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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE LETRAS

DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLÁSSICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA

GRUPO DE ESTUDOS CRÍTICOS E AVANÇADOS EM LÍNGUAGEM (GECAL)

CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO

24 A 27 DE JULHO DE 2018

BRASÍLIA – DF

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COMISSÃO ORGANIZADORA DO CIELIN

COORDENAÇÃO GERAL DO CIELIN

Prof. Dr. Kleber Aparecido da Silva (UnB)

ASSISTENTES DE COORDENAÇÃO

Profa. Dra. Cátia Regina Braga Martins (Universidade de Toronto/Canadá)

Profa. Dra. Cleide Lemes da Silva Cruz (IFB)

Prof. Me. Júnio César Batista de Sousa (IFB)

Prof. Me. Juscelino Francisco do Nascimento (UFPI/UnB)

Comissão Científica

Profa. Dra. Ana Paula Martinez Duboc

Profa. Dra. Beatriz Gama Rodrigues

Profa. Dra. Catia Regina Braga Martins

Profa. Dra. Clarissa Menezes Jordão

Prof. Dr. Daniel Silva

Profa. Dra. Darcília Simões

Profa. Dra. Elaine Mateus

Profa. Dra. Fabíola Sartin

Profa. Dra. Fernanda Liberali

Prof. Dr. Hélvio Frank

Profa. Dra. Ismara Eliane Vida de Souza Tasso

Profa. Dra. Kyria Rebeca Finardi

Prof. Dr. Lynn Mário Menezes de Souza

Profa. Dra. Maria del Carmen Aranda

Profa. Dra. Mariana Mastrella-de-Andrade

Profa. Dra. Paula Maria Cobucci Ribeiro Dias

Prof. Dr. Renato Cabral Rezende

Profa. Dra. Vânia Cristina Casseb-Galvão

Prof. Dr. Vilson Leffa

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TRABALHOS CIELIN/2018

1

Linha Temática - Educação Docente

Nº. Data Horário Sala Título

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

1 24/07

Tarde FE5-

Sala 6

Letramento Acadêmico: práticas docentes na universidade

Natália Luiza da Silva

2 24/07

Tarde FE5-

Sala 6

Ensino-Aprendizagem de Língua Espanhola por meio da retextualização como processo de tradução: reflexões teóricas e

práticas

Camila Teixeira Saldanha

3 24/07 Tarde FE5-

Sala 6

Formação docente e oralidade: o desenvolvimento de capacidades docentes durante o estágio supervisionado

Pilar Mattos

4 24/07 Tarde FE5-

Sala 6

O aluno de Língua Portuguesa – tecendo sua autoimagem em relatos autoavaliativos

Luciene Fernandes Loures

5 24/07 Tarde FE5-

Sala 6

Reflexão sobre a construção de sequências didáticas para a formação de professores de espanhol

Nivia Aniele Oliveira

6 24/07 Tarde FE5-

Sala 6

Leitura no Ensino funcamental: “diário de leituras, leituras diárias”

Mariana Batista do Nascimento Silva

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TRABALHOS CIELIN/2018

2

Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

7 24/07 Tarde FE1-Sala

4

Entendendo o ensino de inglês para crianças: uma aproximação por meio da análise de necessidades

Thais Blasio Martins

8 24/07

Tarde FE1-Sala

4

A aplicabilidade das máximas conversacionais em prova oral de inglês

Célia Araújo Neta

Thalita Arré

9

24/07 Tarde FE1-Sala

4

Formação e docência de professores de Libras: discussões e reflexões atuais

Andréa Guimarães de Carvalho

10

24/07 Tarde FE1-Sala

4

Formação e docência de professores de libras: discussões e reflexões atuais.

Renata Rodrigues de Oliveira Garcia

Gilmar Garcia Marcelino

(Com INTÈRPRETE DE LIBRAS)

11

24/07 Tarde FE1-Sala

4

Atividades didáticas baseadas em corpora para o desenvolvimento da competência colocacional no Ensino

Fundamental

Elaine Cristina Ferreira De Oliveira

12 24/07 Tarde FE1

Sala 4

O fascínio em aprender uma segunda língua

Adriana Aparecida Carvalho Pereira

Rosangela Lazaretti

13 24/07 Tarde FE1

Sala 4

A escrita em espiral no Ensino Médio

Lívia Letícia Zanier Gomes

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TRABALHOS CIELIN/2018

3

Linha Temática - Estudos dos Gêneros

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

14 24/07 Tarde FE 1

Sala 3

Pesquisa em ensino de texto na escola: o relato pessoal a serviço do escrever sobre o que está perto

Daniela Favero Netto

Adauto Locatelli Taufer

15 24/07 Tarde FE 1

Sala 3

Histórias em quadrinhos e formação de leitores críticos e criativos no ensino fundamental

Zukleia Pereira Cabral Cipriano

16 24/07 Tarde FE 1

Sala 3

A tradução pedagógica por meio de uma proposta de sequência didática: o gênero publicidade em cena

Maria José Laiño

17 24/07 Tarde FE 1

Sala 3

A ampliação do projeto mulheres inspiradoras como ação coletiva de resistência: uma análise discursiva crítica do

gênero exposição oral

Valéria Gomes Borges Vieira

18 24/07 Tarde FE 1

Sala 3

Gêneros orais e protagonismo discente na Educação de Jovens e Adultos

Jairo Moratório do Carmo

19 24/07 Tarde FE 1

Sala 3

O gênero histórias em quadrinhos impressas e digitais: uma proposta didática pautada na gramática do design visual

Conceição Maria Alves De Araújo Guisardi

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TRABALHOS CIELIN/2018

4

Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

20 24/07

Tarde FE5

Sala 7

Práticas de leitura e escrita em perspectiva crítica: o que dizem os/as estudantes sobre o projeto mulheres inspiradoras?

Atauan Soares de Queiroz

21 24/07

Tarde FE5

Sala 7

As marcas da resistência presentes nos muros da universidade: pichações e seus efeitos

Érica Daniela de Araújo

22 24/07 Tarde FE5

Sala 7

A representação identitária do negro em capas das revistas Veja e Raça Brasil

Daniel Fernandes Costa

Arlete Ribeiro Nepomuceno

23 24/07 Tarde FE5

Sala 7

A linguagem humanista como fator de construção de identidade na peça shakespeariana Macbeth

Cinthya Luciano Loureiro

24 24/07 Tarde FE5

Sala 7

Narrativas de ocupação: identidade, gênero e horizontalidade

Débora Muramoto

25 24/07 Tarde FE5

Sala 7

Identidade indígena e resistência: os mekragnotire, panará e os desafios da pós-modernidade

Ilaine Ines Dona

26 24/07 Tarde FE5

Sala 7

Narrativas de alunos surdos e intérpretes de libras com situações de conflito na sala de aula

Glauber de Souza Lemos

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TRABALHOS CIELIN/2018

5

Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

27 24/07 Tarde FE5

Sala 8

A Linguística Aplicada na contemporaneidade e suas contribuições para os estudos da linguagem

Romeu Donatti

Sara Cristina Gomes Pereira

28 24/07 Tarde FE5

Sala 8

Leitores e Literatura

Juliana Alves Menezes

29 24/07 Tarde FE5

Sala 8

O ensino de Literatura e História na educação básica a partir de uma concepção de língua como transgressão:

escrevivências nas obras de Eliane Potiguara e Scholastique Mukasonga

Bruna Paiva de Lucena

Cristiane de Assis Portela

30 24/07 Tarde FE5

Sala 8

Identidade, alteridade e interculturalidade na cultura amazônica.

Ana Cláudia Dias Ribeiro

31 24/07 Tarde FE5

Sala 8

Discurso e Identidade: a construção das identidades por meio do espaço em interações com “menores infratores”.

Denilson de Souza Silva

32 24/07 Tarde FE5

Sala 8

Por um ensino de literatura transgressivo e indisciplina

Thyago Madeira França

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TRABALHOS CIELIN/2018

6

Linha Temática - Materiais Didáticos

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

33 24/07

Tarde FE1

Sala 2

Leitura e léxico: análise de atividades de vocabulário em livros-didáticos de inglês como língua estrangeira

Bruno de Azevedo

Leda Maria Braga Tomitch

34 24/07 Tarde FE1

Sala 2

Jardim Sensorial: um novo sentido de interpretação

Boninne Monalliza Brun Moraes

Jackeline Cabral Loureiro de Almeida

35 24/07 Tarde FE1

Sala 2

Os enunciados verbo-visuais no livro didático: analisando atividades de leitura e seus norteamentos teórico-

metodológicos

Julianny de Lima Dantas Simião

Linha Temática - Multimodalidade

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

36 24/07

Tarde FE5

Sala 5

O uso de textos multimodais da internet para o ensino de fonologia: um relato de experiência

Gislene Silva

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TRABALHOS CIELIN/2018

7

37 24/07 Tarde FE5

Sala 5

A referenciação em textos multimodais: uma análise a partir da leitura de charges

Lidiane Camargos

38 24/07 Tarde FE5

Sala 5

A compreensão leitora na perspectiva multimodal: um aplicativo de ensino de Português para médicos cubanos residentes

no Brasil pelo Programa Mais Médicos

Suiane Bezerra da Silva

39 24/07 Tarde FE5

Sala 5

O processo de construção de significado de alunos com deficiência visual a partir da leitura de textos multimodais

Paolla Cabral Silva Brasil

40 24/07 Tarde FE5

Sala 5

A escrita em espiral no Ensino Médio

Lívia Letícia Zanier Gomes

41 24/07 Tarde FE5

Sala 5

O papel do jogo pedagógico na aprendizagem da língua inglesa no Ensino Fundamental em perspectiva Comunicativa

Claudecy Campos Nunes

(Multi)Letramento

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

42 24/07 Tarde FE5

Sala 9

Leitura, multiletramentos e ensino: um relato sobre a gincana literária como evento dialógico na prática leitora de

estudantes do 3º ano do Ensino Médio.

Keyla Alves Pimentel da Silva

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TRABALHOS CIELIN/2018

8

43 24/07 Tarde FE5

Sala 9

Letramento digital: teoria e prática

Bárbara Amaral

44 24/07 Tarde FE5

Sala 9

Pronomes indefinidos: uma proposta de ensino

Joana Costa

45 24/07 Tarde FE5

Sala 9

Reflexões sobre o ensino de língua inglesa na EJA: uma proposta de letramento crítico

Mariana Ruiz Nascimento

Walkiria Felix Dias

46 24/07 Tarde FE5

Sala 9

Utilização de textos antigos em contexto moderno no ensino de nomes de povos e países em Esperanto

Luiz Claudio Oliveira

47 24/07 Tarde FE5

Sala 9

Multiletramentos: novas possibilidades socioculturais e pedagógicas na formação inicial de professores

Micaela Echenique

Coautoria com Veruska Ribeiro Machado

Linha Temática - Plurilinguismo

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

48 24/07

Tarde FE5

Sala10

Consequências do contato linguístico no Espírito Santo: o léxico de bilíngues em Vêneto e Português

Edenize Peres

49 24/07 Tarde FE5

Sala10

Escola bilíngue: que lugar é esse? Narrativas sobre culturas, interculturalidade e fronteiras

Antonieta Megale

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TRABALHOS CIELIN/2018

9

50 24/07 Tarde FE5

Sala10

Discurso monolíngue e práticas de translinguismo: um estudo sobre os enunciados dos alunos do ensino médio

Noemia Souza

51 24/07 Tarde FE5

Sala10

Abordagem de intercompreensão: possibilidades e limitações para uma educação brasileira multilíngue

Nathielli de Souza Moreira

52 24/07 Tarde FE5

Sala10

Validação interlocutória e adaptação discursiva de uma criança bilíngue

Júlia Iaione Roque

Políticas Linguísticas

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

53

24/07 Tarde FE1

Sala 6

A inserção das práticas sociais de uso da língua em documentos curriculares nacionais no Brasil: dos PCN à BNCC

Luiz Eduardo Batista

54

24/07 Tarde FE1

Sala 6

Um olhar sobre a concepção de língua(gem) nos documentos de ensino de língua portuguesa no Brasil

Sueder Santos de Souza

55 24/07 Tarde FE1

Sala 6

Concepções e propostas para a oralidade na BNCC: uma investigação

Gisele de Oliveira

56 24/07 Tarde FE1

Sala 6

Abordagem de ensino por meio de estratégias: um olhar sobre as orientações oficiais

Nilze Maria Malaguti

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TRABALHOS CIELIN/2018

10

57 24/07 Tarde FE1

Sala 6

Políticas de ensino de línguas para crianças

Em tempos de globalização no cenário europeu

Carine Guedes

Linha Temática - Sociolinguística

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

58 24/07 Tarde FE1-

Sala 1

Uma análise discursiva das relações imaginárias dos catadores de materiais recicláveis e dos coletores de resíduos sólidos

em Colíder – Mato Grosso

Cristinne Leus Tomé

Regina Uemoto Maciel Martins

59 24/07 Tarde FE1-

Sala 1

A supressão do [r] em final de vocábulo na escrita de discentes do Ensino Médio

Maria Perpétuo Socorro Conceição da Silva

60 24/07 Tarde FE1-

Sala 1

Presença/ausência do artigo definido diante de antropônimos na fala de Dianópolis – TO

Grasiele Silva Amorim

61 24/07 Tarde FE1-

Sala 1

Atos de fala (in)diretos como estratégias de (im)polidez

Bernd Renner

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TRABALHOS CIELIN/2018

11

Linha Temática - Tecnologia e Linguagem

1º dia - 24/07/2018 – Tarde

62 24/07 Tarde FE5

Sala 11

Ciberdidática para o letramento literário: um processo que conduz à alteridade

Jadlla Cruz do Amparo

63 24/07 Tarde FE5

Sala 11

Tecnologia educacional acentuação financeira

Patrick Marques

64 24/07 Tarde FE5

Sala 11

Conexões híbridas: compartilhando códigos, linguagens e suas tecnologias

Mariana da Silva Neta

65 24/07 Tarde FE5

Sala 11

Plataformas digitais e a formação do professor de língua inglesa

Dayana Teles de Barcelos

Carla Conti Freitas

66 24/07 Tarde FE5

Sala 11 Entre os nossos desejos e sua concretização, entre os nossos sonhos e realizações: a apropriação das tecnologias no ensino de

língua inglesa

Ariane Peixoto Mendonça

67 24/07 Tarde FE5

Sala 11

Mobile learning e aprendizagem colaborativa pelo Twitter: escrita em inglês no contexto de cursos livres

Vânia Carvalho De Castro

Reinildes Dias

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TRABALHOS CIELIN/2018

12

Linha Temática - Educação Docente

Nº. Data Horário Sala Título

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

68 25/07 Manhã FE5

Sala 11

As representações sobre avaliação da aprendizagem no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

Cassia Aparecida da Silva

69 25/07 Manhã FE5

Sala 11

Saberes e práticas docentes inerentes ao projeto “espanhol para curso técnico em eventos” do Instituto Federal de

Brasília – Campus Ceilândia

Micheli Suellen Neves Gonçalves

70 25/07 Manhã FE5

Sala 11

Professoras iniciantes e as vivências com a língua inglesa enquanto discentes na educação básica: influências na

prática docente

Fernanda Cardoso

71 25/07 Manhã FE5

Sala 11

Das escolhas que fazemos: perspectivas críticas de formação docente e educação linguística traduzidas na práxis do

estágio de língua inglesa

Valéria Rosa da Silva

72 25/07 Manhã FE5

Sala 11

Formação de professores de línguas e a avaliação da aprendizagem

Maria Inês Vasconcelos Felice

73 25/07 Manhã FE5

Sala 11

Pesquisas sobre letramento literário e seus impactos na formação de professores

Rosemar Eurico Coenga

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TRABALHOS CIELIN/2018

13

Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

74 25/07 Manhã FE5

Sala 4

O ensino da língua materna e a heterogeneidade da língua no contexto escolar

Elizandra Hoffmann

75 25/07 Manhã FE5

Sala 4

A escolarização do português como língua estrangeira no Chile

Yeris Gerardo Láscar Alarcón

76 25/07 Manhã FE5

Sala 4

Diversificadas como estratégia motivacional para aprender inglês no Ensino Médio

Camila Miranda Baia

77 25/07 Manhã FE5

Sala 4

O ensino médio em foco: a língua inglesa no estado de Tocantins

Ana Cristina Messias Rodrigues

78 25/07 Manhã FE5

Sala 4

A argumentação e a análise linguística nas aulas de inglês como língua estrangeira: um estudo de caso de uma

atividade para aprendizes iniciantes de inglês

Thiago Magno de Carvalho Costa

79 25/07 Manhã FE5

Sala 4

A competência leitora em espanhol como língua Estrangeira pelas lentes da complexidade

Rosyanne Lourenço

80 25/07 Manhã FE5

Sala 4

A agência do professor e o ensino e aprendizagem de LI no contexto do novo currículo de referência da rede estadual

de Educação de Goiás

Carla Pereira de Oliveira

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TRABALHOS CIELIN/2018

14

Linha Temática - Estudos dos Gêneros

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

81 25/07 Manhã FE5

Sala 5

Os gêneros no ENEM de língua inglesa

Amanda Petry Radünz

82 25/07 Manhã FE5

Sala 5

Uma proposta funcionalista para o ensino das proposições relacionais no gênero tirinha

Luciano Araújo Cavalcante Filho

83 25/07 Manhã FE5

Sala 5

Um estudo sobre o gênero anotação e seus reflexos na aprendizagem discente

Ana Paula da Silva

84 25/07 Manhã FE5

Sala 5

Perspectivas de ensino de gêneros orais no livro didático de língua portuguesa

Raquel de Carvalho Souza Costa

85 25/07 Manhã FE5

Sala 5

A Ironia nas Tirinhas da Mafalda: uma proposta de intervenção sob uma perspectiva multissemiótica

Camila Polyane Souza Felício

Arlete Ribeiro Nepomuceno

Daniele Maciel Lopes

86 25/07 Manhã FE5

Sala 5

Um recorte sobre o foco leitura sobre os gêneros textuais em avaliações externas de língua portuguesa

Marcele Lopes

87 25/07 Manhã FE5

Sala 5

A correção em função da reescrita de textos no espaço escolar

Heloize Moura

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TRABALHOS CIELIN/2018

15

Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

88 25/07 Manhã FE5

Sala 10

Rastros femininos na tessitura narrativa de Ágras Emendadas

Maria Flávia Pereira Barbosa

89 25/07 Manhã FE5

Sala 10

O papel das emoções na prática de uma professora de inglês em formação inicial

Alyne Raíssa Gomes

90 25/07 Manhã FE5

Sala 10

Crenças e ideologias na construção de identidades de professores e crianças por meio do ensino de LE

Camila Mara Andrade Silva

91 25/07 Manhã FE5

Sala 10

Identidade, metáfora e as iniciativas em polh - português como língua de herança

Mônica Carneiro

92 25/07 Manhã FE5

Sala 10

Portas abertas: gradativa evasão de um projeto escolar de reconhecimento identitário, empoderamento e

representatividade LGBTT Leonardo da Cunha Mesquita Café

93 25/07 Manhã FE5

Sala 10

Comparação dos movimentos oculares de duas crianças durante a leitura de problemas matemáticos:

um estudo de caso

Sanny Duarte

Angela Maria Santana (mesmo trabalho 2280)

Angela Ines Klein (mesmo trabalho 2084)

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TRABALHOS CIELIN/2018

16

Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

94 25/07 Manhã FE5

Sala 6

A(s) crise(s) no ensino de leitura e escrita à luz da Neurolinguística Discursiva: processos históricos e sociais na

formação docente que culminaram na patologização da educação

Isabella de Cássia Netto Moutinho

95 25/07 Manhã FE5

Sala 6

A representação de cultura nos gêneros do programa Inglês sem Fronteiras

Talita Valcanover Duarte

Amanda de Mendonça Pretto

96 25/07 Manhã FE5

Sala 6

Dialogismo e a pesquisa em educação

Paula Crepaldi Campião

Gabriela Barbosa Souza

97 25/07 Manhã FE5

Sala 6

O emprego de itens lexicais em textos de linguagem jurídica: palavras e expressões não dicionarizadas

Ketlen Neves e Silva Rodrigues

Giselle Salgado Ferreira Fatureto

98 25/07 Manhã FE5

Sala 6

(Des)caminhos dos sentidos do público e privado no discurso da Lei das parcerias público-privadas

Antônio Castro do Amaral

99 25/07 Manhã FE5

Sala 6

Discursos Parlamentares Extremistas e Crise no Brasil: análise discursiva crítica e multimodal

Rosane Queiroz Galvão

100 25/07 Manhã FE5

Sala 6

A criatividade na escrita institucionalizada: (im)possibilidades

Priscilla Felipe Borges de Freitas

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TRABALHOS CIELIN/2018

17

Linha Temática - Materiais Didáticos

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

101 25/07 Manhã FE5

Sala 7

Os impactos da elaboração de material didático no processo formativo do professor na educação básica

Caroline Souza Ferreira

102 25/07 Manhã FE5

Sala 7

A coleção didática linguagens em conexão e seus objetos educacionais digitais

Eliana Merlin Deganutti de Barros

103 25/07 Manhã FE5

Sala 7

O ensino de Língua Portuguesa e as contribuições do livro didático

Lília Brito da Silva

104 25/07 Manhã FE5

Sala 7

Aquisição de segunda língua: análise fundamentada na obra de Vera Lúcia Menezes e Paiva

Alessandra Correa da Silva Ferreira

Suzana Fabrim

105 25/07 Manhã FE5

Sala 7

Metodologias de ensino de língua portuguesa para professores indígenas yanomamis, da terra indígena Yamomami, em

Boa Vista - Roraima

José Ângelo Almeida

Francisca Ângela de Oliveira Sousa

106 25/07 Manhã FE5

Sala 7

A polifonia de locutores na redação do ENEM: um caminho para o ensino de línguas Mônica Ferraz

Ana Cecylia de Assis e Sá

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TRABALHOS CIELIN/2018

18

(Multi)Letramento

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

107 25/07 Manhã FE5

Sala 8

Multiletramentos e Letramento Crítico em produção colaborativa entre Professores de Língua Inglesa em Formação

Adriana Carvalho Capuchinho

108 25/07 Manhã FE5

Sala 8

Redesenho da sequência didática por meio dos multiletramentos – uma proposta para formadores

Grassinete de Albuquerque Oliveira

109 25/07 Manhã FE5

Sala 8

Uma análise dos resultados do protocolo Mais PAIC em leitura no 2ª ano do Ensino Fundamental I no Ceará

Sammya Santos Araújo

110 25/07 Manhã FE5

Sala 8

PLICKERS: multiletramentos na formação de professores de línguas

Cristiane Ribeiro Magalhães

111 25/07 Manhã FE5

Sala 8

Estratégias Metacognitivas e Sociocognitivas no Processo de Ensino-Aprendizagem da Leitura intertextual

Marilene de Souza Araújo Leite

112 25/07 Manhã FE5

Sala 8

Representação do Amor em cartas de aconselhamento: uma análise de Avaliatividade

Graziela Fachim

113 25/07 Manhã FE5

Sala 8

Letramento: modelo ideológico ou política de escolarização e pedagogização

Fabiene de Oliveira Santos

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TRABALHOS CIELIN/2018

19

Linha Temática - Sociolinguística

2º dia - 25/07/2018 – Manhã

114 25/07 Manhã FE5

Sala 9

Concepções e princípios do Ensino Médio Integrado: a dimensão cultural e a disciplina de Língua Inglesa

Maria Glalcy Fequetia Dalcim

115 25/07 Manhã FE5

Sala 9

Variação diacrônica do grau de transparência linguística do português brasileiro

Alessandra Regina Guerra

116 25/07 Manhã FE5

Sala 9

Diálogos entre História e Literatura: temporalidade, distopia e nação na pós-modernidade

Aline Lima Pereira

117 25/07 Manhã FE5

Sala 9

Objeto direto anafórico na fala Tefeense

Alessandra de Souza Vasconcelos

Ana de Nazaré Egas Praia

118 25/07 Manhã FE5

Sala 9

As contribuições da teoria dos exemplares na Variante do R no falar portuense

Auricélia Alencar da Silva Fernandes

119 25/07 Manhã FE5

Sala 9

A variação linguística de concordância verbal e a relação com o letramento

Jaciara Carvalho Costa

Mônica Fontenelle Carneiro

120 25/07 Manhã FE5

Sala 9

Um estudo etimológico da microconstrução quando é fé

Evandro Gonçalves

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TRABALHOS CIELIN/2018

20

Linha Temática - Tecnologia e Linguagem

2º dia - 25/07/2018 –Manhã

121 25/07 Manhã FE1

Sala 4

Tecnologias assistivas: um novo paradigma de mudança na efetivação de multiletramento de estudantes Deficientes

