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UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Ciências Departamento de Informática ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÃO DE SERVICE DESK MANAGEMENT - KNOWLEDGE MANAGEMENT & REQUEST FULFILLMENT Nelson Ricardo Alves Pinto RELATÓRIO FINAL Versão Pública MESTRADO EM ENGENHARIA INFORMÁTICA Especialização em Sistemas de Informação 2011

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UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Ciências Departamento de Informática

ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÃO DE

SERVICE DESK MANAGEMENT - KNOWLEDGE

MANAGEMENT & REQUEST FULFILLMENT

Nelson Ricardo Alves Pinto

RELATÓRIO FINAL

Versão Pública

MESTRADO EM ENGENHARIA INFORMÁTICA

Especialização em Sistemas de Informação

2011

UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Ciências Departamento de Informática

ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÃO DE

SERVICE DESK MANAGEMENT - KNOWLEDGE

MANAGEMENT & REQUEST FULFILLMENT

Nelson Ricardo Alves Pinto

RELATÓRIO FINAL

ESTÁGIO

Trabalho orientado pelo Prof. Doutor João Carlos Balsa da Silva e co-orientado por

Eng. Miguel Ângelo de Jesus Pereira Ramos

MESTRADO EM ENGENHARIA INFORMÁTICA

Especialização em Sistemas de Informação

2011

Agradecimentos

Quero agradecer a todas as pessoas que, directa ou indirectamente, acompanharam

todo o meu processo de aprendizagem neste último ano e, de algum modo, ajudaram-me

no meu crescimento como Homem.

À Maksen, quero agradecer no âmbito do mestrado, pela forma como me

receberam e integraram na empresa, todo o apoio que me deram e pelos recursos que me

disponibilizaram. Em especial, quero deixar um apreço ao Miguel Ramos e ao Rui

Miguel que, sempre que possível, me acompanharam no decorrer do estágio.

Gostaria de agradecer ao meu orientador Prof. Doutor João Carlos Balsa da Silva,

pela prontidão e disponibilidade durante todo o estágio e por ter compreendido todas as

dificuldades encontradas na realização do PEI.

Ao meu colega de faculdade e de estágio, Ricardo Reis, um Muito Obrigado pela

entreajuda e companheirismo.

Por fim, mas não com menos importância, quero agradecer à minha família que

sempre me apoiou em todas as decisões, à minha namorada que me apoiou e motivou

nas alturas mais difíceis e aos meus amigos por se lembrarem de mim.

Hélio Jonilson Van-Dúnen Filipe.

i

Resumo

O presente documento refere-se à análise e desenvolvimento de uma solução de

Service Desk Management que segue as melhores práticas advogadas pela ITIL® v3.

De modo a suportar a solução desenvolvida, serão apresentados os principais

conceitos aplicados, nomeadamente, a framework ITIL® de melhores práticas de ITSM,

a plataforma de desenvolvimento OutSystems Agile Plataform, a qual adopta a

metodologia de desenvolvimento usada para este projecto, a SCRUM Agile

Methodology.

Da totalidade dos processos advogados pela ITIL® v3, o presente relatório irá

centrar-se nos processos de Incident Management, Problem Management, Change

Management, Release & Deployment Management, mas sobretudo no Knowledge

Management e Request Fulfillment.

Os processos específicos foram desenvolvidos na fase de implementação da

solução, consistindo na implementação do painel de administração, e na criação,

aprovação, validação, classificação, encaminhamento e fecho de registos de

conhecimento ou pedidos de serviço.

Após o desenvolvimento da solução, os processos implementados foram testados

por utilizadores finais, dando a sua aprovação sobre o que foi desenvolvido.

Palavras-chave: ITIL® v3, Metodologia Ágil SCRUM, Service Desk

Management, Knowledge Management, Request Fulfillment.

ii

iii

Abstract

This project is the analysis and development of a Service Desk Management

solution based on best practices advocated by ITIL® v3.

To support the developed solution, I will present the main concepts applied,

namely, the ITSM best practices ITIL® framework, the OutSystems Agile development

plataform, that adopts the development methodology to be used, the SCRUM Agile

Methodology.

This report will focus on the processes advocated by ITIL® v3: Incident

Management, Problem Management, Change Management, Release & Deployment

Management, Knowledge Management and Request Fulfillment. The first four were

implemented in partnership with another PEI and the remaining are specific to this

project.

The specific processes were developed in the implementation phase of the

solution, consisting of the implementation of the administration panel, and creation,

approval, validation, classification, routing and closure of knowledge records or service

requests.

After the development of the solution, the implemented processes have been

tested by end users, giving their approval.

Keywords: ITIL® v3, SCRUM Agile Methodology, Service Desk Management,

Knowledge Management and Request Fulfillment.

iv

v

Conteúdo

Lista de Figuras .................................................................................................... viii

Lista de Acrónimos ................................................................................................ xi

Capítulo 1 Introdução ........................................................................................... 1

1.1 Motivação ............................................................................................... 1

1.2 Objectivos ............................................................................................... 1

1.3 Âmbito de actuação ................................................................................ 2

1.4 Contribuição ............................................................................................ 3

1.5 Formações e arranque do projecto .......................................................... 3

1.6 Enquadramento Institucional .................................................................. 4

1.7 Organização do Projecto ......................................................................... 5

1.8 Estrutura do documento .......................................................................... 7

Capítulo 2 Metodologia e Planeamento ............................................................... 8

2.1 Framework ITIL® .................................................................................. 8

2.1.1 ITIL® v3 ............................................................................................. 9

2.2 Plataforma de desenvolvimento - OutSystems ..................................... 13

2.2.1 Visão geral......................................................................................... 15

2.2.2 Componentes da plataforma OutSystems ......................................... 16

2.3 Metodologia de desenvolvimento - SCRUM ........................................ 18

2.3.1 Papéis ................................................................................................ 18

2.3.2 Reuniões ............................................................................................ 19

2.3.3 Artefactos .......................................................................................... 20

2.3.4 Sprint ................................................................................................. 20

2.4 Plano de Trabalhos ................................................................................ 21

2.4.1 Plano de Trabalhos Inicial ................................................................. 21

2.4.2 Plano de Trabalhos Final ................................................................... 23

Capítulo 3 Contexto teórico dos processos implementados ............................... 24

3.1 Knowledge Management ....................................................................... 25

3.2 Request Fulfillment ............................................................................... 27

3.3 Outros processos ................................................................................... 27

3.3.1 Incident Management ........................................................................ 27

vi

3.3.2 Problem Management ....................................................................... 28

3.3.3 Change Management......................................................................... 28

3.3.4 Release & Deployment Management ................................................ 29

3.3.5 Service Asset & Configuration Management .................................... 29

3.3.6 Service Level Management................................................................ 29

Capítulo 4 Análise do problema e desenho da solução ...................................... 30

4.1 Trabalho relacionado ............................................................................ 30

4.1.1 Benchmark de mercado ..................................................................... 30

4.1.2 Modelo de avaliação.......................................................................... 32

4.1.3 Apresentação de resultados ............................................................... 33

4.2 Definição de requisitos ......................................................................... 35

4.3 Desenho do modelo conceptual ............................................................ 37

4.3.1 Modelo de casos de uso ..................................................................... 37

4.3.2 Modelo de domínio ........................................................................... 39

Capítulo 5 Solução implementada ...................................................................... 40

5.1 Knowledge Management ....................................................................... 40

5.1.1 Painel de administração ..................................................................... 41

5.1.2 Criação de registos de conhecimento ................................................ 46

5.1.3 Aprovação ......................................................................................... 49

5.1.4 Validação ........................................................................................... 52

5.1.5 Classificação de registos de conhecimento ....................................... 55

5.1.6 Consultar FAQ .................................................................................. 56

5.2 Request Fulfillment ............................................................................... 57

5.2.1 Painel de administração ..................................................................... 57

5.2.2 Criação de pedidos de serviço ........................................................... 67

5.2.3 Pick-up de pedidos de serviço ........................................................... 69

5.2.4 Tratamento de pedidos de serviço ..................................................... 70

5.2.5 Encaminhamento de pedidos de serviço ........................................... 76

5.2.6 Fecho de pedido de serviço ............................................................... 78

vii

5.3 Avaliação da solução ............................................................................ 80

Capítulo 6 Discussão .......................................................................................... 81

6.1 Apreciação final .................................................................................... 83

Capítulo 7 Bibliografia ....................................................................................... 84

viii

Lista de Figuras

Figura 1 – Organograma do projecto ...................................................................... 6

Figura 2 – Ciclo de vida um serviço ..................................................................... 10

Figura 3 – Descrição da plataforma ágil OutSystems ........................................... 16

Figura 4 – Descrição da plataforma ágil. .............................................................. 17

Figura 5 – SCRUM Agile Methodology ................................................................ 18

Figura 6 – Calendário de ―alto-nível‖ ................................................................... 22

Figura 7 – Planeamento final ................................................................................ 23

Figura 8 – Processos da ITIL® v3 implementados e respectivo mapeamento ..... 24

Figura 9 – O fluxo de data para wisdom ............................................................... 26

Figura 10 – Relação entre CMDB, CMS e SKMS ............................................... 26

Figura 11 - The Forrester Wave: Service Desk Management Tools Apr-2008..... 31

Figura 12 - Gartner Magic Quadrant ITSM Oct-2008 ......................................... 31

Figura 13 - Representação gráfica do modelo de avaliação .................................. 33

Figura 14 – Avaliação das soluções por dimensão ............................................... 34

Figura 15 – Avaliação dos requisitos de funcionais.............................................. 34

Figura 16 – Avaliação de requisitos de integração ............................................... 35

Figura 17 – Diagrama de Casos de Uso do processo de Knowledge Mgmt .......... 38

Figura 18 - Diagrama de Casos de Uso do processo de Request Fulfillment ....... 38

Figura 19 – Lista de campos adicionais ................................................................ 41

Figura 20 – Janela de criação/edição de campos adicionais ................................. 42

Figura 21 – Grupos de aprovação de registos de conhecimento ........................... 43

Figura 22 – Pagina de criação/edição dos grupos de aprovação ........................... 43

Figura 23 – Fluxo de aprovação dos registos de conhecimento ........................... 44

Figura 24 – Lista de estados de registos de conhecimento ................................... 44

Figura 25 – Janela de popup de criação/edição de um novo estado ...................... 45

Figura 26 – Lista de perguntas da FAQ ................................................................ 45

Figura 27 – Janela de popup para criação/edição de pergunta da FAQ ................ 46

Figura 28 – Página de pesquisa de registos de conhecimento .............................. 46

Figura 29 – Resultados de pesquisa de registos de conhecimento ........................ 47

Figura 30 - Formulário de registo de conhecimento ............................................. 48

Figura 31 – Lista dos registos de conhecimento do utilizador autenticado .......... 49

ix

Figura 32 – Registo de conhecimento para aprovar .............................................. 49

Figura 33 – Registo de conhecimento para aprovação.......................................... 51

Figura 34 – Pop-up de rejeição de registo de conhecimento ................................ 51

Figura 35 - Registo de conhecimento para validar................................................ 52

Figura 36 – Histórico do registo de conhecimento ............................................... 53

Figura 37 – Registos de conhecimento e activos associados ................................ 53

Figura 38 – Janela de pop-up para adicionar activos ao registo de conhecimento 54

Figura 39 – Registo de conhecimento para classificação...................................... 56

Figura 40 – Lista de perguntas mais frequentes .................................................... 57

Figura 41 – Lista de categorias de 1º, 2º e 3º nível ............................................... 58

Figura 42 – Janela de popup para a criação/edição de categorias ......................... 59

Figura 43 – Lista de serviços para a categorização ―Geral – Geral - Geral‖ ........ 59

Figura 44 – Página de criação/edição de um serviço ............................................ 60

Figura 45 – Lista de pacotes de serviços ............................................................... 61

Figura 46 – Página de criação/edição de um pacote de serviços .......................... 61

Figura 47 – Lista de campos adicionais ................................................................ 62

Figura 48 – Página de criação/edição de campos adicionais ................................ 62

Figura 49 – Lista de grupos de suporte de pedidos de serviço.............................. 63

Figura 50 – Página de criação/edição dos grupos de suporte................................ 64

Figura 51 – Tabela de regras de encaminhamento de pedidos de serviço ............ 64

Figura 52 – Lista de estados dos pedidos de serviço ............................................ 65

Figura 53 – Janela de popup de criação/edição de um estado ............................... 66

Figura 54 – Matriz de prioridade de pedidos de serviço ....................................... 66

Figura 55 – Catálogo de serviços do menu lateral ................................................ 67

Figura 56 – Menu do Catálogo de serviços ........................................................... 67

Figura 57 – Formulário de registo de um pedido de serviço................................. 68

Figura 58 – Pedidos de serviço para tratar ............................................................ 69

Figura 59 – 1º separador da página do pedido de serviço em resolução ............... 71

Figura 60 - 2º separador da página do pedido de serviço em resolução ............... 72

Figura 61 – Popup de adição/edição de tarefas ..................................................... 72

Figura 62 – Popup de mudança de estado ............................................................. 73

Figura 63 – Popup de geração de pedido de release ............................................. 74

Figura 64 - 2º separador da página do pedido de serviço em resolução ............... 75

Figura 65 – Janela de encaminhamento do helpdesker ......................................... 76

x

Figura 66 – Lista de pedidos de serviço para encaminhar .................................... 77

Figura 67 - Janela de encaminhamento do Incident Manager .............................. 78

Figura 68 – Lista de perguntas do inquérito de satisfação .................................... 79

Figura 69 – Lista de níveis de satisfação. ............................................................. 79

Figura 70 – Inquérito de satisfação ....................................................................... 79

xi

Lista de Acrónimos

BPMS – Business Process Management Suite

CA – Computer Associates;

CI – Configuration Item;

CM – Change Management;

CMDB – Configuration Management Database;

CMS – Configuration Management System;

CSI – Continual Service Improvement;

FAQ – Frequently Asked Questions

FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa;

GMS – Global Management Solutions;

HP – Hewllet – Packard;

IM – Incident Manager;

ISM – Information Security Management;

ITIL – Information Technology Infrastructure Library;

ITSCM – Information Technology Service Continuity Management;

ITSM – Information Technology Service Management;

itSMF – The IT Service Management Forum;

KEDB – Know Error Database;

KM – Knowledge Management;

OGC – Office Government Commerce;

PBI – Product Backlog Item;

PEI – Projecto em Engenharia Informática;

RDM – Release & Deployment Management;

SACM – Service Asset & Configuration Management;

SCM – Service Catalogue Management;

SDM – Service Desk Management;

SDP – Service Design Package;

SKMS – Service Knowledge Management System;

SLA – Service Level Agreement;

SLM – Service Level Management;

SLP – Service Level Package; e

TI – Tecnologia de Informação.

xii

1

Capítulo 1

Introdução

O presente capítulo introduz o projecto desenvolvido no âmbito da disciplina de

PEI do 2º ano, com vista ao desenvolvimento da tese de Mestrado em Engenharia

Informática. O projecto teve início no dia 02 de Setembro de 2010 na empresa Maksen,

com o objectivo de analisar e desenvolver uma solução de Service Desk Management,

segundo as melhores práticas advogadas pela ITIL® v3, tendo o seu término acontecido

a 31 de Maio de 2011.

Ao longo deste capítulo serão descritos os objectivos deste projecto, o seu âmbito

de actuação, contribuições em organizações/empresas de consultoria, a instituição onde

foi desenvolvido, a organização do projecto, e por fim, a estrutura do presente

documento.

1.1 Motivação

A motivação geral para a adopção de soluções de SDM está associada à cada vez

maior complexidade dos ambientes de TI distribuídos que, aliada ao aumento da

dependência da tecnologia por parte das empresas, criou os alicerces para uma sucedida

gestão de serviços. Os helpdesks reactivos e autónomos já não são suficientes. Para

satisfazer as exigências empresariais em termos de serviços de tecnologia fiáveis, as

empresas de TI necessitam de processos de gestão de serviços integrados que vejam os

componentes da tecnologia como partes inter-relacionadas dos serviços de TI prestados

às empresas.

1.2 Objectivos

O objectivo deste projecto consistiu na implementação de uma ferramenta de

suporte de TI aberta que permita uma utilização global, regional e/ou local, quer pela

2

Maksen, quer pelos seus clientes. A solução final deve actuar como um único ponto de

contacto para os pedidos de utilizador, incidentes submetidos pelo mesmo e incidentes

gerados nas infra-estruturas. Os seus workflows ITIL® flexíveis e com as melhores

práticas deverão acelerar a restauração do serviço normal, ajudar a prevenir futuros

eventos com impacto adverso no negócio e aumentar a eficiência dos recursos de TI.

Estes workflows devem capturar e localizar relações do início do incidente à

correlação do problema, radicar a investigação da causa, dos erros conhecidos e pedidos

de alterações. A solução inclui um knowledge management que oferece authoring rico,

pesquisa de linguagem natural e serviço autónomo para reduzir o volume de incidentes

e permitir uma maior resolução de suporte de primeiro nível. A CMDB1 refere quais os

serviços empresariais e os utilizadores afectados e ajuda a diagnosticar a causa através

da visibilidade para as dependências da infra-estrutura.

