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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA AGRONOMIA PRODUTIVIDADE DO Panicum maximum cv. BRS TAMANI NO BRASIL CENTRAL RAYAN TOMAZ DE SOUZA FAGUNDES BRASÍLIA DF 2017

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

AGRONOMIA

PRODUTIVIDADE DO Panicum maximum cv. BRS TAMANI NO BRASIL

CENTRAL

RAYAN TOMAZ DE SOUZA FAGUNDES

BRASÍLIA – DF

2017

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

PRODUTIVIDADE DO Panicum maximum cv. BRS TAMANI NO BRASIL

CENTRAL

RAYAN TOMAZ DE SOUZA FAGUNDES

MATRÍCULA: 12/0021269

Orientador: Prof. Dr. CÁSSIO JOSÉ DA SILVA

BRASÍLIA – DF

DEZEMBRO DE 2017

Trabalho de conclusão de curso para

graduação em agronomia, apresentado à

Faculdade de agronomia e Medicina

Veterinária da Universidade de Brasília,

como requisito para obtenção do grau de

Engenheiro Agrônomo.

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RAYAN TOMAZ DE SOUZA FAGUNDES

PRODUTIVIDADE DO Panicum maximum cv. BRS TAMANI NO BRASIL

CENTRAL

APROVADO POR:

Prof. Dr. Cássio José da Silva - Orientador

Prof. PhD. Gilberto Gonçalves Leite

Prof. Dra. Fernanda Cipriano Rocha

BRASÍLIA – DF

DEZEMBRO DE 2017

Monografia de graduação apresentada à

Faculdade de Agronomia e Medicina

Veterinária da Universidade de Brasília,

como parte dos requisitos necessários para

obtenção de grau de Engenheiro

Agrônomo.

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FICHA DE CATALOGAÇÃO

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FAGUNDES, R. T. S. PRODUTIVIDADE DO Panicum maximum cv. BRS TAMANI NO

BRASIL CENTRAL. Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAV,

Universidade de Brasília – UnB, 2017, 35 p. Trabalho de conclusão de curso.

CESSÃO DE DIREITOS

Nome do autor: Rayan Tomaz de Souza Fagundes

Ano: 2017.

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta monografia de

graduação e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e

científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação, e nenhuma parte desta monografia

de graduação pode ser reproduzida sem autorização por escrito do autor.

RAYAN TOMAZ DE SOUZA FAGUNDES.

CPF: 007.085.051-80

Lago-Oeste, Rua 00, travessa 02, Chácara 11, Sobradinho.

CEP: 73100-020 Brasília-DF, Brasil.

Telefone: (61) 9-8117-1021

E-mail: [email protected]

Fagundes, Rayan Tomaz de Souza.

“Produtividade do Panicum maximum cv. BRS Tamani no Brasil central ’’/Rayan Tomaz de

Souza Fagundes; Cássio José da Silva. Brasília, 2017 - 35 p.

Monografia de graduação – Universidade de Brasília / Faculdade de Agronomia e

Medicina Veterinária, 2017.

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Agradecimentos

Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas, aos meus amados pais

Rosilene da Conceição Tomaz, Paulo César Vieira e Geraldo de Souza Fagundes, meu irmão

Ranyeri Tomaz de Souza e meu precioso sobrinho Ravi meu maior presente.

À minha família, que tanto amo, pоr sua capacidade dе acreditar e investir еm mіm,

especialmente às minhas “Vovós Terezinha”, meus padrinhos e todos meus tios.

Ao professor Dr. Cássio José da Silva. Pela paciência na orientação e incentivo que

tornaram possível a conclusão desta monografia. Também sou grato aos docentes da Faculdade

de Agronomia e Medicina Veterinária em especial, PhD. Gilberto Gonçalves Leite e Dra.

Fernanda Cipriano Rocha.

Agradeço à Universidade de Brasília, por me proporcionar um ambiente de qualidade e

oportunidades de estudo.

À Fazenda água limpa e todos seus funcionários e principalmente a todos do CCBL

(Centro de Capacitação de Bovinos de Leite) e CMO (Centro de Manejo de Ovinos).

Ao Grupo de estudos em pecuária (Gpec/UnB) e seus participantes, por todo apoio

durante o experimento em especial ao Carlos Vinícius e Beatriz Cruvinel que estiveram presentes

do início ao fim do experimento.

Aos meus amigos, pelas alegrias e tristezas compartilhadas durante todo período de

graduação.

Ao programa MARCA (Mobilidade Acadêmica Regional para os Cursos Acreditados),

financiado pela CAPES, que foi uma experiência muito enriquecedora para minha vida, onde fiz

grandes amigos e me fez crescer pessoal e academicamente.

À Embrapa Cerrados onde fiz estágio cerca de dois anos e todos que ali me orientaram em

especial: Marcelo Ayres Carvalho, Carlos Eduardo Lazarini da Fonseca e Allan Kardec Braga

Ramos.

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Resumo

Objetivou-se o estudo do capim Panicum maximum quanto ao padrão de crescimento,

produção de forragem, taxa de crescimento diário e perfilhos senescentes, em três crescimentos

sucessivos, defasados de 21 dias e com idades de cortes variando de 21 a 49 dias. Utilizou-se

delineamento experimental em blocos ao acaso com parcelas subdivididas com quatro repetições,

sendo os Crescimentos (C1; C2 e C3) alocados nas parcelas e as idades de cortes (21; 28; 35; 42

e 49 dias) nas sub-parcelas. Empregou-se análise de variância e teste de Tukey para avaliar os

efeitos de idade de corte. O ensaio ocorreu em um pasto cultivado com capim Tamani,

estabelecido há aproximadamente 2 anos, onde o solo era do tipo Latossolo Vermelho Escuro.