Visuais (DV)

Jandira Azevedo da Silva

122 25/07 Manhã FE1

Sala 4

Whatsapp: conscientização política pelo viés dos multiletramentos para a LI

Mírian Nichida

123 25/07 Manhã FE1

Sala 4

O uso de tecnologia por alunos do ensino fundamental: um estudo de caso

Marcia Moura Onofre de Morais

124 25/07 Manhã FE1

Sala 4

Letramento digital e leitura crítica de notícias falsas

Janine Ferreira Pinto Milo

Linha Temática - Educação Docente

Nº. Data Horário Sala Título

3º dia - 26/07/2018 – Manhã

125 26/07 Manhã FE5

Sala 4

PIBID letras-inglês: representações de professores em formação inicial acerca do trabalho docente

Janine dos Santos Rolim

Angélica de Melo Maia

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TRABALHOS CIELIN/2018

21

126 26/07 Manhã FE5

Sala 4

Com a palavra, os futuros professores! Narrativas que revelam as experiências

e as identidades dos formandos de Letras Denize Dinamarque da Silva

127 26/07 Manhã FE5

Sala 4

Estudos de letramento e transdisciplinaridade: relações dialógicas para a fundamentação de uma práxis docente Ludmila Nogueira de Almeida

128 26/07 Manhã FE5

Sala 4

Concepções acerca da teoria e prática na formação de professores de língua inglesa em

uma escola de Porto Nacional-TO

Evilmara Resende Casimiro

129 26/07 Manhã FE5

Sala 4

Letramentos do professor de inglês: compreendendo a construção da identidade profissional a partir dos processos de

ensinar e aprender

Caique Fernando da Silva Fistarol

130 26/07 Manhã FE5

Sala 4

Metáforas e a construção de sentido na deficiência visual

Girlane Maria Ferreira Florindo

Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)

3º dia - 26/07/2018 – Manhã

131 26/07 Manhã FE5

Sala 5

Diálogos do ensino de língua portuguesa com as diretrizes oficiais: o conceito de competência na Base Nacional

Curricular Comum (BNCC)

Paula Cobucci

132 26/07 Manhã FE5

Sala 5

O ensino sistemático e reflexivo da ortografia: regularidades morfossintáticas

Cláudia Gonçalves Magalhães

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TRABALHOS CIELIN/2018

22

133

26/07 Manhã FE5

Sala 5

Dizeres de alunos surdos sobre as práticas de Leitura e de Escrita na educação inclusiva: da relação do sujeito entre

línguas com o saber

Onilda Aparecida Gondim

134 26/07 Manhã FE5

Sala 5

O cenário do ensino e aprendizagem de língua inglesa na perspectiva da aprendizagem ubíqua

Vivianny Ferreira

135 26/07 Manhã FE5

Sala 4

Dificuldades na aquisição da escrita: desafios para além da alfabetização

Daniela Mara Lima Oliveira Guimarães

136 26/07 Manhã FE5

Sala 4

O tratamento da homonímia no Campo Lexical Vestuário do “Dicionário Analógico de Aprendizagem do Português

do Brasil”

Danielle de Oliveira

Linha Temática - Estudos dos Gêneros

3º dia - 26/07/2018 – Manhã

137 26/07 Manhã FE5

Sala 6

Análise de notícias jornalísticas que versaram sobre a questão racial

na obra Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato

Patrícia Ricardo Andrade

138 26/07 Manhã FE5

Sala 6

A retextualização de gêneros textuais: uma prática de letramento crítico

Luciana da Silva Barbosa

139 26/07 Manhã FE5

Sala 6

A leitura e a escrita em sala de aula: fatores de aprendizado para a produção textual

Graci Leite Moraes da Luz

140 26/07 Manhã FE5

Sala 6

Leitura crítica a partir do estudo dos gêneros textuais anúncio publicitário e tirinha jornalística

Telma Eliane Medeiros de Souza

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TRABALHOS CIELIN/2018

23

141 26/07 Manhã FE5

Sala 6

As divergências, fugas e desvios em resenhas acadêmicas: um estudo retórico e léxico-gramatical

Aline Moreira da Fonseca Nascimento

142 26/07 Manhã FE5

Sala 6

Caracterização de relatos reflexivos a partir do reconhecimento de suas partes constituintes

Miliane Vieira 143 26/07 Manhã FE5

Sala 6

A constituição do sujeito e a literatura: autor e leitor em interlocução

Betina Rezze Barthelson

Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades

3º dia - 26/07/2018 – Manhã

144 26/07 Manhã FE5

Sala 7

Ensino de inglês e afetividade: workshop sobre línguas indígenas e seus impactos afetivos

Isabela Ramalho Orlando

145 26/07 Manhã FE5

Sala 7

Letramentos no cárcere: a escrita do afeto e da sororidade

Maria Aparecida de Sousa

146 26/07 Manhã FE5

Sala 7

Mil rosas roubadas: uma narrativa da exterioridade

Pedro Medeiros

147 26/07 Manhã FE5

Sala 7

Imagens, mitemas e mitos em “A princesa e a costureira” e “Joana princesa”: algumas construções discursivas sobre as

dissidências sexuais

Clodoaldo Ferreira Fernandes da Silva

148 26/07 Manhã FE5

Sala 7

A noção de trabalho na constituição do sujeito dependente químico

Aline Rodrigues da Silva

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TRABALHOS CIELIN/2018

24

149 26/07 Manhã FE5

Sala 7

O efeito Madonna: performances, ritmo frenético, ruptura e sedução artística

Izabella Lorenzoni Nascimento

150 26/07 Manhã FE5

Sala 7

Representações discursivas de profissionais de saúde e pacientes na estratégia de saúde da família em Sobral-CE: uma

reflexão sobre a consolidação do vínculo terapêutico

Julia Salvador Argenta

Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade

3º dia - 26/07/2018 – Manhã

151 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Discurso e trabalhismo na atualidade brasileira

Sara Colares

152 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Práticas sociais ideológicas e contextos em metáforas utilizadas por alunos do

Ensino Médio nas narrativas escolares

Maria José Cavalcanti de Andrade

153 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Da morte à vida do salvador da pátria. A atuação do discurso presidencial brasileiro para seduzir, convencer e triunfar em

tempos de calamidades sociais.

Rodrigo dos Santos Camilo

154 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Interação, ludicidade e brinquedo diálogos com a formação inicial e língua inglesa para crianças

Autoria: Olandina Della Justina

Coautoria: João Batista Lopes da Silva

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TRABALHOS CIELIN/2018

25

155 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Ecos e ressonâncias do “dizer” médico replicado no discurso do paciente: uma análise de aspectos textuais-discursivos

Francisco Renato Lima

156 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Glossário terminológico da agropecuária: entre o léxico comum e o léxico especializado

Maria Betânia Rodrigues de Menezes

157 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Um shtetl ou a vida na colônia: Verossimilhanças em “o centauro no jardim”, de Moacyr Scliar

Thaís Rios de Aguiar

Linha Temática - Materiais Didáticos

3º dia - 26/07/2018 – Manhã

158 26/07 Manhã FE1

Sala 4

Materiais didáticos de espanhol para fins específicos: reflexões sobre seleção, elaboração e usos

Bianca Agarie

159 26/07 Manhã FE1

Sala 4

Livros didáticos de língua inglesa: instrumentos de luta contra desigualdades sociais?

Cristiane Lopes

160 26/07 Manhã FE1

Sala 4

Produção de curtas-metragens nas aulas de literatura: Uma estratégia para o estímulo à leitura

Adauto Taufer

161 26/07 Manhã FE1

Sala 4

Uma sequência didática para o ensino de produção textual no Ensino Médio Renata Herwig de Moraes Souza

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TRABALHOS CIELIN/2018

26

162 26/07 Manhã FE1

Sala 4

Proposta de atividade didática para ensino Português como l2 Iorrane Meneses Linhares

163 26/07 Manhã FE1

Sala 4

Provas de inglês do PAS UnB: perspectiva discente

Vanessa de Assis Araújo

(Multi)Letramento

3º dia - 26/07/2018 – Manhã

164 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Girls’ feelings: multiletramentos no ensino de inglês

Marise Pires da Silva

165 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Multiletramentos na escola: Possibilidades e desafios em aulas de Língua Portuguesa

Marcelo de Castro

166 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Letramentos na educação hospitalar

Itamara Peters

167 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Português no Ensino Médio: Tensões, finalidades e identidades constitutivas do trabalho docente

Débora Ferreira

168 26/07 Manhã FE5

Sala 8

Correção do erro oral em aulas de língua estrangeira: representações sociais compartilhadas por professores pré-serviço

de espanhol e inglês

Aline Pessôa

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TRABALHOS CIELIN/2018

27

Linha Temática - Tecnologia e Linguagem

3º dia - 26/07/2018 –Manhã

169 26/07 Manhã FE1

Sala 1

Português Língua de Acolhimento por meio do whatsapp

Eliana Barbosa dos Santos

170 26/07 Manhã FE1

Sala 1

E-learning ecology e as possibilidades no Reddit e no Google Classroom

Gabriel Lúcius dos Santos

171 26/07 Manhã FE1

Sala 1

Linguagem escrita mediada pelo uso das tecnologias digitais na produção de roteiro de documentário – uma experiência

de letramento digital

Márcia Vacario

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TRABALHOS CIELIN/2018

28

Linha Temática - Educação Docente

Nº. Data Horário Sala Título

4º dia - 27/07/2018 – Manhã

172 27/07

Manhã FE5

Sala 5

Reflexões de professores de Língua Inglesa em (trans)formação

Bruna Quartarolo Vargas

173 27/07

Manhã FE5

Sala 5

Contribuições da tertúlia literária dialógica na formação de professores de línguas estrangeiras

Juliana Harumi Chinatti Yamanaka

174 27/07 Manhã FE5

Sala 5

Gêneros textuais, interações e práticas letradas em sala de aula: ações pedagógicas em contexto minoritário

Edinei Carvalho dos Santos

175 27/07 Manhã FE5

Sala 5

A leitura do gênero notícia no facebook: uma proposta de intervenção

Daniele Maciel Lopes

Arlete Ribeiro Nepomuceno

Camila Polyane Souza Felício

176 27/07 Manhã FE5

Sala 5

Português no Ensino Médio: Tensões, finalidades e identidades constitutivas do trabalho docente

Débora Ferreira

177 27/07 Manhã FE5

Sala 5

Uma experiência de formação docente e suas implicações: (re)pensando práticas globais de ensino de língua inglesa

em um contexto local

Marcelo Maciel Ribeiro Filho

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TRABALHOS CIELIN/2018

29

Linha Temática - Ensino-aprendizagem de Língua(s)

4º dia - 27/07/2018 – Manhã

178 27/07

Manhã FE5

Sala 4

Efeitos do entrecruzamento de eixos de opressão nas experiências de

uma estudante de português como segunda língua Juliana Harumi Chinatti Yamanaka

179 27/07 Manhã FE5

Sala 4

O estudo das competências em língua estrangeira dos 13 eixos tecnológicas da Educação Profissional

Vanessa Cristina Silva

Renata Mourão Guimarães

181 27/07 Manhã FE5

Sala 4

Estilos de Fala Materno: Um estudo de caso de duas díades mãe-criança com desenvolvimento atípico da linguagem Andreza Polia

182 27/07 Manhã FE5

Sala 4

A reflexão crítica no processo de ensino-avaliação-aprendizagem nas aulas de língua espanhola no Ensino Médio

Liana Castro Mendes

183 27/07

Manhã FE5

Sala 4

A avaliação em um curso de línguas estrangeiras para crianças: os pais em foco Jordanah Schroder

184 27/07

Manhã FE5

Sala 4

Experiências de alunos de estágio supervisionado de um curso de letras/inglês sobre a avaliação da aprendizagem: foco na

elaboração de testes escrito

Cristina Vasconcelos Porto

Manhã

Linha Temática - Estudos dos Gêneros

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TRABALHOS CIELIN/2018

30

4º dia - 27/07/2018 – Manhã

185 27/07

Manhã FE5

Sala 6

Práticas de leitura e análise linguística com memes em um nono ano: reflexões sobre uma elaboração didática

Lilian Cristina Buzato Ritter

186 27/07 Manhã FE5

Sala 6

Uma leitura crítico-biográfica fronteiriça do Mistério do coelho pensante de Clarice Lispector

Marina Luz

187 27/07 Manhã FE5

Sala 6

O gesto de implementação de dispositivos didáticos em aulas do gênero carta aberta

Márcia Andréa Almeida de Oliveira

188 27/07 Manhã FE5

Sala 6

Organização intratópica e gêneros textuais

Eduardo Penhavel

189 27/07 Manhã FE5

Sala 6

Análise crítica multimodal do gênero capas de revista

Joana Patrícia

Lilia Barbosa

Anna Beatriz

Linha Temática - Identidade(s) e Subjetividades

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TRABALHOS CIELIN/2018

31

4º dia - 27/07/2018 – Manhã

190 27/07

Manhã FE5

Sala 8

Representação de atores sociais negros na capa de uma revista nacional por meio do discurso multimodal

Anna Beatriz Mormetto Alvarenga

191 27/07

Manhã FE5

Sala 8

Valências e transitividade do verbo Ter no uso da fala goiana

Jacqueline de Jesus Silva Fernandes

192 27/07 Manhã FE5

Sala 8

Discursos de subjugação: silenciamento agressivo da mulher

Flávia Luiz

194 27/07 Manhã FE5

Sala 8

Provas de inglês do Pas UnB: perspectiva discente

Dante Amstalden Von Zuben

Caio Keven Amorim Oliveira

Linha Temática - Linguagem, Discurso e Sociedade

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TRABALHOS CIELIN/2018

32

4º dia - 27/07/2018 – Manhã

195 27/07

Manhã FE5

Sala 11

Violência contra os povos indígenas de Dourados-MS

Anderson Pires

196 27/07

Manhã FE5

Sala 11

“Tudo é e não é”: a universal unidade em Grande Sertão: Veredas

Júnia Cleize Gomes Pereira

197 27/07 Manhã FE5

Sala 11

Estudo comparativo sobre o uso de construções aspectuais inceptivas no português brasileiro e no

português europeu

Giovanna Cristina Rodrigues Alves Rafael

198 27/07 Manhã FE5

Sala 11

A linguística aplicada na contemporaneidade e suas contribuições para os estudos da linguagem

Sara Cristina Gomes Pereira

199 27/07 Manhã FE5

Sala 11

O uso dos Adjetivos em textos escolares: uma reflexão na perspectiva da Teoria das Operações Predicativas e

Enunciativas

Layana Holanda

(Multi)Letramento

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TRABALHOS CIELIN/2018

33

4º dia - 27/07/2018 – Manhã

200 27/07

Manhã FE1

Sala 1

O ensino de estratégias metacognitivas para alunos com baixo desempenho leitor

Rute Rodrigues da Silva

201 27/07

Manhã FE1

Sala 1

Girls’ feelings: multiletramentos no ensino de inglês

Marise Pires da Silva

202 27/07 Manhã FE1

Sala 1

Letramento tradutório em tradução bíblica: reflexões preliminares

Francinaldo de Souza Lima

Linha Temática - Tecnologia e Linguagem

4º dia - 27/07/2018 –Manhã

204 27/07

Manhã FE1

Sala 3

É tecnologia, é? Quero não, dá muito trabalho: concepções e conceitos do uso da tecnologia em sala de aula

João Botelho

205 27/07 Manhã FE1

Sala 3

Grupos do Facebook como comunidades de ensino e aprendizagem de língua inglesa Anita queiroz

206 27/07 Manhã FE1

Sala 3

Redes sociais digitais e a constituição discursiva do fascínio por assassinos em série

Glaucia Vaz

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TRABALHOS CIELIN/2018

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PALESTRA DE ABERTURA: CONTRIBUIÇÃO DAS CIÊNCIAS DA

LINGUAGEM AO DESENVOLVIMENTO EDUCATIVO EM TEMPOS DE

CRISE

Joaquim Dolz - Universidade de Genebra

A partir de um balanço dos aportes científicos da linguística aplicada e da didática das

línguas dos últimos trinta anos, trataremos de precisar os desafios para o futuro

educativo do Brasil, as linhas de força das pesquisas prioritárias e das intervenções no

sistema escolar e a formação docente dos professores de línguas.

Compararemos os aportes dos principais paradigmas de pesquisa que abordam o

ensino por gêneros de discurso ou textuais (linguística funcional, sócio-semiótica,

sócio-retórica e interacionismo sociodiscursivo). Enfocaremos no nosso paradigma de

pesquisa que é o interacionismo sociodiscursivo (ISD) e que, no Brasil, foi

desenvolvido por outros pesquisadores como Anna Rachel Machado (analise da

linguagem no trabalho docente), Lília Abreu-Tardelli, Elvira Lopes Nascimento, (ensino

do português língua materna), Luzia Bueno (didática da língua oral), Eulália Leurquin

(ensino da leitura), Eliane Lousada (ensino do francês língua estrangeira), Vera

Cristovão (ensino do inglês língua estrangeira), Lidia Stutz (modelização didática de

gêneros textuais), e muitos outros. As interações sociais são o modo fundamental do

comportamento humano.

Nós consideramos o uso dos gêneros textuais no centro dos nossos estudos. Os

meus trabalhos exploram o uso dos gêneros orais e escritos no ensino das línguas. Nesse

sentido, problematizaremos a escolha da diversidade de gêneros textuais no curriculum

da escola fundamental, a necessidade de uma modelização didática dos gêneros e as

novas pesquisas em engenharia didática que experimentam as inovações didáticas.

Também trabalho sobre a análise das práticas de ensino de diferentes gêneros textuais

(as interações entre professores e alunos na aprendizagem da escrita) e sobre a formação

docente dos futuros professores de línguas.

A influência do contexto de crise social do Brasil vai ser tomada como ponto de

partida para pensarmos nas estratégias de uma didática das línguas voltada para as

necessidades do desenvolvimento da linguagem (letramento) nas primeiras etapas da

escolaridade no Brasil.

MINICURSO: GÊNEROS ORAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Joaquim Dolz - Universidade de Genebra

O objetivo do minicurso é instrumentalizar os participantes para o ensino do oral

tomando em consideração os trabalhos de Marcuschi e de Bueno no Brasil e da escola

de Genebra (Dolz & Schneuwly, 2016 e Schneuwly Dolz, 2004).

A presentaremos os princípios da didática das línguas voltadas para o ensino do oral na

educação básica a partir de sequencias didáticas produzidas por estudantes em formação

inicial e continuada da universidade de Genebra.

As propostas de inovações didáticas suíças serão discutidas tendo em perspectiva o

contexto brasileiro e as condições de trabalho dos professores no Brasil.

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UMA REFLEXÃO ACERCA DAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS EM

CONTEXTO DE DIÁSPORA LUSÓFONA E MULTICULTURALISMO:

EMPODERAMENTO E RESISTÊNCIA POR MEIO DA LÍNGUA DE HERANÇA

(LH) EM TORONTO, CANADÁ

Cátia Regina Braga Martins (Universidade de Toronto)

Uma reflexão acerca das Políticas Linguísticas em Contexto de Diáspora Lusófona e

Multiculturalismo: empoderamento e resistência por meio da Língua de Herança (LH)

em Toronto, Canadá fundamenta-se na perspectiva sociocomunicativa de ensino de

língua, a partir da análise das referências epistêmicas e metodológicas empregadas no

ensino de LP/LH, considerando os paradigmas instrucionais por meio dos quais se

realizam as experiências dos “atores pelo mundo” e como esses respondem às condições

locais. Realizada junto aos Projetos de Ensino de Língua Portuguesa do Brasil como

Língua de Herança (LH) e de Promoção Cultura Brasileira (língua, literatura, música e

arte em geral) para crianças e jovens na cidade de Toronto, Canadá. Desenvolvido a

partir de um panorama histórico da concepção da Linguística Aplicada Crítica:

identidades, cultura e ensino de língua – sob os postulados de linguagem de BAKTHIN

(1992), dos Estudos Culturais e Identidades Sociais de HALL (2003, 2005),

RAJAKOPLALAN (2001, 2002, 2003), WOODWARD (2005); ELLIS;

BARKHUIZEN (2005), KRAMSCH (2001, 2003, 2006), MOITA LOPES (2006, 2012),

PIERCE (2005), GRIGOLETTO (2005); análise da Língua Adicional como Língua de

Herança de KAGAN, CARREIRA E CHIK (2017), os estudos de materialidade de

MAHER (2002); MEY (2002); REVUZ (2002), NORTON (2000, 2003); do capital

cultural de BOURDIEU (1991), dos multiletramentos em contextos culturais

diversificados BARTON (2007), HORNBERGER (2003), PENYCOOK (2006, 2008),

PAYER (2007); de aspectos teóricos e epistemológicos dos Novos Estudos de

Letramento propostos por BARTON & HAMILTON (1998), GEE (2005), STREET

(2003), entre outros. Os estudos têm sido realizados enquanto pesquisa-ação baseada no

referencial metodológico THIOLLENT, M (1988), BARBIER (2009, 2014) por

favorecer o diagnóstico da situação, o planejamento de ação e intervenção, a avaliação

dos resultados e o confronto das perspectivas de análise junto à comunidade de

colaboradores e, por fim, a análise dos processos de ensino-aprendizagem

desenvolvidos junto à promoção da cultura por meio da língua de herança e a

contribuição epistêmica do pesquisador a partir da proposição de encaminhamentos para

os desafios/problemas identificados, coletivamente (pesquisador e colaboradores).

Realiza-se em diálogo e parceria com o grupo de pesquisadores colaboradores do

GECAL (Grupo de Estudos Críticos e Avançados de Linguagem), Universidade de

Brasília (UnB/CNPq) e o grupo de pesquisadores de Língua Portuguesa da

Universidade de Toronto, Departamento de Língua Portuguesa e Espanhol e os grupos

Ciranda Brasileira e Português Lúdico sediados em Toronto, Canadá.

Palavras-chave: Políticas Linguísticas; Língua de Herança, Resistência, Ensino,

Cultura,

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MINICURSO: DIMENSÕES DAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS EM

CONTEXTO DE DIÁSPORA LUSÓFONA MULTICULTURALISMO:

RESISTÊNCIA, CULTURA E LÍNGUA COMO CONDIÇÃO IDENTITÁRIA

Cátia Regina Braga Martins (Universidade de Toronto)

O curso Dimensões das Políticas Linguísticas em Contexto de Diáspora Lusófona e

Multiculturalismo: resistência, cultura e língua como condição identitária em

Toronto, Canadá objetiva analisar e compreender as dimensões constituintes das

Políticas Linguísticas desenvolvidas no contexto de pesquisa-ação na Universidade de

Toronto, tendo como referência dois Projetos de Ensino de Língua Portuguesa do Brasil

(Ciranda Brasileira e Português Lúdico), como Língua de Herança (LH), e de

Promoção Cultura Brasileira (língua, literatura, música e arte em geral) para crianças e

jovens na cidade de Toronto, Canadá.. Neste curso serão desenvolvidos procedimentos

metodológicos para a análise e o mapeamento de ações relativas às políticas

linguísticas em contextos de resistência, cultura e língua sob a ótica das Dimensões

das Políticas Linguísticas, Desenvolvido a partir de um panorama histórico da

concepção da Aplicada Crítica: identidades, cultura e ensino de língua – sob os

postulados de linguagem de BAKTHIN (1992), dos Estudos Culturais e Identidades

Sociais de RAJAKOPLALAN (2001, 2002, 2003), WOODWARD (2005); ELLIS;

BARKHUIZEN (2005), KRAMSCH (2001, 2003, 2006); análise da Língua Adicional

como Língua de Herança de KAGAN, CARREIRA E CHIK (2017), do capital cultural

de BOURDIEU (1991), dos multiletramentos em contextos culturais diversificados

BARTON (2007), HORNBERGER (2003), PENYCOOK (2006, 2008), PAYER (2007);

de aspectos teóricos e epistemológicos dos Novos Estudos de Letramento propostos por

BARTON & HAMILTON (1998), GEE (2005), STREET (2003), entre outros.

Palavras-chave: Políticas Linguísticas; Língua de Herança, Resistência, Ensino,

Cultura.

PALESTRA: O LÉXICO NA PRODUÇÃO DE TEXTOS NA EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Cleide Lemes (IFB)

Resumo: Em muitas áreas do conhecimento é frequente encontrarmos em qualquer

sociedade, formas e termos específicos que estão distantes das mais comuns ou gerais.