1.3 Âmbito de actuação

No âmbito deste projecto, pretendeu-se desenvolver uma solução que

automatizasse e desse resposta aos processos de Service Desk, Gestão de Incidentes,

Gestão de Problemas, Gestão de Alterações e Gestão de Activos e Serviços. Pretendeu-

se ainda que esta solução unificasse uma base de dados de gestão de configuração

(CMDB), com um modelo de dados, plataforma de workflow e interface do utilizador.

Para a solução supramencionada foram implementados 8 processos de ITIL® v3 –

Incident Management, Problem Management, Change Management, Knowledge

Management, Release & Deployment Management, Request Fulfillment, Service Asset

& Configuration Management (SACM) e Service Level Management (SLM), dos quais

os seis primeiros foram o alvo deste projecto.

O desenvolvimento desta aplicação foi efectuado numa plataforma de

desenvolvimento rápido (OutSystems Agile Platform) com uma metodologia de

desenvolvimento SCRUM Agile. Os outputs e processos de desenvolvimento do

projecto encontram-se enquadrados no âmbito da cadeira de Projecto de Engenharia

Informática da FCUL.

1 Configuration Management Database representa a configuração autorizada de componentes

significantes do ambiente de TI. A CMDB regista os itens de configuração (CI), detalhes sobre atributos

importantes e relações entre CIs.

3

As actividades desenvolvidas, no contexto do projecto, foram: organização e

planeamento de projecto, definição de requisitos, desenho do modelo conceptual,

especificação funcional e técnica, configuração/implementação, formação de

utilizadores e testes de aceitação, e roll-out e documentação, bem como actividades

transversais de gestão de Projecto e controlo de qualidade.

A orientação e coordenação académica deste processo foram desempenhadas pelo

Prof. Doutor João Carlos Balsa da Silva, docente do Departamento de Informática da

FCUL, e Eng. Miguel Ramos, Operational Manager da Maksen.

1.4 Contribuição

A solução final tem como objectivos ajudar a aumentar a disponibilidade dos

sistemas críticos das empresas de consultoria ou clientes destas, acelerando a resolução

de incidentes e problemas, bem como reduzir a duração e os volumes das chamadas de

suporte.

Além disso, pretende-se aumentar a produtividade dos agentes de service desks,

apoiar os recursos de TI e os utilizadores, aumentar a disponibilidade das infra-

estruturas de TI das empresas e encaminhar rapidamente os pedidos para o suporte

correcto.

Por fim, com a solução desenvolvida deseja-se identificar as causas core para

eliminar os incidentes recorrentes e estabelecer uma solução comum para a comunidade

de consultoria ou clientes desta, de suporte de TI que permita uma utilização de forma

global, regional e/ou local.

1.5 Formações e arranque do projecto

Como mencionado no Relatório Preliminar [25], numa fase inicial definiu-se o

plano das tarefas a executar ao longo do projecto e o seu modelo de acompanhamento,

bem como se realizaram formações na framework ITIL®, através da plataforma e-

learning SkillPort, e na plataforma de desenvolvimento OutSystems.

A primeira das formações dividiu-se em duas partes, ―ITIL® v2 Foundation‖ e

―IT Infrastructure Library (ITIL) v3 Foundation Syllabus v4.2 exam‖, referentes às

frameworks ITIL® v2 e ITILv3, respectivamente.

4

Por outro lado, a formação de OutSystems decompôs-se em três cursos:

―OutSystems Developer – Course 1‖, ―OutSystems Developer – Course 2‖ e

―OutSystems Developer – Course 3.

Após as formações e o levantamento dos requisitos da solução implementada no

âmbito deste projecto, procedeu-se a uma análise comparativa de soluções SDM best-of-

breed de mercado, sendo esta abordada no quarto capítulo.

No decorrer da primeira fase do projecto, realizou-se uma reunião de Kick-Off, a

qual pretendeu oferecer aos seus intervenientes uma visão geral da solução

desenvolvida. Deste modo, referiram-se os objectivos, o âmbito da actuação, o

planeamento e organização, bem como o modelo de acompanhamento do projecto,

identificando-se os factores críticos para o seu sucesso.

1.6 Enquadramento Institucional

O projecto foi realizado em parceria com a Maksen, inicialmente GMS – Global

Management Solutions. Esta instituição foi criada no início de 2003 e centra a sua

actividade na prestação de serviços de consultoria de negócio, de sistemas de

informação e de engenharia/redes de comunicações.

Em termos globais, a Maksen conta com uma rede global e acesso a mais de 1.000

profissionais, que contribuem com as suas competências, talento, motivação e sentido

de missão para a criação de valores dos seus clientes, trabalhando em conjunto com

estes, de forma a superar, sempre que possível, os objectivos estabelecidos. O seu

crescimento e reconhecimento no mercado ao longo dos anos devem-se a uma

consultoria inovadora, perseverante e com uma orientação muito vincada para ―fazer

acontecer‖.

As boas práticas de gestão da Maksen têm vindo recorrentemente a ser

distinguidas pela multinacional Great Place to Work Institute, incluindo prémios

especiais como ―Melhor empresa Portuguesa para Trabalhar‖ (2010), ―Melhor empresa

para Jovens‖ (2010 e 2011) e ―Melhor empresa para Executivos‖ (2009). Além destas

distinções, a Maksen é a primeira consultora em Portugal a possuir simultaneamente as

certificações ISO 9001 e 27001.

Para fazer face às exigências do mercado, a Maksen é composta por três divisões

complementares:

5

Consulting: centra a sua actividade na prestação de serviços de consultoria

estratégica, operacional e de sistemas de informação, sendo especialista,

nomeadamente, em temas de redefinição estratégica de negócios,

transformação empresarial e processual e análises económico-financeiras;

Engineering: sendo a área de negócio vocacionada para a engenharia e

redes de comunicações, os seus serviços baseiam-se em arquitecturas de

sistemas e redes, para além da sua implementação e integração

tecnológica;

IT Management: a oferta desta divisão consiste essencialmente na

prestação de serviços continuados de consultoria e outsourcing, no âmbito

da evolução tecnológica e exploração operacional de plataformas e

sistemas de informação, tendo como principal factor diferenciador os

conhecimentos técnicos especializados e a existência de parcerias efectivas

com as equipas tecnológicas dos clientes.

1.7 Organização do Projecto

Para este projecto reuniu-se um conjunto de profissionais com conhecimento e

experiência nas áreas abrangidas, propondo a afectação de uma equipa multidisciplinar

de elementos da Maksen e FCUL, com competências de intervenção necessárias.

6

As principais responsabilidades desses elementos e respectivos comités são os

seguintes:

Comité de Acompanhamento – aprovação dos produtos intermédios e

finais do Projecto, confirmação da adequação do trabalho desenvolvido

face aos objectivos definidos e coordenação e facilitação da integração das

decisões de carácter estratégico com os princípios gerais de gestão;

Comité Operacional – validação dos produtos intermédios e finais do

Projecto e da adequação do trabalho desenvolvido face aos objectivos

definidos e coordenação da Equipa de Projecto;

Sponsor de Projecto – dinamização do Projecto internamente,

contribuindo de forma determinante para o sucesso da solução na resposta

às necessidades específicas;

Controlo de Qualidade – é política da Maksen, para a realização de

qualquer Projecto, incluir nas equipas de trabalho uma figura de controlo

da qualidade, que tem como responsabilidade principal validar os outputs

do Projecto face às expectativas e necessidades; e

Gestão de Projecto – disponibilização dos recursos humanos, logísticos,

técnicos e funcionais da Maksen necessários ao desenvolvimento do

Projecto, intermediação de contactos e reuniões necessárias ao

Figura 1 – Organograma do projecto

7

desenvolvimento do Projecto e participação na execução de tarefas

planeadas com a restante equipa de trabalho; e

Equipa Core de Projecto – execução das actividades de Projecto

planeadas ao nível da Gestão de Projecto. Como anteriormente

mencionado, este projecto foi realizado em parceria com o PEI do aluno

Ricardo Reis, tendo estado a seu cargo, para além dos quatro processos

comuns, os processos de Request Fulfillment e Service Level Management

(SLM).

1.8 Estrutura do documento

O presente relatório encontra-se estruturado em sete capítulos:

Capítulo 2 – Metodologia e Planeamento: tem como objectivo descrever

as metodologias e ferramentas que suportam o desenvolvimento da

solução de SDM, bem como o plano de trabalhos;

Capítulo 3 – Contexto teórico dos processos implementados: descrição

teórica dos seis processos implementados no âmbito deste PEI;

Capítulo 4 – Análise do problema e desenho da solução: referência ao

trabalho relacionado com a solução desenvolvida, avaliando soluções best-

of-breed de mercado face aos requisitos disponibilizados pela Maksen, aos

requisitos implementados e ao modelo conceptual da solução;

Capítulo 5 – Solução implementada: descrição detalhada da

implementação dos processos foco do projecto e dos testes efectuados aos

mesmos;

Capítulo 6 – Discussão: tem como objectivo apresentar uma análise

crítica e factores críticos de sucesso ao trabalho; e

Capítulo 7 – Bibliografia: indicação das referências bibliográficas usadas

para a elaboração deste relatório.

8

Capítulo 2

Metodologia e Planeamento

O desenvolvimento da solução no âmbito deste Projecto obedeceu a standards

metodológicos e respeitou as melhores práticas advogadas pelo itSMF.

A implementação desta solução foi feita na plataforma OutSystems Agile

Platform, pela facilidade de desenvolvimento e tempo de projecto reduzido, adoptando

a metodologia advogada pelo fabricante do software, a SCRUM Agile Methodology.

2.1 Framework ITIL®

Information Technology Infrastructure Library (ITIL®) [16] é a abordagem mais

adoptada para a gestão de serviços de TI, fornecendo uma framework prática para

identificação, planeamento, entrega e suporte de serviços TI para o negócio.

A framework foi desenhada e desenvolvida no final da década de 1980 pela

Central Computer and Telecommunications Agency (CCTA) e actualmente está sob a

custódia da OGC (Office for Government Commerce) da Inglaterra. Em 2000/2001, com

o intuito de tornar a ITIL® mais acessível, a versão inicial foi revista e substituída pela

ITIL® v2 (versão 2), que consiste em sete volumes, tornando-se a base padrão para a

norma BS 15000, um anexo da norma ISO 20000. Mais recentemente, em 2007, foi

lançada a versão 3 da ITIL® (também conhecida como a ITIL Refresh Project) que

consiste em vinte e seis processos e funções, agrupados em cinco volumes e arranjados

sobre os conceitos de uma estrutura de ciclo de vida dos serviços.

Esta framework defende que os serviços TI devem estar alinhados com as

necessidades do negócio e sustentar os principais processos, dando orientações às

organizações sobre o modo de usar as TI para facilitar a mudança nos negócios, a sua

transformação e o seu crescimento. A ITIL® fornece ainda compreensivas orientações

9

de boas práticas para todos os aspectos de ―end-to-end‖ de service management,

padronizando a totalidade do espectro de pessoas, processos e produtos.

Por outro lado, fornece uma descrição detalhada sobre importantes práticas de TI

com checklists, tarefas e procedimentos que uma organização de TI pode adaptar às suas

necessidades.

A framework ITIL® deve ser implementada seguindo uma abordagem ―adopt and

adapt‖, de modo a que processos efectivos e apropriados sejam postos em prática. A sua

adopção pode oferecer aos utilizadores uma enorme gama de benefícios que incluem:

Melhoria de serviços de TI;

Custos reduzidos;

Satisfação do cliente melhorada através de uma abordagem mais

profissional na prestação do serviço;

Melhoria da produtividade;

Melhoria no uso das habilidades e experiência; e

Melhoria da prestação de serviços a terceiros.

Para entender o que é a gestão de serviços, é necessário perceber o que são

serviços. Estes são um meio de entregar valor aos clientes, facilitando os resultados que

estes desejam obter, sem assumirem os custos e riscos específicos.

Assim, pode-se afirmar que a gestão de serviços é o que permite que uma

organização compreenda os serviços que presta, garanta que os serviços realmente

facilitam os resultados que os seus clientes querem obter, compreenda o valor dos

serviços, e perceba e trate todos os custos e riscos associados a esses serviços.

2.1.1 ITIL® v3

A framework ITIL® v3 [12] (também conhecida como ITIL® Refresh Project) é

uma nova abordagem, com base no ciclo de vida dos serviços e uma nova estrutura,

usada para diferenciar as práticas essenciais do modelo com novos processos, tendo

uma visão integrada de TI, negócios e fornecedores.

Existem dois conceitos chaves sobre a versão 3 da ITIL®, entre eles:

Serviço de TI – ―Um serviço é um meio para entregar valor aos clientes,

propiciando os resultados que eles queiram alcançar sem que eles tenham

que assumir custos e riscos específicos‖; e

10

Gestão de Serviços de TI – ―Gestão de serviços é um conjunto de

capacidades organizacionais específicas (processos, métodos, funções,

papéis e actividades) para prover valor aos clientes sob a forma de

serviços‖.

A figura 2 mostra o ciclo de vida de um serviço de TI, sendo que cada uma das

fases desse ciclo é descrita de seguida:

Service Strategy [8] – descreve a primeira fase do ciclo de vida de um

serviço e consiste em assegurar que as organizações estão em posição de

lidar com os custos e riscos associados ao Portfolio de Serviços. As

decisões tomadas, no que diz respeito à Service Strategy, têm

consequências a longo prazo, incluindo aquelas de efeito retardado.

Ainda nesta fase, os requisitos de negócio são identificados e os resultados

esperados são acordados num SLP (Service Level Package), que

representa um determinado nível de utilidade pública e de garantia para

um determinado pacote de serviços, sendo desenhado para atender as

necessidades de um determinado padrão de negócio.

A estratégia de serviço de qualquer organização deve ser baseada num

conhecimento fundamental de que os seus clientes não compram produtos,

mas apenas compram a satisfação de necessidades específicas. Portanto,

para serem bem sucedidos, os serviços prestados devem ser percebidos

Figura 2 – Ciclo de vida um serviço

11

pelo cliente para entregar valor suficiente sob a forma de resultados que

esse cliente quer atingir;

Service Design [7] – Service Design é a segunda etapa de todo o ciclo de

vida do serviço e um elemento importante dentro do processo de alteração

de negócio. O papel desta etapa dentro do processo de alteração de

negócio, pode ser definido como o desenho de apropriados e inovativos

serviços de TI, incluindo as suas arquitecturas, processos, políticas e

documentação, para atender às actuais e futuras exigências do negócio

acordado.

Com a ITIL®, o trabalho de desenhar um serviço de TI é agregado num

simples pacote de desenho de serviços (Service Design Package - SDP),

que define todos os aspectos de um serviço de TI e os requisitos de cada

etapa do seu ciclo de vida, sendo produzido com um catálogo de serviços.

Esta etapa da ITIL® v3 inclui os processos de ―Service Level

Management‖ (SLM), ―Capacity Management‖, ―Availability

Management‖, ―IT Service Continuity Management‖ (ITSCM), ―Service

Security Management‖, ―Information Management‖, ―Supplier

Management‖ e ―Service Catalogue Management‖ (SCM), tendo cinco

aspectos individuais, entre eles:

o Novas soluções de serviço ou alteradas;

o Sistemas de gestão de serviço e ferramentas, especialmente o

Portfolio de Serviços;

o Arquitecturas de tecnologia e sistemas de gestão;

o Processos, papéis e capacidades; e

o Métodos de medida e métricas.

Verifica-se que um bom desenho de serviço está dependente da utilização

efectiva e eficiente dos ―Four P’s of Design‖:

o Pessoas (People) - as pessoas, habilidades e competências

envolvidas no fornecimento de serviços de TI;

o Produtos (Products) - a tecnologia e sistemas de gestão usados na

entrega de serviços de TI;

12

o Processos (Processes) - os processos, papéis e actividades

envolvidas no fornecime nto de serviços de TI; e

o Sócios (Partners) - os vendedores, fabricantes e fornecedores

usados na assistência e suporte do fornecimento de serviços de TI.

Service Transition [9] – descreve a terceira fase do ciclo de vida de um

serviço, na qual o seu papel é a entrega de serviços necessários ao negócio

para uso operacional. A Service Transition oferece isto ao receber o SDP

da etapa anterior, entregando-o na etapa Service Operation sempre que um

elemento necessário é exigido para a operação contínua e de suporte desse

serviço.

O foco desta fase é a implementação de todos os aspectos do serviço, não

apenas na aplicação e como ela é usada em circunstâncias ―normais‖,

sendo necessário assegurar que a mesma pode operar em circunstâncias

extremamente imprevisíveis ou anormais, e que o suporte para falhas ou

erros está disponível. A implementação do serviço é acompanhada, testada

e validada, e o SKMS2 (Service Knowledge Management System) é

actualizado com as informações do ambiente de produção.