Foi realizada uma adubação em cobertura com o fertilizante 04-14-08 complementado com ureia,

visando proporcionar 105 kg de P2O5/ha; 56 kg de K2O/ha e 164 kg de N/ha. Os cortes de

avaliação foram realizados a 15 cm de altura, com auxílio de um cutelo e um quadrado metálico

de área delimitada de 0,5m2. Para determinação de matéria seca (MS) as amostras foram

identificadas, pesadas e colocadas em estufa de ventilação forçada à 65ºC por 72 horas para

serem pré-secas. Em cada sub-parcelas cortadas, cinco dias após o corte de avaliação foi

escolhido uma área referente ao quadrado (0,5m²) que foi contado o número de perfilhos e total

dos perfilhos que rebrotaram. Os resultados mostram que a maior produção de matéria seca

ocorreu aos 42 e 49 dias em todos os crescimentos. Entretanto, as menores ocorreram aos 21 dias

e não houve diferença sobre taxas de crescimento diário, sendo as maiores (86 e 89 kg de

MS/ha/dia) ocorreram aos 21 e 28 dias de C2. O maior número de perfilhos senescentes ocorreu

aos 49 dias em todos os crescimentos, seguido das idades de 21, 28, 35 e 42, respectivamente em

C1 e C3. Dessa maneira, visando conciliar produção e qualidade da forragem, o melhor período

de utilização dessa gramínea deverá ocorrer entre 21 e 35 dias de idade.

Palavras-chave: crescimento, perfilho, pastagem

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Abstract

The objective of this study was to study the Panicum maximum grass for growth

pattern, forage production, daily growth rate and senescent tillers, in three successive growths,

lagged at 21 days and with ages ranging from 21 to 49 days. A randomized complete block

design with split plots with four replications was used, with growth (C1, C2 and C3) allocated to

the plots and the ages of cuts (21, 28, 35, 42 and 49 days) in subplots. The analysis of variance

and Tukey's test were used to evaluate the effects of age of cut. The experiment was carried out

in a pasture grown with Tamani grass, established approximately 2 years ago, where the soil was

of the Dark Red Latosol type. A cover fertilization was performed with fertilizer 04-14-08

supplemented with urea, aiming to provide 105 kg de P2O5/ha; 56 kg de K2O/ha e 164 kg de

N/ha. The evaluation cuts were performed at 15 cm height, with the aid of a cleaver and a metal

square with a delimited area of 0.5 m2. For determination of dry matter (DM) the samples were

identified, weighed and placed in a forced ventilation oven at 65ºC for 72 hours to be pre-dried.

In each cut subplots, five days after the evaluation cut, an area was chosen referring to the square

(0.5 m²) that counted the number of tillers and total of the tillers that retreated. The results show

that the highest dry matter production occurred at 42 and 49 days in all growths. However, the

lowest occurred at 21 days and there was no difference on daily growth rates, with the highest (86

and 89 kg DM / ha / day) occurring at 21 and 28 days of C2. The highest number of senescent

tillers occurred at 49 days in all growth, followed by ages 21, 28, 35 and 42, respectively in C1

and C3. Thus, in order to reconcile forage production and quality, the best period of use of this

grass should occur between 21 and 35 days of age.

Keywords: growth, tillers, pasture.

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SUMÁRIO

Sumário Introdução .................................................................................................................................................. 10

Revisão de bibliográfica ............................................................................................................................ 11

Origem do gênero Panicum maximum .................................................................................................... 11

Cultivares do gênero Panicum maximum recentemente lançados ........................................................... 12

Manejo de pastagens no Brasil ................................................................................................................ 16

A importância da avaliação de produtividade em pastagens ................................................................... 19

Materiais e métodos .................................................................................................................................. 22

Resultados e discussão .............................................................................................................................. 26

Conclusões .................................................................................................................................................. 31

Referências bibliográficas ......................................................................................................................... 32

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1 - Inflorescência tipo: panícula.........................................................................................16

Figura 2 - Arquitetura das folhas...................................................................................................16

Figura 3 - Características das folhas..............................................................................................16

Figura 4 - Área experimental.........................................................................................................22

Figura 5 - Corte geral de uniformização (CGU)...........................................................................23

Figura 6 - Croqui da área experimental........................................................................................23

Figura 7 - CGU (Corte Geral de uniformização); CU (Corte de Uniformização); Dias de

crescimento: 21, 28, 35, 42, 49....................................................................................24

Figura 8 - Figura 8 - Esquema de divisão das sub-parcelas em campo....................................................25

Figura 9 - Forma de preparação e identificação de sub-amostras em campo para serem levadas ao

Laboratório de Nutrição Animal (LNA)......................................................................26

Figura 10 - Produção (kg MS/ha) do Panicum maximum cv. BRS Tamani................................28

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1 Introdução

O Brasil é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador de carne bovina do

mundo (PORTAL BRASIL, 2016). A maior parte da produção brasileira de carne bovina é

produzida a pasto, com um rebanho próximo de 209 milhões de cabeças e com cerca de 20% de

todo o território brasileiro ocupado por pastagens, enquanto apenas 3% de todo o rebanho são

estimados que sejam terminados em sistema intensivo (ABIEC, 2017).

Assim, o aumento na produtividade de carne e leite no Brasil deve-se, principalmente, à

adoção de novas tecnologias pelos pecuaristas, incluindo a utilização de novas forrageiras mais

responsivas em sistemas intensivos de produção, lançadas pelos centros de pesquisas

(MARTUSCELLO et al., 2007).