Quando falamos em terminologia nos referimos à língua de especialidade. Sabemos,

portanto, que nem todas as circunstâncias da vida são tratadas de forma geral. Um

especialista da área da Gestão Pública, por exemplo, como um técnico em Serviços

Públicos ou um Tecnólogo em Gestão Pública, usam termos específicos que não são

usados por um leigo. Apresenta-se aqui, a importância da Terminologia como

disciplina, que tem como objetivo, o estudo dos termos. Enquanto o léxico é geral o

termo é específico. O ponto de partida é a construção de textos, apoiada na escolha

léxica que sustenta o texto técnico. A abordagem para o entendimento das questões

considerará a léxico especializado e, por consequência, como este léxico contribui para

o desenvolvimento dos textos nas diversas modalidades da educação profissional, com

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vistas ao sucesso no uso da linguagem especializada. Como resultado parcial,

esperamos manifestar se há métodos que diferenciam a escolha por um ou outro termo

na construção de um texto. O estudo reforça o potencial da análise do léxico para a

descrição do texto especializado.

MINICURSO: ESTRATÉGIAS PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS

DISSERTATIVOS E PARA USO DO DICIONÁRIO

Cleide Lemes (IFB)

Resumo: Este minicurso tem como objetos de estudo as estruturas do texto dissertativo

e do dicionário a fim de que o público-alvo aprenda estratégias para a produção textual

e para a consulta do dicionário.

PALESTRA: “A LITERATURA EM AULA DE LÍNGUA-CULTURA

ESTRANGEIRA: UMA PRIVAÇÃO POSSÍVEL?”

Cristina Moerbeck Casadei Pietraroia (FFLCH-USP)

Resumo: Visando, desde a abordagem comunicativa dos anos 1980, a expressão do

aprendiz e sua capacidade de interagir de forma bem sucedida em língua estrangeira,

muito se deixou de lado no contexto da sala de aula de língua-cultura estrangeira. A

própria noção de cultura não passa muitas vezes da superficialidade dos estereótipos

e das lições presentes em métodos destinados a todos e a qualquer um. O trabalho

com o cinema, as artes plásticas, a literatura sempre foi considerado difícil ou fora ao

programa, demandando um tempo de que o professor não dispõe em suas aulas.

Nossa participação nesta mesa-redonda tem por objetivo discutir a dificuldade de se

trabalhar o texto literário em sala de aula de língua-cultura estrangeira e os efeitos de

tal privação na formação geral e individual do aluno a partir, justamente, da

importância da literatura e das artes na construção da subjetividade discente.

MINICURSO: “APRENDIZAGEM-ENSINAGEM DE UMA LÍNGUA-

CULTURA ESTRANGEIRA: A FORMAÇÃO DO ALUNO-PROFESSOR EM

AUTONOMIA”

Cristina Moerbeck Casadei Pietraroia (FFLCH-USP)

Resumo: O uso do termo “ensinagem” não tem por objetivo sua adoção no campo da

didática das línguas-culturas estrangeiras, mas sim promover a reflexão que ele traz

sobre a formação do aluno, do futuro professor e do professor já atuante. É possível

abordar tal formação sem pensar no conceito de autonomia? Nosso mini-curso tem

por objetivo apresentar a possibilidade de uma formação – inicial e contínua –

apoiada na capacidade que têm os atores do contexto didático de se autoformar e de

refletir sobre sua aprendizagem-ensino a partir dos estudos de Alarcão, (2003),

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Perrenoud (2002), Zabalza (2004), Perreaudeau (2009), Dewey (2010) e Morin

(2004, 2014). Serão propostas atividades já elaboradas e a serem feitas pelos

participantes a partir de documentos cinematográficos, publicitários e literários.

PALESTRA: FORMAÇÃO DE FORMADORES NA EDUCAÇÃO

MULTILÍNGUE: AS VIRTUDES DA RESISTÊNCIA

Fernanda Liberali (PUC-SP, CNPq, PIPEq)

Resumo: A superdiversidade (VERTOVEC, 2007), isto é, a grande diversidade de

modos de ser, agir e significar o mundo pode ser considerada a marca do momento em

todo mundo. O Brasil, um país marcadamente constituído por uma grande diversidade

cultural e linguística (CAVALCANTI, 1999; MAHER, 2006, OLIVEIRA, 2009,

MORELLO, 2012, entre outros), parece começar a perceber a necessidade de superação

de um imaginário que pressupõe que o país seja uniforme culturalmente e que tenha

uma única e exclusiva língua - o português erudito. Nesta apresentação, discutirei

projetos de resistência que têm sido contribuídos para “descolonização do olhar” dos

educadores, alunos e pesquisadores em relação a essa realidade emancipatoriamente

multicultural (Santos, 2008). O foco da apresentação serão projetos realizados com

alunos imigrantes ou filhos de imigrantes, alunos e professores surdos, alunos de

contextos socioeconômicos diversos, todos em situação de vulnerabilidade. Partindo dos

estudos de Martín-Baró (1998), serão apresentadas as propostas realizadas para a

necessária criação de uma nova práxis que envolva o processo de libertação dos

marginalizados, com eles e a partir deles. Para tal, serão descritos os projetos a partir de

um dos instrumentos da Psicologia da Libertação (Martín-Baró, 1998): o resgate e

potenciação das virtudes populares em contextos de vulnerabilidade.

MINICURSO: ENUNCIAÇÃO, ESTRUTURA E HISTÓRIA

Jose Luiz Fiorin (USP)

Resumo: As teorias do discurso precisam explicitar não só as questões relativas ao

enunciado, mas também a problemática da enunciação, ou seja, a discursivização da

língua e as condições de produção do discurso. Este curso tem o objetivo de estudar a

instância da enunciação, analisando as projeções da enunciação no enunciado

(actorialização, espacialização e temporalização) e o investimento semântico nas

categorias de pessoa (o problema do éthos), de espaço e de tempo, bem como de

examinar a historicidade inerente ao sentido.

PALESTRA: CIÊNCIAS DA LINGUAGEM EM TEMPOS DE CRISE: FAZER

LINGUÍSTICA É FAZER POLÍTICA

Jose Luiz Fiorin (USP)

As ciências da linguagem não podem ter um olhar neutro para as práticas dominantes de

sentido, mas devem desmascarar uma pretensa naturalização dos discursos dominantes,

mostrando-os como discursos contingentes. Isso será feito desvelando seu caráter

histórico, o que anula o efeito de sentido de naturalização. Na medida em que elas

mostram que os discursos dominantes não são naturais e necessários, mas históricos e

contingentes, sua posição é a dos discursos não dominantes. Nesse sentido, fazer

linguística é fazer política. Poderiam, no entanto, dizer que isso pode ser feito pelas

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teorias e disciplinas que estudam o discurso, mas que a fonologia, a morfologia ou a

sintaxe, por exemplo, são neutras em relação a esse fazer político. Não é verdade. A

ciência é guiada por um princípio ético: colocar-se sempre contra o preconceito, contra

as desigualdades. Por isso, qualquer domínio teórico da linguística tem a obrigação de

lutar contra o preconceito linguístico, contra a ideia de que existem línguas superiores e

inferiores, etc. Nesse sentido, fazer linguística é sempre fazer política.

PALESTRA: O TEATRO POLÍTICO DE GUSTAVE AKAKPO: REFLEXÕES

SOBRE A PEÇA CAPTURA DE IMAGEM

Maria da Glória Magalhães (UnB)

Resumo: Pretendemos discutir, na presente apresentação, em que medida o teatro pode

ser vislumbrado, como uma forma de mudar o mundo, como uma forma de revolução.

Apoiados em Bertold Brecht, Jean-Pierre Sarrazac, Josette Féral, Bernard Dort e Sylvie

Chalaye propomos algumas reflexões sobre a obra "Captura de imagem" de Gustave

Akakpo, dramaturgo togolês de expressão francesa, nascido em 1974. Essa discussão

faz parte de projeto de pesquisa que vem sendo realizado no âmbito dois grupos, o

grupo de estudos em Literatura, Educação e Dramaturgias Contemporâneas e o coletivo

de teatro Na classe e em cena.

MINICURSO: PRÁTICAS TEATRAIS, LITERATURA E ENSINO

Maria da Glória Magalhães (UnB)

O minicurso propõe-se a apresentar os aspectos teóricos e práticos do texto dramático e

dos jogos teatrais e dramáticos com o objetivo de contribuir para a reflexão sobre a

alteridade e o dialogismo na formação do professor de línguas e literaturas, dentro de

uma preocupação com o desenvolvimento da emancipação intelectual e do pensamento

crítico.

PALESTRA: DISCURSO E INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL

Izabel Magalhães (UnB)

A inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular está associada à

profunda exclusão que essas pessoas enfrentam em nossa sociedade. Não é possível

separar inclusão de exclusão, pois se há uma tentativa de inclusão é porque a exclusão

domina as ações dos atores sociais, as instituições, as relações sociais, os valores, as

atitudes e as crenças. De fato, a exclusão social das pessoas com deficiência é histórica.

Só para dar um exemplo, caminhando na rua em frente a um Centro de Atendimento

Educacional Especializado, duas mulheres ouviram o som da banda dos estudantes com

deficiência. Então uma delas perguntou à outra: ”Que barulho é esse?” A amiga

respondeu: “É a banda dos doidos”. Esse é um dado que obtivemos da mãe de um

estudante com deficiência; o comentário está registrado nos relatos de observação de

uma de nossas pesquisas na área da educação especial, conduzida de 2010 a 2014

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(CNPq). Apesar dos direitos constitucionais das pessoas com deficiência, não se pode

dizer que o processo de inclusão de estudantes especiais no ensino regular seja realizado

de forma adequada. Nesta conferência, propomos apresentar uma Análise de Discurso

Crítica (ADC) de dados de dois centros de Atendimento Educacional Especializado e

das mães dos estudantes que frequentam os centros. Os dados foram gerados em

pesquisa etnográfico-discursiva, metodologia que introduzimos na década de 1990. São

as seguintes as conclusões deste estudo: 1) Considerando a grande lacuna entre a norma

e a prática, é preciso avançar no debate sobre a política de inclusão; 2) a política do

governo demanda relação interdisciplinar entre profissionais da educação especial, mas

o que se nota é a fragmentação do atendimento; 3) as práticas de letramento da

educação especial são complexas, voltadas para o Atendimento Educacional

Especializado, e constroem fortes identidades profissionais.

PALESTRA: ESTUDOS DA TRADUÇÃO E FORMAÇÃO DE TRADUTORES:

DESAFIOS E AVANÇOS NO CONTEXTO BRASILEIRO

José Luiz Vila Real Gonçalves (UFOP)

Nos estudos da tradução, o seu ramo aplicado é, ainda, relativamente pouco explorado,

especialmente no contexto de pesquisa brasileiro. Nos últimos anos, alguns trabalhos

começam a ser desenvolvidos no país e vêm proporcionando contribuições e avanços

para a didática da tradução e o aprofundamento das questões sobre formação de

tradutores e competência tradutória, entre os quais se podem destacar Vasconcellos,

Espindola e Gysel (2017), Gonçalves (2015; 2003), Pagano, Magalhães e Alves (2005;

2000), Gonçalves e Machado (2006). Nesse contexto de emergência e relativa

insipiência da didática da tradução, este trabalho pretende dar mais um passo para a

consolidação da área, trazendo alguns resultados e reflexões da pesquisa intitulada

"Cursos de Tradução e Competência Tradutória", desenvolvida no âmbito da

Universidade Federal de Ouro Preto entre 2005 e 2009 e retomada recentemente. O

principal objetivo daquele trabalho de pesquisa foi mapear as diversas perspectivas em

relação à formação de tradutores e à competência tradutória, através do levantamento de

dados de matrizes curriculares de cursos de tradução, juntamente com as opiniões de

diferentes atores nos contextos da formação acadêmica e do mercado profissional da

tradução (pesquisadores, professores, alunos, tradutores, entre outros). Partindo-se de

referências teóricas e paradidáticas abordadas nos estudos sobre competência tradutória,

foram expandidas as categorias de componentes da competência tradutória propostas

por Gonçalves (2003) e, então, aplicadas às análises e discussão das diversas fontes de

dados. Os resultados apontam para alguns avanços da didática da tradução no Brasil,

destacando-se, no entanto, a necessidade de mais investimentos e pesquisas para a sua

consolidação no âmbito acadêmico e a urgência de se estabelecer maior colaboração e

sinergia com as frentes de formação e de atuação profissional.

Palavras-chaves: Estudos aplicados da tradução; Didática da tradução no Brasil;

Formação de tradutores; Competência tradutória

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PALESTRA: O LETRAMENTO DO PENSAMENTO CRÍTICO NAS

LEITURAS DO TEXTO DRAMÁTICO DO SÉCULO XXI

Júnio César Batista de Souza (IFB)

O objetivo desta comunicação é refletir questões referentes as leituras do texto

dramático sob a perspectiva da construção do pensamento crítico. Tendo em vista que a

leitura dessa modalidade literária pressupõe a elaboração de cenários mentais em um

movimento de retroalimentação entre texto e imaginação, o objeto da discussão se

expande na medida que o movimento citado se apresenta com inúmeros elementos

motivadores, tais como: conhecimento de mundo, formação acadêmica, práticas de

leitura, identificação literária dentre outros. Dessa forma, admitindo como reforço da

premissa inicial, Ryngaert (1996, p. 25) afirma que a leitura do texto de teatro está

ordenada em um caminho direcionado para o palco. Logo, as possibilidades de

identificação do leitor com a obra são infinitas pois não há limites para a imaginação

bem como para a construção dos processos mentais, neste caso, o pensamento crítico

acerca do universo literário do leitor. Destarte, acredita-se que por meio destas relações

intrínsecas é possível que o pensamento do leitor seja potencializado por meio da leitura

do texto do teatro, uma vez que ele favorece a interação imaginativa necessária para a

construção de conhecimentos artísticos, culturais, políticos, sociais, linguísticos,

históricos e educacionais.

MINICURSO: ESTRATÉGIAS DE LEITURA DE TEXTOS DRAMÁTICOS

Júnio César Batista de Souza (IFB)

Para a leitura eficiente e compreensiva de um texto acadêmico existe a prerrogativa de

conhecimentos específicos da língua portuguesa, tais como estruturação de linguística,

coesão e coerência, figuras de linguagem dentre outros. Em consonância com este

tópico, a leitura bem como o entendimento do texto dramático exigem do leitor uma

atenção extrema no sentido de compreender que as vezes uma entonação erronêna de

uma única preposição pode favorecer uma interpretação equivocada tanto por parte do

leitor como do ouvinte. Logo, o que poderia ser entendido como uma pergunta pode

assumir certamente o papel da ironia. Neste processo de relações interlocucionárias, o

domínio das estruturas textuais da comunicação são basilares para garantir a eficiência

da mensagem. Portanto, é por meio da prática da entonação e da leitura de diferentes

contextos linguísticos que será possível compreender a intecionalidade dos

interlocutores. Nesta esfera, será proposto o estudo de teorias básicas da comunicação

para posterioremente exercitar a leitura de textos do gênero dramático com vistas a

desenvolver a consciência dramática do leitor.

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PALESTRA: O ENSINO DO PB COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA:

DESCONSTRUÇÃO DE PARADIGMAS LINGUÍSTICOS E PEDAGÓGICOS

Katia de Abreu Chulata (Università “G. d’Annunzio”, Chieti-Pescara, Itália)

RESUMO: A construção da língua portuguesa como língua nacional no Brasil, no seu

processo político e de pesquisa linguística, ecoou e ecoa ainda hoje nas palavras e nas

práticas do ensino do PB como língua estrangeira.

A projeção do PB como língua transnacional (Zoppi Fontana 2009) está ligada ao desejo

simbólico de domínio econômico fora dos limites brasileiros, numa época de

“expansão” dos potenciais alcances políticos brasileiros, num novo contexto

geopolítico.

Tais afirmações, da ordem das políticas linguísticas, nos leva a refletir sobre o quanto as

abordagens, as metodologias e a pesquisa científica que se faz no Brasil e que se

“exporta” para as salas de aula no exterior estejam impregnadas de idealizações sobre

essa mesma língua falada no território brasileiro e descrita pelos cientistas da

linguagem.

A partir dessa reflexão, tentamos i. questionar modelos de língua, de ensino e de

pesquisa linguística; ii. propor orientações à luz de paradigmas transdisciplinares, não

para criar conteúdos a serem perpetuados, mas para desconstruir modelos estabilizados

e, principalmente, para desconstruir abordagens rançosas das quais ainda fazemos

amplo uso nas nossas pesquisas e nas nossas aulas de PB.

MINICURSO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE HERANÇA (PLH): PERFIL

HISTÓRICO, DEFINIÇÕES, CONTEXTOS, PESQUISA

Katia de Abreu Chulata (Università “G. d’Annunzio”, Chieti-Pescara, Itália)

I. Definição de LH

II. Orientações teóricas

III. História do PLH

IV. Controvérsias

V. LE versus LH: questões metodológicas e didáticas

VI. Definições de falante de herança e vontades subjetivas

VII. Pesquisa de campo em PLH - contexto pescarese

VIII. Complexidade de atuação do cientista linguístico e do professor de PB em

contexto de PLH

IX. Pesquisa linguística: code mixing e code swichting como recurso

X. Projeto de PLH: alguns resultados

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PALESTRA: MAPEAMENTO CATEGORIAL GRAMATICAL EM MATERIAL

DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Maria Helena de Moura Neves (Universidade Presbiteriana Mackenzie/UNESP)

Apresentam-se algumas reflexões a respeito da constituição de material de referência

teórico e prático quanto ao grau de reconhecimento da fluidez categorial dos elementos

na língua, evidenciada na análise da língua em uso. Quanto ao estudo ilustrativo do

reconhecimento dessa evidência nos materiais que subsidiam as ações escolares, ou que

nelas são usados, parte-se de uma amostra privilegiada de fatos reveladores da natureza

da gramática, tal como ela se põe em foco, especialmente por esse processo ser

altamente representativo da relação entre funcionamento linguístico e constituição do

sistema gramatical.

MINICURSO: DESLIZAMENTOS FUNCIONAIS NA GRAMÁTICA DO PB

Maria Helena de Moura Neves (Universidade Presbiteriana Mackenzie/UNESP)

Centrada na investigação do uso efetivo da língua portuguesa, e com base em princípios

e pressupostos funcionalistas, iluminados por aportes de base cognitivista, fixa-se como

objetivo específico problematizar a evidente e constante diluição de fronteiras

categoriais que caracteriza a linguagem. Os pontos centrais de discussão deverão atentar

para a elucidação das propostas que, na história da gramática oferecida a consulentes,

têm sido estabelecidas como constituindo: a) a base das categorizações que,

especialmente, distinguem léxico e gramática; b) a base das subcategorizações em cada

um desses conjuntos. Atenta-se para o estudo da gramaticalização (com as possíveis

implicações de subjetivização e intersubjetivização) e para o estudo dos parâmetros que

dirigem as proposições de estabelecimento categorial em gramática. Para os diversos

campos de exame das línguas em função, toma-se como evidente a propriedade da

gradualidade existente no estabelecimento de categorizações, resultante do caráter

fluido das fronteiras entre as categorias.

PALESTRA: A COMPLEXIDADE NA E DA LINGUÍSTICA APLICADA

Maximina M. Freire (PUCSP/LAEL – GPeAHFC/CNPq)

A Linguística Aplicada tem sido objeto de várias interpretações, que visam a ressaltar

seu caráter transgressor, transdisciplinar, indisciplinar, indicador de um não

conformismo com regras fixas e padrões pré-estabelecidos a serem seguidos sem

questionamentos críticos. A ruptura com o conceito de uma LA domesticada,

inicialmente aplicação da Linguística e reificação de ensino-aprendizagem de línguas,

denuncia uma ciência que não busca apaziguar-se consigo mesma, mas que se organiza

na desordem, na não linearidade, na não fragmentação, na não disciplinaridade,

buscando na totalidade sempre inconclusa, compreensão para as questões uno-múltiplas

das linguagens e dos multiletramentos. Se buscarmos, na contempora neidade, uma

qualificação para a LA, talvez tenhamos que defini-la como complexa, com todas as

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articulações e contradições e que o termo abarca, rompendo com ele e contemplando-o,

simultaneamente. Essa é a proposta de minha fala nesta Mesa Redonda: contemplar a

Complexidade na e da Linguística Aplicada.

MINICURSO: INTERPRETANDO REGISTROS TEXTUAIS DE PESQUISA

EM LA

Maximina M. Freire (PUCSP/LAEL – GPeAHFC/CNPq)

Este minicurso tem por objetivo apresentar uma abordagem qualitativa de pesquisa que,

articulando duas vertentes filosóficas (fenomenologia e hermenêutica) e uma

epistemonologia do conhecimento (complexidade), visa a descrever e interpretar

fenômenos complexos da experiência humana, sob a perspectiva de quem os vivencia.

O minicurso se inicia pelo conceito da abordagem hermenêutico-fenonemológica

complexa (FREIRE, 2010, 2012, 2017), apresentando, na sequência, sua terminologia

específica, seus instrumentos e os procedimentos de registro textual e de interpretação.

Para ilustrar a abordagem, é interpretado um fenômeno vivenciado pelos participantes

do minicurso, enfatizando o papel da lin guagem e ressaltando o significado que a

metáfora pode ter na apresentação das descobertas da abordagem em pesquisas em

Linguística Aplicada.

PALESTRA: UMA LINGUÍSTICA PARA OS NOVOS TEMPOS

Kanavillil Rajagopalan (Unicamp/CNPq)

A Linguística fundada—como reza a história oficial—no início do século XX

sabidamente encarna o espírito do século anterior. O próprio conceito de língua com a

qual nós nos acostumamos a trabalhar reflete muito bem o Zeitgeist daquele século. O

conceituario que ainda sustenta os pilares da ciência não se deixou influenciar pelas

mudanças radicais que o mundo vem registrando nas últimas décadas. Como resultado

dessa recusa obstinada, a ciência corre o perigo de se tornar completamente obsoleta e

incapaz de enfrentar os novos desafios que surgem a todo tempo. Na minha conferência

procurarei delinear alguns desses desafios que se apresentam diante de nossos olhos nos

dias de hoje e aventar algumas hipóteses sobre um possível novo rumo para a disciplina

nos próximos anos.

MINICURSO: ‘O LUGAR DO INGLÊS NO MUNDO ATUAL’

Kanavillil Rajagopalan (Unicamp/CNPq)

Este minicurso terá como objetivo discutir a expansão, em escala exponsencial, da

língua inglesa ao redor do mundo—sobretudo, logo após o término da Segunda

Guerra Mundial. O tom celebratório contido na idéia de que tal prestígio reflete a

ascenção dos países anglófonos no cenário global durante o período pós-Guerra será

rechaçado em prol da tese de que o que de fato se constata no mundo de hoje não é a

expansão da língua inglesa tal qual ela é falada nos países tradicionalmente associados a

ela, mas uma verdadeira “novilingua” que prefiro chamar de ‘World English’. Essa

‘novilingua’ é algo sui generis, posto que ela é não pertence a nenhum pais em

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particular. Pelo contrário, pertenc e a todos aqueles que dela fazem algum uso no seu

dia-a-dia.

PALESTRA: O PAPEL DA LINGUÍSTICA DESCRITIVA NA PROMOÇÃO E

DIFUSÃO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM CONTEXTO

INTERNACIONAL

Vânia Cristina Casseb Galvão (UFG/CNPq/FAPEG/ERC)

Entendo que pesquisas descritivas têm consequências que ultrapassam de largo o

reconhecimento dos usos e estruturas de uma língua. Trabalhos descritivistas são ações

científicas e também produtos acadêmicos, políticos, didático-pedagógicos, editorais,

econômicos etc. E nesta mesa-redonda quero convidá-los a refletir e discutir sobre o

papel das pesquisas descritivas envolvendo o português brasileiro como ações políticas

de promoção, valorização e difusão do PB em contexto interno ao Brasil.

Considero a linguística descritiva fornecedora de conhecimento relevante ao ensino, e,

como política linguística e ensino estão íntima e dialeticamente relacionadas, seu caráter

político está ancorado no fato de que esse conhecimento constitui registro descritivo e

analítico cientificamente embasado dos aspectos constitutivos de um sistema linguístico

em uso, considerando suas diferentes variedades e modalidade; está calcado em uma

perspectiva alargada a respeito da interação social e das bases de formação da língua-

cultura e da sociedade brasileiras; revela o modo como o PB atualiza linguisticamente a

diversidade sociocultural brasileira, que está relacionada a uma maneira de ver e

conceber o mundo e à satisfação de intenções discursivo-pragmáticas específicas.

