomas possíveis e 85,1% (n=245) prováveis à

ansiedade. E ao diagnóstico de depressão, 88,8% (n=183) apresentam sintomas possíveis e

82,4% (n=121) prováveis.

Destes, a FACIS tem uma prevalência de 63,3% (n=131) de sintomas possíveis à

ansiedade, seguida pela provável, apresentando 59,4% (n=171), comparada a outras faculdades

agrupadas. Dos participantes da FACIS, 59,2% (n=122) tem sintomas possíveis e 53,7% (n=73)

prováveis à depressão e outras faculdades com 46,3% (n=63) com sintomas prováveis à

depressão.

21

Tabela 3. Distribuição das variáveis sociodemográficas de acordo com o diagnóstico de

ansiedade e depressão dos universitários da UNEMAT, 2017 e 2018.

Variáveis

Diagnóstico

Ansiedade Depressão

Improvável Possível Provável Improvável Possível Provável

Sexo

Masculino 34,0 26,6 21,2 30,1 26,7 15,4

Feminino 66,0 73,4 78,8 69,9 73,3 84,6

Mudou-se de

Cidade

Sim 49,1 52,2 62,2 58,0 51,9 56,6

Não 50,9 47,8 37,8 42,0 48,1 43,4

Trabalha

Sim 49,1 52,2 62,2 25,3 25,7 32,4

Não 50,9 47,8 37,8 74,7 74,3 67,6

Campus

Cáceres 89,9 89,4 85,1 89,1 88,8 82,4

Outros 10,1 10,6 14,9 10,9 11,2 17,6

Faculdade

FACIS 57,9 63,3 59,4 63,8 59,2 53,7

Outras 42,1 36,7 40,6 36,2 40,8 46,3

Na figura 1, ilustrou-se a prevalência dos sintomas de ansiedade, entre os cursos da

FACIS.

22

Figura 1 – Prevalência de sintomas ansiosos em estudantes dos cursos da Faculdade de

Ciências da Saúde, UNEMAT, 2017 e 2018.

Constatou-se uma prevalência de sintomas possíveis de ansiedade em ambos os anos

analisados no curso de Enfermagem, apresentando 54,4% (n=50) em 2017 e 66,7% (n=26) em

2018. Os sintomas prováveis, manifestaram-se 51,6% (n=63) dos universitários em 2017 e

61,2% (n=30) em 2018. O curso de Medicina apresentou 38,5% (n=47) de sintomas prováveis

à ansiedade em 2017.

Assim, na figura 2 demonstra-se a prevalência dos sintomas de depressão, destes cursos.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Ed. Física Enf. Med. Ed. Física Enf. Med.

2017 2018

Pre

va

lên

cia

%

Curso por ano

Diagnóstico de Ansiedade

Improvável

Possível

Provável

23

Figura 2 – Prevalência de sintomas depressivos em estudantes dos cursos da Faculdade de

Ciências da Saúde, UNEMAT, 2017 e 2018.

Observa-se que o curso de Enfermagem também apresentou prevalência de sintomas

depressivos, 66,0% (n=33) universitários manifestam sintomas sugestivos em 2017 e 60,9%

(n=14) em 2018. Em 2017, a Enfermagem apresentou 50,0% (n=45) sintomas possíveis e

Medicina 38,9% (n=35) e em 2018, a Enfermagem teve uma prevalência de 65,6% (n=21) de

sintomas possíveis à depressão, e Educação Física com 30,4% (n=7).

0

10

20

30

40

50

60

70

Ed. Física Enf. Med. Ed. Física Enf. Med.

2017 2018

Pre

va

lên

cia

%

Curso por ano

Diagnóstico de Depressão

Improvável

Possível

Provável

24

4 DISCUSSÃO

As prevalências de sintomas ansiosos e depressivos aumentaram significativamente

dentre os anos estudados, principalmente o curso de Enfermagem. Para a ansiedade o curso de

Enfermagem teve um aumento de 12,3% dos sintomas possíveis e 9,6% dos sintomas prováveis

entre os anos de 2017 e 2018. E a depressão, teve um aumento de 15,6% dos sintomas possíveis

e uma diminuição de 5,1% dos sintomas prováveis, entre os anos estudados. Mesmo com essa

declinação de sintomas sugestivos de depressão nos universitários de Enfermagem, a

prevalência ainda é exacerbada, com 60,9% em 2018. Porém, nos sintomas possíveis, houve

um aumento de 15,5% entre os anos.