Na região do Cerrado, os animais têm como a maior fonte de alimentação o pasto.

Entretanto, o grande número de espécies forrageiras disponíveis aos pecuaristas ainda necessitam

de estudos e pesquisas complementares para determinar suas principais características.

O primeiro capim do gênero Panicum maximum a chegar as terras brasileiras foi o capim-

Colonião. De acordo com Mitidieri (1988) houve a introdução casual dessa gramínea, por meio

de navios negreiros que traziam escravos de Guiné, o capim servia de cama para os escravos e,

depois, eram jogados em áreas costeiras.

Por apresentar semelhanças edafoclimáticas com a África, essas forrageiras se adaptaram

bem ao cerrado brasileiro. Entre as forrageiras indicadas para região, há o capim Panicum

maximum – híbrido BRS Tamani, que apresenta produção de forragem de elevada qualidade,

grande velocidade de estabelecimento e de rebrota, sendo recomendado para plantio após culturas

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anuais em sistema agropastoril. O cv. BRS Tamani é uma planta cespitosa de porte ereto e baixo

(até 1,3 m) com folhas verde escuras, longas, finas (até 1,9 cm) e arqueadas (EMBRAPA, 2015).

Visando estabelecer estratégias de utilização dessa gramínea em sistemas de pastejo sob

lotação rotacionada, este trabalho objetivou avaliar o padrão de crescimento, produção de

forragem, taxa de crescimento diário e de perfilhos senescentes em três taxas de crescimentos

sucessivos, defasados de 21 dias e com idades de cortes variando de 21 a 49 dias.

2 Revisão de bibliográfica

2.1 Origem do gênero Panicum maximum

Panicum maximum é uma Poaceae, Panicoideae e Paniceae. Segundo SAVIDAN (1982) e

Jank et. al (2010) o Panicum maximum faz parte do complexo agâmico, com o P.infestum e

P.trichocladum, Por terem número cromossômico, mesmo nível de ploidia e se intercruzarem

naturalmente . Essa forrageira que segundo Chase (1944), foi introduzida no Brasil por meio dos

navios negreiros, que a utilizavam como cama para os escravos e, ao chegar ao continente as

forragens eram descartadas no litoral, e por se adaptarem muito bem, disseminou-se por toda

américa. Hoje pode ser considerado “nativo” pela adaptação às condições edafoclimáticas

brasileiras.

O Panicum maximum é de reprodução apomítica, assim sendo significa que a semente

produzida é geneticamente idêntica à planta mãe. De acordo com Combes, (1975) e Savidan,

1982, a apomixia é uma aposporia (não redução) seguida de partenogênese (não fecundação).

Segundo VALLE (2013) o grande marco no Brasil para a intensificação dos programas de

melhoramento foi a introdução da coleção representativa da variabilidade natural da espécie, que

foi coletada pela instituição francesa ORSTOM (Intitut Français de Recherche Scientifique pour

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le Développement em Coopération) – hoje IRD- no centro de Origem da espécie no leste do

continente africano, em 1967 e 1969. Por meio de um convênio, a Embrapa Gado de Corte, em

Campo Grande-MS, recebeu toda a coleção de Panicum maximum, composta de 426 acessos

apomíticos e 417 plantas sexuais (SAVIDAN, et al., 1989).

Os acessos foram avaliados agronomicamente e caracterizados morfologicamente durante

trabalhos de dois anos na Embrapa Gado de Corte, onde se constatou ampla variabilidade para

todas as características: produção total, de folhas e colmos; velocidade e intensidade de rebrota

após os cortes; época de florescimento; produção de sementes; porte da planta e das folhas;

características reprodutivas e de pilosidade (JANK et al., 1994, 1997). Com isso, foram

selecionados 25 acessos para serem avaliados em sete regiões do país (JANK et al., 1993; DIAS

FILHO et al.,1995). Os sete melhores foram avaliados em pequenos piquetes (EUCLIDES et al.,

1993) e, posteriormente, em ensaios de desempenho animal (EUCLIDES et al., 1995). Destas

avaliações, resultaram os lançamentos de novos cultivares como Tanzania-1, Mombaça e Massai.

De modo geral, as plantas do gênero Panicum maximum são de alta produção de matéria

seca, responsiva à adubação, adaptada às condições climáticas do Brasil, mas exigente quanto a

fertilidade do solo e manejo do pastejo.

2.2 Cultivares do gênero Panicum maximum recentemente lançados

Panicum maximum Cv. tanzania-1 foi coletado pelo ORSTOM em 1969, entre Korogwe e

Kilosa, na Tanzânia. Foi inicialmente selecionado pela Embrapa Gado de Corte em Campo

Grande, MS, e lançado comercialmente em 1991 pela Embrapa Gado de Corte e parceiros

(EMBRAPA, 1990).

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Segundo Jank (2013) é uma forrageira cespitosa de porte médio (1,2 metros), com folhas

médias (2,6 cm) e decumbentes, colmos glabros e sem cerosidade. Com exigências nutricionais

variando de media a alta. O capim-tanzânia é responsivo a adubação nitrogenada e mais exigente

em fósforo no estabelecimento em relação a manutenção.