MINCURSO: ALGUNS PROCESSOS DE IMPLEMENTAÇÃO E MUDANÇA

NO PORTUGUÊS BRASILEIRO À LUZ DA GRAMÁTICA DE

CONSTRUÇÕES

Vânia Cristina Casseb Galvão (UFG/CNPq/FAPEG/ERC)

Introdução de alguns postulados da Linguística funcional centrada no uso,

especialmente no que diz respeito à gramática de construções, tais como a concepção de

linguagem e construção (definição e o modelo de construção radical). Exemplos de

construções nas línguas e apresentação de suas propriedades. Tipos de mudanças

envolvendo construções e estudos de casos de mudanças envolvendo construções

desenvolvidos no âmbito do Grupo de Estudos Funcionalista, FL/UFG.

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PALESTRA: LETRAMENTO CRÍTICO E ENSINO AUTOMÁTICO DE

LÍNGUAS

Vilson J. Leffa (UCPEL)

Resumo: O ensino de línguas tutoreado por atividades digitais automáticas,

caracterizadas pelo uso de exercícios tradicionais como o preenchimento de lacunas,

múltipla escolha, respostas curtas, reordenamento de segmentos, entre outros, todos

seguidos de feedback imediato, tem sido caracterizado por dois posicionamentos

antagônicos: do lado teórico, a crítica feroz a esses tipos de exercícios, vistos como

remanescentes de abordagens behavioristas e de metodologias de aprendizagens

mediadas pelo computador, não como instrumento de aprendizagem a serviço do aluno,

mas como tutor que controla sua aprendizagem; do lado prático, a popularidade

avassaladora de aplicativos que usam esses tipos de exercícios de feedback automático,

às vezes incorporando mecanismos de gamificação, que parecem ter caído no agrado

dos aprendizes. A questão que se investiga aqui é desvendar até que ponto o uso desses

exercícios automáticos restringe o ensino da língua a sua dimensão operacional, com

ênfase no desenvolvimento exclusivo do código, ou se permite também uma ênfase na

dimensão crítica. Para isso, examinaram-se atividades produzidas por professores para o

ensino do inglês e do espanhol como línguas estrangeiras. Os resultados sugerem que a

ênfase no ensino crítico não depende estritamente nem do tipo de exercício usado nem

do gênero escolhido pelo professor. O desenvolvimento da criticidade envolve pelos

menos fases iniciais de conscientização que podem ser beneficiadas por exercícios de

feedback automático para alertar o aluno das armadilhas postas nos textos para

manipulá-lo.

MINICURSO: RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS: TEORIA E PRÁTICA

Vilson J. Leffa (UCPEL)

Resumo: O minicurso tem objetivos teóricos e práticos. Do lado teórico, pretende-se

desenvolver nos cursistas uma noção clara do que caracteriza o Recurso Educacional

Aberto (REA), partindo de seus próprios termos: (1) o que se entende por recurso,

quando visto como um instrumento de capacitação em que o aluno vai além do que é

ensinado pelo professor; (2) o que o torna educacional, com capacidade de produzir

aprendizagem no aluno: (3) por que razão é aberto, não só em termos de acesso ao

saber, mas também de transformação desse saber. Do lado prático, pretende-se trabalhar

os cinco Rs que caracterizam os REA: Reutilizar, Revisar, Remixar, Redistribuir e

Reter. Para isso, demonstram-se, entre outros aspectos, (1) os processos de adaptação

dos REAs aos diferentes contextos de aprendizagem; (2) o uso da colaboração em

massa para viabilizar a produção de REAs; (3) técnicas de armazenamento de REAs em

repositórios de nuvem para que sejam livremente acessados por alunos e professores.

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A FORMAÇÃO CRÍTICA DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS NA ÁREA

DE LÍNGUAS E LINGUAGEM: SOBRE CONFORMIDADES, RUPTURAS E

RESISTÊNCIA

Walkyria Monte Mor (USP)

Como professores universitários da área de línguas e linguagens, cujas propostas

teórico-pedagógicas se voltam para o desenvolvimento crítico / a linguística aplicada

crítica construíram sua própria formação crítica? Essa indagação de base crítico-

hermenêutica orientou parte de uma investigação sobre o tema percurso crítico na

formação docente, construída por auto-narrativas de acadêmicos de várias regiões

brasileiras (Pessoa et al, 2018). Os relatos indicaram processos relacionados com

condicionantes históricos, políticos, sociais, culturais refletidos na concepção de

formação pessoal e acadêmica das respectivas épocas aludidas. Informaram também

sobre aspectos de conformidade, ruptura e resistência nesses processos.

Essa apresentação pretende focalizar uma análise sobre as auto-narrativas referidas,

visando contribuir para a reflexão sobre o processo de desenvolvimento crítico na

formação acadêmica brasileira. Discute as pistas e os rastros evidenciados nas auto-

narrativas em que emergem questões, por um lado, de colonialidade e de controle social

dos sentidos (como a naturalização, por exemplo), por outros lados, de buscas por

integração ao habitus interpretativo predominante em diversos contextos específicos.

Objetiva ampliar os estudos e reflexões sobre formação crítica na área de línguas e

linguagem, na expectativa de fortalecer o debate sobre o tema, em tempos de crise e de

desestabilização das conquistas democráticas acadêmicas.

Algumas das referências teóricas da análise da apresentação: Freire (1967, 1987, 2001),

Geertz (1973); Bourdieu (1996); Bradley & Levinson (2011); Janks (2014; 2008);

Kubota (2004); Monte Mór e Souza (2006); Pessoa et al. (2018); Monte Mór (2013;

2018); Esses estudos são também desenvolvidos pelos participantes do Projeto Nacional

de Letramentos: “Linguagem, Cultura, Educação e Tecnologia” (Diretório de Grupos de

Pesquisa do CNPq).

Palavras-chave: auto-narrativas; formação crítica; conformidade; ruptura; resistência.

MINICURSO: EM TEMPOS DE CRISE: LETRAMENTOS CRÍTICOS,

AGÊNCIA, CIDADANIA ATIVA E EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA

Walkyria Monte Mor (USP)

As pesquisas e estudos sobre Letramentos (Novos letramentos, Multiletramentos,

Letramentos Críticos, Letramentos Digitais) levam em conta as premissas freireanas de

educação crítica, agência e cidadania como elementos primordiais para as análises de

contextos educacionais conflituosos. As ideias de Freire vêm sendo reinterpretadas

social, cultural e historicamente, respondendo às mudanças sociais das últimas décadas.

Elas fundamentam os estudos sobre colonialidade, opressão e emancipação e, mais

recentemente, emergem nas análises das tentativas de desmonte das universidades

brasileiras. Os estudos de Letramentos inspiram-se no educador brasileiro e apoiam-se

em outros pesquisadores da vertente crítica das áreas da educação e linguagem e da

linguística aplicada visando a repensar um projeto educacional – escolar e universitário

- que reflita a sociedade e seus desafios atuais. Nessa perspectiva, a formação para a

cidadania crítica se desponta como um dos alicerces para renovações sociais,

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demandando enfoque sobre concepções como as de agência e cidadania ativa/engajada.

Nela, há o pressuposto de que essa formação integra um plano transdisciplinar no qual

as línguas estrangeiras e materna podem e devem construir um projeto coletivo.

Este minicurso propõe estudar os conceitos de agência e cidadania ativa/engajada,

situando-os dentro de uma linha crítico-histórica em que outras concepções se

aproximam ou se contrapõem, como: educação libertadora, emancipação, autonomia e

empreendedorismo. Nessa visão, a formação crítica se destaca como um dos

pressupostos-chave na educação linguística, no desenvolvimento da cidadania ativa e na

constante análise das crises sociais, políticas e educacionais. O minicurso pretende, por

fim, focalizar a relação língua-linguagem-crítica na construção/reconstrução de políticas

linguísticas e educacionais, objetivando promover a discussão acerca de um tema

gerador de crises e revisões.

Algumas das referência teóricas para o minicurso são: Kalantzis, Cope (2008, 2012;

2015; 2017); Lankshear, Knobel (2011; 2013; 2016); Luke (2004); Freire (1967, 1987,

2001) nos estudos sobre Letramentos; Pennycook (2007, 2010); Canagarajah (2013;

2010; 2007); Rajagopalan (2013; 2012; 2009; 2004) no diálogo com a Linguística

Aplicada Crítica; Biesta (2014; 2010; 2009); Janks (2014; 2008); Kubota (2004); Monte

Mór e Souza (2006); Rojo (2012; 2010) nas pesquisas sobre educação e ensino de

línguas e linguagens críticas e sobre os conceitos de Letramentos; e os estudos sobre

crítica desenvolvidos por Levinson (2011); Monte Mór (2013); Souza (2011), dentre

outros. Esses estudos são também desenvolvidos pelos participantes do Projeto

Nacional de Letramentos: “Linguagem, Cultura, Educação e Tecnologia” (Diretório de

Grupos de Pesquisa do CNPq).

Palavras-chave: letramentos; letramentos críticos; agência; cidadania ativa, educação

linguística.

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PRODUÇÃO DE CURTAS-METRAGENS NAS AULAS DE LITERATURA:

UMA ESTRATÉGIA PARA O ESTÍMULO À LEITURA

Adauto Locatelli Taufer

Daniela Favero Netto

RESUMO: Esta comunicação contempla um projeto de ensino centrado em

propostas de trabalho proposta de trabalho centradas na escrita de roteiros e na

produção de curtas- metragens a partir da leitura do texto literário por estudantes do

terceiro ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do

Rio Grande do Sul. Os objetivos estão relacionados a) à compreensão das

especificidades que há entre as linguagens literária e cinematográfica; b) à percepção

das relações que existem entre o texto literário e a narrativa fílmica; c) à produção de

curtas-metragens a partir da leitura do texto literário e da escrita de roteiros baseada

no texto de ficção; d) a uma estratégia para fomentar o interesse do adolescente pela

leitura por meio do cruzamento entre a literatura e o cinema. Alguns pressupostos

teóricos de Eliana Lúcia Madeira Yunes (1995), dos PCNs (2000), de Rosália Duarte

(2002), de Randal Johnson (2003), de José Wanderley Geraldi (2013) e da BNCC

(2018), por exemplo, alicerçam a pesquisa voltada ao estímulo à leitura associada à

escritura de roteiros e à produção de filmes. A discussão empreendida por esses

teóricos abarca aspectos que apontam: 1) a falta de interesse pela leitura e pelas aulas

de literatura por parte de muitos estudantes da Educação Básica e 2) os modos de

transpor a narrativa literária à fílmica. Quanto ao método, realizou-se uma sondagem

prévia acerca dos hábitos de leitura e apresentou-se a proposta de trabalho aos

estudantes, a qual se organizou da seguinte maneira: seleção dos textos literários

realizada pelos estudantes, que fizeram a sua leitura e, posteriormente, divididos em

grupos de até seis estudantes, escreveram os roteiros, adaptando a linguagem literária

à cinematográfica para, depois, filmarem os curtas- metragens e, finalmente,

realizarem nova sondagem. Dentre muitos dos resultados obtidos por meio dessa

investigação, destaca-se que o ensino da literatura apoiado na produção de curtas-

metragens tem-se configurado como uma estratégia bastante eficaz e satisfatória para

o estímulo à leitura do texto literário e para o aumento do interesse dos estudantes

pelas aulas de Literatura no Ensino Médio.

Palavras-chave: Curta-metragem. Educação Básica. Escrita. Literatura.

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O FASCÍNIO EM APRENDER UMA SEGUNDA LÍNGUA

Adriana Aparecida Carvalho Pereira

Rosangela Lazaretti

Este trabalho tem como objetivo mostrar o fascínio que é o processo de aquisição de

uma segunda língua, e que esta pode acontecer em qualquer idade sendo e a vontade de

aprender relevante para o processo de aprendizagem. As teorias citadas “apenas”

demonstram as variáveis de um processo de aprendizagem. É ratificado neste trabalho

que não é possível escolher uma teoria para que ocorra o processo de aquisição de uma

segunda língua. As entrevistas, as buscas pelos processos de aquisição não foram

focadas nas crianças, no entanto, alguns entrevistados citam o período da infância como

um momento relevante para o processo de aquisição. Excertos de histórias de

aprendizagem são descritos para exemplificar como o processo de aquisição passa por

pressupostos teóricos e que estas são formadas em determinados períodos da vida. Para

verificar de que forma ocorreram as aquisições e identificar as teorias de aprendizagem,

optou-se por utilizar entrevistas qualitativas de base etnográfica e a utilização de dois

tipos de entrevistas: estruturada e aberta. Os excertos trabalhados forneceram subsídios

para verificar que a aquisição mediada pela interação entre diferentes elementos de um

sistema promovem a construção da identidade, motivação e autonomia, tornando-se

elementos importantes para o processo de aquisição. Podemos então dizer que, a

aquisição de segunda língua (ASL) consiste na interação dinâmica entre os diferentes

fatores individuais e sociais e que e as percepções do aprendiz e as estratégias de ensino

refletem consideravelmente no processo de aquisição. Para dar base teórica a este

trabalho, utilizamos autores como Krashen (1978), Lado (1964), Paiva (2009), White

(1989), Crystal (2005), Chomsky (1965), entre outros.

Palavras-chave: Aquisição; Aprendizagem; Segunda Língua.

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Variação diacrônica do grau de transparência linguística do português brasileiro

Alessandra Regina Guerra

Esta comunicação insere-se numa interface entre a Sociolinguística, sobretudo o campo

dos estudos de variação linguística histórica, e a Gramática Funcional. Especificamente,

o quadro teórico-metodológico é constituído por uma articulação entre a Gramática

Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), trabalhos sobre

motivações comunicativas determinantes da estrutura das línguas, como iconicidade e

economia (SLOBIN, 1977; HAIMAN, 1985) e trabalhos sobre processos de mudança

diacrônica (TARALLO, 1993; ROBERTS; KATO, 1993). O objetivo é apresentar

resultados de pesquisa em que se analisa a variação diacrônica do grau de transparência

linguística do sistema de referência por expressão pronominal e desinencial do

argumento-sujeito de 1ª e 2ª pessoas no português brasileiro. Particularmente, discute-se

a variação diacrônica do grau de transparência desse sistema decorrente da interação

entre três mudanças ocorridas na história da língua: aumento da frequência de expressão

pronominal do argumento-sujeito, aumento da frequência de uso do pronome “você” em

detrimento de “tu” e aumento da frequência de emprego da forma pronominal “a gente”

em prejuízo de “nós”. O período histórico abordado estende-se da primeira metade do

século XIX ao início do século XXI, e o corpus da pesquisa é composto por peças de

teatro brasileiras produzidas nesse período. Os dados apresentados e discutidos mostram

que o grau de transparência do referido sistema, no recorte temporal em questão, oscila

em torno de um determinado eixo, variando ora em direção a diminuição, ora em

direção a aumento de transparência, não se alterando de forma unidirecional.

Argumenta-se, então, que esse resultado estaria vinculado, em grande medida, à atuação

igualmente relevante das motivações comunicativas de iconicidade e economia.

Palavras-chave: Variação Histórica; Mudança Linguística; Transparência Linguística.

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OBJETO DIRETO ANAFÓRICO NA FALA TEFEENSE

Alessandra de Souza Vasconcelos¹

Ana de Nazaré Egas Praia²

O presente trabalho busca mostrar o processo dos pronomes ele/ela em referência

anafórica na posição de objeto direto nos falares tefeense, com a finalidade de

caracterizar a fala de Tefé. Sendo assim, a pesquisa tem por objetivo descrever as

estratégias de pronominalização do objeto direto na retomada anafórica, utilizadas pelos

tefeenses. A metodologia usada neste trabalho está de acordo com o aspecto teórico-

metodológica da teoria variacionista sugerida por Labov (1972). Dessa forma, o corpus

a ser analisado é formado de 18 informantes, cujas falas foram tiradas de um banco de

dados constituído por bolsistas do PAIC entre 2011 e 2012. Os informantes foram

selecionados obedecendo aos seguintes critérios: três faixas etárias (7 – 19, 20 – 35, +

de 50), em cada faixa etária há 6 informantes de ambos os sexos e de três níveis de

escolaridade. Em se tratando da Faixa Etária, obteve-se os seguintes percentuais: com o

uso do PL (7-19): 40%, (20-35): 34%, (+50): 30%. Objeto Nulo: jovens – 60%, adultos

– 65% e idoso – 67%. Para o uso do CA na primeira FE não houve ocorrência, na

segunda FE (20-35) e terceira FE (+50) 1%. Quanto ao gênero do falante, notou-se que

os percentuais do homem e da mulher se aproximam. Vejamos: H – PL (39%), ON

(59%), E CA (1%). M – PL (33%), ON (66%) e CA 1%. Em se tratando da

escolaridade, os indicadores apontam um percentual muito próximo entre os níveis

(EF): PL (31%), ON (67%) E CA (2%), (EM): PL (43%), ON (57%), não houve

ocorrência do CA e (ES): PL (35%), ON (64%) E CA (1%). Portanto, observando os

percentuais das variantes podemos afirmar que a comunidade de Tefé utiliza na fala

com mais frequência o ON e com menos frequência o CA.

Palavras-chave: Objeto direto – referência anafórica - fala

e-mail para contato: [email protected] / [email protected]

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Diálogos entre História e Literatura: temporalidade, distopia e nação na pós-

modernidade

Aline Lima Pereira

Mestranda em História Social das Relações Políticas

PPGHIS – Universidade Federal do Espírito Santo

A presente comunicação busca relacionar a proposta de se pensar em uma diferente

concepção temporal acerca da chamada pós-modernidade com a ideia de nação na

contemporaneidade, a partir de situações recentes – como a crise de imigrantes na

Europa, o Brexit e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. O objetivo é

associar essa discussão ao tema da distopia na pós-modernidade, uma vez que

entendemos a distopia como uma chave interpretativa para problematizar a questão

acerca da temporalidade pós-moderna. Procuramos associar a questão nacional a partir

da perspectiva da narrativa com a problemática da pesquisa em andamento sobre a

relação entre distopia, literatura e história. Para tanto, utilizamos a contribuição do

teórico indiano Homi K. Bhabha (2003), do teórico literário alemão Hans Ulrich

Gumbrecht (2015) e do historiador francês François Hartog (2013), com o intuito de

fomentar uma análise da narrativa distópica de Laranja Mecânica (2012), do escritor

inglês Anthony Burgess.

Palavras-chave: Temporalidade, nação, distopia.

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AS DIVERGÊNCIAS, FUGAS E DESVIOS EM RESENHAS ACADÊMICAS:

UM ESTUDO RETÓRICO E LÉXICO-GRAMATICAL

Aline Moreira da Fonseca Nascimento

Eleone Ferraz de Assis

RESUMO: Ao analisar as resenhas produzidas por graduandos da Universidade

Estadual de Goiás, percebe-se a presença de divergências, fugas e desvios nos traços

descritivos, tanto na organização retórica como nos elementos formais que sinalizam

essa organização no nível léxico-gramatical. Pensando nisso, esta pesquisa objetiva

investigar nas resenhas acadêmicas, produzidas pelos alunos do Curso de Letras:

Português/Inglês da Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Jussara -, essas

divergências, essas fugas e esses desvios em relação ao padrão associado à normalidade

do gênero. Para tanto, o estudo fundamentar-se-á em Bakhtin (1995; 2011), Bezerra

(2001; 2010), Biasi-Rodrigues (2009), Crismore (1989), Feak (2009), Francis (1994),

Medeiros (2013), Motta-Roth e Hendges (2010), Swales (1990; 1994; 2004). Para a

investigação, selecionar-se-á um corpus de 40 resenhas produzidas, seguindo o modelo

CARS (SWALES, 1990), por alunos do 6º e 8º Período do Curso de Letras. Quanto à

base metodológica, realizar-se-á uma pesquisa qualitativo-quantitativa, buscando

descrever as divergências, as fugas e os desvios em relação ao padrão associado à

normalidade do gênero. Desse modo, as resenhas serão submetidas a um processo de

segmentação e análise, tendo em vista a estrutura retórica e os elementos léxico-

gramaticais do gênero.

Palavras-chave: Gêneros acadêmicos; resenhas; Estrutura retórica; Organização léxico-

gramatical.

A NOÇÃO DE TRABALHO NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO

DEPENDENTE QUÍMICO

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Aline Rodrigues da Silva

Celina Aparecida Garcia de Souza Nascimento

Este trabalho se justifica pela necessidade de problematização da relação espaço

discursivo e dependente químico, uma vez que podem ser atribuídas características

negativas a esses espaços. Com efeito, a fim de problematizar as relações entre trabalho

e dependência química, o córpus a ser investigado é constituído por um conjunto de

textos escritos por pessoas atendidas no CAPS ad (Centro de Atenção Psicossocial

álcool e drogas) de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. A perspectiva teórica-

metodológica se situa na Análise do discurso de orientação francesa (CORACINI,

2007) em uma interface com os filósofos Derrida (2011) a partir da noção de escritura;

Foucault (1988, 2005, 2007) sobre discurso, sujeito, arqueologia, genealogia e formação

discursiva; e Arendt (2010) sobre a noção de trabalho. A partir do processo

arqueogenealógico (FOUCAULT, 1979 e 2009) de descrição e análise de córpus

discursivo, notamos que o sujeito dependente químico em recuperação enuncia a partir

de espaços discursivos relacionados ao trabalho, à religião e à família, manifestando

enunciados que interligam esses espaços a possibilidade do que o sujeito dependente

químico afirma ser “rumo na vida”. Entendemos, também, que a vontade de verdade

(FOUCAULT, 2005) perpassa os enunciados como um tipo de exclusão, uma vez que é

exercido uma pressão e um poder de coerção sobre os discursos.

Palavras-chave: Discurso; Sujeito; Espaço discursivo.

O PAPEL DAS EMOÇÕES NA PRÁTICA DE UMA

PROFESSORA DE INGLÊS EM FORMAÇÃO INICIAL

Alyne Raíssa Belarmino Gomes

A atividade docente demanda do professor a mobilização de seu ser integral à

medida que envolve suas dimensões físicas, mentais, emocionais etc.

(MACHADO; BRONCKART, 2009). As emoções são consideradas atualmente

pela literatura como inseparáveis da cognição e são entendidas como recursos para

o agir, isto é, as emoções afetam o indivíduo aumentando ou diminuindo seu poder

de agir (SPINOZA, 1995), logo, não existe ação sem uma emoção que a possibilite

(MATURANA, 2002). Pesquisas recentes já reconhecem a importância das

emoções para o trabalho e a identidade docente (BARCELOS, 2013; VAN VEEN

et al, 2011). Contudo, da perspectiva que adotamos, os aspectos emocionais assim

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como outros aspectos constitutivos do real da atividade docente (CLOT, 2007), só

são apreendidos pelo agir linguageiro do professor sobre seu trabalho. Face ao

exposto, este trabalho tem por objetivo analisar as marcas linguísticas relacionadas

às emoções presentes nos diários de uma professora em formação inicial em sua

primeira experiência em sala de aula no âmbito do PROLICEN, bem como as

causas dessas emoções e a forma como a professora reage a elas. Para tanto,

realizou-se uma pesquisa de natureza qualitativa-interpretativista em que foi feita a

leitura do diário e a seleção de excertos que evidenciavam as emoções vivenciadas

pela professora conforme representado por ela. Os excertos foram analisados à luz

da literatura acerca das emoções, bem como do Interacionismo Sóciodiscursivo

(ISD) e da Clínica da Atividade. Os resultados preliminares apontam para a

predominância de emoções negativas que acarretam a diminuição do poder de agir

da professora em formação inicial. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir

para a área da formação (inicial) de professores no que se refere, sobretudo, à

dimensão emocional do trabalho docente.

Palavras-chave: Emoções, Formação Inicial, Trabalho docente.

As realizações fonéticas do fonema /-r/ no nordeste de Goiás

Amanda Diniz VALLADA

Resumo

Aliando-se aos princípios da sociolinguística variacionista, esta pesquisa procurou

entender a influência do fator sociogeográfico na realização fonética do fonema /r/ em

coda silábica no português falado no estado de Goiás. Haja vista que a região nordeste

do estado faz limite com o estado da Bahia, propôs-se a hipótese de que, nas cidades

dessa região, a variável mais comum em final de sílaba seria (-h) – recorrente na Bahia -

, e não (-ɽ) - recorrente em Goiás. Baseando-se nos dados presentes no Atlas Linguístico

de Goiás: léxico-fonético (Milani et al., 2015), três municípios da região nordeste do

estado foram o foco da pesquisa: Campos Belos, Posse e São Domingos. Os resultados

obtidos da análise quantitativa dos dados coletados indicam que a vibrante múltipla

alveolar [r] ocorre em 5% do total de casos analisados, o tepe retroflexo [ɽ] ocorre em

40% dos casos e a fricativa glotal [h] ocorre em 55% dos casos, apontando fortemente

para a possibilidade de que, na região nordeste de Goiás, devido à proximidade

geográfica com o estado da Bahia, o fonema /r/ em coda silábica é realizado, na maioria

dos casos, como [h], diferenciando a variedade da região àquela geralmente falada em

Goiás e aproximando-a à variedade encontrada na Bahia.