Já o curso de Medicina, houve uma diminuição de 26,3% dos sintomas prováveis e

17,6% dos possíveis à ansiedade entre os anos de 2017 e 2018. E a depressão também houve

uma diminuição de 26,4% dos sintomas possíveis e 11.3% dos prováveis à depressão entre os

anos.

E o curso de Educação Física, houve um aumento de 5,3% dos sintomas possível e

16,6% dos prováveis à ansiedade, onde apresentaram 9,9% dos sintomas sugestivos de

ansiedade em 2017 e 26,6% em 2018. Em relação à depressão, a educação física teve um

aumento de 16,4% dos sintomas prováveis e 10,8% dos possíveis, entre os anos estudados.

Isso demonstra que os universitários estão cada vez mais, sofrendo psicologicamente.

Mesmo que a projeto/pesquisa proporcionam um retorno aos participantes (feedback de sua

saúde mental), os mesmos não procuram meios para se ajudar, sendo que a própria universidade

também não tem suporte psicossocial para auxiliá-los nesse processo.

O escore médio de ansiedade foi de 10,78 pontos (DP: 4,24) e 8,10 pontos (DP: 3,81)

para depressão, onde segundo a classificação de EHAD, estas pontuações médias apresentam

sintomas possíveis a ambos os distúrbios. Em contraponto, o estudo de Vasconcelos et al.12, –

realizado com 234 estudantes –, apresentam uma média de 6,7 pontos (DP: 3,4) de ansiedade,

e o escore médio de depressão, foi de 4,4 (DP: 3,1), ambos apresentando sintomas improváveis

à esses distúrbios.

Neste estudo, a média de idade dos participantes com diagnóstico de ansiedade e

depressão, ficou na faixa etária de 23 anos. Em ambos o diagnósticos, os universitários

apresentam idade mínima de 17 anos.

Oliveira13 realizou um estudo com 403 estudantes de Enfermagem, usando a escala de

Ansiedade, Depressão e Estresse (uma análise de variância) e afirmou que os estudantes

25

universitários que manifestaram prevalência de ansiedade, depressão e estresse, tinham idade

inferior ou igual a 20 anos (média: ansiedade 6,89 e depressão, 5,12), comparado aos de idade

igual ou superior a 23 anos (média: ansiedade 5,10 e depressão: 2,85).

A prevalência na faixa etária dos 20 aos pode estar associado ao período do início de

faculdade, sofrendo influência de mudança de cidade e outros. Os autores revelaram ainda, que

nesta idade, juntamente com as situações estressoras, o universitário desenvolve estes

distúrbios, principalmente a depressão e tem pensamentos de morte e suicída.14,13

O sexo feminino apresentou uma prevalência de sintomas prováveis aos distúrbios de

ansiedade e depressão, sendo 78,8% ansiosos e 84,6% depressivos. Sendo de conformidade ao

estudo de Bardagi e Brandtner15, que usou inventário de Beck, em 200 universitários, onde

apresentaram média de 10,2 e 13,4, para ansiedade e depressão, respectivamente no sexo

feminino. Já no sexo masculino, as médias foram de 7,7 para ansiedade e 9,6 para depressão.

Estudos defendem que mulheres têm maior prevalência de transtornos psicológicos

quando comparados aos homens, sendo uma proporção mulheres/homens de 2:1, apontando

prevalência de sintomas ansiosos e depressivos não só em estudantes universitárias, mas na

população em geral.15,16

Sakae, Padrão e Jornada17 corroboram com esta afirmativa, na qual em seu estudo

realizado com 1.039 universitários da área da saúde, usando a pontuação do Inventário de

Depressão de Beck, o sexo feminino apresentou maior prevalência dos distúrbios, sendo que

23,3% manifestaram depressão leve, 4,4% moderada e 1,9% grave. Neste mesmo estudo, o sexo

masculino apresentou 18,3% de depressão leve, 4,5% moderada e 1,0% grave, observando

assim, que o sexo feminino é mais vulnerável, apesar de não terem diferença estatisticamente

entre ambos.

No que tange à mudança de cidade por causa da faculdade, notou-se que não há

diferença significativa nos diagnósticos improváveis e possíveis para a ansiedade e possíveis a

depressão dos universitários, porém os que mudaram de cidade, 62,2% e 56,6% apresentam

sintomas prováveis para ansiedade e depressão, respectivamente.