Esta etapa está organizada pelos processos de ―Change Management‖,

―Service Asset and Configuration Management‖ (SACM), ―Knowledge

Management‖, ―Release and Deployment Management‖, ―Transition

Planning and Support‖, ―Service Validation and Testing‖ e ―Evaluation‖.

Service Operation [11] – representa a quarta etapa do ITIL® v3 e cujo

propósito é oferecer níveis de acordados de serviço para utilizadores e

clientes, e gerir as aplicações, tecnologia e infra-estrutura que suportam a

oferta dos serviços. É apenas durante esta etapa do ciclo de vida que os

serviços realmente acrescentam valor ao negócio, e é sua responsabilidade

assegurar que este valor seja entregue.

Aqui, o serviço é mantido em funcionamento de acordo com o SLA

(Service Level Agreement) estabelecido, para fornecer os resultados

esperados.

2 O SKMS é o repositório central de dados da organização de TI, informação e conhecimento.

13

Esta etapa do ITIL® v3 é composta pelos processos de ―Event

Management‖, ―Incident Management‖, ―Request Fulfillment‖, ―Access

Management‖, ―Problem Management‖, e pelas funções de ―Operation

Management‖, ―Service Desk‖, ―Application Management‖, ―Technical

Management‖ e ―IT Operations Management‖.

Continual Service Improvement [10] - a finalidade da fase Continual

Service Improvement (CSI) é manter o valor para os clientes através da

avaliação contínua e o aumento da qualidade dos serviços e da maturidade

geral do ciclo de vida do ITSM e dos processos subjacentes. De modo a

gerir as melhorias, o CSI deve definir claramente o que deve ser

controlado e medido, e identificar as oportunidades de melhoria do

serviço.

A última etapa da ITIL® v3 inclui os processos de ―Service

Measurement‖, ―Service Reporting‖ e ―Service Improvement‖.

2.2 Plataforma de desenvolvimento - OutSystems

A estruturação das organizações tendo em conta os seus processos de negócio

tornou-se uma abordagem recorrente por permitir melhorar cada vez mais os processos

internos às organizações, cortando custos e maximizando a eficácia. Desta forma

aumentou o interesse na área da gestão de processos de negócio.

O principal modo pelo qual os processos oferecem a flexibilidade desejada pelas

organizações é a possibilidade de executar processos, tornando imediatamente reais as

alterações desenvolvidas durante a fase de modelação. Isto permite aos elementos das

organizações alterarem e melhorarem os seus processos sempre que necessário e ver as

suas alterações repercutidas na organização, podendo voltar a ser alteradas caso

necessário. Em última análise a fase de execução é essencial para a flexibilidade

necessária para as organizações se manterem de acordo com as inconstantes condições

de mercado.

Com o aumento do interesse na gestão de processos de negócio, surgiram várias

novas tecnologias que pretendem abordar a execução de processos de negócio. Surgiram

novas linguagens, denominadas linguagens de execução de processos de negócio, que

permitem detalhar um processo de negócio para que este possa ser executado sobre esta

14

linguagem, surgiram tecnologias úteis para o desenvolvimento de componentes de

execução de processos e surgiu um novo conjunto de ferramentas, as BPMS’s, que

abordam a execução de processos e todas as outras fases que compõem a gestão de

processos de negócio.

As BPMS’s oferecem um novo método para gerir os processos, reunindo numa

única ferramenta todas as actividades inerentes à gestão dos processos de negócio numa

organização. A principal vantagem destas ferramentas prende-se com a facilidade de

modelação e execução dos processos de negócio que se pretendem gerir e que era

desconhecida até ao momento do seu aparecimento. Com os recentes avanços nas

tecnologias de informação, têm começado a surgir novas ferramentas, com métodos de

desenvolvimento ágeis, que oferecem uma flexibilidade extrema nas suas aplicações.

Estas novas ferramentas permitem que as aplicações desenvolvidas sejam

facilmente alteradas, sempre que necessário, para fazer face às alterações da

organização. Embora baseadas em outras tecnologias, o resultado final destas

ferramentas é de certa forma semelhante ao da gestão de processos de negócio, ou seja,

conseguem dotar as organizações da flexibilidade necessária para fazer face às

condições de negócio actuais.

O facto de actualmente as organizações se encontrarem estruturadas de acordo

com os seus processos de negócio faz com que, apesar de bastante ágeis, estas

ferramentas não estejam alinhadas com as organizações. Embora as aplicações

desenvolvidas sejam bastante ágeis, não permitem endereçar os processos de negócio

que representam o modo como actualmente as organizações actuam, evoluem e em

última análise, são geridas.

A OutSystems [13] é um exemplo de uma empresa que comercializa uma destas

novas ferramentas baseadas em metodologias de desenvolvimento ágeis. Junto dos seus

clientes, surgiu a necessidade do suporte de processos de negócio de modo a

desenvolver aplicações mais orientadas ao negócio, havendo assim necessidade de dotar

a plataforma com suporte para as actividades inerentes à gestão de processos de

negócio, onde se enquadra a execução.

15

2.2.1 Visão geral

A plataforma OutSystems destina-se principalmente ao desenvolvimento de

aplicações empresariais com uma estrutura web-based3. Além disso, tem suporte para

redes móveis e de e-mail e permite a integração com os sistemas legacy4 normalmente

existentes nas organizações actuais. A grande diferença entre esta plataforma e outras

ferramentas semelhantes assenta na metodologia de desenvolvimento proposta e na

flexibilidade apresentada.

Apoiando-se na metodologia ágil, a OutSystems promove uma aproximação built-

to-change, na qual, independentemente da fase do ciclo de vida das aplicações, novas

funcionalidades podem ser facilmente adicionadas, erros corrigidos e comentários

analisados, com riscos reduzidos e sem graves consequências para o negócio.

A plataforma OutSystems, por se apoiar nessa metodologia ágil, aborda a actual

necessidade de rápido desenvolvimento e contínua mudança das aplicações

desenvolvidas, permitindo a criação de aplicações que respeitem, quer as necessidades

tecnológicas, quer as necessidades de negócio das organizações. Desta forma, esta

metodologia surgiu da adaptação dos conceitos da SCRUM Agile Methodology5, às

características da plataforma criada.

Esta plataforma de desenvolvimento aposta num estilo de programação visual

drag’n’drop sendo possível a criação de aplicações ―sem ter de se escrever qualquer

linha de código‖. Desde o desenho do modelo de dados, criação de Interfaces, definição

de lógica de negócio ou instalação, tudo pode ser feito visualmente.

3 Sistemas web-based são aqueles executados através de páginas, tais como Firefox ou Internet

Explorer. 4 É uma tecnologia antiga que continua a ser usada, normalmente porque ainda continua a

funcionar para as necessidades do utilizador, apesar de nova tecnologia ou métodos mais eficazes de

executar uma tarefa já estarem disponíveis. 5 Está referido na secção 2.3

16

Figura 3 – Descrição da plataforma ágil OutSystems

A Figura 3 representa a relação entre os componentes base com o Hub Server,

descrita na secção 2.2.2.

2.2.2 Componentes da plataforma OutSystems

A plataforma OutSystems é constituída por quatro componentes que suportam

toda a criação, alteração e manutenção de aplicações web:

Service Studio - componente de desenvolvimento visual, destinado à

criação, alteração e instalação das aplicações web desenvolvidas,

denominadas por eSpaces6. Este componente permite o desenvolvimento

de interfaces de utilizador, modelo de dados, web services, regras de

segurança, integração com componentes e agendamento de actividades.

Através de um processo 1-Click Publish, o qual verifica, guarda, efectua o

upload no componente de execução, compila e instala a aplicação. O

componente Service Studio é um ambiente de desenvolvimento,

tecnologicamente independente da infra-estrutura que aloja as aplicações,

e baseado em ―.Net‖ ou Java, sendo ―.oml7‖ a extensão dos ficheiros

construídos.

Integration Studio - componente que permite criar componentes

personalizados (extensões) para integrar com diversos sistemas legacy.

Estas extensões disponibilizam módulos, codificados em C# ou Java, e

6 Uma aplicação ou parte de aplicação que implementa um conjunto de serviços reunidos num

único projecto. 7 OutSystems Markup Language.

17

acesso a base de dados externas (que não a do Hub Server) que podem ser

reutilizados pelos eSpaces. Uma vez publicadas, estas extensões podem ser

utilizadas na componente de desenvolvimento como blocos visuais para

permitir a interacção das aplicações com os sistemas existentes, sendo

―xif‖ 8

a extensão dos ficheiros produzidos pelo Integration Studio.

Service Center - permite a monitorização e a gestão das aplicações,

oferecendo acesso centralizado à informação relativa a todos os recursos

da plataforma, tais como versões de aplicações, auditorias, monitorização

e criação de relatórios em tempo de execução. Com estas funcionalidades

torna-se mais fácil o acompanhamento e o controlo da execução das

aplicações.

Hub Server - componente central responsável pela execução. Este

orquestra todas as compilações, instalações e qualquer actividade que

decorra em tempo de execução, sendo o local onde todos os objectos

desenvolvidos necessitam de ser publicados antes da sua utilização. Neste

componente, os eSpaces são traduzidos para código ―.Net” ou Java,

compilados e disponibilizados ao utilizador final.

As empresas ou prestadores de serviços operam centralmente sobre o Hub Server

para suportar o desenvolvimento de aplicações empresariais.

8 Extension and Integration Framework.

Figura 4 – Descrição da plataforma ágil.

18

A figura 4 apresenta o percurso efectuado pelas aplicações e extensões até ao

repositório de dados para depois serem disponibilizados. Os eSpaces são criados no

Service Studio e as extensões no Integration Studio.

2.3 Metodologia de desenvolvimento - SCRUM

A metodologia usada para este projecto foi a SCRUM Agile Methodology[15].

Esta consiste num processo iterativo e incremental para o desenvolvimento do produto e

para a gestão de tarefas. A agilidade que suporta esta metodologia de gestão e

planeamento, traz uma nova dimensão de capacidade de resposta, adequabilidade,

eficácia e eficiência na gestão actual dos processos.

A figura 5 ilustra como funciona o SCRUM. Depois do Product backlog e do

Sprint backlog, descritos na secção 2.3.3, ocorrem iterações de 2 a 4 semanas, com

reuniões diárias, para que no final de cada uma das iterações exista como resultado um

produto para demonstração.

2.3.1 Papéis

A SCRUM Agile Methodology é um esqueleto do processo que contém grupos de

práticas e papéis predefinidos, onde se destacam:

Scrum Master: papel sem responsabilidade por gerir a equipa, mas sim

por garantir que não existe impedimentos para que se consiga alcançar os

objectivos do sprint (referido na secção 2.3.4). Caso existam várias

equipas, este é ainda responsável por garantir os interesses da sua equipa

Figura 5 – SCRUM Agile Methodology

19

nas reuniões com os restantes Scrum Masters, representando também a sua

equipa e os seus interesses perante o Product Owner.

Product Owner: papel responsável pelo produto e com maior

responsabilidade. Tem como tarefas definir, priorizar e estimar todas as

funcionalidades, através do preenchimento do product backlog. Este

também é o responsável por comunicar à equipa os interesses dos

stakeholders, efectuar reuniões de planeamento e demonstrar as entregas

efectuadas.

Team Member: o papel com a responsabilidade de desenvolver e entregar

as funcionalidades do produto. As equipas organizam-se entre elas para

conseguirem da melhor maneira alcançar os objectivos do sprint.

2.3.2 Reuniões

Esta metodologia compreende um conjunto de reuniões com o intuito de definir as

actividades a realizar, monitorizar o seu progresso e manter todos os envolvidos ao

corrente desse progresso. Entre as reuniões[14] associadas a esta metodologia,

destacam-se:

Sprint Planning Meeting: reunião realizada antes do início de cada sprint

(descrito na secção 2.3.4), e onde o Product Owner e a equipa negoceiam

que requisitos serão tratados pela equipa naquele sprint. Nesta reunião, o

Product Owner decide que requisitos são de elevada prioridade para a

release e quais irão gerar o maior valor de negócio, tendo a equipa o poder

de afastar as preocupações ou impedimentos.

Daily Scrum Meeting: reunião diária entre a equipa de trabalho, com o

objectivo de perceber o estado do projecto. Durante esta reunião, cada

membro da equipa responde a 3 questões: ―O que fiz desde a última

reunião?‖, ―O que vou fazer até à próxima reunião?‖ e ―Quais os

impedimentos que prevejo até à próxima reunião?‖.

Sprint Review Meeting reunião onde é revisto o trabalho completo e o

trabalho não completo. O trabalho completo é apresentado aos

stakeholders, através de demos.

20

Sprint Retrospective Meeting é a reflexão efectuada no final de cada

sprint sobre a forma de como este correu, identificando possíveis

melhorias sobre forma de trabalhar. Além disso, o SCRUM Master poderá

identificar restrições ao progresso de equipa e trabalhar na sua mitigação.

2.3.3 Artefactos

A metodologia SCRUM relaciona-se com um conjunto de artefactos[18] úteis ao

desenvolvimento de uma solução. Os artefactos são:

Product backlog ou Scrum backlog: documento de análise detalhado que

apresenta todos os requisitos para um sistema, projecto ou produto. De

uma maneira mais simples, este termo podia ser descrito como sendo uma

lista de tarefas a realizar, expressa em ordem de prioridade com base no

valor comercial que cada peça de trabalho irá gerar. Filosoficamente, o

scrum backlog é o motor do negócio, decompondo a visão geral do

produto em incrementos de trabalho que se podem gerir, chamados de

Product Backlog Items (PBIs). Apesar de ser da responsabilidade da

equipa a conclusão do trabalho, o Product Owner é o único que consegue

priorizar o mesmo num scrum backlog.

Sprint backlog: representa o resultado das planning meetings.

Essencialmente, é uma lista de tarefas que a equipa precisa de completar

durante o sprint, a fim de transformar um conjunto seleccionado de itens

do product backlog num aumento da funcionalidade. Ao contrário dos

PBIs, as tarefas do sprint backlog têm um tempo estimado, sendo

responsabilidade das equipas manter o sprint backlog actualizado. Este

artefacto mostra o que está completo e o que falta fazer, ajudando os

membros da equipa a realizarem uma daily scrum meeting eficaz.

2.3.4 Sprint

Esta metodologia é destinada a projectos compostos por uma sequência de

iterações (sprints), as quais poderão ter uma duração de duas a quatro semanas, sendo

que, no final de cada iteração, um conjunto de funcionalidades do produto final deverá

ser apresentado.

21

Em cada sprint, é implementado um conjunto de requisitos, descriminados no

sprint backlog, o qual foi determinado durante a reunião de planeamento do sprint.

Durante o mesmo, não é possível alterar esse conjunto de requisitos, uma vez que o

Product Owner deve respeitar a capacidade da equipa para criar o seu plano de acção,

não podendo sobrecarregá-la de mais trabalho até à reunião de planeamento do próximo

sprint.

Devido ao desenvolvimento das actividades ser timeboxed9, a iteração deve

terminar no tempo previsto. No entanto, se os requisitos não são implementados por

algum motivo, então são descartados e reconsiderados em futuras iterações.

Uma vez concluída cada iteração, a equipa realiza uma demonstração do software,

sendo que, no final de todas as elas, obtém-se um sistema com a totalidade das

funcionalidades implementadas, as quais foram sendo testadas, adaptadas e aprovadas

paralelamente com o seu desenvolvimento.

2.4 Plano de Trabalhos

Durante o tempo de estágio, o projecto encontrou complexidades relacionadas

com a logística do servidor, o incumprimento de requisitos e inexperiência no uso da

plataforma de Outsystems, o que levou a um atraso na entrega da solução final. A

existência de um plano de mitigação não foi suficiente para a resolução de todos os

obstáculos.

2.4.1 Plano de Trabalhos Inicial

De acordo com a solução implementada, é de seguida indicado o faseamento

inicialmente proposto para o projecto, organizado pelos componentes desenvolvidos.

9 Técnica comum de gestão de tempo em planeamento de projectos, onde o calendário é dividido

num número de períodos de tempo distintos (timeboxes), com cada parte a ter o seu próprio prazo,

orçamento e outputs.

22

O planeamento apresentado reflecte um calendário de ―alto nível‖ elaborado pela

Maksen, compreendido entre 02 de Setembro de 2010 e 31 de Maio de 2011, tendo

como referência os objectivos e âmbito mencionados no primeiro capítulo, bem como a

abordagem proposta para este projecto.

O projecto encontrava-se dividido em sete fases, distribuídas por três etapas. A

Etapa I – INPUT, compreendida entre o dia 02 de Setembro e meados de Novembro,

organizava-se em duas fases distintas, a ―Fase I - Organização e planeamento‖ e a ―Fase

II - Definição de requisitos‖.