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Palavras-chave: sociolinguística variacionista, fonema /r/, português goiano.

A POLIFONIA DE LOCUTORES NA REDAÇÃO DO ENEM: UM CAMINHO

PARA O ENSINO DE LÍNGUAS

Ana Cecylia de Assis e SÁ (UFPB)

Mônica Mano Trindade FERRAZ (Orientadora –

UFPB)

RESUMO

Sabendo que a argumentação se faz presente nos mais variados gêneros textuais,

sobretudo naquele cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio, e que este sugere a

presença de locutores, ou seja, de vozes e discursos distintos sobre determinado tema,

este trabalho tem como objetivo analisar a polifonia de locutores presente em produções

textuais do gênero dissertativo-argumentativo, proposto na redação do ENEM, e como

esta teoria pode contribuir para o Ensino de Línguas. A fundamentação teórica da

pesquisa se centrará nos estudos da Semântica Argumentativa, à luz da Teoria da

Polifonia de locutores e enunciadores, proposta por Ducrot (1988), demonstrando que

num mesmo enunciado estão presentes vários participantes diferentes.

Metodologicamente, para a análise dos dados, o corpus selecionado foi composto por

redações aos moldes do ENEM, seguindo o gênero textual proposto pelo exame,

escritas por alunos de um curso pré-vestibular, em João Pessoa, na Paraíba. Analisou-se

especificamente a argumentação no tocante à Competência II, da Matriz de Correções

elaborada pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), a qual sugere que seja

inserido um repertório sociocultural que demonstre o conhecimento social e cultural dos

candidatos acerca do tema abordado. A partir dos postulados de tal competência, no

repertório inserido nos textos analisados identificou-se a presença de diversos locutores,

vista a influência e necessidade de utilizar citações e dados estatísticos, por exemplo,

marcados por diferentes vozes no texto, para marcar autoridade na argumentação.

Assim, verifica-se a importância de se trabalhar a polifonia no ensino de línguas,

sobretudo nas aulas de redação, mostrando a necessidade de marcar o discurso a partir

de uma argumentação baseada na presença de diferentes locutores no texto.

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Palavras-chave: Polifonia de locutores; Texto dissertativo-argumentativo; Ensino de

Línguas.

O ENSINO MÉDIO EM FOCO: A LÍNGUA INGLESA NO ESTADO DE

TOCANTINS

Ana Cristina Messias Rodrigues

Neila Nunes de Souza

RESUMO

Essa pesquisa em andamento tem como objeto de estudo os currículos do Ensino Médio

da Secretaria de Educação, Cultura, Juventude e Esportes do Estado do Tocantins

(Seduc), no que tange as mudanças e contradições implantadas nas escolas a partir da

Lei nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017. Questionamos a respeito das determinações

da política educacional estadual ao investigarmos como se implantam, e se consolidam

as mudanças em nível estadual, verificando o papel institucional na prática, no cotidiano

da escola. Nosso objeto de estudo, são os currículos do Ensino Médio, essencialmente

de Língua Inglesa, que nos propomos a ampliar o debate político sobre a Língua

Inglesa, no contexto da escola pública. Ainda, como se dá a aprovação da Lei nº

13.415/2017 na estruturação da Educação básica tocantinense, com ênfase no Ensino

Médio. Para tanto, a pesquisa é documental e os estudos se dão a partir da análise dos

documentos da Secretaria de Educação Estadual que propõe as políticas a partir da

legislação federal. Os documentos basilares da pesquisa são a Lei nº 13.415/2017, LDB

Nº 9394/96, SHIROMA; CAMPOS & GARCIA (2005) e FRIGOTO (2004). A Seduc

orienta as (12) Secretarias Regionais e cada uma delas desempenha o papel de

articuladora, com as escolas estaduais. Por isso, nos propomos a estudar os documentos

emitidos pela Seduc, direcionados às Secretarias Regionais e escolhemos uma

Secretaria Regional, que é a de Porto Nacional e selecionamos duas escolas estaduais

uma da zona urbana e outra da zona rural, para constatar o que efetivamente ocorreu de

mudança nos currículos escolares, compreendendo a delimitação do estudo, no

componente curricular de Língua Inglesa, no Ensino Médio, a partir da Lei

3.415/2017.A pesquisa é orientada pela seguinte pergunta: Que mudanças ocorrem no

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currículo escolar Estadual no componente de Língua Inglesa após a aprovação da Lei nº

13.415 de 16 de fevereiro de 2017?

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO MÉDIO; LÍNGUA INGLESA; POLÍTICAS

EDUCACIONAIS.

VIOLÊNCIA CONTRA OS POVOS INDÍGENAS DE DOURADOS MS

Anderson Aparecido Pires

Rita de Cássia Pacheco Limberti

Considerando a violência como uma prática etnocêntrica em relação ao outro, em que o

agressor , dominado por uma ideologia egoísta decide negar a alteridade; o presente

trabalho é elaborado com objetivo de ampliar os estudos referentes à violência em

contexto indígena. Conforme sabemos o sujeito se constrói pela relação com o outro e

nesse meio se produz o discurso, que por sua vez, é marcado pela ideologia- condição

imaginária de existência- frente a realidade. Nessa relação entre pares, perante a

realidade, pode haver o trânsito de ideologias violentas, em que opressor e oprimido

fazem uso das mesmas práticas a fim destruir o outro, tornando-o assim: etnocêntrico.

Independente da condição que se encontra, seguindo uma lógica binária: opressor ou

oprimido. Nossos teóricos contribuem na perspectiva de lançar luz sobre a investigação

que nos propomos. Para os estudos acerca da violência, a psicanalista Maria das

Graças Almeida (2010) foi de relevância, pois nos afirma que todos os seres são

potencialmente violentos, o que cabe aos sujeitos é saber administrar essa capacidade; a

fim de conhecermos a sociedade indígena de Mato Grosso do Sul, em específico

Dourados, Pereira (2010), Santana Junior (2006) e Chamorro (2015). Já, Rivoredo e

Costa (2011) auxilia-nos quanto as práticas sociais na contemporaneidade dos povos

indígenas, para que assim, possamos por meio da Análise do discurso de linha

francesa- considerando Michel Pechêux (2009) como norteador - , olhar

discursivamente para a canção ‘Tupã’ – composta pelo grupo de rap indígena Brô

Mc´s- e perceber os mecanismos linguísticos que contribuem para que se engendre a

violência nas aldeias e seja refletido por meio do rap.

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PALAVRAS –CHAVE: Discurso; luta; rap.

ESTILOS DE FALA MATERNO: UM ESTUDO DE CASO DE DUAS DÍADES

MÃE-CRIANÇA COM DESENVOLVIMENTO ATÍPICO DA LINGUAGEM

Andreza Aparecida Polia

Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante

O objetivo geral deste estudo foi o de investigar as características da fala das mães em

duas díades mãe-criança sendo que essas apresentavam diagnóstico de Encefalopatia

Crônica Não-Progressiva, popularmente denominada de Paralisia Cerebral cujo

desenvolvimento da linguagem é considerado atípico. Como referencial teórico partiu-

se de uma perspectiva sócio-interacionista e da óptica da aquisição multimodal acerca

da aquisição da linguagem. (KENDON, 1972; 1980; McNEILL, 1985, 1992;

TOMASELLO, 2003; AQUINO, SALOMÃO, 2009, 2011; CAVALCANTE, 2011;

FONTE, BARROS, CAVALCANTE, SOARES, 2014; CAVALCANTE, BARROS,

SILVA, ÁVILA-NÓBREGA, 2015; MELO, 2015; ÁVILA-NÓBREGA,

2017).Participaram deste estudo duas díades mãe-criança, sendo uma criança do gênero

feminino com comprometimento motor e linguístico severo e outra do masculino com

comprometimento motor e linguístico leve, com idades respectivamente de 15 a 27

meses e 17 a 29 meses. As díades foram filmadas em situação naturalística, no ambiente

domiciliar durante 12 meses, tendo cada filmagem duração de aproximadamente 15

minutos, com intervalos quinzenais entre as filmagens. O registro dos dados foi

realizado através de um diário de campo e as filmagens foram analisadas com o auxílio

do sistema computacional ELAN (Eudico Linguistic Annotator). A análise das falas

maternas apontou que enunciados de continuidade bem como a interpretação de

qualquer produção vocal (holófrases, jargão), e até mesmo em cenas de atenção

conjunta sem nenhuma produção vocal, foram mais utilizados pela mãe da díade na qual

a criança é mais comprometida motora e linguisticamente, dado este que difere do

apontado pela literatura prévia da área. Já a mãe da criança com menor

comprometimento linguístico e motor, apresentou estilo de fala mais diretivo, poucos

enunciados de continuidade, e sua fala constituía-se mais para repreender e ordenar

comportamentos.Esses aspectos enfatizam a importância de se considerar o estilo

linguístico de fala materna(relacional ou diretivo) e suas influências no processo de

aquisição de linguagem da criança.

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Palavras-Chave: díade mãe-criança; desenvolvimento a típico da linguagem;estilos de

fala materna

Comparação dos movimentos oculares de duas crianças

durante a leitura de problemas matemáticos: um estudo de caso

Sanny Duarte

Angela Maria Santana

Angela Ines Klein

Os movimentos oculares, segundo Hartmann (2015), fornecem informações sobre

o processamento on-line em tempo real; medindo características espaciais e temporais,

que são fixações (a manutenção do olhar em um determinado local no campo visual) e

sacadas (o movimento rápido dos olhos de um local para outro). A sequência resultante

destes dois movimentos é o caminho de varredura (Susac et al., 2014). Esse caminho é a

medida on-line da compreensão, a qual, de acordo com Solé (1989), resulta da

combinação entre os objetivos de leitura que guiam o leitor, os conhecimentos prévios e

a informação que o autor queria transmitir. Assim sendo, a leitura é uma atividade

bastante complexa e envolve problemas semânticos, culturais, ideológicos, filosóficos, e

até fonéticos, como afirma Cagliari (2009). A compreensão em leitura de textos tem

sido mundialmente analisada através dos movimentos oculares. No entanto, a habilidade

da leitura com enfoque na resolução de problemas matemáticos é menos frequente.

Desse modo, a compreensão leitora em matemática, aliada a um trabalho pedagógico

envolvendo habilidades de leitura, em parceria com a tecnologia, podem contribuir no

entendimento do processo ensino-aprendizagem. Para tanto, o presente estudo objetiva

analisar os movimentos oculares de crianças do quinto ano do Ensino Fundamental I, da

cidade de Ponta Grossa, Paraná, enquanto elas resolviam problemas matemáticos

similares aos da Prova Brasil. Os alunos leram 10 problemas matemáticos, na frente do

rastreador ocular de 500 Hz; em seguida, as crianças respondiam oralmente as questões

de múltipla escolha. Comparando os movimentos oculares de quem acertou os

problemas com quem errou, verificaram-se discrepâncias no tempo de leitura, número

de fixações, sacadas e regressões. Os resultados podem trazer informações úteis aos

professores dos anos iniciais, que lecionam matemática, e aos professores das demais

áreas, que estão interessados em desenvolver a habilidade de compreensão em leitura

dos alunos.

Palavras-chave: movimentos oculares; resolução de problemas matemáticos;

compreensão em leitura.

PIBID LETRAS-INGLÊS: REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES EM

FORMAÇÃO INICIAL ACERCA DO TRABALHO DOCENTE

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Angélica de Melo MAIA Janine dos Santos ROLIM

Nas últimas décadas, evidenciam-se transformações nas diversas esferas sociais

que têm afetado o mundo do trabalho. Simultaneamente, é possível perceber uma

crescente disposição de pesquisadores para explorar e compreender esse campo de

estudo – o mundo do trabalho –, de forma geral ou enfocando profissões

específicas. Neste sentido, esta pesquisa tem como propósito central a

compreensão de alguns aspectos do trabalho de professores de inglês em formação

inicial e, também, de algumas transformações no/do agir docente a partir da

perspectiva das Ciências do Trabalho e de algumas de suas categorias (CLOT,

1999, 2007; MACHADO, 2004). Para tanto, foi analisada a aplicação de um plano

de aula de língua inglesa desenvolvido em 2016 em uma escola de nível médio de

João Pessoa – PB no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à

Docência (PIBID/CAPES) Letras-Inglês da Universidade Federal da Paraíba, a

partir das representações sobre o trabalho docente elaboradas pelos três

professores em formação inicial que planejaram e ministraram a aula. Como

corpus desta pesquisa, utilizamos a transcrição do áudio de um grupo focal

composto por esses professores acerca de alguns aspectos processo de

planejamento e desenvolvimento da regência. Os resultados alcançados assinalam

a relevância da atividade de ensino em meio a tantas outras formas de trabalho.

Desse modo, espera-se que esta pesquisa amplie a visão sobre que fatores estão

envolvidos no processo de formação inicial de professores de língua inglesa, no

que se refere ao planejamento e ministração de aulas, e que sentidos são

construídos por esses professores quando têm a oportunidade de comparar e

refletir sobre o trabalho docente prescrito e realizado ainda durante o período da

licenciatura.

Palavras-chave: Formação Inicial; Pibid; Trabalho Docente.

REPRESENTAÇÃO DE ATORES SOCIAIS NEGROS NA CAPA DE UMA

REVISTA NACIONAL POR MEIO DO DISCURSO MULTIMODAL

Anna Beatriz Mormetto Alvarenga

Daniel Fernandes Costa

Lilia Barbosa da Silva

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Este estudo tem por objetivo investigar de que forma é produzida a representação,

imagética e verbal, de atores sociais na capa de uma das edições da revista Veja, que

trata a questão da identidade racial. A fim de atingir tal propósito, o referencial teórico

adotado é o desenvolvido pela Gramática Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 2014),

integrada por mais uma abordagem de cunho sistêmico: a Teoria da Multimodalidade,

que possui como principal sustentáculo a Gramática do Design Visual (KRESS;VAN

LEEUWEN, 2006). Nesta pesquisa, valemo-nos, como expediente metodológico, de um

estudo de cunho interpretativo-qualitativo de uma capa da revista Veja, com a aplicação

de algumas ferramentas analíticas das metafunções ideacional, interpessoal, textual

(Gramática Sistêmico-Funcional), análogas às metafunções representacional, interativa

e composicional (Gramática do Design Visual). A pesquisa empreendida (que é um

recorte do projeto “A construção de significados em capas de revistas brasileiras”)

justifica-se na necessidade de as pessoas reconhecerem – se se considerar as mudanças

sociais e a formação do pensamento crítico – os significados semióticos construídos na

teia discursiva multimodal. Através de uma análise preliminar, chegamos à conclusão

de que, no gênero multimodal capa de revista, em meio à transformação social, os atores

sociais negros representados se encontram em evidência na estrutura imagética, e, ainda,

por meio da composição verbal da chamada, é reiterado o papel social de destaque, no

que concerne ao combate ao racismo. Com a proposição deste estudo, esperamos

contribuir para a compreensão de que as imagens, veiculadas por produtores textuais

que se comprometem com o contexto social, produzem e veiculam uma pluralidade de

significados, com os mais variados propósitos comunicativos.

Palavras-chave: Multisemiótica; Atores sociais negros; Capa de revista.

(DES)CAMINHOS DOS SENTIDOS DO PÚBLICO E PRIVADO NO DISCURSO

DA LEI DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

Antonio Castro do Amaral

Este trabalho, fruto da tese de doutorado “(Des)caminhos dos Sentidos do Público e

Privado no Discurso da Lei das Parcerias Público-Privadas”, objetiva analisar, sob as

fundamentações teóricas da Análise do Discurso (AD), fundada por Michel Pêcheux, ao

fim da década de 1960 como teoria materialista do discurso, os sentidos de “público” e

“privado” no discurso oficial Lei das Parcerias Público-Privadas (LPPP), nº.

11.079/2004, do Governo Federal brasileiro. Para tanto, a pesquisa, já em fase final,

analisou, sob o enfoque materialista, os sentidos históricos, sobre o “público” e o

“privado”, desde a Antiguidade clássica à constituição do Estado contemporâneo,

destacando que as esferas do “público” e do “privado” sempre estiveram atrelados a

distintos lugares, que se excluem mutuamente; a pesquisa também revistou aspectos

teóricos e conceituais da Análise de Discurso no Brasil, relativamente às principais

categorias concernentes às “formações ideológicas”, “formações discursivas”, “efeitos

de sentido”, “silenciamentos”, “implícitos”, “interdiscurso”, “intradiscurso” e outras

importantes conceituações, necessárias ao desvelamento dos sentidos de “público” e

“privado” na discursividade da LPPP. As análises puderam desvelar o processo de

relativização e homogeneização dos conceitos atinentes aos sentidos de “público” e

“privado”, demonstrando que o processo de ressignificação desses sentidos decorreu do

projeto de expansão hegemônica de controle do capital sobre toda a sociedade, que

privatiza o “público”, submetendo-o aos interesses dos grupos econômicos nacionais e

internacionais.

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Palavras-chave: Público e Privado. Lei das Parcerias Público-Privadas. Análise de

Discurso Pechextiana.

ENTRE OS NOSSOS DESEJOS E SUA CONCRETIZAÇÃO, ENTRE OS

NOSSOS SONHOS E REALIZAÇÕES: A APROPRIAÇÃO DAS

TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Ariane Peixoto Mendonça (UEG)

Resumo: Nessa comunicação, proponho trazer uma contribuição para a área de Ensino

e Aprendizagem de Língua Inglesa mediada pelas TIDCs. Desenvolvi ao longo dos

últimos dois anos alguns trabalhos teóricos e práticos sobre a necessidade e a

importância de incorporar o uso das tecnologias nas aulas de língua inglesa, as quais

poderiam ser exploradas de forma prática, lúdica, interessante e que favorecessem o

processo de aprendizagem do aluno. A constante busca por trabalhos mais significativos

tentando sempre articular a teoria e a metodologia que permita a apropriação das

tecnologias para além de sua instrumentalidade foi o que propus junto a turma de Letras

da Faculdade Unifan (Goiânia) dos períodos III e IV, porque entendo que o domínio da

ferramenta em si não é suficiente, há portando, a necessidade de apropriação pedagógica

da ferramenta virtual tanto por parte do professor quanto por parte do aluno. Assim, a

questão que mobiliza a presente discussão se baseia em dois aspectos que marcam o

processo de aprendizagem de língua inglesa para o uso das tecnologias: a) A utilização

de ferramentas virtuais com o propósito de auxiliar o desenvolvimento das habilidades

em língua inglesa, neste contexto a ferramenta Padlet; b) A não dicotomização entre o

técnico e o pedagógico. Para tanto, o referencial teórico se apoia em estudos sobre a

mediação pedagógica, tecnologias e novas educações(BAKHTIN, 2004; DIAS, 2010;

FIRNANDI, PREBIANCA, MOON, 2013; LEFFA,2009; MASETTO,2013;

MORAN,2013, PINTO, PRETTO, 2006; PEIXOTO 2014, 2015; TOSHI, NEIVA,

2014). Os dados foram gerados por meio dos seguintes procedimentos: narrativas

autobiográficas,relatos das aulas, mensagens via Whatsapp e postagem no site

PADLET.

Palavras-chave: Tecnologias.Ensino. Aprendizagem. Ambiente Virtual. Padlet

As contribuições da teoria dos exemplares na Variante do R no falar portuense

Auricélia Alencar da Silva Fernandes

RESUMO: Este estudo intitulado “As Contribuições da Teoria dos Exemplares na

Variante do R no Falar Portuense”, tem por objetivo analisar as variedades do r-fraco e

R-forte em coda em relação à estrutura silábica no falar da comunidade, da cidade de

Porto Nacional/TO. As amostras da comunidade de fala da cidade de Porto

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Nacional/TO, serão coletas por um gravador digital em alta frequência em um local

silencioso e as análises serão realizadas de acordo com o que ocorrem no Português

Brasileiro. Faz se necessário, para melhor compreensão das variantes do “erre” a

pesquisa de campo, pois a mesma buscará informações com a população portuense e

será de natureza qualitativa, para isso, serão realizadas entrevistas estruturadas e

espontâneas. Os dados serão analisados com o auxílio dos programas computacionais

PRAAT para analisarmos as variáveis linguísticas independentes e o Goldvarb X,

quantificamos estatisticamente os fenômenos variáveis sociais. Serão selecionados doze

informantes para a realização das entrevistas, que serão distribuídos de acordo com a

estratificação: a) sexo: masculino e feminino; b) idade: 23 a 35 anos, 36 a 54 anos, +55

anos; c) nível de escolaridade: ensino básico completo e ensino superior completo. Este

trabalho será fundamentado na Fonologia de Uso (BYBEE, 2001) e o Modelo de

Exemplares (JONHSON, 1997; PIERREHUMBERT, 2000) diferem da visão

tradicional e postulam que a representação mental do componente fonológico é

múltipla, pois inclui os alofones e o detalhe fonético. Por isso, esses modelos são

denominados multirrepresentacionais. Os resultados esperados deste trabalho são:

identificar as variantes fonéticas do r que ocorre na fala do portuense, analisar as

variáveis linguísticas independentes como: posição na sílaba, número de sílaba, vogal,

frequência de ocorrência, a tonicidade e o indivíduo, também será analisando as

variáveis sociais como: sexo, idade e nível de escolaridade.

PALAVRAS-CHAVE: Róticos; Fonologia de Uso; Modelos de Exemplares.

ATOS DE FALA (IN)DIRETOS COMO ESTRATÉGIAS DE (IM)POLIDEZ

Um estudo intercultural no contexto do ensino de Alemão como

Língua Adicional: interação entre professor alemão e aluno falante de português no

Brasil

Resumo: Dada a importância dos estudos sobre polidez nas pesquisas interculturais e

das escassas discussões relativas ao contexto de ensino quanto a esse aspecto, mostra-se

necessária a investigação sobre o uso da (in)diretividade como estratégia de (im)polidez

nas interações interculturais. Para tanto, pretende-se com esta pesquisa realizar uma

investigação no contexto de ensino de alemão como língua adicional, envolvendo um

professor alemão e alunos brasileiros aprendizes de alemão. Este estudo situa-se no

âmbito da Sociolinguística Interacional que investiga como o processo interpretativo

funciona nas interações interpessoais, utilizando enunciados reais dos usuários da

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linguagem na comunicação face a face. O objetivo deste estudo é analisar os atos de fala

diretos e indiretos como estratégias de (im)polidez em situações de interação entre os

interagentes envolvidos no processo, a fim de evidenciar os efeitos causados. Trata-se

de uma pesquisa qualitativa, com orientações etnográficas, que utiliza microanálises

interacionais. Os fundamentos teóricos se baseiam principalmente na teoria da polidez

de Brown e Levinson (1987) e nas contribuições sobre polidez de Culpeper (2011) e

Brandão (2016). Os registros foram obtidos por meio da gravação em vídeo de duas

aulas de alemão. O estudo mostra que o uso da diretividade e da indiretividade, como

estratégias de polidez, resulta em mal-entendimentos em certas situações de interações

interculturais. Assim, esta pesquisa pretende colaborar para o desenvolvimento de

pesquisas interculturais, notadamente pelas investigações em contexto de sala de aula.

Palavras-chave: Estratégias de (im)polidez; (In)diretividade; Ensino de alemão com

Língua adicional.

A constituição do sujeito e a literatura: autor, leitor e interlocução

Betina Rezze Barthelson

Resumo: Esse trabalho se assenta no interior da Linguística Aplicada apresenta uma

reflexão sobre a relação entre a literatura e a constituição do sujeito que lê a partir dos

conceitos de interlocução e relação interlocutiva de leitura (GERALDI, 2003) e do

ensino da literatura através da abordagem do letramento literário (COSSON, 2009).

Considerando-se que esta reflexão se dará no âmbito do contexto escolar, buscamos

refletir sobre o papel do professor no ensino da literatura. Tendo em vista a importância

da escola no ensino da escrita, da leitura e da literatura frente às diversas práticas sociais

organizadas a partir da presença – direta ou indireta - da escrita, essa reflexão se

justifica pela relevância da apropriação da literatura pelo aluno para a sua efetiva

participação e ampliação dessa participação como sujeito-leitor nas práticas letradas.