No que tange as doenças e pragas o capim tanzânia apresenta maior resistência às

cigarrinhas-das-pastagens quando comparado ao Colonião e Tobiatã (EMBRAPA GADO DE

CORTE, 1990), de acordo com Jank (2013), é um cultivar resistente, por não haver relatos de

ataques das cigarrinhas-das-pastagens (Zulia entreriana, Deois flavopicta, Mahanarva

fimbriolata), e continua discorrendo que o cultivar é suscetível ao bipolares maydis, um fungo

foliar, e susceptível pelos fungos de espigueta (Tilletia ayersii, Claviceps purpúrea e Sphacelia),

também é recomendada para sistemas silvipastoris, visto o seu bom desenvolvimento em área

sombreada e não é recomendado para fenação.

Panicum maximum cv. massai foi coletado pelo ORSTOM em 1969 entre Dar es Salaam

e Bagamoyo, na Tanzânia, chamado como ORSTOM T21 e trazido para o Brasil, em 1984, com

o germoplasma do ORSTOM, foi lançado comercialmente em 2001 pela Embrapa Gado de Corte

(EMBRAPA, 2001).

É um cultivar de baixo porte (0,55 a 0,85 cm), folhas eretas e estreitas (0,9 a 1,8 cm),

colmos e lâmina foliar com pilosidade mediana, sendo os pelos curtos e duros, ramificações

primárias curtas na base e ausente nas secundárias. Mostrou-se promissora a alagamentos

temporários, visto que seu sistema radicular aumentou 33% e em matéria seca total em 7%

(LAURA et al.,2005).

Segundo Jank (2013), o cultivar tem se mostrado uma boa alternativa para utilização em

sistemas agrossilvipastoris, mas se recomenda utilizá-lo em pastejo direto em sistema extensivo

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ou intensivo com rotação e para fenação, por ter uma boa cobertura do solo, devido à grande

quantidade de perfilhos.

Panicum maximum cv. mombaça segundo foi coletado pelo ORSTOM em 1967 entre

Korogwe e Tanga, na Tanzânia, chamada como ORSTOM K190 e trazida para o Brasil, em

1984, com o germoplasma do ORSTOM, foi lançado comercialmente em 1993 pela Embrapa

Gado de Corte (EMBRAPA, 1993).

De acordo com Jank (2010) o cultivar cv. Mombaça é de porte alto (1,7 metros), folhas

eretas com pontas quebradas e largas (3 cm), sendo seus pelos curtos e duros, planta cespitosa de

colmos glabros e sem cerosidade, inflorescência tipo panícula, espiguetas glabras.

O cultivar mombaça expressa seu melhor potencial em solos de textura moderada e

argilosa, média e alta fertilidade, sem problemas de acidez, é bastante responsiva ao uso de

fósforo, visto que há maior necessidade na implantação (JANK, 2010).

Segundo Embrapa (1993), o cultivar mombaça é mais resistente à cigarrinha Zulia

entreriana que o cultivar tobiatã, mas menos resistente quando comparada com o cv. tanzania-1.

O capim, quando sobre ataque de cochonilha-dos-capins (Antonina graminis), se comportou

normalmente. Ao se tratar de doenças uma que ataca o cultivar e inutiliza as inflorescências,

fazendo-as caírem e impedindo a produção de sementes é a popularmente chamada de esporão

(Claviceps purpurea e Sphacelia).

Panicum maximum cv. colonião é uma planta cespitosa, de altura até 3,0 metros quando

em livre crescimento, lâmina foliar de até 1 metro de coloração verde-intensa, folhas de bordas

serrilhadas, glabras. Os colmos grandes e pilosos. Perfilhamento intenso, formando touceiras

grandes. Necessidade de solos de media a alta fertilidade, inflorescência tipo panícula produzindo

sementes pequenas e viáveis (JANK, 2010).

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Segundo Jank (2010), o cultivar é considerada planta pioneira, que é o rápido

estabelecimento em áreas onde já tenha acontecido algum distúrbio na cobertura original, o que

ocorre por ela utilizar eficientemente altas intensidades de luz associado com formação de

clareiras na vegetação. O capim também é tolerante ao pastejo, mediamente à seca e altamente à

cigarrinha-das-pastagens, é capaz de se desenvolver em áreas de baixa fertilidade, mas não é

resistente a encharcamento ou alagamento de solo.

Panicum maximum cv. BRS tamani segundo EMBRAPA (2015) é o primeiro híbrido de

Panicum maximum da Embrapa, resultado de um cruzamento realizado entre um acesso

apomítico T60 (BRA-007234) e planta sexual S12 na Embrapa Gado de Corte em 1992. Esse

cultivar apresenta como características porte baixo e ereto (até 1,3 m), com alta produção de

folhas verde escuras, longas, finas (1,9 cm) (Fig. 2) e com alto valor nutritivo (elevados teores de

proteína bruta e digestibilidade), produtividade e vigor, sendo de fácil manejo e resistente às

cigarrinhas das pastagens, baixa cerosidade e pilosidade, bainhas glabras, inflorescência do tipo

panícula (Fig.1), com ramificações primárias curtas e de florescimento precoce.

Figura 1 - Inflorescência tipo:

panícula.

Figura 2 - Arquitetura das

folhas

Figura 3 - Características das

folhas

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O capim tamani, que em Suaíle significa precioso e de acordo com a EMBRAPA tem

folhas sem pelos e arqueadas (Fig. 3), exigência de fertilidade média e alta, baixa tolerância a

acidez e encharcamento do solo, média a baixa tolerância a seca, média a alta tolerância ao frio,

altamente tolerante ao sombreamento, é indicada para a fenação e, quanto as pragas e doenças é

um cultivar com alta resistência a Bipolaris maydis e mediana ao fungo Curvularia spp., de alta

resistência às cigarrinhas-das-pastagens, e suscetível à cárie do sino (Tilletia ayressi).