De acordo com os métodos advogados pela SCRUM Agile Methodology, as fases

―Fase III – Desenho e modelo conceptual‖ e ―Fase IV – Especificação funcional e

técnica‖, referentes à Etapa II – CONCEPÇÃO, encontravam-se divididas em sprints

(de Novembro a Dezembro de 2010):

Sprint 1 – tinha a duração prevista de 3 semanas e compreendia as

actividades realizadas na Fase III;

Sprint 2 – a sua duração prevista era de 2 semanas e compreendia parte

das actividades da Fase IV; e

Sprint 3 – tal como a fase anterior, a sua duração prevista era de 2

semanas, compreendendo as restantes actividades da Fase IV.

A Etapa III – OUTPUT dividia-se nas fases ―Fase V – Configuração /

Implementação‖, ―Fase VI – Formação e testes de aceitação‖ e ―Fase VII – Roll-out e

Figura 6 – Calendário de “alto-nível”

23

documentação da solução‖, as quais se encontravam compreendidas entre Dezembro de

2010 e Maio de 2011.

2.4.2 Plano de Trabalhos Final

O planeamento final, apresentado na figura seguinte, reflecte o incumprimento por

completo da metodologia SCRUM Agile.

O planeamento final do projecto apresenta os últimos meses de estágio, que em

nada corresponde ao plano inicial. Na figura 7 é possível verificar que o projecto não foi

concluído dentro dos 9 meses de estágio, derrapando até ao mês de Julho.

A duração de 7 meses (Dezembro - Junho) da Etapa III – OUTPUT, em vez dos 5

meses (Dezembro - Abril) estipulados no plano inicial, causou o atraso na conclusão do

PEI. Para o atraso anteriormente mencionado, contribuíram vários factores, dos quais se

destacam o elevado número de requisitos a implementar, a falta de experiência no

desenvolvimento de aplicações na plataforma Outsystems, bem como alguns problemas

técnicos no servidor onde a aplicação estava a ser implementada.

Figura 7 – Planeamento final

24

Capítulo 3

Contexto teórico dos processos implementados

Este Projecto de Engenharia Informática constituiu na implementação de seis

processos disponibilizados pela ITIL® v3, no que diz respeito à solução de Service

Desk Management desenvolvida.

A figura 8 ilustra os processos disponibilizados pela ITIL® v3, suportados pelas

cinco fases do ciclo de vida de um serviço. Dos seis processos implementados neste

Projecto, os de Incident Management, Problem Management, Change Management e

Release & Deployment Management representam o tronco comum à solução a

desenvolver, e os de Knowledge Management e Request Fulfillment reflectem os

processos específicos deste PEI.

Figura 8 – Processos da ITIL® v3 implementados e respectivo mapeamento

25

Os processos acima mencionados foram integrados com outro projecto que

decorreu na Maksen, cujo foco principal era a implementação dos processos de Service

Asset & Configuration Management e Service Level Management no âmbito desta

solução.

De seguida serão apresentadas breves descrições sobre os processos comuns ao

outro projecto, e descrições detalhadas dos dois processos específicos do âmbito deste

projecto.

3.1 Knowledge Management

O Knowledge Management (KM)[9] é um dos processos da Service Transition, e

que abrange uma série de estratégias e práticas usadas numa organização para

identificar, criar, representar, distribuir e possibilitar a adopção de ideias e experiências.

Tais percepções e experiências incluem conhecimento, seja incorporado em indivíduos

ou incorporados nos processos organizacionais ou prática.

Tipicamente, o esforço do KM está focado nos objectivos organizacionais, tais

como melhorar o desempenho, a vantagem competitiva, a inovação, a partilha de lições

aprendidas, integração e melhoria contínua da organização. O uso deste processo pode

ajudar os indivíduos e grupos a partilharem conhecimento valioso, de modo a reduzir

trabalho redundante, o tempo de treino para novos empregados, a reter o capital

intelectual como rotatividade de colaboradores numa organização, e a se adaptar às

mudanças de ambientes e mercados.

Uma estratégia do KM envolve activamente a gestão do conhecimento. Em tal

caso, os indivíduos esforçam-se para codificar explicitamente o seu conhecimento num

repositório compartilhado de conhecimento, como uma base de dados, bem como

recuperar o conhecimento que eles necessitem que outros indivíduos tenham fornecido

ao repositório.

O coração deste processo é a estrutura Data-Information-Knowledge-Wisdom

(DIKW), tal como mostrado na figura 9. Data é um conjunto de factos discretos sobre

eventos. Information fornece contexto para os dados. Knowledge é composto por

experiências, ideias, valores e julgamentos de indivíduos. Wisdom dá o discernimento

definitivo do conhecimento, tendo a aplicação e a consciência de contexto para

proporcionar um forte julgamento do senso comum.

26

O processo de Knowledge Management estará centrado no Service Knowledge

Management System (SKMS), que é um repositório central dos dados de TI de uma

organização, informação e conhecimento. Subjacente a este conhecimento estará uma

quantidade considerável de dados, que serão armazenados num repositório lógico

central ou num CMS e CMDB, como ilustrado na figura 10.

O papel de Knowledge manager designa alguém com habilidades versáteis e que

esteja confortável com os conceitos de comportamento/cultura organizacional,

processos, branding & marketing e tecnologia.

Figura 9 – O fluxo de data para wisdom

Figura 10 – Relação entre CMDB, CMS e SKMS

27

3.2 Request Fulfillment

O processo de Request Fulfillment, integrado no livro Service Operation, é um

dos dois processos que foram explorados com mais detalhe ao longo deste projecto.

Os grandes objectivos deste processo passam essencialmente por:

Dar a possibilidade aos utilizadores de requisitarem e receberem serviços

standard;

Criar e prestar esses serviços;

Fornecer informação aos utilizadores e clientes sobre os serviços

disponíveis e os procedimentos para os obter; e

Auxiliar o utilizador com informações gerais, queixas e comentários.

Um pedido de serviço[11] é um pedido de um utilizador por informações ou

conselhos, por uma alteração standard, ou por acesso a um serviço de TI.

Todos os pedidos devem ser registados e o seu ciclo de vida devidamente

acompanhado. Este processo deve incluir procedimentos adequados de aprovação dos

pedidos antes de estes serem satisfeitos.

3.3 Outros processos

Nesta subsecção serão apresentados os processos comuns ao projecto

supramencionado.

3.3.1 Incident Management

É o processo[11] que se enquadra na fase de Service Operation, e lida com todos

os incidentes, o que pode incluir falhas ou questões reportadas pelos utilizadores,

através da equipa técnica, ou automaticamente detectado e relatado por ferramentas de

monitorização de eventos.

O principal objectivo deste processo é restaurar a normal operação do serviço

tão rápido quanto possível e minimizar o impacto adverso nas operações de negócio,

garantindo assim que os melhores níveis possíveis de qualidade de serviço e

disponibilidade são mantidos.

Os incidentes são normalmente detectados pelo processo de Event Management

ou por utilizadores que contactam o service desk. Os incidentes são categorizados para

28

identificar quem deve trabalhar neles e para a análise de tendências, e são priorizados de

acordo com a urgência e o impacto no negócio.

Se um incidente não consegue ser resolvido rapidamente, então deve ser escalado.

Um escalonamento funcional passa o incidente para uma equipa de suporte técnico com

habilidades mais apropriadas, no entanto um escalonamento hierárquico envolve níveis

apropriados de gestão.

Depois de um incidente ter sido investigado e diagnosticado, e a resolução tenha

sido testada, o Service Desk deve assegurar que o utilizador esteja satisfeito antes de o

incidente ser fechado.

3.3.2 Problem Management

O processo de Problem Management[11] está inserido na fase de Service

Operation, e é responsável por gerir o ciclo de vida de todos os problemas. Os

objectivos primários do Problem Management são prevenir problemas e incidentes

resultantes de acontecer, eliminar incidentes recorrentes e minimizar o impacto de

incidentes que não podem ser prevenidos.

Um problema é uma causa de um ou mais incidentes. A causa não é normalmente

conhecida aquando de um registo de problema ser criado, de modo que o processo de

Problem Management é responsável pela sua investigação.

O Problem Management inclui diagnosticar causas de incidentes, determinar a sua

resolução, e assegurar que a mesma é implementada. Este processo também mantém

informação sobre problemas, soluções adequadas e resoluções.

Os problemas são categorizados numa forma similar aos incidentes, mas o

objectivo é perceber as causas, documentar soluções e pedidos de alterações para,

permanentemente, resolver os problemas. As soluções são documentadas numa Known

Error Database10

(KEDB), que aumenta a eficiência e eficácia da Gestão de Incidentes.

3.3.3 Change Management

Este processo[9] está incluído na etapa de Service Transition, e assegura que as

alterações são registadas, avaliadas, autorizadas, priorizadas, planeadas, testadas,

implementadas, documentadas e revistas numa maneira controlada. O propósito deste

processo é assegurar que métodos padronizados são usados para o tratamento rápido e

10 A KEDB é uma base de dados que contém todos os registos de Erros Conhecidos, normalmente

com soluções temporárias e soluções anexadas quando elas existem.

29

eficiente de todas as alterações, que as mesmas são registadas num Configuration

Management System11

(CMS) e que o risco geral do negócio é minimizado.

O Change Management abrange as alterações de serviços. Uma alteração de um

serviço é a adição, modificação ou remoção de um serviço autorizado, planeado ou

suportado ou de uma componente do serviço e a sua documentação associada.

O processo em questão proporciona, ao negócio, redução de erros nos serviços

novos ou alterados e implementação mais rápida, mais precisa de mudança, permitindo

limitar os fundos e recursos para se concentrar sobre essas mudanças, de modo a

conseguir maiores benefícios para o negócio.

3.3.4 Release & Deployment Management

O processo de Release & Deployment Management[9] faz parte da fase de

Service Transition, tendo como fim construir, testar e prestar os serviços especificados

pelo Service Design de modo a cumprir as exigências dos stakeholders e alcançar os

objectivos pretendidos.

O objectivo deste processo é implementar releases em produção e estabelecer o

uso eficaz do serviço, a fim de distribuir valor ao cliente e ser capaz de transmitir os

serviços operacionais.

3.3.5 Service Asset & Configuration Management

Este processo foi implementado no âmbito de outro Projecto que decorreu na

mesma empresa, e que teve como foco a solução desenvolvida.

3.3.6 Service Level Management

Este processo foi implementado no âmbito de outro Projecto que decorreu na

mesma firma, e que teve como foco a solução desenvolvida.

11 A CMS é um modelo lógico coerente da infra-estrutura da organização de TI, tipicamente

composta por Configuration Management Database (CMDB) como subsistemas físicos.

30

Capítulo 4

Análise do problema e desenho da solução

Este capítulo descreve o trabalho relacionado, a análise de requisitos e o desenho

da solução desenvolvida.

Após o levantamento dos requisitos da solução implementada no âmbito deste

projecto, procedeu-se a uma análise comparativa de soluções SDM best-of-breed de

mercado. De seguida, efectuou-se uma análise dos requisitos implementados, o desenho

e especificação dos casos de uso da aplicação e o modelo de domínio da mesma.

4.1 Trabalho relacionado

A presente secção descreve o processo de análise do trabalho relacionado com a

solução âmbito deste projecto. Para isso, realizou-se um levantamento dos requisitos a

implementar e, com base em estudos de mercado efectuados pela Forrester Research,

Inc e Gartner, Inc, procedeu-se a uma análise comparativa de soluções de SDM best-of-

breed de mercado.

4.1.1 Benchmark de mercado

Para a análise comparativa das soluções de SDM best-of-breed de mercado, foram

tidos em conta os estudos realizados pela Forrester Research, Inc[19] e a Gartner,

Inc[20]. Estas são líderes em pesquisa de informação de TI e de consultoria, fornecendo

conselhos pragmáticos e com visão de futuro para os líderes mundiais em tecnologia e

negócio, eventos e programas executivos peer-to-peer.

Os estudos efectuados encontram-se ilustrados nas figuras 11 e 12.

31

Segundo a Forrester, as ferramentas da BMC, CA, HP e IBM são as soluções

líderes de mercado, constituindo-se como aquelas que se consideraram para o

desenvolvimento da solução implementada. De acordo com o estudo, as ferramentas da

BMC e da HP apresentam uma oferta de soluções e uma estratégica de mercado fortes,

tendo deste modo uma presença bastante relevante no mercado mundial. As ferramentas

da CA e IBM encontram-se noutros quadrantes, lutando para terem também uma maior

presença no mercado.

Segundo a Gartner, as ferramentas da BMC e da HP encontram-se no quadrante

das soluções líderes de mercado, ou seja, são aquelas que evidenciam uma visão de

negócio e uma capacidade de execução dessa visão mais consolidadas.

Através da experiência que a Maksen tem com soluções deste tipo, e por serem as

que têm maior presença no mercado português, foram avaliadas as ferramentas BMC

Software – Remedy IT Service Management e CA Unicenter Service Desk, de forma

avaliar o comportamento das mesmas face aos requisitos disponibilizados.

A primeira ferramenta, pertencente à organização BMC, foca-se em reduzir a

complexidade dos processos, tornando o suporte ao cliente, gestão de alterações, activos

e pedidos, num processo contínuo e integrado. A segunda, propriedade da CA

Technologies, tem como pontos fortes a automatização da gestão de incidentes,

problemas, e conhecimento, o suporte on-line interactivo e a análise avançada da causa

raiz dos problemas.

Figura 12 - Gartner Magic Quadrant ITSM Oct-2008

Figura 11 - The Forrester Wave: Service Desk Management Tools

Apr-2008

32

4.1.2 Modelo de avaliação

Com base nas soluções best-of-breed de mercado acima mencionadas, foram

analisados os requisitos requeridos neste projecto, sendo estes suportados por seis

processos implementados: Incident Management, Problem Management, Change

Management, Knowledge Management, Request Fulfillment e Release & Deployment

Management.

Para a análise comparativa entre a solução desenvolvida e as ferramentas

supramencionadas, usaram-se como fontes de informação manuais de

utilizador[21,22,23] e vídeos demonstrativos das ferramentas. No entanto, por falta de

documentação disponível, não foi possível analisar os requisitos suportados pelos

processos Knowledge Management e Release & Deployment Management.

A avaliação dos requisitos foi feita com base numa escala de maturidade, de 0 a 5,

a qual é descrita de seguida:

0 – Inexistente: ausência de evidências da implementação do requisito;

1 – Inicial: há evidências que o requisito existe e deve ser considerado;

2 – Repetitivo: o requisito foi desenvolvido, no entanto não há

documentação de que o requisito foi padronizado;

3 – Definido: o requisito foi padronizado e documentado, contudo é pouco

provável que sejam detectadas falhas. A forma como o requisito foi

implementado não é a mais sofisticada;

4 – Gerido: é possível monitorizar e medir o cumprimento do requisito.

Embora haja automatização, o requisito não está optimizado; e

5 – Optimizado: o requisito foi refinado ao nível das melhores práticas,

com base nos resultados de modelagem de maturidade com outras

ferramentas. O requisito está assim automatizado e optimizado.

33

Por outro lado, para cada requisito, procedeu-se ao seguinte modelo de avaliação:

Para a especificação do peso de cada requisito, determinou-se que este seria o

mesmo para cada um dos requisitos. Assim, com base na escala de maturidade

supramencionada, procedeu-se à avaliação do desempenho das ferramentas de SDM

face aos requisitos disponibilizados, bem como à elaboração de comentários sobre a

forma como elas os cumprem.

Como resultado dessa avaliação, obtiveram-se valores que foram usados para

efectuar o cálculo de uma média ponderada a cada processo, levando a um valor final.

4.1.3 Apresentação de resultados

Após a análise das ferramentas supramencionadas, verificou-se que a comparação

efectuada não foi a mais precisa devido à falta de documentação que possibilitasse

efectuar uma avaliação correcta de acordo com o real valor de cada ferramenta

considerada para este estudo.

Na análise final das duas ferramentas, os resultados obtidos para BMC Remedy e

CA foram de 2,67 e 2,79, respectivamente, o que representa a média dos valores de cada

requisito. Deste modo, conclui-se que, tanto a BMC Software – Remedy IT Service

Management como a CA – Unicenter Service Desk, são ferramentas cujos requisitos

estão documentados e implementados, no entanto não da forma mais sofisticada.

Os resultados supramencionados estão representados na figura 14.

Atribuição de Ponderação

Especificação do peso de cada requisito

Avaliação de ferramentas

Avaliação dos requisitos.

Comentários sobre a forma como cumpre os requisitos

.

Obtenção de resultados

Média ponderada de cada processo nos requisitos funcionais.

Média ponderada de cada processo nos requisitos de integração.

Resultado final.

Figura 13 - Representação gráfica do modelo de avaliação

34

Para cada ferramenta, procedeu-se à avaliação dos requisitos funcionais e de

integração, suportados pelos seis processos a implementar neste projecto. As figuras 15

e 16 representam gráficos que resultam da avaliação efectuada às soluções best-of-breed

de mercado.

Figura 14 – Avaliação das soluções por dimensão

Figura 15 – Avaliação dos requisitos de funcionais

35

Dessa análise, verificou-se que, a nível funcional, a ferramenta da BMC tem um

melhor desempenho nos processos de Incident Management e Change Management,

enquanto a ferramenta da CA evidencia-se em Problem Management e Request

Fulfillment.