Tal discussão será norteada pela concepção de escola como instituição responsável pelo

aprendizado formal do aluno que tem atrelada a si os resultados de um processo

histórico específico da cultura ocidental: a preocupação com o futuro revelada na

atenção à formação do aluno, e a preocupação com o passado, marcada pela valorização

da herança cultural relevante para a constituição do sujeito (GERALDI, 2003). Teórica

e metodologicamente a análise se fundamenta na revisão da literatura para uma

aproximação entre os conceitos tratados por autores relevantes nas áreas da Linguística -

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Benveniste (1991), Geraldi (2003) - e do Letramento Literário -Cosson (2006; 2017),

Paulino e Cosson (2009). Os resultados da aproximação teórica realizada entre os

autores das áreas da Linguística e do Letramento Literário apontam para o fato de que o

ensino da literatura na escola pode ampliar o universo de referência do aluno e

modificar os sentidos anteriormente por ele construídos, contribuindo, assim, para a

resigfinificação do papel do professor e do ensino da literatura na escola.

Palavras chaves: Letramento literário; constituição do sujeito; interlocução.

MATERIAIS DIDÁTICOS DE ESPANHOL PARA FINS ESPECÍFICOS:

REFLEXÕES SOBRE SELEÇÃO, ELABORAÇÃO E USOS

Bianca Agarie

Conforme Bedin (2017), a oferta de língua estrangeira nos cursos tecnológicos deve ser

organizada e pensada com base nas necessidades específicas de cada grupo de alunos,

nos propósitos de cada segmento profissional e contexto de ensino. Entretanto, a mesma

autora evidenciou em sua pesquisa uma lacuna na formação professores de espanhol

nesse âmbito de ensino, visto que o tratamento dado a essa língua não contempla o

campo profissional da formação do aluno. Como consequência disso, esses docentes

podem encontrar dificuldades em selecionar materiais didáticos adequados e que

atendam às necessidades profissionais exigidas nas áreas contempladas pelos cursos

tecnológicos. Dessa forma, com base em Almeida (2016), Ramos (2004, 2005, 2012),

Sanchez e Estima (2017), Strevens (1988) e Vian Junior (1999), buscamos discutir

acerca da seleção e/ou elaboração de materiais didáticos de línguas para fins

específicos, mais especificamente, a espanhola. Com este estudo, não nos propomos a

indicar materiais adequados, já que é necessário respeitar a autonomia do professor, o

contexto específico e o perfil dos alunos. Nossa proposta é refletir sobre o ensino de

línguas no contexto tecnológico e quais critérios são importantes a se considerar no

momento de selecionar e/ou elaborar uma atividade com vistas à formação profissional

e crítico-reflexiva do alunado.

Palavras-chave: Espanhol; Ensino Tecnológico; Línguas para fins específicos

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JARDIM SENSORIAL: UM NOVO SENTIDO DE INTERPRETAÇÃO

Boninne Monalliza Brun Moraes

Jackeline Cabral Loureiro de Almeida

RESUMO: Na prospectiva de atender à temática da Linguagem, Discurso e Sociedade,

este estudo aborda uma análise discursiva materialista histórica acerca da posição

discursiva da diretora responsável por uma escola municipal de educação infantil da

cidade de Sinop- Mato Grosso quanto à possibilidade de implantação de um Jardim

Sensorial na instituição. O objetivo deste artigo foi discutir os fatores que constituem as

condições de produção da implementação de um jardim sensorial em uma escola no

dizer de sua diretora. Justifica-se a importância desta pesquisa em estabelecer espaços

de interação entre o professor-pedagogo e o aluno com necessidades especiais,

estimulando as capacidades de aprendizagens individuais com a socialização,

identificação sensorial, cognição e aprendizagem como um todo. O corpo da pesquisa

foi constituído por entrevistas com a diretora, fotografias com os espaços da escola,

a Lei nº 6.949 de 25 de Agosto de 2009 que preconiza o direito às pessoas com

deficiências, o Projeto Político-Pedagógico da escola e a Lei Municipal 2.139 de 23 de

junho de 2015 que trata do tema em nível local. As análises foram baseadas no

dispositivo teórico-analítico da Análise do Discurso destacando as noções de discurso

pedagógico, condições de produção, forma-sujeito aluno com necessidades especiais

com os autores Michel Pêcheux e Eni Orlandi. Tem-se como resultado que o discurso

do sujeito-diretor, como professor e educador, mostrou esforços escolares para a real

inclusão, com a qualificação do corpo docente, mas também identificou a necessidade

de se envolver a comunidade de pais para o sucesso da integração entre todos os alunos.

Palavras-chave: Jardim Sensorial, Análise do Discurso, Inclusão.

O ensino de Literatura e História na educação básica a partir de uma concepção

de língua como transgressão: escrevivências nas obras de Eliane Potiguara e

Scholastique Mukasonga Bruna Paiva de Lucena

Cristiane de Assis Portela

Resumo: A proposta aqui apresentada coloca em diálogo as experiências de duas

pesquisadoras que são, respectivamente, professoras de Língua Portuguesa e História na

Secretaria de Educação do Distrito Federal- SEEDF. Estas reflexões estão vinculadas ao

grupo de estudos Autoria de Mulheres, Pedagogia Engajada e suas

Interseccionalidades, que reúne pesquisadores da SEEDF, da Universidade de Brasília e

do Centro Universitário de Brasília, em torno do Programa Mulheres Inspiradoras,

política pública que estimula professoras/es a elaborarem projetos que serão

desenvolvidos junto a estudantes da educação básica a partir de uma metodologia de

trabalho pautada na leitura de obras escritas por mulheres e que estimulem processos

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autorais de leitura e escrita. O objetivo é analisar as obras Metade cara, metade

máscara de Eliane Potiguara e A mulher de pés descalços de Scholastique Mukasonga,

com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de pedagogias fundamentadas na

autonomia, na resistência e na transgressão; serão propostas diferentes estratégias

metodológicas, pedagógicas e didáticas para o estudo dessas obras na escola.

Teoricamente, problematizamos a concepção de língua como lugar de opressão e ao

mesmo tempo, espaço potencial de transgressão, conforme proposto em bell hooks e

Glória Anzaldúa. Metodologicamente, a concepção de escrevivência de Evaristo nos

indica caminhos para utilização da autobiografia em contextos escolares, um tipo textual

capaz de trazer ao ambiente escolar uma rede de troca de afetos e experiências que

propicia o ensino da língua não só como interiorização de determinado padrão

linguístico e educacional mas também como forma de transgressão desses,

problematizando os conceitos históricos e a noção de temporalidades. As obras de

Eliane Potiguara e Scholastique Mukasonga nortearão essas experienciações, em

diálogo direto com os conteúdos curriculares de História e Literatura no 9o ano do

Ensino Fundamental, no que se refere aos eixos transversais relacionados à diversidade,

direitos humanos e sustentabilidade.

REFLEXÕES DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA EM

(TRANS)FORMAÇÃO

Bruna Quartarolo Vargas

RESUMO: Levando-se em consideração a Teoria Sócio-Cultural (TSC), preconizada

por Vygotsky 1978; 1998) e seguidores (LANTOLF, 2000; REGO, 2011), esta pesquisa

ainda em fase de desenvolvimento, se insere na área de formação (inicial) de

professores e ensino-aprendizagem de língua inglesa (LI). O corpus para análise deste

trabalho é/está sendo gerado a partir de interações entre a professora pesquisadora e três

alunos em formação inicial, sendo uma aluna bolsista de treinamento profissional e dois

alunos em estágio curricular de graduação. Dentre os participantes da pesquisa, a

professora supervisora, com mais de dez anos experiência na área de ensino-

aprendizagem de LI, sugere a leitura e discussão de textos acerca da avaliação da

aprendizagem da língua inglesa, tema este escolhido a partir das indicações de interesse

dos próprios estagiários, que apontam este assunto como lacuna não preenchida durante

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a graduação. O objetivo é propiciar oportunidades de surgimento de Zonas de

Desenvolvimento Proximal (ZDP) para ampliar conhecimentos de práticas de sala de

aula. Acredita-se que os resultados poderão revelar tais interações como oportunidades

de “transformação coletiva em lugar de transformações individuais” (ENGERSTRÖM,

2008), ou como “palco para batalhas ideológicas” (BERNSTEIN, 1993), uma vez que

em conjunto, mediados pela linguagem e com o auxílio dos pares mais experientes,

provavelmente serão desveladas negociações de sentidos realizadas pelos participantes.

Neste contexto a ZDP poderá emergir como “espaço dialético de formação coletiva, de

tensão, de contradições que geram conflitos, de ações colaborativas, como um

movimento constante de questionamento e compartilhamento de novas criações”

(MAGALHÃES, 2009).

Palavras-chave: Formação de professores de língua inglesa; avaliação de aprendizagem,

Zona de Desenvolvimento Proximal.

LEITURA E LÉXICO: ANÁLISE DE ATIVIDADES DE VOCABULÁRIO EM

LIVROS-DIDÁTICOS DE INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA

Bruno de Azevedo

Leda Maria Braga Tomitch

RESUMO: O conhecimento lexical é considerado antecipador da compreensão leitora

(NATION, 2001), além de a leitura ser uma fonte de aquisição lexical (LAUFER,

2017). Considerando essa perspectiva, esta pesquisa objetivou analisar atividades de

vocabulário de inglês como língua estrangeira em livros didáticos para investigar qual a

relação das atividades de vocabulário com a unidade de leitura. Como objetivos

específicos, procurou-se investigar (i) quais processos componentes da leitura as

atividades fomentam (decodificação, compreensão literal, compreensão inferencial e

monitoramento da compreensão em Gagné et al., 1993); (ii) como as atividades são

apresentadas na unidade de leitura; (iii) se as atividades abordam palavras frequentes e

que auxiliem na identificação de ideias principais e/ou secundárias dos textos; (iv) o

número de ocorrências das palavras ao longo das unidades; (v) qual nível de

processamento as atividades promovem. Para tal análise, três livros didáticos listados

nos programas de disciplinas do curso de Letras-Inglês da Universidade Federal de

Santa Catarina foram selecionados. Os resultados mostraram que somente um dos livros

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apresenta uma forte relação com a unidade de leitura. Com relação aos objetivos

específicos, dois dos livros parecem fomentar processos de baixo nível; um dos livros

predominantemente apresenta vocabulário em forma de atividades de inferência,

enquanto os demais focam em atividades de forma-significado. Ademais, somente um

dos livros abordou palavras mais frequentes da língua inglesa e palavras que são

relevantes para ideias principais e/ou secundárias dos textos, além de fornecer várias

oportunidades de encontro com as palavras. Por fim, somente um dos livros parece

promover um nível profundo de processamento com as palavras abordadas pelas

atividades.

Palavras-chave: leitura; léxico; livros didáticos.

LETRAMENTOS DO PROFESSOR DE INGLÊS: COMPREENSÃO DA

CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL PELOS PROCESSOS DE

ENSINAR E APRENDER

Caique Fernando da Silva Fistaro

Janete Raquel Pavlak Bloemer

Cyntia Bailer

A identidade profissional do docente de inglês pode ser compreendida a partir dos

processos de ensinar e aprender (GIMENEZ, 2005), tanto na formação inicial ou

continuada, quanto nos diversos letramentos experienciados ao longo do cotidiano,

vivências essas que refletem diretamente na prática desenvolvida em sala de aula. Por

isso, esse trabalho objetiva compreender como ocorrem esses letramentos do docente de

inglês para construir sua identidade profissional nesse processos, em especial ao

planejar as aulas. Esta pesquisa quanti-qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1999) foi

realizada com os professores de inglês da Secretaria Municipal de Educação de

Blumenau, por meio de questionário com perguntas abertas e de múltipla escolha. A

análise de dados foi realizada em uma perspectiva dialógica do discurso a partir dos

Estudos dos Letramentos (LEA; STREET, 2006), com foco nos Letramentos do

Professor (STREET, 2012), bem como em estudos sobre saberes pedagógicos

(TARDIF, 2000). Os dados apontam que o professor realiza dois processos específicos

de ensinar e aprender: busca embasamento legal em documentos norteadores tais como

os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997), as Diretrizes Curriculares

Municipais de Blumenau (DCM, 2012) e, em conhecer a Base Nacional Comum

Curricular (BNCC, 2018); e de planejar as aulas a partir destas leituras e estudos. Ao

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longo desses processos, os professores sentem falta de diálogo e planejamento coletivo

dentro dos movimentos obtidos nos tempos e espaços escolares e tentam romper com

esses desafios institucionais. Os resultados iniciais demonstram ainda que o docente de

inglês compreende os processos de ensinar e aprender e busca melhorar o

desenvolvimento de sua prática em sala, tanto por meio das formações continuadas

oferecidas pela rede municipal de ensino, quanto na busca autônoma de aprendizagens

para a construção da sua identidade profissional.

Palavras-chave: letramento do professor de inglês; construção da identidade

profissional; processos de ensinar e aprender.

CRENÇAS E IDEOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES DE

PROFESSORES E CRIANÇAS POR MEIO DO ENSINO DE LE

Camila Mara Andrade Silva

RESUMO: Os estudos atinentes ao ensino de língua estrangeira para crianças (LEC)

têm sido alvo de grandes pesquisas no bojo da Linguística Aplicada (LA) nos últimos

anos. Muito desse crescimento diz respeito ao mundo globalizado em que nos

encontramos, no qual, a necessidade de se falar uma língua estrangeira (LE) deixou de

ser considerada meramente “chique” e se tornou uma necessidade real para a

contemporaneidade Scheifer (2010). Destarte, o presente trabalho visa oferecer uma

contribuição que permita aos profissionais de línguas estrangeiras refletirem sobre sua

prática em sala de aula seguindo as tendências atuais da Linguística Aplicada

concernentes ao ensino de língua estrangeira para crianças (LEC). Assim, ao

concebermos linguagem como prática social e dialógica, ligada à cultura, mostramos

que a própria língua(gem) carrega em si crenças e ideologias, as quais influirão na

(trans)formação da identidade de professores e alunos Hall (2000). Para ilustrarmos esse

ponto, questionários foram aplicados a professores de línguas que, após análise, sob a

perspectiva da análise (crítica) do discurso, nos levou a tal conclusão. Propomos, assim,

uma conscientização do professor sobre a referida questão por meio da Pedagogia

Crítica de modo que este possa se posicionar criticamente perante os discursos

ideológicos assim como as crenças, e, com essa empreitada, venha a ser um formador de

cidadãos, igualmente, críticos.

Palavras-chave: crenças, ideologias, identidades, ensino de línguas para crianças.

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ATIVIDADES DIVERSIFICADAS COMO ESTRATÉGIA MOTIVACIONAL

PARA APRENDER INGLÊS NO ENSINO MÉDIO

Camila Miranda Baia

Nilton Hitotuzi

O desafio de ensinar inglês na escola pública sob condições adversas em termos de

infraestrutura, número de alunos por turma, carga horária alocada à disciplina,

motivação para estudar o idioma e outros fatores, levou um grupo de bolsistas do

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência do curso de Licenciatura em

Letras-Inglês de uma universidade federal do norte do Brasil a elaborar e executar, com

o seu supervisor, um projeto de pesquisa visando a incentivar alunos do ensino médio de

uma escola estadual no município de Santarém-PA a engajarem-se no estudo da língua

inglesa de forma mais efetiva. Para isso, utilizaram-se os conceitos de experiência e

interesse de John Dewey; algumas sugestões de Richard Mayer sobre a utilização de

tecnologias em sala de aula e a discussão feita por Vanessa Borges de Almeida e Larissa

Domingues sobre a importância da motivação no processo de ensino e aprendizagem.

Norteado por princípios da pesquisa-ação, o estudo envolveu 59 alunos (28 homens e 31

mulheres de duas turmas (1º e 2º ano) durante um ano letivo. A estratégia consistiu na

participação direta dos alunos em atividades em que se capitalizaram sequências

fílmicas e três ações de extensão: um festival de música, um sarau literário e uma

mostra cultural. O interesse dos alunos em estudar inglês foi determinado a partir de

observações dos bolsistas e do seu supervisor (o professor das turmas), e de

depoimentos destes e dos alunos. Os resultados indicaram mudança positiva em relação

ao interesse da maioria dos alunos para estudar inglês, embora alguns participantes

continuassem desinteressados ao final do estudo. Mesmo assim, é possível concluir que

a inserção de alunos em atividades e ações diversificadas no âmbito do ensino de

línguas estrangeiras tem o potencial de encorajá-los a dedicarem-se ao estudo da língua-

alvo.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Língua inglesa. Motivação. Atividades e Ações

diversificadas.

A IRONIA NAS TIRINHAS DA MAFALDA: UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO SOB UMA PERSPECTIVA MULTISSEMIÓTICA

Camila Polyane Souza Felício

Daniele Maciel Lopes

Arlete Ribeiro Nepomuceno

Esta pesquisa objetiva proporcionar a realização da construção de sentidos de textos a

partir da leitura verbo-visual de tirinhas de Mafalda. Para tanto, com uma metodologia

quanti-qualitativa, exploramos, num primeiro momento, a teoria da Gramática

Sistêmico- Funcional, de Halliday (2004[1985]), assim como da Gramática do Design

Visual (GDV), de Kress e van Leeuwen (2006 [1996]). Num segundo momento,

ancorados em Brait (1996) e Possenti (1998), realizamos uma abordagem do tom

irônico de que os produtores se valem para apresentar os personagens do gênero.

Justifica-se esta pesquisa porque, na sociedade atual, é importante que o aluno seja

multiletrado, tendo o entendimento não só da ironia, como também de outros recursos

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verbo-visuais. Partindo do pressuposto de empiricamente podermos afirmar que os

alunos sentem dificuldades em construir sentidos e perceber a ironia quando se trata das

tirinhas, hipotetizamos que esse gênero pode contribuir com esse processo, pois traz

diversos recursos que possibilitam ao aluno uma maior atribuição de sentidos ao texto.

Os resultados parciais, apresentados através de um teste de leitura, evidenciam as

dificuldades dos alunos em relação à interpretação do gênero, quando necessitam

estabelecer uma inter-relação entre as multissemioses veiculadas nos textos. Esperamos,

com a realização desta pesquisa que os alunos possam perceber a (des) construção de

sentidos proposta pela ironia, além de compreender textos a partir da relação palavra-

imagem, o que poderá contribuir para a melhoria da compreensão leitora.

Palavras-chave: Leitura, Ironia, Multissemiose.

ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA POR MEIO DA

RETEXTUALIZAÇÃO COMO PROCESSO DE TRADUÇÃO: REFLEXÕES

TEÓRICAS E PRÁTICAS

Camila Teixeira Saldanha

No contexto de ensino de línguas, é muito recorrente a incidência de atividades de

tradução que, por diversas razões, são associadas a atividades de leia e traduza. Esta

realidade frequentemente reduz a atividade tradutória a uma mera transposição

linguística, sem levar em consideração aspectos relevantes, como os extralinguísticos

e/ou culturais, que envolvem essa prática. Frente a esse cenário, essa comunicação traz à

luz uma proposta do uso da tradução pedagógica sob a ótica funcionalista (NORD,

2002; 2009; 2010), entendida como processo de retextualização (TRAVAGLIA, 2013

[1993]; MARCUSCHI, 2001[2010]; DELL’ISOLA, 2007; MATENCIO, 2002; 2003;

DEMETRIO, 2017), aplicada a 17 alunos de Língua Espanhola, do Curso de Letras de

uma universidade federal. O objetivo geral desse estudo é proporcionar aos participantes

o reconhecimento, manuseio e produção do gênero textual (GT) folheto informativo por

meio da aplicação de uma sequência didática (SD) alicerçada nos referencias teóricos

dos autores da Escola de Genebra, definidas por eles como “[...] um conjunto de

atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual

oral ou escrito” (DOLZ, NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2010, p. 82). Este estudo se

justifica pelo fato de observamos certa dificuldade por parte de professores formadores

e alunos em formação que já atuam como docentes, em conseguir promover um ensino

de língua consciente, voltado a uma visão sócio-histórico-cultural da linguagem,

denunciando uma divergência entre as propostas oficiais, os conhecimentos teóricos

advindos de pesquisas acadêmicas e a formação oferecida pelas instituições de ensino

superior (BOUZADA, FARIA, SILVA, 2013). Entre os resultados parciais, podemos

observar que os alunos, de maneira geral, percebem que o processo de escrita de um

GT, seja ele oral e escrito, exige algumas condições que ultrapassam o conhecimento

meramente linguístico, como a adequação, coesão, coerência e correção gramatical,

além do contexto sócio-histórico no qual está inserido o texto (CASSANY, 2011).

Palavras-chave: ensino-aprendizagem de línguas; retextualização; gêneros textuais

POLÍTICAS DE ENSINO DE LÍNGUAS PARA CRIANÇAS EM TEMPOS DE

GLOBALIZAÇÃO NO CENÁRIO EUROPEU

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Carine Guedes

RESUMO: A globalização fez com que o interesse por aprendizagem de línguas se

intensificasse nos quatro cantos do mundo. Esse interesse tem feito com que tal

aprendizado se inicie cada vez mais cedo, por mais diferentes motivos, tornando o

ensino de língua estrangeira para crianças uma realidade. Entretanto ainda são muitas as

inconsistências identificadas nas políticas linguísticas que tratam deste assunto, bem

como são incipientes as pesquisas que tratam do tema. Para compreendermos como

essas políticas vem sendo desenvolvidas em um mundo globalizado, por meio de uma

pesquisa bibliográfica (Nikonov e Curtain,2000; Brock-Utne e Holmarsdottir, 2004;

Enever e Moon, 2009; Gimenez, 2009) e de análise documental (COMISSÃO

EUROPEIA,1995; CEFRL,2001; Eurydice,2012) apresentamos neste trabalho, um

recorte de um trabalho mais amplo que tem como objetivo identificar e analisar as

políticas linguística de ensino de língua estrangeira para crianças no contexto

globalizado, neste trabalho o recorte está relacionado ao cenário europeu. Deste modo,

apresentamos aqui o resultado parcial de um trabalho em andamento referente ao

contexto europeu, pois acreditamos que conhecer como o ensino de línguas estrangeira

para crianças acontece em outros países, pode contribuir para contextualizarmos a

realidade das políticas linguística brasileira e fornecer subsídios para outras pesquisas

debates sobre a temática e reflexão sobre onde nos encontramos neste contexto. Os

resultados parciais mostraram que com a aprendizagem de uma língua estrangeira para

crianças está presente nos documentos que regem as políticas de educação na Europa

desde o século passada e que as crianças aprendem de forma compulsória uma língua

estrangeira a partir dos 6 anos de idade quanto ingressam no primeiro ciclo da educação

básica, não somente nos países União Europeia, mas na Europa como um todo.

.

Palavras-chave: língua estrangeira, criança, políticas linguísticas

A AGÊNCIA DO PROFESSOR E O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LI NO

CONTEXTO DO NOVO CURRÍCULO DE REFERÊNCIA DA REDE

ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS.

Carla Pereira de Oliveira

Esta pesquisa de doutorado tem como objetivo geral analisar como os professores

exercem sua agência no ensino de LI, perante a implantação do Novo currículo

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Referência da Rede Estadual de Goiás. E como objetivos específicos: Analisar as

concepções de ensinar e aprender a língua inglesa do Novo Currículo de Referência da

Rede Estadual de Goiás; Analisar os possíveis impactos, mudanças ou resistências que

se manifestam nas escolas no desenvolvimento das práticas dos professores de LI,

considerando a implantação do currículo pesquisado; Analisar como os professores

significam e implementam a proposta do Novo Currículo da Rede Estadual de Goiás;

Explorar qual é a relação que se apresenta entre as crenças e a agência do professor de

LI nesse contexto. Teremos como universo de participantes quatro professores de

Língua Inglesa de duas escolas públicas estaduais de uma cidade do interior no estado

de Goiás. Utilizaremos como instrumentos de coleta de dados: entrevistas

semiestruturadas; observação das aulas de Língua Inglesa, momento em que faremos

anotações de campo; relato oral e análise documental. Por fim, realizar-se-á uma

pesquisa em que se preocupará em observar a agência do professor no processo de

construção de sentidos das experiências vividas na sala de aula de Língua Inglesa,

diante das inovações apresentadas na implementação do Novo Currículo de Referência

da Rede Estadual de Educação de Goiás.

Palavras-chave: Ensino de LI – Agência de professores – Currículo.