2.3 Manejo de pastagens no Brasil

Conforme Silveira (2006) o estudo da morfogênese em gramíneas tropicais é essencial,

pois ajuda com a consistência e objetividade de recomendações de manejo do pastejo para cada

cultivar. As características morfogênicas de cada cultivar e, ou, espécie, são determinadas

geneticamente e influenciáveis pelo ambiente (temperatura, luz, disponibilidade hídrica,

nutrientes e manejo adotado) (SOUZA, 2010). Com a caracterização morfológica e agronômica

dos cultivares, pode-se chegar às conclusões para direcionar o produtor como utilizar essa nova

tecnologia apontando assim a melhor região, clima, solo, forma de uso, taxa de lotação e todas

informações necessárias para o sucesso da forrageira.

Segundo Dias-Filho (2011), o aumento da produção, em pastagens recuperadas, é obtido

não pela expansão das áreas, mas sim pela intensificação, logo sem a abertura de novas áreas e a

recuperação de pastagens improdutivas é uma forma de evitar o desmatamento. Pastagens bem

manejadas resultam em uma influência positiva sobre a difusão de serviços ambientais, sequestro

de carbono, melhoria da qualidade do ar e da água, ciclagem de nutrientes e conservação da

biodiversidade em larga escala, na medida em que evitam desmatamentos em novas áreas.

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O manejo correto das pastagens deve levar em consideração todos recursos animais,

vegetais e físicos. Os recursos físicos (base produtiva, tipo de solo, relevo, topografia, condições

edafoclimáticas, infraestruturas, grau de subdivisão e tipos de cerca, localização geográfica,

malha viária, proximidade de centros consumidores e fornecedores, materiais e serviços,

qualificação e quantidade da mão-de-obra, etc.), o conhecimento irrestrito de todas as variáveis

impõe restrições às infinitas possibilidades dos outros recursos (animal e vegetal), definindo

assim um universo mais estreito para a combinações dentro do sistema de produção (SILVA,

2013).

Para um bom manejo deve-se levar em conta que os recursos físicos são impossíveis de

sofrerem drásticas mudanças, logo deve-se modificar as outras variáveis e segundo (DA SILVA;

SBRISSIA, 2000) após a definição de uma combinação estável entre os recursos físicos e

vegetais é que se torna possível considerar o terceiro componente da exploração animal em

pastagens, o recurso animal. Este por seu lado considerando as barreiras de ambos, recursos

físicos e vegetais, é escolhido para tornar a exploração sustentável e ecologicamente viável

(SILVA, 2013)

O manejo de pastagem pode ser considerado como o conjunto de ações, visando sempre

obter a maior produtividade por área do rebanho, não afetando o desenvolvimento da forrageira e

a qualidade do solo. Há três formas de manejo, sendo eles: contínuo, rotacionado e diferido, onde

o contínuo o que os animais permanecem na mesma área de pasto durante todo o ano; O

rotacionado é aquele em que a pastagem é subdividida em piquetes (áreas menores) e são

utilizados um em seguida do outro, determinando períodos de ocupação e de descanso do pasto;

O diferido é igual ao rotacionado com a mudança que são escolhidos piquetes para ficar em

descanso, sem animais, o motivo é para promover acumulo de forragem para o uso posterior.

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Pastejo é a colheita da forragem feita diretamente pelo animal, etapa de suma importância.

O manejo do pastejo mescla as necessidades animais com as características do pasto visando o

objetivo do produtor, que pode ser diverso desde ganho de peso do animal até aumento do teor de

gordura no leite, para determinar um manejo de pastejo deve-se levar em consideração exigências

edáficas das espécies forrageiras; características climáticas; solo; características da forrageira

entre outros fatores financeiro e estruturais do produtor. Assim deve-se ajustar as exigências das

plantas e animais definindo frequência de pastejo e intensidade de pastejo.

O manejo passa desde a recomendação de adubações de correção de solo, manutenção,

escolha e plantio do capim, divisão de área, adequação de estruturas, instalações, maquinário,

divisão de lotes, altura de entrada e saída dos animais no piquete, tempo de repouso do piquete,

escolha da raça do animal entre outros.

Desde o descobrimento do Brasil vem se adotando a pecuária extensiva, mas hoje em dia

com o avanço das tecnologias cada vez mais têm dado importância a sistemas mais eficientes que

possam maximizar os lucros e minimizar problemas ambientais e sociais, com isso, temos a

pecuária intensiva, sistemas integrados (Lavoura-Pecuária, Lavoura-Pecuária-Floresta e Pecuária-

Floresta), boi verde terminado em confinamento entre outros. Uma variável importante para essa

evolução são as forrageiras, visto que em geral é a única fonte de alimento para animais.

Programas de melhoramento vem trazendo inúmeras opções que se distinguem em qualidade,

quantidade e manejo da forragem, e isso é um fato muito importante, pois, está relacionado com a

conversão alimentar pelo animal, o ganho de peso real. No que se refere a melhor época de corte

de uma forragem deve-se buscar o ponto de equilíbrio entre produção e qualidade da forragem,

pretendendo assegurar os requerimentos nutricionais dos animais e garantindo simultaneamente a

persistência e a produtividade das pastagens (COSTA, 1995). Normalmente, ao passo que as

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forrageiras tropicais envelhecem, há uma redução nos teores de proteína bruta e minerais,

especialmente o fósforo e o potássio, e elevação nos teores de matéria seca e constituintes da

parede celular tais como: celulose, lignina e hemicelulose, gerando decréscimo na digestibilidade

e aceitabilidade (ANDRADE, 1971).