Por outro lado, a nível de integração, a ferramenta da BMC destaca-se nos

processos de Incident Management, enquanto a ferramenta da CA salienta-se nos

processos de Problem Management, Change Management e Request Fulfillment.

Devido à falta de informação disponível, não foi possível analisar os requisitos

suportados pelos processos de KM e Release & Deployment Management.

4.2 Definição de requisitos

Num primeiro momento, identificaram-se os requisitos base deste projecto de

modo a torná-lo ITIL® compliant. Com base nesses requisitos, encontra-se detalhada no

quarto capítulo uma análise comparativa a ferramentas de SDM best-of-breed de

mercado, com o intuito de identificar o seu comportamento face a esses requisitos.

De modo a complementar o entendimento dos processos a implementar,

avaliaram-se versões trial de soluções de SDM, a ManageEngine – ServiceDesk Plus e

SysAid IT Pro, oferecendo uma visão detalhada do workflow existente em cada

Figura 16 – Avaliação de requisitos de integração

36

processo. Com base nessas ferramentas, analisou-se a forma como estão implementados

os seis processos:

Incident Management;

Problem Management;

Change Management;

Release & Deployment Management;

Knowledge Management; e

Request Fulfillment.

Para o detalhe e entendimento dos processos, utilizaram-se como fontes de

informação, para além das versões trial das ferramentas mencionadas, comentários

proferidos pelos utilizadores finais em entrevistas com os mesmos. Entre esses

utilizadores encontram-se os stakeholders Sponsor, Manager de Quality Assurance e

Gestor de Projecto, referenciados no organograma do projecto, o responsável pela área

administrativa da Maksen e dois utilizadores com perfil de administrador do sistema,

uma vez que se encontram enquadrados nos perfis de utilizadores identificados como

subjacentes à solução desenvolvida.

Após a análise das ferramentas supramencionadas, verificou-se a impossibilidade

de compreender certos processos a implementar no âmbito deste projecto. Entre estes,

encontra-se o processo de Release & Deployment Management.

De modo a mitigar este problema, realizaram-se entrevistas com futuros

utilizadores da aplicação e, segundo a sua percepção do workflow subjacente a cada um

dos processos, obteve-se informação útil à sua especificação. Assim, ao longo de cada

entrevista, foi possível obter informação complementar à especificação já existente de

cada processo.

No final de todas as entrevistas, foram compiladas as descrições obtidas em cada

uma delas, bem como as descrições baseadas em ferramentas líderes de mercado e de

versões trial, elaborando-se desta forma uma descrição final com a especificação mais

detalhada sobre cada requisito.

37

4.3 Desenho do modelo conceptual

Após a conclusão da Etapa I – INPUT, iniciou-se o desenvolvimento da Etapa II –

CONCEPÇÃO. Esta etapa encontra-se organizada pela ―Fase III – Desenho do modelo

conceptual‖ e pela ―Fase IV – Especificação funcional e técnica‖, tendo como

objectivos:

O desenvolvimento de um desenho de ―alto nível‖ da solução,

endereçando as componentes de arquitectura funcional, navegabilidade e

utilização, arquitectura de informação e integração;

O detalhe das especificações funcionais, tecnológicas e gráficas a

implementar; e

A definição do plano de implementação.

Numa primeira fase procedeu-se à elaboração do modelo de casos de uso, que

ilustra os casos de uso referentes à solução de SDM desenvolvida, seguindo-se o

desenho do modelo de domínio desta solução.

4.3.1 Modelo de casos de uso

No sentido de ilustrar os diagramas de casos de uso da solução desenvolvida,

recorreu-se à identificação dos casos de uso de cada um dos seis processos

implementados no âmbito da solução de SDM, sendo eles:

Incident Management;

Problem Management;

Change Management;

Release & Deployment Management;

Knowledge Management; e

Request Fulfillment.

Assim, estes diagramas pretendem reflectir os casos de uso inerentes a cada um

destes processos, de modo a perceber as funcionalidades implementadas, bem como os

actores envolvidos em cada uma delas. Estes actores estão de acordo com os papéis

advogados pela ITIL® v3, os quais são imutáveis, e devem ser associados aos perfis de

cada organização.

38

Com base no desenho dos casos de uso, procedeu-se a uma descrição informal do

cenário principal de utilização, assim como dos possíveis cenários alternativos para cada

desses casos de uso.

De seguida, nas figuras 17 e 18, são apresentados os diagramas de caso de uso

referentes aos processos específicos a este projecto, Knowledge Management e Request

Fulfillment.

Figura 17 – Diagrama de Casos de Uso do processo de Knowledge Mgmt

Figura 18 - Diagrama de Casos de Uso do processo de Request Fulfillment

39

Após a elaboração dos casos de uso e respectivos cenários, determinaram-se as

funcionalidades referentes a cada um dos processos implementados, os seus fluxos de

trabalho, os actores envolvidos, bem como as fronteiras do Sistema, ou seja, o que faz

parte e o que não faz parte do mesmo.

4.3.2 Modelo de domínio

Posteriormente ao modelo de casos de uso, foi elaborado um modelo de domínio

da solução desenvolvida, com o objectivo de identificar e representar as classes

conceptuais do domínio do problema, as relações conceptuais entre essas classes, e

constituir-se como uma das bases principais para a construção da base de dados

relacional da aplicação.

Deste modo, identificaram-se as classes conceptuais, através da inspecção dos

cenários de caso de uso, seguindo-se o desenho dessas classes num modelo de domínio.

Para a associação entre essas classes, foram adicionadas relações conceptuais, cujo

conhecimento é importante preservar, mesmo que seja durante pouco tempo.

Durante a implementação da solução, o modelo de domínio da mesma foi sendo

detalhado, de modo a cumprir com todos os objectivos propostos. As classes

conceptuais inerentes ao problema, bem como as relações existentes entre elas, ficaram

identificadas.

40

Capítulo 5

Solução implementada

Neste capítulo será descrito o trabalho desenvolvido para a concretização do

estágio. O trabalho consistiu no desenvolvimento de uma aplicação de Service Desk

Management, cujo objectivo era a implementação de seis processos da ITIL® v3, com

principal foco em Knowledge Management e Request Fulfillment.

Os processos implementados tiveram uma participação activa da minha parte, mas

apenas será detalhada a implementação dos processos com o foco principal.

5.1 Knowledge Management

Para o registo de um novo incidente ou de um problema, é necessária a pesquisa

de registos de conhecimento através de palavras-chave, categorização e/ou data de

aprovação destes. Neste sentido, é garantido que um utilizador não regista um novo

ticket cuja informação sobre a sua resolução já exista.

De modo a que esta informação esteja disponível, foi necessária a construção de

uma base de conhecimento que é populada após a validação de novos registos de

conhecimento por parte do Knowledge Manager. Este utilizador é responsável por toda

a monitorização e validação destes registos.

A cada registo de conhecimento está associado um nível de confidencialidade, de

modo que apenas os utilizadores autorizados possam visualizar essa informação.

Um registo de conhecimento só fica disponível para os utilizadores quando o seu

estado é ―Aprovado‖. Por outro lado, utilizadores autorizados têm a possibilidade de

arquivar o registo de conhecimento, voltar a publicá-lo (disponível na base de

conhecimento) ou apagá-lo, ou seja, o registo nunca mais fica disponível para consulta.

41

5.1.1 Painel de administração

A área de administração do processo Knowledge Management, designada por

―Registos de conhecimento‖ é configurada pelo utilizador com permissões de

administrador desta solução. Nesta área, é possível configurar campos adicionais do

registo de conhecimento, bem como, os grupos de aprovação, estados e a FAQ da

aplicação, adicionando/removendo perguntas e respostas.

O ecrã ilustrado na figura 19 representa a lista de campos adicionais a inserir no

formulário do registo de conhecimento. Os campos podem ser de quatro tipos

diferentes, entre eles, numérico, texto, data ou dropbox. De modo a pesquisar pelos

campos já adicionados, o administrador deve filtrar os mesmos por tipo de dados,

usando a lista assinalada com o número 1.

Para adicionar novos campos ao formulário de registo, o administrador deve

pressionar o botão ―Adicionar campos…‖, indicado com o número 2. Esta acção origina

a abertura da página de criação/edição dos campos adicionais. Por outro lado, é possível

remover um campo adicional, seleccionando o botão ―Remover‖ associado ao

respectivo campo.

A figura 20 representa a página de criação/edição dos campos adicionais, tal como

supramencionado.

Figura 19 – Lista de campos adicionais

1

2

42

Na figura 20 está ilustrada a página onde o administrador pode criar ou editar um

campo adicional. No máximo, é possível criar 10 campos adicionais, entre eles, três de

texto, três numéricos, 2 de data/hora e 2 do tipo dropbox.

Para a criação de um novo campo, este deve ter um rótulo e um tipo de dados,

entre os que foram supramencionados, podendo ser obrigatório e/ou editável.

Caso o campo a criar seja do tipo texto, então o número de linhas deve ser maior

que 0. No entanto, se campo for do tipo dropbox, é necessário que este tenha pelo

menos um item adicionado à lista. Todos os campos, com excepção aos do tipo

dropbox, podem ter um valor por defeito na sua criação/edição, sendo esse valor visível

na criação de um novo registo de conhecimento.

De modo a efectivar a gravação da informação inserida, o administrador pode

pressionar o botão ―Gravar e novo campo‖, sendo essa informação gravada e o

formulário de criação limpo. Para gravar a informação e voltar à lista de campos

adicionais, ilustrada na figura 19, o administrador deve pressionar o botão ―Gravar e

sair‖.

Figura 20 – Janela de criação/edição de campos adicionais

43

Os grupos de aprovação de registos de conhecimentos são definidos pela categoria

de nível 3 dos mesmos, como ilustrado na figura 21. No máximo, podem existir até

cinco grupos de aprovação, sendo que estes podem estar activos intercaladamente.

Para a criação/edição destes grupos, o administrador deve seleccionar a categoria

de nível 3 que deseja, abrindo a janela correspondente da edição dos grupos de

aprovação.

Os grupos de aprovação de registos de conhecimento podem ser editados na

página ilustrada na figura 22. Cada grupo de aprovação pode ser constituído por um ou

mais aprovadores de registos de conhecimento. A adição de aprovadores a grupos só

pode ser efectuada quando estes se encontram activos, tal como está assinalado com o

número 3.

Para gravar as alterações feitas aos grupos de aprovação e manter-se na corrente

página, o administrador deve pressionar o botão ―Gravar alterações‖, indicado com o

Figura 21 – Grupos de aprovação de registos de conhecimento

Figura 22 – Pagina de criação/edição dos grupos de aprovação

2 1

2

3

2

44

número 1. Por outro lado, caso o administrador queira gravar as alterações efectuadas e

voltar à página ilustrada na figura 21, deve pressionar o botão ―Gravar e sair‖,

assinalado com o número 2.

De modo a activar ou desactivar os grupos de aprovação de uma categorização

específica sem entrar na página de edição do respectivo grupo, o administrador deve

seleccionar o separador ―Fluxo de aprovação‖, ilustrado na figura 23, e escolher a

categoria de terceiro nível desejada.

A activação de um grupo é feita pela selecção do botão indicado o número 2. Por

outro lado, o administrador desactiva um grupo ao pressionar o ícone indicado com o

número 1.

Este utilizador pode configurar os estados dos registos de conhecimento acedendo

ao menu respectivo no painel de administração, como ilustrado na figura 24.

Na aplicação já existem estados predefinidos que não podem ser removidos e cuja

informação não pode ser editada. Por outro lado, qualquer estado adicionado pode ser

removido.

O administrador pode adicionar um novo estado caso pressione o botão

―Adicionar estado…‖, assinalado com o número 1. Esta acção origina a abertura de uma

janela de popup, ilustrada na figura 25, onde é possível adicionar o nome e a descrição

do novo estado a adicionar.

Figura 24 – Lista de estados de registos de conhecimento

1

2

1

2

2

Figura 23 – Fluxo de aprovação dos registos de conhecimento

45

O nome do estado deve ser obrigatoriamente inserido, sendo a descrição do

mesmo uma informação adicional. Para gravar a informação inserida, o administrador

pode pressionar o botão ―Gravar e Novo‖, continuando na mesma página, ou pressionar

o botão ―Gravar e sair‖, voltando à página ilustrada na figura 24. De modo a sair da

página sem gravar as alterações, o administrador deve clicar no botão ―Cancelar‖.

A figura 26 ilustra a lista de perguntas da FAQ a apresentar aos utilizadores,

caso estes desejem consultá-las. O administrador para remover uma pergunta existente

tem que pressionar o botão ―Remover‖, assinalado com o número 1. Por outro lado,

para adicionar uma nova pergunta, é necessário pressionar o botão ―Adicionar

perguntas…‖, indicado com o número 2. Esta acção despoleta a abertura da janela de

popup ilustrada na figura 27.

Figura 25 – Janela de popup de criação/edição de um novo estado

Figura 26 – Lista de perguntas da FAQ

1

2

2

2

46

Na popup ilustrada na figura 27, o administrador precisa de escrever a pergunta

e a sua resposta, para que estas possam ser adicionadas à FAQ. A mesma janela é usada

para editar perguntas e respostas que existem na FAQ.

As alterações são efectivadas quando o administrador pressionar o botão

―Gravar e Novo‖. Deste modo, a informação é gravada e uma nova pergunta pode ser

inserida. No entanto, se o administrador quiser gravar as alterações e voltar à página

ilustrada na figura 26, tem que pressionar o botão ―Gravar e sair‖. Por outro lado, caso

não deseje gravar as alterações, deve clicar no botão ―Cancelar‖.

5.1.2 Criação de registos de conhecimento

Os utilizadores com permissões para criação de um registo de conhecimento

podem fazê-lo, acedendo ao submenu ―Novo registo de conhecimento‖ que se encontra

no menu principal ―Gestão de Conhecimento‖. No entanto, antes da criação de qualquer

registo de conhecimento é necessário efectuar uma pesquisa à base de conhecimento, de

modo a impedir o registo de um registo de conhecimento cuja informação já exista.

A ilustração 28 representa a página de pesquisa de registos de conhecimento.

Figura 28 – Página de pesquisa de registos de conhecimento

Figura 27 – Janela de popup para criação/edição de pergunta da FAQ

47

Neste ecrã, o utilizador antes de efectuar um novo registo de conhecimento deve

pesquisar, através de palavras-chave, categorização e/ou datas, por informação já

existente na base de conhecimento. Deste modo, evita-se que exista mais que um registo

de conhecimento com a mesma informação.

De seguida, são apresentados os resultados de uma pesquisa pela palavra-chave

―aventail‖.

Na figura acima indicada, é possível verificar que a pesquisa pela palavra-chave

―aventail‖ retornou dois resultados. Deste modo, o clique num dos resultados, despoleta

a abertura de uma página com a informação sobre o registo de conhecimento escolhido.

Dos resultados obtidos, se algum for semelhante ao registo de conhecimento que o

utilizador pretende registar, então pode escolher a opção 1 (encontra-se a vermelho), ou

seja, um dos resultados foi útil. No entanto, caso nenhum desses resultados seja útil, o

utilizador escolhe a opção 2 (encontra-se a vermelho) e a página com o formulário de

um novo registo de conhecimento é aberta.

No formulário de registo é possível inserir o título e descrição do registo de

conhecimento, a categorização que pertence, palavras-chave associadas, comentários e

alguns anexos que suportem o novo registo.

Em qualquer momento, é possível gravar um rascunho com a informação inserida

até ao momento, cancelar o registo ou submetê-lo para aprovação. Para que o registo de

conhecimento possa ser submetido, é obrigatório o preenchimento do título, da

descrição e das palavras-chave, sendo o resto informação adicional.

2 1

Figura 29 – Resultados de pesquisa de registos de conhecimento

3

4 5 6

3

48

Na figura 30 está representado o formulário de um novo registo de conhecimento.

Como referido anteriormente, para que o registo de conhecimento possa ser submetido,

então os campos assinalados com os valores 1, 2 e 3 têm que ser obrigatoriamente

preenchidos.

O utilizador pode gravar um rascunho do formulário de registo ao seleccionar o

botão ―Gravar rascunho‖, assinalado com o número 4. Assim, sempre que esse botão for

seleccionado, uma nova versão do registo de conhecimento é gerada e guardada na

tabela ―KNOWLEDGE_RECORD‖.

Por outro lado, se o utilizador desejar cancelar o preenchimento do formulário

apenas tem que seleccionar o botão ―Cancelar‖, assinalado com o valor 6.

De modo a que o novo registo entre em aprovação, o utilizador tem que

seleccionar o botão ―Submeter registo de conhecimento‖, indicado com o número 5. De

seguida, uma nova versão do registo de conhecimento é gerada, sendo esta encaminhada

para o primeiro grupo de aprovação que esteja activo. Cada utilizador desse grupo

recebe uma notificação, indicando que um novo registo de conhecimento se encontra

para aprovação.