O USO DE GAMES COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE LÍNGUA

INGLESA: UMA EXPERIÊNCIA EM SALA DE AULA

Carlos Henrique Rodrigues Valadares

Com o aumento da popularidade dos jogos eletrônicos, comumente chamados games,

torna-se necessário o estudo sobre a sua importância. No âmbito do ensino da língua

inglesa, há muito a ser pesquisado e desenvolvido. Este trabalho tem como função expor

resultados parciais do uso de jogos de videogame em duas turmas do Curso de Extensão

em Língua Inglesa – CELIN – da Universidade Federal de Viçosa, MG. Para isso,

utilizamos como base algumas das propostas de atividades com games relatadas por

Oliveira e Campos (2013) juntamente com a aplicação de Action Logs (MURPHEY,

BARCELOS & MORAES, 2014) ao final das aulas para relatar as opiniões e emoções

dos alunos. Foram utilizados games de gêneros como RPG, Simulação e Point-and-

Click, de modo que pudessem ser notadas as diferentes reações dos alunos ao conteúdo.

Para que a recepção fosse coerente, as aulas foram contextualizadas de acordo com o

tópico linguístico proposto no planejamento do curso. A partir da coleta dos Action

Logs, foi possível verificar que muitos alunos demonstraram interesse e maior

participação durante a aula, interagindo melhor com seus colegas e diminuindo suas

inseguranças e ansiedades. É esperada a obtenção de mais resultados ao decorrer da

pesquisa, de modo que seja possível atestar a eficácia do uso de games em sala de aula.

Palavras-Chave: Games; ensino de línguas; tecnologias da informação e comunicação.

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AS REPRESENTAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

Cassia Aparecida da Silva

O objetivo geral deste trabalho é investigar as representações sobre a avaliação da

aprendizagem construídas por coordenadores, professores-supervisores e os bolsistas do

Pibid. Este programa visa a contribuir para a formação inicial e continuada dos

docentes, por meio da inserção dos licenciandos no cotidiano escolar. A partir desse

contato com a sala de aula, acredita-se que o futuro professor possa contribuir mais

precisamente na resolução de problemas do processo de ensino-avaliação-

aprendizagem, pois o mesmo terá uma consciência maior do seu papel e das

responsabilidades intrínsecas à pratica pedagógica. Para realizar esta pesquisa,

propomos as seguintes perguntas motivadoras: 1) Quais as representações sobre a

avaliação da aprendizagem são construídas pelos coordenadores, professores-

supervisores e os bolsistas participantes do Pibid? (2) Como os bolsistas do Pibid

representam a relação entre a avaliação formativa e a sua prática em sala de aula? e 3)

De que forma as atividades propostas no Pibid contribuem para um deslocamento da

concepção tradicional da prática avaliativa? A fim de buscar suporte para a temática

envolvida nesta pesquisa, mobilizaremos os trabalhos de alguns autores da avaliação da

aprendizagem como Perrenoud (1999), Hadji (2001), Méndes (2002), Luckesi (2011),

Hoffman (2017, 2018), assim como autores que versam sobre a formação de professores

Moita Lopes, (1991), Celani (2002), Almeida Filho (2005). Minha investigação se

enquadra no paradigma da pesquisa qualitativa de cunho interpretativista, com uma

interface em um estudo de caso etnográfico; assim, para o desenvolvimento dessa

pesquisa, usarei os pressupostos de Nunan (1992) e de André (1995). A entrevista

semiestruturada será utilizada para coletar os dados. Para proceder à intepretação desses

dados tomarei como referência a análise de conteúdo proposta por Bardin (1977).

Espera-se com este trabalho desvelar e problematizar as representações sobre avaliação

da aprendizagem construídas pelos professores em formação.

Palavras Chave: Avaliação da aprendizagem. Formação de Professores. Pibid.

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O PAPEL DO JOGO PEDAGÓGICO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA

INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL EM PERSPECTIVA

COMUNICATIVA

Claudecy Campos Nunes

RESUMO: Este trabalho apresenta uma pesquisa sobre o processo de ensino e de

aprendizagem da língua inglesa no Ensino Fundamental com o uso de jogos

pedagógicos, baseado na abordagem comunicativa. A pesquisa foi realizada com 35

alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal, situada no

município de Penalva-MA. Tal estudo surgiu da observação da falta de motivação de

alunos, da referida escola, para aprenderem a língua inglesa. O objetivo maior deste

estudo foi buscar ferramentas inovadoras que subsidiem o trabalho do professor e que

promovam uma aprendizagem significativa para o aluno. Especificamente, visou a

evidenciar a relevância dos jogos pedagógicos para o desenvolvimento cognitivo do

aluno no processo de ensino-aprendizagem de um novo idioma. Para tanto, foram

adotadas como sustentação teórica as contribuições de Almeida (2014), Antunes (2013),

Brougère (1998), Caillois (1986), Elkonin (2003), Friedmann (1996), Huizinga (2014),

Kishimoto (2011; 2014), Negrine (2001; 2011), Santos (2008; 2011), entre outros, que

defendem o uso do jogo no processo de ensino-aprendizagem; e as de Almeida Filho

(2013), Brown (2000, 2001), Larsen-Freeman (2000), Littlewood (1981), Paulston

(1992), Richards (2006), Richards e Rodgers (2001), Savignon (1983), Widdowson

(2005), Wilkins (1976), entre outros, relativas à abordagem comunicativa. Na realização

deste trabalho, foram feitas uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa-ação, ambas de

natureza qualitativa, sobre a questão levantada. O presente estudo destaca a necessidade

de planejar-se um trabalho que possibilite o aprendizado ao aluno, por meio de

estratégias inovadoras, e que subsidie o trabalho do professor. Os resultados indicam

que os jogos pedagógicos são excelentes estratégias de ensino que podem incentivar o

aluno a aprender com prazer uma língua estrangeira e a permanecer motivado para tal

finalidade. A implicação deste estudo é que a utilização do jogo pedagógico pode

favorecer a motivação do aluno a explorar e a construir novos conhecimentos.

PALAVRAS-CHAVE: Língua estrangeira. Ensino-aprendizagem. Jogo pedagógico.

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O ENSINO SISTEMÁTICO E REFLEXIVO DA ORTOGRAFIA:

REGULARIDADES MORFOSSINTÁTICAS

Cláudia Gonçalves Magalhães

RESUMO: Partindo do pressuposto de que o ensino da ortografia da língua portuguesa

ainda apresenta características do ensino tradicional, com práticas mecânicas que não

priorizam a construção e a reflexão acerca das normas ortográficas, desenvolvemos esta

pesquisa com o intuito repensar o ensino da ortografia na sala de aula numa perspectiva

sistemática e reflexiva. Através de uma observação empírica realizada com alunos do 6º

ano do ensino fundamental II da E. E. Cel. Francisco Ribeiro, foi possível observar que

são recorrentes os “erros” ortográficos na escrita dos alunos. Sendo assim, a nossa

hipótese é de que um trabalho sistemático e reflexivo com atividades de leitura e escrita

pode contribuir, consideravelmente, para minimizar ou até mesmo sanar os “erros”

decorrentes do desconhecimento das regularidades e irregularidades da ortografia.

Assim o objetivo deste trabalho é avaliar as contribuições de um ensino sistemático e

reflexivo das regularidades morfossintáticas da ortografia da língua portuguesa, através

de intervenção didático-pedagógica. Esta pesquisa justifica-se pelo fato de oportunizar

aos alunos vivenciar novas práticas de ensino e aprendizado da ortografia da língua

portuguesa, as quais contribuirão para despertar no aluno um olhar reflexivo e

questionador sobre o que se apreende e o que se memoriza na ortografia. Para

fundamentar este estudo, utilizamos teóricos que tratam do ensino da ortografia da

língua portuguesa numa abordagem metacognitiva (MONTEIRO, 2008; RIBEIRO,

2003) e metalinguística (BARRERA; SANTOS, 2012; HODGES), no que diz respeito

ao ensino sistemático e reflexivo, usamos como aporte teórico os autores Silva, Morais

e Melo (2007), Morais (2000) e Nóbrega (2013). A pesquisa ainda está em fase de

coleta e análise de dados, os primeiros resultado virão após a conclusão dessa fase. A

área de concentração dessa pesquisa é linguagens e letramentos e sua linha de pesquisa

são as teorias da linguagem e ensino.

Palavras-chave: ortografia, regularidades, ensino.

IMAGENS, MITEMAS E MITOS EM “A PRINCESA E A COSTUREIRA”

E “JOANA PRINCESA”: ALGUMAS CONSTRUÇÕES DISCURSIVAS

SOBRE AS DISSIDÊNCIAS SEXUAIS

Clodoaldo Ferreira Fernandes da

Silva

RESUMO: Este resumo discute resultados de doutoramento concluído no

Programa de Pós Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de

Goiás (UFG) no ano de 2018. A investigação segue uma abordagem qualitativa e

investiga de que maneira as dissidências sexuais vão reconfigurar as identidades

de gêneros nos contos de fadas “A princesa e a costureira” e “Joana princesa”.

Teve como objetivo central examinar os mitos presentes nas narrativas dos contos

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de fada contemporâneos. A pesquisa teve como corpus dois contos de fada da

autora Janaína Leslão, publicados no Brasil entre os anos de 2015 e 2016, a saber:

A Princesa e a Costureira e Joana Princesa. A análise dos textos seguiram as

tramas teóricas metodológicas da Antropologia do Imaginário e as interpretações

foram subsidiadas pelo método científico da mitocrítica proposto por Gilbert

Durand. Os resultados apontam que os mitos são reatualizados no arcabouço

narrativo, subsidiando novas construções discursivas acerca das dissidências

sexuais, ainda que em alguns momentos, haja uma estabilidade do padrão

tradicional frente aos papeis estabelecidos no que tange às sexualidades.

PALAVRAS CHAVE: Contos de Fada. Discurso. Mito.

PLICKERS: multiletramentos na formação de professores de línguas

Cristiane Ribeiro Magalhães

RESUMO: Este trabalho contempla o estudo acerca de práticas de letramentos na

formação docente, desenvolvido no curso de Letras da UEG/Câmpus Inhumas. A partir

da escolha de uma ferramenta digital, denominada “Plickers”, são abordadas práticas de

multiletramentos e como estas ocorrem nos cursos de formação de professores de

línguas. Como objetivos, citamos descrever e analisar a plataforma “Plickers”, bem

como a sua aplicabilidade na formação de professores; propor, a partir de uma releitura,

possibilidades de uso da plataforma nos cursos de licenciaturas como ferramenta de

ensino e aprendizagem, analisando-a como uma prática de multiletramentos na

formação inicial de professores do curso de Letras. Utilizamos como aporte teórico os

estudos de Roxane Rojo (2012), Brian Street (2012; 2014), Maximina Freire (2009),

Garcia Canclini (2013), Maria Kenski (2003; 2007), Angela Kleiman (2016), entre

outros. Quanto aos aspectos metodológicos, desenvolvemos um estudo de caso e a

análise dos dados considerou os pressupostos da análise de conteúdo. Os participantes

são os alunos do 6º. período do curso de Letras da UEG Câmpus Inhumas.

Consideramos que os resultados obtidos podem contribuir para as decisões sobre o

currículo e práticas dos cursos de licenciatura no que diz respeito às tecnologias digitais

de informação e comunicação e aos multiletramentos.

Palavras-chave: Plickers. Multiletramentos. Formação de professores.

LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA INGLESA: INSTRUMENTOS DE LUTA

CONTRA DESIGUALDADES SOCIAIS?

Cristiane Rosa Lopes

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Este trabalho traz uma análise das seções da série de livros didáticos de Língua

Estrangeira Moderna (Inglês) Team Up para os anos finais do Ensino Fundamental, que

têm como proposta estimular o posicionamento crítico dos/as alunos/as. O livro

didático, como um artefato da indústria cultural, não é neutro e nem deslocado do

contexto histórico, político e econômico. Dessa forma, pode ser usado como

instrumento para a legitimação de sistemas de poder e das injustiças e discriminações

que deles resultam. Estudos recentes apontam que os livros didáticos de Língua

Estrangeira ainda dão pouca visibilidade a negros/as e não discutem questões étnico-

raciais (CONTI e MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2015; FERREIRA; CAMARGO,

2014; SANTOS, 2013; SMITH, 2013), podendo legitimar ideologias e concepções

discriminatórias e racistas (FARIAS e FERREIRA, 2014), como também discursos

liberais sobre a diversidade (CONTI e MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2015). Nessa

direção, o objetivo deste estudo é verificar se estas seções dos livros favorecem a

discussão crítica acerca de desigualdades sociais, em especial das étnico-raciais,

constituindo-se assim em instrumentos de luta. O referencial teórico utilizado pauta-se

em estudos sobre educação e diversidade, educação e combate ao racismo, legislações e

diretrizes para o trato da diversidade étnico-racial, ensino crítico de língua estrangeira,

dentre outros. Trata-se de uma análise documental e de conteúdo, que aborda aspectos

qualitativos e quantitativos. Os resultados apontam que a grande maioria dos itens

analisados não contribui para o debate crítico acerca das desigualdades sociais, não

atendendo assim à proposta de formação crítica destas seções dos livros didáticos.

Palavras-chave: livro didático; língua inglesa; formação crítica

UMA ANÁLISE DISCURSIVA DAS RELAÇÕES IMAGINÁRIAS DOS

CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E DOS COLETORES DE

RESÍDUOS SÓLIDOS EM COLÍDER – MT

Cristinne Leus Tomé

Regina Uemoto Maciel Martins

RESUMO: O presente estudo é resultado do Projeto “Leituras Urbanas e suas

materialidades discursivas socioambientais no Norte do Mato Grosso”, desenvolvido

pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Campus de Sinop – Mato

Grosso (MT). Como parte do projeto, esse estudo se propõe a fazer uma análise

discursiva materialista histórica acerca dos discursos produzidos pelos catadores de

materiais recicláveis e dos coletores de resíduos sólidos, na cidade de Colíder-MT, a fim

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de compreender quais são as relações imaginárias que esses sujeitos têm de si mesmos

como profissionais e a imagem que eles têm da sociedade em relação à profissão deles.

A metodologia utilizada foi de entrevista semiestruturada com cinco catadores de

materiais recicláveis e quatro coletores de resíduos sólidos, além do engenheiro florestal

responsável pela organização da logística da coleta e destinação final do lixo do

município. Os discursos demonstraram que há diferenças das imagens que os

profissionais fazem da profissão entre os catadores de recicláveis e coletores de resíduos

sólidos, em que os primeiros sentem orgulho do que fazem, já os segundos o fazem por

falta de oportunidades. Em relação à sociedade, constatou-se que ambos os profissionais

se sentem discriminados devido à profissão que exercem. O estudo permitiu a

compreensão de que, embora o município de Colíder demonstre preocupação em adotar

ações de sustentabilidade, por meio do aterro sanitário e da coleta seletiva, a população

e as autoridades responsáveis precisam se conscientizar da importância de se educar na

separação e na redução de produção de lixo, de forma que as ações adotadas possam

trazer resultados satisfatórios à comunidade e oferecer condições adequadas de trabalho,

de formação e valorização aos cidadãos que se dedicam à profissão de catadores e

coletores.

Palavras-chave: Catadores de materiais recicláveis; Coletores de resíduos sólidos;

Análise discursiva

A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO NEGRO EM CAPAS DAS

REVISTAS VEJA E RAÇA BRASIL

Daniel Fernandes Costa

Joana Patrícia Barbosa Silva

Arlete Ribeiro Nepomuceno

RESUMO: Sabendo-se que a identidade de atores sociais negros é vinculada em

práticas socioculturais via estruturas ideológicas, este estudo, recorte do projeto de

pesquisa “A construção de significados em capas de revistas brasileiras” – Edital

PROINIC/2018 – Unimontes, objetiva investigar, sob um viés comparatista, de que

forma se processa a construção semiótica da identidade negra na composição visual de

capas das revistas Veja e Raça Brasil. Ancorando-nos nas bases teóricas da Gramática

do Design Visual (KRESS; VAN LEWEEN, 2006), para a qual os sistemas semióticos,

funcionando a partir da interseção das macrofunções da linguagem, expressam relações

hegemônicas de poder. Hipotetizamos que, nesses dois suportes, a identidade negra é

construída em um sentido divergente, em função da diferença existente entre a ideologia

vinculada e o público-alvo das revistas supracitadas. Dessa forma, este estudo justifica-

se pela necessidade de identificar os construtos ideológicos expressos pela sintaxe

visual das novas mídias. A partir de uma metodologia de cunho interpretativo-

qualitativo, buscamos, por meio de categorias analíticas de significados

representacionais, interpessoais e composicionais, realizar uma leitura crítica da questão

racial no Brasil, em duas capas das revistas Veja e Raça Brasil. Preliminarmente, os

resultados obtidos evidenciam que, na contemporaneidade, determinada categoria negra

passou a ocupar posição de destaque em alguns gêneros midiáticos, apresentando-se em

destaque na estrutura visual das duas capas de revista analisadas. Afora isso,

considerando a postura corporal dos atores negros como fator que contribui para a

construção semiótica de identidades de gêneros, verificamos que as relações entre

gênero expõem ideologias hegemônicas de masculinidade e de feminilidade que variam

de acordo com interesses ideológicos.

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PALAVRAS-CHAVE: Multimodalidade; Representação da Identidade Negra; Capas

de Revista.

Dificuldades na aquisição da escrita: desafios para além da alfabetização

Daniela Mara Lima Oliveira

Guimarães (UFMG) Palavras-chave: aquisição da escrita, ensino de Língua Portuguesa, Ensino

Fundamental II

É sabido que uma parte dos alunos do Ensino Fundamental II persistem com

dificuldades que seriam supostamente superadas nos anos iniciais de aquisição da

linguagem escrita (FREITAS, 2009; TENANI, 2013). Essas dificuldades, antes

pensadas como esparsas, hoje têm merecido a atenção de pesquisadores e demais

profissionais uma vez que representam uma parte importante no processo de letramento.

Considerando este quadro, o presente trabalho visa refletir sobre as dificuldades

persistentes na aquisição da escrita, que atingem o Ensino Fundamental II. A

perspectiva teórica adotada considera a aquisição da linguagem escrita como uma

processo não natural, que necessita de ensino planejado, reflexivo e contextualizado

(SOARES, 2010). A metodologia de trabalho constitui-se da análise de textos e

conversa dirigida com os professores de Língua Portuguesa. Os textos analisados para

este estudo constam de 90 produções textuais de alunos de uma escola pública de Belo

Horizonte, do 6o ao 9o ano. A análise dos dados foi realizada combinando a perspectiva

quantitativa e qualitativa. Os resultados apontam que persistem dificuldades em

diversos níveis, sendo alguns dos mais recorrentes: relação ortográfica, segmentação das

palavras, separação silábica e pontuação. Assim, observamos a necessidade de um

trabalho efetivo e concordamos com Soares (2017) quando afirma que é fundamental

que se contemple mais amplamente a faceta linguística do processo de aquisição da

escrita, em combinação com a faceta interativa, e acrescentamos que, diante do quadro

atual, este trabalho deve ser, por vezes, retomado nos anos finais do Ensino

Fundamental, de forma contextualizada e atrelado ao uso do texto.

A IRONIA NAS TIRINHAS DA MAFALDA: UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO SOB UMA PERSPECTIVA MULTISSEMIÓTICA

Camila Polyane Souza

Felício Arlete Ribeiro Nepomuceno

Daniele Maciel Lopes

Este estudo objetiva apresentar uma proposta de intervenção, com o intuito de

desenvolver a habilidade leitora do gênero Notícia, veiculado na rede social Facebook,

em uma turma de oitavo ano de escola pública municipal de uma cidade do Norte de

Minas, em função da necessidade de formar leitores autônomos e críticos. A abordagem

teórica ancora-se na Linguística Textual, sobretudo em sua terceira fase, a partir de

Bakthin (1992, 2003); Koch (2009); Koch e Elias (2012); Bentes (2006); entre outros.

Partimos da hipótese de que o aluno poderá melhorar sua competência leitora se

conseguir reconhecer a estrutura composicional das notícias. Metodologicamente,

propomos uma pesquisa-ação, de cunho quanti-qualitativo. Inicialmente, aplicamos um

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teste diagnóstico (Corpus I) com o objetivo de mensurar os conhecimentos dos alunos

sobre notícias. Com os resultados obtidos na sondagem, constatamos que cerca de 80%

dos alunos da turma selecionada apresenta dificuldades em ler, interpretar e reconhecer

o gênero notícia. A partir desses dados, desenvolveremos um plano de ação com o

propósito de amenizar as dificuldades. Posteriormente à coleta de dados, aplicaremos

uma nova atividade (Corpus II), com intuito de detectar possíveis avanços. Ao final

desse estudo, esperarmos contribuir para tornar os alunos capazes de ler e interpretar

notícias com proficiência e criticidade.

PALAVRAS-CHAVE: Notícia; Leitura; Facebook.

O TRATAMENTO DA HOMONÍMIA NO CAMPO LEXICAL VESTUÁRIO DO

“DICIONÁRIO ANALÓGICO DE APRENDIZAGEM DO PORTUGUÊS DO

BRASIL”

Danielle Brito de Arruda Oliveira

Michelle Machado de Oliveira Vilarinho

RESUMO: Esta pesquisa se insere na linha de pesquisa Léxico e Terminologia. O

estudo está no bojo do projeto “Dicionário Analógico Informatizado da Língua

Portuguesa”, financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal

(FAPDF), coordenado pela Profª. Drª. Michelle Machado de Oliveira Vilarinho. O

objeto de estudo apresentar verbetes do campo lexical vestuário para o Dicionário

Informatizado Analógico da Língua Portuguesa (DIALP) que possuem homônimos. A

motivação deste trabalho é contribuir com o DIALP, principalmente no que diz respeito

às entradas das palavras homônimas no campo lexical acima citado. Os percursos

metodológicos foram: i) compilação das definições nos Dicionário eletrônico Houaiss

da Língua Portuguesa (2009), Novo Dicionário Aurélio (2010), Dicionário Etimológico

da Língua Portuguesa (2013) e Aulete Digital (2016); ii) extração de contexto do

programa Sketch Engine; iii) redação de verbetes com base na proposta metodológica

para elaboração de léxicos, dicionários e glossários de Faulstich (2001) e iv) elaboração

de atividade para ensino de Português do Brasil como Segunda Língua por meio do uso

de verbetes criados nesta pesquisa. O método empregado foi o descritivo-analítico. O

referencial teórico se baseia nas ideias de Correia (2000) acerca da diferença entre

polissemia e homonímia. Os resultados foram a seleção de 7 verbetes que possuem

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homônimos, sua classificação quanto ao número de entradas e a seleção de contextos

existentes.

PALAVRAS-CHAVE: Dicionário; Homonímia; Polissemia.

PLATAFORMAS DIGITAIS E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUA

INGLESA

Dayana Teles de Barcelos

Carla Conti de Freitas

RESUMO: Esta pesquisa intitulada Plataformas digitais e a formação do professor de

língua inglesa compõe o projeto de pesquisa “Multiletramentos na formação de

professores: questões emergentes da contemporaneidade” que trata das práticas de

multiletramentos nos cursos de licenciatura em Letras. O objetivo desta pesquisa é

analisar as práticas de multiletramentos na formação de professores de língua inglesa.

Será considerada a criação de um blog como ferramenta de leitura e escrita,

possibilitando uma prática de multiletramento no processo de formação de professores

de línguas, do último período do curso. Atualmente o blog é reconhecido como um

espaço para publicações na web, como ciberespaço para divulgar e compartilhar

informações. Ao contexto de ensino e aprendizagem de Língua inglesa, considera-se

que a escrita colaborativa na web tem sido uma experiência bastante enriquecedora, ao

mostrar um espaço para a construção de conhecimentos por meio de práticas de

multiletramentos. Consideramos a relevância das plataformas digitais na formação de

professores (Monte Mor, 2014; Jordão, 2016), das práticas de multiletramentos (Rojo,

2012; Kalantizs e Cope, 2012) e formação tecnológica de professores (Freire, 2014).

Espera-se que esta pesquisa destaque as contribuições das práticas de multiletramentos

para a formação de professores e apresente possibilidades de inclusão deste tema nos

currículos de formação de professores.

Palavras-chave:Multiletramentos. Blog.Formação de professores.