Normalmente, nos estágios iniciais de crescimento das forrageiras tropicais contêm

proteína suficiente para garantir a alimentação da grande parte dos animais, que delas se

alimentam. Porém, segundo MILFORD e MINSON (1966) relatam que este teor de proteína

diminui de acordo com a maturação da planta, levando assim à diminuição da digestibilidade.

2.4 A importância da avaliação de produtividade em pastagens

É de extrema importância a decisão da maneira a ser estimada a quantidade de forragem

disponível, visto que com essas informações subsidiam a tomada de decisão e gerenciamento

sobre o manejo do pastejo, cálculo de velocidade de crescimento, capacidade de suporte da

pastagem, entre outros sempre visando a maior eficiência.

Existem várias formas de estimar a massa de forragem das pastagens, desde o corte total

da forragem e pesagem, até estimativa visual. Mas em geral são usados os métodos diretos e

indiretos. Direto ou destrutivo, é o corte e pesagem de amostras dos piquetes, chegando assim na

massa de forragem levando em consideração a massa da forragem, enquanto na indireta, a massa

de forragem é dada por estimativas, sendo ambas dadas em (kg MS/ha) (SALMAN et al., 2006).

Segundo Salman et al. (2006), amostragem direta, também conhecida por “Método do

Quadrado”, pois se utiliza de molduras retangulares, quadradas ou redondas variando de 0,10m² a

2,0m². Esse quadrado de área conhecida será o referencial de amostragem, onde será cortado o

capim, em geral o corte depende da espécie de capim e do hábito de pastejo dos animais, por

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exemplo usa-se de 10 a 20 cm de altura do solo, quando para bovinos, pois eles não pastejam tão

perto do solo, como os caprinos. O número de amostras necessárias para uma estimativa

confiável depende de fatores como: uniformidade da área, mão-de-obra e equipamentos.

Normalmente se amostra pontos escolhidos ao acaso na área estabelecendo intervalos de

amostragem a cada 20m em zigue-zague, por exemplo.

Segundo Salman et al. (2006), amostragem indireta ou não-destrutiva, visa uma avaliação

rápida, menos trabalhosa e com custo reduzido. Em geral são menos precisas que o método

direto, mas com calibração do observador e padrões que só são adquiridos com a prática o

método pode estimativas de disponibilidade de forragem adequadas para o gerenciamento do

manejo da pastagem.

Dentro do método indireto os mais conhecidos são:

Altura do dossel

É a relação direta entre altura do dossel e a produção de forragem, fornecendo estimativas

com exatidão de disponibilidade. Usa-se para medir a altura do capim réguas e com tabelas

equivalentes se determina a hora de retirar ou entrar com animais na área. Para isso deve-se ter

uma uniformidade constante na densidade do dossel durante toda a área, logo como é improvável

isso mesmo nos dosséis mais homogêneos, os dados sempre estarão superestimados, por ser de

uma facilidade e rapidez, vem sendo muito usado por produtores, técnicos e extensionistas para

auxilio no manejo adequado das pastagens (SALMAN et al., 2006).

Estimativa visual

É baseado em um programa computacional que combina um número de procedimentos

usados para calibrar estimativas visuais de produção e composição botânica (SALMAN et al.,

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2006). Quando a ela é associada um elemento da amostragem direta pode ser chamada de dupla

amostragem.

A dupla amostragem começa com a escolha de locais que serão definidos como “padrão”

e representando a pastagem como um todo, sendo dadas a eles notas de 1 a 5 conforme a

produção de forragem, nesses pontos será feita a avaliação pelo método direto, com esses padrões

e com o resultado do método direto extravaga a avaliação para outros 50 pontos onde serão

avaliados visualmente conforme o parâmetro anterior (SALMAN et al., 2006).

Disco medidor

O método utiliza simplesmente uma haste graduada e um disco metálico de massa e área

conhecidas, onde o disco é solto de uma altura pré-determinada até tocar o topo do dossel e essa

altura é anotada, a relação entre a altura do disco e a produção de matéria seca é estabelecida por

uma análise de regressão (SALMAN et al., 2006).

É um método muito simples e objetivo, mas deve ser usado para capins com crescimento

mais denso e uniformes e não indicada para dosséis de porte alto ou acamada, pois em dosséis

com colmos muito grandes e rígidos a leitura pode não levar em consideração a densidade, que é

uma vantagem do método em relação aos demais, e somente a altura, gerando assim correlações

fracas entre altura do prato e massa de forragem (SALMAN et al., 2006).

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3 Materiais e Métodos

O experimento e foi realizado na Fazenda Água Limpa pertencente a Universidade de

Brasília, localizada no Núcleo Rural Vargem Bonita – Distrito Federal. Com 15º56’43’’de

latitude sul e 47º55’44’’de longitude oeste, a altitude de 1010 metros. (Fig.4)

Figura 4 – Vista geral da área experimental.

O período experimental ocorreu entre de janeiro de 2017 e doze de abril de 2017. O

ensaio foi realizado em uma pastagem previamente estabelecida, onde o solo era do tipo

Latossolo Vermelho Escuro. Foi realizado o corte geral de uniformização CGU (Fig.5) do pasto,

seguido de uma adubação em cobertura com o fertilizante 04-30-16 e, após o corte de

uniformização (CU) de cada período de crescimento realizado a adubação de cobertura com

ureia, visando proporcionar 105 kg de P2O5/ha; 56 kg de K2O/ha e 164 kg de N/ha. A área foi

estabelecida com tamani em março de 2015, e antes do início do período experimental sofreu um

pastejo rápido com bovinos.