Estes resultados vão de encontro com os apresentados em outros estudos, que apontam

que os universitários que moram em outros municípios distante da universidade e que precisam

se mudar para facilitar o acesso à mesma, tornam-se expostos a desenvolverem transtornos

psicológicos, pois estão longe do seio familiar e do círculo de amizade, e precisam se adaptar a

essa nova vivência, tendo dificuldades de estabelecer contatos sociais e outros, como a solidão

e autoconceito.6,4,12

26

Dos estudantes universitários que trabalham, 62,2% apresentaram sintomas sugestivos

à ansiedade. Já os que não trabalham, 74,3% manifestaram sintomas possíveis e 67,6%

prováveis à depressão. Pode-se observar nos resultados, que ambos apresentam sintomas

possíveis à ansiedade, e os que trabalham, denotam prováveis à ansiedade. Isso será explanado

quando referirmos à questão da faculdade.

Em comparação com os universitários que não trabalham, estes possuem maior

prevalência à depressão. Zampieri18 relata que os estudantes da área de saúde, muitas vezes não

trabalham pelos cursos serem integrais, desenvolvendo este transtorno por outros motivos, até

mesmo por dependerem dos pais para tudo, mesmo que não residam na mesma cidade.

No que diz respeito à faculdade, os universitários que não são da área da saúde, (estão

agrupadas), 40,6% apresentaram sintomas prováveis à ansiedade e 46,3% prováveis à

depressão. Mesmos que hajam poucos estudos que evidenciam estes transtornos nos

acadêmicos de outras faculdades, Reis et al.10 afirmaram que a ansiedade ou o transtorno de

ansiedade podem ocorrer em praticamente todos os cursos, incluindo os noturnos (ciências

exatas e humanas), nos quais os acadêmicos têm uma jornada dupla, tendo que conciliar estudos

e trabalho. Assim a sobrecarga, pode afetar no desempenho do universitário em ambos os locais.

Estes universitários apresentam uma maior vulnerabilidade em desenvolver fobia social,

pois o medo de falar em público e a timidez são barreiras para o sucesso profissional, uma vez

que, sua carreira depende dos aspectos como boa oralidade, comunicação e relacionamentos

interpessoais, sendo imprescindível desenvolver essas habilidades para obter sucesso na

formação.19

No que tange à depressão, alguns universitários apresentam dificuldades, tanto em

realizar suas atividades com satisfação, tanto para tomar decisões, sendo estas algumas

características da depressão, começando com insatisfações em certas atividades e difundindo

para praticamente todas as atividades que executa, conforme a evolução da doença.20

Foi observado nos resultados que a FACIS tem uma prevalência de sintomas possíveis

à ansiedade (63,3%), seguida pela provável (59,4%). E 59,2% dos sintomas possíveis e 53,7%

prováveis à depressão. Destaca-se que neste estudo, a Faculdade de Ciências da Saúde teve uma

maior representatividade, tendo uma prevalência de ambos os distúrbios aqui abordados, onde

apresentou uma diferença de 18,8% dos sintomas prováveis à ansiedade e 7,4% à depressão,

em relação a outras faculdades agrupadas.

Lourenço e Pereira21 consolidam que os universitários da área da saúde tem sido grupo

alvo de vários estudos, pois há inúmeras situações ao longo do percurso acadêmico, onde muitos

27

desencadeiam emoções e ansiedade, estando relacionadas aos aspectos teóricos do curso e as

práticas clínicas.

Um estudo realizado por Camargo, Sousa e Oliveira22, com 200 universitários de

Enfermagem, utilizando inventário de Depressão de Beck avaliando os níveis do mesmo,

respalda este estudo, onde 62,6% apresentaram depressão mínima e 25,2% depressão leve a

moderada, 10,9% de moderada a grave e 1,1% de depressão grave.

E utilizando EHAD, Vasconcelos et al.12, em um estudo com 234 estudantes,

descreveram que 34,5% possuíam sintomas possíveis (falso-positivo) e 19,7% manifestaram

sintomas sugestivos de ansiedade. À depressão, 19,3% demonstraram sintomas possíveis e

5,6% prováveis a este transtorno.

Silva23 e Vasconcelos et al.12 discutiam que sobre os cursos de Enfermagem e Medicina,

a prevalência de ansiedade está parcialmente relacionada às experiências de ensino prático, pois

durante este período, o acadêmico tem várias preocupações, cujas principais são os medos, tanto

de causar danos ao paciente por falta de conhecimento, dar informações erradas e executar

algum procedimento errado, quanto medo de fracasso, juntamente com a sobrecarga da

exigência ao conteúdo teórico.