Os registos de conhecimento criados pelo utilizador podem ser vistos por este no

submenu ―Os meus incidentes‖, tal como mostra a figura 31.

1

2

4

1

5 6

1

Figura 30 - Formulário de registo de conhecimento

3

49

Cada registo de conhecimento é identificado univocamente pelo seu número de

registo. Este número, KM.000001.2011.01, divide-se em quatro partes distintas, entre

elas:

KM – representa o ticket gerado, cuja designação é Knowledge

Management;

000001 – representa o número do identificador do registo de

conhecimento, tendo no máximo 6 dígitos;

2011 – indica o ano em que o ticket foi gerado; e

01 – representa o número da versão do ticket, podendo existir 99 versões

de cada registo de conhecimento.

5.1.3 Aprovação

Para que um dado registo de conhecimento esteja disponível para consulta é

necessária a aprovação deste por parte de utilizadores específicos. Estes utilizadores

estão inseridos em grupos de aprovação, sendo que apenas os grupos que estejam

activos é que podem aprovar os registos de conhecimento. No máximo, devem existir

até cinco grupos de aprovação que podem ser pré-definidos no painel de administração.

2

3

1

Figura 31 – Lista dos registos de conhecimento do utilizador autenticado

Figura 32 – Registo de conhecimento para aprovar

4

50

Na figura 32 estão representadas três tabelas indicadas pelos valores 1, 2 e 3. A

primeira tabela, designada por ―Lista de registos de conhecimento‖, indica os registos

de conhecimento que estão para validação por parte do Knowlegde Manager e os que já

passaram por essa mesma validação.

Os registos de conhecimento que se encontram para aprovação por parte de um

determinado grupo encontram-se na segunda tabela, designada por ―Registos de

conhecimento submetidos‖. Para que um registo de conhecimento seja aprovado, é

necessário que um aprovador12

do grupo de aprovação em questão faça pick-up do

mesmo, seleccionando a check-box respectiva, e pressione o botão ―Tratar registo de

conhecimento‖, indicado com o número 4. Desta forma, esse registo de conhecimento

passa para a terceira tabela, designada por ―Registos de conhecimento em aprovação‖.

Para poder aprovar um registo de conhecimento, este utilizador tem que

seleccioná-lo na terceira tabela, despoletando a abertura do formulário respectivo.

Na figura 33, estão quatro botões enumerados de 1 a 4. De modo a adiar a

aprovação/rejeição do registo de conhecimento para outra altura, o aprovador deve

seleccionar o botão 4 (―Cancelar‖).

Essa aprovação sucede quando o botão 2 (―Aprovar‖) é pressionado. Esta acção

permite gerar uma nova versão do registo de conhecimento, encaminhando-a para o

próximo grupo de aprovação activo. No caso de não existir mais nenhum grupo activo,

o registo de conhecimento é encaminhado para o Knowledge Manager para o mesmo

ser validado e, dessa forma, estar disponível para consulta.

12 Utilizador específico pertencente a um determinado grupo de aprovação de registos de

conhecimento.

4

51

Por outro lado, se o aprovador pretender rejeitar o registo de conhecimento tem

que pressionar o botão 3 (―Rejeitar‖). Assim, é aberta a pop-up ilustrada na figura 34,

onde o utilizador tem que indicar os motivos para tal rejeição. No seguimento da

mesma, o requerente do registo de conhecimento recebe um email com esses motivos,

podendo editá-lo e submetê-lo novamente para aprovação.

Em alguns casos, os aprovadores podem ter permissões para apagarem o registo

de conhecimento, ou seja, estes deixam de seguir o fluxo de aprovação, passando

automaticamente para o estado ―Apagado‖ e nunca ficarão disponíveis para consulta.

Para tal, o aprovador tem que seleccionar o botão 4 (―Apagar‖) e confirmar que

pretende apagar o registo de conhecimento.

1 2 3 4

Figura 34 – Pop-up de rejeição de registo de conhecimento

Figura 33 – Registo de conhecimento para aprovação

52

5.1.4 Validação

Após a aprovação do registo de conhecimento por parte de todos os grupos de

aprovação activos, o Knowledge Manager tem que validá-lo para que possa estar

disponível para consulta.

A figura 35 ilustra o ecrã do registo de conhecimento aquando do processo de

validação por parte do Knowledge Manager. Para o responsável pela validação do

registo de conhecimento proceder à mesma, necessita pressionar o botão ―Validar‖,

indicado com o número 4. Esta acção origina o envio de uma notificação, através da

aplicação, ao requerente do registo de conhecimento sobre a aprovação do mesmo,

indicando que este se encontra disponível para consulta na base de conhecimento.

Por outro lado, e tal como os aprovadores, o Knowledge Manager pode rejeitar

um novo registo de conhecimento. Para que esta acção seja concretizada, o botão

―Rejeitar‖, assinalado com o valor 5, deve ser pressionado, abrindo a janela de pop-up

ilustrada na figura 34. Caso o Knowledge Manager confirme a rejeição do registo de

conhecimento, o requerente é notificado via email com os motivos da mesma.

No processo de aprovação e validação, o formulário do registo de conhecimento

tem visíveis três separadores, enumerados de 1 a 3, sendo o primeiro ilustrado na figura

35. Durante estes processos, tanto os aprovadores, como o Knowledge Manager podem

alterar o conteúdo do registo de conhecimento, bem como adicionar/remover activos ou

outros registos de conhecimento.

1 2

1

3

1

4 5

Figura 35 - Registo de conhecimento para validar

53

A figura 36 representa o separador que contém a informação do histórico do

registo de conhecimento em questão. Essa informação pode ser filtrada por versão e/ou

datas de início e fim. O utilizador tem a possibilidade de exportar para excel os

resultados da pesquisa efectuada.

No separador ilustrado na figura 37, designado por ―Registos de conhecimento e

activos‖, é possível pesquisar por registos de conhecimento e activos, de modo a

associá-los. A pesquisa por registos de conhecimento pode ser efectuada, filtrando por

palavras-chave, categorização e/ou datas de início e fim. Essa pesquisa pode ser feita

para registos já relacionados ou registos não relacionados.

Figura 36 – Histórico do registo de conhecimento

Figura 37 – Registos de conhecimento e activos associados

1

2

1

4 3

54

Para proceder à associação/desassociação dos registos de conhecimento, o

utilizador deve seleccionar as checkbox correspondentes, assinaladas a vermelho com o

valor 1, e de seguida pressionar o botão indicado com o valor 2.

A associação de activos é efectuada pressionando o botão ‖Adicionar activos‖,

assinalado com o número 3. Para a remoção de um activo associado, o utilizador deve

pressionar a cruz, indicada a vermelho, do activo correspondente. Por outro lado, para

pesquisar por activos já associados, o utilizador pode filtrar por tipo de componente e

modelo dos activos que se pretende visualizar. Estes filtros encontram-se assinalados

com o número 4, sendo o resultado apresentado na tabela correspondente.

Como anteriormente mencionado, para se efectivar a adesão de novos activos, o

utilizador deve pressionar o botão indicado com o número 3. Esta acção origina a

abertura de uma pop-up onde essa adesão pode ser efectuada.

Na janela ilustrada na figura 38, o utilizador pode filtrar a pesquisa de activos pelo

tipo de componente e pelo modelo dos mesmos. Os resultados da pesquisa são

apresentados numa tabela, também indicada na figura 37. Para a adesão de activos, o

utilizador autorizado deve seleccionar as checkboxs dos mesmos e pressionar o botão

―Adicionar‖. Deste modo, os activos são adicionados à tabela ―Activos Associados‖

ilustrada na figura 37.

A informação inserida/editada pelos aprovadores, ou pelo Knowledge Manager,

é guardada quando os primeiros aprovam, ou quando o segundo valida o registo de

conhecimento.

O Knowledge Manager tem permissão para alterar o estado dos registos de

conhecimento que já tenham passado por validação. Deste modo, este utilizador pode

arquivar registos de conhecimento, mudando os seus estados para ―Arquivado‖, ficando

temporariamente indisponíveis para consulta.

Figura 38 – Janela de pop-up para adicionar activos ao registo de conhecimento

55

Para além dessa permissão, o Knowledge Manager pode apagar registos de

conhecimento, alterando os seus estados para ―Apagado‖. Dessa forma, estes registos

ficam permanentemente indisponíveis para consulta. No entanto, quando voltam a ser

publicados, todos esses registos de conhecimento voltam a estar disponíveis para

consulta.

5.1.5 Classificação de registos de conhecimento

A classificação de registos de conhecimento apenas pode ser efectuada após

pesquisas à base de conhecimento. A selecção de um registo de conhecimento obtido

nessas pesquisas origina a abertura de uma nova página, onde pode ser visualizada a

informação do mesmo.

Independentemente do número de consultas que um utilizador faça a um

determinado registo de conhecimento, este só pode ser classificado uma vez por dia por

esse utilizador. Esta classificação pode ser efectuada através da selecção de uma das

cinco estrelas existentes para o efeito. Cada estrela representa um valor:

1ª estrela – ―Mau‖;

2ª estrela – ―Nada de especial‖;

3ª estrela – ―Vale a pena ver‖;

4ª estrela – ―Muito bom‖; e

5ª estrela – ―Excelente!‖.

Além dessa classificação, o utilizador pode determinar a utilidade que os registos

de conhecimento tiveram na sua consulta, mencionando se o registo em questão foi útil

ou não. A escolha dessa utilidade, bem como a sua classificação, podem ser efectuadas

em consultas diferentes. Contudo, após o utilizador classificar e/ou dizer se o registo foi

útil ou não, estas opções ficam bloqueadas até ao dia seguinte.

56

Na figura 39 é possível verificar que o registo de conhecimento consultado

apresenta o número de acessos ao registo efectuados por todos os utilizadores, a

classificação média, o número de vezes em que foi útil, bem como a data de aprovação

do mesmo. Para além desta informação, verifica-se o modo de classificação e a forma

de escolher a utilidade deste registo de conhecimento, tal como mencionado

anteriormente.

Num separador diferente, o utilizador tem a possíbilidade de verificar todo o

histórico deste registo de conhecimento, desde a sua criação até à versão corrente.

5.1.6 Consultar FAQ

A solução desenvolvida disponibiliza uma FAQ para os utilizadores da mesma.

Esta FAQ é constituída por um conjunto de perguntas e respostas adicionadas pelo

administrador da solução, tal como ilustrado nas figuras 26 e 27.

De modo a disponibilizar as perguntas mais frequentes sobre a aplicação,

implementou-se um menu que permite-se aos utilizadores consultarem essas perguntas e

suas respostas.

Figura 39 – Registo de conhecimento para classificação

57

A figura 40 ilustra a lista de perguntas mais frequentes disponibilizadas aos

utilizadores da aplicação. Neste ecrã, o utilizador, além de puder consultar essas

perguntas, pode exportar as mesmas para excel.

Ao longo da aplicação, encontra-se disponível uma funcionalidade para pesquisa

de registos de conhecimento, como indicada na figura acima. Desta forma, o utilizador

deve inserir palavras-chave, pressionando de seguida o botão ―Ok‖. Esta acção origina a

abertura da janela com os resultados da pesquisa, semelhante à que se encontra ilustrada

na figura 29.

5.2 Request Fulfillment

A solução de SDM desenvolvida permite ao utilizador comum efectuar pedidos de

serviço. Estes pedidos baseiam-se no preenchimento de um formulário de registo, no

encaminhamento para o grupo de suporte associado à categoria desse ticket e de todo o

tratamento do mesmo por parte dos helpdeskers.

Para disponibilizar um conjunto de serviços aos utilizadores, foi necessária a

implementação de um catálogo de serviços. Os serviços deste catálogo são adicionados

e geridos no painel de administração deste processo.

5.2.1 Painel de administração

A área de administração do processo Request Fulfillment, designada por ―Pedidos

de serviço‖, é configurada pelo utilizador com permissões de administrador desta

aplicação. Nesta área, é possível gerir o catálogo de serviços, configurar campos

adicionais do formulário de registo, bem como, os grupos de suporte, estados e a matriz

de prioridade.

Figura 40 – Lista de perguntas mais frequentes

58

Na figura 41 estão ilustradas as listas de categorias de três níveis diferentes. As

categorias do terceiro nível são as principais, pois todo o fluxo de encaminhamento de

tickets e grupos de suporte estão associados a estas categorias. No entanto, estas

categorias provêm de categorias de segundo nível, e estas dependem de categorias de

primeiro nível.

Durante a implementação da solução, existiu a necessidade de disponibilizar

uma categorização genérica aos utilizadores, cujo nome das categorias dos diferentes

níveis, enumeradas com os números 2, 3 e 4, é ―Geral‖. No registo de um novo ticket,

os utilizadores podem categorizá-lo por ―Geral - Geral - Geral‖ (nível 1 – nível 2 – nível

3), no caso de não saberem dar uma categorização a esse mesmo ticket.

Para a adesão de categorias de segundo ou terceiro nível, é necessária a

existência de categorias do nível superior. Deste modo, uma categoria de segundo nível

apenas pode ser adicionada se existirem categorias de primeiro nível.

O administrador ao pressionar o botão ―Adicionar categoria…‖, indicado a

vermelho com o número 1, despoleta a abertura de uma popup para o efeito. Nesta nova

janela, ilustrada na figura 42, os campos nome e descrição são de preenchimento

obrigatório.

Figura 41 – Lista de categorias de 1º, 2º e 3º nível

1

2

2

3

4

5

59

A figura indicada representa a janela de criação/edição de uma categoria de

primeiro nível. Para tal, o administrador tem que preencher obrigatoriamente os campos

de nome e descrição da categoria, e de seguida proceder à gravação dessa informação.

Durante a gravação da categoria de primeiro nível, são criadas categorias de

segundo e terceiro nível, designadas de ―Geral‖. Estas categorias representam,

respectivamente, as categorias genéricas das categorias de primeiro e segundo nível que

dependem.

Para a remoção de uma dada categoria, seja de primeiro, segundo ou terceiro

nível, o administrador deve seleccionar a cruz a vermelho, ilustrada na figura 41 com o

número 5, da categoria desejada.

Os serviços prestados aos utilizadores, bem como os pacotes de serviços, são

geridos no menu de administração. Nestas secções, o administrador pode adicionar,

remover, editar e activar/desactivar os serviços/pacotes de serviços.

A figura 43 ilustra a lista de serviços categorizados com a categorização ―Geral –

Geral - Geral‖. Cada serviço prestado deve estar associado a categorias de primeiro,

segundo e terceiro nível, de forma a disponibilizá-los no catálogo de serviços.

No catálogo mencionado, apenas estão contidos os serviços que se encontrem

activos, ou seja, que estejam disponíveis para os utilizadores. Para a pesquisa de

serviços adicionados, deve-se usar as dropboxs e o botão ―Ok‖ indicados com o número

Figura 42 – Janela de popup para a criação/edição de categorias

Figura 43 – Lista de serviços para a categorização “Geral – Geral - Geral”

1 2

3 4

5

5

6

60

1. A tabela onde os serviços são apresentados está dividida por diversas informações

sobre os mesmos, mais propriamente, pelo nome, descrição, categoria de terceiro nível,

custo e se está activo.

Para remover, editar ou activar/desactivar um serviço, o administrador deve

seleccionar os ícones assinalados com os valores 3, 4 e 5, respectivamente.

A adição de um novo serviço inicia-se quando este utilizador clica no botão

―Adicionar serviço…‖, assinalado com o número 2, despoletando a abertura da janela

de criação/edição de um serviço ilustrada na figura 44.

Um serviço é constituído obrigatoriamente por um nome, uma descrição e uma

categorização. Adicionalmente, o serviço pode ter um preço e ser prestado por um

determinado prestador de serviços13

. O administrador pode ainda referir se o serviço

fica activo ou inactivo no catálogo de serviços, bem como mencionar se um pedido

deste serviço por parte de um utilizador necessita de aprovação. Esta deve ser efectuada

externamente à aplicação, com o anexo de um ficheiro ao pedido de serviço, indicando

essa mesma aprovação.

O registo de um novo serviço não fica concluído sem que o administrador defina

qual o sumário e a descrição que devem ser atribuídos aos pedidos deste serviço. Desse

modo, os campos ―Sumário‖ e ―Descrição‖, indicados na figura 44, são de

preenchimento obrigatório, de forma que se tornem visíveis no formulário de registo

dos pedidos deste serviço.

13 Pessoa ou organização que presta determinados serviços.

Figura 44 – Página de criação/edição de um serviço

61

Nesta figura está ilustrada a lista de pacotes de serviços. Cada pacote de serviços,

disponível no catálogo de serviços, contém um ou mais serviços a serem prestados. No

catálogo mencionado, apenas estão contidos os pacotes de serviços que se encontrem

activos, ou seja, disponíveis para os utilizadores. A tabela dos pacotes de serviços está

dividida por diversas informações sobre os mesmos, mais propriamente, pelo nome,

custo e se está activo.

Para remover, editar ou activar/desactivar um pacote de serviços, o administrador

deve seleccionar os ícones assinalados com os valores 2, 3 e 4, respectivamente.