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Utilizou-se delineamento experimental em blocos ao acaso com parcelas subdivididas

com quatro repetições (Fig.6), sendo os Crescimentos (C1, C2 e C3) alocados nas parcelas e as

idades de cortes (21, 28, 35, 42 e 49 dias) nas sub-parcelas, seguindo procedimentos de Leite et

al., (1996).

Figura 5 - Corte geral de uniformização (CGU).

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Figura 6 - Croqui da área experimental.

Foram avaliados três períodos de crescimento e em todos os períodos de crescimento

coletado dados de número de perfilhos senecentes, taxa de crescimento e produção de forragem

em MS. O experimento iniciou-se no dia 04/01/2017 com o CGU (Corte Geral de

Uniformização), que foi o corte uniforme de todas as sub-parcelas, 21 dias após o CGU houve o

CU (Corte de Uniformização) do crescimento 2 (C2), data que marcou o início do C2, e 42 dias

após o CGU houve o CU do crescimento 3 (C3), data que marcou o início do C3. (Fig.7).

Figura 7 - CGU (Corte Geral de uniformização); CU (Corte de Uniformização); Dias de crescimento: 21,

28, 35, 42, 49.

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Figura 8 - Esquema de divisão das sub-parcelas em campo.

As sub-parcelas possuíam 6 m2, onde com auxílio de um quadrado (0,5 m

2) que possuía

pés que o deixavam a 15 cm de altura. Cortava-se 1,5 m2, com o posicionamento de três

quadrados no centro da sub-parcela, para retirar o efeito da bordadura, cortes que eram feitos em

5 idades (21, 28, 35, 42, 49) em cada período de crescimento. As amostras foram pesadas em

campo, determinando assim o peso total da matéria natural, e retirada sub-amostras armazenadas

e identificadas em sacos de papel (Fig.9). Posteriormente, as sub-amostras foram pesadas e

colocadas em estufa de ventilação forçada à 65ºC por 72 horas para serem pré-secadas. Para

avaliação de perfilhos senecentes, retornava-se cinco dias após o corte das sub-parcelas (Fig. 8)

era colocado o quadrado ao centro da área cortada e contava-se o número de perfilhos totais e dos

perfilhos que rebrotaram.

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Figura 9 - Forma de preparação e identificação de sub-amostras em campo para serem levadas ao

Laboratório de Nutrição Animal (LNA).

Empregou-se análise de variância e teste de Tukey com α = 5% de probabilidade para

avaliar os efeitos de idade de corte sobre produção de matéria seca, taxa de crescimento e número

de perfilhos senescentes. Os dados foram avaliados estatisticamente com uso do Statical Analyses

System - SAS 9.0.

4 Resultados e discussão

O acúmulo anual de forragem semelhante entre os mesmos crescimentos indica que o

Panicum maximum cv. BRS tamani possui potencial produtivo semelhante no período de

avaliação de corte no Cerrado, quando manejados com intensidade e frequência adequada. Isso

ocorreu, pois, apesar da defasagem de corte contrastante, não houve diferenças na taxa de

crescimento (Tab. 2). Contudo, ocorreu maior produção de matéria seca aos 42 e 49 dias em

todos os crescimentos, enquanto que os menores ocorreram aos 21 dias.

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Tabela 1 - Produção (kg MS/ha) do capim Panicum maximum cv. BRS Tamani durante o período

avaliado

Idade

(dias) 21 28 35 42 49 Total

CV

(%)

C1 1465 c 1903

b 2697

b 3084

ab 3454

a 11286 31,55

C2 1823 c 2514

b 2725

b 3027

ab 3738

a 13828 33,61

C3 1265 c 2172

b 2297

b 2785

a 2860

a 11381 23,27

C1 - crescimento 1, C2 - crescimento 2, C3 - crescimento 3. A média seguida pela mesma letra, na linha,

não difere entre si.

Fernandes et al. (2014) avaliaram a produção de forragem e valor nutritivo de genótipos

de Panicum maximum incluindo 14 acessos (PM30 à PM43), quatro híbridos intraespecíficos

(PM44 à PM47) e seis cultivares (Aruana, Massai, Milênio, Mombaça, Tanzânia e Vencedor),

examinando 24 genótipos, em região de cerrado (Brasília - DF). O cultivar Milênio foi o genótipo

com a maior produção de matéria seca no ano 1 e ano 2 (18,4 t ha-1

e 20,9 t ha-1

,

respectivamente).

O capim-tamani (PM 45) produziu 13 t ha-1 e 13,5 t ha-1, enquanto capim-quênia (PM

46) produziu 17,4 t ha-1 e 18 t ha-1, nos anos 1 e 2, respectivamente. Valores semelhantes aos

encontrados no presente estudo. Isto indica o capim-tamani como cultivar promissor de Panicum

maximum para uso como forrageira de potencial para sistemas de produção com base em

pastagem no bioma Cerrado.

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Tabela 2 – Dados de precipitação durante período de avaliação.