Estes são vulneráveis a apresentarem sintomas depressivos, pois há um contato direto

com os pacientes de diversas doenças e prognósticos, sendo que há poucos momentos de lazer,

onde os cursos que acontecem integralmente, inúmeras matérias a serem estudadas, muitas

cobranças da sociedade, instituição e do próprio indivíduo.24

Foi demonstrado num estudo de Sakae, Padrão e Jornada17 que Educação Física foi o

curso que apresentou uma menor percentual com 3,1%, comparado a outros cursos, e afirmam

que pessoas que praticam atividade física, de forma regular reduzem consideravelmente os

sintomas depressivos. Sendo que em 2017, o curso de Educação Física apresentou a menor

prevalência deste distúrbio.

28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que os universitários deste estudo, apresentaram sintomas sugestivos de

transtornos ansiosos e depressivos. As características destes estudantes universitários foram:

sexo feminino, idade média de 23 anos, os que mudaram de cidade, trabalham (sim/não), são

do campus de Cáceres e da faculdade da ciência da saúde, seguida por outras. Em relação ao

curso, a Enfermagem manifestou maior prevalência de sintomas de ambos os distúrbios nos

anos estudados.

Isso demonstra que a Universidade do Estado de Mato Grosso necessita desenvolver

suporte/estrutura psicossocial a estes universitários, criando ações preventivas para detectar e

analisar sintomas destes transtornos, embasados nos esclarecimentos e estratégias de lidar com

as situações estressoras. Assim, a instituição poderá subsidiar método(s) para auxiliar estes

estudantes.

A limitação deste estudo relaciona-se ao método observacional, que nos objetiva a

observar os resultados, e não comprovar relações de causalidade entre fatores determinantes.

Outra questão, denomina-se no questionário online, mesmo sendo enviado por e-mail aos

universitários facilitando acesso, há pouca representatividade dos cursos que não são da área da

saúde, dificultando assim, a abrangência do estudo, para analisarmos se há prevalências

significativas destes sintomas nos demais cursos e quais são eles.

29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://www.scielo.br/pdf/rbem/v32n3/v32n3a06

32

ANEXO

ANEXO 1 - Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (EHAD) – Avaliação do Nível

de Depressão e Ansiedade1,2

ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO TESTE

Leia todas as frases. Marque com um “X” a resposta que melhor descreve sua resposta a cada

questão.

1. Eu me sinto tensa (o) ou contraída (o):

( ) a maior parte do tempo[3] ( ) boa parte do

tempo[2]

( ) de vez em

quando[1] ( ) Nunca [0]

2. Eu ainda sinto que gosto das mesmas coisas de antes:

( ) sim, do mesmo jeito que

antes [0]

( ) não tanto quanto

antes [1] ( ) só um pouco [2]

( ) já não consigo ter

prazer em nada [3]

3. Eu sinto uma espécie de medo, como se alguma coisa ruim fosse acontecer

( ) sim, de jeito muito forte

[3]

( ) sim, mas não tão

forte [2]

( ) um pouco, mas

isso não me

preocupa [1]

( ) não sinto nada

disso[0]

4. Dou risada e me divirto quando vejo coisas engraçadas

( ) do mesmo jeito que

antes[0]

( ) atualmente um

pouco menos[1]

( ) atualmente bem

menos[2]

( ) não consigo

mais[3]

5. Estou com a cabeça cheia de preocupações

( ) a maior parte do

tempo[3]

( ) boa parte do

tempo[2]

( ) de vez em

quando[1] ( ) raramente[0]

6. Eu me sinto alegre

( ) nunca[3] ( ) poucas vezes[2] ( ) muitas vezes[1] ( ) a maior parte do

tempo[0]

7. Consigo ficar sentado à vontade e me sentir relaxado:

( ) sim, quase sempre[0] ( ) muitas vezes[1] ( ) poucas vezes[2] ( ) nunca[3]

8. Eu estou lenta (o) para pensar e fazer coisas:

( ) quase sempre[3] ( ) muitas vezes[2] ( ) poucas vezes[1] ( ) nunca[0]

9. Eu tenho uma sensação ruim de medo, como um frio na barriga ou um aperto no

estômago:

( ) nunca[0] ( ) de vez em

quando[1] ( ) muitas vezes[2] ( ) quase sempre[3]

10. Eu perdi o interesse em cuidar da minha aparência:

33

( ) completamente[3]

( ) não estou mais me

cuidando como eu

deveria[2]

( ) talvez não tanto

quanto antes[1]

( ) me cuido do

mesmo jeito que

antes[0]

11. Eu me sinto inquieta (o), como se eu não pudesse ficar parada (o) em lugar nenhum:

( ) sim, demais[3] ( ) bastante[2] ( ) um pouco[1] ( ) não me sinto

assim[0]

12. Fico animada (o) esperando animado as coisas boas que estão por vir

( ) do mesmo jeito que

antes[0]