A adição de um novo pacote de serviços inicia-se quando o administrador clica no

botão ―Adicionar pacote de serviços…‖, assinalado com o número 1. Esta acção origina

a abertura da janela de criação/edição de um pacote de serviços, ilustrada na figura 46.

Um pacote de serviços é constituído obrigatoriamente por um nome, uma

descrição e pelo menos um serviço, sendo que o seu custo é a soma dos custos dos

serviços adicionados. O administrador pode referir se o pacote de serviços fica activo ou

inactivo no catálogo de serviços, bem como mencionar se um pedido deste pacote por

parte de um utilizador necessita de aprovação. Esta aprovação deve ser efectuada

externamente à aplicação, através do anexo de um ficheiro ao pedido do pacote de

serviços, comprovando essa aprovação.

Figura 45 – Lista de pacotes de serviços

1

2

1

3 4

Figura 46 – Página de criação/edição de um pacote de serviços

62

O registo de um novo pacote de serviços não fica concluído sem que o

administrador defina qual o sumário e a descrição que devem ser atribuídos aos pedidos

deste pacote. Desse modo, os campos ―Sumário‖ e ―Descrição‖, indicados na figura 46,

são de preenchimento obrigatório, de forma que se tornem visíveis no formulário de

registo dos pedidos deste pacote de serviços.

O ecrã ilustrado na figura 47 representa a lista de campos adicionais a inserir no

formulário do registo de um pedido de serviço. Os campos podem ser de quatro tipos

diferentes, entre eles, numérico, texto, data ou dropbox. De modo a pesquisar pelos

campos já adicionados, o administrador deve filtrar os mesmos por tipo de dados,

usando a lista assinalada com o número 1.

Para adicionar novos campos ao formulário de registo, este utilizador deve

pressionar o botão ―Adicionar campos…‖, assinalado com o número 2. Esta acção

origina a abertura da página de criação/edição dos campos adicionais. Por outro lado,

também é possível remover um campo adicional, seleccionando o botão ―Remover‖

associado ao respectivo campo.

A figura seguinte representa a página de criação/edição dos campos adicionais, tal

como supramencionado.

Figura 47 – Lista de campos adicionais

1 2

Figura 48 – Página de criação/edição de campos adicionais

63

A figura 48 ilustra a página onde o administrador pode criar ou editar um campo

adicional. No máximo, é possível criar 10 campos adicionais para a secção do pedido de

serviço, entre eles, três de texto, três numéricos, 2 de data/hora e 2 do tipo dropbox, e 8

novos campos para a secção do requerente, dois de cada tipo.

Para a criação de um novo campo, este deve ter um rótulo e um tipo de dados,

entre os que foram supramencionados, podendo ser obrigatório e/ou editável.

Caso o campo a criar seja do tipo texto, então o número de linhas deve ser maior

que 0. No entanto, se campo for do tipo dropbox, é necessário que este tenha pelo

menos um item adicionado à lista. Todos os campos, com excepção aos do tipo

dropbox, podem ter um valor por defeito na sua criação/edição, sendo esse valor visível

na criação de um novo registo de conhecimento.

De modo a efectivar a gravação da informação inserida, o administrador pode

pressionar o botão ―Gravar e novo campo‖, onde essa informação é gravada e o

formulário de criação de um campo adicional é limpo. Para gravar a informação e voltar

à lista de campos adicionais, ilustrada na figura 47, o administrador deve pressionar o

botão ―Gravar e sair‖.

Os grupos de suporte de registos de conhecimentos são definidos pela categoria de

nível 3 dos mesmos, como ilustrado na figura 49. Os pedidos de serviço podem ser

tratados por três grupos de suporte diferentes. Se um grupo de suporte não conseguir

tratar o pedido de serviço, então pode encaminhá-lo para o nível de suporte seguinte.

Para a criação/edição dos grupos de suporte, o administrador deve seleccionar a

categoria de nível 3 que deseja. Esta categoria está associada às categorias de primeiro e

segundo nível ilustradas pelas dropboxs da figura indicada, abrindo deste modo a janela

correspondente da edição dos grupos de suporte.

Figura 49 – Lista de grupos de suporte de pedidos de serviço

64

Os grupos de suporte de pedidos de serviço podem ser editados na página

ilustrada na figura 50. Cada grupo de suporte pode ser constituído por um ou mais

helpdeskers de pedidos de serviço. A adição destes utilizadores a grupos só pode ser

efectuada quando estes se encontram activos, tal como está assinalado com o número 3.

Para gravar as alterações feitas aos grupos de suporte e manter-se na corrente

página, o administrador deve pressionar o botão ―Gravar alterações‖, assinalado com o

número 1. Por outro lado, caso queira gravar as alterações efectuadas e voltar à página

ilustrada na figura 49, deve pressionar o botão ―Gravar e sair‖, assinalado com o

número 2.

Cada pedido de serviço deve seguir um fluxo de encaminhamento. Esse fluxo é

definido no painel de administração dos pedidos de serviços, mais propriamente no

separador ―Regras de encaminhamento‖ do menu ―Encaminhamento‖, como ilustrado

na figura 51. O administrador deve escolher as categorias dos diferentes níveis, de modo

a puder definir o fluxo de encaminhamento dos pedidos de serviço com essa

categorização.

Figura 50 – Página de criação/edição dos grupos de suporte

1

2

2

2

3

2

Figura 51 – Tabela de regras de encaminhamento de pedidos de serviço

1

65

Um pedido de serviço pode ser encaminhado no para a equipa de suporte de 1ª,

2ª ou 3ª linha, para o Incident Manager, Release Manager ou Change Manager, sendo

que as regras de encaminhamento apenas podem ser definidas para os grupos de suporte

que se encontrem activos. Para a gravação do fluxo de encaminhamento, o

administrador deve pressionar o botão ―Gravar alterações‖ que se encontra indicado

com o número 1 a vermelho.

No caso de um grupo se encontrar inactivo, todos os pedidos de serviço

encaminhados para o nível de suporte desse grupo são encaminhados para o grupo de

categoria genérica de primeiro nível que esteja activo. Assim, um pedido de serviço

com a categorização de ―Software – Geral - Geral‖ que seja encaminhado para um

grupo de suporte de segundo nível inactivo, é automaticamente encaminhado para o

grupo de primeiro nível da categorização ―Geral – Geral - Geral‖.

Excepcionalmente, um pedido de serviço pode ser encaminhado para o Incident

Manager, no caso de não existir nenhum grupo de suporte activo da categorização desse

pedido.

O administrador pode configurar os estados dos pedidos de serviço, acedendo ao

menu respectivo no painel de administração, como ilustrado na figura 52.

Inicialmente, existem estados predefinidos que não podem ser removidos e cuja

informação não pode ser editada. Por outro lado, para qualquer estado adicionado, o

administrador tem a permissão de removê-lo, pressionando o botão indicado com o

número 2.

Para a adição de um novo estado, este utilizador deve pressione o botão

―Adicionar estados…‖, assinalado com o número 1. Esta acção origina a abertura de

uma janela de popup, onde é possível adicionar o nome e a descrição do novo estado a

adicionar, como indicado na figura 53.

2

1

2

Figura 52 – Lista de estados dos pedidos de serviço

66

O nome do estado deve ser obrigatoriamente inserido, sendo a descrição do

mesmo uma informação adicional. Para gravar a informação inserida, o administrador

pode pressionar o botão ―Gravar e Novo‖, continuando na mesma página, ou pressionar

o botão ―Gravar e sair‖, voltando à página ilustrada na figura 51. De modo a sair da

página sem gravar as alterações, o administrador deve clicar no botão ―Cancelar‖.

Um pedido de serviço deve ser registado com uma prioridade, sendo esta

prioridade ―calculada‖ segundo um impacto e uma urgência, como está ilustrado na

figura 54.

O impacto é baseado no nível de perfil do requerente do pedido de serviço,

podendo ir desde o nível 1 até ao nível 5. O nível de perfil de cada utilizador deve estar

associado ao papel que este último representa para a organização, e definido pelo

administrador noutro menu do painel de administração.

No registo de um pedido de serviço, a urgência associada ao mesmo é sempre

classificada de média, podendo ser alterada pelos utilizadores de suporte durante o

processo de resolução desse pedido.

A urgência e a prioridade podem tomar até um de quatro valores, entre eles,

Baixa, Média, Alta ou Crítica, sendo que estes valores não podem ser parametrizados. A

Figura 53 – Janela de popup de criação/edição de um estado

Figura 54 – Matriz de prioridade de pedidos de serviço

1

2

2 3

67

parametrização das prioridades deve ser efectuada pelo administrador, como indicado

pelo número 3 na figura 54.

Caso o administrador desactive uma das checkboxs indicadas com o número 2, o

nível de perfil associado ao impacto é desactivado. Deste modo, um dado pedido de

serviço registado por um requerente, cujo nível de perfil se encontra desactivo, tem um

impacto inferior. Por outras palavras, se o nível de perfil 4 estiver desactivo e o nível de

perfil 3 estiver activo, então um pedido de serviço, inicialmente de impacto de nível 4,

passa a ter um impacto de nível 3.

5.2.2 Criação de pedidos de serviço

O utilizador pode efectuar a pesquisa de serviços de duas maneiras: através do

menu lateral, como mostra a figura 55, ou acedendo ao menu principal ―Catálogo de

serviços‖, ilustrado na figura 56.

O catálogo de serviços disponibilizado no menu lateral está visível em muitas

páginas da aplicação, de forma que a pesquisa de serviços seja feita mais rapidamente.

A selecção de um dado serviço, ou pacote de serviços, origina a abertura do formulário

de registo ilustrado na figura 57.

Figura 55 – Catálogo de serviços do menu lateral

Figura 56 – Menu do Catálogo de serviços

1

2

2

2

3

68

A figura 56 ilustra outra forma de pesquisar por serviços e/ou pacotes de serviços.

Desta forma, o utilizador deve seleccionar as categorias de primeiro, segundo e terceiro

nível, indicadas com o número 1, e pressionar o botão ―Pesquisar‖. Os serviços

associados a essas categorias aparecem na tabela assinalada com o número 2 e, por sua

vez, os pacotes de serviços com serviços da categorização seleccionada devem aparecer

na tabela correspondente.

O utilizador ao seleccionar um destes serviços/pacotes de serviços irá despoletar a

abertura do formulário de registo de um pedido de serviço, como mostra a figura abaixo.

O formulário indicado na figura 57 representa o registo de um pedido do serviço

com a categorização ―Software – Geral - Geral‖, mais propriamente o ―Serviço 2‖. De

modo a que o registo de um pedido de serviço possa ser submetido, os campos

assinalados com os valores 1, 2 e 3 têm que ser preenchidos obrigatoriamente. No

entanto, os dois últimos campos são previamente preenchidos na área de administração,

tal como foi mencionado na secção anterior.

Para o cancelamento do registo do pedido de serviço, o utilizador deve clicar no

botão ―Cancelar‖, assinalado com o número 5. Por outro lado, o registo do pedido de

serviço é efectivado quando o utilizador selecciona o botão ―Submeter‖, indicado com o

número 4. Esta acção despoleta a criação de um novo ticket de pedido de serviço, sendo

uma versão desse ticket guardada na tabela ―SERVICE_REQUEST‖. Automaticamente,

o pedido de serviço é encaminhado para o grupo de suporte de primeiro nível da mesma

categorização.

Figura 57 – Formulário de registo de um pedido de serviço

2

2 3

4 5

4

1

69

No entanto, o Incident Manager poderá receber o pedido de serviço para

encaminhar se não existir nenhum grupo de suporte activo. Por outras palavras, um

pedido de serviço pode ser encaminhado para o Incident Manager caso o grupo de

suporte de primeiro nível de categorização ―Geral – Geral - Geral‖ não esteja activo.

Os pedidos de serviço criados pelo utilizador autenticado podem ser vistos, por

este, no submenu ―Os meus pedidos de serviço‖, tal como mostra a figura 55.

Cada pedido de serviço é identificado univocamente pelo seu número de registo.

Este número, REQ.000001.2011.01, divide-se em quatro partes distintas, entre elas:

REQ – representa o ticket gerado, cuja designação é Request;

000001 – representa o número do identificador do pedido de serviço, tendo

no máximo 6 dígitos;

2011 – indica o ano em que o ticket foi gerado; e

01 – representa o número da versão do ticket, sendo que podem existir 99

versões de cada pedido de serviço.

5.2.3 Pick-up de pedidos de serviço

Os novos pedidos de serviço são encaminhados para um grupo de suporte, ou para

o Incident Manager. De modo a que um pedido de serviço possa ser tratado, um

helpdesker14

do grupo de suporte correspondente tem que fazer pick-up desse pedido.

Assim, esse utilizador específico fica responsável pela resolução do pedido de serviço

escolhido.

14 Técnico responsável pela resolução do pedido de serviço

Figura 58 – Pedidos de serviço para tratar

3

1

2

70

Na figura 58 estão representadas duas tabelas indicadas pelos valores 1 e 2. A

primeira tabela, designada por ―Novos pedidos de serviço‖, indica os pedidos de serviço

associados a um grupo de suporte onde o utilizador autenticado está inserido.

Por outro lado, a segunda tabela representa os pedidos de serviços que o

helpdesker se encontra a tratar. Para que os pedidos pudessem ser tratados, este

utilizador teve que fazer pick-up dos mesmos, ou seja, seleccionou-os na primeira tabela

e pressionou o botão assinalado com o número 3. Assim, os pedidos de serviços não

podem ser tratados por nenhuma pessoa do grupo de suporte, à excepção do helpdesker

que os seleccionou.

De forma a garantir o que foi mencionado anteriormente, os pedidos de serviço

ficam associados à pessoa que efectuou essa acção, aparecendo na tabela indicada com

o número 2. O conteúdo desta tabela é único para cada helpdesker, sendo que nenhum

pedido de serviço pode ser tratado por duas pessoas diferentes.

5.2.4 Tratamento de pedidos de serviço

Os helpdeskers podem encaminhar os pedidos de serviço para outros grupos de

suporte, gerar tickets de incidente, pedidos de alteração ou release, associar tarefas,

adicionar activos do requerente afectos aos pedidos de serviço, entre outros. Cada

pedido de serviço tem um tempo de resolução, sendo este definido num SLA.

O SLA encontra-se em cumprimento caso o tempo de resolução não termine antes

do fecho do pedido de serviço. Por outro lado, o SLA expira se o tempo de resolução

terminar antes do fecho do pedido de serviço.

Como mencionado anteriormente, o pedido de serviço indicado na figura 59 tem

um tempo de resolução. Este tempo de resolução ainda não terminou, por isso o SLA

encontra-se em cumprimento até que esse tempo termine antes do fecho do pedido.

71

A figura acima indica a página que é apresentada aos helpdeskers e Incident

Manager, sobre a informação dos pedidos de serviço. Esta página divide-se em três

separadores, enumerados de 1 a 3, de modo a organizar a informação dos pedidos.

O primeiro desses separadores encontra-se ilustrado na figura 59 e contém toda a

informação básica de qualquer pedido de serviço, desde sumário, descrição, requerente,

categorização, impacto, urgência, prioridade, data de criação, data de expiração e

ficheiros anexados.

Ainda neste separador, todos os tickets de incidente, pedido de alteração e

release relacionados com o pedido de serviço em questão são mostrados na tabela

indicada com o número 4. Estas relações são efectuadas quando o pedido de serviço

gera um incidente, gera um pedido de alteração, vai entrar para release ou então,

quando um incidente gera o pedido de serviço.

1 2 3

4

Figura 59 – 1º separador da página do pedido de serviço em resolução

72

A geração de tickets de incidente, pedido de alteração ou release pode ser

efectuada no separador ―Resolução‖, ilustrado na figura 60. Neste separador, o

helpdesker pode ainda pesquisar por soluções na base de conhecimento, como descrito

na secção 5.1.2, adicionar tarefas realizadas para a resolução do pedido de serviço,

encaminhar o mesmo para outro grupo de suporte ou enviar um inquérito de satisfação

ao requerente do pedido.

As tarefas que o helpdesker adiciona ao registo do pedido de serviço indicam o

que este fez para a resolução do mesmo. Estas tarefas podem ser adicionadas caso o

utilizador pressione o botão ―Adicionar tarefas…‖, assinalado com o número 7. A acção

efectuada origina a abertura de uma popup de preenchimento, ilustrada na figura 61.

Figura 60 - 2º separador da página do pedido de serviço em resolução

Figura 61 – Popup de adição/edição de tarefas

1

2

3 4

5

6

7 8

73

Como indicado na figura 61, o helpdesker deve indicar o título e descrição da

tarefa realizada, bem como a hora que começou a ser realizada e a hora de fim da

mesma. Neste caso, a hora de fim nunca pode ser igual ou inferior à hora de início da

tarefa. Para adicionar uma nova tarefa, gravando as alterações efectuadas, sem sair da

janela de popup, o utilizador deve pressionar o botão ―Gravar e Nova tarefa‖. Por outro

lado, o mesmo utilizador pode gravar as alterações e voltar à página indicada na figura

60, pressionando no botão ―Gravar e Sair‖.