Dia Prec. (mm) Dia Prec. (mm) Dia Prec. (mm) Dia Prec. (mm)

1 0,0 1 0,8 1 4,4 1 0,2

2 0,0 2 4,0 2 11,0 2 0,0

3 0,8 3 8,6 3 0,2 3 0,0

4 2,8 4 3,6 4 0,0 4 0,0

5 0,0 5 0,4 5 0,0 5 0,0

6 0,0 6 0,6 6 0,0 6 0,0

7 0,0 7 12,6 7 0,0 7 0,0

8 0,0 8 26,8 8 0,0 8 0,0

9 0,0 9 0,0 9 0,0 9 0,0

10 15,8 10 4,6 10 0,0 10 0,0

11 0,6 11 8,4 11 0,0 11 0,0

12 9,8 12 1,4 12 0,0 12 0,0

13 16,2 13 2,0 13 0,0 13 0,0

14 7,2 14 2,6 14 3,8 14 0,0

15 1,4 15 0,0 15 0,4 15 0,0

16 3,0 16 0,4 16 0,0 16 0,0

17 7,8 17 0,0 17 0,0 17 0,0

18 8,6 18 0,0 18 5,6 18 0,0

19 9,8 19 0,0 19 0,0 19 0,0

20 1,6 20 2,0 20 20,8 20 0,0

21 0,0 21 0,6 21 20,2 21 2,4

22 0,2 22 0,0 22 0,0 22 0,0

23 13,2 23 1,6 23 0,0 23 0,0

24 6,8 24 11,4 24 0,0 24 8,8

25 4,4 25 17,0 25 0,0 25 0,0

26 17,8 26 12,0 26 12,6 26 2,2

27 0,2 27 54,6 27 2,8 27 0,0

28 0,0 28 1,2 28 41,2 28 0,0

29 0,0 29 24,0 29 0,0

30 0,0 30 22,2 30 0,0

31 0,0 31 3,6 31

Total 128,0 Total 177,2 Total 172,8 Total 13,6

Janeiro Fevereiro Março Abril

Precipitação em milímetro (mm), células verdes significam o período de duração do

experimento.

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Figura 10 - Produção (kg MS/ha) do Panicum maximum cv. BRS Tamani.

Observa-se o menor índice pluviométrico no mês de janeiro, que coincide com o início do

período de crescimento 1, isso agravado por dois veranicos, são a razão do C2 ter obtido maior

produção de forragem comparado com o C1.

Não foram verificadas diferenças para taxas de crescimento. As maiores taxas de

crescimento diário (86 e 89 kg de MS/ha/dia) ocorreram aos 21 e 28 dias em C2. Já as menores

taxas ocorreram em todas as idades de cortes de C3, iniciado no final de fevereiro.

Tabela 3 - Taxa de crescimento (kgMS/ha/dia) do Panicum maximum cv. BRS Tamani

Idade

(dias) 21 28 35 42 49 CV (%)

C1 69 67 77 73 70 36,99

C2 86 89 75 72 74 31,97

C3 60 74 65 66 58 23,75

Ctotal 72 72 66 70 62 45,07

C1 - crescimento 1, C2 - crescimento 2, C3 - crescimento 3. A média seguida pela mesma letra, na linha,

não difere entre si.

C1: y = 73,715x - 58,8 R² = 0,9801

C2: y = 62,065x + 593,39 R² = 0,9587

C3: y = 54,343x + 374,2 R² = 0,8854

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

21 28 35 42 49

Kg M

S/h

a

Dias

C1 C2 C3

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Segundo Cavalli, 2016 a intensidade de manejo do pastejo para capim-tamani deve ser

quando a altura do dossel tiver entre 20 e 25 cm de altura, respectivamente. Essa recomendação

garante adequada produção de forragem e possibilita bom valores de fotossíntese de dossel ao

longo do ciclo de rebrotação, assim como, boa persistência dos cultivares sob manejo intensivo.

Essa altura correspondeu exatamente ao período entre 21 e 28 dias justificando as maiores taxas

de crescimento neste período.

O maior número de perfilhos senescentes ocorreu aos 49 dias em todos os crescimentos,

seguido das idades de 21, 28, 35 e 42, respectivamente em C1 e C3, o que corrobora com os

dados de produção de MS (Tab. 1). O menor número de perfilhos senescentes ocorreu aos 28 e

35 dias de C2 e C3.

Tabela 4 - Número de perfilhos senescentes do Panicum maximum cv. BRS Tamani

Idade

(dias) 21 28 35 42 49 CV (%)

C1 409 b 345

b 245

c 299

c 428

a 35,46

C2 236 b 220

b 258

b 214

b 389

a 70,30

C3 297 a 324

a 194

a 394

a 413

a 39,23

C1 - crescimento 1, C2 - crescimento 2, C3 - crescimento 3. A média seguida pela mesma letra, na linha,

não difere entre si.

A maior proporção de material senescente em uma condição de pós-pastejo, ou seja, na

idade de corte, está relacionada com a altura de pastejo, e altura de inserção das folhas, pois

quanto maior o acúmulo de forragem maior será o sombreamento e maior será a competição por

luz, fazendo com que os caules se alonguem ocasionando sombreamento que pode vir a

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prejudicar a rebrota das folhas mais jovens. Assim, apesar do maior acúmulo de forragem com

idades mais avançadas, maior será o número de perfilhos senescentes (Tab. 3). Outro fator é que

sob alta intensidade de pastejo (Altura de corte) remove-se mais extrato vegetal, no entanto, a

planta leva mais tempo para atingir 95% de interceptação luminosa novamente. É possível que

esse tempo tenha sido longo o suficiente para que as folhas mais velhas pudessem senescer sem

serem cortadas.

5 Conclusões

A produção de forragem eleva-se com o aumento da idade das plantas conjuntamente com

a quantidade de material senescente, mostrando que o crescimento três, não é um bom período

para fazer-se a utilização dessa gramínea. Dessa maneira, visando maior intensificação do uso da

forragem, o melhor período de utilização deverá ocorrer entre 21 e 35 dias de idade.

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