PORTUGUÊS NO ENSINO MÉDIO: TENSÕES, FINALIDADES E

IDENTIDADES CONSTITUTIVAS DO TRABALHO DOCENTE

Débora Cristina do Nascimento Ferreira

Tendo em vista os desafios relativos ao processo de oferta e de qualidade do Ensino

Médio (doravante EM) veiculado pela rede estadual de ensino do Pará, o objetivo da

pesquisa é investigar as práticas de letramento, representativas das diferentes tensões,

finalidades e supostas identidades da aula de Língua Portuguesa no EM. Nessa direção,

a pesquisa de cunho etnográfico foi realizada a partir do trabalho de dois docentes da

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disciplina Língua Portuguesa, realizado em uma turma do terceiro ano, de uma escola

pública, da cidade de Belém-PA. Nesse sentido, o referencial teórico convocado foram

as concepções de escrita e de letramento como manifestação sociohistórica, ancorada e

ressignificada em diferentes contextos socioculturais; o debate promovido no âmbito da

Educação e da Linguística Aplicada acerca do Ensino Médio no Brasil, levando em

consideração as disputas sociais e de poder que o inscrevem como profícuo e pertinente

campo de debate para pesquisa teórica e aplicada; as contribuições oriundas dos

letramentos críticos e emancipatórios que refletem acerca do processo educativo e

agentivo para formação do sujeito letrado. A análise dos dados sinaliza para as seguintes

configurações: (i) uma prática mais voltada para o ensino de leitura no sentido de

efetivar discussões de temas sociais, a fim de tentar engajá-los não só em atividades

escolares (pesquisa, seminário, leitura e análise de textos), mas também para um

engajamento social; que teria como fim a realização de uma ação social propriamente

dita; (ii) uma prática mais voltada para o ensino de escrita de uma redação (discussão de

temas sociais, mobilização de textos de uma esfera mais didática e formal,

sensibilização dos discentes no sentido de perceber a importância da escrita para

conquistar uma vaga em uma IES, (iii) uma prática mais voltada para o ensino de

literatura por via de realização de encenações teatrais de obras literárias, a fim de

propiciar uma formação estética/literária que busca sensibilizar para a leitura da obra de

arte e suas interfaces com outras manifestações artísticas.

Palavras-chave: Língua Portuguesa. Ensino de leitura e de escrita. Trabalho docente.

Ensino Médio.

NARRATIVAS DE OCUPAÇÃO: IDENTIDADE, GÊNERO E

HORIZONTALIDADE

Débora Muramoto Alves de Castilho

Liliana Cabral Bastos

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O presente trabalho investiga os atravessamentos de gênero que tensionam a

horizontalidade de um movimento de ocupação de escola estadual. Alinhado aos

estudos linguísticos qualitativos e interpretativistas (Denzin e Lincoln, 2006), de

inspiração etnometodológica, parte-se de uma perspectiva micro ao se analisar excertos

narrativos selecionados de entrevistas com adolescentes de periferia que participaram da

ocupação de sua escola, em Niterói, Rio de Janeiro, no primeiro semestre de 2016. Para

tal, alinho-me à Sociolinguística Interacional, e valho-me da visão socioconstrucionista

do discurso (Moita Lopes, 2001) e dos estudos discursivos sobre identidade, agência,

gênero e poder (Bucholtz and Hall, 2003, De Finna; 2009; Ahearn, 2001; Duranti, 2004;

Cameron, 1998, 2005; Eckert 1994, 2007). A entrevista de pesquisa foi utilizada como

instrumento de geração de dados, que aqui compreendo como um evento interacional de

fala (De Finna, 2011, 2009; Mishler 1986) e, portanto, analisável como dado

naturalístico. O instrumental teórico da Análise da Narrativa também foi utilizado a fim

de identificar, selecionar e analisar os excertos narrativos: a estrutura clássica da

narrativa laboviana (Labov e Waletsky, 1967), dando ênfase especial às categorias de

ponto e avaliação, o entendimento da narrativa como atividade discursiva organizadora

da experiência (Bastos, 2011; Bastos e Biar, 2015), reinvenção e ficcionalização de

histórias recordadas (Fabrício e Pinto, 2013), além da categoria de narrativa breve

(Georgakopoulou, 2006). Ao longo da análise, percebeu-se que para contar uma história

sobre uma experiência compartilhada, os participantes se organizam de forma a cumprir

agendas próprias que se relacionam com a binariedade de gênero. Assim, constroem

narrativas que, ao mesmo tempo que são constitutivas de suas identidades, definindo o

seu fazer, reconstituem o evento da ocupação de maneiras muito diferentes e acabam,

como consequência, desafiando o princípio da horizontalidade.

Palavras-chave: estudante, ocupante, ocupação, identidades, gênero

GÊNEROS TEXTUAIS, INTERAÇÕES E PRÁTICAS LETRADAS EM SALA

DE AULA: AÇÕES PEDAGÓGICAS EM CONTEXTO MINORITÁRIO

Edinei Carvalho dos Santos

RESUMO: Este trabalho, de natureza qualitativa e vertente etnográfica, analisa

sequências interacionais de ensino e uso de práticas letradas em um contexto minoritário

(comunidade quilombola), tendo como eixo norteador os Estudos dos Gêneros

Textuais/Discursivos. Para geração de dados, foram utilizados a observação

participante, bem como gravação de interações de sala de aula. A pesquisa teve como

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sujeitos colaboradores 25 alunos e uma professora que atuava no 4º ano do Ensino

Fundamental do sistema público de ensino do estado de Goiás (GO). Como suporte para

a análise, adotou-se as contribuições de autores como Bakhtin (1997), Dolz e

Schneuwly (2004), Cassany (2007), Koch e Elias (2005), Marcuschi (2005, 2008,

2009), entre outros. Os resultados da pesquisa relevam que o ensino e o uso dos gêneros

textuais em sala de aula constituem uma ótima oportunidade para aproximar os

estudantes dos contextos reais de comunicação, bem como uma excelente ferramenta

capaz de potencializar e mobilizar diferentes habilidades, atitudes e comportamentos

sociais de uso da leitura e da escrita. Ao mesmo tempo, algumas atividades realizadas

pela professora colaboradora revelam um certo distanciamento entre os princípios

teóricos/práticos dos estudos dos gêneros e sua aplicação na prática, ou seja, no

contexto sociocultural dos alunos. Em última instância, o estudo aponta para a

necessidade de aproximação entre as práticas pedagógicas, desenvolvidas no contexto

escolar, e as práticas sociais materializadas no contexto da comunidade.

Palavras-chave: Gêneros textuais; Práticas letradas; Contexto minoritário.

ORGANIZAÇÃO INTRATÓPICA E GÊNEROS TEXTUAIS

Eduardo Penhavel

Resumo: Em um projeto de pesquisa em execução, procuramos identificar regras gerais

de organização intratópica em diferentes gêneros textuais. Trata-se de uma pesquisa

desenvolvida no âmbito da Linguística Textual (Koch, 2004), particularmente no

quadro teórico-metodológico da Perspectiva Textual-Interativa (Jubran e Koch, 2006).

A organização intratópica constitui uma parte da organização tópica, processo central de

construção textual que consiste na organização de um texto em partes e subpartes, de

acordo com sua estrutura temática. Nesse processo, as menores subpartes do texto

constituem os chamados “Segmentos Tópicos mínimos” (SegTs mínimos), unidades

que, grosso modo, equivalem normalmente a dois ou três parágrafos em certos gêneros

escritos, como o editorial de jornal. A organização intratópica constitui, então, a

estruturação interna de SegTs mínimos em grupos e subgrupos de enunciados. No

referido projeto de pesquisa, como hipótese, assumimos que a organização intratópica

seria um processo sistemático, passível de ser descrito em termos de regras gerais, e que

cada gênero textual seria particularizado em relação a demais gêneros, dentre outras

características, por seguir uma determinada regra geral de organização intratópica.

Como parte dos resultados de tal pesquisa, o objetivo desta comunicação é apresentar

dados relativos especificamente à organização intratópica de narrativas de experiência.

Os dados apresentados corroboram a hipótese mencionada, ao evidenciarem que os

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SegTs mínimos das narrativas em pauta seguem regularmente uma regra geral, que

consiste no encadeamento das unidades que temos chamado de “Abertura”,

“Desenvolvimento” e “Fechamento”. Conforme procuramos mostrar, essa regra geral

vincula-se ao propósito sociocomunicativo das narrativas de experiência e se diferencia

de regras gerais de outros gêneros, constituindo um dos traços particularizadores dessas

narrativas. Assim, o trabalho indica a organização intratópica como um processo

sistemático de construção textual, vinculado à caracterização de diferentes gêneros

textuais.

Palavras-chave: organização tópica, gêneros textuais, processos de construção textual.

PORTUGUÊS LÍNGUA DE ACOLHIMENTO POR MEIO DO WHATSAPP

Eliana Barbosa dos Santos

Este estudo traz um recorte da pesquisa de mestrado em que apresento práticas

pedagógicas de Português como Língua de Acolhimento, realizadas por meio de

interações com o apoio do recurso pedagógico do WhatsApp. A justificativa do tema

deve-se à relevância da complexa atividade do docente profissional, em especial no

desempenho da sua função no processo de ensino e de aprendizagem da língua

portuguesa para imigrantes e refugiados, tendo em vista a delicada situação em que se

encontram ao chegarem ao Brasil e a necessidade de comunicação imediata para o

atendimento de suas necessidades básicas. Uma das questões que embasam o estudo

busca identificar que práticas pedagógicas emergem como mais apropriadas no

ambiente de aprendizagem móvel. A pesquisa fundamenta-se em vertentes teóricas de

Esser (2006) e Perini (2010) sobre a linguagem nas práticas sociais, de Barbosa (2016 e

2017), de Ançã (2008), Almansa e Galligo (1995), Grosso (2010), Oliveira (2010),

Amado (2013) e Barbosa e São Bernardo (2017) sobre a língua de acolhimento, de

Behar (2015), Moura (2016) e de Almeida Filho e Barbirato (2016) sobre a interação no

uso real da língua e de Kenski (2006), Leffa (2006), Jonassen (2007), Paiva (2008),

David Barton e Carmen Lee (2015) sobre as tecnologias digitais como recursos

pedagógicos. Pauta-se, ainda, nos conceitos acerca da aprendizagem móvel de

Espíndola (2016), sobre a produção textual de Ribeiro (2016) e (Rojo, 2013), sobre o

uso dos objetos de aprendizagem de Balbino (2007), Leffa (2006) e Bettio e Martins

(2004) e Moura Filho (2014). O resultado aponta para a combinação entre os ambientes

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virtual e presencial, incluindo desafios aos quais tanto professores quanto estudantes

precisam adaptar-se, face à velocidade das informações, às tecnologias digitais e à

aprendizagem móvel.

Palavras-chave: Português Língua de Acolhimento. Imigrantes e refugiados.

Tecnologias digitais.

O ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E A HETEROGENEIDADE DA LÍNGUA

NO CONTEXTO ESCOLAR

Elizandra Hoffman

O ensino da Língua portuguesa no Brasil vem passando por inúmeras mudanças nas

ultimas décadas, tais mudanças marcam a ruptura do ensino pautado unicamente nas

Gramaticas normativas. Em concordância a esse movimento observa-se um número

crescente de estudiosos desenvolvendo pesquisas que abordam a relação entre a língua,

o social e o ensino para melhorar o aprendizado da língua portuguesa no ambiente

escolar, dentre estes estudiosos estão Stella Maris Bortoni-Ricardo, precursora da

Sociolinguística Educacional no Brasil, João Wanderley Geraldi, Silvia Rodrigues

Vieira e Lucia Cyranka. De acordo com esses autores existem variações linguísticas no

ambiente escolar, e seu apagamento torna-se muitas vezes uma barreira para

desenvolvimento do ensino-aprendizagem. Cientes desses fatos propomo-nos a observar

como são abordadas as variações linguísticas na Escola Estadual Professora Ana Maria

das Graças de Souza Noronha em Cáceres\MT e suas possíveis influências no Ensino da

língua materna, observando na prática docente e discente a ocorrência ou não da

supervalorização da variedade padrão sobre as demais variantes e sua relação com a

heterogeneidade Linguística presente no contexto escolar. Esta pesquisa esta sendo

desenvolvida com base no aporte teórico-metodológico de Sociolinguística e da

Sociolinguística Educacional e tem caráter quantitativo e qualitativo. Para a coleta de

dados, utilizaremos a pesquisa Etnográfica e o modelo criado por William Labov,

participaremos das atividades educacionais da escola e realizaremos entrevistas com 24

alunos do 3° ano do Ensino Médio (12 do sexo feminino e 12 do sexo masculino) e com

as 2 professoras de língua portuguesa desses alunos. Realizaremos também pesquisas

bibliográficas para observar a diversidade linguística mato-grossense, a história do

município de Cáceres e suas marcas e atitudes linguísticas. Esperamos que ao finalizar

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esta pesquisa encontremos dados significativos e suficientes para a elaboração da

Dissertação de Mestrado a qual se destina.

PALAVRAS-CHAVE: Sociolinguística, Ensino, Heterogeneidade.

UM ESTUDO ETIMOLÓGICO DA MICROCONSTRUÇÃO QUANDO É FÉ

Evandro Fonseca Gonçalves

Vânia Cristina Casseb-Galvão

Em pesquisa que identificou usos da microconstrução quando é fé em dados de fala

goiana e mineira, numa análise descritiva, pelo viés construcional, constatamos que essa

microconstrução apresenta funcionalidade no nível textual, atuando como introdutor de

clímax narrativo e indicia processo construcionalização. As microconstruções são

definidas como construções individuais, construtos que se realizam a partir de um

pareamento entre forma e função e encontram-se convencionalizadas e produtivas na

língua, nos processos de interação entre membros de uma comunidade linguística

(Goldberg, 2006; Traugott; Trousdale, 2013). A abordagem construcional é uma das

subáreas da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU) e estuda os fenômenos

gramaticais da língua em uso, reconhecendo as construções como as unidades básicas

da língua (Goldberg, 1995, 2006; Croft, 2001), definindo-as como um pareamento de

forma e de significado. Esta abordagem concebe que a linguagem é formada por

processos cognitivos, sociointeracionais e culturais, a língua é vista como um sistema

adaptativo complexo e estruturalmente fluido (Bybee, 2010) que se constituí numa rede

de relações organizada no uso que se interconecta cognitivamente e conceptualmente

(Traugott; Trousdele, 2013). Como parte dessa análise, desenvolvemos um estudo

etimológico da microconstrução quando é fé, para identificar sua origem e étimo na

Língua Portuguesa e sua entrada no Português Brasileiro (PB). Como resultados

preliminares, baseados, principalmente, nas obras de Biderman (1998), Borba (2002),

Cunha (1989), e nos estudos jurídicos de Almeida Junior (1897) e Rezende (1989),

constatamos que quando é fé tem seu uso mais concreto na sequência sintática “dar fé”,

no domínio jurídico da linguagem de especialidade cartorial e notarial, com o sentido de

“conceder fé pública”, “atestar veracidade” a documentos e declarações. Nossa pesquisa

tem o intento de contribuir com outros estudos descritivos de usos do PB pelo viés da

abordagem construcional.

Palavras-chave: Etimológico; Microconstrução; Construcionalização.

CONCEPÇÕES ACERCA DA TEORIA E PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE

PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA EM UMA ESCOLA DE PORTO

NACIONAL - TO

Evilmara Resende Casimiro

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Resumo: Os cursos de licenciatura em Letras, na sua maioria, formam o graduando

para entrar no mercado de trabalho como tradutor, intérprete, mas, especialmente

professor de línguas. Ao encerrar sua formação acadêmica inicial, é chegada a hora de

atuar na profissão, momento esse de possibilidades diversas. Este projeto tem como

objetivo geral analisar como está sendo a aplicabilidade da teoria na prática docente de

professores de língua inglesa em uma instituição pública de ensino do estado do

Tocantins. Em especial, busca-se observar a prática e analisar como estão sendo

empregadas as aulas de língua inglesa no último período de uma turma do curso de

Letras e quais abordagens são desenvolvidas pelo formador. Além disso, investigar se

tais teorias têm contribuído para a construção do conhecimento na escola investigada.

Busca-se responder a seguinte questão: Como desenvolver a prática na escola com

eficiência e relacionando os estudos feitos durante os quatro anos na universidade?

Como metodologia, pretende-se utilizar a pesquisa qualitativa com viés descritivo.

Utilizaremos também a observação e aplicação de questionários com alunos do último

período para entender a relação entre a teoria e a prática dos indivíduos envolvidos na

pesquisa. A pesquisa está fundamentada em autores como Vygotsky (2000), Pimenta

(2005), Therrien (1995),Pereira (1999), Tardif (1999),Libaneo (2002), Bueno(2016),

entre outros. Como resultado da pesquisa pretende-se, à luz da pesquisa cientifica

verificar como a formação dos professores de língua inglesa tem relacionado

conhecimentos teóricos e acadêmicos com a realidade vivida na atuação escolar.

Compreender os motivos reais das diferenças sobre aquilo que é apreendido na

universidade e aquilo que é aplicado nas escolas. Para posteriormente contribuir

paraviabilizar a relação entre teoria e pratica na atuação docente significativa para

professores e alunos.

Palavras-chave: Formação de Professor de Língua Inglesa. Teoria e Prática. Ensino e

Aprendizagem.

LETRAMENTO: MODELO IDEOLÓGICO OU POLÍTICA DE

ESCOLARIZAÇÃO E PEDAGOGIZAÇÃO

Fabiene de Oliveira Santos

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Resumo: Tomando letramento como aponta Street (2013) como prática social e não

simplesmente como uma habilidade neutra e técnica, mas que varia de um contexto a

outro, este trabalho tem como objetivo refletir sobre a prática de letramento na

conjuntura atual do ensino brasileiro, considerando, sobretudo, dos estudos de Street

que trazem à tona os modelos de letramento autônomo e ideológico, e discussões de

autores que nos inquietam sobre a(s) concepção(ões) de (novos/multi)letramento(s) e a

prática desta(s) na educação. Para tanto, contextualizamos este estudo pensando em

avaliação, particularmente no documento básico da Avaliação Nacional da

Alfabetização, e nos dados nacionais que envolvem a alfabetização e o letramento e

debruçamo-nos em um percurso interpretativo-analítico, a partir do aporte teórico com

base em STREET (2012; 2013; 2014), BIESTA (2012), GOULART (2014), DE

SOUZA (2017), ROJO (2012), SCHULTZ, K., & HULL, G. (2002). Em linhas gerais,

podemos destacar que o fato de o analfabetismo ainda ser recorrente no país e o

processo de letramento estar atrelado a uma demanda de alfabetização, privilegiam-se

políticas que incorrem em uma escolarização e pedagogização do letramento, com um

modelo autônomo de letramento baseado em habilidades e que se filia à

homogeneidade, concorrendo para a primazia do letramento escolar. Nesse sentido,

nossas considerações se pautam na reflexão de que as práticas de letramento ainda

giram em torno de uma concepção pedagógica que serve ao tecnicismo educacional, o

que deve ser transformado para se considerar as habilidades que as pessoas possuem e

para focalizar no caráter ideológico e próprio ao contexto dos variados letramentos. É

preciso ver que tipos de letramento são ensinados na escola e o que é contado como

prática letrada, percebendo as questões ideológicas envolvidas na prática comunicativa

no contexto dos letramentos.

Palavras-chave: Letramento. Ideológico. Modelo autônomo.

PROFESSORAS INICIANTES E AS VIVÊNCIAS COM A

LÍNGUA INGLESA ENQUANTO DISCENTES NA EDUCAÇÃO

BÁSICA: INFLUÊNCIAS NA PRÁTICA DOCENTE

Ma. Fernanda de Mello Cardoso –

UFMT/PPGEdu Dra. Simone Albuquerque da Rocha (orientadora) –

UFMT/PPGdu/OBEDUC

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Trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado desenvolvida com o intuito de

promover ações formativas que contribuem com as práticas pedagógicas de língua

inglesa de professoras iniciantes egressas de Cursos de Pedagogia que lecionam a língua

conforme os documentos curriculares de 2011 na rede municipal de Rondonópolis/MT.

A iniciativa surgiu a partir das reivindicações apontadas em uma reunião do grupo de

formação PPGEdu/OBEDUC/UFMT, o qual oferece formação continuada aos

professores iniciantes no sentido de atender suas demandas, a fim de minimizar as

angústias diante dos desafios e dilemas. Assim, às professoras foi ofertado um

minicurso de 20 horas de estudos sobre alguns dos conteúdos cobrados nos documentos

curriculares. Durante o período de estudos da língua inglesa foram feitos registros

narrativos que revelam dados pertinentes, entre eles, a vivência das professoras

enquanto alunas na educação básica. Por isso, objetivou-se investigar que sentidos as

professoras participantes da pesquisa atribuem às aprendizagens construídas no período

de estudos da língua inglesa na educação básica enquanto discentes. A pesquisa

ancorou-se na abordagem qualitativa com foco no método (auto)biográfico, o qual o

assume um papel investigativo e também formativo. Os resultados apontam que as

vivências enquanto discentes na educação básica influenciam a atual prática docente por

revelarem as perspectivas de linguagem e de ensino e aprendizagem de LI assumidas

pelas docentes, as quais refletem em suas práticas pedagógicas do cotidiano.

Palavras-chave: Formação continuada. Vivências com a Língua Inglesa. Narrativas de

formação.

DISCURSOS DE SUBJUGAÇÃO: SILENCIAMENTO AGRESSIVO DA

MULHER

Flávia Luiz

O trabalho a ser apresentado tem como objeto de pesquisa como os discursos que

subjugam a mulher chegam à escola, na pessoa dos adolescentes, sobretudo das

adolescentes, em forma de silenciamento da mulher. Por vários séculos, na história da

humanidade, à mulher foi dado apenas o direito ao silêncio e a obediência. Desprovida

de qualquer capacidade cognitiva, como acreditavam, a ela cabia à misericórdia dos

homens detentores de todo poder e únicos dotados de inteligência e razão. Enquanto de

um lado havia pensamentos como o de Aristóteles, que reduzia a mulher quase que a

um ventre; de outro lado e em outro tempo surgiam pensamentos e grupos pela

emancipação das mulheres. Contudo, os homens, a sociedade e os hábitos aos quais

todos estavam acostumados, continuavam a cobrar o mesmo papel da mulher, o papel

de mãe devota, de cidadã exemplar, sem pensamentos, sem vontade, sem voto e sem

liberdade. Embora hoje os tempos sejam outros e estejamos no século XXI, aqui e ali,

de maneira velada, muitos esperam que a mulher desempenhe o mesmo papel de séculos

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atrás. Culturalmente, algumas ideias de antes ainda estão cristalizadas. É como se à

mulher tivesse sido permitido o direito do voto, do trabalho, do cargo de liderança, mas,

como pano de fundo estivesse à certeza de ela ser inferior e desprovida de inteligência.

É como se não importasse o que a mulher seja capaz de fazer ou o quanto ela tenha de

se desdobrar para reafirmar competência diária, afinal, no fim do dia ela assumirá o

velho e esperado papel. Inúmeros discursos de subjugação pronunciados,

impensadamente e até deliberadamente, passados adiante como inofensivos,

demonstram o quão distantes estamos de uma consciência coletiva de equidade, os quais

levam a relações de dominação para com a mulher.

HOW CAN I TEACH LISTENING? O USO DE PORTAIS EDUCACIONAIS NO

ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS NO CONTEXTO DE INGLÊS PARA

FINS ESPECÍFICOS

Flávia Medianeira de Oliveira

No contexto brasileiro de ensino de línguas, dentre as quatro habilidades que constituem

a competência comunicativa em língua inglesa, a aprendizagem e o desenvolvimento da

recepção oral (listening) são considerados problemáticos e preocupantes para os

aprendizes principalmente no contexto de Inglês para Fins Específicos. Na maioria dos

casos, esses estudantes tiveram pouco ou nenhum contato com a língua durante o

período escolar. Diversas pesquisas têm centrado sua atenção em detectar as principais

dificuldades e na proposição de soluções que possam minimizar e, talvez, sanar esses

problemas (RICHARDS, 2009; BAGHERI e KARAMI, 2014; TOWNSEND-

CARTWRIGHT, 2014; dentre outros). Visando contribuir com esse debate, este estudo

analisou atividades de listening disponibilizadas em cinco (5) portais educacionais de

língua inglesa com o intuito de identificar que tipo de atividades pedagógicas são

propostas e como estas se configuram textualmente no meio digital. Com base nos

preceitos teórico-metodológicos da Análise de Gêneros e do Ensino e Aprendizagem de

Línguas, o estudo buscou ainda verificar as principais estratégias de ensino utilizadas na

elaboração dessas atividades e em que medida elas foram enfatizadas pelos

autores/proponentes. Os resultados revelaram que a maioria das atividades prioriza os

aspectos linguísticos e gramaticais, dando menor ênfase aos aspectos contextuais e

funcionais da linguagem. Por outro lado, grande parte das atividades se constitui como

recursos didáticos adicionais que poderiam ser utilizados em sala de aula em razão da

temática bastante pertinente bem próxima dos interesses e necessidades dos aprendizes.

Entretanto, para serem utilizadas diretamente no meio digital ainda são necessárias

reformulações e adaptações que permitam aos professores e aprendizes utilizar de

maneira mais efetiva e funcional todos os recursos tecnológicos disponibilizados.

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Palavras-chave: compreensão oral, portais educacionais, ensino.