As tarefas adicionadas são visíveis na tabela respectiva, indicada na figura 60.

Nesta tabela, os helpdeskers e Incident Manager podem ver qual o técnico que realizou

cada tarefa, o título desta, a hora de início e a hora de fim da realização da tarefa.

Adicionalmente, é possível monitorizar o tempo total despendido para a realização de

todas as tarefas. Este tempo é indicado em dias, horas e minutos. Cada tarefa pode ser

seleccionada na tabela, e posteriormente removida, bastando clicar no botão assinalado

com o número 8.

Durante o período de resolução do pedido de serviço, o helpdesker pode alterar o

estado do mesmo para um estado adicional, precisando pressionar o botão indicado com

o número 1. Esta acção despoleta a abertura de uma janela de popup, ilustrada na figura

62, onde o utilizador indica os motivos para a mudança de estado. Para que a urgência

do pedido de serviço seja alterada, o helpdesker deve clicar no botão assinalado com o

número 2, originando a abertura de uma janela de popup semelhante à da figura 62.

Nessa popup devem ser indicados os motivos para a mudança da urgência do pedido.

A figura acima ilustra a janela de popup usada para descrever os motivos para a

mudança de estado do pedido de serviço. A popup para indicar os motivos para a

mudança da urgência é semelhante à ilustrada na figura 62.

Figura 62 – Popup de mudança de estado

74

Como mencionado anteriormente, os pedidos de serviço podem gerar registos de

incidente, e noutros casos podem originar pedidos de alteração. Deste modo, para a

geração desses novos tickets, o helpdesker deve pressionar o botão assinalado com o

número 3, originando a abertura da janela correspondente ao formulário de registo desse

ticket. Após a submissão desse formulário, o registo gerado fica automaticamente

associado ao pedido de serviço, devendo aparecer na tabela dos registos relacionados,

ilustrada com o número 4 na figura 59.

Um pedido de serviço necessita por vezes de entrar numa release para que o(s)

serviço(s) correspondente(s) possa(m) ser implementado(s) no requerente desse pedido.

Dessa forma, o helpdesker deve explicar ao Release Manager os motivos que indiquem

a necessidade de colocar o pedido de serviço numa release.

Para se efectuar o pedido de release, o utilizador de suporte deve pressionar o

botão ―Gerar pedido de release…‖, que se encontra assinalado com o número 4. Esta

acção dá origem à abertura da janela de popup indicada na figura 63, onde devem ser

descritos os comentários a enviar, via email, ao Release Manager

O processo de encaminhamento será descrito na secção 5.2.5. No entanto, para

iniciar esse processo, o helpdesker deve pressionar o botão assinalado com o número 5.

A acção efectuada origina a abertura de uma janela de popup onde este utilizador deve

indicar os motivos do encaminhamento e para que grupo de suporte pretende

encaminhar o pedido.

Para que um pedido de serviço seja fechado, é necessário enviar um inquérito de

satisfação ao requerente do mesmo. O processo de fecho do pedido de serviço será

descrito na secção 5.2.6, sendo iniciado quando o helpdesker pressiona o botão

assinalado na figura 60 com o número 6.

Figura 63 – Popup de geração de pedido de release

75

O terceiro separador da página de resolução do pedido de serviço está ilustrado

na figura 64. Este separador apresenta todas as versões do pedido de serviço, com

excepção da última, o histórico e os activos do requerente que estão afectos a esse

pedido, bem como outros pedidos de serviço deste mesmo requerente.

A selecção de uma versão do pedido de serviço, ou de outro pedido de serviço,

origina a abertura de uma nova janela com a informação desse pedido. O helpdesker

tem a possibilidade de filtrar o histórico que pretende visualizar, seleccionando as datas

de início e fim dos registos de histórico, bem como a versão do pedido de serviço.

A figura 64 ilustra o que foi mencionado anteriormente. Na primeira tabela são

indicadas as versões do pedido de serviço em questão, com excepção da versão

corrente, sendo que na segunda tabela são apresentados todos os registos de histórico

desse mesmo pedido. A terceira tabela reflecte os activos do requerente que estão

afectos ao registo do pedido de serviço, e na última tabela são mostrados outros registos

de pedidos de serviço efectuados pela mesma pessoa.

1

2

3

4

Figura 64 - 2º separador da página do pedido de serviço em resolução

76

5.2.5 Encaminhamento de pedidos de serviço

O encaminhamento de um pedido de serviço pode ser efectuado tanto por um

helpdesker, como pelo Incident Manager. No entanto, o helpdesker apenas pode

encaminhar o pedido para o nível de suporte seguinte ou para um grupo de suporte de

outra categorização. Por seu lado, o helpdesker pode encaminhar o pedido de serviço

para outro processo, alterando a categorização, ou então para um técnico específico.

Para o encaminhamento do pedido de serviço, o helpdesker deve escrever algumas

observações para o próximo grupo de suporte, anexar ficheiros que ache relevante e

indicar para onde encaminha o pedido, se para o nível de suporte seguinte ou para um

grupo de outra categorização.

No caso do grupo de suporte para o qual o pedido de serviço foi encaminhado

pode não estar activo, o pedido de serviço é enviado para um grupo de suporte de uma

categorização genérica. Por exemplo, se o pedido estiver categorizado como ―Software

– Microsoft Office - Word ‖, então será encaminhado para ―Software – Microsoft Office

- Geral‖, e assim sucessivamente, até à categorização de ―Geral – Geral - Geral‖.

Contudo, se nenhum grupo de suporte, do fluxo de categorização mencionado

anteriormente, estiver activo, o pedido de serviço em questão é enviado

automaticamente para o Incident Manager.

Os helpdeskers do novo grupo de suporte ou o Incident Manager recebem um

email que descreve os motivos do pedido de encaminhamento, bem como os ficheiros

anexados a esse pedido.

Figura 65 – Janela de encaminhamento do helpdesker

77

Após o pedido de serviço ter sido encaminhado e uma nova versão do mesmo ter

sido gerada, o helpdesker actual deixa de ter o registo do pedido em questão na tabela

ilustrada na figura 58, que indica os pedidos de serviço que se encontra a tratar.

A tabela assinalada na figura 66 com o número 1 indica os pedidos de serviço que

o Incident Manager tem para encaminhar.

Para proceder ao encaminhamento de um pedido de serviço, o Incident Manager

deve seleccioná-lo da tabela anteriormente referida, originando a abertura do formulário

do pedido de serviço, como ilustrado na figura 59.

Como os helpdeskers, o Incident Manager pode adicionar tarefas, alterar o estado

e a urgência do pedido de serviço e, entre outras coisas, encaminhar o pedido. Este

encaminhamento inicia-se quando o utilizador referido despoleta a abertura da janela de

popup indicada na figura 67.

Figura 66 – Lista de pedidos de serviço para encaminhar

1

78

O Incident Manager, além de poder encaminhar o pedido de serviço para o

Change Manager, Release Manager, grupo de suporte de pedidos de serviço ou de

incidentes de outra categorização, pode também encaminhá-lo para uma determinada

pessoa. Para tal, deve indicar para que processo, entre IM, Request Fulfillment, CM ou

RDM, e a que pessoa (helpdesker, Change Manager ou Release Manager) deseja

encaminhar esse pedido.

O fluxo de encaminhamento para grupos de suporte de incidentes e pedidos de

serviço é efectuado da forma descrita na secção 5.2.5. Os helpdeskers do novo grupo de

suporte, Incident Manager, Change Manager ou Release Manager recebem um email

que descreve os motivos do pedido de encaminhamento, bem como os ficheiros

anexados a esse mesmo pedido.

Depois do pedido de serviço ter sido encaminhado e uma nova versão do mesmo

ter sido gerada, o Incident Manager deixa de ter o registo do pedido em questão na

tabela ilustrada na figura 66, que indica os pedidos de serviço a encaminhar.

5.2.6 Fecho de pedido de serviço

A última etapa do processo de resolução do pedido de serviço é o envio de um

inquérito de satisfação ao requerente. Além das mensagens de boas vindas e de

agradecimento, o inquérito é composto por perguntas configuradas no painel de

administração, como ilustrado na figura 68.

Figura 67 - Janela de encaminhamento do Incident Manager

79

Na figura 68 está listado o conjunto de perguntas a apresentar nos inquéritos de

satisfação. Estas perguntas podem ser de resposta aberta, ou de escolha múltipla, mas

apenas podem ser adicionadas 10 perguntas. Cada opção da escolha múltipla indica um

nível de satisfação configurável no painel de configuração, como ilustra a figura 69.

Os níveis de satisfação devem reflectir o que o requerente achou da resolução do

registo do seu pedido de serviço. Desta forma, o administrador pode definir no máximo

5 níveis, escolhendo a sua ordem de apresentação em cada pergunta.

Para que o requerente preencha o inquérito de satisfação, o helpdesker envia um

email ao mesmo com o link para esse inquérito.

Figura 68 – Lista de perguntas do inquérito de satisfação

Figura 69 – Lista de níveis de satisfação.

Figura 70 – Inquérito de satisfação

80

O requerente deve seleccionar o link enviado, originando a abertura de uma nova

página com o inquérito de satisfação ilustrado na figura 70.

Depois do preenchimento das perguntas do inquérito de satisfação, o requerente

deve dar o pedido de serviço como fechado. No caso do pedido não ser dado como

fechado, este utilizador deve escrever alguns comentários e sugestões para que seja mais

fácil efectivar a sua resolução por parte do helpdesker. Deste modo, o técnico de suporte

deve reabrir o pedido de serviço em questão e encontrar outra resolução para o mesmo.

Por outro lado, se o pedido de serviço for dado como fechado pelo requerente,

então passará automaticamente para o estado de ―Fechado‖, não podendo ser editado

por nenhum helpdesker ou Incident Manager.

5.3 Avaliação da solução

No fim da implementação dos processos descritos nas secções anteriores, foram

agendadas sessões de teste com alguns utilizadores finais da aplicação. Estas sessões

tiveram como objectivo detectar erros unitários e funcionais para futura correcção.

Ao longo dessas sessões de teste, os utilizadores finais assinalaram falhas e pontos

de melhoria, que foram prontamente corrigidos e implementados nos dias seguintes.

Após as devidas correcções feitas à solução implementada, foram realizadas novas

sessões de teste com os mesmos utilizadores.

No fim dos testes finais, os utilizadores finais deram a sua aprovação, dando como

terminado o processo de testes. No entanto, foram indicados outros pontos de melhoria

que entretanto já se encontram implementados.

81

Capítulo 6

Discussão

O presente capítulo consiste numa análise crítica ao trabalho desenvolvido até ao

momento, bem como numa abordagem às dificuldades encontradas e à forma como

estas foram mitigadas. Segundo os objectivos propostos no capítulo 1, verificou-se que,

com o trabalho desenvolvido até ao momento, a maioria desses objectivos têm sido

cumpridos.

Na análise comparativa das soluções líderes de mercado, foi necessária a

pesquisa de manuais de utilizador e de vídeos demonstrativos. No entanto, visto que as

ferramentas a analisar não estavam disponíveis em versões trial, a procura de

informação relevante para melhor compreensão dos processos a implementar foi mais

demorada do que o planeado. De modo a mitigar este problema, existiu a necessidade de

contactar outros colaboradores da Maksen, para que fosse possível trocar informação

útil à avaliação dessas soluções, nomeadamente em relação aos processos da ITIL® v3

a serem implementados neste projecto, e à forma como as ferramentas avaliadas

suportam os requisitos base desta solução de SDM.

Com base na experiência adquirida, através da análise de versões trial de

ferramentas SDM, e de estudos de mercado realizados pela Gartner e Forrester,

acredita-se que os resultados obtidos desta análise sejam meramente puristas, não

reflectindo o real valor das ferramentas líderes de mercado analisadas. Por serem

soluções de SDM best-of-breed de mercado, esse valor poderá estar compreendido entre

o 4 e 5, segundo a escala de maturidade indicada no capítulo 4, o que significa que no

mínimo, os requisitos se encontram padronizados e documentados, sendo pouco

provável a detecção de falhas.

Assim, acredita-se que após uma nova análise às ferramentas, de modo a

complementar a análise efectuada, os resultados obtidos estariam mais próximos do real

valor dessas ferramentas.

82

Nesta análise comparativa, revelou-se complexa a compreensão do processo de

Release & Deployment Management a implementar na solução âmbito. No entanto, esta

complexidade foi mitigada após os comentários proferidos em entrevistas realizadas

com os utilizadores finais da aplicação.

Na elaboração da primeira versão do Modelo de casos de uso e, apesar de esta

cumprir os objectivos propostos, existiram algumas dificuldades na identificação

correcta dos actores envolvidos, em especial no caso de uso ―Consultar FAQ‖, referente

ao processo de Knowledge Management. A complexidade residiu na diferença entre os

conceitos de ―Papel‖ e ―Perfil‖, sendo o primeiro imutável e advogado pela ITIL® v3, e

o segundo definido pela organização. De modo a diferenciar os dois termos acima

indicados, ficou acordada a utilização dos papéis ITIL® v3 para cada um dos processos

a implementar neste projecto. Assim, esses papéis poderiam ser associados aos perfis de

utilizador existentes numa organização, identificando as permissões de cada um dos

utilizadores para esta solução. Isto torna a aplicação final flexível e escalável, uma vez

que a mesma irá permitir a associação desses papéis ITIL® aos perfis da organização.

Esta solução também permitirá, a associação de mais que um papel ao mesmo perfil e,

possivelmente a adesão de novos papéis.

Após uma segunda análise ao caso de uso ―Consultar FAQ‖, constatou-se que o

papel de ―User‖ seria um papel mais geral com permissões mínimas, significando que

qualquer perfil de uma organização encontra-se associado a este papel. Deste modo, um

perfil que tenha associado o papel de ―Knowledge Manager‖ também tem a capacidade

aceder à funcionalidade de ―Consultar FAQ‖.

Para perceber os conceitos da solução final, bem como as suas relações, elaborou-

se um modelo de domínio, onde se identificaram certas ―classes conceptuais‖ sem

nenhuma relação para outra classe representada, uma vez que existiram dúvidas em

compreender se estas eram ou não conceitos do domínio do problema da aplicação.

Além disso, indicar as relações existentes entre as várias classes conceptuais suscitou

incerteza, ao ponto de não se saber se as relações conceptuais entre essas classes seriam

suficientes para suportar todos os casos de uso.

Na implementação da solução de SDM existiu a necessidade de adicionar mais

classes conceptuais às existentes no modelo de domínio, de modo a cobrir os requisitos

propostos. Nesta fase, procedeu-se à implementação dos 6 processos propostos para este

PEI, com maior foco nos processos de KM e Request Fulfillment.

83

Contudo, o desenvolvimento do processo de IM demorou mais do que o previsto,

atrasando o cumprimento dos prazos definidos no plano de trabalhos. A alteração de

conteúdo já implementado, a definição do design a atribuir ao formulário de suporte de

um técnico de incidentes, entre outros, foram factores críticos para tal incumprimento.

Por isso, todos os prazos para entrega de protótipos, documentos e testes não foram

antecipados, nem cumpridos no tempo indicado, impossibilitando a total aplicação da

metodologia ágil SCRUM.

Num cômputo geral, os objectivos iniciais foram cumpridos, estando a solução

final utilizável para a maior parte dos utilizadores e, possivelmente, o seu valor

compreendido entre o 4 e 5. Numa próxima versão, pretende-se complementar a solução

existente com alguns requisitos que não foram implementados.

6.1 Apreciação final

Terminado o projecto, é possível retirar um resultado bastante positivo, tanto a

nível académico como pessoal. Este PEI ofereceu-me a possibilidade de conhecer o

―mundo‖ da consultoria, bem como aprofundar os meus conhecimentos na área de

informática.

O trabalho realizado teve um grande impacto nas minhas competências,

permitindo-me adquirir outros conhecimentos e realçar os meus valores pessoais. No

decorrer do mesmo tive a oportunidade de contactar com a plataforma Outsystems, uma

tecnologia em expansão, aumentar a minha competência no desenvolvimento de

webservices e de reforçar o meu conhecimento sobre gerir uma base de dados

realcional.

Contudo, encontrei alguns problemas de logística, nomeadamente, problemas no

servidor de desenvolvimento. Este era utilizado por duas ou mais aplicações em

desenvolvimento, impossibilitando a correcta implementação da minha solução, não só

devido à existência de apenas uma licença OutSystems, mas também pela falta de

espaço no disco. Deste modo, por diversas vezes não me foi possível implementar,

publicar e testar a minha solução de SDM.

Por fim, e com o tempo disponível, desenvolvi uma aplicação com alguma

dimensão, juntamente com outro PEI, adquiri mais conhecimento, apliquei as minhas

competências, reforcei os meus valores pessoais, transmiti confiança à organização, por

isso o resultado final deste projecto é muito positivo.

84

Capítulo 7 Bibliografia

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