( ) um pouco menos

que antes[1]

( ) bem menos do

que antes[2] ( ) quase nunca[3]

13. De repente, tenho a sensação de entrar em pânico:

( ) a quase todo momento[3] ( ) várias vezes[2] ( ) de vez em

quando[1] ( ) não senti isso[0]

14. Consigo sentir prazer quando assisto a um bom programa de televisão, de rádio ou

quando leio alguma coisa:

( ) quase sempre[0] ( ) várias vezes[1] ( ) poucas vezes[2] ( ) quase nunca[3]

RESULTADO DO TESTE

ORIENTAÇÕES

OBSERVAÇÕES:

1Zigmond, A.S.7 Snaith,R.P.The Hospital Anxiety and Depression Scale.Acta Psychiatrica

Scandinavica 1983; 67,361 -370. 2Botega NJ, Bio MR, Zomignani MA, Garcia JR C, Pereira WAB. Transtornos do humor em

enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e depressão.

Revista de Saúde Pública, 29(5): 355-63 1995.

34

APÊNDICES

APÊNDICE A – Termo De Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) online

Este é um convite para você participar da pesquisa "Saúde mental é essencial", que como

objetivo analisar a prevalência dos sinais e sintomas de depressão e ansiedade em acadêmicos

da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Responder a esta pesquisa não envolverá quaisquer riscos significativos à saúde física e

mental. Os desconfortos são mínimos como dedicar tempo para preenchimento do questionário

e a expressão da sua opinião. O questionário deverá ser respondido individualmente e terá a

duração de aproximadamente 15 minutos. Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu

nome não será identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e

a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os participantes, focalizando o

seu conteúdo geral.

Você não terá benefícios financeiros ao participar desta pesquisa, mas contribuirá para

o conhecimento da prevalência de sofrimento psíquico em alunos e professores desta

instituição, bem como no subsidio de ações de promoção, prevenção e cuidado com a saúde

mental dos mesmos. Além disso, ao finalizar o questionário você receberá um feedback

imediato sobre seu nível de ansiedade e depressão, possibilitando o autoconhecimento e

permitindo que você encontre e avalie estratégias pessoais para lidar com o seu próprio estresse.

É importante ressaltar que você tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento

em qualquer fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta dos dados, independente do motivo

e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas

dúvidas através do e-mail: [email protected], através do site do projeto:

www.saudementaleessencial.com.br, ou no Comitê de Ética em Pesquisa da UNEMAT, nos

seguintes endereços: Avenida Tancredo Neves, 1095 - Cavalhada 2, CEP 78200-000 - Cáceres,

MT – Brasil, e-mail: [email protected], Telefone: (65) 3221-0067.

Ao assinalar a opção “aceito participar”, a seguir, você atesta sua concordância com esta

pesquisa, declarando que compreendeu os objetivos, a forma como ela será realizada e os riscos

e benefícios envolvidos.

35

APÊNDICE B – Exemplos de Mensagem de feedback (preliminar)

0 – 7 pontos: Você possui um baixo nível de stress, mas nada muito preocupante. Seu nível de

equilíbrio continua verde! O risco de você adoecer por problemas relacionados ao stress é baixo.

Avalie as questões que você preencheu e veja o que é possível você fazer para diminuir a tensão

relacionada a estes fatores. Procure não se estressar mais, ok?

8 - 11pontos: Você possui um nível de stress moderado, que já é preocupante. Seu nível de

equilíbrio já está no amarelo! O risco de você adoecer por problemas relacionados ao stress está

em torno de 50%. Você não pode ficar muito tempo neste nível, pois isto trará a médio prazo

problemas à sua saúde. Elimine o mais rapidamente possível o stress dos fatores que marcou

com um sim, ok? Se não puder eliminá-los, busque meios de lidar melhor com estas

preocupações/mudanças de forma que diminua gradualmente sua tensão.

12 – 21 pontos: Você possui um elevadíssimo nível de stress! Seu nível de equilíbrio já está no

vermelho! Você precisa urgentemente agir! O risco de você adoecer por problemas relacionados

ao stress está alto. Você não pode ficar neste nível, pois isto trará a CURTÍSSIMO prazo

problemas à sua saúde. Tamanho é seu nível de tensão que recomendamos procurar ajuda

profissional: um terapeuta / psicólogo, urgentemente, pois provavelmente não terá condições

de diminuir a sua tensão sozinho (a não ser que tenha um ótimo preparo e autocontrole). Não

se arrisque: aja imediatamente, sua saúde está em risco!